Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho A Visão dos Funcionários de uma Empresa do Ram

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Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho: A Visão dos Funcionários de uma Empresa do Ramo de Fast Food Adelyana Ilário de Albuquerque (UFPB) aylario@hotmail.com Fernanda Almeida da Silva Santos (UFPB) Fernanda.almeida2009@yahoo.com.br Gabriela Raquel da Silva Soares (UFPB) gaby.raquel@hotmail.com Ione Macena da Silva (UFPB) ionemacena@yahoo.com.br

Resumo: O artigo apresenta resultados de uma pesquisa bibliográfica que teve como objetivo dar ênfase na importância da qualidade de vida do trabalhador, tendo em vista como a higiene e a segurança no trabalho contribuem e estão interligadas para a qualidade de vida no trabalho. Com o presente artigo, pode-se perceber que a partir do momento que a organização está preocupada com a higiene e a segurança do trabalhador, ele está sendo valorizado. E quando os colaboradores percebem o fato de serem valorizados e reconhecidos isso os torna mais motivados para o trabalho. Ou seja, é uma forma de manter os colaboradores ativos em suas funções, estabelecendo uma boa relação entre eles. Uma vez que, quando uma organização investe em algum colaborador, ela quer retorno e não uma despesa futura, que pode ser evitada mantendo o colaborador motivado no trabalho e também evitando riscos e problemas futuros. Segundo Antônio Carlos Vedrame7 o Brasil gasta anualmente R$ 20 bilhões com acidentes e doenças de trabalho, portanto, oferecer condições de segurança tornou-se requisito obrigatório às empresas que desejam ser competitivas. Portanto, com a segurança, saúde e qualidade de vida no trabalho, diretamente ligadas à responsabilidade social da empresa, é preciso aliar os investimentos em prevenção, com a formação e treinamento de trabalhadores e profissionais da área. Palavra chave: Higiene, Segurança, Qualidade de vida no trabalho.

1 Introdução No passado, principalmente com o advento da Revolução Industrial, a partir de meados do século XVIII, o homem, em favor da produção e da máquina, era tratado como um aspecto secundário. Com o passar do tempo e após muitas lutas, o trabalhador começa a ser o centro de atenção do processo produtivo. Sabe-se, por razões óbvias, que não é tarefa fácil eliminar a exposição do trabalhador a esses agentes de riscos, bem como melhorar as condições de trabalho. Isto envolve uma série de interesses sociais, econômicos e políticos. O termo QVT que significa Qualidade de Vida no Trabalho, foi cunhado por Louis Davis na década de 1970, quando desenvolvia um projeto sobre desempenho de cargos.


Foram criados vários conceitos de QVT, mas assimila duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho, e, de outro, o interesse das organizações quanto aos seus efeitos potenciais sobre a produtividade e a qualidade. A QVT tem sido utilizada como indicador das experiências humanas no local de trabalho e do grau de satisfação das pessoas que desempenham o trabalho. Representa em que grau os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através do seu trabalho na organização, pois é necessário satisfazer primeiro seu colaborador para sim, depois satisfazer o cliente externo, envolvendo os aspectos intrínsecos (conteúdo) e extrínsecos (contexto) do cargo. Várias foram às pesquisas sobre a Qualidade de Vida no Trabalho, no entanto três modelos se destacaram como os mais importantes, que são os de Nadler e Lawler, de Hackman e Oldhan e o de Walton. Por sua vez, higiene e segurança do trabalho também fazem parte da qualidade de vida do trabalho, uma vez que entre as obrigações do empregador, na execução do contrato de trabalho, se encontre a de proporcionar ao empregado um ambiente de trabalho que, por sua posição e condições constitutivas (ar, luz, temperatura), lhe permita bem executar o que lhe compete sem ameaças nem riscos para a sua saúde e integridade física. Diante do exposto, surge a questão problema desta pesquisa: Qual a importância da higiene e da segurança para uma boa qualidade de vida no trabalho? A higiene do trabalho tem em vista não só proporcionar melhores condições para a execução do próprio trabalho, como prevenir doenças profissionais, tornando mais capaz, física e mentalmente o colaborador, e aumentando conseqüentemente a produtividade. A segurança do trabalho tem por objetivo prevenir e evitar acidentes do trabalho, indicando e impondo medidas técnicas, de natureza mecânica ou química, capazes de impedir que o trabalhador sofra danos traumáticos na execução do trabalho. Em outras palavras, a qualidade de vida do trabalhador está totalmente relacionada com a higiene e a segurança do ambiente organizacional. Como se sabe, manter é um dos subprocessos da gestão com as pessoas, que nada mais é do que as relações com os empregados, a higiene, saúde e segurança do trabalhador e qualidade de vida no trabalho (QVT). Portanto, a pesquisa tem a importância e contribuição fundamental para as organizações, uma vez que o gestor ao investir nos outros subprocessos da gestão com as pessoas que são: agregar, aplicar, desenvolver, recompensar, ele deve manter seu colaborador para que esse investimento não se torne apenas uma despesa. 2 Higiene do trabalho Acredita-se, que a higiene do trabalho, como muitos a denominam, tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que o mesmo adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho. Para Herzberg (1998), “Higiene é a expectativa ambiental e se usa o termo higiene para significar coisas tais como: condições físicas de trabalho, políticas de supervisão, o clima das relações gerenciais-empregados, salários e vários benefícios marginais-”. Em outras palavras, higiene significa os diversos fatores que os dirigentes, tradicionalmente, utilizam


