Sopa N°7

Page 1

1


SOPA

Sabemos que vocês não perceberam que a gente sumiu, mas estamos de volta! Não nos pergunte aonde estávamos enfiados, nem que diabos estávamos aprontando, o importante é que agora chegou a hora da gente rebolar! Ou como diriam os franceses, «bouges tes fesses» (buljitêfés). Um daqueles legítimos «levanta pra cuspir», com um bom tapa na bunda e vamos! A SOPA não pode parar! E não é só a a gente que vai ter que dançar, né? Ou tá achando que você ficou fora dessa? Comece já a pensar no que nos enviar, e vai trabalhar vagabundo! Hahaha... Brincadeira. Isso é só pra falar que a gente está sempre aberto para mostrar como você «rebola». Vamos pra pixsta!?

2


Canhotagem: Derivativo de canhotos autorais, copyleft. Uma câmera sempre por perto, cliques sem autorização. práticas gonzojornalistas, manipulação digital. Mídias populares, faça você mesmo, discordianismo e ações colaborativas. Assina João Perdigão.

Marco Túlio Ulhôa: Jornalista pós-graduado em crítica cultural. Belo horizontino estudioso e apaixonado pelas diversas dimensões da criação da imagem, seja através do cinema, do vídeo, da pintura ou da música. Singelo colaborador dessa Sopa antropofágica.

Um Litro: Injeto e aglutino conteúdos na web, gerencio opiniões nas redes sociais, curioso, lúdico, ilustrador, engraçado, pesquisador, misturador de moda e tendências, sou multifacetado e multiatarefado. Acredito que as conexões emocionais entre as pessoas podem influenciar e até mesmo mudar a direção do mundo. Luisa Garcia: Mil palavras por segundo, rabugice aleatória, reclamações gratuitas e chatice de nascença se revelaram vocações adequadas para revisar a sopa - e achar uma delícia! Afinal, ser chato & útil ao mesmo tempo é deleite para poucos.

Bruno Faleiro: Jornalista, baixista do Câmera, editor chefe da Revista do Cruzeiro, autor do blog Faleirolândia, goleiro aposentado, aluno de Hunter Thompson, discípulo de Hailé Selassiê, e, acima de tudo, viciado em música…

Direção e edição: Toast - Antoine Remy Projeto gráfico e diagramação: Antoine Remy Revisão: Luisa Garcia Capa: Little K - pág 14

3


SOPA

Sumรกrio

4


5


SOPA

6


7


SOPA de

ILUSTRAçãO

PURE FUCKING PEOPLE Will é autor francês de HQ e muito fã de metal. Trabalhou 10 anos com propaganda, e decidiu se aventurar como freelancer e viver do desenho (ilustrações e quadrinhos). O resultado da fusão de suas duas paixões - metal e ilustração, foi o livro «pure fucking people»; com 60 desenhos homenageando as multidões dos concertos de metal, principalmente o «Hellfest», maior festival de música metal ao ar livre da França (72.000 pessoas). Durante o evento, ele captura fotos das pessoas sem que elas saibam, à procura de uma pose, uma atitude ou um momento, que mereçam ser registrados, para que após a sessão de fotos, ele possa, apenas com a tablet (caneta de desenho para computador), conseguir um efeito próximo à realidade. O autor já repetiu a «dose» este ano, neste mesmo festival. Boa notícia pra gente que gostou, e quer sacar as novas ilustrações com o velho estilo de sempre: cheio de headbangers e personalidade.

LINK Do will argunas

http://argunas.blogspot.com/

http://willargunas.ultra-book.com/book

8


9


SOPA de

ILUSTRAçãO

10


11


SOPA de

ILUSTRAçãO

12



SOPA de

LITTLE K

K e l t t i L ut O l l i Ch

se eK o l t Lit zind : ês, du c o n ra s intr cria , f o o m en af es or ógr paisag e ele m a o aut e t o ef se ar qu am» tor as rua agens ICAM, p xplor l Escu pria d erson sIGNIF nto «e o s a apr enos p t». ele , enqu rior. u r e peq hill Ou spera o ext Ç C e « a p e os xar m» o es a l ia re enc v i v «

14


Isl창ndia

15


SOPA de

LITTLE K

E é exatamente o que as pequenas figuras feitas de massa Fimo estão fazendo: esperando pacientemente e aproveitando a vista. Little K integra ao design dos personagens um caráter anônimo, indicado pelo uso do ‘capus’, que os isenta de qualquer identidade. influenciado pela cultura urbana do skate e do hiphop sugere que esses pequenos “diabinhos” PROMOVAM A IDÉIA DE reapropriaÇÃO do espaço - COMO um pouco do espírito que o skate traz PARA AS RUAS.

Paris França

16

Little K adora ruas desertas para criar suas cenas; elas são para ele um espaço que tem um forte potencial criativo e poético. atualmente adquiriu o hÁbito de «largar» seus personagens no lugar onde A fotografia TIVER SIDO REALIZADA, e já trafegou «abandonando» seus seres anÔnimos da França ao Japão - passando TAMBÉM por Marrocos e EUA. procurando COM ATENÇÃO, QUEM SABE? talvez UM DELES jÁ ESTEJA TE ESPERANDO, PERDIDO por esse mundão, «NUMA RELAX, NUMA TRANQUILA, NUMA BOA».


Orly Franรงa

Koln Alemanha

17


SOPA de

LITTLE K

18


Dunas de Erg-Chebbi Marroco

19


SOPA de

LITTLE K

Ivry

La Défense França

Porto Portugal

Alfortville França

Paris França Cap de l’Homy França

20


y-sur-Seine França

Colônia Alemanha

Kanazawa Japão

Creteil França

LINK DO little k 21


SOPA

22


Entre na VocĂŞ que faz trabalhos geniais ou que tem amigos geniais que fazem trabalhos, entre em contato com a gente! revista@sopamagazine.com

23


SOPA de

MUSICA

24


Philippe

O ‘extraterrestre’ francês Philippe Katerine começou a sua loucura musical em 1991, com o álbum ‘Les mariages chinois’. A carreira foi difícil devido ao seu estilo peculiar e novo, mas katrine foi finalmente reconhecido pelo grande público em 2005 com o álbum ‘Robots après tout’ e particularmente pela música ‘louxor J’adore’. Com uma personalidade especial, que se originou graças Às suas várias vertentes profissionais, como abatedor, professor de ginástica e muitos outros, mudou as regras da música com suas LINK DO philippe katerine letras simples e cheias http://katerine.artistes.universalmusic.fr/ de significados. Esse colecionador de côcô (literalmente, confira!) e debochador de primeira categoria, acabou de lançar seu último cd homônimo, Philippe katerine. Para entender um pouco mais desse universo, traduzimos 3 letras pra você cagar de rir. Prepare-se!

25


SOPA de

MUSICA

Philippe

La Moustache

LINK DO VIDEOCLIP

26


Vas-y mets ta moustache! Hahahahohohaha... Enlève ta moustache! Heinheinheinhoho... Remets ta moustache! Hahahahohohaha... Garde ta moustache! Hahahahohohaha... Enlève ta moustache!

Aí, põe seu bigode! Hahahahohohaha... Tira seu bigode! Heinheinheinhoho... Põe de novo seu bigode! Hahahahohohaha... Guarda seu bigode! Hahahahohohaha... Tira seu bigode! 27


SOPA de

MUSICA

Dam dam dam dam dam dam Dam dam dam dam dam dam Bonjour je suis la Reine d’Angleterre et je vous chie à la raie. Bonjour je suis la Reine d’Angleterre et je vous chie à la raie. Je vous chie à la raie car le monde est ainsi fait... Bonjour je suis la Reine d’Angleterre et je vous chie à la raie. Bonjour je suis la Reine d’Angleterre et je vous chie à la raie. Hello i’m the Queen of Kingdom and i’m shiting on your face. Hello i’m the Queen of Kingdom and i’m shiting on your face.

