Jornal Outubro

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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará

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9912205638/DR/BSB Casa do Ceará em Brasília

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DEVOLUÇÃO GARANTIDA

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Ano XXIII - 244 - Outubro de 2012

M. Dias Branco patrocinará livro que marcará os 50 anos da Casa do Ceará 1963-2013. Leia mais na pág. 17

Ministério da Cultura aprovou as contas do Projeto Brasília 50 anos de Ceará, da Casa do Ceará, apoiado pelo Grupo M. Dias Branco O Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, assinou em 08.10 a Portaria nº 571, aprovando a pestação de contas de vários projetos apoios pelo Programa Nacional de Apoio Cultura, PRONAC, figurando entre eles o Projeto da Casa do Ceará em Brasília, em 2010: Brasília 50 anos de Ceará, que teve o patrocínio exclusivo do grupo M Dias Branco, por decisão de seu presidente, sr. Ivens Dias Branco e que homenageou 150 cearenses que contribuíram para a consolidação de Brasília.

09-7550

Cearenses Pioneiros em Brasília

Nº 196, terça-feira, 9 de outubro de 2012.

Casa do Ceará em Brasília

Leia nesta edição Editorial, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, Filosofia de Parachoque, pág. 2 Expediente, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá, Avenida Beira Mar, pág. 3 Acert celebra, 90 anos do rádio no País, pág. 4 Tribunal de Justiça do Ceará define lista tríplice para jurista do TER, pág. 4 Anúncio de José Lírio, pág. 4 Anúncio da Marquise, pág. 4 Leituras I - artigo de Edmilson Caminha, Lustosa foi para Sobral, pág.6 Documento - Casemiro Montenegro Filho: o Marechal Visionário, Por Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva, pág 6 Leituras II - artigo de Wilson Ibiapina, Operário da Justiça, pág. 7 Anúncio do Uniceub, pág. 7 Leituras III - artigo de Fernando César Mesquita, Cearenses, com muito orgulho, pág. 8 Depoimento - Ser Cearense, Moreira de Acopiara, pág. 8 Leituras IV - artigo de JB Serra e Gurgel, No modo de dizer dos italianos, as raízes das expressões brasileiras, pág.9 Anúncio da Gasol, pág. 9 Anúncio do Governo do Estado do Ceará, págs. 10 e 11 Leituras V - artigo de João Soares Neto, Apontamentos com Airton Monte, pag. 12 Documento - O Nordeste em fúria, pág. 12 Leituras VI - artigo de Lustosa da Costa, 30 anos de “Sobral do meu Tempo”, pág. 13 Ex-aluna da Unifor é 1ª colocada em concurso nacional de Direito Público, pág. 13 Programa inovador no Ceará melhorou nota do Ideb, pág. 13 Anúncio da Confere, da Confederal, pág. 14 Leituras VIII - Artigo de Carlos José Gurgel, o Buraco do Reitor, pág. 15 Ministério da Educação quer alterar, o currículo do ensino médio, pág. 15 Centenário de Meton Vieira é celebrado com livro sobre sua história, pág. 15 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág. 17 Pág. da Mulher, Artigo de Regina Stella, Amarga Ironia, pág. 18 Receitas da Culinária Cearense, pág. 18 Comer gordura em ‘hora certa’ pode emagrecer, diz estudo, pág. 18 Leituras VIII Humor Negro e Branco Humor, Versão japonesa do Joãozinho!, pág. 19 Documento - Homenagem dos Cearenses aos Mineiros, de Minas e de Brasília. Carta de um primo mineiro à outro primo mineiro tumen, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20

Objetivo do livro é resgatar a história de todos os cearenses que deram sua contribuição para a consolidação e o desenvolvimento de Brasília relatando através de um catálogo os personagens que marcaram seus nomes e representaram o Ceará com suas ideias e sua força de trabalho na superação dos desafios e na consolidação da cidade de Brasília.

Humanidades

257.380,00

227.749,50

227.749,50

Casa do Ceará comemorou o Dia do Idoso. Leia mais na pág. 5

FOTO APRESENTAÇÃO CORAL

FOTO APRESENTAÇÃO DANÇA

FOTO APRESENTAÇÃO DANÇA

FOTOS APRESENTAÇÃO CRECHE PAULA FRACINETTI

FOTOS IDOSOS APRESENTAÇÃO CRECHE

FOTOS SEMANA DO IDOSO 2012

Casa do Ceará homenageou o Ouvidor Geral do Governo do Ceará. Leia mais na pág. 16

Nossa homenagem a Lustosa da Costa, jornalista e escritor que encantou Sobral Leia mais último artigo de Lustosa da Costa na pag. 13 e artigo de Edmilson Caminha na pag. 6

Fotos: Ivete Simonete do Amaral

Diário Oficial da União Seção 1 Página 8


Espaço Luciano Barreira Filosofia de Parachoque

Edi t o r i a l

A Casa do Ceará em Brasília fez em outubro seus 49 anos. Com a descrição de sempre, mas já se preparando para marcar seus 50 anos. Tudo vai ser muito forte, apesar das adversidades encontradas. A última delas disparada pela Receita Federal. Tanta gente com dinheiro, por aqui e pelos paraisos fiscais, e a Receita se volta contra a Casa. Não está errada. A legislação da filantropia mudou radicalmente. A Previdencia Social nao fiscalizava mais e dividiu a filantropia com a Saúde, o Desenvolvimento Social e a Educação. Complicou pois uma entidade que tenha as tres funções terá três guichês para prestar contas. As grandes filantrópicas, também conhecidas como pilantropicas, nao estão nem aí. O negócio é o seguinte, a Previdencia Social renuncia a contribuição patronal de 22% e exige contrapartidas sociais que devem ser dadas pela Casa. É o que vamos fazer com base na notificação fiscal recebida. Estamos longe das megas filantropicas que tiram R$ 10 bilhões/ano da Previdencia. Somos uma instituição, diminuta, séria e honrada. Nossos diretores são todos voluntários. Ninguém aqui age com intenção de fraudar as normas da administração pública. Nossos procedimentos são de servir à comunidade de Brasília, cearenses e brasileiros de todos os quadrantes, Superando um desafio por hora. Inacio de Almeida (Barurité) diretor. Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Fernando Cesar Moreira Mesquista (Fortaleza), 1º vice; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), 2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança; Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Planejamento e Orçamento; Fernando Gurgel Filho (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), Edivaldo Ximenes Ferreira (Fortaleza) e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras), Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inacio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) Gurgel@cruiser.com.br / wilsonibiapina@globo.com Editoração Eletrônica Casa do Ceará Distribuição Antonia Lúcia Guimarães Circulação O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

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1º PENSAMENTO “De que adianta sermos GATAS, se amamos os CACHORROS e eles só querem as GALINHAS...” 2º PENSAMENTO “Se você ainda não encontrou a pessoa certa... divirta-se com a errada” 3º PENSAMENTO “Melancia grande e mulher muito bonita, ninguém come sozinho.” 4º PENSAMENTO “O duro não é carregar o peso do chifre, o duro é sustentar a vaca.” 5º PENSAMENTO “Uma empresa é como uma árvore cheia de macacos. Cada um num galho diferente, alguns descendo, outros subindo. Os macacos que estão em cima olham para baixo e enxergam um monte de rostos sorridentes. Os que estão em baixo olham para cima e só enxergam bundões.” 6º PENSAMENTO “Mulheres são como moedas: ou são caras ou são coroas.” 7º PENSAMENTO “As nuvens são como chefes... quando desaparecem, o dia fica lindo!!!” 8º PENSAMENTO “Para que levar a vida a sério, se nós nascemos de uma gozada?!!” 9º PENSAMENTO “O chifre é como o consórcio, quando você menos espera, é contemplado.”

10º PENSAMENTO “Nas horas difíceis da vida você deve levantar a cabeça, estufar o peito e dizer de boca cheia: Agora fudeu” 11º PENSAMENTO “Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental. Fique de olho em trêsdos seus amigos. Se eles parecerem normais, o retardado é você.” Origem dos mandamentos Deus perguntou aos Gregos: - Vocês querem um mandamento? - Qual seria o mandamento, Senhor? - Não matarás! - Não obrigado. Isso interromperia as nossas conquistas. Então, Deus perguntou aos Egípcios: - Vocês querem um mandamento? - Qual seria o mandamento, Senhor? - Não cometerás adultério! - Não obrigado. Isso arruinaria os nossos fins-de-semana. Chateado, mas não derrotado, Deus perguntou aos Assírios: - Vocês querem um mandamento? - Qual seria o mandamento, Senhor? - Não roubarás! - Não obrigado. Isso arruinaria a nossa economia. Deus, enfim, perguntou aos Judeus: - Vocês querem um mandamento? - Quanto custa? - É de graça. - Então manda DEZ!

Conversando com o Leitor + Recebemos carta do padre Neri Feitosa, atualmente residindo em Canindé, que vamos publicar como artigo.

premio do Norte e Nordeste, R$ 45 mil. Inscrições até 23 de novembro. É o Prêmio Eduardo Campos.

+ No mês de setembro passamos dos 150 mil acessos, o que foi muito positivo. A audiência do site da Casa o www.casadoceara.org.br continua subindo, não na velocidade que gostaríamos.

+ O Prêmio será assim dividido: Obra inédita. Prêmio de R$ 30.000,00. Premiação texto inédito, R$ 3.000,00. Menções Honrosas – serão 12 prêmios de R$ 1.000,00 para os melhores. Poderão concorrer cearenses e não cearenses;

+ Tivemos no mês 4.517 visitantes únicos, e, 4.517 visitas que visualizaram 9.324 páginas. + Fomos visitados por cearenses residentes nos Estados Unidos, Portugal, Gra-Bretanha, Angola, Canadá, Argentina, Angola, Alemanha e Finlandia. + No Brasil, fomos vistos por cearenses em Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Goiania, Rio de Janeiro, Manaus, Sorocaba, Tianguá, Recife, Porto Alegre, Belém, Juazeiro do Norte, São Luis, Salvador, Barueri, Campinas, Santos, Cristalina, Iguatu, Rio Branco, Sobral, Natal e Guarulhos. + O nosso site www. Brasilia50anosdeCeara.com. br continua sua trajetória de acessos tendo passado dos 20 mil. + Recebemos de José Telles, Diretor de Cultura do Ideal Clube, solicitação para divulgar o IV Prêmio Nacional Ideal Clube de Literatura e o XV Prêmio Estadual Ideal Clube de Literatura, que terá o maior

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

+ Recebemos o Binóculo, edição de setembro com artigos de Dias da Silva. Dimas Macedo, Fátima Lemos e Batista de Lima, poesias de Lari Francedschetto, Francilda Costa, Francisco Carvalho, Waldir Rodrigues, João MuriloTeixeira Bezerra, Dorothu Jansson, Horácio Dídimo, além de cordel sobre o padre Manuel Feitosa. + Dom Newton Holanda Gurgel, bispo emérito do Crato, recebendo irmãos para comemorar seus 89 anos. Três de seus irmãos vivos, passaram dos 90: Nertan, Nicanor e Nestor. + Caminhos da Vida é o novo livro do mestre Josué de Castro, o grande psiquiatra cearense lançado no Ideal Clube, como convida a Academia Cearense de Letras. + O novo superintendente pdo BNB no Ceará é João Robério Pereira de Messias, funcionário de carreira da Instituição, em substituição a Francisco Rivônio de Morais Pinho, designado para a gerência da Agência Fortaleza – Washington Soares (CE), que vai abrir.

Ceará em Brasília


SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Ubiratan Aguiar O ministro Ubiratan Aguiar lançou em Brasília seu último livro, Estação da Palavra, no Parla Mundi, da LBV, presentes os ministros Benjamin Zymler e Raimundo Carrero, do TCU, o ministro José Coelho (Novo Oriente), deputado Mauro Benevides, Eliene Santos, representando o ministro Claudio Santos, Osmar Alves de Melo (Iguatu), presidente da Casa do Ceará. Bira vem de ser eleito para a Academia Cearense de Letras, a mais antiga do Brasil, surgiu três anos da ABL, para a vaga do filólogo José Alves Fernandes. Teve 23 votos contra 11 do prof. Marcelo Gurgel. A ACL agora vai eleger o sucessor do padre A lberto Oliveira. Aliás... Pra lembrar um tradicional frasista da política cearense, o saudoso deputado Otacílio Correia, comida de pobre é farinha: engrossa o que tá fino, esfria o que tá quente e aumenta o que tá pouco. Homenagem Maria Lúcia Calmon partiu e deixou saudades. Durante todo o período de presidência de sua irmã Mary Porto, exerceu com extraordinária eficiência e devotamento o cargo de Diretora de Relações Públicas da Casa do Ceará, posto que também ocupou durante o meu primeiro mandato de José Jezer de Oliveira à frente da Casa. Sua irmã Fernanda foi, durante os mesmos períodos diretora da área de educação e de cursos da Casa. O menino é dez Conta Macario Batista no seu famoso blog:” O Ceará elegeu o prefeito mais jovem do Brasil. É Pacheco Neto (PSD), que atualmente é estudante, tem 21 anos e administrará Chaval, no extremo Oeste do estado. O pai é... O estreante é filho do ex-prefeito do município, Paulo Sérgio de Almeida Pacheco. Foi condenado pelo Ministério Público em maio a cinco anos e três meses de prisão acusado de desvio de verbas públicas federais”. Feijão na obra Carla Pontes, diretora da holding do Grupo Marquise, recepcionou com uma feijoada os lojistas do seu Marquise Shopping Parangaba, cuja construção segue em ritmo de frevo com conclusão em 2013. Maria Antônia Na sua coluna em O GLOBO Anselmo Goís escreveu;” Barretão (Luiz Carlos Barreto), Sobral, 83 anos, sempre ele, de tanto confortar Zé Dirceu, tem planos de um filme. Não sobre o político. Mas sobre... uma rua. A Maria Antônia, em São Paulo. Segue... A rua paulistana, cujo nome homenageia uma ricaça que possuía chácara ali, foi cenário de grande agitação no fim dos anos 1960. Abrigava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, reduto da esquerda, e a Universidade Mackenzie, reduto da direita.