para conseguir motivação, os quais o próprio Herzberg considera válido, mas não suficientes em si mesmos para a motivação eficiente. Entre os principais objetivos da higiene do trabalho, estão: a eliminação das causas das doenças profissionais, redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos, prevenção de agravamento de doenças e de lesões, manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente do trabalho. Para Baptista (1998), esses objetivos poderão ser obtidos pela educação dos operários, chefes, capatazes, gerentes, indicando os perigos existentes e ensinando como evitá-los, mantendo constante estado de alerta contra riscos existentes na fábrica, pelos estudos e observações dos novos processos ou materiais a serem utilizados. A higiene do trabalho envolve também estudo e controle das condições de trabalho, que são as variáveis da situação que influenciam poderosamente o comportamento humano. 2.1 Fatores que afetam a higiene e a segurança no trabalho Em geral, a atividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de condições de trabalho desfavoráveis em resultado das especificidades próprias de alguns processos ou operações, no que refere ao seu tratamento quanto à higiene e segurança costuma ser cuidado com atenção. A lei é minuciosa quando se trata da higienização do ambiente do trabalho. Conforme Pancheri (1950), a iluminação deve ser adequada, seja natural ou artificial, atingindo ao menos, os níveis mínimos fixados pelo Departamento de Segurança e Higiene no Trabalho. O sol não deve incidir diretamente nos locais de trabalho, e em empresas (ex: construção civil) as obras em escavações devem ser bem iluminadas e ventiladas obrigatoriamente seja naturalmente ou artificialmente. Para que a higienização e segurança aconteçam, é necessário tomar algumas medidas, como utilizar ferramentas que neutralizem ou eliminem nos locais de trabalho, as poeiras, gases inflamáveis, explosivos ou prejudiciais à saúde, bem como ruídos, vibrações ou trepidações incômodos ou prejudiciais a saúde. Conforme Muchinsky (2004), esses locais devem ser mantidos em local de higiene compatível com o gênero de atividade a que se destinam, mediante serviço de limpeza, sempre que possível, com um mínimo de levantamento de poeiras. Nos trabalhos a céu aberto, serão exigidas precauções especiais que protejam os empregados contra insolação, calor, frio, assegurando aos mesmos, suprimento de água potável. Caso os empregados tiverem de permanecer nos locais de trabalho, receberão alojamento higiênico. 2.2 Significado e importância da prevenção A prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as possibilidades de ocorrerem problemas de segurança com o trabalhador. De acordo com o manual “Formação Pequenas e Médias Empresas” (2003), a prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, na previsão de que a segurança física do operador possa ser colocada em risco durante a realização de seu trabalho. Nestes termos, pode-se acrescentar que


as medidas a tomar no domínio da higiene industrial não diferem das usadas na prevenção dos acidentes do trabalho. Conforme Muchinsky (2004), como princípio de prevenção na área de Higiene e Segurança industrial, serão apresentados os seguintes pontos:  Tal como se verifica no domínio da segurança, a prevenção mais eficaz em matéria de higiene industrial exerce-se, também, no momento da concepção do edifício, das instalações e dos processos de trabalho, pois todo melhoramento ou alteração posterior já não terá a eficácia desejada para proteger a saúde dos trabalhadores e será certamente muito mais dispendiosa;  As operações perigosas e as substâncias nocivas, susceptíveis de contaminar a atmosfera do local de trabalho devem ser substituídas por operações e substancias inofensivas ou menos nocivas;  Quando se torna impossível instalar um equipamento de segurança coletivo, é necessário recorrer à medidas complementares de organização do trabalho, que, em certos casos, pode comportas a redução dos tempos de exposição ao risco;  Quando as medidas técnicas coletivas e as medidas administrativas não são suficientes para reduzir a exposição a um nível aceitável, deverá fornecer-se aos trabalhadores um equipamento de proteção individual (EPI) apropriado;  Salvo casos excepcionais ou específicos de trabalho, não deve considera-se o equipamento de proteção individual como o método de segurança fundamental, não só por razões fisiológicas, mas também por princípio, porque o trabalhador pode, por diversas razões, deixar de utilizar o seu equipamento. Para Chiavenato (2010), os principais aspectos a levar em conta num diagnóstico das condições de segurança (ou de risco) de um Posto de Trabalho, podem ser avaliados pelas seguintes questões: local de trabalho, movimentação de cargas, posições de trabalho, condições psicológicas do trabalho, máquina, ruídos e vibrações, iluminação, riscos químicos, riscos biológicos e pessoal de socorro. Desse modo, para que isso aconteça, é necessário tanto por parte das organizações, como dos funcionários estarem comprometidos com a mentalidade de realmente ter todo um cuidado para reduzir os riscos de trabalho, buscando ter uma segurança maior no seu local de trabalho. 3 Segurança do trabalho Na concepção de Chiavenato (2006), Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas. É cada vez maior o número de empresas que criam seus próprios serviços de segurança. Dependendo do esquema de organização, os serviços de segurança têm a finalidade de estabelecer normas e procedimentos, pondo em prática os recursos possíveis para conseguir a prevenção de acidentes.


