Jornal Janeiro 2013

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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará

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Impresso Especial

9912205638/DR/BSB Casa do Ceará em Brasília

Ano XXIV - 247 - Janeiro de 2013

CORREIOS

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

Presidente da Casa do Ceará levou problema da isenção da contribuição previdenciária à Ministra da Casa Civil. Leia mais na pág. 20 e leia também editorial.

A administração de Brasília enviou à Casa do Ceará a licença de funcionamento que equivale ao alvará.

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB), esteve com a presidenta Dilma Roussef em Brasília, Jornal do Recife escreveu: “Roberto Cláudio é um dos prefeitos socialistas eleitos na esteira da popularidade do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), no Nordeste”. Roberto o herdou uma dívida calculada, até agora, em R$ 400 milhões. Os petistas estão cabisbaixos.

Leia nesta edição

Cid Gomes inaugurou em Sobral o maior Hospital Regional do Nordeste. Leia mais na pág. 12

Sobral ganhou o maior Hospital Regional do Nordeste, com 382 leitos, 1.641 profissionais, para atender a uma população de 1,5 milhão de habitantes de 55 municípios da Região Norte do Ceará.

Posse do Ministro Ubiratan Aguiar na Academia Cearense de Letras. Leia mais na pág. 13

Posse do Ministro Ubiratan Aguiar

Ministro Ubiratan Aguiar, Dra. Regina Fiúza, diretora da ACL, Desemb. Iracema do Vale, desemb. Fernando Ximenes, Dr. José Augusto Bezerra, Presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará, Dr. Roberto Cláudio, Prefeito de Fortaleza, Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão, Presidente da Academia Cearense de Letras, Dr. Domingos Filho, Governador em Exercício do Ceará, Dr. José Carlos Gentili, Presidente da Academia de Letras de Brasília e Dr. Valmir Campelo, Tribunal de Contas da União.

Amigo Sérgio Braga, Vice-Presidente da Fecomércio, Ministro Ubiratan Aguiar, Assessor Alan Dias e Secretária Laís Maia

Edilma Neiva Ibiapina lançou “Ciclos da Vida”. Leia mais na pág. 16

Fotos: Hermínio Oliveira

Editorial, pág.2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira – reações inusitadas e traição à mineira, pág. 2 Conversando com o leitor, pág. 2 Samburá pág. 3 SAMU Ceará renova e amplia frota de ambulâncias, pág. 4 Cid Gomes empossou Socorro França como assessora especial, pag. 4 Movimentação do Porto de Pecém cresceu 22% em 2012, pág. 4 Anúncio de José Lírio de Aguiar, pág. 4 A festa de encerramento do ano na Pousada da Casa do Ceará. Pág. 5 Estoril renasce para boemia e intelectuais, pág.5 Administração de Brasília fez doação de alimentos à Casa do Ceará, pág. 5 Anúncio do grupo Marquise, pág. 5 Leituras I - artigo de Marcelo Gurgel, Zé Pinto da Sucata, pág.6 Governador promete medidas para reduzir violência contra a mulher no Ceará, pág. 6 Estudante de 15 anos é autorizado a entrar na universidade, no Ceará, pág. 6 Consulta pública recebe sugestões para edital do Hospital Metropolitano, pág.6 Leituras II - artigo de Wilson Ibiapina, o Adeus a Flavio Parente, pág. 7 Anúncio do UNICEUB, pág. 7 Leituras III - artigos de João Soares Neto, Ler Quadrinhos e Aula na Unifor, pág. 8 Cid Gomes destaca importância da parceria entre Estado e prefeitos, pág. 8 BNB abriu 27 novas agências com o modelo “Papel Zero”, pág. 8 Casa do Ceará solicitada a Mauro Benevides sessão para marcar os 50 anos, pág. 8 Leituras IV - artigo de JB Serra e Gurgel, Moreira de Acopiara, pag. 9 Casa do Ceará recebeu novos gabinetes odontológicos do Hospital Naval de Brasília, pág. 9 Leituras V - artigo de Durval Aires Filho, Obrigado, ministro Ubiratan, pág. 12 Leituras VI - artigo de Geraldo Ananias, A raiva que o jeque Novato me fez, pág. 13 Anuncio da Confere, da Confederal, pág. 14 Leituras VII - artigo de J. Ciro Saraiva, “Os comerciais, por favor”, pág. 15 José Albuquerque assume presidência da Assembléia Legislativa, pág. 15 Walter Cavalcante é o novo presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, pág. 15 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Desembargador Luiz Gerardo Brígido assumiu a presidência do Judiciário cearense, pág,17 Cid Gomes faz reunião e atualiza cronograma do Acquário do Ceará, pág. 17 Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág. 17 Página da Mulher – artigo de Regina Stela, Rota para a vida, pág. 18 Roteiro da culinária cearense em Brasília, pág. 18 Cientistas descobriram variação de gene que incentiva consumo exagerado de álcool, pág. 18 Leituras VIII - Humor Negro e Branco Humor – A Coisa, pág. 19 A trajetória mágica de Bruno Pedrosa,de Crato/CE, em 1967, a São Petersburgo/ Russia, em 2012, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20

A Casa do Ceará recebeu atestado de regular funcionamento do Ministério Público do Distrito Federal referente ao exercício de 2009

Os 70 anos de Wilson Ibiapina, o Pina, o Piaba, o Piabinha, vistos por seus diletos amigos. Leia mais nas págs. 12, 13 e 15.


Espaço Luciano Barreira Reações inusitadas

O PAULISTA: Encontra a mulher com o outro na cama e vai fazer terapia. Afinal, o problema deve ser com ele. O CARIOCA: Encontra a mulher com o outro na cama, junta-se a eles e se diverte. O MINEIRO: Encontra a mulher com o outro na cama, mata o homem e continua casado com a mulher, exatamente como manda a TFM, Tradicional Família Mineira. O GAÚCHO: Encontra a mulher com o outro na cama e, ao contrário do mineiro, mata a mulher e fica com o marmanjo só pra ele. O CEARENSE: Encontra a mulher com o outro na cama e, sendo o cabra da peste que é, mata os dois e arruma outra no dia seguinte. O GOIANO: (maravilhosa) Encontra a mulher com o outro na cama, entra em depressão, pega a viola e vai pra rua à procura de outro corno pra montar mais uma dupla sertaneja. O BAIANO: Encontra a mulher com o outro na cama e vai sentar na sala até que os dois terminem o que estão fazendo, pra ele poder dormir um pouco. O PARAIBANO: Encontra a mulher com outro na cama e enche a destruidora de lar de porrada. Decepa o pênis do cabra da peste, salga e o pendura, pra fazer “carne de sol”. O BRASILIENSE: (genial) Sempre que pega a mulher com outro na cama, de raiva vai para o Congresso e inventa mais um imposto.

Edi t o r i a l

Nos últimos tempos, a presidência da Casa do Ceará tem gasto boa parte de seu tempo para superar dificuldades criadas por tudo quando é órgão público, que geralmente se omitem nas grandes causas e crescem diante dos indefesos. O INSS, por exemplo, é obrigado a abrir mão de 10 bilhões de reais ano para as chamadas “pilantrópicas”, instituições que tem os melhores consultores econômicos, escritórios de advocacia, políticos profissionais. São renúncias da contribuição patronal criadas há 50 anos e que só crescem como fogo no cerrado. Mas quando instituições como as santas casas, as APAES e a Casa do Ceará, por alguma razão, não conseguem o certificado de filantrópica, são constrangidas a pagar o que seria renúncia patronal ou fechar as portas. Sem meio termo. A olho nu é possível distinguir uma instituição “pilantrópica” de uma instituição como a Casa do Ceará, uma APAE, uma instituição que cuida de idosos – num país que desconhece o fenômeno dos idosos, desalojados de suas famílias e colocados em instituições cuidadoras. A Casa do Ceará não tem um batalhão de pessoas para atender os idosos e mesmo para prestar atendimento médico e dentário. Tem uma trajetória de responsabiliade social de 50 anos. Tem utilidade pública no Brasil, do governo federal, e dos governos do Distrito Federal e do Ceará. Suas ações são amplamente fiscalizadas. Se mais não faz é porque não tem condições. Neste momento, estamos sofrendo ameaças da Receita Federal do Brasil. Ameaças temerárias. Tememos pelo pior, por isso fomos à ministra Gleisi Hofmann pedir trégua. Estamos providenciando a legalização da Casa e sua adaptação à nova legislação da filantropia, na qual embarcou com “honoris causa” toda a pilantropia do país. (*) Inacio de Almeida (Baturité), diretor

Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Fernando Cesar Moreira Mesquista (Fortaleza), 1º vice; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), 2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança; Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Planejamento e Orçamento; Fernando Gurgel Filho (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), Edivaldo Ximenes Ferreira (Fortaleza) e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras), Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inacio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) Gurgel@cruiser.com.br / wilsonibiapina@globo.com Editoração Eletrônica Casa do Ceará Distribuição Antonia Lúcia Guimarães Circulação O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

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Traição À Mineira - Só 3 Veiz ! ! !

Mineirim no leito de morte, decidiu ter uma conversa definitiva com a sua companheira de toda a vida sobre a fidelidade da mesma: - Muié, pode falá sem medo... já vô morrê mess e prifiro sabê tudim direitim... - Ocê arguma veiz traiu eu? - Ô Zé, num fala dessas coisa que eu tenho vergonha.... - Pode falá muié.... - Quero não... - Fala muié, disimbucha... - Mió dexá pra lá, Zé. - Vai, conta... - Queto Zé, morre em paz... Depois de muita insistência ela resolveu abrir o jogo: - Tá bão Zé, vou contá, mais num mi responsabilizo... - Pode contá. - Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz. - Intão conta sô! Trêis veiz nessa vida toda até qui num foi muito! - A primera foi quando cê foi demitido daqueli imprego qui ce brigou cum chefe. - Ué, mas eu fui adimitido dinovo logo dispôis sô.. - Pois é Zé...eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano prêle e ele ti contratô di vorta. - Ah, muié, cê foi muito boa cumigo...essa traição num dá nem pra leva a mar, foi pela necessidade da nossa famía....tá perdoada. E a segunda? - Lembra quando cê foi preso pru modi daquele furdunço que cê prontô na venda? - Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia. - Pois é Zé...eu fui lá cunversá cum delegado e acabei dano prêle ele ti sortá. - Ê muié, isso nem conta também não, a carza foi justa... imagina ficá preso lá um tempão. Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade, uai. E a úrtima? - Lembra quando cê si candidatô pra vereadô? - Lembro muié...quase me elegi. - Pois é.... eu qui consegui aqueles 1.752 voto...

Conversando com o Leitor

+ Recebemos o Binóculo de Novembro, com textos de Doas da Silva, Abilio Pacheco, Antonio Dias Neme. Zinah Alexandrino, Valdemar Alves, Waldir Rodrigues, Caio Porfirio Carneiro, Batista de Lima, Josenir Lacerda e Djanira Pio e poesias do monsenhor Manuel Feitosa, Edésio Baptista, Thelmo Mattos, Francisco Carvalho, Antonio Sales, Aila Sampaio e Doroty Jansson.

Salvador, Turquia e Venezuela.

+ Recebemos Jornal da Arte, da ANE, de dez 2012 e Jan de 2013 com textos de Edmilson Caminha, Emanuel Medeiros Vieira, Danilo Gomes e João Carlos Taveira, M. Paulo Nunes. Marco Aurélio de Alcantara, Affonso Heliodoro, Fábio Lucas, Flávio Kohte, Terezy Fleury de Godoi, Paulo Castelo Branco, João Carlos Taveira e Fontes de Alencar. Edmilson Caminha escreveu sobre a morte prematura do jornalista e escritor Lustosa da Costa sob o título “Lustosa foi pra Sobral”.

+ A sra. Estefânia de Almeida Soto Rodriguez (Fany), leitora do Rio de Janeiro: pedimos mandar um artigo sobre cearenses que moram no Rio de Janeiro. Mande também seu endereço para que lhe possamos enviar o jornal.

+ A nossa página na Web registrou em dezembro 3.817 visitas, o que continua sendo positivo. Não é o ideal, precisamos crescer. +No exterior, fomos visitados certamente por cearenses nos Estados Unidos, Portugal, Espanha, Romênia, Reino Unido, Itália, Argentina, Cos do Marfim, Alemanha, França, Japão, Peru, Suécia, El

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

+Aqui no Brasil, fomos visitados por gente de Brasília, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia, Rio de Janeiro, Sorocaba, Esteio, Manaus, Recife, Salvador, Maceió, Salvador, Niterói, Vitória, Belém, Anápolis Rio Verde, Porto Alegre, Joinville, Campinas, Cristalina, Curitiba, Mossoró e Natal.

+ Sr. Joaquim de Assis de Conselheiro Lafayete: O Jornal não vende assinatura. Os interessados em recebê-lo serão atendidos. Pedimos apenas que façam uma doação à Casa do Ceará. + Registramos 976 pagamentos de associados da Casa do Ceará em 2012, no valor de apenas R$ 26.465,92, menos de 5% das necessidades da Casa. + Solicitamos aos que se mudam que nos informem por email o novo endereço, se quizerem continuar recebendo o jornal. Usem o email para tambem informar que não querem receber o jornal: casadoceara@ casadoceara.org.br

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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Recordando O deputado Mauro Benevides recorda que quando presidente da Comissão do Distrito Federal no Senado, ele foi o último, destinou 50 milhões para a Casa do Ceará. Telefonou para a então presidente da Casa, Mary Calmon, que não acreditou. O então vice presidente e fundador da Casa, Alvaro Lins, também não acreditou. O dinheiro empregado na construção do conjunto da Academia e do parque aquático. Mauro lembra que a verba não podia ser aplicada no Ceará, só em Brasília. Anexo V Há três anos, a Câmara dos Deputados tem guardados R$ 287, milhões resultado da venda da folha dos servidores e dos deouados ao Banco do Brasil. O dinheiro seria aplicado na construção do Anexo V, mas há cautela na ampliação do latifúndio. O sonho dos deputados é gabinete com três salões, como os ministros do STJ. Durval Aires Filho A pedido do médico Zé Teles e do jornalista Carlos Augusto Viana (eles são acadêmicos, estão me apoiando, e ficam aperreando o Inácio de Almeida), gostaria que o amigo publicasse uma nota no jornal da Casa do Ceará, dizendo que eu estou disputando uma vaga na academia cearense de letras, como uma postulação justa, na cadeira do saudoso pe. Alberto Oliveira, concorrendo com o JSN (João Soares Neto) e a professora Vera Moraes (da UFC). A eleição não está marcada, mas é para final de janeiro ou início de fevereiro, certamente, depois da posse do min. Ubiratan. Digo postulação justa porque meu pai foi da academia e eu sou ficcionista, com o livro de contos O Homem do Globo e Outros contos, editado pela José Boiteux, além dos livros as 10 Faces do Mandado de Segurança, Corrida Eleitoral os limites atuais da propaganda e Mandado de Segurança em matéria eleitoral. No momento, organizei e editei duas coletâneas de crônicas de Otávio Aires, meu avô, O Juazeiro e seu legítimo fundador o Pe. Cícero Romão Batista e o Joazeiro Antigo que poderei, quem sabe, lançar aí como vocês Abçs. Bom natal e excelente entrada de ano novo. Durval Aires Filho. Curtas da Escola Vence Quesito Voto Popular Aconteceu na URCA (Universidade Regional do Cariri) em Crato-CE a entrega da Premiação da I Mostra de Literatura em Curtas e a nossa Escola tirou 1º Lugar no quesito Voto Popular. O vencedor foi produzido em cima de um capítulo do livro Foi Assim, de Geraldo Ananias. Obrigado a todos que contribuíram de forma direta e indiretamente para este trabalho. A nossa escola agradece cada voto dado ao nosso vídeo. Ermeson David (professor da Escola Santa Tereza, Altaneira-CE). Geraldo ficou orgulhoso com o troféu.

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Novo diretor do Fórum O juiz Francisco Luciano Lima Rodrigues, titular da 8ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza, será o diretor do Fórum Clóvis Beviláqua no biênio 2013/2015. A indicação foi aprovada pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) em 13.12. Infraestrutura: prioridades Para Adail Fontenele, secretário estadual de Infraestrutura, as três prioridades do governador Cid Gomes para 2013, em sua área de atuação, são as seguintes: 1) início das obras da ampliação do Porto do Pecém, que estão a depender de definição do Ibama e do Iphan para a emissão da Licença Ambiental de Instalação - na opinião do secretário, “essas obras já estão passando do tempo de começar”; 2) Licitação da Linha Leste do Metrofor, cujas obras começarão no início do 2º semestre; 3) construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no trecho entre Parangaba e Mucuripe - o projeto tem problemas de realocação de famílias residentes ao longo da ferrovia. Adail Fontenele aposta: “2013 será um ano de grandes realizações, pode crer”. Bom lucro Quem, em janeiro deste ano, investiu R$ 1 mil na compra de ações do Grupo M. Dias Branco, colhe hoje um lucro de 62,4%, informa o GuiaInvest. Ontem, a cotação dos papéis do grupo, líder nacional em massas e biscoitos, alcançou R$ 76,49. BNB: R$ 160 mi para Silat Na semana passada, a diretoria do Banco do Nordeste aprovou o pedido de financiamento de R$ 160 milhões feito pela Silat - sigla da Siderúrgica Latino-Americana, do grupo espanhol Hierro Añon. O dinheiro será usado na construção de uma usina siderúrgica na geografia de Caucaia, cuja terraplenagem começará em duas semanas. Além desse empréstimo, a Silat terá mais R$ 95 milhões de recursos próprios para tocar a primeira fase do projeto, que prevê a implantação de uma laminação de aços longos. Luiz Eduardo Barbosa de Morais, CEO da Silat, disse ontem a esta coluna que todos os equipamentos da siderúrgica cearense já estão “em fase de manufatura” na Espanha, na Itália e na Áustria. Em 2014, a Silat produzirá. Comentarista esportivo Publicou Ilimar Franco, em O Globo: “Ciro Gomes foi contratado, a peso de ouro, pela rádio Verdes Mares, de Fortaleza, do grupo Edson Queiroz. Ele vai ser comentarista esportivo. Seu foco será acompanhar a preparação da Seleção Brasileira para a Copa de 2014 e os jogos da Copa das Confederações. O político, que no passado já exerceu a função na rádio Educadora (Sobral), está afinando a verve”. Perseguidos Os deputados irmãos, José Genoino e José Guimarães através uma maré negra. São os mais escrachados da Câmara, com suas biografias questionadas e suas lideranças estraçalhadas. A todo momento, são citados como ligados ao pior da política.

