Fev2016

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JORNAL DO

Baixo

12 edições

Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal Ano 15 - Nº187

FEVEREIRO 2016 PREÇO: 0,85 EUROS

10€ ano

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS

VRSA abriu comércio ao domingo com animação e vendas stock out

TAXA PAGA

PORTUGAL

CEM NORTE

ALCOUTIM Município atribui cartão social a 70 famílias carenciadas P 10

CASTRO MARIM Arruamentos da Foz de Odeleite já são realidade P5

VRSA Orçamento dá prioridade à ação social, educação e desporto P 13 a 15

Osvaldo Gonçalves aplaude redução da REN e salienta recursos naturais para desenvolvimento de Alcoutim A notícia que inaugura este ano de 2016 em Alcoutim é a redução da REN – Rede Ecológica Nacional – afeta ao concelho. O presidente da câmara já veio publicamente congratular-se a medida. Quisemos perceber que janela de oportunidades traz. E numa altura em que a prospeção de petróleo causa polémica é importante perceber as alternativas que existem neste concelho algarvio onde o Sol dura mais horas ao longo do ano. O Rio Guadiana tem um papel fundamental quando falamos de estratégia de desenvolvimento. P 8 e 9

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2016

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

JBG

Editorial

Jornal do Baixo Guadiana Diretor: Carlos Luis Figueira Sub-Diretor: Vítor Madeira Chefe de Redação: Susana Helena de Sousa CPJ 9621 Redação: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Carlos Brás Carlos Campaniço Eusébio Costa Fernando Pessanha Humberto Fernandes João Conceição João Raimundo José Carlos Barros José Cruz José Graça José Luís Rua Pedro Pires Rui Rosa Associação Alcance Associação GUADI Associação Rodactiva Cruz Vermelha Portuguesa VRSA DECO NEIP Europe Direct Algarve - CCDRAlg e Associação Odiana Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com e/ou joanagermano@gmail.com Sede e Redação: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 966 902 856 Fax: 281 531 080 baixoguadiana@gmail.com Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt Pessoa Colectiva: 504 408 755

C

om as eleições para a Presidência da República e a eleição à primeira volta do Professor Marcelo de Sousa, cumpriu-se um apertado ciclo eleitoral que envolveu num espaço curto de tempo eleições autárquicas, para o Parlamento Europeu e Assembleia da República. De todos este processo cumpre sublinhar que não é bom sinal para a democracia que em eleições para o mais alto representante da Nação mais de metade dos portugueses com direito a voto se tenham abstido. A todos: partidos, instituições, cidadãos, compete discutir causas deste distanciamento, a bem do fortalecimento do regime democrático, fundado na Constituição da República. Os tempos que vamos enfrentar não serão fáceis nem para o País nem para a Europa que integramos, razões de acréscimo para que as diversas instituições da Republica funcionem, tendo presente os interesses do País e dos portugueses, que a cidadania se desenvolva de forma mais activa, que a solidariedade com os muitos que procuram abrigo em resultado de guerras e fundamentalismos vários, que se rompam medos, acomodações e desinteresses egoístas, porque só assim será possível saírmos do fosso

das dificuldades que cá dentro e no seio da União Europeia se manifestam. Por posição assumida pela AMAL a que se seguiram associações ambientalistas e também a Universidade do Algarve, de entre outras estruturas e personalidades da sociedade algarvia, foi finalmente aberto um debate em torno da prospeção de reservas petrolíferas ou de gás na costa do Algarve algumas delas executadas com grande proximidade a áreas classificadas como de reserva natural. A reação, embora talvez tardia, justifica-se pela natureza das soluções que o futuro pode oferecer quanto à exploração ou não de recursos que podem colidir com a actividade económica mais importante, até agora, do Algarve – o turismo! Importa porém numa discussão que tem tanto de atraso como de valor de aclaração, embora sempre exista um tempo para a claridade das decisões desde que a vontade política dos cidadãos e das várias instituições se manifeste, face à obscuridade e alcance dos contratos assinados que, desde início, se separem dois planos para que os alvos se tornem claros e esses são os interesses da região e dos algarvios. Em primeiro lugar porque nenhum estado democrático e patriótico deve abdicar de conhecer que recurso dispõe e tal só se torna possível conhecendo-os cientificamente. Quanto ao plano seguinte, o da sua ou não utilização, tal processo compete aos órgãos de soberania, em consonância com a expressão da vontade expressa dos algarvios, decidir. É neste plano que na situação em que nos

encontramos o contrato de prospeção e exploração, no seu verdadeiro alcance, tem de ser aclarado. Mas, para além das inquietações em que nos movemos, há boas noticias que envolvem todo o Baixo Guadiana a fazer-nos notar que continuam a estar presentes oportunidades que podem permitir criação de riqueza, postos de trabalho, perspectivando melhor futuro, combatendo atrasos e com ele a desertificação económica e social. Pelo Presidente da Câmara de Vila Real de Santo António foi anunciado a criação em breve de três novas unidades hoteleiras sendo a primeira a avançar com a remodelação e modernização do Hotel Guadiana um ícone da cidade pela sua história e presença. Por sua vez, pelo Presidente da Câmara de Alcoutim é nos dada a noticia de finalmente ter sido consagrada a redução da REN ( Rede Ecológica Nacional ) que passa de uma extensão de 200 km 2 para 60 km2 o que vai permitir, como por ele é justamente sublinhado, ajustar mais adequadamente a protecção de recursos, conservação da natureza, com possibilidades de apoio a projectos de desenvolvimento sustentável, melhor ajustados às realidades locais. Nos últimos dias o Baixo Guadiana foi contemplado com 4 milhões de euros em apoio a projectos de base local num processo conduzido pela Associação Terras do Baixo Guadiana que tem como presidência a Associação Odiana, ou seja, o Presidente da Câmara de Castro Marim. Nesta edição damos-lhe conta de

um novo evento que resulta de uma larga parceria e cooperação entre comerciantes, Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e a empresa municipal SGU, o chamado «Domingo Branco», iniciativa a repetir no último domingo de cada mês, que se traduzirá numa feira de stoks, em diversão e animação no Centro Histórico, para o qual se prevê a participação de mais de 1.500 cidadãos espanhóis, facto que seguramente dará um bom contributo para a economia local. Por sua vez e em resultado duma parceria entre o JBG e a CCDR Algarve, a partir deste número, daremos destaque a uma campanha comemorativa dos 30 anos da adesão de Portugal à União Europeia, traduzida no apoio e divulgação de 30 iniciativas que se vierem a justificar, a realizar ao longo do ano no território de Baixo Guadiana. Finalmente e ainda encerrando com boas noticias, como consequência de uma maior aproximação do jornal a Ayamonte onde começou a ser regularmente distribuído e tendo em vista um maior acompanhamento noticioso sobre a actividade da Eurocidade de que Ayamonte é parceiro conjuntamente com VRSA e Castro Marim, saúdo o facto de pela primeira vez publicarmos uma crónica em castelhano da autoria do nosso colaborador, responsável pela edição do El Andevalo Sur-Occidental.

Carlos Luis Figueira carlosluisfigueira@sapo.pt

Vox Pop

Votou nas Presidenciais?

Direção Executiva: Associação Odiana Design e Paginação: Rui Rosa Impressão: FIG - Indústrias Gráficas Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra, Tel: 239 499 922 Tiragem desta edição: 3.000 exemplares Registo no ICS: 123554 Depósito legal: 150617/00 JBG ONLINE http://issuu.com/jornalbaixoguadiana e Facebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Nome: Xu Pimentão

Nome: Edgar Carla Sousa

Nome: Zé Munhoz

Nome: Alexandra Rombinha

R: Votei, porque acho que é importante. Contudo fiquei muito triste com o resultado; o povo queixa-se muito, mas depois ou não vota ou vota nos mesmos. E as mudanças vão-se fazendo muito lentamente. Eu pertenço à classe dos que fazem a diferença, mas também dos que se encontram no centro do trovão. Vai correu tudo bem, confio em mim!

R: Votei e considero o voto importante. Em relação à abstenção vejo isso como um povo que está cansado dos políticos; há falta de credibilidade dos mesmos; já ninguém quer sair de casa para se dar a esse trabalho de dever cívico. Acho que ao fim ao cabo as pessoas querem uma mudança, mas a meu ver não com eleições, mas sim através de medidas mais drásticas e enquanto tal não acontecer a quantidade de abstenção irá continuar.

R: Para ser sincero, este ano não votei. Decidi deixar na mão do povo a decisão do nosso futuro. Nestas Eleições, vi mais do mesmo. O povo queixa-se, mas faz sempre o mesmo. Nem todos ficam agradados com o resultado final, assim como nem todos ficam satisfeitos com as palavras que nos são dadas, pois muitas vezes, são prometidos certas ações que nunca são cumpridas.

R: Sim, votei nas Presidências, pois é a única forma de poder legitimar e manifestar a minha vontade. Poder dar voz à minha voz. Observei com tristeza os resultado as palavras, onde a abstenção foi assustadoramente elevada. Revela que a maioria do povo português, permanece ignorante e aprisionado a uma “não vontade própria”.


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CRÓNICAS * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Vítor Madeira

O Insubmisso IC 27 e Ponte Alcoutim/Sanlúcar - Obras determinantes para o futuro do Baixo Guadiana Com uma vitória clara e inequívoca de Marcelo Rebelo de Sousa logo na primeira volta nas eleições presidenciais, destruindo os fantasmas e os receios da esquerda que clamava aos portugueses que a eleição de Marcelo para a Presidência constituía a continuidade da direita retrógrada em Belém, a Comissão Europeia questiona a redução do défice estrutural no rascunho do Orçamento de Estado - 2016 enviado por António Costa para Bruxelas, ao mesmo tempo que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) acusa o Governo de reduzir “artificialmente” a despesa pública, gostaria de reflectir sobre a conclusão do IC 27 e a construção da ponte Alcoutim-Sanlúcar. Após quatro anos de pesados sacrifícios infligidos aos portugueses para tirar o país da pré-bancarrota e recuperar a autonomia financeira perdida

em 2011, alcandorado nos partidos de esquerda, o primeiro-ministro António Costa defende um novo tempo político para proceder à recuperação dos rendimentos dos portugueses, corrigir a asfixia fiscal e a redução das desigualdades de modo a reverter as políticas de austeridade. Um dos desideratos de António Costa é o relançamento da economia, a descentralização de competências, a modernização e a simplificação administrativa. Pois bem, este é o tempo certo para o actual governo pôr em prática as medidas anunciadas. Na região do Algarve é urgente a construção do novo hospital e a electrificação da ferrovia. Todavia é sobre a realização de duas obras no Baixo Guadiana, essenciais para travar o combate da desertificação e do despovoamento nesta Sub-região, que me vou ater. Refiro-me

à conclusão do IC 27 e ao desbloquear da construção da ponte transfronteiriça entre Alcoutim e Sanlúcar Del Guadiana, prometida há décadas pelos sucessivos governos. O IC 27 – itinerário complementar – traçado de 92 km, que no futuro ligará o Monte Francisco a Beja, tem apenas construídos dois dos três troços que compõem a obra: Monte Francisco/ Odeleite – Odeleite/Alcoutim, este inaugurado em Julho de 2005, aguardando-se a construção do último troço Alcoutim/Beja, numa extensão de 60 Km. A conclusão desta via, alternativa à sinuosa EN 122, que entretanto foi parar às calendas gregas, é fundamental para o desenvolvimento do território do Baixo Guadiana, pois além de melhorar a qualidade das vias rodoviárias, aumenta a segurança de quem nela circula, assume-se como uma

alavanca para o escoamento da produção agrícola, das actividades turísticas ligadas à cinegética e à navegação de recreio e de pesca desportiva, sendo ainda de realçar a sua importância no fortalecimento das relações com os mercados transfronteiriços. Por seu turno, a construção da ponte Alcoutim/Sanlúcar trata-se de uma velha aspiração das gentes dos dois concelhos fronteiriços, que tem servido de bandeira eleitoral a partidos e governos, cuja construção foi aprovada numa cimeira entre os governos de Espanha e Portugal, decorrida em Albufeira no longínquo ano de 1998. Desde então, e até à presente data, nada mais aconteceu do que a realização de um estudo prévio, entre 2001 e 2002. A construção desta infra-estrutura sobre o rio Guadiana, para além de uma legítima reivindicação de portugueses

e espanhóis, é também um elemento estratégico no combate à interioridade, à desertificação e ao despovoamento do Nordeste Algarvio. Se António Costa e o seu governo querem verdadeiramente travar o combate contra o agravamento das assimetrias regionais entre o litoral e o interior do país e lutar pela tão reclamada descentralização de competências para o poder local, têm aqui um enorme desafio para os próximos quatro anos que é a realização destas duas obras determinantes para o futuro do Baixo Guadiana.

Insubmisso69@gmail.com

José Graça

Secretário Regional do PS Algarve

Mais descentralização pode ser melhor para todos

O Governo colocou em marcha um processo para aprofundar os mecanismos de descentralização em 2017, prometendo uma revolução administrativa profunda em duas fases para concretizar a reforma do Estado, tantas vezes prometida… Apontando como meta para a primeira fase as eleições dos órgãos das autarquias locais, agendadas para o segundo semestre de 2017, Eduardo Cabrita promete uma revisão do enquadramento jurídico ainda até ao primeiro trimestre de 2017, que decorrerá em

paralelo com as necessárias adaptações orgânicas e com uma avaliação profunda dos meios e recursos humanos, financeiros e materiais, envolvendo as estruturas de dez ministérios e as autarquias (municípios e freguesias) e comunidades intermunicipais. Responsável pela comissão encarregue da reestruturação da administração do território e que preparou o referendo da regionalização em 1998, sob o consulado de João Cravinho, o atual Ministro Adjunto conhece bem as barreiras e as dificuldades a ultrapassar para ser bem sucedido nesta missão. Principalmente, para que não se verifiquem atrasos na definição do enquadramento legal e todos os candidatos conheçam atempadamente as regras do jogo.

Afastado por enquanto o fantasma da regionalização, o Governo sabe que pode contar com um ambiente político muito favorável, depois das expetativas defraudadas no processo de reforma do Estado, liderado por Paulo Portas, e de Pedro Passos Coelho ter metido na gaveta as promessas pré-eleitorais relativas à temática. Se bem que na primeira fase esteja prevista a eleição direta dos órgãos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, as atenções dos algarvios centram-se no processo de democratização da comissão de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) do Algarve, agendado para uma segunda fase. Entretanto, ainda antes de assumir funções governativas, já António Costa assumiu a necessidade de legitimar

politicamente prometendo a eleição dos seus órgãos de gestão por um colégio alargado formados pelos autarcas da região. Sem governador civil nomeado e com uma CCDR limitada á gestão burocrática dos fundos comunitários, com uma comunidade intermunicipal com um quadro de competências limitado e com futuro indefinido, mostra-se necessário mudar o quadro atual e garantir um reforço do poder regional e melhorar a sua autonomia política, administrativa e financeira, a exemplo daquilo que foi sendo construído em quarenta anos de Poder Local. Apesar de a lei prever que as CCDR ’s detenham tarefas de coordenação dos serviços desconcentrados de âmbito regional, nunca alcançaram o poder

político dos governadores civis nem a capacidade de promover uma verdadeira articulação das políticas públicas. Veja-se o exemplo do processo da Universidade do Algarve ou da criação do seu curso de medicina, mais recentemente. Em boa hora, houve quem congregasse as vontades da região e fizesse a ligação com o Parlamento e o Governo para que tais objetivos fossem concretizados, ultrapassando barreiras partidárias e oposições de caráter corporativista nunca expetáveis. Nos tempos que correm, sem poder político de âmbito regional democraticamente legitimado, vê-se muita gente a atirar foguetes e a apanhar canas, mas de concreto e palpável… apenas o fluir das marés!

y en los medios de comunicación, que es tema de mesas redondas, conferencias o tertulias y que es el elemento decisivo en muchas de las decisiones administrativas que se están tomando estos días a nivel educativo. El gobierno en funciones de mi país ha querido tomar medidas urgentes y ha aprobado una batería de ellas, incluidas en el Plan Estratégico de Convivencia Escolar, donde resalta el crear itinerarios de formación del profesorado, situarlo en los contenidos de oposiciones del profesorado, elaborar una guía para que los padres puedan detectarlo y saber como actuar e incluso elaborar un protocola nacional contra el acoso escolar. ¡ Vaya ¡ Puede reconfortar ver la velocidad con la que se toman hoy las medidas, pero resulta sin embargo penoso vivir la realidad del día a día. Quien ha tenido

experiencia en la docencia, puede constatar la visión tan distinta de los Centros Educativos, que normalmente definen el acoso como algo puntual y esporádico, de los responsables administrativos que siempre encuentran vías de escape para justificar su inoperancia, del propio Observatorio Estatal para la convivencia escolar en España, que llevaba cuatro años sin reunirse. Será porque seguramente el problema no existe, es puntual en algún centro aislado o no vale la pena perder tiempo en estas cuestiones. En algunos países avanzados de nuestro entorno, el problema se ataja enfrentándose a el, reconociéndolo e intentando poner las medidas en la razón última de su existencia. Finlandia, por ejemplo, está potenciando que los alumnos testigos del bullying, tomen partido por el acosado

y se enfrenten al acosador. Se habla de iguales. Se estudia la razón que lleva al alumno a creerse superior y se le pone en situación de agredido, para que las vivencias le hagan recapacitar. Y quizás como aspecto importante darle protagonismo a los padres, haciendo que estos se interesen por el día a día de sus hijos no solo en el aula sino en la calle, en internet, en sus relaciones con los demás. Y una adecuada información sobre el tema que debe hacerles ver posibles problemas de adaptación, integración o convivencia de sus hijos en los entornos habituales del día a día. Luchas contra el bullying es cosa de todos, lanzar responsabilidades de un lado hacía otro, es lanzar la mirada hacia el lado contrario de donde se necesita ayuda y presencia formativa.

José Luís Rua Escritor

Esta mañana, al igual que la mayoría de ellas, me desayuno tranquilamente en un bar y aprovecho el momento, quizás el mejor o el único momento del día, para leer la prensa. Suele ser esa dichosa prensa, siempre parcial sometida a intereses económicos, sociales o políticos, pero que afortunadamente tenemos controlada y de la que sabemos la dirección unidireccional de sus argumentarios, pero que en la mayoría de las ocasiones me

trae la actualidad en forma de muestrario de malas noticias. Hoy la portada se muestra cruda, como siempre, pero la fotografía no pertenece a un protagonista, a un acontecimiento inédito, a una parodia de la misma vida. Hoy la fotografía es de una carta manuscrita, su autor es Diego. Era un joven de 11 años que decidió quitarse la vida saltando desde un quinto piso. “ No aguanto mas ir al colegio y no hay otra manera para no ir”. Brutal, sincera y cargada de unas cuantas toneladas de incomprensión hacia todo lo que le rodeaba y hacia todo lo que le ha llevado a tomar tan extrema decisión. El bullying, ese término que empieza a cobrar notoriedad en las conversación


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EDUCAÇÃO&JUVENTUDE

Alunos do agrupamento de escolas de Castro Marim na Fundação José Saramago e no «Got Talent Portugal» A visita de estudo a Lisboa proporcionou momentos únicos ao grupo de jovens. Fizeram visita até à capital aqueles que estão envolvidos nos grupos de teatro, dança e música do agrupamento de escolas de Castro Marim. No passado dia 20 de janeiro, os alunos do agrupamento de escolas de Castro Marim que participam na Teatroteca – grupo de teatro escolarClube de Dança e Clube de Música realizaram uma visita de estudo a Lisboa. Na parte da manhã, os alunos visitaram a Fundação José Saramago, situada na Casa dos Bicos, local onde realizaram o workshop de promoção da leitura (“O Silêncio da Água”), com base em textos do

Nobel da literatura. A Casa dos Bicos foi mandada construir em 1523, está situada a oriente do Terreiro do Paço, funcionando como sede da Fundação José Saramago desde 2012. Durante a tarde, o grupo assistiu à gravação do programa «Got Talent Portugal», no belíssimo Coliseu dos Recreios. Foi possível assistir a grandes momentos de puro talento, divididos pelas diversas áreas artísticas: dança, música ou

comédia, por exemplo. O Coliseu dos Recreios, situado em São José, Lisboa, foi construído de raiz em 1890, sendo uma das melhores e mais conhecidas salas de espetáculos em Portugal. Esta visita só foi possível graças à colaboração da Câmara Municipal de Castro Marim, do serviço educativo da Fundação José Saramago e da equipa da RTP que organiza o programa «Got Talent Portugal». Esta mesma visita permitiu aos

Jovens realizaram uma visita com diversidade a Lisboa alunos participarem em atividades de promoção da leitura, literacia e literatura e, também, terem contacto

com artistas das mais variadas áreas, ficando, desta forma, a conhecer várias tendências performativas.

