Ata 25 - Reunião

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ATA DA XXV REUNIÃO DO FÓRUM DE TURISMO DA BAHIA Ata das deliberações da XXV reunião do Fórum de Turismo da Bahia, dia 26 de março de 2010 – início às 9h30, auditório da Fundação Luiz Eduardo Magalhães. Anteriormente ao início dos trabalhos, o secretário executivo do Fórum, José Carlos Oliveira, saudou os presentes, registrou justificativas de ausentes e formalizou a composição da mesa. A XXV reunião do Fórum de Turismo da Bahia teve sua abertura proferida pelo senhor Secretário do Turismo, Domingos Leonelli, cuja saudação deu ênfase à oficina de redirecionamento estratégico realizada no dia anterior, conduzida pelos consultores contratados pelo Ministério do Turismo. Agradeceu as presenças e lembrou que esteve presente a todas as reuniões do fórum, presidindo-as e aprendendo com o trade. Discorreu sobre a importância dos temas em pauta e informou que seria assinado convênio entre o Estado e a UNEB, cujo valor gira em torno de R$ 800.000,00, para ações de qualificação. Em seguida, passou a palavra aos demais componentes do mês, Patrícia Paixão, consultora do MTur, saudou os presentes traçando um breve panorama de sua percepção sobre o Fórum da Bahia, elogiando a transparência e o caráter democrático com o qual é conduzido. Agradeceu o empenho e a parceria da SETUR. Sobre a oficina do dia anterior, explicou a necessidade de se redirecionar o Fórum para os novos paradigmas do MTur, embora a Secretaria já venha se mostrando de acordo com esse orientação, modernizando sua relação com o trade. Lembrou que a gestão compartilhada é a nova postura democrática de governança e que a SETUR E a Assessoria Institucional dão exemplos de poder público democrático. Emília Silva, presidente da Bahiatursa, saudou a todos, enfatizando a questão da reforma do Centro de Convenções, suas dificuldades, prazos, garantindo que o equipamento estará à altura dos grandes eventos do Estado. Discorreu sobre os lançamentos na BNTN, inclusive um roteiro com três estados diferentes, com características comuns. Inês Garrido agradeceu a presença dos conselheiros, enfatizando que o sucesso do fórum também se dá pela presença constante dos representantes da iniciativa privada, cuja compreensão da importância da discussão entre ambos os setores vem se consolidando. A SETUR dá o suporte mas são os conselheiros que fazem a dinâmica do fórum para o desenvolvimento do turismo no estado. José Carlos deu um “informe” sobre a oficina, enfatizando os aspectos mais importantes da discussão: o estabelecimento da missão, a composição para dar agilidade e funcionalidade e a escolha das novas comissões temáticas. “Foi feita uma primeira proposta de missão “propor”, monitorar, avaliar e validar políticas, planos e projetos para o desenvolvimento do turismo do Estado da Bahia, de forma integrada, articulada e sustentável”; as seis câmaras escolhidas foram: Regionalização; Segmentação; Financiamento, investimento, infraestrutura e segurança pública; Qualificação profissional; Promoção e comercialização; Legislação. Sobre o corpo de conselheiros, alguns aspectos já foram apontados como fundamentais: vínculo com área de turismo, atuação na região por pelo menos dois anos; sobre a renovação do mandato: eliminação daqueles que se ausentaram da maioria das reuniões, permanência dos representantes que colaboraram ativamente; sobre a paridade, deverão ser observados os aspectos da constituição. Continuando, lembrou que a oficina é uma atividade de inovação, uma das três vertentes da estratégia proposta no “Terceiro Salto”. O Secretário Domingos Leonelli retomou a palavra e falou sobre as ausências sentidas, as ausências definitivas e as presenças fictícias. Saudou nominalmente todos os presentes e, ao citar o representante de Rio de Contas, informou que a bela cidade foi eleita a capital da Cultura da Bahia. Referindo-se ao representante da Infraero, o novo superintendente Wellington Santos, anunciou que já estão em contato, e que tomaram algumas decisões estratégicas e outras de fácil aplicação, como por exemplo, a de se manter permanentemente


