Sob Nova Direção

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AnĂşncio Folha sp


editorial

Opção estratégica

josé romeu ferraz neto é presidente do SindusCon-SP, vice-presidente da CBIC e conselheiro da Fiabci-Brasil e da Adit Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: presidente@ sindusconsp.com.br

A atividade na construção civil paulista interrompeu sua trajetória de crescimento já na metade de 2014, diferentemente do que tem acontecido nos últimos anos, quando esta parada ocorria somente no último bimestre do ano. No final do primeiro semestre, o nível de emprego da construção paulista, principal indicador da atividade do setor, apresentava queda de 0,8%, na comparação de junho com o mesmo mês de 2013. A queda era mais acentuada no segmento de obras (-2%), enquanto em serviços (incorporação de imóveis, engenharia, arquitetura e outros serviços) ainda se registrava elevação de 2,9%. No Brasil, o cenário da atividade na construção civil apontava declínio do emprego em todas as regiões, com exceção da Norte. O segmento de obras registrava queda de 0,62%, enquanto o de serviços ainda assistia a uma elevação, de 2,16%.

ção civil um reflexo do comportamento dos investimentos do país, agora se espera que o setor cresça apenas algo próximo a 1%. Neste cenário, tomou posse a nova Diretoria do SindusCon-SP, eleita para o mandato agosto/2014 a agosto/2016. A expectativa é que o baixo desempenho da economia esperado para os próximos meses se prolongará por 2015. Nesta altura do campeonato, não se vislumbra uma ansiada retomada vigorosa dos investimentos que voltariam a impulsionar o setor. No entanto, a nova Diretoria espera poder contribuir para que a construção civil consiga se fortalecer, especialmente no tocante a novas tecnologias e ao incremento da produtividade, condições indispensáveis para elevar a competitividade do setor. Desde a posse em 5 e agosto, todas as vice-presidências do SindusCon-SP estão trabalhando nos projetos em andamento, muitos deles vitoriosos nas áreas de economia, tecnologia e qualidade, meio ambiente, habitação popular, imobiliá­rio, obras públicas, segurança e saúde do trabalho, responsabilidade social, jurídico e interior. Ao mesmo tempo, estamos fortalecendo o bom relacionamento com as demais entidades da construção. Esta sinergia deverá resultar em soma de esforços e ações conjuntas para benefício de todos os elos da cadeia produtiva do setor. Em setembro, o SindusCon-SP festejará seu 80º aniversário. Preocupada com o presente, mas confiante em relação ao futuro, a nova Diretoria da entidade espera poder corresponder às expectativas depositadas pelas empresas associadas, na esperança de uma retomada firme e segura do crescimento do país e do setor.

Assumimos o desafio de fortalecer a construção nestes tempos difíceis Em paralelo e em sintonia com esse quadro, acentuava-se o declínio das expectativas dos empresários do setor, já registrado pelas últimas Sondagens Nacionais realizadas pelo SindusCon-SP em conjunto com a FGV. No trimestre encerrado em julho, o Índice de Confiança da Construção da FGV recuava 10,3%, ante igual período do ano passado. Somente em julho, o indicador caiu 12,4%, depois de uma retração de 8,9% em junho. Foi o pior resultado de toda a série nesta base comparativa. No final de julho, o mercado havia reduzido sua expectativa de crescimento do PIB neste ano para 0,9%. Sendo a constru-

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sumário

Presidente José Romeu Ferraz Neto

voz do leitor

CONCRETO E AREIA

Notícias da Construção é uma revista de excelentes temas, entre os quais a questão do concreto (“NBR de estrutura libera concreto até 90 MPa”, edição 135, pág. 20). É comum no concreto de 15 a 40 MPa surgirem trincas durante a secagem. Imagine no Rio Grande do Norte um concreto de 90 MPa ao ar livre. E está cada vez mais difícil conseguir areia de boa qualidade, os areais têm enfrentado sérios problemas com o meio ambiente. Ilson Guerreiro Responsável pelas obras da Forte Leve

CORREÇÃO

Capa NOVA DIRETORIA TOMA POSSE NO SINDUSCON-SP.................... 6 • Ferraz Neto é eleito presidente • Conselho reelege Freitas presidente • Watanabe entrega Relatório de suas gestões • Presidente assume focado na produtividade

IMOBILIÁRIO............................................. 10 • Prefeitura lança cadastro de elevadores QUALIDADE............................................... 14 • Piscinas: sincronização com segurança • Locação de equipamentos ganha novo portal • Norma dita requisitos para sprinklers •Rafael Sakcs estará no seminário BIM JURÍDICO................................................... 20 • Congresso debaterá e-Social e Plano Diretor SINDUSCON-SP EM AÇÃO........................... 22 • Plano Diretor será destaque em seminário • Cobrança da ART gera debate no sindicato • Secretário elogia SindusCon-SP pelo Sigor • Ferraz e Watanabe são vices na CBIC • CSN e Toto visitam o SindusCon-SP • MMC financia a habitação • Vitória no ISS de Hortolândia CAPITAL-TRABALHO................................... 24 • Tudo pronto para a Megasipat • SindusCon-SP defende ações tripartites

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Sou fã de Notícias da Construção, pela forma fácil de tratar assuntos difíceis: a revista é agradável e informativa. No entanto, na coluna Conjuntura (“Olhando adiante”, edição 135, pág. 5), a grafia correta em inglês é Winter is coming Keith Vickerman Bush Edim Comercial e Imobiliária

Escreva para esta Seção

e-mail: noticias@sindusconsp.com.br correio: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP

PREVENÇÃO E SAÚDE................................ 35 • Seconci-SP é nota 10, diz Alckmin • Entidade realização ações em canteiros REGIONAIS................................................ 33 • Prudente recebe audiência sobre resíduos • Santo André discute transporte vertical • Rio Preto regulariza loteamentos • Sorocaba debate Plano Diretor

colunistas Conjuntura | Robson Gonçalves..............................5 Relações Internacionais | Salvador Benevides........12

Vice-presidentes Eduardo May Zaidan Eduardo Carlos Rodrigues Nogueira Francisco Antunes de Vasconcellos Neto Haruo Ishikawa Jorge Batlouni Luiz Antônio Messias Luiz Claudio Minniti Amoroso Maristela Alves Lima Honda Maurício Linn Bianchi Odair Garcia Senra Paulo Rogério Luongo Sanchez José Roberto Falcão Bauer Ronaldo Cury de Capua Diretores das Regionais (até 21/8) Eduardo Rodrigues Nogueira (Ribeirão Preto) Elias Stefan Junior (Sorocaba) Emilio Carlos Pinhatari (São José do Rio Preto) Luís Gustavo Ribeiro (Presidente Prudente) Márcio Benvenutti (Campinas) Renato Tadeu Parreira Pinto (Bauru) Ricardo Beschizza (Santos) Rogério Penido (São José dos Campos) Sergio Ferreira dos Santos (Santo André) Representantes junto à Fiesp Eduardo Ribeiro Capobianco, Sergio Porto Cristiano Goldstein, João Claudio Robusti Assessoria de Imprensa Rafael Marko - (11) 3334-5662 Nathalia Barboza - (11) 3334-5647 Fabiana Holtz - (11) 3334-5701 Conselho Editorial Delfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto editor responsável Rafael Marko REDAÇÃO Nathalia Barboza e Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Geraldo Gomes e Maycon Morano (Presidente Prudente); Enio Machado, Elizânio Silva e Tatiana Vitorelli (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas). Secretaria: Antonia Matos Arte e diagramação Marcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte PUBLICIDADE Vanessa Dupont - (11) 3334-5627 Pedro Dias Lima - (11) 9212-0312 Vando Barbosa - (11) 99614-2513 André Maia - (21) 99468-4171 Nayara Aquino - (11) 3334-5659 ENDEREÇO R. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP Central de Relacionamento SindusCon-SP (11) 3334-5600 CTP/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica Tiragem desta edição: 13.000 exemplares

Jurídico | Rosilene Carvalho Santos.........................20 Gestão Empresarial | Maria Angelica L. Pedreti.......26 Empreendedorismo | Luiz Marins.......................30 Segurança do Trabalho | José Carlos de A. Sampaio....32 Saúde | Paula Simões Garcia.................................34 Soluções Inovadoras | Eduardo Brandau Quitete e Fábio

Opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do SindusCon-SP noticias@sindusconsp.com.br www.sindusconsp.com.br facebook.com/sindusconsp twitter.com/sindusconsp youtube.com/sindusconspmkt Disponível na App Store e no Google Play

Conrado de Queiroz..............44 Construção da Carreira | Felipe Scotti Calbucci.....46

“O papel desta revista foi feito com madeira de florestas certificadas FSC e de outras fontes controladas.”


Conjuntura

Corte de mesada

Robson Gonçalves é professor dos MBAs da FGV e consultor da FGV Projetos Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: robson.goncalves@ fgv.br

Imagine um roteiro típico de Hollywood: furioso com o filho de 20 anos que gasta demais, um pai de família resolve cortar a mesada dele. Se quiser continuar gastando, que vá aparar a grama do vizinho ou fazer entregas para o mercadinho da esquina. Tempos depois, sentindo um certo remorso, o pai descobre que filho está dando duro em diversos bicos. Ainda assim, gasta mais do que ganha e, por isso, começou a tomar dinheiro emprestado. E como não são bobos, os credores exigem notas promissórias para cada empréstimo. Sem querer dar o braço a torcer, o pai mantém o corte da mesada, mas começa a resgatar as promissórias do filho anonimamente. O garoto percebe que algo estranho está acontecendo quando tenta resgatar suas promissórias e diversos credores dizem que a dívida já foi paga. É claro que ele perde todo o estímulo para equilibrar suas contas diante do pequeno milagre. E a história segue...

proporção expandiria o crédito, gerando um poder de compra maior do que a oferta de bens e serviços. O resultado: inflação. Mas, como o dólar é a moeda global, esse “tsunami monetário”, nas palavras da nossa presidente, acaba se esparramando pelo mundo e o excesso de dólares faz essa moeda perder valor frente às demais. Tentar impedir a valorização cambial nessas condições é como enxugar gelo. Ocorre que o FED já anunciou desde o ano passado a redução progressiva dessa prática. Finalmente, as impressoras serão desligadas e o QE vai chegar ao fim. Mas, quais as consequências? De um lado, o governo americano vai precisar, mais do que nunca, colocar as contas em ordem. Se a demanda do setor privado norte-americano já estiver recuperada de uma vez da crise, troca-se um estímulo (artificial) por outro (de mercado). Caso não, a maior economia do mundo crescerá mais devagar, com impacto sobre nossas exportações. Ao mesmo tempo, por conta da velha lei da oferta e da demanda, a menor liquidez internacional deverá reduzir os fluxos de capital para os países emergentes, especialmente os mais voláteis. Aqui a taxa de câmbio tende a subir, favorecendo as exportações. Efeito líquido: câmbio mais alto, inflação mais pressionada, maior necessidade de empresas exportadoras competitivas. Pois nem só de câmbio vive a balança comercial. É um cenário bem diferente do visto nos últimos anos. Temos que estar preparados. Não vivemos nada parecido desde 2008 e os tradicionais estímulos ao consumo não serão mais suficientes, se é que ainda são.

