Apoio psicológico: a importância de uma prá6ca sustentada em ciência
Equipa do Serviço de Consulta Psicológica Coordenação: Professora Doutora Luísa Soares Psicólogas: Carla Vale Lucas e Filipa Oliveira URL: scp.uma.pt 12 de julho de 2015
As Estações da Vida
Saúde Mental «O estado de bem-‐estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer face ao stress normal da vida, trabalhar de forma produHva e fruIfera e contribuir para a comunidade em que se insere» (OMS, 2002) PROMOVER. PREVENIR.
INTERVIR.
Dados estaMs6cos 1 em cada 5
portugueses já apresentou algum problema de saúde mental.
• Portugal apresenta uma prevalência de perturbações mentais acima da média europeia (OPP, 2011). • 11% da população da União Europeia apresenta alguma perturbação do foro mental.
Dados estaMs6cos • Todas as idades são suscepMveis de desenvolverem perturbações do foro mental.
• A perturbação depressiva é a mais comum e a principal causa de incapacidade no mundo. – Cerca de 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão (OMS)
Dados estaMs6cos • Prevalência da depressão na RAM
– Num estudo de Fragoeiro (2008) com 342 pessoas entre os 65 e os 89, cerca de 9% Hnha sintomas indicaHvos de depressão e 3% em distress psicológico. – 7.52% em 505 pré-‐adolescentes e adolescentes da população escolar do 3.º ciclo do funchal (Freitas, 2004) .
Soares, L., Faria, C., Coelho, C., Oliveira, F. & Lucas, C. (2015). Psicologia na Madeira. In José Eduardo Franco e CrisHna Trindade (Eds). Que saber(es) para o século XXI. História, Cultura e Ciência na Madeira. Esfera do Caos Editores, ISBN: 978-‐989-‐680-‐133-‐5
Dados estaMs6cos • Sem tratamento as consequências da doença mental são múl6plas. – Diminuição da produHvidade – Aumento do absenHsmo – Desemprego – Burnout – (...)
s o ic m ó n o c e s o t s Cu o a r a p s e t n a it b r o ex País.
Dados estaMs6cos • A Madeira foi a região do País onde se verificaram mais suicídios (Dados de 2009)
• 496 tentaFvas de suicídio, sendo que 92% estava associado a intoxicação voluntária (2012) • Nas tentaFvas de suicídio, a média das idades foi de 35 anos, sendo a idade baixa a de 12 anos. Soares, L., Faria, C., Coelho, C., Oliveira, F. & Lucas, C. (2015). Psicologia na Madeira. In José Eduardo Franco e CrisHna Trindade (Eds). Que saber(es) para o século XXI. História, Cultura e Ciência na Madeira. Esfera do Caos Editores, ISBN: 978-‐989-‐680-‐133-‐5
Intervenção psicológica • REDUZ CUSTOS DE SAÚDE – Custos diretos: cerca de 20 a 30% (ex.: nº de consultas médicas) – C u s t o s i n d i r e t o s : r e d u ç ã o d o absenHsmo laboral (3 dias/ano por trabalhador).
Intervenção psicológica • Os TRATAMENTOS ao nível da saúde mental são efe6vos. • 80% dos casos em acompanhamento psicológico manifestam uma melhoria do estado emocional geral (OPP, 2011).
Apoio psicológico:
A procura de ajuda cons6tui um factor protetor da saúde mental
• O Psicólogo – Ajuda a abrir caminhos para que a mudança possa ocorrer. – Ajuda a promover a resolução de problemas, a promover a autonomia e a reflexão.
Apoio psicológico: Os desafios
“A nossa vida é como um tabuleiro de xadrez... Basta mudar uma peça para todo o conjunto mude! A nossa história conHnuamente influencia a de outras”. reHrada Imagem
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(Autor desconhecido)
Estamos mesmo dispostos a mudar?!
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
Des6na-‐se à comunidade académica da UMa e à população em geral da RAM.
Guia a nossa intervenção: • Aposta na resolução de problemas psicológicos • Aposta na promoção do bem estar psicológico.
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
Equipa Luísa Soares, Coordenadora do SCP-‐UMa
Doutorada em Psicologia. Professora Auxiliar da Universidade da Madeira, do Centro de Artes e Humanidades
Integra o Madeira Intera6ve Tecnologies Ins6tute (M-‐ITI).
