A Jangada: Abril de 2005

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A Jangada Informativo do Clube dos Jangadeiros Porto Alegre - Abril de 2005

Sul-Brasileiro e Seletiva para o Mundial 2005 de Optimist Pรกgina 10

Um novo visual


Editorial EXPEDIENTE A Jangada

Muito trabalho

Boletim informativo do Clube dos Jangadeiros

Jangadeiros executou uma série de obras nos últimos meses, que tornaram o clube ainda mais agradável, fazendo da Ilha o jardim que cada um de nós sempre almejou. Postes de sinalização foram pintados, equipamentos recuperados, floreiras colocadas em diversos locais, jardins refeitos e a Escola de Vela, toda ela, repintada. A mais emblemática obra de todo este embelezamento da Ilha foi a construção da ponte (vão móvel que ligava o antigo trapiche com a ponte propriamente dita da Ilha). A troca de economato do Clube foi outra das atividades realizadas que deu muito trabalho e muita preocupação. Mas os resultados vieram. Com isso, mais um dos “esqueletos guardados no armário” com o qual o clube convivia, como a própria ponte, foi enfrentado. De tudo isso que foi feito, porém, o

Rua Ernesto Paiva, 139 - Porto Alegre - RS — CEP 91900-200 — Fone (51) 3268-0080

Comodoria Cristiano Roberto Tatsch (Comodoro), Gilberto de Carvalho (Vice-Comodoro Administrativo), Jorge Alberto Aydos (Vice-Comodoro Esportivo), Cesar Augusto J. Rostirola (Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio), Flavio Steiner (Vice-Comodoro de Desenvolvimento e Marketing), Marco Aurélio Paradeda (Diretor Financeiro), Mario Roberto Dubeux (Diretor Jurídico), Andrea Pacheco Steiner (Diretora Social), Marga Paradeda (Diretora de Sede), José Adolfo Paradeda (Diretor Técnico de Vela), Renato Reckziegel (Diretor da Escola de Vela Barra Limpa), José Francisco Lisboa (Diretor do Departamento Médico), André Wahrlich (Diretor de Monotipos), Antonio Joaquim Machado (Diretor de Vela de Oceano), Henri Siegert Chazan (Diretor de Mononáutica).

mais importante é o resultado alcançado. No Dia Internacional da Mulher, 160 associadas e não-associadas – e somente elas – jantaram, conversaram, dançaram e se divertiram muito, utilizando o espaço do clube. O objetivo foi alcançado. O clube é para isso: para que as pessoas se encontrem, pratiquem esportes, se divirtam. Nossa primeira meta, que é congregar os associados, está sendo atingida. Mas queremos ainda mais. Queremos um número maior de associados se incorporando ao trabalho de administração do clube e mais e mais associados participando de todas as formas de convivência saudável oferecidas pelo Jangadeiros. Cristiano Tatsch Comodoro

Conselho Deliberativo Manuel Antonio Ruttkay Pereira (Presidente), Pedro Cesar de Oliveira Filho (Vice-Presidente), Cesar Augusto Rostirola (Secretário). Conselheiros efetivos: Alfeu Lisboa de Castro, André Luiz Becker, André Wahrlich, Antonio Carlos B. Motta, Antonio Joaquim Machado, Carlos Humberto Goidanich, Cesar Augusto Rostirola, Claudio Roberto B. da Silva, Cristiano Roberto Tatsch, Danilo Santanna, Flavio Steiner, Frank Edward Woodhead, Gilberto de Carvalho, Henrique Francisco D'avila, Hilton Landgraf Piccolo, Jorge Alberto S. Aydos, Luiz Francisco Gerbase, Luiz Stevo Pejnovic, Luiz A de Los Santos Papaleo, Luiz Carlos Ritter Lund, Mário Fernandes Teixeira, Mario Roberto Dubeux, Paulo Agostinho Damiani, Paulo Boaventura Arruda, Pedro Chaves Barcellos Filho, Roberto Simões Lopes Duarte, Silvio Carlos Perez , Tuffy Calil José, Valter Emílio Fiedler, Wagner Michael Pereira.

Conselho Fiscal Paulo Boaventura Arruda, Tuffy Calil José e Pedro Chaves Barcellos Filho.

Produção, edição e editoração Infomídia Produções (Fone 3333-5513). Jornalistas Responsáveis: Francisco Oliveira e Lígia Gomes Carneiro.

