Jornal jun2017

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Ceará em Brasília Jornal

Casa do Ceará

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

www.casadoceará.org.br

Ano XXVIII - 300 Junho de 2017

Fotos Ozetti Aguiar

A Festa Junina da Casa do Ceará, ARRAIÁ DA CASA DO CEARÁ, reuniu mais de 2.000 pessoas. Leia mais na pág. 10

Tarciso Viriato volta a mostrar sua obra em Brasília. Leia mais na pág. 5

Sindicalistas cearenses de Brasília em João Pessoa Leia mais na pág. 12

Da esquerda para direita: a nora, Natasha Barros, o filho, Bruno Viriato, Tarciso, a esposa, Ana Valente, e o irmão, Cláudio Viriato.

Bartolomeu Gonçalves Martins- Presidente do SINDVAMB- DF (Sobral / Forquilha- CE), Francisco Joaquim Loiola- Presidente do SINDAUTO - DF (Sobral / Forquilha- CE), Francisco Valdenir Machado Elias - SINDFEIRADF (Independência - CE), Carlos Aguiar - Presidente SINDMAC - DF (Sobral - CE), João Vicente Feijão Neto- SUPERINTENDENTE FECOMERCIO - DF (Sobral - CE), Francisco Maia Farias - Presidente SINDEVENTOS-DF (Monsenhor Tabosa - CE),Francisco Messias Vasconcelos - Presidente SINCOFARMA - DF (Sobral- CE).

Fotos: Paulinho Lima

Editorial, pág. 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá – Avenida Beira Mar, pág. 3 Pe Neri descobre Nova Bacia de Fósseis no Ceará, pág. 4 STF libera obras da transposição, pág. 4 Dom André Vital é o novo bispo de Limoeiro do Norte, pág. 4 Manoela Queiroz Barcelar lançou em Brasília livro sobre tombamento de Fortaleza, pág. 5 Os 90 anos de dom José Falcão, pág. 5 Tarciso Viriato volta a mostrar sua obra em Brasília, pág. 5 Leitura I - artigo de Sânzio Azevedo, Adolfo Caminha: 150 anos, pág. 6 Ceará, Terra do Humor: governador Camilo Santana sanciona Lei Chico Anysio, pág. 6 Leituras II - artigo de Wilson Ibiapina, Quando a cobra fumou sem censura na guerra, pág. 7 O modelo internacional que a UFC quer, pág. 7 Leituras III - artigos de Gonzaga Mota, pág. 8 Água para Fortaleza está sob as dunas, por Egídio Serpa, pág. 8 Leituras IV - artigo de JB Serra e Gurgel, Em defesa de José de Alencar e da cearensidade, pág. 9 Polo Industrial e Tecnológico da Saúde tornará Ceará referência em pesquisa. pág. 9 Anúncio de M. Dias Branco, pág. 11 Leituras V - artigo de Fernando Milfont, o Dia do Trabalho, pág. 12 Cearenses presidentes de sindicatos em Brasília participaram de Congresso em João Pessoa, pág. 12 Governador assina liberação de recursos para projetos inovadores no Ceará, pág. 12 Leituras VI - artigo de João Soares Neto, Clichês de uns e de outros, pág. 13 Mestres da Cultura: aprovado aumento de 60 para 80 mestres reconhecidos pelo Governo do Ceará , pág. 13 PIB do Ceará avança 1.87% no trimestre acima da média nacional, pág. 13 Leituras VII - artigo de Narcélio Limaverde, Naquele Tempo, pág. 14 Venda de parques eólicos no CE e PE supera R$ 2 bi, pág. 14 Cagece relançará edital para dessalinização após mudanças, pág. 14 Leituras VIII - artigo de Arnaldo Santos, Brasil: cenário 30 anos depois, pág. 15 CE é o 1º do Nordeste em taxa de conclusão no Ensino Médio, pág. 15 Chanceler Airton Queiroz e Dona Yolanda são homenageados nos 95 anos do escotismo no Ceará, pág. 16 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Projeto de Vida do comendador Albery Mariano, pág. 17 Página da Mulher, artigo de Regina Stela, pág. 18 Leituras IX - artigo de Adirson Vasconcelos, 60 anos escrevendo Brasília, pág. 18 Leituras X - Humor Negro & Branco Humor, pág. 19 Os cearenses na Cozinha de Brasília, pág. 19 Arraiá dos Idosos e dos funcionários da Casa do Ceará, pág. 20 Anúncio do Beach Park, pág. 20

Quadrilha Num Só Piscar

Foto: Fecomércio/DF

Leia nesta edição

Ângela Parente, Diretor de Obras Carlos Euler e Dr. Osmar Alves de Melo

Foto de J.S. Lacerda Filho

André Malavazi, 1º Vice- Presidente da Casa do Ceará Estenio Campelo, José Aurélio Melo Carvalho, Ursula Suaid e Patrícia lopo

Estênio Campelo, Osmar Alves de Melo e Antônio Carvalho

Advogadas Fabianne Fonseca e Monica Barros, sentadas: advogadas, Ursula Suaid, Dhebora Pimentel e Patrícia Lopo

Grupo de participantes

Luis Gonzaga de Assis. Estênio Campelo e Antônio Carvalho

Vaquejada deixou de ser crime. É manifestação cultural, Os parques de vaquejada serão reabertos Leia mais nas págs. 15 e 18

Marília M.D. Serra e Gurgel, Marco Aurélio N. Pereira e Mônica Rebello.


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Edi t o r i a l

É titânica a luta da Casa do Ceará para se manter. Caminhamos para 54 anos e somos a única Casa dos estados em funcionamento. Mas Deus sabe como. Não recebemos um tostão da União e dos governos do Ceará e do DF. Tudo bem. Mas poderíamos receber, especialmente do GDF, pelo serviço que prestamos a comunidade de Brasília, complementando as ações públicas cada vez mais limitadas. A Casa é ficha limpa. A Casa é instituição filantrópica, não visa lucros. A terceira geração dos cearenses se distanciou da Casa. Deixamos de oferecer uma contrapartida para o atendimento das exigências do mercado. Instituições como a nossa tem características atípicas. De um lado, temos compromissos com a cearensidade, com os nossos valores éticos, morais e históricos. De outro, temos que prestar serviços, e serviços de qualidade, que satisfaçam as esperanças de uma clientela que venha ao nosso encontro. Neste sentido, a receita social é mínima, como que indicando que os próprios cearenses estão de costas para nós. Temos que fazer receita e muita para manter as instalações físicas de 6.500 metros quadrados e empregados. Mais: os diretores nada recebem e são voluntários. Agradecemos o apoio recebido da comunidade de Brasília e Entorno que está descobrindo a Casa e encontrando respostas para suas necessidades. Inácio de Almeida (Baturité) Diretor Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Estênio Campelo Bezerra (Crateús) 1º vice; Adirson Vasconcellos (Santana do Avcaraú), 2º vice; Luis Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Administração e Finanças; Maria Madalena da Silva Carneiro (Garanhuns/PE) Vicente Magalhães (Aurora), diretor de Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Carlos Euler Currlin Perpétuo (Joinville/SC) José Sampaio de Lacerda Júnior (Fortaleza) , Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) presidente, José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) ( Itapipoca); Membros suplentes: José Aldemir Holanda (Baixio). Maria Aurea Assunção Magalhães (Fortaleza) e Lúcia Maria Percy Bastos (Matias Olimpio/PI) Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Lúciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Adyrson Vasconcellos (Santana do Acaraú), Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras) Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Luís Joca (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inácio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) serraegurgel@gmail.com / zewilsonibiapina@gmail.com Editoração Eletrônica: Vanessa Gonçalves Campos Distribuição: Antônia Lúcia Guimarães Circulação: apoio da ANASPS O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 Email: casadoceará@casadoCeará.org.br / www.casadoceará.org.br

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Espaço Luciano Barreira Escolhendo a profissão

Um senhor muito religioso que vivia no interior tinha um filho que estava chegando no momento de decidir que profissão seguir. Como tantos jovens, o rapaz não sabia ainda o que queria fazer da sua vida mas não parecia muito preocupado com o assunto. Certo dia, quando o garoto estava na escola, o homem resolveu fazer uma experiência. Foi até o quarto do jovem e pôs sobre a escrivaninha dele quatro objetos: uma Bíblia, 10 dólares, uma garrafa de Jack Daniel’s e uma revista Playboy. O homem planejava esconder-se atrás da porta para ver qual objeto que seu filho escolheria ao chegar. “Se ele escolher a Bíblia, será um pastor... Que alegria para mim! Se escolher os dólares, será um homem de negócios, o que também é bom. Mas se ele escolher a garrafa será um bêbado, que vergonha me daria! Pior ainda se escolher a revista, pois será um mulherengo sem cura” - pensava o pai enquanto esperava o retorno do filho. Finalmente, o ansioso pai ouviu os passos do jovem subindo as escadas e assobiando. Ao entrar no quarto, o rapaz atirou sua mochila na cama e, ao virar-se, viu os quatro objetos na escrivaninha. Curioso, aproximou-se deles para ver melhor. Finalmente, o garoto pega a Bíblia e enfia debaixo do braço. Em seguida, pega os dólares e o põe no bolso e, por último, abre a garrafa de Jack Daniel’s e bebe vários goles enquanto admira a Playboy. “Valha-me Deus!”, - pensou o senhor, indignado - “meu filho vai ser político!”

Um rabino, um hindu e um politico

Três amigos, um rabino, um homem santo hindu e um

político, tiveram problemas com o carro em uma estrada próxima a uma fazenda. Como já estava bem tarde, eles encontraram um agricultor no caminho e pediram-lhe gentilmente se podiam passar a noite em sua fazenda. O fazendeiro disse: - Bem, vocês podem... mas só tem um problema. Como vocês podem ver, eu só tenho espaço para dois dormirem aqui dentro. O outro precisa passar a noite no celeiro. - Não há problema algum pra mim, - opinou o rabino - meu povo vagou no deserto por 40 anos, sou humilde o suficiente para dormir no celeiro por uma noite, que ainda vai ficar em minha memória. Com isso, ele foi em direção ao celeiro e os outros deitaram-se na cama. Momentos depois, alguém bate na porta, e o fazendeiro vai verificar o que era, e lá estava o rabino. - O que há de errado? - perguntou o agricultor. Ele responde: - Eu sou muito grato a você, meu bom senhor, mas não consigo dormir no celeiro. Tem um porco lá e minha fé acredita que esse é um animal impuro. Seu amigo hindu, vendo essa situação, concordou em trocar de lugar com ele, mas poucos minutos depois, a mesma cena acontece: alguém bate na porta. - O que está errado agora? - pergunta o fazendeiro. O hindu responde: - Eu também sou grato por sua ajuda, mas há uma vaca no celeiro e na minha religião as vacas são consideradas sagradas. Eu não posso dividir o celeiro com um animal santo! Bem, só restou o político para dormir no celeiro. Ele resmungou e queixou-se, mas decidiu ir. Momentos depois, o agricultor escuta outra batida na porta. Frustrado e cansado, ele foi verificar quem estava lá... “O porco e a vaca!’’ Com a colaboração do embaixador Rubem Amaral.

Conversando com o Leitor + Recebemos O Binóculo, edição 184, de abril 2017, com artigos de Dias da Silva, Batista de Lima, Januário Bezerra, Francilda Costa, Djanira Pio, Maria Lúcia Silveira Rangel. Nonato Soares de Castro; poesias de Francisco Carvalho, Dimas Macedo e Gilda de Freitas; cordel e repente de Benedito R. Ramos e Tributino Dias, e quadras de diversos autores. O binóculo é órgão de referencia da Academia Lavrense de Letras.

+ No mês de maio, a audiência do Ceará em Brasília chegou a 325.460 visitantes, continuamos a caminho dos 400 mil. É bem verdade, que o Facebook da Casa está bombando mais. + Os nossos sites auxiliares continuam também sua trajetória de sucesso. O site sobre Brasília 50 anos de Ceará passou dos 100 mil visitantes e chegou a 100.539, o que é um sucesso. Já o site 50 anos da Casa do Ceará chegou aos 14.147. Seguramente, são dois sites com a memoria viva de 300 cearenses que contribuíram para a consolidação de Brasília o que aqui construíram suas vidas e suas famílias. + O Google Analytics que mede a audiência do nosso site registrou no mês de maio 7.323 sessões com 5.795 usuários e 13.700 visualizações, alcançando 12 países e 122 cidades brasileiras. + Registramos que, pela primeira vez, cresce a pre-

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sença de cidades cearenses, como Crato, Sobral, Maracanaú, Quixadá, Iguatu e Fortaleza, o que alvissareiro. + De outro lado, a presença do nosso site se consolida no Entorno de Brasília, especialmente em Luziânia, Valparaíso, Formosa, Santo Antônio do Descoberto, Unaí, Águas Lindas de Goiás. + Entre os países, fomos visitados nos Estados Unidos (Nova Iorque), Índia, Áustria, Austrália (Sidney), China, França. Portugal, Rússia e Venezuela. + Entre as cidades brasileiras: Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Águas Lindas. Luziânia, Anápolis, Belo Horizonte, Santo Antônio do Descoberto, Campo Grande, Patos de Minas, Recife, Curitiba, Cuiabá, São Luís, Crato, Manaus, Salvador, Sobral, Ribeirão Preto, Unaí, Formosa, Natal , Campinas, Calas Novas, Porto Velho, Caruaru, Aracaju, Jundiaí, Iguatu, Maracanaú, Quixadá e São Gonçalo. + A TV Casa do Ceará está divulgando pelo canal Youtube um conjunto de 11 entrevistas dos diretores da Casa do Ceará sobre assuntos pertinentes de cada área. Não é apenas um relato sobre as contribuições de cada, mas contendo propostas para melhoria dos serviços da Casa e uma convocação aos cearenses de Brasília, do Entorno e do Ceará para que participem da vida da Casa. Vejam e opinem. Há espaço para isso.

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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar

50 anos de morte de Cego Aderaldo Em 29.06, ocorreu o transcurso dos 50 anos da morte de um dos maiores nomes da cultura popular brasileira, o poeta popular e cantador cratense Cego Aderaldo. Aderaldo Ferreira de Araújo, nome de batismo do lendário Cego Aderaldo, nasceu em Crato, no dia 24 de junho de 1878, vindo a falecer em Fortaleza, com 89 anos, no dia 29 de junho de 1967. Embora nascido em Crato, Aderaldo começou sua vida artística na cidade de Quixadá, após perder a visão em um acidente. É lendário o desafio mantido com o também famoso cantador piauiense Zé Pretinho, ocorrido em 1914 e registrado por Firmino Teixeira do Amaral no cordel “A peleja de Cego Aderaldo e Zé Pretinho”, ficando, igualmente, imortalizado na memória e no imaginário popular. Com o Blog do Crato Presidência do BNB Nos corredores do Banco do Nordeste (BNB) está correndo a informação de que seu presidente, economista Marcos Holanda, deverá ser substituído. A motivação – segundo fontes ouvidas por este blog – é política. As mesmas fontes revelaram que Marcos Holanda – quer está no cargo desde o tempo em que, no governo Dilma Rousseff, era ministro da Fazenda o economista Joaquim Levy, de quem era amigo – foi indicado pelo senador Eunício Oliveira, com quem teria se desentendido nos últimos meses. Para o seu lugar, está sendo especulado o nome de Romildo Rolim, atual diretor-tesoureiro do BNB e funcionário de carreira da instituição. Com Egídio Serpa.

O turismo acabou Vai começar a temporada de férias mas a situação é desanimadora para o turismo do Ceara. O numero de voos foi reduzido a 40 diários, depois de ter chegado a 80. Fortaleza é o 10º Aeroporto do país, depois de Guarulhos, Galeão, Brasília, Santos Dumont, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba , Recife e Salvador. Os preços das passagens aéreas dispararam. Os preços dos hoteis caíram. É difícil reverter a situação. Mérito Industrial O governador Camilo Santana recebeu a Ordem do Mérito Industrial, a mais alta comenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo apoio quem dado ao setor no Estado. Também receberam a Medalha do Mérito Industrial três personalidades: Everardo Teles, presidente do Grupo Teles; José Carlos Gama, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado; e Carlos Prado, dono da Itaueira, a maior produtora de melão do Brasil.

