INVENTÁRIO FLORESTAL RPPN RIO DAS LONTRAS

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EDUARDO BROGNI

INVENTÁRIO FLORÍSTICO E FLORESTAL – RPPN Rio das Lontras

Trabalho realizado para obter informações da comunidade florestal, presente em uma Reserva Particular do Patrimônio Nacional – RPPN, denominada Rio das Lontras. A unidade com área de 27,72 hectares está localizada entre os municípios de São Pedro de Alcântara e Águas Mornas. O Estudo foi solicitado por seus proprietários, Fernando José Pimentel Teixeira e Christiane de Souza Pimentel Teixeira, residente e domiciliado na rua Lages, 47, Angelina – SC.


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Brusque Fev/2009 APRESENTAÇÃO A Floresta Atlântica compreende o conjunto de divisões fitoecológicas que incluem especialmente a Floresta Ombrófila Densa, a Floresta Ombrófila Mista, a Floresta Estacional Semidecidual, a Floresta Estacional Decidual e os ecossistemas associados; abrangendo originalmente 17 estados, desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte, além de parte dos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás (SCHÄFFER e PROCHNOW, 2002; OLIVEIRAFILHO e FONTES, 2000). Atualmente, restam pequenos e médios fragmentos desse bioma, os quais abrigam alta biodiversidade e cumprem importantes funções ecológicas (MORELLATO e HADDAD, 2000). Contudo, este bioma é um dos mais ameaçados pelos constantes desmatamentos e seus remanescentes encontram-se representados em boa parte por florestas secundárias (MYNSEEN e WINDISCH, 2004) e fragmentados, não restando mais do que 7,6% da floresta original (MORELLATO e HADDAD, 2000). O processo de colonização e ocupação do território brasileiro, desenvolvido principalmente nas regiões próximas ao litoral, provocou a derrubada de extensas áreas de Mata Atlântica, restando hoje apenas manchas descontínuas de florestas em áreas de sua ocorrência, particularmente em locais de topografia acidentada. A extração seletiva de madeira alterou as populações das espécies de interesse econômico e provocou a abertura de grandes clareiras, condicionando a floresta uma dinâmica sucessional diferente da natural (BROKAW, 1985; apud CITADINE-ZANETTE, 1995). A Floresta Atlântica no Sul do Brasil representa um tipo de vegetação caracterizada por densos agrupamentos arbóreos, formando diversos estratos, em cujos troncos e ramos se encontram numerosos agrupamentos de Bromeliáceas, Aráceas, Orquidáceas, encobrindo, por vezes, por completo, os mesmos, assumindo o aspecto de verdadeiros jardins suspensos. No solo se encontram principalmente os representantes das Pteridófitas e das Marantáceas, predominando em geral a Calathea spp. (caeté), que por vezes cobre quase completamente o solo. No seu interior formam-se, ainda, outros estratos de plantas menores, adaptadas à iluminação difusa. No estrado médio aparece o palmiteiro (Euterpe Eng. Florestal Eduardo Brogni – CREA-SC 067768-0


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edulis), espécie muito comum, sendo uma das características mais marcantes desse ecossistema (juntamente com um grande número de plantas epífitas, como as bromélias e orquídeas). A forte influência oceânica associada às condições climáticas, ecológicas e principalmente uma rica face geomorfológica favoreceram o desenvolvimento de uma flora exuberante, a qual por sua vez propiciou a manutenção de uma fantástica diversidade faunística (PEIXOTO et al., 2002). De acordo com Citadini-Zanette (1995) a composição florística da Floresta Ombrófila Densa em Santa Catarina é muito variada; é possível detectar padrões de vegetação distintos e grande heterogeneidade que ocorrem principalmente em função das variações da altitude e latitudes dentro do estado, evidenciado pela geomorfologia regional, clima e tipos de solo, que assumem proeminente valor entre os fatores determinantes de sua distribuição. Pouco se sabe sobre as interações entre as comunidades vegetais e os fatores abióticos que sustentam estas fisionomias (MORENO e SCHIAVINI, 2001). Um dos métodos utilizados para se compreender a dinâmica das florestas é através da fitossociologia. De acordo com Felfili e Rezende (2003) é uma técnica de coleta e análise de dados em vegetação em que se utilizam métodos matemáticos e análises ecológicas da vegetação em estudo. A partir destes, são desenvolvidos conceitos gerais, onde as diferentes unidades de vegetação podem ser comparadas e classificadas. Além de descrição e análise da vegetação, esta inclui biologia de populações, estratégias de espécies, produção ecológica e dinâmica de vegetação, incluindo processos de sucessão e mudanças vegetacionais. Estudos detalhados sobre a composição florística e a ecologia das comunidades vegetais são fundamentais para embasar quaisquer iniciativas de preservação e conservação de remanescentes florestais (OLIVEIRA-FILHO et al., 1994; apud WERNECK et al., 2000). Silva e Leitão-Filho (1982) ressaltam que, apesar da proximidade dos grandes centros de pesquisa, a Mata Atlântica ainda carece de estudos florísticos e fitossociológicos. Netto e Brena (1997) afirmaram que, com base na grande importância que as regiões com formações florestais representam para as populações (especialmente humana), o conhecimento de seus recursos naturais é fundamental para a tomada de decisões pelos pequenos proprietários, por empresários, por industriais, por administradores de unidades Eng. Florestal Eduardo Brogni – CREA-SC 067768-0