Philippe

I’m shiting on your face because the world is perfect.

La Reine d’Angleterre

Hello i’m the Queen of Kingdom and i’m shiting on your face. Dam dam dam dam dam dam Dam dam dam dam dam dam Bonjour je suis la Reine d’Angleterre et je vous chie à la raie.

28


Dam dam dam dam dam dam Dam dam dam dam dam dam Bom dia, eu sou a rainha da Inglaterra e eu estou cagando pro seu rego. Bom dia, eu sou a rainha da Inglaterra e eu estou cagando pro seu rego. Estou cagando pro seu rego porque o mundo é assim... Bom dia, eu sou a rainha da Inglaterra e eu estou cagando pro seu rego. Bom dia, eu sou a rainha da Inglaterra e eu estou cagando pro seu rego. Hello i’m the Queen of Kingdom and i’m shiting on your face.

LINK DO VIDEOCLIP

Hello i’m the Queen of Kingdom and i’m shiting on your face. I’m shiting on your face because the world is perfect. Hello i’m the Queen of Kingdom and i’m shiting on your face. Dam dam dam dam dam dam Dam dam dam dam dam dam Bom dia, eu sou a rainha da Inglaterra e eu estou cagando pro seu rego.

29


SOPA de

MUSICA

Non je ne veux plus jamais travailler, Plutôt crever. Non je n’irai plus jamais au supermarché, Plutôt crever. Non mais laissez-moi, Non mais laissez-moi, Manger ma banane Non mais laissez-moi, Non mais laissez-moi, Manger ma banane tout nu sur la plage. Non je ne veux plus jamais m’habiller, Plutôt crever, Plutôt crever que de me lever parce que vous me le demandez, Plutôt crever. Non mais laissez-moi, Non mais laissez-moi, Manger ma banane Non mais laissez-moi, Non mais laissez-moi, Manger ma banane tout nu sur la plage. Oui Monsieur je sais que ce sont vos enfants, Mais quand ils me voient ils rient tout le temps... alors...

Philippe

La Banane

Laissez-moi, Laissez-moi, Laissez-moi, Laissez-moi, Non mais laissez-moi, Non mais laissez-moi, Manger ma banane Non mais laissez-moi, Non mais laissez-moi, Manger ma banane... Plutôt crever que de ne pas finir ma banane.

30

LINK DO VIDEOCLIP


Não, eu não quero nunca mais trabalhar, melhor cair duro. Não, eu não vou nunca mais ir ao supermercado, Melhor cair duro. Me deixem, me deixem, comer minha banana. Me deixem, me deixem comer minha banana, nu, na praia. Não, eu não quero nunca mais me vestir, melhor cair duro. Melhor cair duro do que ter que levantar só porque vocês me pediram. Melhor cair duro. Me deixem, me deixem, comer minha banana. Me deixem, me deixem comer minha banana, nu, na praia. Sim Senhor, eu sei que são suas crianças, mas quando elas me olham, estão sempre rindo... Então... Me deixem, me deixem, me deixem, me deixem. Me deixem, me deixem, comer minha banana. Me deixem, me deixem comer minha banana... Melhor cair duro do que não terminar minha banana.

31


SOPA de

DANรงA

32


Entrevista com

Morena Nascimento

ClarabOia Morena Nascimento é dançarina desde menina e vem em uma exclusiva entrevista à SOPA, falar um pouco de sua mais nova performace - Clarabóia. Morena, que já dançou na Cia. Pina Bausch, Alemãnha, cria hoje trabalhos autorais e algumas vezes em parcerias com outros artistas. Reside hoje em São Paulo, onde cria novas pespectivas para o seu trabalho ainda tão promissor. Clarabóia é uma performance de Morena Nascimento, criada em parceria com os artistas Fabio Retti (iluminador) e Andréia Yonashiro (coreógrafa e bailarina), no contexto de "site specific". Surge da relação de um corpo com um lugar. Dialoga com luz e espaço, numa interface de linguagens. Neste trabalho, uma mulher dança sobre um teto de vidro, convive com objetos estranhos, brinca com cores, formas e volumes. A luz que atravessa a superfície de vidro transparente, onde se dança, evidencia quem assiste do andar de baixo. O ponto de vista é invertido, alterado, exigindo do espectador um «se ajeitar» para que consiga ver o que acontece na clarabóia no andar de cima. Isso induz o espectador a criar uma relação com seu próprio corpo. Flutuar, voar, estar no fundo do mar, cordão umbilical, vida intrauterina, queda, risco, vertigem, céu/terra, gravidade zero, vácuo, estrelas no céu, são algumas das imagens que permeam Clarabóia, induzindo a sensorialidade.

33


SOPA de

DANçA

Como chegou a essa profissão? Contenos um pouco sobre suaimersão neste mundo. Cresci em meio de ensaios e aulas de dança, assistindo meus pais, que foram bailarinos. Não posso dizer que por causa disso escolhi a dança como profissão, mas de algum modo essas imagens de infância povoaram todo meu ser e direcionaram muito o que eu poderia chamar de “desejos de dança”. Comecei a fazer aulas regulares de dança moderna com 11 anos, por vontade própria (meus pais nunca me exigiram nada em relação a isso, nesse sentido minha educação foi muito livre). Sabia que gostava muito de dançar, mas ainda não entendia muito bem a importância daquilo pra mim. E me incomodava, desde essa época, com o clima competitivo que havia nesse meio, a pura repetição de passos de dança na busca de um modelo único, mesmo que minha formação não tenha se iniciado com treinamento de balé clássico, onde identificamos mais claramente modelos e padrões específicos a serem seguidos. Aos 17 anos, quando escolhi cursar dança na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) é que descobri a dança como linguagem artística e que eu poderia criar um jeito próprio. A Unicamp foi reveladora e muito importante nesse meu caminho. Daí, por conseqüência de um envolvimento muito intenso com tudo o que eu fazia, os primeiros trabalhos profissionais foram aparecendo, parcerias muito especiais, dentro e fora da universidade, minhas criações autorais começaram a ganhar espaço e minha vontade de viajar, conhecendo o mundo através da dança entraram num fluxo de continuidade que perdura até hoje.

34


Como profissional da área, gostariamos de saber qual é sua definição e idéia de Dança. Não sou muito fã de supervalorizar as especificidades. Por isso não gosto da idéia de ter que criar uma “idéia de dança’. Por ser a dança o meu dia a dia, minha rotina, não significa que eu não trabalhe com bases em pensamentos que muitas vezes estão distantes do que se trabalha na dança normalmente. Meu foco não é a linguagem, uma técnica específica ou um estilo definido. Me arrisco a dizer que dança pra mim é um simples pretexto para aprender sobre algumas coisas da vida, conhecer pessoas, me relacionar. Conhecer, sensibilizar meu corpo a cada dia e descobrir que esse mesmo corpo é capaz de criar, interagir em grupo, compreender culturas distintas, já faz da dança, um simples viver. Não pretendo chegar a algum lugar específico com o que faço. Me interessa o saborear de cada experiência, construir diálogos com o mundo e com as pessoas através da dança.

35


SOPA de

DANçA

Quando e como surgiu a idéia de fazer o Clarabóia? Descreva um pouco do processo criativo. Clarabóia surgiu de um convite que recebi do Centro da Cultura Judaica de São Paulo para que eu criasse uma performance que tivesse seus princípios baseados na interação do corpo com a luz. Eu poderia escolher qualquer lugar do Centro para criar essa performace. Sabia que não queria fazer no palco, por isso escolhi o terraço onde havia uma clarabóia de mais ou menos 3x3m. Deste espaço, eu podia ver o andar de baixo, através do vidro. Aquele lugar me atraiu e sentia que dialogava perfeitamente com a proposta que me foi feita, por ser a clarabóia justamente um espaço que permite a entrada de luz de um lugar para o outro. Ali eu vislumbrei uma dança que iluminasse quem estava no andar de baixo. Comecei a brincar e conviver diariamente com materiais, formas e cores, sem narrativa ou tema pré estabelecido. Eu queria explorar as possibilidades daquele espaço com meu corpo e com objetos.