Ceará em Brasília

Crise hídrica A Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Ceará (Arce) debateu o tema “Questão das Águas no Estado do Ceará”. Quando falou o engenheiro Cássio Borges, que já foi diretor Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O debate fez parte da programação da segunda edição deste ano do Fórum Regulação e Cidadania, e acontece no auditório da Arce. Cássio Borges, também é autor do livro “A Face Oculta da Barragem do Castanhão: Em Defesa da Engenharia Nacional”, e está se preparando para lançar a segunda edição revisada e ampliada desse livro, ainda neste ano. Cássio, para nós do Ceará em Brasília, ´o Defensor Perpétuo do DNOCS Na ABI O prof. JB Serra e Gurgel, editor desta flamante folha, acaba de ser eleito membro titular do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa, ABI, Junta-se aos jornalistas cearenses que passaram pela ABI como Tarcísio Holanda, que foi presidente, Edmar Morel, Raimundo Magalhães Júnior, Irineu Guimarães, Juarez Barroso, Luis Edgar de Andrade e Jonas Vieira. FECOMERCIO e Eunício A Federação do Comércio do Ceará entregou dia 29.05 a Medalha Clóvis Arrais Maia ao presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (PMDB). Eunício ganhará a honraria, mesmo citado na Lava Jato. De acordo com assessores da Fecomércio, não há nada provado contra o senador. Também na solenidade, mais homenagens do Sesc e Senac. O diretor do Sesc-São Paulo, Danilo Miranda, recebeu a comenda João Luiz Ramalho. O Senac homenageou o casal Mana e Manoel Holanda, do Maraponga Mart Moda, com a comenda José Leite Martins. A Federação das Indústrias do Ceará vai promover, a partir das 20 horas desta quinta-feira, a sua tradicional festa pelo Dia da Indústria. Sob comando do presidente da Fiec, Beto Studart, haverá homenagens. Nailde Pinheiro Nogueira A desembargadora Naílde Pinheiro Nogueira, vice do Tribunal Regional Eleitoral, assumiu em 5 de junho Na vice-presidência, ficará o desembargador Haroldo Máximo. Naílde Pinheiro esteve em Brasília onde, em nome do TRE, participou de reunião da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), que tenta demover portaria baixada pelo presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, reduzindo o número das zonas eleitorais. A medida foi definida como ajuste de despesas, mas, de acordo com a desembargadora, poderá causar prejuízos para o pleito de 2018. O Ceará, por exemplo, perderá 20 zonas eleitorais.

Mineiros homenageiam Ana Miranda A escritora cearense Ana Miranda vai receber a Medalha JK no dia 12 de setembro, data do aniversário de nascimento do fundador de Brasília. A homenagem, que será prestada em Diamantina, é pelo conjunto da obra da escritora e pelo seu mais recente livro A Cinderela Negra, sobre Chica da Silva. O pai de Ana, engenheiro Raul Miranda, quando do começo de Brasília,foi quem implantou, a pedido de Israel Pinheiro, o cinturão verde que protegeu e alimentou a Capital durante anos. Raul Miranda contou com a ajuda das famílias japonesas que plantaram frutas e verduras nas inúmeras chácaras ao redor do Plano Piloto. Um grupo de intelectuais, tendo à frente o ex-secretário de Cultura do DF, Silvestre Gorgulho, está trabalhando para que Ana Miranda entre na Academia Brasileira de Letras. A única cearense que ocupou uma cadeira na ABL foi Rachel de Queiroz. A TV CASA DO CEARÁ A TV Casa do Ceará ampliou sua carteira de filmes e vídeos. Agora já são 13, com vídeos de Chico Anysio por Chico Anysio, Waldonys, Wilson Ibiapina - cidadão do mundo, O último apito, Só cearense entende o que se fala no Ceará e Vendedor de picolé na Praia do Futuro em Fortaleza (abaixo), entre outros. A TV opera através do YouTube. Aos poucos, se consolidará como uma referência do Ceará, à disposição dos cearenses de todo o mundo. Em 1917, funcionará com uma linha de programação de notícias, entrevistas, depoimentos e reportagens sob a direção de Wilson Ibiapina. No Blog Linha do Tempo, de Paulo Gurgel Carlos Silva 1792 - A Tiradentes foi proferida a seguinte sentença: “Portanto condenam ao réu Ir.’.Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da capitania de Minas, a que com baraço e pregão, seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde em lugar mais publico dela, será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma; e o seu corpo será dividido em quatro Quartos, e pregado em postes pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve suas infames práticas, e os mais, nos sítios de maiores povoações, até que o tempo também os consuma; Declaram o réu infame, e seus filhos e netos, tendo os seus bens aplicados para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica, será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique.”

Veja a TV Casa do Ceará - acesse: tvcasadoceara/youtube

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“Em outro de 2016, aos 90 anos de existência, mas forte e santo, dei por bem residir por certo tempo numa comunidade pequena, pobre, escondida nos confrafortes de várias montanhas de grande porte, formando um anfiteatro, chamado Serra da Mariana, com intenção de prestar serviço religioso àqueles campônios. E fui. Mal cheguei, procurei saber quem seria essa Mariana que deu nome à serra. Descobri a sesmeira Mariana Pinhoa de Brito, em 1711, A serra teve seu nome por 80 anos. A seguir descobri ali uma jazida de fósseis: uma nova bacia no Ceará. A primeira descobri em Jamacuru (Missão Velha) , onde fundei um Museu de fósseis que, após minha saída de Jamacuru, passou para Santana do Cariri. A bacia do Araripe é considerada uma das mais importantes do mundo. Tentei logo fazer uma suíte onde pudesse formar um novo museu ,mandei fazer os stands e ali acomodei 500 pedras fósseis. Depressa recorri ao dr. Pedro Valber, superintendente do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) do Ministério de Minas e Energia, pedindo autorização para salvar em museu aqueles fósseis. O professor do IFCE de Canindé Odilon Monteiro da Silva Neto teve a gentileza de fornecer-me a parte bibliográfica necessária aos consulentes e pesquisadores. Tudo indica que temos na Serra da Mariana uma bacia de fósseis tão importante quanto a do Araripe” . Depoimento do padre Neri Feitosa, 94 anos.

STF libera obras da transposição

Oliveira (PMDB-CE), o STF (Supremo Tribunal Federal) liberou a contratação de um consórcio para a construção do último trecho das obras de transposição do rio São Francisco. As obras estavam paradas desde o segundo semestre de 2016, quando a construtora Mendes Júnior desistiu da obra após problemas de financiamento provocados pelas acusações de participação da empresa em esquemas investigados pela Lava Jato. A presidente do STF, Cármen Lúcia, suspendeu os efeitos de uma liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que barrava uma nova licitação feita para o trecho. Em 13.06, Cármen recebeu o presidente do Senado e governadores da região Nordeste, que fizeram um apelo pela retomada da obra. A construção também é considerada estratégica pelo presidente Michel Temer, que enfrenta seus piores índices de popularidade no Nordeste. Com isso, o Ministério da Integração Nacional vai contratar o consórcio Emsa-Siton por R$ 516,8 milhões. A empresa ficou em terceiro lugar na licitação, mas as duas primeiras colocadas foram eliminadas da disputa, porque a pasta julgou que elas não tinham capacidade técnica para tocar a obra.

Dom André Vital é o novo bispo de Limoeiro do Norte

Nascido em 31 de maio de 1965, em Recife, padre André Vital Félix da Silva ingressou no Seminário dos Dehonianos em 1983. O papa Francisco nomeou o padre André Vital Félix da Silva, que substituirá dom José Haring na diocese de Limoeiro do Norte, no interior do Ceará. Atualmente, padre André Vital Félix da Silva é secretário da Província Brasil-Recife da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (dehonianos). Nascido em 31 de maio de 1965, em Recife, padre André Vital Félix da Silva ingressou no Seminário dos Dehonianos em 1983, e em seguida, no Centro Vocacional SCJ, em Paulista (PE), onde realizou seus estudos de Filosofia, no Instituto Salesiano de Filosofia do Recife (INSAF). Padre André estudou Teologia no Instituto de Teologia do Recife (ITER). Foi ordenado presbítero em 1991, em Camaragibe. Atualmente exerce seu ministério presbiteral na paróquia de São Pio X, na mesma cidade, sendo também capelão do Carmelo da Imaculada Conceição (OCD). Na congregação, já exerceu o cargo de vice-provincial por dois triênios; formador e reitor do seminário; atualmente é membro do Conselho Provincial Brasil-Recife e da Comissão Dehoniana de Teologia da América Latina. O Papa Francisco nomeou os bispos do Crato, de Tianguá e de Limoeiro do Norte, no Ceará.

Há 45 anos

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Ceará em Brasília

( Foto: Divulgação/CNBB )

Pe Neri descobre Nova Bacia de Fósseis no Ceará


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Fotos: Eugênio Novaes/OAB

Manoela Queiroz Barcelar lançou na OAB em Brasília livro sobre tombamento de Fortaleza.

O presidente da OAB nacional, Ricardo Lamacchia, participou na noite de 26.06, na sede da OAB, em Brasília, do lançamento do livro “Tombamento, afetos construídos”, da advogada Manoela Queiroz Bacelar. O livro que resgata 64 tombamentos em Fortaleza investiga sob prisma jurídico, o reconhecimento e a proteção do patrimônio cultural da capital cearense, através de pesquisas realizadas em dois momentos da carreira acadêmica da advogada Manoela. A autora pesquisou todos os imóveis tombados

Comemorados os 92 anos de vida e 60 de bispo dom José Falcão A Arquidiocese de Brasília comemorou no dia 10.06 na Catedral os 60 anos de ordenação como bispo de dom José Freira Falcão, nascido dia 23.10 em Ererê, então distrito de Limoeiro do Norte. Ordenado padre em 19,.06.1949, foi nomeado bispo coadjutor de Limoeiro do Norte, em 24.04.1967 e transferido para Teresina, como arcebispo em 1971, de la saído em 1984 como arcebispo de Brasília. Dom José Freira Falcão a adotou como lema religioso: In Humilitate Servire, servir na humildade. Hoje arcebispo Emérito de Brasília, onde reside, aqui liderou a Igreja de 1984 ª 2004, quando foi substituído pelo Cardeal João Brás de Aviz. Em 1988, foi elevado a condição de cardeal, tendo participado de muitos conclaves em Roma e de muitas assembleias da CNBB. Cardeal Dom José Freire Falcão foi o ordenante principal dos seguintes bispos: Dom Pompeu Bezerra Bessa (1973), Cardeal Raymundo Damasceno Assis (1986) e hoje é arcebispo Emerito de Aparecida, que chegou a Cardeal, Dom Agostinho Stefan Januszewicz, O.F.M. Conv. (1989), Dom Jésus Rocha (1994), Dom Francisco de Paula Victor (1996), Dom João Casimiro Wilk, O.F.M. Conv. (1998), Dom Marcony Vinícius Ferreira (2014), hoje bispo auxiliar de Brasília.

Ceará em Brasília

na cidade, protegidos nas esferas federal, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), estadual, via Secretaria da Cultura, e municipal, através da Secultfor. “É um livro jurídico, mas os arquitetos, paisagista e historiadores gostam muito, pois tombamento não é um tema muito explorado. Em Fortaleza, apesar de não sermos uma Olinda ou Belém do Pará, temos um patrimônio e precisamos valorizar o direito a memória”, disse a autora. Para o presidente da OAB, Ricardo Lamacchia,

o livro é uma obra muito rica sobre o Ceará. “Foi uma honra recebermos o lançamento desse livro de tamanha importância, por isso parabenizo a Manoela Bacelar pelo brilhante trabalho”, disse. O presidente da OAB/Ceará, Marcelo Mota, também participou do lançamento do livro. Segundo ele, o livro é uma obra inédita sobre um assunto pouco discutido com ricos detalhes fotográficos. “O livro traz uma marca da cultura cearense e da preservação que temos que ter com o nosso patrimônio” ressaltou.

Tarciso Viriato volta a mostrar sua obra em Brasília Nascido em Fortaleza 1950, graduado em Comunicação Social pela UFF, bancário aposentado do Banco Central, Tarciso Viriato se consagrou como pintor, com uma obra e uma trajetória que desenvolveu a partir de Brasília, onde vem de participar de evento no Museu da República, dia 06.06. Sua primeira exposição no DF se deu na coletiva comemorativa dos 25 anos do Banco Central, 1989. Hoje, Tarciso é cidadão Honorário de Brasília. “Em suas costumeiras viagens pela Europa e Nova York, onde mantem seu atelier, sempre resultam num grande volume de pinturas e desenhos. Uma amostragem dessas obras presentes na exposição traça um perfil de sua frenética produção dos últimos 10 anos. Escreveu Glenio Lima, sobre a exposição no certo minimalismo na série de desenhos e colagens sobre papel. O que a exposição pode nos revelar e nos surpreender. As colagens ou fotomontagens são técnicas antigas que se popularizaram com o surgimento do Cubismo, principalmente representadas nas obras de Braque e Picasso Em 1993, o governo da Iugoslávia lhe deu o Certificado de Reconhecimento pela participação na campanha humanitária “Artistas pelas Crianças Refugiadas” Em 1994, conquistou o prêmio de viagem à Europa na

participação do projeto “90 Horas de Pintura Contemporânea”, em Brasília. Em 1997 conquistou o primeiro lugar no 2º Salão de Artes Plásticas do Iate Clube de Brasília, com direito a uma viagem a Miami (USA) e 1ª colocação no 1º Salão Nacional de Pintura Contemporânea Brasileira, em São Paulo, com prêmio de viagem a Nova Iorque. Não parou mais. É uma exposição, coletiva ou individual, atrás da outra, no Brasil e no exterior. Goiânia, São Paulo, Nova Iorque, Boston, Bonito, Campo Grande, Madison, Campos dos Jordão, Fortaleza, Havana. A grandeza de sua obra está narrada nos catálogos: Tarciso Viriato, Segredos do Ateliê, com pinturas, desenhos e cerâmicas e apresentação do prof. Flávio R. Kothe, de Estética, da UNB; Tarciso Viriato, O desenho da Cor, com apresentação de Glênio Lima; Tarciso Viriato, o Sequestro do Olhar, com apresentação de Paulo José Cunha; Cor Selvagem, de Glênio Lima, Tarciso Viriato, Receita para um Mundo Fora dos Eixos, com apresentação de Luis Alberto Osório, e Acercamientos, que registra sua participação na Bienal de Havana de 2015 no Museo Municipal de Guanabacoa, junto com outros artistas de Brasília.

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Leituras I Adolfo Caminha: 150 anos Sânzio de Azevedo (*) Temos um sesquicentenário: Adolfo Caminha, que nasceu no Aracati em 29 de maio de 1867, honra as letras de sua terra, e veio a falecer no Rio de Janeiro em 1º de janeiro de 1897, portanto antes de completar trinta anos de idade. Notável ficcionista, dois livros seus, A Normalista (1893) e Bom-Crioulo (1895), garantem sua presença na literatura brasileira. Foi oficial da Marinha, fez parte do Centro Republicano do Ceará e, apesar de ter tido uma polêmica com Antônio Sales, foi convidado por Sales para ser um dos membros da Padaria Espiritual, o mais original dos grêmios cearenses do século XIX. No jornal do grupo, O Pão, escrevia a secção “Sabatina” com o nome de guerra Félix Guanabarino. Mas antes disso foi protagonista de um escândalo, ao se ligar a uma mulher que o amava, mas que era casada, e com um alferes do Exército. Depois de idas e vindas, como seus superiores quisessem mandá-lo à Europa, decidiu se demitir e foi ser funcionário do Tesouro. Começou romântico na literatura, mas seu primeiro romance, A Normalista (1893), é obra naturalista, como o segundo, Bom-Crioulo (1895), tendo este último sido traduzido para o inglês, o francês, o alemão, o turco e não sei mais quais idiomas... Para dar uma ideia de sua prosa, leiamos o início d’A Normalista: “João Maciel da Mata Gadelha, conhecido em Fortaleza por João da Mata, habitava, havia anos, no Trilho, uma casinhola de porta e janela, cor d’açafrão, com a frente encardida pela fuligem das locomotivas que diariamente cruzavam defronte, e donde se avistava a Estação da linha férrea de Baturité.” Várias edições desse livro foram publicadas com alterações indevidas, mas, com a ajuda do saudoso José Bonifácio Câmara, pude preparar em 1998 uma edição com base na primeira, de 1893. Aliás, o Armazém da Cultura, dirigido por Albanisa Lúcia Dummar Pontes, está editando esse livro, assim como a 3ª edição de Adolfo Caminha: vida e obra, escrito por mim em homenagem a esse escritor, que é o Patrono da Cadeira nº 1, que tenho a honra de ocupar na Academia Cearense de Letras. O escritor publicou ainda um livro de viagem, No País do Ianques (1894) e um de crítica, Cartas literárias (1895). Após sua morte saiu, com a data de 1896, Tentação, seu último romance. Graças a Italo Gurgel, a Coleção Nordestina publicou, pela UFC, a 2ª edição das Cartas literárias (1999) e o livro Contos (2002), com onze narrativas do escritor. (*) Sanzio de Azevedo (Fortaleza) escritor, da Academia Cearense de Letras, ocupando a cadeira n 1, que tem como patrono Adolfo Caminha. Doutor em Letras pela UFRJ

