Revistaviral

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Revista VIRAL

Ano I - Ediçao nª 01 - Junho de 2014


Editorial É com muita satisfação que apresento a primeira edição da Revista Viral, fruto da disciplina de Impresso II, ministrada pela Professora Doutora Ada Guedes, no curso de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba. Dar aos alunos a possibilidade de tornar real algo que é aprendido em sala de aula, é sem dúvida, uma forma de estimular mais e mais a criatividade e a união do grupo. Formado por 8 pessoas, o time Viral se divertiu bastante na formação desta edição, entre rabiscos engraçados no caderno para a diagramação, sessão de fotos para o nosso perfil, à visitar um abrigo de animais abandonados e ter um gato pulando em suas costas. Nesta edição da Revista Viral, o nosso leitor poderá perceber que tentamos fazer jus ao nome da revista. Entrevistamos personalidades da internet, contamos histórias, mostramos a nossa cidade com um olhar bastante jovial, além de estimular a nossa cultura paraibana. Um muito obrigado a todos que participaram na formação desta revista, seja contribuindo para as matérias, ou escrevendo-as. Se produziremos outras edições, só Deus e o tempo poderão dizer, mas sou muito grata por ter um grupo pequeno, porém esforçado, unido e dedicado. Geovanna Teixeira Editora Chefe


Geovanna Teixeira, 19 anos, pura Paraíba com orgulho e vascalinda. Amante do bom futebol, sonha em um dia ser árbitra da FIFA, ou quem sabe a jornalista da Copa de 2022?

Aline Calisto, 19 anos, filha do Rei, estudante de Jornalismo, amante da fotografia, não entendo piadas, começo a rir na hora errada e fim. Linda, mas não de rosto.

Alfredo Albuquerque, 21 anos, apaixonado por jornalismo. Atualmente escreve para revista campinense, e desenvolve projetos com jornalismo cultural.

Thaíse Ariadne, 18 anos, adora os Matheus Rodrigues de Melo, cafés e as poesias que a vida oferece. 19 anos. Música e filmes. EstuInteressa-se também por comédias, dante de jornalismo. Ignoranfotos, gatos e cachorros, de rabiscar, do a juventude revolucionária. desenhar, ler e, sobretudo, escrever.

Eduardo Philippe, 21 anos, flamenguista, fotógrafo e nerd apaixonado por cinema, séries, música, tecnologia e histórias em quadrinhos.

Marcos Morais, 21 anos, apaixona- Lannyene Fernandes, 22 anos, casado por história, poesia, artes, cul- da, estudante de jornalismo, apaixotura popular e jornalismo literário. nada por fotografia, cultura e dança.


Universidade Estadual da Paraíba Centro de Ciências Sociais Aplicadas Departamento de Comunicação Social Curso de Comunicação Social - Jornalismo

Revista Viral Ano I, Edição I, 2014. Professora/Orientadora Ada Guedes Editora Chefe Geovanna Teixeira Diagramadora Chefe Aline Calisto Auxiliar de diagramação Eduardo Philippe Redatores Alfredo Albuquerque Aline Calisto Eduardo Philippe Geovanna Teixeira Lannyene Fernandes Matheus Rodrigues Marcos Morais Thaíse Ariadne Revisão Geral Ada Guedes

Sumário Forró de ontem e de hoje | 5 O desconhecido nunca foi tão fascinante | 6 Top 5 | 8 “O tempo feliz que passou” | 10 Os desafios de ir e vir | 15 O Luiz Gonzaga da Internet | 16 A calça jeans e a camisa polo: quem dispensa? | 20 Receita da Viral | 22 Diversidade na palma da mão | 24 ESPECIAL RAINHA DA BORBOREMA 150 ANOS Um amor, quatro patas | 28 Cenário Musical Campinense | 30 Campina Grande tem lugares para ir | 32 Bate papo com o Campinense Dudu Medeiros | 35 Uma Campina que cresce a cada dia | 37 Ensaio – Como Olhamos Campina | 38 150 anos de realeza | 46 Um pouco da nossa história | 47