Dia das Zonas Húmidas assinalado para os mais jovens A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António vai levar a cabo ações de educação ambiental para assinalar a 2 de fevereiro o «Dia das Zonas Húmidas». O público-alvo foram as crianças e os jovens. “As Zonas Húmidas são essenciais ao bem-estar humano. Disponibilizam água potável e alimento, sustentam a biodiversidade, previnem cheias e armazenam dióxido de carbono. Sendo uma importante fonte de emprego a nível mundial, as zonas húmidas assumem-se como bons exemplos sobre meios de vida sustentáveis”. Esta foi uma das mensagens que a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA) transmitiu aos mais jovens nas ações de educação ambiental que vai levar a cabo a dia 2 de Fevereiro – Dia

das Zonas Húmidas. Levaram a cabo uma iniciativa na rádio Guadiana transformando as crianças da Turma 4.º A da Caldeira Alexandre em «pequenos jornalistas por um dia» e também realizaram seminários noutras escolas sob o tema do dia. Recorde-se que as zonas húmidas geram atualmente uma ampla diversidade de empregos : – Cerca de mil milhões de famílias na Ásia, na África e na América dependem da plantação e do processamento do arroz para subsistir. – Mais de 660 milhões de pessoas dependem da pesca e da aquacultura

para o seu sustento; a maioria das espécies de peixes comerciais reproduzem-se em zonas húmidas costeiras, e 40 % dos peixes consumidos provêm da aquacultura. – Cerca de metade dos turistas internacionais procuram zonas húmidas para descansar, em especial as litorais. Os setores de viagens e turismo suportam 266 milhões de empregos, o que representa 8,9 % da empregabilidade a nível mundial. – Os rios e as zonas húmidas interiores desempenham um papel fundamental no transporte de bens e de pessoas em muitos locais do mundo. Nos rios da Amazónia, transportam-se anual-

mente 12 milhões de passageiros e 50 milhões de toneladas de carga, sustentando 41 companhias transportadoras. – Vastas redes de abastecimento de água potável e de tratamento de águas residuais asseguram muitos empregos. Por exemplo, a autoridade hidráulica metropolitana de Banguecoque emprega mais de 5300 pessoas. – A indústria mundial de água engarrafada comercializou em 2013 cerca de 265 mil milhões de litros de água. As marcas de água comercializadas pela Danone (Evian, Volvic, Bonafont e Mizone) empregam mais de 37 mil pessoas por todo o mundo. – A agricultura e o processamento de plantas aquáticas e seus frutos representam também uma importante fonte de emprego associado às zonas húmidas, especialmente em países em desenvolvimento.

Zonas Húmidas em decréscimo Apesar dos empregos e outros benefícios vitais que garantem, tem havido um desaparecimento das zonas húmidas mundiais desde 1900 em 64%. As zonas húmidas que persistem são muitas vezes tão degradadas que as pessoas que delas dependem para sobreviver – sobretudo as mais pobres – são conduzidas a uma maior pobreza. Prevê-se ainda que em 2025, 35% da população venha a enfrentar uma diminuição da quantidade de água disponível. A proteção e o restauro de ecossistemas como as zonas húmidas está considerado nas Metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, como contributo para a redução da pobreza.

Autarquia de VRSA entrega 50 kits de material didático às escolas do pré-escolar e primeiro ciclo Foram no total 50 kits de material escolar a meia centena de salas do pré-escolar e do primeiro ciclo que o pelouro da educação da câmara municipal de VRSA entregou em Janeiro. Tendo sido abrangidos 1200 alunos num investimento de 150 euros por sala. “O kit distribuído aos alunos integra lápis de cor, marcadores, guaches, cartolinas, resmas de papel, borrachas, plasticinas, entre outros materiais didáticos, colmatando as necessidades de material que as salas apresentam a meio do ano escolar. Esta medida junta-se ao programa de atribuição gratuita de livros escolares a todos os alunos do primeiro ciclo residentes no município ou que frequentem as escolas do concelho no ano letivo 2015-2016”, podia ler-se no comunicado da edilidade pomba-

lina. De acordo com Conceição Cabrita, vereadora com o pelouro da educação, “a aquisição de livros e material já beneficiou mais de um milhar de alunos e meia centena de salas de aula, ajudando as famílias a superar as dificuldades financeiras e contribuindo para o sucesso escolar das nossas crianças”. A estes valores, junta-se a manutenção dos restantes apoios educativos em vigor, o que totaliza um investimento global de 1,5 milhões no setor da educação e juventude, no ano letivo 2015-2016. De forma pioneira, VRSA continua a ser o único município do Algarve a oferecer, de forma gratuita, a componente de apoio à família, nomeadamente o prolongamento de horário para os alunos do pré-escolar nos períodos da manhã, almoço e final de tarde.

Kit foi entrega a a cerca de 50 salas de aula Ao nível da requalificação, a autarquia de VRSA procedeu, neste ano letivo, à climatização de todas as salas de aula da Escola Básica 1 de Monte Gordo e efetuou obras de manutenção no interior e exterior de todo o parque escolar do concelho. Relativamente aos apoios sociais no primeiro ciclo, a Câmara Municipal auxilia 285 alunos, no caso do escalão A, e cerca de 150 alunos, no caso do escalão B.


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LOCAL

Orçamento de VRSA para 2016 dá prioridade à ação social, educação e desporto A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António definiu, para 2016, um orçamento de cerca de 41 milhões de euros, onde volta a ser dada prioridade às áreas da educação, ação social, saúde e desporto. O pelouro da ação social destaca-se ao receber uma verba de 1,1 milhões de euros, mantendo a generalidade dos apoios que vêm sendo prestados. Nesta área, ganham relevo os programas de apoio à habitação e de reabilitação dos bairros de habitação social, que serão dotados com meio milhão de euros. Também os projetos sociais nas áreas do apoio alimentar, no auxílio à compra de medicamentos e no apoio à terceira idade são contemplados com uma verba próxima dos 100 mil euros. Já os programas de saúde municipais recebem um investimento de 150 mil euros, onde se destaca o projeto de cuidados de saúde «Cuidar», através do qual já foram realizadas duas centenas de cirurgias oftalmológicas e mais de 2500 consultas. O setor da educação volta a ser prioridade, sendo contemplado com 1,5 milhões de euros. Nesta área, mantém-se o programa de atribuição

O orçamento do município de Vila Real de Santo António foi dado a conhecer no início do ano gratuita de livros escolares a todos os alunos do primeiro ciclo residentes no município ou que frequentem as escolas do concelho. Ainda neste pelouro, somam-se os apoios ao nível das refeições, transportes escolares, recursos humanos, atividades extracurriculares e obras de requalificação do parque escolar. Relativamente ao desporto e ao apoio a clubes e coletividades, o orçamento

municipal de VRSA reserva para 2016 uma dotação de 1,4 milhões de euros, onde se insere a cedência dos espaços municipais para a prática desportiva, bem como o transporte dos atletas e coletividades. A par destes investimentos, a empresa municipal VRSA SGU encontra-se a finalizar a maior obra pública jamais realizada no concelho - avaliada em mais de 30 milhões de

 1ª Fase

Autarquia de Castro Marim concluiu arruamentos na Foz de Odeleite

euros – que colocou um ponto final aos esgotos não tratados no Rio Guadiana e requalificou todas as redes de abastecimento de água. Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, «sem abdicar de qualquer das suas políticas sociais e dos apoios na área da educação e da saúde, a autarquia vila-realense continua a colocar-se ao lado de quem mais precisa, medidas que lhe voltaram a conferir, pela sétima vez consecutiva, o prémio de autarquia familiarmente responsável». O orçamento para 2016 destina igualmente 15,8 milhões de euros para a adesão voluntária do município ao Fundo de Apoio Municipal. Com esta medida, a autarquia prossegue a sua política de consolidação das finanças municipais, cumprindo os seus compromissos e injetando liquidez na tesouraria. Estas medidas juntam-se ao Plano de Contenção Financeira da Câmara Municipal de VRSA, em vigor há mais de quatro anos, que já permitiu uma poupança superior a 12 milhões de euros, resultado da aplicação de uma centena de medidas. Através deste conjunto de ações, está cumprido um dos principais objetivos deste executivo que era regularizar e normalizar a situação económico-financeira da autarquia, respondendo de uma forma eficaz à situação conjuntural de crise, que foi o fator responsável pela redução das receitas municipais nos últimos cinco anos.

 20 Fevereiro

Recolha de Sangue em Castro Marim No próximo dia 20 de Fevereiro em Castro Marim vai haver uma recolha de sangue. A recolha vai decorrer no Pavilhão José Guilhermino sob o lema «Doar Sangue é Salvar Vidas»

Repavimentação da rua principal de Castro Marim inicia em Fevereiro A autarquia de Castro Marim iria avançar, de acordo com comunicado oficial, durante a primeira semana de Fevereiro com a repavimentação da Rua Dr. José Alves Moreira. Trata-se da principal artéria da sede de concelho, onde se localiza o edifício da Câmara Municipal. O investimento, estimado agora em cerca de 42 mil euros , “prevê posteriormente a repavimentação parcial das ruas dos Combatentes da Grande Guerra e 25 de Abril e a requalificação do Largo da República, através da criação de uma zona de passeio e introdução de drenagem de águas pluviais”, diz autarquia. Criar melhores condições de mobilidade e assegurar melhores condições de circulação e segurança rodoviária aos automobilistas, são os principais objetivos.

O antes e o depois nos arruamentos da Foz de Odeleite demonstram as melhorias Era conhecida a ambição da população da Foz de Odeleite que ambicionava ter ruas e ruelas com maior mobilidade. Agora às redações chega a notícia que a Câmara Municipal de Castro Marim concluiu a primeira fase da beneficiação de arruamentos na Foz de Odeleite (freguesia de Odeleite). De acordo com comunicado municipal “obra contemplou cerca de 10 ruas e foi realizada por administração direta”. Sendo que “a próxima fase respeita ao melhoramento das entradas da povoação com tapete asfáltico, seguindo-se uma terceira e última fase, que contempla o melhoramento dos arruamentos de calçada típica” . A edilidade liderada por Francisco Amaral garante que “a beneficiação de arruamentos no concelho é uma das preocupações”.

Obra avança na primeira semana de Fevereiro


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EL AND EVALO S U R - O CCID EN TA L *

ESPANHA

Presentacion de nuevos poemarios en Ayamonte A las presentaciones realizadas estos días atrás, tanto en Castro Marín como en Ayamonte, ahora ha tocado el turno a un lugar un tanto especial, Fanc del centro comercial Forum Algarve de Faro. Una invitación que les ha llegado a los poetas, merced a su enorme trabajo y a la trascendencia que está teniendo en ambos lados del rio del Sur, el Guadiana. Los Poetas del Guadiana han dado cobertura a través de la editorial independiente Crecida de Ayamonte, y bajo el paraguas de la colección de Los Libros de Estraperlo, a estas nuevas creaciones que se han presentado nuevamente. Filomena Sintra, concejala del ayuntamiento de Castro Marín fue la responsable de mostrar sus satisfacción por la enorme labor que realizan los creadores del Bajo Guadiana. Palabras de agradecimiento a los autores algo mas mayores, de “ La noche en blanco”

y a los adolescentes con su impactante “ Poesía Joven del bajo Guadiana”. Pedro Tavares, maestro de ceremonia y con su especial estilo, se limitó a justificar algunas ausencias, especialmente de los autores españoles ausentes de esta tierra estos días, por haber regresado a sus universidades distribuidas por todo el territorio, a la vez que puso en el aire algunos poemas de los autores ausentes. Por su parte Ana Francisco, tuvo su parte de responsabilidad al coordinar tanto las lecturas poéticas como ir dando paso a las diversas actuaciones de danza de las alumnas del colegio agrupado de Castro Marín, así como de abrirles las puertas del sonido de su guitarra, al maestro Pedro Reis. Antonio Mirabent, hizo una semblanza entre la creación de los poetas jóvenes ayamontinos de los años 80, y que hoy son los responsables de

este empuje literario en la Foz do Guadiana. Eladio Orta, Diego Mesa, Aurora Cañada o León Acosta y que han dado paso a esta generación nueva que rompe los silencios con poemas denuncia, con gritos de libertad ante la injusticia y con mil maneras de manifestar las emociones y las sensaciones más tiernas y humanas. Danza, música, palabras, todo ello sembrado en un espacio muy especial y repleto de un público ya conocido y otro demasiado expectante y sorprendido por lo que estaba viviendo. Vera André, parapetada tras su larga melena, descifró sus poemas de manera alegre y llena de sonrisas. Ricardo Jeronimo leyó sin prisas y Ana Francisco, la mayor de los más jóvenes, doctora en dramatización y master en comunicación, leyó entre el público; leyó junto a su compañero de la poética, y Pedro Tavares finalmente,

Fnac abrió las puertas a la creación joven y se sorprendió de manera muy gratificante Fnac abrió las puertas a la creación nos deleitó con una de sus composiciones. Ana lleva desde el principio, joven y se sorprendió de manera muy compartiendo liderazgo y poemas con gratificante. Ana Narciso, la coordilos Poetas del Guadiana. Sabe cómo nadora del evento, tuvo palabras de nadie expresarse y poner el acento en agradecimiento por las magníficas cada una de sus palabras. “Llegaste, / presentación y lanzo el reto de poder no sé por cuantos caminos anduviste/ ver de nuevo a estos y otros autores, no se / siquiera / lo que te trajo hasta de nuevo en la tarima de este rincón mi…../. creativo tan carismático.

Carnaval XXXI edición del Medio Maratón “Ciudad de Ayamonte” de Ayamonte Se ha celebrado en Ayamonte la XXXI edición del Medio Maratón “Ciudad de Ayamonte” y de la Carrera Popular “Virgen de las Angustias”. Pruebas que se incluyen en el calendario de Gran Fondo que conforma el programa del Circuito Ibérico de Gran Fondo y el Circuito Provincial de Carreras Populares. Como quiera que tanto la meta como salida ha estado establecida en el Estadio “Blas Infante”, las carreras populares han tenido un circuito prácticamente llano. Como dato decir que el número de participantes en la prueba popular en las diversas categorías, ha sido importante, mientras que los corredores de la media maratón han estado en los cuatrocientos cuarenta atletas en línea de salida. La mañana que se ofreció a los corredores, fue incierta con cielo nublado, bastante frio pero afortunadamente en esta ocasión, el viento no estuvo presente. Mucho ambiente por las calles de la ciudad para ver pasar a estos atletas, que hicieron un enorme esfuerzo por cubrir el total del recorrido. Y magnífica organización respecto a la

seguridad en la combinación de corredores y trafico normal, durante el desarrollo de la prueba. En esta edición se ofreció a los participantes un nuevo recorrido, dado que la carretera de acceso a Punta de Moral se encuentra en obras, lo que hizo que por primera vez, los corredores tuvieran que dar dos vueltas a un circuito completamente llano. Desde el primer momento se vio el fuerte ritmo que marcaron los que al final ocuparían el cajón de vencedores y que se descolgaron del resto de los corredores desde los inicios de la prueba. En esta edición los corredores que han tomado la salida han superado los cuatrocientos y pudimos ver a atletas de toda la provincia de Huelva ( Bonares, Lepe, Punta Umbria, Valverde, Rociana, Trigueros, San Bartolome, San Juan del Puerto, El Campillo, La Palma, Huelva, Ayamonte...) y mas que nunca de Sevilla, sin olvidar a los portugueses presentes, que como en ediciones anteriores, se dejan ver no solo en la prueba sino en los primeros puestos de las clasificaciones. En esta

Se ha celebrado en Ayamonte la XXXI edición del Medio Maratón “Ciudad de Ayamonte”

ocasión procedían de Faro, Olhao, Areais de San Joao, Sol-Horta, Lagos, Villa real de San Antonio, Altura, Quarteria, Loule, Portimao... En la categoría femenina la quinta plaza ha sido para Rocio Galan del Correcaminos de La Palma con 1:3039; cuarto puesto para la onubense Carolina Ponce con un crono de 1:27:24; tercera posición para Isa Alexandra Gonzalez de POrtimao con 1: 27: 00, plata para Rita Ribeiro de GFD Running de Lisboa con 1: 24:35 y vencedora absoluta la también lisboeta del GFD Running de Lisboa Carla Ribeiro con 1:22:41. Con respecto a la prueba masculina, la quinta plaza ha sido para el corredor de Coria del Rio, Oscar Sierra con 1:10:53; cuarto puesto para Jose Lair con 1:10:13; tercera posición para el onubense Marco Antonio Gonzalez con 1: 09:41; plata para corredor de Punta Umbría, Daniel Andivia con 1:09:18 y como vencedor, por primera vez en estas 31 ediciones del medio maratón de Ayamonte, un corredor de la localidad, el joven Xavier Francoil Larraondo, enrolado en las filas del C.A. Palamós y que ha invertido un tiempo de 1:08:03. Enorme alegría en las gradas del estadio Blas Infante, al ver atravesar la línea de meta al corredor de la localidad que está superándose dia a dia y haceindo albergar serias esperanzas de su enorme proyección como corredor de larga distancia.

Se ha recuperado el Paseo de la Ribera para un acto tan especial de nuestro carnaval como es la Coronación de la Reina de la Fiestas y el Pregon De la mano de la Asociación de Carnavaleros de Ayamonte y de la Concejalia de Cultura del Ayuntamiento de Ayamonte, se ha recuperado el Paseo de la Ribera para un acto tan especial de nuestro carnaval como es la Coronación de la Reina de la Fiestas y el Pregon. Los sones del himno de las carnestolendas se dejaron escuchar de nuevo, al aire libre, entre el bullicio de un público expectante y ante los aplausos justos de quienes de nuevo volvieron a disfrutar de los lugares mas emblemáticos de nuestra ciudad. En esta ocasión el pregón corrió a cargo de Raquel Rodríguez que fue desmenuzando de manera muy emotiva, todas y cada de las imágenes que guarda en el recuerdo de sus vivencias carnavaleras. Y a continuación fueron coronadas como reinas de esta nueva edición del Carnaval de Ayamonte, María del Rocio Mena Hernández y Yolanda Martin Felipe. Ahora, en esta noche previa al comienzo de las actuaciones en el Teatro Cardenio, hemos podido revivir aquellas largas colas durante los días anteriores a las actuaciones musicales. NI el frio, ni la lluvia han sido enemigos de los que escapar y asi, una vez mas, las aficionadas y enamoradas de manera especial de estas fiestas, ya hacen guardia ante la taquilla del Cardenio, para hacerse con unas entradas que les permitan revivir de nuevo las experiencias musicales de estas fiestas tan características.


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Unos sesenta niños participaron en el torneo “Todos Somos Sordos”, que se celebró el fin de semana en Ayamonte Tuvo como objetivo sensibilizar a los jugadores sobre las dificultades que afrontan las personas con discapacidad auditiva. El Pabellón Polideportivo cubierto de Ayamonte ha servido de escenario a la celebración del Torneo de Fútbol-Sala “Todos Somos Sordos”, que se presenta como una actividad complementaria y de promoción del Campeonato de Europa de FútbolSala para Sordos, que tendrá lugar en Ayamonte entre el nueve y el catorce de febrero próximos. El torneo, que se celebró a lo largo de la mañana del sábado, contó con la participación de unos sesenta niños de diez años de Ayamonte e Isla Crsitina,

y de las localidades lusas de Vila Real de Santo Antonio y Castro Marim, los cuatro municipios organizadores de este gran evento deportivo que por vez primera se disputará en dos países, España y Portugal, gracias al proyecto presentado a través de la Eurociudad del Guadiana. Una actividad que ha tenido un fin recreativo y de convivencia entre los municipios participantes y en la que los niños pudieron experimentar, a través de la practica deportiva, cuáles son las sensaciones y limitaciones a las que se enfrentan las personas con discapacidad auditiva a la hora de practicar deporte. El

torneo, en el que árbitros y jugadores se comunicaron mediante señales visuales, tenía como objetivo fundamental sensibilizar a los participantes a través de los beneficios y del fomento de los valores del deporte, y facilitarles el disfrute de esta experiencia, así como ayudarles a comprender y valorar el esfuerzo que se ven obligados a realizar las personas con discapacidad para poder llevar una vida normalizada en el marco de la sociedad actual. La actividad concluyó con un saludo de los participantes al público en el que los jugadores emplearon la lengua de signos.