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Ceará, Terra do Humor: governador Camilo Santana sanciona Lei Chico Anysio A sanção ocorreu em meio a piadas e homenagens ao intérprete natural de Maranguape. A lei denomina “Ceará, Terra do Humor” como Bem Cultural de Natureza Imaterial Humor e alegria desenharam a tarde de 17.05 quando o governador do Ceará, Camilo Santana, sancionou o Projeto de Lei que denomina “Ceará, Terra do Humor” como Bem Cultural de Natureza Imaterial. Intitulada Lei Chico Anysio, em homenagem ao intérprete maranguapense, a lei, de autoria do deputado estadual Bruno Pedrosa, foi comemorada por humoristas do Estado em solenidade no Palácio da Abolição. De acordo com o chefe do Executivo, a lei vai fortalecer a política cultural do humor num estado que traz grandes nomes do segmento, como Renato Aragão e Tom Cavalcante, além do humorista de 209 personagens, Chico Anysio. “O Ceará tem um humor diferenciado, gostoso e único, e, com esta lei, nós queremos valorizá-lo, levando os humoristas para mais próximo das pessoas. Além da terra da luz, o Ceará passa a ser, também, a terra do humor”, somou o governador. Também presente na solenidade, o secretário da Cultura, Fabiano dos Santos Piúba, ratificou a importância do reconhecimento dos artistas do riso. “Uma lei como esta permite à Secretaria da Cultura a elaboração de uma política cultural mais eficaz. A Secult retomou o Edital do Humor após se reunir com o Fórum Estadual Humor, e, agora, temos o reconhecimento dele no Edital de Incentivo às Artes”, disse Piúba. O Edital, segundo o secretário, está avaliando 30 projetos humorísticos neste semestre. A nova publicação deve direcionar um investimento da ordem de R$ 700 mil para o segmento. Autor da Lei Chico Anysio (Lei N.º 220/15),

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aprovada em abril último, o deputado estadual Bruno Pedrosa reforça o papel da regulamentação como incentivo não só para os humoristas do Estado, como para o turismo cearense. “Levar o nome Chico Anysio, que foi o precursor do humor, não só cearense, como brasileiro, faz com que a gente tenha mais responsabilidade de incentivar os humoristas, incentivar o humor, até porque ele tem um papel preponderante no turismo cearense”, afirmou o parlamentar. Ceará, um cartão postal A sanção da Lei Chico Anysio veio como batismo para o humorista e filho do intérprete do professor Raimundo, André Lucas. “Colocar o nome do meu pai é uma coisa muito especial porque ele faz parte disso. Nenhum humorista do mundo interpretou mais personagens, que mais falou do Ceará. Maranguape, por exemplo, ficou nacionalmente conhecida por causa da Escolinha do Professor Raimundo”, rememora. Parafraseando o pai, agraciado em 2012 com a Medalha da Abolição, ele sorri: “Ceará não é um estado, é um cartão postal”. Estiveram presentes na cerimônia, também, o diretor do Teatro Chico Anysio e presidente da Associação Cearense dos Humoristas, Jader Soares (o Zembrinha); a superintendente regional do Iphan no Ceará, Geovana Cartaxo; o prefeito de Maranguape, João Paulo Xerez; além de humoristas cearenses, como Lailton Rocha (Lailtinho Brega), Iran Delmar (o Coxinha), Antônio Fernandes (Skolástica), entre outros. Fotos: Carlos Gibaja e Tiago Stille / Governo do Ceará

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Leituras II

Quando a cobra fumou sem censura na guerra

Wilson Ibiapina (*) Nos anos 40 se dizia que era mais fácil uma cobra fumar que o Brasil entrar na guerra. A frase deu origem ao nome do jornal ...E a Cobra Fumou! Quando a segunda guerra foi deflagrada, o Brasil estava em plena ditadura de Vargas. O país vivia sob censura. Toda informação era controlada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda, o famigerado DIP. Quer dizer, quase toda, pois na Itália era criado E a Cobra Fumou! Escrito por soldados e distribuído entre as tropas sem censura. O jornal era feito pelo tenente José Alfio Piason, médico paulista de Campinas e pelo soldado Geraldo Vidigal. O historiador César Campiani Maximiano conta que ele foi convocado pra guerra como castigo por participar de passeatas contra o Estado Novo. O jornal tinha o apoio do comandante do Primeiro Batalhão do 6º Regimento de Infantaria, major João Carlos Gross. Na época, o jornal oficial das tropas era O Cruzeiro do Sul. E a Cobra Fumou era contra o culto à personalidade de líderes militares e notícias pitorescas publicadas em outros jornais para os soldados da FEB. A Cobra

soltava seu veneno em cima do mau funcionamento dos serviços para a tropa, era contra a baixa qualidade do cigarro distribuído e o jabá servido. No instante em que o Regimento entrou em combate, a Cobra passou a ostentar abaixo do título: “NÃO REGISTRADO NO DIP. Repercutiu logo no Brasil. O jornal publicava tudo. Na edição de 1º de abril de 1946 a Cobra publicou um artigo do jornal americano Stars and Stripes, apontando contradições e fazendo severas críticas ao regime de Vargas: “O povo brasileiro vivia sob um governo que lhe negava os direitos democráticos. Sob Vargas, a decisão final descansava na mão de um só homem, a imprensa era rigorosamente controlada e oponentes políticos eram aprisionados sem serem ouvidos.” Outro trecho: “No Exército do Brasil a camaradagem entre oficiais e soldados era virtualmente desconhecida. Só oficiais tinham direito de voto.” Mais do que seis meses de combate na Itália trouxeram grandes mudanças à FEB. “Se bem que a disciplina se mantenha severa, muitas das formalidades (continência entre praças) não são mais praticadas”. “Assim como o combatente transformou a FEB, a FEB provocou grandes mudanças no Brasil. Do

outro lado do atlântico, o presidente Vargas aboliu a censura interna, restaurou muitos direitos democráticos e anunciou a primeira eleição presidencial livre desde 1930. Os brasileiros achavam estranho que a FEB lutasse pela democracia lá fora, quando absolutamente não existia uma democracia no país”. Se as matérias publicadas desagradassem o comando ou alguns membros do governo no Brasil, que “viessem tomar satisfação na redação do jornal, situada no front nas barbas do alemão”. Para quem quer saber mais sobre os soldados brasileiros na segunda guerra mundial recomendo o livro “Barbudos, sujos e fatigados”, do historiador Cesar Campiani Maximiano. Ele acaba com as visões românticas, ufanistas ou maledicentes que pautam a maioria das interpretações sobre a guerra. No livro que ganhei de presente da jornalista gaúcha Rosa Wasen, Maximiano mostra quem eram os soldados brasileiros, como foram treinados, como reagiram ao inimigo alemão. (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina) jornalista e diretor do grupo Verdes Mares, do Ceará, em Brasília

O modelo internacional que a UFC quer Com a criação da Pró-Reitoria de Relações Internacionais, a Universidade Federal do Ceará reforça a prioridade de se tornar uma instituição de ensino global. Entenda como deverá ser esse processo Com a criação da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer), no início deste ano, a UFC tornou-se uma das primeiras universidades do País a pôr a questão internacional na estrutura da administração superior. Com isso, evidencia uma de suas prioridades para os próximos anos, que é se consolidar como uma instituição cada vez mais inserida no cenário mundial do conhecimento. Mas como esse passo será dado na prática? Segundo o Reitor Henry Campos, é importante compreender a internacionalização como um processo, que, com o tempo, terá impacto na Universidade como um todo. Um dos aspectos principais é a inovação tecnológica. “A questão da inovação é muito ligada à internacionalização, por isso, precisamos tornar mais efetivos, mais objetivos, nossos acordos internacionais”, diz o Reitor, acrescentando que é fundamental aproveitar o cenário para desenvolver a cultura do empreendedorismo. A UFC fechou o ano de 2016 com 116 acordos de cooperação vigentes. Porém, a avaliação é a de que falta dar mais foco à maioria dessas parcerias, com definições claras e resultados efetivos. “Precisamos tornar mais efetivos, mais objetivos, nossos acordos internacionais” Reitor da UFC, Henry Campus Nesse sentido, uma das metas é a criação do Parque Tecnológico do Ceará, projeto do Governo do Estado que tem a UFC como um dos principais agentes de articulação. O Parque seria um ambiente de inovação

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que reuniria empresas e equipamentos universitários, onde alunos e professores desenvolveriam projetos junto com o setor produtivo. “Os principais convênios são certamente aqueles que contribuem para uma formação diferenciada e de alto nível dos nossos alunos de graduação e pós-graduação”, reforça o Pró-Reitor de Relações Internacionais, Prof. José Soares. São melhores para a Universidade, segundo ele, convênios que possibilitam mobilidade acadêmica internacional, permitindo concessão de duplos diplomas para graduandos e acordos de cotutela para estudantes de doutorado (a modalidade que permite realizar a tese sob a responsabilidade de dois orientadores: um no Brasil e outro em um país estrangeiro). Para novos convênios, a Pró-Reitoria tem estimulado os docentes solicitantes a incluir tais características nas parcerias. Outro objetivo é atrair mais estudantes de outros países. A compreensão é a de que a Universidade precisa oferecer programas

inteiros em outros idiomas, especialmente em inglês. Isso trará impacto também no modelo de formação praticado na UFC. “Teremos, necessariamente, currículos mais contemporâneos, em sintonia com o mundo. Isso vale também para a pós-graduação, a pesquisa e a extensão”, projeta o Reitor. • MARCOS ROBÉRIO Novas parcerias Uma das consequências das ações de internacionalização será a maior interação com instituições chinesas. O agente catalisador dessa aproximação será o Instituto Confúcio, que deverá iniciar suas atividades na UFC nos próximos meses. Entre outras atividades, o instituto tem a função de promover o ensino e a cultura chinesa, mas também terá papel importante na interlocução com indústrias e possíveis parceiros comerciais para o Ceará. Há expectativa, ainda, de acordos com mais universidades portuguesas, que têm apresentado forte avanço tecnológico e, ao mesmo tempo, direcionado suas ações à responsabilidade social. A UFC pretende, também, reativar antigos convênios. Um dos principais é referente à Universidade do Arizona, celebrado em 1966 e tido como o que mais contribuiu para a UFC, especialmente na área de Ciências Agrárias. As negociações foram iniciadas. A questão de idiomas é tão importante para o processo de internacionalização que há um setor específico para o tema na Prointer, a Coordenação de Internacionalização Linguística. Jornal da UFV Maio de 2017

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“Bagunça”

Gonzaga Mota (*) De início gostaríamos de pedir desculpas aos leitores e leitoras deste texto por usar como título uma palavra chula e grosseira. No entanto, estaríamos sendo extremamente tolerantes e injustos se usássemos “basta”, “mal feitos”, “desvio de conduta”, “equívoco” etc. Na realidade o que vem acontecendo no Brasil, nos últimos anos, sem generalizar, é uma desorganização significativa na sociedade civil, na academia, nas atividades empresariais e trabalhistas, nos três Poderes Constituídos, etc. O Brasil é um País viável em todos os aspectos e a população brasileira, em sua grande maioria, é de índole boa e não merece tamanha humilhação, bem como a falta de perspectiva. Acreditamos que a busca pelo poder e não pelo governo, assim como a substituição dos planos de ação, táticos e estratégicos, pelos mecanismos do falso “marketing” político contribuíram para enfraquecer a nossa juvenil democracia e, consequentemente, o Estado brasileiro. Ademais, o radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização social. Crises várias decorrem de movimentos radicais e tendenciosos que não procuram soluções, mas modelos inadequados do ponto de vista socioeconômico, jurídico e político. O Estado brasileiro existe não para ser opressor, corrupto ou injusto, mas para assegurar os princípios básicos da democracia. Precisamos alcançar as verdades essenciais, com consciência crítica, tendo por objetivo os valores éticos e morais indicadores de um contexto onde prevaleçam a liberdade a justiça e a igualdade de oportunidades, conforme o Estado Democrático de Direito previsto na nossa Carta Magna.

Espírito público

Aqueles que assumem um cargo na vida pública pensando em fazer negócios, desenvolver tráfico de influências, tirar incentivos ou financiamentos de órgãos estatais, dentre outras atitudes, não possuem sensibilidade política e muito menos moral, são dominados por forças da corrupção. Não são democratas. Como disse François Maurice: “O ideal democrático ensina como um povo livre pode tornar-se forte, e um povo forte permanecer justo”. Por outro lado, a coerência programática e de ideias, abrangendo indicadores políticos, administrativos, econômicos e sociais, leva-nos ao caminho da justiça e da liberdade, sem opressão física ou moral, mas com capacidade de entendimento ético-jurídico. O objetivo da atividade estatal deve ser o bem comum e não a vantagem de uma minoria ou de alguns que estão temporariamente no governo. As democracias não podem ser ameaçadas pelas estratégias de emboscadas e conluios, bem como por atitudes aéticas e amorais, muito comuns em regimes fragilizados pela baixa institucionalização de sua vida política. Norberto Bobbio, defensor da democracia, dos direitos individuais e da lei, ao analisar o “liberal-socialismo”, destaca ideias compatíveis com a liberdade, a igualdade de oportunidades e a justiça social. Um país precisa de caminhos pavimentados pela crença e pela largueza de propósitos, observando-se, acima de tudo, os verdadeiros interesses da população. Para tanto, é fundamental que, principalmente, a classe política tenha um comportamento compatível com a ética, a transparência e com o espírito público. (*) Gonzaga Mota (Fortaleza) Professor aposentado da UFC.

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Fé em Deus

Água para Fortaleza está sob as dunas

Este blog tem falado sobre a crise da oferta de água no Ceará, um problema que já provocou a fuga de empresas da fruticultura, que se mudaram daqui para o Piauí, a Bahia e o Rio Grande do Norte. Pois bem: o Orós e o Castanhão estão quase secos, e o segundo semestre se aproxima com a perspectiva de esses dois açudes reduzirem ao mínimo do mínimo o envio de água para a Região Metropolitana de Fortaleza, que assim ficaria na dependência única dos açudes Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião, que juntos acumulam hoje cerca de 350

milhões de metros cúbicos, 48% de sua capacidade total. Mas o blog transmite agora uma boa notícia: no litoral cearense, entre Cascavel e Trairi, há um oceano de água doce do tamanho de 1 bilhão de m³, suficiente para garantir água a Fortaleza durante este 2017 e o próximo ano de 2018. O engenheiro Fernando Ximenes, que estuda também os recursos hídricos, diz que o governo do Estado deveria acelerar a instalação de poços profundos para a extração dessa água. Então, mãos à obra. Por Egídio Serpa

Dessalinização: a usina vai demorar Fortaleza e sua Região Metropolitana correm o risco de ficar sem água no início do próximo ano de 2018. Os açudes Orós e Castanhão, como o blog tem dito e repetido, estão quase secos. O próprio secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, admite que água de que dispõem hoje os açudes que abastecem esta capital e sua Região Metropolitana só durará até janeiro de 2018. Depois daí, só as chuvas do próximo inverno é que garantirão, ou não, o abastecimento desta capital. Assim, é necessário que o governo do Estado acelere

o projeto de instalação de uma usina de dessalinização da água do mar. Mas o Tribunal de Contas da União suspendeu o processo de licitação para a realização dos estudos sobre essa usina dessalinizadora. O TCE admite que, do jeito que está, a licitação parece estar dirigida a um dos concorrentes, embora não se saiba, ainda, quem são esses concorrentes. Por esta razão, pediu explicações e providências à Cagece, promotora da licitação. Quer dizer, o que está ruim poderá piorar, infelizmente. Por Egidio Serpa

Água: Orós e Castanhão estão agonizando Este blog tem falado, nos últimos dias, sobre a crise de oferta de água no Ceará. Agora, transmite números que comprovam a gravidade dessa crise e expõem a agonia dos dois maiores açudes do Estado. O Orós e o Castanhão, que respondiam, sozinhos, por 100% do abastecimento de água de Fortaleza e de sua Região Metropolitana, estão quase secos. Reparem: no dia 5 de maio de 2015, o Orós e o Castanhão represavam juntos 2,1 bilhões de m³; Um ano depois, ou seja, no dia 5 de maio de 2015, esse volume estava reduzido a 1,1 bilhão de m³; No dia 5 de maio deste ano, ou seja, há uma semana, os dois maiores açudes cearenses acumulavam apenas 612 milhões de m³ de água. Para a nossa alegria, as chuvas deste ano recarregaram, em parte, os açudes Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião, que integram o sistema de abastecimento de Fortaleza e que

hoje represam 350 milhões de m³, volume suficiente para a travessia deste ano de 2017. Isto quer dizer que o Castanhão e o Orós mandarão, ao longo deste ano, menos água para Fortaleza. E quer dizer, também, que as autoridades de recursos hídricos do Governo do Estado terão de tomar providências para reduzir o consumo de água nesta capital, principalmente no segundo semestre. Como já foi dito aqui, a pouca água disponível hoje no Orós e no Castanhão será destinada exclusivamente ao consumo humano, ou seja, para a atividade econômica – como a agricultura irrigada – nenhuma gota. Como a Região Metropolitana de Fortaleza é a geografia na qual se localiza a maioria das indústrias, será difícil para as autoridades responsáveis pelos recursos hídricos impor algum tipo de racionamento de água à capital do Estado, o que poderá implicar na redução das atividades de produção e, consequentemente, no aumento do desemprego. Por Egidio Serpa