Ceará em Brasília

Homenagem A diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza escolheu, por unanimidade, o diretor de programação do Sistema Verdes Mares, Edilmar Norões, para receber, em 09.11, o Troféu Imprensa José de Alencar, homenagem que faz parte do Prêmio CDL de Comunicação. Em 2011, em sua primeira edição, a congratulada foi a jornalista Adísia Sá. Castelão: cadeiras de fama Estão sendo fabricadas em São Paulo as 66.600 cadeiras do estádio Castelão. A fabricante é a Nöra, a mesma que fez as cadeiras dos estádios Olímpico de Londres, Wembley, Soccer City (de Joahnnesburg), Olimpic de Kiev e Malmoe (Suécia). As cadeiras - do mesmo modelo Integra - terão cor verde claro. Todas serão retráteis (o assento recolhe-se ao levantar-se dele o usuário) - mas as das áreas VIP e de camarotes serão estofadas e terão braços. A Nöra também fará as cadeiras dos bancos de reservas, que serão mais altas e revestidas de tecido especial. As cadeiras, feitas de pilipropileno de alto impacto, serão montadas sobre sistema de trilhos patenteado Integra Flexrail. Todas as cadeiras estarão instaladas até o dia primeiro de dezembro. Praia da Pipa do tempo dos meus avós Dia 25 de outubro, Ormuz Simonetti lançou o livro “A PRAIA DA PIPA DO TEMPO DOS MEUS AVÓS”. O lançamento foi na Academia Norte-Riograndense de Letras. Pecém: intermodal vem aí Até o fim do próximo mês de janeiro, a Andrade Gutierrez (AG) - gigante brasileira da construção pesada - concluirá a modelagem do Terminal Intermodal de Carga (TIC) do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Nessa tarefa, a AG investe algo como R$ 7 milhões. A modelagem será entregue ao Governo do Ceará, que, aprovando-a, abrirá uma licitação para, por meio de Parceria Público Privada (PPP), escolher a gestora do TIC, que ocupará área de 110 hectares dentro da qual haverá escritório de despachante, agências de bancos, posto de gasolina, oficina mecânica, estação ferroviária e muito mais. Uma aposta: será muito acirrada essa licitação. Tecnologia do pão Conta Egidio Serpa, na sua coluna no Diário do Nordeste: “ Nascida no grupo M. Dias Branco - líder nacional da indústria de massas e biscoitos - a ideia de transferir alta tecnologia e inovação à indústria de panificação do Ceará, que a apoiou, chegou também à Associação Mundial da Panificação e Confeitaria, cujo presidente Peter Beck considerou-a “brilhante”. Becker reuniu-se há 5 dias em Munique com Luís Eugênio, presidente do Sindicato da Indústria do Trigo do Ceará, a quem prometeu mobilizar as principais escolas de panificação da Europa a unirem-se ao projeto por meio de acordos. Diretores do American Institute of Bakerly, de Kansas, considerado o maior organismo de treinamento e de tecnologia e inovação dos EUA - trataram do tema com Luís Eugênio em 19.10 em São Paulo”.

Emenda O senador Mauro Benevides recebeu em audiência o presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, prometendo apresentar emenda parlamentar para beneficiar a entidade. De Volta Tom Cavalcanti voltou ao vídeo da TV Record, com João Canabrava dando as cartas e levando de cambulhada o Tiririca, agora mais comportado. Tiririca que ainda não fez um pronunciamento na Câmara tem sido dos mais assíduos às sessões da Câmara. Migração O Censo 2010 detectou uma redução na chamada migração de última etapa,que se refere à última mudança realizada pelo indivíduo nos dez anos anteriores à pesquisa. Em 2000, 11,3 milhões de pessoas eram migrantes de última etapa, ao passo que, em 2010, esse número caiu para 9,9 milhões de pessoas. Esta queda foi observada em 24 estados, sendo que, em Roraima, diminuiu 30,0% e, em Rondônia, Ceará e São Paulo, cerca de 25,0%. O estado que apresentou maior aumento no volume de imigrantes de última etapa foi Santa Catarina (33,0%). Jornada da ABrES O prof. Marcelo Gurgel esteve em Brasília participando do “VI Jornada Nacional de Economia da Saúde”, patrocinada pela Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES), com apresentação oral de dois trabalhos científicos, realizados em parceira com seus orientandos do Mestrado em Saúde Pública da UECE. Agendamento O deputado distrital Chico Leite (Milagres) comunicou ao presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, que já colocou na agenda da Camara Distrital que em 15 de outubro de 2013 haverá sessão solene da Casa para comemorar os 50 anos da Casa do Ceará em Brasília. Vassourada no BNB Deu na coluna do jornalista Cláudio Humberto: “Presidenta Dilma Rousseff ordenou uma faxina ética no Banco do Nordeste. Por conta de desvios, 28 já foram demitidos. O novo presidente Ary Lanzarin tem a missão de banir influências políticas da instituição. Os superintendentes estaduais serão escolhidos em concursos internos”. Ressalte-se que tudo começou com a denúncia do ex-gerente, cearense, Fred Elias de Souza, há mais de 60 dias. 76 anos de O Estado O deputado federal Raimundo Gomes de Matos, do PSDB, registrou em plenário, na Câmara Federal, o aniversário de 76 anos de criação do Jornal O Estado. Raimundo foi generoso em suas palavras, destacando dirigentes, técnicos e jornalistas que fazem um jornal alegre, informativo e verdadeiro. O Estado foi uma das grandes escolas do jornalismo cearense, com Odalves Lima.

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO

Acert celebra 90 anos do rádio no País

Os 90 anos do rádio no Brasil foram comemorados em uma solenidade realizada pela Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert), na noite de ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). A convidada de honra do evento, a jornalista e professora Adísia Sá, ministrou palestra abordando assuntos de interesse da radiodifusão. Presidente da Acert e diretor de programação do Sistema Verdes Mares, Edilmar Norões, ressaltou os avanços tecnológicos na comunicação Foto: Alcides Freire Para o presidente da Acert e diretor de programação do Sistema Verdes Mares, o jornalista e radialista Edilmar Norões, a evolução da tecnologia à qual o rádio também foi inserido fez com que esse instrumento se encaminhasse e avançasse para se tornar, hoje, um exemplo de dinamismo e de como se pode contribuir para o desenvolvimento sociocultural e artístico do País. “Eu sou do tempo em que para se fazer uma entrevista de rua se levava um gravador dentro de um veículo com uma extensão de 100 metros para você poder circular no meio da rua e entrevistar o povo. Hoje, nós vemos facilidade, as entrevistas são feitas aqui mesmo com o seu celular, e tudo isso é muito importante. O rádio, como qualquer setor, tem que acompanhar o avanço da tecnologia”, destaca. Durante palestra promovida no evento, a jornalista Adísia Sá apresentou um histórico do rádio no Ceará, mostrando,

além da simbologia do instrumento de comunicação, a sua importância como instrumento social e político e como veículo de aperfeiçoamento. Ela destaca o rádio como a maior ferramenta de educação, apontando-o como o meio de comunicação mais democrático existente. “É aquele que começa e termina conosco, por uma simbologia do ser humano, já que o sentido do homem que desaparece por último é a audição, que é a simbologia do rádio. Dessa maneira, ele passa toda uma mensagem, não apenas na vida social, mas na vida de cada um”, afirma. Autointitulada como radical defensora do microfone, a jornalista defende o zelo pelo rádio, a partir de quem usa o meio, condenando o fato de pessoas desqualificadas estarem no uso do veículo e ressaltando que o rádio quer que a sociedade se encontre em um destino maior. “O povo não gosta da palavra chula, da linguagem primária, daquilo que deseduca. Esse é o grande recado”, diz. Sobre os novos profissionais, Adísia Sá fala da importância de buscarem sempre aprimoramento, boa dicção e aprender o português. “O profissional é a alma, a essência de qualquer veículo, e é para eles que temos que olhar. O desafio para os mais jovens é se debruçar na história do rádio. O rádio é a história do povo cearense e brasileiro, se não conhecermos a história do rádio não conhecemos a nossa história”,diz.

Tribunal de Justiça do Ceará define lista tríplice para jurista do TRE

O advogado Antônio Sales Neto completa a lista tríplice para preenchimento de vaga de jurista do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE/CE). Ele teve o nome aprovado pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) nesta sexta-feira (21/09), durante sessão conduzida pelo desembargador José Arísio Lopes da Costa, chefe do Poder Judiciário estadual. Os outros dois advogados que integram a lista são Cid Marconi Gurgel de Souza, que concorre ao segundo biênio no cargo de jurista, e Júlio Norberto de Holanda Aguiar. Os nomes foram aprovados na sessão do Pleno do TJCE realizada no dia 25 de novembro de 2011. A relação será encaminhada ao TRE/CE e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que remeterá à Presidência da República, a quem compete fazer a nomeação. O escolhido terá mandato de dois anos, podendo ser reconduzido ao cargo uma única vez. A vaga de jurista surgiu em decorrência do término do primeiro biênio do advogado Cid Marconi Gurgel de Souza, encerrado no último dia 10 de junho. Nove advogados se inscreveram para o cargo, mas quatro apresentaram requerimento à Presidência do TJCE desistindo da concorrência.

Há 40 anos

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Ceará em Brasília


A Pousada Crysantho Moreira da Rocha, Instituição de longa permanência mantida por pela Casa do Ceará em Brasília, todo ano realiza em setembro a Semana do Idoso, visto que neste mês comemora-se a “melhor idade”. Este ano, a semana foi realizada do dia 24/09 ao dia 28/09 obedecendo a seguinte programação: Dia 24/09 (2ªfeira): MANHÃ: Foram distribuídos prendas para os idosos no Bingo Recreativo realizado pela Encarregada Eloisa e funcionários da Instituição; Dia 26/09 (4ªfeira): Tarde festiva: A animação ficou por conta do Grupo de Voluntários Românticos do Cerrado Coordenado pelo profº de musica Romualdo Brito, Carlos, Edison, Jorge e Marco Antonio. Dia 27/09 (5ªfeira): MANHÃ: Apresentação Folclórica das crianças na Creche Ação Social Paula Frassinetti sob a Coordenação da Irmã Deolinda, Rafaela, Ana Claudia e funcionárias

Ceará em Brasília

com um gostoso Lanche às 09:00h. TARDE: Foi celebrada uma Missa de comemoração com o Pe.José da Igreja Nossa Senhora das Graças às 16:00h. Dia 28/09 (6 ªfeira): MANHÃ: Os idosos curtiram a manhã da beleza, com os alunos dos cursos de cabeleireiro e manicure e pedicure; TARDE: A Pousada encerrou suas atividades festivas da Semana do Idoso com um Lanche de Confraternização promovido pelos grupos de Orações da Consolata, da Divina Misericórdia e da familia de Célia Florêncio, contou também com um apresentação de Dança Flamenca com Profº Rafael, Ana maria e Ana Paula, apresentação do Coral dos Idosos da Pousada Coordenado pela funcionária Eloisa e animação musical ficou por conta do grupo Musical de Santa Maria, Margo e Iracema.

COORDENAÇÃO O Evento foi Coordenado pela Assistente Social Ivete Simonette do Amaral, Assistente Social e Responsável Técnica pela Pousada Chrisantho Moreira da Rocha, pela Encarregada Eloisa e contou com a colaboração dos funcionários, Claudio, Flávia, Eulália, Andreza, Tanira, Vanda, Neusa, Claudia, Aucineide e Thayara. Estava presente no Evento os Idosos moradores da Pousada, idosos visitantes, grupos de Orações parceiros e voluntários e demais convidados, o Diretor de Educação e Cultura da Casa, Fernando Gurgel Filho e esposa, Gerusa Saback Gurgel, a Diretora de Promoção Social,Maria Áurea Assunção de Magalhães , a Superintendente Antonia Guimarães, a Srª Ivete de Melo, esposa do Presidente da Casa ,Osmar Alves de Melo e a Chefe do Departamento de Educação e Cultura, Fátima Liduina.