uma baiana de acarajé no receptivo aos turistas que chegam através do Aeroporto. Comunicou sua saída da SETUR, apresentando o novo Secretário Antonio Carlos Tramm, destacando o saldo razoável de realizações e o aval do trade, que realizou uma homenagem a sua pessoa coma presença de todas as entidades de representação, com exceção da ABRAJET. Que a equipe vai continuar praticamente a mesma, tanto na SETUR como na Bahiatursa, com alguns deslocamentos, inclusive a saída de Inês Garrido, da SUINVEST. Convidou ainda para fazer parte da mesa o Reitor da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), professor Lourisvaldo Valentim. Em seguida, o Secretário Domingos Leonelli iniciou a apresentação do balanço 2007/2010 da Secretaria de Turismo, inaugurada sob sua gestão. Informou que o coroamento dos trabalhos deu-se em duas situações: nos resultados da pesquisa Vox Populi encomendada pelo MTur, que mostrou ser a Bahia o destino mais desejado tanto por aqueles que já viajam quanto por aqueles que nunca viajaram; e na eleição da Bahia como um dos 30 melhores lugares para se conhecer em2010,pelos editores do New York Times e, entre seus leitores, no 8º lugar. Lembrou que há muita dificuldade em se obter dados corretos de turismo e que é preciso parar de se dar tratamento de marketing para os mesmos. Discorreu sobre os acordos de voo internacional, sobre a facilidade de câmbio, e enfatizou a necessidade de se estabelecer como filão principal para o turismo brasileiro, a América Latina e ainda sobre as dificuldades da balança – os gastos dos brasileiros no exterior são quase o dobro dos gastos no Brasil. Tendo assumido a nova secretaria em pleno “apagão aéreo”, destacou o fato de que a equipe da SETUR se debruçou sobre estratégias para combater a crise, principalmente a SUINVEST (setor da maior competência) e que estão direcionando os recursos de promoção para os maiores núcleos emissores de turistas para a Bahia: São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Destacou que a Bahia é campeã de atração de investimentos, de dez anos pra cá. A área foi reforçada com agressividade de marketing (inclusive com o MTur) e a Bahia saltou de dois bilhões para 10 bilhões de investimentos, um crescimento de 163%. O Turismo passou a ser política de Estado e não de Governo. Falou sobre a carta que havia saído no mesmo dia no jornal a Tarde, sobre o fechamento de três hotéis, inclusive o Palace, que encerrou suas atividades muito antes desta gestão; disse que é preciso separar gestão pública da privada. Dois hotéis foram fechados e seis estão sendo abertos. Os investimentos novos são muito maiores. Como secretário, fez gestões para garantir que os hotéis não sejam transformados em outros empreendimentos. A AEROS se comprometeu a leiloar o Hotel da Bahia apenas para empresários do setor hoteleiro. Não foi possível solicitar o tombamento por questões técnicas. Lembrou que no início do governo setores diversos anunciavam que a Costa dos Coqueiros seria abandonada, o que nunca aconteceu, pelo contrário, e que o resort a ser inaugurado brevemente vai gerar 560 empregos. Sobre a captação de investimentos públicos, foram aplicados 50 milhões em estradas, saneamento, equipamentos. Sobre a infraestrutura da orla de Salvador, 9 milhões já foram aplicados e 10 milhões serão aplicados (em processo de licitação). Destacou as emendas parlamentares que proporcionaram recursos significativos. Relembrou a vocação de Feira de Santana para o turismo de eventos de caráter rural, propondo a transformação do parque de exposições de Salvador em arena para grandes shows e a mudança do parque para Feira de Santana. Entre os segmentos e produtos novos, o destaque vai para o turismo náutico, rural, GLS e religioso. Sobre o eixo estratégico da qualificação (Terceiro Salto), informou que o curso para empresários está sendo um sucesso e posteriormente será completado pelos cursos para os empregados das empresas; lembrou de outros cursos que estão em fase de implantação e assinatura de convênios. O MTur está dando importância para o cadastramento e fiscalização - voltará a classificação por estrelas, que