Encontro em Iguatu O presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo (Iguatu) esteve em Iguatu quando se reuniu com o novo prefeito, Aderilo Alcantara e o secretário de Ciencia e Tecnologia, prof. José Roberto Duarte. Iguatu está bombando. Pivô central, capim e leite Na sua fazenda Flor da Serra, assentada na área do Perímetro de Irrigação Jaguaribe-Apodi, Luiz Girão - um dos maiores empresários da pecuária leiteira do Ceará - usa um conjunto de pivôs centrais para irrigar 550 hectares de terras. Cada pivô irriga 50 hectares plantados de capim. Em cada área de 50 hectares, o rebanho, bem alimentado, produz 7 mil litros de leite. Diariamente, Luiz Girão colhe 22 mil litros de leite em sua Flor da Serra. Parece muito, mas não é, pois seu plano é de produzir, até 2016, algo como 50 mil litros. “Pode anotar: em 2018 minha fazenda estará produzindo 100 mil litros de leite/ dia” - afirma Girão do alto do seu conhecido entusiasmo. Medalhado O jornalista e repórter internacional Francisco José, da Globo/Recife, após receber prêmios e homenagens no Crato, sua cidade natal, retornou ao Recife, vergado de medalhas. Huberto Cabral, que é uma legenda do jornalismo e do radialismo no Crato, observou que Francisco José recebeu tantas medalhas que, se as exibisse, ficaria parecido com o Príncipe Ribamar, figura folclórica que deambulava pelo entorno Crajubar com um surrado casacão cheio de medalhas. Claro que ele as mereceu sub pluribus meritis. Francisco José chorou de emoção, em várias ocasiões. Presença O dep. Tiririca não faltou a uma sessão da Câmara dos Deputados em 2012. Esteve em todas. Mas não adiantou muito, pois não disse ainda a que veio. Falta-lhe principalmente assessoria e preparo para a missão. Dos 503 deputados, pelo menos 450 estão em situação igual a de Tiririca: perdidos no plenário, nas comissões e nos corredores, dominados pela corja que comanda a Câmara. Futebol cearense Fortaleza e Ceará estão no caminho certo para dar vexame nas series B e C, repetindo a dose de 2011. Não tem jogadores cearenses no time, só refugos de outros estados, bichados, bebuns e pernas de pau. Nosso futebol precisa revelar valores, mas não investe nas divisões de base. Com técnicos ruins e jogadores péssimos, vão pro cacete de novo. Prejuízos A temporada turística do Ceará foi prejudicada pela TAM, a Gol e a Azul que subiram suas tarifas na estação alta. O que foi salvo ficou por conta do “trade” de viagens. As agências e a TAP estão de parabéns. Horroroso A coisa está tão feia em relação ao turismo na Bahia que até livrarias e jornais foram banidos da estação de embarque de passageiros no Aeroporto de Salvador.A campanha contra os jornais deflagrada pelas voadoras ganhou a adesão da Infraero e dos “intelectuais” bahianos.

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SAMU Ceará renova e amplia frota de ambulâncias

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU Ceará 192) está renovando e ampliando a frota de ambulâncias. Já estão no pátio do SAMU e em processo de licenciamento e emplacamento sete novas ambulâncias que vão substituir unidades mais antigas. As ambulâncias substituídas permanecerão como unidades de reserva da frota, que passa a contar com 50 veículos, sendo oito unidades avançadas (UTIs móveis). Em fevereiro, a frota será ampliada com 18 novas unidades básicas e quatro UTIs móveis, totalizando 22 novas ambulâncias. Com a frota de 72 ambulâncias, o Polo 1 do SAMU Ceará 192 ganha novo desenho com a incorporação de 32 municípios ao raio de cobertura, que passa dos atuais 47 para 79 municípios. O Polo 1 do SAMU Ceará 192 passará a dar cobertura aos municípios de 10 regiões de saúde da macrorregião de Fortaleza e parte da macrorregião do Sertão Central. A exceção é Fortaleza, que tem SAMU próprio. Com a ampliação, o serviço dará cobertura à população de 2.928.885 habitantes dos 79 municípios, que representam 48,8% da população do Interior do Estado. A universalização da cobertura promovida pela Secretaria da Saúde do Estado se completará com a implantação do Polo 2, com cobertura de 1.554.685 habitantes de 55 municípios da macrorregião de saúde de Sobral, e do Polo 3, no Cariri, com cobertura de 1.516.626 habitantes de 49 municípios. O SAMU integra a Rede de Atenção às Urgências do Ceará. Com transporte sanitário, qualifica o atendimento na rede pública, prestando socorro à população em casos de emergência, quando acionado pelo telefone 192. O atendimento de urgência e emergência é realizado em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas.

Movimentação do Porto de Pecém cresceu 22% em 2012

Durante os 12 meses de 2012, a movimentação de mercadorias através do Porto do Pecém cresceu 22%, comparando com o mesmo período do ano anterior. No ano passado foram movimentadas 4,15 milhões de toneladas (t), enquanto em 2011 a movimentação foi de 3,41 milhões. O destaque ficou por conta das importações que atingiram 37% de aumento, representando 80% do total movimentado no ano. Durante todo o ano operaram no porto cearense 421 navios. As importações contribuíram com 3,32 milhões t movimentados, enquanto as exportações registraram a movimentação de 833 mil t. O item frutas registrou o maior índice de exportação, com 214 mil t, seguindo-se do minério de ferro (172 mil t), sal (51 mil t), alumínio (43 mil t), farinha de trigo (32 mil t), água de coco (25 mil t), carnes (22 mil t) e calçados com 13 mil t. A liderança nas importações ficou com os combustíveis minerais, com 521 mil t de gás natural e mais 517 mil t de carvão mineral, tendo sido transportadas no período mais de um milhão de t. A segunda colocação ficou com cimento não pulverizado (clinker) com 650 mil t, seguido dos produtos siderúrgicos com 744 mit t, plásticos e suas obras com 102 mil t e escórias de altos fornos com cem mil toneladas. No item frutas foi registrada a movimentação de 113 mil t de melões, 37 mil de manga, 23 mil de uvas, 19 mil de melancia, 16 mil de castanhas de caju, três mil de amêndoas eduas2 mil t de bananas. As frutas tiveram origem nos estados do Ceará (44%), Rio Grande do Norte (29%), Pernambuco (15%) e Bahia, com 11%. A Holanda foi o país que mais importou, totalizando 40% da movimentação, seguido pela Grã Bretanha (28%), Estados Unidos (17%) e Espanha, com 7%.

Cid Gomes empossou Socorro França como assessora especial O governador Cid Gomes deu posse à ex-procuradora geral de Justiça do Estado, Socorro França, no cargo de assessora especial de Políticas Públicas sobre Drogas. Segundo Cid Gomes, Socorro França assumirá o que ele considera o maior desafio de todos que o poder público possa enfrentar. “No meu entendimento, o assunto drogas requer dois tipos de enfrentamento: o primeiro é o combate aos traficantes, realizado pela polícia, mas com a ajuda do Ministério Público e do Poder Judiciário. O segundo é a intervenção realizada à maior vítima de todos, o viciado. De acordo com Socorro França, a função que lhe foi confiada deve ser, antes de tudo realizada com amor. “Para bem desempenhar essa função, temos que dar as mãos, para que possamos reconstruir a instituição família e a sociedade. O problema das drogas envolve soluções ligadas à educação, turismo, saúde, segurança, cultura e muitas outras. Quero contar com todas essas vertentes para desenvolver e ressocializar os jovens. Vamos caminhar juntos, enfrentar juntos o grande mal que é a questão das drogas lícitas e ilícitas em nosso Estado”, concluiu. Maria do Perpétuo Socorro França Pinto foi quatro vezes procuradora geral da Justiça do Ceará. Ela exerceu funções de professora do Senac, do Liceu do Ceará, Universidade de Fortaleza (Unifor), profissional liberal, na área de contabilidade, em São Luís do Maranhão, sua terra natal, promotora de Justiça, de 1974 a 1978. Socorro França fundou, no Ceará, o Programa Especial de Defesa do Consumidor (Decon). Ela também foi a idealizadora dos Núcleos de Mediação Comunitária e das Promotorias Especializadas nos núcleos do meio ambiente e da saúde.

Há 41 anos

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A pousada Chrysantho Moreira da Rocha instituição de longa permanência mantida por esta Instituição, está encerrando o ano com muitas atividades para os idosos residentes. Esse ano contou também com um farto café da manhã dia 18.12, com direito a distribuição de kits, música ao vivo, bingo (sendo o prêmio uma cesta de Natal), elaborado por um grupo de voluntários do Carrefour da 504 Norte. Estava presente além da equipe do Carrefour que são eles: Joedilma Barbosa, Aurelimar Braga, Jozenilton Almeida, Elias Gomes, Juliana Cerqueira, Joselia Soares, Thiago Marciano e Stela Lopes e também Diretora de Promoção Social Maria Àurea Magalhaes, a Superintendente Antonia Lucia Aguiar e o Sr. Edivaldo Ximenes. A ornamentação do salão para o café ficou por conta da funcionaria Eloisa, a premiada no bingo foi a idosa Wanda Ferreira Pacheco. No final todos cantaram e se divertiram muito. A equipe de funcionários da pousada, Antonio, Ildete, Claudia, Eloisa, Andreza, Flavia, Eulalia, Dalva, Regia, Ana Paula, Joelia, Vanda, Alzira, Maria Aucineide, Neuza, Giovana estão de parabéns, pois de alguma forma ou de outra todos colaboram nos eventos da Instituição. (Ivete Simonette do Amaral, Assistente Social - RT)

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Estoril renasce para boemia e intelectuais

O Estoril ganhou infraestrutura para a instalação de um restaurante-café com espaço para exposições e eventos artísticos. O local foi restaurado para ser o novo carro-chefe do polo gastronômico e cultural da Praia de Iracema. O novo Estoril está dotado de infraestrutura para a instalação de um restaurante-café com espaço para exposições e eventos artísticos e foi restaurado com a intenção de se tornar o novo carro-chefe do polo gastronômico e cultural da Praia de Iracema. O equipamento também foi adaptado visando a acessibilidade de pessoas com deficiência física. Foram instaladas rampas, plataforma para acesso à parte superior do prédio e elevador. O Estoril conta, ainda, com nova iluminação especial, que valoriza o espaço como cenário cênico. Construído em meados da década de 1920, o Estoril nasceu como Vila Morena, uma das primeiras residências de destaque da então Praia do Peixe. Como primeiro proprietário, José Magalhães Porto batizou o palacete com o apelido da esposa. A partir do ano de 1942, foi cedido a soldados americanos na esteira da Segunda Guerra Mundial, passando a cassino. Ao fim da Guerra, os locatários portugueses Antônio Português e João Freire de Almeida instalaram no local o restaurante Estoril, em alusão à cidade portuguesa homônima. A partir da década de 1950, o Estoril consolidou a sua vocação de ponto de encontro de intelectuais e boêmios da cidade e, em 1986, o lugar foi tombado como patrimônio histórico do município de Fortaleza. 70 milhões de reais foi o valor gasto pela Prefeitura de Fortaleza com o projeto de requalificação da Praia de Iracema, que incluiu também as obras do Estoril. Renato Bezerra, Especial para Cidade, Diário do Nordeste

Administração de Brasília fez doação de alimentos à Casa do Ceará Foto: Alcides Freire

A festa de encerramento do ano na Pousada da Casa do Ceará

O Administrador de Brasília, Messias de Souza, em conjunto com representantes da Associação dos Permissionários do Parque da Cidade, entregaram a quatro entidades, Casa do Ceará, Casa de Ismael, Lar dos Velhinhos Bezerra de Menezes e a Creche da Vila Planalto os donativos recebidos durante o mês de dezembro, entre brinquedos, roupas e alimentos. O programa iniciado em 2012 e está na agenda para que ocorra também este ano, segundo Marcelo Márcio Gomes, um dos representantes da Associação, responsável pela arrecadação dos alimentos não perecíveis. O evento ocorreu em 15.01 e a Casa do Ceará foi representada no evento pelo 2º Vice-Presidente da entidade, Sr. José Sampaio de Lacerda Junior, quem, em nome da entidade, agradeceu a generosa doação. Relação dos produtos alimentícios doados pela administração de Brasília: 12 kg de açúcar, 35 kg de arroz, 38 kg de fubá, 07 kg de feijão preto, 40 kg de feijão carioca, 50 kg de feijão fradinho, 01 kg de fava, 02 kg de farinha de mandioca, 41 kg de farinha de trigo, 25 kg de milharina, 14 kg de macarrão espaguete, 06 kg de macarrão parafuso, 02 kg de polvilho, 15 kg de sal. Neste exercício, o presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, destaca outras doações recebidas pela Casa: equipamentos de informática pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, bem inservíveis da ANTAQ, do Tribunal de Justiça do DF e seis computadores do Ministério e os gabinetes dentários doados pelo Hospital Naval de Brasília. (veja matéria na pág. 16)

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Leituras I

Zé Pinto da Sucata

Marcelo Gurgel Carlos da Silva (*) Francisco Magalhães Barbosa, o conhecido Zé Pinto, nasceu em Fortaleza, Ceará, em 28 de setembro de 1925. Era ele filho de Antônio de Freitas Barbosa e dona Maria Magalhães Barbosa. Escultor autodidata, com um DNA realmente fantástico, ao ponto de nunca ter frequentado uma escola especializada, casou-se com Maria Zenor Cassiano Barbosa, tendo com ela onze filhos, o que dá a impressão do quanto era realmente pródigo, tanto na feitura de gente, como de obras de arte. Quando Zé Pinto entrou no mundo das artes plásticas, ele não era assim tão novo. Tinha mais de 50 anos, fato que não o impediu de ganhar a mídia, ao expor suas criações no canteiro da avenida Bezerra de Menezes, na década de 1970. Por essa época, ele era apenas um “marchand”, encarregado de vender os trabalhos executados por seus filhos, os quais, desde muito cedo, já se dedicavam à elaboração de belas peças produzidas com diferentes materiais: cascas de coco, fio elétrico e couro. Eram quadros com paisagens variadas, que incluíam pescadores, rendeiras e jangadas. Os artefatos eram negociados por Zé Pinto em várias partes de Fortaleza, rendendo dinheiro enquanto viravam peças de decoração. Já cinquentão, ao descobrir-se com o dom da arte, Zé Pinto deixou o emprego na Universidade Federal do Ceará, onde reparava motores, para se tornar um artista bastante popular, criando estranhos objetos através de sucatas de ferro. A primeira peça que criou foi um galo, talvez até porque ele fosse um Pinto. Em seguida, vieram: “Lampião”, “Maria Bonita”, “Padre Cícero”, “Dom Quixote”, “Chaplin”, “Bumba-meu-boi”. Entre as suas inúmeras criações não faltavam trens, carros, cachorros, canhões e caracóis, além de outras que o faziam voltar ao tempo da infância, quando, menino ainda, produzia seus próprios brinquedos. Quem sabe não tenha sido aí que tomou a decisão de ser um escultor diferente dos que existiam, na cidade, escolhendo, por conta própria, a sucata como matéria-prima para suas esculturas. Dessa maneira, fez-se garimpador de ferro velho, transformando em arte alumínio amassado, pregos envergados e molas desformes. A tudo dava um sentido de movimento, visível nas obras plásticas, conjugando estética e estática. Para expor os seus trabalhos, Zé Pinto reinventou a galeria. Derrubou muros e socializou a arte em espaços ao ar livre. Isso se fez bem presente em 1975, quando expôs no canteiro central da Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, que ele batizou de “Pintódromo”, uma escultura do cantor Luiz Gonzaga, montada a partir de pára-choques, parafusos e outras peças sucateadas de carro velho. Ninguém precisava pagar para ver a majestade daquelas obras, que se destacavam pelo equilíbrio, pela espirituosidade, enfim, pelo lampejo do gênio. O sucesso chegou célere. Não a pé, nem de bicicleta, veículo preferido pelo escultor para ir de um lugar a outro, à cata de matéria bruta, para construir suas esculturas. A mídia encarregou-se disso. Inicialmente, as criações de Zé Pinto foram expostas nos museus, praças, prédios e ruas de Fortaleza, só após transpondo as divisas do Ceará e do Nordeste e as fronteiras do Brasil. O artista participou de algumas mostras e exposições pelo País, chegando a expor no exterior, deixando por onde passava, a marca da sua genialidade. Hoje, a produção artística de Zé Pinto pode ser encontrada em museus de Portugal e do Vaticano, além de figurar em acervos particulares na França, na Holanda, e em cidades, como Frankfurt e Colônia, na Alemanha, e ainda em Nova York e New Hamphire, nos Estados Unidos. Em 1996, ano da morte de sua esposa, o artista parou de produzir. Depois de três AVC sofridos, em 1997 ele já não podia mais criar. Mais algum tempo e o Zé Pinto, com a idade de 79 anos, foi exercitar sua criatividade no céu. Não se pode aceitar que ele tenha falecido, de fato, em 2004, em Fortaleza, porque até hoje, quando se vê o Dom Quixote feito por ele, fica-se a imaginar, que o grande Zé Pinto continue pedalando sua bicicleta, em busca de moinhos de vento, para verificar, talvez, se há alguma sucata de aço e de sonho sobrando, que ele possa transformar em arte. (*) Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Médico e economista, * Publicado In: O Povo. Fortaleza, 20 de março de 2012. Jornal do Leitor. p.2

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Governador promete medidas para reduzir violência contra mulher no Ceará O Ceará vai aperfeiçoar o sistema de segurança pública em relação ao tratamento às mulheres vítimas de violência. Segundo a presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), uma série de medidas serão adotadas no estado. A deputada Jô Moraes se reuniu, em Fortaleza, com o governador Cid Gomes, que garantiu à deputada que serão instaladas oito delegacias especializadas no atendimento à mulher. Jô Moraes destacou outras ações prometidas pelo governador. Uma delas é intensificar na Academia de Polícia a formação e o treinamento especializado para os policias que atendem a violência contra a mulher. “Ele levantou a hipótese de ser construído o complexo da mulher, onde se unificariam todos os serviços. Acredito que esse diálogo com o governador deu a ele uma visibilidade mais abrangente sobre essas questões; e para as mulheres conseguimos a certeza de que essa questão está sendo tratada no nível superior da administração do estado.” O Ceará é o 15º estado visitado pela CPMI. A ideia é fazer

um diagnóstico do funcionamento das instituições responsáveis pela política de enfrentamento da violência contra a mulher. Em Fortaleza, integrantes da CPMI visitaram a delegacia e a vara especializadas. Jô Moraes estranhou, no entanto, o fato de a capital cearense contar apenas com uma delegacia de atendimento às vítimas; e também de a delegacia estar mal instalada. Ranking de violência O Ceará aparece entre os estados com a menor taxa de homicídio de mulheres do País, com 4 assassinatos para cada grupo de 100 mil mulheres - a média nacional é de 4,6. O primeiro nesse ranking é o estado do Espírito Santo (9,8), seguido por Alagoas (8,3) e Paraná (6,4). Em seu plano de trabalho, a comissão previu visitas aos estados mais violentos do Brasil para as mulheres, além dos quatro mais populosos do País. A CPMI já esteve no Distrito Federal e em 15 estados: Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Paraná, São Paulo, Bahia, Paraíba, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Pará.