FORRÓ DE ONTEM E DE HOJE Antigamente o Forró era só sanfona, zabumba e triângulo Hoje é bateria, guitarra e teclado Forrozeiro ouvia Luiz Gonzaga, Sivuca e Marinês Hoje escuta “forró pegado”, “aviões” e “garota safada” O Forró era um baile na palhoça ou na sala de reboco Hoje é “show” num palco com holofotes e camarim Antigamente Forró era o Xote das Meninas Agora “elas ficam loucas” Antigamente muito se ouvia o Aboio Apaixonado Hoje a moda é “raparigueiro todo” Forró era xote, xaxado e baião Hoje é um tal de “swing” e “arrocha” O sanfoneiro cantava e caprichava no fole Hoje só se ouve um cantor gritando num microfone A atração era o toque refinado da sanfona Hoje é só o ruído da bateria Antigamente a moça dançava no barro batido da palhoça usando vestido longo Hoje ela sobe no palco pra rebolar seminua O sanfoneiro tocava quase de graça, até de manhazinha, com a maior alegria Hoje o “cantor” toca duas horas, recebendo e reclamando Antigamente dançar quadrilha era moda Hoje é só figuração A dança de Forró eram dois passos pra lá, dois pra cá Hoje é só um rebolado Antigamente o São João era festa animada e de cultura Hoje é mais marketing e enganação No São João de antigamente o Forró era a única atração de junho Hoje o axé, o pagode e o sertanejo invadiram Há tempos atrás, o Gonzagão tocava Olha pro Céu Nos tempos de hoje o “safadão” canta “a mulher do patrão” Antigamente música de Forró tinha letra bem feita Hoje nem tem frase nem verso O Forró de antigamente era autêntico Falava do Nordeste, da natureza e da realidade O forró de hoje é de plástico Só fala em cachaça, mulher e palhaçada O verdadeiro Forró contagiava o São João A sanfona dava melodia A letra dava conteúdo O povo dançava tranquilo Hoje o São João tem violência, alcoolismo, corrupção e publicidade E aos poucos vai acabando o baião, o xaxado, a identidade E o Forró Pé-de-serra, que era de raiz e alma nordestina Infelizmente está virando um forró “pé-de-chinelo” e importado. Por Marcos Oliveira 5


O desconhecido nunca foi tão fascinante

O

homem sempre foi, por natureza, curioso. A Fatos Desconhecidos surgiu inicialmente Isso todos sabem. Mas, existem pessoas como um site, que ainda existe, em 2012 com a que ao longo dos séculos consagraram mesma proposta que a página no facebook consuas vidas a desvendar e entender os mistérios tém. que rondam o universo. A idéia de não conhecer VOCÊ SABIA? algo pode ser desesperadora para o homem, mas o fascínio pelo desconhecido provoca um misto Os japoneses não beijam em púde sensações que o impulsiona a procurar, incan- blico; e os esquimós substituem savelmente, respostas. o beijo esfregando os narizes. Já em certos países da Europa, o Podemos dizer que ao longo do tempo, em beliscão no traseiro das mulhetodos os aspectos, mais curiosidades e mistérios res é considerado galanteio. surgiram, e na mesma proporção, mais curiosos dispostos a descobrir e explorar o desconhecido em todas as suas faces. Na Era em que vivemos Luiz Phellype Alves, o fundador, a criou a informação não é meramente uma utilidade, após a penalização pelo facebook à sua página mas entretenimento. É possível, com uma rápida antecessora, a Acontecimentos Históricos, debusca na internet conhecer muitas histórias inte- vido a alguns conteúdos publicados. Assim, em ressantes, contudo, quando uma pessoa se dedica 2012, surgiu a febre conhecida e curtida nacioa suprir a necessidade e a sede por informações e entretenimento em um só lugar, eclode um fenômeno que contagia a todos. 3 milhões, pra ser exata. A fanpage Fatos Desconhecidos é um sucesso nacional. Seus posts dedicados a mostrar curiosidades, são totalmente intrigantes e variados, mostrando histórias bastante peculiares. A página já se fixou na rede social Facebook, alcançando estrondoso sucesso em curto período de tempo.

Você sabia?