deverá ser obrigatória para ter legitimidade. Para haver competitividade, a qualidade tem que ser medida. A idéia do QUALITUR não prosperou, pois seria um selo local. Não há efetividade se não for estrela, ISSO 9000 etc. Enfatizou a necessidade de haver relação entre o enclave turístico e seu entorno. O turismo, em princípio, é uma atividade que pode ser sustentável. Mas não há produção associada. Há exemplos individuais de preservação do meio ambiente. A hotelaria acaba criando um entorno de pobreza e “depois se busca a polícia”; não se forma uma cadeia produtiva. A SETUR está querendo conhecer a produção associada ao turismo. O que há, qual é a cadeia produtiva. Já há um produto nascido da produção associada – o Enoturismo – e a região não tem pobreza. É um exemplo fantástico. O turismo rural pode responder bem neste aspecto; o artesanato precisa ser desenvolvido (a Colômbia tem 16% do seu PIB proveniente do artesanato). Nesse momento pediu contribuição de Emília Almeida, do instituto Mauá que informou não haver dados precisos sobre o artesanato, mas que o instituto está criando mecanismo para a medição dos resultados. Para encerrar, agradeceu o empenho da equipe, que desde o início, debruçou-se em melhorar o turismo no Estado; sobre o trade lembrou que houve estranhamento em alguns momentos, mas a parceria foi muito importante, dizendo que ajuda de todos, ele se tornou um pouco melhor. Ao encerrar sua apresentação, convidou o professor Valentim para proferir algumas palavras antes da assinatura de mais um convênio com a UNEB, para qualificação profissional. O Reitor saudou os componentes da mesa, destacando que Emília Silva, Presidente da Bahiatursa, também é professora (licenciada, agora) da Universidade que dirige e parabenizou o Secretário. Disse que o papel da UNEB é ajudar de diversas formas a sociedade. Repassou alguns dados sobre número de alunos, cursos, campi etc. e informou ao trade que a cidade de Juazeiro vai receber um curso de enoturismo. A apresentação de Emília Silva versou sobre o 5º Salão de Turismo – Roteiros do Brasil, promovido pelo MTur . Explicou que este salão faz parte da estratégia de mobilização, promoção e comercialização de roteiros turísticos desenvolvidos segundo as diretrizes e os princípios do Programa de Regionalização do Turismo. Também pretende reforçar a importância do novo modelo de gestão da atividade turística, com base na competitividade e na inclusão social. Mostrou esquema da localização dos estandes, sendo que a Bahia vai mostrar 10 de suas Zonas Turísticas. Haverá uma feira de Roteiros Turísticos e o Nordeste elegeu o “São João” como tema principal; a Bahiatursa fará o lançamento da revista Roteiros do Brasil; a Bahia vai apresentar quatro roteiros com foco no mercado internacional; que no “Vitrine Brasil”, o Instituto Mauá vai mostrar o artesanato baiano e Targino Gondim vai se apresentar; que há várias possibilidades de participação, entre elas a Rodada de Negócios no qual Porto Seguro apresentará projetos de Economia de experiência e a Chapada Diamantina, Aventura Segura. Avisou que está aberto um processo que vai premiar casos de sucesso e que a Bahiatursa está à disposição de todos para assessorá-los. Encerrou lembrando que a experiência em 2009 foi excelente, convidando todos empresários da área para acompanhar e comparecer ao Salão de Turismo. Prosseguindo, o Secretário Leonelli informou que o Secretário Ney Campelo não pôde comparecer e discorreu sobre a participação da SETUR em diversos e importantes eventos, destacando o Salão de Turismo, a ser aberto em, 23 de maio; lembrou que havia uma idéia de se fazer conjuntamente uma espécie de “feira dos municípios”, mas que talvez não seja possível; este ano o salão será mais modesto, e no próximo ano deverá ser melhor. José Carlos anunciou o próximo ponto de pauta, a apresentação das Zonas Turísticas, convidando primeiramente o representante do Polo Litoral Sul, Sr. Júlio Oliveira, da Associação dos Municípios do Baixo Sul (AMUBS). Após cumprimentar a todos, Julio discorreu sobre as principais ações do Polo, iniciando pelo primeiro encontro de trabalho, ocorrido no dia 4 de