A segurança do trabalho divide-se em três áreas principais de atividade, a saber: prevenção de acidentes, prevenção de roubos e prevenção de incêndios. A segurança de prevenção de acidentes busca minimizar os acidentes decorrentes do trabalho, que provocam, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que determine a morte, a perda total ou parcial permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Na prevenção de roubos (vigilância) cada organização tem seu serviço de vigilância com características próprias, não se podendo aplicar em uma, o que é feito em outra. Um plano de prevenção de roubos geralmente inclui controle de entrada e saída de pessoal, controle de entrada e saída de veículos, estacionamento fora da área da fábrica, ronda pelos terrenos da fábrica e pelo seu interior, registro de máquinas e controles contábeis. Na prevenção e no combate a incêndios principalmente quando há mercadorias, equipamentos e instalações a proteger, exigem um planejamento mais cuidadoso. Em tal prevenção é preciso não apenas um conjunto de extintores adequado, sistema de detecção e alarme, como também ou treinamento do pessoal. 4 Condições ambientais de trabalho. Acredita-se, que a investigação em torno das condições de trabalho parte da análise de um conjunto de conhecimentos amparados pela ciência indispensável para o indivíduo. Conforme Rodrigues (1999), esses conhecimentos estão relacionados à escolha do desenho do trabalho no sentido de propiciar um ambiente satisfatório e fornecer ferramentas, instrumentos e equipamentos que possam ser utilizados com segurança, conforto e eficácia pelo indivíduo. Desse modo, os estudos da lei de trabalho devem significar o objeto principal daquilo que ele indica, ou seja, o indivíduo em suas situações de trabalho e suas relações com o conhecimento científico e a realidade social. Assim, de acordo com Rodrigues (1999) para que isso aconteça far-se-á necessário que o indivíduo no seu ambiente de trabalho, ao realizar suas tarefas, possa utilizar suas funções mentais e físicas de forma saudável no seu ambiente de trabalho. Para Santos e Fialho (1995), durante o trabalho, qualquer que seja a organização, todo o corpo do trabalhador é submetido à condicionantes. Segundo as atividades que o homem desenvolve e as condições ambientais e organizacionais, dentro das quais ele se encontra, seus diferentes sistemas, aparelhos e órgãos do corpo, são solicitados e funcionam diferentemente. Desse modo, é importante salientar que o indivíduo deve se manter alerta e respeitar o princípio de plenitude do organismo nas mais variadas atividades que venha a desempenhar. Segundo Fernandes (1995), as condições ambientais de trabalho são as circunstâncias físicas que envolvem o empregado, enquanto ele desempenha um cargo, influenciam profundamente o trabalho das pessoas. As condições dividem-se em três: condições ambientais de trabalho que envolve aspectos como a iluminação, temperatura, ruído etc, condições de tempo (duração da jornada de trabalho, horas extras, períodos de descanso etc.) e condições sociais (organização informal, status etc.).