36


Daí a coisa foi surgindo...Chamei um iluminador, o Fábio Retti e uma assistente, Andréia Yonashiro para trabalherem comigo. A colaboração dos dois foi essencial e muito especial. Fomos criando tudo praticamente juntos... O processo de criação foi delicioso, nunca havia feito nada parecido, talvez pelo caráter inusitado do espaço e do tipo de relação com os materiais. Gosto de viver situações estranhas, por isso a entrega para essa experiência foi total. Na maior parte do tempo estou deitada, o que permite também um novo jeito de explorar objetos. O público que está lá embaixo, assiste meu corpo se mover numa posição não usual do que normalmente vemos em espetáculos de dança. Isso cria diferentes formas de perceber o movimento. O próprio corpo do espectador é convidado e estar numa posição não usual, pois tem que olhar pra cima se quiser ver a performance.

37


SOPA de

DANçA

Ouvimos dizer que o espetáculo é feito de “momentos”, explique se possível. Pode-se sim dizer que Clarabóia é feito de momentos, talvez porque diferentes materiais e volumes vão surgindo repentinamente no espaço e dialogando com meu corpo, re-significando assim o que acontece ali. Dialogo muito com cores primárias e a luz que me ilumina intensifica essas cores, criando temperamentos e texturas diferentes de acordo com cada momento, quase como uma paleta de cores. Essas cores vão tomando o espaço de tal forma que em um determinado momento, tudo fica amarelo. Daqui a pouco tudo fica azul... Ou verde. O mesmo acontece com objetos que aparecem ou desaparecem para dialogar com meu corpo. A troca de objetos e figurinos é complexa e por serem muito diferentes entre si, não só pelas cores mas também pelas texturas e formas, acaba-se criando uma sequência de paisagens, momentos... Clarabóia não tem pretensão de dizer nada para o público, deixar mensagem ou discursar sobre determinado assunto. São imagens sugeridas, que vistas de baixo, num teto de vidro, provocam associações das mais diversas em quem assiste, como por exemplo, a sensação de que estou flutuando, voando ou imersa no fundo do mar. Acho que isso tudo acaba dando um caráter sinestésico para a performance, fazendo o próprio público significar o trabalho.

38


O que teria a dizer àqueles que pretendem se iniciar no mundo da dança hoje em dia? No semestre passado comecei a ministrar aulas de dança na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Tenho aprendido muito com essa experiência. Neste contexto gosto de incentivar meus alunos a não seguirem modelos estabelecidos, mas de fazerem uso deles a seu favor. Priorizar a descoberta de seus próprios impulsos e seguirem seus desejos. Claro que na vida de um estudante é natural escolher, num determinado período de sua formação, seguir um mestre, um artista que admire ou um sistema específico de códigos, técnicas a serem estudadas... Mas acredito que isso deva acontecer no sentido da instrumentalização e potencialização das necessidades de cada um, numa constante interação com as necessidades do outro. Não se perder de suas próprias idéias, mesmo que o aluno-artista não se torne propriamente um criador, coreógrafo, diretor. Acredito que mestres existem para nos desafiar, como referenciais que suportam ou instigam novas descobertas.

link DO VIDEO

CLARABÓIA http://vimeo.com/20297868

39


SOPA de

Luiza

POTIENS

FOTOGRAFIA

/// Bairro Bixiga, SP

40


41


SOPA de

FOTOGRAFIA

42


43


SOPA de

FOTOGRAFIA

44


link DA LUIZA POTIENS http://luizapotiens.4ormat.com/

45


SOPA de

WAKKO

WAKKO

por Luisa Garcia

André Carvalho Hostalácio, mais conhecido como Wakko, fez escola em Belo Horizonte, e reuniu conhecimentos que vão desde produção musical até a nobre arte de azucrinar - na qual é prodígio desde pequenininho. Paralelamente, enveredou-se pelos caminhos da arte generativa e de performances. Numa tarde ensolarada de abril de 2008, Wakko juntou suas tralhas e seus conhecimentos numa malinha com os dizeres “meu samba me faz bem” e se mandou para Berlin, onde ingressou na University of the Arts (UD K), trocou a cachaça pelo jägermesiter, deixou o cabelo crescer, virou DJ do pedaço e aprofundou-se ainda mais em suas pesquisas sonoras.

46


Sopa: Sabemos que você foi um dos fundadores do Coletivo Azucrina, muito atuante na cena atual de Belo Horizonte. O que você tirou de positivo dessa experiência? Como isso se relaciona com o seu trabalho atual? Wakko: Bom, como esse caso é super controverso, eu prefiro dizer que o Azucrinismo se fundou por si só. Não sei, mas o que eu sei é que a turma começou a se encontrar na casa do Manuel, tomar umas e outras e em vez de sair pra mesma rua "belorizontina" de sempre, a gente tocava música junto, enquanto outros desenhavam, e outros preparavam azucrinitos, drinks e peripécias. Com alguma dificuldade de organização, que é bem comum entre o coletivo, eu acabei alugando uma casa no Santo Antônio, e depois do primeiro projeto sério que agente teve, passando uma semana acampado no teatro Marília (foi lindo) , a coisa toda virou uma loucura. Tínhamos um mini estúdio, e a casa virou um playground, começamos a conectar as perícias de cada um, de uma forma bem ingênua, sem querer abraçar o mundo ou ganhar dinheiro, e até onde eu sei, uma hora peguei minhas coisas e cai pra Alemanha, deixando a galera seguir o fluxo Azucrinista. Sopa: Sabemos que você fez parte da Escola de Circo «Spasso» durante três anos. Como isso contribuiu para a sua formação atual? Wakko: A escola de circo foi uma das coisas mais fodas que eu fiz quando mancebo. Entramos meio de pára-quedas, eu e meu irmão. Comecei a jogar bolinhas

com um monte de filho de hippie, ir pro Retiro das pedras, comprar umas meias listradas, até que eu fui pro primeiro encontro de circo. Fantástico, uma das coisas que as pessoas deviam conhecer é a noite dos «Renegados». O lance é, os encontros de circo se passam geralmente no meio de uma área verde, com todo mundo acampado (rave sytle) e todo dia tem uma noite especial para apresentações de Gala e tal, e depois disso, tem o Renegados. Funciona como um palco aberto, o apresentador tem que ser um palhaço foda que vai segurar o palco e cativar a galera a subir por umas 4 horas no mínimo. Daí o engraçado é que você sobe no palco pra ganhar uma cerveja, mas só se mandar um truque ou alguma coisa foda, e não rola de enganar o público com qualquer coisa, porque o público é a própria galera do circo, e eles estão cheio de latinhas na mão, prontos pra qualquer vacilo. É hilário. Depois disso, nada mais me fez ficar triste na vida. Sopa: O que te impulsionou a se mudar para Berlin? Como isso te influenciou? Wakko: A par de fugir da polícia você diz? Brincadeira. Eu queria adotar alguma coisa diferente, tomar um choque, junto disso teve aquela intuição pessoal que o conhecimento que eu queria estava passando lá. Uma mistura música eletrônica, construção de synthetizadores, circuitos e a tal da interatividade. Muita gente falava de Berlin, o pessoal do Digitaria teve aqui, e lembro do Nest me falando que eu se eu fosse pra lá eu não ia voltar. Soou muito bem aos meus ouvidos.