março, com a presença de Billy Arquimimo, coordenador de Turismo Étnico; além deste tema, o encontro versou sobre planejamento turístico e participação da Costa do Dendê no Salão de Turismo; falou sobre a parceria com o IDES, que está permitindo o Agro-ecoturismo. Que a AMUBS elaborou um diagnóstico, contabilizando 42 comunidades quilombolas, todas certificadas pela Fundação Palmares. Relembrou a parceria com o SEBRAE, que vem permitindo a capacitação empresarial (Turismo Empreendedor) e a capacitação profissional, em parceria com o SENAC, cujos outros parceiros são ABRASEL, IFBA, outras secretarias e associações. Citou o Festival Gastronômico “Sabores da Costa do Dendê”, com a ABRASEL, e o sucesso que o grupo Zambiapunga vem tendo em mais de 50 apresentações no Brasil e em outros países. Informou que Maraú foi contemplado com material que será lançado no Salão de Turismo; está sendo estabelecido o roteiro “cacau com dendê” interligando as duas regiões. Sobre o turismo náutico, disse que há um grupo de trabalho em formação, e que será feito um diagnóstico das potencialidades; que está havendo colaboração dos velejadores locais os quais, inclusive, já participam da regata Morro-Salvador. Sobre o Aeroporto de Valença, sabe-se que é prioridade do Governo Jaques Wagner, porém ainda está parado, lembrando que Morro de São Paulo é o terceiro destino do Estado. A questão dos bombeiros e da brigada já é realidade, mas ainda há dificuldades que estão sendo sanadas. A região pretende realizar um seminário de regionalização; há potencialidades diversas, mas é preciso que as cidades se alinhem para melhor obterem benefícios. Sobre a legalização das empresas lembrou que alguns destinos geram mais problemas que benefícios e que o dilema da sustentabilidade subsiste: as prefeituras têm muito mais gasto e pouco retorno. Sobre o CADASTUR, aguarda visita de Paulo Guaranys para discussão do tema; o BNB está contribuindo para a discussão e a viabilização de encontro. Pretende promover o São João ao lado do governo do Estado. Destacando a profunda ligação entre Costa do Dendê e a Costa do Cacau, citou a presença de diversos representantes das duas regiões. Encerrou parabenizando o Secretário Leonelli, cujas ações promovem o turismo sustentável e integrado, convidando-o ainda para uma homenagem da região no próximo dia 09 de abril. José Carlos perguntou se alguém queria fazer complementação da fala. D. Vera Sarmento, Secretária de Turismo de Maraú, externou seu agradecimento ao Secretário e equipe, pois o prêmio citado por Júlio foi obtido com a ajuda significativa de todos. Maraú passou a ser um destino muito mais conhecido. Está sendo feito uma pesquisa sobre o perfil do turista que visita a cidade e já foi feita uma prévia, havendo vários elogios. Na avaliação da Fundação Getúlio Vargas, o município foi agraciado com diversas melhores notas, inclusive a maior do país em cooperação regional. Ao terminar, saudou o novo Secretário, Antonio Carlos Tramm, desejando, em nome do trade do Polo Litoral Sul, sucesso na nova missão. George Barreto, representante da SALTUR iniciou sua fala dizendo que Salvador está jogando peso na reconstituição do grupo gestor (Destino Indutor); que foi feito um seminário de sensibilização da capital, com 22 instituições: três do Estado, três da Prefeitura, 16 do setor privado. Lembrou que a capital também recebeu boas notas da FGV, ficando em primeiro lugar em aspectos culturais. A escolha dos Sete Pontos Mágicos possibilitou a criação de uma subprefeitura no Pelourinho e que está havendo um choque de ordem nas sete áreas ao redor dos Pontos Mágicos, principalmente um incremento dos serviços públicos. Dentro deste espírito, o SENAC ofereceu curso gratuito de ambulantes e impôs como condição que os alunos fossem cadastrados e fiscalizados e que outros ambulantes não atuassem nas localidades atendidas. Em abril o mesmo curso atenderá a área do Mercado Modelo- 263 boxes – contribuindo para divulgação do artesanato de Salvador. Também está sendo feito um inventário do Mercado Modelo e dos Sete Pontos Mágicos. Que pretendem expor dois casos no salão de turismo:


“Sete Pontos Mágicos” e a visita de 150 empresários turísticos da América do Sul. Divididos em grupos, passaram um final de semana prolongado para conhecer os cinco espaços de convenções, os Pontos Mágicos, novos roteiros (Salvador está divulgando 20 roteiros). A SALTUR está realizando visitas técnicas em novos guetos e equipamentos que podem ser atrações turísticas: uso do trem para visitas à Plataforma (exemplo de turismo de base comunitária), roteiros para o grupo GLS, roteiros religiosos. Alguns terreiros estão preparados para receber turistas, desde que estes respeitem seus preceitos. A Folha de São Paulo e o jornal A Tarde já demonstraram interesse na divulgação da novidade, que podem aumentar os dias de permanência dos turistas na Capital. Trouxe exemplares da nova folheteria, dentro dos padrões de exigência do mercado internacional. Para turista de cruzeiros, cujo número de passageiros aumentou significativamente, foi criado um “TUR a pé”. O calendário de eventos foi reforçado, por exemplo, o Cirque de Soleil está garantido por mais três anos. A SALTUR pretende também incentivar o turismo de proximidade (cinco horas de duração), o que poderá triplicar o número de turistas. Finalmente, comunicou o lançamento do Site oficial, com 10 idiomas, aquisição de um grande acervo de imagens e um CD de treinamento profissional. O Secretário Domingos Leonelli retomou a palavra e elogiou a criatividade com que a SALTUR vem trabalhando. Anunciou então a representante de Mucugê, Ângela Pina. Esta informou que estão desenvolvendo ações do chamado Turismo Pedagógico, recendo estudantes de oito capitais do país (cerca de 6.000 jovens por ano). Lembrou que o projeto Sempre Viva foi premiado e é atraente para esse tipo de turismo. Que a produção agrícola local é grande e pode ser atraente, principalmente a produção de café gourmet e a rota das frutas (ameixa, morango e maça). Criou-se a rota da cachaça: Abaíra tem uma ótima cachaça que já é exportada para Europa; estiveram na Feira de Berlim para divulgar esta rota; a cachaça foi tombada e o nome é exclusivo. Produtores formaram uma associação que funciona como fiscalizadora da cachaça, que só recebe o rótulo Abaíra se passar por seu crivo. Lembrou que o festival de Corais é o único da Bahia; que o São João de Mucugê é o melhor da região, com forró pé de serra, atraindo um público com bom poder aquisitivo; finalizou discorrendo sobre os preparativos para a nova modalidade de corrida de aventuras – trilhas e rua. Em seguida, o Prefeito Fernando Medrado falou sobre os problemas advindos da sazonalidade. Que estão trabalhando com o SEBRAE para melhorar a produção da culinária e do artesanato locais, para que seus trabalhadores possam obter rendimentos permanentemente. Citou como exemplo a falta de produtos para vender nos festejos juninos. Em seguida, apresentou-se Eliane Morim, da Câmara de Turismo Costa das Baleias, que desejou sucesso ao Secretário, enfatizando que durante sua gestão, os participantes da Zona que representa mantiveram um diálogo mais aberto com a SETUR e que percebeu uma vontade política de se incluir a CB, que sempre ficava de fora; que diversos eventos estão sendo feitos, inclusive o Festival Gastronômico de Prado, cujos efeitos estão propiciando 100% de ocupação hoteleira em Prado e um bom percentual em Alcobaça e Caravelas. Informou que foram criadas comissões para atuarem de forma mais organizada, em busca de projetos para região, enfatizando o SEBRAE como parceiro. Que apresentaram recentemente a diversos operadores de turismo especialmente de São Paulo, o plano de marketing para até 2014 e que receberam 12 operadores em visita a Abrolhos, esperando que o passeio repercuta entre muitos outros. Lembrando que a região é bastante propícia ao turismo de aventura e ecoturismo (ecomotion), encerrou sua fala desejando sucesso ao novo secretário. Representando a Prefeitura de Paulo Afonso o Sr. Antônio Galdino da Silva relembrou que a região foi criada há um ano apenas, mas que estão fazendo o possível para colaborar com o seu desenvolvimento; há na região a Maratona de Canoagem e