Ceará sem água para atividades econômicas Empresários cearenses da indústria e da agropecuária, Foi o que ouviu este blog, com todas as letras, durante cada vez mais preocupados com a crise de oferta hídrica uma reunião desses industriais e agropecuaristas, que que o Estado atravessa há cinco anos e criticaram a morosidade do governo meio, estão sugerindo que o Governo cearense. do Ceará seja proibido de atrair novas Eles consideram que a questão da empresas industriais e agrícolas. dessalinização da água do mar – uma Na opinião deles, a pouca água que solução que vários países já adotaram os grandes açudes estaduais represam com êxito – deveria ter sido equaciohoje só é suficiente para o abastecinada há dois anos, quando a Funceme mento humano. já anunciava que a baixa pluviometria Para as atividades econômicas, prosseguiria em 20016 e 2017. como a produção de alimentos no O segundo semestre deste ano será campo e nas cidades, não existe mais difícil para os recursos hídricos do água disponível. Ceará. E, principalmente, para a sua Os empresários consideram que, neste momento, o Esta- agropecuária. do do Ceará “não é confiável para quem que quer produzir”. Por Egidio Serpa

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Foto: Ellen Freitas

Leituras III


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Leituras IV

Em defesa da cearensidade e de José de Alencar

Por JB Serra e Gurgel (*) Acabei de ler “Flores, votos e balas” – o movimento abolicionista brasileiro (1868-88), de Ângela Alonso, Companhia das Letras (529 p.) escrito ao estilo da nova (velha) esquerda, com viés ideológico, do marxismo leninismo, que tenta reduzir o movimento abolicionista brasileiro ao maniqueísmo de uma luta entre a retórica da reação conservadora, para quem a autora entrega a liderança a José de Alencar (sic), e da compaixão dos abolicionistas “brancos”. Como se vê a perversão intelectual é grande. Esta gente que pretende reescrever a História do Brasil, com a petralhada em cargos estratégicos dos ministérios da Educação e da Cultura, jogando na lata de lixo tudo que houve e aconteceu no Brasil Reino, Império e República, e que não teve a participação de esquerdistas, esquerdopatas, socialistas, comunistas, petistas e outros grupos da mesma laia, anarquistas e proselitistas. É sinistro, mas conseguiram fraudar e rasurar os livros escolares para que desde cedo, na pré-escola e no fundamental, em várias frentes, seja alterado o curso da História por uma versão ou uma reinvenção de uma suposta história contra a história que envolveu várias gerações de brasileiros. Nem Monteiro Lobato escapou à sanha peçonhenta desta gentalha, visto como um simples latifundiário, explorador de trabalhadores rurais, reacionário, direitista, elitista, carola, etc, etc. Intelectuais e artistas, romancistas e poetas, que se encaixaram na evolução do pensamento, nas correntes literárias que permearam a história moderna e contemporânea, mesmo anteriores a Marx e Engels, a Lenin, Stalin Mao, foram e são execrados por “pseudos revisionistas” a serviço de extremos e delírios. Delirantemente a sra. Ângela omite que os escravos que chegaram ao Brasil eram escravizados por seus líderes, caciques ou chefes tribais na África, os sobas, que os comercializavam, por preço de mercado. A escravidão era um produto, como a prata, o ouro, a cana de açúcar, o pau brasil, as especiarias, etc. Não vão às origens do escravidão. Ficam na periferia funk, semeando a luta de classe e o ódio étnico. Ninguém nega que houve escravos, escravagismo, escravidão. Só que os negros escravos não chegavam aos portos de exportação conduzidos, no garrote, pelos transportadores dos navios negreiros. Eram vendidos em

hasta publicas pelos reis negros, que meteram o dinheiro, em ouro e prata, nos paraísos fiscais da época. A escravidão negra é uma página macabra no mundo moderno, como fora no mundo antigo, em Roma, Grécia, Egito. Registra que de 1501 a 1886, a França, Espanha, Holanda, Estados Unidos receberam 521,336 africanos, como escravos! Registra também que 1872 o Brasil tinha 1.510.806 africanos, escravos, 15% da população total, concentrando-se 61% deles em Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. Não faz a apologia de Gangazumba e Zumbi dos Palmares, que muitos negros não sabem quem foram, o que fez ou deixou de fazer. Limita-se a mostrar André Rebouças, José do Patrocínio, Luis Gama, Abílio Borges, Joaquim Nabuco e Eusébio de Queiroz, muito mais importantes do que Gangazumba e Zumbi, ainda que se deixando envolver pelos “abolicionistas brancos”. Certamente, a luta de Rebouças, Patrocínio e Gama contra a escravidão foi bem maior que a de Zumbi. Mas, simpatizavam com os brancos e por isso são condenados pelo novo tribunal de ética, como os dos milicianos e traficantes do Rio de Janeiro, de acordo com os preceitos do “politicamente correto” que fundamenta a revisão histórica” da nova ordem de uma esquerda esquizofrênica. Páginas e paginas foram gastas numa perseguição sem trégua ao ideário político de José de Alencar, como deputado e Ministro do Império, no embate pela aprovação ou não de leis abolicionistas, e ao ideário literário. Desconhecem a própria história de José de Alencar, de sua avó, Barbara de Alencar, a primeira mulher Presidente do Brasil, malfada República do Cariri, de seus tios envolvidos na Confederação do Equador, de seu pai, que foi presidente e senador. Não nasceu em berço de ouro nem fora aristocrata. Crato não tinha ouro. Eles não tinham bois nem cana de açúcar. Podiam ter roças. E não tinham escravos. A sra. Ângela Massacra o Guarani (aqui arrastando junto Carlos Gomes para o pelourinho), Carta de Erasmo e O Tronco do Ipê, vendo chifre em cabeça de cavalo, desmerecendo a notável contribuição de Alencar para o romantismo brasileiro, rompendo com paradigmas estrangeiros e criando, como pioneiro, a identidade

cultural e apresentando ao país a cearensidade que é o traço principal da etnia cearense. A destilação do ódio maior contra Alencar não diminuí sua dimensão e sua densidade política e literária; O homem deve ser visto no seu tempo. O enquadramentos para trás e ou para frente é aleatório, fora de contexto. A presença de Alencar incomoda; De outro lado, a autora narra com forte enfado as manifestações contra a escravidão realizadas nos estados, porque eram feitas pelos brancos, em cada Estado a favor do abolicionismo. Reduz o fato histórico de ter sido o Ceará o primeiro a libertar seus cravos, o papel de Chico da Matilde, o Dragão do Mar, quando declarou que aqui (no Ceará) não se embarcava nem desembarcava mais, marco da libertação dos escravos no Ceará em 25 de março de 1885, com o legado da Terra da Luz, três anos do que ocorreria no Brasil. Registra a presença de José do Patrocínio em Fortaleza participando das manifestações dos abolicionistas e nem cita a carta de Vitor Hugo cumprimentando os cearenses. Omite que dom Pedro II não tinha escravos e que a família real não ficava atrás. Ridiculariza o gesto da Princesa Isabel que assinalou a Lei Áurea, fingindo desconhecer o seu papel na Abolição, fazendo coro com a indecorosa corrente que não poupa dom Pedro II, o maior dos nossos estadistas, Tiradentes, Caxias, Santos Dumont, Almirante Tamandaré, Rio Branco, Oswaldo Cruz, Delmiro Gouvea, Anísio Teixeira. São os mesmos que gostariam de inscrever o Panteão Nacional de Brasília um bando de panacas e idiotas, traidores da Pátria, vagabundos, gente sem beira nem eira como heróis nacionais. São os que pedem a cabeça de José Bonifácio, Monteiro Lobato, Machado de Assis, Mario de Andrade, Castro Alves, Gonçalves Dias, Lima Barreto, Gilberto Freire, Raimundo Faoro, Olavo Bilac, Clóvis Bevilacqua, Rui Barbosa, Rachel de Queiroz, Bertha Lutz. A agressão da sra. Ângela a José de Alencar, não digo que mereça o repúdio do Instituto Histórico e Geográfico do Ceará, mas fere a nossa dignidade de cearenses e a cearensidade com traço cultural de nosso grupo ético. Afinal somos todos alencarinos. JB Serra e Gurgel (Acopiara) jornalista e escritor.

Polo Industrial e Tecnológico da Saúde tornará Ceará referência em pesquisa

O governador Camilo Santana realizou,em 26.05, uma visita à unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará, localizada no Eusébio. A obra está próxima dos 100% de execução, com inauguração prevista para o segundo semestre deste ano, e representa o primeiro grande investimento do Polo Industrial e Tecnológico da Saúde. Durante o evento, o chefe do Executivo reforçou que, com as ações e parcerias do Governo, o Estado caminha para se tornar referência em pesquisa, tecnologia e inovação na área da Saúde. Uma das mais renomadas instituições de pesquisa e desenvolvimento em ciências biológicas do mundo, a Fiocruz investiu R$ 180 milhões na estrutura da unidade cearense. Quando iniciar o funcionamento no Estado, a fundação trará impacto positivo com geração de empregos, fomentação da economia local, além dos ganhos estruturais e de qualidade de serviços para a saúde pública e privada. Camilo Santana pontuou que o Governo do Ceará trabalha para atrair novos investimentos para diversos segmentos no Estado. Dentre eles, a saúde tem papel fundamental para evolução de tratamentos, avanços tecnológicos e econômicos para o setor de fármacos e medicamentos, e desenvolvimento do pensamento científico. Além disso, enfatiza o chefe do Executivo, o crescimento da indústria no Eusébio trará mais atividades econômicas também para o entorno do Polo da Saúde. “O Ceará tem uma expertise muito grande na área da Saúde. Esse polo é onde nós estamos recebendo uma das instituições mais conceituadas do mundo, que é a Fiocruz. O prédio vai ser um grande centro de formação de pesquisa, não só para o Ceará mas para o Brasil inteiro. Esse polo

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está atraindo outras empresas para se instalar nele, além do entorno que já tem previsto investimentos da iniciativa privada, como hotéis e hospitais. O Governo do Estado contratou agora uma empresa para fazer o plano diretor dessa área e planejar a ocupação dessa área em volta do polo de saúde. Então isso é geração de emprego, é desenvolvimento de pesquisa, qualificação da saúde pública e privada, e também fazer do Ceará referência nesta área de saúde”, afirmou.

Instituto Pasteur, lá na França. Queremos atrai-lo para funcionar no Polo. Vamos colocar a disposição, caso eles tenham interesse em construir um prédio aqui no Ceará”. Estiveram presentes na visita os deputado estaduais Walter Cavalcante e Júlio César Filho, o deputado federal Odorico Monteiro, a presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Nicolle Barbosa, o prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves, o coordenador de Transportes e Obras da Seinfra, André Pierre, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Eusébio, Eilson Gurgel, o ex-presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Fernando Cirino, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), Luiz Gastão Bittencourt, o dirigente do Grupo Edson Queiroz, Edson Neto, além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Quimicas, Farmacêuticas, Colchões e de Materiais Plásticos e Produtos Isolantes do Estado do Ceará (Sindiquímica), construtoras e engenheiros.

O governador lembrou, ainda, que vizinho à fábrica da Fiocruz estão em curso as obras da fábrica de vacinas da Fundação Oswaldo Cruz, a Bio-Manguinhos, com investimento de aproximadamente R$ 700 milhões. “A previsão é que já esteja em funcionamento entre 2019 e 2020”. O Centro de Plataformas Vegetais será a primeira fábrica de vacinas da Fiocruz fora do Rio de Janeiro e produzirá vacinas para febre amarela e doença de Gaucher. Santana revelou que, em junho, se dedicará a atrair mais uma grande parceria para o Estado: o Instituto Pasteur. “Estamos agendando no próximo mês uma visita ao

Busca por investimentos Sediado no município do Eusébio, o Polo Industrial e Tecnológico da Saúde compreende área de aproximadamente 73 hectares, desapropriada pelo Governo do Ceará. O Governo pretende trazer indústrias referências no país e também no exterior para ocupar todo o espaço e solidificar a produção para o setor. As indústrias selecionadas para o Polo serão beneficiadas com incentivos diferenciados de até 99% do ICMS gerado em função da produção, na forma prevista na legislação do FDI, com retorno de até 1% e prazo de fruição de até dez anos.

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A Festa Junina da Casa do Ceará, ARRAIÁ DA CASA DO CEARÁ, reuniu mais de 2.000 pessoas

1° Vice Presidente da Casa do Ceará João Estênio Campelo Bezerra, Superintendente Antônia Lúcia Guimarães e José Aurélio Carvalho.

Frederico Porto, Andreia Caruso, Diretor de Promoção Social José Sampaio de Lacerda Júnior, Carlos Aguiar, Diretor Carlos Euler e sua esposa Ângela Parente.

Lucas Guimarães, Dalva Silva, Omar Guimarães, Selvina Aguiar, Dr. Osmar Alves de Melo e Superintendente Antônia Lúcia Guimarães.

Trio Siridó

Diretor de Educação e Cultura Vicente Magalhães, José Aurélio Carvalho, Dr. Osmar Alves de Melo, 1° Vice Presidente João Estênio Campelo Bezerra e David Capelo.

Quadrilha Num Só Piscar

Carlos Aguiar e sua esposa Natalina Aguiar.

Maria Jupira Magalhães, Diretor de Educação e Cultura Vicente Magalhães, Vicente Landim Macedo, Miss Maranhão Clara Aguiar e Francisco de Assis.

Rosa Helena e José Aldemir Holanda

Carlos Aguiar e Diretor Financeiro da Casa Luiz Gonzaga de Assis.

Presidente do Conselho Fiscal Evandro Pedro Pinto e Miss Maranhão Clara Aguiar.

Fotos Ozetti Aguiar

Ângela Parente, Diretor de Obras Carlos Euler e Dr. Osmar Alves de Melo

Uma das mais tradicionais festas da Casa do Ceará, a Festa Junina, Arraiá do Ceará, foi realizada no último dia 24 de junho e mais uma vez foi um sucesso, contando com a presença de mais de 2.000 pessoas, nua noite muita fria e em que outras dezenas de festas juninas foram realizadas em Brasília e no Entorno. A Casa do Ceará se empenhou em manter viva as tradições juninas do Nordeste, com a música regional do baião, forró, coco, xaxado e forró pé de serra, por conta do Trio Siridó, que há vários anos toca para os cearenses e não cearenses que afluem a Casa. Ao mesmo, diversas barracas oferecem comidas típicas do Ceará e do Nordeste, como milho assado, milho cozido, canjica, pamonha, curau, baião de dois, panelada, buchada de bode, sarapatel, tapioca, farinha, pirão, multidão e o tradicional quentão. Três ações simultâneas foram postas à disposição púbico: a abertura do Bazar de produtos importados, doados pela Receita Federal, que teve expressível nível de venda, a promoção de venda de cerveja da Antártica e a apresentação doa melhor e mais premiado grupo de dança de Quadrilha do Centro Oeste, a Num Só Piscar, da Ceilândia, que este ano fez a apresentação da Quadrilha Junina Num Só Piscar,

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que teve como tema “Os amores de Luiz”. Depois da apresentação do Trio Siridó e da Quadrilha Num Só Pisca, a dupla sertaneja Bonni e Belluco cantou e encantou o público O Arraiá da Casa do Ceará contou com o patrocínio de: Antártica- São João é a Boa – Coisa Boa Gera Coisa Boa, Associação dos que Querem Bem a Sobral e ao DF AQQB, Associação dos Filhos e Amigos de Aurora, Grupo Só Reparos. Elson Cascão, Advogado Estênio Campelo, Comendador Albery Mariano, Galeteria Beira Lago; Administração Regional do Lago Norte, Master Cópias Gráfica e Copiadora. Ematec – Escola de Massoterapia da Casa do Ceará. MGM Comunicação Visual. Sindmac – Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF, do grupo de Lojas Madesol, de Acopiara. Contou ainda com o apoio: Rádio Atividade, Rádio Super FM, Jornal Correio Braziliense e Jornal de Brasília. Passaram pela festa: Osmar Alves de Melo, Presidente da Casa do Ceará, Vicente Magalhães , Diretor de Cultura, Estênio Campelo – 1º Vice, Adirson Vasconcelos – 2º Vice, J. B. Serra e Gurgel – Diretor

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de Comunicação Social, José Sampaio de Lacerda Júnior, – Diretor de Promoção Social, Carlos Euler Curlin Perpétuo, Diretor de Obras, Luiz Gonzaga de Assis – Diretor Financeiro, Evandro Pinto – Presidente do Conselho Fiscal. Membro do Conselho Consultivo – Albery Mariano e Carlos Aguiar. Muitos grupos do interior estavam presentes no Arraiá, especialmente os de Fortaleza. Sobral, Crateús, Santana do Acaraú, Aurora, Iguatu, Acopiara, Independência, Juazeiro do Norte, Crato, Limoeiro do Norte, Itapipoca, Tianguá, Assaré, Aracati, Aquiraz, Nova Russas. Esteve a frente do evento, a Superintendente Antônia Guimarães e sua equipe, Ivete Simonette, Rayanne Alves, Sue Helen, Áurea Luíza, Dalva Andrade, Maria Darcimar, Cláudio Lima, Maria Rozângela, Jenilson José, Raquel Caetano, Érika Cristina, Maria Lúcia, Aline Santana, Vaneza Gonçalves, Fernanda Aparecida, Maria Aparecida, Maria de Fátima, Eliane Bezerra, Edson Mota, José Rodrigues, Ana Isabel, Marcelo Alves, Rosilene Pereira, Francilene da Silva, José Ribamar, Lucileide Sá, Paloma da Silva, Raí Dias e Antonio Ferreira.

