Jornal Setembro 2011

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CearĂĄ em BrasĂ­lia Jornal da Casa do CearĂĄ

www.casadoCearĂĄ.org.br

JosĂŠ Sampaio de Lacerda Junior

Evandro Pedro Pinto

Francisco Machado da Silva SaĂşde

Fernando Gurgel Educação e Cultura

Maria Aurea Magalhães Promoção Social

Leia nesta edição Editorial, påg. 2 Espaço Luciano Barreira, påg.2 Expediente,påg.2 Conversando com o Leitor, påg. 2 Samburå, Praça do Ferreira, påg. 3 Pesquisa da Câmara mostra que 95% da população aprova a Lei Maria da Penha, påg.4 Anúncio de JosÊ Lírio de Aguiar, påg.4 Unilab de Redenção estarå consolidada em cinco anos, påg. 5 Governador Cid Gomes autoriza realização de concursos públicos, påg 5 O último choro do mestre Alencar Sete Cordas, påg. 5 Anúncio da Marquise, påg.5 Leituras I - Chagas,o bom companheiro, de Lustosa da Costa, pag.6 A cara de cearense e as outras caras em Os Cearenses Internacionais, påg. 6 Leituras II - Cearå Moleque, de Nelson Faheina, påg. 6 Leituras III - Pega Pinto: uma bebida que refrescava os fortalezenses, de Wilson Ibiapina, påg. 7 Cearå realiza 885 transplantes este ano e jå supera o ano todo de 2010, påg. 7 Anúncio do Uniceub, pag 7 Documento - Artista Plåstico George Macårio inaugura Galeria de Arte de padrão Internacional no Crato, pag. 8 Cearense vai desenvolver os robôs espaciais da Nasa, påg.8 Leituras IV - Use a cabeça, voa pela Real- Aerovias, de JosÊ Colombo de Souza Filho, påg. 9 &DL[D Mi OLEHURX 5 PLOK}HV HP ¿QDQFLDPHQWR LPRELOLiULR QR &HDUi SiJ PIB do Cearå cresce 4,42% no 2º trimestre e supera o nacional,. påg 9 Cearå Ê o segundo Estado que mais realiza transplante de coração,. påg 9 Anúncio do Governo do Estado do Cearå, påg. 10 e 11 Leituras V - O Menino do Choró, Retalhos de Lembranças, A Casa de Farinha, de JosÊ Wilson Pereira , påg. 12 BNB injetou R$ 1,6 bilhão na economia cearense no 1º semestre , pag. 12 Cearå bate recorde de exportaçþes com U$ 3,4 bilhþes, påg. 12 Leituras VI - Quem matou o sargento Galego ? artigo de Newton Pedrosa, påg. 12 Leituras VII - Como o Cearå libertou seus 30 mil escravos, de JB Serra e Gurgel påg.13 Leituras VIII, Humor Negro & Branco Humor, påg. 13 Anúncio da Confere, da Confederal, pag. 14 Anúncio da Nacional Gås, pag. 16 Deputado critica discriminação, påg.17 Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, påg.17 Pågina da Mulher - Artigo de Regina Stella, Um mercenårio a caminho - Receitas Nordestinas testadas e aprovadas, de Raimunda Cearå Serra Azul - Ritmo de aumento da obesidade infantil no Brasil preocupa mÊdicos, påg. 18 Mucuripe terå novo terminal de passageiros e carga, påg. 20 Regiþes litorâneas e sertão recebem melhorias rodoviårias , påg. 20 &LG *RPHV LQDXJXUD (VFROD GH (GXFDomR 3UR¿VVLRQDO HP &DPRFLP SiJ Anúncio do Beach Park, pag. 20

Osmar Alves de Melo Presidente

9912205638/DR/BSB Casa do CearĂĄ em BrasĂ­lia

Ano XXII - 231 - Setembro de 2011

Casa do CearĂĄ tem nova Diretoria e Conselho Fiscal para o perĂ­odo 2011/2015.

Fernando CĂŠsar Mesquita 1Âş Vice

Impresso Especial CORREIOS

DEVOLUĂ‡ĂƒO GARANTIDA

CORREIOS

Leia mais na pĂĄg. 17

Luiz Gonzaga de Assis Planejamento e Orçamento

JoĂŁo Rodrigues Neto

JB Serra e Gurgel Comunicação Social

Angela Barbosa Parente Obras

JurĂ­dico

Sereia de Ouro entregue a Fernando Cesar Mesquita, Valmir Campelo, Everardo Teles e Luiz Hermano. Leia mais na pĂĄg. 19

Homenagem de Geraldo Vasconcelos e sra. ao Ministro e sra. Ubiratan Aguiar, que se aposentou no TCU . Leia mais na pĂĄg. 16

A posse de Edmilson Caminha (Fortaleza) na Academia de Letras do Brasil. O escritor Edmilson Caminha (Fortaleza) tomou posse em 23.09 na cadeira 26 (cujo patrono Ê Carlos Drummond de Andrade) da Academia de Letras do Brasil. A solenidade ocorreu na sede da Associação Nacional de Escritores (ANE), conduzida pelo Ministro Fontes de Alencar, Presidente da ALB. A saudação foi proferida pelo acadêmico Fabio de Sousa Coutinho. Na última foto, veem-se, da esquerda para a direita, os acadêmicos Danilo Gomes, Alaor Barbosa, Anderson Braga Horta, Afonso Ligório, Fontes de Alencar, Kori Bolívia, João Carlos Taveira, Fabio de Sousa Coutinho, Edmílson Caminha, JosÊ Jeronymo Rivera e Flåvio Kothe.

Bruno Pedrosa, uma referência do Cearå, do Riacho do Machado (Lavras da Mangabeira),virou o mundo pelo avesso, saiu do Cearå, mas o Cearå não saiu dele. Exposição sobre sua obra serå inaugurada dia 20.10 na Unifor, em Fortaleza. Leia mais na påg. 15


Espaço Luciano Barreira Despedida do TREMA

Edi t o r i a l

A Administração de Brasília esta aprovando o Projeto Fausto Nilo. Hå quatro anos, quando o Fernando CÊsar Mesquita tomou posse na presidência da Casa ele deu partida conseguindo apoio do Governador Cid Gomes, presidente de honra da Casa para que pudÊssemos elaborar o projeto. Acreditamos que outros quatro anos serão necessårios para implementação do Projeto. Os seis mil metros quadrados de årea construída nos 30 mil metros atuais da Casa serão substituídos por 12 mil metros numa das duas glebas de 15 mil metros. /HYDPRV DQRV SDUD ID]HU DV HGL¿ FDo}HV TXH QRV mantiveram presentes no cotidiano de Brasília. Na verdade a duras penas, com o sacrifício pessoal de Chrisantho Moreira da Rocha, à lvaro Lins, Mary Pessoa, JosÊ Jezer e Fernando CÊsar Mesquita. 7RGRV HQIUHQWDUDP GXURV GHVD¿ RV SDUD PDQWHU D Casa funcionando, matando um leão por dia. As unidades existentes estão exauridas, acanhadas, degradadas pelo tempo. Se distanciaram dos cearenses e dos brasilienses. A nova Casa marcarå a refundação para mais 50 anos. Nos inserirå no projeto turístico, urbanístico e paisagístico de Brasília, com uma arquitetura que Ê marco da criatividade, da ousadia e da capacidade dos cearenses. Não custa esperar. Com a nova Casa, nascerå um novo modelo de gestão com uso administraWLYR HFRQ{PLFR H ¿ QDQFHLUR GDV QRYDV LQVWDODo}HV SDUD que não se precise de rodar o pires para obter recursos. &RQWLQXDUHPRV GLVWDQFLDGRV GDV IRQWHV GH ¿ QDQFLD mento da União, do Cearå e do Distrito Federal. Estamos dispostos a disputar o mercado com serviços FRP RV TXDLV QRV LGHQWL¿ FDPRV DWHQGLPHQWR DR LGRVR assistência social aos mais necessitados, cearenses ou não, DVVLVWrQFLD D VD~GH HGXFDomR SUR¿ VVLRQDOL]DQWH SDUD HP SUHJR H UHQGD H ¿ QDOPHQWH QRVVR SDWULP{QLR FXOWXUDO WHUi espaços adequados. Nossas instalaçþes estarão abertas para eventos grandes, mÊdios e pequenos, convençþes, congressos, batizados, casamentos, bodas. A nova Casa do Cearå, por outro lado, pretende operar, em convênios, com outras instituiçþes, levando nossos serviço as populaçþes das cidades satÊlites. Inacio de Almeira (BaturitÊ),jornalista, diretor

Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Ă lvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Fernando CĂŠsar Moreira Mesquita (Fortaleza): Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), 1Âş vice; Nasion de Melo Ferreira (Fortaleza), 2Âş vice; Osmar Alves de Melo (IguatĂş), Administração e Finança; JosĂŠ Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), Planejamento e Orçamento; Regina Stela Stuart Quintas (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), SaĂşde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria Ă urea Assunção MagalhĂŁes (Fortaleza), Promoção Social, e JoĂŁo Rodrigues Neto (IndependĂŞncia), JurĂ­dico. Conselho Fiscal Membros efetivos: JosĂŠ Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) e JosĂŠ Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Ciro Barreira Furtado (BaturitĂŠ), JosĂŠ Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e JosĂŠ Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do CearĂĄ Fundador e Editor EmĂŠrito - Luciano Barreira (QuixadĂĄ) Conselho Editorial Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras), Geraldo Vasconcelos (TianguĂĄ), GervĂĄsio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), JosĂŠ JĂŠzer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), NarcĂŠlio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda CearĂĄ Serra Azul (Uruburetama), Roberto AurĂŠlio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inacio de Almeida (BaturitĂŠ) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) Gurgel@cruiser.com.br / wilsonibiapina@globo.com Editoração EletrĂ´nica Casa do CearĂĄ Distribuição Antonia LĂşcia GuimarĂŁes Circulação O jornal nĂŁo se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - BrasĂ­lia – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | BrasĂ­lia-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 casadoCearĂĄ@casadoCearĂĄ.org.br / www.casadoCearĂĄ.org.br

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Estou indo embora. NĂŁo hĂĄ mais lugar para mim. Eu sou o trema. VocĂŞ pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na AnhangĂźera, nos aqßíferos, nas lingĂźiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqĂźentas anos. Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma RUWRJUiÂż FD H HX VLPSOHVPHQWH W{ IRUD )XL H[SXOVR SUD VHPSUH GR dicionĂĄrio. Seus ingratos! Isso ĂŠ uma delinqßência de lingĂźistas grandiloqĂźentes!... O resto dos pontos e o alfabeto nĂŁo me deram o menor apoio... $ OHWUD 8 VH GLVVH DOLYLDGD SRUTXH YRX Âż QDOPHQWH VDLU GH FLPD dela. O dois pontos disse que sou um preguiçoso que trabalha GHLWDGR HQTXDQWR HOH Âż FD HP Sp AtĂŠ o cedilha foi a favor da minha expulsĂŁo, aquele C cagĂŁo TXH Âż FD VH SDVVDQGR SRU 6 H QXQFD WHP FRUDJHP GH LQLFLDU XPD palavra. E tambĂŠm tem aquele obeso do O e o anorĂŠxico do , 'HVHVSHUDGR WHQWHL FKDPDU R SRQWR Âż QDO SUD WUDEDOKDUPRV juntos, fazendo um bico de reticĂŞncias, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussĂľes. SerĂĄ que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade ĂŠ que estou fora de moda. Quem estĂĄ na moda sĂŁo os estrangeiros, ĂŠ o K e o W, “Kkkâ€? pra cĂĄ, “wwwâ€? pra lĂĄ. AtĂŠ o jogo da velha, que ninguĂŠm nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliĂĄs, deveria se chamar TĂœITER. Chega de argĂźição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverĂĄ conseqßências! Chega de piadinhas dizendo que estou “tremendo de medoâ€?. Tudo bem, vou-me embora da lĂ­ngua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemĂŁo, lĂĄ eles adoram os tremas. E um dia vocĂŞs sentirĂŁo saudades. E nĂŁo vĂŁo agĂźentar!... NĂłs nos veremos nos livros antigos. Saio da lĂ­ngua para entrar na histĂłria. Adeus, Trema Tudo na vida ĂŠ uma questĂŁo de ponto de vista... O camarada vai trabalhar numa obra, como ajudante de pedreiro. Logo no primeiro dia, o mestre-de-obras chama-lhe a atenção: - Ă”, Vicente! Os outros serventes levam dez tijolos de cada vez! Por que vocĂŞ leva sĂł cinco? - Ah, o senhor sabe como tem gente folgada nesse mundo!... responde o trabalhador....- Eles tĂŞm preguiça de fazer duas viagens!!!

Essa quase ninguĂŠm acerta $t YDL XP GHVDÂż R SDUD TXHP TXLVHU WHVWDU VHXV FRQKHFLPHQWRV de lĂ­ngua Portuguesa. Trata-se de um teste realizado em um curso na American Airlines. Na frase abaixo deverĂĄ ser colocado 1 ponto e 2 vĂ­rgulas para que a frase tenha sentido PENSE antes de ver a UHVSRVWD TXH HVWi QR Âż QDO GD SiJLQD $Âż QDO DVVLP QmR VHULD XP WHVWH Essa jĂĄ ĂŠ difĂ­cil para brasileiro. Imagine para americano... “ MARIA TOMA BANHO PORQUE SUA MĂƒE DISSE ELA PEGUE A TOALHA.â€? Por favor, nĂŁo olhe a resposta antes de tentar acertar, porque assim nĂŁo vale a Resposta Certa: Maria toma banho porque sua. MĂŁe, disse ela, pegue a toalha. A ‘pegadinha’ estĂĄ no fato do uso do verbo suar, confundindo com o pronome possessivo (sua).. A LĂ­ngua Portuguesa ĂŠ fogo, mesmo. Telegrama de divĂłrcio. Uma mulher ĂŠ transferida para trabalhar em outra cidade. Depois de poucos dias, mandou um telegrama ao marido que dizia: “FAVOR, ENVIAR URGENTE DOCUMENTOS PARA O DIVĂ“RCIO. ENCONTREI UM COMPANHEIRO IDEAL, QUE POSSUI AS MESMAS CARACTERĂ?STICAS DO NOVO FORD FUSIONâ€? Curioso, o marido vai a uma concessionĂĄria e pergunta ao vendedor quais as caracterĂ­sticas do tal carro. â€œĂ‰ MAIS POTENTE, MAIS COMPRIDO, MAIS LARGO, MAIS RĂ PIDO NA SUBIDA, MAISBONITO E NĂƒO BEBE MUITO.â€? Duas semanas depois, ĂŠ ela que recebe um telegrama do marido dizendo: “MANDEI OS PAPÉIS DO DIVĂ“RCIO. ASSINE RĂ PIDO!!! ENCONTREI UMA COMPANHEIRA IDEAL. REĂšNE TODAS AS QUALIDADES DA NOVA RANGERâ€? Curiosa, a mulher vai Ă uma concessionĂĄria e pergunta sobre o tal carro. O vendedor responde: â€œĂ‰ MAIS RESISTENTE, SUPORTA MAIS PESO, TEM LUBRIFICAĂ‡ĂƒO AUTOMĂ TICA, A CARROCERIA É NOVA E MAIS ARREDONDADA, É MAIS BONITA E CONFORTĂ VEL, POSSUI AIR-BAG DUPLO EXTRA LARGE, MAIS SILENCIOSA, É MAIS ECONĂ”MICAE AINDA ACEITA ENGATE NA TRASEIRA.â€? ConclusĂŁo: NĂŁo mexa com quem tĂĄ quieto.

Conversando com o Leitor + Recebemos O Jornal da Associação Nacional dos Escritores, sediada em Brasília, com artigos de Danilo Gomes, João Carlos Taveira, Nonato Silva, Fernando Py, M, Paulo Nunes. Manoel Hygino dos Santos, Tereza Fleuri de Queiroz. Edmilson Caminha, Ruy Vale, JosÊ Peixoto Junior Anderson Braga Horta, Jarbas Maranhão, Ronaldo Cagiano, Fabio Lucas, Lina Tâmega Peixoto, Fabio de Sousa Coutinho e Marco-AurÊlio Pessoa.

+ Recebemos ofício do presidente do Tribunal de Contas dos Municípos, JosÊ Marcio Feitosa, congratulando-se pela indicação de Fernando CÊsar Mesquita para o TrofÊu Seria de Ouro 2011.

+ Chegamos a 112 mil visitas acumuladas em 12 meses na nossa pĂĄgina na internet: www.casadoceara. org.br

+ Haroldo Felinto nos manda Academus, órgão informativo da Academioa de Letras dos Municípios do Estado do Cearå, ALMECE, ediçþes de julho/agosto 201º, novembro/dezembro 2010 e julho de 2011. Na edição de julho, a posse do novo acadêmico Adegildo Ferrer. Hå um artigo de Haroldo Felinto sobre o Invento da Lamparina.

+ No mês de agosto, tivemos 4.776 visitantes de 13 países e de 83 cidades. + Entre os 13 países, estão Estados Unidos, Portugal, Espanha, Holanda, Romênia, França, Namíbia e Itålia. + Entre as 93 cidades, Brasília, Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Caucaia, Goiânia, Salvador e Curitiba. + As påginas mais visitadas foram as de cursos, assistência mÊdica e odontológica, Noticias, blogs. + O Sr. Donizete de Souza, de Lavras da Mangabeira, nos manda o Informativo O Grito das à guas, ediçþes de junho e julho/2001 com artigos seus e manifestaçþes de emancipação do distrito de Quitaús. Grato.

veja o site do projeto BrasĂ­lia 50 anos do CearĂĄ: www.brasilia50anosdeceara.com.br

+ Recebemos o Binóculo, edição de agosto de 2011, com artigos de Dimas Macedo, Antonio Robson Tavares Neves , Ernane Vitorino e Batista de Lima.

+ Concorrida a posse do escritor Edmilson Caminha, na Academia Nacional de Escritores, em BrasĂ­lia. o Sr. Donizete de Souza, de Lavras da Mangabeira, nos manda o Informativo O Grito das Ă guas, ediçþes de junho e julho/2001 com artigos seus e manifestaçþes de emancipação do distrito de QuitaĂşs. Grato. + Waldy Sombra (Limoeiro do Norte) nos mandou seu discurso de posse na Academia Limoeirense de Letras, seu clĂĄssico “Moreira Campos, professor de histĂłrias e de amizadesâ€? e “Limoeiro, Tipos Popularesâ€?, com JosĂŠ Flavio Sombra Saraiva.