nos Seminários de Roteirizarão foi criado o roteiro Cânion e Cangaço. Está agendada uma reunião para a instalação do conselho regional. Mostrou slides com os lagos, propício para atividades náuticas, tendo a região uma das maiores raias do país; que é famoso também o carnaval fora de época, na primeira semana de setembro. Encerrou comparando os investimentos da região com os de Sergipe, bastante significativos. Representando o Litoral Norte, fez uso da palavra o Sr. Paulo Azevedo, assessor técnico da Secretaria de Turismo de Camaçari. Reclamou da pouca atuação da Câmara Baía de Todos os Santos, de acordo com o seu ponto de vista. Arembepe, destaque de Camaçari, vai passar por um processo de reurbanização. Encerrou informando que o município vem discutindo bastante a questão das instâncias de governança. Getúlio Andrade, do Sindicato de Hotelaria de Feira de Santana e Presidente do Conselho Regional Caminhos do Sertão informou que várias reuniões aconteceram, porém apenas seis municípios participaram (são15); informou estar presente também o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Planejamento, e a secretaria que representa possui, em sua estrutura, uma Diretoria de Turismo; que um dos efeitos concretos da troca de informações foi a criação do Conselho Municipal de Turismo de Canudos; pediu ajuda para a SETUR e Bahiatursa na motivação dos demais municípios; Feira de Santana gostaria de participar na nova constituição do Fórum. Reclamou de maneira enfática sobre a omissão do nome de Feira de Santana em folder sobre a região, ressaltando que, apesar de ter se manifestado pedindo a correção,o mesmo erro voltou a acontecer em uma segunda publicação. Lourival Trindade, Subsecretário de Turismo de Cachoeira, reclamou da falta de planejamento em algumas situações, principalmente na ligação de Salvador com seu entorno; embora se diga que Salvador “segura” o turista somente durante três dias, não há valorização das cidades do entorno, para receberem esse turista. Sobre o tema, informou que Cachoeira recebe cerca de cinco ônibus por semana, mas não há consumo na cidade: os turistas não compram lembrancinhas nem alimentação e bebidas por falta de convênio com os guias, que exigem comissão dos comerciantes locais. É preciso tratar outras cidades como pontos turísticos, lembrando que Cachoeira tem um arquivo municipal riquíssimo e sempre recebe pesquisadores; que a SECULT está avançando mais em relação aos municípios do interior. Sobre a Inventariação, observou que a UNEB, entidade vinculada ao Estado, está cobrando um valor que inviabiliza aos municípios a sua realização. Também pediu esclarecimentos sobre alterações no edital do concurso Cidade da Cultura 2010, já que não houve a visita técnica prevista para antes da saída do resultado. Jane Figueiredo, da Associação Brasileira de Turismo Rural, discorreu sobre os propósitos do novo segmento, enfatizando a promoção do turismo sustentável. O programa de turismo rural prevê o cadastramento dos municípios que têm fazendas e possam receber turistas; a SETUR apoiou e possibilitou a melhoria do trabalho. Encerrou convidando os empreendedores a participarem do catálogo. André Reis, coordenador do concurso “Cidade Cultural”, deu explicações sobre o mesmo: foi uma iniciativa privada, com apoio das secretarias e BNB; o edital deixava o regulamento livre; os quatros melhores vão receber apoio; a cidade ganhadora foi Rio de Contas, Cachoeira foi a vice. Na sequência, Jacobina, São Francisco do Conde e Ilhéus. Em seguida, houve a apresentação do CADASTUR, pelo Diretor de Serviços Turísticos, Paulo Guaranys. Explicou o novo sistema de Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos, desenvolvido pelo Ministério do Turismo, conforme a lei e sua regulamentação e cujo objetivo principal é identificar os Prestadores de Serviços Turísticos, com vistas ao conhecimento de suas atividades, empreendimentos e serviços, bem como perfil de atuação, qualidade e padrões dos serviços por eles oferecidos. Elencou os equipamentos obrigados a se cadastrar: Meios de Hospedagens,