Câmbio deve subir, favorecer as exportações e gerar mais inflação Talvez esse não seja o melhor roteiro que você já viu, mas aconteceu de certa forma na vida real. Desde a crise do subprime, o Banco Central dos EUA adotou o chamado QE ou quantitative easing. Essa prática pouco ortodoxa consiste no resgate de títulos do Tesouro americano, as “notas promissórias” emitidas quando o governo gasta demais. A diferença em relação ao pai do nosso roteiro é que o FED resgata esses títulos imprimindo dinheiro, uma avalanche de bilhões de dólares todo ano desde 2008. Em uma economia padrão, uma emissão dessa

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José Romeu Ferraz Neto

Francisco Vasconcellos

Eduardo May Zaidan

Haruo Ishikawa

Odair Garcia Senra

Mauricio Linn Bianchi

Jorge Batlouni Neto

Luiz Antônio Messias

Maristela Honda

Paulo Sanchez

Luiz Amoroso

Eduardo Nogueira

Ronaldo Cury de Capua

Roberto José Falcão Bauer Eduardo Capobianco

Sergio Porto

Cristiano Goldstein

João Claudio Robusti

Ferraz Neto é eleito presidente Ao tomar posse em 5 de agosto, a nova Diretoria do SindusCon-SP elegeu José Romeu Ferraz Neto presidente e Francisco Antunes de Vasconcellos Neto vice-presidente Administrativo e Financeiro do sindicato. As demais vice-presidências ficaram assim distribuídas: Economia - Eduardo May Zaidan Tecnologia, Qualidade e Meio Ambiente – Paulo Rogério Luongo Sanchez e Jorge Batlouni Neto Relações Institucionais – Mauricio Bianchi Imobiliário – Odair Senra Obras Públicas – Luiz Antônio Messias e Maristela Alves Lima Honda Habitação Popular – Ronaldo Cury Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social – Haruo Ishikawa e Roberto José Falcão Bauer Interior – Luiz Claudio Minniti Amoroso e Eduardo Carlos Rodrigues Nogueira 6

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Os setores de Meio Ambiente e de Tecnologia e Qualidade uniram-se sob uma única vice-presidência. O mesmo ocorreu com Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social. A Diretoria de Relações Internacionais foi extinta e suas funções assumidas pela Presidência e pelo CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade). A Diretoria de Jurídico deixou de existir e suas atribuições foram assumidas pela Assessoria Jurídica do sindicato. Também tomaram posse os representantes do SindusCon-SP à Fiesp: Eduardo Ribeiro Capobianco, Sergio Porto, Cristiano Goldstein e João Claudio Robusti. Festa – A posse solene da nova Dire­ toria está marcada para 23 de setembro, a partir das 19 horas, na Sala São Paulo, com a presença de autoridades e lideranças do setor da construção, quando serão comemorados os 80 anos do SindusCon-SP.


Conselho reelege Freitas presidente O Conselho Consultivo do SindusCon-­ SP também reelegeu, em 5 de agosto, Delfino Paiva Teixeira de Freitas como presidente, para 2014-2015. Alexandre Luís de Oliveira foi reeleito 1º vice-presidente e José Batista Ferreira, 2º vice-presidente. Além deles, integram o Conselho Consultivo, para o biênio 2014-2016, os recém-­ eleitos: André Alexandre Glogowsky, João Lemos Teixeira da Silva, Luis Gustavo Ribeiro, Luiz Alberto Matias Lucio Mendonça, Luiz Antonio Paiva dos Reis, Mauricio Monteiro Novaes Guimarães, Norton Guimarães de Carvalho, Renato Genioli Junior, Renato Tadeu Parreira Pinto, Ronaldo de Oliveira Leme, Rosana Zilda Carnevalli Herrera e Salvador de Sá Campos Benevides. Há ainda integrantes cujos mandatos iniciaram em 2011 e encerram somente em 5 de agosto de 2018 (os mandatos haviam sido prorrogados por mais um ano em decorrência da última alteração estatutária e da redução do mandato da Diretoria para dois

anos). São eles: Flávio Aragão dos Santos, José Antonio Marsilio Schwarz, José Carlos Molina, José Edgard Camolese, José Roberto Maluf Moussalli, Marcelo Pedro Moacyr, Marcos Roberto Campilongo Camargo, Paulo Brasil Batistella e Renato Soffiatti Mesquita De Oliveira. Há ainda os membros consultivos vitalícios: Arthur Rodrigues Quaresma, Artur Rodrigues Quaresma Filho, Eduardo Ribeiro Capobianco, Emílio Paulo Siniscalchi, Francisco Virgílio Crestana, Júlio Capobianco, Nelson Farah Fakiani, Sergio Porto, João Claudio Robusti e Sergio Watanabe.

Delfino Freitas foi reeleito presidente do Conselho Consultivo até 2015

Fiscal Tomaram posse também os novos membros do Conselho Fiscal: Fabio Villas Bôas, André Gonzaga Aranha Campos e Márcio Escatêna (titulares), Luiz Eduardo de Oliveira Camargo; Fernando Augusto Correa da Silva e Fernando Rossi Fernandes (suplentes).

Watanabe entrega Relatório de suas gestões Como um dos últimos gestos de transmissão do cargo de Presidente do SindusCon-SP a José Romeu Ferraz Neto, Sergio Watanabe entregou às duas Diretorias, Conselhos e Diretorias Regionais o Relatório Executivo dos períodos 2008-2011 e 2011-2014. O relatório descreve todas as grandes ações setoriais que o SindusCon-SP realizou ao longo destes anos, os importantes eventos que aconteceram no período, como a Festa dos 75 anos do SindusCon-SP e o Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), em São Paulo, e as inúmeras representações do sindicato, além dos resultados obtidos de cada uma das áreas do SindusCon-SP. “Durante estes seis anos, o Sindus­ Con-SP empenhou-se em enfrentar os de-

safios e obteve uma série de conquistas, nas várias áreas de sua atuação. Se de um lado o cenário econômico se deteriorou, de outra parte a construção conta hoje com condições gerenciais e tecnológicas mais maduras para protagonizar um novo ciclo de crescimento”, diz o ex-presidente Watanabe na carta de abertura do relatório. O documento está disponível para download no site do SindusCon-SP (www. sindusconsp.com.br).

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Capa do relatório de gestão entregue aos diretores e conselheiros do sindicato

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CAPA

Sob nova direção Presidente do sindicato assume com foco na produtividade Fabiana Holtz, Nathalia Barboza e Rafael Marko

Eleito em 5 de agosto para presidir o SindusCon-SP na gestão 2014-2016, José Romeu Ferraz Neto almeja “um incremento contínuo de eficiência e produtividade” para a construção e o sindicato. Nesta entrevista, ele fala do desafio de assumir a presidência da entidade em meio a um cenário econômico desfavorável, e como pretende enfrentá-lo. *** Como encara este desafio? Com muita responsabilidade e bastante entusiasmo. Pretendo prosseguir um trabalho que vem sendo construído ao longo dos últimos 25 anos, desde que ingressei na Diretoria do sindicato em 1989. Naquela época, integrávamos a chapa “Consenso pela Modernidade”, tendo como principais metas a modernização da construção e da entidade. Hoje, fomos eleitos pela chapa “Consenso pela Produtividade”: o sindicato e a construção agora almejam um incremento contínuo de eficiência e produtividade. Batalharemos para que essa mesma eficiência e produtividade permeiem nossas instituições públicas. Quais as suas prioridades? Procurarei ampliar os horizontes dos meus antecessores, priorizar a construção. Somos o Sindicato da Construção, nossas vice-presidências e comissões de trabalho geram produtos que são referência no país. Pretendo incentivar tudo o que afeta a construção, seja em produtividade, qualidade, 8

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tecnologia, gestão, meio ambiente, sustentabilidade, enfim, tudo o que venha contribuir para que nossos associados possam estar conectados com o que há de mais moderno no mundo. Isto favorecerá todos os segmentos de atividades das construtoras: imobiliário, obras públicas, habitação de interesse social. Também será nossa prioridade adequar e dispor de todos os instrumentos para uma gestão moderna, treinando e equipando nosso pessoal de back office. Qual o maiores desafio a enfrentar para o alcance destas prioridades? Conseguirmos investir o que necessitamos investir, seja qual for o cenário econômico e político futuro. Trata-se de um desafio considerável, ante as dificuldades do presente: a construção se ressente da conjuntura econômica, assiste à diminuição do volume de obras, tem seus custos elevados e sente mais dificuldades de acesso a crédito. Não vislumbramos sinalização de melhora em 2015, diante do provável ajuste drástico nas finanças públicas que o próximo governo federal precisará realizar. Enfim, nada que não tenhamos vivido nestes 25 anos. Como será o trabalho da Diretoria? Para se renovar, o sindicato sempre deve dar oportunidade a que os associados expressem seus anseios. A Diretoria se renovou, mais de um terço dos vice-­presidentes não estavam na gestão anterior. Isto é importante, eles trazem novas ideias, com muita energia e disposição. Ao mesmo tempo, os vices que permaneceram transmitem a experiência e os compromissos assumidos. Teremos uma gestão moderna, com índices de desempenho, avaliando e aperfeiçoando continuamente o trabalho das vice-presidências e de toda a equipe de funcionários.


Quais contribuições o SindusCon-SP pode dar à construção? Há anos o sindicato dá contribuições de vanguarda à construção. Oferecerei todo o apoio para avançarmos ainda mais, trazendo experiências de outros países e valorizando o que temos aqui. Desta forma, vamos contribuir para o engrandecimento da construção brasileira e dos nossos associados. Como vê a crise do associativismo? Esta crise existe em associações que não contribuem para o crescimento das empresas, o que não é o caso do SindusCon-­SP. Temos muitas empresas interessadas em trabalhar nas nossas vice-presidências e comitês, uma vez que as atividades ali desenvolvidas geram resultados reais. Portanto, estamos no caminho certo e vamos persistir nessa linha de atuação. Quais os desafios dos próximos anos? Precisaremos enfrentar com criatividade e produtividade o cenário de baixo crescimento econômico com inflação e juros elevados, que levou à retração nos investimentos. Foi neste cenário que decidimos formar a chapa para fortalecer a construção. Vamos investir na disseminação das inovações nacionais e internacionais em tecnologia e qualidade, visando um expressivo aumento da produtividade e da competitividade do setor, sempre com respeito ao meio ambiente. Também vamos lutar pela melhora do ambiente de negócios. E seguiremos nos posicionando em favor de reformas na política, na gestão econômica, nas relações trabalhistas, na Previdência e nas políticas públicas de habitação, infraestrutura, saneamento, energia, tecnologia e meio ambiente. Como pretende conduzir a interlocução do sindicato com os demais elos da cadeia da construção e outros setores da sociedade? Vamos interagir estreitamente com todos os elos que constituem a cadeia produtiva do setor. Considero prioritário o intercâmbio

de informações entre nós para o desenvolvimento da cadeia. Para tanto, teremos uma Vice-Presidência, a de Relações Institucionais, totalmente direcionada a essa tarefa. Esta Vice-Presidência também deverá fortalecer nosso relacionamento com as faculdades de engenharia. Pretendemos trazer os universitários, que serão nossos futuros associados, colaborando com sua formação profissional e mostrando-lhes o que o SindusCon-SP oferece para o fortalecimento das construtoras.

