IMOBILIZAÇÃO NO TRAUMA :
Fontes Literária: PHTLS NATIONAL SAFETY COUNCIL NAEMT CICV LIGA DO TRAUMA GOOGLE LILACS BV ACS
Nossos pacientes não nos escolhem. Em vez disso eles chegam até nós por causa de uma ocorrência traumática que produziu uma lesão que necessita de nosso atendimento. Nós escolhemos tratar nossos pacientes. Poderíamos ter escolhido uma outra profissão, mas não o fizemos. Aceitamos a responsabilidade de cuidar de pacientes e algumas vezes nas piores condições, quando estamos cansados ou com frio, Quando está chuvoso e escuro, freqüentemente quando as condições são imprevisíveis. Devemos aceitar esta responsabilidade ou desistir dela. Devemos oferecer a nossos pacientes o que há de melhor em nós – não com equipamento sem prévia conferência Não com suprimentos incompletos Não com conhecimento ultrapassado E não com indiferença. Sem ler e aprender todos os dias, não poderemos saber qual o conhecimento médico mais atualizado e nem estarmos prontos para tratar de nossos pacientes.... Devemos sentir que nosso paciente recebeu o melhor que temos a oferecer.
TRAUMA É UMA BATALHA. É UMA GUERRA CONSTANTE.
Trauma/TRM Causas : Acidente automobilístico : 35,9 % a 55 % Violência : 14,2% a 29,5% Quedas : 18,8% a 23% Injúrias pelo esporte : 7,3% a 11,1%Dados no Brasil: 2005/2007
Imobilização no Trauma: Por quê ? Quando? Como?
aproximadamente 1700 AC : papiros Egipícios descreve duas lesões na medula espinhal A descrição de cada uma era: “uma enfermidade para não ser tratada”.
Hipocrates -460-377 AC.- usou formas rudimentares de tração para tratamento de fraturas na coluna espinhal sem paralisia. século XVIII- Napoleão Bonaparte designa o Barão Dominique-Jean Larrey para desenvolver um sistema de cuidados médicos para o exército francês. Larrey, em 1972, criou o primeiro veículo destinado ao transporte de pacientes chamado de ambulância móvel. O atendimento deveria iniciar-se no local sendo o tratamento precoce, com suturas, incisões de partes lesadas, imobilizações e, quando necessárias, amputações. 1979 – Nasce ATLS 1981 – PHTLS 1986 – SBV incorpora-se ao Programa PHTLS
A Imobilização no trauma encontra-se em inserido nos 14 Princípios de Ouro do APH 5º. Manter a Coluna Cervical Estabilizada, enquanto se faz o atendimento adequado, principalmente da VAS 10º. Manter a Estabilização Manual da coluna até que o Paciente esteja imobilizado em Prancha longa.
Ocorrência Traumática
=?
Trauma (Lesão ) A alteração morfológica ou funcional do corpo no local em que ocorre uma transferência de energia é o que se denomina lesão.
Imobilizar !?Por quê ? ●Promover a Estabilidade Hemodinâmica: Controle de Hemorragia e Edema = Controle de Hipóxia ●Prevenção de Lesões Secundárias ●Existência de lesões ocultas ●Controle da Dor
O tratamento no local do acidente não pode piorar nem diminuir a intensidade do quadro primário mas pode evitar danos secundários. Danos secundários podem ocorrer devidoa hipotensão, hipóxia, ausência de imobilização vertebral.
Imobilizar !?Quando? Cinemรกtica do Trauma indicar Cena do Trauma Indicar Sinais e Sintomas Indicar
Trajeto geométrico das Forças Cinemática do Trauma = Energéticas em um incidente ocasionando o deslocamento de um corpo.
transformações ocorridas pela Cena do Trauma = absorção da Energia liberada no ambiente
Biomecânica do Trauma = Resultante da absorção da Energia para o corpo físico
Qual a finalidade reconhecer a Cinemática do Trauma e a biomecânica?
Prever a existência de Lesões ocultas, principalmente naquelas vítimas “aparentemente sem lesões visíveis”.
Fatores que influenciam a lesão: 1º. Tipo de força envolvida Mecânicas, térmicas, químicas, elétricas, radioativas. 2º. Quantidade desta Força
Mecânicas - km/H ; Joules ou Newtons Térmicas – graus / kelvin Químicas – Reações exotérmicas e Reações endotérmicas Elétricas - Watts / ampere Radioativas - mols
3º. Velocidade de Transmissão para o Corpo Lenta ou Rápida Lenta: Contusões e ou Esmagamento Rápida : Avulsões, Amputações, Lacerações ou Explosões
4º. Superfície da Área Sobre A Qual a Força Energética É Aplicada: Conforme a área atingida as lesões poderão ser locais ou sistêmicas.