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Jantar pelo Dia da Mulher ma série de surpresas marcou o jantar em homenagem ao Dia da Mulher, que reuniu mais de 160 mulheres no Restaurante da Ilha no dia 8 de março, recepcionadas pela diretoria do Clube. Na chegada, as convidadas eram recebidas com uma rosa. Na mesa, uma garrafa de champanhe aguardava os brindes à feminilidade. Foi uma festa totalmente feminina, onde até a DJ era mulher: Andréa Kraemer, que já atuou no Dado Bier.

Sorteios Entre as atrações, esteve a mostra da nova coleção de jóias da grife Dvoskin Joalheiros. A Equinautic, por sua vez, cedeu alguns de seus produtos para serem

sorteados para as sócias. O mesmo fez a Mary Kay, tradicional marca de cosméticos, que apresentou sua linha de produtos, bem como a Shoes and Purses que, além de apresentar seus produtos, sorteou um par de sapatos e uma bolsa e o Evolution Hair, que sorteou tratamentos de pele e cabelo. Já a Aerotur Viagens e Turismo, ofereceu para sorteio uma viagem para a Pousada do Rio Quente, em Goiás. A sorte esteve a favor da música: a ganhadora foi a DJ Andréa.

Dança de Salão Para encerrar a festa, houve uma apresentação de dança de salão por parte do professor Jairo Moraes.


Novidades Carteirinha vira cartão

antiga carteirinha do Jangadeiros está sendo substituída por um novo modelo, no estilo cartão de crédito, com foto digitalizada. Prática, moderna e bonita, tem manuseio mais fácil e é mais durável. Os novos sócios já recebem diretamente a nova carteira. Mas os que quiserem substituir a antiga devem procurar a secretaria administrativa do clube, levando uma foto 3x4 para ser digitalizada, e autorizar o débito de R$ 10,00 na sua mensalidade.

Nova portaria central portaria central de um clube é seu cartão de visitas e nós temos, agora, um bom cartão. Pois o Jangadeiros, ao invés de terceirizar o serviço como se faz habitualmente, optou por contratar e treinar funcionários próprios, que aos poucos estão conhecendo todos os sócios e estão preparados para tratá-los – e aos seus visitantes – com toda a gentileza que merecem.

Novo ecônomo ransformar os restaurantes do Jangadeiros em uma espécie de extensão da sala de jantar da casa dos associados. Esse é o objetivo do novo ecônomo do clube, Ubiratan de Souza Esteves (na foto acima com a esposa, Ana Lúcia Oliveira Esteves), que já começou o ano com novidades, como o buffet instalado no restaurante da ilha. O novo ecônomo traz na bagagem um currículo de 22 anos no ramo de restaurantes, que inclui o trabalho como maitre durante doze anos no restaurante da Sociedade Germânia e quatro anos como gerente do Épico, restaurante do Grêmio Náutico União. Essa experiência é que faz com que saiba que, em um clube, o atendimento se torna especialmente importante. Em busca do aperfeiçoamento e da qualificação desse

atendimento, Ubiratan vem expandindo sua equipe.

Buffet no continente Aos sábados e domingos os dois restaurantes, da ilha e do continente, estão oferecendo um buffet especial. Durante a semana, de terça a domingo, foi implantado o buffet na sede do continente, no horário das 11h30min às 14h30min. Mas não é apenas o buffet que é novidade. Também estão sendo lançados um novo cardápio com uma grande variedade de pratos – do filé ao salmão – e uma nova carta de vinhos. E o restaurante do continente passou por modificações, com 140 cadeiras e 38 mesas novas, além da reforma da varanda. Vamos prestigiar o novo ecônomo.

CDJ na Equipe Permanente de Vela Olímpica rês tripulações do Jangadeiros, com os timoneiros Fernanda Oliveira, Alexandre Paradeda e André Fonseca, garantiram sua vaga na Equipe Permanente de Vela Olímpica Brasileira durante a Semana Pré-Olímpica de Vela, realizada no Rio de Janeiro e encerrada em 7 de março. Fernanda Oliveira (foto) foi a líder absoluta da classe 470

feminina na Semana Pré-Olímpica. Foram seis vitórias nas seis regatas realizadas. Com isso, além de conquistar a vaga para a Equipe Permanente de Vela Olímpica (EPVO), do Comitê Olímpico de Vela Brasileiro, manteve sua invencibilidade na temporada. Fernanda fez dupla com Isabel Swan, com quem já havia conquistado, neste ano, os

títulos sul-americano e brasileiro. Com a presença confirmada na EPVO, a dupla deverá intensificar os treinamentos, para garantir um bom desempenho no próximo campeonato mundial da classe. Já Alexandre Paradeda (Xandi), teve como proeiro Bernardo Arndt, com quem já havia participado dos Jogos Olímpicos em Atenas. A vaga na Equipe de Vela, na classe 470 masculina, foi garantida pelos resultados obtidos no último

Campeonato Brasileiro da classe, combinados com os da Semana. Xandi também está comemorando outra conquista importante, a do campeonato europeu da classe Snipe, obtida na Itália. André Fonseca (Bochecha) se classificou na classe 49er, com o proeiro Samuel Albrecht. Foi a única tripulação dessa classe que compareceu à Semana Pré-Olímpica.

