Manual de Texto - Revista Zyl

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como CONTAR HISTÓRIAS NA ZYL


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falecom@zyl.com.br


SEJA UM ZYLIAN

O

objetivo da Zyl sempre foi falar de forma gratuita e colaborativa sobre o Brasil, sua cultura e arte. Nas edições passadas já trabalhávamos com convites, para que os interessados em escrever e em ilustrar a revista pudessem participar. Nesta edição, ampliamos ainda mais o horizonte, fazendo esse convite público. Para participar da Zyl, basta interesse – não

exigimos conhecimentos técnicos apurados, mas força de vontade. Por conta dos variados perfis que colaboram conosco, e para ajudar o trabalho dos participantes, criamos este manual, que vai lhe ajudar a descobrir como contar uma boa história emprestando suas palavras à Zyl. Leia com atenção, siga nossas dicas e ao final você já poderá se considerar um zylian. 2 | 3


SOBRE A ZYL

MANUAL DE TEXTO


REVISTA A Zyl é uma revista colaborativa de cultura brasileira, disponibilizada de forma eletrônica e gratuita, com uma linha editorial baseada na promoção dos talentos artísticos nacionais para o público. Sem cor, crença, gênero, condição sexual, renda ou sede, a Zyl quer se mostrar uma mistura da cultura produzida em cada uma das regiões que compõem o Brasil, assim como espelhar o país a

que ela representa. Esta publicação é fundamentada em valores como a pluralidade de visões, a clareza da informação e a liberdade de expressão. Sendo assim, a revista conta com um grupo sempre variável de colaboradores, tanto visuais (que ilustram e diagramam), quanto textuais (que escrevem e editam) - os chamados zylians. A revista estará sempre aberta a novos participantes.

EDITORES A equipe é enxuta - minimalista. Como editor do segmento texto está o jornalista Bruno Bucis; Por sua vez, o publicitário Isaac Araguim é o editor responsável pelo visual da Zyl. Toda a

produção e gerenciamento criativo da revista é tarefa da dupla, mas sugestões são sempre muito bem-vindas. A colaboração permeia todo o processo produtivo da Zyl.

HÁ ALGUMA REMUNERAÇÃO? Não. Sendo a participação voluntária e colaborativa, ser um zylian – mesmo para os editores - ainda não traz retorno financeiro algum. Até o momento não possuímos nenhum patrocínio público

ou privado. Os anúncios na revista são todos relacionados à divulgação de arte e cultura, expostos de forma gratuita. Todo o dinheiro investido é oriundo dos trabalhos paralelos ao projeto. 4 | 5


TEMA DA EDIÇÃO #3 A Zyl é uma revista temática. A ideia é que cada edição explore um viés da arte, guiado por um assunto. Para esta edição foi feita uma votação pública para a escolha do tema a ser abordado. O vencedor, com 24 (25,8%) do total de 93 votos, foi: “Recalque”,

ao qual atribuímos o subtítulo: “Da picuinha ao prestígio. Como a inveja pode estimular a arte e o artista.” Como forma de melhor esclarecer o que pensamos a respeito do universo de possibilidades envolvido pelo tema, segue uma pequena explicação:

Muito além da gíria, recalque é um termo conhecido pela psicanálise desde sua implantação, com Freud. Grosso modo, recalque são lembranças que incomodam o indivíduo, e que por esse motivo são apagadas do consciente. Essa recordação incômoda, hoje ganhou novas atribuições - virou sinônimo de inveja. O recalque é também implicar, criticar, ridicularizar. Mas se recalque é inveja, e como dizem, há a tal da inveja branca, por que não tratar recalque como admiração? Afinal, ser recalcado é também saber apreciar, estimar. Assim sendo, o recalque pode servir de inspiração, como a motivação de fazer melhor do que aquilo que se inveja.

Para você, seria a inveja o combustível que alimenta as críticas na arte? O recalque que dá forças para viradas de mesa? Ele que motiva novas parcerias? É a inveja que movimenta as brigas entre os fã-clubes, as picuinhas de bastidores? Afinal, como evitar com o recalque se as manifestações culturais requerem exposição? Conhece exemplos que se encaixariam nesses casos? E se o pensamento for mais longe? Para você, como essa inveja é representada na arte? Ela tem cor, tem forma, tem cheiro? Algum filme ou livro brasileiro criou um personagem que é para você é o retrato da inveja e do recalque? É possível superar a inveja na arte?