O personagem Buzz Lightyear da série Toy Story foi uma homenagem a Buzz Aldrin, um dos astronautas norte-americanos da Apollo 11 a ir a lua.


nalmente. Luiz também encabeça outros sucessos no facebook como Super Rock, Mundo Interessante, Rockpedia e Curiosos.

Curiosidades | 7 A variedade é uma das grandes sacadas da página. Histórias de terror, notícias quentinhas, histórias de vida e superação, de amor, fatos sobre astronomia, curiosidades sobre o corpo e comportamento humano, dados históricos, lugares e animais exóticos, alguns “segredos” sobre épocas que marcaram história, uma verdadeira salada para todo tipo de gosto. É um fato. A enciclopédia online preenche horas dos dias de quem curte a página.

Alimentada quase 24h por dia, a página conta com uma equipe de aproximadamente 20 criadores de conteúdo que dedicam horas à pesquisa, para fornecer aos curtidores as melhores informações. Segundo Raul Sena, um dos administradores, o segredo do sucesso é a informação de qualidade e muita pesquisa. A página caiu no gosto do público de tal maneira, que alguns cur- É como comer pipoca, não se pode comer uma só. tidores chegam a comentar que ela ensina melhor que a própria escola. Longe de ser essa a intenção, Raul esclarece que “o intuito da página é informar curiosidades em geral. Não existe nenhum objetivo em substituir a escola, e deixamos isso bem claro, afinal é bem distante do conteúdo tradicional ensinado nos colégios.” Ouviram curiosos? Matar aula e ficar checando a timeline da Fatos Desconhecidos não é a solução para seus problemas! Rafael Silveira, um dos milhões de curiosos foi questionado por que, na opinião dele, as pessoas se identificam tanto com uma página desse gênero. Sua resposta: “Porque ela não se mantém presa só a um único tipo de assunto, ela fala sobre diversos e também diversifica de acordo com datas! Encontram-se publicações de saúde, até onde se pode achar a maior caverna do mundo. E tem publicações interessantes de curiosidades de 1910 até 2014!”

Curiosidade Recentemente, a página Fatos Desconhecidos foi tirada do ar por alguns dias. “Uma falha na rede social Facebook permitiu que ao menos 4 grandes páginas fossem desativadas no último fim de semana. A falha consiste em um alto número de denúncias sem nenhuma razão, e quando essas denúncias atingem um número muito alto, o Facebook remove as páginas do ar, foi o que aconteceu por exemplo com as páginas: Rock Wins, Fatos Desconhecidos, DetonaFunk e Eterno Romance, a soma de todos os fãs dessas páginas ultrapassava a marca de 10 milhões de curtidas. O fato é: o Facebook não analisa de imediato essas denúncias para saber se há veracidade. Sendo assim, as páginas provavelmente voltarão, assim que forem analisadas.” Para se ter alguma noção da grandeza da página, milhares de fãs ficaram indignados, e a página fez uma grande falta, mesmo que por poucos dias. Os administradores alegaram que o apoio dos fãs foi (e é) fundamental para a recuperação e o sucesso da página.

“Caímos, levantamos e continuaremos! Antes de recomeçar queremos agradecer imensamente a todos os nossos leitores que tem buscado notícias, nos apoiaram e tem nos mandado mensagens em nossos perfis pessoais. O apoio de vocês foi fundamental para que a página voltasse, nosso sincero OBRIGADO. -Equipe Fatos Desconhecidos-”

Você sabia?

Quando o pinguim macho se apaixona por uma fêmea, busca por toda praia a pedra mais bonita e a entrega como prova de seu amor.

Por Thaíse Ariadne


TOP

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Apresentando, não necessariamente os melhores, mas os álbuns mais interessantes da década. Fugindo um pouco do lugar comum das “grande gravações”, um breve destaque aos registros que por suas particularidades e forças, merecem atenção.


Música | 9 1. real estate – atlas (domino;2014) O charme de Atlas reside na simplicidade. Atlas é a casa da infância ou o olhar da criança pela janela do carro enquanto parte para a cidade grande. No olhar, a consciência de que se afasta gradualmente de grandes momentos e na mesma medida se aproxima de uma vida nova. Vida de desafios, difícil. Há a recordação, paz no ato. Na volta à realidade, o olhar desiludido, mas nostálgico. Quando o complicado se torna banal, o simples ganha força.