47


SOPA de

WAKKO

Sopa: Um de seus focos de pesquisa é a arte generativa. Como você a definiria? Wakko: Dessa aí amarra aquela coisa meio nerd que eu curto. Arte generativa vem daquela brincadeira de relacionar fatores de comportamento da natureza com algum entendimento matemático, programar circuitos e linguagem de computador e colar tudo isso com um feedback sonoro. Instalações, instrumentos e material pra brincar de fazer som.

{Sweet sequencer } – black tea musik

Sopa: E como foi que começou o lance com os circuitos, arte generativa e programação no meio dessa história toda?

48

Wakko: Acho que tudo começou com o Lego 386 e a BBS. Eu sempre tive uma curiosidade que me tirava o sono. Como que aquele monte de bolinha de cerâmica dentro do computador conseguia colocar pornografia na tela do monitor via servidor. Aquelas coisas que te deixam com a pulga atrás da orelha quando se tem 13 anos. Nessa época peguei uns livros de TCP/IP pra estudar, mas nunca passei dos gráficos mostrando como os computadores trocavam pacotes e tudo mais. Depois de muito tempo quando eu conheci os synthetizadores essa curiosidade voltou com força toda, e eu acabei esbarrando nessa de "Desobediência Tecnológica". Esse termo eu aprendi a uns meses atrás, quando vi o vídeo do Ernesto Oroza, que tem uma documentação cubana maravilhosa sobre o assunto.


Isso tem mais haver com o circuit bending, que é a idéia de hackear circuitos pré-montados, abrindo novas conexões e descobrindo novas funções, sons e por aí vai. Um passo pra frente foi aprender como se constrói um circuito completo, desde a placa até a caixa. Nessa linha eu montei alguns sequencers, osciladores e comecei a misturá-los com outros tipos de sensores e entradas de informação, por exemplo controlar um oscilador com energia solar, que acabei usando em alguns concertos junto com uma lanterna. Acabei apresentando aqui em Berlin uma leva de concertos «experimentais» com minhas próprias máquinas, junto com o Panetone também,

que morou um tempo comigo. Berlin é massa porque tem público pra todos os tipos de música que você imaginar, o que falta é grana mesmo, cultura musical tem aos baldes. Um terceiro passo nesse processo foi entrar em contato com a programação. Atualmente eu uso o SuperCollider, que é uma linguagem voltada para o som, que veio do Csound. Se eu não tivesse do lado dos caras que desenvolvem essa linguagem eu nunca ia ter aprendido. É importante sempre estar perto de onde o movimento gira.

{UNTERWASSER} – MAGNET OIL

49


SOPA de

WAKKO

Sopa: Você deu continuidade ao seu trabalho dentro de Coletivos na Alemanha? Como isso funciona? Wakko: Atualmente eu moro em Berlin, 3 anos, e só agora no último ano é que eu montei um estúdio com um "portuga", Ricardo Ferreira. Começamos um projeto chamado B.I.S.C.A.T.E, trabalhando uma linha mais Tech House, coisa de DJ. Com isso veio uma força grande de organizar nossos eventos, com a nossa cara por aqui. Aglutinamos um bando de malucos, International Fuckers, pegamos uma casa ocupada e começamos a coletar todo o tipo de lixo reutilizável. Porta, privada, caixa de som, sofá. Em duas semanas construímos um Playground, com casa na árvore, escorregador e um monte de quinquilharia. Um estilo meio favela, 15 metros dentro da terra, no bunker. A coisa pegou, as festas bombaram e o coletivo anda mais desorganizado do que nunca.

{TUNED CITY} – SYMBIOSIS MACHINE

50


Sopa: O que você tem a dizer àqueles que pretendem se aventurar pelo ramo da pesquisa sonora e circuitos? Wakko: Tem que entrar em contato com quem está fazendo. Workshops, Festivais, Coletivos, porque pra pesquisar somente pela internet e fóruns fica meio massivo. E o melhor é tentar aprender como funciona tudo que está ao seu redor. Disso você consegue tirar idéias e mesclar para brincar com novas oportunidades. Por exemplo, se você entender como a sua máquina de lavar recebe energia e comunica com as funções internas («águar», secar, rodar), junta umas 8 delas, monta um circuito que dispara as funções e voi lá, você tem uma banda. É uma veia de apropriação de tecnologia, criatividade e Azucrinação.

MAIS VIDEOS

DO WAKKO VÍDEO 1 VÍDEO 2

LINKS SITES AZUCRINA FUSILE DIGITARIA

LINK DO WAKKO http:// www.andrewakko.com

51


SOPA de

ILUSTRAçãO

josé BALsALoBRe LINK DO josé balsalobre

www.flickr.com/photos/cucaracha2008/ http://www.behance.net/josebalsalobre

C u carac h a D e s i g n Grap h i q u e

52


53


SOPA de

ILUSTRAçãO

54


55


SOPA de

ILUSTRAçãO

56


57


SOPA de

CINEMA

O que

de

r esta pr

nos c

of an

da A

por

Mar

co T

úlio

Ulhô

a

onfins o

ric

«Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos.» Talvez, quando Porfírio Diaz (1830 – 1915) proferiu tais célebres palavras, que acabaram por se tornar um ditado popular em seu país, o ex-presidente do México não tivesse a devida noção do quão perdido entre Deus e os Estados Unidos o México, de fato, poderia estar. A fronteira que separa os dois países divide não só o território físico entre duas nações, mas também duas diferentes culturas e estados conceituais. De um lado, um país regido sob a bandeira do pragmatismo e do liberalismo; de outro, um povo intrinsecamente heterogêneo e fragmentado.

58

a


Cenário dos grandes westerns, de John Ford a Sérgio Leone, e local da atual estética marginal do cinema de Alejandro Iñaritu, a região fronteiriça também é palco do primeiro filme de Omar Rodriguez-Lopes: O Assassino Sentimental de Máquinas (2010). Porto-riquenho radicado nos EUA e guitarrista da banda The Mars Volta, Omar é uma dessas espécies de gênios precoces que, com apenas 35 anos, já gravou mais de 35 álbuns e está em processo de pósprodução de mais dois filmes. Tudo isso sem contar que, de 1993 a 2001, foi, juntamente com Cedric Zavala, a principal cabeça por trás do At The Drive-In, uma das bandas mais importantes da última década. Assim como afirmou certa vez Gabriel García Márquez, «todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro». Tal metáfora pode ser atribuída a qualquer criador, e com Omar não seria diferente – desde o início de sua carreira no At The Drive-In, passando pelo The Mars Volta, até o seu filme de estréia e última realização. Omar Rodriguez-Lopez tem como ponto central de suas criações: as suas origens. E a cidade de El Paso no Texas é o local que representa essa profusão da estética e dos traços conceituais que compõem todo o imaginário que circunda a região da fronteira entre essas duas nações.

e a insegurança são as bases dos diversos impasses que envolvem uma relação quase incestuosa com a irmã, o drama religioso, a ausência dos pais e a perseguição a um garoto que Barlam jura ser sua imagemsemelhança. Tudo isso, associado à inexistência de uma vida sexual que impele o personagem a um estado de transe cada vez mais sufocante. O transe de Barlam é o principal fator que reflete na linguagem do filme. Criando uma narrativa extremamente fragmentada, Omar compõe um transe linguístico com extrema maestria. Porém não se trata apenas de um filme fragmentado, mas sim de uma história que por poucos detalhes é praticamente impedida de ser reconstruída linearmente, caindo em uma espécie de labirinto narrativo. E é justamente aí que entra o fator surrealista que caracteriza inclusive o próprio nome do filme. A transformação dos corpos em máquinas é uma pura decorrência onírica do transe Barlam, que acaba jogando todas essas possíveis reconstruções da história no âmbito da poesia e da metáfora.