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SAMBURĂ - Praça do Ferreira Desembargadora Edite Bringel A corregedora geral da Justiça do CearĂĄ, desembargadora Edite Bringel Olinda Alencar, participou do 57Âş Encontro Nacional do ColĂŠgio de Corregedores Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal (Encoge). O juiz corregedor auxiliar Eduardo Scorsafava tambĂŠm participou do evento, em AraxĂĄ (MG). O evento prossegue atĂŠ o dia 20. A solenidade de abertura do 57Âş Encoge foi presidida pelo presidente do ColĂŠgio de Corregedores Gerais, desembargador Bartolomeu Bueno. Em seguida, houve palestra da ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça sobre o tema “O papel do Poder JudiciĂĄrio no desenvolvimento nacionalâ€? Almanaque do Juazeiro O senador EunĂ­cio Oliveira recebeu da presidente do grupo O Povo de Comunicação, Luciana Dummar, o almanaque com toda histĂłria dos 100 anos de fundação da cidade de Juazeiro do Norte. EunĂ­cio informou que vai solicitar a diretoria do senado que disponibilize a publicação na biblioteca da Casa. â€œĂ‰ importante que todos possam ter acesso a essa completa obra sobre a histĂłria de Juazeiroâ€?, disse. Carnaubeiras O deputado RogĂŠrio Aguiar cobrou na ALCE a criação de uma frente em defesa das carnaubeiras do Estado, afetadas por duas pragas - ViĂşva Alegre e Boca de LeĂŁo. O assunto jĂĄ foi tema de audiĂŞncia pĂşblica no municĂ­pio de Marco. Admitiu que hĂĄ seis meses vem percebendo que a planta vem sendo dizimada, com enorme prejuĂ­zo ao Estado. De acordo com ele, num raio de 50 hectares, foram detectadas cerca de 100 carnaubeiras mortas. Mais vereadores A Câmara Municipal de Fortaleza quer aumentar o nĂşmero de vereadores de acordo com a população do municĂ­pio, a partir da legislatura de 2013. Com a mudança, sobe dos atuais 41 para 43 o nĂşmero de vereadores na Capital. Fortaleza, segundo censo de 2010, tem cerca de 2.452,185 habitantes, o que torna possĂ­vel o Legislativo ter 43 parlamentares. Pela Constituição, os municĂ­pios com atĂŠ 15 mil habitantes terĂŁo nove vereadores, enquanto os municĂ­pios com mais de 8 milhĂľes de moradores terĂŁo 55 vereadores. Raul Barbosa O Banco do Nordeste abriu em 20.08 a exposição “Raul Barbosa 100 Anosâ€?, com curadoria do professor Alexandre Barbalho, e lançou os livros “O Banco do Nordeste do Brasil e o Desenvolvimento EconĂ´mico da RegiĂŁo: seleção, organização e notasâ€?, de Nilson Holanda e Maria OlĂ­mpia Xavier, e “Desenvolvimento AgrĂ­cola, Industrialização e Pobreza Rural no Nordeste: resgatando a histĂłriaâ€?, de Pedro Sisnando Leite. A homenagem ao centenĂĄrio de nascimento do ex-presidente do Banco do Nordeste, ex-governador do CearĂĄ e ex-deputado federal se deu no acontecerĂŁo no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza.

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O povo e Juazeiro Publicou Sonia Pinheiro, em O POVO: “VIA requerimento do senador InĂĄcio Arruda, a Câmara Alta homenageou com prestigiada sessĂŁo solene o centenĂĄrio de Juazeiro do Norte. E, no momento, a presidente do O POVO, jornalista Luciana Dummar, entregou a InĂĄcio Arruda (ambos no clic) e demais senadores exemplares do Almanaque Juazeiro, com o selo do Grupo de Comunicação O POVO & Fundação DemĂłcrito Rocha. No capĂ­tulo: na evolução da sessĂŁo solene, Arruda ressaltou que a contribuição do Cariri para o mundo e para o BR nĂŁo se dĂĄ apenas pela cultura letrada e o vigor da economia da regiĂŁo “mas pelos tesouros valiosos da cultura popular localâ€?. Gerardo Fontelles JosĂŠ Gerardo Fontelles (Fortaleza) ĂŠ o novo secretĂĄrio-executivo do MinistĂŠrio da Agricultura, PecuĂĄria e Abastecimento. Com mais de 40 anos de serviço pĂşblico federal assume o cargo pela 2ÂŞ. vez. A 1ÂŞ. foi entre maio de 2009 e março de 2011 –, Fontelles tambĂŠm atuou como tĂŠcnico na PresidĂŞncia da RepĂşblica e MinistĂŠrios da IndĂşstria e ComĂŠrcio, Planejamento e Fazenda, onde foi secretĂĄrio-adjunto da Secretaria Especial de Abastecimento e Preços e coordenador-geral das Secretarias de Assuntos EconĂ´micos e de Acompanhamento EconĂ´mico e assessor especial do MinistĂŠrio para assuntos agrĂ­colas.Nascido em Fortaleza, Gerardo Fontelles iniciou sua carreira no Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), Em 1972, foi transferido para BrasĂ­lia, tendo trabalhado na extinta Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal), atual Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). M. Dias Branco ĂŠ a 4ÂŞ do mundo Escreveu Egidio Serpa, no Diario do Nordeste: “Saiu a Ăşltima pesquisa World Pasta Market-Share Value, feita pelo Euromonitor sobre o mercado mundial de massas alimentĂ­cias: a lĂ­der ĂŠ a italiana Barilla. Em segundo lugar, o Grupo Ebro Puleva; em terceiro, a NestlĂŠ; em quarto a cearense M. Dias Branco. A pesquisa Latin America Pasta Market-Share Value mostra a M. Dias Branco na liderança no continenteâ€?.

EunĂ­cio entre os 100 O senador EunĂ­cio Oliveira (lavras da Mangabeira) estĂĄ novamente na lista do DIAP dos 100 PDLV LQĂ€ XHQWHV GR &RQJUHVVR QD 18ÂŞ. edição do livro Os “Cabeçasâ€? do Congressoâ€?. Esta ĂŠ a 4ÂŞ. vez em que EunĂ­cio faz parte da lista dos PDLV LQĂ€ XHQWHV GR &RQJUHVVR 1DV outras trĂŞs vezes quando ainda era deputado federal nos anos de 2001, 2002 e 2003, neste Ăşltimo, Âż FRX HQWUH RV PDLV LQĂ€ XHQWHV SHOR VHX SDSHO QD liderança do PMDB na Câmara. O berço do forrĂł Continua acesa a polĂŞmica existente entre pesquisadores do Pernambuco e do CearĂĄ a respeito de qual estado foi o berço do forrĂł. Os cearenses tentam emplacar como priPHLUR UHJLVWUR IRQRJUiÂż FR R Âł)RUUy QD URoD´ JUDYDGR SRU XerĂŞm e Tapuya, em outubro de 1937, pela RCA Victor. Esse disco de cera (hĂĄ um exemplar no Arquivo do Nirez) seria a prova documental de que, doze anos antes de o pernambucano Luiz Gonzaga entrar em estĂşdio para gravar o “ForrĂł de ManĂŠ Vitoâ€?, os cearenses XerĂŠm jĂĄ haviam criado o forrĂł. Os pernambucanos sustentam o “ForrĂł na roçaâ€? tem IRUUy DSHQDV QR WtWXOR 2V FHDUHQVHV DÂż UPDP TXH *RQ]DJmR nĂŁo era forrozeiro, mas baiĂŁozeiro, tendo como um de seus principais parceiros foi o “doutor do baiĂŁoâ€? Humberto Teixeira, cearense do Iguatu. Juntos, eles compuseram: “Asa brancaâ€?, “Assum pretoâ€?, “BaiĂŁoâ€?, “BaiĂŁo de doisâ€?, “Estrada de CanindĂŠâ€?, “Juazeiroâ€?, “LĂŠgua tiranaâ€?, “Lorota boaâ€?, “Mangaratibaâ€?, “No meu pĂŠ de serraâ€?, “ParaĂ­baâ€?, “Qui nem jilĂłâ€?, “Respeita JanuĂĄrioâ€?, “Xanduzinhaâ€?. Resta um Lucio Brasileiro escreveu em O POVO: “Colunista se YDOHX GR PHPRULDOLVWD GR ,GHDO 9DQLXV 9LHLUD SDUD FRQÂż U mar que ainda tem um presidente do BalneĂĄrio vivo, trata-se de JosĂŠ Hugo Bastos, que dirigia Companhia QuixadĂĄ com 5REHUWR )L~]D H TXH DVVXPLX QR Âż QDO GRV V H FRPHFLQKR dos 60s, hoje com 92, e tendo perdido mulher Abigail Vieira começo do ano, como se sabe, clube tinha duas diretorias, a Sociedade AnĂ´nima, de 250, proprietĂĄria da sede, e a Sociedade Civil, com quadro de contribuintes que ali se divertia pagando um cruzeiro por anoâ€?.

Grupo Marquise Registrou Leda Maria na sua coluna no DiĂĄrio do Nordeste: “Carla Pontes, diretora da Holding do FamĂ­lia GirĂŁo Grupo Marquise, sĂł comemora. É uma das vencedoras Foi lançado no Centro Cultural OboĂŠ, em Fortaleza, o GD SULPHLUD HWDSD GR 3UrPLR 3URÂż VVLRQDLV GH 0DUNH livro “ Dr. Vanderley GirĂŁo - Delegado PadrĂŁo e Outras ting, que tem como objetivo homenagear dirigentes GlĂłrias da FamĂ­lia GirĂŁoâ€?, de Luis de Sousa GirĂŁo. que realizaram estratĂŠgias de comunicação de grande (QWUH RV SUHVHQWHV VHX Âż OKR PpGLFR :DQGHUOH\ *LUmR impacto, tanto no mercado nacional como no exterior. Maia Jr., ex-diretor de SaĂşde da Casa do CearĂĄ e que 2 UHVXOWDGR IRL GLYXOJDGR QD 5HYLVWD 0DUNHWLQJ FLU mora em BrasĂ­lia. culação nacionalâ€?. 80 anos Os 80 anos do Ideal Clube, presidido por Alcimor Rocha, foram festivamente comemorados. Foi lançado, entro das comemoraçþes culturais dos 80 anos, a edição completa Poemas de Mesa. MĂŠdico e poeta JosĂŠ Telles comandou e mais de 30 participantes do livro compareceram. O Ideal continua sendo a referĂŞncia da elite cearense.

Energia solar de Tauå Surfando na onda da energia solar, a cidade cearense de Tauå, domicílio do Sol, foi o destaque do programa Cidade e Soluçþes, da Globo New. A reportagem mostra os benefícios da usina construída pela MPX e anuncia que ela serå ampliada para 5 MW. A usina que esteve para ser inaugurada em duas oportunidades entrou em operação VVHP TXH WLYHVVH VLGR FRUWDGD D ¿ WD 2 VRO p WHVWHPXQKD

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Pesquisa da Câmara mostra que 95% da população aprova a Lei Maria da Penha A Lei Maria da Penha (11.340/06), que protege a mulher vĂ­tima de violĂŞncia domĂŠstica, foi aprovada por 95,5% dos entrevistados em sondagem de opiniĂŁo realizada pela Câmara dos Deputados entre 30 de junho e 11 de agosto de 2011. HĂĄ cinco anos, no dia 22 de setembro de 2006, a lei entrava em vigor. A sondagem sobre a percepção da população brasileira em relação aos cinco anos de vigĂŞncia da lei foi feita com 1.295 pessoas, com abrangĂŞncia nacional. A pesquisa foi realizada mediante adesĂŁo do cidadĂŁo ou cidadĂŁ que ligava espontaneamente para o Disque-Câmara (0800 619 619), serviço telefĂ´nico gratuito oferecido Ă população. Dos entrevistados, 77,5% declararam conhecer o conteĂşdo da lei, ainda que parcialmente. “SĂŁo pessoas que jĂĄ podem, minimamente, invocar a lei para exercer seus direitosâ€?, diz a consultora da pesquisa, Giovana Perlin, especialista em estudos de gĂŞnero, famĂ­lia e sexualidade. “Levando-se em conta que o percentual dos que aprovam as medidas ĂŠ maior do que o percentual dos que conhecem o conteĂşdo da lei, alguns entrevistados aprovam medidas punitivas mesmo sem conhecĂŞ-lasâ€?, complementa. Giovana destaca que nĂŁo houve diferenças estatĂ­stiFDV VLJQLÂż FDWLYDV QD SHUFHSomR GH KRPHQV H PXOKHUHV “Ambos mostram intolerância em relação Ă violĂŞncia FRQWUD PXOKHU´ DÂż UPD A pesquisa tambĂŠm mostra que 90,7% dos entrevistados acham que a punição contra agressores deveria ser mais rigorosa. “O dado mais relevante talvez seja R GR DQVHLR SRU MXVWLoD SHOR Âż P GD LPSXQLGDGH GRV DJUHVVRUHV H SHODV UHODo}HV IDPLOLDUHV SDFLÂż FDGDV´ GL] a consultora. Para os prĂłximos anos, a pesquisadora recomenda

res e pelo Departamento Intersindical de EstatĂ­stica e Estudos SocioeconĂ´micos (Dieese), mostra que, dentre as mulheres vĂ­timas de violĂŞncia fĂ­sica no PaĂ­s, 43,4% foram agredidas dentro da prĂłpria casa. Apenas 11,2% dos homens vĂ­timas de violĂŞncia foram agredidos na prĂłpria residĂŞncia. Aplicação da lei A coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Janete Rocha PietĂĄ (PT-SP), lembra que a Lei Maria da Penha ĂŠ considerada uma das trĂŞs melhores do mundo na ĂĄrea de proteção Ă mulher pelo Fundo de TXH VHMDP GLYXOJDGRV DVSHFWRV HVSHFtÂż FRV GR FRQWH~GR Desenvolvimento das Naçþes Unidas para a Mulher, da lei, por meio de campanhas educativas na mĂ­dia, mas ĂŠ necessĂĄrio colocĂĄ-la totalmente em prĂĄtica. “Falta especialmente nos meios pĂşblicos e institucionais. “As implementar tudo o que estĂĄ na lei, a partir de polĂ­ticas pessoas sabem da existĂŞncia da lei, mas nĂŁo sabem os pĂşblicas integradas, incluindo as ĂĄreas de educação, cultura e saĂşdeâ€?, explica. detalhes do que ela dizâ€?, explica. Para a deputada, nĂŁo basta punir os casos de violĂŞncia Problema pĂşblico Segundo a diretora-executiva do instituto feminista domĂŠstica. â€œĂ‰ necessĂĄria uma ampla campanha educaPatrĂ­cia GalvĂŁo (Pagu), Jacira Melo, a pesquisa da Câmara tiva para mudar a cultura da violĂŞnciaâ€?, disse. Janete PietĂĄ lembrou que a violĂŞncia domĂŠstica inclui a revela uma mudança na percepção da população sobre a violĂŞncia domĂŠstica. “Antigamente, a sociedade brasileira chamada violĂŞncia psicolĂłgica – ou seja, agressĂľes verbais. tinha a percepção de que era um problema privado. Hoje a $ GHSXWDGD GLVVH DLQGD TXH SURÂż VVLRQDLV GD iUHD GH VD~GH sociedade reconhece a violĂŞncia domĂŠstica como um pro- SUHFLVDP QRWLÂż FDU RV FDVRV GH YLROrQFLD FRQWUD D PXOKHU blema social sĂŠrio, que necessita de intervenção do Estado.â€? AlĂŠm disso, ela acredita serem necessĂĄrios mais abrigos A pesquisa da Câmara tambĂŠm revelou que 86% dos para mulheres ameaçadas de morte; mais delegacias da homens entrevistados e 79% das mulheres entrevistadas PXOKHU FRP PDLRU TXDOLÂż FDomR GDV SHVVRDV TXH WUDEDOKDP pensam que a lei deveria ser estendida para proteger nessas delegacias; e mais juizados especializados. Segundo pesquisa realizada em 2009 pelo Instituto tambĂŠm homens vĂ­timas de violĂŞncia domĂŠstica. Jacira Melo ressalta, no entanto, que as denĂşncias tornadas %UDVLOHLUR GH *HRJUDÂż D H (VWDWtVWLFD ,%*( H[LVWHP pĂşblicas e as evidĂŞncias nos hospitais mostram que as no PaĂ­s apenas 70 juizados de violĂŞncia domĂŠstica, 388 delegacias especializadas no atendimento Ă mulher, 193 mulheres sĂŁo as principais vĂ­timas. Dados do AnuĂĄrio das Mulheres Brasileiras 2011, centros de referĂŞncia de atendimento Ă mulher e 71 casas divulgado pela Secretaria de PolĂ­ticas para as Mulhe- para abrigo temporĂĄrio.

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Unilab de Redenção estarå consolidada em cinco anos

Governador Cid Gomes autoriza realização de concursos públicos

O Ăşltimo choro do mestre Alencar Sete Cordas

Dentro de cinco anos, a nova Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira (UNILAB), inaugurada em maio no CearĂĄ, nordeste do Brasil, jĂĄ estarĂĄ em pleno funcionamento, disse o reitor Paulo Speller, para quem o “norte ĂŠ o sulâ€?. “O nosso norte ĂŠ o sul, mas sem perder de vista o QRUWH JHRJUiÂż FR WDPEpP SRLV 3RUWXJDO HVWi D QRUWH´ salientou Paulo Speller Ă agĂŞncia Lusa. Âł2 PDLRU GHVDÂż R SDUD D LPSODQWDomR GD 81,/$% p que nĂŁo temos um modelo previamente estabelecido, estamos aprendendo a fazerâ€?, disse Paulo Speller Ă margem do Congresso Luso Afro Brasileiro (CONLAB) de CiĂŞncias Sociais que decorre esta semana em Salvador, na BaĂ­a. Segundo o reitor da mais nova universidade federal brasileira, o princĂ­pio da UNILAB ĂŠ o da cooperação solidĂĄria. “A cooperação unidirecional geralmente se dĂĄ daquele que tem para quem nĂŁo tem. E isso nĂŁo ĂŠ solidĂĄria. No nosso caso, estamos buscando uma cooperação com EHQHItFLRV P~WXRV´ DÂż UPRX Durante o congresso de CiĂŞncias Sociais, Speller participou de um painel sobre universidades e lusofonia e destacou que a base ĂŠ a lĂ­ngua portuguesa, mas a perspectiva da UNILAB ĂŠ que traga novos conhecimentos e tecnologias voltadas para o desenvolvimento sĂłcio-econĂłmico sustentĂĄvel dos paĂ­ses da CPLP Leia no Portugal Sem Passaporte

Novos concursos para o serviço público, mais benefícios para os servidores e nomeação de novos escrivães de polícia. Essas foram algumas das deliberaçþes da reunião realizada em 23.09 entre o governador Cid Gomes e representes de sindicatos e associaçþes do serviço público, na sala de reuniþes do Palåcio da Abolição. Entre os concursos jå autorizados pelo Governador estão duas mil vagas para ensino mÊdio para a Secretaria da Educação, 800 para agentes penitenciårios da Secretaria da Justiça, inspetores da Polícia Civil, servidores para o Detran e três mil vagas para a Polícia Militar. A previsão Ê que parte desses concursos tenha edital publicado ainda neste ano, como o da Seretaria da Justiça e Detran. Durante a reunião, Cid Gomes autorizou a nomeação de 23 novos escrivães da Polícia Civil. No encontro, o Governador assinou o decreto de reajuste dos valores das diårias de serviço no percentual de H R SURMHWR TXH EHQH¿ FLD RV HQJHQKHLURV FRP Do}HV no Estado. Cid autorizou ainda que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) estude a proposta na mudança da carga horåria dos servidores que têm 30 horas para 40 horas e auxílio transporte para os servidores do Interior que se deslocam mais de 6km atÊ o local de trabalho. Ainda na reunião, Cid Gomes sancionou a Lei que prevê puniçþes contra o assÊdio moral no serviço público - uma conquista considerada histórica pela categoria. Esse foi o segundo encontro entre o chefe do Poder Executivo do Estado e HQWLGDGHV VLQGLFDLV H DWp R ¿ P GR DQR DFRQWHFHUi D WHUFHLUD reunião de 2011.