2. deafheaven – sunbather (deathwish;2013) George Clarke executa sua performance com fortes traços de homo erotismo e sua banda, encabeçada por Kerry McCoy, pode ser facilmente confundida com uma banda soft. Alheio aos fatores externos, Sunbather apresenta a perfeita integração de elementos num registro onde post-rock e shoegaze se fundem em prol da elevação. Atmosférico, a perfeita e minuciosa construção melódica promove o caráter necessariamente épico ao álbum. Em Sunbather, cada faixa soa como um grito em busca de libertação.

3. sun kill moon – benji (caldo verde;2014) Um paradoxo que o registro onde exista a maior reflexão sobre a vida tenha como pano de fundo justamente: a morte. Especialmente doloroso por Zoelek apresentar os fatídicos acontecimentos de sua vida de forma tão sincera, Benji emociona pela proximidade. Calejado, visualiza a representatividade da existência de cada um para si e para os que o cercam e compreende que, no fim, não há fator que mensure uma vida, seja ela qual for.

4) Kanye West - My Beatiful Twisted Dark Fantasy (Def Jam; 2010) Grandioso, My Beatiful Twisted Dark Fantasy construiu a cada faixa um universo rico e com perfeito desenvolvimento de suas ideias. Consolidou-se por ser um registro que teve (e tem) muito a dizer em qualquer âmbito. Um álbum sem perfumaria e que consegue ser o que mais tem a dizer. Em um cenário em que a vaidade domina, acredite, não é pouco.

5) Linda Perhacs – The Soul of All Natural Things (Asthmatic Kitty;2014) Linda Perhacs lançava em 1970 seu elogiado disco de estreia Parallelograms. Nome promissor no psych-folk, Perhacs gerava grande expectativa. Gerava. Parou e se tornou higienista dental (!). O que teria levado um nome tão celebrado a um destino tão pouco inspirado? Pouco se sabe, fala-se apenas superficialmente de escuridão e o retorno pelo espiritual. Incrivelmente de retorno porque 44 anos depois ela lança The Soul of All Natural Things. Perhacs volta e não expõe o que pôde ter vivido ou mesmo caminha em volta de sua suposta infelicidade. Canta apenas sobre o que importa: amor. Por Matheus Rodrigues


“o tempo feliz que passou”, o filme de andré da costa pinto

A

Por Eduardo Philippe

fotografia sempre foi algo interessante para as populações. Desde a sua descoberta e invenção no século XVIII, a fotografia é, e sempre foi, motivo de espanto e encanto aos olhos de quem está descobrindo a arte. No final do século XVIII passou por um processo de evolução (e revolução), quando se descobriu a possibilidade de dar movimento à fotografia através da captação de pelo menos dezesseis quadros por segundo. Assim nasceu o cinema, a sétima arte. Passando por constantes evoluções e novas descobertas, o cinema rapidamente tornou-se uma mina de ouro praticamente infinita. Primeiramente pequenas produções foram realizadas, mas o que se viu em sequência foi uma verdadeira febre pelo cinema. Salas lotadas, mais e mais produções lançadas anualmente, e o que se vê hoje é apenas o resultado dessa evolução. Em Hollywood se concentram os grandes (e principais) estúdios de cinema, responsáveis pelas grandes e milionárias produções. No Brasil, as principais produções cinematográficas se concentram no eixo Rio-São Paulo, responsáveis pelos principais títulos que chegam ao exterior. Numa realidade um tanto diferente, a Paraíba também vem se destacando nesse cenário. Desde meados da década de 60, Machado Bittencourt já era responsável pelas principais produções cinematográficas locais, tendo dirigido pouco mais de 200 filmes.


