Repórter do Marão

Page 1

14 ec onom ia

2 cida dania

Nº 1241 | Ano 26 | Assinatura Nac. 40€ | Diretor: Jorge Sousa | Edição: Tâmegapress | Redação: Marco de Canaveses | 910 536 928 | Edição escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico | 30.000 ex.

Prémio GAZETA 2009

repórterdomarão 07 jul

do Tâmega e Sousa ao Nordeste

a

31 jul’10

8

in 6 ens

o idad l a u t a e 4 po rto en or te

ste

rde 10 no


‘Para além da chinela’ | Livro de Rosalina

Contra a segrega Carlos Alexandre | calexandre.tamegapress@gmail.com | Fotos C.A. e CMPF

A

utora freamundense conta a história de um amor aparentemente impossível, envolvendo um elemento de etnia cigana, mas que acaba em casamento. Este desfecho improvável representa um voto a favor de uma sociedade mais justa e menos xenófoba. O livro, apresentado recentemente na Biblioteca Municipal Professor Vieira Dinis, em Paços de Ferreira, relata a história difícil de afirmação de uma rapariga cigana e do seu amor por um rapaz não cigano e nada preocupado com as diferenças. Rosalina Oliveira encontrou nesta aparente violação de costumes (da citada comunidade) uma forma de lançar a discussão sobre uma temática ainda hoje complexa. “Este relacionamento é pura ficção, mas gostava que fosse realidade”, disse ao Repórter do Marão (RM) a autora, professora reformada do Ensino Básico e acérrima defensora de uma sociedade menos xenófoba. A escritora explica o recurso à chinela, calçado característico das mulheres daquela etnia, para representar “o sentimento de culpa e inferioridade que afeta muitas pessoas face ao estatuto de outras”.

| Todos diferentes e iguais | “Esse sentimento provoca muitas das vezes sofrimento, inadaptação à sociedade e até doenças”, sublinhou. No livro, o relacionamento conduz à morte o pai da jovem, simbolizando de alguma forma as barreiras sociais que ainda faltam derrubar, e acaba em casa-

mento, com a noiva a manter-se casta até à noite de núpcias, respeitando, em certa medida, a tradição do seu povo. Rosalina Oliveira explicou a mensagem: “Acho necessário apelar à sociedade para que os ciganos possam ser inseridos na sociedade, combatendo-se as segregações e sem que isso signifique menosprezar a sua cultura e tradições”. Em “Para além da chinela”, a autora inspirou-se num exemplo de socialização de uma família cigana com morada certa, há muitos anos, nos arredores de Freamunde, em Covas, freguesia de Lousada. “É uma família cigana numerosa, que conheço e sempre apoiei [desde] há cerca de 20 anos. Tenho, aliás, uma grande afinidade com o patriarca, o senhor Manuel “Cigano”, homem muito respeitado por toda a gente”, explicou Rosalina Oliveira.

| ‘Gente com quem se pode negociar’ | Ao RM, garantiu ser “gente com quem se pode negociar” e que, apesar de socializados, mantém “uma maneira de vestir e de falar característicos da sua comunidade”, como ela própria defende. Foi a primeira incursão da escritora num tema complicado e politicamente sensível: “Se a política é exteriorizar desta forma a luta contra a xenofobia, então há uma grande carga política neste livro”. A temática envolvendo as comunidades ciganas tem merecido a devida atenção do município pacense, liderado pelo social-democrata Pedro Pinto, filho de Rosalina Oliveira, encontrando-se em fase de execução o projeto de realojamento de seis famílias em “Moradias Étnicas”.

PAÇOS DE FERREIRA:

O programa de realojamento envolve seis famílias, num total de cerca de 40 pessoas


Oliveira inspirado em família cigana

ção e a xenofobia ‘Moradias Étnicas’ para famílias ciganas de Paços de Ferreira A Câmara Municipal de Paços de Ferreira vai realojar seis famílias de etnia cigana em “Moradias Étnicas”. A construção respeita as tradições e a sua vivência em comunidade, aguardando luz verde do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). “Sem o apoio (financeiro) do IHRU, teremos de partir para uma solução diferente, mais barata e ágil, sem fugir àquilo que é a nossa filosofia”, disse ao RM o vereador da Ação Social e Habitação, António Coelho.

| Projeto aguarda financiamento | O autarca lembrou que a construção, definida como “Moradias Étnicas” e com um custo a rondar os 600 mil euros, incluindo os arranjos exteriores, é a única que se mantém no quadro da reprogramação da política habitacional apresentada ao IHRU em janeiro passado. “Devido aos constrangimentos financeiros, tivemos de alterar o paradigma em relação a Frazão, Carvalhosa, Paços de Ferreira e Seroa, optando por alargar o número de famílias a realojar, mas no contexto de arrendamento e não de construção, ao contrário do que tínhamos feito na Boavista e em Modelos”, explicou António Coelho. Já o projeto das “Moradias Étnicas” mantém-se inalterável, apesar de a disponibilização financeira do IHRU ser inferior a 60 por cento, como se verificava no tempo do Instituto Nacional de Habitação (INH), com quem a autarquia começou por estabelecer em 2005 o programa de realojamento de famílias com precariedade habitacional.

Não basta realojar, é preciso socializar! O realojamento e a socialização das famílias de etnia cigana em Paços de Ferreira estão a ser preparados há bastante tempo pela autarquia, num trabalho caracterizado pelo elevado número de intervenções sociais realizadas junto dessa comunidade. “A organização do espaço habitacional, a utilização de equipamentos, como eletrodomésticos, ou a gestão da economia doméstica (rendimentos do agregado e priorização de necessidades)” fizeram parte das ações envolvendo as seis famílias de etnia cigana, pode ler-se no documento disponibilizado ao RM pela autarquia. A mesma nota destaca também “sessões de esclarecimento e desenvolvimento de competências sobre temas relacionados com nutrição/cuidados alimentares, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, proteção social, comunicação humana e assertividade, ou relação de vizinhança”. Todas estas atividades realizaram-se no âmbito do curso “Optimizar Espaços e Relações”, que culminou com uma “Maratona Doméstica”, tendo como objetivo a “aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo da formação em contexto real/espaço habitacional”. Paralelamente, realizaram-se ações de formação na área da educação para a saúde, beneficiando da parceria com a CESPU (curso de enfermagem), no acampamento, com as mães. No âmbito do projeto “Ser Criança”, foi “implementado um acompanhamento ao estudo no acampamento (uma psicóloga semanalmente trabalhava com as crianças em idade escolar, no seu espaço habitacional - tenda)”. As crianças foram ainda envolvidas em várias atividades/ateliês temáticos, como aconteceu na “Semana da praia”, em conjunto com a população a realojar noutras freguesias do concelho. A autarquia dá conta ainda de uma “proximidade e colaboração mútua” entre a equipa técnica do município e aquela comunidade, precisando que “não há situações de abandono escolar” e que “todas as crianças estão inscritas e são acompanhadas regularmente (consultas de rotina e vacinas) no Centro de Saúde”.

| Comunidade integrada | “Estas famílias (de etnia cigana) vivem em Paços de Ferreira e mantêm-se sinalizadas e à espera do IHRU por terem uma vivência muito particular, voltada para os espaços abertos”, disse o vereador. O projeto de arquitectura das habitações, por exemplo, foi elaborado com a colaboração da matriarca da comunidade. “Estamos a falar de uma comunidade perfeitamente integrada e pacífica, de bom relacionamento com a vizinhança e as instituições, e com características próprias”, acentuou António Coelho.

| Alojamento junto ao parque de exposições | As habitações, segundo recordou o autarca, serão construídas junto ao parque de exposições da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), na freguesia de Carvalhosa, e “terão alpendres voltados para uma praça interna”, onde poderão guardar as carroças e os animais, permitindo-lhes manter as suas atividades. “Tudo será feito para respeitar as tradições e a sua vivência em comunidade”, vincou ao RM António Coelho, reiterando que o atraso na construção se deve apenas aos constrangimentos de natureza financeira e ao facto de, neste momento, o poder central também não disponibilizar ajudas para esta área.

Mais obras até ao fim do ano

Três novos trabalhos de Rosalina Oliveira vão ser apresentados até ao final do ano. A autora de “Para além da chinela” vai dar a conhecer duas obras já em julho. Por ocasião das Sebastianas, as festas da cidade e umas das mais importantes e afamadas no concelho, que decorrem de 1 a 13, vai apresentar “A história de Freamunde em banda desenhada”, com ilustração de Sara Gonçalves, e ainda “Freamunde monográfico”, um livro de passatempos sobre a cidade dos capões. Rosalina Oliveira prepara também uma novela, “ainda sem título”, sobre “relacionamentos difíceis” no seio familiar, acreditando que estará concluída até ao final de 2010.