Estudante de 15 anos é autorizado Consulta pública recebe sugestões a entrar na universidade, no Ceará para edital do Hospital Metropolitano RIO - Após ser aprovado em medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC) com apenas 15 anos, o estudante Tiago Dirceu Saraiva foi autorizado a ingressar no curso antes de concluir o ensino médio. O adolescente fez o Enem enquanto cursava o primeiro ano, em 2012, e tinha 14 anos. Ele concorreu a uma das 80 vagas da graduação que teve mais de quatro mil candidatos pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O estudante, que se disse surpreso com o resultado no Sisu, pleiteou o direito de ingressar na universidade junto ao Conselho de Educação do Estado do Ceará. A entidade autorizou, desde que ele fosse aprovado em um exame com questões dentro das matérias dos três anos do ensino médio. Na semana passada, ele fez o teste com 80 itens discursivos aplicado pelo colégio onde estudava e conseguiu a aprovação. Tiago entra na faculdade no segundo semestre deste ano, mas não pensa em dar um tempo nos estudos. Até lá, ele pretende frequentar as aulas do colégio como ouvinte. Quando o assunto é a entrada precoce na universidade, o menino demonstra muitas expectativas, mas sem tirar os pés do chão. — Estou ansioso, mas acho que não vai ser um bicho de sete cabeças. É claro que vai haver uma diferença de idade em relação ao restante da turma, mas acredito que isso não vai ser muito alarmante — conta o garoto, que pretende se especializar em geriatria ou pediatria por gostar do público atendido por esses profissionais. O presidente do Conselho de Educação do Estado do Ceará, Edgar Linhares Lima, disse que autorizou a entrada de Tiago na universidade por um motivo simples: a vontade de estudar do garoto. — Não tenho dúvida de que Tiago terá bons resultados na universidade. Ele tem muito gosto pelo estudo e, nesse sentido, o ingresso no ensino superior acaba servindo como mais um estímulo — afirmou. Eduardo Vanini, O Globo

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde realizou consulta pública do edital de licitação para construção, fornecimento de equipamentos, manutenção e gestão dos serviços não assistenciais do Hospital Regional Metropolitano (HRM), que será construído com recursos do Governo do Estado em terreno de 276.685 metros quadrados, na Avenida Quarto Anel Viário, em Maracanaú. O Hospital Regional Metropolitano terá 432 leitos e dará cobertura a toda a população da Macrorregião de Saúde de Fortaleza, no total de 4.827.595 habitantes. Com perfil de assistência em alta complexidade, o HRM será um hospital geral de urgência/emergência, com capacidade de realizar 37.080 internações e 17.280 cirurgias anuais. O HRM terá área total construída de 37.389,22 m² e será composto por 13 pavimentos, sendo seis andares de internação. A concessionária da Parceria Público-Privada (PPP) que administrará o HRN será responsável pela execução das obras de construção, estimadas em R$ 260.967.527,95, implantação, manutenção e futura operação da unidade. A concessão será por período de 25 anos, a contar da ordem de serviço para a construção, com a data limite de 30 meses para o início do atendimento de pacientes. O HRM é o quarto hospital do compromisso do Governo do Estado em ampliar e qualificar a rede de assistência à saúde da população. O primeiro a ficar pronto foi o Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, que desde maio de 2011 atende a população dos 44 municípios da macrorregião do Cariri. Em Sobral, está para ser inaugurado o Hospital Regional Norte, um investimento de R$229.082.947,73, sendo R$169.653.512,73 em obras e R$59.429.435,00 na aquisição de equipamentos. No HRN, que atenderá a população dos 55 municípios da macrorregião Norte, são 384 leitos. E maio deste ano o Governador Cid Gomes assinou a ordem de serviço do Hospital e Maternidade Regional do Sertão Central, em Quixeramobim, com 252 leitos.

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Leituras II Por Wilson Ibiapina (*) O Ceará acaba de perder Flávio Parente, pioneiro da radiodifusão cearense que ainda estava vivo. A história de vida dele se confunde com a do rádio no Ceará. Wilson Ibiapina Flávio Barreto Parente nasceu em Camocim há 89 anos. Deixa a viúva Aglair e cinco filhos, quatro mulheres e um homem. O arquiteto e compositor Fausto Nilo, casado com uma de suas filhas, destaca a personalidade conciliadora de Flávio Parente. Estava sempre contornando os problemas e nunca foi visto falando mal de quem quer que seja. Esse estilo que o Edilmar Norões exibe, sempre colocando água na fervura, desmanchando intrigas, aproximando pessoas, era também uma característica de Flávio Parente. Um boêmio, pertencia a turma do Mincharia. Era visto nas reuniões na casa da praia de Iracema. Durante anos teve como compaheiro inseparável o irmão mais velho José Parente. A corda e a caçamba. Unidos no trabalho e nos momentos de lazer. Nos anos 40 os irmãos empresários, José e Flávio Parente, juntaram-se ao advogado Josino da Costa para abrir uma emissora de rádio que concorresse com a pioneira Ceará Rádio Clube, que desde 1931 reinava na radiofonia cearense. Zé Parente era gordinho, Flávio, mais esguio, era elegante e muito mais society. O radialista e escritor Narcélio Limaverde lembra que naquele tempo, o irmão Zé Parente era mais presente nos locais públicos, como o Tony’s Bar, que o Figueiredão mantinha na praia de Iracema e que passou a ser chamado de Tomes Bala depois de uma briga que terminou com a

O Adeus a Flávio Parente

morte de um fregues. A Rádio Iracema entrou no ar em 1948 ao som da ópera O Guarany. O estúdio e o auditório ficavam no segundo andar e terraço do edifício Vitória, esquina das ruas Guilherme Rocha com Barão do Rio Branco. O transmissor ficava na beira da praia, nas dunas do bairro Urubu e a emissora passou a ser ouvida também em alto mar. Flávio guardava uma carta-crônica que recebeu de Vinícius de Moraes onde ele conta que voltava da Europa, em agosto de 1953, quando nas proximidades da costa brasileira, conseguiu ouvir a Rádio Iracema: “... quando, dentro da noite a bordo, os dedos a revirar o dial do ondas-curtas, aguardava o primeiro balbucio de minha pátria como um pai à espera da primeira palavra do seu filho. O coração batia-me como batera um dia, à poesia sonhada, ou como um outra vez, diante de uns olhos de mulher. - O Sr. Tem certeza de que isso é mesmo um ondas-curtas? O camareiro norueguês, grande e tranqüilo, limitou-se a sorrir misteriosamente. Depois, humano, inclinou-se sobre o aparelho, o ouvido atento, e pôs-se a tentar por sua vez. As ondas sonoras iam e vinham verrumando a minha angústia. Onde estava ela, a minha pátria que não vinha falar comigo ali dentro do mar escuro? Deus do céu! Seria mesmo o nome de Iracema? Era sim, porque logo depois chegou a afirmar-se, mas quase imperceptível, como se pronunciado por um gnomo montado em minha orelha. Era o nome de Iracema, da Rádio Iracema, de Fortaleza, a emissora dos lábios de mel, que sai mar afora, enfrentando os espaços oceânicos varridos de vento para trazer a um homem saudoso o primeiro gosto de sua pátria. Adorável prefixo noturno, nunca te esquecerei! Foste mais uma vez essa coisa primeira tão única como o primeiro amigo, a primeira namorada, o primeiro poema. E a ti eu

direi: é possível que o Padre Vieira esteja certo ao dizer que a ausência é, depois da morte, a maior causa da morte de amor. Mas não do amor à terra onde se cresceu e se plantou raízes, à terra a cuja imagem e semelhança se foi feito e onde um dia, num pequeno lote, se espera poder nunca mais esperar.” A Rádio Iracema proporcionou outras alegrias e entretenimento a muita gente. Os irmãos Parente, em 1951 lançaram a primeira rede de emissoras de rádio genuinamente cearense. Era a Rede Iracemista, com emissoras em Juazeiro, Sobral, Iguatu, Maranguape. O edifício Guarany, sede própria, foi construído na rua 24 de maio, na praça José de Alencar e inaugurada em 1954. Zé Parente e Flávio comandavam outros empreendimentos, mas foi como donos da Iracema que se consagraram na memória do cearense. Depoimento No dia 1º de fevereiro de 2013 Narcélio Limaverde vai completar 59 anos de atividade ininterrupta no rádio cearense, graças a Flávio Parente. Narcélio já estava aprovado em concurso para ingressar na Ceará Radio Clube, quando foi visitar a Rádio Iracema. Lá ele ouviu do diretor da emissora, Armando Vasconcelos, que desistisse, que não dava para o ofício. Flávio Parente discordou. Narcélio lembra: “Devo a ele essa simpática opinião, obrigando-me a ser de rádio. É bom ressaltar que, Armando muitos anos depois reconheceu que eu me tornei merecedor do nome de radialista.” (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista

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Leituras III Ler Quadrinhos

João Soares Neto (*) Tudo bem. Vão dizer que estou entregando a minha já consumida idade. Nada disso. O que declaro aos meus escassos leitores que chegam os olhos ao pé desta página 2 do DN é que comecei a ler quadrinhos muito cedo. Lia “Gibi” e percorri a iniciação com quadrinhos do Flash Gordon, Tarzan, Superman, Homem Submarino e as ilustrações para os livros do Monteiro Lobato, tão grande quanto questionado. Ouvi dizer que a HQ no Brasil começou em 1905 com a revista “Tico-Tico”, depois veio o J.Carlos e cá estamos em 2012 vendo, rindo e escrevendo sobre essa arte sequencial, que se vale de pouco texto e imagens, formando “tiras”. Ainda hoje, avô de netos infantes, me dou ao luxo de ler, diariamente, os quadrinhos/tiras de Angeli, Laerte, Caco Galhardo, Adão e André Dahmer, todos na Folha de SP. Nordeste-DN, vejo o Mino com o seu Capitão Rapadura, Xuxu, Cabeção e D. Charmô. Quem gosta de quadrinhos é, quase sempre, minimalista, alguém que se expressa com poucas palavras e tem humor diferenciado que, muitas vezes, não é percebido pelo ouvido desatento. Neste agosto, até o dia 26, está havendo no Shopping Benfica, 1º. Piso, o Fórum de Quadrinhos do Ceará. É gratuito, das 10 às 22 horas, Lá você poderá encontrar alegria ao ver cartoons, tiras, mangás e até participar de oficinas de super heróis, pintura infantil, desenho ligeiro e muito mais. Artistas como Luís CS, Maxwell Duarte, Kaléo Mendes e Ladely Mendonça terão paciência para explicar, em oficinas, como funcionam a mente e a mão do quadrinista, Ajudarão você a fazer, pelo menos, um tira para que possa mostrar aos amigos, à paquera, aos filhos e aos netos. Procure no site www.shoppingbenfica.com.br e tire suas próprias conclusões. Vá ver. O quadrinho é uma iniciação cultural de bom nível e o desligará, por instantes, das verdades e promessas que este tempo pré-eleitoral nos mostra de todas as formas e cores. Menos em quadrinhos.

Aula da Unifor

João Soares Neto (*) As alamedas e as praças plenas de árvores da exuberante Universidade de Fortaleza-Unifor ficaram apinhadas de gente e carros na manhã da última segunda-feira. Mil pessoas estavam para ver e ouvir, em um grande salão central com teto diáfano e temperatura amena, enquanto outros tantos se espalhavam, em seis espaços, a partir do “Celina Queiroz”, munidos de telões e áudios-fone para tradução simultânea, se os desejassem. Por trás do palco, surge a figura longilínea e empertigada de um homem grisalho e em boa forma para os seus 66 anos. Usava calça e paletó azuis escuros, camisa branca, gravata com listras azuis claras e brancas transversais. No pulso esquerdo um relógio de plástico preto e no segundo dedo a sua aliança de casamento. Ele, por vontade de seu povo, morou por oito anos na Avenida Pensilvânia e pôde sentir, após sua mudança daquela casa gradeada e assombrada, que o mundo é muito mais que o poder e a glória de ter sido aclamado e reconhecido, ao final, por altos índices de pesquisas. Usava óculos na ponta do nariz aquilino para acessar os papéis que lhe serviam de guia. Não era um “speaker”, no sentido inglês da palavra. Era um idealista, quase um utopista, não o descrito por Thomas Morus, mas alguém que se sentiu tocado pelos males da humanidade. Tornou-se um cavaleiro de uma nova mensagem: a sustentabilidade, palavra ainda confundida por marketing social, sem que coajam nas instituições que imaginam abraçá-la o comprometimento e a ação de seus dirigentes efetivos. A Unifor quis mostrar a sua cidadania corporativa e ouvir idéias novas e sutis de Bill Clinton para atuar em um mundo em transformação que, afinal, precisa crescer sem dizimar a natureza, diminuir as desigualdades, usar energia limpa, ter responsabilidade na cooperação entre pessoas e povos e fazer isso de forma clara e definitiva. Sem alardes. (*) João Soares Neto (Fortaleza), escritor, da Academia Cearense de Letras, empresário.

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Cid Gomes destaca importância da parceria entre Estado e prefeitos O governador Cid Gomes se reuniu em 22.01 com novos gestores municipais do Ceará. O encontro foi promovido pela Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece) como parte da programação do Encontro Aprece Novos Gestores Municipais 20132016. A abertura do evento aconteceu no Centro de Eventos do Ceará (CEC), com a palestra de Cid Gomes sobre “Administração e Gestão por Resultados”. O momento foi oportuno para o Governador apresentar aos prefeitos ações que são desenvolvidas pelo Estado, e que em parceria com a Prefeituras, podem beneficiar diretamente a população em diversas áreas do executivo. “Administrar é uma sequência de premissas básicas como compromisso, boas ideias, e é fundamental que o prefeito saiba suas despesas e racionalize. Fazer parceria com o Estado e também com outros municípios, através de consórcios, é essencialmente importante e se reverte em benefícios para a população”, ressaltou. Dentre as parcerias que podem ser firmadas com o executivo estadual, Cid Gomes destacou a construção de Centros de Educação Infantil (CEI). “Para cada creche construída pela Prefeitura o Governo do Estado constrói outra”, explicou. Outro exemplo de junção de esforços entre os poderes executivo está voltado para a área da habitação. “O Programa Minha Casa Minha Vida é uma grande ação e o que o Estado puder mediar para conseguir esses benefícios vai ser feito. Só em Fortaleza através dessa parceria vão ser construídas cerca de 17 mil unidades habitacionais”, lembrou. Para o Governador, a estrutura de menor porte dos

BNB abriu 27 novas agências com o modelo “Papel Zero”

O Banco do Nordeste encerra 2012 com o maior ciclo de abertura de novas agências de sua história, totalizando 27 novas unidades em dois meses. O plano de expansão teve início em 30 de outubro, com a abertura da Agência de Cascavel (CE), e fecha o ano com a abertura das novas agências de Grajaú (MA), Camaragibe (PE) e Brumado (BA). As novas unidades também adotam o modelo “Papel Zero”, funcionando com uma quantidade mínima de papel. A abertura das novas agências faz parte da estratégia de expansão da rede do Banco do Nordeste. O planejamento prevê a inauguração, em toda a área de atuação do Banco, de 108 agências até o final do próximo ano, das quais 27 já foram instaladas em 2012. “Supera-se, portanto, a meta estabelecida pela Diretoria do Banco, que era de implantar 25 novas unidades este ano”, informa o diretor Administrativo e de TI, Nelson Souza. Para melhorar sua eficiência operacional, o Banco também está investindo na modernização do seu parque tecnológico, adquirindo recentemente 584 terminais e salas de autoatendimento, além de servidores, computadores e uma rede wan, que promoverá um aumento na velocidade de comunicação entre as unidades. Confira a lista das agências já inauguradas: Cascavel (CE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Olinda (PE), São Mateus (ES), Nova Venécia (ES), Porto Seguro (BA), Campina Grande-Liberdade (PB), Montes Claros-Honorato Alves (MG), Carpina (PE), Maceió-Antares (AL), São Miguel dos Campos (AL), Aracaju-Jardins (SE), Cruz das Almas (BA), Santa Luzia (MA), Santa Rita (PB), Feira de Santana-Maria Quitéria (BA), Palmares (PE), Barbalha (CE), Natal-Roberto Freire (RN), Camaragibe (PE), Brumado (BA), Grajaú (MA), Salvador-Tancredo Neves (BA), Acopiara (CE), Pacajus (CE), João Pessoa Cidade Universitária (PB) e Teresina Dirceu (PI).

municípios, assim como a os limites de territorialidade menores faz com que a experiência de gestão municipal tenham ações muito rapidamente planejadas, executadas e com bons frutos de uma boa administração. Outro ponto debatido no encontro foi os períodos de estiagem no Ceará, e que castigou os municípios no ano de 2012. Segundo lembrou o Governador, em dezembro o Estado anunciou um pacote de R$ 5,6 bilhões em ações estruturantes e de convivência com a seca. O investimento será destinado a construção da primeira etapa do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), construção de sistemas simplificados de abastecimento de água, sistemas de abastecimento de água, construção de cisternas de placas, barragem, adutoras e conclusão da segunda etapa da Estação de Tratamento de Ágia (ETA) Oeste. “Quando a seca acontece é necessário ações emergenciais, mas nós temos que aprender a conviver e conviver bem com a seca”, ressaltou. A Presidente da Associação do Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece), Eliene Brasileiro, que encerrou seu mandato em 23.01, reforçou a importância das parcerias entre Estado e Município. “Desde o início tem sido estreito os laços de parceria do Governador Cid Gomes com as prefeituras por meio da Aprece”, reforçou. A abertura do encontro contou com a presença do Senador Inácio Arruda; do Vice-Governador, Domingos Filho; da futura Presidente da Associação do Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece), Aninha do Quito; e do Presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto.