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Obras Resumo das obras que foram realizadas l Reforma da ponte. l Reforma e readaptação do

pavilhão das lanchas no porto.

l Reforma total da Genoa l l l l l l l l l l l l l l l l l l

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(cortinado, estofados, pisos, limpeza e organização). Reforma total da Escola Barra Limpa (cortinados, pintura interna e externa, lixamento/substituição do piso, estofados). Pintura das lombadas da ilha. Pintura dos trapiches. Poda e retirada de ervas-depassarinho das árvores. Pintura e recolocação da demarcação de caminhos (toquinhos, ilha e porto). Pintura e reparos no flutuante (bate-estaca). Conclusão das churrasqueiras. Lixamento e pintura no avarandado do restaurante do continente. Limpeza geral e reorganização de bancos na prainha, bem como na prainha da escola e do continente. Jardins em geral. Reorganização do “galinheiro”. Pintura dos ancoradouros. Fibragem de todas as estacas. Reorganização das salas do porto. Recolocação de vidros trincados e quebrados. Recolocação de britas. Recuperação dos brinquedos das pracinhas. Bandeiras para mastros da escola e piscinas.

Uma nova ponte uem retornou ao Jangadeiros no início de março, depois das férias, se surpreendeu com as novidades e as obras realizadas. A “cara nova” foi possível graças ao grande esforço feito em fevereiro, quando, aproveitando a natural baixa de freqüência, foram feitos muitos melhoramentos. Um dos mais visíveis foi a nova ponte, onde o “clipt-clopt” das pranchas, que indicavam a entrada na Ilha, passou a fazer parte da história do Jangadeiros. Além de melhorar o aspecto estético, a obra feita na ponte dá maior segurança aos usuários e elimina as antigas limitações. Anteriormente, só era possível o tráfego de veículos até quatro toneladas. Com a reforma acaba qualquer limitação, o que permite que os caminhões de combustível de maior porte entrem na ilha. O gerente do clube, Valério Barbosa, lembra que cada vez que se precisava abastecer o posto com combustível, era preciso requisitar com quinze dias de

antecedência à Ipiranga, para que mandasse um caminhão de duas toneladas, que normalmente opera no interior do Estado. Com a nova estrutura basta pedir de manhã que, na tarde do mesmo dia, chega o abastecimento de combustível.

Economia Também os caminhões que transportam lanchas passaram a ter acesso à ilha, evitando a manobra de descarregar a lancha no continente e rebocá-la por água até a ilha. O lixo passou a ser recolhido mais facilmente – antes era recolhido com trator e levado para o continente; agora, o caminhão porta-container vai até a ilha. Tudo isso foi feito com grande economia. A ponte havia sido orçada em um total de R$ 25 mil, incluindo material e mão-de-obra. O clube se responsabilizou pela compra de material e conseguiu, através de pesquisa de preço, baixar o custo para R$ 19.184,00.



Obras

Toque feminino Fim das ervas altava o "toque feminino; agora está perfeito”, comemora Marga Siegmann Paradeda, diretora da sede. Ela, juntamente com Erica Kessler, foram as mãos femininas que trataram de arrumar os jardins do clube, com a orientação técnica do paisagista Ronald Jaimeson, que desenvolveu o projeto original de vegetação da ilha. Foram comprados vasos grandes, com flores e arbustos, e espalhados por vários lugares da ilha e do continente. Todas as plantas, que estavam empoeiradas e descuidadas, foram lavadas e cuidadas. “Fizemos o trabalho que se faz em uma casa, de manter e arranjar”, compara Marga. Em frente ao restaurante

do continente um conjunto de cadeiras e mesas de alumínio – obtido por doação – criou um aprazível ambiente para bate-papos. Também o deck do restaurante sofreu intervenções, com a colocação de um cabo náutico para servir de corrimão, além de receber novas mesas e cadeiras, fornecidas pelo ecônomo. Os gastos não foram altos – já que se executou tudo com mão-de-obra do clube. Mas os resultados são extremamente visíveis. “Ficou com cara de casa bem cuidada”, resume a diretora. Os cuidados, entretanto, ainda não acabaram. Um grande jardim está sendo preparado no início da ilha, e mais surpresas e cuidados virão ao longo do ano.