04

07 a 31 jul’10

repórterdomarão I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

porto e norte

Cidade do Porto ‘precisa de um choque que lhe liberte o talento’  Rui Moreira | Presidente da Associação Comercial do Porto

R

ui Moreira é há nove anos presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), tendo sido reeleito, em abril, para mais um mandato. Diz-se um “cidadão comum com interesses particulares” que preserva a privacidade e privilegia a família. A sua maior conquista, destaca, são os seus dois filhos e a forma como exercem a sua cidadania. Nascido no Porto em 1956, conta que gostaria de assistir ao ressurgimento da cidade e de participar, enquanto cidadão, “nessa conquista”. Já foi velejador internacional – uma paixão que “continua viva” – e membro consultivo do FC Porto. Defende a regionalização em Portugal para que o desenvolvimento do País seja mais “harmonioso”. Em entrevista ao Repórter do Marão, Rui Moreira fala dos seus projetos, do País, do futuro da ACP e da sua cidade: o Porto. Desde 2001 é presidente da Associação Comercial do Porto. Que análise faz destes últimos 9 anos? Não gosto de fazer balanços do meu trabalho. Prefiro que sejam os outros a fazê-lo. Mas não deixarei de dizer que a ACP é hoje muito diferente daquilo que era, quando cá cheguei. E, relendo o meu discurso de tomada de posse, creio que fui fiel às minhas promessas de então. A ACP é uma voz ativa na defesa dos interesses dos seus associados, e do Norte em geral. Que vantagens e desvantagens trouxe este percurso para Rui Moreira? Em termos de vantagens pessoais, e sendo este um lugar não remunerado que me ocupa muito tempo e que me causou alguns contratempos, diria que não recolhi quaisquer vantagens de ordem material. Mas, naturalmente, há outras vantagens, já que a presidência da ACP me permite exercer a minha cidadania de forma mais ativa. Foi eleito novamente para presidente da ACP. Quais os novos objetivos? Concluir o plano de modernização e de reabilitação do Palácio da Bolsa, aumentar o leque de serviços que oferecemos aos nossos associados, persistir no exercício do nosso poder de lobby a favor da cidade e da região. Chegou a dizer que uma das apostas para o mandato de 2009/10 é o rejuvenescimento dos associados. Que contributos podem trazer? Uma associação, por muito nobre que sejam os seus objectivos, só pode sobreviver à marcha do tempo se conseguir atrair novos associados. Se essa mobilização não surgir, a ACP não terá, no futuro, a influência que tem hoje. Por que razão o Porto e o Norte continuam a ser as zonas mais deprimidas economicamente? Por razões exógenas, que estão ligadas à desindustrialização da Europa, e por razões endógenas, que resultam da excessiva concentração e do centralismo obsessivo.

A regionalização seria uma boa solução para o Norte e País? Porquê? Sim, porque permitiria que o desenvolvimento do País fosse mais harmonioso, com uma afetação racional dos recursos e com uma maior mobilização dos cidadãos. Diz na introdução do seu livro ‘Uma questão de caráter’ que o Porto de antigamente, liberal, amante do trabalho, orgulhoso, está a ficar, "enquanto sociedade, menos liberal e permeável, mais fechado e agreste". Porquê? Como expliquei, “O Porto teve, ao longo dos últimos séculos, momentos em que se abriu ao exterior e outros tempos em que, por contraste, se fechou. Mas, agora, corre um risco maior, inédito, porque o fim da sua burguesia liberal, o envelhecimento das suas elites tradicionais e a crescente dificuldade em fixar os seus sucessores parece estar a ocorrer em simultâneo com o aparecimento, aqui e ali, de um proselitismo que não é de bom augúrio”. Ou seja, o facto de não haver oportunidades para os melhores de entre os mais jovens que se vêem obrigados a emigrar, o facto de não haver condições para renovar a burguesia do Porto que sempre teve um cunho marcadamente liberal, o pessimismo que resulta, em parte, da falta dessas oportunidades, são alguns dos factores que contribuem para esta mudança. O que falta cumprir no Porto? Falta encontrar um rumo, uma nova estratégia que contrarie a estagnação, que crie novas oportunidades. A cidade precisa de um choque vitamínico que a faça acreditar em si própria, que lhe liberte o talento. Como vê as medidas anti-crise apresentadas pelo Governo? São medidas de recurso, aplicadas de forma desequilibrada, já o desequilíbrio das contas públicas é pago pelo contribuinte. Enquanto não houver um esforço para aligeirar o sobrepeso do Estado, todas estas medidas serão sempre temporárias e insuficientes. Concorda com a decisão de adiar as grandes obras? Não sei se a decisão foi tomada. O Governo diz isso num dia e o contrário no dia seguinte. Creio que o Governo só adia porque não tem condições para as fazer. Julgo que as obras faraónicas deveriam ser adiadas “sine die”. Qual a sua maior conquista? A educação dos meus filhos. Tenho um enorme orgulho nos meus dois filhos, na forma como exercem a sua cidadania e essa é, sem dúvida, a minha maior conquista. O que lhe falta conquistar? Gostaria de viver no Porto os dias, semanas, meses ou anos que me restam. Gostaria de assistir ao ressurgimento da cidade e gostaria de participar, enquanto cidadão, nessa conquista.to cidadão, nessa conquista. Liliana Leandro


09 a 22 jun’10

pub

IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

5

repórterdomarão


Entrevista a Luís Lima | Instituição de ensino

Número de alunos da ES Ana Leite | aleite.tamegapress@gmail.com | Fotos A.L.

C

om dez anos de existência, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras (ESTGF) tem crescido a taxas de 20 por cento ao ano no que concerne ao número de alunos que frequenta o estabelecimento de ensino. A Escola tem neste momento cerca de 1100 estudantes e o objetivo passa por chegar aos 1500. “O balanço que podemos fazer destes dez anos é francamente positivo. O número de alunos tem aumentado 20 por cento ao ano nos últimos cinco, resultado da abertura de novos cursos. Esperamos no próximo ano letivo ultrapassar os 1250”, referiu o presidente da ESTGF, Luís Lima. De acordo com o Luís Lima, a Escola Superior que pertence ao Instituto Politécnico do Porto, só não tem crescido mais porque a tutela não permite que se-

jam abertos todos os cursos desejados, nem autoriza que as vagas dos já existentes sejam aumentadas. “Há casos em que existem oito candidatos para cada vaga disponível. Nós teríamos candidatos para outros cursos e para mais vagas nos atuais”, sustentou, acrescentando que o melhor indicador para medir o sucesso da escola é a colocação e aceitação dos diplomados nas empresas da região NUT III Tâmega. Segundo o dirigente, “a missão da ESTGF é formar os melhores técnicos superiores nas áreas do ensino que a escola cobre”. “A nossa grande finalidade passa por formar os melhores técnicos superiores que possam ser úteis às empresas, indústrias, autarquias e instituições da região. Os concelhos desta região sempre foram caracterizados por terem uma percentagem sensivelmente igual à média do país de pessoas a frequentar o ensino superior. O que é certo é que depois não se fixavam nas regiões”, explicou. Para Luís Lima, a Escola de proximidade permite o acesso a outros públicos e está a ter um impacto muito forte na melhoria das qualificações dos ativos da região.

| “Processo de Bolonha tem aspetos positivos e negativos” | “Gostamos de pensar que aquilo que mais atrai os alunos a concorrer para esta escola é a qualidade do ensino que ministramos. Tentámos que os nossos estudantes para além do diploma que qualquer escola ou faculdade lhes proporciona, saiam preparados para o mercado de trabalho e para uma profissão”, realçou. O presidente da ESTGF sustenta que a preocupação do estabelecimento de ensino consiste em ensinar aos alunos o “saber-saber”, o “saber-ser” e também o “saber-fazer”, isto é, “formar pessoas completas, que para além das competências técnicas num determinado domínio profissional, possam ajudar a melhorar a sociedade como um todo”. O ano letivo que agora termina é diferente por representar o fim de um ciclo de


de Felgueiras terá novos cursos em 2010-11

TGF cresce 20 % por ano adaptação ao processo de Bolonha, sendo, por isso, momento de refletir sobre os aspetos positivos e o que correu menos bem.

| Alterações em curso | “Já estamos há seis anos com o sistema da gestão da qualidade e permanentemente temos indicadores sobre todas as atividades que desenvolvemos na escola, que nos permite ver como estão a correr as coisas. Estamos a fazer em três das quatro licenciaturas alguma reestruturação do plano de estudos resultante desses resultados”, esclareceu.

Luís Lima afirma que o feedback que tem recebido dos alunos em relação a Bolonha tem sido positivo. “A crescente utilização da avaliação contínua tem permitido aumentar as taxas de sucesso sem diminuir o rigor da avaliação. Permite que os estudantes se envolvam mais durante o ano nas matérias e no estudo”, disse. Contudo, para o presidente da ESTGF, nem tudo é positivo quando falamos de Bolonha. “Em alguns casos mantiveram-se as competências em licenciaturas que passaram de quatro ou cinco anos para três, o que obrigou a um esforço adicional dos estudantes. Estamos já a fazer algumas alterações nas mesmas”, assegurou.

Novo edifício concluído em 2011 Está atualmente a ser construído um novo edifício da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras, que estará concluído em março de 2011. A estrutura terá quatro novos auditórios com 350 lugares disponíveis. Além disso, a ESTGF realizou um estudo para a ocupação dos seis hectares de terreno de que dispõe. “As instalações da Escola não são as que considerámos necessárias. Temos ideias muito claras de ocupação dos terrenos existentes e quanto aos edifícios que os irão ocupar”, contou o presidente da instituição, Luís Lima. A ideia passa por construir um edifício principal pedagógico para 1500 alunos e um edifício administrativo para complementar o já existente (com cantina, biblioteca, sala de estudo, gabinete de docentes). Ao mesmo tempo, o objetivo é criar um pavilhão que permita a realização de várias modalidades desportivas e que terá também um pequeno bar/restaurante. O resto do terreno, cerca de quatro hectares, está pensado para a criação de uma zona verde aberta a toda a comunidade. “Neste terreno temos uma linha de água que poderá ser aproveitada para formar dois pequenos lagos, que darão uma vida e agradabilidade a essa zona verde. Sabemos que esta zona só poderá ser criada com o apoio da autarquia felgueirense”, acrescentou. Está ainda a ser realizado um projeto para a construção de uma residência estudantil ao que poderá juntar-se

uma residência sénior da Casa do Pessoal do Instituto Politécnico do Porto (IPP). “Estão a ser feitos esforços para ter concluídos os projetos dos novos edifícios que, no seu conjunto, com arranjos exteriores e excluindo a residência de estudantes, terão um custo que rondará os dez milhões de euros”, sustentou. Segundo Luís Lima, todos os projetos são dirigidos pela presidência do IPP que está neste momento a preparar o plano a submeter ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) logo que abram as candidaturas nesta área. “A compra dos terrenos foi feita com dinheiro do IPP de saldos próprios transitados. A escola precisa e terá de certeza essas novas instalações para garantir o seu futuro”, disse.