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Dia do Trabalho

Fernando Milfont (*) A partir da segunda metade do século XVIII e ao longo do século XIX, a indústria teve excepcional desenvolvimento, notadamente na Inglaterra, onde ocorreu a primeira Revolução Industrial, que rapidamente se expandiu pela Europa e outras partes do mundo. Durante o processo de industrialização, as relações sociais e geográficas urbanas rapidamente se transformaram, tendo em vista a construção de parques industriais em torno das cidades. Uma das consequências foi a ocorrência de grandes concentrações de operários – a força de trabalho que alimentava a indústria com a sua mão de obra. Diante do fato, começaram a surgir as primeiras organizações de trabalhadores, logo transformadas em sindicatos, de natural tendência ideológica de esquerda, como comunismo e anarquismo, principalmente o anarcossindicalismo, que teve ampla adesão na Itália. Essas organizações usaram várias táticas para pressionar as fábricas, fazendo reivindicações por melhores salários e melhores condições de trabalho, cujas diárias variavam entre 15 a 18 horas. Uma dessas táticas foi o recurso a greves. Ao longo do século XIX, na proporção em que novas indústrias iam surgindo, também crescia a massa operária. As reivindicações dificilmente eram atendidas, mesmo porque, não havia legislação trabalhista para ordenar o sistema. O problema agravava-se, principalmente nos Estados Unidos, onde houve, na cidade de Chicago, grandes movimentos de protestos nas comemorações do Primeiro de Maio, instituído como o Dia do Trabalho, em todo o mundo, exceto nos Estados Unidos e no Canadá, que festejam a data na primeira segunda-feira de setembro. A explicação é de caráter político: o presidente norte-americano Cleveland determinou que a mudança seria para evitar o incentivo de greves e de manifestações socialistas, repetição do que ocorrera na data, em 1886, nas ruas de Chicago, em que houve um movimento de trabalhadores, que paralisaram suas atividades em protesto contra a falta de direitos e pelas desumanas condições de trabalho, bem como pela jornada de oito horas diárias, em que morreram seis manifestantes. Tais mortes foram motivo para novas manifestações de trabalhadores, três dias depois, terminando com a explosão de uma bomba, matando sete policiais e 12 manifestantes, além de deixar dezenas de feridos. Tal período foi denominado de Revolta de Haymarket. No dia 3 der junho de 1889, a Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu convocar uma reunião anual com o objetivo de lutar pelas oito horas diárias de trabalho, tendo o Primeiro de Maio sido escolhido como data oficial, homenagem às lutas sociais iniciadas três anos antes, em Chicago. Em primeiro de maio de 1891, a polícia francesa dispersou manifestação de trabalhadores, registrando-se 10 mortes entre os manifestantes. Meses depois, na capital belga, a Internacional Socialista de Bruxelas proclamou a data já anunciada antes em Paris. Em 23 de abril de 1919, o senado francês confirmou a data e aprovou a reivindicação dos trabalhadores. Em 1920, a Rússia adotou o Dia do Trabalho como feriado nacional, o que foi acompanhado por vários outros países, inclusive o Brasil, cuja data foi oficializada pelo presidente Artur Bernardes, em 1924. Já na década de 1890, havia focos de atividades reivindicatórias, por parte dos trabalhadores, agravando-se tais movimentos no Rio de Janeiro e em São Paulo. As primeiras leis trabalhistas surgiram através dos imigrantes europeus, as quais tornaram-se consistentes na Era Vargas, a partir de 1930. Em maio de 1943, o presidente criou a Consolidação das Leis do Trabalho. No calendário litúrgico, celebra-se a memória de São José Operário, o santo padroeiro dos trabalhadores. Pois que São José proteja os trabalhadores do Brasil e de todo o mundo. Que lhes dê graças e disposição para produzir sem serem explorados. Para que o suor dos seus rostos não seja apenas o resultado do esforço físico, mas a compensação de que estão contribuindo para a grandeza da nação. (*) Fernando Milfont (Fortaleza) cronista, escritor, jornalista, servidor público aposentado, membro da ACCLARJ, ocupando a cadeira nº 5, cujo patrono é :Araripe Jr.

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Cearenses presidentes de sindicatos em Brasília participaram de Congresso de Sindicatos empresariais em João Pessoa/PB

Dos 28 sindicatos do comercio de Brasília seis são “Estamos vivendo um período de transformações sociais presididos por cearenses que convocados da pela Fecomér- e políticas em nosso país. Por isso, é importante entender cio participaram do 33º Congresso tudo o que acontece e como isso afeta Nacional de Sindicatos Empresariais positiva ou negativamente o terceiro que aconteceu entre os dias 24 e 26 setor”, afirma o presidente da Fecode maio ,em João Pessoa/PB, e reuniu mércio Paraíba, Marconi Medeiros. 1.300 empresários, líderes sindicais “Queremos que este momento e autoridades discutindo Sindicalisseja marcante no processo de fortamo Empresaria. Um Novo Brasil. lecimento sindical e empresarial”, A ação foi realizada pelo Sindicatos finaliza. Empresariais do Comércio de Bens, A delegação de Brasília liderada Serviços e Turismo da Paraíba, com o por João Feião neto João Vicente apoio da Fecomércio, CNC e Sebrae. Feijão Neto- SUPERINTENDENTE A programação do evento aborda FECOMERCIO - DF (Sobral - CE) assuntos como comércio e economia, contou com as presenças de Francisfortalecimento e atividade sindical, co Messias Vasconcelos - Presidente ações de comunicação e marketing, SINCOFARMA - DF (Sobral- CE), questões jurídicas, entre outros. Bartolomeu Gonçalves Martins- PreEntre os convidados de destaque sidente do SINDVAMB- DF (Sobral estão o professor doutor José Pastore, / Forquilha- CE),Francisco Joaquim da USP, que ministra uma palestra Loiola- Presidente do SINDAUsobre Reforma Trabalhista e ValoTO - DF (Sobral / Forquilha- CE), rização da Negociação Coletiva; o Na escada: João Vicente Feijão Neto- SUPERINTENDEN- Francisco Valdenir Machado Elias TE FECOMERCIO - DF (Sobral - CE), Francisco Messias ministro do Turismo Marx Beltrão, Vasconcelos - SINDFEIRA- DF (Independencia - Presidente SINCOFARMA - DF (Sobral- CE), Embaixo: Bartolomeu Gonçalves Martins- Presidente do abordando o tema Turismo e Comér- SINDVAMB- CE), Carlos Aguiar - Presidente DF (Sobral / Forquilha- CE), Francisco Joaquim Presidente do SINDAUTO - DF (Sobral / Forquilhacio Viajam Juntos; e o jornalista e LoiolaSINDMAC - DF (Sobral - CE) e CE), Francisco Valdenir Machado Elias - SINDFEIRA- DF sociólogo Demétrio Magnoli, discu- (Independência - CE),Carlos Aguiar - Presidente SINDMAC - DF Francisco Maia Farias - Presidente Maia Farias - Presidente SINDEVENTOStindo Ética, Política e Empresas, além (Sobral - CE),Francisco SINDEVENTOS-DF (Monsenhor -DF (Monsenhor Tabosa - CE) do governador da Paraíba, Ricardo Tabosa - CE) Coutinho, que fará um panorama sobre o estado.

Governador assina liberação de recursos para projetos inovadores no Ceará

O governador Camilo Santana assinou em 02.05, em evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), a liberação de recursos para o edital 05/2016 - InovaFit Fase 2, destinado ao financiamento de projetos inovadores no Estado. A iniciativa conta com investimento na ordem de R$ 6 milhões e beneficiará 22 projetos aprovados por seleção. Por meio do edital, 105 empresas submeteram projetos, das quais 96 passaram na análise de documentos. Na fase de análise de mérito, 41 empresas foram selecionadas e seguiram para a fase final, que consistiu em apresentações presenciais das propostas. Na solenidade, o governador oficializou a entrega dos recursos para as empresas e pesquisadores selecionados (veja os projetos aqui). Camilo Santana afirma que o Inovafit reforça o compromisso do Estado de, através dos investimentos em boas ideias, fomentar e estimular soluções através de projetos científicos e tecnológicos inovadores. Ele destaca, ainda, a importância do diálogo plural entre empresas, acadêmicos e governo estadual para construir uma logística eficaz na busca pelo desenvolvimento econômico do Ceará. “A gente tem a compreensão que nenhum estado consegue avançar, se desenvolver e gerar oportunidades se não investir em Educação, Ciência e Tecnologia. Nós temos uma fundação que tem, constitucionalmente, uma meta para ser cumprida nessa área, temos um fundo de inovação tecnológica. A ideia foi ouvir mais os setores produtivos, empreendedores, as universidades, e trazer todos para um

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diálogo permanente e construir quais são as prioridades para o Estado e merecem maiores investimentos”, explica. InovaFit Programa da Funcap, o InovaFit começou em 2015. A ação tem duração de quatro anos e disponibilizará ao todo R$ 15 milhões de recursos do Governo do Ceará para empresas que tenham projetos inovadores. As empresas recebem os recursos para aplicar no projeto e devem apresentar contrapartida entre 10 e 30% do valor total, dependendo do montante. Para o InovaFit Fase 2 de 2017, cada projeto deve custar até R$ 400 mil e as empresas terão 24 meses para entregar os resultados finais. Investimento em pesquisa Além do financiamento de projetos, o Governo do Ceará tem incentivado a especialização de novos profissionais em universidades do Ceará. Em 2017, o governador Camilo Santana oficializou a concessão de 900 bolsas de mestrado e doutorado (503 de mestrado e 397 de doutorado) para alunos de pós-graduação stricto sensu. Ao todo, o investimento é de R$ 20,7 milhões. As atividades de pesquisa e pós-graduação nas oito universidade e nos dois centros universitários do Estado têm crescido acentuadamente, em taxas acima da média nacional, devido ao apoio através das bolsas para a garantia do nível de excelência. Na Universidade Federal do Ceará, o Estado investiu R$ 3,7 milhões no mestrado do ITA, no Ceará. Os recursos são oriundos do Fundo de Inovação Tecnológica do Estado (Fit).

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Fotos: Carlos Gibaja / Governo do Ceará

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Clichês de uns e de outros João Soares Neto (*) “Diga-me uma coisa, compadre: por que você está brigando?” Gabriel Garcia Márquez Não faz muito tempo os empresários resumiam as suas vidas em cuidar de suas famílias e de suas empresas. Depois dos anos Vargas foram surgindo entidades e alguns dos que antes mourejavam nos chãos dos seus negócios pequenos e médios passaram a ser líderes, encaminhando pleitos a governos municipais, estaduais e federal. Viraram seres falantes. Foram tomando gosto e assentos em diretorias e conselhos, alguns remunerados, viajando por conta de nós todos e se acreditaram detentores de conhecimento, além do dia a dia de seus interesses por conta de um sistema rico e poderoso. Para os alinhados a governos, partidos políticos e os que souberam descobrir licitações, concessões, aprovações de projetos por órgãos locais ou os de desenvolvimento regionais, tipo Sudene, Zona Franca de Manaus etc., o mundo se abria risonho e franco. Depois, anos à frente, aos maiores ou audaciosos desejosos de crescer exponencialmente, os Fundos de Pensão das estatais, os bancos públicos regionais, a Caixa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e SocialBNDES abriam créditos a juros subsidiados, bem amaradas. Criou-se um compadrio de resultados. O governo passou a ser sócio de muitas empresas privadas. Nomes desconhecidos foram surgindo em reportagens amestradas a tecer loas a seus méritos, descortinos e as múltiplas empresas que criavam e, subitamente, passavam a fazer parte das listas de maiores e melhores. Prêmios para cá. Prêmios para lá Em cada Estado brasileiro há figuras assim. Do nada para o Olimpo, em pouco tempo. Ralar, por anos, é coisa de gente atrasada que não possui “networking”, aqui traduzida como a capacidade de conhecer e influenciar pessoas, gestores e políticos, com recepções opíparas, viagens conjuntas mundo afora e logo entrar no circuito dos muitos influentes. Outros, que abriram empresas e não se deram bem, viravam consultores, diretores, assessores e, sempre simpáticos, circulavam em festas e ambientes em que bilhões eram cifras citadas sem medo e a certeza de que caminhos políticos e classistas os fariam participar do mundo dos muito ricos, esse lugar para poucos, em país de miseráveis. Faço uma digressão e procuro em Lucy Kellaway, jornalista do “Financial Times”, de Londres, via Valor, no artigo “Como uma empresa consegue citar dez clichês em uma frase” comparativo com a linguagem empolada e vazia dos que pouco se instruíram e resolvem ser experts e oradores. Ela registra o caso da empresa Mondelez, fabricante de biscoitos e chocolates, ao procurar um executivo na área de marketing. O texto: “Nossa busca por um sucessor vai se concentrar em encontrar um líder que seja ‘digital-first` (que dê prioridade, ou atue na esfera digital), disruptivo, inovador, que possa ampliar o legado e mobilizar um marketing em um cenário consumidor global em plena mutação”. Como se vê, há bobagens ditas e escritas pomposamente não só aqui em Pindorama, mas em países desenvolvidos. Como todas as semanas brasileiras viraram cruciais, saio desta sinuca por escrever de véspera e não saber o desfecho no mundo real, do qual tento evadir-me com estes alinhavos meio “disruptivos”. (*) João Soares Neto (Fortaleza), escritor, empresário. Membro da Academia Cearense de Letras.