Em O Assassino Sentimental de Máquinas, El Paso não é apenas o pano de fundo da narrativa, mas o local que permite a insurgência de certas características que compõem a mesma. O filme narra uma espécie de crise existencial de Barlam, personagem que em uma possível elaboração autobiográfica é interpretado pelo próprio Omar. Um jovem que, imerso em toda transitoriedade do contexto em que vive, recai sob as diversas angústias de uma mente adolescente. Os distúrbios gerados pela pulsão sexual, os conflitos familiares

59


SOPA de

CINEMA

Omar Rodrigues-Lopez mal estreou no cinema e já é perceptível em sua obra, uma veia descendente de Luis Buñuel e mais precisamente do cinema de Alejandro Jodorowsky. Este sim, típico representante do cinema marginal latino-americano que soube fundir o simbolismo ao surrealismo, inclusive realizando ligeiras apropriações da estética dos westerns americanos. Apesar das diversas referências artísticas que possam compor o universo intelectual de Omar Rodriguez, não seria um blefe teórico dizer que O Assassino Sentimental de Máquinas, assim como grande parte dos filmes de Jodorowsky, trata-se de um filme barroco. Segundo o escritor e teórico cubano Severo Sarduy, “o barroco atual, o neobarroco, reflete estruturalmente a desarmonia, a ruptura da homogeneidade”. Para outro cubano estudioso do barroco, o poeta José Lezama Lima, é na dimensão latinoamericana que essa expressão artística alcança sua dimensão mais profana e subversiva. O filme de Omar Rodriguez é dotado dessas duas dimensões. Existe um excesso expressivo na obra, uma ruptura experimental, um misticismo e um hibridismo que nada mais são do que um reflexo da cultura fronteiriça e toda sua heterogenia.

60

A montagem é demasiadamente fragmentada, o transe da narrativa desapropria caminhos do espectador e remete a um esquema labiríntico que tende ao elíptico e ao falho (como na metáfora barroca). Além de acentuar tal transe com uma trilha sonora incômoda e ruidosa, composta por ele mesmo. Omar assina a própria obra (como na decodificação do próprio nome de Bach em uma de suas harmonias), remetendo à sua personalidade na medida em que se insere no filme perseguindo uma espécie de anamorfose da sua própria imagem. Algo como elaborou Jan Van Eyck na pintura do Retrato do casal Arnolfini, tornando-se um belo exemplo da metáfora do reflexo no espelho côncavo barroco. O excesso contrastante e expressionista das cores, a mistura incessante de duas línguas no vocabulário dos personagens, a dobra da dupla personalidade de Barlam, a saturação de referências estéticas do universo católico mexicano, juntamente às experiências metafísicas e oníricas que o personagem se submete, são mais uma série de elementos que permitem falar em uma obra expressivamente barroca. Um lugar entre a luz e o profano, entre Deus e os Estados Unidos.


O ASSASSINO SENTIMENTAL DE MÁQUINAS: (The Sentimental Engine Slayer, México/EUA, 2010) Direção: Omar Rodriguez-Lopez Roteiro: Omar Rodriguez-Lopez Elenco: Omar RodriguezLopez, Tatiana Velazquez, Nomar Rizo, Kim Stodel Duração: 97 min.

61


SOPA de

CINEMA

62


É possível afirmar que são raros os diretores que estreiam com um trabalho tão bem acabado. Desde o início do filme, começando com um letreiro repleto com belas colagens compostas por elementos texanos, já se sente um impacto suficiente para esperar que alguma coisa interessante se desenvolva na tela. Os traços de humor com os quais Omar soube temperar com cuidado durante o filme, já mostram certa maturidade do diretor. Seria justo dizer que Omar Rodriguez-Lopez acertou. Deixou no ar sua potencialidade enquanto um criador cinematográfico. E além de tudo, soube não dar um ponto final à sua obra confirmando o velho ditado de que uma boa obra de arte nunca se fecha em si mesmo e nem apresenta uma resposta, mas sim deixa sempre uma pergunta. Como um filho exemplar de sua terra, Omar Rodriguez reafirmou o quão contaminado de sua ancestralidade suas obras se fazem. É irredutivelmente um despatriado fruto dessa dualidade profana que soube absorver muito bem os verdadeiros dilemas de suas origens. E é justamente graças a esses filhos bastardos que a América ainda hoje pode desfrutar de ter incrustado em seus confins, um lugar onde a heterogenia mantém viva as peculiaridades da verdadeira expressão americana.

Site Oficial do Filme link do Marco Túlio Ulhôa

63


SOPA de

FOTOGRAFIA

Série que mostra a construção e a descontrução fotográfica. por Chimicatti

64


65


SOPA de

FOTOGRAFIA

66


67


SOPA de

FOTOGRAFIA

LINK DO chimicatti

www.flickr.com/photos/umolhoso

68


69


SOPA de

DESIGN

70


Nils Guadagnin A HOVERBOARD Esse novo artista formado na escola de Belas Artes de Tours/França, e que agora integrou-se na escola de arte de Glasgow/Escócia, trabalha especialmente com a noção de espaço. Uma reflexão que ele desenvolve sozinho ou em dupla com Claire Trotignon. Juntos fundaram o White Office, um tipo de label artístico onde criam identidades visuais e conceituais. Eles se firmaram em 2008, recriando com o estilo land art(arte em terreno natural), a famosa lingua dos Rolling Stones sobre os 900 m² do jardim do château de Chambord/França. Neste mesmo ano, decidiu participar da exposição que se chamava “De volta para o futuro”. Um prato cheio para as qualidades de Nils, que de fato já havia trabalhado com projetos de levitação e de gestão do espaço. Como não existia nenhum objeto nesta exposição que fizesse referência ao filme, ele naturalmente decidiu criar o célebre Hoverboard que foi usado por Michael J. Fox no “De volta para o Futuro II”. Nils teve que trabalhar muito para realizar esse projeto e também se adaptar aos diferentes problemas técnicos que surgiram. O sistema magnético presente no interior da prancha tem um limite de peso e assim não é capaz de suportar uma pessoa, o que faz com que o modelo sirva apenas para firmar o conceito do Hoverboard. O designer diz ter apurado a forma inicial do “skate voador” não esquecendo de guardar o que era primordial: o conceito artístico e simbólico do objeto. O projeto foi concluído em Abril de 2010, na exposição Time Out e graças a Nils estamos um passo mais próximos de realizar o sonho de dar o mesmo “rolê” que Marty McFly.

71


SOPA de

DESIGN

72


Veja o vĂ?deo aqui LINK Do Nils guadagnin http://www.nilsguadagnin.com/

http://www.whiteoffice.org/

73


SOPA de

ILUSTRAçãO

74


MATUTO LINK Do matuto http://www.flickr.com/photos/lf_matuto/

75


SOPA de

ILUSTRAçãO

76


77


SOPA de

O NIRVANA

DO

MUSICA

WORLD TRADE

CENTER >>> at the drive-in Por Bruno Faleiro

11

de setembro de 2001, Campo Grande-MS, 10h30. Após realizar uma prova para seguir carreira como piloto de caça (você leu certo, eu, Bruno Faleiro, que não atraveso passarela sem vertigem, queria pilotar avião) estava no Shopping Center da capital sulmato-grossense à procura de um disco de minha últi ma banda favorita, no caso, Rated R, do Queens of the Stone Age.

78


N

ão encontrei. Afinal, mesmo na capital era muito difícil o acesso aos discos contemporâneos. No entanto, em uma das lojas, me deparei com um disco amarelo, com desenhos alusivos à batalha de Tróia, da banda At The Drive-In. Lembrei-me do clipe de One Armed Scissor, em que vários malucos de black power estavam em êxtase no palco e decidi dar uma chance para o disco amarelado.

P

rimeira faixa, rápida, com gritaria e guitarras frenéticas: gostei. Segunda faixa, bateria pesada e um solo acachapante de guitarra: animal.Terceira faixa, One Armed Scissor, a música do clipe, um ponto a mais. Quarta faixa, a urgência materializada em dissonância e vigor: esse disco é meu!