| Nova licenciatura e mais CET no próximo ano letivo | Neste ano letivo, que está na fase final, funcionaram na Escola Superior de Felgueiras quatro cursos de especialização tecnológica (CET), quatro licenciaturas e um mestrado em Engenharia Informática. “No subsistema politécnico podem ser dados três níveis de ensino, dois graduados que são os mestrados e licenciaturas e não graduados que são os cursos de especialização tecnológica. Somos a única escola do Politécnico do Porto que oferece cursos nos três níveis”, contou. A ESTGF decidiu aumentar a oferta formativa e lançou uma nova licenciatura e quatro CET. Vão entrar também em funcionamento os mestrados em Redes e Serviços de Comunicação e Gestão Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança e uma pós graduação em Integração de Sistemas de Gestão. De acordo com Luís Lima, as taxas de empregabilidade das licenciaturas em funcionamento, são superiores a 80 %, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional relacionados com o número de inscritos no centro de emprego. “A oferta formativa da escola corresponde às necessidades do mercado de trabalho da região, que é auscultada periodicamente. Fazemos também todos os anos um estudo sobre as turmas do ensino secundário da região para podermos corresponder aos anseios e expectativas dos estudantes” concluiu.

Luís Lima ligado à ESTGF desde a fundação Luís Lima está envolvido no projeto de criação da ESTGF desde 1997, “quando estavam a ser feitos os primeiros estudos para a localização da obra”, que foi inaugurada em 1999. Neste ano, foi o segundo professor a ser contratado para a Escola Superior, vindo da Universidade do Minho onde dava aulas às licenciaturas de sistemas informáticos e engenharia informática. Participou na criação da licenciatura em Engenharia Informática e nas várias atividades de gestão da escola. Em 2007 acabou por ser nomeado diretor da escola pelo presidente do IPP. Em 2009 a ESTGF entrou em regime estatutário e deixou de ter diretor nomeado. Luís Lima foi eleito presidente nesse ano por um mandato de quatro anos. A ideia de abrir esta Escola Superior surgiu de um desafio lançado por autarcas, nos anos 90, que sentiram a necessidade de criar um estabelecimento de ensino que formasse técnicos superiores que pudessem fixarse na região. Foi realizado um estudo de localização que concluiu que Felgueiras seria o local indicado para acolher a ESTGF.


08

07 a 31 jul’10

repórterdomarão I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

tâmega e sousa

Marta Sousa

Feridos na explosão de Amarante ainda inspiram cuidados O homem ferido na sequência da explosão ocorrida em Amarante, que está internado nos Cuidados Intensivos do Hospital de S. João, Porto, encontra-se “em situação grave, mas estabilizada”, informou fonte daquela unidade hospitalar. O ferido, de 55 anos, sofreu queimaduras em 35 por cento do corpo, designadamente na face, tronco e abdómen, na sequência das explosão ocorridas no domingo no restaurante Raposeira, em Amarante. Segundo a mesma fonte, este ferido, que foi transportado para o S. João de helicóptero, deverá ter “um internamento prolongado”. O outro ferido grave, de 65 anos, que foi também transferido para o S. João, está “estável” e “o prognóstico é bom”. “As queimaduras da face estão a evoluir bem e é possível que tenha alta clínica na próxima semana”, acrescentou a fonte hospitalar. Uma explosão inicial, originada por uma botija de gás, incendiou a 4 de julho um restaurante em Amarante, tendo provocado ainda outros quatro feridos ligeiros. O edifício ficou totalmente destruído no seu interior e o incêndio alastrou-se a outros espaços próximos do restaurante.

Cruz Vermelha homenageou fundador do núcleo de Amarante A Cruz Vermelha de Amarante homenageou no final de junho o sócio fundador da Delegação, Felisberto Gonçalves de Abreu, que se tornou o primeiro Patrono de todos os cursos realizados até ao momento, informou fonte da instituição. A cerimónia, que teve a presença de familiares do homenageado, ocorreu durante o compromisso de honra do quarto curso de membros a tivos, presidida por dirigentes da Cruz Vermelha nacional.

Quim Barreiros e Romana no cartaz da Feira de Atividades do Marco A oitava Feira das Atividades Empresariais do Marco de Canaveses (FAEMarco) vai decorrer de 23 a 26 de julho no Estádio Municipal do Marco. O programa de animação diário tem como cabeças de cartaz Quim Barreiros, as Bombocas, Romana e uma banda de tributo aos Pink Floyd. A Associação Empresarial do Marco de Canaveses (AEMarco) espera receber 30 mil visitantes nos quatro dias da FAE. Cedido pela Câmara do Marco, o Estádio Municipal é o local com as melhores condições “logísticas e de segurança”, explicou ao RM Cláudio Ferreira, secretário-geral da AEMarco. Diariamente está prevista a actuação de ranchos folclóricos e grupos de bombos de freguesias do concelho do Marco. Na abertura vai participar a fanfarra dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses e no dia do encerramento actua um grupo de cavaquinhos de Paredes de Viadores. Os cerca de 100 expositores, na maioria associados da AEMarco, vão ocupar a área que circunda o relvado do estádio. Este ano vão participar cinco empresas de restauração onde os visitantes vão poder lanchar ou jantar. E está previsto um espaço com insufláveis e outros divertimentos para as crianças. O artesanato (chapéus de palha, pipos em miniatura, bonecas de trapos e pintura à mão) que se faz no concelho do Marco vai estar representado em stands pró-

prios. A participação de expositores do exterior do concelho só vai acontecer “se houver espaço livre”, disse Cláudio Ferreira que não tem quaisquer dúvidas de que a FAE vai mostrar “o que de bom há no concelho” e exemplos de “inovação, empreendedorismo e de empresários que dão a cara à luta”. Numa tenda com cerca de 500 m2 a AEMarco vai mostrar quem foram os 14 empresários que participaram na Academia PME, um programa de formação para gestores de topo financiado pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI). Das 18 entidades que a nível nacional participam na Academia PME, a AEMarco é a única associação empresarial representada. No último fim-de-semana de agosto (dias 26 a 29) a AEMarco organiza, junto ao parque radical, a terceira edição da Festa da Cerveja, da Francesinha e dos Bons Petiscos em que vão participar oito restaurantes do Marco de Canaveses. A Unicer volta a patrocinar a festa fornecendo os stands com cerveja e refrigerantes a preços especiais. No programa de animação a festa vai contar com bandas de garagem, ranchos folclóricos e sessões de karaoke. Segundo a AEMarco, no ano passado durante a Festa da Cerveja, da Francesinha e dos Bons Petiscos, que teve cerca de 15 000 visitantes, foram servidas 10 000 francesinhas, 4 000 litros de cerveja e 500 litros de vinho. Paula Costa

REFER adiou obras no Douro Autarca do Marco acusa Governo de prejudicar o Baixo Tâmega

Fátima Felgueiras de regresso A antiga presidente da Câmara de Felgueiras, Fátima Felgueiras, voltou ao executivo, agora como vereadora, prometendo fazer “uma oposição construtiva”. “Quando saí, dei nota da minha disponibilidade para poder informar e ajudar no que quisessem, porque a mim sempre me interessou apenas o interesse de Felgueiras”, referiu a autarca. Fátima Felgueiras governou o concelho de 1995 a 2009, sempre com maioria absoluta, tendo perdido as eleições de 9 de outubro de 2009.

O presidente da Câmara do Marco de Canaveses, Manuel Moreira, criticou a decisão do Governo de suspender os concursos para a eletrificação e modernização do troço Caíde-Marco da linha férrea do Douro. Manuel Moreira disse à agência Lusa que soube pelas empresas concorrentes que a Refer – Rede Ferroviária Nacional - lhes comunicou a suspensão dos concursos, o que considera uma decisão de “grande gravidade”. “Tomei conhecimento que as empresas que concorreram foram notificadas da suspensão, o que considero de grande gravidade. Manifesto a minha revolta e o meu veemente protesto”, frisou o autarca marcuense. Manuel Moreira afirmou que a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, que reúne 12 câmaras, irá “tomar iniciativas” de contestação desta decisão.

“Reconheço que estamos a passar por um período muito difícil, mas considero que esta obra deveria ser executada, pela importância que tem para a região”, disse. Manuel Moreira referiu que, logo que verificou a possibilidade de a empreitada estar em risco, a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa enviou uma carta ao primeiro ministro, José Sócrates, “a exigir que os concursos fossem concluídos e a obra fosse iniciada no verão”. O autarca lamentou que o Governo apenas tenha comunicado que “estava a reavaliar investimentos para este ano” e criticou o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, por não ter respondido ao seu pedido de audiência. Embora sem confirmação oficial, tudo indica que a REFER também adiará a requalificação das linhas estreitas do Tâmega e do Corgo, encerradas a 25 de março de 2009.