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Fotos: Ivete Simonete do Amaral

Casa do Ceará promoveu a Semana do Idoso de 2012

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Leituras I

Lustosa foi pra Sobral

Edmílson Caminha (*) Em 1997, escrevi: “Lustosa da Costa chega aos 40 anos de carreira jornalística e literária como um dos maiores talentos da sua geração. A elegância do estilo, a correção da forma, a leveza do humor são virtudes que, no seu trabalho, sobrepõem a obra do escritor ao fazer do jornalista, salvando-a da efemeridade a que se condenam as matérias de jornal. Por isso, o texto de Lustosa permanece como literatura – e literatura de muito boa qualidade –, sobrevivendo aos que se produzem para durar apenas 24 horas.” Passados 15 anos, mantenho o que disse, para homenagear o escritor cuja morte golpeia os que tivemos a honra da sua amizade e o privilégio do seu convívio. Homem de imprensa, era sobretudo um literato, no sentido mais elogioso da expressão, cronista com a importância de Mílton Dias e de Rachel de Queiroz, para lembrar apenas dois cearenses que engrandeceram o gênero no Brasil. Dos muitos livros que publicou, às vezes mais de um por ano, tenho 15: Sobral do meu tempo (1982), Cartas do Beco (1983), Clero, nobreza e povo de Sobral (1987), Louvação de Fortaleza (1995), Vida, paixão e morte de Etelvino Soares (1996), No après-midi de nossas vidas (1997), Rache o Procópio! (1998), Foi na seca do 19 (1999), Como me tornei sexagenário (1999), O Senador dos Bois (2000), Sobral, cidade das cenas fortes (2003), Dicionário do Lustosa (2003), Ao cair da tarde (2006), TT das madrugadas (2006) e Sobral que não esqueço (2010). Desconfio de que ser historiador era a vontade maior do cronista: como entre os irmãos já se achava uma, a brilhante Isabel Lustosa, decidiu-se por escrever crônicas históricas (ou história em formato de crônicas), descontraídas e leves. E o fez sobretudo com relação a Sobral, tão competentemente que transformou o Bispo Dom José Tupinambá da Frota, o Padre Palhano, o Senador Paula Pessoa e o Deputado Chico Monte em verdadeiras personagens de ficção. Uma delas o foi, realmente: o jornalista cearense Deolindo Barreto, que caiu morto pela fuzilaria de mais de 40 revólveres na Câmara Municipal de Sobral, em 1924, e lhe inspirou o admirável romance Vida, paixão e morte de Etelvino Soares (1996), relançado em 2002 por uma editora portuguesa. A exemplo dessa, Lustosa ficou a nos dever pelo menos outra narrativa longa, cuja semente acabou por não passar de uma crônica: sobre José Júlio de Andrade, “o maior latifundiário do mundo”, cearense que chegou a ser dono da vastidão amazônica do Jari. Tão belas quanto as páginas de história que escreveu são as que têm por assunto o amor a Fortaleza, o prazer do bom uísque, as lembranças do repórter, as experiências políticas, a paixão pelas mulheres. À amiga propensa a trocar o marido pelo amante, aconselha, com primor de mestre e placidez de sábio: “Se você pode continuar a fazer dois homens felizes – para o que há demonstrado engenho e arte – por que mudar? Um é a aventura, a festa, a alegria das tardes. O outro é a segurança, a anuência, o hábito das noites. Por que largar o marido que nenhum mal lhe está fazendo e que só ia sofrer com a desestruturação de sua vida tão bem arrumada? Ele jamais atrapalhou suas festas vespertinas de cujos ensinamentos, inconscientemente, foi beneficiário na frieza das madrugadas conjugais.” Prosa que Rubem Braga assinaria com orgulho. Some-se, a esses talentos, a fraterna dedicação de Lustosa aos amigos, inspiradores de cantos à mais verdadeira e incondicional amizade, aquela que o é por causa de tudo e apesar de nada. Com Paulo Elpídio de Menezes Neto, Dorian Sampaio, Tarcísio Tavares, Lúcio Brasileiro, Guilherme Neto, Aurílio “Mincharia” Gurgel, Hélio Barros, Emílio Burlamaqui, Wilson Ibiapina, companheiros de profissão e de boêmia, pertencia o escritor a uma espécie em extinção: a dos seres que, pela generosidade humana e pela grandeza espiritual, fazem o mundo melhor e a vida mais bela. Dizem que Lustosa da Costa morreu. Não acredito, acho que ele foi pra Sobral. Não apenas porque a família poeticamente lançou suas cinzas sobre as águas do Acaraú: se lhe fosse dado escolher o paraíso onde repousar para sempre, creio que elegeria não a Paris que também o fascinava, mas a terra cearense de que se fez filho por destino e bem-querer. A provar que berço não é a cidade em que se nasce, mas a que se ama. (*) Edmilson Caminha (Fortaleza), escritor, servidor da Câmara dos Deputados.

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Casemiro Montenegro Filho: o Marechal Visionário

Por Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva (*) Em fevereiro de 2007, o jornalista Fernando Morais, um arguto observador e primoroso retratista de vultos de proeminência da história brasileira do século XX, dando vez ao trabalho edificante que realiza como escritor, esteve em Fortaleza, no Colégio Farias Brito e no Centro Cultural do Banco do Nordeste, para fazer o lançamento da sua obra: “Montenegro: as aventuras do marechal que fez uma revolução nos céus do Brasil”, cujo subtítulo evidencia o espírito de bandeirante ou pioneiro e o ardor visionário desse valoroso fortalezense, consoante se demonstra a seguir. Casimiro Montenegro Filho nasceu em Fortaleza em 29/10/1904, sendo o nono filho do Dr. Casimiro Montenegro e de D. Maria Emília de Pio Brasil; seu pai foi político e administrador público, tendo sido intendente de Fortaleza, de 1914 a 1918, cargo que, em sua gestão, passou a ser denominado de prefeito, podendo ser conhecido como o primeiro prefeito da capital cearense. Depois de concluída a sua formação escolar no Liceu do Ceará, Casimiro Montenegro Filho, em 1923, aos 19 anos de idade, deixa o seu torrão natal, para enfrentar uma longa viagem de navio, com destino ao Rio de Janeiro, onde se matricula na Escola Militar de Realengo, dando início a sua carreira militar. Aderiu, de pronto, à Revolução de 30, da qual foi um ativo participante, ousando seqüestrar um avião, que usou para bombardear tropas legalistas acantonadas em quartéis mineiros, numa operação de extremo risco para ele e seu co-piloto, até porque aquele monomotor Potez não estava completamente montado, nele faltando bússola, altímetro e conta-giros. No ano seguinte, fez um voo, quase às cegas, cuja arriscada missão inaugurou o Serviço Postal Aéreo Militar, que daria origem ao Correio Aéreo Nacional, de grandes serviços prestados ao país, desde então. Em 1932, por sua fidelidade aos ideais revolucionários de Vargas, foi preso pelos constitucionalistas de São Paulo. Sempre disposto a enfrentar desafios, aos 35 anos, já com a patente de major, inscreveu-se na Escola Técnica do Exército, da qual sairia, em dezembro de 1941, como integrante da primeira turma de engenheiros aeronáuticos formados no Brasil, composta por apenas onze concludentes. Em janeiro de 1943, Montenegro seguiu, com outros oficiais brasileiros, para os EUA, com a incumbência de trazer para o Brasil um lote de aviões adquirido pelo Ministério da Aeronáutica, tendo ele convencido seus companheiros de viagem a visitar o Wright Field, avançado centro de pesquisa de engenharia, mantido pela força aérea norte-americana, situado em Ohio. Depois dessa visita a esse centro, Montenegro decidiu estender a sua permanência, dirigindo-se a Boston, para conhecer, detidamente, o Massachussets Institute of Technology, o renomado MIT, cumprindo, durante 73 dias, um intenso programa nos variados departamentos e laboratórios que formavam o instituto. Dessa estada em Boston, resultaria a idéia, aparentemente excêntrica, de se montar, no Brasil, um centro avançado de engenharia aeronáutica, nos moldes do MIT. De volta ao país, tal idéia converte-se quase em uma obsessão, quando Montenegro passou a devotar, obstinadamente, sua total atenção e empenho, para materializar essa instituição. Seu propósito era criar uma escola, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), destinada a formar engenheiros de aviação, com atuação nos campos civil e militar, que integraria uma estrutura maior, o Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), concebido este no modelo MIT. Nos anos seguintes do pós-guerra, Montenegro liderou uma pequena equipe de trabalho, que traçou planos e estratégias para a implantação do novel instituto, tendo a escolha do local, para as futuras instalações, recaída em São José dos Campos, em área de terreno plano e pouco valorizado, posicionado no Vale do Paraíba, região que posteriormente se descobriu que fora a mesma que Santos Dumont – o Pai da Aviação - imaginara como a mais apropriada para se criar uma verdadeira escola de aviação. Depois de superar os duros entraves burocráticos, foram aprovados, pelo governo, os instrumentos legais e orçamen-

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tários que iriam dar amparo à criação do CTA e do ITA, logo esbarrando na licitação, para o início das obras, à conta de o projeto arquitetônico vencedor ter saído das pranchetas do arquiteto Oscar Niemeyer, conhecido militante comunista, pelo que o Presidente Dutra vetara a homologação do resultado licitatório, recusando-se a contratação desse projeto, por razões puramente ideológicas. Essa pendência foi sanada por Montenegro, que negociou com o famoso projetista a mera substituição do nome do assinante do projeto, preservando os arranjos e concepções, já arrojadas e modernas para a época, e talvez prenunciando o que se faria na construção de Brasília. Para pôr em funcionamento o ITA, o brigadeiro Montenegro recruta cientistas de diferentes nacionalidades, conformando uma “harmônica babel” de línguas no mesmo ambiente, a quem oferece salários diferenciados e moradia no campus, ao lado de equipamentos e infra-estrutura de pesquisa; para atrair os estudantes mais brilhantes, optou por fazer o vestibular descentralizado, com provas aplicadas no mesmo dia e horário em diferentes capitais, e garantiu alojamento e alimentação, aos selecionados, durante o curso, feito em regime de tempo integral, o que suscitara uma concorrência crescente e de alto nível. Se a temperatura para o ITA já não era amena, quando havia presidentes civis, no país, a entrada em cena do golpe militar, de 31 de Março, trouxe nuvens negras para a comunidade iteana, começando pelo afastamento do seu fundador e idealizador, seqüenciada pela perseguição implacável de pretensos comunistas e simpatizantes, produzindo a exoneração voluntária de um terço do corpo docente, detentora de alta qualificação, e desligamento de vários estudantes, ao tempo em que se urdia o reenquadramento do ITA, como parte do aparato militar, guardando obediência estrita à hierarquia da vida militar, e sepultando, de vez, a autonomia acadêmica e a liderança lastreada no consentimento dos pares, dantes vigentes. Depois de anos de esplendorosos serviços prestados à pátria, o brigadeiro Casimiro foi relegado ao ostracismo, por seus rivais e oponentes, que passaram a lhe conferir atribuições comezinhas, sem maiores responsabilidades, imputando humilhações, que o levaram a solicitar a remoção para a reserva, quando então galgou a patente de marechal; por muito pouco, não foi cassado, porquanto seu nome chegou a constar de uma lista de cidadãos, que teriam os direitos políticos cerceados pelo movimento militar de 1964, dela sendo excluído, pouco tempo antes da publicação, por influência de seus amigos e admiradores, que o pouparam, assim, de mais um dissabor. À essa época, década de 1960, os sinais da progressiva perda da acuidade visual começaram a se acelerar, deixando-o definitivamente cego, impedindo-o de ver, mas não de sentir, o que acontecia no seio do ITA, obra que considerava a mais relevante de sua trajetória de vida, e, certamente, impingindo a ele um tormento deveras atroz, tal como um pai se sente diante de um filho que sofre. Mesmo na penumbra, fruto da perda da visão, mantém-se ativo, sobrevivendo por mais de três décadas, com a deficiência visual total, para acompanhar os estertores da ditadura militar, com a derrocada daqueles que tanto o magoaram, e assistir a redemocratização do País, bem como “ver”, com olhos dos seus familiares, notadamente os da sua querida Antonietta, e de amigos, a redenção do ITA, que voltou a ser um símbolo para o ensino superior e um exemplo de centro de excelência tecnológica, culminando de glória os dias finais do velho marechal. O marechal Casimiro Montenegro Filho entregou o seu espírito, voltando ao Pai, aos 95 anos de idade, em 26/02/2000, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, tendo um enterro com honras militares, apesar de não ter sido ministro e nem ter morrido em combate. O caixão, contendo o seu corpo, foi conduzido para o sepultamento por seis alunos do ITA: de um lado, três alunos civis, vestidos de paletó e gravata, e de outro, três militares em traje de gala; segundo Fernando Morais, citando o brigadeiro Tércio Pacitti, essa “foi a última mensagem que Montenegro deixou: civis e militares, juntos, lado a lado”. (*) Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Fortaleza), Da Academia Cearense de Medicina e da Academia Brasileira de Médicos Escritores

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Leituras II Wilson Ibiapina (*) O ministro César Asfor Rocha, ao completar 20 anos no Superior Tribunal de Justiça pediu o boné. No livro que registra os principais momentos de sua carreira, “Imagens e Palavras”, ele desabafou: “Envolvi-me tanto e tão profundamente nos afazeres do judiciário e tal é minha identificação com suas ingentes tarefas que não saberei mais como é viver fora dela. Contudo nunca deixo de me lembrar que há vida lá fora. Mais até: que a vida está lá fora.” César Rocha é aquele cara que não teve juventude. De menino passou pra velho. Logo cedo preparou-se para fazer engenharia. Influenciado pelo pai, advogado Alcimor Rocha, terminou na Faculdade de Direito. Aos 18 anos de idade, logo no primeiro ano do curso, virou professor por quase 20 anos. Foi assessor do governador Plácido Castelo, no Palácio da Luz, ocupou o posto de Procurador -geral do muni-

Operário da Justiça

cípio de Fortaleza e de juiz do TRE. Não teve mais tempo para os amigos e a família. Não foi a toa que ele escreveu o verso: “Do tempo há de se ter/ A medida mais exata/ Quem dele mais necessita/ É a quem ele mais falta/Quem vive o tempo matando/ É quem primeiro ele mata.” Foram 20 anos como ministro do Superior Tribunal de Justiça, onde chegou aos 44 anos e ocupou todos os cargos da carreira. Conhecido como hábil articulador, foi responsável pela informatização do Poder Judiciário. Relatou mais de 140 mil processos, sendo 4 mil no TSE e 3 mil no Conselho Nacional de Justiça, onde também atuou como Corregedor. Julgou mais de 700 mil processos. Na Justiça Eleitoral fixou precedentes que obrigaram o TSE rever sua jurisprudência e acabar com a farra de candidatos a cargos eletivos. Foi o ponta pé para a lei da ficha limpa. Em meio a viagens, reuniões e palestras, ele encontrava tempo para se perguntar: “Não sei se sou o que sou/ Nem se serei o que fui/Se serei o que já sou/ Ou se sou o que já fui.” Considerado um juiz eficiente, César Rocha aos 64 anos ainda podia ficar mais seis anos no tribunal. Ele se aposenta levando a inspiração da terra e do indômito povo do Nordeste, portando na alma as vibrações do Ceará, a terra do sol, e do

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amor a terra da luz”. Vai em busca de um merecido repouso para recarregar as pilhas e reiniciar outros trabalhos, tudo na área da Justiça, de quem se considera operário cheio de confiança. Voltar a advogar é o desafio que não lhe desalenta. Tudo com liberdade de ação, sem patrulhamento, sem o rigor que a toga impõe. Já aposentado, saindo rumo ao aeroporto para 20 dias de férias com a mulher na Europa, ele me disse: “Sabe aquele vinho que não foi possível tomar com você e o Toninho Drummond? Diga a ele que aguarde. Na volta estarei disponível para muitas taças”. E lá se foi em busca do tempo perdido. Como diz no verso de uma de suas canções: “Na vida, o mais importante/ É saber com o tempo contar/ Quem disso não se der conta/Muito vai se arrepender/ O tempo da vida passando/A vida, por tempo, implorando/O tempo,sem vida, chorando/ Um vendo o outro morrer/ (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista

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Leituras III Cearenses, com muito orgulho Fernando César Mesquita (*) Em Brasília há 50 anos, orgulho-me dos cearenses que construíram a capital e daqueles que, por seus méritos, honraram nossa terra nos cargos exercidos nos três Poderes. Começo por Paulo Sarasate, na luta por verbas para obras de interesse social no Orçamento da União. Acompanhei a trajetória de Martins Rodrigues, Expedito Machado, Flávio Marcílio, Virgílio Távora, Vicente Fialho, José Lins Albuquerque, Costa Cavalcante, Afonso Albuquerque Lima, César Cals, Henrique Sabóia, Ciro Gomes, Paes de Andrade, Mauro Benevides. E recentemente, Álvaro Costa, Tasso Jereissati, José Pimentel, e do procurador Geral da República, Roberto Gurgel, e do seu antecessor Antonio Fernando de Sousa. Destaco ainda Walmir Campelo, Ubiratan Aguiar e Lucas Furtado no Tribunal de Contas da União (TCU); José Coelho no Superior Tribunal Militar; Kátia Arruda no Tribunal Superior do Trabalho; desembargador Macedo no TJDF; e Raul Araújo, Napoleão Nunes Maia e César Asfor Rocha no Superior Tribunal de Justiça (STJ), este último uma referência especial. É notória a revolta com a lentidão da Justiça. É nessa história que entra César Rocha ao colocar em meio eletrônico mais de 400 mil autos em andamento no STJ e informatizar a sistemática de tramitação. Enfrentou resistências. Recrutou deficientes auditivos para digitalizar pilhas de processos. A sua sensibilidade social revelou-se também na contratação de portadores da síndrome de Down para vários serviços do STJ. Nas homenagens que recebeu ouvi palavras de respeito ao homem e à sua postura de juiz. E com razão: lê-se no Anuário da Justiça que ele decidiu 140 mil processos. Como vogal nas turmas e seções de julgamento, o número se aproxima de 700 mil. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levou a Corte a rever sua jurisprudência e encerrar a farra de candidatos a cargos eletivos que concorriam mesmo com suas contas rejeitadas. A Súmula 1 do TSE, em vigor, garantia o registro da candidatura apenas pelo fato de o candidato ajuizar contestando a rejeição de contas. Para ilustrar a sua forma lúcida de pensar, reproduzo trecho de entrevista ao site Consultor Jurídico: “há 20 anos o juiz corajoso era o que condenava; hoje, diante do clima de justiçamento que viceja na opinião pública, o juiz precisa ter coragem para absolver”. Cumpriu seu papel, agora, com tempo para a poesia e os amigos. Como ele escreveu em verso: “Do tempo há de se ter/ A medida mais exata/ Quem dele mais necessita / É a quem ele mais falta/ Quem vive matando o tempo/ É quem primeiro ele mata”. (*) Fernando César Mesquita (Fortaleza) , jornalista, vice presidente da Confraria dos Cearenses e da Casa do Ceará em Brasília

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Depoimento Moreira de Acopiara (*) Ser cearense é muito mais Do que nascer no Ceará; É não se entregar jamais E andar pra aqui e pra acolá, Sem perder a elegância. E é conhecer, à distância, Uma cabeça achatada, Um carregado sotaque, Uma orelha de destaque E uma vida aperreada. Ser cearense é conhecer As leis de uma seca ingrata, E é ter gosto de colher Caju, graviola, ata, E cada tipo de manga. É rejeitar uma zanga, Se dedicar ao trabalho, Ser brando de coração... E dar sabor ao baiãoDe-dois com queijo de coalho. Ser cearense é preparar Um suco de tamarindo, É saber apreciar Uma florzinha se abrindo, É saborear cocada, Água de coco, coalhada, E é ser dos mais criativos; Fazer da vida um esporte, Ser antes de tudo um forte E usar os diminutivos. Por exemplo: Cafezinho No Ceará é cafezim; E em vez de dizer bonzinho A gente só diz bonzim. Se tem alguém apressado A gente diz: Tá avexado! Tristeza vira lundu. Conversa grande é xaveco, Brigar é botar boneco, Algazarra é sururu. Cearense não constrói casa Virada para o poente, Pois o sol da tarde é brasa Que deixa a sala mais quente. É manso, descomplicado, E, mesmo sem estar cansado, Cai numa rede cheirosa; É guerreiro bom, manhoso, Brutamontes generoso Que gosta de esticar prosa.

Ser cearense

Cearense prepara o clima! Não possui cara amarrada, Conversa fazendo rima, Ama as artes, faz piada Até mesmo de fofocas. Convive com muriçocas, Com mutucas e chavões, Bebe e pondera nas doses, Sabe driblar as viroses, Vence as desidratações. Tem sempre boas propostas Para vencer desafios; Sabe improvisar respostas, Aprecia banhos frios, E cedo aprende a gostar Da brisa mansa do mar E da aragem da manhã. Homem detesta gravata, Mulher evita bravata, Menino não usa lã. Nuvens negras e trovões No meu Ceará são sinais De que virão soluções E alegrias por demais. Além de tudo, quem é Cearense, faz finca-pé A fim de não arribar Da terra que o viu nascer. O seu desejo é viver Ali, e ali se enterrar. Ser cearense é residir Em casa quase sem muro, Saber entrar e sair E andar sondando o futuro, É saber da vida alheia, É ter medo de cadeia, É bajular os prefeitos; É ser coronel caudilho, Suplantar cada empecilho Pra ser parte dos eleitos. Cearense sai do Ceará, Mas o Ceará não sai dele. No resto do mundo há Pouca gente como ele. Fica dez anos ausente, Mas nunca esquece um parente, E de voltar tem vontade, Tem esperança e tem fé, Pois não anda em marcha à ré E é perito em lealdade. A certos cantos só vai

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Pra ser visto, não pra ver; Tropica, porém não cai, Pois sabe se defender; Possui destreza que espanta, Pede o auxílio da santa, Mas não conjura o demônio. Só acredita em fumaça Quando o fogo da desgraça Atinge o seu patrimônio. Quando tem cabeça dura Conduz um coração mole. Possui jogo de cintura, Com quem está quieto não bole; Se o papo está bom, demora! Chega sempre antes da hora, Fica sempre um pouco mais. Bom parceiro se revela, E acende pra Deus a vela Que ganhou do Satanás. Não nasceu pra ser otário, Nem contra nem a favor, Mas, muito pelo contrário, Ser grande articulador. Vai atrás, inventa e ousa, E embora sendo raposa Quer cuidar do galinheiro. Sem que pisem no seu calo Bebe cafezinho ralo Pra esconder grosso dinheiro. Acredita que os caminhos Têm ladeiras tortuosas E que as frutas dos vizinhos São muito mais saborosas. Nunca dá tiro no escuro. Se fica em cima do muro É pra ter mais estrutura E observar cada lado. Pede dinheiro emprestado Pra disfarçar a fartura. Ser cearense é curtir praia, Paparicar seu xodó, Nunca se abalar com vaia, E saber dançar forró; É gostar de madrugada, Cantoria improvisada E de outras amenidades. E, com paixão por seu chão, Carregar um coração Carregado de saudades. Manuel Moreira Junior (Moreira de Acopiara) - nasceu em Acopiara. Poeta, estudioso e conhecedor do Cordel, do Folclore e da Cultura Popular brasileira

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Leituras IV

No modo de dizer dos italianos, as raízes de expressões brasileiras

Por JB Serrra e Gurgel (*) Em meu poder o ‘Dizionario Dei Modo di Dire, della língua Italiana” de B.M. Quartu, 4ª. edição, da BUR, Biblioteca Universale Rizzoli, de janeiro de 2001, de Milão, com 10 mil modos de dizer as coisas. São 10 mil verbetes que mostram que muitas das expressões usadas em italiano são também usadas na língua portuguesa, com o mesmo significado, comprovando que a universalidade das línguas latinas se mantém, malgrado as profundas transformações periféricas que ocorrem no momento na língua portuguesa, fruto de uma degradação e de um descuidado descontrolado. Isto é mais fruto de ignorância siderúrgica e difusa, especialmente das massas incultas no Brasil, do que mudanças fonéticas e morfológicas aceitáveis. Vejamos as expressões: L”abito non fa Il monaco, o hábito não faz o monge - Tallone d”Achille, calcanhar de Aquiles - Parente por partedi Adamo, parente por parte de Adão - Dall”alfa AL”Omega, do inicio ao fim - Amico del cuore, amigo do coração, do peito - Amore di madre, amor de mãe - Ancora di savezza, ancora de salvação - Essere un”áquila, é uma águia - Armi ebagagli,armas e bagagens - Armato fino ai denti, armado até os dentes - Asino battezzato, asno batizado -Aurora della vita, aurora da vida, juventude - Avocato del diavolo, advogado do diabo – La barba non fa Il filosofo, a barba não faz o filósofoBattesimo del sangue,batismo de sangue-Bere come uma spugna, beber como uma esponja - Essere uma biblioteca ambulante, é uma biblioteca ambulante, sabe muito - Armata de brancaleone, exército de brancaleone - Perdere La bussola, perder o rumo.

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Caminare come uma tartaruga, andar devagar - Caminare sulle uova,caminhar sobre ovos - Ascendere una candela ai Santi e uma ao Diavolo, acender uma vela aos santos e outra ao diabo - Can che abbaia non morde, cão que ladranão morde - Essere como cane e gatto,ser como cão e gato - Castello di carte, castelo de cartas - Cavalllo di Battaglia cavalo de batalha - Cavallo di Troia, cavalo de Troia - Lasciari Il certo porl’incerto, trocar o certo pelo duvidoso - Cervello di gallina, cérebro de galinha, pouco inteligente - Muovere cielo e terra,mover céus e terra - Uovo di Colombo, coisa simples - Collomba della pace,a pomba da paz. Il danaro apre tutte le porte, o dinheiro abre todas as portas - Mostrare Il denti,mostrar os dentes - Fare um patto col diavolo,fazer um pacto com o diabo - Dio manda il freddo secondo i panni, Deus nos dá frio conforme a roupa - Cambiare disco, mudar de opinião - Essere Il pomo dela discórdia, ser o pomo da discórdia - Dormire Il sonno Del giusto, dormir o sono dos justos - Dose da Cavallo, dose para cavalo, grande quantidade, massiva. Essere un”enciclopédia ambulante, ser sábio, inteligente Fabbrica degli angeli, aborto - Metere a ferro e fuoco, agir com violência - Figlio di mammá (filhinho de mamãe, figlio di papá (filhinho de papai) figlio di putana, figlio prodigo - Fuoco di paglia,fogo de palha Gallina dalle uovo d´or, galinha dos ovos de ouro – gallina vecchia fa buono brodo, galinha velha dá bom caldo – guerra dei nervi, guerra de nervos. Incidente di percorso, acidente de percurso. Lacrime di croccodrillo, lágrimas de crocodilo - lavoro cinese, trabalho chinês, pesado - legge draconiana, lei dura - essere como um libro aperto, ser como um livro aberto – língua sciolta, falar com facilidade – liscio como um uovo,

liso como um ovo. Madalena pentita, madalena arrependida – mangiare como une bue, comer como um boi – se la montagna non viene a Maometo, se a montanha não vem a Maomé... – essere un Matusalemme – fare il parto de la montagna, o parto da montanha, coisa difícil - Far vita da nababbo, levar vida de nababo – Il doce far niente, ócio L”occasione fa l”uomo ladro, a ocasião faz o ladrão - sentire odor di polvere, sentir cheiro de pólvora – ora della veritá, hora da verdade – andare in orbita , andar em órbita – Solo Il papa é infalibile, só o papa é infalível – stare como um pappagallo impagliato, estar como um papagaio empalhado – a passi da giraffa, a passo di fórmica, a passos de girafa, a passo de formiga – aver paura della própria ombra, ter medo da própria sombra – a flor di pelle, a flor da pele - a peso d”oro, a peso de ouro – in punta di piedi, de modo furtivo – vittoria di Pirro, vitória com mais prejuízo do que vantagem- prendere o lasciare,prender ou largar Como due e due fanno quattro, com grande facilidade – Tenere como uma relíquia, recordação – andare a Roma e non vedere il Papa, ir a Roma e não ver o Papa – esser La piu bella rosa del giardino, a mais bela rosa do jardim – Como um sacco di patate, pesado, gordo – essere um sepolcro imbiancato, hipócrita, falso – Essere un tartufo, falso, hipócrita – prendere Il toro per le corna, agir com decisão. A tutto vapore, a todo vapor, em grande velocidade – Vecchio como l”arca di Noé, muito velho - vino battezzato, vinho com água seminare zizzania, por em desacordo, disseminar a cizânia. JB serra e Gurgel (Acopiara),jornalista e escritor

