MarleneFranca_MariaDoRosarioCaetano

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dezembro de 1977. A família Matarazzo Ippolito, em sua maioria, não aprovava o relacionamento do jovem André com uma mulher como eu, nordestina, de família sertaneja muito pobre, com fama de porra-louca, que adorava beber em botecos. Creio que o tumultuado relacionamento da cantora Maysa Monjardim com André Matarazzo Filho (na segunda metade dos anos 1950) os deixara ainda mais preocupados e incomodados. Decerto, temiam a repetição do que acontecera. Só que meu relacionamento com André foi ganhando corpo, imensa paixão nasceu entre nós, tivemos nosso primeiro filho. Eu sabia que depois de muitos relacionamentos, alguns superficiais (caso de Lima Barreto), outros mais sérios (Loyola, Riva) e um casamento sem amor (com Milton Amaral), eu havia encontrado um homem a quem amava profundamente e que era correspondida. Três anos se passaram até os Matarazzo Ippolito me aceitarem. Eu recebia, por vias indiretas, recados os mais diversos. Na maioria deles, me recomendavam que não ficasse com André, pois ele iria fazer novos estudos na Europa. Deixavam subentendido que ele merecia uma esposa melhor que eu e coisas similares. Do meu lado, em todos os momentos, ficou minha cunhada

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