El torneo, que se celebró a lo largo de la mañana del sábado, contó con la participación de unos sesenta niños de diez años de Ayamonte e Isla Crsitina, y de las localidades lusas de Vila Real de Santo Antonio y Castro Marim

La Comparsa de Antonio Martín y la Chirigota de Vera Luque actuarán en el teatro Cardenio de Ayamonte La comparsa “Los invencibles”, de Antonio Martín, y la chirigota “Los polvos egipcios”, de José Antonio Vera Luque, actuarán el Lunes de Carnaval en Ayamonte, en un teatro Cardenio que abre así sus puertas al carnaval gaditano. Así lo han anunciado el alcalde de la ciudad, Alberto Fernández, y la concejala de Cultura, Gema Martín, quienes han señalado que uno de los objetivos fundamentales que se persigue con esta actuación es animar el lunes de carnaval, que es la jornada de callejeros que registra menor acti-

vidad carnavalera, frente al martes, que presenta una extraordinaria participación por parte de los amantes de las Fiestas de la Alegría, que llenan ambiente y colorido las calles de la ciudad. Las entradas para asistir a la actuación de estas conocidas agrupaciones del Carnaval de la Tacita de Plata en el teatro ayamontino se pondrán a la venta el próximo jueves día veintiocho, en las taquillas del Cardenio, al precio de veinte euros. Aquellos que adelanten que acudirán disfrazados a disfrutar de la actuación, el ocho de

febrero a las 21,30 horas, tendrán una rebaja de cinco euros, por lo que el precio de la entrada pasaría a ser de quince euros. Importante cumplir con el compromiso; de no ser así, deberán abonar la diferencia el día de la actuación. Cabe añadir en este sentido que se podrá adquirir un máximo de cinco entradas por persona. También en los próximos días se pondrán a la venta las entradas para el concurso local de agrupaciones del carnaval ayamontino, que llega ya a su cuadragésimo primera edición, y que dará comienzo el día veintinueve.

Ayamonte ha acogido un taller formativo sobre violencia de género en el que han participado agentes de la policía y la guardia civil La teniente de alcalde de Igualdad en el Ayuntamiento de Ayamonte y Diputada Provincial, Laura Sánchez, ha sido la encargada de inaugurar en esta mañana el taller formativo que, bajo el título “El trabajo policial frente a la violencia de género”, se ha impartido hoy en Ayamonte de la mano del Área de Igualdad del Consistorio fronterizo en colaboración con el Departamento de Igualdad de la Diputación de Huelva. En el acto inaugural ha participado, asimismo, el diputado territorial Salvador Gómez. Un taller formativo en el que han participado veintiséis efectivos de los cuerpos de la Policía Local y la Guardia Civil de diversas localidades de la Costa, como Almonte, Isla Cristina, Cartaya, Lepe, Punta Umbría, Almonte y el municipio anfitrión. La teniente de alcalde ha dado la bienvenida a los participantes, así como ha agradecido su labor a la formadora responsable del taller, Carmen Serrano Aguilar, técnica en Políticas de Igualdad en la Diputación y máster universitario en Género, Identidad y

Un taller formativo en el que han participado veintiséis efectivos de los cuerpos de la Policía Local y la Guardia Civil Ciudadanía. Sánchez ha destacado Según señaló la técnico, que fue prela importancia de estas jornadas que sentada por la coordinadora del Área tienen como objetivo proporcionar a Municipal de Igualdad, Mayte Parga, la los participantes nuevas estrategias de actividad del taller centra sus conteniactuación que les ayuden a intervenir dos en las repercusiones de la violencia en situaciones de violencia machista, machista, los perfiles que presentan los y “a las que -ha dicho la concejala- le agresores, la situación de desigualdad seguirán otras actividades formativas, de la mujer en la sociedad, las bases dada la necesidad de erradicar la que sobre las que se alimenta la violencia es sin duda una de las mayores lacras de género y la respuesta institucional de la sociedad”. a esta lacra social.

La comparsa “Los invencibles”, de Antonio Martín, y la chirigota “Los polvos egipcios”, de José Antonio Vera Luque, actuarán el Lunes de Carnaval

Ayamonte vuelve a tener presencia en FITUR El alcalde, Alberto Fernández, será el encargado de presentar la nueva marca turística del municipio fronterizo Tras seis años sin presencia institucional en esta importante feria del turismo, Ayamonte vuelve este año a FITUR, la Feria Internacional del Turismo que se celebra, desde hoy y hasta el próximo domingo, en Madrid. El alcalde de la ciudad, Alberto Fernández, viaja hoy a la capital de España, acompañado por el teniente de alcalde responsable del Área de Turismo en el Consistorio fronterizo, José María Mayo, y el concejal de Playas, Francisco Cristóbal, para participar en la segunda feria del turismo más importante a nivel mundial, en la que el municipio se presentará con la marca “Ayamonte se mueve”, formando parte del stand de Playas de Huelva, pero con agenda propia. El primer edil se ha mostrado entusiasmado ante la idea de presentar Ayamonte al resto del mundo y de dar a conocer las excelencias de un municipio con una situación geográfica privile-

giada, “porque Ayamonte no es sólo kilómetros de playa, calles bonitas o una gran actividad cultural. Además de todo eso y mucho más, ofrecemos un plus, que es su estratégico enclave, en la desembocadura de una de las cuatro cuencas más importantes de España. Y eso, sin duda, lo hace especial”, ha dicho el alcalde, quien ha añadido que “llevamos a Madrid una agenda muy apretada e intensa, con reuniones cerradas y encuentros con empresas del sector turístico, para recordarles que Ayamonte vuelve a estar disponible y a aparecer en el mapa”. El edil ha señalado que después de años de pasividad por parte del Ayuntamiento en el terreno turístico, es importante tener en cuenta que “aún hay muchas personas que no conocen las virtudes de nuestra tierra, por lo que empieza ahora una nueva etapa en este terreno -ha dicho-, con el fin de promocionar nuestro municipio y el deseo de decirle al mundo que Ayamonte tiene una gran oferta turística, diferente al turismo habitual de sol y playa o cultura”


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Osvaldo Gonçalves aplaude a recursos naturais para desenv A notícia que inaugura este ano de 2016 em Alcoutim é a redução da REN – Rede Ecológica Nacional – afeta ao concelho. O município já veio publicamente congratular-se com esta medida. Quisemos perceber no concreto, que janela de oportunidades traz esta redução no que diz respeito a uma estratégia de desenvolvimento para o concelho, tanto ao nível do que é investimento privado e o que é investimento público. Numa altura em que a prospeção de petróleo causa polémica [ver notícia pág.16] é importante perceber as alternativas que existem no concelho algarvio que tem o privilégio de acumular o maior número de horas de sol. O rio Guadiana mantém-se como centro de estratégia de desenvolvimento deste concelho do nordeste algarvio. Em entrevista ao nosso jornal o autarca reforça as potencialidades naturais de Alcoutim. Susana H. de Sousa JBG: O município de Alcoutim já se congratulou com a redução da REN. Que maior desenvolvimento se espera a partir daqui depois de minimizado impacto desta regulamentação? Osvaldo Gonçalves: Importa, antes de, objetivamente responder à questão, fazer um breve enquadramento do que é a REN e do que a mesma representa para o Concelho de Alcoutim. De facto, a criação da Reserva Ecológica Nacional, enquanto instrumento de gestão territorial integrado, através do qual se concretiza a implementação de uma estratégia sustentável de preservação de áreas consideradas sensíveis sob o ponto de vista ambiental, afigura-se como o garante do rigor, na proteção dessas mesmas áreas, contribuindo para a e salvaguarda dos recursos naturais, e dos seus ecossistemas, em toda a sua amplitude. Contudo, no escrupuloso cumprimento desse desígnio, a REN, implantada no concelho de Alcoutim, ultrapassou, em larga medida, aquilo que seria razoável sob o ponto de vista dessa mesma preservação, ao ponto de criar desproporcionais limitações em áreas urbanas que impediam a construção de um simples degrau, para além do que já existia, a possibilidade de construção de um anexo de apoio para agricultura ou a implantação de uma mera antena de telecomunicações. Estes constrangimentos, criaram ao longo dos anos enormes obstáculos, ao nível da atração de investimento, da diversificação das áreas que integram a matriz económica concelhia, e do desenvolvimento local, para além daqueles que, pela sua especificidade, afetam os territórios rurais, do interior e de baixa densidade, fruto de décadas de implementação de políticas desajustadas às reais necessidades destes territórios. Atentos a estas questões, foi em meados de 2013, dado início ao processo de proposta de revisão de REN, que tinha, uma área de cerca de mais de 200 Km2. Após a recente conclusão do processo de revisão, a REN, no concelho de Alcoutim, abrange, agora, um território de cerca de 60 Km2.

O presidente da Câmara Municipal de Alcoutim Osvaldo Gonçalves Esta significativa redução, de extrema relevância para o território e para os Alcoutenejos, permite, em complementaridade com outros instrumentos de gestão territorial, a conservação da natureza e o desenvolvimento sustentável. Atualmente, a revisão da REN, integrada num conjunto de medidas que corporizam a estratégia municipal de promoção e atracão de investimento, fazem de Alcoutim, um concelho com características singulares, de amplas oportunidades, capaz de corresponder às expetativas de empreendedores e investidores de diversos setores do mercado, pelo que existem, obviamente, fortes razões para estar otimista quanto ao futuro JBG: Sabemos que existem já diversos investimentos no concelho no que diz respeito às energias renováveis numa clara alternativa à dependência dos combustíveis fósseis. E até numa resposta ao que se debate hoje no Algarve: sondagem e possível exploração e produção do petróleo na região. Como olha para esses investimentos e para a possibilidade de exploração de petróleo e gás em mar e em terra algarvios. OG: Sendo Alcoutim, um concelho “amigo do ambiente”, e onde a

preservação do património natural é, sem sombra de dúvida, um compromisso, é clara a minha posição relativamente há cada vez maior necessidade de uma verdadeira aposta na investigação e promoção das fontes de energia renováveis, em detrimento das não renováveis, da qual o crude é um bom exemplo. O território de Alcoutim congrega o facto de ser uma zona privilegiada no que se refere à exposição solar, com o facto de ser um território com uma orografia perfilada de enormes planaltos e planícies, o que resulta num enorme potencial para a produção de energias de base renovável. Tendo em conta as características do Concelho, relativamente a esta matéria, é elementar, concluir que, com vontade e com capacidade de investimento, o aproveitamento deste potencial será uma enorme mais-valia a nível local, Regional, e de alcance Nacional no que concerne à contribuição no domínio da diminuição do consumo de energias poluentes, nomeadamente a queima de combustíveis fosseis, que, em contra ciclo, se querem, pelos vistos, começar a explorar no Algarve. Neste domínio, tendo a notícia desta intenção instalado no seio da região, fortes preocupações, justificadas nos receios de se comprometer, definitivamente, o prin-

cipal motor da economia regional, a atividade turística, e porque esta é uma questão que deve ser abordada numa lógica regional, dada a sua enorme relevância, importa deixar bem claro que estamos todos empenhados na defesa do interesse público, na preservação das características que fazem da região Algarvia um destino turístico de eleição, e, ativamente contra esta investida, absolutamente catastrófica, para a região. JBG: O rio Guadiana continua a ser visto como o motor de desenvolvimento do Baixo Guadiana. A mais recente intervenção foi a sinalização e balizamento do rio desde a Ponte Internacional do Guadiana até Alcoutim. Qual a importância que atribui a esta obra? OG: O Grande Rio do Sul, representa uma privilegiada via de acesso, e uma importante porta de entrada para Alcoutim, que serve todo o Baixo Guadiana, desde a Foz, até Mértola, e onde a história nos convida a conhecer grandes momentos, em que este Rio era o principal protagonista nas mais diversas atividades no setor das transações comerciais, com o expoente máximo no período de exploração das minas de cobre da faixa piritosa Ibérica, nomeadamente, das Minas de São Domingos. No entanto, as mutações


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redução da REN e salienta volvimento de Alcoutim socioeconómicas e geopolíticas das últimas décadas, retiraram a este espelho de água, e nesta vertente, o seu esplendor. A conclusão da obra, em questão, representa um importante passo para devolver ao rio Guadiana a sua capacidade de atração, no que se refere à sua utilização em diversos domínios, presente em alguns períodos da nossa história, e que permitiu e permitirá, no futuro, explorar, de forma otimizada, as suas múltiplas potencialidades, contribuindo, deste modo, para a criação de oportunidades que se afigurarão como uma alavanca para o desenvolvimento do tecido económico desta sub região. No entanto, é importante que toda esta dinâmica não se fique por Alcoutim, e que continue rio acima, e consiga chegar até Mértola, porque, aí sim, a estrada estaria completa, e os benefícios seriam de facto bem mais profícuos para todo o território do Baixo Guadiana. JBG: Que relação existe com os municípios de El Granado, Salúcar de Guadiana e San Silvestre de Guzman numa

ótica de um fortalecimento das relações fronteiriças? OG: O paradigma inerente ao conceito do “pensar global, agir local” é, à medida que caminhamos em direção a um mundo cada vez mais global, cada vez mais relevante na definição das nossas estratégias de ação. Para que consigamos ser agentes dinâmicos e ativos na promoção do desenvolvimento dos nossos territórios, é cada vez mais necessário, enquadrarmos as nossas estratégias, nas de carácter europeu, nacional e regional, e, simultaneamente, irmos ao encontro daqueles que têm a vontade reciproca de refletir sobre as questões que nos preocupam e são comuns em regiões com caraterísticas idênticas e com problemas similares, de forma a corporizar sinergias e soluções mais perenes e assertivas. Sanlúcar de Guadiana, El Granado, e San Silvestre de Guzmán, são um bom exemplo de territórios, com um perfil similar ao de Alcoutim, com cujos Alcaldes temos excelentes relações de cooperação, e estamos todos empenhados no fortalecimento das pontes relacionais de índole cultural, social e económica que nos unem, e atentos a todas as oportunidades que as relações entre Portugal e Espanha possam trazer de mais-valias para os nossos concidadãos, designadamente, através da aposta em projetos em áreas passíveis de candidatura a fundos comunitários. JBG: Quais os nichos de negócios e de oportunidade de investimento que gostaria de ver melhor aproveitadospelos potenciais investidores em Alcoutim? OG: Alcoutim, nas suas características Rurais e de baixa densidade, sofre um grave problema de despovoamento, o que se reflete, sobretudo, na falta de jovens. Olhando para esta realidade e aplicando uma visão construtiva e de futuro, poderemos dizer, que Alcoutim, é uma Terra de Oportunidades, pois na falta, existe o espaço. Espaço e condições para que novos investidores, com capacidade empreendedora, invistam em Alcoutim, criando, deste modo, as premissas necessárias para que novas famílias se fixem, e possam usufruir da qualidade de vida que o nosso concelho tem para oferecer. Neste conceito, que abrange um indeterminado conjunto de variáveis, Alcoutim tem, pela sua riqueza ao nível do património natural e cultural, uma ótima margem de crescimento na área do Turismo, quer na vertente cinegética, quer na vertente do turismo de natureza, saúde, etc… Alcoutim, com provas dadas em projetos de sucesso já implementados na área das energias renováveis, tem ainda espaço para evoluir, neste domínio.

Contudo, considero que para que este investimento seja efetivamente integrado, e sustentável, terão que haver alterações legislativas que possibilitem, de forma mais abrangente, que a produção das diferentes tipologias de energias limpas, se faça refletir nas receitas do município, da mesma forma que já acontece com a energia eólica, e, simultaneamente, se faça refletir na criação de emprego e na melhoria das condições de vida dos Alcoutenejos, pois só assim, este investimento poderá representar para as populações, uma efetiva mais-valia, com caráter duradouro e sustentável. No entanto, as oportunidades que Alcoutim tem para oferecer são de natureza muito mais ampla. A dinamização da Zona Industrial e a criação de um quadro local de incentivo ao investimento, são uma prioridade para este executivo, e, certamente, representarão para os potenciais investidores, nas diversas áreas de atividade, um fator diferenciador, relativamente a outros territórios, e preferencial no que concerne à fixação das suas empresas. JBG: Recentemente o município de Alcoutim aprovou uma quota extraordinária de 12 mil euros à Odiana. Qual a oportunidade de desenvolvimento que encontra nesta associação numa altura em que se inicia um novo quadro comunitário, sendo que as dificuldades por que esta associação passa são sobejamente conhecidas? OG: A aprovação desta quota extraordinária, decorre de um compromisso assumido entre os 3 municípios, para fazer face a situações pontuais de falta de liquidez da Associação, pelo que o município de Alcoutim, cumpriu-o na proporção que lhe competia. Quanto ao futuro da Associação, espero que esta obtenha, nos próximos anos, o sucesso alcançado no passado, o qual integra um enorme historial no domínio da gestão de fundos comunitários, que promoveram, na região, a concretização de importantes projetos, com uma intervenção significativa em diversas áreas, e que contribuíram, para a melhoria do perfil socioeconómico, da mesma. Este é o meu desejo e a minha expectativa, para a execução do plano de atividades, recentemente aprovado, e que mais uma vez, ambiciona uma intervenção territorial abrangente, à qual subjaz uma lógica inteligente de adaptação às novas realidades e aos exigentes condicionalismos da operacionalidade da filosofia do novo quadro comunitário, face às necessidades dos territórios e das populações que, nesta lógica se deverão converter em oportunidades.


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Protocolo de colaboração entre Município e CDCS de Martim Longo salvaguarda funcionamento da instituição O Centro de Desenvolvimento Cultural e Social (CDCS) de Martim Longo encontra-se numa situação económica grave. As causas estão relacionadas com a evidente diminuição da natalidade no concelho, e também se deve ao novo enquadramento legal de funcionamento de estabelecimentos de educação pré-escolar e escolas de 1º ciclo, “que remetem a instituição para uma situação de incapacidade financeira no cumprimento dos seus compromissos financeiros”, explica o município de Alcoutim em comunicado. Face à necessidade de salvaguarda dos interes-

O Centro de Desenvolvimento Cultural e Social (CDCS) de Martim Longo encontra-se numa situação económica grave

ses da população, o Município de Alcoutim assinou um protocolo de colaboração com a instituição, atribuindo o valor de 30 mil euros. Recorde-se que a instituição acolhe 19 crianças na resposta social de Jardim de Infância, 5 na resposta social de Creche e 15 em ATL (período de férias escolares). Com a assinatura deste protocolo, o Presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Gonçalves, reforça a sua política de trabalho em parceria com as entidades locais.

Alcoutim atribui cartão social a 70 famílias carenciadas A Câmara Municipal de Alcoutim deliberou em reunião do executivo, atribuir o Cartão Social do Município a 70 agregados familiares, que assim beneficiarão, ao longo do ano de 2016, de um conjunto de regalia em vigor. A medida surge “no âmbito de uma política social centrada na melhoria das condições de vida da população, em especial dos agregados familiares que se encontram em situação de maior vulnerabilidade social, e na criação de instrumentos que possam diminuir carências e ajudar a inverter dinâmicas de exclusão social”,

Lê-se no comunicado da edilidade. De acordo com o previsto no regulamento do cartão social em vigor, a atribuição do mesmo confere aos respetivos titulares o direito a serem apoiados pelo Município de Alcoutim na aquisição de bens e serviços em que este seja fornecedor, designadamente através da redução em 50% do pagamento das taxas, tarifas, preços e licenças, devidas pelo utente. Confere ainda o direito a usufruírem da aplicação do tarifário social nos serviços de abastecimento de água, saneamento de água residuais e gestão de resíduos

urbanos. O apoio está aberto a todos os residentes no concelho há pelo menos um ano que estejam recenseados numa das freguesias e que comprovadamente possuam um rendimento abaixo de uma capitação anualmente fixada para o efeito. O cartão é válido por um ano, renovável por igual período a requerimento do interessado. As candidaturas decorrem no Gabinete de Ação Social, Saúde e Educação da Câmara Municipal, durante os meses de novembro e dezembro.

Novo Protocolo pretende assegurar mais saúde

Entre as várias medidas estão previstos mais rastreios de saúde Um novo protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim e a Câmara Municipal de Castro Marim pretende, e de acordo com informações enviadas à nossa redação, “igualar a acessibilidade dos cidadãos com maior vulnerabilidade socioeconómica à prestação de cuidados de saúde”. No mesmo comunicado é explicado que “neste âmbito, nasceu um protocolo de colaboração entre a autarquia e a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, que visa o desenvolvimento de iniciativas e atividades conjuntas na área da promoção da saúde”. São cerca de 30 mil euros anuais

em que a Santa Casa da Misericórdia compromete-se a proporcionar à população carenciada cuidados de saúde, mediante a realização de rastreios, ações de sensibilização e apoio médico, a trabalhar mais persistentemente nos problemas que constrangem a população idosa, nomeadamente as demências, a incontinência urinária e a dor. A Santa Casa da Misericórdia colora também no programa de cessação tabágica do município, que já devolveu a 180 munícipes uma vida sem tabaco. Recorde-se que esta Santa Casa existe há 524 anos, com o objetivo de

minimizar o sofrimento da população mais desprotegida e carenciada e este apoio vem fomentar e consolidar o importante contributo que, ao longo dos anos, tem sido o pilar dos mais desprotegidos. “Mais qualidade de vida e dignidade para os mais desfavorecidos. Dotar todos os cidadãos para um papel ativo na construção da nossa comunidade, é uma das maiores responsabilidades das autarquias e isso passa, sem dúvida, pela prestação de cuidados de saúde a todos de igual forma”, assegurou o edil Francisco Amaral.