Novas churrasqueiras êm tendo grande utilização as cinco novas churrasqueiras que foram construídas no lado sul da Ilha, com uma estrutura completa para o conforto dos sócios. Cada uma tem a sua mesa, banco e pia – anteriormente havia apenas três churrasqueiras, feitas com tijolos empilhados e sem infra-estrutura. Usá-las é simples: basta chegar, colocar um saco de carvão e pronto – a churrasqueira está reservada. Os sócios só devem se lembrar que outros associados também querem usá-las.

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uitas vidas corriam risco no Jangadeiros e foi preciso uma intervenção firme e de grande escala para salvá-las. Sem ela, definhariam e morreriam. Após a intervenção, estão com sua vida e futuro garantido. Foram dezenas, talvez centenas de pacientes nessa “intervenção cirúrgica” que garantiu a sobrevivência das árvores que se espalham pelo clube, tanto na ilha quanto no continente, e que estavam ameaçadas pela erva-de-passarinho. A erva é uma parasita da família rubiácea, com inúmeras espécies. É transportada de uma árvore para a outra através dos excrementos dos pássaros, que se alimentam do fruto da planta e fabricam suco gástrico que favorece a germinação da

semente. Uma vez “instalada” em uma árvore, a erva lança suas raízes, que têm o nome de haustórios. Elas penetram no caule e nos ramos da árvore, sugando sua seiva e a enfraquecendo. Não é possível saber quanto tempo leva, mas o final da história é certo: a erva-de-passarinho mata a árvore. Só há uma maneira de combater essa praga: a poda. E foi o que ocorreu em todas as árvores do Jangadeiros, obedecendo aos procedimentos corretos. Foi contratado um engenheiro florestal e se tirou licença na Fepam. O trabalho de remoção durou 25 dias e foi feito por uma equipe de cinco funcionários do clube. O resultado surpreendeu a todos: foram retirados 38 caminhões de erva-de-passarinho.

Separação do lixo eparar o lixo é simples e tem grande impacto ecológico. Agora, os associados podem colaborar para que isso ocorra, utilizando as cestas de lixo colocadas na ilha, que permitem a separação do lixo orgânico e inorgânico. Em breve serão instaladas no continente.


Obras

Trapiches seguros Reformas na Genoa e na Escola ma das reivindicações antigas dos sócios foi atendida na “reforma geral” realizada no Jangadeiros durante as férias. Os trapiches receberam uma faixa de pintura com tinta reflexiva, que brilha no escuro e permite que se enxergue o final do trapiche quando se chega de barco durante a noite. “Isso aumenta em muito a visibilidade do trapiche e evita batidas”, lembra César Augusto Jaquet Rostirola, o diretor do porto e vice-comodoro de obras substituto. Os trapiches receberam também bóias salva-vidas, colocadas no meio de cada um, outra medida de segurança. Outro conserto importante foi o da lancha inflável rápida, que se encontrava em condições bastante precárias. Ela teve sua parte de borracha toda arrumada, enquanto seu

motor também passou por revisão.

Galpões das lanchas

A partir de agora, nenhuma lancha fica fora do galpão no Jangadeiros. Isso graças a uma “pequena grande solução”, como explica Rostirola. O problema era antigo: as lanchas com mais de 32 pés não conseguiam entrar totalmente no galpão, pois batiam no teto. Ficavam com parte para fora, expostas ao tempo. Uma modificação no sistema de sustentação do telhado permitiu ter o ganho de altura necessário para resolver o problema. Aproveitando que se estava “com a mão na massa”, foi feita a manutenção da estrutura metálica do telhado, com tratamento e pintura.

esmo entrando de olhos fechados é possível perceber a diferença na Sala da Genoa. Pois o cheiro de novo denuncia a grande mudança. Mas o melhor é entrar mesmo de olhos abertos, para poder contemplar toda a transformação que aconteceu. Processo semelhante sofreu a Escola de Vela Barra Limpa, que terá suas mudanças concluídas em breve. Na Genoa foi feita uma reforma de grande porte, comenta Marga Siegmann Paradeda, a diretora da sede. A madeira do chão foi lixada e encerada. Os estofados e cortinados foram mudados, bem como os spots de luz. Tudo foi feito em um estilo náutico, usando os tons tradicionais: azul

marinho, vermelho e branco. Para maior conforto dos sócios, instalou-se a Net, com Pay per View para os jogos de futebol do campeonato brasileiro. E o melhor de tudo isso: como se utilizou pessoal do clube, a reforma, embora de grande efeito, foi barata. Custou apenas R$ 2,8 mil reais. A mesma surpresa de ver tudo com cara de novo espera os que chegam na Escola de Vela, que está pintada, com o piso da escada substituído, e um jardim novo em folha. Dentro, os estofados estão sendo substituídos. Os trabalhos foram acelerados, para que a Escola estivesse completamente renovada para receber os participantes do Campeonato de Optimist neste mês de abril.

