Catálogo de maio de 2010

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Patrimônio Cultural Prussiano de Berlim, com obras de Rugendas, Thomas Ender, Ferdinand Bellermann, Maximilian Zu Wied, Spix e Martius, Eduard Hildebrandt, Hermann Burmeister, Karl Planitz e Friederich Hagedorn, entre outros. Todos esses naturalistas e artistas-viajantes vieram a América Latina, ao Brasil inclusive, para colocar em prática a ideia “fisiognômica-geográfica” de Alexander Humboldt, que reivindicava para a arte, ou melhor, para o realismo artístico, uma qualidade geográfica. A missão desses artistas, que geralmente aqui chegavam acompanhando missões científicas, correspondia a um mecenato de tipo novo, mais pragmático, ou melhor, correspondia já a uma fase avançada do pré-capitalismo. Como lembra o crítico uruguaio Angel Kalemberg, no catálogo da mostra, “à etapa da descoberta deve suceder a etapa do inventário. Depois dos artistas viajantes virão, no século XX, as grandes empresas multinacionais. Daí a forma assumida pelas obras desses artistas viajantes: um inventário prolífero”.

Hélio Oiticica: Cara de Cavalo e Rimbaud 234

BAPTISTA DA COSTA, João

1980 – RJ: Tendo retornado ao Brasil, em 1979, depois de demorada permanência

1865 – 1926

em Nova York, Hélio Oiticica realiza no Rio de Janeiro seus três últimos trabalhos.

Petrópolis óleo s/ madeira, com vestígios de ass. inf. esq., dat. 1903 e tit. em etiqueta do artista no verso 29 x 44,5 cm

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O primeiro em junho, no Café des Arts, do Hotel Meridien. Trata-se do penetrável Rijanviera, cujo nome tem origem no Finnegans Wake, de James Joyce – fusão dos topônimos Rio de Janeiro e Riviera, definido por ele como “um brincar-apreender

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