O cartão é válido por um ano, renovável por igual período a requerimento do interessado

Município de Alcoutim e Santa Casa da Misericórdia celebram acordo para a integração profissional de munícipes portadores de deficiência Foi aprovado em reunião Câmara o protocolo de colaboração estabelecido entre a Câmara Municipal de Alcoutim e a Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim para a integração profissional de pessoas portadoras de deficiência num ambiente de trabalho. Neste protocolo ficou definido que os munícipes de Alcoutim portadores de deficiência, em idade ativa, com recetividade para integrar equipamentos culturais e/ou desportivos da Câmara Municipal podem participar na dinâmica cultural desportiva ou social do concelho, durante um ano. Para o efeito, a Câmara Municipal atribui uma comparticipação de 7.200,00€ à Santa Casa da Misericórdia, proporcionando aos munícipes portadores de deficiência que tenham reunido as condições o apoio para o desenvolvimento do projeto. Serão promovidas através dos Serviços de Acão Social ações, que visem, entre outros aspetos, referenciar as potencialidades de empregabilidade e mobilidade dos munícipes abrangidos pelo protocolo, assim como, a Santa Casa da Misericórdia proporcionará a formação adequada ao desenvolvimento das ações, e apoio psicossocial na medida do necessário. Com este Protocolo de Colaboração a Câmara Municipal de Alcoutim pretende contribuir para a construção de um contexto inclusivo de trabalho, destinado a eliminar barreiras sociais e possibilitar o desenvolvimento de habilidades e competências para o exercício de funções por parte das pessoas portadoras de deficiência, promovendo a consciencialização da sociedade empresarial para a importância da integração das pessoas com deficiência.


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D ESEN VO LVIMEN TO

Terras do Baixo Guadiana recebe cerca de 4 milhões de euros do Governo A Associação Terras do Baixo Guadiana, entidade até 2017 sob a presidência da Associação Odiana, assinou a 27 de Janeiro, o Contrato para o Desenvolvimento Local de Base Comunitária. São cerca de 4 milhões de euros cujo destino é o Baixo Guadiana até ao ano 2022. O arranque de candidaturas está previsto para Março. Numa cerimónia que teve lugar em Ponte de Sor, foram assinados 54 contratos entre as Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais financiadores e os Grupos de Ação Local – Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) de âmbito rural. Os contratos assinados totalizaram um montante de 242,2M€ de Fundos da União Europeia, sendo que na assinatura esteve também presente o Primeiro Ministro. O contrato do DLBC aprovado para o Baixo Guadiana, dispõe de um total de € 3.806.765,95, centrando-se em comunidades e agentes económicos, sociais e institucionais intervenientes nos processos de desenvolvimento rural e competitividade da economia

de base rural (abordagem LEADER – DLBC Rural integrado no PDR 2020). A meta é promover uma resposta aos elevados níveis de desemprego, através da dinamização económica local, do estímulo à inovação social e à busca de novas respostas à pobreza e exclusão social. O contrato tem início em 2016 e término em 2022, sendo que para já aguarda-se o arranque da abertura de avisos e candidaturas previsto para o mês de Março. A Odiana, enquanto sócia da Associação Terras do Baixo Guadiana (ATBG) assumiu, no último dia 23 de Dezembro, a liderança da entidade. Durante os próximos 2 anos, Francisco Amaral, na qualidade de

O contrato de Desenvolvimento Local foi assinado a 27 de Janeiro Presidente da Odiana irá presidir a ATBG, entidade gestora do programa DLBC-RURAL no Baixo Guadiana que vem dar continuidade à abordagem LEADER. A gestão deste instrumento financeiro acarreta responsabilidades acrescidas, nomeadamente ao nível da coordenação da parceria: 63 entidades (35 privadas e 28 públicas) e do Órgão de Gestão (7 entidades). Recorde que a ATBG instituiu-se, em Outubro de 2001, para dar coe-

rência e aproveitar as oportunidades do programa de iniciativa comunitária LEADER +, dinamizando o tecido empresarial, através de apoio técnico, planificação de candidaturas e respetiva gestão. Saiba-se que a ATBG é constituída pela Associação Odiana, a Associação Alcance e Associação de Defesa do Património de Mértola, sendo que a presidência da entidade é rotativa. A ATBG está sedeada na vila de Alcoutim e procura dar resposta

às possibilidades e propostas de investimento que possam beneficiar a região. Entre 2002 e 2014 destacam-se mais de 200 projetos concluídos e cerca de uma centena de novos postos de trabalho criados, gerindo uma ajuda pública que atingiu quase os 9 milhões de euros (para um total de investimento de cerca de 15 milhões). Saiba mais em: www.atbaixoguadiana.pt ou www.facebook.com/ terrasbaixoguadiana

Praia Verde Baixo Guadiana já Boutique Hotel está na Bolsa de Terras reforça aposta Foi assinado o primeiro contrato de disponibilização de prédio rústico do Baixo Guadiana na plataforma da Bolsa de Terras. O contrato foi elaborado por intermédio da Odiana. Outros mais já estão em processo.

Trata-se do primeiro contrato operacionalizado por intermédio da Odiana enquanto Gestora Operacional de Bolsa de Terras(GeOp) no Baixo Guadiana, ou seja, uma entidade autorizada para a prática de atos de gestão operacional ao nível da Bolsa de Terras. O papel da Odiana é informar, é elucidar a população sobre a disponibilização, promoção e venda/ arrendamento de terras, e neste âmbito a entidade já levou a cabo no final do ano passado uma sessão de esclarecimentos. Outros contactos e processos já estão em marcha, sendo que a Odiana está disponível para quaisquer esclarecimentos neste âmbito. A Bolsa Nacional de Terras tem como objetivo facilitar o acesso à terra através da sua disponibilização, designadamente quando as mesmas não sejam utilizadas, e através de uma melhor identificação e promoção da sua oferta. Disponibiliza para arrendamento, venda ou para outros tipos de cedência as terras com aptidão agrícola, florestal e silvopastoril do domínio privado do Estado, das autarquias locais e de quaisquer outras entidades públicas, ou pertencentes a entidades privadas. Disponibiliza ainda terrenos

com ampliação

Ampliação sucede após o êxito deste hotel

Trata-se do primeiro contrato operacionalizado por intermédio da Odiana enquanto Gestora Operacional de Bolsa de Terras(GeOp) no Baixo Guadiana baldios, nos termos previstos na Lei dos Baldios e assenta nos princípios da universalidade e da voluntariedade. A destacar que a entidade gestora da Bolsa de Terras é o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território através da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR). Para mais informações sobre a Bolsa de Terras consultar: www.bolsanacionaldeterras.pt ou contactar a Odiana através do 281531171.

As portas desta unidade hoteleira abrir-se-ão novamente a 1 de Junho de 2016. Até lá o «Praia Verde Boutique Hotel» vai sofrer obras de ampliação e melhoramento. Recorde-se que esta unidade tem tido grande êxito o que também impulsionou a administração agora a ampliar e aperfeiçoar algumas áreas e serviços, com vista a melhorar a qualidade oferecida ao cliente. O investimento, privado, ronda os 4 milhões de euros. “O processo foi resultado da estreita colaboração com a Câmara Municipal de Castro Marim com o Praia Verde Boutique Hotel, da qual resultou a

adaptação e correção material do PDM (Plano Diretor Municipal), em função da nova portaria da REN (Reserva Ecológica Nacional) para o concelho de Castro Marim, que classifica a área do Hotel como zona de ocupação turística, permitindo assim a ampliação para mais um piso. O Praia Verde Boutique Hotel duplicará assim a sua capacidade de alojamento”, explica a edilidade em comunicado. Nomeado na categoria Melhor Boutique Hotel, nos Portugal Travel Awards 2015, o Praia Verde Boutique Hotel, membro da Design Hotels, é o primeiro hotel a ser gerido pelo Discovery Hotel Management.


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LOCA L

Dâmaso do Nascimento deixa legado de inovação na indústria conserveira de VRSA Janeiro fica marcado pelo falecimento do «último moicano» do Atum de Vila Real de Santo António. Dâmaso do Nascimento deixou um legado de inovação que na zona industrial de Vila Real de Santo António tem lugar cativo. E daqui parte para muitos cantos de Portugal e para o estrangeiro. Susana H. de Sousa

Para Luís Camarada, presidente da Assembleia Geral da Confraria do Atum, sediada em Vila Real de Santo António a morte de Dâmaso do Nascimento “é uma perda irreparável para Vila Real de Santo António”, lembrando “o importantíssimo papel que Dâmaso desempenhou no reavivar da indústria conserveira”, sem esquecer que “a inovação teve um papel importante na no legado que deixa”. Este empresário vilarealense recorda que “Dâmaso do Nascimento se intitulava « o último moicano do atum» e sem dúvida que o foi.

Paixão pelo atum Tal como já havíamos dado a conhecer em notícia que demos em tempos no JBG, Dâmaso do Nascimento tinha uma enorme paixão pela indústria conserveira. Foi responsável de produção na fábrica Comalpe e, mais tarde, após ter estado no desemprego, Dâmaso Nascimento faleceu em janeiro de 2016 criou o seu negócio, em nome próprio. Para isso beneficiou dos apoios para o efeito do Instituo de Emprego e Formação Profissional. E não poderia ter feito melhor escolha. Afincadamente e através da empresa «Conservas Dâmaso» recuperou a auto-estima dos vilarealenses no que toca à produção ligada à indústria conserveira - e que faz parte do código genético dos vilarealenses. Na zona industrial, passou a fazer a transformação do atum para secos e salgados. O salame de atum é talvez dos seus produtos mais afamados pela inovação! Começou desde logo a fornecer os restaurantes e comércios locais. A muxama e a estupeta como genuínos cartões de visita e que se juntaram aos petiscos ditos gourmet.

Membro da Confraria do Atum Dâmaso Nascimento também fez parte da Confraria do Atum. Criada em Setembro de 2008, atualmente presidida por António Cabrita. Recorde-se que esta é uma associação sem fins lucrativos com sede em Vila Real de Santo António que tem como objectivo “não só a defesa da gastronomia deste peixe, como a sua promoção enquanto espécie piscícola e o conhecimento da sua vertente histórico-cultural, origem, vida, pesca e produto gastronómico”, tal como fazia questão de explicar Dâmaso Nascimento.

Fica legado em VRSA Com uma vida inteira ligada às conservas, Dâmaso do Nascimento deixou de herança à família enlutada um legado de inovação e de património cultural imaterial onde o conhecimento sobre a história do atum marca a diferença.

Câmara de VRSA manifesta voto de pesar A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António manifestou desde logo “um voto de pesar pelo falecimento de Dâmaso Augusto Silva do Nascimento, empresário vila-realense que se notabilizou por deter a última unidade fabril de transformação de atum em VRSA e reativar a tradição conserveira na cidade”. O JBG endereça à família os sentidos pêsames.


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Pensar-se um projeto de raiz para fazer animar o centro histórico, para além do que já é feito diariamente, com o intuito de quebrar a sazonalidade mostra-se tarefa árdua. Já teve lugar a primeira edição do «White Sunday» em Vila Real de Santo António e foram vários os comerciantes que se uniram neste propósito. Texto: Susana H. de Sousa

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ES PECIA L W HI TE S U N DAY

Centro Histórico de VRSA ves stocks até à rua O centro comercial a céu aberto em Vila Real de Santo António (VRSA) ganhou uma nova dinâmica no domingo, dia 31 de Janeiro. O ano de 2016 começou, assim, com uma novidade que se pretende estender ao longo dos próximos tempos com o objetivo de dinamizar o comércio e serviços do centro histórico pombalino em época baixa e ao Domingo. Por isso mesmo, Vila Real de Santo António vai receber no último domingo de cada mês, entre as 10h30 e as 18h00, o «White Sunday» / Domingo Stock Out. No arranque o evento contou com a colaboração dos comerciantes da Baixa da cidade que apresentaram produtos com saldos e descontos adicionais e também tiveram a oportunidade de expor os seus artigos no exterior, sem lugar a pagamento de taxas adicionais. Resultado: centenas de pessoas rumaram até Vila Real de Santo António para a primeira edição do Domingo Stock Out. Umas sabendo de antemão do evento e outras numa rotina que já as leva ao Domingo também por aquele centro histórico. A importância desta iniciativa é, claramente, tornar a baixa de VSRA mais atrativa, quebrando sazonalidade. Num contacto direto com os comerciantes foi notório que os últimos anos de negócio não têm sido nada fáceis. Gastão Viegas é dos mais antigos com porta aberta por estes lados [ver caixa pág.15], e lembra tempos áureos que já lá vão. A verdade é que a resiliência é característica de quem tem comércio nesta baixa e de tudo faz para se sentir com força para continuar apesar dos tempos difíceis, fruto de uma conjuntura internacional. [ver balanços mais à frente]. Dos turistas que fomos encontrando no «White Sunday» muitos eram espanhóis, mas também alguns portugueses e outros do norte da Europa. Essencialmente queriam animação e comprar mais barato, já que ouviram falar de um «stock out», fenómeno que está na moda em todo o mundo, sendo exemplo dia o «Black Friday». Por aqui, na generalidade, os turistas e todos os que visitaram o «White Sunday» apreciaram a iniciativa e desfrutaram, sendo que a parte da tarde mostrou-se ainda mais animada que a da manhã. O evento prolongou-se entre as 10h30 e as 18h00 e integrou animação musical na Rua Teófilo Braga. Este projeto foi promovida pela autarquia de VRSA e pela empresa municipal SGU, em parceria com o empresário Luís Camarada. É, também, uma resposta às múltiplas excursões - provenientes de Espanha - que integram a cidade de VRSA nos seus roteiros e procuram oferecer atividades de lazer aos turistas. No domingo de arranque fruto dessas excursões afluíram até VRSA cerca de 500 espanhóis de idade mais sénior. Do ponto de vista de Luís Camarada, “esta primeira edição já foi um sucesso, pois o Domingo está mais animado que o habitual e os colegas vão percebendo o potencial de crescimento que este evento pode ter”. Falou-nos entusiasmado, ao mesmo tempo que apelou aos outros comerciantes para “aproveitarem bem os próximos White Sunday”. Vestido de branco, a rigor com a iniciativa, Luís Camarada mostrou-se

incansável para fazer com que a iniciativa decorresse da melhor maneira possível dentro das expectativas geradas. “Ainda não trouxemos 1500 espanhóis ao Domingo, mas vamos fazê-lo, acreditando que a adesão dos nossos colegas será também ela cada vez maior”. À porta do restaurante «Coração da Cidade» [que dá nome ao grupo empresarial de Luís Camarada] estava animação contratada pelo próprio. Desde dança, fado, rock, entre outros ritmos, num palco que centralizou atenções.

Conceito

O nome do evento [White Sunday] segue os princípios da Black Friday, permitindo aos comerciantes escoarem os seus stocks, em época baixa, numa ação conjunta e promovida através de uma linha de comunicação única. Para tal, cada estabelecimento aderente está identificado com um logótipo associado ao evento e utiliza mobiliário exterior de acordo com a linha gráfica definida para o Centro Histórico de VRSA. Adicionalmente, as lojas vão encontrar-se decoradas com materiais de promoção onde o branco - já utilizado na uniformização do mobiliário urbano de VRSA - será a cor predominante. O Domingo Stock Out visa a dinamização da marca Vila Real a Céu Aberto, promovida pelo município de Vila Real de Santo António e pela empresa municipal VRSA SGU, e tem o objetivo de valorizar e requalificar a sua zona Pombalina. Pretende-se que, no futuro, outros setores de atividade se associem à iniciativa.

Balanços Conhecendo de antemão o conceito, percorrermos o centro comercial a céu aberto de VRSA e demo-nos conta de uma adesão ainda um pouco tímida a esta iniciativa. Houve quem abrisse de manhã apenas e da parte da tarde fechasse as portas. Houve também quem resis-


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ESP EC IAL WHITE SUN DAY

stiu-se de branco e levou os tisse e optasse por continuar aberto da parte da tarde num dia de semana em que as suas portas costumam estar bem fechadas. A maioria dos comerciantes com quem falámos mostrou-se expectante a que este evento ganhe dimensão e maior adesão tanto de comerciantes como de turistas e clientes. O que todos desejam é que Vila Real de Santo António anime um pouco mais nesta «época tão má para o negócio» como todos caracterizam. A primeira edição decorreu, assim mesmo, sob o olhar atento de muitos os que quiseram aderir, quer seja comprando, quer tenha sido a dançar ou na esplanada de um café num dia em que o sol fez questão de participar! Aproveitando o «White Sunday» quisemos também conversar com os comerciantes, sobre as épocas alta do ano de modo a perceber como está o panorama por estes lados. A maioria deu-nos conta que 2015 não foi a esse nível pior que o ano anterior, mas ainda estamos longe da retoma. Alfredo Pereira de Campos, das Lojas Caravela, por exemplo, reconhece que a empresa sentiu alguma retoma, nomeadamente, no Natal de 2015, mas contextualiza, dizendo que só foi possível sentir essa “pequena retoma” porque a empresa abriu uma nova loja no concelho de Lagos. De outra forma, acredita, teria tido um balanço semelhante ao de 2014. Contudo, defende que iniciativas que animem e tragam aos poucos outros turistas na época baixa têm o potencial de passo a passo ir tornando VRSA num potencial turístiico cada vez mais atrativo.

Luís Gomes fala em “oportunidade única” Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, esta iniciativa “representa uma oportunidade única para promover a cidade e o seu centro histórico porque tem um efeito bola de neve benéfico para toda a estrutura económica”. Recorda que “prossegue a estratégia de afirmação do Centro Histórico de VRSA, candidato a Património Mundial da Unesco, cuja notoriedade já é reconhecida nacional e internacionalmente». Lembrando que em breve haverá uma transformação deste centro histórico com a conversão de espaços pombalinos atualmente utilizados pelos serviços municipais em hotéis de charme [tal como o JBG já tinha anunciado em edições anteriores]. O Hotel Guadiana será um dos espaços chave para a hotelaria de charme, já que é um dos maiores cartões de visita desta cidade mandada erguer por Marquês de Pombal.

Gastão Viegas – 40 anos no comércio da baixa de VRSA Neste percurso pelo centro comercial a céu aberto em Vila Real de Santo António entrámos na loja do senhor Gastão Viegas. Com 40 anos de casa na Rua Teófilo Braga é dos mais antigos, senão o mais antigo, comerciante. Com 87 anos lembra os tempos antes do Euro. “Era muito melhor nessa altura. O nosso dinheiro valia mais e os espanhóis tinham outro poder de compra”. Para este comerciante que nos prende com uma história que acompanha as últimas quatro décadas do comércio de VRSA desde que “mudámos a moeda que o negócio começou a cair…” Lamenta que se tenha abandonado a pesca em VRSA “porque era uma fonte de rendimento para as famílias” que, defende”, deveria ter sido “apoiada com dinheiros e não estimulada a acabar”. Os outros tempos, os da indústria conserveira de VRSA, foram lembrados por Gastão Viegas e não só. Deixou muitas saudades a muitos comerciantes, pois eram tempos “de uma baixa comercial com muito mais vida e em que o negócio vivia tempos áureos”. O senhor Gastão Viegas vai-se conformando a contragosto com os tempos que vive em pleno século XXI, referindo que está em completo desacordo com os parquímetros que, segundo ele, e a maioria dos comerciantes que ouvimos, afastaram clientes durante a semana e que optam por vir mais ao sábado à tarde e ao Domingo, quando não se paga estacionamento.


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DESENVOLV I M EN T O

Petróleo no Algarve Nos últimos dias de janeiro, a presença de uma plataforma petrolífera ao largo de Tavira e bem visível da costa causou alarme entre os ativistas algarvios. Apesar de se tratar apenas de um enorme cargueiro que circulava lentamente a caminho de Roterdão, na Holanda, de imediato os algarvios tiveram a oportunidade de constatar como será a alteração paisagística depois da prevista instalação dessas enormes estruturas da exploração offshore de hidrocarbonetos. A eventual exploração de petróleo e gás natural, em terra ou no mar, no Algarve, atinge o território de 14 dos 16 municípios algarvios. José Cruz É do final de janeiro também a notícia de que o atual Governo do Partido Socialista não vai avançar com os concursos para atribuir sete licenças que tinham sido anunciados pelo anterior governo de Passos Coelho. Desses concursos, um deles dizia respeito às aguas profundas do Algarve (deep offshore). Os restantes situavam-se na área do Porto, quatro em águas pouco profundas (shallow offshore) e duas em águas profundas. Estes adiamentos terão mais a ver com a descida do peço do petróleo no mercado internacional e o provável início em força da exploração petrolífera no Irão, após o levantamento das sanções. A Repsol, por exemplo, pediu o adiamento do investimento de cerca de 46 milhões de euros na prospeção de gás, que estava obrigada a efetuar até final de 2015. A Portfuel, que pertence ao empresário Sousa Cintra, é concessionária nas áreas de Aljezur e Tavira. No que diz respeito a esta área, anote-se que abrange uma extensa faixa do território do Baixo Guadiana, nos concelhos de Vila Real de Santo António, Tavira e Castro Marim. Esta empresa está esperançada em encontrar petróleo. O presidente da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), Paulo Carmona, afirmou à agência Lusa que os contratos de concessão, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo nas áreas designadas por Aljezur e Tavira preveem apenas pesquisa em terra, com recursos a métodos tradicionais, por um período de quatro anos. Opõem-se aos métodos tradicionais o fracking e o cracking, métodos de exploração que têm encontrado enormes protestos das populações onde têm sido aplicados, em especial nos Estados Unidos da América. Dos 27 furos realizados em Portugal desde 1981, todos foram abandonados ou por não se ter encontrado petróleo ou por o mesmo ser de baixa qualidade. Os contratos em vigor vão manter-se.