CINEMA | 11

novo

Já no século XXI, André da Costa Pinto, jovem cineasta, apaixonado pela sétima arte, dá continuidade a o cenário cinematográfico de Campina Grande. Criador e idealizador do “Comunicurtas”, um dos principais festivais de curta-metragens do circuito nacional, André inspira e motiva aqueles que estão ao seu redor. Apaixonado por cinema e por desafios, durante o período de 06 a 25 de março, na cidade de Barra de São Miguel, interior da Paraíba, André da Costa Pinto gravou juntamente com sua equipe seu novo longa “O Tempo Feliz Que Passou”. Diferente de outras produções nacionais, situadas em grandes centros como Rio e São Paulo, André teve como principal desafio gravar um longa com orçamento de curta. Desafiando a si mesmo e à sua equipe (grande parte formada por estagiários), juntamente com o diretor de arte Carlos Mosca, transformou a cidade em um set de filmagem. Os olhos curiosos e espantados dos moradores da cidade viram de perto nomes de peso no elenco como Guta Stresser, Paulo Vespúcio, Lucy Pereira e Cláudia Lira. Além desses, artistas locais como Arly Arnaud, Chico Oliveira e outros descobertos através do curso de formação de atores, ministrado pelo diretor, na cidade de Campina Grande, complementaram o elenco. “O Tempo Feliz Que Passou” é a principal aposta do diretor que quer dar à sua cidade natal, Barra de São Miguel, o status de celeiro paraibano do audiovisual e cidade cenário, a exemplo de Cabaceiras (PB). Entre os destaques do filme, está Kleyton Canuto. Descoberto no Curso de Formação de Atores, ministrado por André, teve que se transformar e viver o cotidiano de um travesti para dar vida à personagem Isabella. “Fiz o teste disputando dois papéis, mas André sempre me atentou para focar em Isabella, por ser mais desafiador no quesito profissional”, comentou. Trabalhar corpo e mente era necessário, e mesmo tendo tantos amigos homossexuais, Kleyton, ou Keytin, como prefere ser chamado, se viu obrigado a adotar certas práticas para poder dar mais realidade à personagem. “Foi difícil, muito difícil. Eu tive que trabalhar corpo e mente, observar um mundo que aparentemente achava que compreendia, mas vi que é muito mais complexo do que eu imaginava. Embora conviva com homossexuais e mantenha boas relações, não imaginava um universo tão múltiplo. Daí fui me preparando por contexto: aprendi a andar de salto alto, durante dois meses fiz dança do ventre para flexibilizar melhor quadris e ombros, treinei posturas em movimento e estáticas, além de incorporar algumas gírias desse grupo social. Também houve uma transformação visual: depilei quase meu corpo todo, descolori e alisei o cabelo, fiquei sem barba e aprendi a pintar as unhas. Tudo isso foi em busca de uma feminilidade, tão inerente nos gays quanto em muitas mulheres e nos homens também, cada um no seu nível”, declarou.


Na parte técnica, o destaque foi o diretor de arte Carlos Mosca, que sem muitos recursos, apelou para a boa vontade dos moradores da cidade, e tomando emprestado vários utensílios dos lares dos cidadãos, deu vida ao cenário do filme. “Conseguir mobiliário e objetos de cena de época foi o que eu achava que seria o meu maior problema, pois um longa com muitas locações demanda muitos objetos. Porém me deparei com uma “cidade antiquário”, a Barra de São Miguel, e com pessoas extremamente gentis e colaborativas. Todos os móveis e objetos utilizados nos cenários foram conseguidos lá mesmo, tudo emprestado. O mais difícil foi trabalhar com uma equipe grande, tendo que preservar a integridade desses objetos emprestados por serem frágeis e delicados”, declarou. Mas a maior transformação mesmo aconteceu no principal e mais antigo bar da cidade. Com 63 anos de existência e uma cultura bastante peculiar, o “Bar de Malila”, como foi carinhosamente apelidado pela produção, passou por uma reforma literal e moral. Aquele que antes era o “Clube do Bolinha”, onde só homens frequentavam, teve suas dependências invadidas pelo público feminino, que aprovou a nova decoração. Experiente, Carlos Mosca já dirigiu cinco documentários e dois curtas-metragens de ficção, e declara: “o nosso maior desafio na Paraíba é conseguir recursos financeiros para fazermos nossos filmes”. “Vejo com muito bons olhos do ponto de vista de talentos e muitos profissionais jovens. Vejo um movimento que vem construindo um acervo de muitos títulos em pouco tempo e com uma qualidade que surpreende, haja vista os espaços que o audiovisual paraibano vem ocupando no cenário nacional e até internacional e a quantidade de prêmios que vem arrebatando pra Paraíba. Vejo também um trabalho que vem sendo desenvolvido há uns 10 anos apenas, com o objetivo de interiorização do fazer audiovisual na Paraíba, dando bons frutos através de inúmeros projetos de formação e de uma lista já bem significativa de festivais e mostras pelos quatro cantos do Estado. O que nos falta mesmo é políticas públicas estruturantes e muito investimento financeiro, enfim, o poder público enxergar a nossa seriedade e desenvolver efetivamente seu trabalho nessa área”, completou ao falar sobre o futuro do cinema independente paraibano.


