crítico é a testemunha sem repouso de cada revolução. Definindo-se como “este grilo chato que não para, num canto da grande sala social, de dar sinal de sua presença, testemunhando que a noite chega, mas é sempre verão”, Pedrosa diz que o crítico “tem de conservar a cabeça acima da corrente. A cada momento tem de acompanhar o artista nas suas investigações, na sua inquietude criadora, mas tem adicionalmente de se esforçar por, a cada momento, saber não só captá-las, mas colocá-las em situação”, isto é, ele não pode assumir como sua “a unilateralidade do artista, pois que para explicar, defender, hierarquizar, é sua obrigação ver também de outros ângulos”.
1980 – RJ: A Galeria Banerj é inaugurada com exposição do acervo da instituição. Encerra suas atividades em março de 1987. Nesse período realizou 54 exposições, sendo 31 individuais, nove com obras do acervo do Banerj e as restantes sobre temas diversos. Entre as individuais, Poty, Burle-Marx, Goeldi, Arlindo Daibert, Guignard, Edith Behring, Rubem Grilo e José de Dome. Entre as coletivas “Arte do casual”, “Futebol/ 258
JOSÉ MARIA de Souza
Interpretações”, “Autorretratos”, “Rio: vertente surrealista”, “Rio: vertente construti-
1935 – 1985
va”, e o ciclo de exposições sobre arte no Rio de Janeiro, de caráter histórico, tendo ao
Marinha
lado das obras de arte ampla documentação textual e iconográfica: “Axl Leskoschek
óleo s/ madeira, ass. dat. 1982 inf. esq., ass., tit., dat., sit. Bahia e com o n. BR8387 da Galeria Bonino no verso 38 x 46 cm
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e seus alunos brasileiros”, “Grupo Frente”, “Neoconcretismo”, “Opinião 65”, “Tempos de guerra”, “Depoimento de uma geração”, “Grupo Guignard” e “Os dissidentes”. Todas as exposições do ciclo circularam, em seguida, por algumas capitais brasileiras
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