Ferraz Neto e Sergio Watanabe, na transmissão da presidência do SindusCon-SP

Conte-nos um pouco sobre sua trajetória sindical. Ingressei como associado no SindusCon-SP em 1987, a convite do então presidente Julio Capobianco. Dois anos depois, ele me convidou e tornei-me diretor adjunto até 1992. A partir de então, assumi a Vice-­ Presidência de Imobiliário, com a missão de desenvolver essa área dentro do sindicato. Permaneci nesse cargo até 2006, quando passei a presidir o Conselho Consultivo por duas gestões, e na última Diretoria fui representante do SindusCon-SP junto à Fiesp. Também fui diretor do Secovi-SP na gestão de Romeu Chap Chap. Atualmente sou vice-presidente da CBIC e integro o Conselho da Fiabci-Brasil e da Adit, uma entidade de desenvolvimento imobiliário turístico. Acredito muito na atividade sindical, uma forma espetacular de se situar no mercado, o que o SindusCon-SP fez de uma forma muito inteligente, tornando-se uma referência no setor. Orgulho-me de que minha empresa tenha sido uma das cinco fundadoras do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade), que oferece grandes contribuições ao setor, assim como outras áreas do sindicato têm feito.

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imobiliário

Prefeitura lança cadastro de elevadores A SEL (Secretaria Municipal de Licenciamento) da Prefeitura de São Paulo liberou na internet, em julho, o novo sistema de licenciamento para aparelhos mecânicos de transporte (elevadores). A partir de agora, as empresas de conservação registradas na Prefeitura deverão pedir o licenciamento para o funcionamento desses equipamentos diretamente no site da SEL (www.prefeitura. sp.gov.br/cidade/secretarias/licenciamentos/servicos/index.php?p=174813).

Empresas de conservação devem ser cadastradas para usar o sistema online O termo de responsabilidade sobre a instalação do elevador passa a ser entregue à Prefeitura no momento em que o pedido de alvará de edificação nova ou de regularização for protocolado na SEL. Para realizar o cadastramento, é necessário que o responsável técnico (engenheiro mecânico) tenha senha na página da Prefeitura. Este engenheiro precisa ser vinculado a uma empresa de conservação destes equipamentos, e devidamente habilitada pelo Crea local. A empresa deve informar os dados do aparelho, como o nome do fabricante e o local onde irá funcionar, além de apresentar o documento de aprovação da edificação. O engenheiro responsável deve fazer uma declaração se responsabilizando por essas informações. O sistema vai gerar uma guia e disponibilizá-la para emissão (um dia após o Aceite da Solicitação). 10

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O cadastramento eletrônico de elevadores, regulamentado pelo Decreto 55.036 (de 15/4/2014), substitui o antigo processo, que exigia um alvará para instalação e outro para o funcionamento. No Sistema Eletrônico de Elevadores, se o cadastro for aprovado, após sua conclusão (6 dias úteis), a empresa conservadora recebe o documento oficial “Inscrição Cadastral de Aparelho de Transporte”, que lhe outorga automaticamente a responsabilidade pela conservação do elevador. O sistema ficará no ar de segunda a sexta-feira, das 7 às 22 horas (exceto feriados). 1 ano de atividades No mês passado, a SEL comemorou um ano de atividades, muitas delas com o objetivo de desburocratizar o licenciamento. O programa de capacitação, composto pelo Programa de Desenvolvimento de Gestores e de 17 Oficinas de Sensibilização, da qual participaram todos os servidores, é outra realização da SEL destacada pela secretária Paula Motta Lara, além do projeto Plantas Online 2, do qual o SindusCon-SP foi um dos participantes. De janeiro a maio de 2014, “a produtividade da SEL bateu todos os números dos últimos nove anos, com a aprovação de 1.170 processos referentes a edificação”, lembrou Paula. (Nathalia Barboza)



ponto de vista

Abrindo horizontes

Salvador Benevides é membro do Conselho Consultivo do SindusCon-SP. Foi diretor de Relações Internacionais do sindicato de 2008 a 2014 Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: salvador@ projetoengenharia. com.br

As missões técnicas realizadas pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI) do SindusCon-SP de 2009 a 2013 aprimoraram as missões anteriores do CTQ a Chile, Emirados Árabes, México e China, e trouxeram relevantes contribuições à construção brasileira. Em clima de integração e companheirismo, as missões levaram empresários e altos executivos da construção ao exterior para conhecer práticas de excelência, propiciando trocas de experiências, estimulando a integração entre construtoras, projetistas e fabricantes com consulados, embaixadas, câmaras de comércio e fornecedores de materiais. Como resultado, implementamos novas soluções nas empresas brasileiras. E contribuímos para: elaboração de normas técnicas e modernização das existentes, atualizando o Brasil com a normatização mundial; formatação do Programa Minha Casa, Minha Vida, importação de máquinas e equipamentos, sustentabilidade na construção e BIM.

práticas em sustentabilidade. Em 2012, conferimos as técnicas construtivas modernas da Alemanha, e em 2013, as inovações tecnológicas da construção do Japão. Todas estas experiências inspiraram os mais de 60 empresários que participaram destas missões e foram multiplicadas em nossos seminários. Novas missões técnicas serão realizadas a partir de 2015, trazendo mais contribuições. Uma vez que a construção brasileira está atua­lizada do ponto de vista tecnológico, certamente essas missões deverão abordar questões contemporâneas, como aperfeiçoamentos em gestão e produtividade. Nestes seis anos, a DRI também apoiou e viabilizou a participação institucional do SindusCon-SP em feiras da construção no exterior, como Construmat (Espanha), Batimat (França), Canton Fair (China), World Of Concrete (Estados Unidos), Ecobuild (Inglaterra) e Bauma (Alemanha), e em fóruns internacionais como Sustainable World (Inglaterra). Além disso, recepcionamos representantes de mais de 150 empresas, consulados, embaixadas e delegações de 27 países, que em visitas oficiais ao sindicato receberam a orientação necessária para uma participação responsável no mercado brasileiro. Creio que desta forma o SindusCon-SP, por meio da DRI, alcançou seu objetivo de estimular e ampliar as ações da entidade na troca de experiências, informações e conhecimento, inserindo internacionalmente o SindusCon-SP e suas empresas associadas, diagnosticando e identificando necessidades comuns do setor em todo o mundo e abrindo horizontes para a construção brasileira.

Em 6 anos, conhecemos o que há de mais moderno na construção mundial No Panamá, testemunhamos em 2009 o início da construção do novo canal que liga o Atlântico ao Pacífico, visitamos edifícios superaltos e conferimos a industrialização na habitação popular. Em 2010, conhecemos na África do Sul os estádios e as obras de infraestrutura para a Copa, bem como técnicas de construção habitacional para baixa renda. Fomos aos EUA, onde vimos o que havia de mais avançado em BIM e práticas de construção sustentável. Visitamos na Inglaterra em 2011 as obras esportivas para as Olimpíadas e as melhores

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Para abrir novos caminhos, nosso país tem a força do aço Gerdau. A força da transformação.

O aço da Gerdau tem a força da transformação.

Diminuir distâncias é uma forma de conectar pessoas e gerar mais desenvolvimento. Para criar novos caminhos, o aço da Gerdau se transforma. Reciclamos milhões de toneladas de sucata para produzir aço de qualidade, que vai continuar abrindo horizontes para o futuro.

www.gerdau.com

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qualidade

Nado sincronizado com a segurança Com soluções técnicas simples e às vezes baratas, pode-se garantir a segurança dos banhistas em uma piscina, não havendo motivo para esperar a entrada em vigor de uma lei que exija a aplicação desses dispositivos. “Tudo o que for feito para evitar acidentes é bem-vindo”, afirma Maurício Bianchi, vice-presidente do SindusCon-SP. A tampa antiaprisionamento, por exemplo, cobre o ralo de fundo, permitindo o escoamento de água e impedindo a sucção de cabelos ou mesmo de pessoas pela força da sucção. “É um material simples, de plástico, que custa R$ 60. Então, ela será obrigatória”, comenta o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), relator do PL 1.162/2007, que estabelece normas para prevenção de acidentes por mergulho em piscinas públicas ou coletivas, como as de hotéis e clubes. Projetos e normas técnicas A exigência do uso destas tampas, ou das não bloqueáveis, foi incluída no PL aprovado em junho na Câmara dos Deputados (o projeto tramita agora no Senado). Além disso, há várias normas técnicas relativas ao tema: NBR 9.818 (projeto e execução); NBR 10.819 (sobre casa de máquinas, vestiários e banheiros); e NBR 10.339 (sistema de recirculação e tratamento), que já estabelece no mínimo dois dispositivos distintos para a sucção da água de piscinas. No PL, a tampa tem que ser abaulada, ter abertura de no máximo 10 mm, permitir o fluxo de água na velocidade máxima de 0,6m/s sem formar vórtices”. Deve, ainda informar sobre o seu tempo de vida e as características do material do qual é composta. O PL explicita três alternativas para prevenir estes acidentes por sucção, tornando 14

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obrigatória a instalação de um botão manual de parada de emergência em todos os sistemas que utilizem a bomba de recirculação de água no modo automático. “A botoeira próxima à piscina pode evitar que seja necessário pular na água para salvar uma criança. A bomba de sucção para, assim que o botão de pânico é acionado”, afirma Bianchi. O projeto considera ainda o difusor de sucção (previne a formação de vórtices) e o respiro atmosférico (tubo que alivia a sucção em caso de bloqueio). Mas, para que comprovem eficiência, os produtos e dispositivos deverão ser homologados pelo Inmetro e identificar nos manuais qual a relação correta entre a potência da bomba/filtro e o volume da piscina. O PL cita ainda a instalação de grades, cercas e similares que assegurem o isolamento do tanque. As áreas de acesso devem estar equipadas com portão de segurança de fechamento automático e trinco auto­travante com mecanismo de abertura com altura mínima de 1,5 metro do piso. Redes, capas, sensores, alarmes, sistemas de detecção também são considerados para evitar acidentes nas piscinas. O projeto ainda prevê piso antiderrapante na área da piscina e a presença de avisos gravados nas bordas e paredes sobre a profundidade. No início do ano, pelo menos três crianças morreram no Brasil vítimas de afogamento ou sucção em piscinas. O país lidera o ranking mundial de afogamentos. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático mostram que, em 2011, esta foi a segunda causa geral de óbito entre crianças de 1 a 9 anos no Brasil e a terceira entre os 10 e 19 anos. (Nathalia Barboza)


SindusCon-SP inaugura portal de locação de equipamentos

O sindicato foi destaque no Alugar Brasil com palestra sobre produtividade

Ishikawa defendeu ainda a presença cada vez mais efetiva das locadoras nos comitês que discutem as normas regulamentadoras da construção. “Vocês têm a expertise dos engenheiros mecânicos, fundamental para ajudar-nos a melhorar o nível de segurança e produtividade dos equipamentos.” Para ele, “o locador é como uma subcontratada da construtora”. Na visão dos construtores, os gargalos do setor de locação são: falta de mão de obra especializada e de segurança jurídica nos contratos com o setor de locação; carga de impostos muito elevada, que onera o valor do aluguel e o custo dos trabalhadores; concorrência desleal de empresas que não cumprem as leis trabalhistas. “É muito importante haver sinergia entre fornecedores e clientes para que os empresários da construção recebam mais informações e possam contratar o equipamento adequado”, disse. (NB)

fotos: Eli duarte

O vice-presidente de Relações Capi­talTrabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa inaugurou o novo Portal Alec (www.alec. org.br), em cerimônia no primeiro dia da 7ª edição do encontro Alugar Brasil, em julho, no Clube Espéria, em São Paulo. Ele colocou simbolicamente o site no ar ao lado do presidente da Associação dos Locadores de Equipamentos para a Construção Civil, Fernando Forjaz, organizador do evento, que também contou com a Feloc Rental 2014. O objetivo do portal é transformar-se na nova plataforma de consulta das construtoras sobre a locação de equipamentos. O portal divulga informações sobre as ferramentas e coloca à disposição dos construtores arquivos dos manuais dos equipamentos, que podem ser baixados e depois impressos.