entrevista com o diretor O diretor André da Costa Pinto cedeu entrevista falando sobre a admiração por alguns cineastas paraibanos, o processo de construção do roteiro do filme, explica o porquê de tantos estagiários, fala das dificuldades encontradas na produção e sobre planos futuros para o longa e para a cidade de Barra de São Miguel. Viral: Existe algum cineasta paraibano em quem você se inspira para dar vida aos seus roteiros e filmes? André: Meu primeiro contato com um cineasta paraibano foi com Marcus Vilar, que foi o primeiro cara que me apadrinhou, que mostrou um roteiro, que foi “A Encomenda do Bicho Medonho”, e que me mostrou os caminhos do audiovisual. Alguém a quem eu já tinha uma certa estima pelos trabalhos, principalmente “A Árvore da Miséria”. Vou contar com João Carlos Beltrão, que é meu grande pai dentro do cinema. Toda a minha influência, tudo o que eu faço, eu tenho muito de João Carlos Beltrão. Gosto bastante do trabalho de Taciano Valério, que é um cara que começou na mesma época que eu, a ousadia de Machado Bittencourt também me atraía bastante, e os professores Rômulo e Romero, principalmente Rômulo, através do DECOM, e o professor Luiz Custódio. Viral: Como se deu o processo de construção do roteiro de “O Tempo Feliz Que Passou”? André: Meu processo de construção do roteiro de “O Tempo Feliz Que Passou” começou buscando memórias afetivas e lembranças de Barra de São Miguel. Eu acho que meu cinema tá muito ligado à minha origem, minhas raízes, às pessoas da minha infância, às pessoas da minha adolescência, à todas as pessoas que eu conheci ao longo do tempo. E eu fui montando uma colcha de retalhos de histórias que eu já tinha ouvido e ficcionando-as, e dessa ficção veio a idealização do roteiro. Viral: Porque tantos estagiários? André: É pela possibilidade do processo de formação dentro de um set de filmagem. Temos um curso de comunicação social, porém não temos um laboratório de cinema, mas tem-se a possibilidade de trabalhar num longa metragem. Que aí você tem a dimensão realmente do que é uma produção cinematográfica, de como se faz cinema. Seja Comunicurtas, seja filmes anteriores ou qualquer trabalho audiovisual, eu sempre busquei essa questão de trabalhar com estagiário, porque um dia eu fui estagiário e tive que buscar fora de Campina a oportunidade pra poder aprender a fazer cinema. E quando eu pude pela primeira vez realizar cinema em Campina Grande, eu quis dar esse espaço.


Viral: Qual a maior dificuldade encontrada na produção desse filme? André: Principalmente dificuldade financeira. A gente fez um longa metragem com orçamento de curta, recursos totalmente escassos. E a gente faz porque é a única forma que tem, não é a melhor solução. Claro que a gente quer viver de fazer cinema, quer pagar todo mundo de forma justa como tem de ser pago. Felizmente a vontade de toda galera de fazer o filme e a energia do set, juntamente com as bênçãos de São Miguel, foi o que fez acontecer da melhor forma possível. Viral: Quais os planos futuros para o filme e para a cidade? André: A gente vai começar a fase de edição e montagem desse filme. Espero que nos próximos seis meses ele esteja pronto, pra começar um circuito de festivais, quiçá depois uma distribuição nas salas de cinema do Brasil. Ainda não sei o que farei futuramente nem pra mim, nem pra cidade.