Interessa-‐se pelas áreas das novas tecnologias no âmbito da intervenção psicológica.
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
Equipa de Psicólogos Carla Vale Lucas
Membro efeHvo da OPP. Tem desenvolvido o seu trabalho sobretudo com crianças e jovens. Interessa-‐se em parHcular pela biblioterapia e pela promoção do capital psicológico, enquanto ferramenta chave para a transição para a vida aHva e manutenção do bem estar no contexto laboral.
Filipa Oliveira
Membro efeHvo da OPP. Tem parHcipado em diversos projetos de invesHgação e dinamizado vários workshops de treino de competências pessoais. Tem desenvolvido o seu trabalho sobretudo junto ao jovem universitário e a transição para a vida aHva. Tem interesse parHcular ao nível da neuropsicologia.
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
Contámos com a colaboração das psicólogas:
Catarina Faria, CrisFna Coelho, Sónia Vasconcelos
Contamos ainda com os nossos estudantes / tutores
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Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos? • Disponibiliza: – Consultas de psicologia – Treino de competências pessoais, sociais, laborais, orientação profissional e de carreira – Consultadoria
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos? Projeto “MEXE-‐TE” E3G – financiado pelo Programa Escolhas Pareceria Câmara Municipal do Funchal Sessões de construção de projetos de vida com os diferentes grupos de jovens
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
Fórum da Empregabilidade (Maio/ 2015) promovido pelo Observatório de Emprego da UMa
“Construindo o meu projeto de Vida” Projeto Espelho Meu: Educar para o empreendorismo juvenil Em parceria com a SocioHabita Funchal
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
A6vidades des6nadas a estudantes de Erasmus e outros estudantes em programas de mobilidade
Exemplo: A6vidade “Relaxa a ansiedade” – Programa Pares
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
Feiras da Saúde (AAUMa)
Open Day (trabalho em equipa; Gestão de tempo; criaFvidade – 2014).
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
Comunicações e a6vidades de Biblioterapia, em colaboração com a Câmara Municipal do Funchal (ex.: Feira do Livro, Construção de Projetos de Vida)
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos?
Grupos de treino de competências em parceria com o Centro Porta Amiga do Funchal (AMI)
Grupos de treino de competências em colaboração com Clubes de Emprego (AMI, Ponta do Sol...)
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos? Aposta numa prá6ca sustentada por inves6gação
AVALIAR PARA MELHOR INTERVIR!
Serviço de Consulta Psicológica Quem somos e o que fazemos? Prá6ca sustentada por inves6gação
Intervenção clínica
Intervenção no Ensino Superior
Programas / Ferramentas de intervenção
Área 1: Intervenção Clínica 1.1) Avaliação do progresso do cliente no contexto terapêu6co • Sistema individualizado de Avaliação do Progresso do Cliente, em colaboração com equipa do Centro de InvesHgação e Intervenção Social do ISCTE – Lisboa. • BINOCULAR: Visões do Processo em Psicoterapia: Desde outubro de 2014, colaboração com estudo da Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade do Porto.
Área 1: Intervenção Clínica 1.2) Efe6vidade da intervenção • Intervenção cogni6vo comportamental em caso de “Bexiga Tímida” (Parurese)
Oliveira, F. & Soares, L. (2014) Changing the clinical narraHves paHents live by a cogniHve behavioral approach of a clinical case of paruresis. Journal of Poetry Therapy: The interdisciplinary Journal of PracFce, Theory, Research and EducaFon.
• Intervenção em perturbação de ansiedade no adolescente
Lucas, C. V. & Soares, L. (2014). Being a teen and learning how to surf anxiety: IntegraHng narraHve methods with cogniHve behavioral therapy. Journal of Poetry Therapy.
• Intervenção na perturbação de vinculação
Coelho, C. & Soares, L. (2013). NarraHve CogniHve Therapy and insecure / ambivalent alachment palern: a clinical case of epilepsy. Iberian Journal of Clinical & Forensic Neuroscience.