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de conservação, pelos municípios, pelos estados, nas diversas regiões do país e, finalmente, pelo poder nacional. Assim como os estudos fitossociológicos mostram as interações entre as comunidades vegetais, os Inventários Florestais também são utilizados para obter informações de áreas florestais. São instrumentos de planejamento que visam o fornecimento de informações sobre as florestas, tanto naturais como plantadas, mostrando a composição, extensão e distribuição espacial, o estoque de produtos madeireiros e não madeireiros, a diversidade e dinâmica de uma determinada área. As informações contidas em um inventário florestal são variáveis, de acordo com o objetivo final do levantamento e os tipos de dados coletados em campo. Na região da RPPN Rio das Lontras, de maneira geral, pode-se dizer que o clima é classificado como Cfa, mesotérmico úmido com verão quente definido. A temperatura média anual é de 20°C, sendo a média de temperatura do mês mais quente 25°C (janeiro) e a temperatura do mês mais frio 16°C. A precipitação anual na região é de 1.390 mm, bem distribuída durante o ano (IDE et al., 1980). O solo predominante da região é o Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico típico, anteriormente denominado Podzólico Vermelho Amarelo Distrófico (EMBRAPA, 1999). O relevo da região é fortemente ondulado, com altitude média de 300m (SANTA CATARINA, 1973). A vegetação original do local, segundo Klein et al. (1986) e Veloso et al. (1991), é característica de Floresta Ombrófila Densa, tendo sofrido exploração mais intensiva na década de 50 e atualmente se encontra predominantemente em estádio avançado de regeneração da vegetação, segundo a definição proposta pela Resolução n.04/1994 do CONAMA. As áreas utilizadas pela agricultura nos anos mais recentes encontram-se cobertas por vegetação secundária em diferentes estádios sucessionais. Klein (1978) classifica a área como Floresta Tropical do litoral e encosta centro-sul, sendo uma zona caracterizada por matas de encostas íngremes, situadas nas diversas ramificações da Serra do Mar e da Serra Geral, apresenta vegetação com árvores cujos troncos são geralmente tortuosos, relativamente baixos e encimados por copas largas. A composição é bastante complexa, em virtude da grande variabilidade dos solos e dos microclimas.

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Considerando, porém, a floresta no seu conjunto, predomina a canela-preta (Ocotea catharinensis), associada ao aguaí ou caxeta-amarela (Chrysophyllum viride) e o palmiteiro (Euterpe edulis), que apresentam valores elevados em abundância e freqüência, além de possuírem dispersão mais uniforme, em relação às demais árvores. A Serra do Tabuleiro, representa um divisor fitogeográfico muito evidente para diversas espécies tropicais, muito abundantes no Vale do Itajaí e ao norte da costa catarinense, dentre as quais se destacam as seguintes árvores: laranjeira-do-mato (Sloanea guianensis), cupiúva (Tapiria guianensis) e estopeira (Cariniana estrellensis).

Figura 1: Mapa fitogeográfico de Santa Catarina (Adaptado de Klein, 1978).

Para o conhecimento da vegetação presente sobre a RPPN Rio das Lontras, foi realizado o levantamento florístico e florestal das espécies vegetais arbóreas, registradas nas Unidades Amostrais, bem como no caminhamento ao longo das unidades para execução do Inventário Florestal. Em seguida os dados foram processados e os resultados gerados. Como resultado principal obteve-se a listagem das espécies ameaçadas de extinção, estrutura horizontal, vertical e diamétrica, bem como a lista florística da área em estudo.

METODOLOGIA Eng. Florestal Eduardo Brogni – CREA-SC 067768-0


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Em razão da maneira como os dados foram coletados, este levantamento da vegetação pode ser classificado como amostragem. Pelo procedimento de amostragem, observa-se apenas uma parte da população e obtém-se uma estimativa dos seus parâmetros, trazendo consigo um erro de amostragem aceitável. A amostragem é uma ferramenta fundamental para o levantamento de grandes ou pequenas populações, especialmente quando os resultados devem ser obtidos em um curto espaço de tempo, com menor custo e com precisão desejada. A amostragem se utiliza de uma parte da população, constituída de indivíduos que apresentam características comuns e, que identificam a população a que pertencem. É necessário que a amostra seja representativa da população. Isso significa que, com exceção de pequenas discrepâncias inerentes à aleatoriedade presente no processo de amostragem, deve possuir as mesmas características básicas da população, no que se refere à variável a ser estimada (COSTA NETO, 1977; apud NETTO e BRENA, 1997). De acordo com Netto e Brena (1997), esta metodologia se constitui na mais utilizada pelos inventários florestais realizados em todo país e mundo. A unidade amostral é o espaço físico sobre o qual são observadas e medidas as características quantitativas e qualitativas da população. Em inventários florestais, estas unidades amostrais, podem ser constituídas por parcelas de área fixa (em geral com forma circular, quadrada, retangular, ou faixas), área variável, pontos amostrais ou árvores. Para este trabalho a unidade amostral adotada foi retangular, medindo 15 x 10 metros cada uma, totalizando em 150,00 metros quadrados. Foram instaladas e medidas 15 unidades amostrais, perfazendo uma amostra de 2.250,00 metros quadrados. Das 15 unidades, 14 foram medidas dentro dos limites da RPPN e, uma fora, apenas para mostrar uma pequena parte do entorno que aparentemente mostrava-se em bom estádio de desenvolvimento. Na tabela a seguir é possível observar a localização, altitude, dia e hora da coleta de todas as unidades amostrais (tabela1; RL1 é igual a parcela 1, RL é igual a parcela 2 e assim sucessivamente). A classificação da amostragem é sistemática. Por este método entende-se que as unidades amostrais não foram sorteadas e sim distribuídas de maneira equivalente, buscando distribuí-las por toda área da RPPN. Eng. Florestal Eduardo Brogni – CREA-SC 067768-0


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Tabela 1: Localização, altitude, data e hora de implantação de todas as unidades amostrais medidas no levantamento da vegetação presente na RPPN Rio das Lontras.