E

nquanto aguardava na fila para pagar o meu novo CD (que saudade deste ritual), um funcionário aparece dos fundos da loja para anunciar o fim do mundo. Ataque terrorista contra os Estados Unidos. De repente, todo o Shopping estava desesperado com os acontecimentos na terra do Tio Sam, enquanto eu só queria ouvir meu disco novo.

N

a volta para Corumbá, ouvimos a rádio local anunciar os detalhes do fato que marcou a entrada do novo século. O grande acontecimento da humanidade para a minha geração. Quando o sinal ficou fraco, tive a primeira audição do disco que cortou a história em dois pontos distintos. Mas, neste caso, a história é minha biografia.

E

nvolto na atmosfera de seleção para pilotos de caças, atentados aéreos contra um dos símbolos do imperialismo americano, Cedric Bixler, que eu acabara

de descobrir o nome, me falava sobre estações fora de operação, mentiras na caixa preta e tanques de oxigênio. A viagem era rumo ao desconhecido. Foi inevitável. Desde então, o conjunto de frases proferidas no disco amarelo foi a minha bíblia. A bíblia surreal, do pensamento latino complexo, da inquietude paranóica. E o som era tudo que eu queria ser. Deixei um black power crescer e me privei de todo e qualquer som que não fosse oriundo de Relationship of Command.

A

ssim passei o resto daquele estranho ano. Aos poucos, voltei a ouvir outras bandas e me impressionar novamente, como quando me deparei com Madonna, do ...And You Will Know us by the Trail of Dead, pela primeira vez. No entanto, nunca deixei de voltar ao bendito CD amarelo.

O

refrão de Quarantined, que diz “Alimentar o frenezi é contagioso” continua me emocionando, assim como Rodolex Propaganda e Sleepwalk Capsules ainda aguçam meu lado mais instintivo.

E

agora, somente 10 anos depois do lançamento deste disco seminal, consigo mensurar sua importância. Atitude, autosabotagem, angústias expostas, o canhoto tocando com uma mustang e, no ápice, o fim. Do disco, da banda. O At the Drive-in foi o meu Nirvana. Relationship of Command é mais importante que o 11 de setembro.

LINK Da banda http://www.myspace.com/atdi

LINK Do Bruno faleiro

http://faleirolandia.wordpress.com/

79


SOPA de

LOMO

por Carou Araújo

O

ano era 1982 – o mundo se achava em plena Guerra Fria. Ao diretor da fábrica LOMO foi ordenado a produção de uma câmera que fosse ao mesmo tempo compacta, resistente e fácil de usar. Assim nascia a LOMO Kompakt que foi direcionada às famílias da URSS como estímulo a documentarem amplamente o estilo de vida soviético.

80


A “Lomomania” propriamente dita começa em Praga em 1991, quando dois jovens vienenses, de férias na capital da República Checa, descobriram a máquina Lomo. Os dois fotógrafos ficaram impressionados pela cor, a luz e a qualidade das imagens (focadas ou desfocadas), foi tão contagioso que rapidamente a moda das Lomo se espalhou entre os jovens da cidade. Em 1995 nascia em Viena, na Áustria, a Sociedade Lomográfica e a primeira Lomo Embaixada, com o objetivo de impedir o desaparecimento das pequenas máquinas fotográficas russas, uma vez que a fábrica de São Petersburgo tinha acabado com a produção. A Sociedade Lomográfica organizou uma série de vendas de Lomos no âmbito de diversos eventos culturais, que serviram para afirmar o valor artístico da Lomografia. A arte de fotografar com uma Lomo consiste em fotografar ao acaso, de forma imprevisível. A Lomografia não é uma fotografia encenada, produzida; é uma fotografia do cotidiano. Um dos grandes projetos da Sociedade Lomográfica em colaboração com as várias embaixadas espalhadas por mais de 50 cidades em todo o mundo é a constituição do Lomo Word Archive, um registo visual, à escala mundial, graças às fotografias do lomógrafos de todo o mundo. Nos últimos anos a comunidade cresceu de forma significativa e novos modelos de câmera passaram a ser lançados, exposições fotográficas, workshops no mundo inteiro, encontros lomográficos com o simples desejo de cada vez experimentar e aprender mais, descobrir novas cores, ruídos, filtros, etc. A lomo é o tipo de fotografia que pode ser realizada por qualquer pessoa, crianças, adultos, idosos. Não se relaciona com técnicas avançadas e sim com liberdade. O espírito de um lomógrafo é exatamente este: seja livre, experimente, carregue sempre sua lomo, você nunca sabe quando a foto vai te encontrar, não acredite em erros, seja espontâneo e o mais importante de todos: divirta-se.

LINK Do lomography

http://www.lomography.com/

LINK DA carou araújo http://www.flickr.com/photos/carouponto

http://www.vimeo.com/carou

81


SOPA de

LOMO

82


83


SOPA de

LOMO

84

1

3

2

4

5


6

8

7

1 - Bรกrbara Meirelles 2 / 8 - Marina Lerbach 3 / 4 / 5 - Toast 6 - 45jj 7 - Sandro Miccoli 85


SOPA de

LOMO

1 2

86


3 4

1 / 4 - Bรกrbara Meirelles 2 - Bรกrbara Magri 3 - 45jj

87


SOPA de

LOMO

1

2

1 / 3 / 6/ 7 - Bรกrbara Magri 2 / 4 - 45jj 5 - Toast 8 - Gabriel Caram 3 4

88


5

6

6

8

7

89


SOPA de

FANZINE

Os Fanzines do Seculo Passado Ainda Reverberando no Seculo

XXI

por Canhotagem

Em maio de 2010, fiz um texto sobre fanzine aqui. Agora, venho pincelar o tema novamente, inspirado por um documentário que assisti. Quando era menino lá em São Domingos do Prata escutava uma banda dessas new wave pelas ondas do rádio e havia um refrão que só fui saber o que era depois que fiz meu TCC na faculdade - sobre fanzines. Aqui um trecho da letra da música, que apesar de ser da - por mim - defenestrada década de 1980, é legal:

90


91


SOPA de

FANZINE

«

Ninguém fica burro demais só porque viu TV As flores do mal são cogumelos de néon glacê A juventude tem um tempo certo pra se corromper O anarquismo é o anjo da guarda de todo prazer

E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox O futuro é preto e branco, e todo branco e preto pode ter E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox Vem do fanzine, novo papo, nova onda, novo ABC

«

Como um dos editores da publicação independente A Zica aqui em Belo Horizonte, o assunto zine não sai da minha pauta. Afinal, fazer fanzine na era das internerds hoje, de certa forma, é coisa quixotesca sim.

92

Veja o vÍdeo aqui

Voltar então no que me deixou inspirado pra "propagandear" ainda mais essa onda de fanzine. Foi um vídeo de meia hora do Márcio Sno, segundo o próprio, «jornalista, fanzineiro, espectador de filmes estranhos». E isso é apenas o capítulo I, ou seja, logo vai estar rodando por aí, um documentário sobre o tema. Encontraram muita peça rara pra entrevistar, muito depoimento bacana dos nerdão das antiga. Além de outros casos do udigrudi doutros tempos, uma história sobre trapacear os correios que nunca tinha ouvido falar. Vale a pena:


Aqui um vídeo locura que eu, Daniel Silva, Karl Ulrich e Rodrigo Costa fizemos na faculdade, entrevistando os ex-fanzineiros: o jornalista João Claudio Lopes, o graduado em letras Fabiano Moreira (o Bill) e o historiador Carlos Frankiw (o Carlão):

Veja o vÍdeo aqui E o videoclipe do Hanoi Hanoi - Fanzine:

Veja o vÍdeo aqui

LINK Do canhotagem

http://canhotagem.blogspot.com/

93


SOPA de

FOTOGRAFIA

94


SAMANTHA LINK Da SAMANTHA CAMPOS

http://www.flickr.com/photos/samanthaartcampos/

95


SOPA de

FOTOGRAFIA

96


97


SOPA de

FOTOGRAFIA

98


99


SOPA de

COLETIVO

> sztuka fabryka /

Urban Shrines /

Sztuka Fabryka está ativa por todo o mundo desde 1986 e inicialmente veio se consolidadando como organizadora e comissária de vários eventos e exposições internacionais. Durante toda essa trajetória, Sztuka vem realizando experimentos artísticos nas mais variadas e distintas redes de comunicação e ao mesmo tempo criou um arquivo com peças de arte de mais de 1.500 artistas de todo o mundo. Em 2009 começou a se movimentar da Bélgica à Espanha, dedicando-se agora por completo à sua própria arte. Arte esta que se sustenta em alguns paradigmas que são as diretrizes e a teoria de «si mesma».