Operação 5S no "Galinheiro" paliçada-depósito, conhecida como “galinheiro”, passou por uma verdadeira operação 5S e, após a limpeza e organização, passou a ser um depósito de material que será reutilizado. O que não tinha uso foi vendido como sucata, gerando renda para o clube. Os caminhos da ilha, enquanto isso, foram pintados e redemarcados. Os tocos de madeira usados na marcação, anteriormente sem pintura, foram pintados de preto e amarelo, para ficarem mais visíveis, e receberam uma camada de resina na parte superior para evitar que, com a chuva, apodreçam.

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Vela / Regatas Bons resultados na Regata de Abertura epois de um período de seca prolongada, não dava para reclamar. Mas a virada de tempo que ocorreu no final de semana de 12 e 13 de março terminou interferindo na Regata de Abertura da Temporada de 2005. Isso, no entanto, não impediu os bons resultados dos velejadores do Jangadeiros. No sábado, dia 12, o vento de quase 20 nós fez com que fosse suspensa a regata da classe Optimist. No domingo, o vento "merrecou" e chegou a chuva – mesmo assim, o pessoal foi para a água. Para a Flotilha de Optimist do Jangadeiros essa foi uma oportunidade importante, já que estava em plena preparação para a Seletiva do Mundial, que se realizará neste mês de abril no Clube. A preparação, aliás, já mostrou seus resultados. Na categoria Optimist Veterano, Miguel Ribeiro Teixeira, do Jangadeiros, venceu na geral, comemorando a sua primeira vitória em grande estilo. Afinal, ganhou da campeã brasileira, Daniele Geras Fuhrich, do Veleiros do Sul. Outro destaque foi a volta de Thomas Burger, que foi campeão mundial na classe Pingüim e está retornando na classe Dingue, onde obteve o segundo lugar juntamente com Ricardo Brondani. Thaís Padilha, a única velejadora veterana do CDJ e que também já teve um bom resultado no último campeonato brasileiro, conquistou o terceiro lugar na Regata de Abertura.

Vencedores

l Classe Hobie Cat 16 – Mário Dubeux e Luiza Horta Barbosa – CDJ l Classe Hobie Cat 14 – Ricardo Buiano Hennig – CDJ l Classe Soling – Dodão, Kako e Lúcio – VDS l Classe Optimist Veteranos – Miguel Ribeiro Teixeira – CDJ l Classe Optimist Estreantes – Lucas Mazim – CDJ l Classe Laser Standard – André Streppel – VDS l Classe Dingue – Carlos Augusto e Luciano Macuglia – ICG l Classe 470 – Daniel Weindorfer e Carlos Eurico Canto - VDS l Classe 420 – Leonardo Flores e Klaus Burmeister – VDS l Classe Laser Radial – Henrique Silva Dias – VDS l Classe Snipe – Rodrigo Menegassi e Pedro Espinosa - CDJ.

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André Fonseca com Torben Grael no Volvo Ocean Race "participação no Volvo Ocean Race será, sem dúvida, uma experiência única na minha vida”, avalia André Fonseca, um dos brasileiros escolhidos por Torben Grael para fazer parte da primeira tripulação de barco brasileiro a competir nesse que é um dos grandes eventos da vela no mundo. Serão dez velejadores, cinco dos quais brasileiros. André — que aparece na foto acima na entrega de prêmios do Troféu Cidade de Porto Alegre — está acompanhando a construção do barco. Único solteiro entre os brasileiros, se ofereceu para essa função não só pela disponibilidade maior de tempo, mas porque “tudo que se aprende pode ser útil”, diz. A cada etapa da construção incorpora novos conhecimentos que, espera, irão ter uso em seu futuro como velejador. Pois André já definiu seu norte com clareza. Para ele, a vela não é passatempo, é profissão. “O universo da vela é muito

grande e, se não puder fazer carreira como velejador, com certeza encontrarei uma função que me mantenha ligado ao esporte”, garante.

