Leilao de novembro de 2010

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ARTE BRASILEIRA: CORTES E RECORTES Oitava parte: 1989-1998

Introdução:

O período aqui repertoriado – 1989-1999 – caracterizou-se pela criação de novos espaços culturais em diversas capitais, ativação e expansão de alguns espaços já existentes, vinculados a instituições bancárias, empresas privadas e organismos oficiais, assim como de novos museus, fundações e institutos, destinados a abrigar coleções particulares em regime de comodato e ao estudo e divulgação desses mesmos acervos ou da obra dos artistas já falecidos, em paralelo com outras atividades técnicas, educacionais, culturais e artísticas. Outro mérito de alguns desses novos espaços é a preservação dos valores históricos, arquitetônicos e estéticos de seus edifícios-sedes. Eis uma lista, provavelmente incompleta desses novos espaços: no Rio de Janeiro, Centro Cultural Banco do Brasil (1989), Fundação Casa França Brasil (1990), Fundação Eva Klabin (1990), Centro Cultural Light (1994), Centro de Arte Hélio Oiticica (1996), em Niterói, Museu de Arte Contemporânea (1996), Memorial da América Latina (1990); em Belo Horizonte, Fundação Inimá de Paula (1997), em Vitória, Museu de Arte Moderna (1998); em Porto Alegre, Casa de Cultura Mário Quintana (1991); e no Recife, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (1997). Alguns desses espaços encerraram suas atividades, após um início auspicioso, caso do Centro Cultural Light, outros vivem crises periódicas, mas o balanço conjunto é amplamente positivo. No Rio de Janeiro, as atividades centro Cultural Banco do Brasil, somadas às do Paço Imperial, da Caixa Cultural (esta com dois endereços) e do Centro Cultural da Justiça Federal, transformaram o centro da cidade no segmento mais ativo e atraente do circuito carioca das artes plásticas. O Museu de Arte Moderna, localizado numa das pontas do Aterro do Flamengo, ficou meio isolado, com perda de um público que lhe era cativo. Mas, no momento esforça-se por reconquistar sua aura passada, com exposições de qualidade – Daniel Senise, Jorge Guinle, Waltércio Caldas, Nuno Ramos etc. – e projetos, ainda em fase de elaboração, visando ampliar a participação do público em suas atividades.

Roberto Burle Marx (detalhe) lote 1

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O bicentenário da morte por enforcamento de Tiradentes, o centenário da morte de Van Gogh e a realização, Rio de Janeiro, da Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento motivaram a realização de mais de uma dezena de exposições individuais e coletivas, entre as quais, “Arte Amazonas” e “Eco Art”, reunindo uma

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