Contudo, conforme Tiffin (1975), os três itens mais importantes das condições ambientais de trabalho são: iluminação (a quantidade de luminosidade que incide no local de trabalho do empregado, isto é, a quantidade de luz no ponto focal do trabalho), ruído (som ou barulho indesejável, vibrações) e condições atmosféricas (temperatura, umidade etc.). Assim, para que haja um melhor entendimento das condições ambientais de trabalho, serão conceituados alguns dessas condições: Iluminação – a iluminação no ambiente de trabalho foi motivo de investigação por parte dos estudiosos desde o início do século 20. Porém, apesar do grande número de pesquisas e trabalhos publicados relacionados ao assunto, de uma maneira geral, poucas mudanças tem acontecido nas organizações em termos de cuidados com a iluminação dos seus ambientes físicos. Vibrações – a vibração é todo e qualquer movimento executado pelo corpo em torno de um ponto fixo, podendo afetar o corpo inteiro ou uma pequena parte, como por exemplo, as mãos e os braços, isso ocorre quando utiliza ferramentas elétricas, como as britadeiras ou furadeiras. Desse modo, o instrumento utilizado para medir as vibrações é o coletor de dados de vibrações que dispõe de um sistema de tradução de vibrações mecânicas em sinais elétricos conhecido como acelerômetro. Fazer uma análise de vibrações é de fundamental importância para as diversas áreas de trabalho e pode também auxiliar em projetos ou manutenção preventiva de máquinas, construção de obras civis, forjaria, entre outros ambientes de trabalho. Até o presente momento, as experiências mais frequentes são feitas em máquinas utilizadas em construção civil, tais como: caminhões, tratores e carros pesados. Ruídos – os ruídos são vibrações que podem atrapalhar quando elevados. Com o tempo a perturbação atrapalha a audição, diminuindo o poder de concentração, causando incômodo e irritação. Assim, uma forma de diminuir o ruído intermitente é utilizar um “bip” intencional de uma máquina, ao final de cada ciclo de operação, podendo ser muito útil ao operador, porque é um aviso para ele iniciar um novo ciclo. Temperatura – o clima atmosférico de trabalho deve satisfazer diversas condições para ser considerado confortável. Quatro fatores contribuem para isso: temperatura do ar, temperatura do radiante, velocidade do ar e umidade relativa. Para que o clima seja considerado agradável, depende-se também do tipo de atividade física e do vestuário do trabalhador. Dependendo do tipo de atividade desempenhada pelos indivíduos, faz-se necessário o ajuste de temperatura para o ambiente e o uso de roupas adequadas. Desse modo, para que não hajam conflitos organizacionais no que se refere ao individual e coletivo, é necessário respeitar números e ritmos de produtividade num determinado tempo através de normas e procedimentos, dos atores sociais que fazem parte da operacionalização dos processos de trabalho. 5 Acidentes do trabalho e doenças profissionais Consagrada a expressão “acidentes do trabalho”, inclusive na legislação brasileira recente, não há como evitá-la. No entanto, a terminologia genérica, melhor, seria “infortúnios do trabalho”, a maneira do direito italiano, que abrange, a um só tempo, os acidentes


propriamente ditos e as doenças profissionais. Ambos originam-se do trabalho subordinado, e só se distinguem na etiologia: Súbitos e violentos, os primeiros; insidiosas, e lentas as segundas. Conforme Dul e Weerdmeester (1995), entende-se por acidente do trabalho toda lesão corporal ou perturbação funcional que, por motivo do trabalho subordinado, resulta de evento casual, nocivo à capacidade laborativa do empregado. Com esse conceito ficam abandonadas as teorias simplistas e unilaterais que colocam a noção de acidente ou na causa externa, súbita e violenta, ou no seu efeito nocivo sobre o organismo humano. Ambas as concepções são insuficientes, não devendo ser separado o evento material, do seu efeito prejudicial na pessoa do trabalhador, como este (a lesão) não pode ser separado da sua causa. Decorre da própria definição que o acidente se origina de um fato externo casual (casualidade), não provocado dolosamente; que surpreende o trabalhador por motivo do trabalho subordinado, no efetivo exercício, na sua ocasião ou em decorrência direta da sua possível prestação de serviço. Na nocividade reside a sua terceira nota característica, podendo determinar a morte ou a incapacidade para o trabalho, total ou parcial, permanente ou temporária. Na concepção de Baptista (1998), os fatores de acidentes classificam-se em: agente (objeto ou substância diretamente relacionada com o acidente), parte do agente (aquela parte específica e diretamente exposta ao acidente que, pode ser protegida ou evitada), condição mecânica física insegura (onde se situa o agente, pode ser corrigida ou evitada), classe de acidentes (a maneira como se estabelece o contato entre o acidentado e o objeto ou substância, do qual resulta o acidente), ato inseguro (a violação de um procedimento normalmente aceito como seguro que provoca certo tipo de acidente) e fator humano inseguro (característica mental e física que permite ou provoca determinado ato inseguro). 5.1 O efeito dos acidentes do trabalho Há muito tempo, que especialistas se dedicam ao estudo dos acidentes e de suas causas e um dos fatos já comprovados é que, quando um acidente acontece, vários fatores entram em ação anteriormente por forma a permitir o acidente. Um acidente laboral pode muitas vezes deve ser comparado com o que acontece quando enfileiramos pedras de um dominó e depois damos um empurrãozinho numa delas. Em resultado, as pedras acabam por se derrubarem umas as outras, até que a última pedra caia por terra (Dul e Weerdmeester (1995). Pode-se imaginar que algo semelhante acontece quando um acidente ocorre, considerando que se podem conjugar cinco fatores que se complementam da seguinte forma: ambiente social, causa pessoal, causa mecânica, acidente e lesão. O ambiente social do trabalhador relaciona-se com dois fatores principais, a saber: hereditariedade e influência social. As características físicas e psicológicas do indivíduo são determinadas pela hereditariedade transmitida pelos pais. Por outro lado o comportamento de cada um é muitas vezes influenciado pelo ambiente social em que cada um vive.