Agências de Turismo, Transportadoras Turísticas, Organizadoras de Eventos, Parque Temáticos, Acampamentos Turísticos e Guias de Turismo. Citou os que podem se cadastrar, os benefícios e como cadastrar. Mostrou novas ações do MTur, realçando o Caminho Destino Brasil, que divulga os 65 destinos indutores, estimulando o potencial turista a procurar empresas cadastradas. Finalizou solicitando a divulgação do CADASTUR entre os empresários do setor. Geavam Gonzaga, da Federação de Moradores, explicou que após a Conferência das Cidades resolveram se aproximar das instâncias do turismo; os moradores precisam receber a contrapartida social dos grandes empreendimentos; estes trazem, entre outros problemas, a violência do direito de ir e vir; que um hotel proíbe os nativos de frequentar a praia – o fato já foi denunciado junto ao Ministério Público. Pede ajuda a SETUR para intervir, pois nativos, inclusive pescadores estão sendo prejudicados. A FAMEB quer participar das instâncias de governança. O Prefeito local se esquiva de “brigar” com os dirigentes do hotel. Solicitou a inclusão da FAMEB entre os conselheiros do fórum. José Carlos esclareceu que todo o empreendimento passa por um crivo através de diversos órgãos, para garantir que todos ganhem inclusive a comunidade do entorno. Billy Arquimimo, coordenador do Turismo Étnico, disse que as idéias de Leonelli para o segmento se coadunaram com os empresários norte-americanos que se interessaram em trazer uma linha aérea direta para Salvador. Informou que está sendo lançado um livro sobre Turismo Étnico, primeiro produto do segmento. Divulgou Seminário sobre o tema que ocorrerá em Agosto, próximo à festa da Boa Morte, em Cachoeira. Informou que estão realizando um mapeamento de localidades que possibilitam o turismo étnico e que o MTur o aguarda para iniciar ações que possam colaborar com a nova e elogiada modalidade. Ao encerrar a apresentação pediu aos participantes que enviem casos que possam contribuir para o inventário. Substituindo o Secretário Ney Campello (SECOPA), o assessor técnico Márcio Lima, fez uma preleção sobre as ações para a Copa 2014. Que foi criada uma secretaria extraordinária com equipe enxuta e dedicada, cuja primeira ação foi o lançamento do edital do estádio da Fonte Nova. A Bahia foi o primeiro estado a lançar o edital entre cidades da Copa. Lembrou da importância da Copa das Confederações, cujos jogos vão acontecer em quatro cidades do país. A FIFA é a “proprietária da Copa” e faz ameaças divulgando a possibilidade de cortes de cidades que não estiverem prontas; a SECOPA está em permanente contato com a FIFA; enfatizou que a cidade do Salvador será reformada por seus donos, mas o dono no evento é a FIFA; há um comitê gestor e todas as determinações vêm dele. Sobre os turistas, disse que há comprovação de que o turista fica após os jogos e gasta uma média de 400 euros por dia e os que viajam para outros jogos e voltam, gastam 240 euros. A SECOPA está atuando em permanente parceria com a SETUR. Em relação à interiorização, disse que não deve haver ilusões, ninguém indicará cidades para hospedar as seleções, cujo “base camping” pode situar-se em qualquer cidade do Brasil, mas as cidades precisam usar criatividade e competência para atrair as comitivas, sendo que itens obrigatórios aeroporto e linhas de aviões de carreira. Os secretários já iniciaram conversa para realizar uma Feira dos Municípios para que os turistas possam ter uma amostra das cidades e permanecer por mais dias no Estado, desejando visitar algumas outras localidades. Está havendo divulgação da Bahia em Feiras Internacionais e a pesquisa do New York Times está sendo utilizada nessas divulgações (temas como “a copa será uma oportunidade única para você conhecer a Bahia”); há um plano de capacitação e qualificação para a Copa na África do Sul no qual 50.000 motoristas foram capacitados em idiomas/direção defensiva/hospitalidade; que o instituto João Havelange já assinou o primeiro protocolo de capacitação e qualificação profissional; que vários encontros já aconteceram e foi formado o fórum das Cidades Sede, para tratarem de políticas