Músico de form a ç ã o p o p u l a r, Alencar Sete Cordas começou a tocar em bailes aos 12 anos em Ipu (CE), sua cidade natal, ainda na dÊcada de 60. Ao se mudar para Brasília, em 1971, integrou-se à comunidade musical, especialmente aos grupos de choro.Em 1977, ajudou a fundar o Clube do Choro, casa na qual tocou de forma constante por 25 anos. Durante sua carreira, apresentou-se com grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Paulo Moura, Sílvio Caldas, Hermeto Paschoal, Sivuca, Dominguinhos, Odette Ernest Dias, Pernambuco do Pandeiro, ZÊ da Velha e SilvÊrio Pontes. Especializou-se no violão de sete cordas, instrumento que lhe rendeu o nome artístico. AlÊm da notåvel habilidade como instrumentista e arranjador, Alencar destacou-se na atividade de professor, tendo formado diversas geraçþes de violonistas de seis e sete cordas. Entre 1998 e 2003, o músico foi ainda um dos professores pioneiros da Escola Brasileira de Choro Rafael Rabello, vinculada ao Clube do Choro, juntamente com Hamilton de Holanda, Jorge Cardoso e Evandro Barcelos. Ali trabalhou pelo período de cinco anos, atÊ abrir sua escola. Nas aulas particulares e participaçþes em cursos da Escola de Música de Brasília, utilizou mÊtodo próprio, que batizou de årvores harmônicas. Essa solução mostrou-se bastante engenhosa na escolha dos acordes necessårios ao acompanhamento das melodias instrumentais e cançþes.

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Leituras I Chagas, o bom companheiro Lustosa da Costa (*) Quando me candidatei a suplente de senador, em 1978, pensei que estava marcando um tento com a direção do jornal, “O Estado de S.Pauloâ€?, que se vangloriava de ser jornal de oposição embora, por baixo dos panos, pintasse os canecos que para que D.Helder Camara, adversĂĄrio da ditadura, nĂŁo ganhasse o PrĂŞmio Nobel da Paz. Pois bem.Sem respeitar a etiqueta que recomendava me dirigisse primordialmente ao meu chefe direto, o diretor da sucursal Carlos Chagas, telegrafei ao todo poderoso diretor de O Estado de S.Paulo, Julio Mesquita Neto, comunicando lhe a honraria. NĂŁo deu outra. Pelo telefone, o chefĂŁo mandou Carlos Chagas me demitir Carlos Chagas, com seu estilo mineiro (no melhor estilo mineiro, diga-se de passagem) de se comportar, levou a ordem na valsa e me manteve no trabalho atĂŠ que o homem esquecesse de me punir. Dali sĂł saĂ­ quando ele tambĂŠm foi demitido, no desmonte de toda a sucursal que, a nossa ver, funcionava em excelentes condiçþes. Emprego Flavio Marcilio, quando presidente da Câmara dos Deputados, decidiu renovar o quadro de redatores da Casa, nomeando vinte e sete jornalistas polĂ­ticos que ele conhecia de convivĂŞncia diĂĄria. Foi um Deus nos acuda A imprensa foi feroz, violenta, acusando-o de estar montando uma bancada de direita. Eu, lĂĄ entre os nomeados, seria de direita? AliĂĄs, hoje em dia, dizem que sou do PT sĂł porque apoio Lula e Dilma. O certo que os jornalistas que trabalhavam com Chagas e ganharam o emprego, nĂŁo foram incomodados, continuaram a exercer seu ofĂ­cio no jornalĂŁo. ViĂşvas Um dia destes conversando com Hebe GuimarĂŁes, colega daquele tempo, ela se proclamou viĂşva de Carlos Chagas e se propĂ´s a organizar homenagem ao antigo chefe. Aderi, pressuroso, mas a iniciativa nĂŁo sei porque nĂŁo foi adiante. AtĂŠ os tempos de Chagas na direção da sucursal de BrasĂ­lia, as sucursais eram comandadas por jornalistas que respeitavam e valorizavam os colegas. Foram, entĂŁo, ocupadas, nĂŁo sei porque razĂŁo, por feitores,capitĂŁes do mato, docilĂ­ssimos, subservientes aos chefes e imperiais, humilhando os subordinados. Um deles chegava a esfregar o punho diante de colegas que momentamente FKHÂż DYD QXPD H[LELomR GH IRUoD Hoje esta na matriz, lĂĄ em cima, disposto a este e RXWURV VHUYLoRV SDUD Âż FDU EHP FRP TXHP PDQGD Bodas Enila e Carlos Chagas chegaram Ă s bodas de ouro de casamento. Ele jamais aceitou emprego pĂşblico. Todos em BrasĂ­lia sabem que um lugar de assessor legislativo do Senado esperou, por ele, em vĂŁo, anos.Os dois preferiram YLYHU GH VXDV SURÂż VV}HV HOH FRPR MRUQDOLVWD H SURIHVVRU de Ética na UnB, ela como psicĂłloga. E educaram tĂŁo EHP DV GXDV Âż OKDV TXH XPD IRL VHFUHWDULD GR 0LQLVWpULR GD Justiça e a outra ĂŠ Ministra da Comunicação do governo Dilma, lembrando o pai que foi Secretario de Imprensa da PresidĂŞncia da RepĂşblica nos tempos de Costa e Silva. Um dia destes tive o prazer de rever Chagas, mulher e Âż OKD QR UHVWDXUDQWH %DUJDoR RQGH IXL HQFDUDU PHX SHL[H frito,ele sempre discreto eu mais exuberante, meridional. Agora que ele nĂŁo e mais meu diretor de jornal, posso homenagea-lo como merece sem peias e sem que alguĂŠm me chame de interesseiro, apenas lembrado de sua correção,de seu coleguismo e excelente carĂĄter. (*) Lustosa da Costa (Sobral), jornalista e escritor

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A cara de cearense e as outras caras em Os Cearenses Internacionais Eu tenho cara de caririense do Crato, cara de cearense, cara de nordestino, cara de gente diferenciada e, segundo o norueguĂŞs da recente tragĂŠdia, cara de brasileiro disfuncional. Tenho cara de judeu (como insinuaram em um bar de Beirute, LĂ­bano) e cara de egĂ­pcio lĂłki -quando eu era mais bonitinho, me confundiram em uma taverna da Calle de la Cruz, em Madrid, com um egĂ­pcio, repare sĂł, um design egĂ­pcio, o Karim Rashid. VocĂŞ tem cara de quĂŞ? A solene indagação vem a propĂłsito da polĂŞmica provocada pela legĂ­tima esposa do diretor global Marcos Paulo, a AntĂ´nia Fontenelle. No twitter, a atriz, na maior cara de pau, respondeu a um texto do crĂ­tico Pablo Villaça, do site “Cinema em cenaâ€?, com o que ela imagina ser uma ofensa: o rapaz teria cara de cearense. $ FUtWLFD IRL VREUH R Âż OPH GR PDULGmR TXH GLULJLX Âł$V salto ao Banco Centralâ€?, baseado em fatos reais ocorridos, por coincidĂŞncia, no CearĂĄ. Pablo Villaça ĂŠ mineiro, mas poderia ser cearense, com muito orgulho, segundo o prĂłprio. Poderia ser cearense como a cantora Bjork ĂŠ cearense, como o escritor John Updike ĂŠ cearense, como o craque Iniesta (Barcelona) ĂŠ o maior dos cearenses. Como o Truman Capote ĂŠ cearense desde pequenininho, a cara e a voz de cearense de Tracey Thorn, o Nicholas Cage tem muitas poses de cearense e atĂŠ a Bette Davis, nas suas horas de bondade ou de maldade, foi mega cearense. 'XYLGDP" (QWmR FRQÂż UDP DTXL H DJRUD QR EORJ GRV amigos Cearenses Internacionais. E vocĂŞ, amigo(a), repito, tem cara de quĂŞ? Escrito por Xico SĂĄ Ă s 14h07, de Xico SĂĄ nos remete ao site Cearenses Internacionais, no site http://cearensesinternacionais.worldpress.com LĂĄ estĂĄ uma listagem de personalidades supostamente “nascidasâ€? no CearĂĄ, todos com cara de cearense. Aqui estĂĄ uma pequena amostra, nĂŁo na ordem do site, mas em ordem alfabĂŠtica: Jogador Andres Iniesta (Morro Branco), escritor Antonio Gramsci (Cariri Central), jogador Arjen Robben $UDFRLDED Âż OyVRIR $UWXU 6FKRSHQKDXHU ,Fy $WUL] Betty Davis (Aurora), cantora Bjork Guomundsidothir (Limoeiro do Norte) Atriz Catherine Zeta Jones (ArarendĂĄ), bandido Cesare Batisti ( Praia do Cumbuco), Dee Dee Ramon (Baixio) cantora Edith Piaf (Tabuleiro do Norte) Diretor George Luckas (Caucaia), ator George Clooney (Baixo Curu), cantor George Michael (BarrosoII) Ator Henry Fonda (Sobral) Atriz Helen Boham Carter ( CarirĂŠ), presidente Hosni Mubarack (Fortaleza) ator Jack Black (Manguezal do Rio CocĂł), Escritor Jean Paul Sartre (Quixeramobim), escritor John Uodije (Brejo Santo). escritor Jurgen Habermas (Serra da Ibiapaba) ator Kurtwood Smith (Maranguape) Atriz Kurten Dunst (Aracoiaba) LĂ­der soviĂŠtico Lenin (Quixeramobim) Atriz Maggie Gullenhaal (Quixeramobim), Mark Hamill (Jijioca de Jericoacoara), Cantora Marilyn Manson (ErerĂŞ), Micky Dolen (General Sampaio), Micko Mc Brain (Frecheirinha), escritor Milan Kundera (Brejo Santo) Imperador NapoleĂŁo Bonaparte (TauĂĄ), batista Bick McBrain (Frecheirinha), ator Nicolas Cage (Morada Nova), indigenista Noel Nutels (Canoa Quebrada), escritor Norman Mailler (Beberibe) Baterista Phi “Animalâ€? Tayor (Deputado Irapuan Pinheiro), Ator Rioark Junior (Guaraciaba), Fotografo Robert Mapplethorpe (Caucaia), Presidente do Banco Mundial. Robert Zoellick (Lavras da Mangabeira), ator Robin Williams (Paracuru), diretor Roman Polanski (BaturitĂŠ) Vocalista Samuel Roy Sammy +DJDU 6HUWmR GRV ,QKDPXQV 7HQLVWD 6WHIÂż *UDÂż 4XL xadĂĄ) Ator Tommy Lee Jones (Pirambu), Vocalista Tracy Thorn (Aratanha)

veja o site do projeto BrasĂ­lia 50 anos do CearĂĄ: www.brasilia50anosdeceara.com.br

Leituras II CearĂĄ Moleque Nelson Faheina(*) 1. - Peixoto de Alencar, famoso locutor da RĂĄdio DragĂŁo do Mar, elegeu-se deputado estadual e da trubuna da AssemblĂŠia Legislativa e pelo rĂĄdio, batia forte na ditadura. Parsifal Barroso, Governador do Estado, chama Peixoto e diz: vocĂŞ pode ser preso a qualquer momento. Procure fazer amizade com os militares, do contrĂĄrio vai para a cadeia. Quem sĂŁo seus amigos de farda? Peixotom abre a mĂŁo e apontando para os dedos: Sargento HermĂ­nio, CapitĂŁo ClĂłvis Maia, Major Facundo, General Bizerril e Marechal Floriano Peixoto. Para quem nĂŁo sabe esses militares sĂŁo nomes de ruas de Fortaleza. Com poucos dias, Peixoto toma um porre e vai atĂŠ o quartel da DĂŠcima RegiĂŁo Militar e pergunta para o sentinela: “tem alguma Ăłrdem de prisĂŁo para o deputado Peixoto de $OHQFDU" 9iULRV RÂż FLDLV OLQKD GXUD FHUFDUDP 3HL[RWR e disseram que nĂŁo. Mas como ele estava ali, por via das dĂşvidas, disseram; “considere-se presoâ€?. Nada foi provado contra ele. Mesmo assim,por causa de um porre,passou mais de quatro meses preso. 2. “Seuâ€? Lunga, comerciante em Juazeiro do Norte, uma das pessoas mais conhecidas do CearĂĄ, pela maneira grosseira de atender as pessoas, inclusive, forte candidato ao tĂ­tulo de o “ Homem mais Ignorante do Mundoâ€? do Guinnes Book, candidatou-se a vereador. Conseguiu 190 votos. Perante o juiz ele gritou: “fui roubado. VocĂŞs sĂŁo ladrĂľes de votosâ€?. A Imprensa de Fortaleza noticiou, com destaque, a acusação. O Tribunal Regional Eleitoral do CearĂĄ, mandou o juiz Suenon Bastos, apurar os fatos. PolĂ­ticos de Juazeiro patrocinaram um advogado para seu “Lungaâ€? que foi orientado para dizer que, tudo nĂŁo passou de um engano. Pedia desculpas.Ao ser interURJDGR VREUH VH FRQÂż UPDYD VHX /XQJD DSRQWDQGR para o juiz disse: vocĂŞs sĂŁo ladrĂľes. Recebi 200 pares de alpergatas, 400 litros de gasolina, 300 camisas de meia, mais de 200 quilos de arroz, feijĂŁo e açucar, e no Âż QDO Vy WLUHL YRWRV ,VVR p URXER´ 2 UHSUHVHQWDQWH do TRE, comprovando se tratar de um homem rude, mas honesto, e de uma personalidade forte, encerrou o questionamento, sem punir “seuâ€? Lunga. 3. O general Humberto Ellery, vice governador do Estado, apĂłs inaugurar algumas obras Ăşblicas, em Jaguaruana, a 178 km de Fortaleza, teve que pernoitar na casa de um lĂ­der polĂ­tico. Comeu galinha a cabidela, atĂŠ dizer chega, e macarrĂŁo com maionese e outros pratos que davam ĂĄgua na boca. Depois foi dormir. NĂŁo conseguiu. Foi vĂĄrias vezes ao banheiro. Cedo da manhĂŁ,a dona casa vendo o herĂłico general com cara de quem estava sofrendo muito, perguntou: general, a comida lhe fez mal? O general nĂŁo teve tempo de responder. Correu pela quadragĂŠsima vez para o banheiro. Ao sair ouviu a dona da casa dizer garanto que nĂŁo foi a comida. A maionese que servi ao senhor ĂŠ de Ăłtima qualidade. O vidro eu mesma abri quando o Governador Faustino Albuquerque esteve aqui, hĂĄ oito anos. Ele comeu bastante e nĂŁo sentiu nada. (*) Nelson Faheina (Limoeiro do Norte) jornalista e escritor

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Leituras III Pega Pinto: uma bebida que refrescava os fortalezense 3RU :LOVRQ ,ELDSLQD

O jornalista Gervåsio de Paula me remeteu a Fortaleza dos anos 60, Êpoca em que o refrigerante preferido dos habitantes da cidade era o refresco - ou aluå? - de Pega-Pinto. Trata-se de uma raiz que chegou a ser colhida entre os túmulos do cemitÊrio São João Batista para poder garantir o consumo. Na praça do Ferreira, o comerciante Mundico abriu uma lanchonete - ou merendeira? - de apenas uma porta, bem pequena, que tinha como principal produto o Pega-Pinto, delicioso diurÊtico que era servido com tapioca ou pedaço de bolo. 'HSRLV GRV ¿ OPHV QRV FLQHV 0RGHUQR 0DMHVWLF São Luiz ou Diogo, a rapaziada lotava o Pega-Pinto do Mundico, que concorria com o caldo de cana da Leão do Sul. O progresso expulsou o Mundico da rua Major Facundo para a Duque de Caxias, perto da praça do Carmo. Fui embora de Fortaleza e não tive mais notícia da garapeira famosa. Hoje, o Gervåsio espalha na Internet essa foto dele tomando aluå de Pega-Pinto por um Real. Vou saber RQGH ¿ FD SDUD ID]HU R PHVPR TXDQGR IRU D )RWDOH]D Só espero que não seja armação dele para nos matar de inveja e saudade. O aluå estå de volta a Fortaleza A resposta do Gervåsio: Wilson,

O pega-pinto ĂŠ vendido, atualmente, na lanchonete Azteca, no WpUUHR GR HGLÂż FLR GD $&, HVTXLQD das ruas Liberato com Pereboyre Siva, onde joguei muita conversa fora com omestre AmĂŠrico Barreira, quando editei durante 10 anos a revista RMC, de responsabilidade jurĂ­dica dele. O escritĂłrio do Estadista do Municipalismo, nome que deiquando HVFUHYL D ELRJUDÂż D GR $PpULFR HP 2003, com capa de Audifax Rios e prefĂĄcio de Blanchard GirĂŁo, pela Fundação de Cultura, Esportes e Turismo (Funcet). Na ĂŠpoca dirigida pelo poeta Barros Pinho A foto do pega-pinto foi feita recentemente pelo $QW{QLR 'XDUWH SURÂż VVLRQDO GD YHOKD Ă’OWLPD +RUD do SamuelWainer e outras publicaçþes de renome na dĂŠcada de 60. Ele veio para Fortaleza com promessa GH VH Âż [DU QXPD HPSUHVD GH FRPXQLFDomR PHVPR apĂłs as eleiçþesrecentes - para quem trabalhou. Levou bolo. E, agora, estĂĄ desempregado, sobrevivendo numa quitinete com umas economias que fez. Aqui e ali faz free-lancer para o DN. Fez, inclusive, um documentĂĄrio sobre a Praça do Ferreira. O seu blog estĂĄ bom...Precisa de um cronista leve para contar, com lirismo, fatos ocorridos diariamente nas ruas. Abrs GervĂĄsio de Paula :LOVRQ ,ELDSLQD ,ELDSLQD MRUQDOLVWD $ PDWpULD IRL SXEOLFDGD QR EOJ GR :LOVRQ ,ELDSLQD &RQYHUVD Piaba.