Ishikawa falou aos empresários das locadoras e inaugurou portal que deve ajudar o construtor a escolher o equipamento ideal

Coube a Ishikawa proferir a palestra inaugural “Como as locadoras podem colaborar para o aumento da produtividade das construtoras”. Segundo ele, “investir na capacitação e qualificação da mão de obra e na disponibilização, para o mercado, de equipamentos seguros e normatizados foram as prioridades apontadas pelos construtores para a melhoria do segmento de locação de equipamentos de construção civil, segundo pesquisa do SindusCon-SP”. Ele citou também a necessidade de mais investimento em renovação de equipamentos seguros e um programa adequado de manutenção.

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qualidade

Norma técnica dita novos requisitos para os sprinklers Começou a valer em 7 de agosto a nova versão da norma técnica NBR 10.897 – Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos – Requisitos, revisada pelo Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (CB-24) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A nova versão define os requisitos mínimos para o projeto e a instalação de sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos, os chamados sprinklers, incluindo as características de suprimento de água, seleção dos chuveiros, conexões, tubos, válvulas e todos os materiais e acessórios necessários para as instalações prediais. A norma fixa as condições mínimas exigíveis para projeto, cálculo e instalação destes sistemas e determina as dimensões e adequação dos abastecimentos de água exclusivos para estes sistemas. O texto apresenta ainda referências a ambientes de diversas tipologias e determina a maneira ideal para armazenagem e manutenção dos chuveiros automáticos, visando a correta utilização dos equipamentos para o combate eficiente dos incêndios. Segundo Marcelo Lima, engenheiro da empresa de resseguros FM Global e coordenador da comissão que revisou a NBR, a norma abrange projetos de sprinklers para edificações de escritórios, hospitais, shopping centers e indústrias, mas foram deixadas de fora as especificações referentes a áreas de armazenagem (depósitos). “Estas estarão na nova NBR 13.792, que já estamos revisando”, diz. Novidades Marcelo Lima conta que, entre as novidades da nova versão da NBR 10.897, está a inclusão de uma descrição para áreas de 16

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armazenagem dos chuveiros tipo ESFR (Early Suppression and Fast Response), que se destinam ao combate agressivo a grandes incêndios, e de controle para aplicações específicas. A comissão também acrescentou a definição de Válvula de Governo e Alarme (VGA), dispositivo que acusa o funcionamento do sistema em caso de incêndio. A NBR também incluiu o plástico “PAP” como material possível para as redes enterradas de tubulações, além de criar uma nova classe de ocupação para a armazenagem do sistema e de permitir a solda em dimensões menores dos tubos. “A norma também libera a conexão de teste de alarme em qualquer lugar”, revela Lima. Segundo ele, a NBR dá mais incentivo para que o projetista abandone o cálculo por tabela e passe a fazer as contas pelo balanço hidráulico. “A norma praticamente proíbe o cálculo por tabela. E é uma pena que alguns profissionais ainda façam uso dela. No final, o cálculo hidráulico é mais barato e eficiente”, pondera. “O mercado de sistemas prediais de prevenção contra incêndios cresceu muito nos últimos anos. Mas o setor precisa discutir bastante as soluções e qualificar mais e melhor os profissionais que atuam no segmento. Temos ainda sistemas sendo instalados com critérios confusos. Se o sistema é mal feito, não vai funcionar”, comenta Lima, que conclama os interessados a participarem da comissão do CB-24 sobre o assunto. Informações: Marcelo.Lima@ fmglobal.com . (NB)

Nova versão da NBR atualizou conceitos e parâmetros para o projeto e instalação dos sistemas de proteção contra incêndios



qualidade

Especialista israelense estará no seminário BIM A presença de Rafael Sacks, professor doutor pelo MIT e diretor de Engenharia Estrutural e Gerenciamento da Construção Civil do Technion (Instituto de Tecnologia de Israel), na palestra que conecta os conceitos da Lean Construction (construção enxuta) e do BIM (Modelagem da Informação da Construção), será o grande destaque do 5º Seminário Internacional BIM – Modelagem da Informação da Construção, que o SindusCon-SP realizará em 15 de outubro, no Caesar Business Faria Lima. Sacks apresentará em sua palestra o case da construtora israelense Tidhar sobre a implementação e integração dos dois conceitos. O expert apresentará como uma pequena construtora que implementou o lean obteve ganhos em suas margens de mercado, superando seus competidores locais, maiores e com mais recursos disponíveis. O seminário também trará um tema inédito: o IPD (Integrated Project Delivery) será apresentado pela arquiteta Erin Rae Hoff, gerente de programas da Autodesk nos EUA. Ela explicará como uma aliança colaborativa de pessoas, sistemas, estrutura de negócios e implementação de práticas dentro de um processo de construção fortaleceu as percepções e talentos dos participantes e otimizou os resultados do projeto, incrementando valor para os investidores, reduzindo gastos e maximizando eficiência através das fases de projeto, fabricação e construção. O evento também trará detalhes sobre uma nova forma contratual, por meio da palestra “Contratos de Aliança na Construção Civil”, abordada por Júlio Bueno, advogado do Pinheiro Neto Advogados. Já o palestrante Igor Starkov, da empresa EcoDomus, de TI, mostrará as inovações 18

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e ganhos possíveis com o BIM 6D no gerenciamento de facilities (manutenção). O seminário também apresentará, além da palestra do professor Sacks, cases brasileiros ainda mais completos. Fernando Correa da Silva, diretor da Sinco Engenharia e coordenador do seminário e da Comissão de Trabalho de Projetos do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do Sindus­ConSP, detalhará o uso do processo no desenvolvimento e compatibilização de projetos e planejamento no case Cantareira Norte Shopping, que está em execução. Uma mesa com os projetistas envolvidos no modelo da obra responderá questões da plateia. A visão do desenvolvedor sobre a evolução do BIM para o Business Information Management será detalhada pelo engenheiro Octavio Moraes Neto, da Iron House, empresa de Real Estate do Grupo Cornélio Brennand, de Recife (PE). Já o uso efetivo do BIM nos canteiros será o foco da palestra da Trimble Brasil Soluções. O seminário também tratará das pesquisas dentro das universidades do país, com participações de profissionais da Poli-USP, Unicamp e UFRGS, e das novas normas e suas diretrizes. Wilton Catelani, coordenador da Comissão de Estudo de Modelagem de Informação da Construção e o professor Eduardo Toledo Santos, coordenador do GT Componentes da mesma comissão, exemplificarão em cases a utilização destas diretrizes. (Nathalia Barboza)

Fernando Correa: seminário BIM deste ano olha para o futuro, com novas formas de projeto, interação e contratação



JUR Í DICO

Congresso Jurídico debaterá e-Social, Plano Diretor e ISS Segunda edição do evento focará nos princípios da segurança jurídica Com destaque para os impactos do e-Social, os desafios do novo Plano Diretor e a polêmica do ISS, o SindusCon-SP promoverá, com apoio do Secovi-SP, no dia 3 de setembro, o 2º Congresso Jurídico da Construção. Entre 9 às 18h, os membros do Conselho Jurídico do sindicato coordenarão uma série de debates no Caesar Business Faria Lima, em São Paulo. Nesta edição o foco será a segurança jurídica como princípio fundamental. No primeiro painel, o auditor fiscal e coordenador do e-Social no Ministério do Trabalho, José Alberto Maia, palestrará sobre o impacto da unificação do envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. Na sequência, Renato Romano, assessor jurídico do SindusCon-­ SP, comandará um debate sobre o tema. Participarão da mesa o auditor fiscal da Receita Federal, Carlos Henrique de Oliveira, os administradores de relações sindicais e trabalhistas da Odebrecht, Carlos Eduardo Simões e Deraldo Fernandes, além de Antônio Pereira, membro do GT tributário do sindicato. Polêmica do ISS No segundo painel, o auditor fiscal José Alberto Macedo, subsecretário da Receita Municipal de São Paulo, palestrará sobre problemas na legislação que determina a cobrança do ISS. O debate contará com as 20

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participações de Roberto Bodini, promotor de justiça do município que apura as denúncias envolvendo a máfia do ISS na capital; Alexandre Tadeu Navarro, conselheiro jurídico do SindusCon-SP; e Maurício Zanoide de Moraes, da ZMPB Advogados. Além de destacar as principais falhas da legislação, o debate trará perspectivas e sugestões para deixar o sistema de cobrança menos confuso e mais efetivo. Plano Diretor O terceiro painel tratará dos desafios esperados pelo setor com a aprovação do novo Plano Diretor. Cláudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, deverá analisar seu impacto no custo do imóvel para o comprador. Olivar Lorena Vitale Junior, conselheiro jurídico do SindusCon-SP, abordará os aspectos jurídicos do plano. “O plano irá mudar totalmente a questão urbanística da cidade e ainda temos muitas dúvidas. Por exemplo, como é que ficam os projetos já apresentados?”, questiona Vitale. Odair Senra, presidente do Conselho de Administração da Gafisa, abordará os desafios estratégicos para novos lançamentos imobiliários, e Fabio Villas Bôas, diretor de engenharia da Tecnisa, as contrapartidas sociais no Jardim das Perdizes. O Caesar Business Faria Lima fica na R. Olimpíadas, 205 – Vila Olímpia. Informações e inscrições: (11) 33345600, eventos@sindusconsp.com.br. (FH)



SINDUSCON - SP EM A Ç Ã O

Plano Diretor será destaque em Legalização de Empreendimentos O SindusCon-SP promoverá em 23 e 24 de setembro, das 9h às 18h, em sua sede, o 7º Seminário Legalização de Empreendimentos Imobiliários no Município de São Paulo. O evento é uma realização da vice-­ presidência de Imobiliário do sindicato. Servidores da Prefeitura apresentarão as inovações do Plano Diretor e esclarecerão dúvidas sobre as principais regras a serem observadas pelo setor imobiliário pelos próximos 16 anos. Também orientarão construtoras, incorporadoras e consultoras sobre como instruir os processos de apro-

vação de empreendimentos. Informações e inscrições: (11) 33345600 ou www.sindusconsp.com.br .

Cobrança da ART gera debate no sindicato O presidente do Crea-SP, Francisco Kurimori, afirmou que pessoalmente também é contrário à cobrança da ART (Anotação de Registro Técnico), mas que para tanto seria necessário mudar a lei federal que a instituiu. As afirmações foram feitas em palestra à Diretoria do SindusCon-SP, em julho. O representante do SindusCon-SP junto à Fiesp e presidente do Seconci-SP, Sergio Porto, questionou por que o Crea-SP moderniza apenas sua informática e não luta pelo

fim da cobrança da ART e pela elevação da qualidade da engenharia, dando cursos e buscando influenciar currículos de faculdades de engenharia, opinião compartilhada pelo conselheiro Roberto Falcão Bauer. Já o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho, Haruo Ishikawa, propôs que o Crea-SP se faça representar em assuntos nacionais que interessem aos engenheiros, como o debate sobre as normas de Segurança e Saúde do Trabalho.

Secretário estadual elogia SindusCon-SP pelo Sigor O secretário estadual do Meio Ambiente, Rubens Rizek, parabenizou o SindusCon-SP pelo pioneirismo na iniciativa de criação do Sigor (Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos) – Módulo Construção Civil. Em reunião do Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente), em julho, Rizek ressaltou que foi o sindicato quem propôs a implantação do sistema que em breve permitirá a rastrear os resíduos sóli22

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dos no Estado. Os membros do Consema também elogiaram e apresentaram sugestões para despertar o interesse dos municípios, transportadores e áreas de destinação à adesão ao Sigor. A apresentação do sistema foi feita por João Luiz Potenza, gerente do projeto, e acompanhada pela consultora do Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-­ SP, Lilian Sarrouf.


