PAA - Identidade Visual

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UMA MARCA NO PORTO




PROVA DE APTIDÃO ARTÍSTICA Design José Leal Fotografia José Leal Textos José Leal Curso Design de Comunicação Especialização Design Gráfico Ano Lectivo 2011/2012 Sob a orientação dos professores Projecto Maria José Santos Meios Digitais Daniela Marqueiro Fotografia Catarina Mendes Fotomecânica Rui Lopes Offset Vitor Teixeira e Fernando Teixeira Serigrafia Leonardo Mira Lopes




A RUA DO ALMADA //PÁG. 09

LOUIE LOU IE //PÁG. 17

AE C R A M ES Õ Ç A C APLI G. 37 //PÁ



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ARUA RUADO DO A ALMADA ALMADA Das ferragens ao alternativo


A Rua do Almada deve o seu nome a João de

( livros, vestuário, discos, etc.) que as grandes

Almada e Melo, governador da cidade do Porto

superficies normalmente não comercializam.

na 2ª metade do século XVIII. Estende-se ao

Na sua maioria são produtos em segunda mão,

longo de oitocentos e cinco metros, desde a

vindos de colecionadores - há uma grande

Praça da República até à Rua dos Clérigos.

proximidade entre vendedor e comprador.

Entre comerciantes a artéria era, e ainda é,

Hoje em dia já existem umas quantas lojas

conhecida por Rua dos Ferrageiros, pois nela

inseridas nesta nova vaga: “Maria vai com as

a maioria das lojas eram casas de ferragens

outras”, “Retro Paradise”, “Zona 6”, “555”, “Rosa

aonde se podia encontrar determinados

Choque”, “Casa Almada”, “Lost Underground” e

produtos com uma facilidade que não se teria

a “Louie Louie”.

noutros establecimentos. Mas, com o passar dos anos, maior parte das lojas não resistiu à feroz concorrência das grandes superfícies comerciais, à decadência do centro histórico portuense e à falta de apoios, por parte da câmara do Porto, para revitalização dos espaços, e uma a uma começaram a encerrar portas, acabando a rua por perder aos poucos o movimento a que estava habituada. Só por volta de 2003 é que a afamada Rua dos

“Só por volta de 2003 é que a afamada Rua dos Ferrageiros voltou a ver gente nova, atraída por lojas alternativas que nos viriam a habituar ao termo Revivalismo”

Ferrageiros voltou a ver gente nova, agora atraída por lojas alternativas que nos viriam a habituar ao termo “Revivalismo”. À mesma velocidade que foram fechando as lojas de ferragens, foram abrindo estas novas lojas, dedicadas à venda de determinados produtos

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O谩sis dos mel贸manos


A Louie Louie veio juntar-se à família de lojas

ouviram há trinta anos atrás ou turistas que

revivalista da Rua do Almada, em Março de

simplesmente por lá passam quando vêm

2004, com a venda e compra de discos (vinil,

a Portugal. Esta casa dedica-se essencial-

CD e DVD). O nome desta casa foi inspirado na

mente à venda e compra de discos de vinil,

música “Louie Louie”, composta por Richard

mas também comercializa CD’s e DVD’s. Os

Berry em 1957, e que foi, ao longo de décadas,

que se encontram em segunda mão normal-

interpretada por muitos artistas, como os

mente são edições mais antigas que já não se

Kingsmen, The Clash ou Iggy Pop. Rui Quintela,

encontram no mercado e que são compradas

sócio-gerente da Louie Louie, conta que inicial-

a colecionadores ou clientes habituais da loja.

mente abriu portas no número 501, mas devido à degradação do espaço e à descentralização da loja relativamente ao comércio da rua a casa foi mudada em 2008 para o número 275, ficando a dividir o espaço com a Embaixada Lomográfica do Porto. Numa época em que os downloads e o youtube são as principais fontes de consumo de música, a Louie Louie demonstra-se positiva relativamente à crise da indústria musical e torna a ligação com a música muito mais térrea e palpável, valorizando o objecto. Embora não tenha um movimento diário como o de uma Fnac conta com os habituais clientes que vêm à procura de novidades de editoras independentes, que

“O nome desta casa foi inspirado na música Louie Louie, composta por Richard Berry em 1957, e que foi, ao longo de décadas, interpretada por muitos outros artistas, como os Kingsmen, The Clash ou Iggy Pop”

se propõe a comprar x discos todos os meses, que vêm à procura duma cópia do LP que