Localização das Unidades Amostrais - RPPN Rio das Lontras UA RL1 RL2 RL3 RL4 RL5 RL6 RL7 RL8 RL9 RL10 RL11 RL12 RL13 RL14 RL15

WGS 1984 (GPS) - UTM (22J) Easting Northing 708780,90 6942451,62 708793,81 6942403,80 708792,71 6942366,41 708847,24 6942338,93 708873,08 6942340,09 709286,10 6942071,25 709139,01 6942107,20 709095,88 6942146,66 709072,78 6941852,29 709009,87 6941892,51 709008,47 6942248,09 709042,93 6942287,59 709055,64 6942363,86 708992,33 6942424,35 708943,75 6942456,88

Altitude

Data/Hora

477,42 487,51 475,25 447,14 425,99 514,67 462,76 450,26 442,33 419,98 421,42 445,21 465,88 428,63 441,37

12/1/2009 08:50 12/1/2009 09:50 12/1/2009 11:09 12/1/2009 17:08 12/1/2009 17:23 13/1/2009 09:22 13/1/2009 11:17 13/1/2009 12:16 13/1/2009 17:00 13/1/2009 18:27 14/1/2009 08:55 14/1/2009 09:44 14/1/2009 10:56 14/1/2009 12:31 14/1/2009 13:37

Dentro de cada unidade amostral de 15 x 10 metros, todos os indivíduos com DAP (diâmetro a altura do peito) acima de 10 cm foram medidos. Para o conhecimento, de acordo com a metodologia adotada pelo Inventário Florestal do Brasil – IFN-BR, para o Bioma Floresta Atlântica o DAP de inclusão é acima de 20 cm. Já o Inventário Florestal do Estado de Santa Catarina – IFFSC adota a metodologia em que todos os indivíduos com DAP acima de 10 cm são medidos. Assim, utilizou-se o mesmo parâmetro de inclusão que o Inventário Florestal de Santa Catarina. Os parâmetros utilizados foram: identificação da espécie, medição do DAP (mediuse a circunferência na altura do peito – CAP, para posteriormente calcular o DAP) e altura total. Com estes dados coletados em campo foi possível estimar o volume total, área basal, estádio de desenvolvimento da vegetação, índices fitossociológicos da comunidade vegetal, entre outros fatores relevantes ao povoamento. Durante todo percurso, as espécies foram identificadas, quando possível em campo ou coletadas e encaminhadas para o Herbário “Dr. Roberto Miguel Klein” (FURB) onde foram determinadas. As espécies foram classificadas seguindo o sistema de APG II (APG 2003; SOUZA e LORENZI, 2005). Eng. Florestal Eduardo Brogni – CREA-SC 067768-0


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Para o levantamento florístico levaram-se em consideração, principalmente os indivíduos encontrados dentro das unidades amostrais. Contudo, além destes listaram-se os observados em todo o fragmento, dando-se ênfase nos indivíduos arbóreo e arbustivos (férteis). Para a coleta das informações utilizaram-se os seguintes instrumentos: uma trena de 30 metros, uma fita métrica (para medir CAP – circunferência na altura do peito), facões, pranchetas e fichas de campo para anotações, uma bússola, um GPS Garmin Etrex VistaC e máquina fotográfica digital. Para a altura dos indivíduos foi utilizado um hipsômetro, no entanto, apenas alguns indivíduos foram medidos, os demais foram estimados com base na experiência de campo. Após a coleta, todos índices fitossociológicos foram calculados com auxílio do software Mata Nativa. Os dados de estrutura foram calculados com base no software Excel. RESULTADOS E DISCUSSÕES No levantamento da composição arbórea efetuado na RPPN Rio das Lontras, nos limites das unidades amostrais foram observados 258 indivíduos, pertencentes a 71 espécies, distribuídos em 50 gêneros de 31 famílias, sendo uma de Pteridophyta e 30 Magnoliophyta. Famílias com maiores riquezas específicas foram: Myrtaceae (9 espécies), Lauraceae (6 espécies), Fabaceae (5 espécies), Euphorbiaceae, Melastomataceae, Annonaceae (4 espécies cada) e Rubiaceae (3 espécies). Ao todo 5 espécies não foram identificadas (sendo contabilizadas como uma única espécie), 14 indivíduos não foram coletados devido a impossibilidade (árvore muito alta, dificuldade em visualizar a copa, falta de material botânico, entre outras eventualidades). Estes 14 indivíduos sem coleta também foram contabilizados como uma única espécie. As espécies mortas e sem folhas também foram contadas como uma espécie (cada). Uma espécie foi identificada apenas em nível de família (Myrtaceae). A área basal total foi de 38,50 m²/hectare, indicando uma comunidade bem desenvolvida, contudo, não se pode menosprezar a forte presença da espécie Cyathea delagdii contribuindo no aumento da área basal (mesmo sendo uma espécie não

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“madeireira”). Ao se retirar esta espécie dos cálculos a área basal passa a ser de 36 m²/hectare, ainda assim um valor elevado. De acordo com Sevegnani (2003) a área basal total no Parque Natural Municipal São Francisco de Assis, localizado em Blumenau, SC, foi de 33,38 m²/hectare, valor próximo à média indicada para florestas tropicais (32 m²/hectare) segundo BRUNIG (1983). A área basal representa a soma de todas as áreas dos troncos amostrados e pode ser influenciada pela densidade ou pelo diâmetro dos indivíduos (MÜLLER-DOMBOIS & ELLENBERG 1974). O gráfico abaixo (Gráfico 1) mostra as espécies com maior área basal na floresta estudada.

Gráfico 1: Cinco espécies com maior área basal (com valores), encontradas na RPPN Rio das Lontras.

As espécies com maior valor de importância (VI) no fragmento estudado foram: Hyeronima alchorneoides (39,42), Cyathea delgadii (30,08) e Miconia cinnamomifolia (15,11). No gráfico abaixo (Gráfico 2) é possível observar as dez principais espécies presentes na área, levando em consideração o seu valor de importância. Cabe salientar que, se fosse

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levando em consideração as espécies não coletadas (14 indivíduos), estaria em terceiro lugar do gráfico por possuir VI de 17,96.

Gráfico 2: Dez principais espécies (VI e VI%) presentes na área da RPPN Rio das Lontras.