CearĂĄ realiza 885 transplantes este ano e jĂĄ supera o ano todo de 2010 Ainda faltam mais de trĂŞs meses para o ano terminar e o CearĂĄ jĂĄ superou o total de transplantes feitos em 2010. Este ano jĂĄ foram realizados este ano 885 transplantes, dez a mais do que os 875 feitos durante todo o ano passado. Agora, sĂŁo cinco anos consecutivos de recordes. Superando os 446 do ano de 2006, em 2007 foram realizados 618 transplantes, em 2008 chegou a 739, em 2009 aumentou para 767 e em 2010 atingiu 875 transplantes. Este ano, com o recorde jĂĄ superado, a previsĂŁo ĂŠ de ultrapassar a marca de 1.000 transplantes. O acumulado do nĂşmero de transplantes no CearĂĄ, desde 1998, ano de implantação da Central de Transplantes do Estado, soma 6.970. É com esses nĂşmeros positivos, que a Sesa promove uma semana de mobilização para sensibilizar ainda para a doação de ĂłrgĂŁos e tecidos e lança a nova campanha “Doar transforma. Doe ĂłrgĂŁos e ajude a fazer do CearĂĄ um Estado cada vez mais solidĂĄrioâ€?. As cĂłrneas respondem por mais da metade do total de transplantes feitos este ano. SĂŁo 541 cĂłrneas transplantadas. Bem mais do que as 460 transplantadas no ano inteiro de 2010. A meta de Sesa ĂŠ zerar a fila de espera por cĂłrneas no prĂłximo ano. Atualmente hĂĄ 509 pessoas aguardando a doação para voltar a enxergar o mundo com novas cĂłrneas. No total da fila de espera por ĂłrgĂŁos e tecidos hĂĄ 918 pessoas, apostando na solidariedade e que os doadores avisem Ă famĂ­lia a vontade de doar. Para ser um doador no Brasil nĂŁo ĂŠ preciso deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta conversar com a famĂ­lia sobre o desejo de ser doador.

No UniCEUB, tradição e modernidade, tecnologia e conteĂşdo, experiĂŞncia e juventude completam-se. Realizar. Inovar. Conectar. É trabalhando as caracterĂ­sticas de cada geração que, hĂĄ 43 anos, construĂ­mos, juntos, um dos trĂŞs melhores centros universitĂĄrios do Brasil.

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Documento Artista PlĂĄstico George MacĂĄrio inaugura Galeria de Artes de padrĂŁo internacional no Crato

Cearense vai desenvolver os robĂ´s espaciais da Nasa

O Brasil terĂĄ um representante cearense na agĂŞncia espacial americana, a Nasa, a partir de setembro. Graduado em engenharia elĂŠtrica pela Universidade Federal do CearĂĄ (UFC), Eduardo Brito Almeida, 30 anos, foi convidado pela Nasa para desenvolver pesquisas que ajudarĂŁo a aperfeiçoar os robĂ´s espaciais da agĂŞncia. O pesquisador explica que alguns robĂ´s espaciais usados pela Nasa sĂŁo controlados de forma remota. “Eles sĂŁo assim para evitar que colidam com algo ou caiam em buracos. Se eles puderem ler a superfĂ­cie poderĂŁo mapear e escolher o melhor percurso. Isso se chama Navegação AutĂ´nomaâ€?, explica Almeida que, como bolsista do projeto PrĂŠ-Doutoral Harriett G. Jenkins, trabalharĂĄ com desenvolvimento de moO Prefeito Samuel Araripe e a Primeira-Dama MĂ´nica Araripe ( Âż QDOPHQWH D )RWR GD )DPtOLD 0DFiULR GH %ULWR WDPEpP VH Âż ]HUDP SUHVHQWHV grande apoiadora do artista delos matemĂĄticos que permitam a locomoção robĂłO artista plĂĄstico Cratense George MacĂĄrio, que 6HXV TXDGURV UHĂ€ HWHP XP PXQGR PRGHUQR FDyWLFR tica autĂ´noma e segura. “Em minha pesquisa quero ĂŠ tambĂŠm Presidente da Fundação Cultural J. de os grandes temas da civilização, as inquietudes de aperfeiçoar a leitura tridimensional de superfĂ­cies. Figueiredo Filho, inaugurou em Crato, uma galeria um planeta Ă beira do colapso, a guerra, a fome, e Quero que ela seja impactanteâ€?, diz. A oportunidade na agĂŞncia veio apĂłs a inscrição de artes, contendo mais de a esperança humanas. no programa de Ph.D. em Engenharia da Brown 50 dos seus trabalhos em Um soberbo combiUniversity em 2010, onde foi aceito com bolsa intepintura e escultura. nadores de matizes, seus gral. No mesmo ano, ele se inscreveu para a bolsa de George, que ĂŠ filho quadros se caracterizam estudos Space Grant, incluso no projeto PrĂŠ-Doutoral do ex-prefeito Humberto pela combinação de coHarriett G. Jenkins, da Nasa. A agĂŞncia espacial se MacĂĄrio de Brito, deres fortes e vibrantes, interessou pelo projeto de pesquisa ao qual ele se senvolveu o seu talento criteriosamente escolhidedica e ofereceu a bolsa. para a pintura durante das para gerar obras de 3DL H Âż OKR Âą 2 FRQYLWH GD 1DVD GHL[RX RV SDLV a adolescĂŞncia, porĂŠm grande valor artĂ­stico e orgulhosos. “Nunca tive de ensinar uma tarefa (da resolveu seguir a carreira beleza, que tem sido elo- HVFROD D PHX Âż OKR´ GL] R SDL GH (GXDUGR 6HEDVWLmR de advogado. Hoje, aos giadas por crĂ­ticos desde Carneiro de Almeida. “Desde criança, ele foi sempre 40 anos de idade, apĂłs SĂŁo Paulo Ă AustrĂĄlia. De PHWyGLFR RUJDQL]DGR H GLVFLSOLQDGR´ DÂż UPD R SDL o incentivo de mestres Londres Ă Veneza. que ĂŠ professor universitĂĄrio e doutor em MatemĂĄtica A galeria foi inaugurada com a presença de amigos da pintura mundial como Assim ĂŠ George MacĂĄ- Avançada, tema preferido das conversas entre os dois do mundo das artes, autoridades e familiares Bruno Pedrosa, com quem rio; Um artista talentoso “desde a juventudeâ€? de Almeida. E, de acordo com o esteve recentemente em que finalmente decidiu SDL R LQWHUHVVH GR Âż OKR Vy DXPHQWRX FRP D HQWUDGD SĂŁo Paulo George volta investir na sua prĂłpria na UFC em 2000. a se dedicar Ă sua verarte, levando-a para briJĂĄ nos primeiros semestres da faculdade se intedadeira paixĂŁo: as artes lhar nas grandes galerias ressou por robĂłtica, tornando-se bolsista de iniciação plĂĄsticas. do mundo, que afinal FLHQWtÂż FD GR *UXSR GH 3URFHVVDPHQWR GH ,PDJHQV Possuidor de caractede contas, dentro daqui- e do LaboratĂłrio de VisĂŁo, Imagens e Sinais (GPI/ rĂ­sticas bastante prĂłprias , lo que jĂĄ executa, veio LABVIS). “A experiĂŞncia adquirida na UFC, por George lança-se de corpo a tornar-se tanto a sua meio de disciplinas e pesquisa, foi essencial na minha e alma ao mundo do absmatĂŠria-prima, de onde formaçãoâ€?, destaca o ex-aluno. tracionismo, sem perder extrai o subsĂ­dio, quanto Almeida mora nos Estados Unidos hĂĄ cinco anos. ainda os traços do impresD VXD PHWD Âż QDO HQTXDQ Estagiou no LaboratĂłrio de PropulsĂŁo a Jato, de 2009 sionismo e do desenho, to artista que abrange o a 2010, em Pasadena, CalifĂłrnia. O centro desenque foram as suas primeiuniverso e as suas reen- volve e gerencia aeronaves destinadas Ă exploração Recebe o apoio do pai, e agradece a ras tendĂŞncias artĂ­sticas, trâncias, numa arte que espacial. Humberto MacĂĄrio de Brito quando realizou dezenas supera ĂŠpocas e espaços; Nasa – A agĂŞncia espacial americana pertence de trabalhos em “bico de Um artista que podemos ao Governo dos Estados Unidos e ĂŠ responsĂĄvel penaâ€?. Hoje, amadurecido dizem sem medo de errar, pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e em sua arte, desenvolveu que ĂŠ verdadeiramente programas de exploração espacial. Criada em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, o ComitĂŞ a excelĂŞncia dos super multidimensional. talentosos, e a constante A galeria foi inaugu- Consultivo Nacional para a AeronĂĄutica (Naca), foi superação daqueles que rada com a presença de responsĂĄvel pelo envio do homem Ă Lua (Projeto buscam obter a perfeição amigos do mundo das Apollo) e por diversos outros programas de pesquisa naquilo que fazem. Comartes, autoridades e fa- no espaço. Atualmente, a Nasa trabalha em conjunto com a AgĂŞncia Espacial Europeia, a AgĂŞncia Espacial bina formas estruturais miliares. Federal Russa e com mais alguns paĂ­ses da Ă sia e exĂłticas que nos remetem Cobertura fotogrĂĄfi- do mundo todo para a criação da Estação Espacial aos pĂĄramos da arquiteca, Reportagem e Fo- Internacional. tura, bem como aborda tos: Dihelson Mendonça, temas abrangentes como George MacĂĄrio posa ao lado de um dos seus recentes trabalhos (Fonte: Diana Vasconcelos/ G1) www.blogdocrato.com as necessidades globais;

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Leituras IV

Use a cabeça, voa pela Real- Aerovias

para o mais perto possĂ­vel do embarque. Queria evitar o uso do toalete a bordo. Ă primeira chamada, corre o seu Nos tempos de Juscelino na dĂŠcada de sessenta o Co- Freitas ao banheiro. Ao fechar, com um puxĂŁo, o zĂ­per, ronel Dimas de Freitas, mineiro e prĂłspero fazendeiro este pega uma parte do prepĂşcio e outra da ceroula. Enno Vale do Paraopeba em companhia do sobrinho fez quanto tentava se desvencilhar, a barriga estorvando a uma viagem ao Rio de Janeiro,entĂŁo Capital Federal. visĂŁo do local, o sobrinho chama-o em voz alta lĂĄ de fora: 7LR Mi Âż ]HUDP D ~OWLPD FKDPDGD 2OKD TXH D JHQWH A olhar vitrines de lojas ao longo da Avenida Rio Branco, por onde passeavam, detiveram-se a exami- vai perder o aviĂŁo! ... EstĂĄ me ouvindo? - Houve um imprevisto,venha cĂĄ ... nar roupas masculinas no famoso magazine Casa JosĂŠ - Olhe sĂł o que aconteceu ... aquele trem me peSilva. Chamou-lhes especial atenção umas calças de ‘nycron’: a roupa da moda, a coqueluche do momento. gou bem aqui ... veja se vocĂŞ consegue me livrar ... O tecido nĂŁo amarrotava, os vincos eram permanentes. agachando,apĂłs se inteirar do que ocorrera,sem contudo, Por sugestĂŁo do sobrinho, decidiu comprar duas ‘ para atinar o que fazer, exclamou: - Puxa vida ! O NegĂłcio aqui ‘ ta feio, tio ... assim experimentar’. Provou-as: caimento perfeito, sĂł as barras por fazer. Estranhou apenas o fecho ecler. E mesmo vou tentar livrĂĄ-lo dessa geringonça ... agĂźenta mais uma vez o sobrinho acudiu a esclarecer: “ era a Âż UPH - Ai,ai ! ... Cuidado,estĂĄ doendo! ... Assim nĂŁo! moda: no Rio e em SĂŁo Paulo nĂŁo mais se usava fechar - Reclamou o tio. as braguilhas com botĂľes. Devido ĂĄ delicadeza da situação e ao nervosismo - Os ajustes seriam feitos num instante, o tempo de causado pelo medo de perder o aviĂŁo, apĂłs algumas tomarem um cafezinho nas imediaçþes... vĂŁs tentativas o sobrinho desistiu, fazendo o seguinte - Informou o vendedor. 2 6HX )UHLWDV Âż FRX HQFDQWDGR 1mR WLQKD R KiELWR comentĂĄrio: - É tio,o trem encrencou mesmo! ... Nem alui do lugar de comprar roupas prontas e achou tudo muito cĂ´modo. O fecho ecler, entĂŁo! Com uma puxadinha se fechava a ... nĂŁo vou dar conta nĂŁo. Mas, o quĂŞ foi que o senhor ... 2 TXH HX Âż ]" 2UD RUD TXH SHUJXQWD LGLRWD 'HL braguilha. Pensou em comprar mais peças,mais acabou Âż FDQGR FRP DV GXDV &KHJRX R GLD GH UHWRUQR D %HOR xe estar ... vamos embora! ... Oh meu Deus! Que coisa Horizonte. Como bons mineiros,chegaram ao Aeroporto desagradĂĄvel, chata e incĂ´moda! Seu Freitas nĂŁo teve dĂşvida: pĂ´s-se curvo como um Santos Dumont com muita antecedĂŞncia.Estando com vontade de urinar seu Freitas segurou a ida ao sanitĂĄrio corcunda, e escondendo com a mĂŁo a parte exposta, JosĂŠ Colombo de Souza Filho (*)

apresentou-se para o embarque. A Companhia Real$HURYLDV HVWDPSDYD HQWmR HP VXDV DHURQDYHV D Âż JXUD de um homem corcunda, ‘parecidim, parecidim’ com seu Dimas Freitas. Tal circunstância levou alguĂŠm a perguntar –lhe se ele era parente do homenageado ou o prĂłprio. Embarcou daquele jeito. A bordo, constrangido e envergonhado, expĂ´s em cochichos o caso a aeromoça,que gentilmente o acomodou prĂłximo ĂĄ ‘ gale’ traseira,pedindo –lhes que aguardasse atĂŠ a decolagem e o apagar das luzes de ‘apertar os cintos e nĂŁo fumar’- Nem cigarro de Palha. E foi com a maior perĂ­cia que aquela aeromoça,ajoelhada entremeio ĂĄs pernas do 6HX )UHLWDV WLURX R GDTXHOD DĂ€ LomR D XP WHPSR LQF{ moda e burlesca. No aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, comovido de gratidĂŁo e vencida jĂĄ a timidez, fez questĂŁo de descer por Ăşltimo e assim ter a chance de agradecer tĂŁo meritĂłrio serviço. – Quis inclusive JUDWLÂż Fi OD ID]HQGR PHQomR GH SX[DU D FDUWHLUD JHVWR contido delicadamente por ela. Entremostrando um riso misto de educação e sarcasmo, ela se despediu: - Nada a agradecer, seu Freitas! ... É nosso dever e, antes de tudo,satisfação atender bem aos passageiros! ... A nĂłs, sim, cabe agradecĂŞ-lo por voar na Real-Aerovias! ... Continue,pois, a nos dar preferĂŞncia. Feliz regresso ao lar e passe bem! Use a cabeça,voe pela Real- Aerovias. (*) JosĂŠ Colombo de Souza Filho (Fortaleza), jornalista e escritor

Caixa jĂĄ liberou R$ 558 milhĂľes em ďŹ nanciamento imobiliĂĄrio no CearĂĄ

PIB do CearĂĄ cresce 4,42% no 2Âş trimestre e supera o nacional

Cearå Ê o segundo Estado que mais realiza transplante de coração

1R SULPHLUR VHPHVWUH GHVWH DQR RV Âż QDQFLDPHQWRV imobiliĂĄrios da Caixa EconĂ´mica no CearĂĄ atingiram o montante de R$ 558 milhĂľes, distribuĂ­dos em 6.704 contratos habitacionais. “O resultado ĂŠ um exemplo de FRPR HVWDPRV QRV VXSHUDQGR D FDGD DQR UHĂ€ H[R GR comprometimento que temos em conceder linhas de Âż QDQFLDPHQWR FDGD YH] PDLV DWUDWLYDV SDUD D SRSXODomR A Caixa ĂŠ referĂŞncia em habitação e nossos clientes VDEHP TXH SRGHP FRQÂż DU QR TXH HVWDPRV RIHUHFHQGR DÂż QDO TXHP VRQKD HP WHU XPD FDVD SUySULD YHP SDUD D Caixaâ€?, destaca o superintendente regional da Caixa em Fortaleza, Odilon Pires Soares. Conforme o superintendente, os financiamentos com recursos da poupança foram responsĂĄveis por R$ 264,5 milhĂľes dos valores contratados no CearĂĄ, o que representa um crescimento de 16% em comparação com o primeiro semestre de 2010. JĂĄ as contrataçþes com recursos do FGTS corresponderam a R$ 144,4 milhĂľes no SULPHLUR VHPHVWUH GHVWH DQR R TXH VLJQLÂż FD XP DXPHQWR GH QD DSOLFDomR HP Âż QDQFLDPHQWRV H VXEVtGLRV HP relação a igual perĂ­odo do ano passado. Em todo o PaĂ­s, foram liberados R$ 34,7 bilhĂľes para habitação, valor 3,4% superior ao mesmo perĂ­odo de 2010. A Caixa registrou uma mĂŠdia de R$ 269,6 milhĂľes e 3.889 contratos, ao dia, em 2011, sendo que GDV IDPtOLDV EHQHÂż FLDGDV WrP UHQGD GH DWp VD lĂĄrios mĂ­nimos. Minha Casa, Minha Vida Na segunda versĂŁo do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), jĂĄ foram realizados aproximadamente 5 ELOK}HV HP Âż QDQFLDPHQWRV HP WRGR R %UDVLO 1R CearĂĄ, foram contratados R$ 1,3 bilhĂŁo, para construção de 24.409 moradias e, destas, 537 jĂĄ foram entregues.

A economia cearense, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, cresceu 4,42% no segundo trimestre de 2011 e superou mais uma vez – a exemplo do que ocorreu no primeiro trimestre deste ano – o Ă­ndice de crescimento da economia brasileira, que foi de 3,1%. O mesmo comportamento ocorreu tambĂŠm no primeiro semestre deste ano, jĂĄ que o PIB do CearĂĄ Âż FRX HP FRQWUD GR UHVXOWDGR EUDVLOHLUR Os nĂşmeros do PIB do CearĂĄ foram divulgados pelo secretĂĄrio de Planejamento e GestĂŁo do Estado do CearĂĄ (Seplag), Eduardo Diogo, juntamente com o diretor Geral do Ipece, professor FlĂĄvio Ataliba. O PIB do CearĂĄ, tendo como parâmetro o “valor adicionado a preços bĂĄsicosâ€?, cresceu 5,18% no segundo trimestre de 2011 em relação a igual perĂ­odo do ano passado. Resultado ĂŠ bem superior aos 2,7% registrados no Brasil em igual perĂ­odo. Com relação ao primeiro VHPHVWUH R GHVHPSHQKR FHDUHQVH Âż FRX HP tambĂŠm superando os 3,2% do nacional, isso com base no “valor adicionado a preços bĂĄsicosâ€?. O produto Interno Bruto do CearĂĄ nos quatro trimestres, comparado com o resultado obtido nos quatro trimestres imediatamente anteriores, foi de 5,91%, contra 4,7% do nacional. Tendo como base o valor DGLFLRQDGR R 3,% FHDUHQVH Âż FRX HP VXSHUDQGR tambĂŠm os 4,1% do Brasil. Dos trĂŞs setores que compĂľem o PIB – agropecuĂĄrio, serviços e indĂşstria – o agropecuĂĄrio, a exemplo do que ocorreu no primeiro trimestre deste ano, foi que apresentou melhor desempenho, com 55,5%. O desempenho do setor agropecuĂĄrio foi estimulado pelas boas chuvas registradas no perĂ­odo, segundo observa o professor FlĂĄvio Ataliba, diretor Geral do Ipece.