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Leituras V

Apontamentos com Airton Monte João Soares Neto (*) “Nunca abrirei mão dos meus sonhos, mesmo que eles se transformem em pesadelos”, dizia ele. 1.Airton Monte viveu sempre na era de Aquário. Menino de colégio marista. Adolesceu no frigir dos anos 60, jogou peladas, pintou e bordou, sem esquecer-se de ler e estudar. Depois, já médico, andava com Rogaciano Leite Filho, entre outros, curtia os bares do Benfica, o Estoril, já na decadência, e amava a vida. Parecia o Leminski, a dizer: “Haja hoje para o tanto ontem”.2. Tímido como um monge trapista limpava as grossas lentes ao ver os balanços das cadeiras. Não as de sentar. 3.Deu-se um tempo nas traquinagens e casou-se com a prima, Sônia, sabedora de seus poréns, amante e companheira que lhe deu os filhos Bárbara e Pablo, hoje adultos e abalados pela perda do irmão maior que os adorava na sua esquisitice. Agora, eles são o Airton para a Sônia. Lutem pelo futuro para discernir o resultado do presente. 4.Sabia-se leitor e daí, sem deslize, passou a escrever. Como disse a poeta Cora Coralina: “Estamos todos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo”. O primeiro tempo, poemas. Vieram contos. A crônica já estava em seu alforje de letras fortalezenses, amante da cidade que se circunscrevia ao badalo, a casa e ao trabalho em hospitais de doentes mentais e, depois, como psiquiatra cooperado da Unimed. 5.Desajeitado com o computador – presente do Carlos Augusto Viana- sofria com a “coisa”. Ele me ligava e eu já enviava a colaboradora Josilene Lima a sua casa para mexer no “bicho” que emperrava e, entre copos de cerveja, aplacar a sua saudade da senil máquina de escrever. Como dizia Borges: “O tempo é a substância de que sou feito”. Ele tinha pressa.6. Pedi-lhe, certa vez, para cuidar de um jovem com transtorno de pânico e o fez hígido em pouco tempo. Poucas pílulas, boas risadas e papos entre um cigarro e outro. Era “assim, assim” com o citado Carlos Augusto que o transmudava do seu “solar suburbano” para os altos de um prédio mirando o mar entre rochas da Volta da Jurema 6. Quando seu pai, também Airton, estava na UTI, perguntei-lhe: já foi lá? Não tive coragem, disse-me. Apronte-se, vou apanhá-lo. E lá fomos nós ao hospital. Ele, olhos marejados, de comprida bata branca, parecia uma criança ao velar o pai inconsciente. Na volta, mãos enfiadas nos bolsos da bata fez do silêncio a dor do seu semblante. 7. Há alguns anos queixou-se do corpo e o Dr. José Teles ataviou-se de irmão mais velho, cuidou de tudo e estava lá na cirurgia que se esperava salvadora. 8. Foi amado por José Teles, colega medical e seu anjo da guarda na vida e na morte. Cuidou dele no último lustro e até o traficou do calor do ciumento Clube do Bode para o refrigério do restaurante do Ideal Clube Passou a beber cerveja sem álcool. O achaque retornou. Por fim, prostou-se e, resignado, voltou à sua casa de fachada verde , como a ouvir Fernando Pessoa: “Ouço cair o tempo, gota a gota, e nenhuma gosta que cai se ouve cair”. 9. Estive lá há alguns dias. A filha Bárbara me recebeu. Pilha de jornais não lidos. Depois, entrei em seu quarto. Televisão ligada, ele sentado na cama. Sem camisa, comia pipoca vagarosamente, floco a floco. Pediu água e, depois, um refrigerante. Conversamos, rimos até. Voltava a ser menino, parecia querer ver o pai que se fora. 10.Terça, 21 de setembro de 2012, 17h30, seu ataúde foi fechado. Batemos palmas. Era a última cena. (*) João Soares Neto (Fortaleza), escritor, da Academia Cearense de Letras,empresário.

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Documento

O Nordeste em fúria

Historiador Ângelo Osmiro Barreto reconstitui episódios da história do cangaço, para além de Lampião. Durante a pesquisa para a construção do livro, o autor foi alvo de críticas vindas tanto de amigos quanto de membros da academia: “A violência com certeza é inerente ao cangaço, naquele período a lei do mais forte imperava” Nem só de Lampião se fez o cangaço. Foi dessa premissa que partiu o historiador Ângelo Osmiro Barreto para escrever o livro “Assim era Lampião e outras histórias”, cujo lançamento acontece hoje à noite. A partir de pesquisa bibliográfica e de campo, Barreto percorre o rico universo do sertão nordestino entre meados do século 19 até os anos 1930 - período em que a região padeceu sob os conflitos entre coronéis e cangaceiros, alimentados pela ausência do poder público. A delimitação temporal adotada por Barreto toma como referência, em parte, a morte de Lampião, assassinado junto com integrantes do seu bando em 1938, em uma fazenda no sertão de Sergipe. “Embora não tenha sido o único personagem do cangaço, é um dos principais, o que mais percorreu Estados e que, por isso, o que mais deixou miséria pelo que fez”, justifica o historiador. O raciocínio de Barreto vai na contramão da romantização empreendida por muitos dos produtos culturais sobre o cangaço - desde músicas até filmes, livros, cordéis e outros. “Lampião não foi um herói que lutou contra os coronéis, assim como nenhum outro cangaceiro”, frisa ele. No texto de abertura do livro, o autor complementa a argumentação: “A violência com certeza é inerente ao cangaço, naquele período a lei do mais forte imperava, onde o Estado pouco ou nada contribuía para a melhoria de vida das pessoas, o poder do coronel representado pelo tamanho de suas terras e o número de seus jagunços era de fato a lei”. Exatamente pelo fator da violência, Barreto acredita serem importantes as pesquisas sobre o cangaço - tema que precisou justificar repetidas vezes frente aos olhares e comentários de desmerecimento lançados por alguns amigos e até por colegas acadêmicos. Para ele, no entanto, pesquisar o cangaço não significa endossar, mascarar ou romantizar a violência característica desse universo. “Deve-se estudar o cangaço assim como outros períodos e episódios de nossa história, que nos ajudam a entender o Nordeste e o Brasil. Ao mesmo tempo, as pesquisas permitem corrigir as distorções sobre as figuras desse universo, a exemplo do ´heroísmo´. Por fim, entender o cangaço ajuda a evitar que se cometam os mesmos erros”, explica. A paixão pelo cangaço vem desde a adolescência, graças, em parte, à coleção de livros formada em casa pelo pai professor - entre eles, alguns volumes sobre o tema. “Depois de me afastar por um tempo, retomei as leituras sobre o assunto e me interessei em conhecer os locais onde ocorreram os episódios”, conta. Foi essa paixão que levou Barreto à presidência do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará (GECC); antes, também foi presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC). Continuação

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As pesquisas para “Assim era Lampião e outras histórias” são, na verdade, uma continuação daquela iniciada para o primeiro livro de Barreto, “Curiosidades do Cangaço” (2002). “Após um intervalo que se segue ao lançamento, volta-se a coletar informações e entrevistas, a viajar. É um trabalho contínuo”, esclarece. Entre essas viagens estão passagens por locais onde aconteceram episódios relevantes ou onde nasceram, morreram ou ainda residem personagens relacionados ao cangaço. “Fomos, por exemplo, em Angico, hoje uma fazenda no interior de Sergipe, onde ocorreu a chacina do bando de Lampião”, cita Barreto. “Lá conversamos com ex-policiais, inclusive com a pessoa que arrumou as cabeças degoladas dos integrantes do bando na escadaria da Prefeitura de Piranha, cidade alagoana localizada na divisa com Sergipe. À época, esse indivíduo contava com mais de noventa anos. Faleceu 2010”, recorda o historiador. A lista de entrevistados inclui ainda ex-cangaceiros, ex-soldados volantes (como se chamavam as tropas que combatiam cangaceiros) e sertanejos em geral, “os que mais sofriam pela situação, fosse com a polícia, fosse com os cangaceiros”, lamenta. A variedade de personagens enfatiza a percepção sobre a pluralidade do cangaço, “que não é só Lampião. Para entender o tema é preciso explorar a religiosidade, a política e outros aspectos, a partir de personagens como Padre Cícero, coronéis e outros”, ressalta Barreto. Essa mesma pluralidade também garante o interesse do público geral pelo livro, não apenas de outros pesquisadores, historiadores e profissionais da área. “Embora seja um trabalho mais aprofundado que o primeiro, não chega a mergulhar fundo em todos os aspectos do cangaço, mesmo porque isso não caberia em um único livro”, destaca o autor. Um exemplo de “personagem-satélite” é Zé Saturnino, inimigo de Lampião. “Nos anos 1990 conheci Luiz Cazuza, que morreu em 2011, quase com 101 anos, porém lúcido. Ele era sobrinho de Saturnino, no livro conto um pouco de sua trajetória no período do cangaço, de seu contato direto com Lampião”, comenta Barreto. No Ceará, o autor visitou Limoeiro do Norte e Juazeiro do Norte - foi nessa última que, em 1926, Lampião recebeu do batalhão patriótico a patente de capitão, além de armas e munição, sob pretexto de combater a Coluna Prestes. “Mas ele nunca fez isso”, adverte o autor. “A partir desse momento ganhou a alcunha de capitão Virgulino Ferreira da Silva”. Em Juazeiro, porém, as pesquisas foram feitas em livros e documentos no Arquivo Público, ou com pessoas quer conheceram outras que estiveram entre os conflitos. “Daqui para frente essa será a regra. Indivíduos que tenham vivido naquela época estão morrendo por conta da idade. Ficam os descendentes”, observa Barreto. Mais informações Lançamento do livro “Assim era Lampião e outras histórias” - hoje, às 19h30, no auditório da EngExata Engenharia (R. Joaquim Nabuco, 1950, Aldeota). Aberto ao público. Contato: (85) 3133.8855 Livro Assim era Lampião e outras histórias - Ângelo Osmiro Barreto - LC Gráfica e Editora 2012, 238 páginas - R$ 30 Adriana Martins, Repórter

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Leituras VI

30 anos de “Sobral de meu Tempo”

Lustosa da Costa (*)

Adoentado, não pude comparecer ao lançamento da edição comemorativa dos 30 anos de “Sobral do Meu Tempo”, no Ideal Clube. Pedi, entretanto, que dona Dolores me representasse. Da soberania de seus 98 anos, ela cumpriu com desembaraço e distinção a tarefa recebendo os meus convidados. O discurso de agradecimento em nome da família coube à historiadora Isabel Lustosa, que produziu um texto primoroso. Soube que mais de 300 pessoas saíram de suas casas para atender ao meu chamado. Fui informado de tudo e pude acompanhar o desenrolar da festa. Sei que não foi fácil disputar com as novelas a preferência da noite. Uma noite de autógrafos sem autor e, portanto, sem autógrafos. Dívida Aos organizadores do evento - Edmo Linhares, Sérgio Braga, Juarez Leitão e José Telles - devo o sucesso desse dia de maravilhas e grandes emoções. Comitiva De Sobral veio uma comitiva de amigos do peito, dentre os quais se destacavam o presidente da Academia Sobralense de Letras, José Luís Lira, e o prefaciador desta edição, o intelectual José Ferreira Portella Neto. Ensaio O texto do Portella foi destacado e muito elogiado no discurso de apresentação do Juarez Leitão. Trata-se, na verdade, de um brilhante ensaio sobre a saga sobralense com citações reminiscentes acerca de algum personagem do livro. Amigos ilustres O prefaciador não nega o seu passado de ex-seminarista de um tempo em que no seminário a arte de escrever era muito mais regra do que exceção. Vários amigos ilustres enobreceram a nossa festa. Amigos ilustres - II Entre os amigos ilustres destacam-se o embaixador Paes de Andrade, Leorne Belém, João Batista Fujita, Paulo Elpídio, César Montenegro, Asclépio Barroso (que veio especialmente da Bahia). Amigos ilustres - III Estavam presentes ainda Aguiar Moura, João Soares Neto, Carlos Castelo, Audifax Rios, desembargadora Gisela Nunes, Lauro Vinhas Lopes e sua Marildes, dentre muitos outros ilustres nomes. Colegas E Wilson Ibiapina, Edilmar Norões, Francisco Bezerra, Pedro Gomes de Matos, Evandro Sá, Mônica Silveira , Marcos Monte, Nilton Oliveira, Aldemir Arruda e Sérgio Moura. (*) Lustosa da Costa (Sobral), jornalista e escritor. Crônica publicada no Diário do Nordeste, em 02.10, na véspera de sua morte em Brasília.

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Ex-aluna da Unifor é 1ª colocada em concurso nacional de Direito Público Prêmio nacional A cearense Tainah Simões Sales, de 23 anos, graduada em Direito pela Universidade de Fortaleza (Unifor), ganhou um concurso nacional de monografia em Direito Público. Ela concorreu com outros participantes de vários Estados do País a um concurso promovido pela Escola de Direito de Brasília do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Tainah Simões Sales, graduada em Direito pela Universidade de Fortaleza (Unifor), ganhou concurso nacional de monografia em Direito Público Na próxima sexta-feira (21), Tainah receberá, em solenidade marcada para a sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, em Brasília, a premiação de R$ 5 mil. O IX Concurso Brasiliense de Monografias Jurídicas teve como tema “Federalismo e Democracia Participativa”. A avaliação das monografias foi realizada por docentes da Escola de Direito do IDP. Foram selecionados três trabalhos com as maiores notas. Os ganhadores serão premiados com R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Além disso, os três primeiros colocados receberão certificado e terão a monografia publicada no Portal de Periódicos Jurídicos do IDP. Esse concurso, promovido anualmente, tem por objetivo estimular a pesquisa e a produção científica em Direito. Tainah Simões, que concluiu o Curso de Direito em 2011.2, na Unifor, e que é mestranda de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), concorreu com a monografia “Acesso à Informação, Controle Social das Finanças Públicas e Democracia: Análise dos Portais da Transparên-

cia dos Estados Brasileiros antes e após o Conhecimento Tainah afirmou que sua conquista muito se deve ao seu aprendizado na Unifor. “Eu tive a oportunidade de estudar na Unifor, que incentivou-me e proporcionou-me todas as ferramentas para que eu pudesse ganhar este concurso. A Unifor é bem diferente. Ela tem o incentivo real à pesquisa e à extensão. Lá, contamos com o amparo da coordenação do Curso de Direito, da Biblioteca, enfim”, ressaltou ela, destacando, ainda, a equipe de professores, os programas e projetos existentes, que fazem com que o graduado saia preparado para a realidade. O vice-reitor de Graduação da Unifor, Henrique do Carmo Sá, disse que Tainah representa um exemplo bem-sucedido. “Um resultado como este, e isto é extensivo a outros alunos egressos de nossos cursos, é uma combinação de fatores. O mérito é do esforço da aluna, que foi generosa atribuindo também a nós responsabilidade pela conquista”. Outro componente citado é a estrutura multidimensional proporcionada pela Universidade. Conforme ele, isso oferece condições de o aluno desenvolver práticas de ensino, formação acadêmica, estímulos na iniciação científica, a extensão e outros itens que enriquecem a atividade do aluno na academia. “A Unifor tem essa característica. Ela se complementa ao esforço e à competência do aluno. Aliado a isso, um terceiro fator é a existência de professores qualificados e motivadores. Eles fazem a diferença para esse aluno. Um exemplo desses fatores aliados se consolidou nesse trabalho de alto nível e de excelente qualidade, avaliado e premiado. Projeto orientado pela professora Geovana Cartaxo”, disse.