Políticos protestam Em reunião realizada a 11 de janeiro do ano em curso, os presidentes da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), em maioria socialistas, e as associações empresarias do Algarve NERA, AIHSA, AHETA, CEAL, ACRAL e ANJE, Algarve exi-

giram a paragem imediata do processo de prospeção de petróleo e gás natural na região. Em comunicado enviado às redações deram nota de que “independentemente da forma como o processo foi conduzido pelos diferentes Governos, os representantes da AMAL e das associações empresariais do Algarve afirmam com veemência que discordam e opõem-se, firmemente, ao arranque e desenvolvimento desta atividade”. E consideram que só o anúncio da prospeção causa prejuízos à atividade económica e “não se coaduna com o desenvolvimento sustentável preconizado e defendido para a região pelos vários agentes económicos e políticos, alicerçado nas mais variadas vertentes turísticas, na potenciação dos recursos endógenos e de indústria não poluente ou limpas, com recurso às energias renováveis, esse sim o caminho a seguir”. Recordam que a força turística do Algarve tem por base a beleza da paisagem, o clima e o ambiente. Desta forma, a concretização do processo pode desferir “um golpe fatal para o futuro da região”. Também dizem que os resultados económicos que possam advir da exploração “não justificam os danos ambientais e sociais que daí possam advir para o bem-estar na região, da sua economia e de todos os algarvios”. Têm em conta que António Costa disse no Parlamento que os cinco contratos em vigor (Repsol, ENI, Galp, Partex e Portfuel) são para manter, mas consideram haver como alternativa a suspensão imediato dos mesmos e pode, pura e simplesmente anular os contratos onshore (exploração em terra), como afirmou o autarca de Aljezur. A AMAL reuniu também com André Silva, o deputado do PAN que interpelou Costa sobre o tema, há duas semanas, no Parlamento. Já os comunistas em julho de 2015 queriam saber se o Governo acompanhava os trabalhos de prospeção e pesquisa de petróleo e gás natural, bem como os motivos pelos quais o Governo não tinha, até então, realizado a avaliação de impacte ambiental e perguntavam quando seria a mesma levada a efeito. Para o PCP, estas medidas garantirão que a concessionária “adota medidas que evitem esses impactos e assegurem a proteção do ecossistema marinho e da costa algarvia”. Este partido considera que as contrapartidas para o Estado, estabelecidas nos contratos de concessão

das áreas denominadas Lagosta e Lagostim, “são miseráveis”. E explicam porquê: “A concessionária, após recuperar integralmente os custos de pesquisa e desenvolvimento e após descontar todos os custos operacionais de produção (isto é, depois de atingir um resultado líquido positivo) paga ao Estado Português apenas 5% do valor dos primeiros 5 milhões de barris de óleo equivalente, 7% entre os 5 e 10 milhões de barris de óleo equivalente e 9% acima dos 10 milhões de barris de óleo equivalente (1 barril de óleo equivalente = um barril de petróleo líquido = 6000 pés cúbicos de gás)”. O PCP considera que o Estado “deve assumir integralmente as suas responsabilidades no apuramento de eventuais impactos ambientais resultantes da prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural ao longo da costa portuguesa”. O Partido Ecologista «Os Verdes» já se avistou com a Plataforma Algarve Livre de Petróleo, PALP. O Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República uma iniciativa que prevê a suspensão imediata de todos os contratos relativos à exploração de hidrocarbonetos no Algarve”. Para o BE, há necessidade de preservar “áreas protegidas pela Rede Natura 2000 e classificadas como Zona de Proteção Especial”, como o Parque Natural da Ria Formosa, a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António ou o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. “Estamos empenhados em políticas de descarbonização da economia. Portugal não pode comprometer-se com políticas para combater as alterações climáticas” e, “na prática, fazer exatamente o contrário”.

Movimento cidadão As empresas petrolíferas têm os contratos assinados, mas a polémica quanto à possibilidade de exploração de petróleo no Algarve continua e a população não pretende baixar os braços. Para mostrar que a luta é séria, sete entidades ligadas ao ambiente criaram a Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP). Além de várias manifestações de protesto realizadas o ano passado, em novembro foi entregue uma petição contra a falta de garantias de proteção ambiental, que se arrasta há décadas. “A prospeção e a pesquisa têm sido feitas sem qualquer

tipo de avaliação ambiental, que seja do conhecimento público, e todo o processo tem sido conduzido de forma que não se nos afigura transparente, não nos tendo sido fornecidas as informações já requeridas em matéria ambiental”, sublinhou nesta altura a PALP, enumerando os vários problemas que se levantam, principalmente em torno dos possíveis impactos do projeto. “Vemos com apreensão o futuro do Algarve tendo em conta os possíveis impactos que uma medida destas pode ter numa região com uma elevada dependência do turismo e do mar e com uma elevada biodiversidade, sendo que mais de 35% do seu território está protegido por convenções e legislação da União Europeia e de Portugal”. Respondendo à questão de que a Secretaria do Estado da Energia aposta em benefícios concretos destas concessões para a economia portuguesa, nomeadamente, ao nível da criação de postos de trabalho e do impacto real no PIB a PALP diz que não há legitimidade para estas afirmações. E explica: “Além de em Portugal existir pouca ou quase nenhuma mão de obra qualificada, estas empresas normalmente possuem grande parte da mão de obra especializada que necessitam”, adianta. A Quercus e a Almargem - Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve também entendem que os valores de contrapartidas são baixos, tendo em conta os custos associados à poluição local, e comparando com o que outros países recebem. «Tudo faremos para que não haja exploração de petróleo nem de gás natural aqui no Algarve», tinha Fernando Dias da Quercus. Também a Associação de Surf e Actividades Marítimas do Algarve diz não às plataformas petrolíferas no Algarve, em defesa da Natureza, da pesca, do turismo, dos desportos náuticos e recreativos, dos bens e recursos naturais, do clima e do modo de vida da zona costeira.

Os contratos Na sequência de concurso público realizado em 2002, o Governo de Passos Coelho atribuiu duas concessões ao largo da costa algarvia ao consórcio constituído pela sociedade comercial espanhola Repsol Exploración e pela sociedade comercial alemã RWE Dea AG. Trata-se das denominadas Lagosta (entre Quarteira e a Fuseta) e Lagostim (entre a

Fuseta e Vila Real de Santo António). Os respetivos contratos foram assinados em outubro de 2011. Posteriormente à assinatura dos contratos de concessão, a multinacional alemã RWE saiu do consórcio, tendo sido substituída pela Partex. Em 2014, foram adjudicadas ao consórcio Repsol/Partex duas novas áreas de prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural ao largo da costa algarvia, também por ironia, denominadas Sapateira e Caranguejo. No contrato com Sousa Cintra, embora se diga que será por exploração normal, está prevista a utilização do fracking ou fraturação hidráulica. Esta é uma tecnologia muito utilizada na exploração de petróleo e gás natural. É o processo no qual o fluido de fracturação (uma mistura de água, areia e vários químicos) é injetado a alta pressão para quebrar a rocha e abrir e alargar fraturas de modo a que os hidrocarbonetos (petróleo ou gás) possam fluir. Entre 25 e 90% do fluido inicialmente injetado permanece no subsolo. Os químicos utilizados são altamente prejudiciais para o ambiente e saúde humana, existindo um enorme risco de contaminação das águas e do ar. Mais recentemente foi desenvolvida a fraturação hidráulica maciça, onde ocorre a injeção de uma quantidade de água superior a um milhão de litros por fase de fraturação ou superior a dez milhões de litros durante todo o processo de fraturação. Os principais riscos ambientais associados à pesquisa, prospeção e exploração de petróleo e gás natural são as perturbações causadas nos animais marinhos pelas ondas com alta intensidade utilizadas nas campanhas sísmicas; a poluição causada pelas descargas da água utilizada contendo substâncias tóxicas e nocivas para o ambiente; a contaminação dos aquíferos; a poluição atmosférica. O gás natural apesar de emitir quantidades inferiores de dióxido de carbono, liberta elevadas quantidades de metano, tornando-o, segundo algumas estimativas, igual ou pior que o petróleo e o carvão, por ser um gás de estufa com efeito 20 vezes superior ao CO2 Portugal pode, afirmam os especialistas, vir a ter condições para depender de energia sustentável e renovável, dentro de algumas décadas. Fontes: Jornal do Algarve, Sul Informação, Económico, Semanário SOL, Expresso e Lusa


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ATUALIDAD E

Marcelo Rebelo de Sousa é o novo Presidente da República PCP reapresenta na Assembleia da República um projeto de resolução em defesa da promoção da fileira do figoda-índia No passado dia 15 de janeiro, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou na Assembleia da República o Projeto de Resolução n.º 88/XIII/1.ª “Pela promoção da fileira do figo-daíndia” (em anexo), onde propõe a adoção de medidas de apoio e estímulo à cultura da figueira-daíndia, promovendo e fomentando o desenvolvimento de uma fileira associada ao figo-da-índia. PCP questiona sobre remoção de amianto

Marcelo Rebelo de Sousa garantiu a 24 de Janeiro a Presidência da República. Sucede, assim, a Cavaco Silva. Chegou a Belém logo na primeira volta com o apoio de 2,3 milhões de portugueses (52,15%). Contudo, se o Algarve fosse o país, haveria uma segunda volta nestas Eleições Presidenciais. É que na região algarvia, apesar de ter vencido destacado, Marcelo Rebelo de Sousa recolheu 47,62% dos votos, valor que não seria suficiente para ganhar à primeira. Em Loulé foi o concelho algarvio onde teve a maior votação-

55,77% - sendo que a votação mais baixa se registou em Aljezur - 37,19%. Loulé, Albufeira e São Brás de Alportel foram os concelhos em todo o Algarve onde Marcelo Rebelo de Sousa obteve mais de metade dos votos. No Algarve Sampaio da Nóvoa ficou em segundo lugar. A maior votação obteve-a em Aljezur -28,25%. Albufeira deu-lhe o pior resultado com 20,50%.

Autocaravanismo está a ajudar a combater sazonalidade em VRSA De acordo com uma notícia da agência Lusa, “o autocaravanismo está a ajudar a combater a sazonalidade do turismo em Vila Real de Santo António, onde centenas de pessoas do norte e centro da Europa estão a lotar os dois parques, constatou a Lusa no local”. A notícia refere que “os dois parques estão localizados na sede de concelho, junto ao rio Guadiana, e na localidade balnear da Manta Rota, ao lado da praia, e têm permitido à empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU) obter uma rentabilidade interessante durante os meses de inverno, com 20 mil ocupações/ano, depois de um investimento inicial diminuto”. Os dados são da administração da SGU. A mesma fonte contou que os dois parques de autocaravanas, com cerca de 120 lugares cada, concentram um número de pessoas que permite, por exemplo, “dar vida à população da Manta Rota, que é diminuta”, e fazer “um contraponto à sazonalidade”, mantendo em atividade cafés, restaurantes ou supermercados no inverno. “O investimento foi diminuto. Era um parque de estacionamento que de inverno estava desocupado, criá-

O autocaravanismo está a ajudar a combater a sazonalidade do turismo em Vila Real de Santo António mos as estações de descarga dos sanitários, uma receção, wifi para todos usufruírem e cedemos eletricidade, mais do que isto não foi preciso. Foi feito com muito baixo custo e tem uma rentabilidade interessante”, afirmou Pedro Pires, sublinhando que criaram também “sete ou oito postos de trabalho”. O administrador da SGU frisou ainda que os dois parques têm “saldo positivo”, com “uma receita anual a ultrapassar os 200 mil euros, com um custo que não chega a 100 mil euros ano”.

o Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio do deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, questionou o Ministro da Saúde sobre a existência de planos calendarizados quanto à monitorização regular a efetuar e às ações de remoção de amianto a realizar nos centros e extensões de saúde da região algarvia. Na Lista estão os centros de saúde de Alcoutim, Castro Marim e VRSA. Bloco de Esquerda quer irradiar amianto dos Centros de Saúde O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, através do deputado eleito pelo Algarve, João Vasconcelos, quer saber se as 16 autarquias da região, usam glifosato nos espaços urbanos, qual a quantidade utilizada de pesticidas com esta substância e qual o plano das respectivas autarquias no sentido de abandonar este uso e implementar outros métodos. Bloco exige extinção do Centro Hospitalar do Algarve O caos verificado nas urgências no dia de Natal, no Hospital de Faro, que conduziu a protestos de utentes pelas longas horas de espera e que levou à intervenção das autoridades policiais, e o caso da morte de um doente, vítima de um AVC, transferido de Faro para Coimbra, bem como outras situações graves verificadas, motivaram já a visita ao Algarve da Comissão Parlamentar de Saúde, por duas vezes, no espaço de nove meses e, agora, uma forte reacção do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda. O BE propõe que a Assembleia da República recomende ao Governo a imediata extinção do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), e a valorização do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, dotando-os de uma gestão descentralizada, reforçando-os com novos profissionais, e melhorando e criando novas valências e serviços. O Ministério da Saúde deverá concluir até ao final do 1º trimestre de 2016 uma avaliação ao modelo de funcionamento do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e ter clarificadas as medidas a adotar. A garantia foi dada pelo ministro Adalberto Campos Fernandes no âmbito de uma interpelação do deputado socialista Luís Graça, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde. O deputado algarvio questionou o responsável pela tutela sobre a disponibilidade do Ministério da Saúde avançar com uma avaliação independente e isenta ao funcionamento do CHA e o impacto da sua gestão nos últimos quatro anos. Informação cedida pelos respetivos grupos parlamentares


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DESENVOLVI ME N TO

Turismo do Algarve investe 6,9 milhões de euros em 2016 O Jornal do Baixo Guadiana e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve estão juntos para levar a cabo uma iniciativa que pretende celebrar a adesão de Portugal à União Europeia, num ano de 2016 em que de celebram 30 anos da efeméride. Ao longo deste ano vão ser levadas a cabo diversas atividades num projeto a que foi dado o nome «30 anos, 30 iniciativas». O ponto alto das comemorações vai ser o dia 9 de Maio – Dia da Europa. O grande objetivo é lembrar a adesão e sensibilizar para o papel da União Europeia. São já várias as iniciativas programadas para o território do Baixo Guadiana, Eurocidade do Guadiana, entre outros. Mas, sem dúvida que este é um projeto que viverá da sociedade civil que se juntará e de diversas formas contribuirá para lembrar os 30 anos de Portugal – e de Espanha – na União Europeia. Menção honrosa para Escola Secundária de VRSA A Escola Secundária de Vila Real de Santo António promoveu uma pequena cerimónia de entrega da menção honrosa no concurso “Euroscola - A União Europeia no Algarve”. A referida edição do EUROSCOLA decorreu em outubro de 2015 e foi ganha pela Escola Secundária João de Deus em Faro. Todos os anos as “delegações parlamentares” EUROSCOLA dos 28 Estados-membro são desafiadas a discutir no Parlamento Europeu em Estrasburgo temas da atualidade. Os vídeos da autoria dos alunos podem ser visualizados na página do Facebook do Europe Direct Algarve ou na Página desta Escola muito ativa na participação em projetos de cooperação. EYE - European Youth Event 20 e 21 maio / Estrasburgo - França De 20 a 21 de maio de 2016 O Parlamento Europeu abre as suas portas a 7.000 jovens para a 2ª edição do EYE com cinco novos temas: • Guerra e paz • Apatia ou participação • Exclusão ou acesso • Estagnação ou inovação • Colapso ou sucesso “Together, we can make a change” é o slogan. O programa destes dois dias inclui eventos culturais diversos, fora de discussão, workshops,...e uma sessão especial do EUROSCOLA com representações dos 28 Estados-membro.

Centro de Informação Europe Direct do Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve Praça da Liberdade, 2, 8000 -164 Faro (+351) 289 895 272 europedirect@ccdr-alg.pt http://europedirect.ccdr-alg.pt

A área com maior dotação orçamental é a da promoção e animação, com mais de dois milhões de euros para ações como a participação em feiras do setor em Portugal e Espanha, visitas de familiarização de agentes turísticos e de imprensa, apoio às rotas aéreas diretas para Barcelona e Madrid, em parceria com as companhias aéreas, roadshows e ações de divulgação e promoção da Dieta Mediterrânica. «Em termos promocionais seremos o destino convidado na Bolsa de Turismo de Lisboa, onde apresentaremos o nosso novo stand. Estaremos mais uma vez presentes na FITUR, FEHISPOR e Mundo Abreu e voltaremos a organizar o Incentivo Algarve como forma de apoiar e reconhecer o trabalho dos agentes de viagens portugueses e espanhóis», refere Desidério Silva, presidente da comissão executiva da RTA, em nota de imprensa, acreditando que «2016 será o ano do Algarve». Destaque ainda para a Algarve Nature Week, que após o sucesso da primeira edição em Faro promete trazer ainda mais atividades e novidades na edição de 2016, a decorrer entre os dias 13 e 22 de maio, no concelho Loulé. Ao nível da reestruturação do produto estão

São inúmeras as grandes feiras internacionais onde o Algarve vai ser promovido ao longo do ano previstas iniciativas de dinamização do turismo ativo, em particular os passeios pedestres e o cicloturismo. Outra das apostas é o marketing digital através do desenvolvimento de novas apps e de um novo portal, já em consonância com a nova imagem promocional da marca Algarve que começará a ser desenvolvida em 2016. Campanhas de comunicação multimeios, divulgação e dinamização de eventos, ações de marketing e dinamização da presença do Algarve nas redes sociais são mais algumas das ações previstas. Por fim, e no âmbito das comemorações dos 45 anos da RTA, foi aprovada a atribuição de Medalhas do Turismo a pessoas e entidades que mais se destacaram na valorização e divulgação do turismo algarvio.

Região de Turismo do Algarve atribui medalha de mérito ao Vasco da Gama A Região de Turismo do Algarve atribuiu a medalha de mérito ao Hotel Vasco da Gama, numa distinção que traz maior motivação para este lado do Guadiana, inaugurado em 1960, em Monte Gordo. A RTA lembra que “na vanguarda do boom turístico que se daria no Algarve na década de 60 do século XX, este hotel era referido, num incontornável guia turístico da época da autoria de Patrick Swift e David Wright, como o expoente máximo do luxo e conforto. Passados 55 anos, o Hotel Vasco da Gama está entre as poucas unidades hoteleiras que conseguiram atravessar o tempo e que se mantêm em destaque na oferta regional de alojamento turístico.

Recorde-se que ete hotel foi inaugurado no ano de 1960

 12 e 13 de Fevereiro

Comissões de Utentes de Saúde do Algarve preparam manifestações para Fevereiro As Comissões de Utentes do Serviço Nacional de Saúde do Algarve após a realização de uma reunião conjunta em Faro decidiram realizar ações de luta junto de alguns dos Centros e Extensões de Saúde do Algarve, dia 12 de Fevereiro e junto aos Hospitais de Faro, de Lagos e do Barlavento Algarvio, no dia 13, pelas 15h30. As Comissões de Utentes sublinham que, “pese embora a derrota do Governo PSD/CDS, que continuam os ataques e a evidente degradação dos serviços com que os utentes do Serviço

Nacional de Saúde se defrontam diariamente no Algarve”. E acrescentam que “com a criação do Centro Hospitalar do Algarve CHA, o Hospital de Faro centraliza as valências dos outros hospitais, acabando-se a proximidade dos cuidados, e tornando-se incapaz de resolver problemas, sem recorrer a transferências de doentes para Lisboa”. E lembram que “no Algarve não existe Cirurgia Pediátrica, nem Cirurgia Vascular, nem Cirurgia Cardiotorácica”. Referindo que “o Hospital de

Lagos está cada vez mais abandonado e é a porta aberta de uma ambulância para Portimão”. Num comunicado à imprensa referem que “no Hospital do Barlavento Algarvio comecemos pelas urgências, onde a destruição do quarto de isolamento, resultou em surto de tuberculose. Mais, os elevados tempos de espera para intervenções cirúrgicas, a falta de especialistas, a falta de material consumível, e gravíssimo, a vontade de encerrar o Bloco de Partos, a falta de Obstetras e Pediatras e a sua deslocação para Faro”.