A causa pessoal está relacionada com o conjunto de conhecimentos e habilidades que cada um possui para desempenhar uma tarefa num dado momento. A probabilidade de envolvimento em acidentes aumenta quando as condições psicológicas não são as melhores (depressão), ou quando não existem preparação e treino suficiente. A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de trabalho. Quando o equipamento não apresenta proteção para o trabalhador, quando a iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do equipamento, os riscos de acidente aumentam consideravelmente. Quando um ou mais dos fatores anteriores se manifestam, ocorre o acidente que pode provocar ou não lesão no trabalhador. 5.2 Administração de riscos Segundo Chiavenato (1994), a administração de riscos envolve identificação, análise e gerenciamento das condições potenciais de infortúnios. O risco é uma ocorrência imprevisível, mas provável, (...) a administração de riscos requer um esquema de apólices de seguro contra fogo e lucros cessantes, como meio complementar de assegurar o patrimônio e o andamento da empresa. Os acidentes são evitados com a aplicação de medidas especificas de segurança, selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na prevenção da segurança. As prioridades são: eliminação de riscos, neutralização dos riscos e sinalização dos riscos. A eliminação dos riscos significa torná-lo definitivamente inexistente. (Exemplo: Uma escada com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado com um piso antiderrapante). Neutralização dos riscos, o risco existente, mas está controlado. Esta opção é utilizada na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. (Exemplo: As partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens, correias e etc, devem ser neutralizadas com anteparos de proteção, uma vez que essas peças das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas). Sinalização do risco é a medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou isolar o risco. (Exemplo: Máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser devidamente sinalizados). 5.2.1 Segurança de máquinas Muitos processos produtivos dependem da utilização de máquinas, pelo que é importante a existência e o cumprimento dos requisitos de segurança em máquinas industriais ou a sua implementação no terreno de modo a garantir a maior segurança aos operadores. Pancheri (1950) diz que os requisitos de segurança de uma máquina podem ser identificados, nomeadamente no que diz respeito ao seu acionamento a partir de comandos: Devem estar visíveis e acessíveis a partir do posto de trabalho normal, devem estar devidamente identificados em português ou então por símbolos, o comando de arranque: a


máquina só entra em funcionamento quando se aciona este comando, não devendo arrancar sozinha quando volta a corrente, o comando de paragem: deve sempre se sobrepor ao comando de arranque e Stop de emergência: corta a energia, pode ter um aspecto de barra, botão ou cabo. 5.2.2 Dispositivos de proteção Protetores fixos são estruturas fixas aparafusadas à estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos de transmissão. O acesso só para ações de manutenção. Protetores móveis, neste caso as guardas são fixadas a estrutura por dobradiças ou calhas o que os torna amovíveis. A abertura da proteção deve levar a paragem automática do “movimento perigoso”, (pode-se recorrer a um sistema de encravamento elétrico). Comandos Bi-manual, para uma determinada operação, em vez de uma só betoneira existem duas que devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a que o trabalhador mantenha as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (guilhotinas, prensas). Barreiras óticas, dispositivo constituído por duas “colunas”, uma emissora e a outra receptora, entre elas existe uma “cortina” de raios infravermelhos. Quando alguém ou algum objeto atravessa esta “cortina” surge uma interrupção de sinal o que leva à paragem de movimentos mecânicos perigosos. Distância de segurança é a distância necessária que impeça que os membros superiores alcancem zonas perigosas do equipamento. Também existem os equipamentos de proteção individual, os chamados EPI que são quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de equipamentos só deverá ser contemplado quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade. 6 Qualidade de vida no trabalho Segundo Rodrigues (1999), a qualidade de vida sempre foi objeto de preocupação da raça humana. Daí, surge à expressão saúde ocupacional, que se dá por um conjunto de questões que afetam o bem-estar mental, emocional e físico dos funcionários em seu trabalho. A sensação de bem-estar proveniente do trabalho precisa primeiro ser compreendida em termos determinantes ambientais gerais da saúde mental, conforme Warr (1987). Padrões sociais contribuem para o significado de saúde mental, bem como para os padrões propostos pela profissão médica referente à enfermidade mental. A descrição de Warr (1987), da saúde mental representa uma avaliação abrangente das principais dimensões do bem-estar psicológico. Competência, autonomia e aspiração refletem aspectos do comportamento de uma pessoa em relação ao ambiente e muitas vezes