As famílias mais importantes para área em análise foram Cyatheaceae, Euphorbiaceae e Melastomataceae. No gráfico a seguir (Gráfico 3) estão relacionadas as dez principais família com relação ao número de indivíduos amostrados e percentagem destes em relação aos 258 indivíduos amostrados.

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Gráfico 3: Dez principais famílias (número de indivíduos e percentagem destes) presentes na área da RPPN Rio das Lontras.

Além do levantamento dentro dos limites das unidades amostrais, todas as espécies férteis encontradas durante todo percurso foram coletadas, denominando-se como o levantamento florístico. Com estas coletas foi possível observar 45 espécies pertencentes a 24 famílias botânicas. Das 45 espécies, 10 foram identificadas apenas em nível de família e 10 apenas em nível de gênero, devido a grande dificuldade na identificação destas. Na Tabela 2 (abaixo) é possível observar as espécies férteis encontradas durante o caminhamento.

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Tabela 2: Relação das espécies coletadas no levantamento Florístico (caminhamento). Familia Nome cientifico Acanthaceae Justicia sp. Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Annonaceae Annona sericea Dunal Annonaceae Guatteria australis A. St.-Hil. Araceae Anthurium sp.1 Aspleniaceae Asplenium pteropus Kaulf. Aspleniaceae Asplenium scandicinum Kaulf. Asteraceae Eupatorium sp. Asteraceae Eupatorium sp.2 Bignoniaceae Jacaranda puberula Cham. Chloranthaceae Hedyosmum brasiliense Miq. Chrysobalanaceae Hirtella hebeclada Moric. ex DC. Clethraceae Clethra scabra Pers. Clusiaceae Clusia criuva Cambess. Fabaceae Inga affinis DC. Melastomataceae Melastomataceae 01 Melastomataceae Melastomataceae 02 Melastomataceae Miconia sp. Melastomataceae Miconia sp.2 Melastomataceae Melastomataceae sp.3 Melastomataceae Melastomataceae sp.4 Melastomataceae Melastomataceae sp.5 Melastomataceae Leandra sp.1 Melastomataceae Tibouchina regnellii Cogn. Melastomataceae Tibouchina heteromalla (D. Don) Cogn. Melastomataceae Melastomataceae sp.5 Melastomataceae Melastomataceae sp.6 Melastomataceae Melastomataceae sp.7 Meliaceae Guarea macrophylla Vahl Monimiaceae Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins Myrtaceae Myrcia splendens (Sw.) DC. Myrtaceae Myrcia spectabilis DC. Orchidaceae Dichaea Orchidaceae Liparis nervosa (Thunb. ex Murray) Lindl. Orchidaceae Isochilus linearis (Jacq.) R. Br. Passifloraceae Passiflora sp. Piperaceae Piper caldense C. DC. Poaceae Poaceae sp.1 Polypodiaceae Pleopeltis hirsutissima (Raddi) de la Sota Rubiaceae Psychotria vellosiana Benth. Rubiaceae Psychotria sp. Rubiaceae Bathysa australis (A.St.-Hil.) Hook.f. Rubiaceae Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. & Schult. Rutaceae Esenbeckia grandiflora Mart. Solanaceae Solanum sp. Eng. Florestal Eduardo Brogni – CREA-SC 067768-0


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Para acompanhamento das identificações das demais espécies, poderá se consultar o herbário FURB através do site (http://splink.cria.org.br/centralized_search?criaLANG=pt) e digitando RPPN Rio das Lontras na localidade (obter-se a listagem atualizada), conforme as espécies vão sendo identificadas. Contudo o serviço on line estará disponível a partir de março de 2009. Com o levantamento florístico 30 novas espécies compunham a listagem total de espécies encontradas na área da RPPN Rio das Lontras, perfazendo um total de 101 espécies. Além de novas espécies, 11 novas famílias foram identificadas, somando 42 famílias botânicas no total. Cabe salientar que no levantamento florístico, são amostrados indivíduos de várias sinúsias (trepadeiras, epífitas, arbóreas, arbustos, outros). Em um trabalho no Parque Natural Municipal São Francisco de Assis foram encontrados os seguintes parâmetros em 1 ha: foram amostrados 1.735 indivíduos, pertencentes a 116 espécies, de 40 famílias, sendo uma de Pteridophyta e 39 Magnoliophyta (SEVEGNANI, 2003). Famílias com maiores riquezas específicas foram: Myrtaceae (22 espécies), Lauraceae (13), Rubiaceae (11), Fabaceae (8) e Euphorbiaceae (8). No entanto, 24 famílias estiveram representadas por apenas uma espécie, mas nem sempre com poucos indivíduos, como Arecaceae (Euterpe edulis Mart. - 730) e Elaeocarpaceae (Sloanea guianensis - 102). A área basal total foi de 33,38 m²/hectare, indicando uma comunidade bem desenvolvida. As espécies com maior valor de importância foram: Euterpe edulis (64,92), Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. (21,78), Rudgea recurva Müll. Arg. (12,24), Hieronyma alchorneoides Allemao (10,65), Cryptocarya moschata Nees & C. Mart. (8,99), Virola bicuhyba (Schott.) Warb. (8,87). Os índices de diversidade e de eqüabilidade foram: H’ = 2,93 nats/indivíduo e J = 0,62, respectivamente. Parâmetros Fitossociológicos De acordo com Martins (1991) a estrutura fitossociológica de florestas brasileiras pode ser explicada com base nos valores de sua composição florística, em seus índices de espécies raras e de diversidade de espécies. De acordo com o autor, são apresentados os principais parâmetros fitossociológicos:

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1. Densidade – a densidade de uma área qualquer pode ser entendida como o número de indivíduos, quer de uma espécie, quer de todas as outras espécies em conjunto, por unidade de área. Densidade relativa é a proporção do número de indivíduos de uma espécie em relação ao número total de indivíduos amostrados, em porcentagem; 2. Abundância – é uma estimativa visual da densidade em que as espécies são agrupadas em classes de abundância: abundante, comum, freqüente, ocasional, rara. Pode ser apresentada por alguns autores como freqüência; 3. Freqüência – freqüência pode ser absoluta, que é a porcentagem de unidades de amostragem com ocorrência da espécie, em relação ao número total de unidades de amostragem ou, freqüência relativa, que é a proporção da freqüência absoluta de uma espécie em relação a soma das freqüências absolutas de todas as espécies. As medidas da freqüência são apresentadas em porcentagem; 4. Presença – é outra maneira de representar a freqüência, onde as espécies são agrupadas em classes: classe 5: espécies que ocorrem em 80% a 100% das unidades de amostragem; classe 4: 60% a 80%; classe 3: 40% a 60%; classe 2: 20% a 40%; classe 1: 0% a 20%; 5. Dominância – quando o método empregado é o de parcelas, a dominância pode ser expressa tanto pela área basal da seção transversal do tronco, como pela área de cobertura da copa (ou seu diâmetro, ou seu raio), ou ainda, pelo número de indivíduos amostrados. Quando se uso o método de distâncias, a dominância é expressa pela área basal do tronco. A dominância assim obtida é chamada dominância por área (alguns autores chamam-na dominância absoluta) e é dada por unidade de área. Quando se exprime a dominância por área de uma espécie como porcentagem da soma de todas as espécies, tem-se a dominância relativa; 6. Importância – é representada pela soma dos valores relativos de densidade, freqüência e dominância. Também se diz que as espécies de maiores valores nãorelativos daqueles parâmetros tem maior importância na comunidade estudada. Na tabela abaixo (Tabela 3) é possível observar todos os parâmetros fitossociológicos calculados com base nos dados coletados dentro das unidades amostrais.

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Inventário Florístico e Florestal – RPPN Rio das Lontras Tabela 3: Índices fitossociológicos da área estudada. N = Número total de indivíduos da espécie correspondente; U = Número de unidades amostrais em que a espécie ocorre; AB = Área Basal; DA =Densidade Absoluta; DR =Densidade Relativa; FA =Freqüência Absoluta; FR =Freqüência Relativa; DoA =Dominância Absoluta; DoR =Dominância Relativa; VC =Valor de Cobertura; VC(%) = Percentagem do valor de cobertura; VI = Valor da Importância; VI(%) =Percentagem do valor da importância.

Nome Científico Hieronyma alchorneoides Allemão Cyathea delgadii Sternb. NI não coletada Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Miconia cabussu Hoehne Euterpe edulis Mart. Cedrela fissilis Vell. Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Annona sericea Dunal Casearia silvestris Sw. Clethra scabra Pers. Psychotria vellosiana Benth. Nectandra oppositifolia Nees & Mart. Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. Piptocarpha angustifolia Dusén ex Malme Guatteria australis A. St.-Hil. Bathysa australis (A. St.-Hil.) Benth. & Hook. f. NI morta Xylopia brasiliensis Spreng. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Myrsine umbellata Mart. Guapira opposita (Vell.) Reitz Cryptocarya moschata Nees & C. Mart. Ocotea odorifera Rohwer Buchenavia kleinii Exell

N U 30 12 44 12 14 7 12 7 9 4 10 6 4 4 5 5 5 5 5 4 6 4 4 4 4 3 6 3 5 2 2 2 4 4 4 3 4 3 4 1 2 2 3 3 2 2 2 2 1 1

AB DA DR FA FR DoA DoR VC VC (%) VI VI (%) 1,76 133,33 11,63 80,00 7,45 7,83 20,34 31,97 15,98 39,42 13,14 0,48 195,56 17,05 80,00 7,45 2,15 5,58 22,63 11,32 30,09 10,03 0,71 62,22 5,43 46,67 4,35 3,15 8,19 13,61 6,81 17,96 5,99 0,53 53,33 4,65 46,67 4,35 2,36 6,12 10,77 5,38 15,12 5,04 0,23 40,00 3,49 26,67 2,48 1,02 2,66 6,15 3,07 8,63 2,88 0,09 44,44 3,88 40,00 3,73 0,40 1,04 4,91 2,46 8,64 2,88 0,39 17,78 1,55 26,67 2,48 1,74 4,51 6,06 3,03 8,54 2,85 0,25 22,22 1,94 33,33 3,11 1,09 2,83 4,77 2,38 7,88 2,63 0,18 22,22 1,94 33,33 3,11 0,78 2,03 3,96 1,98 7,07 2,36 0,21 22,22 1,94 26,67 2,48 0,93 2,42 4,36 2,18 6,85 2,28 0,16 26,67 2,33 26,67 2,48 0,69 1,80 4,13 2,06 6,61 2,20 0,12 17,78 1,55 26,67 2,48 0,55 1,43 2,98 1,49 5,46 1,82 0,18 17,78 1,55 20,00 1,86 0,79 2,05 3,60 1,80 5,47 1,82 0,08 26,67 2,33 20,00 1,86 0,37 0,95 3,28 1,64 5,14 1,71 0,16 22,22 1,94 13,33 1,24 0,71 1,85 3,79 1,89 5,03 1,68 0,24 8,89 0,78 13,33 1,24 1,08 2,82 3,59 1,80 4,83 1,61 0,06 17,78 1,55 26,67 2,48 0,28 0,72 2,27 1,14 4,76 1,59 0,09 17,78 1,55 20,00 1,86 0,40 1,04 2,59 1,29 4,45 1,48 0,08 17,78 1,55 20,00 1,86 0,34 0,89 2,44 1,22 4,30 1,43 0,13 17,78 1,55 6,67 0,62 0,60 1,54 3,10 1,55 3,72 1,24 0,13 8,89 0,78 13,33 1,24 0,59 1,54 2,32 1,16 3,56 1,19 0,04 13,33 1,16 20,00 1,86 0,17 0,44 1,60 0,80 3,47 1,16 0,12 8,89 0,78 13,33 1,24 0,53 1,37 2,15 1,07 3,39 1,13 0,11 8,89 0,78 13,33 1,24 0,48 1,24 2,01 1,01 3,26 1,09 0,20 4,44 0,39 6,67 0,62 0,87 2,26 2,65 1,33 3,27 1,09 (segue)