Doação ReferĂŞncia nacional e internacional em transplante cardĂ­aco, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes comemora os dados divulgados recentemente no relatĂłrio do Registro Brasileiro de Transplante, da Associação Brasileira de Transplantes de Ă“rgĂŁos (ABTO), onde destaca-se como o segundo Hospital do Brasil a realizar mais transplantes no primeiro semestre deste ano, Âż FDQGR DWUiV DSHQDV GH 6mR 3DXOR Foram 11 procedimentos que aconteceram de janeiro a junho de 2011. Atualmente, a equipe da Unidade de 7UDQVSODQWH H ,QVXÂż FLrQFLD GR +0 Mi UHJLVWUD SURFH dimentos. O relatĂłrio revela ainda que o CearĂĄ tambĂŠm se posiciona como segundo colocado na estatĂ­stica por milhĂŁo de habitantes, com uma mĂŠdia de 2.6 transplanWHV Âż FDQGR D IUHQWH GH (VWDGRV FRPR 6mR 3DXOR 3DUDQi e Rio Grande do Sul. De acordo com o coordenador da Equipe de Transplante do HM, JoĂŁo David de Souza Neto, o CearĂĄ manteve boa mĂŠdia em relação ao paĂ­s, que registrou queda considerĂĄvel no nĂşmero de transplantes. Mas ele revelou que a quantidade de transplantes cardĂ­acos poderia ter sido maior. “Por causa da mĂĄ conservação dos ĂłrgĂŁos captados, muitos coraçþes doados acabam nĂŁo sendo transplantadosâ€?, explicou. Este ano, quatro SDFLHQWHV TXH DJXDUGDYDP QD Âż OD SRU XP WUDQVSODQWH cardĂ­aco nĂŁo resistiram a espera e acabaram morrendo.

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osmar baquit

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Leituras V O Menino do Choró Retalhos de Lembranças A Casa de Farinha -RVp :LOVRQ 3HUHLUD

Um dos espetåculos mais inesquecíveis para o Menino do Choró, era a Farinhada, que consistia na fabricação de farinha de mandioca, da maneira o mais artesanal e primitiva possível. Era uma oportunidade de se constatar de uma maneira muito forte, a solidariedade, a união, a amizade e o cooperativismo empírico, entre famílias e vizinhos. Era ainda, o nascer de muitos romances que resultavam em casamentos. Parentes e vizinhos se juntavam para ajuda mútua e produzir a farinha. Cada vez era numa Casa de Farinha distinta. Alguns pequenos agricultores que não dispunham de instalaçþes adequadas, usavam as de um parente ou compadre amigo, pagando uma pequena quantia em espÊcie ou em farinha mesmo. O Menino do Choró, ia às vezes, nas fÊrias, na Êpoca de Farinhada, para a casa dos Marinheiros, parentes distantes, no povoado de Timbaúba, a cerca de uma lÊgua, 6 quilômetros do Choró. Eles tinham uma boa Casa de Farinha, bem arejada, com fornos adequados, secadeiras, moendas, bolandeira e cangas de bois para puxå-la. A Casa de Farinha propriamente dita era uma espÊcie de galpão enorme, com o pÊ direito muito alto, de forma circular como se fosse uma grande toca de índio coberta por palha da carnaubeira. A força motriz da moenda era uma dupla de bois velhos e cansados, que URGDYDP LQGH¿ QLGDPHQWH QDTXHOH FtUFXOR GH FHUFD GH 4 ou 5 metros de diâmetro. Ali ocorria a parte triste do processo, pois os animais eram chicoteados e às vezes, FXWXFDGRV FRP XPD YDUD ¿ QD ORQJD FRP XP IHUUmR QD ponta. Mas era apenas isso que empanava o brilho e a alegria daquele ambiente tão agradåvel e do espetåculo deslumbrante aos olhos do Menino do Choró. A cena era impressionante, com muitas mulheres, mais de vinte possivelmente, sentadas no chão batido, trajando roupas de trabalho muito simples. Usavam vestido de chita, algumas com uma calça comprida para permitir liberdade de sentar à vontade, sem maiores preocupao}HV GH SXGRU (VVDV PXOKHUHV ¿ FDYDP DR UHGRU GH XP monte de mandioca, da altura de uns 3 metros, munidas de faca bem amolada para permitir uma raspagem fåcil do tubÊrculo. Aí Ê que transparecia a alegria no trabalho porque ao mesmo tempo em que raspavam, cantavam músicas populares, folclóricas, cantigas de roda ou ciranda e o tempo passava sem se sentir. Não havia nenhum instrumento musical. Era somente um coro de YR]HV DWp TXH EHP D¿ QDGR 0XLWDV YH]HV GHSHQGHQGR da quantidade de mandioca arrancada e transportada, essa faina entrava pela noite a dentro. Nos intervalos era servido cafÊ, aluar, garapa de cana ou atÊ de rapadura, sempre acompanhada de tapioca ou beiju. Animais domÊsticos, como cachorros vira latas, galinhas com seus pintinhos, galos, capotes, gatos, cabras, carneiros e alguns påssaros passeavam tranqßilamente naquele ambiente agradåvel que lhes acolhia de bom grado e lhes fornecia algumas sobras de alimentos. A mandioca depois de raspada, era triturada. Depois de espremida para tirar o líquido altamente tóxico, a maniçoba, era posta a secar para em seguida ir ao forno e se tornar farinha. Os pequenos acidentes de trabalho eram resolvidos ali mesmo, na hora. Os mais comuns eram pequenos cortes nas mãos. Nesses casos, uma pessoa mais jeitosa colocava pó de cafÊ e amarrava com um pedaço de pano limpo. Pronto, estava resolvido o problema. Terminada a tarefa, restava esperar a nova safra ou nova Farinhada em outra Casa de Farinha da região. -RVp :LOVRQ 3HUHLUD 9D]DQWHV $UDFRLDED %UDVtOLD Julho de 2001

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BNB injetou R$ 1,6 bilhão na economia cearense no 1º semestre O Banco do Nordeste injetou mais de R$ 1,6 bilhão na economia cearense no primeiro semestre de 2011, em cerca de 390 mil operaçþes de crÊdito, 26,3% superior ao contratado no mesmo período do ano passado. O montante divide-se em operaçþes de longo prazo (R$ 899 milhþes), curto prazo (R$ 754 milhþes) e mercado de capitais (R$ 12 milhþes). O crÊdito comercial, que envolve capital de giro e CrÊdito Direto ao Consumidor, teve aumento de 23,5% no período, alcançando a cifra de R$ 376,5 milhþes. A maior parte das operaçþes, cerca de 350 mil, refere-se a operaçþes de microcrÊdito urbano e rural, segmentos para os quais foram destinados aproximadamente R$ 418 milhþes. Somente por meio do Crediamigo, programa de microcrÊdito urbano do BNB, foram desembolsados R$ 378 milhþes em emprÊstimos. Nessa linha de crÊdito, o crescimento foi de, aproximadamente, 40%. Com o Agroamigo, com o qual operacionaliza o Grupo B do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Banco contratou R$ 40 milhþes, 17,4 % mais do que no primeiro semestre de 2010. Considerando todas as linhas do Pronaf, o valor GRV ¿ QDQFLDPHQWRV DWLQJLX 5 PLOK}HV FUHVFLPHQ to foi de 11,2%. Na comparação semestral, os crÊditos para as Micro e Pequenas Empresas cearenses 28% cresceram. Foram quase 7,5 mil operaçþes realizadas com o segmento, num total de R$ 265 milhþes liberados.

CearĂĄ bate recorde de exportaçþes com U$ 3,4 bilhĂľes O comĂŠrcio exterior cearense alcançou, em 2010, a marca recorde de US$ 3,4 bilhĂľes, consequĂŞncia direta da ampla expansĂŁo nas transaçþes comerciais do CearĂĄ com o resto do mundo. Merece tambĂŠm destaque o forte crescimento das importaçþes, que superaram a expansĂŁo das exportaçþes quando comparado a 2009. Tais constataçþes – e outras muitas - fazem parte do trabalho “AnĂĄlise do Desempenho do ComĂŠrcio Exterior do CearĂĄ 2010 – 2011â€? tĂ­tulo do Ipece/Informe nÂş 14, que o Instituto de Pesquisa e EstratĂŠgia EconĂ´mica do CearĂĄ (Ipece), ĂłrgĂŁo vinculado Ă Secretaria de Planejamento e GestĂŁo (Seplag) do Governo do Estado O aumento na aquisição desses bens de capital (importação), na anĂĄlise do professor FlĂĄvio Ataliba, diretor Geral do Ipece, ĂŠ fruto do forte processo de expansĂŁo que R &HDUi YHP DSUHVHQWDQGR QRV ~OWLPRV DQRV UHĂ€ HWLQGR -se no aumento na capacidade produtiva da economia nos prĂłximos anos. Ele avalia que as novas medidas que estĂŁo sendo adotadas pelo Governo Federal, especialmente a partir do Plano Brasil Maior, possam favorecer a competitividade das exportaçþes cearense jĂĄ que grande parte delas concentra-se em setores que sĂŁo intensivos em mĂŁo-de-obra, que ĂŠ o foco do referido plano. O mais novo trabalho do Ipece ĂŠ composto por 24 pĂĄginas, divididas em Introdução; A balança comercial do CearĂĄ; O Comportamento das transaçþes comerciais internacionais (destaques das exportaçþes e das imporWDo}HV 2 SHUÂż O GR Ă€ X[R GR FRPpUFLR LQWHUQDFLRQDO GR Estado: O comportamento da balança comercial cearenVH QR SULPH LUR WULPHVWUH GH &RQVLGHUDo}HV Âż QDLV e Anexo. Logo apĂłs o lançamento, o Ipece/Informe nÂş 14 vai ser disponibilizado na pĂĄgina www.ipece.ce.gov. br.Sereia de Ouro entregue a Fernando Cesar Mesquita, Valmir Campelo, Everardo Teles e Luiz Hermano

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Leituras VI Quem matou o sargento Galego? Newton Pedrosa (*) A vida do policial militar de hĂĄ dĂŠcadas no CearĂĄ era um combate incessante aos cangaceiros que infestavam os sertĂľes.As “diligĂŞncias,â€? patrulhas FRPDQGDGDV SRU XP VDUJHQWR RX RÂż FLDO VDtDP HP incursĂľes pelo interior a qualquer hora Ă cata de bandidos os mais ferozes, quase sempre protegidos dos coronĂŠis do mato. Viajavam quilĂ´metros e lĂŠguas, fuzĂ­s Ă s costas, enfrentando Ă pĂŠ o sertĂŁo adusto, em montarias ou velhos jeeps emprestados, por estradas acidentadas, lamacentas no inverno e poeirentas no verĂŁo.Eram uns herĂłis em suas missĂľes, que enfrentavam toda sorte de obstĂĄculos por conta da vocação SURÂż VVLRQDO 5HDOL]DYDP VH HP SHJDU R EDQGLGR H exibi-los como trofĂŠus, mostrando-os pelas ruas da cidades a uma população estupefata. Naquele tempo bandido era bandido e policial era polical e pronto. Homens valentes e destemidos! Nem por isso, no entanto, estavam Ă salvo de emboscadas da bandidagem, Ă s vezes fatais, e alguns tombavam sob as balas ou punhais assassinos. Coronel Chico Bento, coronel Antonio Pereira, capitĂŁo AraĂşjo, tenente Arnaud, tenente SĂĄ Roriz, sargento Josias, sargento *DOHJR FDER 6LSD~ED H VROGDGR 0DUWLQV Âż ]HUDP D crĂ´nica policial dos anos 40 e 50 do sĂŠculo passado no sul do CearĂĄ, recheada de lances dramĂĄticos e de coragem. naquele ĂŠpoca delegados de polĂ­cia sempre estavam a serviço de chefes polĂ­ticos da UDN ou do PSD, que se revezavam em disputas radicais no poder a cada quatro anos. Foi nessa circunstância que o sargento Galego,forte e elegante, novo e valente, foi designado delegado especial na conturbada regiĂŁo do Jaguaribe sob o mando do “coronelâ€? JosĂŠ de Holanda Cunha poderoso lĂ­der udenista. *DOHJR WHULD XP Âż P WUiJLFR &HUWD YH] EHELD num bar e se gabava de suas conquistas amorosas no lugar,contando quantas delas haviam passado por ele. Um garoto de vinte anos que ouvia a conversa reagiu e fez ver que ele assim agia porque nunca KDYLD PH[LGR FRP Âż OKD RX PXOKHU GH KRPHP 2 sargento levantou-se e passou o copo no nariz do menino, que repeliu lançando a bebida sobre o militar. Revidando, Galego sacou de uma faca e lhe cortou o fundo das calças, chegando a lhe ferir as nĂĄdegas. Sangrando, a vĂ­tima foi para casa e narrou o acontecido ao pai,que se sentindo ultrajado, jurou vingança. Dias depois, o sargento recebeu uma carta DQ{QLPD GHÂż QLQGR R GLD D KRUD H R ORFDO HP TXH seria assassinado. NĂŁo deu importância Ă ameaça e Ă morte anunciada. Certa manhĂŁ, um dia de feira, estava ele Ă sombra de frondosa Ă rvore em frente Ă residĂŞncia do coronel Holanda,quando dois pistoleiros se aproximaram de repente desferindo-lhe vĂĄrios tiros, matando-o na hora. A seguir, sacaram de facas e cada um cortou as orelhas do cadĂĄver,levando-as como valioso trofĂŠu. E desapareceram na mata sem deixar vestĂ­gio. AtĂŠ hoje nĂŁo se sabe quem foram os autores do crime ou quem mandou matar o sargento. Quem matou o sargento Galego ? (*) Newton Pedrosa (Fortaleza), jornalista

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Leituras VII

Como o CearĂĄ libertou seus 30 mil escravos

JB Serra e Gurgel (*) Ingleses, franceses, espanhĂłis, holandeses e portugueses, numa ponta e reinos africanos, noutra, ganharam vendendo e comprando escravos. Era um importante item do comĂŠrcio internacional na ĂŠpoca. ComĂŠrcio tĂŁo sujo como a corrupção dos novos tempos, no Brasil, na India, no AfeganistĂŁo, no PaquistĂŁo e no NordestĂŁo. %DUmR GH 6WXGDUW H 5RGROIR 7HyÂż OR FRQFRUGDUDP TXH HP 25.03.1883, quando o CearĂĄ libertou seus escravos, contava apenas 30 mil numa população de 721 mil habitantes. O Censo de 1872 contou 31.913 e o de 1881 24.463 cativos e 7.436 livres. NĂŁo eram muitos, pois o CearĂĄ nĂŁo tinha cana de açúcar, minas e gado que exigissem mĂŁo de obra intensiva. O “Libertadorâ€? em 01.01.1884, localizou os 21.516 escravos no CearĂĄ: Fortaleza/Messejana, 1.273; Aracati/ UniĂŁo/Jaguaruana, 1.159; Granja/Palma/CoreaĂş, 1.250; AcaraĂş, 440; Aquiraz, 449; Acarape/Redenção, 115; AssarĂŠ, 512; Barbalha/MissĂŁo Velha, 512; BaturitĂŠ, 789; CanindĂŠ/ Pentecoste, 516; Cascavel, 807; Crato, 835; IcĂł, 731; Ipu, 736; Imperatriz/Itapipoca, 882; Jardim 446; Jaguaribe/ Cachoeira/SolonĂłpole, 608; Limoeiro do Norte, 608; Lavras da Mangabeira, 768; Maranguape/Soure/Caucaia, 847; Maria Pereira/Mombaça, 438; Milagres, 586; Morada Nova, 367; Pedra Branca, 157; Pacatuba, 298; Pereiro, 465; Quixeramobim, 1.924; QuixadĂĄ, 298; SĂŁo Francisco/ItapagĂŠ, 427; SĂŁo Bernardo/Russas, 1.972; Santa QuitĂŠria, 820; Santana do AcaraĂş, 941; SĂŁo Mateus/JucĂĄs. 499; Saboeiro/ Brejo Seco/Brejo Santo, 1.130; SĂŁo JoĂŁo do PrĂ­ncipe/TauĂĄ/ Arneiroz, 1.956; SĂŁo Benedito/Ibiapina, 135; Telha/Iguatu, 251; Trairi, 249; Tamboril, 614; Viçosa do CearĂĄ, 323 e VĂĄrzea Alegre, 153. Como Acopiara era entĂŁo Lages, distrito de Telha/Iguatu, nĂŁo hĂĄ precisĂŁo sobre quantos acolheu. “No porto do CearĂĄ nĂŁo se embarca mais escravosâ€?. A frase ĂŠ atribuĂ­da a Chico da Matilde, Francisco JosĂŠ do

Nascimento, por JosĂŠ do PatrocĂ­nio mais tarde batizado DragĂŁo do Mar, jangadeiro de Aracati, prĂĄtico-mor, prĂĄtico da barra, convocado por Pedro Artur de Vasconcelos e JosĂŠ NapoleĂŁo para trancar o ´porto a partir de 30.08.1884, por sua liderança junto aos praieiros, nĂŁo se embarcando e nĂŁo se desembarcando. Nesta ĂŠpoca, nĂŁo havia atracadouro em Fortaleza. Os navios Âż FDYDP DR ODUJR H R GHVHPEDUTXH HUD FRPSOH[R DWUDYpV GH jangadas e barcos a remo. Em 30.08.1881, Tentaram embarcar PDV 'UDJmR GR 0DU FRP VHXV KRPHQV LPSHGLUDP &RQĂ€ LWR FRP RV HVFUDYRFUDWDV PDV D SROtFLD Âż FRX GR ODGR GRV MDQJDGHL ros. ConsequĂŞncia: DragĂŁo do Mar foi demitido das funçþes de prĂĄtico-mor . Houve reaçþes, protestos dos comerciantes, pressĂľes junto ao Governo provincial e denuncias de abusos junto ao governo do ImpĂŠrio. Mais tarde, em 1883, DragĂŁo do Mar foi suspenso de suas funçþes de prĂĄtico da barra, “resta-me agora fechar as minhas contas com os meus gratuitos e covardes inimigosâ€?. Em 30.11.1882, JosĂŠ do Patrocinio, o “Marechal Negroâ€?, lĂ­der abolicionista do Rio de Janeiro, desembarcou em Fortaleza, com Alipio Teixeira, seu colega da Gazeta da Tarde, tendo calorosa acolhida da Libertadora, o Centro Abolicionista e do Clube dos Libertos. Num encontro com DragĂŁo do Mar, indagou: “entĂŁo, o porto estĂĄ mesmo bloqueado?â€? A resposta: ÂłQmR Ki IRUoD QHVWH PXQGR TXH R IDoD UHDEULU DR WUiÂż FR QHJUHL roâ€?. A presença de Patrocinio em Fortaleza teve impacto, com manifestaçþes no Passeio PĂşblico, vitrine da pequena cidade. O “Libertadorâ€? repercutiu a visita e os abolicionistas marcaram para 1° de dezembro a libertação dos 32 escravos em Acarape/ Redenção, iniciando a onda emancipacionista. Começaram a recolher dinheiro para comprar as alforrias. Uma delas , de um conto de rĂŠis (1:000$000), veio do Imperador dom Pedro II para a Sociedade Cearense Libertadora , sacada do Banco do Brasil contra os srs. Pereira Carneiro &Cia, de Pernambuco, $FDUDSH 5HGHQomR OLEHUWRX H Âż FRX FRPR VtPEROR GD emancipação, com a presença de JosĂŠ do PatrocĂ­nio que retornou ao Rio de Janeiro em 10.01.1883 e que cunhou a expressĂŁo

que o CearĂĄ era a “Terra da Luzâ€?, que nos acompanha hĂĄ mais de um sĂŠculo, exprimindo o que vira no CearĂĄ. DaĂ­ pra frente, cada municĂ­pio foi repetindo o gesto: Pacatuba, Arrarial/Uruburetama, SĂŁo Francisco/ItapagĂŠ, Imperatriz/ Itapipoca, Canoa/Aracoiaba, BaturitĂŠ, IcĂł, TauĂĄ. Maranguape, Aquiraz, Sobral, Trairi, Santa QuitĂŠria, Aracati, Cachoeira, Lavras, Tamboril, Santana, IndependĂŞncia, Camocim, Cascavel, Morada Nova, AcaraĂş, SĂŁo Bernardo de Russas , Granja. O movimento ganhou impulso. Joaquim Nabuco , de Londres, ao tomar conhecimento do que aconteceria no CearĂĄ em 25 de março de 1885 “Chega-me de diversas partes a noticia de que no dia 25 de março a provĂ­ncia do &HDUi Âż FDUi SDUD VHPSUH OLYUH GD GHVRQUD H GR RSUyEULR GD escravidĂŁo. NĂŁo hĂĄ em nosso passado desde a IndependĂŞncia uma data nacional igual Ă que a providencia do CearĂĄ vai criarâ€?. E criou. Coube ao presidente da ProvĂ­ncia , o baiano SĂĄtiro de Oliveira Dias, com muita pompa, ĂŞnfase, S~USXUD GD LJUHMD VDOYDV EDQGHLUDV Ă€ RUHV WURPEHWDV H tiros, na Praça Castro Carreira, anunciar: “A ProvĂ­ncia do CearĂĄ nĂŁo possui mais escravosâ€?. O grande ausente foi DragĂŁo do Mar que embarcara para o Rio de Janeiro, em 14 de março, tendo sido recebido por dom Pedro II. Em Paris, JosĂŠ do PatrocĂ­nio reuniu a imprensa francesa, anunciou o feito e leu um cartĂŁo de Vitor Hugo: “Uma ProvĂ­ncia do Brasil acaba de declarar extinta a escravidĂŁo no seu territĂłrio. Para mim a notĂ­cia ĂŠ extraordinĂĄriaâ€?. Depois do CearĂĄ, o Presidente da ProvĂ­ncia do Amazonas, o cearense Teodoro Barreto de Farias Souto, fez idĂŞntica proclamação em 20 de junho. Mais tarde, ParĂĄ, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. É bom que as geraçþes atuais, tĂŁo despolitizadas e anestesiadas pela polĂ­tica de baixo nĂ­vel das elites brasileiras, tomem conhecimento dos feitos de seus antepassados. JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor, com base em Djacir Menezes e Raimundo GirĂŁo.