10

07 a 31 jul’10

repórterdomarão I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

PCP de Vila Real contra portagens na A24 O PCP de Vila Real acusou o Governo de ameaçar “encerrar definitivamente” a região transmontana com a “catadupa” de medidas anunciadas, das quais destacou a introdução de portagens na autoestrada A24, esperada durante mais de 20 anos. “É inaceitável que o Governo PS não apresente uma única medida destinada a atenuar os efeitos da crise sobre as populações mais desfavorecidas”, afirmou aos jornalistas o dirigente comunista Manuel Cunha. O responsável considerou que a região trans-

nordeste

Vinho do Porto nas escolas espanholas O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) vai promover 45 ações de divulgação do vinho do Porto nas escolas de hotelaria, turismo e cozinha espanholas até 2013, anunciou o instituto público. A iniciativa arranca terça feira na Escola Superior de Hotelaria de Rivas-Vaciamadrid e vai reunir alunos do curso de cozinha e profissionais das principais unidades de restauração desta localidade, situada nas proximidades capital espanhola. Segundo a fonte, os alunos serão desafiados a criar pratos, com destaque para as sobremesas, para seis tipos diferentes de vinho do Porto. O IVDP refere que as ações têm como objetivo estratégico “promover o conhecimento dos vinhos, a suas características e qualidades intrínsecas da Região Demarcada do Douro (RDD)”. Os públicos-alvo são futuros profissionais (chefes de cozinha e responsáveis hoteleiros), escanções ou imprensa especializada. A próxima sessão decorre em novembro, no curso de sommelier da Escola de Turismo da Universidade de Barcelona. Para o ano letivo de 2010/2011 estão agendadas ações nas cidades de Madrid, Barcelona, Bilbao, Corunha, Toledo, Valência, Valladolid, Vitória e Tarragona.

O IVDP considera o mercado espanhol como estratégico para o vinho do Porto. A Espanha tem demonstrado um interesse crescente nestes vinhos, sendo atualmente o 9º mercado mundial de comercialização em quantidade (135.000 caixas). Em 2009, registou-se um crescimento de 2,4 por cento, o que ocorreu em “contra ciclo com a quebra global verificada”. Esta tendência de crescimento em Espanha tem-se mantido nos primeiros cinco meses de 2010.

CHNE nega encerramento em Mirandela montana corre o risco de se “tornar inviável” e destacou a introdução de portagens na A24, que liga Viseu a Chaves. “O Governo ameaça de mãos dadas com o PSD introduzir portagens na A24, acessibilidade central pela qual esperámos 20 anos e que nos foi jurado que nunca seria portajada, dado o baixo índice de desenvolvimento do distrito”, referiu. Manuel Cunha lembrou as declarações do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que classificou esta autoestrada como um “projeto de solidariedade nacional” para com este território. “Assistimos a uma cambalhotas de declarações”, frisou o comunista. O dirigente, que vive em Chaves e é médico no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, deu como exemplo as quatro deslocações semanais que tem que fazer a Vila Real e pelas quais, se forem introduzidas portagens, poderá ter que pagar “cerca de mil euros por ano”. “As mesmas pessoas que fecharam serviços de saúde, como o bloco de partos de Chaves, em nome da mobilidade, pois na altura já tínhamos a A24 a ligar a Vila Real, agora querem introduzir portagens”, sublinhou.

A administração do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) afastou “qualquer hipótese de encerramento” da urgência médico cirúrgica de Mirandela, justificando a suspensão temporária de cirurgia como “um processo normal”, consequência das férias dos médicos. A posição do CHNE surgiu depois de o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, ter adiantado que vai processar o Estado por incumprimento do protocolo celebrado há três anos aquando da reorganização da rede de urgências. Os responsáveis explicam que, “tendo por cenário a aproximação do período de férias”, procederam à aprovação do plano de férias, “conscientes da incapacidade de, com um

quadro de apenas 12 médicos, e estando um terço legalmente de férias, assegurar segura e eficazmente” o serviço nas duas unidades com urgência médico cirúrgica, a de Bragança e Mirandela. A administração decidiu que “entre julho e setembro, um dos médicos escalado para a prevenção entre as 14 horas e as 24 horas, em Mirandela, reforçará a equipa cirúrgica da unidade de Bragança”. Neste período, os doentes que necessitem de cirurgia emergente serão transferidos para Bragança, porque em Mirandela ficará apenas um cirurgião e para uma intervenção cirúrgica são necessários dois.

Agricultores do Montesinho contra as taxas Abrir um caminho pode custar a um agricultor de uma área protegida cinco mil euros em taxas a pagar ao Instituto de Conservação da Natureza (ICNB), um montante que pode duplicar para um promotor de um empreendimento turístico. Pedir um parecer, uma autorização ou uma licença é obrigatório para habitantes e agricultores das áreas protegidas e custam, no mínimo cem euros, de acordo com o estabelecido na portaria 138-A/2010 do Ministério do Am-

biente, em vigor desde 05 de março. Apesar de a lei consagrar algumas isenções, no Parque Natural de Montesinho o sentimento é de “revolta” e há quem diga que fica mais barato comprar lenha do que pedir autorização para as pessoas se puderem aquecer com a que têm nas suas propriedades. “Quem faz as leis não sabe nada da realidade”, é a opinião de Valdemar Roca, da direção dos baldios de Guadramil e da Associação Florestal dos Baldios da Lombada.

Centro Nadir Afonso em 2011 em Boticas

Fundação Nadir Afonso

A Câmara de Boticas anunciou hoje o início da construção do Centro de Artes Nadir Afonso, um espaço de homenagem ao artista que vai custar 2,5 milhões de euros e deverá estar concluído no final de 2011. Segundo fonte da autarquia, o centro pretende ligar o nome do pintor e arquiteto ao concelho onde nasceu a sua mãe. Nadir Afonso nasceu em Chaves em 1920, diplomou-se em arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto e em 1965 abandonou definitivamente a arquitetura para se dedicar exclusivamente à criação da sua obra. O artista já prometeu visitar as obras do Centro de Artes, o que deverá acontecer em agosto, altura em que terá presente uma exposição do edifício da Câmara de Boticas. O projeto foi elaborado pelo gabinete de arquitetura “Louise Braverman, Architect, P.C.”, com sede em Nova Iorque, e pelo gabinete de arquitetura “PPA Arquitectos”, com sede em Rio de Mouro, e foi elaborado de acordo com as linhas traçadas pela Fundação Nadir Afonso, com quem o município de Boticas assinou um protocolo para a realização desta obra.





14

07 a 31 jul’10

repórterdomarão I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

tâmega/diversos

Prémio Gazeta 2009 para Miguel Carvalho (Visão) Prémio de Imprensa Regional atribuído ao Repórter do Marão

Tecnológicas americanas prometem investir em Paredes  Cisco foi a primeira empresa a aderir ao projeto da PlanIT A cidade inteligente que vai nascer de raiz em Paredes, numa iniciativa da Living PlanIT, representará um investimento de 10 mil milhões de euros e terá a “massa crítica” concluída até 2015, anunciou o presidente da empresa norte-americana. “Acredito que já haja pessoas a morar na cidade no final do próximo ano, em que alguns edifícios já estarão concluídos, e a primeira fase estará terminada no primeiro ou segundo trimestre de 2012. Por volta de 2015 esperamos ter atraído cerca de 12 mil empresas e a massa crítica já estará concluída, mas a cidade estará em constante desenvolvimento”, afirmou Steve Lewis (foto superior). Falando à margem da formalização de um acordo com a Cisco, que marcou a adesão da primeira empresa ao projeto (classificado como Projeto de Interesse Nacional – PIN), Lewis afirmou que “o objetivo é, nos próximos meses, anunciar mensalmente um ou dois novos parceiros, portugueses e internacionais, embora nem todos com a dimensão e influência da Cisco”. Para além desta, têm sido apontados nomes como a McLaren, Siemens, Microsoft, Intel, IBM e Bosch como pretendendo instalar centros de investigação e desenvolvimento no Sillicon Valley português. Numa área total de 40 hectares nas freguesias de Recarei, Sobreira, Aguiar de Sousa e Parada de Todeia, o PlanIT Valley promete ser “a primeira cidade do mundo em que a tecnologia está presente desde a construção dos edifícios e dos espaços, o que cria novas oportunidades a nível da energia, inovação e formas de interação entre as pessoas”.

O objetivo é criar uma cidade piloto que será o modelo das cidades do futuro, com uma comunidade “muito focada nos técnicos e trabalhadores na área tecnológica”. “Espero que a população seja bastante significativa, tendo em conta as cidades portuguesas, mas ao nível das outras cidades inteligentes, não uma mega cidade como há em algumas partes da Ásia”, explicou Steve Lewis. Para “atrair talento mundial e fixar o talento que já existe em Portugal” o PlanIT Valley terá que ser “um bom espaço para viver”, com locais de trabalho e pesquisa, mas também infraestruturas de educação, de saúde, de lazer, de comércio e zonas habitacionais, acrescentou. “Não é um parque de ciência nem um ‘campus’, é uma cidade verdadeira com tudo o que há numa cidade, mas que esperamos que tenha um espírito tipicamente português”, disse. Com o trabalho de ‘design’ atualmente em curso, Steve Lewis prevê o arranque da construção no último trimestre deste ano. A Living PlanIT e a Cisco trabalharão juntas no desenvolvimento urbano de raiz da cidade, que acolherá um Centro de Inovação Global para Sensores em Rede da Cisco. O objetivo é que o PlanIT Valley venha a integrar dezenas de milhões de sensores que darão, em tempo real, informações sobre a vida da cidade aos mais diversos níveis. A opção por Portugal para instalar o projeto foi justificado pelo CEO da Living PlanIT com “o clima, o talento e o grande apoio do Governo, da autarquia local e das autoridades regionais”, para além do espírito “colaborativo” dos portugueses. Thierry Martens, da CISCO