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Bullying foi tema de alerta em VRSA JOAO CONCEIÇAO

Os dias 27 e 28 de Janeiro foram espaço de reflexão sobre o dramático fenómeno social Bullying, na biblioteca municipal Vicente Campinas, em VRSA. Num primeiro dia para público em geral e num segundo para as escolas. Coube a Pedro Costa e Sílvia Cardoso do Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica (NEIP) de VRSA dinamizarem a conversa em torno da problemática. Lusine Breitscheidel veio da Alemanha para agradecer o apoio dado pelo município de VRSA à causa, sendo ela mãe de Alena, vítima de bullying num conceituado colégio em Munique - onde o assunto foi subestimado. A Peace and Art Society, através do presidente Júlio Antão, agradeceu também ao município - representado pelo responsável na cultura Miguel Godinho - por acolher a exposição de fotografia «Alena’s Project» na biblioteca municipal Vicente Campinas. Participou público indiferenciado, autoridades, alunos, professores e até pais e vítimas de bullying que neste canto do Algarve deram o seu testemunho. A exposição esteve patente até dia 30 de Janeiro na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em VRSA.

Sessões sobre Bullying integraram-se em exposição fotográfica internacional sobre o tema A Sala CA2, no Centro Cultural António Aleixo, recebeu a 22 de Janeiro o espetáculo «Noite de Poesia». O evento contou com a presença dos Poetas do Guadiana e de todos aqueles que quiseram assistir ou ler os seus textos. Uma noite que deu início à nova etapa do CCAA que se encheu para mais uma noite de convívio e cultura. Para além dos Poetas do Guadiana e do artista Discossauro que trouxe música ambiente com disco de vinil, ofereceram a sua arte ao espaço músicos de Fandango de Huelva, um violinista, Ângela Mascarenhas cantou fado à capela e declamou «Cântico Negro» de José Régio e pessoas que estavam a assistir decidiram participar ativamente nesta sessão.

Sala CA2 fideliza cultura Vários foram os protagonistas do lado espanhol que marcaram presença na sala CA2

7 Contos Ilustr.s Com sugestiva capa de Inês Ramos e prefácio elogioso de Miguel Real, a Lua de Marfim publicou Sete Contos Ilustr.s de sete autores naturais do Algarve ou aí residentes. Das sete narrativas reunidas no volume, duas exploram temáticas relacionadas com a incursão do insólito no quotidiano. São elas “Os Romanos”, de António Manuel Venda, e “Aquilo”, de Pedro Afonso. Num caso como no outro, uma abordagem à maneira do realismo mágico ou da literatura do fantástico teria, eventualmente, produzido boas histórias. Narradores pouco convincentes, ênfase excessiva no enfoque do espanto causado pelo insólito e uma escrita nem sempre ágil comprometem o resultado final. Já “Facelist”, de Paulo Kellerman, reduz o insólito ao comportamento apenas um pouco extravagante da personagem. Um diálogo escrito em tom ligeiro, mas sustentado e homogéneo, impregnado de ironia

tranquila e distendida, insinua-se como metáfora dos paradoxos comunicacionais no mundo dos nossos dias. Conforme Miguel Real observa no prefácio, “Filho da Mãe”, de Paulo Moreira, é um conto realista e, por pouco, quase neo-realista, o que o distingue de todos os outros. O texto ganharia, todavia, em qualidade se o narrador minimizasse a caracterização directa e enfatizasse a carga simbólica do epílogo. Fernando Pessanha faz o seu narrador deslocar-se a Tânger para efeitos de um congresso, em “O sétimo céu e as meninas de Tânger”, conto que confirma o pendor do ficcionista para a fantasia erotizante. Há, finalmente, dois contos que revelam escritas mais reflexivas, escritas votadas ao desvendamento das pulsões e dos mistérios do homem. Em “Coração da Cidade”, de Fernando Esteves Pinto, mais do que a “história” (no sentido de acção), o que sobreleva é a análise

Crítica de Fernando Martins

psicológica, com a particularidade de se tratar de um psicologismo frequentemente enigmático, perscrutador dos esconsos mais recônditos daquilo a que, por manifesta comodidade linguística, se convencionou chamar a “alma” humana. A esta obsessiva auscultação dos subterrâneos do psiquismo, o A. alia um trabalho sobre a linguagem de que resultam imagens inspiradoras. No conto de Vítor Cardeira “O amor é uma fuga sem fim”, relata-se a aventura de um anjo que, despeitado pelas mofas dos seus semelhantes, decide abalançar-se a uma vida terrena e faz-se homem. Trata-se de uma ficção com óbvia carga simbólica, que ressuma exuberante ironia, e que também pode ser lida como comentário divertido da comédia humana. Ilustram esta antologia José Bivar, Paulo Serra, Gilda David, Inês Ramos, Reinaldo Barros, Sara Ceriz e Adão Contreiras.

Capa do livro


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CULTURA

VRSA integra a rede Azul de teatros do Algarve A Azul – Rede de Teatros do Algarve nasceu em Janeiro. Trata-se de uma rede informal que, para já, liga 11 salas de espetáculo algarvias em 11 concelhos, sendo ogrande objetivo coordenar a programação entre os diversos espaços, apoiar a criação e a produção cultural da região e ainda promover a circulação artística no Algarve. Na apresentação da rede Azul esteve patente a diretora regional do Algarve, Alexandra Gonçalves, que falou num dia histórico pela concretização de uma ideia que não é de hoje, pelo contrário “tem

muitos anos”. A apresentação aconteceu no Teatro Municipal de Faro, onde o seu director Joaquim Guerreiro lembrou que os principais objetivos são criar uma programação em comum, que evite

Mito Algarvio comemorou 4º aniversário com Grandiosa Festa do Acordeão A Mito Algarvio - Associação de Acordeonistas do Algarve – comemorou a 31 de janeiro o seu 4º aniversário com a Grandiosa Festa do Acordeão, na Quinta do Sobral, em Castro Marim. Sediada na antiga escola primária do Barrocal, em Altura, em instalações cedidas pela Câmara Municipal de Castro Marim, a Mito Algarvio fez de Castro Marim concelho capital do acordeão no Algarve. Nas comemorações do aniversário, que é também uma homenagem ao acordeão e aos acordeonistas algarvios, reuniram-se mais de 600 pessoas e marcaram presença várias entidades oficiais, entre as quais, a Diretora Regional da Cultura, Alexandra Gonçalves, o presidente da Região de Turismo do

Algarve, Desidério Silva, e o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral. A festa foi abrilhantada pelas performances dos “Mito Algarvio Ensemble”, Celina da Piedade, Tino Costa, do prestigiado acordeonista francês Michel Sapateado, do “Duo Luís Gama & Fábio Guerreiro” e pelo “Duo Hernâni Cerqueira & Gonçalo Guerreiro”. Para a Câmara Municipal, é um privilégio ter o acordeão como protagonista e poder contribuir para a sua contemporaneidade e, ao mesmo tempo, preservar e promover a história do acordeão, um instrumento tão relacionado com o concelho de Castro Marim e com os traços da ruralidade que o caracterizam.

Mito Algarvio - Associação de Acordeonistas do Algarve – comemorou ontem o seu 4º aniversário

situações de choque entre eventos de equipamentos em concelhos próximos. Esse choque de programações salientado por Joaquim Guerreiro foi ilustrado por Dália Paulo falou em “falta de coordenação” para o facto se suceder.

Criar escala Criar escala é uma das consequências ambicionadas pela Rede que agora surge. Imagine-se espetáculos variados contratados em rede que não colidam em termos de datas. Se não estivermos unidos não Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro e presente na sessão enquanto anfitrião, lembrou a falta de dimensão do Algarve, sublinhando que é preciso “mais organização e mais cooperação. O autarca acredita também que esta rede permitirá combater a sazonalidade no resto do ano numa oferta cultural muito maior e mais atrativa.

Exposição recriou infância A casa dos Condes em Alcoutim acolheu até ao dia 29 de janeiro a exposição “Recriando a Nossa Herança”, com a apresentação de trabalhos em pintura, tapeçaria e técnica mista de tapeçaria e pintura, elaborados pelos utentes da ASMAL (Associação de Saúde Mental do Algarve) através do Fórum Sócio Ocupacional de Faro. Os utentes da instituição executaram a recriação de peças museológicas e outros detalhes do espólio do Palácio da Galeria de Tavira, Cerro da Vila - Lusort em Vilamoura e Museu Municipal de Faro, tal como detalhes das zonas históricas. Alguns dos utentes que executaram os trabalhos visitaram a exposição, tendo recebido incentivos e os comentários positivos de quem já visitou a mesma. A ASMAL - Associação de Saúde Mental do Algarve é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (I.P.S.S), sem fins lucrativos, de utilidade pública, fundada em Janeiro de 1991 e com sede em Loulé, com o objetivo de promover a saúde mental em todas as fases da vida entre outros que permitem criar melhores condições de vida para os seus utentes.

A exposição esteve patente até dia 29 de Janeiro

Fernando Pessanha pela primeira vez em Alcoutim Decorreu no dia 22 de Janeiro na Casa dos Condes, em Alcoutim, a apresentação do Livro “Subsídios para a História do Baixo Guadiana e dos Algarves d’aquém e d’além mar”. Com a sala cheia, a apresentação contou com a com a presença do autor, e apresentação de Maria Luísa Francisco.

Historiador congratulou-se com a passagem por Alcoutim


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Novo Livro de Carlos Brito apresentado em Alcoutim CLF Após a primeira apresentação do seu último livro com o titulo “ As Tres Mortes do Lobisomem e Outras Rebeldias “ na Biblioteca da Assembleia da República, acto que contou com a presença do escritor Mário de Carvalho, Carlos Brito com o apoio da Câmara de Alcoutim promove uma segunda apresentação no Espaço Guadiana no dia 9 de Janeiro, desta vez contando com a presença da Professora Universitária Rita Lopes para apresentar a obra que contou com uma sala prenha de uma assistência interessada. A obra editada pela Lápis da Memória, editora de Coimbra, é composta por uma novela que dá titulo ao livro à qual se juntam sobre o titulo genérico “ Rebeldias “ oito contos. Recorrendo-me de Mário de Carvalho que na apresentação da obra e em síntese afirma a dado momento tratar-se de “ poesia narrativa, sob forma de contos, novela ou romance, memórias, monografia “ através duma recriação de personagens presentes na sua infância e juventude em Alcoutim, nas quais ao longo das narrativas que integram a obra está sempre presente a rebeldia actitude que sempre acompanhou o autor ao longo da sua vida na luta que travou contra as injustiças sociais e pela liberdade São cerca de 170 páginas que se lêem de um folgo dado o interesse que suscita a novela e os diversos contos que o integram.

Casa cheia para o lançamento do livro de Carlos Brito

A Arquitetura Retabular em Castro Marim nas III Jornadas de História do Baixo Guadiana O grupo das III Jornadas de História do Baixo Guadiana, que decorreram no Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes, em Vila Real de St. António, realizou uma visita guiada aos retábulos das igrejas de Castro Marim, na sequência do painel «A Arquitetura Retabular em Castro Marim», conduzido pelo Historiador de Arte Marco Sousa Santos. A visita foi conduzida pelo técnico de Património Cultural da empresa municipal Novabaesuris, de Castro Marim, Pedro Pires. As Jornadas de História do Baixo Guadiana foram organizadas pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António / Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes e contaram com a colaboração de investigadores, docentes universitários, técnicos do património e editores, entre outros. Inseridas na programação cultural da Eurocidade do Guadiana (Vila Real de St. António, Castro Marim e Ayamonte), têm como missão a partilha cultural na fronteira do Guadiana. As próximas sessões das jornadas estão agendadas para os dias 18 de março e 27 de maio.

Padre Cristóvão Lescano – Degredado em Ayamonte por acusação de sodomia Na edição do Jornal do Baixo Guadiana de Setembro de 2015 (Nº182) apresentámos um artigo que teve como título Luís Leite de Vasconcelos, alcaide de Arenilha – Acusado pela inquisição de sodomia? Desde logo, tratou-se de uma descoberta particularmente interessante, na medida em que nos deu a conhecer uma faceta do alcaide de Arenilha aparentemente desconhecida. Não se pense, porém, que estas acusações da inquisição portuguesa recaíam exclusivamente sobre o povo ou sobre a fidalguia, como vimos no caso do alcaide Luís Leite. E não se pense que os sistemáticos escândalos de pedofilia no seio da santa madre igreja são exclusividade da contemporaneidade… No decurso de uma investigação destinada a integrar as Jornadas de História de Ayamonte de 2015 e que teve como título Ayamonte nos Processos da Inquisição do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, deparámonos com um documento igualmente interessante. Trata-se do processo do padre Cristóvão Lescano (ANTT, Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 3703), produzido entre 1551 e 1552, durante o reinado de D. João III. De acordo com o supracitado documento composto, Cristóvão Lescano (ou Cristobal Lescano), sacerdote de missa e pregador, era natural de Valle, localidade pertencente ao arcebispado de Toledo, em Castela, embora residisse em Lisboa. Decorria a imaculada vida do padre em tais moldes, sob inspiração do princípio “deixai vir a mim as criancinhas”, quando foi aprisionado em 9 de Janeiro de 1551, sob o crime/acusação de sodomia! Ao fim de aproximadamente meio ano de cadeia, foi sujeito a auto-de-fé privado, em 8 de Junho 1551, tendo como restante sentença a privação do ofício de pregador, a deposição das suas ordens, penitências e pior: o cárcere perpétuo! No entanto, a piedade que unia os respeitáveis homens que dedicavam as suas vidas à santa madre igreja sobrepunha-se muitas vezes ao inicialmente deliberado nestes processos. Talvez por isso, em 8 de Fevereiro de 1552, os deputados comutaram a pena do réu. Deste modo, o cárcere perpétuo foi reduzido para degredo perpétuo para fora do reino. Uma medida, sublinhe-se, particularmente inteligente, pois livrava a igreja portuguesa de tal embaraço, evitava os gastos inerentes ao cativeiro perpétuo e, quiçá, a possibilitasse de o réu retomar as suas peculiares actividades evangélicas além-fronteiras, onde a sua conduta passava a ser da responsabilidade de outrém… O certo é que o réu não perdeu tempo e na semana seguinte, em 14 de Fevereiro de 1552, já se encontrava na vila e porto de Ayamonte, como uma criança à solta numa planície sem fim… Resta-nos saber se o respeitável clérigo continuou a dar asas à sua particular pedagogia evangélica por terras de Espanha…

Fernando Pessanha Historiador * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Historiador de Arte Marco Sousa Santos guiou visita


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CULTURA

Grupo de Teatro do CCD da Câmara Municipal apresentou nova peça de teatro infantil O grupo de teatro do Centro de Cultura e Desporto (CCD) do Pessoal da Câmara Municipal de Castro Marim apresentou a 10 de janeiro, a nova peça, “A Bruxinha que Era Boa”, no auditório da Biblioteca Municipal de Castro Marim, pelas 16h00. A peça de teatro infantil transformou, uma vez mais, o auditório

da Biblioteca Municipal numa floresta imaginária, cheia de bruxas, apresentando uma história e um elenco que quer dar asas à imaginação de miúdos e graúdos. Os bilhetes vão ser vendidos na Biblioteca Municipal de Castro Marim, no próprio dia. «A Bruxinha que Era Boa», da escritora brasileira Maria Clara

Machado, é a história da bruxinha Ângela, um fracasso na escola de bruxas e que, por isso, é aprisionada na torre escura. Ajuda-a Pedro, um jovem lenhador, que não se deixa intimidar pelo aspeto da bruxinha Ângela e nos prova assim o valor da amizade. O grupo de teatro do CCD da Câmara Municipal de Castro Marim, formado há cerca de dois anos, reúne atualmente 20 elementos. Com encenação de Francisco Brás, o grupo já apresentou várias peças e colabora na dinamização dos eventos de Castro Marim, contribuindo para enriquecer o panorama cultural do concelho.

AGENDA Alcoutim

Cachopo “Observador e Observado” Casa do Sal – Castro Marim

Carnaval 5 a 9 de fevereiro Em várias localidades do concelho

06 e 07 de fevereiro | Carnaval de Altura - Altura - 15h00

Lanche partilhado 09 de fevereiro - Giões

07 de fevereiro | Passeio Pedestre “Amendoeiras em Flor” Alta Mora - 09h30

Contrato da Páscoa 13 de fevereiro - Farelos

De 09 a 13 de fevereiro | 3º Deaf Champions League Jogos em Castro Marim: Dias 10, 11 e Comemoração do Dia de São Valentim 12, no Pavilhão José Guilhermino 14 de fevereiro - Giões - Associação Grito D’Alegria Aniversário da Associação INTERVIVOS Fevereiro (a definir) - Martim Longo 42.ª Volta ao Algarve em Bicicleta 20 de fevereiro Passagem por Alcoutim da 42.ª Volta ao Algarve em Bicicleta, Concelho de Alcoutim - Hora: Partida - 10h50 (São Brás de Alportel) 4 horas TT Pereiro - Alcoutim 27 e 28 de fevereiro - Pereiro Marcha Corrida (Regional) 28 fevereiro - Pereiro / 10h00 Exposição coletiva de esculturas de Fernando Colaço (pedra e ferro) e António da Silva Vieira (madeira). 2 a 29 de Fevereiro 2016 Casa dos Condes Apresentação do livro “Três malmequeres no fim do rio” com a presença do autor 18 de fevereiro 21h00 - Casa Dos Condes

13 de fevereiro | Encontro de Hidroginástica Piscina Municipal de Castro Marim 16h00 14 de fevereiro | Trilhos de Castro Marim BTT Castro Marim - 09h00 20 de fevereiro | Encontro para Bebés Piscina Municipal de Castro Marim 10h30 20 de fevereiro | Recolha de Sangue Pavilhão Municipal José Guilhermino 09h00 20 de fevereiro | Festa da Prova de Vinhos Caseiros Rio Seco Hora: a definir 26 de fevereiro | Palestre sobre Obesidade Biblioteca Municipal de Castro Marim - 21h00

Castro Marim VRSA De 05 de fevereiro a 02 de março Exposição de Ilustrações de Marta Santos “Bichos. Quem nos observa da paisagem?” Exposição fotográfica de David

«Montanha» de João Salaviza 12 fevereiro 21h30 Sala do Glória Futebol Clube

POR CÁ ACONTECE

Torneio de Desenvolvimento da UEFA Seleções de Futebol U-16 4, 6 e 8 fevereiro > masculinos 11, 13 e 15 fevereiro > femininos Estádio Municipal | Complexo Desportivo Standup Comedy com Eduardo Madeira 6 fevereiro Casino Monte Gordo Campeonato da Europa de Futsal para surdos 9 > 13 fevereiro - Complexo Desportivo Tertúlia no Baixo Guadiana Tema «Emergência Infantil» com a presença do Dr. Luís Villas Boas 18 fevereiro 17h30 Biblioteca Municipal Vicente Campinas White Sunday Domingo Stock out 28 fevereiro 10h30 > 18h00 - Centro Histórico Exposição de pintura «O despertar» Elsa Revez 2 > 29 fevereiro Biblioteca Municipal Vicente Campinas Exposição de fotografias «Para além do branco» de Filipe da Palma 4 fevereiro > 15 março CIIPC - Antiga Escola Primária de Santa Rita Exposição de Serigrafia e Zincogravura «Murmúrios do Sotavento» de Ovelha Negra_Colectivo 5 > 29 fevereiro Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes Exposição de pintura «Nunca é Tarde» de António Vicente Cardoso 19 > 29 fevereiro Centro Cultural António Aleixo

Carnaval 5 a 9 fevereiro

Lunes, 8 de febrero, 21,30 horas. Teatro Cardenio

Comemorações do aniversário do Mestre Manuel Cabanas 13 fevereiro 10h00 > 13h00 - Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes Conferência A população de Cacela na época medieval após a conquista do “Reino do Algarve”* Cristina Tété Garcia, Doutora em Património Histórico e Natural 27 fevereiro - 15h30 Centro de Informação da Casa do Pároco | Cacela Velha

Desfiles de Guarderías Martes, 9 de febrero, 11,00 horas. Plaza de la Coronación

Mercadinho Guadi Praça Marquês de Pombal| VRSA 7 fevereiro 9h30 > 17h00 Mercado Municipal | VRSA 27 fevereiro 8h30 > 13h00

Desfile de escolares Martes, 9 de febrero, 16,00,h. Plaza de España Entierro de la sardina Miercoles, 10 de febrero, 21,00 horas. Avda. de Andalucía Gran Cabalgata de Carnaval, piñatas y entrega de premios Domingo, 14 de febrero, 16,00 horas. Almacenes Municipales Cartel 75 Aniversario Cristo de la Vera Cruz Miércoles, 18 de febrero, 20,30 horas. Casa Grande

Espetáculo de dança Flamenca «Musas» pela Academia de Baile Espanhol Gracia Diaz - 27 fevereiro 21h30 Centro Cultural António Aleixo

Cartel y Revista de la Semana Santa Domingo, 21 de febrero, 12,30 horas. Teatro Cardenio

Remember Altech / Companhia & Lda com dj Che | dj Luís Neves 19 fevereiro - 22h00 Sala CA2 | Centro Cultural António Aleixo

RECITAL POÉTICO Poesía de Neto do Santos Martes 23 de febrero, 20, 30 horas. Casa Grande.