Leituras VIII

Humor Negro & Branco Humor Os ditados da era digital Pensamentos nada corretos

1. A pressa ĂŠ inimiga da conexĂŁo.

13. Quem clica seus bons ares multiplica.

2. Amigos, amigos, senhas Ă parte. 3. A arquivo dado nĂŁo se olha o formato. 4. Diga-me que chat freqĂźentas e te direi quem ĂŠs. 5. Para bom provedor uma senha basta. 6. NĂŁo adianta chorar sobre arquivo deletado.

14. Quem com vírus infecta, com vírus serå infectado. 15. Quem envia o que quer, recebe o que não quer. 16. Quem não tem banda larga, caça com modem. 17. Quem semeia e-mails, colhe spams. 18. Quem tem dedo vai a Roma.com

7. Em briga de namorados virtuais nĂŁo se mete o mouse. 8. Hacker que ladra, nĂŁo morde. 9. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando. 10. Mouse sujo se limpa em casa. 11. Melhor prevenir do que formatar. 12. Quando um nĂŁo quer, dois nĂŁo teclam.

CearĂĄ em BrasĂ­lia

9mR VH RV DUTXLYRV Âż FDP RV EDFN XSV 20. Diga-me que computador tens e direi quem ĂŠs. 21. Uma impressora disse para outra: Essa folha ĂŠ sua ou ĂŠ impressĂŁo minha ? 22. Aluno de informĂĄtica nĂŁo cola, faz backup. 23. Na informĂĄtica nada se perde nada se cria... Tudo se copia... E depois se cola.

Pensamentos nada corretos... PIOR DO QUE NĂƒO TER O QUE VESTIR, ĂŠ nĂŁo ter alguĂŠm para te despir... Casamento começa em ‘motel’ e termina em ‘pensĂŁo’! PINTO É QUE NEM DĂ“LAR: SOBE NO PARALELO E CAI NO OFICIAL. É fazendo muita merda que se aduba a vida!!! ‘Ironia do destino ĂŠ quando um jardiQHLUR WHP XP Âż OKR Ă€ RU]LQKD H XPD Âż OKD trepadeira...’ Qual mulher nunca comeu uma caixa de bis por ansiedade, uma folha de alface por vaidade e um cafajeste por saudade? ‘NĂŁo adianta ser rico e usar roupas caras, se o melhor da vida a gente faz pelado.’ ‘NĂłis sĂł num bebe acetona porque tira o esmalte dos dente.’ ‘Tem dia em que a noite ĂŠ foda.’ ‘Se tiver que casar, case com uma mulher baixa. Dos males, o menor!’

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‘’Passar a mulher para trĂĄs ĂŠ fĂĄcil,difĂ­cil ĂŠ passar adiante!’ ¾V YH]HV p PHOKRU Âż FDU TXLHWR H GHL[DU que pensem que vocĂŞ ĂŠ um idiota, do que abrir a boca e nĂŁo deixar nenhuma dĂşvida.’ Homem ĂŠ como orelhĂŁo: A cidade estĂĄ cheia deles, sĂł que 75 % nĂŁo funciona, e o restante estĂĄ ocupado. A S S A LT O J A P O N E S KKKKKKKKKKKKKKKK A polĂ­cia estava fazendo a maior blitz por conta de um assalto a um banco, nas imediaçþes de CarapicuĂ­ba, em SĂŁo Paulo. Quando interceptaram uma kombi considerada suspeita, a qual estava lotada de japoneses. A polĂ­cia foi logo gritando: ‘Desce todo mundo!!!!!!!!!!!’ A japonesada obedeceu em silĂŞncio. ‘Agora um por um, vai dizendo seu nome!!!!!’ E eles obedientes foram se apresentando: Sartamo, Obanko, Matamo, Okasha, Kontiro, Nosako, Katamo, Osnique, Saimo, Koreno, Fugimo, Nakombi, Osguarda, Pararo, Tomamo, Noku.

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Ceará em Brasília


Documento Bruno Pedrosa, uma referĂŞncia do CearĂĄ, do Riacho do Machado (Lavras da Mangabeira),Virou o mundo pelo avesso, saiu do CearĂĄ, mas o CearĂĄ nĂŁo saiu dele. Exposição sobre sua obra serĂĄ inaugurada dia 20.10 na Unifor, em Fortaleza. Raimundo Pinheiro Pedrosa ou Bruno Pedrosa, 61 anos, um dos maiores artistas plĂĄsticos cearenses contemporâneos, desenhista, pintor, escultor, joalheiro, tapeceiro, tem um compromisso que quer resgatar: Riacho do Machado, Lavras da Mangabeira e CearĂĄ. Quer ser reconhecido como cearense. Virou o mundo pelo avesso, saiu do CearĂĄ, mas o CearĂĄ nĂŁo saiu dele. A ItĂĄlia ĂŠ grande, mas o CearĂĄ ĂŠ maior. Nascido no CearĂĄ, jamais perdeu sua identidade principal. HĂĄ 43 anos longe do Riacho do Machado, amigo de infância de Nonato Luis, seu primo, e de juventude de JosĂŠ Sampaio de Lacerda Junior, do Crato, ĂŠ uma apaixonado por sua terra, tem consigo uma biblioteca de 3.000 volumes sobre a HistĂłria do CearĂĄ, encadernada com couro de vaca do CearĂĄ, com raridades histĂłricas, disputadas a tapa com outro notĂĄvel colecionador de obras cearenses, JosĂŠ BonifĂĄcio Câmara, cuja famĂ­lia vendeu a sua biblioteca de 30 mil volumes ao governo do CearĂĄ. Tem atĂŠ uma coleção completa da revista Itaytera, do Crato. Acompanha o que se passa na terra e se emocionou em 20.08, quando na despedida do ministro Ubiratan Aguiar, em BrasĂ­lia, encontrou em casa de Geraldo Vasconcelos dezenas de cearenses: “matei muitos coelhos com uma cajadadaâ€?, ao ser apresentado a todos eles. Neste dia tomou cajuĂ­na, comeu castanha. Âł(VWRX UH FRQÂż JXUDQGR PLQKD FLGDGDQLD FHDUHQVH´ DGPLWH cheio de fĂŠ, esperança e orgulho o que se consumarĂĄ em 20 de outubro, em Fortaleza, quando inaugurarĂĄ exposição de desenhos e pinturas, na Unifor, sob patrocĂ­nio do MinistĂŠrio das Relaçþes Exteriores da ItĂĄlia e que abrirĂĄ o Ano da Cultura Italiana no Brasil, a ser celebrado em 2012. A Exposição tem a curadoria do Museu de Arte Contemporânea de Lucca, sendo curador um dos maiores crĂ­ticos de arte da ItĂĄlia, Maurizio Vanni, e marcarĂĄ os 40 anos de sua 1ÂŞ mostra fora do Brasil. ContarĂĄ com 15 quadros e 15 desenhos. Os desenhos sĂŁo uma pequena mostra do que chamou de “Suite Cearenseâ€?, um FRQMXQWR GH GHVHQKRV LGHQWLÂż FDGRV FRP R nome de cada uma das 70 praias do CearĂĄ entre PiauĂ­ e Rio Grande do Norte, coisa que o Google tem sem a indicação dos nomes, mas que ele debruçado num mapa detalhou com seus lĂĄpis. A exposição terĂĄ em seguida uma trajetĂłria pelas principais galerias do mundo. O que gostaria ĂŠ que fosse editada a “Suite Cearenseâ€? no CearĂĄ SDUD FRQÂż UPDomR GH VXD FHDUHQVLGDGH Âł3DUD PLP nĂŁo adianta ser conhecido em todo mundo e ser desconhecido no meu paĂ­s e no meu CearĂĄ. Quero R PHX UHFRQKHFLPHQWR FRPR Âż OKR GR 5LDFKR GR Machado. E difĂ­cil mas nĂŁo impossĂ­vel. Venci WRGRV RV GHVDÂż RV TXH D YLGD S{V QD PLQKD IUHQWH e vencerei este tambĂŠmâ€?. Bruno ĂŠ determinado, como todo cearense. “O mundo ĂŠ mundo em toda a dimensĂŁo da sua bola. Um homem pode viver acima ou abaixo da linha do Equador, que nĂŁo ĂŠ um papel que determina onde tem que viver. Se um dia vocĂŞ sentir necessidade de ter uma cidadania que guarde no coração que seja a de cearenseâ€?. A frase de Raimundo Pinheiro Pedrosa, “Raimundo AndrĂŠ dos TorrĂľesâ€?, seu avĂ´, ditada no Riacho do Machado, PDUFDULD GHÂż QLWLYDPHQWH D YLGD GH RXWUR 5DLPXQGR 3LQKHLUR 3H GURVD QHWR Âż OKR GH 0DQXHO 3LQKHLUR 3HGURVD Âł0DQRHO $QGUp GD Catingueiraâ€?, seu pai, que vive ainda hoje na mesma sesmaria de Bernardo Duarte Pinheiro, outorgada em 20 de fevereiro de 1717, e desde entĂŁo ocupada por seus descendentes. Fala com carinho de seu avĂ´ que o acompanhou Ă distância. O avĂ´ dos TorrĂľes um dia lhe disse e jamais esqueceu: “Numa terra que nĂŁo tem rapadura nĂŁo se pode viverâ€?! Em 1968, a famĂ­lia se reuniu no Riacho do Machado, com a presença do avĂ´, do pai, familiares e dos amigos para uma despedida FKHLD GH HPRomR H VXVSHQVH $R Âż QDO GH XP DOPRoR 5DLPXQGR Pinheiro Pedrosa, com 18 anos, comunicou a todos sua disposição de ir estudar no Rio de Janeiro. Passara uma temporada no Crato RQGH Âż ]HUD R JLQDVLDO H HP )RUWDOH]D RQGH FRQFOXtUD R FROHJLDO )RL aĂ­ que se avĂ´ lhe perguntou: estudar o que? “Belas Artesâ€?, respondeu Âż UPH R MRYHP 5DLPXQGR 2 DY{ UHDJLX FRP PDMHVWDGH DWHQomR H respeito, mas o pai lhe passou uma baita descompostura na frente de todos. Uma coisa feia. Bruno ouviu calado, pois fora educado QD OHL GH TXH TXDQGR XP VHQKRU IDOD R Âż OKR RXYH VHP QDGD GL]HU Terminado, retrucou num tom mais baixo, com a dignidade de quem sabia o que queria e ainda deixou claro: “ Vou estudar arte,

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estabilidade,renuncia, meditação, vivendo a regra monĂĄstica de SĂŁo Bento, sob o lema “ora et laboraâ€?, reza e trabalha. Os monges faziam tudo que trouxeram da vida civil. Quem era engenheiro, DGYRJDGR RX PpGLFR FRQWLQXDYD H[HUFHQGR VXD SURÂż VVmR (OH continuou pintando, desenhando, em contato com o mundo das artes do Rio de Janeiro. Fez inclusive um painel de 6 metros quadrados que estĂĄ no Mosteiro de SĂŁo Bento, de Juiz de Fora/MG e um retrato de JoĂŁo Paulo II que se encontra no Museu do Vaticano. “Monge necessariamente nĂŁo ĂŠ padre, ĂŠ um cristĂŁo que decide viver a vida cenobitica sob uma regra de obediĂŞncia, silĂŞncio, oração e trabalhoâ€?. Assinalou, lembrando que o Mosteiro fora construĂ­do pelos monges e que se mantinha, nĂŁo com dĂ­zimos, doaçþes e contribuiçþes,cobrança de batizados e casamentos, mas com o resultado do trabalho dos prĂłprios monges. Recorda alguns dos grandes nomes do Mosteiro, Dom Lourenço Almeida Prado, mĂŠdico, Dom Irineu Pena, neto do ex Presidente Afonso Pena e Dom Marcos Barbosa, da Academia Brasileira de Letras. Em 1980, deixou o hĂĄbito de monge mas com sua arte produziu um ĂĄlbum de 30 desenhos do Mosteiro, publicado para comemorar os 1.400 anos de nascimento de SĂŁo Bento, com apresentação de 3LHWUR 0DULD %DUGL QRWD ELRJUiÂż FD GH 5DFKHO GH 4XHLUR] H FUtWLFD de Clarival do Prado Valadares, amigos e incentivadores, e que se transformou em documento histĂłrico, hoje esgotado, e disputado em leilĂľes e livrarias de arte. Uma nova re-edição, inclusive bilĂ­ngĂźe, estĂĄ em curso, idĂŠia que apĂłia. Cinco anos depois saiu do mosteiro e foi morar em NiterĂłi, onde montou atelier de pintura em IcaraĂ­. Em NiterĂłi,viveu e estĂĄ enterrado o maior pintor cearense de todos os tempos, Raimundo Cela, que foi professor da Escola Nacional de Belas Artes. Bruno conquistou a cidade tornando-se CidadĂŁo de Niteroi. Em 10 de março de 2012,sua afeição pela cidade serĂĄ retribuĂ­da com exposição comemorativa dos 40 anos de carreira, no Museu do IngĂĄ, que foi sede do governo do antigo Estado do Rio de Janeiro. Em 1981, conheceu Elinor Perlingeiro Garnero, Lila, arquiteta, casaram-se seis meses depois e foram morar em Ipanema. Reabriu seu atelier no Flamengo. Ela era de Ipanema, nascida na rua BarĂŁo de -DJXDULEH Âż OKD GR WHQRU LWDOLDQR *LRYDQQL Garnero, que viera fazer uma temporada no Municipal e se apaixonou pelo Rio de Janeiro, casado com Ausonia Perlingeiro, uma mulher tipicamente carioca, bonita e encantadora. Em 1982, nasceu a primeira Âż OKD GR FDVDO $QGUpLD KRMH DGYRJDGD SHOD 8QLYHUVLGDGH GH 7UHQWR na ItĂĄlia, especialista em Direito Internacional. Em 1985, nasceu a VHJXQGD Âż OKD 7KHUH]D TXH VHJXLX VHXV SDVVRV QD FDUUHLUD DUWtVWLFD casada com o fĂ­sico italiano Alberto Cavallin. Em 1986, lançou o ĂĄlbum de desenho “Retratos do Rioâ€?, com tiragem limitada e numerada, e o poema “Retrato de uma Cidadeâ€?, de seu amigo, Carlos Drummond de Andrade. Em 1987,levou a famĂ­lia para morar em Mury, em Nova Friburgo, quando evoluiu, Nacional de Belas Artes, que passara por um terremoto, pois seus progressivamente, do naturalismo realista, para o expressionismo principais mestres tinham sido aposentados compulsoriamente pelo fouvista para chegar gradativamente ao abstrato gestual. Em 1988, regime polĂ­tico dominante, profs. Mario Barata, Abelardo Zaluar viajou pela Espanha, Portugal, França. Em 1990, mudou-se para a ItĂĄlia, indo morar inicialmente em H 4XLULQR &DPSRÂż RULWR 0iULR LQFOXVLYH SDVVDUD XP SHUtRGR no CearĂĄ quando deu referĂŞncia aos grandes nomes das artes do Cuneo, no Piemonte, no noroeste italiano, terra natal de seu sogro, CearĂĄ, Vicente Leite, Aldemir Martins, SinhĂĄ d’Amora, Antonio mudando-se depois para Bassano del Grappa, cidade de mais de Bandeira, SĂŠrvulo Esmeraldo. Na direção Escola estava Thales mil anos, ao pĂŠ do monte Grapa, 70 km distante de Veneza, com 40 0HPyULD Âż OKR GH $UTXLPHGHV 0HPyULD DUTXLWHWR FHDUHQVH 3D mil habitantes, mas que tem trĂŞs grandes museus, uma Academia ralelo ao curso de Belas Artes cursou tambĂŠm, sempre na UFRJ, de Letras, grande biblioteca, livrarias, o que lhe assegura intensa e RV FXUVRV GH $UTXHRORJLD H )LORVRÂż D (P HQWURX SDUD R distinta vida cultural na ItĂĄlia. Em Bassano viveu muitos anos em Mosteiro de SĂŁo Bento, na Praça MauĂĄ no Rio de Janeiro, onde era uma casa histĂłrica, situada ao lado do “Ponte Vecchioâ€?, um dos DEDGH QDTXHOH SHUtRGR 'RP ,QiFLR $FFLRO\ Âż OKR GR HPEDL[DGRU mais importantes monumentos histĂłricos da ItĂĄlia, datado de 1542. cearense Hildebrando Nogueira Accioly, que fora ministro das Seu atelier transformou-se rapidamente em ponto turĂ­stico, sendo Relaçþes Exteriores e por longos anos embaixador junto a Santa comum turistas baterem Ă porta com postal na busca de autĂłgrafo. SĂŠ. Filho e neto, respectivamente, do Presidente da ProvĂ­ncia do Durante 15 anos trabalhou na fundição de cristal de Murano, a CearĂĄ, Nogueira Acioli. Trocou Raimundo por Bruno, virou monge mesma que produziu trabalhos em vidro para Picasso, Matisse, postulante e levado pela leitura de “A Montanha dos 7 Patamaresâ€?, Braque, Moore, que atrĂĄi milhares de turistas. Suas esculturas estĂŁo de Thomas Merton, o jornalista e escritor norte-americano que em mais de 30 paĂ­ses. -% 6HUUD H *XUJHO $FRSLDUD MRUQDOLVWD H HVFULWRU FRP :LOVRQ escreveu 40 livros, abraçando a vida em comunidade, de silĂŞncio, Ibiapina e JosĂŠ Sampaio de Lacerda Jr. nĂŁo quero um centavo seu. Buscarei meu rumoâ€?. Seu Manoel AndrĂŠ GD &DWLQJXHLUD TXLV FRQWHPSRUL]DU DÂż UPDQGR TXH SRGHULD FRQWDU com sua ajuda, pois tinha algumas vacas e poderia atĂŠ vender, para lhe sustentar, se precisasse. Sem mĂĄgoa, mas sangrando um pouco, fala que seu pai pouco quis saber de sua caminhada, matando um leĂŁo por dia para conquistar seu espaço. Um dia perguntou ao seu LUPmR Mi IDOHFLGR Âł4XDQWR YDOH XP TXDGUR GH %UXQR PHX Âż OKR´ Âą “Vale muito dinheiro, paiâ€?, colocando um bocado de zeros. â€?EntĂŁo dĂĄ pra comprar muitas vacasâ€?. Hoje, vivo, aos 91anos, tĂĄ lĂĄ no seu canto no Riacho do Machado. No Rio de Janeiro, morava em um apartamento na Rua Senador Vergueiro e teve como madrinha, Rachel de Queiroz, entĂŁo o grande nome do CearĂĄ na Capital da RepĂşblica. Quando lhe disse o que pretendia fazer respondeu no talo: “Belas Artesâ€?. Rachel disparou: “VocĂŞ estĂĄ ĂŠ doidoâ€?. No mesmo ano, 1968, realizou sua 1ÂŞ. exposição individual,no Museu Antonio Parreiras, em NiterĂłi. Em 1972, publicou seu 1Âş. trabalho, um ĂĄlbum de desenhos tendo Ouro Preto como tema. Pietro Maria Bardi, lhe abriu as portas no mundo da arte, orientou e levou a conquistar uma bolsa da Fundação Hartford Bristol que lhe permitiu, em 1975, fazer uma serie de desenhos de cidades colonias da AmĂŠrica Latina, começando por Ouro Preto, Brasil; Sucre, na BolĂ­via, Cuzco,no Peru, Iquitos, no Equador, e posteriormente mostra intinerante nos Estados Unidos e no MĂŠxico, onde conheceu a obra do muralista Alfaro Siqueiros. Mas Raimundo nĂŁo estava doido, fez o vestibular na Escola