Casa do Ceará solicita a Mauro Benevides sessão para marcar 50 anos

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O presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, esteve em audiência com o deputado Mauro Benevides, (PMDB-CE), um grande colaborador da Casa do Ceará que a Câmara dos Deputados realize em outubro sessão solene de homenagem dos 50 anos da Casa do Ceará em Brasília. Osmar estava acompanhado dos diretores Fernando Gurgel Filho, de Cultura, e JB Serra e Gurgel, de Comunicação. Mauro Benevides anunciou que a sessão será realizada e que apoiará integralmente as ações da Casa do Ceará. Recordou que, quando senador e último presidente da Comissão do Distrito Federal, quando não havia autonomia legislativa do Distrito Federal, com poderes de que dispunha determinou que fosse destinada vultosa verba para obras na Casa do Ceará, surpreendendo os diretores da época, d. Mary Calmon e Alvaro Lins. Eles não acreditaram no valor da verba, disse, que possibilitou a construção do ginásio, hoje transformado em academia, e do complexo da piscina. Osmar Alves de Melo também encaminhou ofício ao senador Eunicio Oliveira (PMDB-CE), (novo líder do Partido no Senado Federal, solicitando que o Senado Federal venha também a realizar sessão solene para marcar os 50 anos da Casa do Ceará. O deputado Chico Leite (PT-DF) já propôs a Câmara Distrital do DF a realização de sessão solene, em outubro. Osmar Alves de Melo informou que a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará também ralizará sessão solene comemorativa dos 50 anos, que serão comemorados em 15 de outubro, data em que os 28 fundadores, sob a liderança do então deputado Chrisantho Moreira da Rocha, assinaram o livro de presença e de instituição da entidade que é a maior expressão da cearensidade fora do Ceará.

Ceará em Brasília


Leituras IV

Moreira de Acopiara - o poeta popular de Diadema/SP

Por JB Serra e Gurgel (*) Para quem não conhece, Acopiara, no sertão central do Ceará, é terra de muito sol, muita seca, muita fé, muito talento, muito trabalho, muita pobreza, muita generosidade, mas de pouca chuva, pouca água, pouca fartura, pouca oferta de educação, saúde, trabalho, bens e serviços. Está 345,1 km de Fortaleza pela CE060, 4h e 58 min de estrada, passando por Mombaça, Quixadá, Quixeramobim, com escala em Zorra e Sabonete. Isto não impediu que o progresso entrasse de um lado e saisse por outro. Tem praças, ruas, avenidas. Há sinais de civilização por todos os quadrantes. Tem energia, água, esgoto, comunicações, telefone, agencias bancárias, serviços, escolas, bibliotecas, clubes, hospitais, igrejas, museu, comércio, pequena indústria e agropecuária tolhida pela seca. Já foi o maior produtor de algodão do Ceará. Lá nasceu, em 23 de julho de 1961, no sitio Cantinho, no Trussu, a 15 km da cidade, Manoel Moreira Júnior que foi alfabetizado pela mãe que lhe contou muitas histórias e lhe apresentou a literatura de cordel e onde viveu até os 20 anos, entre os trabalhos da roça e a leitura de livros que lhe caíram nas mãos. Conviveu com cantadores, repentistas tocadores de rebeca e pifano. Conta Moreira que chegou a ler Graciliano Ramos, Machado de Assis, Patativa do Assaré, Fernando Pessoa, Castro Alves, Camões, Augusto dos Anjos, a Literatura de Cordel e as histórias que sua mãe contava tão bem. Escreve desde adolescente. Em 1982, foi de Acopiara para Diadema/SP, onde chegou de braços dados com a vida. Cedo como milhões de nordestinos. Sobreviveu com garçon e frentista,

mas estava escrito nas estrelas que seria conhecido no mundo da cultura popular como Moreira de Acopiara, o poeta popular de Diadema, como definiu o Diário do Grande ABC. Já publicou 19 livros, muitos pela Duena Dueto, de São Paulo, entre eles dois clássicos – O Sertão é o meu lugar e Medo? Eu, hem?” este com ricas ilustrações de Michelle Bear e mais de duzentos folhetos de cordel entre eles – Boi Velho, A natureza agredida pede pra ser respeitada, Amor pela metade, Nos caminhos da educação, Colcha de Retalhos, Um banquete suspeitoso, Fazenda Sanharão, o Drama da Seca, Declaração Universal dos Direitos do Homem, Encontro com o Destino, O caso da menina na estrada de Canindé. Em 2004, foi eleito para a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, ABLC, entidade fundada em 1988 e sediada no Rio de Janeiro, sendo consagrado na Feira de São Cristovão, território dos cearenses na cidade, juntamente com a Gamboa e a Favela da Rocinha. Gravou três CD’s com poemas de sua autoria e tem trabalhos musicados e gravados por vários artistas. Transita pelo teatro. Tem um programa de rádio há quase dez anos (Cidadão Nordestino) em Acopiara. Em 2008, publicou Cordel em Arte e Versos, que está em 3ª.edição, desde que foi classificado como “altamente recomendável” pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Poeta, estudioso e conhecedor do Cordel, do Folclore e da Cultura Popular brasileira, declamador, contador de histórias, profundo conhecedor da obra do poeta Patativa do Assaré, Moreira de Acopiara frequentemente tem sido convidado para proferir palestras e recitais, e ministrar oficinas e workshops sobre Literatura de

Cordel, Xilogravura e Repente nos quatro cantos do país, já tendo se apresentado em unidades do SESC; nos Ccentos de estudantes universitários de várias Universidades públicas e privadas, incluindo PUC, USP, UNICSUL, UNIMINAS, Fundação Santo André, URCA etc. Ganhou vários concursos, inclusive o segundo concurso de Literatura de Cordel de Caruaru, promovido pela FUNDAPE (Fundação do Patrimônio Histórico do Pernambuco), com o texto “O Nordeste é meu lugar”. Em 2010 teve um livro seu (Cordel em arte e versos) selecionado pelo MEC para o PNBE. Em 2011 outros dois livros (As aventuras de Robinson Crusoé e Medo? Eu, hem?) foram selecionados no mesmo programa. Ainda em 2011, Moreira recebeu o título de Cidadão Diademense da Câmara Municipal de Diadema/ SP, por proposta do vereador Célio Lucas de Almeida (Célio Boi). Em 2012, participou como convidado do 1º Encontro dos Escritores Cearenses de Brasília, oportunidade em que declamou seu poema, “Ser Cearense”, publicado aqui no Ceará em Brasília. Com sua simplicidade, humildade, generosidade, e especialmente talento, moldado e lapidado na bacia de Patativa de Assaré, Moreira de Acopiara é hoje orgulho dos cearenses longe da pátria. Se Patativa de Assaré chegou aonde chegou, dentro do Ceará, cantando em versos as grandezas e misérias do nosso povo, Moreira Acopiara segue outra trajetória, Brasil afora, mantendo-se no tema. Não apenas urbanizou o cordel. Reordenou-o numa perspectiva mais humana e mais universal, sem perder a doçura do nossa telúrica cearensidade, com a marca do nosso berço comum: Acopiara. JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor.

Casa do Ceará recebeu novos gabinetes odontológicos do Hospital Naval de Brasília

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A Casa do Ceará recebeu cinco gabinetes odontológicos doados pelo Hospital Naval do DF, por intermédio do Diretor Geral, Capitão de Mar e Guerra Álvaro Acatauassú Camelier e do Chefe de Departamento de Administração José Odon Sobrinho.

á estão implantados na Odontoclínica da Casa do Ceará os cinco novos gabinetes odontológicos doados pelo Hospital Naval de Brasília, graças à generosidade de seu Diretor Geral, Capitão de Mar e Guerra Álvaro Acatauassú Camelier e do Chefe de Departamento de Administração José Odon Sobrinho. A doação ocorreu depois que o Comandante Camelier conversou com o diretor de Assuntos Jurídicos da Casa, João Rodrigues Neto e propôs a doação. A Casa do Ceará atende mais 12.500 pessoas por ano na odontoclínica com os seguintes procedimentos: Aplicação de Flúor, aumento de coroa, avaliação odontológica, canal, cirurgia periodontal, clareamento, curativo, extração, reconstrução, restauração, dentre outros.

Ceará em Brasília

Os equipamentos em bom estado de funcionamento substituíram os da Odontoclinica que atende diariamente dezenas de pessoas não só da Asa Norte de Brasília, mas de Cidades Satélites e do Entorno, por duas razões principais: o atendimento é qualidade e resolutividade e os preços cobrados são simbólicos. O presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, está agora empenhado em obter doações de equipamentos novos ou semi-novos para modernização da Políclinica que tem elevada demanda na Casa. Neste sentido, foram mantidas conversações com autoridades do Ministério da Saúde e a Casa está se habilitando para receber doações do Superior Tribunal de Justiça que está substituindo todos os seus equipamentos de

atendimento médico. Na Policlínica são mais de 15.000 atendimentos anualmente, nas seguintes especialidades: Clínica médica, cardiologia, neurologia, psicologia, ginecologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e fonoaudiologia. A Policlínica e a Odontoclínica são dois instrumentos da assistência social prestada pela Casa do Ceará à comunidade de Brasília, sejam cearenses ou não, que residam no Plano Piloto, nas cidades satélites e Entorno. As consultas podem ser marcadas por telefone mediante o pagamento de módica contribuição para a manutenção dos serviços. Os dois serviços de saúde já se tornaram referência em Brasília.

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Macário Batista Quem convive com o WIlson Ibiapina, o indescritível Piaba de tantos amigos, conhece o lado bom da vida. Da sua lavra sempre há uma história nova, uma alegria renovada, uma boa informação e/ou um ensinamento humano e profissional. Viajar com ele não é apenas bom, porque sua companhia completa o mundo, seja nos almoços de NY, seja na cerveja gelada da Praia da Rainha em Cascais. Em casa, o Piaba dá-se ao luxo de ter parceiros arredios a todos, menos a ele e à Edilma. Eles têm, sempre aí por volta do meio dia, a visita de beija-flores que vêm pra água da tarde. E se a Edilma atrasa, leva rasantes e até bicadas sobre a cabeça. Um homem assim só pode ser feliz. Não digo só por mim que sei de suas histórias lá no começo da carreira, pelas rádios de Fortaleza ou pelas arrumações da migração pro Rio de Janeiro, mas posso falar dos meses durante os quais instalamos, juntos, a sucursal da Verdes Mares em Brasília. Foram meses de pura alegria, de aprendizagem, de companheirismo que nem sempre terminava em rum, mas às vezes nos desencaminhava pelos bons lugares do DF, fosse no Piantela, fosse no restaurante cubano com comida da boa cheirando a cominho. Sou feliz em falar do Piaba, porque adoro a cabeça dele, um caldeirão fervendo de idéias, iniciativas, criatividade pura de quem foi à guerra e ganhou todas as batalhas. Sabido, no bom sentido do termo, angaria, todo santo dia, um amigo novo, um ouvinte atento. Alvaro Augusto Ribeiro Costa Meninozinho. Era assim que a gente o chamava nos tempos da Faculdade de Direito da UFC. Qual a origem do apelido? Não sei. Alguém saberia? Não importa. O que vem à memória desde então é o seu jeito alegre e descontraído – fazendo jus ao chamamento afetuoso dos amigos -, presente em tudo que acontecesse; e solidário para o que desse e viesse. E não havia essa coisa de mais ou menos. Ele se entregava por inteiro em tudo que fazia e no que compartia com os outros. Será que dormia? Difícil saber; estava sempre muito vivo e por dentro – literalmente falando – dos acontecimentos. Para ele, a noite era sempre uma criança. O alvorecer, porém, já o encontrava no batente habitual em que se multiplicava na polivalência do talento e da dedicação ao trabalho de profissional da imprensa. Jornalista e personagem, naquele mesmo tempo e até hoje, do Ceará ao Planalto Central, guarda no sorriso de virtuosa cumplicidade o toque de humor que tempera a comunhão e os percalços do existir. Esse, o Wilson Ibiapina, o amigo da gente e do que faz. Um invejável cronista do seu tempo. Há quem diga que ele vai fazer setenta anos. Não acredito. De qualquer jeito - e seja como for -, foi ligeiro demais. Olhe, meninozinho, vamos um pouco mais devagar, e, por via das dúvidas..., receba logo aquele abraço! Geraldo Vasconcelos Ao ensejo dos primeiros setenta anos do Jornalista José Wilson Ibiapina, nome de Cidade, meu vizinho de Tianguá, é com muito prazer que declaro o maior afeto por esse conterrâneo conceituado, pioneiro de Brasília com nome inscrito em sua história pelos seus relevantes serviços na área jornalística, com a TV GLOBO e o grupo VERDES MARES do Ceará. Chefe exemplar de uma família muito querida, com um rol de inúmeros amigos nos quatro cantos da Capital, é um líder inconteste dos seus coestuduanos no DF, a emprestar sempre grande cooperação à CASA DO CEARÁ. Enfim, Ibiapina é daqueles amigos que a gente deseja que viva eternamente! Dona Edilma, Fabinho, Flavinha e Luiza concordam! Um abraço

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Os 70 anos de José Wilson Ibiapin

Ubiratan Aguiar Wilson Ibiapina levou para Brasília a marca registrada do cearense. Obstinado no que faz, determinado na busca dos seus objetivos, aportou na Capital Federal junto a uma safra de jornalista do Ceará escolhidos pelo o destino para serem vitoriosos além fronteiras do seu torrão natal. Logo assinalaram suas presenças no cenário da grande imprensa brasileira. Wilson Ibiabina com seu estilo comunicativo e solidário, fiel às suas amizades, simples e afável, tornou-se grande pela humildade. Biotipo marcante do nordestino, fez do trabalho sua fonte da juventude, não registrando o passar dos anos que parecem não serem contados para ele. Com o apoio de sua mulher a escritora Edilma juntos redigiram as páginas do livro da história familiar. Sou um privilegiado em tê-lo no rol dos meus diletos amigos. O Sistema Verdes Mares de Comunicação tenho certeza, dispõe de razões sobradas para orgulhar-se de possuir em seus quadros um profissional competende, sério e que conduz em sua formação como referência, a ética e a cidadania. Ayrton Rocha Conhecer o Wilson Ibiapina é coisa fácil. Basta o primeiro olhar. É amor a primeira vista. Ibiapina é, como, a madrugada, que vai chegando de mansinho e vai tomando conta da noite. Ibiapina é uma manhã de Sol, onde os raios de sua luz é a certeza dos nossos caminhos iluminados. Ibiapina é a mão sempre entendida, para levantar um amigo. É o ombro forte, para um amigo chorar. É a palavra doce para o amigo sorrir. Amizade para o Ibiapina, não tem tempo. Não tem anos, não tem décadas, ela tem apenas vida. A transparência do seu rosto e do seu olhar é cristalina como as águas dos Rios. É como o brilho da lua, numa linda noite de luar. È como um sorriso de criança na hora de acordar. É como a alegria do mar, ao ver uma gaivota voar. Seu amor tem sabor de amizade. E sua amizade tem gosto de amor. Ibiapina, não se gosta, se ama. Sua importância é tão grande, e o seu jeito de ser, é tão simples que nos leva a conhecer a verdadeira grandeza humana. Durval Aires Filho Anos 70. Havia muitas décadas atrás, pela mão generosa do meu saudoso pai, conheci o jornalista Wilson Ibiapina. Tipo inquieto, jovem, usando óculos profissionais (alguma coisa que lembravam os intelectuais dos anos 50), ali estava a vocação, o talento para o texto e voz, simplesmente, um sujeito tomado pela imprensa falada e escrita. E assim tocou sua vida. Conheceu a Edilma. Construiu e plantou. Mais tarde, fui encontrá-lo definitivamente no Distrito Federal, bem na dobra do anos 90, quando um dos meus irmãos resolveu morar na Capital do país, e fui visitá-lo na asa norte.Nunca mais houve distância. A correspondência foi constante. Quando sabia das minhas disputas legítimas, (duras pelejas que a vida da gente coloca frente a frente), até o apito final da partida, acredito deveras que ele sofria mais do que eu. Por isso, a seu modo, Ibiapina é o nome eleito da melhor amizade que o Ceará produziu e exportou para Brasília. Certamente, um formato diferenciado, movido não só pelo otimismo das palavras escolhidas, mas por uma sensibilidade que só reforça, acode e auxilia. Vai 70 anos, meu amigo, neste janeiro, e vejo como o conheci nos anos 70. Saúde e nem pesar em férias prolongadas. Então, muito trabalho, novos projetos, seja na sucursal, no texto correspondido, seja na voz, no programa radiofônico, pois, lembrando o longevo Oscar Niemeyer, as horas extras parecem ser o eficiente elixir da longa vida.

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Gervásio de Paula Ibiapina, um vencedor... Wilson Ibiapina, hoje jornalista de renome, em Brasília, com filhos bem situados e a esposa, nos melhores veículos de comunicação do Pais. Começou puxando uma cachorrinha nos corredores das redações das rádios de Fortaleza, fundamentalmente a Rádio Iracema, decantada em corredores das redações das rádios de Fortaleza, fundamentalmente a Rádio Iracema, decantada em prosa poética por Vinícius de Morais. Mantém até um hilariante blog - Conversa Piaba. É o que podemos considerar um vencedor. Repórter audacioso. Persistente. Boas fontes. Quando uma leva de jornalistas cearenses voou par Brasília, na busca de melhores condições de sobrevivência no rala-rala das redações, Wilson acompanhou e, no Distrito Federal, uma mãozinha aqui, uma mãozinha ali, uma mãozinha acolá, como quem não quer nada, querendo todo possível, assim foi levando. Tudo mãozinha de braços de conterrâneos cearenses. Como disse, constituiu família brilhante. Todos os seus componentes bem situados na vida. Colecionou vastíssimo círculo de amigos.

Ednilton Soarez Conheci o Ibiapina apresentado pelo Edilmar Norões. Fazia pouco tempo que eu ocupava a posição de Superintende do Sistema Verdes Mares de Comunicação. Lembro que o Edilmar entrou na minha sala dizendo que queria me apresentar um jornalista cearense muito importante, com carreira brilhante em Brasília. Acrescentou que ele era um dos jornalistas mais conceituados da Globo na Capital Federal. Logo simpatizei com aquela figura bem cearense, agitada e muito falante. Algum tempo depois a direção do Sistema Verdes Mares decidiu implantar uma sucursal em Brasília, logo lembrei do Wilson Ibiapina para ser o Diretor responsável pela mesma. Além de ser muito respeitado em Brasília como jornalista, era cearense. A dúvida estava no fato de não saber se ele estaria disposto em deixar a posição de prestígio que ele detinha na Globo para vir implantar a sucursal do Diário do Nordeste, um jornal ainda muito novo e sem o brilho “global”. Conversei com o Edilmar que fez a sondagem inicial como o Ibiapina disse que poderia conversar fui a Brasília para concretizar a contratação, não sem ter que fazer antes uma árdua negociação. Foi uma das melhores aquisições que fiz para o Sistema Verdes Mares de Comunicação. Além de um Diretor de Sucursal, ganhei um grande amigo. Ibiapina é um excelente caráter, sempre disposto a ajudar, forma com a Edilma um casal exemplar. Curte a família, filhos e netos, como ninguém. Amigo como Wilson Ibiapina é peça rara que precisa ser cuidada com muito carinho”. Egídio Serpa Passei alguns dos melhores anos de minha vida de repórter ao lado do Wilson Ibiapina. Foi no início dos anos 60, quando eu engatinhava no jornalismo. Temos a mesma idade. Posso afirmar que o Ibiapina de hoje é o mesmo daquele tempo. Jamais ouvi dele uma palavra desabonadora a respeito de qualquer colega, para o qual, aliás, tem sempre uma opinião positiva. Seus olhos só enxergam o lado bom das pessoas. Este é a sua grande virtude. Outra virtude dele é o amor à família, e aqui nos somos gêmeos. Neste 2013, ele - um pouco mais cedo - e eu, em agosto, entramos na fase septuagenária. Wilson Ibiapina é uma unanimidade. Que Deus o abençõe sempre.