5º. Propriedade Elástica dos Tecidos: Capacidade elástica dos tecidos que podem romper-se e ou deslocar órgãos envolvidos.
CAVITAÇÃO
6º Resultado da distribuição interna da Força aplicada externamente sobre o corpo (F / área) A geometria é mais importante do que a magnitude
7º.
Modos de atuação de uma energia: por pressão, percussão, tração, compressão, torção, explosão, contrachoque, deslizamento e distensão.
De acordo com a lesão 1Perfurantes 2Cortantes 3Contundentes 4Pérfuro-Cortantes 5Pérfuro-Contundentes 6Corto-Contundentes
Que determinam as feridas 1PUNTIFORMES 2INCISAS OU CORTANTES 3CONTUSAS 4PERFURO-CORTANTES 5PERFURO-CONTUSAS 6CORTO-CONTUSA
PRIMEIRA LEI DE NEWTON
"Todo corpo continua em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, a menos que uma força atue sobre ele".
Veículo e ocupantes na mesma velocidade até que uma força mude o estado dos mesmos
Todo corpo possui a tendência natural de manter constante a sua velocidade. A medida dessa tendência é a sua massa(peso). O Peso de um corpo é a força com que a terra atrai um corpo: Força Gravitacional
P = m .g m = massa do corpo g= aceleração da gravidade = 10m/s(2)
Em um acidente de veículos as determinantes de quantidades de Força que será aplicada a um corpo podem ser:
F = Força m= Massa V= Velocidade d= Distância
F=mxv ou F= m x d
outra fórmula de reconhecer a energia cinética no trauma e as possíveis lesões é :
EC = m. v2
2
Exemplo:
EC = Energia Cinética m =Massa V= Velocidade
Velocidade = 50km/H e Massa(Peso) = 75kg 2 EC = 75 x (50) 2 EC = 93750 u.i
SEGUNDA LEI DE NEWTON: LEI DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
“A energia não é criada, não é destruída e sim
Transformada”. A Aceleração bem como a Desaceleração são transformações da energia.
Exemplo :
Para o corpo parar :será necessário uma outra força que impeça o seu movimento: SITUAÇÕES: 1)o Passageiro segura:CORPO EM DESACELERAÇÃO LENTA 2) ou Cai e sai rolandoaté parar: CORPO EM DESACELERAÇÃO RÁPIDA
3) ou colide com as partes internas do veículo: CORPO EM DESACELERAÇÃO IMEDIATA: SÚBITA
Para que um corpo em movimento PARE completamente ele precisa:
a) perder a energia cinética convertendo-a em outra forma de energia. Quanto maior a distância de parada do veículo menores lesões: Quanto menor a distância de parada maiores lesões
b) Acionar o Sistema de Frenagem c) Transferir esta energia para outro objeto: Colisões
DISPOSITIVOS DE SEGURANÇAS
AIR BAGS
Aumentando a distância de parada do corpo
DISPOSITIVOS DE SEGURANÇAS
CINTOS DE SEGURANÇA
BANCO TRASEIRO
SEM CINTO
USO CORRETO
USO INCORRETO
Dispositivos mal posicionados poderão resultar em lesões maiores ocasionando transferência de força para um órgão o qual não era alvo.
deve ficar abaixo da região ilíaca de cada lado e acima do fêmur,fixá-lo firmemente impedindo seu deslocamento para outra posição.
DISPOSITIVOS DE SEGURANÇAS
APOIO DE CABEÇA
SEM APOIO DE CABEÇA
COLISÕES
Fase pré-colisão: Inclui eventos que precedem o incidente ou condições prévias ao incidente. Fase de colisão: Começa no momento do impacto entre um objeto em movimento e um segundo objeto. Fase pós-colisão: Começa tão logo a energia da colisão ser absorvida e o paciente ser traumatizado.
COLISÃO FRONTAL
TRAJETÓRIA DO CORPO:ADULTO : PARA CIMA CRIANÇA : PARA BAIXO
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: TCE
CONTUSÃO CARDÍACA E CONTUSÃO PULMONAR
TRAJETÓRIA POR BAIXO: O OCUPANTE CONTINUA A MOVER-SE PARA BAIXO EM DIREÇÃO AO ASSENTO E PARA FRENTE EM DIREÇÃO AO PAINEL.
IMPACTO TRASEIRO:
A ENERGIA DE IMPACTO É CONVERTIDA EM ACELERAÇÃO RÁPIDA E DESACELERAÇÃO PRINCIPAL LESÃO: ●LESÃO DE COLUNA CERVICAL
EFEITO CHICOTE
IMPACTO LATERAL:
As lesões produzidas decorrem do impacto lateral com ferragens do veículo e ou impacto lateral com outros ocupantes do veículo.
Impacto Angular: Trajetória da energia conduzindo os corpos para cima ou para baixo com inclinação lateral.