Em vigor desde 2007, plano prevê alfabetização plena até os 7 anos, mas aos 6 aluno já deve saber ler. Alfabetizar na idade certa não é só questão de estipular um limite etário para que a criança leia e escreva. Para que isso aconteça é preciso garantir um ambiente que propicie esse aprendizado, como capacitação dos professores, uso de material apropriado e avaliações que meçam a progressão no decorrer do processo de alfabetização. Foi a partir dessa premissa que nasceu o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), em 2007, no Ceará. Ao criá-lo, a secretária de Educação, Izolda Cela de Arruda Coelho, reproduziu o piloto que ela mesma havia implantado, em 2001, quando dirigia a Secretaria de Educação de Sobral - município cearense que é referência nacional na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Funciona assim: a alfabetização plena deve acontecer até os 7 anos, mas aos 6 anos, no fim do 1.º ano do fundamental, a criança já deve saber ler. “O segundo ano é um momento de consolidação. Quando o aluno ganha mais ritmo, melhora a entonação. Mas, alfabetizado ele já está”, explica Izolda. Antes do lançamento do programa estadual, conta Izolda, foi feita uma pesquisa que avaliou os alunos, os professores e o clima da escola. “O resultado mostrou que os alunos eram analfabetos, os currículos das universidades eram muito pobres em relação à formação para alfabetizar o futuro professor e as escolas eram desestruturadas.” A partir desse diagnóstico e com a adesão de todos

os municípios do Estado, o trabalho foi estruturado em cinco eixos que contemplam da formação do professor à avaliação. Fases. O primeiro é o da gestão, que consiste na assessoria técnica para o cumprimento da meta. O segundo, de aperfeiçoamento pedagógico, é o oferecimento de materiais didáticos de alfabetização eficientes. Em seguida, vêm duas ações que podem ser chamadas de preventivas: o estímulo à literatura infantil, com a organização de “cantos de leitura” para crianças de 5 anos, e a criação de diretrizes curriculares da educação infantil. Por fim, vem a questão da avaliação. Os alunos fazem duas provas: uma é aplicada já ao fim do 1.º ano pela própria escola. A outra, ao fim do 2.º ano, é uma avaliação externa que diagnostica a situação de aprendizagem da leitura, da escrita e a compreensão textual de cada uma das escolas. Os mapas ao lado, que medem o nível de alfabetização no Estado antes e depois dessas ações, mostram que o programa tem dado certo. A quase totalidade dos municípios já tem todos os estudantes com alfabetização desejável aos 7 anos. O sucesso do Paic inspirou o Paic Mais, que ampliou as ações para as escolas até o 5.º ano e criou um indicador de rendimento que concede incentivos fiscais para aqueles municípios que apresentarem bons resultados e equidade entre alunos e escolas. Nos resultados do Ideb de 2011, o Estado registrou 4,7 nos anos O iniciais, bem acima da meta de 3,6. / O.B Estado de S. Paulo - 24/09/2012

Programa inovador no Ceará melhorou nota do Ideb

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Leituras VII O Buraco do Reitor

Carlos José Gurgel (*) Acredito que todo aluno da Universidade Federal do Ceará das últimas três décadas conheceu o Buraco do Reitor. Se não frequentou, ao menos de nome e de fama ouviu falar desse boteco. Se o estudante era “enturmado” e gostava de beber uma cachacinha no final das aulas, com certeza conheceu o Buraco do Reitor. É um daqueles lugares que surgem sem que ninguém possa explica como um pode um local sem qualquer graça ser tão conhecido e frequentado. Tem tudo para não ser nem ao menos lembrado. Fica numa ruazinha transversal, entre duas grandes avenidas quase no centro da cidade (Av. da Universidade e Avenida Carapinima). O prédio da mercearia, ou melhor, da bodega do “Seu Manel” é velho, mal conservado e sem a mínima estrutura para abrigar um bar. Pois o Buraco do Reitor fica numa pequena divisão do imóvel, espremido entre a mercearia do seu Manel e uma residência. São duas portas e um balcão de cimento e uma velha prateleira de madeira quase caindo e com umas poucas garrafas de bebida, a maioria cachaça. Cadeiras apenas umas três, reservada para os frequentadores mais graduados, no caso os que bebem diariamente e em grande quantidade. No mais, apenas cadeiras improvisadas com caixotes ou os chamados tamboretes. A grande maioria fica mesmo é em pé no balcão ou encostado nas paredes, pois o espaço entre o balcão e as estreitas portas da rua é mínimo. Quem desejar alguma privacidade pode ficar na parte dos fundos, em uma pequena divisão atrás das prateleiras. Mas a maioria não interessa ficar isolada nos fundos pois além de perder a conversa e as piadas o reservado fica numa parte escura, úmida e próximo do mictório improvisado e mal-cheiroso. O bom mesmo é beber ao pé do balcão e ficar circulando entre os biriteiros frequentadores. A fama do local é mesmo inexplicável e o nome deve-se particularmente à sua proximidade do prédio da Reitoria e do campus universitário da UFC. Era no passado uma das poucas mercearias que vendia pinga e tira-gosto na área e ficava escondido num beco de pouco trânsito de pedestres e de carros. Seu atual proprietário é o Andrade, uma figura impagável. Baixinho, cara fechada e não gosta de dar um bom-dia e não tem nenhuma delicadeza com os clientes. No que pese a sua falta de trato com os fregueses, é respeitado e reverenciado por todos, em especial pelos clientes mais assíduos e chegados ao copo, os chamados “papudinhos”. Uma clientela eclética e que mistura sem qualquer separação ou discriminação todas as classes sociais e profissionais. Uma única restrição: mulheres não frequentam o Buraco. Destaque: a grande maioria dos fregueses se conhece e o tratamento, como não poderia deixar de ser, é por apelidos. Alguns hilários, outros bizarros e sem explicação, contudo sem nenhuma ofensa ou sentido pejorativo. Pateta, Jabão (meu primo), Moi de Chifre, são alguns dos apelidos dos fregueses mais conhecidos. Discute-se de tudo, prevalecendo logicamente a política e o futebol. Mas o grande mote são os casos amorosos, as conquistas e particularmente as traições. Nesse ponto é onde surgem as melhores piadas e as maiores discussões. Amores, traições, adultérios e tudo que são fatos e histórias envolvendo o tema estão sempre em evidência e é fonte inesgotável de piadas e gozações. Masculinidade, impotência e desempenho sexual completam a pauta. Todos são envolvidos nas histórias e brincadeiras, porém sempre de maneira cômica e sem ofensas. Às vezes os presentes elegem um pra “Cristo” e tome piada e gozação em cima do pobre coitado. As discussões se acirram, o tom de voz se eleva, entretanto no final termina tudo em gargalhadas e muita bebida. Ter crédito no Buraco do Reitor não é para qualquer um e ficar “na pendura” é motivo de orgulho. O variado tira-gosto, que sempre vem de fora, pois o Buraco não tem cozinha, é uma atração à parte. Não pela qualidade, mas pela maneira como é generosamente compartilhado. Pode ser uma simples laranja ou mesmo um limão cortado em pedaços, algumas siriguelas, um bife trinchado ou um frango à passarinha. Tudo é colocado em cima do balcão e todos os biriteiros podem se servir diretamente. Com as mãos, com palitinhos e até com garfos, qualquer um pode beliscar o tira-gosto. Carlos José Gurgel (Acopiara), engenheiro da Petrobrás

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Ministério da Educação quer alterar o currículo do ensino médio Para tentar adaptar o currículo das escolas às necessidades dos alunos, o Ministério da Educação estuda um novo modelo de ensino, em que as atuais 13 disciplinas serão distribuídas em apenas 4 grandes áreas: ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática. Para a diretora de currículos e educação integral do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, a mudança no ensino médio deve ajudar o processo de aprendizagem. “Hoje nós temos um exercício muito grande de memorização dos estudantes, isso acaba tendo poucos resultados na capacidade de resolver problemas, de construir conhecimentos. O esforço é de ressignificar o currículo, fazendo com que o saber aprendido na escola tenha sentido na vida deles. Ajude a compreender o mundo em que estão inseridos. Ajude a se autocompreender no mundo”. “O currículo deve ser reflexivo e crítico, tem que fazer sentido para a vida cotidiana dos alunos”, acrescenta o diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro/DF), Rodrigo Rodrigues. Na Câmara uma comissão especial estuda os novos modelos de ensino médio possíveis para o País. O objetivo é propor um projeto de lei sobre o assunto. Outra proposta sugerida por especialistas é a diferenciação do currículo escolar de acordo com as habilidades e preferências dos estudantes, nos moldes do que ocorre em outros países, como a França. Na prática, os alunos poderiam escolher disciplinas específicas em que focariam seus estudos, sempre tendo em vista seus interesses pessoas e a profissão que pretendem seguir. A intenção não é retirar conteúdos, explica Remi Castioni, professor da faculdade de Educação da Universidade de Brasília. “A formação terá que abranger todos os componentes curriculares, inclusive matemática, física, química e biologia, mas em algumas [disciplinas] haverá ênfase maior.”

“Alunos que têm interesse em humanidades, em literatura, em história, por exemplo, não vão deixar de fazer uma ou outra disciplina de matemática. Eles, no entanto, vão fazer muito mais cursos de história, de literatura, de história do pensamento. Não é uma exclusão, é uma ênfase em certas áreas”, explica o especialista em Educação e doutor em economia Claudio de Moura Castro. “Nós precisamos tornar o ensino médio atrativo para os jovens, buscar conteúdos disciplinares que possam se organizar em torno de projetos [pessoais]”, resume Castioni. Beto Oliveira Dorinha: em alguns lugares sobram vagas no ensino médio porque o aluno está desinteressado. Evasão As propostas são muitas, mas o único consenso é que o currículo atual não atende às necessidades dos estudantes nem do País, que perde a cada dia com os altos índices de evasão escolar no ensino médio. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que 40% dos jovens de 15 a 17 anos que não estão na escola hoje saíram das salas de aula porque simplesmente não têm interesse em continuar os estudos. “Em muitos lugares há alunos sem ensino médio e vagas sobrando. Isso porque a escola não diz nada para o aluno, não representa possibilidade de mudança de vida ou de continuidade na escolarização”, critica a deputada Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), integrante da comissão especial que estuda mudanças no ensino médio. O coordenador da Frente Parlamentar da Educação, deputado Alex Canziani (PTB-PR), também alerta para a necessidade de mudanças. “Nós temos que discutir qual ensino médio queremos para o Brasil, que oportunidades queremos que nossos jovens tenham, porque infelizmente o modelos que adotamos hoje não tem sido exitoso”.

Centenário de Meton Vieira é celebrado com livro sobre sua história Um pouco da trajetória do advogado e jornalista Meton Vieira Teixeira Marques de Albuquerque, nascido no distrito de Isidoro, em Acopiara, é contada no livro “Meton Vieira – Notas de Uma Vida e Genealogias das Famílias Albuquerque; Barbosa de Lucena; Teixeira e Marques Vieira”, de autoria da sua filha, a economista, formada em Direito, Rosane Nogueira. Se vivo fosse, Meton Vieira estaria completando 100 anos, no dia 25 de setembro. Filho de Firmino Teixeira de Akbuquerque e de Maria Vieira Teixeira (Maru), saiu ainda pequeno da fazenda dos seus pais e foi estudar no Seminário no Crato. Depois veio para Fortaleza, onde se formou em Direito, em 1940. Atuou como advogado em todo o Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. Foi professor universitário. Meton Vieira foi casado com Maria Roselita Holanda Vieira de Albuquerque, com quem teve 10 filhos, dos quais sete formados em Direito, 21 netos e 10 bisnetos. Faleceu em 28 de agosto de 2011. O seu tronco familiar era José de Albuquerque,

do Isidoro, casado com Catarina Francisca de Sena, cujo casal gerou as famílias dos Idelfonso do Pizeca e do Baraba do Isidoro, além dos Romanos, dos quais descende o desembargador Celso Abuquerque de Macedo, além dos Gonçalves, Vianas e Albuquerque do Quincoôe e do Baixio da Roça. O livro é um compêndio da história do advogado e jornalista. Rosane Nogueira revela que aproveitou o centenário para reunir um pouco da vida do seu pai em uma obra, retirada, boa parte, de uma caderneta de anotações onde Meton registrava seus momentos e informações importantes. Como jornalista, ele escrevia para “O Nordeste”, “Tribuna do Ceará”, “Jornal do Ceará” e “O Povo”. Publicou o livro “Crimes que Abalaram o Sertão”. A publicação traz também artigos e cartas escritos por Meton Vieira. A autora revela que concluiu a árvore genealógica iniciada por seu pai, que ele nunca conseguiu terminar e incluiu no livro. “Foi um presente que estou dando para o meu pai”.