O convite de Torben A participação no Volvo Ocean Race nasceu, aliás, da constante busca de novas oportunidades. “Eu volta e meia perguntava ao Torben quando ele iria me chamar para navegar com ele. Finalmente ele me chamou”, conta. Participar do Volvo Ocean Race não significa, entretanto, abandonar o sonho olímpico. Na volta, André irá retomar sua preparação no 49er. “A Olimpíada é o ponto máximo da carreira de um atleta, e quero chegar novamente lá”, informa, decidido. Para acompanhar a evolução dos preparativos do barco Brasil 1, visite o site www.velabrasil.com.br.

Vitórias no Brasileiro de 470 e 49er s atletas olímpicos do Clube dos Jangadeiros mostraram, mais uma vez, a sua qualificação ao conquistarem os dois primeiros lugares no Campeonato Brasileiro da Classe 470, realizado no Clube Veleiros do Sul, nos dias 8 e 9 de janeiro. A tripulação composta por Alexandre Paradeda e Bernardo Arndt obteve a primeira colocação, seguida por Rodrigo Linck Duarte e Jonathan Câmara em

segundo lugar. Xandi Paradeda e Rodrigo fizeram parte da Equipe Olímpica de Vela, assim como Fernanda Oliveira, que também participou do Brasileiro, tendo obtido a sexta colocação juntamente com Isabel Swan. Outro atleta olímpico do Jangadeiros, André Fonseca, obteve a primeira colocação no Campeonato Brasileiro de 49er, também realizado no Veleiros do Sul, em parceria com Samuel Albrecht.


Vela / Regatas

San Chico, grande destaque no Troféu Cidade de Porto Alegre om um tempo perfeito, de céu azul e bons ventos, foi realizada no Jangadeiros a 11ª Edição do Troféu Cidade de Porto Alegre para Vela de Oceano, dias 19 e 20 de março. O destaque foi o barco San Chico, do Comandante Francisco Freitas (foto à esquerda), que venceu as três etapas do circuito, ficando como o grande campeão na categoria RGS. A competição contou com o patrocínio do Royal Bank of Canadá Representações, e teve a participação de 55 barcos em várias categorias, totalizando 245 velejadores.

Copa da Juventude selecionou velejadores para o mundial futuro da vela tomou conta do Jangadeiros de 3 a 6 de março, com a realização da Copa da Juventude, evento que selecionou os velejadores que participarão do Mundial da Juventude em Bussan, na Coréia, de 14 a 23 de julho, organizado pela ISAF – Federação Internacional de Vela. A Copa da Juventude, realizada nas raias do Clube dos Jangadeiros, foi promovida pela Federação de Vela do Rio Grande do Sul, com o apoio do CDJ, Veleiros do Sul e Iate Clube Guaíba. Destinada a velejadores na faixa dos 14 a 18 anos, teve a participação de 38 tripulações, divididas nas classes 420 Masculino e Feminino, Laser Standard, Laser Radial, Hobie Cat 16, Mistral Feminino e Mistral Masculino.

Vencedores da Copa da Juventude

Confira os vencedores: Troféu Cidade de Porto Alegre

l Classe Day Sailer

1º Lugar – Barco AVENTURA – Comte José Antônio Campello – CDJ

l Classe O’Day 23

1º Lugar – Barco MAROTA – Comte Carlos Blum Tartakowsky – CDJ

l Classe Delta 26

1º Lugar – Barco MOICANO – Comte Ricardo Siegle – ICG

l Classe Scorpio 26

1º Lugar – Barco VAGABUNDO – Comte Élson Lorenzoni – ICG

l Classe IMS - Troféu rotativo

1º Lugar – Barco Cest La Vie VI – Comte Henrique Silva Dias – VDS

l Classe RGS

1º Lugar – Barco SAN CHICO – Comte Francisco Freitas – CDJ Troféu rotativo

IX Velejaço Cidade Porto Alegre

l Cruzeiro 20

1º Lugar – Barco CLIPPER – Comte Fábio Santarosa – SAVA

l Cruzeiro 23

1º Lugar – Barco CHINOOK – Comte Ricardo Weidorfer – VDS

l Cruzeiro 26

1º Lugar – Barco CALAFATE – Comte Fernando de Carvalho – CDJ

l Cruzeiro 29

1º Lugar – Barco AQUÁRIO II – Comte Henrique Ilha – VDS

l Cruzeiro 32

1º Lugar – Barco TEMPEST – Comte Gilberto do Carvalho – CDJ

l Cruzeiro 35

1º Lugar – Barco AGUAVIVA – Comte Rodrigo Linck Duarte – CDJ

l Cruzeiro 39

1º Lugar – Barco TANICTS – Comte Marcelo Bourscheid – CDJ

l Força-livre

1º Lugar – Barco HAITHABU – Comte Niels Rump – VDS

l Multicascos

1º Lugar – Barco CHARLIE BRAVO – Comte Paulo Hennig – VDS

II Copa Skipper Cidade Porto Alegre

l 1º Lugar – Barco CAVACO – Comte Marco Juarez Reichert – VDS – Troféu rotativo.