determinam o seu bem-estar afetivo. Uma das maiores ameaças à nossa saúde mental, diz respeito ao estresse. Pelletier (1977), relatou que fatores de estresse e psicossociais desempenham um papel muito mais importante em desordens crônicas do que em doenças agudas e infecciosas. Como conseqüência, tanto funcionários quanto organizações estão se tornando cada vez mais conscientes dos efeitos negativos do estresse relacionado ao trabalho. Selye (1982) procurou distinguir o “bom estresse” do “mau estresse”. O foco nesse artigo, será o “mau estresse”, que será procurado compreender seu efeito negativo sobre os indivíduos. O termo estressor designa estímulos que são gerados no trabalho e têm consequências físicas ou psicológicas negativas para um grande número de pessoas expostas a ele. O estresse se manifesta de várias formas. Parker e Sprigg (1999, p.925) afirmaram: “O paradoxo das organizações modernas é que as pessoas têm a oportunidade de crescimento pessoal, desenvolvimento de habilidades e relacionamento com as outras pessoas, mas elas também enfrentam a falta de segurança, ambiguidade, exigências competitivas e pressões de trabalho implacáveis”. Kahn e Byosiere (1992) reduziram os estressores a dois tipos principais. O primeiro, conteúdo da tarefa, inclui dimensões tais como simplicidade-complexidade e monotomia- variedade. O segundo, características sociais, refere-se aos aspectos sociais do trabalho e inclui relações supervisoras e conflito de papéis. As consequências do estresse costumam afetar o desempenho do indivíduo no trabalho e em outros papéis da vida. Também a saúde do indivíduo é influenciada, na medida em que ele é afetado pela exposição prolongada a estressores físicos e por respostas a estressores psicológicos recorrentes. Também é altamente plausível que estresses não relacionados ao trabalho possam afetar atitudes e comportamentos no trabalho. Frankenhaeuser (1988) mostrou que a característica elevação dos níveis de catecolamina à medida que os estresses do dia de trabalho vão se acumulando é acentuadamente reduzida ao final do dia de trabalho para os homens, mas, para as mulheres casadas e empregadas, a elevação persiste até que as responsabilidades domésticas estejam cumpridas. Além de certas características dos indivíduos, certas propriedades de situações podem moderar ou minimizar os efeitos de um estressor. Esse efeito reduz a tendência das características organizacionais de gerar estressores específicos, alterar as percepções e cognições evocadas por tais estressores, moderar as respostas que se seguem ao processo de avaliação ou reduzir as consequências nocivas à saúde de tais reações. Concluiu-se, por hipótese, que a principal variável a proporcionar esse efeito redutor é o apoio social que acaba por reduzir a relação entre vários estressores do trabalho e indicadores de saúde mental e física. 7 Procedimentos Metodológicos A pesquisa metodológica é o estudo que se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade, conforme Vergara (2006). É uma explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.


A metodologia usada no presente artigo foi uma pesquisa bibliográfica e de campo que para Manzo (1971), é modo que oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente, ou seja, é a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informações escritas, para coletar dados gerais ou específicos, no caso, a respeito do tema higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho na percepção dos funcionários de uma empresa no ramo de fast food. No que se refere ao universo da pesquisa, a mesma contou com a participação, por adesão voluntária e acessibilidade, de quatro funcionários que exercem a função de atendente na empresa pesquisada. Esse estudo é considerado como pesquisa empírica tendo como foco principal o estudo de caso. De acordo com Bruyne et al (1997), o estudo de caso é uma análise intensiva, empreendida em uma empresa real e reúne informações inumerosas e detalhadas quanto possível com vistas em aprender a totalidade da situação. No que se refere a pesquisa de campo, foram utilizados o questionário e a entrevista, respectivamente, onde Gil (1999) esclarece que este procedimento constitui um meio rápido e barato de observação das informações. Assim, a proposta metodológica para a execução desse artigo científico foi delineada com base na classificação de Vergara (2006), que qualifica dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. No que se refere aos fins, será utilizada a pesquisa exploratória e descritiva que é aquela onde se expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. E exploratória porque, visa esclarecer quais fatores contribuem de alguma forma para ocorrência de determinado fenômeno. Dessa forma, a pesquisa exploratória permite que o pesquisador possa obter uma maior familiaridade com o assunto em estudo, procurando definir os atributos e as dimensões mais importantes para a avaliação do setor, do ponto de vista de seus consumidores. Quanto à pesquisa descritiva esta tem como finalidade primordial, a descrição das características de determinada população ou fenômeno e o estabelecimento de relações entre as variáveis. Neste artigo se buscou a resolução de problemas melhorando as práticas por meio da observação, análise e descrições objetivas. As fontes de pesquisa utilizadas foram publicações impressas em forma de livros, enciclopédias, dissertações, apostilas e artigos da Internet. Como forma de embasar ainda mais os procedimentos metodológicos, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo baseado nas orientações de Flick (2004), que se utiliza de três procedimentos para lidar com o texto através da codificação axial, codificação aberta e codificação seletiva, nos discursos externalizados pelos sujeitos de pesquisa. 8 Apresentação e Discussão dos Resultados Em termos de resultados, inicialmente, para caracterizar o perfil dos sujeitos pesquisados, quanto ao gênero constatou-se que 75% dos pesquisados são femininos. Mostrando assim, que nesse tipo de cargo, ou seja, atendente de loja, as mulheres ainda são maioria. No que se refere a faixa etária de idade, a pesquisa mostrou que 100% dos entrevistados estão