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Fotos: Ivete Simonete do Amaral

Casa do Ceará homenageou o Controlador e Ouvidor Geral do Governo do Ceará

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visita à Pinacoteca da Casa

João Alves de Melo agradecendo

m café da manhã realizado em 17.10, na Casa do Ceará, organizado pelas funcionárias Heloisa, Ivete e Antonia, a Diretoria da Casa do Ceará homenageou o Controlador e Ouvidor Geral do Estado do Ceará, sr. João Alves de Melo (Iguatu), presentes os diretores Osmar Alves de Melo (Iguatu), irmão do homenageado, JB Serra e Gurgel (Acopiara), Luis Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Francisco Machado da Silva (Pedra Branca) e Maria Aurea Assunção Magalhães (Fortaleza), mais os membros do Conselho Fiscal, José Carlos Carvalho (Itapipoca) e o José Colombo de Souza Filho (Fortaleza). Estiveram presentes a sra. João Alves de Melo, Eliete, a sra. Osmar Alves de Melo, Ivete, os irmãos de João e Osmar, Agamenon, Cristiano e Nazareno, e

João Alves de Melo com irmãos e irmãs

as irmãs Ana e Maria Dolores e a prima Maria Dione. Também participaram da homenagem o presidente do grupo Gasol, Edson Cascão, os amigos do homenageado, Renato Castro e Augusto Lima, o diretor da Administração de Brasília, Carlos Euler Curlin Perpétuo (Calela) e o representante do deputado Chico Leite, sr .Artur Oscar Guimarães. No seu pronunciamento, Osmar lembrou que João foi o único dos irmãos que ficou no Ceará, todos os demais vieram para Brasília e que ele fez brilhante carreira não só no Banco do Nordeste, como no Governo do Ceará e na prefeitura de Fortaleza, exercendo relevantes cargos. Mostrou a ele dados que evidenciam a grandeza da Casa na prestação de serviços à comunidade de Brasília, nos diversos setores assistenciais, da Policlínica, da Odontoclínica,

João Alves de Melo com diretores da Casa

cursos profissionalizantes. Mostrou as dependências da Casa demorando-se nas três bibliotecas e na Pinacoteca que guarda valioso acervo. João, por vez, agradeceu o convite para conhecer a Casa, por dentro, ele que já conhecida, por fora, lembrou que poucas instituições assistenciais tem a longevidade da Casa, que estará completando 50 anos em 2013, o que resultado do empenho dos cearenses em socorrer os conterrâneos e contribuir para felicidade dos brasileiros. Manifestou apoio à ação assistencial da Casa, em especial com a Pousada Chrisanto Moreira da Rocha, que assiste idosos, mediante pequena contribuição, admitindo que a Casa está se antecipando o que acontecerá com o Brasil do futuro, com o crescimento da população de idosos, que precisará de casa de repouso.

Energia que faz parte da nossa vida.

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M. Dias Branco patrocinará novo livro sobre os 50 anos da Casa do Ceará

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O empresário Ivens Dias Branco, putados Colombo de Souza, Alencar presidente do Grupo empresarial Furtado, senadores Mauro Benevides M. Dias Branco, através do seu (e Eunicio Oliveira , escritora Ana executivo,Geraldo Luciano, aprovou Miranda , governadores Cesar Cals, o patrocínio do novo livro que a Casa Virgilio T-távora e Tarso Jereisssati, do Ceará em Brasília editará em 2013 empresários José Lirio Ponte Aguiar para marcar os 50 anos da Casa do , Geraldo Vasconcelos , Francisco Ceará, criada em 15 de outubro de Carneiro,dom José Freire Falcão, 1963 por 28 cearenses liderados pelo embaixador Dario Castro Alves, então deputado Chrisanto Moreira da procurador Roberto Gurgel Monteiro Rocha que criara antes da Casa do Ce- dos Santos ará no Rio de Janeiro, que funcionou O novo livro homenageará os exna Avenida Nilo Peçanha. A comuni- -ministros Ciro Gomes, Beni Veras, cação foi feita ao 1º. Vice presidente Joao Gonçalves de Souza, Edmilson da Casa, jornalista Fernando César Caminha, JoséCosta Cavalcante, ex Mesquita,ele mesmo um dos funda- governadores Adauto Bezerra, Lucio dores da Casa. O livro homenageará Alcantara, Gonzaga Mota e Helio 150 cearenses que de alguma forma Gueiros,embaixador Rubem Amacontribuíram ral Junior, Propara o desencurador Weber volvimento da Holanda Alves, Casa. poeta Luis MarAnteriortins, deputada mente, em Naria Laura, 2010, o grupo general Tácito M Dias Branco Gaspar de Olipatrocinara a veira, deputado edição do livro Raimundo Paque a Casa do dilha Ceará lançou O livro terá para homenaapresentação do gear 150 ceapresidente da renses que conCasa do Ceará, tribuíram para Osmar Alves de a consolidação Melo ,uma hode Brasília,nas menagem aos comemorações 28 cearenses dos 50 anos de que fundaram a Brasília, sob o Casa do Ceará, título: “Ceará, Fernando César 50 anos de BraMesquita, um sília”. O livro dos fundadores, foi um grande texto de AdirIvens Dias Branco, presidente do grupo M. Dias Branco sucesso editoson Vasconcerial, com apresentação de Fernando los, sobre a História do Ceará em César Mesquita (Fortaleza), textos de Brasília, texto de Wilson Ibiapina, Os introdução de Adirson Vasconcelos cearenses de Brasilia e os cearenses (Santana do Acaraú), José Jezer de do Ceará e do mundo texto de José Oliveira (Crato), ,José Colombo de Jézer de Oliveira,ex-presidente da Souza Filho (Fortaleza), José Wilson Casa sobre A Casa do Ceará em BrasíIbiapina (Ibiapina) e coordenação edi- lia, suas venturas e desventuras, texto torial de JB Serra e Gurgel(Acopiara). de de José Colombo de Souza Filho O livro destacou os cearenses sobre Brasilia dos cearenses anôniPresidente Castello Branco, os ex- mos, desconhecidos, que povoaram -ministros Armando Falcão, Paes o Nucleo Bandeirante,a Ceilandia, de Andrade, marechal Juarez Távora, Gama , Paranoá. Os cearenses que Expedito Machado, almirante Helio construíram Sobradinho e Cidade Saboia, Moacir Catunda, os ministros Ocidental, Projeto Fausto Nilo, a Ubiratan Aguiar , Valmir Campelo, refundação da Casa do Ceará, e o Cesar Rocha, Napoleão Maia, José grupo M. Dias Branco. A coordeCoelho governadores Miguel Arraes , nação textos sobre os 150 homenaJuracy Magalhães Siqueira Campos, geados será do jornalista JB Serra advogados Jair Ximenes , Estênio e Gurgel,diretor de Comunicação Campelo, Osmar Alves de Melo , de- Social da Casa do Ceará.

acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

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Página da Mulher Regina Stella (*) Quando ele olhou a esplêndida paisagem à sua volta, a lagoa, as montanhas, os flamboyants e as amendoeiras enfileiradas à beira d’agua como sentinelas montando guarda, sentiu o privilégio que ali se oferecia. Nem por um instante vacilou. Decidiu, de pronto, que teria naquele lugar um pedaço de chão.Acolheu, fascinado, a idéia que brotara, e dias depois comprava a terra que imaginara num momento de exaltação. Morando na cidade grande,numa rua barulhenta, onde o burburinho só tinha fim pela alta madrugada, ele se viu como um deus, a gozar de sossego e paz, das coisas simples há tanto esquecidas, longe do asfalto, do concreto, dos gigantescos edifícios. Aos fins de semana, impreterivelmente, atravessava a baía, aliviado, e se encastelava na casinha branca cercada de varanda, tosca, a ler um livro, um jornal, a improvisar um jardim, a conversar, rapidamente, com alguém conhecido que passasse em frente. Passados alguns meses, os olhos só tinham vez para a b eleza e paz, alargou os horizontes, fez amizade com os moradores, uma prosa aqui, outra ali,no boteco uma cervejinha gelada. Chamou-lhe a atenção a extrema pobreza que cercava o seu pequeno mundo. E resolveu ajudar àquela pobre comunidade.Traria donativos, roupas usadas para distribuir, algo que conseguisse entre os amigos da cidade grande. Não poderia ficar alheio às necessidades que ali saltavam aos olhos. Certo dia, ao ver o açougueiro da rua onde morava, que lhe servia há anos, descarnar uma peça,” gigantesco trazeiro”, teve a idéia de lhe pedir os ossos que se amon-

Amarga ironia toavam num canto, para levar aos sábados àquela humilde gente, carente de proteínas. E pensava, de como faria bem às crianças um caldo quente, uma sopa, as proteínas que finalmente chegariam. Contente, lá se ia aos fins de semana para o seu mundo de sossego, ansiando por silêncio, pela beleza da paisagem que antevia, satisfeito com a bagagem que levava, pesados sacos de ossos. Tinham endereço certo, toda vez.Mal chegava, lá estavam os fregueses à espera. Convencido da caridade que exercitava, da colaboração que dava àquela gente, usufruía da alegria de distribuir. E ficava imaginando as famílias em volta da mesa ,imprestável, carcomida, pensa, a tomar, nas noites frias, o caldo dos ossos que trazia. E se passaram meses. Tranqüilo, cumpria à risca o ritual: a compra dos sacos de plásticos, a ida ao açougueiro, a conversa rotineira confirmando o seu agradecimento pela participação e generosidade. Trabalho repetido a cada sábado, igual, monótono mas infalível. E gratificante. Certa vez, a distribuição dos ossos já tinha sido feita, e ainda cansado, a viagem tinha sido mais longa, difícil o trânsito, e já anoitecia, quando um dos costumeiros fregueses se aproximou. Desconfiado, rondava de um lado a outro,uma palavra aqui, outra ali, resmungando. E então? indagou, surpreso, do estranho comportamento.Tem alguma coisa a me dizer? Depois de uma certa insistência, ainda relutando, com meias palavras,” pois é, o mundo é assim, nem todo mundo é igual, há gente boa e gente ruim, “ decidiu falar. E começou, - Eu acho que o senhor devia ficar um tempo

sem vir aqui.É muito trabalho e o senhor mora tão longe! _ Porque? retrucou o benfeitor,espantado com a sugestão do peão, habituado à alegria da chegada, a pequena multidão lhe aguardando, a certeza do dever cumprido, a fisionomia dos que eram aquinhoados... Porque? _Estão falando umas coisas...e o senhor não vai gostar. Estão querendo, estão combinando lhe pegar. De surpresa. Para lhe dar uma surra. Uma surra bem dada! Espantado, arregalando os olhos pela inusitada confidência, soltou uma exclamação tamanho da noite: o que? como?porque? Ah! esse povo fala demais! Estão espaiando que o senhor está enganando a “nois”. Estão dizendo que o governo dá a carne e manda pra cá, mas o senhor tira toda ela , e traz “pra nois” só os osso! Vão pegar o senhor. Ninguem quer ser enganado. Era grave a denuncia e muito maior o espanto! Àquela noite, horrorizado, não pôde pregar os olhos. De medo, de raiva, de desencanto, Então, lhe tomavam por velhaco, ladrão e trapaceiro! Madrugada, ainda escuro, levantou-se, juntou os apetrechos. Fechou a casa e se agachando , em defesa, caminhou até o carro.Como podia o homem dar acolhida a tamanha perversâo! Naquela manhã de domingo, atravessando a baia, terrivelmente agredido, trazia na boca um amargo gosto de desengano Passados muitos meses me confessou que, quebrado o encanto, não sabia dizer se ainda voltaria. Talvez quando o desgosto passar. (*) Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora

Receitas da culinária cearense

Tempo: 25 minutos de preparo | Rende: 2 porções Ingredientes: Para o peixe . 400 g de filés de serigado (badejo) . Sal a gosto . Pimenta-do-reino a gosto . Suco de 1 limão . 1 colher (sopa) de azeite . 1 limão cortado em 6 gomos Para o molho . 1/ 3 de xícara (chá) de azeite

FILÉ DE SERIGADO AO CAPISTRANO . 5 alcaparras . 5 champignons fatiados . 5 azeitonas verdes ou pretas fatiadas . 5 cubinhos de limão . 1 xícara (chá) de croutons

Para a ane de macaxeira . 1 xícara (chá) de macaxeira (aipim ou mandioca) cortada em fatias finas . 1 e 1/ 2 xícara (chá) de cebola fatiada . Sal a gosto . Noz-moscada a gosto

Modo de preparo: Faça o peixe: tempere os filés de peixe com o sal, a pimenta e o suco de limão. Em uma frigideira, aqueça o azeite e frite os filés até dourar. Coloque-os em uma travessa e reserve. Faça o molho: junte o azeite, as alcaparras, os champignons, as azeitonas e os croutons e misture. Reserve. Faça a ane de macaxeira: junte todos os Ingredientes: em uma vasilha e misture bem. Depois, coloque-os em uma frigideira antiaderente, tampe e deixe por alguns minutos em fogo baixo, até que fiquem macios. No final, despeje o molho sobre o peixe e sirva com arroz, a ane de macaxeira e 1 limão cortado em gomos.

Comer gordura em ‘hora certa’ pode emagrecer, diz estudo Horários ajudam metabolismo a usar a gordura em quantidade para produzir energia Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém dizem que uma dieta rica em gordura em horários controlados pode emagrecer. A prática também pode fazer com que o metabolismo não acumule a gordura ingerida e, sim, utilize-a para produzir energia. O estudo foi conduzido pelo Instituto de Bioquímica, Ciência da Alimentação e Nutrição da universidade e divulgado na publicação científica da Federação de Sociedades Americanas de Biologia Experimental (Faseb, na sigla em inglês). “Aperfeiçoar o metabolismo pelo agendamento cuidadoso das refeições, sem limitar o conteúdo do cardápio diário, pode ser usado como ferramenta terapêutica para prevenir a obesidade nos humanos”, afirmou professor Oren Froy, que conduziu o estudo. Pesquisas anteriores afirmavam que alimentar mamí-

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feros com uma dieta rica em gordura prejudica o metabolismo e leva à obesidade. No entanto, os cientistas israelenses queriam determinar o efeito de combinar os alimentos gordurosos com um controle rígido do horário e da duração das refeições. A hipótese estudada era a de que comer sempre na mesma hora regularia o relógio biológico e reduziria os efeitos da gordura que, em circunstâncias normais, causaria obesidade. Aproveitamento da gordura Para comprovar a teoria, os pesquisadores alimentaram quatro grupos de ratos com dietas muito ou pouco gordurosas durante 18 semanas. No grupo de controle, os animais comiam alimentos ricos em gordura na mesma hora e durante o mesmo período de tempo todos os dias.