Ferraz Neto e Watanabe tomam posse como vices na CBIC O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, e o conselheiro consultivo Sergio Watanabe tomaram posse como membros do novo Conselho de Administração da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Tornaram-se vice-presidentes, para o mandato 2014-2017, da entidade agora presidida por José Carlos

Martins, que sucedeu Paulo Simão. A solenidade de posse ocorreu em 5 de agosto, no auditório da CNI, em Brasília. Representando a CBIC, Elcio Sigolo, gerente de Produção e Mercado do SindusCon-SP, e Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves tomaram posse em julho como membros do Conselho Nacional das Cidades.

CSN e Toto visitam o SindusCon-SP O diretor executivo da Companhia Siderúrgica Nacional, Luiz Fernando Martinez, visitou o SindusCon-SP em 1 de agosto, acompanhado de Marcos Donato (gerente geral comercial), Eneida Jardim (gerente comercial) e Weber Reis (gerente comercial de aços longos). Foram recebidos pelo então presidente do sindicato, Sergio Watanabe, e pelo vice-presidente Maurício Bianchi. Os visitantes informaram que a CSN iniciou sua produção de aços longos em uma usina em Volta Redonda e terá uma unidade

própria de corte e dobra de vergalhões, bem como outras de terceiros para atender o mercado da construção civil. Em julho, o sindicato recebeu representantes da Toto do Brasil, empresa de louças e metais sanitários. Tsutomu Ohtuka, vice-­ presidente executivo, e Ryota Tsuda, diretor de Vendas e Marketing, compareceram com Jun Sakakura, coordenador da Jetro São Paulo. Foram recepcionados por Watanabe e pelos vice-presidentes Francisco Vasconcellos, Haruo Ishikawa e Mauricio Bianchi.

MMC financia a habitação

Vitória no ISS de Hortolândia

Dirigentes do grupo MMC visitaram o SindusCon-SP em julho. Michael Hayate (gerente de investimentos), Marcelo Aleanza (diretor de Novos Negócios), Rogério Setembre (Inteligência de Marketing) e Gisele Brandão (GaiaInc) foram recebido pelo então presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe. Os visitantes informaram aporte de R$ 6 milhões para uma incorporadora em Goiás produzir 500 apartamentos na faixa 2 do MCMV. O grupo tem portal para conectar construtoras e imobiliárias e realiza pesquisas de mercado.

O Tribunal de Justiça de São Paulo assegurou em julho o direito das associadas ao SindusCon-SP de abaterem, da base de cálculo do ISS, os valores de materiais. Da decisão ainda cabe recurso a instância federal. Decisões semelhantes já favoreceram as associadas do sindicato em relação à base de cálculo do ISS em Iperó, Presidente Prudente, Itaquaquecetuba, Guarulhos e outros municípios, permitindo abatimento dos materiais e das subempreitadas já tributadas.

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REL A Ç Õ ES C A PIT A L - TR A B A LHO

Tudo pronto para a 15ª edição da Megasipat “Trabalhador Protegido, Ambiente Seguro e Saudável” é o tema central que o SindusCon-SP levará para a 15ª edição da Megasipat (Mega Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho), evento realizado em parceria com Fiesp, Sesi-SP, Senai-SP e Seconci-SP. O calendário do evento vai de 17 de setembro a 14 de novembro. A meta deste ano é atingir 2.450 trabalhadores em todo o Estado de São Paulo. Estes, depois, se transformam em multiplicadores do conhecimento no ambiente de trabalho e nas próprias famílias. O evento é gratuito e exclusivo para trabalhadores inscritos pelas empresas de todos os portes associadas ao SindusCon-SP. Novidades Como sempre, as sugestões para a programação da Megasipat foram oferecidas e analisadas por representantes das entidades, inclusive o CIM Mulher (Centro de Integração da Mulher), em uma reunião ocorrida em julho. Nela, o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, pediu uma reflexão sobre o trabalho análogo ao escravo em pelo menos uma das atividades no evento. “O objetivo da Megasipat é transmitir conhecimento das questões relativas à Saúde e Segurança do Trabalho. Pelas pesquisas, este trabalho

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tem surtido bastante efeito positivo. Mas a cada ano surgem novos desafios, como o tema do trabalho análogo ao escravo, cuja conceituação tem causado sérios problemas para as nossas empresas”, disse. Uma nova palestra ensinará como usar corretamente o cinto de segurança tipo paraquedista, com base no sucesso de algumas atividades das edições passadas – como o da “oficina de nós”, promovida pelo Senai-SP, para reforçar a importância do atendimento à NR 35 (Trabalho em Altura) pelo uso correto de cordas, mosquetões e ganchos. O Túnel Auditivo inflável (chamado de Orelhão), atividade que o Se­si-SP disponibilizou em 2013, será substituído por uma boca inflável gigante, para dar orientações sobre escovação dos dentes. O Sesi-SP também fará uma atividade interativa que discutirá o uso de telefones celulares nos canteiros, outra que debaterá o consumo consciente de água e energia elétrica e mais uma oficina (Ecoarte) que vai ensinar a fazerem uma miniárvore com um pedaço de metro (similar à trena) de madeira, caixa embutida de instalação elétrica, barbante e pregos. O Seconci-SP oferecerá os exames de glicemia, pressão arterial e acuidade visual e palestras sobre comportamentos compulsivos, dependência química, higiene pessoal e primeiros socorros. O CIM Mulher, por sua vez, fará menção às estruturas de uma edificação para debater o polêmico tema da pedofilia, na palestra “Reforçando os Alicerces”. Todos os anos, a Megasipat também oferece aos participantes, no intervalo das palestras, esquetes teatrais interativas e ginástica laboral. (NB)


Em defesa da cooperação tripartite No combate ao trabalho informal, o vice-presidente de Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, acredita na eficiência da ação articulada de instituições tripartites, como a Comissão Municipal de Emprego (CME). Na avaliação de Ishikawa, trabalhar em conjunto gera um ciclo virtuoso, com distribuição de renda mais equitativa, estabilidade para o trabalhador, além de trazer mais competitividade. O sucesso da convergência de interesses desses grupos foi comprovado pelo pesquisador Matthew O’Connor, do Departamento de Políticas da Universidade de York (Reino Unido), que ao longo do ano passado discutiu o tema com diversas instituições de todo o país. O trabalho resultou no artigo “Excepcionalidade Brasileira nas Relações Trabalhistas e a Viabilidade de Mais Cooperação Tripartite”, que contou com a

colaboração de Ishikawa. O estudo foi apresentado em julho no 5º Simpósio Internacional de Trabalho, Relações de Emprego e Educação, em Belo Horizonte. Na avaliação do pesquisador, infelizmente ainda são pequenas as evidências de iniciativas coordenadas. Em seu trabalho, O’Connor chamou a atenção para a inflexibilidade de alguns sindicatos trabalhistas, que segundo Ishikawa, fazem questão de categorizar a classe empresarial como uma só. O número insuficiente de fiscais no Ministério de Trabalho e Emprego (MTE) é outro ponto questionado por Ishikawa. “O MTE acaba priorizando a inspeção das maiores empresas do setor formal, negligenciando as obras menores onde a informalidade é maior”, disse Ishikawa em crítica reproduzida por O’Connor. (FH)

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G EST Ã O EMPRES A RI A L

A era contemporânea

Maria Angelica Lencione Pedreti é professora de Contabilidade e Finanças da FGV e mestra em Administração de Empresas; trabalha em Planejamento Estratégico Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: maria.lencione@ fgv.br

Com a estabilização da economia nos anos 90, o consumidor ficou mais consciente do valor do que comprava, levando as empresas a investirem em inovação e competitividade. Em 95, criou-se o Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração, que será depois o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Em 98, começou a discussão para a solução dos conflitos entra acionistas majoritários e minoritários. Os fundos de investimentos participavam mais ativamente da gestão das companhias que adquiriam, principalmente as familiares. Em 99, surgiu o primeiro Código das Melhores Práticas de Governança. Em 2000, a Bovespa criou os níveis 1, 2 e Novo Mercado de Governança. Entrou em cena o que há de mais moderno, a autorregulação: a empresa não é obrigada a aderir a um nível de governança, mas ao fazê-lo deve ter as características daquele nível.

tários; o Conselho de Administração apenas cumpre as exigências da lei, os conselheiros não são avaliados e sua remuneração não está ligada a resultados, nem sempre há um plano de sucessão dos executivos. As informações aos investidores limitam-se ao que exige a lei, com baixa transparência sobre o relacionamento da empresa com outras do grupo, os riscos tomados ou práticas de governança. No emergente, a propriedade se caracteriza por controle compartilhado e poucas empresas familiares, com emissão exclusiva de ações com direito a voto, simplificação das estruturas societárias, maior grau de especialização das empresas e concessão voluntária de direitos aos minoritários, embora ainda haja mecanismos de manutenção do controle, como poison pills. Os Conselhos de Administração têm papéis mais claros e são mais ativos, embora ainda sujeitos à influência de controladores; há mais conselheiros independentes, com mecanismos de avaliação de desempenho do conselheiro e alinhamento de remuneração e desempenho de executivos e conselheiros. Algumas empresas já se preocupam com planos de sucessão dos executivos. As informações aos investidores, como riscos corporativos, remuneração dos executivos, transações com empresas do grupo, práticas de governança e métricas de criação de valor ao acionista, são divulgadas em sites em tempo real. É longo o caminho a percorrer. Alguns discursos de governança ainda são vazios, não condizentes com as práticas, e o mercado não se engana por muito tempo, como mostraram muitas empresas celebradas por sua governança que viram depois suas ações despencarem por frustrarem as expectativas.

A autorregulação entra em cena e hoje convivem dois modelos de governança O Código de Autorregulação da Anbima exigiu que empresas associadas só poderiam participar de emissões de empresas com altos níveis de governança. Em 2005, a Renner foi a primeira companhia dispersa (sem bloco de controle). No Brasil, a governança se caracteriza pela convivência de dois modelos, o tradicional e o emergente. No tradicional, a propriedade ainda é concentrada, o controle é familiar, as estruturas societárias são complexas formando conglomerados diversificados e é baixo o nível de concessão voluntária de direitos aos minori-

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JUR Í DICO

Mais uma “bondade”

Rosilene Carvalho Santos é advogada, integrante do Conselho Jurídico do SindusCon-SP e sócia do escritório Romano Filho Advogados Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: rcarvalho@ sindusconsp.com.br

A Medida Provisória 651/14 (DOU de 10/7/14), conhecida como “bondades para indústria e mercado de capitais”, introduziu importantes alterações tributárias, e não apenas para este mercado. Ela torna definitiva a desoneração da folha de pagamento, inclusive para a construção civil. Pela Lei 12.546/11, a desoneração perduraria até dezembro de 2014. Assim, as empresas beneficiadas com a extinção da contribuição previdenciária patronal de 20% terão esse benefício assegurado, se a MP for convertida em lei. Já as que sofrem prejuízos precisarão alterar seu planejamento. Além disso, a MP reinstitui o Reintegra para a exportação; e altera a tributação do PIS/Cofins cumulativos, e as regras do Refis e do Fundo Garantidor da Habitação Popular – FGHab.

entre empresas controladas e controladoras, de forma direta ou entre empresas controladas diretamente por uma mesma empresa, em 31/12/2011, domiciliadas no Brasil, e que mantenham essa condição até a data da opção pela quitação antecipada do débito. O prazo de adesão ao parcelamento do Refis ou para efetuar o pagamento à vista de débitos tributários também foi alterado para 25/8/2014. O contribuinte que pretende parcelar débitos em até 180 deve ficar atento às regras de antecipação de pagamento desses débitos: a) antecipação de 5% do montante da dívida para débitos até R$ 1 milhão; b) antecipação de 10% da dívida para débitos maiores que R$ 1 milhão e até R$ 10 milhões; c) de 15% para débitos maiores que R$ 10 milhões, até R$ 20 milhões; d) de 20% para débitos maiores que R$ 20 milhões. A MP dispensa o pagamento de honorários advocatícios, bem como de qualquer verba de sucumbência, nas ações que, direta ou indiretamente, vierem a ser extintas em decorrência de adesão ao parcelamento. Esse benefício se aplica aos pedidos de desistência protocolizados a partir da publicação da MP 651/14, ou para os pedidos de desistência já protocolados, desde que o contribuinte não tenha efetuado o pagamento. Cancela débitos no valor de até R$ 100,00 com o FGTS e impede a inscrição na dívida ativa de débitos do mesmo devedor até R$ 1 mil e o ajuizamento de execuções fiscais para a cobrança de débitos até R$ 20 mil com o FGTS. Eleva o valor FGHab de R$ 1,4 milhão para R$ 2 milhões para contratos no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida.