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na vistos por seus diletos amigos Fausto Nilo Wilsom Ibiapina, o Piabinha, é meu amigo de muitas décadas. Somos originais da Fortaleza vivida nos anos cinquenta, nas imediações da Praça São Sebastião, periferia imediata em alcance pedestre da Praça do Ferreira, no querido e hoje combalido entro da cidade. Ibiapina é um notável herdeiro da cultura de rua fortalezense, da mesma forma que vários de seus velhos amigos. Aprendemos muito a vida a partir do convívio de jovens garotos de classes sociais diversificadas, compartilhando as sobras dos espaços públicos que nos serviam de cenário de variadas atividades agregadoras tipo, jogar pelada, reunir-se na esquina pra insultar os passantes, ir juntos ao cinema pra acompanhar as séries cinematográficas, pular o muro do PV, “pegar bochecha nos ônibus e se divertir com namoradinhas nas quermesses das várias paróquias centrais. O querido Zé Wilsom levou toda esta cultura pro rádio, compartilhou tudo com as feras da comunicação daquela época, passou um pouco disto pela tevê e terminou na figura polifuncional que ele é hoje. Viva o Piaba e seus setenta bem aproveitados do qual sou testemunha, com destaque especial para o seu bom humor e sua disponibilidade para a solidariedade e socorro confortador aos inúmeros amigos que fez na vida. Com ele ainda tenho lembranças comuns de outro período de nossas vidas nas divertidas noites de fofoca e esculhambação na Praça do Ferreira com Aderbal Freire, Augusto Pontes, João Falcão, Rodger, Francis e outros amigos do peito. Ainda resta lembrar nosso período de convivência quando chegamos todos a Brasília e fomo morar no Edifício Flávia Ilca, na 311, sul. Isto tudo já faz muito tempo mas este o tempo tem muito valor para nossa amizade continuada e permanente. Parabéns Piaba. Do amigo de sempre Frota Neto Idos de agosto de 1961: Wilson Ibiapina converte-se em meu primeiro professor de rádio jornalismo, na Rádio Iracema de Fortaleza. E desde então não mais me surpreende que (como todos nós, cearenses, no exílio) eu esteja a aprender com o Wilson na arte de viver. Nos enfrentamentos da vida como em todas as situações esse sempre bem humorado e criativo filho da Serra Grande tem galopado o tempo com a Edilma, que lhe deu Fabio e Fabiana, expressões da herança genética desse par de tão queridos amigos. Nós todos, cearenses, que habitamos o planetário de Brasília somos reconhecedores do quanto a cearensidade deve a esse candango na reafirmação de nosso carinho pela nossa terra, seus valores, sua cultura, e fundamentalmente no tecer continuado de consolidação de nossos laços de fraternidade. Admiro o Wilson Ibiapina pelo como tem sido em expressar o que em comum o todo de nós, cearenses, sendo no cenário em que as adversidades não têm sido senão o amalgama a se fundir nesse cadinho de sua feliz expressão a que nenhum outro falar pode melhor dizer de que “nós saímos do Ceará, mas o Ceará não sai da gente”. Ora, Pina amigo querido, você mesmo nos questiona nessa tarefa de migrante-sísifo: nós nunca vamos, de uma vez por todas, “retirar as malas da rodoviária”, nós vamos nunca não desembarcar de vez do “Ceará véio” de onde viemos. E à gente que você é, o melhor preito será o dizer a cada um de nós que se isso continua a acontecer temos devido, em sua fatia mais sensível dessa nossa cearensidade em Brasília, à você. Talento, dedicação, persistência, pertinácia, resistência e combatividade são combustíveis dos cearenses, quanto mais se exilados, que o José Wilson Ferreira Ibiapina é não só modelo, mas também molde. Setentão? Ah, não. Meu professor não tem idade convencional de calendário, mas a indicativa do manter-se aquele mesmo menino que pinça a Serra Grande – a Ibiapaba do Ibiapina – com sua largueza e seu humor decantados em irreverência mansa e suave, o que nos impede de nos tornarmos impertinentes adultos algum dia.

Ceará em Brasília

Newton Pedrosa Conheci Wilson Ibiapina nas fraldas do rádio, em Fortaleza, onde então ingressáramos. Morava ele pros lados de Otávio Bonfim, numa casa ao lado do Mercado São Sebastião, salvo engano, rua Ibiapinaa. Considerava-o, talvez pela diferença da idade que eu tinha sobre ele, um menino de calças curtas que fazia rádio por diletantismo,sem interesse profissional. Ledo engano, não era bem assim, Ibiapina tinha horizontes profissionais que iam muito além do quadrilátero da praça São Sebastião. E tanto o era que um dia resolveu deixar a casa paterna, a boemia e o rádio do Ceará e se mandou para Brasília pra trabalhar de verdade. Vontadoso, inteligente e vocacionado pro negócio, penetrou nos dificeis meandros da Imprensa brasiliense disposto a atravessar o Helesponto e a vencer, comendo pelas beiras, como se diz costumeiramente por aqui. E venceu! Fez-se jornalista, virou global, casou, fez-se pai e chefe de família exemplar, alcançou importância e notoriedade e, passadas algumas décadas da partida, e às vésperas de ser setentão como eu, cntinua dando as cartas alto e bom tom. Com sua reconhecida cordialidade, fez uma multidão incomputável de amigos e admiradores. Sua ascensão social e profissional, entretanto, não lhe modificou o caráter. Vendeu a casa que lhe ficou de herança paterna, saiu, mas não se desvinculou da terra. Sempre que pode, volta, dá um pulinho aqui para rever amigos e matar saudades. Narcélio Lima Verde Aprendi muito trabalhando ao lado de Wilson Ibiapina, sua alegria contagiante e competência e, acima de tudo, lealdade. Há muitos fatos interessantes na vida do Piaba, como no dia em que ele queria ir a uma festa e não tinha um palitó. Como possuia um lorel, um jeep ou coisa parecida, propôs e o irmão concordou, trocar o veículo pelo palitó. E lá se foi ele todo lépido e fagueiro para a festa, salvo engano, no Clube de Regatas da Barra do Ceará. E é bom que se diga, com o palitó azul do irmão, fez muito sucesso, arranjou duas namoradas. Com ele vivi alguns momentos preocupantes na época da ditadura militar. Graças a Deus, nada mais sério, a não ser algumas noites em claro, quando o simples som de um veículo, pensavamos, cada um em sua casa, que a hora da prisão tinha chegado. Nesta nossa profissão, eu vou completar 59 anos de rádio em fevereiro de 2013, é sempre bom termos companheiros como Wilson Ibiapina, sobrinho do santo Padre Ibiapina e morador, naqueles tempos, na rua de mesmo nome, defronte à Praça São Sebastião, onde eram armados os circos que visitavam Fortaleza, para gáudio ( gáudio é muito bom, não é?) dos jovens que se apaixonavam pelas cantoras como Marília de Dirceu, do Circo Garcia.... Wilson merece ser homenageado nesses 70 anos, bem vividos, claro, ao lado de Edilma e filhos e neto ou netos? Carlos Henrique Pelo menos uma vez na semana almoço com Ibiapina. É sempre um dia feliz para mim. Compartilho a inteligência clara e o afeto generoso do amigo, do cidadão, do jornalista. A quem o conhece não preciso dizer que o Ceará e os cearenses comparecem, invariavelmente, à conversa dele, com seu tanto de humor e outro tanto de saudade. Nada que interesse à terrinha lhe é estranho. É o seu jeito particular de amar o Brasil, de zelar dos brasileiros. Mas não pára por aí. O setentão José Wilson Ferreira Ibiapina é hoje um homem do Mundo, com larga quilometragem por terras de Europa, França & Bahia. Vai pra 40 anos que nos conhecemos. O convívio na redação da Rede Globo de Brasília na década de 70 do século passado, quando ele foi um dos meus mestres, mais tarde alargou-se no terreno pessoal da amizade leal e calorosa que cultivamos. Ao ponto de Renata e eu sermos padrinhos de casamento tanto de Flávia como de Fábio, os filhos queridos dele e da comadre Edilma.

João Soares Neto Wilson Ibiapina, o moço que já completa 70. Já? O tempo é um ponto de vista. Velho é quem é um dia mais velho que a gente, dizia o gaúcho Mario Quintana. Vamos lá em Agostinho, o santo, é vemos que ele sabe/não sabe definir o tempo: “Que é, pois, o tempo (...) Se ninguém me perguntar eu sei, eu, se o quiser explicar(...) já não sei. Assim, não sei bem como o Wilson Ibiapina já completou 70 anos. Já? Era um frangote lá no alto da Serra Grande.. Pois o dito Wilson resolveu descer e assentar os costados pelas bandas da Praça São Sebastião, na Fortaleza ainda pequena e receptiva. Fez-se gente com leitura e tino. Depois, o moço, mais taludo, já jornalista, caiu nas graças do grupo Edson Queiroz, que prima pelo profissionalismo, e ei-lo, tempos depois, seu representante em Brasília. Agora, na sempre-viçosa maturidade (Dona Canô, morreu aos 105), amanhece com a Rádio Verdes Mares, cuida do Diário do Nordeste, liga e desliga celular, mexe com computador e conhece o que importa em Brasília. É. Além de tudo isso, tem um blog apetitoso, o Conversa Piaba, que cresce com a multiplicidade de informações e-mails pessoais ou genéricos que o WI troca e redistribui pelo Brasil afora e para as estranjas, que o diga o Frota Neto. Parabéns amigo Wilson Ibiapina, longa vida. Hildeberto Aleluia “Nos 70 anos de querido WI ele bem merece a frase do literato popular “amigo meu não tem defeito”. Merece também eu copiar o poetinha Vinicius de Moraes com o verso “ ele nem sabe o quanto é meu amigo”. E digo isso, sem nenhum exagero, para realçar a falta que ele me faz com sua presença pujante, sua imaginação criativa e seu comportamento solidário. Dizer ainda que ele é um grande profissional, que nasceu repórter e é um jornalista brilhante no relato dos fatos é muito pouco. Acrescento o excelente pai e avô. O marido amigo, companheiro inquieto e doce da dona Edilma. Lá se vão quase 50 anos de amizade. Impura é verdade, não por pecados, mas pela ausência. A vida nos afasta por anos seguidos e quando nos reaproxima parece que jamais nos afastamos. O Ibiapina é a confirmação plena de que a amizade é nobre, e mesmo distante, basta o conforto da existência. Ele não é perfeito, longe disso, seus erros, suas falhas, e suas faltas nunca foram para prejudicar outrem. Tudo foi com muita intensidade e em busca do aprimoramento. Esse comportamento o aproxima do adágio de Santo Agostinho “ não basta não fazer o mal, é preciso fazer o bem, todo o bem que puder”. Meu testemunho é pouco mas pode ser ratificado por sua legião de admiradores e amigos em Brasília. Francisco Inácio de Almeida Antes de tudo, permitam-me os gestos de reconhecimento e de gratidão. É que nasci para o jornalismo em Fortaleza, ao lado de figuras da melhor qualidade profissional, seja como pessoas de muita sensibilidade social e como intelectuais, seja como cidadãos, fossem de gerações anteriores ou da minha própria geração. São tantos os nomes que peço desculpas pelas possíveis omissões. Numa primeira aproximação, são inesquecíveis os nomes dos nossos “mestres” no batente diário como jornalistas, no caso Odalves Lima, Durval Aires, Moraes Né, Antônio Pontes Tavares, Tarcísio Holanda, Mário Pontes; assim como de colaboradores permanentes de jornais, de que são exemplo Juarez Barroso, os irmãos Américo e Luciano Barreira, Rogaciano Leite, Jáder de Carvalho, Alcides Pinto. Todos eles nos encantavam pelo conteúdo e pela forma do que escreviam, assim como pela enriquecedora convivência que nos proporcionavam, ao nos admitirem em seus grupos ou em seus locais de pedagógica boemia, em populares bares da Terra do Sol.

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Leituras V

“Obrigado Ministro Ubiratan’’

Por Durval Aires Filho (*) “Foi um evento maravilhoso o lançamento dos livros de meu avô. Cerca de trezentas e tantas pessoas, entre amigos, parentes e interessados pelo tema dos livros, circularam pelo espaço do Ideal Clube. Não faltaram autoridades: Desembargadora Edite Olinda Bringel, Corregedora da Justiça; Desembargadora Maria Naílde Pinheiro Nogueira e Desembargadora Maria Iraneide Moura Silva prestigiaram o evento. Também marcaram presenças os Desembargadores Francisco José Martins Câmara, Paulo Pontes, Emanuel Leite Albuquerque, Teodoro da Silva Santos (em companhia do Coronel Humberto Bezerra) e Carlos Alberto Fortes que, por felicidade, encontrou um grande amigo, o meu primo Antônio Hélio (filho do tio Luís Aires), muito ligado à música. Além dos amigos do Tribunal de Justiça, marcaram presença o sociólogo José Rosa Abreu do Vale, o Dr. Sílvio Braz e o Magistrado Federal Francisco Roberto Machado, sem esquecer a presença do professor Renato Casimiro, a maior referência em pesquisas sobre o Juazeiro e o Padre Cícero. Aliás, por falar em Joaseiro Antigo, compareceu ao lançamento a senhora Selma Pagneretti. Para quem não sabe, ela foi vizinha de Otávio, neta do grande comerciante “Chitafinal”, pessoa muito popular que meu avô dedicou uma crônica. Atualmente, Selma reside na Itália, onde desenvolve com o Mário, seu marido, atividades ligadas a gastronomia. Mas, realmente, o ponto alto do lançamento foi a apresentação dos livros pelo Ministro Ubiratan Diniz Aguiar que revelou conhecimentos profundos sobre Juazeiro e seu fundador o Padre Cícero, com a palavra fácil, demonstrando experiência edificada através dos vários mandatos que exerceu - de vereador e deputado, passando, assim, pela câmara, assembléia e Congresso Nacional, culminando com o exercício de magistrado, ao julgar as contas do governo Federal - não esqueceu de mencionar o trabalho do neto, hoje, desembargador, em projetar a obra do avô de modo muito especial. Afável, perfil simples, com uma estatura mediana, bigodes fartos e brancos, cordial, otimista e generoso, mas sem perder a “cearensidade”, digo, do estilo e da prática daqueles “nordestinados” que se orgulham de ser cearense, é assim o Ministro. Ontém, o encontrei no mesmo espaço do Ideal e, enquanto interrompeu uma conversa com a professora Giselda Medeiros, rapidamente escreveu no guardanapo o seguinte: Parecia janeiro Na caudal do rio Durval e Joaseiro O povo em desvario Procissão de romeiros Governo arredio Sedição de Joaseiro Novo rumo, desvio Falando de tempo idos Da política à religião Do Pe. Cícero Romão Assim contou a história Manuscritos de memória De fatos bem vividos Quer dizer: além de orador autêntico com intimidade com as grande plateias, ministro aposentado do TCU, é também poeta de versos maravilhosos. Arrisquei também agradecer em versos. Escuta só Ministro: Obrigado ministro Ubiratan Conhecedor do Cariri Seja noite, tarde ou manhã Amante da culinária do pequi A fala com desenvolturas Tragédias e aventuras Do Padre Cícero Romão Insubmisso e fé, buliços de vulcão (*) Durval Aires Filho (Fortaleza), desembargador do TJEC e escritor

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Cid Gomes inaugurou em Sobral o maior Hospital Regional do Nordeste A noite de 18.01 foi de festa para 1,5 milhão de habitantes dos 55 municípios da Região Norte do Ceará (HRN). O governador Cid Gomes inaugurou o maior hospital do interior do Nordeste: O Hospital Regional Norte, em Sobral. Com 57. 813,70 metros quadrados de área construída, 70 leitos de Terapia Intensiva (UTI) do total de 382 leitos, 1.641 profissionais de saúde e equipamentos modernos, o HRN realiza atendimento em diferentes especialidades e exames complexos, como a ressonância magnética e tomografia. O hospital fica em Sobral, na Avenida John Sanford, 1500, bairro Junco e recebeu a denominação Hospital Regional Norte Dr. José Euclides Ferreira Gomes Júnior, a partir de uma lei da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. No novo hospital foram investidos R$ 227.157.069,67, recursos do Governo do Estado e de financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em obras, o investimento foi de R$ 167.726.634,10 e na aquisição de equipamentos R$ 59.429.435,57. A estrutura de assistência é ampla com atendimento em diferentes especialidades, entre elas cirurgia geral, traumatologia, neurologia, mastologia, ginecologia, psiquiatria, gastroenterologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, hematologia, nefrologia, infectologia, cardiologia, radiologia. Só na neurologia há 29 leitos. Na clínica médica também são 29 leitos. A clínica cirúrgica, que inclui a assistência em traumato-ortopedia, tem ainda mais leitos. São 45 no total. No Centro de Atenção à Saúde Reprodutiva da Mulher, a obstetrícia dispõe de 32 leitos, sendo 9 para Mãe Canguru, 12 para parto normal, 10 para parto cirúrgico e 1 para isolamento. No centro cirúrgico obstétrico há 5 salas. As salas de pré, parto e pós parto somam 10 unidades. “Eu sempre digo e reforço que o meu compromisso é fazer da saúde do estado do Ceará, a melhor rede de saúde pública do Brasil. E tem mais, a prioridade, nesse hospital, não é só dispor de equipamentos com tecnologia de ponta. É atender bem a todos os cearenses que por ventura precisem do serviço. Aqui, atenderemos o menino, a mulher, idosos, adultos, portadores de deficiência. É um empreendimento que teve investimentos de R$ 230 milhões para a construção, mas lembramos que são precisos cerca de R$ 10 milhões por mês para o seu pleno funcionamento. Para isso contamos com o ministério da Saúde”, disse Cid Gomes durante o seu pronunciamento de inauguração. De acordo com Leônidas Cristino, ministro especial dos Portos, “Cid Gomes é reconhecido em todo o Brasil, por sempre fazer o melhor para os cearenses. Tenho um sentimento de gratidão pelo governador Cid, por tudo que fez e faz pelo seu povo. Temos aqui um exemplo, por tratar-se de um hospital de primeiro mundo, construído