Têm algumas das respostas ou em pensou em outras perguntas? Pois então, nos escreva. É para responder a esses, e a tantos outros questionamentos, que

convidamos você a escrever para a Zyl. Você está achando que será difícil contar-nos sua história? Siga a estrutura a seguir e tudo vai virar uma moleza.

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Orientaçþes sobre a pauta

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SOBRE O QUE POSSO ESCREVER? Obras e personagens brasileiros, reais e fictícios, além de aspectos da cultura nacional que não envolvam, necessariamente, arte, mas que estejam ligados a cultura e tenham representatividade. “A minha tia que faz artesanato” não é pauta para a Zyl, a menos que ela participe de um grupo de artesãs que tenha criado uma forma original de reciclar objetos usados, por exemplo. Mas não se preocupe: não estamos em busca só de “celebridades”. Pra nós, da Zyl, é a inspiração que a história traz é que conta.

Outro fator pertinente na hora de escolher o que escrever é o que chamamos de “textos atemporais”. A Zyl é feita com prazos bem elásticos e isto faz com que assuntos “efêmeros” possam perder força ou relevância na data do lançamento. É importante então orientar sua visão a assuntos que possam ser debatidos por longa data, tratando de temas em aberto, mas, evidentemente, que tenham algum embasamento no aqui e agora, ou seja, que tenham relevância para o leitor atualmente.

COMO DEVO ESCREVER?

O que é o assunto que eu quero tratar? Para responder essa pergunta, experimente contar a história para algum conhecido. Quando ele entender o que você está explicando, você chegou ao seu “assunto”. O que ele tem de diferente e de interessante? Histórias repetidas não costumam ter a mesma graça das inéditas. Mesmo quando você revê coisas antigas, acaba percebendo detalhes que haviam escapado a uma primeira vista. É neste detalhe que está seu diferencial. Por exemplo, na música, a palavra recalque ficou muito associada ao funk. Mas, e se você olhar como ela é aplicada em diferentes ritmos? Em diferentes mídias? Aí moram várias novidades.

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A pauta se relaciona com alguma arte? Por mais interessante que seja o assunto que você queira nos contar, é fundamental que ele esteja relacionado a cultura brasileira, que é o foco de divulgação da Zyl. Mas lembre-se, cultura é um tema amplo, com um pouco mais de pesquisa é possível falar sobre quase tudo tomando-se esse viés. Quem vou entrevistar é de fácil acesso? Um bom texto tem falas, aspas. Ninguém sabe de tudo no mundo, e um dos aspectos mais interessantes de pesquisar sobre um tema é conhecer gente que sabe muito sobre ele e que esteja disposta a te explicar – os seus entrevistados. Para escolher um entrevistado observe dois pontos: ele tem relevância para meu assunto? (relevância não significa fama, se você descobrir que o padeiro da esquina faz um pão que se chama recalque, ele é um entrevistado de extrema relevância para sua matéria de gastronomia) E eu terei acesso a ele? (você terá tempo para falar com o entrevistado? Tem meios de chegar até ele? Tem o telefone? Tudo isso conta). Na dúvida, se você conhecer alguém que considere menos relevante, mas mais acessível, entreviste-o. Você pode descobrir muito com o entrevistado pelo qual não dava nada. Terei imagens a oferecer? Por mais que um texto esteja muito bem escrito, abrir uma revista e ver dez páginas sem uma única imagem dá um desânimo, não é? Além do mais, a Zyl é uma revista que adora uma diagramação mais elaborada. Lembre-se, os diagramadores são colaboradores assim como você, oferecer imagens de qualidade facilita muito o trabalho deles e assim, eles fazem com que mais leitores tenham vontade de ler seu texto até o último ponto final. Quanto tempo levaria para fazer? Quanto mais dedicação você der ao texto, melhor ele ficará. Não tem tempo para se dedicar exclusivamente à Zyl? Não há problema, basta que você se programe para fazer o que for possível. Não deu para entrevistar todo mundo que você gostaria? Experimente escrever com o que você tem. Às vezes, uma metáfora bem colocada pode explicar o que uma entrevista inteira não conseguiria.