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Mestres da Cultura: aprovado aumento de 60 para 80 mestres reconhecidos pelo Governo do Ceará O número de mestres da Cultura oficialmente reconhecidos pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, passará de 60 para 80. A ampliação, que representa uma importante conquista da política cultural e da valorização da cultura popular tradicional, foi assegurada através da aprovação, pela Assembleia Legislativa, de mensagem enviada à Casa pelo governador Camilo Santana. Com a ampliação para 80 mestres da cultura oficialmente reconhecidos, o Governo cumpre uma das metas do Plano Estadual de Cultura, aprovado em 2016 pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Camilo Santana, incluindo diretrizes para a valorização da cultura popular tradicional. Os mestres são reconhecidos como difusores de tradições, da história e da identidade, atuando no repasse de seus saberes e experiências às novas gerações. Selecionados pela Coordenadoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secult, após apresentação de propostas pela sociedade civil, os mestres da cultura passam a contar com reconhecimento institucional e recebem um subsídio no valor de um salário mínimo mensal, como auxílio para a manutenção de suas atividades e para a transmissão de seus saberes e fazeres. O programa Mestres da Cultura se tornou um referencial do Ceará para o Brasil, recebendo, à época de sua criação, prêmio do Ministério da Cultura, pela qualidade e pelos efeitos da iniciativa. Uma vez por ano, todos os mestres da cultura oficialmente reconhecidos se reúnem no Encontro Mestres do Mundo, promovido pela Secult. A edição mais recente do evento aconteceu em novembro de 2016, em Limoeiro do Norte, quando os mestres receberam, do reitor e do Conselho Superior da Universidade Estadual do Ceará (Uece) o título de notório saber em cultura popular. Os mestres da cultura também tiveram papel de destaque na Bienal do Livro, realizada pela Secult em abril deste ano. Diariamente uma roda de mestres chamou

atenção do público, reunindo de dois a três mestres para falar de suas experiências, trajetórias e saberes, em sintonia com o tema da Bienal, “Cada pessoa, um livro; o mundo, a biblioteca”. Valorização e ampliação O secretário da Cultura, Fabiano Santos Piúba, ressalta a importância do aumento do número de mestres da Cultura reconhecidos pelo Estado. “Essa lei implica que possamos realizar, através de editais, a ampliação do número ainda este ano com 10 novos mestres e, em 2018, mais 10. Assim, estamos reconhecendo os saberes e fazeres tradicionais dos nossos mestres”, enfatiza Fabiano. “Além disso há a questão do documento de identidade cultural, que foi uma reivindicação deles mesmos em outubro do ano passado, no Encontro Mestres do Mundo, em Limoeiro do Norte. Por fim, estamos em diálogo com escolas e universidades, a Uece, Urca, UFC para que os mestres, que receberam em outubro o título de notório saber em cultura popular pela Uece, possam dar mais aulas, espetáculos, rodas de saberes, de modo permanente”. Plano Estadual de Cultura No dia 5 de novembro de 2016, o governador Camilo Santana sancionou a lei do Plano Estadual de Cultura, aprovada pela Assembleia Legislativa, definindo as metas e diretrizes para a política cultural nos próximos 10 anos. O Plano Estadual de Cultura traz, entre suas diretrizes, o investimento em cultura de pelo menos 1,5% do orçamento do Poder Executivo; o aumento de 60 para 80 Mestres da Cultura oficialmente reconhecidos pelo Estado; o reforço à política para as artes; a maior presença da política cultural no Interior; criar e implementar um Sistema Estadual de Patrimônio Cultural; o crescimento, até 2024, para 600 do número de Pontos de Cultura em funcionamento no Estado. O documento segue os princípios do Plano Nacional de Cultura, como diversidade cultural, direito de todos à arte e à cultura, valorização da cultura como vetor do desenvolvimento socioeconômico.

O Produto Interno Bruto (PIB) do ceará alcançou crescimento de 1,87% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os últimos três meses do ano passado, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) divulgados ontem. O número é superior à média do país, que teve expansão de 1%. Na comparação de janeiro a março de 2017 com igual período de 2016, o estado teve retração de 1,4%. O país contabilizou queda de 0,4% no mesmo intervalo. A agropecuária acumulou crescimento de 10,59%. No país, em igual período, o aumento foi de 13,4%. A indústria, por sua vez, somou 1,81% a mais, ante 0,9% do Brasil. Já o setor de serviços registrou alta de 1,78%, enquanto na média do país, ficou estagnado. Quando avaliados os setores na comparação entre os três primeiros meses de 2016 e de 2017, a agropecuária cearense obteve queda de 1,52%, contra alta de 15,2% do Brasil. A indústria obteve negativa de 2,12% ante queda de 1,1% no país. Já serviços registraram -1,26% no Ceará enquanto a média brasileira ficou em -1,7% no período. No acumulado dos últimos quatro trimestres, contudo, o Ceará acumula negativa de 4,66% em seu Produto Interno

Bruto, ante -2,3% do país. O diretor-geral do Ipece, Flávio Ataliba, destacou que o resultado do PIB no primeiro trimestre, entretanto, aponta para um possível fim à crise no Estado. O economista ainda enfatizou que, apesar de tudo, é importante manter cautela. Entretanto, antecipa que já há perspectivas positivas para o pib do segundo trimestre deste ano. “É prudente esperar os próximos trimestres para verificar se realmente se confirma essa tendência de recuperação da nossa economia. Os primeiros números do segundo trimestre já mostram uma forte possibilidade, fortes evidências de que continuaremos nesse processo de retomada da economia cearense. Na nossa crença, o segundo trimestre será ainda melhor”. Na comparação com os dados dos primeiros três meses de 2016, Espírito Santo e Rio Grande do Sul ficaram estagnados (0%) de janeiro a março. Já a Bahia caiu 1,1% e São Paulo recuou 1,9% no recorte temporal. Por sua vez, os estados de Pernambuco e Minas Gerais ainda não divulgaram seus números

PIB do Ceará avança 1,87% no 1º tri acima da média nacional

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Leituras VII Naquele tempo... Narcélio Limaverde (*) Houve um tempo em que as máquinas de escrever, as saudosas máquinas de escrever, Remington ou Underwood, tinha o cedilha lá em cima. Depois elas se modernizaram e o cedilha ganhou um lugar ao lado do L. Assim, depois que recebi o meu diploma de Datilógrafo, concedido pela diretora da Escola Royal, dona Carminha, fiquei todo metido a ser o bamba na datilografia. Depois de pregar o diploma na parede de casa, ,comecei a repetir os exercício e, desta forma, acabei sendo considerado um az na arte, como dizia o museologista Olavo de Alencar Dutra, de nobre estirpe, como ele próprio afirmava, com cadeira cativa na calçada da Livraria Aequitas, bem próximo à esquina do pecado. Com essa opinião tão valiosa para o jovem como eu, sempre me convocava para seus eruditos escritos. Foi nessa época que deixei de ser contínuo das Casas Novas, de Gutenberg Teles & Cia. Ltda, para assumir o cargo de Mensageiro na Secretaria do Interior e da Justiça, 4º andar do edifício da Polícia Central. Foi quando mais exercitei e ganhei muita experiência. Assim, trabalhava muito mais que os demais funcionários sendo até convocado para datilografar os cartões do vice-governador do Estado, dr. Stênio Gomes, principalmente nas vezes em que ele assumia o governo. Com o titular Raul Barbosa,não trabalhei, principalmente porque era exigido palito e eu não tinha essa vestimenta. Stênio Gomes era muito simples e competente. Os cartões eram os mesmos de hoje em dia. Eu já sabia decorado. Dizia assim “ Apresento-lhe o senhor (fulano de tal). Ele deseja um emprego. Espero, dentro do possível, que ele seja atendido”. Datilografei milhares desses cartões. Não serei se eram atendidos, mas, que eram escritos lá isso, eram... Na Secretaria aprendi a redigir informações, ofícios, exposições de motivos. E, quando Parsifal Barroso, assumiu o Governo, a insigne honra, fui convocado para escrever as demissões de milhares de pessoas nomeadas pelo Governo anterior,aquilo que se convencionou chamar de inventário, e que gerou tremendo problema quando o Secretário de Policia, general Sombra, prendeu repórteres da Rádio Dragão do Mar, que criticavam o governador. Fui também o responsável pelas produções de Eduardo Campos, diretor da Prenove, onde também trabalhei. Hoje, sei que a máquina escrever peba saiu da moda. Assim, quando erramos é só retornar e corrigir. Antigamente tinha de usar uma borracha e, se havia, cópia, tinha o cuidado de não borrar... Hoje no computador, com o mesmo sistema de teclado, o que aprendi na Escola Royal, muito tem me ajudado a contar estas histórias da Fortaleza Antiga que trago para vocês, leitores do Ceará em Brasília. (*) Narcelio Limaverde (Fortaleza) jornalista, radialista, cronista

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Venda de parques eólicos no CE e PE supera R$ 2 bi desenvolvedora informou que concluiu a transação com a empresa britânica Actis

O Complexo Eólico Ventos de Tianguá, situado na Serra da Ibiapaba, tem capacidade de 130 megawatts (MW) e foi vendido à Actis. A desenvolvedora de projetos eólicos Casa dos Ventos informou ontem que concluiu a venda dos complexos Ventos de Tianguá, situado no Ceará, e Ventos de São Clemente, em Pernambuco, para o fundo de investimento britânico Actis. De acordo com informações repassadas por uma fonte ao Diário do Nordeste, o valor da transação, incluindo os dois parques, ultrapassa os R$ 2 bilhões. Os projetos foram desenvolvidos e implantados pela Casa dos Ventos e passam agora a ser detidos pela Echoenergia, empresa criada pela Actis. O Diário já havia noticiado no dia 11 deste mês que a britânica era uma das interessadas na aquisição, assim como a chinesa State Power. O Complexo Eólico Ventos de Tianguá, situado na Serra da Ibiapaba, começou a operar em setembro do ano passado e contou com um investimento de cerca de R$ 800 milhões. O parque possui uma capacidade instalada de 130 megawatts (MW), com 77 aerogeradores. Já o complexo Ventos de São Clemente, situado no agreste pernambucano, iniciou operação comercial em julho de 2016 e possui 126 aerogeradores, que totalizam uma capacidade instalada de 216 MW. O diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, destaca que o capital adquirido com a venda dos dois parques à Actis “vai para o caixa da empresa para nós conseguirmos investir nos próximos leilões de energia”. “Isso nos torna bastante competitivos. Quando um leilão

for aberto, nós teremos muita capacidade para implementar nossos projetos”, afirmou. “Nós pretendemos investir nos próximos dois anos em mais ou menos 500 MW em novos parques”, acrescenta Araripe. Próximos investimentos Para o Ceará, a Casa dos Ventos possui outros dois projetos “já desenvolvidos, com layout e aprovação ambiental, mas estamos aguardado os leilões”, segundo o diretor. Em anexo ao parque vendido, situado em Tianguá, a empresa prevê a instalação de outro empreendimento eólico, de 60 MW, com R$ 400 milhões de investimento. Para o mesmo município também está previsto um parque de energia solar, com 120 MW e aporte de aproximadamente R$ 600 milhões. “Além disso, nós temos um projeto para Tauá e outro para Salitre, que ainda estão em fase de estudos”, diz Lucas Araripe. Manter ativos Paralelamente à venda de projetos, para dar liquidez a futuros investimentos, a Casa dos Ventos também pretende manter e operacionalizar alguns empreendimentos. O Complexo Eólico Ventos do Araripe III pode ser um deles, segundo o diretor de Novos Negócios. “Estamos terminando de montá-lo e comissioná-lo e pretendemos finalizá-lo em junho. A partir de então, veremos se vamos mantê-lo ou se vamos levá-lo a mercado”, diz. O Ventos do Araripe III, situado entre Piauí e Pernambuco, detém sozinho 358 MW, capacidade maior que a soma dos outros dois que já foram comercializados para a Actis.

Cagece relançará edital para dessalinização após mudanças

Corte informou que a companhia precisará modificar o aspecto da exclusividade para retomar processo Tribunal havia suspendido edital da Cagece para a contratação de empresa que irá realizar estudos relativos a uma plana de dessalinização. O Tribunal de Contas do Estado do Ceará decidiu, que a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) deve realizar alterações no edital voltado a empresas interessadas em elaborar estudos para a instalação de uma usina de dessalinização na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), caso a companhia tenha interesse em prosseguir com o processo licitatório. Após a decisão, a Cagece afirmou, em nota, que “relançará, no menor tempo possível, o chamamento público com essas pontuais adaptações”. Na sessão plenária da Corte, foi homologado o despacho concedido no último dia 10 pelo presidente do TCE, Edilberto Pontes. Com o documento, foi suspenso o certame, pois o tribunal apontou diversas irregularidades no edital Segundo decisão emitida ontem pelo tribunal, para prosseguir com a licitação, a Cagece deve conceder a autorização para a apresentação de propostas relativas aos estudos da usina de dessalinização sem caráter de exclusividade. Assim, a companhia deve modificar o trecho do edital que diz que “a Comissão Avaliadora abrirá somente o envelope da Proposta de Preço do Proponente cuja Proposta Técnica

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foi classificada em primeiro lugar”, deixando claro que as ofertas dos demais interessados em apresentar estudos não serão analisadas no processo. O TCE também recomendou à Cagece que “nos próximos editais de PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), deixe claro que ‘as metodologias e custos detalhados serão confrontados com as composições de custo elaboradas pela Companhia’. A corte também fixou como recomendação que a estatal “realize audiências e/ou consultas públicas prévias para debater com a sociedade civil as regras a serem utilizadas em futuros Procedimentos de Manifestação de Interesse”. Segundo a Cagece, a decisão do TCE traz “segurança jurídica necessária para o ambiente de tão vultoso e importante investimento para o desenvolvimento do Estado do Ceará”. Outra medida Também foi homologada ontem medida cautelar que determina a suspensão do edital para a contratação de empresa de prestação de serviços de mão de obra terceirizada para necessidades de convivência com a seca dos sistemas da RMF abastecidos pelo complexo Pacoti-Riachão-Gavião. A Corte apontou que há irregularidade, ao se estabelecer que a proposta a ser ofertada pelos licitantes, quanto à taxa de administração, está limitada ao percentual mínimo de 1%, infringindo a Lei nº 8.666/93.

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Leituras VIII

Arnaldo Santos (*)

A essência da democracia reside nos valores que a consubstanciam. Dentre estes, merecem relevo as liberdades em sentido amplo, para que a sociedade possa eleger, entre os cidadãos, suas lideranças políticas. A estas caberá a nobílima responsabilidade de promover as transformações econômico-sociais, ampliando o espectro participativo para construir uma nação, com igualdade de oportunidades para todos , especialmente na área do saber, para as crianças. Quando o povo brasileiro, com sangue, suor e lágrimas, conquistou a redemocratização, legando ao Brasil a Constituição de 1988, existia um “estoque” de homens públicos, cuja trajetória nos fazia acreditar que para além das liberdades, direitos e garantias individuais, e eleições diretas, haveria o exercício de uma ação político-republicana, ancorada em princípios éticos. Homens da estirpe de Leonel Brizola, Franco Montoro, Tancredo Neves, Mário Covas, Ulisses Guimarães e Itamar Franco, para citar os de maior visibilidade, compunham um ativo político, moral e ético, que permitia a todos sonhar com um novo fazer político, para a consolidação de uma Nação remoçada em seus valores e livre da corrupção. Ledo engano; a jugar pelas revelações da operação lava jato, especialmente nas delações da Odebrecht e da JBS a república ruiu. Decorridos quase 30 anos da redemocratização, esse estoque de lideranças zerou, e o País não foi capaz de renovar sua elite política, com o mesmo padrão; ao contrário, salvo algumas honrosas exceções, nosso principal ativo jurídico político é a

Brasil: cenário 30 anos depois operação “lava jato”. Quando prospectamos o cenário para 2018, e examinamos as personalidades políticas que se nos apresentam como opções, para Presidência da República, (Marina Silva - Geraldo Alkmin – João Dória - José Serra - Ciro Gomes – Lula e Jair Bolsonaro), pois Aécio Neves e Michel Temer apodreceram nas delações da JBS logo percebemos que, o estoque, embora numericamente quase igual, as qualidades pessoais e políticas não se equivalem. Em maiores ou menores latitude e longitude, os discursos são assemelhados, previsíveis, e passam longe dos reais interesses da nação. Muitos pertencem à fauna da velha política e sulcam mares jamais d’antes navegados pelo povo, por serem revoltas e poluídas as suas aguas, pelos interesses subalternos, aos quais a maioria deles, historicamente, de modo servil, sempre capitulou. São velhos conhecidos de todos, desprovidos de novas ideias capazes de enriquecer o debate em torno dos desafios que o País terá que enfrentar. Muitos deles já disputaram eleições para a Presidência da República, e não dizem nada fora da caixa – digo, além do que as pesquisas inferem supostamente ser o que o povo quer ouvir, pois assim orientam os “marqueteiros” (ou seriam marreteiros?) Nessa perspectiva, o pré-candidato Ciro Gomes revela-se um candidato fora da caixa, pois é o único, até aqui, a sair do seu quadrado. Com uma postura agressiva, e língua solta (um erro, ao meu sentir), bem ao estilo “cabra da peste”, como são os nordestinos. Admirado e respeitado por essas bandas do País, tem dificuldade em se fazer aceito em parte dos grandes centros urbanos

de maior densidade eleitoral, habitado pela elite econômica, temerosa de que se eleja alguém que possa ameaçar seus privilégios de longa duração. Os “media” grandes, em reconhecendo que Ciro Gomes é quem ainda formula uma ideia para o Brasil, não o tolera, e espera o momento certo para dar o bote e tirá-lo da disputa. Ao contrário do que declaram o ainda Presidente Michel Temer e seus ministros, com o apoio incondicional dos setores econômicos, Ciro Gomes, mesmo admitindo ser premente o estabelecimento de uma reforma, para evitar problemas futuros na previdência, nas várias entrevistas e palestras realizadas nos diversos fóruns pelo País, ao estilo “sou do Ceará”, chama o Presidente de mentiroso e afirma que não existe défice na previdência. Um homem que se propõe liderar o País, mais do que a coragem para enfrentar seus adversários, e os desafios da disputa eleitoral, na defesa dos seus ideais e dos seus valores, dizendo as verdades que a política malsã insiste em negar ao cidadão, pode fazê-lo de forma incisiva e dura, sem abdicar, entretanto, da polidez e do respeito, para com aqueles aos quais tem de enfrentar, no debate, mas especialmente sendo reverente com o cidadão. Mais do que algum grau de formação, experiência política, conduta ética e vocação para servir a Nação, impõe-se a temperança necessária para se fazer ouvir e construir o maior ativo que um homem público necessita – a confiança. (*) Arnaldo Santos (Fortaleza) – Jornalista e Doutor em Ciências Politicas