100


O primeiro e mais pessoal paradigma está evidente na frase «Back to Basics», que significa a desconstrução das idéias para uma nova construção da filosofia Sztuka Fabryka.

101


SOPA de

COLETIVO

102


Outro paradigma interessante de ser citado é o “The future is in the past”, já que afirma ser o passado a principal fonte de inspiração para o desenvolvimento de seus trabalhos. Sztuka não acredita que o futuro precise desta constante necessidade de «inovação» como aclama a arte moderna, e afirma; “Há muita beleza para ser encontrada no passado, como a época medieval e arquitetura neo-gótica... Acreditamos que o futuro será no passado”.

O grupo tem experiências nos campos da arte de carimbos de borracha, colagem, graffiti stencil, adesivos, arte de rua, performance, moda, música, design e outros. Hoje, nós os conhecemos pelas Urban Shrines (capelas urbanas), que são pequenos templos de papel, criados para homenagear o passado onde existiam templos em pequenas villas e cidades. Templos estes que desaparecem cada vez mais com o advento da modernidade.

LINK Do sztuka fabryka

103


SOPA de

ODD

Lomo / Fisheye

Objeto de design no melhor sentido da expressão. A seleção busca romper as barreiras hierárquicas e geográficas do consumo. Ali encontramos desde peças consagradas do design internacional até o mais simples objeto do cotidiano. O garimpo criativo da proprietária da loja reúne uma inspirada seleção de objetos inteligentes e criativos capazes de transformar em diversão qualquer rotina.

Gostou e quer um desses ? Visite a loja virtual! link da odd / objetos de design

http://www.oddlojavirtual.com.br/

Taste Explosion

104


Lomo / Spinner 360째

Banco Wisdom

Lomo / Diana CMYK

Lomo / Diana Pink

Lomo / Diana F+

Lomo / Fisheye Lomo / Supersampler

Luminaria Tetra

Holaria Cer창mica

Colorsplash Traquitanas

105


SOPA de

DESIGN

Vivencie seus métodos,

desconstrua-se Por Filipe Natanael, @1litro

O método é um conjunto de regras para se percorrer um caminho, uma experiência, ou até mesmo para produzir um novo conhecimento. Juntar evidências, analisar, e pesquisar dados de maneira mensurável usando a lógica, ou a epistemologia, é para muitos autores a maneira mais correta para uma metodologia eficaz. Segundo o autor e professor, Luiz Antonio L. Coelho, o estudante deve “perceber que a metodologia usada em determinado projeto não será igual nos diferentes graus de realização do mesmo”. Ou seja, o aluno deve construir e traçar sua própria “cultura metodológica”, em que cada projeto ou pesquisa, “o método passa a ser reinventado” no sentido de desconstruir paradigmas e estereótipos. “Não existe uma ‘melhor forma’ de percorrer o processo. Há pontos de referência ao longo do caminho. Os projetos podem percorrer os espaços mais de uma vez à medida que a equipe lapida suas idéias e explora novos direcionamentos”. (Tim Brown, CEO da IDEO em 2009). O design é um exercício para descobrir uma nova maneira de se trabalhar, utilizando um conjunto de procedimentos a partir

106

da observação, do pensamento e da realização de cada indivíduo. Leon Segal especialista em fatores humanos da IDEO, afirma que “a inovação começa com a observação das pessoas em situações reais”, princípio geral da humanidade. Antropólogos, filósofos e cientistas entenderam isso há muito tempo, e os verdadeiros empreendedores compreendem esta tarefa intuitivamente. Breder, (2009) concretizou o método de "Empreendedorismo Aplicado ao Design" como Professor nas disciplinas de Prática Profissional, resultando o “Empreendesign”. Não há como utilizar um único método para todos os tipos de projeto, precisamos projetar sem usar regras. Consumidores efêmeros emergidos num mercado ágil e repleto de inovações a todo instante precisam de novas experiências; portanto, é preciso arriscar-se e ser extremo nas pesquisas metodológicas, a todo instante. No universo dos produtos, há uma gama muito grande de técnicas, métodos, e metodologias para se chegar a um objetivo. Abaixo descrevo em uma síntese, sobre o método de Baxter, (1998) que se resume em seis etapas:


DESIGN

OBSERVAÇÃO INOVAÇÃO MARCA LUCRO

DESIGN

Es reprequema senta pelo A do de ac utor*, ordo c bibli om de visografias i do Deonários sign.

107


SOPA de

DESIGN

DESIGN

SENSAÇÕES POESIAS EMOÇÃO Fluxoeas r das áridas híb ntes inereesign. ao d

PRAZER

DESIGN 108


• Planejamento: Definição do produto, definindo as restrições do projeto e processos produtivos; • Conceituação: Após o planejamento, iniciam-se as gerações de idéias e análise crítica; • Configuração: Geração de conceitos e alternativas perante os conceitos escolhidos, sabendo de todos os elementos do projeto, além das restrições fabris existentes; • Detalhamento: Construção protótipo, testes ergonômicos;

de

um

• Fabricação: Inicia-se a produção do protótipo, e comercialização do produto no mercado; O design tem o papel de coadjuvante, e às vezes assume o papel de substituto dos principais atores. Quando Herbert Simon em 1978 definiu design como “todo aquele que se lança, está transformando situações existentes em situações preferidas”; Entendo que, Simon acreditava que o design é uma poderosa ferramenta para grandes transformações e mudanças, não um mero utilitário para projeto de produtos. “No design, estamos diante de uma área híbrida do saber”, Coelho, (2006), um campo interdisciplinar, excêntrico, que combina outras áreas, adotando um olhar particular. A Pós-modernidade trouxe à tona o conceito de Híbrido, ou seja, a valorização do diverso. Quanto mais intenso for o mergulho nesse imaginário próprio, adotada uma visão particular; cada indivíduo aprenderá a desenvolver um contexto no qual resultará um modo de aprender e pensar conceitualmente. Deveríamos então,

destacar a necessidade de pensar num processo de desconstrução buscando uma identidade múltipla e heterogênea. Misturar métodos empíricos, cultura, informação, práticas de trabalho, pois, “apenas metodologia convencional não é suficiente” Kelley, (2001). Repetir as mesmas fórmulas metodológicas é um fracasso, uma única receita do fazer nos dá a impressão que aquele caminho já foi alcançado. Segundo Portinari, (2006) “a cultura de métodos é calcada da construção e validação de caminhos próprios para o designer reconhecer a sua existência e as suas implicações, habilitando-o, assim a adotar o seu próprio partido”. Fazer uma abordagem holística multidisciplinar para interpretar e intuir nuanças de necessidades latentes nas pessoas requer o “raciocínio abdutivo”, segundo Neumeier, (2009). Este pensamento liga algum tipo de mistério, que envolve compreensão, comportamento e que não apresenta fórmulas conhecidas. No ambiente empresarial, os acionistas optam por ignorar os novos métodos, segundo Cipiniuk, (2006) “os prazos curtos e os custos falam sempre mais alto”. Seguir ou não sempre as mesmas etapas num determinado projeto? Cada indivíduo deverá desconstruir seu próprio caminho, por meio de fatos empíricos, sem limitar a capacidade ontológica, para se chegar ao novo e desconhecido caminho, buscando os resultados da “geração de riquezas” em longo prazo.