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para o povo que mais necessita”, disse. O secretário de Gestão Estratégica Participativa, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, representante do ministro Alexandre Padilha, da Saúde, e da presidenta Dilma Rousseff reforçou a colocação do governador Cid Gomes quanto aos investimentos na Saúde, no estado do Ceará. “A presidenta Dilma tem total confiança em Cid. Sabemos que o Governador está construindo a melhor rede pública de saúde do país. Certamente a presidenta virá visitar e testemunhar esta grande obra. Parabéns e um grande abraço em nome da presidenta Dilma e do ministro Padilha”, comentou. O secretário Arruda Bastos, titular da pasta da Saúde no Estado, referiu-se ao governador como um divisor de águas para o desenvolvimento do Estado. “Cid Gomes está revolucionando o Ceará, especialmente na área da saúde, promovendo e desenvolvendo o interior do Estado. E esse hospital é uma prova disso. Sem dúvida alguma, esse é um momento histórico para o nosso Estado”, concluiu. Saúde da criança e da mulher O HRN tem capacidade para realizar até 1.300 internações por mês. O número de leitos para internação chega a 190. Por dia, pode fazer 60 cirurgias. Em caso de necessidade de UTI, há 20 leitos para adultos, 10 neonatal e mais 10 pediátrica, além de 30 leitos berçários de médio risco. “Com a nova estrutura de UTI a região Norte ficará melhorar assistida, perto de casa, reduzindo os riscos de sair da região com o bebê ou a criança para uma vaga em UTI da capital”, afirma o secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos. Ele lembra que “os serviços de assistência à saúde da mãe e da criança, priorizando UTI, foram definidos para o Hospital Regional Norte com base na carência existente na região. Até pouco mais de 1 ano a região Norte contava com 5 leitos de UTI neonatal. Esse número foi ampliado para 15. Na última segunda-feira, 14, a região Norte passou a ter os 10 primeiros leitos de UTI pediátrica. Ele acrescenta que “com os novos leitos do HRN, da rede pública estadual, as famílias ficarão mais tranquilas na hora da precisão por uma UTI para os filhos”. Dos 1.641 profissionais aprovados em seleção pública, 697 têm nível superior, sendo 342 médicos. Além de médicos e 232 enfermeiros, a população terá atendimento do fisioterapeuta, fonoaudiólogo,terapeuta ocupacional, cirurgião dentista, assistente social, nutricionista, farmaceutico, ouvidor, psicólogo. Com 11 blocos, incluindo o da Unidade de Psiquiatria com 21 leitos, o HRN, como hospital-escola, também formará novos profissionais de saúde. A área superior do bloco G é destinada exclusivamente ao ensino e pesquisa. O auditório tem 220 lugares.

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Leituras VI

Posse do Ministro Ubiratan Aguiar na Academia Cearense de Letras

Geraldo Ananias (*) Era dia de feira no Crato, Ceará, em cujo município morava. Cedinho, preparei minha frota de jegues para levar frutas para vender nessa cidade e comprar alimentos para casa e resíduo de algodão para o gado. Saía com os jegues lotados; voltava também com eles da mesma forma; e fazia esse percurso, de ida e volta, várias vezes por semana, a pé, pois tinha de dirigir todos os jegues. Lembro-me até hoje dos jegues preferidos: Novato — era arisco, sempre ia na frente e comandava os demais. Esse era meu chapa, meu dodói, o primeiro da equipe. Para onde ele ia, os demais o acompanhavam. Havia um respeito danado dos outros com ele. Jegue Preto — tinha uma força lascada. Jegue Miúdo — era o mais rápido na sua categoria, era como se fosse, digamos, um animal íntegro, de bom caráter, decente. Animal também, a exemplo dos humanos, tem decência, sabia?! E outros cujos nomes lamento o tempo ter apagado da memória. Antes das sete da manhã, já havia posto minha frota na estrada. Meu magote de jegues era composto de uns seis ou sete bons animais. Eu mesmo os tratava, e bem. Eram fortes e com ótima saúde. Por isso, todos andavam lotados, com carga máxima. Transportavam quase todos os tipos de frutos do sítio: banana, jaca, goiaba, manga, abacate, laranja, seriguela. Até mesmo cana e jatobá eu levava para vender. Vendia tudo rapidinho; os produtos eram fresquinhos, bons e baratos. Cheguei ao Crato bem cedo. O movimento da feira estava intenso, pois era véspera de Natal. Decidi conduzir os animais por um caminho diverso do habitual, isto é, seguimos beirando o “rio” que corta a cidade. O jegue Novato sempre à frente, parecendo estranhar esse novo percurso. Mas ficou na dele. Eis que o jegue Novato abruptamente “quebrou à esquerda”, tomando um rumo proibido; entrou num beco sem saída. Desgraçadamente, como não poderia ser diferente, toda a frota, para meu desespero, o acompanhou. Eita azar lascado! Parecia, na verdade, até obra da gota serena o que estava acontecendo. Encontrava-me logo atrás do último jegue, o Preto, no final da fila indiana formada naturalmente por eles. Quando percebi a desgraça, entrei em pânico. Dei um grande berro: — Novato, seu filadaputa, seu baitola, eu te mato!!! Tratava-se exatamente da rua onde morava minha namoradinha, com a qual havia entabulado verde romance havia pouco tempo. Não queria nunca que ela me visse tangendo aquele monte de jegue, seria o fim. Meu Deus do Céu, que desespero! Aquilo seria o meu fim, imaginava. “Seria o fim do fim”. Mais que rapidamente, tentei alcançar o jegue Novato para fazer uma manobra rápida e estratégica de retorno, a fim de evitar o desastre total: minha namorada me ver tangendo aquela “frota”. Dei um cutucão de lascar na barriga do Novato e puxei-o, com todas as minhas forças, para a esquerda, para que ele voltasse ligeirinho. Estava mesmo arretado, mas o Novato, como se tivesse de birra comigo, deitou-se no chão e virou a cabeça para o lado contrário do corpo. Aí a tropa toda parou na fila, um atrás do outro, silenciosamente, olhando todos para mim, como se quisessem aprovar o gesto do companheiro e reprovar minha atitude. Como se fosse um protesto em massa. Ficou aquele impasse no ar. Naquele momento cheguei a desejar ser um jegue também, para não morrer de vergonha. Entrei em parafuso total. Cego de raiva e desesperado, peguei um cambito sobressalente (naquela época a gente chamava era cambito de subcelência) e lasquei no meio das orelhas do fdp do jegue Novato. Ele deu um urro, soltou uma bomba forte de “odor” insuportável, de estrondo mais forte que pôde, caprichou, arregalou os olhos e se encolheu. E pior, continuou deitado defronte da casa de minha paquera, como se nada estivesse ocorrendo. Daí comecei a bater nele mais e mais, xingando-o o chorando de raiva. Estava irado, incontrolável. Ele só murchava as orelhas e ficava abrindo e fechando os olhos, meio vesgo, mas deixando transparecer que dor alguma estivesse sentindo. Isso tudo possivelmente fazia como forma de me deixar cada vez mais irritado e pau da vida. Parecia ser o que ele mais queria. Fez de propósito, sim, talvez em protesto por não me ver, a exemplo deles, com uma carga nas costas. (*) Geraldo Ananias Pinheiro (Santana do Cariri), bancário, escitor. Texto (adaptado/reduzido) do seu livro “Foi Assim..”

Esta noite tem xão permanente; um significado Barros Pinho, o todo especial amigo-irmão, para mim. É a cuja ausência alegria do Jaguareaviva em mim ribe correndo o exemplo de cheio, de barlealdade, o desranca a barrantemor no dizer, a ca, molhando o serenidade com leito ressequido, que pautou sua Dr. Domingos Filho, Governador do Ceará em Exercício, Ministro Ministro Ubiratan Aguiar, Ubiratan Aguiar, Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão, presidente da esposa Terezita Aguiar, encharcando os vida, o poeta que Academia Cearense de Letras e Dr. Roberto Cláudio, Prefeito de Fortaleza. filhos, genros e netos olhos do sertanepintou de azul a jo. É sertão e é mar; nascente e foz dos sonhos. Para melhor de- paz e o amor; José Alves Fernandes, a quem tenho a honra finir esta noite, recolho da poesia de Virgílio Maia estes versos: de suceder, o mestre das letras, a alma banhada com as águas da bondade, extraída da fonte limpa das cacimbas de areia. “Esta noite é melhor que mil meses, Peço, por empréstimo, à dileta amiga e acadêmica Noemi vale mais, muito mais que mil navios, Elisa palavras que proferiu na saudação a José Alves Fernanque n rebanhos de formosas reses, des. Com o brilho que lhe é peculiar, assim disse: e abarca a somatória dos estios”. “O poder interior da genialidade provoca, às vezes, uma Sinto algo diferente perpassar meu ser, revolver uma histó- externa humildade, que já pertence a um quadro de autobemria de vida. Aconselho-me com o pensar e ajoelho-me diante -aventurança. Raramente se configura genialidade com do sentir. Vejo-me em versos que escrevi: simplicidade ou grandeza com humildade. E aqui lembramos Minh´alma transcende Sócrates como histórico exemplo original”. É algo que se acende Acompanho ainda Noemi Elisa ao tracejar com leveza e Diante de mim, elegância de estilo o perfil do erudito filólogo e humanista: Sem começo, sem começo, sem fim “Calmo e contemplativo, seus passos se harmonizaram com E meus olhos ao vê-la o ritmo de um pensamento humanizante que parecia considerar Brilham tal qual estrela. até o chão que pisava ao conduzir-se à sala de aula, quiçá, por Sem começo, sem fim. tê-lo já introjetado, quiçá, por já se ter nele refletido, sabendo-o Da matéria se desprende sagrado, matriz de tudo o que surgiu à superfície”. Fluido que não se estende Após a leitura do pronunciamento de Noemi Elisa, merÀs entranhas donde vim gulhei em profunda reflexão: como suceder um gênio. Ele E se torna paz, assim é o gênero; eu, a espécie. Ele é o todo na configuração dos Que ao senti-la, percebê-la exemplos; eu, a parte na busca do aprendizado. Passeio no vagão da estrela. Recorro à poesia de Batista de Lima para encontrar a melhor Viajo esta noite no Vagão das Estrelas, conduzindo valores forma de expressar-me nesta hora: “Não sei com que roupa hoje esmaecidos pelo egoísmo do TER, relegados a plano vou vestir o meu dizer, palavras são panos poucos para cobrir secundário por uma Nação erguida, dia após dia, sem as bases, tantos abismos”. Sinto que há uma abissal distância entre nossos saberes. os alicerces do humanismo. Assumo a cadeira 29 da Academia Cearense de Letras, paVejo nesta casa – o Palácio da Luz – local em que se reúnem os cultores das letras, uma réstia de sol brilhando e troneada pelo historiador, jurista e professor Paulino Nogueira. incendiando espíritos, convocando todos para ir às ruas, em Foi um dos fundadores do Instituto do Ceará, deputado prodefesa de uma sociedade que eleja os fundamentos da ética e vincial e geral, Vice-Presidente da Província, Desembargador da moral como balizas do novo amanhecer: pleno de cidadania, do Tribunal de Justiça e mestre do Liceu do Ceará. Dentre as inúmeras obras que publicou, merece especial destaque a que revestido de cultura. Esta hora marca minha vida. Ingresso no templo sagrado versa sobre a execução de Pinto Bandeira perante a História. Sucedendo José Alves Fernandes e tendo como patrono do saber, na mais antiga Academia de Letras do país, diante dos intelectuais que a integram, oriundos das mais variadas o ínclito homem público Paulino Nogueira, resta-me apelar vertentes culturais. Lembro-me de Paulo Freire ao afirmar: à benevolência dos confrades e confreiras ao me apresentar “Não existe saber maior ou, saber menor, existem saberes como o novo integrante do Colegiado. A grande escola da vida ensinou-me a batalhar por causas diferentes”. Na diversidade dos saberes de seus integrantes, a Arcádia construiu o mosaico da vida literária alencarina. que nos engrandeçam, a ser solidário nas adversidades, a ter Daqui saíram para a Academia Brasileira de Letras: Raimundo a leveza dos que não guardam ressentimentos e a virtude de Magalhães Júnior; Gustavo Barroso, que foi seu Presidente; e saber chegar ao topo da montanha abençoando a planície das Rachel de Queiroz, entre outros. Os que aqui permaneceram multidões. Disse que vim para me somar e é com esse intuito, projetaram nossa terra através de trabalhos, pesquisas e publi- Senhor Presidente e nobres acadêmicos, que me associo e me cações de obras, imortalizando seus autores, engrandecendo incorporo à campanha em favor do projeto de restauração do Palácio da Luz, sede da Academia Cearense de Letras, imóvel a casa de Thomaz Pompeu. Inscrevi-me para concorrer à vagadeixada pelogrande tombado pelo patrimônio histórico do Estado, cujas condimestre e filólogo José Alves Fernandes, impulsionado por ções físicas, aliadas à necessidade da modernização dos seus um projeto maior, acalantado durante anos: o de aqui chegar equipamentos e à restauração da biblioteca com seu acervo para compor, somar-me a quantos acreditam e professam ser a histórico de obras raras, reclamam providências, clamam pela Cultura a fonte natural para se escrever a história de um povo. união dos esforços de todos nós. Urge promover-se amplo debate sobre o papel reservado à Reencontro passageiros da nave existencial, das ruas da alegria, das praças de protesto, dos degraus da escalada so- cultura no processo de formação de nossa gente. Educação e cial, dos sertões e serras por onde peregrinei durante anos, da Cultura são indissociáveis. São ações complementares. Uma vida universitária, a exemplo de Marly Vasconcelos, poetisa orienta o ensino, a outra é a essência, o conteúdo que formata o cidadão. A quem se comete a responsabilidade da inclusão densa e singular. Transponho o pórtico deste recinto e a saudade invade meu da criança, do jovem, no debate dos temas relacionados aos ser, ao lembrar-me de tantos amigos que, hoje, escrevem ro- costumes, ética, moral, crença religiosa, valores fundamentais mances e crônicas, fazem versos em outra dimensão, à luz das da nacionalidade? Qual o caminho proposto pelo Estado à Nação estrelas. Reverencio três, em nome dos muitos que partiram: para discussão dos problemas relacionados à família, a fim de Claudio Martins, prefaciador de meu primeiro livro sobre superar desencontros, orientar os filhos e dialogar com eles, Educação - “Educação, direito de todos”, tema de minha pai- ante a escassez do tempo dividido entre o trabalho e o lar? (...)

A raiva que o jegue Novato me fez

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“Os comerciais, por favor !” J. Ciro Saraiva (*) Quem se lembra do Flavio Cavalcante, o grande astro da televisão, aquele que tirava e botava os óculos, numa mania meio besta que todo mundo reclamava ? Embora houvesse gente que até acreditasse que era um recurso de prestidigitação, o apresentador nada tinha de magico e era sim, um bom jornalista. No final dos anos 1970, era sem duvida, o maior apresentador da televisão brasileira. Lembro-me de um de seus programas em que abordava quatro grandes assuntos que estavam na pauta da imprensa brasileira: primeiro, o crime que teria sido cometido pelo tenente Bandeira, um oficial da Aeronáutica que ficou no pelourinho da opinião publica, durante quase vinte anos, num crime que ficou famoso como “o crime do Sacopã”, na rua Toneleros, no Rio de Janeiro. Fizeram um escarcéu danado contra o tenente, mas ele acabou sendo inocentado, graças á bravura e à pertinácia do deputado e jornalista Tenorio Cavalcante. O segundo era a morte de Chico Alves, o Rei da Voz, o maior cantor que o Brasil teve, morto em 1952 na Via Dutra, entre o Rio e São Paulo, vitima de pavoroso desastre de automóvel. O corpo de Chico Alves ficou carbonizado e as páginas da revista “O CRUZEIRO” foram insuficientes para mostrar o que foi aquela tragédia: acabou na televisão. O terceiro fato era, ainda, a morte de uma moça chamada Aida – Aida Curi – da qual estão os mais velhos devem estar lembrados porque só faltaram tirar os miolos da moça, tantas eram as reportagens que fizeram: seu namorado, um jovem de 16 anos foi acusado de haver cometido o crime, empurrando-a numa noite de “curra”do alto de um edifício. Por último, mas não menos importante, havia o caso da índia kalapalo Diacuí, casada com sertanista Aires da Cunha”, envolvidos ambos em seguidos acontecimentos que eram promovidos pelos Diários Associados, tendo á frente o proprio Assis Chateaubriand. A índia dos peitos grandes, baixinha e sem bunda, parecia mais um sapo humano. Pois essa mulher tão feia e tão sem graça, boca grande e pernas finas, foi a vedete de seguidas edições da revista “O Cruzeiro”, onde se dizia, por conta de seus repórteres sensacionalistas – David Nasser não entrou nessa – que ela era “a mais bela índia do Brasil”. (Mais ou menos na época, o rádio começou a tocar a bela guarania “India, teus cabelos nos ombros caindo”, que nada tinha a ver com a Diacui do meu texto). Todos esses assuntos apaixonavam a opinião pública e ninguém conseguia ir dormir sem primeiro conhecer todos os detalhes de cada um desses acontecimentos. Flavio Cavalcante dominava a audiência, nenhum programa competia com o seu: ouvia testemunhos, quebrava discos, se enfezava com os que falavam demais e mandava advogados não sei pra onde. Isso faz tanto tempo, que nem me lembro dos detalhes. Os leitores talvez se lembrem e por isso conto os fatos sem descer aos pormenores, embora saiba que são os pormenores os que mais chamam a atenção de todos. Flavio Cavalcante ficou famoso pelo jeito de terminar cada etapa de seu programa. Tirava os óculos, levantava o braço direito, fechava o punho, o dedo “fura-bolo” espetando a câmera: “Os comerciais, por favor!” J.Ciro Saraiva (Quixeramobim), jornalista e escritor

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José Albuquerque assume a presidência da Assembleia Legislativa

