O Castelo da Gafanha

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O «CASTELO DA GAFANHA»

Estamos em tempo de comemoração do bicentenário da abertura da Nova Barra de Aveiro. (1808) Antes da actual, teria existido um canal que dava saída a uma parte das águas da riais que por dar acesso directo à cidade, tinha, por isso, o nome de Canal da Cidade. E foi precisamente para defesa deste canal ,e para aí instalar as infra estruturas onde era feito o controlo (e respectivo pagamento) alfandegário ,que se instalou no extremo das Galefenhas ( ainda então anexadas a Vagos) ,no séc.XVII, o Forte Novo.(O Forte Velho existia na Vagueira, onde tinha sido construído em 1643)

Fig 1 –Esquema da Barra onde é referida a localização do Forte Velho

Curiosamente, os baixios do Forte Novo, foram utilizados como prisão, e destas se pode ter uma ideia , visitando-o . Pertencendo ao Ministério da Defesa, tinha uma peça de bronze de carregar pela boca assente numa carreta quadrada, de ferr,de quatro rodas .


Fig. 2-O Forte no início séc. XIX /XX

Fig. 3- O Forte visto da passagem Gafanha -Barra

Quando entregue à Junta da Barra, em 1844, foi construída uma torre – que hoje ainda se mantém – cuja finalidade era a de servir de torre de sinais para as embarcações que demandavam o Porto de Aveiro.


Este Forte também ficou conhecido por «Castelo da Gafanha,tendo sido adquirido ao Ministério da Guerra, pela Junta Autónoma da Barra de Aveiro.

Fig 4 -

Forte da Barra

Pena que até hoje não se tenha avançado com uma recuperação do Forte, utilizando as habitações anexas, degradadas, para aí instalar uma unidade hoteleira capaz. O histórico edifício merecia-a .Merecia-a tanto como o Jardim Oudinot ,de cuja requalificação, agora, tanto se fala .Ou até se poderia integrar na mesma, formando um conjunto de valiosa atracção turística. Nota :Quando foi elevada à categoria de cidade ,por D .José I, sendo ainda recentes os factos que levaram o Duque de Aveiro a ser estraçalhado na roda e depois queimado, o nome de Aveiro foi mudado para Nova Bragança, tal o


Fig. 5 –Execução do Duque de Aveiro Ódio nutrido à família Ducal da cidade, cujas propriedades foram todas confiscadas pela Casa Real, em 1760. Todos os seus edifícios e bens próprios foram destruídos, concedidos a outrem, ou vendidos, depois de confiscados pelo Estado. As pedras de armas dos Aveiro foram mandadas picar, e o chão dos palácios e quintas do ducado, mandados salgar. SF Dez 2007


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