O Júri dos Prémios Gazeta, atribuídos anualmente pelo Clube dos Jornalistas, decidiu atribuir o Grande Prémio Gazeta 2009 a Miguel Carvalho, da revista Visão, pelo seu trabalho “Os segredos do Barro Branco”, centrado em Joaquim Ferreira Torres, controversa figura ligada à oposição violenta ao 25 de Abril e assassinado em Agosto de 1979. Com base numa investigação em que aos testemunhos atuais de pessoas que de algum modo estiveram ligadas a Joaquim Ferreira Torres se junta um aprofundado trabalho de recuperação de variada documentação, parte da qual inédita ou pouco explorada, Miguel Carvalho traça o perfil, o percurso, os relacionamentos e os contextos que acabaram por conduzir o protagonista ao trágico desenlace final. Numa linguagem concisa e num estilo fluido, Miguel Carvalho devolve-nos, reconstrói e enriquece a memória de um passado demasiado recente para poder ser esquecido ou ignorado, o que reveste “Os segredos do Barro Branco” de uma inegável atualidade. O Júri decidiu não atribuir o Prémio Gazeta Revelação por não ter encontrado trabalhos com a qualidade requerida para tal distinção. O troféu Gazeta de Mérito foi atribuído pelo Júri a João Paulo Guerra pelo seu longo, diversificado e prestigioso percurso profissional de quase meio século de atividade na rádio, na imprensa e na televisão. Atividade essa à qual – na reportagem, na análise, na entrevista, na crónica – sempre imprimiu um cunho muito pessoal, feito de rigor, seriedade, competência e também, sempre que as circunstâncias o propiciam, de um fino humor. Iniciou a sua carreira na Rádio Renascença, em 1962, tendo trabalhado depois, a diversos níveis de responsabilidade e envolvimento, no Rádio Clube Português, TSF, Antena 1 (onde desde há alguns anos mantém a sua Revista de Imprensa), Diário de Lisboa, A Capital, O Jornal, O Diário, Público, Expresso, Diário Económico e SIC. A Direcção do Clube de Jornalistas deliberou atribuir ao quinzenário Repórter do Marão o Prémio da Imprensa Regional, pela qualidade global do seu projeto jornalístico, que inclui presença no online. Sediado em Marco de Canaveses, o seu âmbito informativo ultrapassa largamente o nível local e alarga-se praticamente a todo o norte do país, desde o litoral ao interior transmontano. Publicado ininterruptamente desde há 26 anos, atualmente em formato de revista a cores, o Repórter do Marão, propriedade da Tâmegapress, apresenta um cuidado aspecto gráfico, possui uma dezena de redatores e colaboradores e mais de três dezenas de colunistas, constituindo um bom exemplo da renovação e revalorização da nossa imprensa local e regional, cuja necessidade se afigura cada vez mais urgente nestes tempos chamados de globalização. Os Prémios Gazeta de Jornalismo, promovidos desde 1984 pelo Clube de Jornalistas, com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos, serão entregues, em data a anunciar, com a presença do Presidente da República. (Fonte: Info CJ)


07 a 31 jul’10

15

actualidade I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I repĂłrterdomarĂŁo


16

07 a 31 jul’10

repórterdomarão I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

‘Caras novas’ no plantel do Paços de Ferreira

Re-Source recebeu certificação de Qualidade e Ambiente

Continente distinguido em projeto de responsabilidade social

A Re-Source Portuguesa SA, unidade industrial de reciclagem de veículos em fim de vida, sediada em Fregim, Amarante, obteve no início deste mês a certificação de qualidade e de ambiente. A empresa implementou o sistema de Gestão da Qualidade e de Ambiente, segundo as normas ISO 9001:2008 e 14001:2004, sob a responsabilidade da SGS ICS – Serviços Internacionais de Certificação, Lda. A unidade industrial, a laborar desde Fevereiro 2009, tem capacidade para receber seis mil automóveis por ano e representou um investimento de mais de cinco milhões de euros. A abertura da Re-Source Portuguesa em Amarante permitiu, ainda, o encerramento de muitas sucatas ilegais que proliferavam na sub-região do Baixo Tâmega. Este centro de abate de veículos é uma das mais modernas unidades existentes no país – no total de cerca de meia centena - e está dotado de uma linha completa de desmantelamento e reciclagem de todos os materiais. Na mesma ocasião a Gabimarão Construções, SA, principal acionista da Re-Source, inaugurou as suas novas instalações, agora situadas no mesmo parque industrial.

O projeto de Responsabilidade Social do Continente na área da Saúde, Missão Sorriso, foi o vencedor do “Master Responsabilidade Social”, atribuído nos Master da Distribuição da revista Distribuição Hoje. O prémio foi atribuído por um júri composto por personalidades do setor: António Rousseau, da APED, Beatriz Imperatori, da Centromarca, Maria João Santos do ISEG e Miguel Alves Martins, do Instituto de Empreendedorismo Social. Desde o seu início, em 2003, o projeto Missão Sorriso doou mais de quatro milhões de Euros a 31 unidades de pediatria e hospitais pediátricos portugueses, contribuindo para melhorar os cuidados prestados às crianças hospitalizadas. Esta doação representa uma oferta de mais de 1500 equipamentos. Em 2009, a Missão Sorriso angariou cerca de 500 mil euros, valor que reverteu para a implementação de projetos de Pediatria no âmbito do Internamento, Ambulatório ou Humanização em 11 unidades hospitalares. Segundo Miguel Osório, diretor de Marketing do Modelo e Continente, “É com grande satisfação que recebemos esta distinção que vem comprovar uma vez mais o sucesso desta iniciativa. Este é um projeto que muito acarinhamos e que há sete anos apoia as unidades pediátricas do país, distribuindo sorrisos às crianças portuguesas. Agradecemos, por isso, a todos os portugueses que nos últimos sete anos responderam ao nosso apelo e apoiaram esta causa”.

MCoutinho levou pilotos ao Circuito de Vila Real A MCoutinho desafiou os dois pilotos oficiais da Peugeot, no 43º Circuito Automóvel de Vila Real, a experimentarem este circuito mítico da região duriense ao volante do novo RCZ. Bruno Magalhães, campeão nacional de Rallys teve a oportunidade de percorrer pela primeira vez aquele que é considerado, por muitos, o melhor circuito citadino. As impressões do piloto sobre a pista foram as melhores possíveis e Bruno Magalhães acabou este dia com uma sessão de autógrafos às dezenas de fans que o esperavam no terraço do edifício da Peugeot. No Domingo, foi a vez de Pedro Lamy, o piloto das 24 Horas de Le Mans, levar consigo alguns convidados a

empresas & negócios / desporto

experimentar a pista no intervalo entre competições. Foi uma experiência única para o Presidente da Câmara de Vila Real, Manuel Martins e o Vice-Presidente Madeira Pinto. Quem também teve oportunidade de sentir a adrenalina nestes co-drives foi o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, outra das figuras presentes na Vip Village MCoutinho. A MCoutinho Nordeste voltou a apoiar o Circuito mais um ano permitindo assim que Mercedes Benz e Peugeot exibissem as suas “máquinas” perante milhares de espectadores. A imagem mostra o piloto Bruno Magalhães, ao centro, com a equipa Peugeot MCoutinho.

O Paços de Ferreira iniciou a época 2010/2011 com seis reforços, uma promoção e três regressos, num plantel ainda em aberto e em que o objetivo principal passa por garantir a permanência na Liga de futebol. “O que desejamos são sucessos pessoais e coletivos. Propomo-nos conseguir a manutenção, fazendo uma época tranquila, e dar alegrias aos nossos adeptos, jogando bem e conseguindo vitórias”, disse na cerimónia de apresentação da equipa o presidente do clube, Carlos Barbosa, que falava após o primeiro treino do plantel. O defesa Bura (ex-Penafiel), o médio David Simão (exFátima) e os avançados Nuno Santos (ex-Santa Clara) e Lucas (ex-Aimoré, Brasil) foram as novidades na sessão, juntamente com Carlão, médio promovido dos juniores, e os “regressados” Pedro Queirós e Jorginho, que jogaram por empréstimo na Oliveirense, e Mário Rondon, que jogou emprestado ao Beira-Mar. O grupo de trabalho tem nesta altura 30 elementos, mas vai ser encurtado para 25 jogadores. Esse é o desejo do técnico Rui Vitória, que espera ainda reforços para a defesa e o ataque: “Há uma grande preocupação em reforçar a zona central da defesa e do ataque, mas isto não passam de preocupações normais de todos os clubes, neste início de época”. O Paços de Ferreira, com um orçamento de cerca de dois milhões de euros, vai estagiar em Seia. Estão agendados jogos de preparação com o Gil Vicente (dia 21 de julho, fora), Trofense (24, em casa), Feirense (28, fora), Penafiel (31, fora) e Celta de Vigo (7 de agosto, fora), três dias depois da apresentação oficial da equipa aos associados (a 4 de agosto), frente ao Vitória de Guimarães.

Freamunde também já treina O Freamunde iniciou também a época futebolística 2010/2011 com cinco “caras novas”, incluindo a “surpresa” Sérgio Nunes, e seis jovens da formação, num plantel ainda em construção e cujo objetivo principal é a permanência na Liga de Honra. “Sabemos o que queremos e aquilo que o clube necessita, mas o que mais peço a toda a equipa é a manutenção, que desejámos atingir o mais rapidamente possível”, disse na cerimónia de apresentação o presidente da Comissão Administrativa (CA). Manuel Pacheco reiterou a aposta em “dignificar a instituição”, dando-se por “satisfeito” se cumprir as obrigações financeiras e os objetivos desportivos, e anunciou um orçamento de um 1,1 milhões de euros, um valor que já prevê a verba de 125 mil euros resultante das transmissões televisivas. Os defesas Sérgio Nunes (ex-Desportivo das Aves) e Hélder Sousa (ex-Vizela) e os avançados Luciano (ex-Carregado), Maciel (ex-Trofense) e João Rodrigues (ex-Padroense) são as novidades de um grupo de trabalho que o novo técnico, Nicolau Vaqueiro, disse não estar fechado. “Estamos a construir esta equipa paulatinamente. Não temos pressas e iremos iniciar para a semana um ciclo de experiências referenciadas e de contactos, no sentido de minimizarmos os custos”, justificou o técnico. Seis juniores juntaram-se aos trabalhos da equipa, numa oportunidade que revela “respeito” pelo departamento de formação do clube, sublinhou Nicolau Vaqueiro, precisando que “nem todos irão ficar”. A apresentação oficial da equipa aos associados está marcada para 3 de agosto, num jogo apadrinhado pelo Al Sharjah, equipa dos Emiratos Árabes Unidos treinada pelo português Manuel Cajuda.