LESÕES :Combinação daquelas que ocorrem em colisões com impacto frontal e lateral.
CAPOTAMENTO: Transferência de energia multidirecionais podendo ocorrer lesões imprevisíveis e ejeção de corpos e objetos.
COLISÕES COM MOTOCICLETA
DERRAPADA LATERAL: Abras천es e ou avuls천es dos tecidos.
OCUPANTES PRESOS NA MOTO: LESÕES MAIS GRAVES
ATROPELAMENTO:
Dependendo do tipo de veículo pode ocorrer três tipos de impactos :
1- Veículo x Pedestre 2- Pedestre x pára-brisa ou ferragens 3-
Pedestre x solo
EXPLOSÕES: Expansão súbita de uma força com poder violento de afastar qualquer matéria em volta por liberação de gás em alta pressão gerando ondas de choque ou ondas de pressão. Pode ser de origem química e ou física. Divide-se em Primária Secundária e Terciária
Imobilizar !?Como? Estabilização e Alinhamento Manual da Cabeça Pressão x Estabilidade Posicionar a cabeça para posição neutra suavemente 1º. Proteja a coluna manualmente 2º. Cabeça em posição alinhada e neutra
Colares cervicais A finalidade principal e específica é proteger a coluna cervical de compressão Limitam a flexão em quase 90% limitam a extensão e flexão lateral e rotação da cabeça em 50% A Eficiência do uso do colar cervical: Apoiar sobre o peito Apoiar sobre o dorso Imobilizar a cabeça entre a região mentoniana e occipital Ausência de déficit neurológico não elimina a possibilidade de fratura óssea da coluna Flexão Excessiva: hiper rotação Inclinação lateral repentina (impacto lateral)
Colares cervicais Colares cervicais devem ser usados com dispositivos laterais Devem ser de tamanhos adequados Não devem impedir a abertura da boca
O colar cervical deve ser aplicado depois que a cabeça tenha sido colocada em posição alinhada e neutra o tronco deve ser imobilizado antes da cabeça imobilização excessiva ou falta de imobilização dos membros inferiores pode provocar angulação excessiva da pelve e conseqüentemente angulação da coluna lombar, torácica e cervical
Imobilização cabeça e cervical com dispositivos laterais e colar cervical
Contra indicações aos colares cervicais: ●Resistência ao movimento -espasmos dos músculos do pescoço ●Aumento da dor após fixação do colar ●Comprometimento das vias aéreas e ou da ventilação
Imobilização no adulto: acolchoar cabeça. Na Criança: acolchoar dorso.
Rolamento da crianรงa e acolchoamento do dorso.
Retirada do capacete no trauma.
Rolamento para prancha longa. DecĂşbito Dorsal
Rolamento para prancha longa. DecĂşbito Dorsal
Rolamento Prancha Longa. DecĂşbito Ventral
Imobilização de Vítima em pé Com três e dois socorristas
Imobilização de Vítima assentada.
Retirada de Vítima em Veículos com KED.
Retirada de Vítima em Veículos com KED.
Retirada de Vítima em Veículos com KED.
Retirada de Vítima em Veículos com KED.
Erros mais comuns na Imobilização Dispositivos soltos Cabeça hiperestendida ou hipoestendida Fixar o tronco antes da cabeça
Quanto melhor a qualidade de imobilização x menor o conforto da Vítima
Perguntas para confirmar a Eficiência da Imobilização: Realizou-se a imobilização manual antes de proceder a imobilização mecânica ? O colar cervical é o adequado ? Tronco fixado antes da cabeça ? Dispositivos estão fixos ? Tronco pode movimentar livremente ? Existe inclinação excessiva da cabeça ? A cabeça está em posição alinhada e neutra ? a Imobilização permite a abertura da boca da Vítima ? A Pelve e os Membros inferiores estão imobilizados e neutros ? Membros superiores fixados ou juntos ao tronco ? O prazo gasto para imobilização foi o ideal ?
Trabalho em Equipe nas Imobilizações “o homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro.” Hippolyte Léon Denizard Rivail
Trabalho em Equipe nas Imobilizações
Dialogue com a sua Equipe antes da abordagem da Cena Defina as tarefas a serem executadas: abordagem da cabeça, providenciar materiais, parcial no local, sinalização “ o sucesso é o bom senso do momento “ O primeiro a abordar a vítima dê ritmo e estímulo a sua equipe conforme o que se observa Ouça seus parceiros talvez eles visualizaram uma observação que não estava ao alcance de seus olhos
Tente prever o tempo necessário para tratamento no local ou retirada rápida Durante o rolamento de uma vítima defina quem assume: cabeça, tronco, pelve e membros Quem assumir a posição da cabeça da Vítima deverá dar ritmo e sincronização á Equipe. Integrantes da Equipe devem solicitar quem estiver na cabeça o comando para rolamento