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Inventário Florístico e Florestal – RPPN Rio das Lontras NI 02 Coussarea contracta (Walp.) Müll. Arg. Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. & Downs Brosimum lactescens (S. Moore) C. C. Berg Calyptranthes lucida Mart. ex DC. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb. Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A.Robyns Lamanonia ternata Vell. Myrceugenia cf. glaucescens (Cambess.) D. Legrand & Kausel Myrcia pubipetala Miq. Schefflera angustissima (Marchal) Frodin Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Clusia criuva Cambees. Andira fraxinifolia Benth. Byrsonima ligustrifolia Saint-Hilaire Myrceugenia cf. myrcioides (Cambess.) O. Berg Ocotea sp. Casearia decandra Jacq. Jacaranda puberula Cham. Hirtella hebeclada Moric. ex DC. Ilex theezans Mart. ex. Reissek Alchornea sidifolia Klotzsch Ocotea catharinensis Mez Ilex dumosa Reissek Inga cf. sessilis (Vell.) Mart.

1 3 2 2 2 2 3 2 2

1 2 2 2 1 2 2 1 2

0,19 0,06 0,08 0,08 0,12 0,07 0,03 0,11 0,06

4,44 13,33 8,89 8,89 8,89 8,89 13,33 8,89 8,89

0,39 1,16 0,78 0,78 0,78 0,78 1,16 0,78 0,78

6,67 13,33 13,33 13,33 6,67 13,33 13,33 6,67 13,33

0,62 1,24 1,24 1,24 0,62 1,24 1,24 0,62 1,24

0,83 0,25 0,36 0,35 0,54 0,29 0,13 0,50 0,26

2,15 0,64 0,95 0,92 1,41 0,76 0,35 1,30 0,66

2,54 1,80 1,72 1,69 2,19 1,53 1,51 2,08 1,44

1,27 0,90 0,86 0,85 1,09 0,77 0,75 1,04 0,72

(continuação) 3,16 1,05 3,04 1,01 2,96 0,99 2,93 0,98 2,81 0,94 2,78 0,92 2,75 0,92 2,70 0,90 2,68 0,89

2 2 1 3 2 1 2 1 1 2 2 1 2 1 1 1 1

2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

0,04 0,02 0,10 0,04 0,06 0,09 0,04 0,07 0,07 0,03 0,02 0,05 0,02 0,05 0,04 0,04 0,03

8,89 8,89 4,44 13,33 8,89 4,44 8,89 4,44 4,44 8,89 8,89 4,44 8,89 4,44 4,44 4,44 4,44

0,78 0,78 0,39 1,16 0,78 0,39 0,78 0,39 0,39 0,78 0,78 0,39 0,78 0,39 0,39 0,39 0,39

13,33 13,33 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67

1,24 1,24 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62

0,19 0,09 0,47 0,17 0,29 0,39 0,19 0,33 0,32 0,13 0,08 0,22 0,08 0,21 0,19 0,16 0,15

0,49 0,24 1,21 0,44 0,74 1,00 0,48 0,86 0,82 0,35 0,20 0,57 0,20 0,54 0,49 0,42 0,40

1,26 1,01 1,60 1,60 1,52 1,39 1,26 1,24 1,21 1,12 0,98 0,96 0,97 0,93 0,87 0,81 0,79

0,63 0,51 0,80 0,80 0,76 0,70 0,63 0,62 0,60 0,56 0,49 0,48 0,49 0,46 0,44 0,40 0,39

2,50 2,26 2,22 2,22 2,14 2,01 1,88 1,86 1,83 1,74 1,60 1,58 1,59 1,55 1,49 1,43 1,41

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0,83 0,75 0,74 0,74 0,71 0,67 0,63 0,62 0,61 0,58 0,53 0,53 0,53 0,52 0,50 0,48 0,47 (segue) (continuação)


Inventário Florístico e Florestal – RPPN Rio das Lontras NI 04 Myrcia affinis Cambess. Inga sessilis (Vell.) Mart. Myrtaceae Eugenia pluriflora DC. Zanthoxylum rhoifolium Lam. Eugenia handroana D. Legrand Miconia cubatanensis Hoehne Vernonanthura discolor (Spreng.) H. Rob. Chrysophyllum inornatum Mart. Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. NI 03 Ilex cf. brevicuspis Reissek NI 01 Alchornea glandulosa Poit. & Baill. NI sem folhas Pausandra morisiana (Casar.) Radlk. Eugenia kleinii D. Legrand Magnolia ovata (A. St.-Hil.) Spreng. Maytenus aquifolia Mart. NI 05 Miconia cf. eichleri Cogn. Total

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,01 0,01 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44

0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39

6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67 6,67

0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62

0,14 0,13 0,12 0,08 0,08 0,08 0,08 0,07 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06 0,05 0,05 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04

0,35 0,33 0,31 0,21 0,20 0,19 0,20 0,18 0,18 0,16 0,16 0,17 0,15 0,13 0,12 0,13 0,14 0,10 0,10 0,10

0,74 0,72 0,70 0,60 0,59 0,58 0,58 0,57 0,56 0,55 0,55 0,56 0,54 0,52 0,50 0,51 0,52 0,49 0,49 0,49

0,37 0,36 0,35 0,30 0,29 0,29 0,29 0,28 0,28 0,27 0,27 0,28 0,27 0,26 0,25 0,26 0,26 0,24 0,24 0,24

1,36 1,34 1,32 1,22 1,21 1,20 1,20 1,19 1,18 1,17 1,17 1,18 1,16 1,14 1,13 1,13 1,14 1,11 1,11 1,11