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Os outros ratos foram divididos em grupos que comiam pouca gordura em horários fixos, pouca gordura sem horários fixos (na quantidade e frequência que escolhessem) e muita gordura sem horários fixos. Ao concluir o experimento, a equipe do professor Froy percebeu que todos os quatro grupos de ratos haviam engordado, principalmente os que comiam gordura sem horários fixos. No entanto, os ratos que comiam gordura em horários controlados ganharam menos peso até do que aqueles que tinham ingerido pouca gordura, apesar de ambos terem consumido a mesma quantidade de calorias totais. Os ratos com horários controlados também desenvolveram um estado metabólico especial, em que as gorduras ingeridas não eram acumuladas, e, sim, utilizadas pelo organismo para produzir energia os períodos entre as refeições Com a BBC Brasil

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Leituras VII Humor Negro e Branco Humor Versão japonesa do Joãozinho!.... No primeiro dia de aulas numa escola secundária dos EUA a professora apresentou aos alunos um novo colega, Sakiro Suzuki, do Japão.. A aula começa e a professora: - Vamos ver quem conhece a história americana... Quem disse: ‘Dê-me a liberdade ou a morte’? Silêncio total na sala.... Apenas Suzuki levanta a mão e diz: - Patrick Henry em 1775 na Filadélfia!.. - Muito bem, Suzuki!..E quem disse: ‘O estado é o povo, e o povo não pode afundar-se.’? - Abraham Lincoln em 1863 em Washington!... A professora olha os alunos e diz: - Vocês não têm vergonha?.. Suzuki é japonês e sabe mais sobre a história americana que vocês!.. Então, ouve-se uma voz baixinha, lá ao fundo: - Vai tomar no cu, japonês filho da puta!... - Quem foi? grita a professora. Suzuki levanta a mão e sem esperar responde: - General McArthur em 7 de dezembro de 41 em Pearl Harbour , e Lee Iacocca em 1982 na Assembleia Geral da Chrysler!... A turma fica super silenciosa, apenas ouve-se do fundo da sala: - Acho que vou vomitar.... A professora grita: - Quem foi?... E Suzuki: - George Bush (pai), ao Primeiro-Ministro Tanaka durante um almoço, em Tóquio, em 1991... Um dos alunos grita: - Chupa o meu pau!... E a professora irritada! - Acabou-se!!... Quem foi agora?... E Suzuki, sem hesitações: - Bill Clinton à Mônica Lewinsky, na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, em 1997.... E outro aluno se levanta e grita: - Suzuki é uma merda!... E Suzuki responde: - Valentino Rossi, no Grande Prêmio de Moto no Rio de Janeiro em 2002.... A turma fica histérica.... a professora desmaia.... a porta se abre e entra o diretor, que diz: - Que merda é essa?... nunca vi uma confusão destas!... Suzuki: - Lula para o ministro da Aeronáutica, a respeito do caos aéreo em Dez/2006, Brasília... E outro aluno, num sussurro que ecoou: - Ihhh!... agora fodeu de vez!... Suzuki: - Lula de novo!..... após a queda do avião da TAM.... O diretor fica estarrecido com a petulância do japonês e da euforia da turma e diz: - Vamos reagir!... cambada de viadinhos... filhos das putas...vocês tem que virar homens de verdade! Suzuki: - JOEL SANTANA..... para o time do Flamengo na Temporada 2012......

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Documento

Homenagem dos Cearenses aos Mineiros, de Minas e de Brasília Carta de um primo mineiro à outro primo mineiro tumen

Em itálico os nomes dos municípios de Minas Gerais: Nesta VIÇOSA manhã de primavera, de onde se contempla um BELO HORIZONTE, um CAMPO BELO e MONTES CLAROS, e, ainda, neste ambiente FORMOSO de nossa terra, quando se pode contemplar também, pela madrugada, a ESTRELA DALVA, escrevo-lhe para colocá-lo a par dos últimos acontecimentos. No âmbito familiar, a nossa prima LEOPOLDINA, ESPERA FELIZ dar a LUZ a seu primeiro filho que, se for homem, se chamará ASTOLFO DUTRA e JANUÁRIA, se mulher. Para cuidar do rebento, ela contará com abnegação da sua governanta MOEMA. Mas, enquanto ela aguarda seu bebê, lava roupa tranqüilamente nas BICAS existentes em um RIO NOVO, afluente do RIO ACIMA, que passa pelas terras de DONA EUZÉBIA, naquele LARANJAL, perto da CAPELA NOVA, onde, na hora do RECREIO, a meninada sobe na PONTE NOVA, para pescar LAMBARI e PIAUe soltar PAPAGAIOS. A prima NATÉRCIA comprou uma casa na rua ANTONIO DIAS, perto da casa do ANTÔNIO CARLOS. Você já sabia? Orou a Jesus de NAZARENO em agradecimento, ajoelhada aos pés da SANTA CRUZ DO ESCALVADO no alto do MONTE SIÃO, que fica lá para as bandas da GALILEIA, às margens do MAR DE ESPANHA. Lembra-se daquelas pedras da tia MARIA DA CRUZ que você queria comprar? Ela resolveu vendê-las, menos a PEDRA AZUL, porque ela diz ser a mais bonita e valiosa. Quanto aos aspectos sociais e religiosos, temos novidades. Na próxima semana, o CÔNEGO MARINHO, da diocese de VOLTA GRANDE, vai fazer a Festa de SÃO TOMAS DE AQUINO. Se você quiser aparecer será um grande prazer. A nossa prima VIRGINIA é quem será a responsável pelo evento. Vai ter missa celebrada pelo reverendo local, CÔNEGO JOÃO PIO, em honra ao Santíssimo SACRAMENTO. De manhã, o bispo DOM SILVÉRIO irá crismar as crianças. Depois haverá um show com o Agnaldo TIMOTEO e também com as TRÊS MARIAS. Em seguida, a Banda Musical SANTA BÁRBARA, sob a regência do maestro BUENO BRANDÃO, executará o GUARANI, de Carlos Gomes. Depois o Barão de COROMANDEL fará a saudação ao aniversariante. A festa era para ser no mês que vem, mas todas as datas do cantor estavam preenchidas. As primas SERICITA e AZURITA vão fazer a comida. Como prato principal teremos PERDIGÃO e PERDIZES à milanesa e PATOS DE MINAS ao molho pardo. De sobremesa teremos compota de MANGA, tendo sido escolhida a UBÁ, por ser mais saborosa, pêssego em CALDAS e, ainda, licor de PEQUI. À noite, haverá um baile no OLIVEIRA Country Clube, ao som da orquestra do maestro MATIPÓ, tendo como principais solistas os renomados músicos IBIRACI ao saxofone e NEPOMUCENO ao trompete. Será uma boa ocasião para os convidados exercitarem os seus PASSOS ao ritmo de boleros e rumbas. Mudando de assunto, na fazenda, fizemos algumas reformas. O CURRAL DE DENTRO estava com o telhado estragado, com problemas no madeirame e tivemos que trocar as vigas. Desta vez colocamos CANDEIAS, por ser madeira de muita durabilidade, todas compradas do CORONEL XAVIER CHAVES. Com a sobra da madeira ainda reformei a PORTEIRINHA que dá entrada para o quintal. Estou também reformando a CAPELINHA de SENHORA DE OLIVEIRA, para comemorar o aniversário de LIMA DUARTE. Na festa estarão presentes o CORONEL MURTA, o PRESIDENTE WENCESLAU, o JOÃO MONLEVADE, o CORONEL FABRICIANO, o CAPITÃO ENÉAS, o BARÃO DE COCAIS, o Barão de BARBACENA, e várias outras personalidades. Dizem que até o TIRADENTES pretende comparecer. Mas ele ficou meio aborrecido, porque queria que a festa fosse em SÃO JOÃO DEL REI. Só não poderá comparecer o VISCONDE DO RIO BRANCO porque ele está em CAMPANHA política. Iremos cobrar um valor simbólico como entrada,

para reverter em benefício dos desabrigados da chuva, mas apenas uma MOEDA de PRATA. Vou lhe dar outra grande notícia. Perto do ENGENHO NOVO, naqueles barrancos cheios de FORMIGA, um empregado nosso descobriu MINAS NOVAS de OURO BRANCO, OURO PRETO, ESMERALDAS e TOPAZIO, portanto será uma NOVA ERA e uma BOA ESPERANÇA para todos nós. Infelizmente, por causa dessa riqueza, a violência já começou a aparecer na região. Um homem de TRÊS CORAÇÕES foi morto por um garimpeiro, usando uma faca de TRÊS PONTAS, porque ele havia descoberto uma enorme TURMALINA e também uma pedra de RUBIM, de menor tamanho, mas muito valiosa. Na área do desenvolvimento, a dona CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO, proprietária da usina açucareira de URUCÂNIA, quer aumentar a fábrica e incrementar a produção de açúcar, mas para isso precisará de mais energia elétrica. Assim, tem um projeto de construir uma usina hidroelétrica aproveitando as quedas dágua da CACHOEIRA DO CAMPO, formada pelo rio PIRANGA, mas o senhor RESENDE COSTA, que é o chefe do IBAMA na região, quer embargar a obra, alegando impacto ambiental. Falarei agora da nossa justiça. Chegou um JUIZ DE FORA, chamado EWBANK DA CÂMARA, para ocupar o lugar de BIAS FORTES, que terminou o seu mandato. Mas o CONSELHEIRO LAFAYETE, acompanhado de RAUL SOARES, pediu ao GOVERNADOR VALADARES para interceder junto ao PRESIDENTE BERNARDES para efetivar naquele cargo o SENADOR FIRMINO, que muito fez por nós. Ele foi DESCOBERTO ainda novo, tanto que sequer usava sapatos, usava ALPERCATAS, quando estava na companhia do CORONEL PACHECO, na famosa LAGOA DA PRATA, depois daquela GOIABEIRA e daquela árvore de JANAÚBA da fazenda POUSO ALEGRE, onde tem aquela VARGINHA, às margens do RIBEIRÃO VERMELHO. Ele se tornou um homem sério e honesto, sendo de muito valor para a nossa causa. Quanto à lagoa a que me referi, dizem que ela contém ÁGUA BOA, tanto que o Aleijadinho teria se curado dos seus males tomando banho nela, por isso passou a ser chamada de LAGOA SANTA. Dizem que um cego também lavou os olhos naquelas águas e voltou a enxergar, mas ele atribuiu esse milagre a SANTA LUZIA. Outro dia encontrei o BETIM, a MARIA DA FÉ e a ALMENARA nadando nas ÁGUAS FORMOSAS da LAGOA DOURADA, e lhe mandaram lembranças. A lagoa fica nas terras de PEDRO LEOPOLDO, onde ainda tem mais SETE LAGOAS. Avisam que estarão viajando para ALÉM PARAÍBA no próximo feriado de SANTOS DUMONT. Também lhe mandam um grande abraço o DIOGO VASCONCELOS e o JACINTO. Agora, vou lhe contar as fofocas. O FRANCISCO SÁ teve um desentendimento com o JOÃO PINHEIRO por causa daquela LAJINHA que faz o SALTO DA DIVISA das terras dos dois fazendeiros com as terras da MARIANA, às margens do Rio PARACATU, porque dizem que ali tem muita MALACACHETA. A coisa andou quente. Um deles, não sei qual, queria agredir o outro com um MACHADO. Ainda bem que o coronel MATEUS LEME chegou na hora e evitou o PATROCÍNIO de uma morte desnecessária, e, ainda, promoveu uma NOVA UNIÃO dos dois. Os índios AIMORÉS tentaram invadir a reserva dos índios MAXACALIS, armados de ARCOS e flechas, por causa daquela reserva de JEQUITIBÁ existente no PÂNTANO DE SANTA CRUZ, mas, felizmente, foram contidos pelas tropas da Polícia FLORESTAL comandadas pelo MAJOR EZEQUIEL, evitando um massacre sem precedentes. Os presos foram levados para o QUARTEL GERAL.

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Casa do Ceará tem Selo dos 50 anos feito por Audifax Rios CASA DO CEARÁ Selo Comemorativo

LOGOMAR CA COL OR OGOMARCA COLOR

‘‘Ao criarmos o selo que festeja os cinquenta anos de fundação da CASA DO CEARÁ nos apegamos aos elementos mais representativos da nossa paisagem, da nossa gente: a jangada, o sol, o mar, o pescado. Levamos em conta que tais ícones foram demasiadamente utilizados ao longo do tempo e tivemos a ousadia de, mais uma vez, lançarmos mão deles, para representar a força do nosso povo. Ademais eles já estão consolidados no imaginário popular. De formato retangular, com mobilidade de aplicação

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em qualquer espaço, por mais restrito que seja, conforme teste de redução, este símbolo pode vir junto ao logotipo da entidade sem tornar-se redundante visto os elementos visuais serem análogos. A jangada, no caso, tem sua prancha composta pelo nome ‘’CASA DO CEARÁ’’ e a vela traz o algarismo ‘’5’’ (de 50 anos) cujo zero é composto por um sol esplendente. No canto superior esquerdo da peça estão as datas alusivas ao cinquentenário. E sob o sol a palavra

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LOGOMAR CA TONS DE CINZA OGOMARCA

‘’Anos’’ em manuscrito livre, cuja letra ‘’O’’ é construída a partir de um peixe estilizado. Aves flanam entre os algarismos. Optamos por utilizar cores naturais (céu e mar num degradê de azul) e o sol em vermelho sobre um halo branco. Há nuances de amarelo na vela da jangada. Isto posto, achamos que assim tratada a arte do selo dará o recado porque, de cara, é a cara do Ceará. Fortaleza, 21 de setembro de 2012, dia do radialista’’. (*) Audifax Rios

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