públicas, legados sociais etc. Agradeceu a atenção e colocou-se à disposição para tirar dúvidas. Foram feitas perguntas sobre a questão das distâncias entre as cidades, enfatizando-se a questão de que as viagens internas vão aumentar, pois os jogos poderão ocorrer em cidades diversas, do mesmo grupo. Márcio respondeu que isso acontece em todos os países, inclusive na África do Sul. Perguntado sobre o diálogo com os municípios, respondeu que, por iniciativa da prefeita de São Sebastião do Passé, seis municípios se reuniram com o secretário Ney Campello: Camaçari, São Francisco do Conde, Madre de Deus, Santo Amaro, Lauro de Freitas e São Sebastião do Passé, iniciando troca de informações sobre o legado, políticas públicas, como se preparar. Soraya Sena, do BNB, deu informações sobre o PROATUR COPA, financiamento cujo objetivo é atender às necessidades das empresas para o evento. Apresentou a equipe do BNB, parabenizou o Secretário Leonelli, lembrando que ele foi o único secretário que participou de todas as reuniões; destacou sua sinceridade e honestidade. Sobre as alterações do regimento, enfatizou a questão da representatividade, lembrando que os conselheiros devem falar em nome de suas regiões e não de seus municípios; que os suplentes devem ser considerados para que não haja solução de continuidade. Encerrou sua participação relembrando aspectos que devem ser levados em conta na formação do novo Fórum. Neste momento José Carlos solicitou a Chancela para o projeto Aquarela, da EMBRATUR, que pretende utilizar verba descentralizada para promoção do turismo no mercado internacional e que o valor da Bahia é maior do que Rio de Janeiro e São Paulo. Explicou que é preciso que os conselheiros autorizem o uso da verba para esse fim. O projeto foi devidamente chancelado pela Assembléia. José Carlos Oliveira encerrou o evento destacando o papel do BNB e convidando a todos para a próxima reunião, no dia 30 de abril de 2006, sexta-feira. Salvador/26 de março de 2010 – José Carlos de Oliveira, Secretário Executivo. Rita Lelis/revisão. José Carlos Oliveira______________________________Secretário Executivo do Fórum de Turismo da Bahia.

Ministério do Turismo Banco do Nordeste do Brasil Banco do Brasil Caixa Econômica Federal INFRAERO Secretaria de Turismo do Estado da Bahia Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia Secretaria do Trabalho, Emp., Renda e Esportes / Instituto Mauá


Secretaria da Agricultura, Irrig. e Reforma Agrária do Estado da Bahia Empresa de Turismo da Bahia S.A.(BAHIATURSA) Instituto Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) Empresa de Turismo de Salvador (SALTUR) Prefeitura Municipal de Mucugê Prefeitura Municipal de Rio de Contas Prefeitura Municipal de Palmeiras Prefeitura Municipal de Alcobaça Prefeitura Municipal de Mucuri Prefeitura Municipal de Barreiras Prefeitura Municipal de São Desidério Prefeitura Municipal de Valença Prefeitura Municipal de Maraú Prefeitura Municipal de Mata de São João Prefeitura Municipal de Camaçari Prefeitura Municipal de Itaparica Prefeitura Municipal de Vera Cruz Prefeitura Municipal de Santa Cruz Cabrália Prefeitura Municipal de Paulo Afonso Assoc. Baiana de Turismo Rural (ABATURR) Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-Bahia) Cluster de Entretenimento Salvador Convention Bureau Associação Brasileira das Empresas de Entre. e Lazer (ABRASEL) Sindicato das Empresas de Turismo da Bahia (SINDETUR) Conselho Baiano de Turismo Câmara de Dirigentes Lojistas da Ilha de Itaparica


Associação Comercial de Porto Seguro Cluster de Turismo da Costa dos Coqueiros Sindicato de Hotéis, Rest., Bares e Sim. de Feira de Santana (SINDHIR) Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) Assoc. Brasileira de Clubes da Melhor Idade (ABCMI) Centro Náutico Assoc. dos Municípios do Baixo Sul (AMUBS) Consórcio Jiquiriçá Instituto de Hospitalidade (IH) Assoc. Brasileira de Fortes e Sítios Históricos (ABRAF) Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (IDES) Instituto Federal de Educação Tecnológica da Bahia (IFBA) Universidade do Estado da Bahia (UNEB) União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME) Centro Universitário da Bahia (FIB)

Câmaras Zonais Participantes: Câmara Baía de Todos os Santos Câmara Costa dos Coqueiros Câmara Costa das Baleias Caminhos do Sudoeste


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