l Classe 420 Masculino – Marcos Duarte e Bruno Faria – ICRJ – RJ l Classe 420 Feminino – Mariana Basílio e Gabriela Biekarck – YCSA – SP l Classe Laser Standard – Daniel Jakobsson – YCRJ – RJ l Classe Laser Radial – Fernanda Decnop – YCRJ – RJ l Classe Hobie Cat 16 – Felipe Vilela Frey, Bruno Vilela Frey – CDMI – SP l Classe Mistral Feminino – Catarina Dacosta Freita – EW – RJ l Classe Mistral Masculino – Fernando Sâmara Pasqualin – TWC - RJ.

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Vela / Regatas Match Race: Bochecha venceu Torben Grael

pós vencer a seletiva do Match Race realizada em Porto Alegre, de 26 a 28 de fevereiro, André Fonseca, o Bochecha, participou da etapa da competição em Salvador, realizada em 12 e 13 de março, em que teve o prazer de, na primeira regata, vencer aquele que será o seu capitão durante a longa jornada do Volvo Ocean Race, no barco Brasil 1: Torben Grael (reportagem na página 8). Na seletiva de Porto Alegre, Bochecha teve que usar a calma e se recuperar de uma primeira prova em que, por adotar uma postura muito agressiva, sua tripulação foi penalizada. “Tivemos que mudar de tática, estávamos atuando de forma muito afoita”, reconhece.

Tripulação A tripulação de Bochecha incluiu Samuel Albrecht, Paulo Ribeiro e Alexandre Rimolli. Também participaram outras três tripulações do clube. Marco Aurélio Paradeda liderou o grupo formado por Christian Siegmann, Roberto Paradeda e Pedro Chiesa. Lucas Ostergren foi acompanhado por James Beline, Germano e Guilherme Streb, e Francisco Freitas foi o timoneiro da tripulação que incluiu René Garrafielo, Henry Boening e Fábio Pillar.

Aperfeiçoamento “A participação nesse tipo de evento sempre é interessante”, avalia Marco Aurélio Paradeda. Por suas características de competição barco contra barco, o Match Race obriga a uma atenção constante, que aperfeiçoa o desempenho do velejador, destaca.

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CDJ sedia Sul-Brasileiro e Seletiva para o mundial de Optimist e 18 a 23 deste mês de abril o Clube dos Jangadeiros estará sediando um evento que marca a volta das grandes regatas ao clube. É o Sul-Brasileiro e Seletiva para o Mundial 2005 de Optimist, que reunirá aproximadamente 120 barcos de todo o Brasil. “Esse evento está exigindo bastante do clube, pois temos que nos estruturar para receber um grande número de pessoas – e com qualidade”, comenta Jorge Aydos, o

vice-comodoro esportivo. Vários associados se disponibilizaram a participar da organização e, divididos em comissões, estão cuidando de aspectos que vão da hospedagem e alimentação aos brindes a serem distribuídos aos participantes. Para os velejadores da Flotilha de Optimist, essa será uma oportunidade de crescimento técnico e tático. Afinal, é um dos dois campeonatos mais importantes da categoria no país – o outro é o Brasileiro de Optimist.

Como surgiu o Optimist Optimist foi criado em 1947, por Clark Mills, na Flórida (EUA). Clark tinha o objetivo de criar um barco a vela que fosse o equivalente a um carrinho de rolimã: fácil de manobrar, barato e divertido. No primeiro ano foram construídos 26 barcos – mas o sucesso foi tanto que, em menos de dez anos, a novidade se espalhou pelo mundo. Clark era um desenhista e construtor de barcos que morava em Clearwater, onde funcionava uma unidade do Optimist

International Club – um clube de serviço no estilo do Rotary e do Lions, voltado para programas de incentivo aos jovens. O clube pediu que Clark criasse um barco fácil de construir, manobrar e barato, que introduzisse os jovens à vela. O desenho do barco foi aperfeiçoado posteriormente por Axel Damgaard, velejador dinamarquês que conheceu o Optimist quando visitava os Estados Unidos, em 1954. Em 1962 foi realizado o primeiro campeonato dessa classe.