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Homenagem de Geraldo Vasconcelos e sra. ao Ministro e sra. Ubiratan Aguiar, que se aposentou no TCU

O Almoço de despedidas do Geraldo Vasconcelos (Tianguå) e Maria, ele presidente da Confraria dos Cearenses, em 20.08, em sua casa,para o ministro Ubiratan Aguiar (Cedro) e Inezita, que se despediu do Tribunal de Contas da União em 06.07, de surpresa, sem foguetes, no silêncio do plenårio, reuniu os ministros JosÊ Coelho Ferreira e(Novo Oriente) e Genoveva, Valmir Campelo (Crateús)e Marizalva, Claudio Santos (Parnaiba/PI) e Eliene, ministra Maria Elizabeth Guimarães Rocha, do STM, e general Romeu Bastos, procurador Roberto Gurgel (Fortaleza)e Claudia, embaixadores Rui Nogueira (Rio de Janeiro) e JosÊ Marcus Vinicius de Souza (Fortaleza) e Mårcia, deputado Danilo Forte e ValÊria,desembargadores Cruz Macedo (Mauriti) e Monica, Lecir Manuel da Luz e Tereza,

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Stênio Campelo (Crateús) e Ana, jornalistas Fernando Cesar Mesquita (Fortaleza), presidente da Casa do Cearå,e Claudia, Rangel Cavalcante (Crateús) e Celina, Lustosa da Costa (Sobral)e Veronica, Wilson Ibiapina (Ibiapina), JB Serra e Gurgel (Acopiara) Jose Sampaio de Lacerda Junior (Crato) e pintor Bruno Pedrosa (Lavras da Mangabeira),mais RV ¿ OKRV H QHWRV GH *HUDOGR H 0DULD (GYDOGR H 6XHO\ /HRQDUGR H *HUXVD &ODXGLD H Hugo Gueiros, Fernanda, Marília (Bernardo) , Paula (Lucas); JosÊ Gerado Filho, Alba, Marccella e Fabrício, e Mariza.A surpresa foi a presença do consagrado pintor cearense Bruno Pedrosa (Lavras da Mangabeira), hå 40 anos fora do Cearå e hå 22 anos morando em Bassano del Grappa,na Italia, a 70 km de Veneza.

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Casa do Cearå tem nova Diretoria e Conselho Fiscal para 2011-2015 Souza Filho (Fortaleza) Nas eleiçþes realie JosÊ Ribamar Madeira zadas em 29.09, foram (Itapipoca), Suplentes: eleitos os novos diriJosÊ Aldemir Holanda gentes da Casa ddo Ce(Baixio), general Anarå para o quadriênio tonio Florêncio Silva compreendido entre (Fortaleza) e Edivaldo 2011 e 2015, sendo Ximenes Ferreira (ForPresidente: Osmar Altaleza) A diretoria foi ves de Melo (Iguatu), eleita e empossada em 1º Vice Presidente: JosÊ Carlos Carvalho JosÊ Cobombo JosÊ Madeira 29.09.2011, de acordo Fernando CÊsar Mescom os Estatutos e o quita (Fortaleza); 2º Regimento Interno. Vice Presidente: JosÊ Desafio Sampaio de Lacerda O principal desafio Junior (Crato); Direda nova Diretoria da tor de Planejamento Casa serå a implantae Orçamento : Luis ção do Projeto Fausto Gonzaga de Assis (LiNilo, mediante a venda moeiro do Norte); Dide uma das glebas de retor de Administração Antonio Florêncio Edvaldo Ximenes JosÊ Ademir Holanda 15 metros quadrados, e Finanças: Evandro no SGAN 909/910. Os Pedro Pinto (Fortaleza); Diretora de Obras: Angela Maria Barbosa Parente recursos servirão para a instalação e equipamento da (Fortaleza); Diretor de Saúde: Francisco Machado nova Casa, na outra gleba de 15 mil metros quadrados. da Silva (Pedra Branca); Diretor Cultural: Fernando Atualmente, a Casa atem 6 mil quadrados de årea Gurgel Filho (Fortaleza); (Diretora de Promoção construída. A nova Casa, aterå 12 mil. Os presidentes da Casa foram: Chrisantho Moreira Social: à urea Maria de Magalhães (Fortaleza); Diretor de Comunicação Social: JB Serra e Gurgel da Rocha (Fortaleza), à lvaro Lins Cavalcante (Pedra (Acopiara) e Diretor Jurídico: João Rodrigues Neto Branca), Maria (Mary) Calmon (Fortaleza), JosÊ Jezer (Independência) Conselho Fiscal: Titulares : JosÊ de Oliveira e Fernando CÊsar Mesquita. Carlos de Carvalho (Itapipoca) , JosÊ Colombo de

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Deputado critica discriminação e intervenç~sao na OboĂŠ O deputado Roberto Mesquita (PV) protestou, durante sessĂŁo na Assembleia Legislativa, 20.09, contra a intervenção, feita pelo Banco Central (BC), na financeira OboĂŠ CrĂŠdito, Financiamento e Investimento S/A. O deputado manifestou apoio Ă OboĂŠ Financeira e ao controlador da instituição, Newton Freitas, porque a decisĂŁo da autoridade monetĂĄria foi injusta e discriminatĂłria. No seu entendimento, o Banco Central tratou de forma notoriamente desigual o caso da OboĂŠ, uma empresa do CearĂĄ, quando comparado ao episĂłdio do Banco PanAmericano, de SĂŁo Paulo, no ano passado, TXH HVWDYD FRP SUREOHPDV Âż QDQFHLURV H QHP VHTXHU sofreu intervenção. JĂĄ a OboĂŠ, sem problema de liquidez, UHFHEHX XP DEDOR LQMXVWLÂż FDGR Âł8PD LQVWLWXLomR Âż QDQ ceira vive do crĂŠdito, da boa imagem, e hoje, a OboĂŠ jĂĄ carrega um prejuĂ­zo muito grande por essa injustiçaâ€?, avaliou o parlamentar. Para Roberto Mesquita, a OboĂŠ foi “esmagada pelo trator do Banco Central, que nĂŁo teve penaâ€?, alcançando RXWUDV HPSUHVDV Âż QDQFHLUDV TXH OKH VmR YLQFXODGDV Ressaltou o orador que, em nota divulgada na imprenVD D 2ERp DÂż UPRX TXH FRP DQRV GH IXQFLRQDPHQWR D Âż QDQFHLUD QXQFD UHVSRQGHX SRU SURFHVVR DGPLQLVWUD tivo ou sofreu penalidade por parte do Banco Central. Publicou o DiĂĄrio do Nordeste, em 21.10.2011.

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PĂĄgina da Mulher

Um mercenĂĄrio a caminho

Regina Stella (*)

Tem razĂŁo de querer corrigir algumas imperfeiçþes disse com ar de austeridade, depois de ouvi-la,catedrĂĄtico, E ela chegou, exuberante, linda, no consultĂłrio mĂŠdi- R 'RXWRU %RQLWD FRPR p GHSRLV GH DPDPHQWDU GRLV Âż OKRV co, cheia de ansiedade, na expectativa do que iria dizer VHULD ODPHQWiYHO Âż FDU FRP R EXVWR FDtGR Ă€ iFLGRV RV P~V o cirurgiĂŁo, quando expusesse os motivos que a tinham culos Uma mulher inteligente, e atenta, nĂŁo pode aceitar levado a procura-lo. E com a intenção de acatar a sua os descuidos da natureza. E se derramou em adjetivos, opiniĂŁo e de se submeter aos seus cuidados. fazendo apologia da beleza.Sem perigo algum, o silicone, No meio que assiduamente freqĂźentava, alto nĂ­vel, hoje, resolve todas as preocupaçþes. E, solĂ­cito, pressucargos importantes e mulheres bonitas, sempre vinha Ă URVR FLHQWH GH TXH Âż VJDUD RXWUR QDUFLVR LQGDJRX YRFr tona, nas conversas, em se tratando de beleza, da compe- quer pequeno, mĂŠdio, ou grande o tamanho do b usto? tĂŞncia do Doutor. Sua exĂ­mia habilidade em tirar defeitos, E, sem demora, entrou nos detalhes da cirurgia, por imperfeiçþes,transformar em pequenino e gracioso um RQGH FRPHoDULD R ELVWXUL XP QVLJQLÂż FDQWH FRUWH TXH exagerado nariz, amendoar os olhos, abolir o excesso ninguem perceberia... de gordurinha sob o queixo, a execrĂĄvel papada, e uma E aĂ­, sem cerimĂ´nia, como um artista em cena, no interminĂĄvel lista de correçþes falsamente imaginadas no palco, gesticulando, enveredou pelas descobertas que rosto das beldades, insatisfeitas com os dons que tinham Âż ]HUD H[DPLQDQGR D RV VLQ}HV TXH HQFRQWUDUD QDTXHOH recebido do Criador. rosto lindo e no corpo escultural. Bem, e prosseguiu: os E ali estava, apreensiva, frente ao esteta, medrosa, se seus olhos sĂŁo lindos, mas precisam de uma ligeira insubmetendo Ă sua apreciação. A bem da verdade, a si prĂł- tervenção, Essas linhas, em volta, sĂŁo inaceitĂĄveis, num pria confessava, nĂŁo precisava de um cirurgiĂŁo plĂĄstico! rosto de tanto viço e graça! Essas olheiras, leves,mas dĂŁo Expunha a sua beleza, tĂ­mida e submissa, 30 anos de um ar de cansaço no olhar, e... encanto, os olhos castanhos um pouco repuchados, breA mĂŁe que a acompanhava, ela pedira a sua presença jeiros, as sobrancelhas arqueadas, o riso claro iluminando para adquirir mais segurança, e que permanecera o tempo D Âż VLRQRPLD (OHJDQWH DOWD HVJXLD VLQXRVDV DV IRUPDV todo calada, apenas escutando, nĂŁo se conteve. _ Doutor, o Tinha convicção de que era bonita, mas, como narciso, senhor nĂŁo acha que essas leves olheiras sĂŁo apenas noites se debruçava sobre a sua imagem, fascinada, enfeitiçada, PDO GRUPLGDV" &RP Âż OKRV SHTXHQRV WRGD PmH OHYDQWD insatisfeita, sempre querendo mais! GXDV WUHV YH]HV SRU QRLWH H VH UHĂ€ HWH R VRQR LQWHUURPSLGR

em olheiras passageiras!Quem sabe, uma compressa de ĂĄgua fria, de chĂĄ, pode resolver a questĂŁo! Atenta, percebeu, de pronto, um ar de irritação na voz do Doutor, ao retrucar, decisivo:_ Absolutamente! Essa sombra sob os olhos, essas linhas precisam ser tiradas! A cirurgia plĂĄstica evoluiu bastante, e ĂŠ inadmissĂ­vel que XPD PXOKHU ERQLWD DFHLWH Âż FDU FRP ROKHLUDV TXDQGR XPD pequena intervenção lhe devolve uma pele louçã! Mas, Doutor, insistiu a mĂŁe, esses ligeiros riscos sĂŁo OLQKDV GH H[SUHVVmR GR URVWR UHĂ€ H[R GRV ULVRV GD DOHJULD da exaltação, do fato mesmo de ser jovem e expontaneamente deixar vir Ă tona as emoçþes, o arrebatamento! Como se nĂŁo tivesse ouvido as ponderaçþes, o Doutor prosseguiu explanando a urgĂŞncia da cirurgia naquela Âż VLRQRPLD SHUIHLWD 9HMDPRV DFUHVFHQWRX Mi TXH YDPRV por silicone no busto , porque nĂŁo tirar as linhas em torno dos olhos, o que vocĂŞ acha? e pediu que ela se levantasse, e desse uma volta na sala, O que vocĂŞ acha de fazer uma lipoaspiração nos quadris e tirar um pouco dessa gordurinha que estĂĄ arredondando por demais as suas curvas? Um olhar agressivo como resposta, o Doutor nĂŁo se FRQWURORX Ă€ DJUDGR QR VHX LQWHUHVVH GH WHU PDLV XPD QD sua lista de mulheres bonitas, sujeitas Ă sua tirania, dominando o narciso presente nos pobres mortais. AlĂŠm de, evidentemente, aumentar a sua polpuda renda.. (*) Regina Stella (Fortaleza) , jornalista e escritora

Receitas nordestinas testadas e provadas Raimunda CearĂĄ Serra Azul (*)

Bolo de CarimĂŁ Ingredientes

1 kg de carimĂŁ 4 ovos 100g de manteiga 1 xicara de queijo ralado Deixe a carimĂŁ de molho de um dia para o outro. No dia seguinte, esprema a carimĂŁ num

Leite de 1 coco grande

guardanapo, coloque-a numa tigela, adicione o leite de coco, os ovos, a manteiga e o queijo ralado. Misture tudo muito bem, despeje numa forma untada e leve ao forno quente para assar. (*)Raimunda Serra Azul (Uruburetama), advogada.

Ritmo de aumento da obesidade infantil no Brasil preocupa mĂŠdicos Dados indicam que casos entre crianças de 5 a 9 anos se multiplicaram nas Ăşltimas dĂŠcadas. Para executar este conteĂşdo em Java vocĂŞ precisa estar sintonizado e ter a Ăşltima versĂŁo do Flash player instalada em seu computador. As estatĂ­sticas apontam que a obesidade infantil ĂŠ a que cresce mais rapidamente no Brasil, e o cenĂĄrio agravado por mudanças nos hĂĄbitos alimentares, ampla oferta de produtos hipercalĂłricos e menos atividades fĂ­sicas nas horas de lazer preocupa mĂŠdicos que lidam com o problema Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 20082009, do IBGE, indicam que, em 20 anos, os casos de obesidade mais do que quadruplicaram entre crianças de 5 a 9 anos, chegando a 16,6% (meninos) e 11,8% (meninas). â€œĂ‰ de chorar como estĂĄ vertiginoso o aumento, como o ritmo estĂĄ maiorâ€?, diz a nutricionista InĂŞs Rugani, professora da Uerj e sanitarista do Instituto de Nutrição Annes Dias. “A obesidade vem aumentando faz tempo entre os adultos, mas nĂŁo era observada na infância dessa forma.â€? “Tratamos a obesidade infantil como uma epidemia pelo ritmo vertiginoso de aumento que estĂĄ tendo no mundo, e o Brasil estĂĄ acompanhando esse fenĂ´menoâ€?, diz Rugani, apontando que, em contrapartida, o processo de desnutrição estĂĄ em processo de superação no paĂ­s. Quando se consideram tambĂŠm as crianças com excesso de peso, o problema ĂŠ ainda mais alastrado. De 1989 para 2009, o sobrepeso mais do que dobrou entre meninos, e triplicou entre meninas.