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As edições mais recentes são compradas a fornecedores, neste caso à Compact Records, sedeada na Maia, e a a editoras e artistas independentes. Quanto a géneros musicais e a décadas a Louie Louie tem um pouco de cada para venda, embora haja uma maior procura por edições de Indie e Rock. Para Rui Quintela não existe concorrência entre a Louie Louie e grandes superfícies comerciais, que considera meros retalhistas e que vendem discos como venderiam outro produto qualquer. Contudo considera que existem lojas parecidas com a Louie Louie no tipo de negócio e que são as suas concorrentes directas ( exemplo da CDGO, Jojo’s e Muzak, todas elas com loja no Porto).

“Esta casa dedica-se essencialmente à venda e compra de discos de vinil, mas também o faz com CD’s e DVD’s”









RECORD STORE DAY NA LOUIE LOUIE 21 de Abril de 2012. Data do Record Store Day

de fundo, deve se ter em conta a qualidade su-

em 2012. Nascido em 2008, nos EUA, é um dia

perior do vinil face ao CD ou MP3. “Nós (a Louie

em que se celebra mundialmente a música

Louie) fomos os primeiros em Portugal a aderir

(seja de que género for) enquanto objecto e

a este dia, logo em 2008”, conta Rui Quintela.

indústria, em que se recupera a tradição de

Normalmente, as lojas dedicadas ao comércio

se ter prateleiras cheias de discos e capas

de discos comemoram as vinte e quatro horas

coloridas. É uma espécie de reação à pro-

de Record Store Day com promoções, eventos,

liferação da música em formato digital e à

concertos, performances de DJ’s. Mas toda

importância que apenas se lhe dá enquanto

esta exaltação musical tem andado um tanto

efeito sonoro. Essa reaçcão tem-se manifesta-

moribunda. Com a crise a se fazer sentir cada

do, nestes últimos anos, na crescente edição e

vez mais e com a pirataria a surgir em cada

reedição dos discos no formato em vinil – para

esquina da internet, as comemorações têm

além de toda a nostalgia provocada durante

diminuído – pelo menos em Portugal. Mesmo

uma audição quente dum vinil, cheia de ruído

com promoções que chegam aos 50%, as


vendas não andam lá muito famosas. Só se fazem notar por causa dum grupo restrito de pessoas e fãs do mundo da música. “De tarde iríamos ter um DJ a passar música, mas isso foi cancelado. Comemoramos o Record Store Day com descontos de 20% e com o lançamento do álbum dos Unzen Pilot, uma edição Louie Louie.”. Ainda assim Rui Quintela – assim

“É uma espécie de reação à proliferação da música em formato digital e à importância que apenas se lhe dá enquanto efeito sonoro.”

como muitos outros comerciantes de música em Portugal- mantem o espírito positivo e a fé em dias melhores para a indústria musical. Muitas outras lojas aderiram em Portugal como a Carbono, a Muzak, a CD Go, a Trem Azul, a Flur, a JoJo’s, etc.

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“O primeiro disco que eu comprei foi o LP Nevermind dos Nirvana, tinha eu para aí uns 16 anos. A partir daí, com o dinheiro que ia tendo, comecei a coleccionar discos e hoje ainda me dedico a isso. Aproveito sempre o Record Store Day para tornar a minha colecção ainda maior.” João Gomes, cliente da Louie Louie


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Na concepção do novo logótipo teve-se em