link 1 litro http://mydiseno.blogspot.com/

109


SOPA de

VIDEOS Make it better - Climent Canal / Sebastiรกn Baptista

para assistir

Locations of Birds On Wires Create Music -

para assistir

110

Jarbas

agnelli


Amazing blue shipping container camera!

para assistir

Die Antwoord - Evil Boy

para assistir

111


SOPA de

CULTURA

Que tal sair da inércia e arranhar o diverso? Guia Cultural >> Belo Horizonte | MG | Brasil

O Mixsórdia é um Informativo Cultural Independente editado pelos jornalistas Daniel Silva e Débora Fantini e pelo designer Marcelo Lustosa. Desde março de 2009 tÊm enviado semanalmente aos seus assinantes, dicas culturais descoladas e antenadas com a produção cultural da capital. Surgiu durante uma conversa daquelas “o que tem de bom para fazer hoje?”, e desde então vêm conquistando um público cada vez maior. A proposta do informativo é MEXER com as pessoas, propor a saída da inércia enfadonha e arranho ao diverso.

112


VALE CONFERIR!

LINK Do MIXSÓRDIA

http://www.MIXSORDIA.com/

113


SOPA de

FILMES

Control (2007)

- Direção: Anton Corbijn - Gênero: Biografia/Drama/Musical

Cortina de Fumaça (2010)

- Direção: Rodrigo Mac Niven - Gênero: Documentário/Política

A Scanner Darkly (2006)

- Direção: Richard Linklater - Gênero: Animação / Drama

Raging Bull (1980)

- Direção: Martin Scorsese - Gênero: Biografia / Drama

Exit Through The Gift Shop (2010) - Direção: Banksy - Gênero: Documentário

Dancing with the Devil (2009) - Direção: Jon Blair - Gênero: Documentário

114


Lemon Tree (2008) - Direção: Eran Riklis - Gênero: Drama

My Best Friend (1999)

- Direção: Werner Herzog - Gênero: Biografia/Documentário

It Might Get Loud (2008)

- Direção: Davis Guggenheim - Gênero: Documentário/Musical

Uma Noite em 67 (2010)

- Direção: Ricardo Calil e Renato Terra - Gênero: Documentário/Musical

Children of Heaven (1997) - Direção: Majid Majid - Gênero: Drama

AKA Tommy Chong (2006) - Direção: Josh Gilbert - Gênero: Documentário

Este espaço é direcionado para sugestões de filmes e documentários, caso queira participar fazendo alguma indicação basta enviar sua sugestão para o e-mail da sopa.

115


SOPA de

CTRL C / CTRL V

Curiosidades sobre o facebook O website possui mais de 500 milhões de usuários ativos, a posição do Facebook no ranking de tráfego de visitantes do Alexa, subiu do 60° lugar para 7° lugar. 1 – O logotipo original do serviço era o rosto do ator Al Pacino. 2 – Em média, 200 mil pessoas se cadastram no Facebook todos os dias e permanecem 55 minutos no site. 3 – Um usuário médio tem 130 amigos. 4 – Entre os usuários, a categoria demográfica que mais cresce: mulheres acima de 55 anos (900% entre 2009 e 2010). A que mais cai: universitários (queda de 55% no mesmo período). 5 – O site é cheio de “Easter Eggs”, frases e mensagens ocultas que às vezes se revelam em determinadas buscas. 6 – O casaco preto com capuz sempre usado por Mark Zuckrberg em suas aparições é considerado uma marca registrada do site tanto quanto o logotipo azul. 7 – Um estudo mostrou que mulheres costumam ter 55% a mais de mensagens em seus murais. 8. Mais de 25 milhões de peças (links, notícias, posts, notas, álbuns de fotos, etc) são compartilhados a cada mês. 9. Mais de 300.000 usuários ajudaram a traduzir o site através da aplicação para traduções. 10. Existem mais de 100 milhões de usuários ativos atualmente acessando o site Facebook através de seus dispositivos móveis. 11. As pessoas que o acessam via celular o Facebook são duas vezes mais ativas do que os usuários não-móveis. 12. O usuário do Facebook está conectado em média com 80 páginas, grupos e eventos. 13. As pessoas gastam mais de 500 bilhões de minutos por mês no Facebook. 14. Há mais de 1 milhão de empresários e colaboradores de 180 países no Facebook.

Deslizamento de Terra O deslizamento de terra é na verdade apenas uma categoria dos chamados “movimentos de massa”: processo de vertente que envolve o desprendimento e transporte de solo e/ou material rochoso encosta abaixo. Os deslizamentos, assim como outros movimentos de massa, fazem parte da dinâmica natural de transformação e formação da crosta terrestre e estão relacionados também a fenômenos naturais como gravidade e variações climáticas.

116


diferença entre Ataque Cardíaco e infarto O coração funciona como uma bomba de ejeção de sangue para todo o corpo humano. Quando se contrai, distribui sangue pelas artérias; e quando se dilata, traz o sangue de volta para dentro dele, pelas veias. A parada cardíaca ocorre quando o coração para de funcionar. Nessa condição, ele deixa de exercer a função de bomba, inviabilizando a circulação do sangue pelo organismo. De acordo com o cardiologista e diretor da Unidade Clínica de Coronariopatias Agudas do Incor HC/FMUSP, doutor José Carlos Nicolau, o infarto é a causa mais comum de parada cardíaca na população.

Curiosidades Sobre o Piano Piano é a abreviatura de pianoforte. Atribui-se sua invenção a Bartolomeo Cristofori, de Florença. Sabe-se que inventou um cravo que toca suavemente (piano) e fortemente por volta de 1698. Um piano precisa ser afinado uma vez por ano. Quando o uso é diário, deve ser afinado a cada seis meses, ou menos. Alguns compositores contemporâneos, como John Cage, Toni Frade e Hermeto Pascoal, inovaram o som do piano ao colocarem objetos no interior da caixa de ressonância ou modificarem seu mecanismo. A um piano assim alterado chama-se piano preparado. Não é possível num instrumento com teclado obter quintas, terças e oitavas todas “justas”. Exceto as oitavas, nenhum outro intervalo soa “puro” acusticamente, embora a impureza seja suficientemente fraca para ser tolerável pelo ouvido.

Barbie

Fonte: http://www.vocesabia.net/

A boneca mais famosa do mundo foi inspirada e ganhou o nome de Barbie Handler, filha da americana Ruth Handler, fabricante de brinquedos .Ela achava as caras das bonecas da época infantis demais e desenhou a Barbie com um ar mais adulto .

117


SOPA de

FANTASMAS

+ Leslie Nielsen +

Regina, 11 de fevereiro de 1926 Fort Lauderdale, 28 de novembro de 2010 Ator canadense

+ ryan dunn +

Medina, 11 de junho de 1977 West Goshen, 20 de junho de 2011 DublĂŞ e integrante do Jackass.

+ amy winehouse +

Londres, 14 de setembro de 1983 Londres, 23 de julho de 2011 Cantora e compositora britânica

118


+ Elizabeth Taylor +

Londres, 27 de Fevereiro 1932 Los Angeles, 23 de Março 2011 Atriz anglo-americana

Veja quem nao vai ver essa SOPA!

+ Pete Postlethwaite + Cheshire, 16 de fevereiro de 1946 Shropshire, 2 de janeiro de 2011 Ator britânico

119


WWW.SOPAMAGAZINE.COM 120


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.