FVform opera nas regiões de Braga

'Temos uma política d Na atual conjuntura económica e em período de elevado desemprego a qualificação dos ativos suscita a expansão de muitas empresas da área da formação profissional. Foi isso que fez a FVform, que operava em Braga há cerca de 15 anos e desde o início de 2010 também se instalou em Amarante. O diretor-geral da empresa, Fernando Vieira, falou ao RM do panorama da formação profissional no nosso país e das razões que levaram a empresa bracarense a alargar a sua atividade à sub-região do Baixo Tâmega. Como vê a FVform a Formação Profissional em Portugal e qual o âmbito da sua actuação? Numa época em que os índices de desemprego têm aumentado e em que o mercado de emprego está a tornar-se extremamente competitivo, a formação profissional tem vindo a ser cada vez mais encarada como um investimento e uma mais valia, tanto por parte dos profissionais como das empresas, no fundo como um instrumento fundamental para o desenvolvimento económico do país. A FVform é uma empresa que atua no merca-

do desde 1996 e que presta serviços profissionais de apoio consultivo / formativo, a uma tecido Empresarial com enorme potencial, entidades públicas e outras organizações, nas áreas de Formação Profissional Industrial e de Negócios, Inovação e Competitividade, Intermediação de Negócios, Consultoria de Negócios e Industrial. Gerindo uma equipa de profissionais especialistas nas áreas em que tem intervenção, a FVform garante dessa forma um serviço de excelência e de qualidade elevada. Todos sabemos da concorrência feroz e empreendedora do mercado em que estamos inseridos, contudo é nessa adversidade que a FVform se impõe através da organização, profissionalismo, diversidade e rigor. O que levou a FVform a instalar-se na cidade de Amarante? No âmbito da diversificação de mercados e constante procura de necessidades formativas com elevado potencial de empregabilidade ou de empreende-

dorismo, a Fvform decidiu, no inicio de 2010, avançar para Amarante com a implantação de uma Escola de Formação Profissional. No sentido de dar resposta às necessidades formativas nesta região, a FVform realizou um estudo tendo por base os dados estatísticos fornecidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional de Amarante, entidade com a qual se encontra a trabalhar no âmbito do desenvolvimento de formação profissional na região. De facto, o nosso país apresenta dados preocupantes no que diz respeito ao desemprego e insucesso escolar, sobretudo quando há mudanças de ciclos, mudanças de escola e embora a idade legal para o exercício de uma atividade no mercado de trabalho constituir um dissuasor do abandono, não consegue ser um dissuasor do insucesso que continua a ser uma expressão de uma desistência já assumida. Neste região e segundo dados fornecidos pelas Escolas e CNO`s da região e pelo IEFP, assiste-se a uma taxa de abandono escolar superior a 32%, por parte de jovens que não concluíram a escolaridade mínima obrigatória, um elevado numero de desempregados dos quais foi feito um estudo por dados pessoais em termos de idade e género, desemprego registado por concelho segundo o grupo etário, de-

de Formação Personalizada Qualificante, a FVform baseia o seu Êxito sempre no Êxito dos Clientes dos seus serviços, Trabalhando sempre em Equipa (Liderando e Motivando todos os Recursos Humanos envolvidos, aproveitando ao máximo o seu potencial), Sustentando o seu crescimento através da Formação Profissional com qualidade (de quadros, profissionais, gestores e empresários, implementado um verdadeiro compromisso face à excelência) e Inovando constantemente todos os processos de prestação de serviços de Formação Profissional (satisfazendo sempre à medida as necessidades do cliente em diferentes áreas de atuação do mercado). Com as instalações na Travessa Cónego Manuel Faria (junto à Estação de Caminhos de Ferro de Braga) e no Centro Comercial Navarras (junto à Estação de Autocarros de Amarante), a FVform é uma entidade formadora acreditada pela DGERT que organiza planos de formação à medida das necessidades de cada cliente individual ou empresa/instituição. As principais áreas de formação para a FVform reconhecidas pela DGERT são:

semprego registado por concelho segundo os níveis de escolaridade. Tendo em conta os resultados deste estudo, o conhecimento do tecido empresarial da região e a auscultação junto dos parceiros, nomeadamente os Centros Novas Oportunidades, as Escolas, os Gip´s e o IEFP, a FVform, tomou a iniciativa da implantação em Amarante, na certeza que constituirá um novo pólo dinamizador da região, pela possibilidade de oferta de um leque abrangente de formação certificada, tendo sempre como ponto de partida as necessidades individuais e permitindo a prestação de um atendimento personalizado.

Comércio Marketing e publicidade Gestão e administração Secretariado e trabalho administrativo Enquadramento na organização/empresa Ciências empresariais Informática Engenharia e técnicas afins Serviços sociais Segurança e Higiene no Trabalho Cabeleireiros e Estética E-Learning

Línguas e literaturas estrangeiras Ciências sociais e do comportamento

Quais as áreas de intervenção da FVform?

O porquê da aposta na formação profissional em Estética e Cabeleireiros?

Com duas áreas de intervenção primordiais, a Formação Intra-Empresarial (nas empresas) e a Formação Inter-Empresarial (nas nossas instalações), a FVform procura dar soluções às necessidades/carências de formação dos ativos que nos procuram nas diferentes áreas de intervenção. Desenvolvendo um real sentido de Consultoria

Em 2007, atenta às carências do mercado em profissionais qualificados com Carteira Profissional na área de Cabeleireiros e Estética, a Fvform certifica a Escola Profissional de Cabeleireiros e de Estética, criada em Braga e com filial em Amarante, homologada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.


e Amarante

empresas & negócios

e formação à medida' Atualmente, é a principal área de intervenção na Formação Inter-Empresarial da FVform, mantendo uma ocupação de instalações das 9h00 até às 23h00, movimentando formandos em ações de dupla certificação (CEF e EFA), bem como formações para atribuição de carteira profissional e atualizações de profissionais. Como poderá ser a atuação da FVform no mercado empresarial da região? Na Formação Intra-Empresarial, a FVform baseia o seu trabalho na sequência de necessidades detetadas ao nível da formação de profissionais ativos, pois acreditamos que não existe uma solução única capaz de abranger todas as necessidades de formação mas sim soluções à medida de cada empresa. Hoje, o fator humano é, dentro de uma organização, de capital importância. São as pessoas que fazem as empresas e o sucesso destas depende diretamente do potencial humano. Uma empresa pode ser tecnologicamente muito avançada, mas se não possuir uma equipa de profissionais qualificada e motivada, não conseguirá, com certeza, obter os melhores resultados.

A missão da FVform assenta, essencialmente, na valorização das competências dos profissionais ativos para, em última instância, ajudar as organizações a optimizar os seus recursos e a obter os melhores índices de produtividade possíveis. No fundo encaramos a formação como uma real necessidade das instituições que, mais do que nunca, apostam na valorização do potencial humano para ganhar competitividade no setor de actividade onde atuam. Com uma vasta equipa de profissionais, adequadamente formados, a apoiar as diferentes áreas de atuação e a satisfazer as necessidades de cada cliente, a FVform aposta na qualidade dos serviços prestados. Apoia, atualmente, o desenvolvimento de formação profissional em mais de 100 empresas, desde o Minho até ao Algarve, oriundas de diversos setores de atividade: - Transportes; - Mármores, pedras ornamentais e caulinos; - Madeiras; - Grandes superfícies comerciais (hipermercados, entre outros);

- Têxtil; - Hotelaria; - Calçado; - Metalomecânica; - Construção Civil; - Recuperação de resíduos industriais; - Serviços Sociais e de apoio à Comunidade; - Entre outros; Com os atuais parâmetros de competitividade, as empresas têm que valorizar cada vez mais os seus recursos humanos, optimizando-os nas funções a desempenhar e promovendo a sua polivalência. Os mercados estão em constante evolução e só com recursos humanos versáteis as Empresas poderão dar resposta às diferentes necessidades, com rapidez, qualidade e elevados níveis de produtividade. A FVform, implementa uma política de formação à medida, seguindo a lógica de “um projeto, uma empresa”. Trata-se de uma intervenção formativa ajustada às necessidades de desenvolvimento de competências dos colaboradores da empresa, concebendo o plano de formação baseado no levantamento de ne-

cessidades de formação detetadas a partir dos problemas / oportunidades da empresa, de forma a produzir mudanças organizacionais. O impacto da formação nas empresas é excelente, sendo plenamente alcançados os objetivos de aumento de competências profissionais e organizacionais dos recursos humanos. Para esse sucesso, contribui a metodologia empregue pela FVform da formação à medida pois esta adapta-se aos problemas reais da empresa, permite flexibilidade livremente datas e horários da formação, pode ser organizada no formato mais adequado à empresa (em sala, em contexto de trabalho, em alternância, em contexto “outdoor”, à distância, etc.), colmata as necessidades formativas identificadas em trabalhadores de diferentes áreas e categorias profissionais, sensibiliza e aprofunda conhecimentos inerentes a áreas inovadoras, suscita e desenvolve a emergência de novas competências profissionais, desenvolve competências práticas, utilizando os exemplos e as situações da atividade profissional, fornece estratégias de atuação em domínios de intervenção específicos, facilita a avaliação dos resul-

tados da formação na empresa e dissemina saberes e proporciona momentos de reflexão, debate e troca de experiências. Quais os principais projetos da FVform? Os projetos da FVform no intuito da busca de uma melhoria contínua de mercados, qualidade e inovação, passam pela Certificação da Qualidade concluida em Junho de 2010, pelo desenvolvimento de conteúdos de cursos para a plataforma de E-Learning, permitindo uma intervenção de qualidade à distância cobrindo o território nacional e com possibilidades de internacionalização e pela expansão para outras localidades onde a Formação na área de Cabeleireiros e Estética sejam uma grande necessidade, com possibilidade de desenvolvimento local de novos espaços criados pelos formandos com carteiras profissionais atribuídas e que optem pelo empreendedorismo ou aumentando a qualidade dos serviços já existentes, dotando-os de profissionais com formação certificada.