Ayamonte CARNAVAL 2016 Concurso local de Agrupaciones Jueves 4, 5 y 6 de febrero, 20,30 h. Teatro Cardenio CARNAVAL 2016. Piropo a mi pueblo Domingo 7 de febrero, 13,00 horas Plaza de la Lota. I Lunes Callejero Gaditano Actuación de la comparsa “Los invencibles” de Antonio Martín y la Chirigota “Los polvos egipcios” de Vera Luque

PRESENTACIÓN LIBRO “La habitación Celeste” de Juan Carlos Pérez Sábado 27 de febrero, 12,00 horas. Casa Grande. II Muestra de Saetas Hermandad de la Lanzada Sábado 27 de febrero, 18,30 horas Teatro Cardenio. Domingo 28 de febrero, 19,00 horas. Teatro Cardenio. PRESENTACIÓN. CD Agrupación musical Cristo de la Buena Muerte


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PATR IMÓ N IO &P SIC O LO GIA Rubrica de pATRIMÓNIO

A taberna na memória das gentes do Baixo Guadiana

O convívio à mesa, central no modo de vida mediterrânico, não se limita ao espaço doméstico e encontra nas mesas dos restaurantes e cafés um espaço privilegiado, que obedece aos mesmos princípios de socialização e partilha de vivências. Esse convívio, tão comum no território do Baixo Guadiana, é garantido desde sempre através das gerações, de diversas maneiras, antes praticado nas pausas do trabalho no campo, ou nas tabernas e vendas, locais de convívio por excelência, que, do mar à serra, reuniam os homens depois da jornada de trabalho ou algum visitante que aproveitava para descansar, comer ou saber as novidades,

quando se dirigia à vila para tratar dos sentado, ao balcão, de pé. A fumaça densa dos cigarros de Onça Duque seus assuntos. Quer fosse Inverno ou Verão, a ou de Três Vintes, enrolados à mão, taberna era o local onde os homens envolvia a algazarra das conversas e passavam habitualmente o serão até à impregnava o ambiente da taberna. hora da “deita”. Barqueiros, pedreiros, Ouviam-se histórias de vida, novas sapateiros, latoeiros, barbeiros, salinei- ou antigas, ou discutia-se o dia-aros ou na sua maioria trabalhadores dia. Cantadores, acompanhados pela do campo, entre harmónica, outros, dirigiam-se concertina, “Nas tabernas da aos magotes das ferrinhos ou beira-mar, os homens pandeireta, suas casas para a acotovelavam-se, de animavam taberna, já jantacheias que estão de dos e quase refeiem certas corpos e de sonhos…” ocasiões os tos da sua jornada. Outros, como os fregueses. A. Vicente Campinas, pescadores e os Nas mesas, Fronteiriços contrabandistas, em ferro, que labutavam pela madeira ou noite, reuniam-se antes da respetiva mármore – pintadas com manchas faina ou do maneio, que, não poucas do vinho e de petiscos, jogava-se ao vezes, era combinado nas tabernas. dominó ou às damas, mas também Nos meses de calor, sentavam-se nos ao “barimbo”, à “bisca”, ao “truco”, poiais próximos da taberna, aprovei- ao “três-vinte” à “manilha”, ao “sete meio” ou ao “trinta e um”, com tando a “fresca”. Juntavam-se nos bancos corridos, cartas sebentas e gastas, entre truindividuais ou, quando não havia lugar ques batidos e triunfantes socos na

Género(S) Estudos recentes apontam para os efeitos dos androgénios fetais na organização cerebral de um padrão sexual e, também, no facto da testosterona afetar os neurónios cerebrais que contribuem para a masculinização do cérebro, em áreas como o hipotálamo. Antes dos três anos de idade, as crianças desenvolvem interesses e preferências que são típicas do seu género. Numa etapa seguinte, sensivelmente aos cinco ou seis anos de idade, elas são já capazes de reconhecer os comportamentos de género, tanto os que são típicos para cada um dos sexos como os que não são. No entanto, algumas crianças desenvolvem-se de forma diferente, possuindo interesses que são considerados típicos do outro sexo e, por vezes, preferem a aparência e atuam como se fossem do outro sexo. Estas condutas designam-se por comportamentos de género variantes, visto serem condutas que variam da expectativa social para cada género. As crianças com comportamentos de género variantes demonstram interesses e preferências que não se adaptam às normas culturais usualmente aceites para cada um dos géneros. Quando, nalguns casos, estes comportamentos de género variantes ocorrem de forma generalizada, marcada e persistente, pode-se concluir que o sujeito possui um padrão de comportamentos de género variantes que se justifica no seu interesse intenso e constante há já alguns anos. Todavia, as condutas que se observam com maior frequência têm tendência a tornar-se cada vez menos frequentes, uma vez que a criança interage mais com os seus pares no ambiente da escola. Esta diminuição dos comportamentos observados pode indicar que, à medida que matura e experimenta a crítica dos seus pares, a criança suprime algumas condutas ou dissimula para passar desapercebida. Por volta dos cinco/seis anos de idade, as crianças começam a ser mais influenciadas pela pressão social para se ajustarem aos esquemas de género convencionais. Esta pressão leva-as a modificar a aparência dos seus comportamentos para se adequar às expectativas sociais. A existência de comportamentos aparentemente diferentes não reflete necessariamente uma mudança no estado psíquico interior da criança.

mesa. Vendiam-se “copos de três” tinto ou branco, traçadinho de vinho e pirolito, cassaia, capilés, cerveja, para matar a sede. O medronho ou a aguardente seca, de bagaço ou figo, cuja garrafa era tapada com um copo para não perder a força, eram bebidos de um movimento, sem “tocar no canal”, para “matar o bicho”. Os copos eram servidos vagarosamente pelo taberneiro, pois a freguesia era certa, e apontados diligentemente a giz no canto da estante ou no caderninho dos calotes. A dívida era saldada no final do mês, quando os clientes ganhavam o ordenado, para em seguida tornar a pedir fiado. Na taberna serviam-se até petiscos por encomenda, de coelho ou lebre, guisados ou caldeiradas. Alguns levavam de casa o petisco: um naco de pão, uma fatia de toucinho, umas sardinhas estivadas ou umas cavalas, que partilhavam com os outros. Em muito casos, sobretudo nas zonas do interior, onde se assumia como o principal local de reunião da

comunidade a par da igreja, a “venda” acumulava também função de mercearia, vendendo outros produtos, como o sal, arroz, tomate, grão, batatas, açúcar, farinha, brilhantina e petróleo ao litro para os candeeiros e fogões, tecidos, peixe ou até materiais de construção, como as ferragens, a cal e os ladrilhos; bem como o serviço de entrega da correspondência e o telefone público, o único e por isso mais concorrido da localidade.

Pedro Pires Técnico de Património Cultural | Membro do CEPAC/UAlg (Centro de Estudos de Património, Ambiente e Construção da Universidade do Algarve)

www.facebook.com/NEIP.VRSA psivrsa@gmail.com

organizada desde a primeira infância. Os comportamentos de género estão principalmente Além disso, esta dinâmica profundamente determinados pelos genes, ou seja, a predisposição genética antipedagógica será necessariamente faz com que os comportamentos de género fiquem “impressos interpretada pela criança / jovem como nos circuitos” do cérebro antes ou pouco depois do nascimento. um acumular de humilhações que, Obviamente o conteúdo específico dos papéis masculinos e consequentemente, destruirá a confiança femininos deve ser aprendido por todas as crianças, mas aquelas em si mesma e afetará gravemente a sua que variam nos seus comportamentos de género parecem estar autoestima. biologicamente predispostas a assumir aspectos dos papéis típicos do outro sexo. Obs.: O presente artigo terá continuidade Nesse sentido, é na próxima edição do JBG importante salientar que os comportamentos de género variantes não são causados pela forma de atuar dos pais ou por acontecimentos da infância, nem por patologia mental ou conflito psicológico. No entanto, devido à pressão “Com palavras e atos nos insesocial, estas crianças tendem a experimentar rimos no mundo humano, realirejeição, críticas e maus-tratos, o que zando um segundo nascimento, predispõe o surgimento de dificuldades no qual confirmamos e assumipsicológicas. Como adolescente mos o fato original e singular do e adulto, o sujeito que desenvolve um padrão nosso aparecimento físico.” de comportamentos de género variantes pode sentir-se emocional e Hannah Arendt fisicamente atraído por pessoas do sexo oposto, do mesmo sexo ou de ambos os sexos. Filósofa alemã Mesmo que estas três hipóteses sejam possíveis para qualquer criança, estudos de investigação que têm observado, por exemplo, o desenvolvimento de meninas com comportamentos de género variantes até à idade adulta revelam que, como adultas, a maioria delas têm uma atração física e afetiva por pessoas do seu sexo. Por outro lado, algumas meninas que têm rasgos identificativos de uma psique atitudinal masculina passam a ser adultas NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção convencionalmente femininas. Outras, mantêm na idade adulta Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina atitudes e interesses masculinos em maior ou menor grau. Clemente, Dorisa Peres, Fabrícia GonçalÉ importante referir que, caso subsista a pressão externa dos pais, ves, Inês Morais, Jorge Hilário, Patrícia professores e técnicos, não é capaz de modificar as características Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso. de identidade sexual essenciais da personalidade, uma vez que Colaboração: Patrícia C. Rodrigues, o temperamento e outras características profundas da identidade Patrícia Canhoto, Tânia Mateus do sujeito são preestabelecidos e visíveis numa estrutura psíquica


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PASSATEMPO S & L AZER Quadratim - n.º139

Jogo da Paciência n.º 145

Autor: João Raimundo Um país soberano e independente não deve servir-se de vocábulos estrangeiros para divulgar os seus produtos/ serviços como é o que se verifica em Portugal, os cidadãos de outros países que nos visitam querem viver e observar o que é português e não ao que assistem todo o ano nos seus países nas suas línguas. Os portugueses devem “exportar” para consumo interno e externo a marca Portugal. Assim a 1ª exportação será a língua falada/escrita depois as tradições, os monumentos a sua história, museus, praia, sol, belezas naturais, gastronomia, etnografia/artesanato mas sempre em português e não em outros vocábulos ou outras ou “aportuguesados”. Todas as embalagens ou divulgações deviam mencionar sempre . PRODUTO de Portugal ou Feito em Portugal – e não “MADE in Portugal” e terem estampado a bandeira portuguesa, seria um símbolo de reconhecimento em qualquer escaparate ou exposição. A língua portuguesa é riquíssima em vocábulos para quê usar estrangeirismos? Como por exemplo: - Take away em vez de Pronto a Levar ; placard, agreement, meeting, book (paramodelos, selfies, okay, budget, plafond, spread, penalty, night, matinee, soirée, snack, lingerie, ticket, guichet, menu, tournée, reveillon, feedback, shopping, wc, workshop, bus, cachet, newsletter, homebanking e tantos outros. Promovamos sempre a música em português, dando trabalho a letristas, compositores musicais, interpretes; etc., em vez de divulgar e promover a estrangeira como acontece nos concursos televisivos e outros incluindo o nome dos próprios concursos. Qualquer representante de Portugal ao intervir/discursar em qualquer local do planeta deve fazer em português e não ao contrario. Portugal deve-se afirmar-se em todos os parâmetros e isso é uma responsabilidade de todos, incluindo a comunicação social escrita e televisiva e em qualquer rede social.

VESTUÁRIO

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

CAMISA CALÇA CASACO BLUSÃO MEIAS CAMISOLA GRAVATA GABARDINA SOBRETUDO LAÇO

11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

SAIA VESTIDO LENÇO LUVAS CHAPÉU VÉU BLUSA PEÚGAS BOINA GORRO

Soluções Jogo da Paciência - n.º144

Pelo caminho correto do quadratim vai ao encontro de – SEMPRE EM PORTUGUÊS GENUÍNO ORAL E ESCRITO.

Delegação Regional do Algarve

Ideias a Conservar

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

A Dieta Mediterrânica no combate aos efeitos nocivos do álcool

“Que mudanças vão acontecer no gás engarrafado?” A lei veio clarificar os princípios de funcionamento do sector dos combustíveis e do gás engarrafado e, entre outras medidas, aumenta a fiscalização. A legislação abre ainda as infra-estruturas de distribuição e armazenagem a todas as empresas e acautela as recomendações da Autoridade da Concorrência, emitidas em 2009, referentes a problemas detectados aquando do estudo aprofundado que realizou a este sector. Por exemplo, qualquer ponto de venda é obrigado a receber e a trocar as garrafas de gás engarrafado, independentemente da marca, assegurando um tratamento não discriminatório dos consumidores e que não envolva o pagamento de encargos adicionais. Trata-se de um enorme progresso. Além disso, quando entregar a garrafa ao comerciante, o consumidor pagará a diferença entre o gás devolvido na garrafa vazia e a nova, algo que defendemos há muito. Mas, para que esta lei seja eficaz, falta regulamentação. No estudo que publicámos em Julho de 2014, sobre o gás realmente consumido em cada botija, concluímos que, em média, cerca de 300 gramas de gás nunca são usados, mas são pagos pelos consumidores. Ao fim de um ano, considerando um consumo de 12 garrafas por ano, para os cerca de 58% dos lares nacionais que consomem gás butano, estamos a falar em 16 milhões de euros de gás que eram pagos, mas impossíveis de consumir. A nova legislação é uma vitória para os consumidores, embora falte alguma regulamentação para que a lei seja eficaz. Notamos ainda que não tenha sido aproveitada esta ocasião para se proceder a uma uniformização dos sistemas de encaixe dos redutores nas garrafas das várias marcas, para aumentar a concorrência no sector. Desde que seguros e eficazes, não se compreende como pode este pequeno elemento continuar a ser uma barreira à mudança de marca. Iremos continuar a acompanhar os desenvolvimentos destas questões, para que os direitos dos consumidores sejam sempre assegurados.

Susana Correia jurista

Reconhecida pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade e com vários estudos que compravam os seus benéficos, a Dieta Mediterrânica é o perfeito exemplo de um regime saudável e equilibrado. Existem agora provas que alguns dos alimentos típicos Carlos Brás da Dieta Mediterrânica, protegem Eng. Alimentar o nosso organismo dos efeitos do álcool. O consumo em excesso de álcool está ligado a diversos problemas de saúde, tais como cirroses, cancros (oral, garganta, da mama), entre outros. No entanto alimentos como vegetais, legumes, cereais integrais e azeite contêm substâncias protetoras que ajudam a contrariar os efeitos nocivos deste. Uma investigação recente, que faz parte de um estudo PREDIMED (Prevenção de Doenças através da Dieta Mediterrânica) reconhecido internacionalmente, concluiu que as mulheres que fazem uma alimentação Mediterrânica, possuem um risco menor de desenvolver cancro da mama, mesmo com um consumo diário de 2 copos de vinho (350mL). O álcool aumenta o risco de cancro da mama através do aumento dos níveis de estrogénio no organismo, no entanto o azeite virgemextra contem anti-estrogénios que bloqueiam a ação cancerígena dos estrogénios. Este é mais um exemplo, entre muitos, dos benefícios da Dieta Mediterrânica para a saúde.

guadi PRECISAMOS DE PALETES E LONAS As paletes e lonas que conseguimos já foram todas usadas na construção das casotas de alguns dos nossos patudos smile emoticon Um muito obrigado aos nossos voluntários que tem sido incansáveis por todo este trabalho e outros, somente por amor a ELES heart emoticon Local: Canil/ Gatil Intermunicipal de VRSA / Castro Marim WE NEDD WOODEN PALLETS AND CANVASSES The wooden pallets and canvasses we can have all been used in the construction of some houses to our boys smile emoticon Thanks to our volunteers which has been tireless for this work and others, only for love of THEM heart emoticon Local: Canil/ Gatil Intermunicipal de VRSA/ Castro Marim

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900–283 Vila Real de Santo António

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D ESP O R TO CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia vinte e seis de Janeiro de dois mil e dezasseis, foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e vinte e nove a folhas cento e trinta verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta e cinco - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Arnaldo Pereira Vaz e mulher, Maria Virgilina de Sousa Jardim Vaz, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, ela da freguesia de Estreito da Calheta, concelho de Calheta (Madeira), residentes na Rua Comunidade Lusíada, n.º 19, em Olhão, contribuintes fiscais números 166 585 980 e 186 092 580. Que declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, ambos localizados no concelho de Alcoutim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial daquele concelho: I - Prédio rústico sito em Compeiros, na União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro, composto por terra com mato, cultura arvense de sequeiro e leitos de curso de água, com a área de dezanove mil quatrocentos e vinte metros quadrados, a confrontar a norte com Duarte Simão Pereira e António Joaquim Romba, a sul com Manuel Domingos Romba, a nascente com António Joaquim Dias Romba, Maria Antónia Cavaco e Rita Maria, e a poente com José Cavaco Pereira Palma, inscrito na matriz sob o artigo número 26 secção A076, da União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro, proveniente do artigo 26 secção 076, da extinta freguesia do Pereiro, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de cálculo de IMT e de Imposto do Selo, de trezentos euros e trinta e cinco cêntimos, igual ao atribuído; e II - Prédio rústico sito em Portela, na União das freguesias de Alcoutim e Pereiro, composto por cultura arvense de sequeiro, com a área de oitocentos metros quadrados, a confrontar a norte com Maria Antónia Gonçalves Gomes Palma, a sul e nascente com Herdeiros de Francisco Pedro, e a poente com José Cavaco Pereira da Palma, inscrito na matriz sob o artigo número 84 secção A076, da União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro, proveniente do artigo 84 secção 076, da extinta freguesia do Pereiro, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de cálculo de IMT e de Imposto do Selo, de trinta euros e noventa cêntimos, igual ao atribuído Que os referidos prédios entraram na posse dos justificantes, já no estado de casados, por compra verbal e nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e cinco, a José Pereira e mulher, Virgínia Custódia, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens e residentes que foram no Monte da Portela, no Pereiro, Alcoutim, ambos já falecidos. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, colhendo os seus frutos, arando suas terras, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Mais de 80 jipes em Passeio TT na Cumeada da Alta Mora No passado domingo, dia 31 de janeiro, cerca de duas centenas de amantes do todo-o-terreno descobriram os mais belos caminhos da Cumeada da Alta Mora, num trilho que revelou a beleza da paisagem serrana nesta altura do ano, recortada pelos tons rosa e branco dos milhares de amendoeiras em flor. Com um percurso de 40 quilómetros, pautado pela aventura, este passeio, agora na sua oitava edição, ofereceu ainda aos participantes a oportunidade de conhecer de perto a autenticidade da serra nas suas gentes e gastronomia. A iniciativa, organizada pela Associação Recreativa, Cultural e Desportiva dos Amigos de Alta Mora (ARCDAA), com os apoios da Câmara Municipal de Castro Marim e da Junta de Freguesia de Odeleite, visa promover os desportos motorizados e, simultaneamente, os ricos patrimónios naturais e culturais do concelho de Castro Marim. As amendoeiras em flor dão ainda mote a um passeio pedestre, organizado pela ARCDAA no próximo domingo, dia 7 de fevereiro, pelas 09h00.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 26 de Janeiro de 2016. A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/5, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 08.01.2015, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 105/01 Factura / Recibo n.º 5506

Jornal do Baixo Guadiana 1 Fevereiro de 2016

Esta é uma prova que acolhe sempre grande adesão de participantes e público

Alcoutim vai ser palco de dois eventos desportivos Todo-o-Terreno No dia 27 e 28 de fevereiro, o concelho de Alcoutim vai ser palco de dois eventos desportivos de Todo o Terreno, a prova de resistência “4 Horas TT Pereiro – Alcoutim” e o “Desafio Cross Country Alcoutim”. Os eventos são uma organização conjunta da associação Inter-vivos - Associação de Jovens do Nordeste Algarvio e do Grupo Desportivo de Alcoutim em colaboração com a Câmara Municipal de Alcoutim, a União de Freguesias de Alcoutim Pereiro, Junta de freguesia de Martim Longo, Junta de Freguesia de Giões e Junta de Freguesia de Vaqueiros. O II Encontro 4 Horas de Resistência Pereiro / Alcoutim, é a semelhança do ano passado é uma Prova de resistência de 4 horas para moto, realizada

num circuito de aproximadamente 6 Km em redor da barragem do Pereiro, que conta receber a presença das maiores figuras nacionais da modalidade, Hélder Rodrigues, Ruben Faria, Paulo Gonçalves, António Maio, Luís Teixeira e tantos outros, proporcionaram momentos de grande beleza competitiva ao público presente, num percurso de grande espetacularidade, com visibilidade quase total a partir de um só ponto. A prova pode ser composta por equipas de um ou dois pilotos e uma ou duas motos, existindo apenas duas classes: Classe 1 – 1 Piloto uma Moto e Classe 2 – 2 Pilotos e 1 ou 2 Motos. Este ano, a organização criou mais um evento, o Desafio Cross Country Alcoutim que consiste em realizar um

percurso com cerca de 160km, dividido em duas voltas de 80km, com o auxílio de um road book. No final dos primeiros 80km está prevista uma neutralização de 30 minutos onde é possível assistir e abastecer. Uma alternativa aos passeios todo o terreno, uma oportunidade de treino de navegação para os habituais pilotos de Cross Country, onde os participantes percorrem caminhos secundários, corta fogos e outros de muito pouca utilização diária. A utilização deste tipo de percurso, obriga a velocidades baixas e a uma navegação exigente. A Organização define o percurso como “entre um percurso de enduro, sem as trialeiras, e um percurso baja, com muito poucos estradões”. Acessível

As provas vão acontecer a 27 e 28 de fevereiro a todos.” Segundo a organização, trata-se de um momento único para passar um fim de semana completo na prática ou a assistir aos desportos motorizados no concelho de Alcoutim, local que proporciona condições ímpares para eventos desta natureza. A organização conta com anos de experiencia na organização de provas de Todo o Terreno e terá a colaboração do conterrâneo Orlando Romana, conhecido organizador. Na procura da promoção do

evento e das potencialidades da região, a Câmara Municipal investiu na contratação da empresa A2 Comunicação, especialista na área de desportos motorizados, para garantir a cobertura mediática do evento e sua divulgação. Para mais informações e inscrições a organização disponibiliza os seguintes contatos: 963 808 713 / 964 472 576, página web http://www.alcoutimtt.blogspot. pt/, página Facebook 4 horas TT / Desafio Cross Country - Alcoutim


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DESPOR T O

Mó… que cena!