Desoneração na construção será definitiva se a MP 651 virar lei A partir de janeiro de 2015, o contribuinte poderá excluir da base de cálculo do PIS/Cofins, apurados na forma cumulativa, outras receitas decorrentes de vendas do ativo circulante e classificado como investimento, imobilizado ou intangível, e o valor despendido para aquisição de participação societária, na alienação das cotas. A MP inova ao permitir a utilização de prejuízos fiscais e de base negativa da CSLL, apurados até 31/12/2013 e declarados até 30/6/2014, mediante requerimento, para a quitação antecipada do parcelamento de débitos vencidos até 31/12/2013, perante a Receita e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Os créditos poderão ser utilizados 28

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Excelência na educação profissional e inovação tecnológica é no SENAI-SP Cursos na área de Construção Civil

Aprendizagem Industrial  Construtor de edificações  Eletricista instalador  Instalador hidráulico

Curso técnico de edificações  Qualificações:  Desenhista de edificações  Laboratorista de ensaios de materiais  Habilitação:  Técnico em edificações

Curso mestre-de-obras

Formação de mão-de-obra para construção civil Carpintaria ● Alvenaria ● Elétrica ● Auto CAD ● Hidráulica ● Pintura ● Vidraçaria ● Cobertura ● Armação de Ferros ● Desenho técnico ● Gesso acartonado ● Aquecimento solar  Impermeabilização ● Serralharia de Alumínio  Revestimento cerâmico ● Elevação de cargas e pessoas ● Soldador de tubos de polietileno ● Instalação e montagem de elevadores ●

NR 10 - Segurança em instalações e serviços com eletricidade

 NR 18 - Condições e meio ambiente de

trabalho na indústria da construção

 Especialização—Planejamento e supervisão

de obras

NR 33 - Capacitação para trabalhadores em espaços confinados

 NR 35 - Trabalhos em altura

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empreendedorismo

A ansiedade mata

LUIZ MARINS é professor, antropólogo, e consultor. Autor de 26 livros. www.anthropos.com.br Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: professor@ marins.com.br

Chego no balcão e o vendedor me atende. Começo a falar, surge outro cliente. O vendedor lhe diz: – Um momento, já vou atendê-lo. O vendedor volta-se para mim: – Desculpe, o que deseja? Começo a falar, mas chega um terceiro cliente. O vendedor dirige-se a ele: – Um momento, já vou atendê-lo. Volta-se para mim e se desculpa: – Pois não, vamos lá... Desde a chegada do segundo cliente, percebi que o vendedor não estava prestando atenção ao que eu dizia. Ele estava preocupado em não perder os outros dois clientes. Enquanto eu tentava explicar o que queria, ele me interrompia e lhes pedia: – Só mais um momentinho, já vou atendê-los.

ansiedade pode ser um grande fator impeditivo do sucesso. Executamos uma tarefa qualquer pensando o tempo todo na próxima, na próxima e na próxima, sem prestar atenção ao que fazemos no momento. Tudo sai mal feito ou pela metade, sem qualidade. Assim como a ansiedade matou a venda, tem aniquilado muitos profissionais e até empresas. A competição acirrada que experimentamos, o fluxo negativo de caixa, o ciclo de vida curto dos produtos torna a ansiedade quase inevitável. Mas se há uma “ansiedade positiva” que nos empurra para frente, ela na verdade é quase sempre negativa e pode derrubar nosso sucesso pessoal e profissional. Justamente quando a concorrência é maior e o poder está com o cliente e com o mercado e não mais conosco, precisamos nos diferenciar pela calma, atenção aos detalhes, conhecimento, comprometimento. E isso não se consegue com demasiada ansiedade. Daí também a importância de revermos os velhos métodos de comissionamento por vendas. As empresas pagam um salário base baixo e o restante de forma variável pelo resultado de cada vendedor. Na ânsia e na necessidade de garantir um ganho razoável, ele se torna um poço de ansiedade. Quem perde é a empresa. Ele não venderá com tanta ansiedade. As velhas aulas de psicologia ensinavam que a ansiedade gera tensão que por sua vez gera mais ansiedade que gerará ainda mais tensão. Esse círculo vicioso é quase sempre fatal para o sucesso. Pense nisso. Acabe ou pelo menos controle a sua ansiedade nestes tempos competitivos em que vivemos.

Quem quer vender para todos pode acabar perdendo os seus clientes Quando percebi a preocupação dele, chegou um quarto cliente, e ele repetiu a cena. Despedi-me e fui embora sem comprar. Fiquei na porta da loja observando. Ele fez o mesmo com os demais clientes. Pouco tempo depois, todos saíram sem comprar. A ansiedade do vendedor de querer vender para todos fez com que não vendesse para ninguém. Todos os clientes me disseram ter percebido que ele não ouvia o que diziam. Queria vender para o “outro” e o “outro” e o “outro” e assim não vendeu para ninguém! Na ânsia de ganhar comissão de vendas sozinho, ele não deixava outros colegas atenderem os novos clientes que chegavam. Queria tudo para si, não vendeu, nada ganhou. O que aconteceu comigo e ocorre todos os dias com dezenas de clientes e vendedores também não está acontecendo conosco na vida pessoal e profissional? Em vendas ou no que quer que façamos, a

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Substituição Tributária do iCMs - disposições Gerais e Mercadorias do Setor de Construção Civil, Sujeitas ao regime 4 de setembro Novo Procedimento de Encerramento de Obra pela Internet 5 de setembro Analista Fiscal com Foco na Construção Civil 9 de setembro

A Legislação Trabalhista e Previdenciária no eSocial – Revisão e Atualização 9 de setembro

técnicas de Negociação em Compras na Construção Civil 20 de setembro

SPED IRPJ - ECF 10 de setembro

Procedimentos Administrativos para Engenheiros e Administrativos de Obras 29 de setembro

Desoneração da Folha de Pagamento no Segmento da Construção Civil 17 de setembro

INSS na Construção Civil 30 de setembro

cursos eM o u t r a s C i da d e s

Contas a Pagar, Contas a receber e tesouraria na Prática 3 de setembro, em São José do Rio Preto

Noções da área Fiscal para Engenheiros e Administradores de Obras 16 de setembro, em Presidente Prudente

Desenvolvimento de Técnicas para Assistente Fiscal com Foco na Construção Civil 12 de setembro, em Ribeirão Preto

e-Social x Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aspectos Preparatórios • 18 de setembro, em Campinas • 19 de setembro, em Mogi das Cruzes

Padronização de Projeto + Cálculo de Tráfego 30 de setembro, em Campinas Ciclo de Palestras * • 24 de setembro, em Ribeirão Preto • 25 de setembro, em sorocaba

(*) Temas das palestras: 1) A Economia de um Bom Projeto 2) Projeto de Paredes de Concreto em Bim 3) A Alvenaria Estrutural Sobre Transição 4) Comparativo Econômico Entre Concreto Armado, Alvenaria Estrutural e Paredes de Concreto

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Lições do futebol

José Carlos de Arruda Sampaio é consultor de empresas e diretor da JDL Qualidade, Segurança no Trabalho e Meio Ambiente Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: jdls@terra. com.br

Para dirigir uma equipe de futebol, o técnico precisa conhecer as estratégias e táticas de jogo e também de competição, bem como saber envolver e motivar o time, portanto conhecer muito bem conceitos de psicologia e comportamento. Da mesma forma, o engenheiro ou técnico de segurança do trabalho é o responsável por armar estratégias e táticas que previnam acidentes de trabalho e doenças ocupacionais nas frentes de serviços. O treinador precisa entender bem de futebol, porque só quem sabe tem competência para ensinar bem outras pessoas. Esse é um ponto fundamental para agirmos com mais assertividade na prevenção de acidentes nas empresas.

ofensivas para impedir que os acidentes se manifestem. O engenheiro ou técnico de segurança precisa de conhecimentos específicos cada vez mais apurados relacionados com as estratégias e táticas, sem perder a noção do conjunto, da visão global, da liderança no trabalho de campo e de ter sempre o apoio de especialistas nos assuntos comportamentais que, direta ou indiretamente, interferem no desempenho da segurança do trabalho. Para que o processo de segurança e saúde possa se desenvolver adequadamente, são indispensáveis alguns pré-requisitos: • vontade política dos dirigentes da empresa, apoiando e participando de todas as ações planejadas para a saúde e segurança no trabalho no canteiro; • alguns investimentos, fundamentais quando se fala em profissionalização no seu mais puro sentido, e manutenção no canteiro de pessoal com capacitação adequada às exigências do projeto; • competência técnica e, sobretudo, espírito de equipe de todos os membros que participam da construção coletiva do trabalho em busca do ótimo desempenho. Tal como numa equipe esportiva, a procura por profissionais de segurança do trabalho que tenham habilidade para trabalhar em equipe é cada vez maior e esta é uma competência essencial, pois quando as experiências e comportamentos são aproveitados numa equipe, os resultados são superiores. A obra precisa ganhar o jogo, e não tem tempo para faltas, prorrogação ou pênaltis. Todos precisam vencer: a empresa e seus trabalhadores. E para esse jogo não há maior recompensa do que a saúde e a integridade física dos que participam da peleja.