0,45 0,45 0,44 0,41 0,40 0,40 0,40 0,40 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,38 0,38 0,38 0,38 0,37 0,37 0,37

1 1 0,01 4,44 0,39 6,67 0,62 0,04 0,09 0,48 0,24 1,10 0,37 1 1 0,01 4,44 0,39 6,67 0,62 0,04 0,09 0,48 0,24 1,10 0,37 258 15 8,66 1146,67 100,00 1073,33 100,00 38,51 100,00 200,00 100,00 300,00 100,00

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Com relação a diversidade cabe ressaltar que: 1. Índice de Shannon mede o grau de incerteza em prever a que espécie pertencerá um indivíduo escolhido, ao acaso, de uma amostra com S espécies e N indivíduos. Quanto menor o valor do índice de Shannon, menor o grau de incerteza e, portanto, a diversidade da amostra é baixa. A diversidade tende a ser mais alta quanto maior o valor do índice. 2. Índice de Simpson é um índice de dominância e reflete a probabilidade de dois indivíduos escolhidos ao acaso na comunidade pertencerem à mesma espécie. Varia de 0 a 1 e quanto mais alto for, maior a probabilidade de os indivíduos serem da mesma espécie, ou seja, maior a dominância e menor a diversidade. 3. A eqüabilidade de Pielou (MAGURRAN, 1988) é compreendida entre 0 e 1. Quando esta se aproxima de 1, significa que há alta diversidade e que as espécies são teoricamente abundantes entre as parcelas. No trabalho de Margurran (1988), a eqüabilidade de 0,85 demonstra que as espécies são igualmente abundantes. Os índices de diversidade e de eqüabilidade (geral) na RPPN Rio das Lontras foram: H’ = 3,6 nats/indivíduo e J = 0,84, respectivamente. Já o índice de dominância de Simpson foi de 0,98. A tabela a seguir (Tabela 4) relaciona estes índices (além de outros) de cada unidade amostral medida na área. Tabela 4: Índices de diversidade. S = Número de espécies amostradas. ln( s ) = Diversidade máxima; H' = Índices de diversidade de Shannon-Weaver; C = Índice de dominância de Simpson; J = Equabilidade de Pielou.

Parcela 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

N 12 17 18 21 14 21 12 17 15 26 13 16

S 10 9 13 10 5 16 10 11 14 13 9 7

ln(S) 2,3 2,2 2,56 2,3 1,61 2,77 2,3 2,4 2,64 2,56 2,2 1,95

H' 2,25 2,04 2,48 2,05 1,51 2,71 2,25 2,23 2,62 2,14 2,14 1,6

C 0,97 0,9 0,96 0,88 0,82 0,98 0,97 0,93 0,99 0,85 0,95 0,79

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J 0,98 0,93 0,97 0,89 0,94 0,98 0,98 0,93 0,99 0,84 0,97 0,82

QM 1 : 1,20 1 : 1,89 1 : 1,38 1 : 2,10 1 : 2,80 1 : 1,31 1 : 1,20 1 : 1,55 1 : 1,07 1 : 2,00 1 : 1,44 1 : 2,29


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13 14 15 Geral *** Jackknife

22 16 18 258

15 9 10 74

T (95%) = 2,14

2,71 2,2 2,3 4,3

2,59 1,83 2,14 3,6

0,96 0,82 0,92 0,98

0,96 0,83 0,93 0,84

1 : 1,47 1 : 1,78 1 : 1,80 1 : 3,49

3,55 a 4,24

Como comparativo, pode-se observar a Figura 2, extraída de Sevegnani (2003), alguns índices de diversidade extraídos de trabalhos realizados na Mata Atlântica. Como neste trabalho o índice obtido foi de H’=3,25 nats/ind, pode-se concluir que a região assemelha-se as encostas exploradas por hora já estudadas, e reflete um valor abaixo da maioria dos demais encontrados.

Figura 2: Figura ilustrando tabela extraída de Sevegnani (2003), com alguns índices de trabalhos da Floresta Atlântica.

Veloso et al (1991) comenta que a floresta pluvial atlântica do Sul e Sudeste constituía um continuum ao longo de toda a vertente atlântica e que as florestas do Rio Eng. Florestal Eduardo Brogni – CREA-SC 067768-0


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Grande do Sul até o Paraná são menos diversas que as do Sudeste brasileiro. Em latitudes menores, aproximando-se do centro de diversidade da Floresta Atlântica, do Rio de Janeiro até o sul da Bahia, conforme evidenciado por SIQUEIRA (1994), o valor do índice de diversidade de Shannon mostram uma tendência de aumento, podendo ultrapassar H´= 4,5 nats/ind., na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ (GUEDES-BRUNI 1998). Em florestas tropicais com grande heterogeneidade florística, os fatores que contribuem para o aumento da densidade de poucas espécies estão relacionados diretamente aos distúrbios no ambiente, principalmente pelo desmatamento e corte seletivo (WHITMORE, 1990). Cabe destacar ainda, que segundo a Instrução Normativa 06, do IBAMA, de 23 de setembro de 2008 Ocotea catharinensis e Euterpe edulis, dentre as encontradas, estão ameaçadas de extinção, sendo que apenas um indivíduo de O. catharinensis foi observado. No entanto, a espécie E. edulis, uma das mais importantes da Floresta Atlântica em estádio médio e avançado de desenvolvimento, esteve presente em quase toda área, em porte arbóreo ou presente na regeneração.

ANÁLISE DOS RESULTADOS COM BASE NO VOLUME, DAP E AB

Com a análise dos dados encontrados, além de uma visão técnica e crítica in loco, podem-se se obter algumas conclusões da vegetação presente no local. Importante ressaltar que, a ação antrópica que se processou em anos anteriores, foi determinante para a situação atual encontrada. De maneira geral é possível concluir que as unidades foram uniformes, com pouca variância entres os dados. A tabela a seguir (Tabela 5) mostra de maneira resumida os valores de médios de cada unidade amostral, o valor médio de todas as unidades e a respectiva variância.