Fotos: Eduardo Philippe


Artigo | 15

Transportes Coletivo: Os desafios do ir e vir Enfrentar problemas de locomoção é, infelizmente, um problema cada vez mais comum e mais frequente na Rainha da Borborema. Esperar ônibus em alguns pontos de com a mínima infraestrutura e com veículos que na maioria das vezes são impontuais é, de certa maneira, difícil de lidar. Afinal não é conveniente e muito menos aceitável atrasar-se para o trabalho, para a escola ou universidade por causa da falta de pontualidade dos transportes coletivos. A principal causa disso é a distribuição desigual dos veículos, o que poderia ser resolvido com um melhor planejamento, algo que infelizmente, pelo que se vê, sequer é cogitado pelo governo municipal e pelos proprietários das empresas que prestam esse serviço. Outro absurdo é o fato de que os motoristas geralmente cumprem também a função de cobrador, o que acaba ocasionando mais atrasos e incômodos desnecessários, além de vários riscos como atropelamentos e acidentes. Afinal, já que uma pessoa não pode dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo, como pode ser “permitido” o motorista de transporte público dirigir, receber o dinheiro,

contar, pagar o troco e ainda liberar a passagem de uma pessoa no ônibus?! Há várias coisas erradas nessa questão. O mais grave problema é a superlotação dos ônibus em horários de pico, principalmente das linhas 303 e 333. É simplesmente um caos, filas enormes no Terminal de Integração e em seguida a disputa por um assento no ônibus. Recentemente em uma das minhas rotineiras viagens à UEPB, quando estive em uma dessas “aventuras” nesses ônibus superlotados, lembro-me que fiquei de pé na escada de uma porta do ônibus e escutei uma senhora, já idosa (que também estava de pé) dizer que o problema dessas superlotações seria “porque os ônibus são muito pequenos”. Falei então a ela que o motivo não era esse, mas sim o fato de que os donos das empresas e o poder publico, não estão nem aí para esse problema, pois a eles interessam apenas o lucro e não as condições de conforto e segurança necessários aos passageiros. E por falar em segurança, a palavra que melhor descreve é precariedade. Poucos veículos possuem adaptações de acesso e assentos reservados para pessoas com deficiência. Inúmeros assaltos e “arrastões” têm ocorrido em vários veículos coletivos. As câmeras instaladas em vários de-

les não funcionam, o que favorece a impunidade para os assaltantes que sempre levam o dinheiro do “motorista-cobrador” e dos passageiros. Esses são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos cidadãos dependentes de transporte público na cidade. Há outros pormenores que eu nem citei aqui, mas o mencionado com certeza mostra o quanto deve ser corrigido e feito para o atendimento digno às pessoas que dependem diariamente dessa forma de locomoção. Há muito a ser cobrado dos responsáveis por esta situação. Porém, o que precisa ser revisto não é somente a atitude dos mesmos, mas também do povo que utiliza o serviço de transporte público. Mas pelo andar da carruagem, essa realidade irá durar muito tempo até que medidas cabíveis sejam tomadas. Enquanto isto não acontece cabe a população cobrar seus direitos. Trata-se de dignidade, de respeito, do direito de ir e vir com o mínimo de condições de segurança, pontualidade e conforto. Ou seja, não falo da necessidade de melhorias porque o que falta é o básico. Por Marcos Morais


”Eu vou juntar uma ruma de nordestinos para defender a cultura nordestina” Bráulio Bessa


ENTREVISTA | 17

O Luiz Gonzaga da Internet Bráulio Bessa, natural da pequena cidade de Alto Santo, no interior do Ceará, é a prova viva que o nordestino veste a camisa da sua região e carrega no peito o orgulho da terra que nasceu. Por Geovanna Teixeira