CE é o 1º do Nordeste em taxa de conclusão no Ensino Médio. De acordo com o movimento Todos Pela Educação, em 15 anos, o Estado aumentou o índice em 143,6%

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colegas, eu venho para compartilhar novas ideias”, diz o aluno do Ensino Médio. Fora do currículo comum, na Escola Jenny Gomes, os alunos do 1º aluno podem escolher disciplinas eletivas como Matemática e Português básicos, aulas de Música e ainda entre três cursos de línguas como francês, inglês e a própria Língua Portuguesa. No último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade do aprendizado, a escola atingiu índice 5,2, quando a meta era 4,9. “Os livros que nós temos hoje são tão bons quanto os que as escolas particulares possuem. Além disso, nós temos diversos programas que ajudam a escola a obter bons resultado. Hoje os alunos recebem apoio socioeducacional de professores, têm acesso à tecnologia, livros, palestras, aulões entre outros”, destaca o diretor da escola Jenny Gomes, Marcos Bezerra. Futuro Promovendo o diálogo entre os conteúdos e o mundo fora da escola, os estudantes chegam ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) bem preparados. É o que pontua a professora de Artes Marina Morais ao avaliar o projeto Professor Diretor de Turma (PDT), que permite ao docente um contato extra com o aluno. A rede pública tem atraído mais jovens. Dados apontam que o Estado tinha uma taxa líquida de matrículas de 29,7% em 2001 passando para 63,7% em 2015, segundo o Anuário. Para o secretário da Educação, Idilvan Alencar, o interesse dos jovens em cursar a etapa final da escola na rede pública vem do investimento na educação profissional e integral, por exemplo. “Quando os alunos vão para avaliações, eles estão indo cada vez mais fortes e preparados. Eu estou apostando muito nestas ações diferenciadas”, salientou o gestor. por Felipe Lima - Repórter

( Foto: JL Rosa )

Os alunos participam de programas extraclasse, grupos de estudo, cursos de línguas, aulas em laboratório e outras atividades fora da sala de aula. Em 2001, a taxa de conclusão no Ensino Médio no Ceará era de 23,6%. Já em 2015, o índice passou para 57,5%. Com esses números, o Estado atingiu a melhor taxa entre as unidades da região Nordeste. Entre as regiões metropolitanas, a taxa de Fortaleza ficou em 4º no País. Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2017, divulgados ontem pelo movimento Todos Pela Educação. Os números apontam ainda que o Estado aumentou em 143,6% o índice de jovens de 19 anos que concluíram o Ensino Médio no período de 15 anos. No dia a dia das escolas, o depoimento de alunos explica os números e fazem a educação do Ceará se destacar entre os estados do Nordeste. “Um mundo diferente”. É assim que Sara Betsy, de 15 anos, avalia o Ensino Médio. Aluna da Escola de Ensino Médio de Tempo Integral Jenny Gomes, em Fortaleza, ela começa a vivenciar a preparação para novos desafios de forma diferente. São programas extraclasse, grupos de estudo, cursos de línguas, aulas em laboratório, além de encontros com professores para tratar do cotidiano fora da sala de aula. “Esta experiência no Ensino Médio é um ideia incrível para todos os alunos. Nesta fase, a gente precisa muito de um apoio diferente. E aqui a gente tem. São novas atividades que deixam a gente super à vontade. Eu também falo sobre minha família, sobre a relação com os colegas. É uma coisa que faz a gente vir para escola”, comenta a adolescente do 1º ano. Oportunidades Para Yago Rodrigues, de 16 anos, também aluno da Escola Jenny Gomes, a experiência obtida no laboratório de Ciências, nas aulas de Informática e também como coordenador do jornal da escola, ajudam no aprendizado. Ele se orgulha de poder interferir no ambiente escolar de

forma positiva. “No começo eu achei estranho o tempo integral, mas quando eu entrei e vi uma escola bem estruturada, com atividades além do estudo dentro de sala, eu fui me empolgando. Eu quero me formar em Publicidade e as disciplinas eletivas me ajudam a ser mais criativo. Não venho para cá só para comer ou conversar com meus

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( Foto: Thiago Gadelha )

Chanceler Airton Queiroz e Dona Yolanda são homenageados O professor Randal Pompeu, vice-reitor da Unifor, representou o Chanceler Airton Queiroz, e recebeu a comenda de Flávia Rodrigues, representante da União dos Escoteiros do Brasil, no Ceara. Já o deputado Bruno Pedrosa (PSC) entregou a homenagem a Paulo César Norões, diretor de Programação do Sistema Verdes Mares, que representou Dona Yolanda Queiroz (in memoriam). O escotismo cearense foi homenageado em sessão solene ao Dia do Escoteiro e aos 95 anos do movimento no Estado, realizada na Assembleia Legislativa do Ceará, no Plenário 13 de Maio, em 20 de maio. A solenidade foi requerida pelo deputado Bruno Pedrosa, presidente da Comissão da Juventude. O Chanceler Airton Queiroz, presidente da Fundação Edson Queiroz, e Dona Yolanda Queiroz foram homenageados com honraria especial pelos esforços prestados para o crescimento do escotismo no Ceará. A noite contou ainda com a apresentação da Orquestra Sanfônica da Universidade de Fortaleza (Unifor) e da Orquestra da Escola de Aplicação Yolanda Queiroz. Para o diretor de Relações Institucionais, Programação e Jornalismo do Sistema Verdes Mares, Paulo César Norões, que recebeu a honraria póstuma por Dona Yolanda Queiroz, o escotismo é um movimento de extremo valor para a sociedade na formação de novos cidadãos. “É uma honra receber este prêmio representando uma figura tão importante e que sempre apoiou o movimento. O escotismo é uma estrutura muito séria, que tem papel fundamental na formação de crianças e jovens”, afirma Norões que, em seu discurso, também lembrou sua experiência como escoteiro durante sua infância.

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O vice-reitor da Unifor, Randal Martins Pompeu, esteve presente na cerimônia para receber o prêmio pelo Chanceler Airton Queiroz, e também, a sua honraria pelo apoio dado ao movimento, através da Unifor. “É um prazer receber esse reconhecimento tanto pela Fundação Edson Queiroz quanto pela Unifor, porque sempre fomentamos a arte, cultura e boas ideias em nosso Estado. Na Unifor, temos várias parcerias com os escoteiros, com ações nos fins de semanas em nossas áreas verdes. Também temos atividades do movimento na Escola de Aplicação Yolanda Queiroz, que está sempre de portas abertas aos escoteiros do Ceará”, aponta. A coordenadora do mestrado e doutorado de Direito da Unifor, Gina Vidal Pompeu, também foi homenageada. Flávia Rodrigues, representante da União dos Escoteiros do Brasil, no Ceará, foi uma das homenageadas da noite. Ela lembra o papel educativo do Grupo. “O escotismo é uma atividade que qualquer um pode praticar, basta querer. Seja para adulto, como voluntário, como para criançada que é beneficiária, aprendendo através de uma metodologia em que elas aprendem brincando, seja com jogos, acampamentos e outras atividades, que desenvolvem o caráter, companheirismo e fraternidade”, disse Flávia Rodrigues. O deputado estadual Bruno Pedrosa também defende o papel da importante ferramenta de construção de cidadania. “O movimento tem espalhado ensinamentos de respeito ao meio ambiente, fraternidade e valores éticos entre jovens e crianças em várias cidades do Estado. Esta homenagem, que propus, nada mais é que um reconhecimento a este importante movimento”, finaliza o parlamentar, que sugere, ainda, a ocupação do movimento em espaços públicos.

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Os novos desembargadores do TJCE

Em sessão realizada EM 26.06, o Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) escolheu dois novos desembargadores. O juiz Mauro Ferreira Liberato foi promovido por merecimento, enquanto o magistrado Francisco Carneiro Lima teve o nome confirmado pelo critério de antiguidade. O primeiro assumirá o cargo em decorrência da morte de Francisco Barbosa Filho (30 de março deste ano). Já o segundo ocupará a vaga que surgiu com a aposentadoria de Luiz Gerardo de Pontes Brígido, publicada em 17 maio de 2017. Perfis Francisco Mauro Ferreira Liberato – começou a carreira de juiz no ano de 1993, na Comarca de Solonópole. Foi titular em Aracoiaba, Pacatuba e Santa Quitéria. Em 2001, passou a ser juiz auxiliar de Fortaleza e, no ano de 2003, a desempenhar a função no 4º Juizado Especial Cível e Criminal da Capital. Iniciou na 1ª Vara do Júri em 2004 e, em 2010, chegou à 21ª Vara Cível. Atuou ainda nas Turmas Recursais e como auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça e da Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua. Francisco Carneiro Lima – ingressou na magistratura em 1988, na Comarca de Novo Oriente. Foi ainda juiz em Itapajé e Itapipoca. No ano de 1994, passou a titular da 4ª Vara de Execuções Fiscais e de Crimes contra a Ordem Tributária de Fortaleza. Integrou, de 2011 a 2013, as Turmas Recursais do Fórum Dolor Barreira. Desde 2015 atua como juiz convocado do Tribunal de Justiça do Ceará, atualmente fazendo parte da 1ª Câmara Criminal.

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Momentos marcantes na vida do Dr. Albery Mariano Foi realizado no dia 10 de Junho de 2017 mais um EVENTO da Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura - ABRASCI, no Kubitscheck Plaza Hotel, Brasília-DF, em parceira com o Instituto Biográfico do Brasil. Nosso homenageado fez parte da seleta Mesa representando o Conselho Consultivo da ABRASCI. Como sempre, uma Solenidade de alto nível com homenagens a diversas personalidades do mundo Social, Cultural e Empresarial. A presença dos Dragões da Independência ladeando a Mesa e portando a bandeja com as Medalhas, os Acadêmicos com seus Fadões com galões dourados e o Medalhão da ABRASCI deram brilho especial, bem como o digno local do Evento. Nosso Comendador Dr. Albery Mariano recebeu a Outorga GRÃ-CRUZ e o DIPLOMA comemorativo ao Centenário de José Bonifácio de Andrada e Silva - O Patriarca da Independência do Brasil e sua esposa, Dama Comendadora Profa e Acadêmica CLEUZA LUIZA MARIANO recebeu a MEDALHA e o DIPLOMA José Bonifácio de Andrada e Silva. O Poeta Dr. Albery Mariano foi convidado a declamar uma poesia de sua autoria para prestar homenagem aos Casais presentes pelo próximo Dia dos Namorados. Nesta ocasião, tendo ao seu lado sua esposa e Musa inspiradora, ofereceu-lhe a poesia FORMOSURA. A Solenidade foi encerrada com um Jantar festivo no Restaurante do Kubitscheck Plaza Hotel.

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Comendador Abery Mariano com o título

P Esprojeto eci s ais

Dama Comendadora Cleuza Mariano com seu título

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“Quando eu era pequenina, de pé no chão...”

Regina Stella (*) Quando junho começa, a cada ano, toda vez o coração se alvoroça como nos tempos de então guardados na memória, e se renova a alegria, a expectativa das festas de São João. Todo um ritual se cumpria, eu me lembro, a começar pelo aluá, dias antes, no preparo da bebida que não podia faltar. Num canto da cozinha, encostado, o pote de barro, personagem infalível, mexido e remexido, com requinte. A colher de pau montando guarda sobre o pano branco amarrado à boca, era um permanente convite ao balé que ali se executava. Dias antes, com o ar solene, se ouvia: - enche o pote d´água menina, que o aluá tem que começar! Impreterível, se juntavam duas a três pessoas que já faziam parte do ritual, da adesão, do palpite, da intervenção. Ali se juntava o milho em grão, pedaços de pão, e se deixava fermentar. Depois, se acrescentava o gengibre picado, a erva doce, a rapadura. E entre uma mexida e outra, uma olhadela, um palpite, uma prova aqui, outra ali, e amarrar e desamarrar a boca do pote. Já se usufruía da festa que vinha a caminho por entre bandeirinhas coloridas, vestidos de chita, fitas, laçarotes, chapéu de palha e muita fogueira crepitando. “São João disse, São Pedro confirmou, que nós havíamos de ser comadres que nosso Senhor mandou”. E, por três vezes se arrodeava a fogueira, aos pares, repetindo a cada encontro a ladainha e se dando as mãos. Depois, para o resto da vida, era “comadre pra cá, comadre pra lá”, confirmando pelo Santo o relacionamento que se estreitava cada vez mais em amizade e em solidariedade. Na minha rua de menina, em frente às casas, ao anoitecer, impreterivelmente se acendia a fogueira no dia de São João, e ali, enquanto alto a música tocava, a conversa se animava, se assava um milho e a batata doce, se comia pé de moleque, se bebia aluá. Uma alegria no fremir das bandeirinhas ao vento, no vai e vem da criançada, jogando os traques, se cantando alto, soltando “rabo de saia”, que saía chispando, riscando de luz, o chão. Com bombas e foguetes. E ninguém resistia à cantoria, arrastando os pés ao ritmo da música, em coro, a doce canção que não se esquece nunca. “O céu está todo estrelado Está todo iluminado Pintadinho de balão. Quando eu era pequenina, De pé no chão, Eu cortava papel fino Pra fazer balão. E o balão ia subindo, No Azul da imensidão...” Noite alta, batendo acelerado o coração, como se numa conspiração há muito tramada, se iam afastando do burburinho as adolescentes, para, num conluio com o Santo, descobrir o futuro, conhecer o príncipe encantado, sua figura, seu nome, sua imagem. Sobre uma pequena bacia, virgem – assim se falava -, o importante era nunca ter sido usada, e cheia d´água, sobre a mesa, as meninas, segurando uma vela acesa também virgem, iam deixando cair os pingos da vela, que se solidificavam e formavam as primeiras letras do amado, seu nome, seu perfil, por entre ansiedade e expectativa. Uma mais afoita, benzia o espelho novo na fogueira e corria depois, sozinha, para um quarto escuro, onde detrás da porta, se dizia, veria retratado, no espelho, o rosto do bem amado. As medrosas, recuavam com medo de ali verem retratada a morte! E prosseguia a festa. A noite iluminada e a alegria. De vez em quando, um vulto se esgueirava correndo para o fundo do quintal, para espanto e surpresa de quem o via, pressuroso, seguia, levando na mão fechada uma faca, um facão, e sem vacilar, sem hesitar, com força e firmeza, enterrava, inteira, no caule de uma bananeira. Aos poucos, arfando de emoção, ia tirando devagar a faca, e ali, na lâmina, só ela via e só ela sabia e a ninguém contava, o seu segredo. Vinha escrito, inteiro, o nome daquele a quem daria o coração. Ah... lembranças doces. A fogueira acesa, o fogo crepitando, o calor aconchegante desenhando figuras lindas, labaredas ao céu, clamando, segredando, povoando de sonhos e de desejos a alma ingênua infantil. Solta a imaginação, há reminiscências num cavalo vermelho cavalgada célere, a alegria da menina, buscando, na fantasia, a felicidade esperada. (*) Regina Stella (Fortaleza) jornalista e escritora

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Vaquejada vai voltar Prevaleceu o bom senso.