Posse da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para o biênio 2013/2014, presidida pelo deputado José Albuquerque (PSB), foi empossada em 01.02 em sessão solene realizada no Plenário 13 de Maio, com a presença do governador Cid Gomes e do vice-governador Domingos Filho. A nova composição da Mesa conta com os deputados Tin Gomes (PHS) na 1ª vice-presidência; Lucílvio Girão (PMDB) – 2ª vice-presidência; Sérgio Aguiar (PSB) – 1ª secretaria; Manoel Duca (PRB) – 2ª secretaria; João Jaime (PSDB) – 3ª secretaria; Dedé Teixeira (PT) – 4ª secretaria; Ely Aguiar (PSDC) – 1ª suplência; Ferreira Aragão (PDT) – 2ª suplência e Sineval Roque (PSB) – 3ª suplência. Deixa a presidência da Casa o deputado José Sarto (PSB), que esteve no cargo durante o mês de janeiro, após a renúncia de Roberto Cláudio para assumir a prefeitura de Fortaleza. A sessão solene contou com a presença do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Valdomiro Távora; do presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Francisco Aguiar; da presidente da Associação dos Prefeitos e Municípios do Ceará (Aprece), prefeita do município de Fortim, Adriana Pinheiro, além de secretários de estado, do ex-ministro Ciro Gomes, e de parlamentares da bancada federal cearense. José Albuquerque ressaltou que esse é um desafio “porque o papel da Assembleia ultrapassa os muros da Instituição”. Porém admitiu que irá desempenhar o cargo com humildade, determinação e, “sobretudo, com apoio dos colegas deputados”. Ele destacou o trabalho realizado por Roberto Cláudio, nos últimos dois anos, e de José Sarto, de quem recebeu a presidência. O parlamentar assegurou que pretende manter o trabalho que foi realizado pelos seus antecessores, na defesa dos direitos da sociedade, que vai além do ato de legislar. E prometeu defender os valores democráticos, as liberdades individuais e coletivas, da

cidadania e da justiça social. “É por isso que reafirmo aqui meu compromisso de promover, como presidente desta Casa, o poder compartilhado com a sociedade civil cearense. No gabinete de trabalho, a porta estará sempre aberta às boas ideias, aos bons propósitos, aos apoios e críticas”, assinalou. Neste trabalho, José Albuquerque disse que pretende dinamizar ainda mais as prerrogativas das comissões técnicas e dos órgãos de assessoramento da AL. Com isso, almeja assegurar “cada vez mais” a presença da população nas audiências públicas, em busca de sugestões para os projetos de interesse do nosso Ceará. Para tanto, conforme afirmou, não dispensará a participação, nesse processo, das escolas, universidades, igrejas, sindicatos, entidades de classe, associações comunitárias e outras representações dos movimentos sociais. No que diz respeito aos meios de comunicação, José Albuquerque revelou que desenvolverá uma relação republicana. “Compreendendo sua função e garantindo a transparência, sempre necessária a todos quantos contribuem para o exercício do controle social sobre o poder público”, disse. Ao tecer considerações sobre o funcionamento interno do Poder, o novo presidente avisou que vai aprofundar as políticas de valorização dos servidores, “dos quais ressalto a qualidade e eficiência”, pontuou. José Albuquerque também destacou a necessidade do diálogo, da cooperação e da responsabilidade, no exercício da presidência. “São as nossas armas para lutar por uma sociedade menos desigual. Vamos avançar na busca por uma convivência produtiva entre os poderes constituídos”, frisou. O presidente anunciou ainda que vai manter a mobilização da Assembleia, juntamente com a sociedade, para assegurar ao Ceará a Refinaria Premium II. “O compromisso firmado pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma tem que ser honrado pela Petrobras”, disse.

Foto: Paulo Rocha

Leituras VII

Walter Cavalcante é o novo presidente da Câmara Municipal de Fortaleza Walter assume Câmara onde o PT ficou de fora O vereador Walter Cavalcante (PMDB) é o novo presidente da Câmara Municipal de Fortaleza. A eleição da Mesa Diretora aconteceu logo após a cerimônia de posse dos novos 43 parlamentares. Walter foi eleito com 36 votos, derrotando Deodato Ramalho (PT) e João Alfredo (PSOL) que, respectivamente, conseguiram quatro votos do PT e dois do PSOL. Completam a composição da Mesa Diretora o 1º vice- -presidente José do Carmo (PSL), o 2º vice-presidente Adail Junior (PV), o 1º secretário Elpídio Nogueira (PSB), o 2º secretário Wellington Saboia (PSC) e o 3º secretário Antônio Henrique (PTN). Presidentes das comissões O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Walter Cavalcante (PMDB), divulgou a composição das Comissões Técnicas da Casa Legislativa para o biênio 2013-2014. Após o anúncio, o presidente solicitou aos membros que se reunissem para deliberar sobre a presidência e vice presidência das Comissões. Veja abaixo a relação de presidentes e vice presidentes definidos nesta manhã. O restante da composição das comissões será divulgado logo que as ponderações dos vereadores sejam consideradas. Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, da Mulher, da Juventude, da Criança e do Idoso Presidente João Alfredo (PSOL) e vice-presidente Germana Soares (PHS).

Comissão de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Emprego e Renda Presidente Gelson Ferraz (PTB) e vice-presidente Alípio Rodrigues (PTN). Comissão de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente Presidente Joaquim Rocha (PV) e vice-presidente Mairton Félix (DEM). Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Lazer Presidente Evaldo Lima (PCdoB) e vice-presidente Paulo Diógenes (PSD). Comissão de Legislação, Justiça e da Cidadania Presidente Magaly Marques (PMDB) e vice-presidente Joaquim Rocha (PV). Comissão de Orçamento, Finanças, Controle e Fiscalização Presidente Didi Mangueira (PDT) e vice-presidente Fábio Braga (PTN). Comissão de Segurança Pública A definir. Comissão de Seguridade Social e Família Presidente Adelmo Martins (PR) e vice-presidente Marco Aurélio (PSC) Comissão de Viação e Transporte Presidente Tamara Holanda (PSDC) e vice-presidente Comissão de Participação Legislativa Presidente Ronivaldo Maia (PT) e vice-presidente Toinha Rocha (PSOL) Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor Presidente Deodato Ramalho (PT) e vice-presidente a definir. Comissão de Ciência e Tecnologia Presidente Casimiro Neto (PP) e vice-presidente a definir.

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Fotos: Hermínio Oliveira

Edilma Neiva Ibiapina lançou “Ciclos da Vida”

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oram mais de 200 pessoas na noite de autógrafos de três horas e meia de Edilma Neiva, que com simpatia e atenção, lançou seu romance de estréia “Ciclos da Vida”, com apresentação do escritor e político Ubiratan Aguiar e notas e JB Serra e Gurgel, tudo documentado por Hermínio Oliveira. A família toda presente, Wilson Ibiapina, Fabio e Flávia, filhos, Luiza Eduarda, neta, Katiuscha, nora, Solimar Neiva Damasceno e Terezinha, irmão, Maurício Crispim, primo. Foi no Carpe Diem, templo dos grandes lançamentos literários de Brasília. Jornalista formada pela UnB na turma de Ciro Rosa e Waldin Rosa de Lima, um capixaba e outro goiano, Edilma estagiou na Radiobrás, foi para a Globo onde ficou por 15 anos, depois passou por SBT, Band e Manchete, daí saindo para assessoria. Esteve na Câmara Distrital e no Superior Tribunal de Justiça, onde implantou o Núcleo de Jornalismo. O seu livro de estréia, “Ciclos da Vida”, é uma con-

tribuição para o enriquecimento da literatura do Brasil Central, seus valores, seus costumes, seus fetiches e sua cultura, com identidade própria. Registros: Paes de Andrade, Geraldo Vasconcelos, Fernando César Mesquita e Claudia, Osmar Alves de Melo e Ivete; Alvaro Augusto Ribeiro da Costa e Fátima; Toninho Drumond, Lucia Garófalo, embaixador Ronaldo Mota Sardenberg e Célia, Manoel Rivanor Pinheiro e Zuila; Evandro Pedro Pinto; José Jezer de Oliveira, João Rodrigues Neto e Marili, Francisco Mirto Raimundo Nonato Viana e Cacá, dr. Francisco Machado da Silva, José Sampaio de Lacerda Junior, Francisco Inacio de Almeida, Edmilson Caminha, Paulo Lustosa, Tarcisio Holanda, Rangel Cavalcante e Celina, Luis Joca e Sra. ,Pedro Jorge de Castro e Sra. José Colombo de Souza Filho e Franci, os irmãos Ruperto e Antonio Henrique Ellery e sras., Genésio Araújo, Silvio Leite. Mais: Carlos Henrique de Almeida Santos, Hildeberto Aleluia, que veio do Rio de Janeiro só para

homenagear Edilma, desembargador federal Mário César Ribeiro, do TRF da 1ª; região, Orlando Brito e Cristina Serra, Eraldo Pereira e Cecília, Paulo José Cunha, Rosa Vasem, Jorge Rosa, Ana Maria Rocha e Jorge Oliveira, Silvestre Gorgulho, João Bosco Rabelo, Edmo Salvatori e Sra, Marco Aurelio Nunes Pereira e Monica, Antonio Miguel de Bragança e Maria Branca, Charles Marar, Junior Ramalho, Jorge Jardim, Camila Gurgel Ibiapina, José Natal, Aylton Silva, Elizabel Ferriche, Ruth Simões, Heloisa Torres, Bartolomeu Rodrigues, Mariano Boni e Sra, José Arimatéa, Marcelo Ribas, Vicente Limonji, Marbo e Carminha, Jorge Oliveira e Ana Maria, Carlos Ibiapina Ursulino, Virginia e Erica, Leonardo Barroso, Oswaldo Rocha, Viriato Ribeiro Caram e sra; Francisco das Chagas, Alex Gonçalves, dra.Mata Machado e Rosalba , Eugênio Camara Soares, Flávio Testa, Gerson Gonçalves, Orlando Campos, Carlos Marques e sra.

Energia que faz parte da nossa vida.

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Desembargador Luiz Gerardo Brígido assumiu a Presidência do Judiciário cearense

A MELHOR ADEGA PARA OS SEUS VINHOS, NÓS ENCONTRAMOS PARA VOCÊ.

O Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) empossou, em 28.01, o desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido no cargo de presidente do Judiciário estadual. Na mesma solenidade, os desembargadores Francisco Lincoln Araújo e Silva e Francisco Sales Neto assumiram, respectivamente, a Vice-presidência da Corte e a Corregedoria Geral da Justiça. O desembargador Gerardo Brígido destacou que o acesso à Presidência não incute soberba, mas vibrante orgulho. Ainda no discurso, garantiu que a gestão 2013/2015 terá como foco as pessoas. “A Justiça pertence à comunidade e, a este título, somos os mandatários dos jurisdicionados e não proprietários do poder”. O magistrado também ressaltou que o cidadão é a razão de ser da Justiça e tem direito a serviços céleres e eficientes. Disse que manterá canal de comunicação da administração com o público externo, magistrados e servidores, “sempre aberto e pautado na cordialidade e respeito mútuo”. Com relação ao Fórum Clóvis Beviláqua, o desembargador prometeu concluir as obras em andamento e dar seguimento ao processo de digitalização dentro de parâmetros técnicos, entre outros pontos. Sobre as comarcas do Interior, assegurou construir novos fóruns e promover reuniões regionais. A solenidade, conduzida pelo então presidente do TJCE, desembargador José Arísio Lopes da Costa, contou com a presença do governador Cid Gomes e de outras autoridades, além de amigos e familiares dos novos dirigentes.

O magistrado citou as melhorias conseguidas nos últimos dois anos, como a criação do Órgão Especial, instalação de 35 unidades judiciárias, restruturação do Setor de Precatórios, cumprimento de metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nova jornada de trabalho dos servidores, aperfeiçoamento do processo eletrônico, concurso para juiz substituto e produção de programa de TV, entre outras ações. Compareceram à solenidade o juiz José Krentel Ferreira Filho (diretor do Fórum Clóvis Beviláqua), Napoleão Nunes Maia Filho (ministro do Superior Tribunal de Justiça – STJ), Ricardo Machado (procurador-geral de Justiça do Ceará), Andréa Coelho (defensora pública geral do Estado), desembargadora Maria Roseli Alencar (presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região), Mauro Benevides (deputado federal), general Gomes de Matos (comandante da 10ª Região Militar), juiz Ricardo Barreto (presidente da Associação Cearense de Magistrados – ACM), conselheiro Waldomiro Távora (presidente do Tribunal de Contas do Estado – TCE), conselheiro Francisco Aguiar (presidente do Tribunal de Contas dos Municípios – TCM), deputado José Sarto (presidente da Assembleia Legislativa), José Leite Jucá (procurador-geral do Município, representando o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio), Adauto Bezerra (ex-governador do Ceará), vereador Walter Cavalcante (presidente da Câmara Municipal), Humberto Bezerra e Valdetário Monteiro (presidente da OAB – seccional Ceará). Também presentes parlamentares, além de magistrados, secretários, assessores e servidores da Justiça do Ceará.

Cid Gomes faz reunião e atualiza cronograma do Acquario Ceará

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O governador Cid Gomes se reuniu em 25.01 com técnicos do Estado e da empresa americana ICM (Internacional Concept Management), que está construindo o Acquario Ceará, para uma atualização sobre o andamento da obra. Durante a reunião foram apresentados os cronogramas e o plano de trabalho para os próximos meses. Foram checados itens referentes à estrutura interna e externa (equipamentos de filtração, material da coberta, estrutura metálica, fachada de vidro, equipamentos elétricos) como também os itens de entretenimento (cinemas 3D, 4D, simulador de submarinos, decoração temática, conteúdo dos filmes, etc) que fazem parte do projeto. Outro item colocado durante a reunião foi a estrutura de quarentena temporária para o processo de adaptação e crescimento das espécies aquáticas. Participaram os Secretários Danilo

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Serpa, do Gabinete do Governador; Bismarck Maia, do Turismo; Arialdo Pinho, da Casa Civil, além do Procurador Geral do Estado, Fernando Oliveira, técnicos do Estado, da empresa americana e das demais empresas que fazem parte da construção do Acquario Ceará. Acquario Ceará O Acquario Ceará está localizado na Praia de Iracema. Serão 21,5 mil metros quadrados de área construída e tanques com capacidade para 15 milhões de litros, sendo o maior e mais moderno do hemisfério Sul. A previsão é que o equipamento receba, anualmente, 1,2 milhão de visitantes, gerando uma receita de R$ 21,5 milhões. Para a economia local, o impacto no mercado de trabalho será de 150 empregos diretos, 1.600 indiretos e 18 mil empregos na cadeia produtiva do turismo.

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Página da Mulher Regina Stella (*) Não foi por outro motivo, senão pura curiosidade, a escolha daquele de capa amarfanhada, gasta e um tanto rota, entre tantos livros enfileirados e de bonita encadernação. Era um dia de chuva e a indolência enrodilhada como um gato angorá, dengoso, caviloso, era um convite insistente para ficar quieta, sozinha num canto, sem compromisso, deixando o tempo passar. Naquela casa, grande como um convento, o gabinete era um apelo àquela tarde fria. Talvez o aconchego do jacarandá das paredes e prateleiras junto ao calor que emprestam os livros, presença viva de gente que passou, de idéias que esperam vez de tomar forma e pacientemente aguardam o instante de falar. O livro de lombada branca, cinza agora pelo uso, encolhido, foi uma insinuação da ociosidade. Puxei-o, convinha ao momento de lazer, com uma capa que espicaçava a curiosidade e divertia. Adolescentes vestidas de gueixas, de olhos ternos e atitudes suaves, eram ali, palhaços, que um espírito galhofeiro se propusera a transformar. Sorridentes, seriam lindas, mas uma caneta azul, gracejando, em traços fortes pusera um bigode gordo sobre o riso doce, óculos grossos nos olhares ternos, cavanhaque nos queixinhos finos e barba espessa nas carinhas meigas. Algumas, banguelas, provocavam de imediato o riso, e o livro, fosse lá o que fosse, já preparava bem o espírito aventureiro na tarde chuvosa, descompromissada, para aceitar a mensagem. Abri e comecei a folhear, sem pressa, página por página. Frases esparsas, anotações nos cantos das folhas, telefones,

Rota para a vida

sinais, códigos, rascunhos de bilhetes, lembretes para festas e convites, horários de médicos e dentistas. Não teria segredo, pensei, caso contrário, ali não estaria. E, pelo prazer de divertir, satisfiz a curiosidade. Era uma agenda antiga, de anos passados. Ali, espremida entre mil livros, uma vida retalhada em dias, em horas, em compromissos, em planos. Uma lista que parecia não ter fim, de amigos, diferentes quanto às idéias, gostos e profissão, numa incontestável prova de abertura. E anotações nas setenta páginas disputavam a atenção, em letras maiores e menores, se misturavam numa algaravia de projetos, compromissos, dias de aniversário. A obrigação de comprar um batedor de carne e um casamento para o mesmo dia brigavam pela preferência. Listas de compras, listas de material de construção. Inaugurações a comparecer. Empréstimos a serem pagos no banco em dias exatos, sugestões para bem decorar um ambiente. Endereços da França e da Suécia, endereços do Sul e do Nordeste. Contas, pagamentos, Projetos de assistência a entidades filantrópicas. Coquetéis. Palestras. Conferências na Universidade Uma vida cronometrada. O tempo em pedaços, esmiuçado, dividido. Retalhos do quotidiano, alguns valiosos, outros, no entanto, farrapos esgarçados, já rasgados na poeira do tempo. Fechei a agenda. E um gosto amargo me subiu à boca. Será, pensei, que, cegos, deixamos que a vida, dom precioso, se escoe assim em pedaços de nada? Da minha amiga, ali ao meu alcance, um ano de vida. Outras agendas se juntariam àquela, outros anos seguindo uma seqüência, a vida se indo! E as indagações, perguntas de dedo em riste se me apresentaram, pedindo conta, cobrando, exigindo pagamento pelo

tempo. Teria que responder por uma vida que não era minha, mas que inconscientemente eu transferia. Se lhe fosse possível recuar no tempo, repetiria os mesmos fatos? O que restaria naquela velha agenda cinza? Teria dado toda intensidade e brilho às ações a que se propusera? Teria exaurido de si mesma todas as possibilidades e aproveitado todo o seu potencial de energia? Ou o tempo fora malbaratado, displicentemente gasto? Como água nas mãos que não se pode reter, o tempo se escoa, bem ou mal empregado. Se se juntou experiência, fortuna que nem os anos e nem o tempo tira, se se acrescentou, então se deu um sentido certo à caminhada. Se negligenciado, então perdida a oportunidade de juntar. Fatias do tempo fazem a vida. Horas e minutos que o homem marcou, entre o nascer e o por do sol para criar e imaginar, construir e realizar. Num exíguo espaço, um pouco da eternidade. Se a esse pouco for dado toda intensidade e toda luz, viveu-se em profundidade. Se se ficou na superfície, viu-se apenas a vida, não se viveu. A agenda da minha amiga, àquela tarde, valeu por uma prestação de contas. Tantas eu encontre, quantas irei contabilizar...Equivalem a ducha de água fria na vida acomodada, a um toque de alerta, a um impulso ao todo dia. Uma avaliação do que deve ou não ser feito, aceito ou simplesmente tolerado. Uma correção na trajetória. Uma rota marcada por melhores padrões, com o objetivo de chegar a um alvo enriquecido por realizações pessoais. Uma destinação e não simples acaso. (*) Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora

Roteiro da Culinária Cearense em Brasília Coco Bambu – Frutos do Mar Galeteria Beira Lago SCES Trecho 02, Icone Parque -3224-5585 SCES Trecho 02 conjunto 33, ao lado do PIER 21 3223-7700 Beirute Sul SCLS 109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul - 3244-1717 Carneiro e Picanha SCLN 216 bloco “D”, lojas 34/46 Asa Norte - 3340 Beirute Norte SCLN 107 Bloco”D” Loja 19/29 - Asa Norte - 3272- -9900 0123 Ki Filé (Cavalcante) SCLN 405, bloco “A”, loas 55/65 – Asa Norte - 3274 Fred SCLS 405 Bloco “B” Loja 10 – Asa Sul - 3443-1450 -6363

Libanus SCLS 206, Bloco “C”, loja 36 – Asa Sul - 3244 9795 Moranguinho SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte 21947641 Em frente à loja do Pão de Açucar. Pensão da Graça Rua 7 casa 15 - Pacheco Fernandes - Vila Planalto - 30321962 Verde Perto EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao lado do posto de Polícia) 3567-8217

Cientistas descobriram variação de gene que incentiva consumo exagerado de álcool. Cientistas acreditam ter descoberto uma variação de um gene que incentiva o consumo exagerado de álcool em algumas pessoas. O gene, conhecido como RASGRF-2, eleva o nível de substâncias químicas presentes no cérebro associadas à sensação de felicidade e acionadas com a ingestão de bebidas alcoólicas, informou a revista científica PNAS. A equipe de pesquisadores, formada por especialistas da Universidade King’s College, de Londres, descobriu que animais que não possuíam a variação do gene tinham menos “desejo” por álcool do que aqueles que apresentavam tal alteração. O estudo também analisou exames de ressonância magnética dos cérebros de 663 adolescentes do sexo masculino. O mapeamento revelou que em portadores da versão do gene associada à “bebedeira”, todos com 14 anos de idade, havia uma atividade maior em uma parte do cérebro chamada estriado ventral, conhecida por liberar dopamina, substância associada à sensação de prazer. Quando os pesquisadores questionaram os adolescentes sobre seus hábitos de consumo de álcool dois anos depois, descobriram que aqueles que tinham a variação do gene RASGRF-2 bebiam mais frequentemente. Contudo, o responsável pelo estudo, Gunter Schu-

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mann, explicou que ainda não há provas contundentes de que o gene, sozinho, provocaria a compulsão alcoólica, uma vez que outros fatores ambientais e genéticos também estão envolvidos. Ele ressaltou, por outro lado, que a descoberta é importante porque joga luz sobre os motivos pelos quais algumas pessoas tendem a ser mais vulneráveis ao álcool do que outras. “Nosso estudo indica que talvez este gene regule a sensação de bem estar que o álcool oferece para determinados indivíduos”, explicou. “As pessoas buscam situações que provoquem tal sensação de ‘recompensa’ e deixem-nas felizes. Portanto, se o seu cérebro for condicionado a atingir tal estágio por meio do álcool, é provável que sempre procure essa estratégia afim de alcançar tal meta”. “Agora nós entendemos a cadeia da ação: como os genes moldam a função em nossos cérebros e como que, em contrapartida, isso afeta o comportamento humano”. “Nós descobrimos que o gene RASGRF-2 tem um papel crucial em controlar como o álcool estimula o

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cérebro a liberar dopamina e, em seguida, ativa a sensação de recompensa”. “Portanto, para as pessoas que têm a variação genética do gene RASGRF-2, o álcool lhes proporciona uma maior sensação de recompensa, levando-as a se tornar beberrões”. Schumann reiterou, entretanto, que mais provas são necessárias para comprovar sua teoria. Ele alertou que o estudo analisou apenas adolescentes do sexo masculino e de uma determinada idade, o que dificultaria estabelecer tendências de consumo de bebidas alcoólicas ao longo prazo. Ele disse que, no futuro, pode ser possível realizar testes genéticos para ajudar a prever quais pessoas estão mais propensas ao consumo excessivo de álcool. As descobertas também abririam caminho a novas drogas que bloqueiam o efeito de recompensa que algumas pessoas têm após ingerir bebida alcoólica. Por outro lado, Dominique Florin, da entidade britânica Medical Council on Alcohol, faz um alerta. “É provável que haja um componente genético relacionado ao consumo exagerado de álcool, mas isso não quer dizer que se você tiver o gene, você não pode beber, enquanto se você não o tiver, você pode beber o quanto quiser”. Com a BBC Brasil

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Leituras VIII

Humor Negro e Branco Humor Coisa

A palavra “coisa” é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português. A natureza das coisas: gramaticalmente, “coisa” pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma “coisificar”. E no Nordeste há “coisar”: “Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?”. Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as “coisas” nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. “E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios” (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, “coisa” também é cigarro de maconha. Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: “Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já.” E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha. Na literatura, a “coisa” é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas. Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de “a coisa”. A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: “Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!”. Devido lugar: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)”. A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. “Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca.” Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas. Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta “Alguma coisa acontece no meu coração”, de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa). Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim! Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem “Coisinha de Jesus”. Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, “coisa nenhuma” vira “coisíssima”. Mas a “coisa” tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré (“Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar”), e A Banda, de Chico Buarque (“Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor”), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: “Coisa linda / Coisa que eu adoro”. Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o “rei” das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas. Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, “são tantas coisinhas miúdas”). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade (“ô coisinha tão bonitinha do pai”). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. “Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer coisa doida dentro mexe.” Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: “Alguma coisa está fora da ordem.”

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A trajetória mágica de Bruno Pedrosa, de Crato/CE, em 1967, a São Peterbsburgo/Russia, em 2012

Eis a trajetória mágica de mais um cearense vencedor, no dificil mundo das artes. Bruno Pedrosa desde 1967, no Crato, vem se afirmando nos grandes centros culturais dos Estados Unidos, Japão, Europa Ocidental e Europa Oriental. 2012 Italia. Lucca – Progetto Presagi – Lucca Center of Contemporary Art Brasile. Rio de Janeiro – Progetto Presagi – Museu do Ingá – Universidade Fluminense (UFF) U.S.A. Florida – St. Petersburg – Museum of Fine Arts (colletiva). 2011 Portogallo. Porto – Galleria São Mamede Italia. Torino –SEMIDARTE Brasile. Fortaleza Progetto Presagi – UNIFOR Italia. Torino 54. Esposizione internazionale d’Arte della Biennale di Venezia. 2010 Italia. Venezia – Galleria Arkè Italia. Mergozzo Lago Maggiore – Spazio Arte Italia. Bassano del Grappa – Galleria ARTBUG Dieda. Italia. Torino – SEMIDARTE. Portogallo. Lisbona – Galleria São Mamede Francia. Parigi – Art is You. 2009 Spagna. Madrid – Centro de Arte Tomàs y Valiente Paesi Bassi. Den Haag – Seven Contemporary Art (colletiva) Paesi Bassi. Oosterbeek – Galleria De Glorie Italia. Pietra Santa – Eleonora d’Andrea Arte Contemporanea Italia. Milano – Eleonora d’Andrea Arte Contemporanea (colletiva) Paesi Bassi. Maastricht – Stevens Gallery Italia. 2008 Paesi Bassi. Oosterbeek – Galleria De GlorieItalia. Brescia. House Arredamenti Spazio d’Arte Germania. München- First Glas Galerie (colletiva) Paesi Bassi. Den Haag – Seven Contemporary Art. 2007 Spagna. Alcorcón (Madrid) – Museo de Arte Contemporáneo en Vidrio de Alcorcón – MAVA Italia. Prato (Firenze) – Eleonora d’Andrea Arte Contemporanea Belgio. De Haan – Contemporary Fine Arts Center Paesi Bassi. Maastricht – Stevens Gallery (colletiva) Italia. Prato (Firenze) – Eleonora d’Andrea Arte Contemporanea (colletiva) Paesi Bassi.Oosterbeek – Galleria De Glorie Italia. Venezia – Galleria Daniele Luchetta Paesi Bassi. Den Haag - Galleria De Glori Paesi Bassi. 2006 Paesi Bassi. Oosterbeek – Galleria De Glorie Paesi Bassi. L’Aia – Galleria De Glorie Paesi Bassi. Groningen – Anderwereld/Katuin Gallery (colletiva) Italia. Bologna – Galleria Alisea Brasile. Rio de Janeiro – Galleria Dom Quixote Italia. Vicenza – Basilica Palladiana Germania. Colonia – CCAA Glass Gallery USA. Miami – ETRA Fine Arts Paesi Bassi. 2005 USA. Miami -Solange Rabello Art Gallery nell’ Art Miami Italia. Vicenza – Villa Morosini-Capello Belgio. Veurne – Stadsbestuur Veurne USA. New Jersey – The Noyes Museum of Art Italia. Bassano del Grappa – GMB Arte Contemporanea Francia. Parigi – Montblanc Champs Elysées (Anno del Brasile in Francia). 2004 Spagna. Madrid – Casa del Brasile (Ambasciata del Brasile) Italia. Gallarate – Galleria Nuova Visione Italia. Salerno – Galleria Nuova Visione Italia. Udine – Palazzo Frangipane USA.Philadelpia – Asta al Liberty Museum Italia. 2003 Germania. Berlino – Ambasciata del Brasile Italia. Roma – Galleria Candido Portinari – Palazzo Pamphilli (Ambasciata del Brasile) Portogallo. Lisbona – Galleria Rúben Cunha Francia. Parigi - Galerie Debret (Ambasciata del Brasile). 2002 Brasile. Rio de Janeiro – Centro Eventi Impresariali della Borsa di Valori – Galleria Rembrandt Brasile. Brasília -Salone delle Vetrate della Cassa di Risparmio Federale – Galleria Rembrandt. USA. Philadelphia – Wexler Gallery Brasile. 2001 U.S.A. New York – SOFA New York / Wexler Gallery Brasile. Rio de Janeiro – Museo de Belle Arti di Rio de Janeiro MNBA Brasile. Fortaleza – Galleria Ignez Fiúza 2000 Italia. Bassano del Grappa – Apertura del nuovo atelier. USA.Washington – Brasilian-American Cultural Institute. Germania. Colonia -Trinitais Kirche / Galleria Gehard Brasile. Fortaleza – Galleria Ignez Fiúza Italia. Roma – Galleria Portinari. Ambasciata del Brasile. Italia. Roma. 1999 Italia. Vicenza – Galleria d’Arte Sante Moretto. Italia. Bassano del Grappa – Galleria Scrimim. Italia. Caltelfranco Veneto – Galleria MomART. Brasile.Fortaleza – Galleria Ignez Fiúza. 1998 Austria. Graz – Galleria Dida Germania. Bad Berleburg – Galleria Gerhard. Brasile. Rio de Janeiro – Galleria Anita Schwartz. Italia. Venezia – Galleria Daniele Luchetta. 1997 Paesi Bassi. Neede – Galleria Needien.

1996 Italia. Strà – Museo Villa Nazionale Pisani. Brasile. Rio de Janeiro – Galleria Anita Schwartz. Italia. Venezia – Chiesa de San Nicolò. 1995 Italia. Venezia – Galleria Percorso d’Arte 90. Italia. Seregno – Galleria Silva Arte. 1994 Italia. Manta – Igreja de Santa Maria del Monastero. Italia. Bassano del Grappa – Galeria Scrimin. Italia. Mestre -Venezia. Galeria Brunello. Italia. Milano.- Consolato Generale del Brasile. Italia. Monza – Esposizione Internazionale di Disegn. 1993 Italia.Cuneo – Galleria Etruria. Svizzera. Lugano – Galliani Arte Contemporanea. Brasile. Rio de Janeiro – Galleria Bonino. 1992 Italia. Castelfranco Veneto – Galleria Flaviostocco. 1991 Brasile. Niterói – Museo del Ingá. Svizzera. Ginevra – Galleria Abisa. 1990 Italia. Manta – Chiesa di Santa Maria del Monastero. Italia. Cuneo – Galleria Etruria. 1989 Brasile. Rio de Janeiro – Galleria Artlivre. Brasile. Rio de Janeiro – Mostra Antologica, Petrobrás. 1988 Brasile. Nova Friburgo – Centro Culturale de Friburgo. Brasile. Niterói – Centro Culturale Paschoal Carlos Magno. 1986 Brasile. Rio de Janeiro – Galleria Villa Bernini. Brasile. Niterói – Centro Culturale Paschoal Carlos Magno. 1981 Argentina. Buenos Aires – Galleria Vieux Paris. Brasile. Niterói - Associazione Medica Fluminense. 1980 Brasile. Niterói – Centro Culturale Paschoal Carlos Magno. 1979 Brasile. San Paolo – Museo d’Arte di San Paolo Assis Chateaubriand ( MASP ). USA. New York – Museo d’Arte Contemporanea Ispanica. Brasile. Curitiba – Galleria Acaiaca. Brasile. Rio de Janeiro – Galleria Casa del Studente. 1977 Brasile. Santos – Galleria Istituto Culturale Brasile – Stati Uniti. 1976 Messico. Chulula – Università delle Americhe. Messico. Città del Messico – Galleria Juan Martin. Nicaragua. Managua – Museo Ruben Dario. 1975 USA. Sunnyvale – Cherry Chase Festival. Galleria Juan Martin. USA. Washington- Galleria della Unione Pan-americana. USA. Minneapolis - Galleria Bristol. USA.New Haven – Galleria Contorier. Brasile. Fortaleza - Casa de Cultura Raimundo Cela. 1974 Argentina. Buenos Aires – Museo dell’Incisione. USA. Tenesse – Università del Tennessee. USA. Phoenix – Museo d’Arte di Phoenix. Brasile.Olinda – Museo d’Arte Contemporanea. Brasile. San Paolo – Galleria Solar. Brasile. Belo Horizonte – Istituto Culturale Brasile -Stati Uniti Uruguay. Maldonado – Museo d’Arte Americana. 1973 Brasile. Rio de Janeiro – Centro Culturale Lume. Brasile. San Paolo – Museo de Arte Contemporanea Ecuador. Quito – Museo de Arte Moderna. Lima. Perù – Sala de Arte da Petroperù. USA.Washington – Brasilian-American Cultural Institute. 1972 Brasile. Rio de Janeiro – Museo d’Arte Moderna MAM Brasile. Rio de Janeiro – Galleria del Copacabana Palace. Colombia. Bogotà – Galleria San Diego. Colombia. Bogotà – Biblioteca Luiz Angel Arago. Brasile. Niterói – Galleria Le Chat. Brasile. Crato – Museo de Arte do Crato. 1971 Brasile. Rio de Janeiro – Galleria Scada. Brasile. Cuiabá – Museo d’Arte. Brasile. Salvador – Salone Portoghese di Lettura. 1970 USA. New York – Galleria New Forms. Uruguay. Montevideo – Centro de Arti e Lettere. Brasile, Rio de Janeiro – Galleria dell’Associazione Brasiliana di Stampa ABI. 1969 Brasile. Rio de Janeiro – Galleria della Banca dello Stato di Guanabara BEG Germania. Düsseldorf – Galleria Zimmer. 1968 Brasile. Niterói – Galleria della Accademia di Belle Arti Brasile. Niterói – Museo Antônio Parreiras. Brasile. Brasília – Centro Culturale del Distrito Federale. Brasile.Niterói – Yacht Club Itacoatiara. 1967 Brasile. Crato – Centro di Esposizioni del Comune Brasile. Olinda – Museo d’Arte Contemporanea Brasile. Natal – Palazzo Comunale di Natal.

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Presidente da Casa do Ceará levou problema da isenção da contribuição previdenciária à Ministra da Casa Civil

m reunião realizada no Gabinete da ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República, senadora Gleisi Hoffmann. O presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, entregou documento solicitando que seja encontrada uma solução para a grave dificuldade que poderá enfrentar caso recaia sobre ela o pagamento da contribuição patronal no período em que ficou sem o certificado de isenção, a partir de 2009. “O problema da Casa, disse Osmar, não é diferente das inúmeras entidades de assistência aos excepcionais e das santas casas de misericórdia, que enfrentam dificuldades na captação de recursos para sua manutenção”. A mudança da legislação da filantropia só beneficiou os grandes grupos empresariais da educação e saúde, que gozam de renúncias de contribuições previdenciárias que chegam a R$ 10 bilhões de reais/ano, sem contrapartidas e alguns casos, de forma cumulativa. Na oportunidade, Osmar entregou o seguinte documento à ministra Gleisi Hoffmann: “Senhora Ministra A Casa do Ceará em Brasília é uma instituição de Fins Filantrópicos, declarada de Utilidade Pública pelos Governos Federal (Dec. Nº 68557/71) e, do

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Distrito Federal (Dec. Nº 3,873/77) e do Estado do Ceará (Lei Nº 10.150/77). Fundada em 1963, presta relevantes serviços gratuitos à comunidade carente do Distrito Federal, com atendimento social, médico, dentário, cursos profissionalizantes e um abrigo para os idosos, além de atuação nas áreas cultural, de esporte e lazer. A Casa do Ceará em Brasília encontra-se regularmente inscrita no Conselho Nacional de Assistência Social, órgão então competente para expedir, com validade de três anos, a certificação de entidade beneficente de assistência social (CEBAS).

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Com a edição da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, a certificação de entidade beneficente de assistência social (CEWBA) passou para a competência dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, do Ministério da Saúde ou do Ministério da Educação, conforme preponderâcia dos serviços prestados pela entidade interessada. Nessas circunstâncias, a certificação anterior com vigência até 2009, perdeu a validade e esta entidade, por um lapso administrativo lamentável, somente pediu a renovação da inscrição no Ministério da Saúde em 16 de maio de 2012 e no Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome em 15 de setembro de 2012. Os dois pedidos resultaram da dúvida quanto à preponderância dos serviços prestados, pois, de um lado, mantem um abrigo para idosos, com 20 residentes, e, de outro, uma odontoclínica com nove gabinetes dentários e uma policlínica com diversas especialidades. Ressalto que a Casa do Ceará recebeu uma notificação da Receita Federal para apresentação do certificado até o mês de dezembro do corrente ano, sob pena de ser autuada e intimada a recolher a cota patronal do INSS relativa ao período que permaneceu sem o registro”.

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