20

07 a 31 jul’10

repórterdomarão I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

O Douro e a sua Casa O Douro está a passar por uma situação que, a não ser devidamente acau- fraca: Fez, em toda a sua plenitude, o DOURO. telada, poderá ser um grave problema de base a curto prazo que lhe pode Tudo o que há a dizer sobre essa epopeia já foi dito, e bem sabemos o vacomprometer o futuro. lor cultural que isso representa: um vinho de muita labuta, de revoltas e lutas, A Região tem conseguido uma importante visibilidade, fruto de opera- de sucessos e infortúnios, riquezas e penúrias, fartura de fome e fome de farções que podemos considerar inteligentes, mas com outras bem ao contrário tura, e até sangue e mortos. e dispendiosas. Contudo, em todas elas se nota uma ausência gritante que, esO que se passa agora? Quanta gente vai ficar e quantas aldeias vão ter vitando esquecida, reforça o seu estado no olvido voluntário. ticultores numa terra que pouco mais dá que vinho e pequenas hortas de susNão me pronuncio sobre o que se tem feito, pois quem o faz para isso tento? tem obrigação e mais não faz que o seu dever, nem que se repetem os êxitos Em 1971, no avião de Darwin para Banguecoque, a companhia tailanfáceis esquecendo tantas vezes o tradicional e solidamente desa Thay oferecia um orquídea às senhoras e aos homens implantado. Também não critico o mais do mesmo em rium cálice de Porto que ainda hoje não me saíu da memória. tuais misseiros, nem as apostas no que dá jeito a certas pesUm pouco atrás no tempo já o cinema mundial se hasoas sem curar de saber se dá jeito ao que verdadeirmenvia rendido ao Porto como bebida dos grandes momentos. E te interessa. isto porquê? Excelência e qualidade... Falam e obrigam a falar, e isso só por si já é bom em Há alguns anos conheci uma colecção de “Portwine” termos promocionais e de visibilidade. de quase todos os países vinhateiros do Mundo. E porque se Mas... contrafaz? Porque só o que é bom vale a pena imitar... Os termos mais badalados e reivindicados, reforçados O Douro tem uma “Casa” que representa os viticultoem aval “estranho” (não sabemos nós que sim?) são «exres. Era obrigatória pela necessidade do seu controlo. Agocelência» e «qualidade». Em dose igual, mas “abafada”, a ra é preciso que seja uma obrigação pela necessidade de lhe importante «sustentabilidade». dar sustentabilidade e futuro. Armando Miro Sempre tive como premissa (institucionalmente desde Sabemos que não está bem. Perdeu muito. Funções, Jornalista 1976) que um lugar só é bom se for bom para quem o hacompetências e até prestígio. Muitos foram passando e bita., a base essencial dos dois primeiros. Mas para que o cada um foi-lhe tirando um bocado. É tempo de lhe deterceiro se conjugue, é primordial o papel do Homem do Douro. E para que o volver pelo menos a dignidade e a estabilidade para fazer o seu caminho. possa desempenhar é preciso que exista... De há uns tempos, e foram muitos de vários sítios e responsabilidades, que Dos forasteiros “testemunhos” realçam normalmente o que dá jeito e é ninguém quis saber ou fazer algo por ela. Porém, pela primeira vez desde favorável, e esquece- -se, na palavra e até na acção, nem sempre o menos fa- então, há responsáveis que se sentaram para falar e ver o que fazer. Deram vorável mas aquilo que dá trabalho, e requer estudo, conhecimento e empe- prazos que se vão esgotando mas ainda não desistiram. Que não se desista. nhamento. Até há quem diga que o melhor do Douro não é o Vinho mas a Que se paguem as vaidades pessoais e os falsos protagonismos no exemplo «Paisagem», precisamente o esteio do galardão «Património da Humanida- dos velhos “Paladinos”. Que não se arranjem mais desculpas, subterfúgios, de», por ser «evolutiva e viva»?... bodes espiatórios. O Douro precisa de uma “Casa” que seja sua, que reComo se vê, o “Homem” é não só a essência da obra mas o seu actor e presente as suas gentes e lhe preste os serviços que necessita. De preferênobreiro. Não se limitou a “morar” e colher os frutos, que a terra era magra e cia que seja a Casa do Douro. [Texto com grafia anterior ao acordo]

Portugal é uma (des)Grécia Portugal, Grécia e os países um pouco por toda a Europa, andam Mas os maiores responsáveis por este país resvalar neste precipíaos papéis com a falta de "papel". É défices por todo o lado. Dizem que cio económico, são os políticos. Quem mais havia de ser? Esses é que andam "tesos". Eu pergunto: o que é feito do dinheiro? Havia e agora deviam pagar por aquilo que fizeram. Por exemplo, porque é que o gojá não há? Para onde é que ele foi? verno não vai bater á porta dos políticos que estão na reforma a receMeus caros amigos, não é verdade que nós portugueses esteja- ber mais de uma pensão por mês? mos "lisos". Sejamos claros, honestos e transparentes. Este país está Num país democrático, devia ser proibido quem quer que seja a abarrotar de dinheiro. Todos os dias nos chegam a auferir mais que uma pensão mensal. Não vejo, não casa, via redes sociais, a prova disso mesmo. oiço qualquer político ou partido, desde a pseudo-esOs números, os valores que dão à estampa, são querda, à direita caviar, refilar por causa das várias de tal forma escandalosos que nem acredito que sereformas que muitos políticos auferem todos os mejam verdade. Mas era bom que as pessoas soubessem ses. Eles não falam nisso, porque são eles, foram eles dos inacreditáveis vencimentos, dos administradores quem criaram essas mordomias. de certas empresas públicas, como por exemplo: TAP, Depois como é que o estado pode aguentar uma CP, ANA, CGD, RTP, CTT, CMVM, ERSE, Banco de despesa como esta? Não há dinheiro que chegue. É Portugal, Carris, Refer, Metro, etc, etc.. para saberem necessário outro paradigma. Este modelo de demoquem devia pagar a crise, para saberem que de faccracia é canceroso. Mata que se farta. to o que há mais é dinheiro neste país. Um estado que Para mim, os políticos estão a mais neste país. Espaga assim aos seus funcionários, não pode ter probletou convencido que há alternativa (democrática, clamas de finanças. ro) a esta gente que anda só a depauperar o erário Eu considero "criminosos" os salários desta gente, público. Há claras razões para este meu desabafo: é tendo em conta os dois milhões de pobres, os milhares A. Beça Moreira necessário alternativas aos partidos políticos e a esde desempregados, a existência do Banco Alimentar e Penafiel ses senhores que se servem das estruturas partidáa maneira como este governo quer combater a crise e rias, para irem por aí acima à procura da fama, das o défice. É de facto um PECado mortal. mordomias e como disse atrás, das chorudas pensões. O governo para fazer face ao défice, vai mexer nas prestações soOs partidos não são o garante da democracia coisíssima nenhuciais, vai mexer no bolso dos mais pobres, através de cortes nas re- ma. Os políticos, não pensam no cidadão, pensam isso sim, na futugalias já de si miseráveis. Um governo decente, competente, huma- ra eleição. nista "mexia" nos bolsos de quem mais ganha, de quem muito recebe. Este país é uma desgrécia, porque este governo é uma desgraça. Há países que para fazerem frente aos défices, cortam nas despeMas não vale a pena pensarem em novas eleições. Sai o PS de Sósas, como a Espanha por exemplo. Em Portugal, sobem-se os impos- crates, entra o PSD de Passos Coelho que se não são irmãos, são pritos até para os mais pequenos. mos. Deixem Sócrates governar, até a sua "cicuta" fazer efeito.

opinião

Crónicas do Marco

Dava pelo nome de “Cine-teatro Alameda”. Ficava situado na Alameda do Hospital e era uma referência no Marco. Vinham pessoas de todos os lados: Baião, Cinfães, Alpendurada, e de muitos outros locais , só para irem ao cinema. Lembro-me do boom da Sétima Arte, com os incríveis filmes de cowboys do Trinitá, das gargalhadas do “chichio engracia”, das aventuras de

Hernâni Pinto Marco de Canaveses

007 ou Robin dos Bosques, dos românticos, com Gianni Morandi. Lembro-me dos rostos que preenchiam o edifício, o Sr. Carlos (gaita), o Sr. Asdrubal, o Sr. Agostinho, o Quim Pataco, entre outros. Recordo-me também, com um sorriso, das tropelias que lá fizemos, e foram tantas, que um dia fomos supreendidos com um cartaz na bilheteira que continha os nossos nomes e um aviso “barrada a entrada durante um mês”. O cinema era a nossa Internet, o nosso ponto de encontro, as nossas partilhas. Perante isto, como imaginam, não vi com bons olhos todas as tropelias porque passou o negócio do cinema. Foram negócios pouco claros, pouco dignificantes para o Estatuto Cultural que o cinema desempenhou para os marcoenses. Assim sendo, não me surprendi com a penhora que a empresa Ferreira Construções (de Gaspar Ferreira) mandou executar à Câmara Municipal do Marco a propósito do (des) negócio do cinema. Contudo, a penhora não é o pior que podia acontecer ao Marco, o pior já foi feito há muito. No entanto, a seguir pode vir um acordo, ou até de forma surpreendente, a Câmara pode vir a executar uma penhora em sentido inverso, pela não devolução do milhão entregue em vésperas de eleições, em 2005. Não me surprendi, porque quem vende por este preço e desta forma sente-se impune. Até um dia!