Proposições legislativas A prática da vaquejada passa a ser garantida na Constituição com a aprovação pela Câmara, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 50/2016, em 31.05). Agora, a matéria vai à promulgação em sessão do Congresso . A chamada PEC da Vaquejada acaba com os entraves jurídicos para a realização dessa atividade no Brasil. A vaquejada é prática na qual dois vaqueiros montados a cavalo têm de derrubar um boi, puxando-o pelo rabo. A proposta, do senador Otto Alencar (PSD-BA), recebeu o número 304/2017 na Câmara. Ela adiciona parágrafo ao artigo 225 da Constituição para que não se classifiquem como cruéis as práticas esportivas com animais reconhecidas na categoria de manifestações culturais, registradas como bens imateriais do patrimônio cultural brasileiro e regulamentadas por lei que assegure o bem-estar dos animais utilizados. Em outubro do ano passado, o Supremo julgou inconstitucional a vaquejada, por submeter os animais à crueldade. A Ação Direta de Inconstitucionalidade, acatada por 6 votos a 5, foi proposta pelo procurador-geral da República contra a Lei 15.299/13, do estado do Ceará, que regulamenta a vaquejada como prática desportiva e cultural no estado. Para o relator da ação, ministro Marco Aurélio, a prática teria “crueldade intrínseca”, e o dever de proteção ao meio ambiente previsto na Constituição Federal se sobrepõe aos valores culturais da atividade desportiva. A prática da vaquejada é acontecimento de grande participação popular no Nordeste, especialmente no Ceará onde são inúmeros os parques de vaquejadas para apresentação dos vaqueiros. Com informações da Agência Câmara

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Leituras X

60 anos escrevendo Brasília

Adirson Vascocelos (*) Membro das mais representativas entidades socioculturais de Brasília e dos Estados, o escritor Adirson Vasconcelos recebeu homenagem do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, durante sessão solene intitulada Os 60 Anos de Adirson Escrevendo Brasília. A data de 3 de maio reporta-nos ao ano de 1957, quando Adirson, aos 20 anos, fez para o Jornal Correio do Povo, do Recife, a cobertura jornalística da Pedra Fundamental de Brasília representada por uma Missa Campal no Cruzeiro, oficiada por Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, estando presente o Presidente Juscelino Kubitschek. Uma pequena multidão nas terras do Planalto Central de Goiás onde seria construída a nova Capital do Brasil, inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo Presidente Juscelino Kubitschek. Uma festa sem precedentes! Um Batismo Espiritual! Ao abrir a sessão, a presidente em exercício do IHGDF, arquiteta e escritora Vera Ramos, disse que “A história de Adirson Vasconcelos se confunde com a história de Brasília”. São as seguintes as suas palavras: “Aqui presente desde a celebração da Primeira Missa, em 3 de maio de 1957, o brilhante jornalista e historiador Adirson Vasconcelos vem até hoje participando, enriquecendo e enaltecendo a história de Brasília, Patrimônio Cultural Nacional e da Humanidade, com seu trabalho criterioso, didático e sistemático, em dezenas de obras publicadas. Incansável defensor da preservação da memória e da herança deixada por aqueles que tornaram realidade o sonho de interiorização da nova Capital, sob o comando do Presidente Juscelino Kubitschek, Adirson Vasconcelos tem prestado inestimável serviço às atuais e futuras gerações. Ao final da sessão, o homenageado Adirson Vasconcelos, em belo improviso, exprimiu agradecimentos, aos presentes e aos oradores. Manifestou seus sentimentos envoltos em lembranças dos seus 60 anos de Brasília ao revelar fatos históricos e antevisões sobre o futuro de Brasília, com data ainda no primeiro Século deste III Milênio. Particularizou sua gratidão ao Instituto Histórico, de que é fundador e ex-presidente, na pessoa da presidente Vera Ramos, estendendo seu reconhecimento aos funcionários e professores do Curso Brasília daquela casa de cultura. Cumprimentou os cerimonialistas, poeta Fagundes de Oliveira e secretária-executiva Agnês Lima Leite, bem como as equipes que atuaram no evento. Disse, de início, da sua satisfação em estar naquele momento, no Instituto Histórico, sentindo-se muito agradecido à Presidente, a todos os diretores e acadêmicos, bem como aos funcionários da Casa Juscelino Kubitschek. Uma referência especial ao trabalho admirável que o Instituto Histórico realiza no campo da educação, oferecendo, diuturnamente, cursos sobre Brasília às crianças estudantes. Aqui – disse – a juventude aprende a conhecer e a amar Brasília, através das Instruções ministradas pelas professoras e professores, aqui atuantes, em convênio e cessão da Secretaria de Educação. Quando visita esta nave, tenho a sensação de felicidade e orgulho ao contemplar as presenças e o interesse de tantos jovens guiados pelos nossos professores, porque sei do quanto foi difícil implantarmos este Projeto educacional, hoje tão útil e tão bem sucedido. Cumprimentos à Diretoria e aos Professores do Convênio. Nas suas lembranças, recordou “muitos momentos felizes” e o “espírito de idealismo e civismo que alimentava a todos os pioneiros, inclusive os modestos e valentes candangos”, para a concretização do ideal de dar ao País, a nova Capital no Planalto de Goiás, em abril de 1960, sob a liderança do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Ao final e ponto alto do seu pronunciamento, Adirson Vasconcelos lançou seu olhar para o futuro de Brasília e do Brasil, antevendo a construção de uma nova civilização no Planalto Central Goiano onde se plantou Brasília, Capital do Brasil. (*) Adirson Vasconcelos (Santana do Acaraú), Jornalista, escritor, historiador, membro das Academias Brasiliense de Letras e de Letras de Brasília, membro do Instituto Histórico e Geográfico do DF, o Historiador de Brasília

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Leituras XI O Humor Negro e o Branco Humor Os motociclistas da vida airada

Vinha pela estrada uma caravana de motociclistas fortes, bigodudos, em suas poderosas motos, quando de repente deparam com uma garota a ponto de saltar de uma ponte em um rio. Eles param e o líder, particularmente corpulento e de aspecto rude, salta, dirige-se a ela e pergunta: - Que diabos você está fazendo?? - Vou me suicidar-- Responde suavemente a delicada garota, com a voz cadenciada e ameaçando pular. O motociclista pensa por alguns segundos e finalmente diz: - Bom, antes de saltar, por que não me dá um beijo? Ela acena com a cabeça, bota de lado os cabelos compridos encaracolados e dá um beijo longo e apaixonado na boca do motociclista parrudão. Depois dessa intensa experiência, a turma de motociclistas aplaude, o líder recupera o fôlego, alisa a barba e admite: - Esse foi o melhor beijo que me deram na vida. É um talento que se perderá caso você se suicide. Por que quer morrer? - Meus pais não gostam que eu me vista de mulher!!!

Piadinha em inglês Li uma piadinha intraduzível e resolvi traduzir, mesmo que meu inglês dê apenas para visitar o nordeste.Como agradecimento, pois não queria abusar de sua gentileza, gostaria de dividir as despesas para que pudesse continuar com aqueles serviços sem remorsos. Não demorou, ouviram-se gritos de uma discussão feroz entre o casal, culminando com a tragédia de uma senhora caindo pela janela e morrendo, e de o senhor, recebedor do bilhete gritando na porta do vizinho dizendo que ia matá-lo também. Preso por assassinato, o senhor mostrou o bilhete do vizinho, que também foi chamado a depor na delegacia. Prostrado ante o delegado, ele viu o que o estrago que o corretor do wahtsapp fez: ao invés de “your wife”, era “your wifi”!!!!

Piada: Acha Que Pode Enganar o Rabino? Em uma sexta-feira à noite, Marcelo chegou à casa de Otávio e disse: “Somos amigos há muito tempo e preciso te confessar algo: eu estou tendo um caso com a esposa do rabino. Nós vamos nos encontrar hoje à noite, então você poderia distrai-lo e mantê-lo ocupado o máximo possível na sinagoga por algumas horas? Depois eu te aviso quando sair”. Marcelo não gostou nem um pouco da ideia, mas como eram amigos desde a infância, decidiu ajudar o amigo. Ele chegou à sinagoga e começou a conversar sobre diversos assuntos com o rabino. Duas horas passaram e nada do amigo ligar ou mandar uma mensagem no telefone. Chegou um momento em que não havia mais assunto algum para manter a conversa. Eis que o rabino suspeitou e disse: “Escute, não estou entendendo. Por que você está aqui há horas falando de assuntos aleatórios?” Com peso na consciência, Otávio responde: “Desculpe, rabino, mas estou com remorso e preciso te confessar uma coisa: meu amigo está tendo um caso com a sua esposa e está com ela neste exato momento, por isso pediu para que eu o mantivesse ocupado”. O rabino sorri largamente, coloca a mão no ombro dele e responde: “É melhor você ir correndo para casa, meu caro. Minha esposa morreu há dois anos!”

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Culinária

Os Cearenses nas Cozinhas de Brasília

Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia).Garçons: Raimundo Vieira(Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte 70772-520Tel(61) 3274-7805. Bar dos Cunhados no Tênis do Iate Clube Damázio Prado (Hidrolândia) arrendatário – 337988763 Setor de Clubes Esportivos Norte Trecho 2Conj 4 -70800-120 Bar dos Cunhados Veleiro no Iate Clube Antonio Prado (Hidrolandia) arrendatário 3329 8761 e 3323 4207 Bartolomeu SHCSQuadra 409 bloco C loja 06 Asa Sul 70257-180- 3442 1169 Chefe de Cozinha: Maitre Wellington (Ipu), Manoel Facundo de Almeida (Boa Viagem), Maitre e sommelier: José Felismino(Cintra Netro) (Fortaleza), Cozinheiros: Francisco Leonardo Nascimento (Bela Cruz) e Jose Alex Facundo de Almeida (Boa Viagem) Beirute Sul Proprietário Francisco Marinho(Ipu) SCLS109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Marinho(f.cearense, Brasília) Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral EilsonStudart (Fortaleza) Diretores: Beto Pinheiro, Daniel Sherrabe e Hegel Barreira (Fortaleza) SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte CÍcone Parque/ 70200-002 Tel3224 5585 Brasília Shoping SCN Qd 05 BL.A , 70715-900 - Tel 3038.1818 Baby BeefRubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú) , Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodriges (Ibiapina), barmen: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (São Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Dom Francisco SCS 402 Bloco B Loja 09, 3224 1634 3226 1816 Gerente: Wilton Melo (Ipu); maitre : Valdemir Alves Souza (Sobral); garçon: Evandro Magalhães (Santa Quitéria) Dom Francisco ASBAC - SCES Trecho 02 Conj 3226 2005 3224 8429 3223 5679 - Garçons: Iran Matos (Independência), Antonio Melo (Independência) Antonio José Barbosa (Monsenhor Tabosa). Elisimar Barbosa Oliveira (Monsenhor Tabosa); barman Francisco Ricardo Ferreira Gomes (Nova Russas); cozinheiros: Romário Vieira Barreto (Tauá) Francisco das Chagas Gomes (Nova Russas) e Francisco Dermival dos Santos (Nova Russas). Dona Graça Maitre – Carlos Ângelo Veras (Viçosa do Ceará) Vila Planalto, Acampamento Pacheco Fernandes Rua 07 casa 15 Vila PlanaltoTel 3032 1062 - 70804-270 Forneria Parole MaitreAntonio Carlos de Souza (Guaraciaba do Norte) ;garçon: José Gerardo de Azevedo (Guaraciaba do Norte); cozinheiros Juvêncio Fernandes Neto (Tauá), pizzaioloSinobilinoBezerra Neto (Tauá) QI 9/10 Comércio Local Loja 39 Lago Norte - 3368 3337 Gero Gerente: Célio Freitas (Hidrolândia) Maitre:Alexandro Araújo Nascimento (Itarema) cozinheiro: João Moura Rodrigues (Itarema) - SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi 3577 5522 8110 0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras) Gerente José Afonso Miranda Lima (Ipueiras). Maitre:Raimundo ,Chaves de Carvalho (Nova Russas) garçons: Helio Martins de Melo (Nova Russas) e Antono Alcimario (Pereiro), churrasqueiro: Valdemar Araújo de Souza ; serviços gerais: Joaquim Rodrigues Ferreira (Nova Russas) SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 21 Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de

Cozinha, RaimundoCavalcante (Sobral). GerenteEduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiro: Francisco Ferreira (Granja) 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61)3274-6363 Le Palace Proprietário: Edilson Aguiar (Sobral); Cozinha: Marilza / Regina (Camocim); Garçom: Zé Vanildo (Sobral) Especialidade: Picanha na chapa; Pratos da terrinha: Carne de sol, baião de dois, panelada, rabada, sarapatel, peixada; Q-04 Conjunto J Lote 60 Planaltina-DF (em frente à Feira de Confecções de Planaltina) - 33897000 Libanus Proprietário Narciso Marinho (Ipu) SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 Endereço: Vitrinni Shopping - Rua 14 Norte, 135 - Águas Claras, Brasília - DF, 71910-000 Telefone: (61) 3382-0444 Moqueca do Chefe 404 Norte, Bloco B, Loja 2 3201 5204 Dono e Maitre – Francisco Holanda (Cascavel) Garçonete Maria Pereira (Beberibe) Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açucar. New Koto (comida japonesa) SQS 212 loja 20 - 3346 9668 - Garçons: Francisco Olavo Aprigio, Francisco Antônio Souza, Gelinaldo Brito e Genildo Brito, todos de Guaraciaba do Norte, José Wilson (Boa Viagem), cozinheiro José Aurélio (Sobral), sushiman Joao Carlos Nascimento e o ajudante dele, Eridam Lopes e o ajudante de cozinha Francisco Alan, todos de Guaraciaba do Norte Oxente Carne de Sol Q 04, Conjunto J ite , Vila Buritis, Planaltina DF, 3389, 4005 - Copeiro Francisco das Chagas Aguiar (Sobral Pizzaria Primu’s Grill - Dono: Chico Élcio (Sobral) - Quadra 4. Conj, A Lt 60 – 9627 6430 - Planaltina - 73.300-000; Praliné SCLS 205 Bloco A – Loja 03 – ASA Sul 70.235-510 – 3443 7490, 3443 7090 - Garçons – Raimundo Viana (Crateús), Jose Osmar Gabalia (Sobral),Francisco Edmar Alves de Souza (Ipueiras) . Caixa:Eliane Paiva (Groaíras) Recanto do Norte Donos: Eudes Braga Mesquita e Antônia (Toinha) Celeste Jorge Mesquita (Santa Quitéria) 409 Norte , Bloco B, Loja 65 – Tel 3271 8722 Restaurante Central Proprietário: José Maria Aguiar (Sobral); Churrasqueiro e especialista em pratos e tira gostos especiais: Titico (Sobral). Especialidades: Self service, caldo de mocotó, sarapatel; Aos Sábados: Feijoada. Praça de Alimentação da Feira de Confecções de Planaltina-DF 96313335 (Vivo) 92322855 (Claro) Restaurante Nordestino Dono: Francisco Valdenir Machado Elias(Independência) ; Gerente Thiago Machado (f.cearense) cozinheiro . João Batista Souza Sampaio (Sobral) - 3ª. Avenida Área Espcial S/N <Mercado do Núcleo Bandeirante boxes 13/15/17 71710-350 98147 0585 3021 4577 Santana Dono: Adonias Santana (Independencia) Manuel Messias Lima da Silva (Ipu) cozinheiro; Marco de Oliveira (Nova Russas) cozinheiro - CNA 03 Lote 08 Lojas 01 e 02 Taguatinga Norte – 72110 035 Tel 3563 4674 Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace HotelTel 33 28 4265 Tejo SQS 404 Asa Sul Tel 3264 7005 Che de Cozinha: Custódio Rodrigues Alves (Reriutaba) Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao ladodo Posto de Polícia) 3567 8217Recanto do Norte 20.05.2017

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Junho/17


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fotos de Rayanne Alves

Arraiá da Pousada dos Idosos e dos funcionários da Casa do Ceará.

Banda musical da pousada Crysantho Moreira da Rocha.

Diretor de Educação e cultura Vicente Magalhães, Ivete Simonette, Presidente Osmar Alves de Melo, Ivete Alves de Melo e o Diretor de Promoção Social José Sampaio de Lacerda Júnior.

A Casa do Ceará realizou uma festa junina para os idosos residentes da Pousada Crysantho Moreira da Rocha e sua equipe de funcionários. O evento está no calendário de eventos anuais da Pousada, para que eles recordem os velhos tempos das festas de São João. No palco, a Banda da Pousada tocou e cantou músicas dos folguedos juninos, inclusive as de Luiz Gonzaga “O Rei do Baião”, bem como os forrós do Ceará. O grande momento da festa foi a apresentação da Quadrilha Num só Piscar que inclusive tem presença na Festa Junina da Casa do Ceará, mostrando sua arte de um casamento na roça, uma das manifestações sempre vivas nas festas juninas do Nordeste e do Ceará. O evento contou com a participação do Presidente da Casa, Osmar Alves de Melo e sua esposa Ivete de Melo, dos Diretores José Sampaio Lacerda Júnior e Vicente Magalhães e da Superintendente Antônia Guimarães. A coordenação ficou por conta da Assistente Social, Ivete Simonette, e da encarregada da Pousada, Eloísa Nascimento, com a colaboração de Dalva Andrade, Rayanne Alves, Sue Freitas, Patricia Araújo, Raquel Caetano e Áurea Luíza.

Presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo e sua esposa Ivete Alves de Melo

Diretor de Educação e cultura Vicente Magalhães, Ivete Simonette, Presidente Osmar Alves de Melo, Ivete Alves de Melo e o Diretor de Promoção Social José Sampaio de Lacerda Júnior.

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Ceará em Brasília

11/18/16 11:39 AM


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