A equipe da obra não pode cometer infrações na segurança do trabalho Isso porque estamos em uma época de grande demanda por engenheiros e técnicos de segurança do trabalho em obras, e muitos deles não têm a formação adequada nem a experiência necessária para coordenar e dirigir programas mais complexos, que realmente eliminem os riscos. Tal como no futebol, é muito importante que as estratégias e esquemas táticos sejam definidos na segurança do trabalho pela adoção de medidas interdisciplinares programadas de prevenção de acidentes. E para isso são necessários conhecimentos de gestão e não somente dos requisitos das normas regulamentadoras oficiais. Isso também significa que é preciso compreender bem o grupo com o qual se está trabalhando, entender e perceber a forma como este pensa e age, e implantar ações 32

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evento g r a t u it o

vagas limitadas

caleNdário Setembro Dia 17, em Presidente Prudente (Sesi) Dia 19, em Ribeirão Preto (Senai) Dia 25, em Santo André (Sesi-Mauá) Dia 26, em Bauru (Senai) outubro Dia 1, em Sorocaba (Sesi) Dia 3, em São José do Rio Preto (Sesi) Dia 24, em São José dos Campos (Sesi) Dia 29, em São Paulo (Senai) Dia 31, em Campinas (Senai) Novembro Dia 7, em Santos (Sesi) Dia 14, em Mogi das Cruzes (Sesi) iNformaçõeS e iNScriçõeS: (11) 3334-5600 ou sindusconsp@sindusconsp.com.br acesse www.sindusconsp.com.br/megasipat e conheça a programação REALIZAÇÃO

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PREVEN Ç Ã O E S A ÚDE

Combate ao colesterol

PAULA SIMÕES GARCIA é nutricionista clínica do Seconci-SP e pósgraduada em Nutrição das Doenças Crônicas Não Transmissíveis pelo Hospital Israelita Albert Einstein Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: comunicacao@ seconci-sp.org.br

Oito de agosto foi instituído pelo governo federal em 2003 como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Presente em boa parte dos alimentos, o colesterol é uma gordura animal, importante na produção de alguns hormônios e no transporte de vitaminas. A maior parte é sintetizada no fígado (70%) e o restante (30%), proveniente da alimentação. O colesterol é transportado no sangue pelas chamadas lipoproteínas. Elas são classificadas em quilomícrons, lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), densidade intermediária (IDL), baixa densidade (LDL) e alta densidade (HDL). As LDL, também conhecidas como “colesterol ruim”, são as principais lipoproteínas transportadoras de colesterol proveniente do fígado para os tecidos periféricos.

A recomendação é restringir o consumo de 300 mg de colesterol ao dia para indivíduos saudáveis, e menor que 200 mg para indivíduos com níveis elevados de colesterol no sangue. Suas principais fontes alimentares são a gema de ovo, leite e derivados, carne bovina, pele de aves e miúdos. Apesar de o colesterol alimentar relacionar-se à elevação do colesterol sanguíneo, seu efeito é menor quando comparado a outras variáveis alimentares, como ingestão de ácidos graxos saturados (gordura animal) e trans, a gordura hidrogenada contida em biscoitos e sorvetes, entre outros. Ou mesmo ao consumo total de gordura da dieta. Dicas de nutrição para controlar o colesterol: • consuma diariamente frutas, verduras e legumes nas refeições; • inclua na alimentação cereais integrais, grãos e sementes; • dê preferência às carnes magras, frango sem pele, peixe e ovos cozidos; • evite frituras e controle a quantidade de óleo no preparo dos alimentos; • evite embutidos (mortadela, salsicha e linguiça), leite de coco e óleo de dendê; • dê preferência ao leite e iogurtes desnatados, queijo branco, ricota ou cottage; • evite produtos industrializados como biscoito recheado, sorvete de massa e doces concentrados; • mantenha seu peso dentro dos limites da normalidade; • pratique atividade física regularmente. Vale destacar que a dieta deve ser individualizada pelo nutricionista para estabelecer critérios e metas reais ao paciente.

Melhores meios de prevenção são a dieta personalizada e exercícios As HDL, chamadas de “colesterol bom”, são responsáveis pela remoção do colesterol de tecidos periféricos e de outras lipoproteínas, enviando-o ao fígado. O colesterol elevado provoca o acúmulo de gordura nas paredes das artérias, o que pode entupi-las, bloqueando o fluxo sanguíneo, levando o indivíduo ao infarto agudo do miocárdio e/ou acidente vascular cerebral. A Organização Mundial da Saúde reiterou recentemente que o consumo de dietas inadequadas e a inatividade física estão entre os dez principais fatores de mortalidade. Estudos demonstram que intervenções alimentares adequadas podem diminuir ou prevenir significativamente o aparecimento de várias doenças crônicas não transmissíveis.

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Seconci-SP é nota 10, diz Alckmin Ao inaugurar em julho o “Sapo­ pembinha”–a nova unidade local do Hospital Estadual de Sapopemba–, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não poupou elogios ao Seconci-SP, que administra a instituição na qualidade de OSS (Organização Social de Saúde). “O Seconci-SP é um grande parceiro do governo estadual. Temos vários parceiros na área de saúde e o Seconci-SP é nota 10, sinônimo de excelência, qualidade e capricho”, afirmou em discurso. David Uip, secretário estadual da Saúde, foi na mesma linha: “Tudo o que o Seconci-SP faz, faz bem feito. Realizou em tempo recorde a obra da qual resultou um hospital de primeiríssima categoria, uma unidade acolhedora, bonita, iluminada e com cores. Um espaço feliz.” Em entrevista à Rede Globo, o secretário enalteceu o “hospital bonito, humanizado, com cores afetivas; as pessoas gostam”. Já o presidente do Seconci-SP e representante do SindusCon-SP junto à Fiesp,

Sergio Porto, testemunhou o orgulho da indústria da construção quando inaugura empreendimentos como edifícios e escolas, “mas nos emociona ainda mais quando inauguramos um hospital”. O governo estadual investiu R$ 9,2 milhões em obras e equipamentos no Sapopembinha, que tem capacidade para 41 leitos e 740 consultas e procedimentos por mês em cinco especialidades médicas – cardiologia, dermatologia, endocrinologia, pequenas cirurgias e cirurgia vascular. “A unidade permitirá liberar leitos dos hospitais de Vila Alpina e Sapopemba, atendendo à demanda crescente da população”, disse Porto. Na visita à unidade, Alckmin e Uip destacaram o ambiente acolhedor e o sistema informatizado que permite o controle e a rastreabilidade dos medicamentos. A equipe do hospital é composta por 160 colaboradores entre médicos e outros profissionais.

Porto (esq.) observa Alckmin dizer que o Seconci-SP é sinônimo de excelência, na inauguração do “Sapopembinha”

Entidade realiza ações preventivas em canteiros de obras no Estado A coordenadora do setor de Serviço Social do Seconci-SP, Angela Nogueira, ministrou palestra sobre Alcoolismo e Drogas, em canteiros de obras da Racional Engenharia, na capital paulista e Indaiatuba, em ação que atingiu cerca de 250 trabalhadores. A mesma palestra foi ministrada em três obras da Construtora e Incorporadora Engeplus, em Santos, alcançando 190 trabalhadores. Com didatismo e humor, a palestrante

alertou sobre a gravidade do tema e informou os meios de prevenção. O Seconci-SP tem um grupo de apoio para tratamento. As iniciativas fazem parte das comemorações dos 50 anos da entidade, em que estão sendo promovidas ações de caráter preventivo e educativo nas construtoras. A meta é atingir 20 mil trabalhadores do setor da construção em todo o Estado de São Paulo.

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regionais

Prudente recebe 1ª audiência do Plano Estadual de Resíduos Foto: Maycon Morano

Presidente Prudente sediou, em julho, a primeira de uma série de cinco audiências públicas para a consolidação do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo. O objetivo dos encontros é mostrar para a comunidade paulista o documento elaborado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, com contribuições do SindusCon-SP. Na ocasião, a Pasta apresentou números sobre resíduos sólidos de diversas categorias. A Região Administrativa de Presidente Prudente, por exemplo, gera 1.270 toneladas por dia de Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC). A projeção para 2030 é de que este número, levando em conta a economia atual, chegue a 2.359 toneladas por dia. De acordo com a coordenadora ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, Zuleica Maria Lisboa Peres, o plano é o resultado de um trabalho iniciado em 2012. “Primeiro fizemos 15 oficinas e levantamos as dificuldades dos municípios. Em 2013, realizamos 20 oficinas para orientação. E neste ano foram mais 15 oficinas, nas quais orientamos os municípios sobre melhorias nos planos apresentados e perguntamos

para cada região o tipo de resíduo que mais a preocupava, qual sua proposta e suas dificuldades”, relatou Zuleica. A audiência contou com a participação da diretoria da Regional, além do secretário municipal de Meio Ambiente, Wilson Portella, e de membros de entidades e de autoridades militares. Também foram realizadas audiências em Sorocaba, Bauru, Ribeirão Preto e na capital, no auditório da Assembleia Legislativa (Alesp). (Geraldo Gomes)

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Audiência foi realizada no campus da Unesp de Prudente

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REGIONAIS

Palestra orienta sobre gestão de obra com transporte vertical Pela segunda vez neste ano, a Regional Santo André promoveu a palestra Gestão da Obra Civil em Edifícios com Transporte Vertical. Ministrada por José Luis Mundim Soares, engenheiro civil com 25 anos de experiência na indústria de transporte vertical, a palestra reuniu mais de 60 pessoas no auditório do Senai A. Jacob Lafer. Entre outros pontos, o palestrante abordou as normas aplicáveis; planejamento da produção e interface com a obra; orientações preliminares e conclusão de montagem dos elevadores. Para os professores do curso de mestre de obras do SindusCon-SP em parceria com o Senai, Carlos Evaristo Rodrigues Falcão e Laerte Sangioratto, a palestra foi de grande relevância para os alunos e inclusive para

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os professores.“A maior parte dos participantes já viu e até realizou tarefas relativas ao transporte vertical de um prédio, porém, orientados por um engenheiro ou arquiteto da obra, mas sem saber por que era feito daquela maneira”, disse Falcão. (Sueli Osório)

Engenheiro José Luis Soares durante palestra no Senai de Santo André


Rio Preto regulariza loteamentos Foto: Sérgio Menezes, da SMCS

Um mutirão realizado pela Prefeitura de São José do Rio Preto com apoio de vários órgãos está regularizando a situação de loteamentos sem registro, transformando as áreas em novos bairros, que poderão receber investimentos em infraestrutura do governo municipal. A operação já regularizou 40 loteamentos. Esse número representa 37% de áreas regularizadas, que somam 5.343 lotes. A ação irá beneficiar mais de 20 mil pessoas. Uma nova parceria poderá ajudar ainda mais no processo de melhoria das condições de vida dos moradores destes loteamentos. A diretoria da Regional do SindusCon-­ SP, mediante sua participação no Conselho Municipal de Habitação, tem colaborado na formatação de um estudo sobre as condições de habitação nos loteamentos.

A proposta visa realizar um convênio com estudantes do curso de Engenharia Civil da Faculdade Dom Pedro 2º, de Rio Preto, para a realização de um levantamento físico das construções. A partir deste conhecimento, os órgãos públicos responsáveis poderão elaborar novos projetos para ajudar a comunidade. (Ester Mendonça)

Lote em Vista Bonita está entre as áreas que foram regularizadas

Andaimes Urbe fornece Balancim Manivela para pintura de fachada em prédios de Itaquera - SP Prédios cederam suas fachadas para compor o cenário da Copa do Mundo Brasil. Foram pintados cinco desenhos que representam os títulos mundiais do Brasil e outro que simboliza o pontapé inicial da Copa do Mundo 2014. Para realização desta obra a Andaimes Urbe alugou o Balancim Manivela, um tipo de andaime suspenso indicado para pintura, acabamento e limpeza de fachadas.