na faixa de 19 a 21 anos. Quanto à escolaridade, 100% entrevistados possuem o nível médio completo. Quanto ao tempo de serviço, 50% dos entrevistados tem entre 1 ano a 1 ano e 8 meses e 50% tem entre 2 anos a 2 anos e 4 meses. Quandro 1 ilustra esse resultado. Indicador/Variável Máculino Gênero Feminino Total 19 a 21 anos Faixa Etária Total Nível Médio Escolaridade Total 1 ano a 1 ano e 8 meses Tempo de 2 anos a 2 anos e 4 meses Serviço Total

Percentual(%) 25 75 100 100 100 100 100 50 50 100

Quadro 1 – Perfil dos Sujeitos de Pesquisa Fonte: Pesquisa de Campo (2010)

No que se refere aos resultados das entrevistas tratados a partir da técnica de análise de conteúdo a seguir serão mostradas as categorias que emergiram no estudo. Com o intuito de facilitar o entendimento desses resultados, foram elaborados quadros, onde se procurou agrupar os núcleos de sentido em forma de categorias e ocorrência. Desse modo, o número de ocorrência não tem relação com o total da amostra de pesquisa. Desse modo, quando argüidos sobre as condições físicas de trabalho na empresa se é confortável no desenvolvimento das tarefas, os sujeitos apontaram as seguintes categorias: corredor estreito e acesso de entrada do ambiente do restaurante para a cozinha estreito. Núcleo de Sentido

Categoria

Ocorrências (unidades de análise)

Fazer uma reforma no Corredor estreito Condições físicas de prédio trabalho na empresa com Acesso de entrada Mudar layout da relação ao conforto no do ambiente do empresa desenvolvimento das restaurante para a Fazer uma reforma na tarefas cozina parede

Número de ocorrências 3 1 2

Quadro 2 – Condições físicas de trabalho com relação ao conforto no desenvolvimento das tarefas Fonte: Pesquisa de campo (2010)


Por intermédio dos resultados percebeu-se que a situação exposta sobre as condições físicas de trabalho com relação ao desenvolvimento das tarefas, o “o corredor é estreito” e o “acesso de entrada do ambiente do ambiente do restaurante para a cozinha” necessitam de uma reforma para o melhor desenvolvimento dos trabalhos. Acredita-se, que essa preocupação por parte dos entrevistados tem a ver com a rapidez e um melhor atendimento aos clientes. Dentro da visão externalizada pelo sujeitos de pesquisa, o clima de relação entre gerenteempregado, foram apontados os seguintes discursos: “....a relação é sempre em clima de muita harmonia...há um senso de equipe muito bom...”. “....me dou muito bem com a minha gerente...ela é muito amiga....”. Dentro da visão expostas pelos entrevistados, a empresa pesquisada paga salários competitivos em relação as suas concorrentes, bem como, procura motivá-los para torná-los comprometidos com a organização. Com relação aos maquinários utilizados pelos entrevistados, foram apontados os seguintes discursos: “....as máquinas aqui não são tão modernas, no entanto, como há uma preocupação por parte da empresa em mantê-las bem cuidadas, elas estão sempre passando por revisão...”. “....na minha opinião, acredito que deveria mudar apenas a máquina de fatiar o tomate...se não tivermos cuidado, podemos sofrer algum tipo de acidente....”. Desse modo, os discursos acima mostram que há uma grande preocupação em manter os maquinários sempre bem cuidados, para que não haja gasto desnecessários na compra de novas máquinas, uma vez, que estas continuam funcionando bem. No que se refere se a iluminação da empresa pesquisada é adequada aos trabalhos desenvolvidos pelos sujeitos de pesquisa, foram apontados os seguintes discursos: “....sim. Até porque, foi feito todo um estudo nesse sentido....”. “....sim. Porque, se não tivesse uma iluminação adequada, aqui na cozinha poderia ter muito acidente de trabalho....”. Quanto à visão exposta pelos entrevistados quanto a acidente de trabalho na empresa pesquisada, foram obtidos os seguintes discursos: “....desde que estou aqui, nunca vi nenhum acidente de trabalho....”. “....tinha apenas uma máquina que era o fatiador de tomate que de vez em quando acontecia pequenos acidentes, hoje a máquina não está mais em funcionamento...”. Assim, conforme os discursos expostos acima a maioria dos equipamentos utilizados pelos sujeitos pesquisados, não oferece grandes riscos aos seus funcionários. Quando argüidos com relação a um programa com prevenção de incêndios e explosões, foram apontados os seguintes discursos:


