Revista Vírgula - Edição de Março

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Economia

Poupança - a arma secreta para a sua carteira A população activa portuguesa recebe um rendimento mensal que justifica o trabalho por ela desempenhado e que contribuiu para a criação de riqueza no país. Este rendimento pessoal tem dois destinos: o consumo ou a poupança. A maior parte dos rendimentos dos portugueses destina-se ao consumo, só assim todos os cidadãos podem satisfazer as suas necessidades, sejam elas básicas ou supérfluas, gastando parte do seu salário/ordenado para adquirir esses bens e serviços. No entanto, a poupança NUNCA deve ser esquecida e deve fazer parte da sua rotina mensal, sem qualquer excepção. Os portugueses têm de compreender a importância de pôr de lado uma quantia todos os meses, que em situações de crise ou de desemprego pode salvar uma família. E além do mais, este é um acto muito simples e fácil de se concretizar, só tem de ganhar o hábito. Agora que já interiorizou o impacto que um gesto tão simples como a poupança pode ter na sua vida quotidiana, só tem que arriscar um pouco e pode vir a multiplicar as suas poupanças sem qualquer esforço. Primeira regra, não guarde o seu dinheiro debaixo do colchão porque isso representa apenas dinheiro parado, não está a render nada. O objectivo é sempre valorizar o seu património, através do investimento ou colocação financeira. A colocação financeira consiste na aplicação da poupança em produtos financeiros como as acções, obrigações, certificados de aforro ou fundos de investimento. Muitas famílias confiam as suas poupanças apenas a depósitos a prazo ou aos planos de poupança, mas os vários produtos financeiros supracitados também são uma

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opção para si. Nos últimos anos, a população portuguesa tem enfrentado situações complicadas no que toca às suas contas bancárias, fruto da grande crise financeira que assolou o mundo, em 2008. Os portugueses viram o conteúdo das suas carteiras ser drasticamente reduzido devido às medidas de austeridade impostas pelo governo e ao aumento do desemprego, que atingiu valores máximos desde então, situando-se nos 11,1% no último trimestre de 2010. Tendo em conta a situação económica e social em que Portugal se encontra, ninguém sabe como irá ser o futuro e quando e como vai o país conseguir erguer-se e permitir o melhoramento das condições de vida dos portugueses. Estas expectativas e incertezas quanto ao futuro poderiam revelar-se um factor determinante para o aumento da poupança, no entanto, esta tendência não se tem verificado em 2011, visto que a poupança das famílias registou uma acentuada quebra no início deste ano (a taxa de poupança em Fevereiro 2011 foi de 92,4 pontos). Comece já hoje a trabalhar para um futuro melhor e estude a nossa rubrica 10 Dicas, que tem como tema desta edição 10 preciosas dicas que o ajudarão a não desperdiçar o seu rendimento, com alternativas para todos os seus gastos diários. MM


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