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REGIONAIS

Sorocaba debate limite do Plano Diretor Durante discussão sobre o Plano Diretor de Sorocaba em sessões na Câmara Municipal, o diretor da Regional do SindusCon-SP, Elias Stefan Junior, levantou alguns pontos que precisariam ser revistos. Segundo ele, um dos problemas está na limitação dos prédios com o térreo e mais seis andares, que serão liberados apenas na região central. Outra dificuldade, segundo o diretor, está na concentração de várias torres em uma mesmo local, o que irá diminuir as áreas impermeáveis. “Com a proximidade dos

edifícios, as torres vão bloquear a ventilação e iluminação nas unidades”, acrescentou. O diretor também destacou o impacto negativo na paisagem urbana e pediu atenção para o artigo 19 do Plano, que determina um padrão que permita as construções verticais. Na sua avaliação, um dos reflexos do plano, caso seja aprovado, será o aumento no valor dos condomínios, já que o número de andares das edificações é limitado. “É um retrocesso na qualidade de vida dos futuros moradores”, afirmou. (Lívia Camargo)

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Rochas ornamentais EDUARDO BRANDAU QUITETE é geólogo, mestre em engenharia pela USP e atua na caracterização de rochas desde 1991 no IPT, onde é pesquisador do Laboratório de Materiais de Construção Civil

FÁBIO CONRADO DE QUEIRÓZ é tecnólogo, mestre em habitação pelo IPT e atua na caracterização de rochas desde 1977 no IPT, onde é pesquisador do Laboratório de Materiais de Construção Civil Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: quitete@ipt.br fconrado@ipt.br

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A seleção de rochas para revestimentos geralmente ocorre em duas etapas: na primeira, arquiteto ou proprietário indicam aquela a ser usada; a seguir, o engenheiro providencia a compra dos ladrilhos ou placas de rocha. Este processo pode apresentar dois problemas: rocha em desacordo com o esperado pelo arquiteto ou proprietário e material com propriedades pouco recomendadas ao uso pretendido. Estes problemas podem ser evitados, e com possibilidade de redução de custo, quando as partes envolvidas dialogam e conhecem as peculiaridades que influenciam na seleção de rochas ornamentais. No Brasil não há regulamentação quanto ao nome comercial de rochas de revestimento. O produtor pode nomeá-la como desejar. Com isso, dois granitos muito semelhantes e provenientes do mesmo maciço rochoso podem ser comercializados com nomes diferentes e, inversamente, granitos com propriedades e proveniências diferentes podem receber o mesmo nome. Por exemplo, o granito comercialmente designado Vermelho Capão Bonito extraído em São Paulo é muito semelhante ao comercialmente designado Vermelho Brasília ou New Capão Bonito, extraído em Goiás. Também é comum encontrar no mercado paulista o granito Verde Ubatuba, mas extraído no Espírito Santo, uma vez que praticamente não existe mais extração do tradicional granito verde escuro no litoral paulista. Há a tendência de denominar comercialmente a rocha por um adjetivo, em geral, a cor e por um termo relacionado à sua procedência geográfica, por exemplo, Granito Vermelho Bragança. Entretanto, nada impede a utilização de nomes que não seguem regras como Granito Azul Fantástico, Marinace ou Mármore Branco Cintilante. Na versão de 2013 da norma ABNT NBR 15012, “Rochas para revestimentos de edifica-

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ções – Terminologia”, o item 2.2.7 apresenta os tipos comerciais, com apenas doze variedades de rocha, sem definir nomes específicos. Por exemplo, define comercialmente granito como “amplo conjunto de rochas silicáticas granulares e compactas, de estrutura orientada ou não, independentemente da sua classificação petrográfica”. Portanto, as partes envolvidas precisam ter claro que simplesmente o nome comercial pode não significar a rocha realmente planejada para a obra. O ideal é o arquiteto especificar, em vez de um único nome, o padrão estético e outras características que considera fundamentais para atender ao seu projeto. Alternativamente, o profissional pode indicar algumas das denominações comerciais e seus respectivos fornecedores das rochas que atendam. Uma vez selecionada a rocha e o fornecedor, é importante garantir que a variação natural de cor e padrão das rochas fique dentro de certos limites. A NBR 15.844 – “Rochas para Revestimentos – Requisitos para granitos” recomenda que a cor, a textura e a estrutura das rochas, bem como as variações naturais permissíveis destas características devem ser objeto de comum acordo entre fornecedor e comprador, estabelecendo-se uma amostra padrão constituída por exemplares representativos, cada qual com área mínima, a ser utilizada como referência no recebimento de material na obra. Propriedades A rocha, a cerâmica e os novos materiais artificiais no mercado (“superfície de quartzo”; “marmoglass” e outros), embora possam ter a mesma função, são tecnicamente caracterizados por propriedades diferentes e não devem ser avaliados como se fossem “a mesma coisa”. As rochas de revestimento devem ter suas propriedades determinadas por ensaios normalizados pela ABNT na NBR 15.845 – “Rochas


para revestimento – Métodos de ensaio” e na NBR 12.042 – “Materiais inorgânicos – Determinação do desgaste por abrasão – Método de ensaio”. Os valores recomendados para estas propriedades em granitos são apresentados na NBR 15.844:2010 (ver tabela). A NBR 15.844 – “Rochas Ladrilho de granito branco de 20 cm x 20 cm após Ladrilho de granito verde escuro de 20 cm x 20 para Revestimentos – Requisitos exposição ao ácido clorídrico. Notar a tonalidade cm após exposição ao ácido clorídrico. Notar a para granitos” deverá mudar até o amarela/alaranjada na área de contato descoloração na área de contato final do ano, mas provavelmente Ensaios recomendados para rochas de revestimento, requisitos recomendados pela NBR 15844 continuará valendo o parágrafo para qualificação tecnológica de granitos e considerações (não inclusas na NBR) da versão em vigor, aceitando o PROPRIEDADES REQUISITOS CONSIDERAÇÕES/APLICAÇÕES uso de granitos que não atendam Valor menor seria indicativo de rocha com a alguns dos requisitos, desde que ≥ 2.550 Densidade aparente (kg/m3) menor resistência tecnicamente avaliados. Porosidade aparente(%) ≤ 1,0 Importante para praticamente qualquer Isto significa, por exemplo, aplicação, uma vez que está diretamente que um granito que apresentar Absorção d’água (%) ≤ 0,4 relacionado à durabilidade da rocha valor superior a 1,0 mm/1000m Tração na flexão ou módulo de ruptura (MPa)* ≥ 10,0 Importante para uso em pisos no ensaio de desgaste ainda pode Para cálculos de juntas. Valores altos indicam ser aplicado em piso com alto ≥ 8,0 menor durabilidade sob ciclos diários de Dilatação térmica linear (10-3mm/moC) aquecimento e resfriamento. tráfego de pedestres, desde que o Principalmente para uso da rocha em arquiteto e o usuário/proprietário Ensaio de Flexão (MPa)* ≤ 8,0 fachadas com “inserts” tenham consciência de que, muito Principalmente para uso da rocha em pisos provavelmente, o granito perderá Impacto de corpo de duro (m) ≥ 0,3 e bancadas. Valores baixos indicam baixa o brilho em poucos anos ou até resistência a impactos meses, dependendo do tráfego de Indicador da resistência mecânica e Compressão uniaxial (MPa)* ≥ 100 pessoas. Obviamente, se o granito durabilidade da rocha vai ser aplicado em fachada, não Principalmente quando aplicada em pisos de Desgaste Amsler (mm/ 1000m) ≤ 1,0 alto tráfego de pessoas há necessidade de realizar o ensaio de desgaste. * = Considerar o valor mínimo entre as quatro condições possíveis de ensaio: saturada em água ou seca e paralela ou perNo caso do granito Vermelho pendicular à estrutura presente na rocha (estratificação, foliação, lineação etc.). Capão Bonito e do granito Vermesemelhantes, deverá ser selecionado o granito lho Brasília, o primeiro tem um que se apresentar menos afetado. maior histórico de uso e o segundo é mais Também há no mercado granitos colorinovo no mercado. Ambos apresentam ótimos dos artificialmente ou com “cor realçada”. A resultados de ensaios e aparência estética. modificação da cor é produzida por corantes Qualquer um poderia ser selecionado para a que tendem a esmaecer quando expostos a edificação, a menos de questões específicas alguns agentes de limpeza ou à luz solar por não relacionadas diretamente à obra. muito tempo. Nestes casos, é recomendável Há outros ensaios que devem ser realizaensaio ou teste que compare a durabilidade da dos para a seleção de rochas. O de resistência cor entre os materiais. Como não existe norma ao ataque químico pode mostrar que granitos brasileira específica para isto, é comum realiesteticamente semelhantes podem apresentar zar ensaio de envelhecimento acelerado por resultados diferentes quando expostos a ácidos, ciclos de condensação de umidade e exposição particularmente ao clorídrico. Neste caso, à luz ultravioleta. mantendo-se as outras propriedades em valores

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CONSTRU Ç Ã O D A C A RREIR A

Preparando líderes Felipe Scotti Calbucci é graduado em Comunicação Social e gerente de Property & Construction da Michael Page, com foco em recrutamento de gerentes e diretores para construtoras e incorporadoras Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: felipecalbucci@ michaelpage.com.br

Introduzo o tema deste mês da coluna fazendo uma provocação aos leitores: sua empresa oferece ferramentas de gestão aos líderes para que possam exercer sua função adequadamente? Esperamos que os executivos alcancem suas metas e, para aqueles que possuem reportes diretos, que o façam por intermédio de suas equipes. Além disso, cobramos que sejam bons gestores, formadores de futuros líderes da empresa e que a rotatividade de seus times seja baixa. Contudo, percebo que não investimos na preparação desses executivos para este papel, muito menos damos condições adequadas para tal. Quando converso com pares no mercado, percebo as mesmas explicações: falta de tempo e dinheiro. O que seriam as ferramentas adequadas para que um gestor lidere sua equipe? As mais óbvias são as que requerem recursos financeiros, como treinamentos e programas de avaliação corporativos.

tentativa de atenção ao desenvolvimento da equipe sofrerá intimidação. A importância do feedback já foi tema de várias colunas em Notícias da Construção. Por isso, apenas ressalto que o feedback é a ferramenta mais poderosa no desenvolvimento de um executivo. A valorização ou não do feedback é parte da cultura de empresas. Sendo assim, as que mais encorajam a troca de feedbacks costumam formar mais talentos. Sob a ótica de controles, o ideal é incluir nas metas de cada gestor alguns indicadores de desempenho ligados à formação de pessoas, desde que sejam muito objetivos e de fácil mensuração. Penso no gestor como um empresário e, desta forma, que deva existir no orçamento de cada área o espaço para investimento em treinamento, cursos e pós-graduações. Neste caso, a área de RH atuaria como um consultor interno, aconselhando a melhor forma de investir este recurso, mas deixando sob a responsabilidade da unidade de negócio deste gestor o dever de desenvolver talentos. Aqueles que acompanham esta coluna perceberam o quanto penso que o tema liderança está intimamente ligado à cultura da empresa. Neste caso específico, o resumo da linha de pensamento é que, para que os gestores de sua empresa sejam capazes de formar talentos, é preciso estimulá-los por meio de uma cultura de valorização verdadeira da gestão de pessoas. Além disso, é preciso dar autonomia a esses gestores com vistas ao desenvolvimento de ferramentas e indicadores para cada área ou unidade de negócio.

O gestor requer formação contínua, medição de desempenho e feedback No entanto, acredito que exista mais valor no encorajamento à liderança do que na explicação teórica de como fazê-lo. Por exemplo, se a cultura de sua empresa vê com bons olhos que gestor e subordinado passem algumas horas de sua semana conversando sobre temas como atitude, comunicação e relacionamento, certamente será percebido por todos que o desenvolvimento da equipe é relevante para a empresa. Por outro lado, existem empresas cuja percepção deste exemplo é de perda de tempo e, neste caso, qualquer outro tipo de 46

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/ Agosto 2014




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