“....que eu saiba não...temos equipamentos contra incêndios, mas, nunca foi necessário usar...”. “....fazemos treinamento, porém nunca foi preciso colocar em prática...” Assim, os resultados apontados pelos entrevistados demonstram que os mesmos tem bastante clareza no que se refere aos assuntos apontados nesse estudo. 9 Considerações Finais Foi necessário muito tempo para que se reconhecesse até que ponto as condições de trabalho e a produtividade se encontram ligadas. Numa primeira fase, houve a percepção da incidência econômica dos acidentes de trabalho onde só eram considerados inicialmente as assistências médicas e indenizações e só mais tarde se consideraram as doenças profissionais. Acredita-se, que a idéia principal dos programas de Qualidade de Vida no trabalho é identificar os fatores que interferem na saúde dos indivíduos em seus locais de trabalho e, dentro do possível, torná-los mais favoráveis à percepção dos trabalhadores.. Fica assim exposto que as condições de trabalho (QVT) e as regras de segurança e higiene, constituem um fator da maior importância para a melhoria de desempenho das empresas, através do aumento da sua produtividade obtida em condições de menor absenteísmo. Desse modo, para que as organizações atinjam os seus objetivos, deverão cada vez mais se preocupar com a implantação de projetos e técnicas que visem a qualidade de vida e um ambiente harmônico e saudável para o trabalhador, buscando-se assim, a satisfação de ambos. Assim, esse estudo partiu-se de um referencial teórico sobre o tema tratado que serviu de base para a elaboração do instrumento de coleta de dados (questionário) e o embasamento necessário para a pesquisa de campo que contou com a adesão voluntária dos entrevistados. Com base nos resultados da pesquisa, constatou-se que a grande maioria dos sujeitos de pesquisa vêem suas condições de trabalho de forma satisfatória, uma vez, que a empresa pesquisada busca oferecer uma qualidade de vida aceitável por seus funcionários, reconhecendo-se que uma empresa desempenha não só uma função técnica e econômica, mas também um importante papel social. REFERÊNCIAS BAPTISTA, Hilton. Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Aprendizagem industrial, Departamento nacional, divisão de ensino e treinamento. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. ________. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro:Campus, 2006. ________. Recursos Humanos. Editora Atlas, São Paulo, 1997. FERNANDES, Eda C. Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar. 2.ed. Salvador: Casa da Qualidade Edit. Ltda., 1996. GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: UNESP,1993.


HOUAISS, Antônio. Enciclopédia Mirador Internacional. Editora: Encyclopedia Britannica do Brasil; São Paulo, 1986. LACAZ, Francisco Antônio de Castro. Qualidade de vida no trabalho e saúde/doença. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232000000100013&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 11 agosto 2010. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. Editora: Atlas. São Paulo, 1991. MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes: estrutura em cinco configurações. São Paulo: Ed. Atlas, 2003. OLIVEIRA, Cláudio A. Dias de Oliveira. Procedimentos Técnicos em Segurança, Saúde e Trabalho. São Paulo: LTR, 2002. OLIVEIRA, W. de. Higiene e segurança do trabalho. São Paulo, 1952. In: RAMOS, Guerreiro Alberto. A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Rio de Janeiro: FGV, 1980. RODRIGUES, Lucinaldo dos Santos. O engajamento organizacional dos indivíduos na perspectiva da gestão estratégica do conhecimento. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina, 1999. RODRIGUES, Marcus V. C. Qualidade de vida no trabalho: Evolução e análise do nível gerencial. Petrópolis: Editora Vozes, 1999. WÜNSCH, Filho V. Reestruturação produtiva e acidentes de trabalho no Brasil. São Paulo: Atlas, 1998. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. Editora Atlas. São Paulo, 2006. SANTOS, Neri; FIALHO, Francisco A. P. Manual de análise ergonômica no trabalho. Curitiba: Gênesis, 1995. DUL, J; WEERDMEESTER, B. Ergonomia Prática. São Paulo: Pioneira, 1995. MUCHINSKY, P. M. Psicologia Organizacional. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. FLICK, U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman, 2004. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999. BRUYNE, P; et al. Dinâmica da pesquisa em ciências sociais: os pólos da prática metodológica. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.


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