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Orientações sobre o texto

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Se você nunca escreveu para uma revista e está achando que não vai conseguir entregar um texto que se adeque, não há por que se preocupar. A Zyl não determina um padrão de estilo a ser seguido, escreva como lhe aprouver.

É importante salientar, porém, que a norma culta da língua deve ser respeitada, a menos que o desvio se justifique pela pauta abordada e que sejam respeitados os seguintes aspectos:

Limite de Caracteres: no mínimo 3 mil. Não há máximo, o que contará será seu bom senso na hora de escolher tudo que tem a dizer no seu texto.

Estrutura: O texto deve conter: Título - com até 70 caracteres; Subtítulo - uma ou duas frases, com até 200 caracteres. A função do subtítulo é explicar para o leitor do que se trata o texto. Lembra do “assunto” da pauta? Se não houverem ocorrido mudanças na linha geral do texto durante a apuração, ele pode ser um bom caminho). Lide - (os textos nos jornais e revistas informativas respeitam uma estrutura-padrão, que não será fielmente adotada pela Zyl. Esses textos respondem, logo no primeiro parágrafo às perguntas: Sobre o que fala este texto? Quem está envolvido? Quando que o aqui tratado aconteceu ou acontecerá? Como isso aconteceu ou acontecerá? Onde? Que motivos levaram a este acontecimento?. Na Zyl, porém, você pode começar seu texto da forma que você quiser. No entanto, ao longo dele, é fundamental que as perguntas propostas dessa estrutura sejam respondidas, evidenciando, assim, uma apuração bem feita.)

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Olhos - No mínimo três. Olhos são as frases do seu texto que você mais gosta, que têm até 100 caracteres e que você acha que resumem a ideia geral. Elas são também aquelas que vem destacadas na diagramação, muitas vezes são aspas de alguns dos entrevistados. Intertítulos - que separem o texto em pequenos “capítulos”, também são bem-vindos. Eles ajudam o escritor e o leitor a organizar as ideias. Se você for usá-los, deve haver um preferencialmente a cada 2 mil caracteres.

Público-alvo: A Zyl está aberta a todos os tipos de colaboradores e públicos, por isso é fundamental que a linguagem usada seja simples. A maioria dos leitores da Zyl, porém, é de jovens adultos com ensino superior. Escrever pensando nesse público pode ser uma saída. Seja leve, descontraído. Pense no texto como uma conversa, como se você estivesse contando uma história para os seus amigos da qual você sabe muita coisa.

Linguagem: Evitar o uso de termos/palavras estrangeiros. Dar preferência aos “aportuguesados”. Ex.: lead/lide; layout/leiaute. Quando usar uma palavra de significado pouco conhecido, é sempre bom colocar o significado logo em seguida, entre vírgulas ou parênteses.

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DIVULGAÇÃO DAS PAUTAS SELECIONADAS Os assuntos que a Zyl #3 irá abordar dependem da sua apuração e da sua participação. A revista publicará entre oito e dez trabalhos, escolhidos pelos editores levando em conta a quantidade das pautas recebidas e a clareza com que o zylian conseguiu responder às perguntas dos tópicos anteriores. Caso sua pauta seja escolhida, não faremos

uma divulgação pública da mesma. Entraremos em contato com você pelo e-mail que nos for fornecido pelo formulário de inscrição, formalizando o seu vínculo com a Zyl. Caso sua pauta não faça parte da revista, não desanime! A Zyl também tem um site, onde os prazos e o espaço são maiores, e para o qual você ainda poderá colaborar.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DE TEXTO ATIVIDADE

DATA

Inscrição do tema a ser trabalhado (pauta)

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Divulgação (por e-mail) das pautas escolhidas

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Prazo de entrega do texto e imagens

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Resposta com as possíveis correções

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Entrega do texto revisado conforme as orientações do editor

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Diagramação

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Lançamento ZYL #3

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