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Tabela 5: Valores médios do número de indivíduos, CAP (Circunferência a altura do peito, DAP (Diâmetro na altura do peito), altura total (H total), área basal (g) e volume (expresso em metros cúbicos), encontrados na RPPN Rio das Lontras. UA Nº ind CAP DAP H total g volume RL1 12 41,55 13,23 8,47 0,241 1,289 RL2 17 46,54 14,82 11,45 0,392 2,898 RL3 18 48,63 15,48 12,13 0,401 3,086 RL4 21 56,81 18,09 13,10 0,652 6,430 RL5 14 56,89 18,11 12,75 0,448 3,989 RL6 21 60,43 19,24 14,73 0,790 8,929 RL7 12 58,34 18,57 14,39 0,492 5,348 RL8 17 67,33 21,43 14,22 0,843 9,384 RL9 15 49,73 15,83 11,88 0,451 3,533 RL10 26 51,02 16,24 12,20 0,753 7,511 RL11 13 56,48 17,98 10,08 0,350 2,149 RL12 16 50,26 16,00 11,01 0,541 4,657 RL13 22 66,46 21,15 14,78 1,053 11,644 RL14 16 46,74 14,88 9,57 0,436 3,270 Rl15 18 60,58 19,28 15,44 0,821 8,423 Média 17,2 54,52 17,35 12,41 0,578 5,503 Variância 15,74 56,29 5,70 4,31 0,05 9,39

Ao se enquadrar os resultados acima na legislação ambiental vigente no que tange ao estádio de desenvolvimento da vegetação, mais especificamente a Resolução CONAMA nº 04/1994, a floresta presente nos limites da RPPN Rio das Lontras, predominantemente, pode ser dita como Estádio Avançado de Regeneração. Isso alude se tratar de áreas onde ocorreram supressões totais da vegetação em anos anteriores e que estão em fase avançada de reconstituição natural. O quadro abaixo mostra um resumo dos parâmetros do CONAMA, bem como os valores estimados para todo o fragmento. Cabe citar que, mesmo o DAP médio e H total média estando abaixo da média para o estádio avançado (CONAMA), pode-se dizer que a vegetação, em grande parte do fragmento tende ao estádio avançado, com algumas variações.

Parâmetro AB média/ha DAP médio H total

CONAMA - médio até 15,00 até 15,00 até 12,00

CONAMA - avançado Média p/ todo Fragmento até 20,00 38,53 m²/ha até 25,00 17,35 cm até 20,00 12,41 m

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O volume total estimado e o valor médio por hectare estão apresentados no quadro abaixo. Pode ocorrer uma variação no valor do volume estimado e o real encontrado na área, devido às variações naturais presentes na vegetação, entre outros fatores.

Unidade Metros cúbicos (m³)

Estimativa/hectare 366,86

Metros estereo (m st) "lenha"

513,04 660,34

SUFICIÊNCIA AMOSTRAL

A suficiência amostral é um conceito quantitativo (ou “quasi-quantitativo”) utilizado em estudos fitossociológicos para informar se a amostra utilizada é “representativa” da comunidade vegetal em estudo (SCHILLING e BATISTA, 2008). A idéia de representatividade nesse caso está relacionada à indicação de que a composição florística e a densidade de árvores por espécie estão adequadamente amostradas. Com base no gráfico abaixo (Gráfico 4) se percebe a forte tendência na estabilidade de novas espécies para o fragmento, ao demonstrar que nas cinco últimas parcelas apenas 4 novas espécies foram encontradas em 900 m2.

Gráfico 4: Curva de coletor para o fragmento estudado. Eng. Florestal Eduardo Brogni – CREA-SC 067768-0


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados apresentados e descritos acima, seguem as principais conclusões para a área em estudo: •

Na Tabela 5, referente aos parâmetros dendrométricos por Unidade Amostral, levando em consideração a Resolução CONAMA nº 004, de 04 de maio de 1994, houve predomínio do Estádio Avançado de Regeneração Natural. A comunidade vegetal estudada encontra-se em pleno estádio de regeneração e deve caminhar ao clímax local nas próximas décadas se nenhuma intervenção humana ocorrer ou intempéries climáticas atingirem a área;

De acordo com a nova listagem da flora considerada ameaçada de extinção, assinada pelo Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc aos dezenove dias de setembro de 2008, o Euterpe edulis é a única espécie encontrada e medida nos limites da propriedade estudada e que consta nesta nova listagem. A espécie Ocotea catherinensis esteve presente na unidade instalada entre as divisas de propriedades. Contudo não se pode considerar a ausência desta importante espécie (clímax) na área em estudo. Devido à proximidade dos fragmentos, o indivíduo pode ser uma importante fonte de sementes para colonizar a área;

Pode-se dizer que, o fragmento já foi objeto de exploração dos recursos naturais (na época especialmente madeira) há anos e, atualmente encontrase em estádio de desenvolvimento e regeneração natural.

Além dos valores e conclusões acima, pode-se dizer que, a preservação dá área como um todo vem dar suporte ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e garantir um entorno mais preservado e um maior refúgio tanto para a fauna quanto para a flora.

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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

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Fotos: 1) Vista geral da cachoeira (extrema da propriedade) e floresta; 2, 3 e 4) Vista geral da floresta em estudo; 5, 6,7 e 8) Coleta de material botânico e dos dados, em campo ; 9 e 10) Processamento do material botânico no alojamento (pós campo); 11 e 12) Vista parcial do interior do fragmento estudado; 13 e 14) Vista do interior do fragmento com destaque para a espécie Euterpe edulis; 15 e 16) Uma das espécies mais abundantes na propriedade, Cyathea delgadii; 17 e 18) Surpresas pelo caminho; 19) Vista geral do ribeirão que faz o limite da propriedade; 20) Equipe do levantamento de campo da Flora.

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de

biometria

florestal.

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