resumo da consciência fonológica

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Resumo sobre o Desenvolvimento da Consciência Fonológica

No âmbito da unidade curricular, Introdução à Didáctica do Português, foram abordadas diversas temáticas, onde as discentes puderam consolidar as aprendizagens

Comentário [L1]: através das quais

anteriores. Este documento refere-se a um resumo de um tópico de uma das

Comentário [L2]: consiste no resumo de uma das temáticas ...

temáticas abordadas, o Desenvolvimento da Consciência Fonológica.

Na temática do Conhecimento da Língua Portuguesa: competências essenciais, foram abordados diversos conceitos e conteúdos ao nível do domínio oral, especificamente, o conceito de fonologia, som, sons vozeados ou sonoros, sons não vozeados ou surdos, modo articulatório, ponto articulatório, a classificação articulatória das vogais e das consoantes, entre outros. A fonologia tem como objectivos centrais a definição dos sons que desempenham funções linguísticas numa dada língua e descrever e explicar os processos fonológicos que os sons de um sistema linguístico sofrem ou provocam nas relações que estabelecem com os outros sons contextualmente próximos. Desta forma, os aspectos fonológicos são considerados a face da linguagem. É fundamental salientar a importância da fonologia para a fonética articulatória, pois, para que haja produção de fala é necessário que um comando cerebral inicial seja

Comentário [L3]: e esse comando é dado pela fonologia?? Mal explicado

dado no sentido da articulação final do som. Relativamente ao aparelho fonador, este é o responsável pelos sons da fala, mais precisamente, pelos fonemas (que correspondem a sons vocálicos e consonânticos diferenciadores das palavras. Estes não dependem do ambiente fonético em que se encontram). Para promover o desenvolvimento da consciência fonológica deveremos centrar-nos em três tipos de unidades cruciais, nomeadamente, nas sílabas, nos constituintes silábicos e nos sons da fala. A sílaba é uma unidade constituída pelo ataque (constituinte silábico que subjuga uma ou duas consoantes à esquerda da vogal, podendo encontrar-se vazio), a rima (constituinte silábico que incorpora o núcleo e a coda), o núcleo (“constituinte silábico que domina a vogal silábica, quer esta se encontre ou não associada a uma semivogal”) e a coda (constituinte silábico que domina a consoante à direita da vogal). 1

Comentário [L4]: quer dizer o quê?


Constituintes Silábicos:

Sílaba Ataque

Rima

Núcleo

Coda

O conceito de som é caracterizando como uma massa de ar em movimento no aparelho fonador. Através do aparelho fonador, podem surgir diferentes tipos de sons, ou seja, sons vozeados ou sonoros, que são sons produzidos com vibração das cordas vocais; ou sons não vozeados ou surdos, que são produzidos sem vibração das cordas vocais.

Tipos de som

Sons

Sonoros

(b, d, g, v, z, m, n, l, λ, r, a, e, i, o, u, entre outros…)

Surdos

(p, t, k, f, s…)

Comentário [L5]: A lista só contém 6 sons; podias ter referido todos, ou seja, mais um!

O som também pode ser emitido através de sons nasais (quando há uma passagem simultânea do ar pela cavidade nasal e pela cavidade oral) e de sons orais (quando o ar atravessa a cavidade oral sem atravessar a cavidade nasal). Quanto à classificação articulatória das vogais e das consoantes no Português, esta caracteriza as vogais como fechadas e abertas, enquanto que as consoantes são caracterizadas quanto ao modo articulatório (pela forma como a massa de ar que é o som atravessa a cavidade oral) e quanto ao ponto articulatório (pela localização da obstrução criada pelos articuladores na cavidade oral). Quanto ao modo de articulação, as consoantes são designadas da seguinte forma: como oclusivas e constritivas, sendo as constritivas divididas por fricativas, vibrantes e laterais.

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Comentário [L6]: mal expresso. Os sons distinguem-se entre orais e nasais ou então os sons são emitidos pelo nariz e/ou pela boca


Modo Articulatório Oclusivas

Constritivas

Quando há uma oclusão, ou seja, um toque dos articuladores na cavidade oral. Ex: p, b, t, d, k, g Fricativas – quando os articuladores se aproximam, sem se tocarem, criando uma zona de fricção. Ex: f ,v, s, z… Vibrantes – quando existe movimento de vibração do articulador. Ex: r, R Laterais – quando o ar passa pelas zonas laterais da língua. Ex: l…

Quanto ao ponto de articulação, as consoantes podem ser caracterizadas como bilabiais (quando há movimento dos dois lábios; ex: p, b, m), labiodentais (quando o lábio do maxilar inferior se desloca em direcção aos dentes do maxilar superior; ex: f, v), dentais (quando o ápice da língua toca ou se aproxima dos dentes; ex: t, d, s, z), alveolares (quando o ápice da língua toca nos alvéolos; ex: l, n), palatais (quando o dorso da língua se eleva em direcção ao palato duro; ex: λ, Л), velares (quando a raiz da língua exerce um movimento de retracção em direcção ao véu palatino; ex: k, g) e uvulares (quando existe movimento da úvula; ex: [R]). O treino e a compreensão da consciência fonológica e da oralidade são fundamentais para o desenvolvimento da leitura e da escrita de cada indivíduo. Para iniciar a leitura e a escrita é necessário promover uma reflexão sobre a oralidade e um treino ou exercício que desenvolva aptidões de fragmentação da cadeia da fala. Assim sendo, para aprender a ler e a escrever é fundamental saber que a língua é conferida através de sons da fala ou de segmentos. Através da prática, os indivíduos apercebem-se desses sons e vão-se apropriando e compreendendo a oralidade e a consciência fonológica. A instituição escolar e o professor têm um papel fundamental na apropriação dos sons da fala e na sua consciencialização, pois, cabe a estas entidades promoverem, através de um treino sistemático, o desenvolvimento da sensibilização dos aspectos fónicos da

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Comentário [L7]: e vão desenvolvendo a ...


língua, com o intuito de promover a consciência fonológica, para que os indivíduos desenvolvam a capacidade de identificar e de manipular as unidades do oral. Também cabe ao docente a realização de tarefas eficazes e adequadas a esta temática, tendo em conta o estádio de desenvolvimento a que cada elemento do seu públicoalvo se encontra. Todavia, este empenho da escola só será eficaz se esta entidade desenvolver uma medida preventiva do insucesso no desempenho de tarefas de leitura e de escrita dos indivíduos que a frequentam.

Susana Gonçalves

Nota: 16

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Bibliografia  DUARTE, Inês; Descrição e Classificação dos sons da fala;  Compêndio da Gramática Portuguesa – 1º, 2º e 3º anos do liceu (3º, 4º e 5º de transição – adaptado à Nova Nomenclatura Gramatical), Porto Editora;  FIGUEIREDO, J. M. Nunes de; A. Gomes Ferreira, Compêndio da Gramática Portuguesa – Ensino Unificado – Porto Editora;  FREITAS, Maria João; Alves, Dina; Costa, Teresa, O Conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Fonológica – Ministério da Educação (2007);  MATEUS, Maria Helena Mira; Villalva, Alina, O essencial sobre a linguística – Editora Caminho, SA, Lisboa – 2006;  CARDEANO, Natércia; Pinto, Ana Luísa; Rodrigues, Amélia, Evolução da comunicação Linguística, Língua Portuguesa: estrutura e comunicação - Didáctica da Gramática;

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