Lusitano viu aprovada a constituição de uma SAD Susana H. de Sousa

Em reunião de Assembleia Extraordinária os sócios presentes aprovaram a constituição de uma SAD no Lusitano Futebol Clube. Na corrida a um lugar que “não dá para fazer face às despesas”, como diria Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sousa venceu logo na primeira volta, a candidata Marisa Matias alcançou o terceiro lugar, à frente de Maria de Belém que teve uma noite para esquecer. Ficar atrás de Sampaio da Nóvoa ainda dá para engolir, mas atrás de Marisa Matias, já é muito difícil, mas, vendo pelo lado positivo, poderia ter sido pior: ficar atrás de “Tino de Rans”. Ela que face ao péssimo resultado vai ter que pagar do seu próprio bolso a sua campanha, (acho que todos os deveriam fazer, comeram e beberam e fizeram bandeirinhas, que paguem!). Para a próxima pensa duas vezes antes de concorrer a qualquer eleição, nem que seja para a presidência do condomínio do prédio onde vive, mas desconfio que houve candidatos que nem a família votou neles. No final do mês de janeiro esgotaram as vacinas contra a raiva, foram todas enviadas para a Academia de Alcochete pela Direção Nacional de Saúde, mas ao que parece a maior parte das vacinas já foram administradas, faltando segundo relatório da Sporting SAD, administrar uma segunda dosagem a Bruno de Carvalho e Jorge Jesus, 3 a Octávio Machado, 2 a Augusto Inácio e 4 doses a Slimani, prevendo que duas doses não vão fazer o efeito desejado, pelo que se viu nos últimos jogos em que o argelino bate em tudo o que mexe dentro do relvado. Além da vacina contra a raiva, a SAD leonina está a ponderar adquirir óculos de alta precisão, ou mesmo uma revisão oftalmológica a jogadores, equipa técnica e responsáveis porque para quem não vê uma grande penalidade como aquela de Rui Patrício frente ao Tondela em Alvalade é porque tem deslocamento grave da retina ou glaucoma (doença que em casos mais extremos pode levar à cegueira). Jorge Jesus continua a maltratar a língua portuguesa (já o fazia no Benfica, Braga, Estrela da Amadora e até mesmo no Felgueiras). Às vezes tenho a sensação que fez parte da equipa que introduziu o novo acordo ortográfico em Portugal, “foclórios” - última palavra introduzida pelo treinador português. A palavra correta é “Folclóricos” – Relativo a folclore (mais ou menos as suas conferências de imprensa), que atrai a atenção pelas cores vivas ou pela mistura de cores (como o cabelo da Maria José Valério) e que é desprovido de significado ou vazio de conteúdo (como as declarações de Bruno de Carvalho e de José Sócrates, só para citar alguns). O Estado Islâmico reduziu para metade os vencimentos dos seus colaboradores, tendo em vista que muitos não chegam ao dia do pagamento (devido ao risco elevado de morrerem antes)... É uma boa medida. Gostava de terminar, referindo-me a um anúncio de uma casa para arrendar, onde pode ler-se “aluga-se rés-do-chão sem elevador”, e eu pergunto: se é rés-do-chão para que precisa de um elevador?! Até dá vontade de dizer…Mó…que cena! Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação eusebiocosta@live.com.pt

Recorde-se que a questão da constituição do Lusitano como uma Sociedade Anónima Desportiva era algo que os vilarealenses já vinham ouvindo falar em terras pombalinas. A questão foi a votação no passado dia 28 de Fevereiro em assembleia extraordinária. Foi larga a maioria que aprovou a criação de uma SAD

(45 votos a favor e 6 contra). Ao queo JBG conseguiu apurar essa constituição será feita em breve. De acordo com o presidente do clube, Miguel Vairinhos, “o património do clube é intocável”. A futura SAD terá um capital social de 500 mil euros, onde o Lusitano terá apenas 10% e o restante ficará com um acionista privado, de origem francesa. O presidente da direção, Miguel Vairinhos, explicou que os futuros acionistas pretendem “apostar na formação” e levar o Lusitano aos campeonatos profissionais “o mais rápido possível”. O dirigente garantiu ainda que o património do clube “será salvaguardado e nunca estará em causa, já que não foi incluído no acordo com os investidores”. Aqueles investidores privados comprometeram-se a abater o passivo do Lusitano, cerca de 65 mil euros, e a pagar ao clube 35 mil euros por ano. Será também levada a cabo a realização de obras de remodelação no Campo Francisco Gomes Socorro.

42.ª Volta ao Algarve em Bicicleta vai voltar a Alcoutim A prova internacional de ciclismo na categoria 2.1 vai passar por Alcoutim a 20 de Fevereiro . A partida de São Brás do Alportel está marcada para as 10h50. A 4ª Etapa da 42.ª Volta ao Algarve em Bicicleta, que liga S. Brás de Alportel a Tavira, num total de 192,6 KM, disputa-se no sábado, dia 20 de fevereiro, e tem passagem pelo concelho de Alcoutim. Na sede de concelho será colocada uma meta volante / sprint com horário de passagem previsto para as 14h20. A organização é da União Velocipédica Portuguesa - Federação Portuguesa de Ciclismo.

Concelho de Alcoutim está à espera da passagem dos ciclistas

 Com os holofotes centrados nas novas promessas do futebol

Torneio de sub-16 da UEFA traz «olheiros» dos grandes clubes europeus a VRSA O Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António recebe, entre os dias 4 e 15 de fevereiro, a IV edição do Torneio de Desenvolvimento da UEFA de seleções sub-16, competição que traz anualmente ao Algarve dezenas de «olheiros» de vários emblemas de todo o mundo. Para muitos dos jogadores participantes a prova representa um passaporte para os grandes clubes europeus e pode abrir portas a uma carreira internacional na alta competição, facto que tem elevado cada vez mais o nível desportivo das partidas. Neste momento, encontram-se já confirmados pedidos de acreditação de «scouts» (prospeção ou, na gíria, olheiros) de emblemas nacionais como o Benfica, Porto e Sporting, mas também internacionais como são os casos do Manchester City, Manchester United, Chelsea, Liverpool, Barcelona, Real Madrid, Paris Saint-Germain, AC Milan, Juventus, Arsenal e Valência. Está igualmente prevista a visita a VRSA de quadros dirigentes da UEFA para a área dos eventos e competições. O torneio quadrangular junta, este ano, as seleções de Portugal, Alemanha, Holanda, França e Escócia. É organizado pela UEFA e pela Federação Holandesa de Futebol e conta com o apoio da Federação Portuguesa de Futebol, da Câmara Municipal de VRSA e da VRSA SGU. De acordo com Luís Gomes, presidente da autar-

quia de VRSA, «a escolha do Complexo Desportivo comprova, uma vez mais, a qualidade das suas infraestruturas, procuradas por equipas de topo mundial, e dá a oportunidade aos jovens jogadores de, num futuro próximo, integrarem os plantéis dos grandes nomes do futebol». O torneio de masculinos decorre entre os dias 4 e 8 de fevereiro, enquanto o de femininos tem lugar entre 11 e 15 de fevereiro. Estima-se que cada equipa participante no Torneio de Desenvolvimento da UEFA de seleções sub-16 traga até ao Complexo Desportivo de VRSA cerca de 35 elementos (jogadores, equipa técnica e staff) que, durante a fase de jogos, ficarão alojados nas unidades hoteleiras do concelho. A escolha de Vila Real de Santo António para esta competição é sinal do reconhecimento da qualidade e do trabalho de promoção do Complexo Desportivo de VRSA, estrutura que tem atraído provas de interesse mediático como a «Algarve Cup» ou da Taça dos Clubes Campeões Europeus de Atletismo. Recorde-se que o Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António foi recentemente integrado pela Fundação do Desporto na rede nacional de Centros de Alto Rendimento Desportivo, estando vocacionado para as modalidades de atletismo, judo, futebol, triatlo e natação. Com esta distinção, o Complexo Desportivo

amplia ainda mais a sua notoriedade nacional e internacional e constitui uma instituição de excelência que agrega as valências de treino, investigação, medicina, psicologia, fisioterapia e nutrição. HORÁRIOS DOS JOGOS: Masculinos 4/2/2016 11h00 – Portugal x Alemanha 14h00 – Holanda x França 6/2/2016 13h00 – Holanda x Portugal 16h00 – França Alemanha 8/02/2016 11h00 – Portugal x França 14h00 – Alemanha x Holanda Femininos 11/2/2016 11h00 – Escócia x França 14h00 – Holanda x Alemanha 13/02/2016 13h00 – França x Holanda 16h00 – Escócia Alemanha 15/02/2016 10h00 - Alemanha x França 13h00 – Holanda x Escócia


JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2016 |

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D ESP O R TO

Eurocidade do Guadiana recebe “Deaf Champions League” Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António, localidades que compõem a Eurocidade do Guadiana, vão ser palco da terceira edição da “Champions League” de futsal para surdos, entre os dias 9 e 13 de fevereiro, competição que conta com 24 equipas masculinas e 11 femininas, num total de 108 jogos. Em Castro Marim, o palco vai ser o Pavilhão José Guilhermino, que acolhe, entre os dias 10 e 12 de fevereiro, jogos da 1ª fase em femininos (dias 10 e 11) e da segunda fase na vertente masculina (dia 12). O grande favorito à vitória em masculinos é a equipa espanhola do C.D.S. de Huelva, vencedor nas duas primeiras edições da competição, Torino na Itália em 2013 e Graz na Áustria em 2014, além de ser considerada a melhor equipa europeia da

modalidade e primeira classificada do “ranking” europeu. Por sua vez, na vertente feminina, partem como favoritas, a equipa russa do Youth of Moscow, vencedora em 2014 em Essen na Alemanha e atual primeira classificada do “ranking” europeu, e a equipa italiana do S.S.S. Milano, atual detentora do troféu, conseguido no ano passado em Graz na Áustria. É esperado pela organização mais de milhar e meio de pessoas (entre desportistas, membros das equipas técnicas, elementos da organização e acompanhantes), oriundas de países como a Sérvia, Polónia, Israel, Finlândia, Suécia, Alemanha, Itália, Eslováquia, República Checa, Azerbaijão, Espanha, entre outros, num total de mais de duas dezenas de países da Europa.

Atleta do GDA na seleção nacional Devido á grande época feita no seu ultimo ano de Infantil, Pedro Lourenço atleta do Gd Alcoutim vê assim o seu esforço recompensado, ao logo no inicio do seu 1º ano de cadete, ser chamado a integrar os trabalhos da Seleção Nacional de cadetes. O estágio da equipa Nacional irá ser realizado em Ponte e Lima entre os dias 6 e 12 de Fevereiro. O GDA congratula-se por mais um atleta na seleção Nacional.

O nível dos canoístas de Alcoutim é muito elevado

Martim Longo Mais de 100 jovens passaram pelo «Gaming Day da Vila» recebe II Torneio de Karaté O Clube de Karaté de Alcoutim e Martim Longo, com o apoio da Câmara Municipal de Alcoutim, da Junta de Freguesia de Martim Longo e da Liga de Karaté do Sul, organizou o II Torneio de Karaté do Concelho de Alcoutim. A competição aconteceu a 31 de janeiro no Pavilhão Desportivo Municipal, em Martim Longo. Esta que é a segunda edição do evento que reuniu mais de 200 atletas de vários pontos do país e incluiu provas de Kata e de Kumitea. A competir estiveram todos os escalões etários (Infantis, Iniciados, Juvenis, Cadetes, Juniores e Seniores) no género feminino e masculino. Recorde-se que o Karaté reúne benefícios para o corpo e mente. Fisicamente, a prática da modalidade.

Realizou-se no passado dia 30 de Janeiro uma atividade que promoveu um encontro entre jovens entre os 15 e os 30 anos, de VRSA e Castro Marim, no Centro Cultural António Aleixo. Tratou-se do «Gaming Day da Vila» que encheu aquele espaço com os 50 participantes e outros tantos curiosos que ali passaram ao longo do dia. Foram cerca de 12 horas de torneio de videojogos que tirou os participantes de casa e os colocou num espaço comum. “O objetivo desta atividade é dinamizar um espaço que achamos de enorme relevância no nosso concelho, esse espaço é o Centro Cultural António Aleixo. Promover o convívio entre os jovens do concelho, através de atividades que vão de encontro aos seus interesses”, explicaram os três jovens mentores do projeto que estão inseridos no projeto Crescer da Junta de Freguesia de VRSA. Bruno Pereira, Eduardo Bonança e João Martins desenharam este projeto respondendo ao repto da associação juvenil Backup que os acolhe no âmbito do Crescer. “Considerámos desde logo uma boa ideia e desde o ano passado que começámos a produzir este dia”, confirmou-nos João.

Volta ao Algarve Humberto Fernandes O Algarve volta a ser o palco do maior desafio velocipédico realizado em Portugal. Entre 17 e 21 de Fevereiro de 2016 irá para a estrada a 42ª edição da

Volta ao Algarve que irá terminar na mítica subida para o alto do Malhão, Loulé. Este que é o evento desportivo que trás mais “vedetas” ao nosso país, mais um ano conta com os melhores ciclistas do mundo a

De referir que para ser levado a cabo este evento as parcerias foram variadas. Desde logo a Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António em colaboração com a Associação Backup, Câmara Municipal de VRSA e SGU. Sendo que os patrocínios “foram essenciais”, recorda João. Nomes como a Pizzaria Honorato’s ou FNAC fazem parte do leque, bem como outros que se juntaram. O objetivo da iniciativa passou por “chamar a atenção para tipos de atividades do interesse dos jovens da freguesia de Vila Real de Santo António, mostrar que Vila Real de Santo António Realizou-se no passado dia 30 de Janeiro uma atividade que promoveu um enconestá preparado e tem capacidade para tro entre jovens entre os 15 e os 30 anos organizar um evento cultural relaciomedida em que cabe aos participantes ambiente competitivo saudável, os nado com videojogos”. trazer o seu equipamento de casa. Uma jovens são incentivados a colaborar lan party pode ser organizada se no para atingirem os objetivos. Lan party e torneio de Hearthstone mínimo houver uma participação de Este evento deu lugar a uma lan 2 pessoas e pode integrar milhares de party de computadores para 36 partiO que aconteceu no Centro Cul- participantes. A lan party de grande cipantes (2 ilhas: 20 participantes e 16 tural António Aleixo foi uma «Lan dimensão tem a duração de vários participantes para League of Legends e Party”. Um evento que reúne pessoas dias e oferece condições para que os Hearthstone respetivamente), com um com o objetivo de jogar videojogos participantes permaneçam no recinto torneio de League of Legends, e a um em rede (lan - local area network), durante o decorrer da atividade. Este torneio de Hearthstone com prémio nomeadamente, jogos multijogador. tipo de atividade promove a interação para os vencedores. A segunda ativiEsta atividade difere do conceito de entre jovens num mesmo local, assim dade consiste num torneio de FIFA 16, cyber cafés ou centros de gaming na como o trabalho em equipa. Num na plataforma Playstation 4.

rolarem nas nossas estradas. Quanto às etapas deste ano serão à imagem de outros anos com etapas para contra-relogistas, velocistas e trepadores. Com uma totalidade de 756.6 quilómetros para percorrer a maior novidade será a chegada ao Malhão – subida de 2,5 quilómetros com inclinação média de 9,4 por cento e pendente máxima de 24,7 – a realizar-se no último dia, para que haja emoção na disputa da camisola amarela até ao derra-

deiro metro de competição. ETAPAS 17 Fev. 1ª Etapa: Lagos Albufeira, 177 km 18 Fev. 2ª Etapa: Lagoa Alto da Fóia (Monchique), 198,6 km 19 Fev. 3ª Etapa CRi: Sagres - Sagres, 18 km 20 Fev. 4ª Etapa: S. Brás de Alportel - Tavira, 194 km 21 Fev. 5 Etapa: Almodôvar

- Malhão (Loulé), 169 km Quanto ás estradas do Baixo Guadiana, serão percorridas pelos melhores ciclistas do mundo no dia 20 de fevereiro. Os corredores passarão em Alcoutim, descendo junto ao Baixo Guadiana até Castro Marim onde estarão a cerca de 25 quilómetros da chegada que será em Tavira.


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Carnaval de Altura recria Disney O já conhecido cortejo carnavalesco do sotavento algarvio em Altura, concelho de Castro Marim vai trazer este ano as personagens que habitam o mundo de fantasia de miúdos e graúdos. Um reino encantado vai desenhar-se por entre as conhecidas matrafonas, confetis, serpentinas, rebuçados e muitos foliões. Sábado e domingo, com início às 15.00 horas, o cortejo sai com os príncipes e princesas e outras centenas de personagens, que nos ajudam a estimular a criatividade e a imaginação desde tenra idade e que nos apontam os caminhos possíveis para a felicidade. Mais de 10 grupos de animação e 9 carros alegóricos, que representam a Juntas de Freguesia de Altura, Castro Marim e Odeleite, a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, o Clube Recreativo Alturense, a Associação Cegonha Branca, a Associação Desportiva e Cultural de Altura, a Associação Amendoeiras em Flor e o Intermarché.

Terras do Baixo Guadiana recebem mais 4 milhões de euros

VRSA com bailes Vila Real de Santo António celebra o Carnaval, entre os dias 5 e 13 de fevereiro, com bailes e um desfile. Os festejos irão decorrer em Monte Gordo (avenida marginal) e em VRSA, no Centro Cultural António Aleixo. O cartaz integra também um programa para os mais novos, desenvolvido com as escolas do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo, na manhã do dia 5 de fevereiro, a partir das 10h00, nas três freguesias do concelho. Em Monte Gordo, a programação arranca no dia 6 de fevereiro, às 22h00, na tenda instalada na zona poente da marginal, com um conjunto de bailes que se prolongam nos dias 7 e 8. Na terça-feira, dia 9, às 15h30, um desfile organizado em colaboração com a Associação Juvenil, Social, Cultural e Desportiva de Monte Gordo assinala o «Enterro do Entrudo». As atividades encerram no dia 13 de fevereiro, com o Baile da Pinhata, às 21h30, no Centro Cultural, em VRSA.

Cartoon

Hotel Vasco da Gama distinguido

Contratos de Exploração de Petróleo assinados à revelia das populações

ECOdica Devemos preservar cada pedaço da biodiversidade como inestimável, enquanto aprendemos a usá-la e compreender o que ela significa para a humanidade. Edward Osborne Wilson biólogo

2 fevereiro - Dia Mundial das Zonas Húmidas [Ler notícia página 4]


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