Área 2: Intervenção no Ensino Superior O SCP-‐UMa integra Rede de Apoio Psicológico do Ensino Superior RESAPES-‐AP
A entrada no Ensino superior é um contexto potenciador de novos desafios
Área 2: Intervenção no Ensino Superior • Vários estudos indicam incremento de sintomatologia psicopatológica entre os universitários, sendo este um dos principais moHvos para o incremento do abandono escolar. • 42% dos cerca de 500 alunos da UMa que frequentam o 1.º ano apresentam uma taxa de insucesso em uma ou mais unidades curriculares (Bento & Mendes, 2007)
Área 2: Intervenção no Ensino Superior • O sistema de ensino superior
Soares, L. & Faria, C. (2015). South Europe Higher EducaHon: Portugal and its Peripheral Regions. In P. Blessinger and J. Anchan (Eds), DemocraFzing Higher EducaFon: InternaFonal ComparaFve PerspecFves. New York: Routledge.
• Avaliação de sintomatologia
Soares, L., Lucas, C., Oliveira, F., Roque, L. & Cadima, J. (2012). Psychological Symptomatology and loneliness in a College Students Samples: What new trends can be developed to beler help these students? Revista de Psicologia da IMED
• Avaliar a qualidade das vivências académicas e recep6vidade face à ajuda psicológica por parte dos estudantes Lucas, C. V., Oliveira, F., Soares, L. & Faria, C. (2012). Vivências Académicas dos Estudantes da Universidade da Madeira e Crenças em Relação ao Apoio Psicológico, in VIII Congresso Iberoamericano de Avaliação/XV Conferência Internacional Avaliação Psicológica.
Área 2: Intervenção no Ensino Superior Principais resultados dos estudos: • Níveis elevados sintomatologia psicopatológica • As raparigas apresentam níveis mais elevados de sintomatologia • São as raparigas que pensam mais em recorrer a ajuda psicológica • Foi encontrada correlação entre a sintomatologia e a solidão, mostrando a importância do trabalho ao nível das redes de suporte. • Permitem sugerir áreas de intervenção que promovam o ajustamento e bem estar.
Área 3: Programas e ferramentas de intervenção • Programa de tutoria de PARES: apoiar na integração dos jovens ao Ensino Superior Coelho, C., Faria, C., Oliveira, F., Soares, L., Lucas, C.V. & Vasconcelos, S. (2015). Pilot Project for peer tutoring: A case study in a Portuguese University. Journal of Applied Research in Higher EducaFon, 7(2).
• Uso das tecnologias na promoção das sot skills no ensino superior Soares, L., Coelho, C., Faria, C. & Baras, K. (submiled, under review). The Smartphone project: digital tools to promote university students psychological well-‐being.
Área 3: Programas e ferramentas de intervenção • As redes sociais e a psicoeducação Faria, C., Coelho, C., Lucas, C. V., Oliveira, F., Soares, L. & Vasconcelos, S. (2014). How can psychologists use social networks to reach community? RUMOS -‐ Revista Cienlfica da Universidade do Mindelo
A internet e as redes sociais podem ser muito úteis para disseminar e par6lhar material de autoajuda e os conhecimentos advindos da psicologia posi6va (Schuller & Parks, 2014).
Área 3: Programas e ferramentas de intervenção • A biblioterapia como ferramenta na promoção do bem estar psicológico Vale Lucas, C. & Soares, L. (2013). Bibliotherapy: a tool to promote children's psychological well-‐being. Journal of Poetry Therapy: The interdisciplinary Journal of PracFce, Theory, Research and EducaFon
Royal College of Psychiatrists (2003), a promoção da Saúde Mental pode ser alcançada com a educação para a saúde e a promoção de es6los de vida mais saudáveis
Área 3: Programas e ferramentas de intervenção Em curso: • Organizações posi6vas: a promoção do capital psicológico e do bem estar dos colaboradores de uma organização (Carla Vale Lucas, SCP-‐UMa; Miguel Lopes, ISCSP, Universidade de Lisboa)
• Fatores mo6vacionais na adesão a programas de autogestão da saúde em estudantes universitários (Filipa Oliveira e Luísa Soares, SCP-‐UMa; Marina Serra Lemos, Universidade do Porto).
Inves6r na Saúde Mental é um inves6mento com retorno Saúde Bem Estar Produ6vidade
Caminhante, não há caminho... O caminho é feito ao andar! António Machado
“Para onde vou? Como vou? Com quem vou? Quando vou? O que levo na bagagem? E que mais preciso desenvolver?”
Para nos contactar... Serviço de Consulta Psicológica da Universidade da Madeira (SCP-‐UMa) Site: hlp://scp.uma.pt Email: servicoconsultapsicologica@uma.pt Telf.: 291 20 94 98 // 91 8159467