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Hoje, um em cada trĂŞs meninos e meninas de 5 a 9 anos estĂĄ acima do peso normal para a idade. O fenĂ´meno ĂŠ grave tambĂŠm entre pessoas de 10 a 19 anos, faixa de idade em que o excesso de peso gira em torno de 20%. Entre os fatores que levam ao aumento de peso ainda na infância, especialistas destacam mudanças no padrĂŁo alimentar, redução da prĂĄtica de atividades fĂ­sicas nas horas de lazer e diferentes hĂĄbitos nas refeiçþes – nĂŁo raro feitas de frente para a televisĂŁo. “Os jogos antes eram na rua ou na pracinha, as crianças gastavam energiaâ€?, diz o endocrinologista pediatra Paulo Solberg. “Hoje, as brincadeiras sĂŁo no videogame.â€? “A noção de que elas tĂŞm que fazer atividade fĂ­sica ĂŠ nova, porque antigamente elas faziam naturalmenteâ€?, DFUHVFHQWD Âł,VVR WHP TXH VHU SDVVDGR SDUD RV SDLV H Âż OKRV ´

veja o site do projeto BrasĂ­lia 50 anos do CearĂĄ: www.brasilia50anosdeceara.com.br

Excesso de calorias O aumento do consumo de alimentos de alto valor calĂłrico, muitas vezes industrializados, tambĂŠm contribui para a obesidade - assim como o hĂĄbito de fazer refeiçþes ou lanches fora de casa. De acordo com dados do IBGE, quase 50% dos adolescentes comem fora de casa no dia a dia. Entre os itens mais consumidos na rua estĂŁo salgadinhos (fritos, assados ou industrializados), pizza, refrigerante e batata frita. “A propaganda de alimentos faz esse apelo tambĂŠm, alimentos mais coloridos, milhares de biscoitos recheadosâ€?, diz a nutricionista Rosana MagalhĂŁes, pesquisadora do departamento de CiĂŞncias Sociais da Escola Nacional de SaĂşde PĂşblica (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz. “Os alimentos processados tendem a ter uma densidade energĂŠtica absurda e perdem a gama de nutrientes que WLQKDP Âż FDP PXLWR HVWpUHLV´ DFUHVFHQWD /XFLDQH H D Âż OKD 0\OHQD EXVFDUDP DMXGD SDUD WHQWDU combater quadro de obesidade infantil O custo de ter itens saudĂĄveis na alimentação tambĂŠm pode pesar. MĂŁe da pequena Mylena, Luciane Queiroz Costa estĂĄ desempregada e diz ser “entre trancos e barrancosâ€? que consegue ter uma fruta ou legume na geladeira SDUD D GLHWD GD Âż OKD TXH WHP DQRV H DSUHVHQWD TXDGUR de obesidade. Âł$ GLÂż FXOGDGH p PDQWHU D JHODGHLUD FRP OHJXPHV H frutas pelo preço que estĂĄâ€?, diz Luciane. “EstĂĄ tudo muito FDUR Âż FD FRPSOLFDGR ´ Com BBC Brasil no Rio de Janeiro

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Sereia de Ouro entregue a Fernando Cesar Mesquita, Valmir Campelo, Everardo Teles e Luiz Hermano Valmir Campelo Bezerra – Ministro O ministro AntĂ´nio Valmir Campelo Bezerra ĂŠ de CrateĂşs, filho de JoĂŁo Amaro Bezerra e Raimunda Campelo Bezerra, casado com Marizalva Ximenes Maia %H]HUUD H SDL GH Âż OKRV Estudou na Universidade de BrasĂ­lia - UnB, onde concluiu bacharelado em Comunicação Social. Participou de vĂĄrios cursos, entre eles curso de Administração PĂşblica e Desenvolvimento Municipal, realizado na Alemanha, e curso sobre Objetivos e Tarefas das Administraçþes Municipais no DomĂ­nio de Proteção Ambiental, tambĂŠm na Alemanha. Na atividade pĂşblica, destacou-se como deputado federal constituinte, de 1987 a 1991; senador, de 1991 a 1997; ministro do Tribunal de Contas da UniĂŁo, de 2001 a 2002; vice-presidente do Tribunal de Contas da UniĂŁo, de 2001 a 2002; ministro-corregedor do Tribunal de Contas da UniĂŁo, de 2001 a 2002; e presidente do Tribunal de Contas da UniĂŁo, de 2003 a 2004. Participou da Assembleia Nacional Constituinte e exerceu vĂĄrias atividades parlamentares, como a participação em comissĂľes do Congresso Nacional e do Senado Federal. TambĂŠm integrou muitas missĂľes no exterior e, ao longo dos anos, vem acumulando inĂşmeras condecoraçþes e honrarias, entre as quais medalhas do MĂŠrito Alvorada, do 0pULWR %XULWL GR 0pULWR GH %UDVtOLD GR 3DFLÂż FDGRU H ,P perador Dom Pedro II. Na administração pĂşblica, exerceu diversos cargos, como diretor administrativo da Fundação do Serviço Social do Governo do Distrito Federal; diretor administrativo da Sociedade de Abastecimento de BrasĂ­lia; chefe de gabinete da Fundação do Serviço Social do Governo do Distrito Federal; secretĂĄrio do Governo do Distrito Federal (substituto); e administrador regional de Brazlândia, do Gama e de Taguatinga, no Distrito Federal. É autor das publicaçþes: “Deputado Valmir Campelo na Constituinteâ€?; “OpiniĂŁo - PolĂ­tica, Governo e Desenvolvimento EconĂ´micoâ€?; “Plebiscito: Consideraçþes de um Democrataâ€?; “Homens, Feras e PrisĂľesâ€?; “Atividades Parlamentares - 1° Semestre de 1995â€?; “As Safenas da Economiaâ€?; e “O Novo Tribunal de Contas - Ă“rgĂŁo Protetor dos Direitos Fundamentaisâ€?. Everardo Ferreira Telles – EmpresĂĄrio O empresĂĄrio Everardo Ferreira Telles comanda o Grupo YpiĂłca. A empresa da famĂ­lia foi fundada hĂĄ 65 anos pelo bisavĂ´, Dario Telles de Menezes, em Maranguape, um portuguĂŞs que trouxe o conhecimento da fabricação de destilados. Ao longo dos anos, os negĂłcios foram passando pelas geraçþes. Everardo Telles pertence Ă quarta geração, tendo assumido a ĂĄrea comercial e, em oito anos mais tarde, chegou Ă presidĂŞncia do grupo que ĂŠ um dos maiores produtores de aguardente do Brasil e exporta para mais de 40 paĂ­ses nos cinco continentes. HĂĄ trĂŞs dĂŠcadas e meia Ă frente do grupo, ele tem contribuĂ­do para a ampliação,

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cretaria de Comunicação Social do Senado e responsĂĄvel pelo Projeto de Comunicação Social do Senado (jornal, rĂĄdio, TV e agĂŞncia de notĂ­cias). Foi tambĂŠm diretor da PROPEG - agĂŞncia de publicidade, em Angola, e responsĂĄvel pelo Projeto de Marketing PolĂ­tico do Governo do Primeiro Ministro Marcolino Moco. Exerceu ainda os cargos de secretĂĄrio de Estado do Meio Ambiente e Turismo do Governo do MaranhĂŁo, secretĂĄrio executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação e governador do TerritĂłrio Federal de Fernando de Noronha. Presidiu a ComissĂŁo de Defesa dos Direitos do CidadĂŁo, foi secretĂĄrio de Imprensa e Divulgação da PresidĂŞncia da RepĂşblica e membro do Conselho Deliberativo da LegiĂŁo Brasileira da Boa Vontade. JĂĄ recebeu tĂ­tulos, medalhas e condecoraçþes, entre eles Medalha MĂŠrito CidadĂŁo A entrega do TrofĂŠu Sereia de Ouro, em Fortaleza, dia 30.09, encheu o Teatro JosĂŠ de Alencar,em solenidade presidida por d. Yolanda Queiroz. O TrofĂŠu de Fernando Brasiliense, concedido pelo Instituto HistĂłrico e GeogrĂĄCĂŠsar Mesquita foi entregue pelo senador JosĂŠ Sarney,ex-Presidente da RepĂşblica, o Âż FR GR 'LVWULWR )HGHUDO WtWXOR GH &LGDGmR +RQRUiULR GH do ministro Valmir Campelo,pelo senador Fernando Collor de Mello,ex-Presidente da RepĂşblica,o do empresĂĄrio Everardo Teles pelo governador Cid Gomes, BrasĂ­lia, tĂ­tulo de CidadĂŁo Noronhense, tĂ­tulo de CidadĂŁo e do artista Luiz Hermano pelo Ministro CĂŠsar Rocha. Maranhense, GrĂŁ Cruz da Ordem Alencariana JudiciĂĄria PRGHUQL]DomR H GLYHUVLÂż FDomR GDV HPSUHVDV 2 FHDUHQVH p do Trabalho, Ordem do MĂŠrito TamandarĂŠ, Medalha da um empreendedor sempre focado no futuro e nas oportuni- Ordem do Rio Branco, Medalha Santos Dumont e Medalha dades. Assim, o grupo aplicou investimentos em empresas GH +RQUD GD ,QFRQÂż GrQFLD que atuam em diferentes setores: agropecuĂĄria, indĂşstria Luiz Hermano Façanha Farias - Artista PlĂĄstico de papelĂŁo, indĂşstria de garrafas plĂĄsticas, ĂĄgua mineral, O artista plĂĄstico cultura e turismo. Com o acervo de antigas mĂĄquinas e Luiz Hermano Façanha de velhos registros do sĂŠculo dezenove, montou o Museu Farias nasceu no munida Cachaça. LĂĄ encontra-se o maior tonel de madeira do cĂ­pio de Cascavel, onde mundo, registrado no Livro dos Recordes. O tonel com- iniciou os estudos. Filho porta mais de sete milhĂľes de doses de aguardente em um do agricultor Francisco Ăşnico recipiente. No museu, os visitantes podem conhecer a Campoamor Farias e saga da famĂ­lia para produzir a primeira cachaça exportada Silva e de Maria EugĂŞpelo Brasil. E podem acompanhar a evolução da bebida nia Façanha Farias, cresem vĂĄrios perĂ­odos. Ao lado do museu, foi construĂ­do um ceu Ă sombra das manparque de aventuras que transformou aquela ĂĄrea da cidade gueiras e dos cajueiros e de Maranguape em um destino privilegiado: o Complexo desde pequeno mostrou TurĂ­stico YpiĂłca, o Y-Park, que recebe mais de dois mil interesse pelas artes. visitantes por mĂŞs. Parte da renda dos ingressos ĂŠ doada Aos 16 anos, se mudou para a Santa Casa de MisericĂłrdia. Everardo Telles ĂŠ for- para Fortaleza, onde mado em Agronomia e pĂłs-graduado em Economia pela HVWXGRX (GLÂż FDo}HV QD Universidade Federal do CearĂĄ. Da famĂ­lia, herdou os Escola TĂŠcnica Federal do CearĂĄ e iniciou o curso de valores morais como alicerce dos negĂłcios, um conceito )LORVRÂż D QD 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO 'H )RUWDOH]D VHJXLX que transmite para a quinta geração da famĂ­lia. Cinco de para BrasĂ­lia, morou no Rio de Janeiro e foi para SĂŁo VHXV VHWH Âż OKRV RFXSDP FDUJRV HVWUDWpJLFRV QD HPSUHVD Paulo, onde reside. O artista conquistou espaço e nunca Fernando CĂŠsar de Moreira Mesquita – Jornalista mais parou de viajar pelo mundo, tendo morado dois O jornalista Fernando anos em Paris, 1984 e 1985; participou de duas bienais CĂŠsar de Moreira Mesinternacionais de SĂŁo Paulo, em 1987 e 1991. ExpĂ´s no quita iniciou a carreira de Museu de Arte de SĂŁo Paulo Assis Chateaubriand - MASP SURÂż VVLRQDO GD LPSUHQVD - a convite de Pietro M.Bardi. Foram muitas as suas na terra natal, Fortaleza, exposiçþes individuais, entre as principais estĂŁo “Rio onde trabalhou na RĂĄdio de Contasâ€?, “Rede Concreta/Trama Orgânicaâ€?, “Falso Iracema, O Jornal, O EsBrilhanteâ€?, “Extintoâ€?, “Projeto para Dias de Chuvaâ€? e tado e Tribuna do CearĂĄ. “Desenhosâ€?. Entre as exposiçþes coletivas estĂŁo “Volpi Em 1963, em BrasĂ­lia, e as Heranças Contemporâneasâ€?, “PoĂŠticas da Natureingressou no DiĂĄrio Cazaâ€?, “Era Uma Vez... Arte Conta HistĂłrias do Mundoâ€?, rioca. Depois esteve no “Bienal do Vento Sulâ€?, “Puras Misturasâ€? e “Proposiçãoâ€?. Correio do Povo, United Seus trabalhos podem ser vistos nos principais museus Press International, Dibrasileiros, como o MASP, Museu A. Arte Moderna de ĂĄrio de NotĂ­cias, RĂĄdio SĂŁo Paulo e Museu A. Pinacoteca de SĂŁo Paulo, Arte Jovem Pan, O Estado de Contemporânea de SĂŁo Paulo. Uma coleção de trabalhos S. Paulo, Jornal do Brasil doada pelo artista, ‘ mostrando vĂĄrias fases de sua carreie Rede Globo. Em plena atividade, ĂŠ diretor da Secretaria de ra pode ser vista ainda no Museu de Arte, Contemporânea Comunicação Social do Senado Federal, presidente da Casa do CearĂĄ, que funciona no Centro DragĂŁo do Mar, em do CearĂĄ em BrasĂ­lia e membro do Conselho Consultivo Fortaleza. TambĂŠm tem obras na Biblioteca Nacional de da AgĂŞncia Nacional de Telecomunicaçþes, representando Paris e coleçþes particulares, como PatrĂ­cia Cisneiro. Em R 6HQDGR e Âż OKR GH 8OLVVHV 0HVTXLWD H (GLOEHUWD 0RUHLUD 2008, quando realizou a exposição individual “Tempo Mesquita. O jornalista destacou-se no Distrito Federal e jĂĄ do Corpoâ€?, na Pinacoteca de SĂŁo Paulo, lançou um livro ocupou vĂĄrios cargos importantes. Foi assessor de imprensa sobre sua obra. O artista plĂĄstico Luiz Hermano Façanha dos gabinetes dos senadores AntĂ´nio Carlos MagalhĂŁes e Farias ĂŠ representado pela Galeria Nara Roesler, em SĂŁo JosĂŠ Sarney, assessor especial da ComissĂŁo Parlamentar Paulo. Divide seu tempo entre o Rio de Janeiro e SĂŁo Mista do Mercosul no Congresso Nacional, diretor da Se- Paulo na produção da sua obra.

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Mucuripe terĂĄ novo terminal de passageiros e carga

Regiþes litorâneas e sertão recebem melhorias rodoviårias

Cid Gomes inaugura Escola de Educação ProďŹ ssional em Camocim

Porto do Mucuripe passarå de profundidade de 10,5 metros para 14 metros, com acesso a navios de maior porte O edital para a licitação das obras do novo terminal a ser construído no Porto do Mucuripe serå lançado no próximo dia 1º de outubro, informa o presidente Paulo AndrÊ Holanda, da Companhia Docas do Cearå. O Terminal de Múltiplo Usos e de Passageiros terå custo estimado de R$ 149,8 milhþes, e prazo de 18 meses de construção, após o início das obras. O empreendimento estå incluído no PAC 2. Segundo Holanda, ainda falta o recebimento da Licença PrÊvia, a ser emitida pela Semace, para que o processo seja iniciado. $ GUDJD TXH ¿ QDOL]DUi R SURFHVVR GH DSURIXQGDPHQWR GR calado do Porto do Mucuripe, projeto que conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), chamada Virgínia, veiodo Porto de Cabedelo, na Paraíba, para concluir o trabalho que foi interrompido pela måquina anterior, que, VHJXQGR D ¿ VFDOL]DomR GD 6HFUHWDULD (VSHFLDO GRV 3RUWRV QmR estava desenvolvendo o serviço de forma adequada. A nova draga estå concluindo o acabamento dos berços de atracação, o que representa os 5% restantes da obra. Com a dragagem, o porto passarå de uma profundidade de 10,5 metros para 14 metros, permitindo a entrada de navios de maior porte. Segundo Holanda, novos contratos jå estão sendo estabelecidos para o recebimento de embarcaçþes maiores. A /XEQRU /XEUL¿ FDQWHV H 'HULYDGRV GH 3HWUyOHR GR 1RUGHVWH UH¿ QDULD GD 3HWUREUDV ORFDOL]DGD QR 0XFXULSH Mi DFHUWRX FRQ tratos de compra de carga em maiores volumes.

O potencial turístico do Litoral Oeste cearense estå sendo incrementado com a pavimentação da rodovia CE-176, ligando a sede do município de Amontada aos distritos de Aracatiara e Icaraí. Os serviços jå estão praticamente concluídos e proporcionarão melhores condiçþes de acesso às praias do município como Caetanos, Icaraí e Moitas entre outras. O trecho tem 50,8 km de extensão e passou por terraplenagem, pavimentação, revestimento asfåltico, drenagem, serviços auxiliares, conservação, faltando apenas as sinalizaçþes horizontal e vertical. Foram investidos cerca de R$ 17,1 milhþes oriundos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) em convênio com a Secretaria do Turismo (Setur). AlÊm da região litorânea, os investimentos em melhorias GD PDOKD YLiULD WDPEpP EHQH¿ FLDP D UHJLmR VHUUDQD 2V quilômetros do trecho entre Granja e Viçosa (CE-311) foram pavimentados; a CE-362, ligando Massapê a Sobral estå na IDVH ¿ QDO GRV VHUYLoRV GH UHVWDXUDomR GH VHXV TXLO{PHWURV $V PHOKRULDV EHQH¿ FLDP R URWHLUR GH VHUUDV H DX[LODP QD integração do Cearå, Piauí e Maranhão(Cepimar), dentro do convênio de aproximar esses estados. Os motoristas que passam pela CE-386, ligando os municípios de Crato e Farias Brito jå percorrem os 43 quilômetros do trecho restaurados. O investimento de R$ 23 milhþes faz parte do Programa Rodoviårio do Estado do Cearå (Cearå III), que estå melhorando as condiçþes da malha rodoviåria, restaurando ou pavimentando trechos.

O governador Cid Gomes e a secretĂĄria Izolda Cela inauguraram em 22.08 uma nova sede, que segue o padrĂŁo estabelecido pelo MEC, para D (VFROD (VWDGXDO GH (GXFDomR 3URÂż VVLRQDO (((3 0RQVH nhor Expedito da Silveira de Sousa, em Camocim, municĂ­pio localizado no Litoral Oeste. A unidade ofertarĂĄ os cursos de InformĂĄtica, Enfermagem, Turismo, Redes de Computadores, Hospedagem e ComĂŠrcio. O investimento contou com recursos do Governo do Estado no valor de R$ 7,3 milhĂľes. A EEEP terĂĄ capacidade para 540 alunos, em tempo integral. Com 12 salas de aulas, a estrutura ĂŠ constituĂ­da de auditĂłrio para 200 lugares, biblioteca e dependĂŞncias administrativas. Para colocar em prĂĄtica o que aprenderam em sala de aula, os estudantes terĂŁo ainda LaboratĂłrios TecnolĂłgicos, de LĂ­nguas, InformĂĄtica, QuĂ­mica, FĂ­sica, Biologia e MatemĂĄtica. A comunidade escolar vai dispor de um ginĂĄsio poliesportivo e um teatro de arena. A obra foi supervisionada pelo Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE), ĂłrgĂŁo vinculado Ă Secretaria da Infraestrutura (Seinfra). Atualmente, estĂŁo matriculados 401 alunos que, alĂŠm dos conteĂşdos disciplinares, aprendem com os projetos colocados em prĂĄtica na escola. A professora Iris Alves de 6RX]D FLWD FRPR H[HPSORV R Âł)LORVRÂż D &DIp H &LQHPD´ TXH objetiva aproximar do estudante o cotidiano vivenciado na FRPXQLGDGH FRP VHXV YDORUHV H GHVDÂż RV H R Âł(PEDUFDQGR no turismo camocinenseâ€?, que teve inĂ­cio em 2009, com a turma de Turismo, que vai se formar em breve.

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CearĂĄ em BrasĂ­lia


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