Vela / Regatas Escola de Vela: bom desempenho em 2004

Grandes preparativos na Flotilha do CDJ para a Seletiva do mundial Campeonato Sul-brasileiro e Seletiva para o Mundial da Classe Optimist tem sido a grande motivação dos navegadores da Flotilha de Optimist do Jangadeiros, observa o capitão Marcelo Fasolo. A criançada se preparou intensamente para a competição e a própria Flotilha passou por uma reestruturação, tornando-se mais integrada à diretoria de vela e comodoria de esportes. O treinamento foi realizado com o acompanhamento permanente do treinador Fernando Keller Kessler. Os treinos ocorreram de terça a domingo, com quatro horas de duração diária. Para ajudar não só a treinar, mas também a motivar os membros da Flotilha, foram realizados encontros com navegadores mais experientes, como Alexandre e Beto Paradeda, André Fonseca e Rodrigo Duarte. Esses encontros tornaram as crianças mais confiantes, avalia Fasolo. A participação em eventos de porte também faz parte do trabalho de preparação. No Brasileiro de Optimist, realizado de 11 a 22 de janeiro, em Niterói, ficou clara essa necessidade, constata Fernando. “Pegamos condições de rodada de vento muito difíceis, e havia muitos

barcos. Falta, para a Flotilha, a experiência nesse tipo de situação”. Por isso é que nos treinos simulamos bastante esse tipo de ocorrência, em que é preciso largar muito próximo de outros competidores. Essa experiência já será útil no Sul-Brasileiro que estará se realizando em Porto Alegre. Mas, pensando no futuro, Fasolo e Kessler apontam as próximas metas. A principal delas é a conquista de mais vagas para o próximo Campeonato Brasileiro. Neste ano participaram 7 velejadores do CDJ na categoria masculina – a feminina tem vagas abertas. Para o próximo ano, a intenção é aumentar essa participação.

m desempenho digno de Fórmula Um foi alcançado pela Escola de Vela Barra Limpa (foto à esquerda), dirigida por Renato Reckziegel, o Fittipaldi, que em 2004 atingiu o recorde de 380 alunos e, neste ano, tem como meta passar dos 500. Uma das razões do sucesso foi o “Jangadinha”, um projeto voltado para crianças de 4 a 8 anos. Com recreação e jogos, as crianças vão aos poucos se interessando por velejar, através de atividades como a “navegação” em Optimist na piscina e passeios de barco. “Elas vêem o barco como um brinquedo, algo divertido”, comenta o diretor. Com isso, se preparam sem perceber para entrar nos cursos regulares de Optimist. Acompanhando o crescimento do movimento da Escola, os barcos que os alunos utilizam estão passando por uma reforma progressiva. Mas não foram só as crianças que aproveitaram os cursos. As turmas de Iniciação à Vela para Adultos e de Oceano estiveram lotadas. E em março já começaram novas turmas para adultos – também totalmente lotadas. A procura tem sido tanta que, no próximo ano, a Escola não deverá fechar em fevereiro, prevê Fittipaldi. Outras mudanças também irão acontecer: a partir de agosto, deverão ser implantadas as turmas infantis durante a semana, tanto de manhã como de tarde. Em meados de dezembro, começará a funcionar uma colônia de férias que se estenderá por todo o verão, com o foco de despertar o interesse pela vela. Para os adultos, virão surpresas saborosas. Há a idéia de desenvolver ações que reúnam os sócios já atuantes do clube, em cursos e palestras que tragam a oportunidade de compartilhar experiências. Entre os projetos que estão sendo elaborados, está o de um curso de culinária a bordo e um ciclo de trocas de experiências com relação à meteorologia.

Fábio Dutra, 5º lugar no Brasileiro de Laser sucesso da vela vem de persistir. E essa lição já foi aprendida por Fábio Dutra Pillar e Silva, velejador do Jangadeiros que está crescendo progressivamente de desempenho na classe Laser. Fábio, que participou de seu quarto Campeonato Brasileiro de Laser neste ano, atingiu a quinta colocação – no primeiro havia

ficado na 15ª e, desde lá, vem melhorando a cada edição. O campeonato foi realizado de 20 a 28 de janeiro em Ilhabela e teve uma disputa acirrada na categoria radial. Muitos competidores que normalmente velejam na categoria standard optaram pela radial, o que aumentou a competitividade.

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