pela sua verticalidade remete para os gráficos

conta os seguintes aspectos definidores da

de equalização de som; e pela composição as-

marca: a musicalidade ( que acaba por se tornar no

cendente que se acentua na sílaba tónica da

conceito sobre o qual a marca é desenvolvida) e o

palavra “Louie”. O logótipo tornou-se mono-

espírito positivo inerentes à loja, o seu carácter

cromático, tendo-se assumido a cor laranja

revivalista e a grande proximidade que existe

como cor institucional da marca. Esta cor foi

entre cliente e vendedor. De igual modo, a análise

escolhida por ser convidativa, nostálgica e por

dos antigos e actuais logótipos da loja foi

apelar aos sentidos - apela ao tacto pela atmos-

fulcral para que os erros neles cometidos não

fera quente que cria, apela à audição e à visão

se repetissem. Dá para perceber, no actual

pela musicalidade sugerida. O laranja também

logotipo, uma relação com a música dada por

transmite valores prórpios da Louie Louie tais

um determinado elemento pictórico que separa

como a simpatia, a grande proximidade com o

os dois “Louie” e por uma elipse preta, que nos

cliente, dinamismo, energia e o espírito posi-

lembra um disco de vinil, e que na qual todo o

tivo que são cunhos desta loja. A assinatura,

logótipo assenta. Contudo, esta referência que

que no actual logótipo é “Loja de discos”, foi

se faz à música, embora seja directa, é óbvia e

reduzida para “Discos”.

pouco criativa. A cor dá também uma personalidade à Louie Louie que não corresponde à re-

Nas páginas que se seguem encontram-se

alidade ( torna-a em algo mecanizado, pesado,

algumas normas para a correcta utilização e

distante do cliente e alarmante, lembra mais

aplicação do logótipo, e encontram-se também

uma fábrica de produção de discos do que

exemplos de aplicações da marca.

uma loja de venda). No novo logotipo a relação com a musica é dada, de forma mais subtil, pelo formato quadrangular em que o logótipo se insere ( símbolo das caixas de CD e de vinil); pelo grafismo do lettering, que

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/MARCA COM A COR INSTITUCIONAL

/MARCA COM COR ALTERNATIVA



/MARCA A ALTO CONTRASTE

Marca a positivo

Marca a negativo

/MARCA A CINZENTO


/CONSTRUÇÃO SOBRE GRELHA


/COTAGEM DA MARCA

X

13X

3,25X

3,5X 16X

1,5X

0,75X

3,5X

Área de exclusão é dada por uma margem de 1,5 X a toda a volta da marca

6,5X

1,5X


/RESTRIÇÕES NO USO DA MARCA

Não usar cores que não as indicadas na codificação cromática (azul, laranja, cinzento e preto)

Não alterar a cor do logótipo. Este deve ser apresentado a branco.

Nunca usar a mesma cor para o fundo e para a marca (a não ser que esta esteja delimitada por um contorno a branco).

Nunca usar o logótipo separadamente do elemento quadrado.

Não alterar as proporções da marca. O seu formato deverá ser sempre quadrangular.

Nunca apresentar o logótipo numa versão outline.


/CODIFICAÇÃO CROMÁTICA

PANTONE 1505 C PANTONE 021 U

PANTONE 320 C PANTONE 320 U

PANTONE 424 C PANTONE 424 U

PANTONE BLACK C PANTONE BLACK U


/CODIFICAÇÃO TIPOGRÁFICA

Prelo Slab The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG

Book

“(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789 The quick brown fox jumped over the lazy dog

Medium

THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG “(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789 The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG “(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)”

Semi Bold

0123456789 The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG

Bold

“(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789 The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG “(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789 Tipografia acessória, usada para a promoção da loja e eventos.

Black


Stratum 1 The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG

Light

“(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789 The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG

Regular

“(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789 The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG

Medium

“(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789 The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG

Bold

“(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789 The quick brown fox jumped over the lazy dog THE QUICK BROWN FOX JUMPED OVER THE LAZY DOG

Black

“(?!#%&/«»;:,.ãâáà纪*)” 0123456789

Tipografia institucional, usada na assinatura da marca, economato e textos corridos


/ECONOMATO

2

1


.p ac

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ouie Louie • Ru ad oA a, ad lm

275. 4050-039, P ort o

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+3

22 51 2

01 0384 •

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z • louielouie ie.bi @t e lou lep uie

3

w. lo

4

1 Papel de carta 297 x 210 mm

3 Convite (frente/verso) 210 x 100 mm

2 Envelope DL 210 x 100 mm

4 Cartão de visita (frente/verso) 60 x 60 mm


/APLICAÇÕES

www.louielouie.biz

1

2

3


4


5


6

1 Marca aplicada num carro (Mini Cooper)

4 Marca aplicada num saco de papel

2 Marca aplicada num porta-CD’s

5 Marca aplicada na fachada da loja

3 Marca aplicada num porta-vinis

6 Marca aplicada numa t-shirt






José Leal Curso de design de comunicação (especialização em Design Gráfico) Escola Artística de Soares dos Reis Rua Major David Magno, 139 4000-191 Porto


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