22

07 a 31 jul’10

repórterdomarão I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

crónica|eventos

Anho Assado em Baião a partir de 30 de julho A.M.PIRES CABRAL

Relativismo Na minha caminhada diária de regresso a casa, depois do trabalho, passo por um abrigo dos transportes urbanos, onde vejo afixado um cartaz (embora haja ali um aviso de proibição de afixar cartazes) que publicita a presença da Senhora Dona Bruna Real numa festa duma discoteca dos arredores de Vila Real. “Cá temos a senhora a facturar”, disse para comigo. Na verdade, ela começou a facturar, a bem dizer, no dia imediato ao do escândalo (se assim se pode dizer) das suas poses em trajes à Mãe Eva para uma revista da especialidade. Isto é: passou de um anonimato quase total à celebridade por dois dias, graças ao que mostrou do seu corpo, nanja do seu espírito ou das suas capacidades mentais ou intelectuais. Que querem? Vivemos a época que vivemos, e não são as palavras deste Catão de algibeira que vão alterar o estado das coisas. Mas mesmo assim digo-as. Se eu quisesse ser politicamente correcto, naturalmente diria que se a senhora posou, está posado, e ninguém tem nada com isso, uma vez que o fez em horário pós ou extralaboral. Mas já estou em idade que me autoriza a incorrecção política. E consegui alguma (saudável, a meu ver) imunidade em relação aos ventos dominantes. Por isso não embarco na ladainha geral. Porque acho que há certas profissões que devem condicionar as nossas atitudes nos momentos em que as estamos a exercer e nos momentos em que as não estamos a exercer. Uma delas é a de sacerdote, por exemplo. Ninguém veria com bons olhos que um sacerdote, fechada a porta da igreja e não estando a ser requerido para nenhuma extrema-unção, se pusesse à esquina de uma rua qualquer a assobiar lascivamente às raparigas que passassem. (Dir-me-ão: “Ah, mas é que o sacerdote fez voto de castidade.” E eu respondo: “Pois fez, mas desde quando é que assobiar a uma bela rapariga constitui que-

bra do voto de castidade?”) O Leitor entende decerto o que quero dizer: há profissões que pressupõem – melhor, exigem – padrões de comportamento com um maior grau de recato e discrição do que outras. A de professor é uma delas, justamente pelo efeito multiplicador que as suas atitudes têm junto dos alunos para quem devem constituir modelo. Se a senhora em questão fosse, digamos, advogada ou economista, estava no seu pleno direito de mostrar as suas belezas recônditas a quem as quisesse ver. Mas a senhora em questão era professora, ou equivalente, e ninguém me venha dizer que a relação pedagógica com os alunos pode ser a mesma antes e depois de uma criança poder chegar a casa e dizer: “Mamã, vi o pipi da professora. Vem na revista.” Bem sei que vivemos tempos de desorientação geral em matéria de melindres éticos. Hoje aceita-se que o relativismo invada tudo e tudo inquine. Os valores absolutos estão fora de moda. Pois é pena que estejam. Porque há coisas que, ou são tomadas em absoluto, ou não são nada. Uma delas é a reserva de intimidade e de pudor a que toda a pessoa se devia obrigar. Mas o exemplo vem de cima. Não vimos um casal de concorrentes do Big Brother a copular em directo? E não vimos uma ilustre escritora-cientista deixar-se fotografar numa sequência de momentos do coito, até ao êxtase final? O que resta a estas pessoas para esconder da sua intimidade? Nada, claro. O que tem a mentalidade que as leva a tanto para construir o mundo melhor que todos almejamos? Menos ainda. Nota: Este texto foi escrito com deliberada inobservância do Acordo (?) Ortográfico. pirescabral@oniduo.pt

Nos dias 30 e 31 de julho e 1 de agosto o Festival do Anho Assado e do Arroz do Forno está de regresso à Feira do Tijelinho, em Baião. Numa tenda de grandes dimensões, cinco restaurantes do concelho vão servir o anho assado com arroz do forno. Ranchos folclóricos, grupos de bombos e concertinas vão animar com música popular os três dias do festival. Em simultâneo, vai ser possível comprar produtos tradicionais do concelho de Baião: citrinos da Pala, biscoito da Teixeira, compotas e vinho verde. Nos dias 31 de julho e 1 de agosto o recinto da feira vai estar aberto do meio-dia à meia-noite. Para a Câmara de Baião, mais do que um festival de gastronomia o Festival do Anho Assado e do Arroz do Forno é uma iniciativa de valorização da cultura tradicional e um exemplo de promoção “do desenvolvimento social e económico a partir dos recursos endógenos dos territórios”.

Carlos do Carmo e feira de gastronomia em Amarante Carlos do Carmo, um dos mais destacados fadistas portugueses, atua a 10 de julho, pelas 22:00, no Largo de São Gonçalo, em Amarante. O espetáculo de “tributo ao fado” integra a programação de Verão promovida pela Câmara de Amarante. Entretanto, a Feira de Artesanato e Gastronomia de Amarante, promovida pela Associação Empresarial de Amarante, vai ter lugar no Parque Ribeirinho, 10 a 18 de julho, das 18:00 à meia-noite. A organização pretende levar àquele espaço o que melhor se produz no concelho, na gastronomia, artesanato e vinho verde. No Parque do Ribeirinho vão estar os habituais restaurantes e tasquinhas e também alguns stands de artesanato. A animação diária vai ficar entregue a vários artistas populares e a grupos representativos da cultura e folclore do concelho de Amarante.

Deolinda e Quim Barreiros em Cinfães Concertos dos Deolinda, Quim Barreiros e Os Azeitonas marcam a animação noturna da XIV Feira de Artesanato, Gastronomia e Vinho Verde de Cinfães, que vai decorrer entre os dias 16 e 18 de julho. Tardes de folclore, artesanato, jogos tradicionais, exposição e venda de produtos locais e regionais preenchem o programa da feira que tem entrada livre.

Julho em festa no Marco de Canaveses As festas da cidade e concelho do Marco de Canaveses, com um vasto programa recreativo, começam já este fim-de-semana e prolongam-se até 18 de julho. No final do mês chega a FAE Marco, organizada pela associação empresarial local.


07 a 31 jul’10

artes | nós

IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

Cartoons Esta edição foi globalmente escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico. Porém, alguns textos, sobretudo de colaboradores, utilizam ainda a grafia anterior. Fundado em 1984 Quinzenário Regional

de

Santiagu

Registo/Título: ERC 109 918 Depósito Legal: 26663/89 Redação:

[Pseudónimo de António Santos]

Rua Manuel Pereira Soares, 81 - 2º, Sala 23 Apartado 200 | 4630-296 MARCO DE CANAVESES Telef. 910 536 928 - Fax: 255 523 202 E-mail: tamegapress@gmail.com Diretor: Jorge Sousa (C.P. 1689), Redação e colaboradores: Liliana Leandro (C.P. 8592), Paula Lima (C.P. 6019), Paula Costa (C.P. 4670), Carlos Alexandre Teixeira (C.P. 2950), Patrícia Posse, Helena Fidalgo (C.P. 3563) Alexandre Panda (C.P. 8276), António Orlando (C.P. 3057), Jorge Sousa, Alcino Oliveira (C.P. 4286), Helena Carvalho, A. Massa Constâncio (C.P. 3919), Ana Leite. Cronistas: A.M. Pires Cabral, António Mota Cartoon/Caricatura: António Santos (Santiagu) Colunistas: Alberto Santos, José Luís Carneiro, José Carlos Pereira, Nicolau Ribeiro, Paula Alves, Beja Santos, Alice Costa, Pedro Barros, Antonino de Sousa, José Luís Gaspar, Armindo Abreu, Coutinho Ribeiro, Luís Magalhães, José Pinho Silva, Mário Magalhães, Fernando Beça Moreira, Cristiano Ribeiro, Hernâni Pinto, Carlos Sousa Pinto, Helder Ferreira, Rui Coutinho, João Monteiro Lima, Pedro Oliveira Pinto, Mª José Castelo Branco, Lúcia Coutinho, Marco António Costa, Armando Miro, F. Matos Rodrigues, Adriano Santos, Luís Ramos, Ercília Costa, Virgílio Macedo, José Carlos Póvoas. Colaboração/Outsourcing: Media Marco, Baião Repórter/Marão Online Promoção Comercial, Relações Públicas e Publireportagem: Telef. 910 536 928 - Ana Pinto publicidade.tamegapress@gmail.com anapinto.tamegapress@gmail.com Propriedade e Edição: Tâmegapress - Comunicação e Multimédia, Lda. NIPC: 508920450 Sede: Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, 230 - Apartado 4 4630-279 MARCO DE CANAVESES

Desporto e Sociedade 2010

O OLHAR DE...

Eduardo Pinto

1933-2009

Partes sociais superiores a 10% do capital: António Martinho Barbosa Gomes Coutinho, Jorge Manuel Soares de Sousa.

Cap. Social: 80.000 Euros Impressão: Multiponto SA - Baltar, Paredes Tiragem desta edição: 30.000 exemplares

Inscrição na APCT - Ass. Portuguesa de Controlo de Tiragem e Circulação | Em fase de auditoria

Assinaturas | Anual:

Pagamento dos portes CTT Continente: 40,00 | Europa: 70,00 | Resto do Mundo: 100,00 (IVA incluído) A opinião expressa nos artigos assinados pode não corresponder necessariamente à da Direção deste jornal.

"Manhã Hibernal" – Rio Tâmega - Amarante – Anos 50

23

repórterdomarão



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.