O velho Lula, Rei do Baião ficou conhecido no Brasil e no exterior por levar a cultura do Nordeste por onde andou. Muita coisa mudou do tempo de Luiz Gonzaga até hoje, mas o que prevalece no nordestino – e isso ninguém tira – é o sentimento de orgulho de onde nasceu. Com a fala mansa e sotaque carregado, o nordestino arretado Bráulio Bessa Uchôa, transformou sua trajetória na defesa da cultura regional nas redes sociais, em palestras contando em forma de causos a sua história desde criança no Ceará. Hoje é um empreendedor nas mídias sociais e uma das 30 pessoas mais influentes na internet no Brasil. A página no Facebook, Nação Nordestina, tem mais de 1 milhão de seguires e 20 milhões de pessoas alcançadas por mês. Seu criador conversou com exclusividade com a Revista Viral sobre o maior movimento nordestino no mundo da internet. Viral: Quem é Bráulio Bessa Uchôa? Bráulio: Sou um caboclo sonhador, do interiorzinho do Ceará, que foi contra o “não” que a vida deu desde sempre. Quando digo que sou do interior, gosto de destacar muito a minha cidade, Alto Santo, por ser uma cidade pequenininha e de lá eu ter conseguido remar contra a maré e criar o que é hoje o maior movimento virtual em defesa da cultura nordestina no planeta. Isso diz muito a respeito dessa força, tanto da tecnologia, das mídias sociais sendo usado pelo bem, e muito pela criatividade, do empreendedorismo que o nordestino tem por natureza.


Viral: De onde veio a ideia de criar a página e o site com caráter exclusivamente nordestino? Bráulio: Eu sempre fui muito apaixonado pela cultura nordestina, me envolvi com teatro, música e tudo que eu fazia tinha referências ao Nordeste. Como eu também era um menino que sabia “bulir” em computador e estava na época que aconteceu uma série de preconceitos contra o povo nordestino, eu olhando aquilo na televisão e nos jornais e então foi aí que me revoltei e pensei “alguém tem que fazer alguma coisa” e eu criei. Sem grandes pretensões, não tinha a menor noção do que iria se tornar o que somos hoje, 1 milhão de fãs, 20 milhões de alcance por mês. De certa forma, eu fui pego de surpresa, mas foi justamente assim, me sentindo revoltado e querendo defender o povo nordestino que a Nação Nordestina surgiu. Viral: Você falou que foi pego de surpresa com a proporção mundial que o Nação Nordestina tomou, qual foi o real momento que se deu conta de tudo isso? Bráulio: Quando fui convidado para palestrar pela primeira vez, até então eu estava atrás do computador, fazendo o meu trabalho bem feito e com dedicação. Já era destaque em jornais, revistas, mas eu senti que as pessoas ainda não me conheciam de verdade e quando eu tive a oportunidade de palestrar para 800 pessoas, olhando no olho de cada uma delas, contando a minha história, sendo aplaudido de pé e sendo avaliado como a 3º melhor palestra em um evento que reuniu 20 palestrantes top do Brasil. Neste momento eu tive duas certezas, quem o meu trabalho era bem feito e que eu tinha o dom de falar com as pessoas e contar a minha história. Viral: Vivemos uma época altamente tecnológica, moderna e empreender nas mídias digitais é a bola da vez, conta um pouco da sua experiência nesse ramo. Bráulio: É primeiro um grande desafio e a quebra de paradigmas. Algumas pessoas acham que empreender só pode acontecer nos grandes centros, com grandes agências de publicidade. Até hoje, quem não conhece o criador da Nação Nordestina, acha que o que está lá é um trabalho feito por uma equipe, uma agência, um jornal da capital. Essa questão de empreender nas mídias sociais, de uma cidadezinha já foi um grande desafio. Eu vou mostrar que isso aqui (o Nação Nordestina) que veio para revolucionar o mundo é para romper barreiras. Viral: Como é conhecer o Brasil através do seu projeto? Bráulio: Bom e cansativo, estou há 10 dias fora de casa. Nesta turnê palestrando com o SEBRAE pela Paraíba. Com saudade da família, da esposa. Estou até preocupado, deixei uma mulher bonita sozinha lá em Alto Santo (risos). É muito gratificante você ver o seu trabalho sendo reconhecido em cada canto onde fomos passando.

Viral: Qual foi a coisa mais marcante que o Nação Nordestina te trouxe? Bráulio: Esse momento mais marcante, que por sinal eu nem conto na minha palestra, foi quando estávamos chegando a meio milhão de seguidores e um grupo de hackers roubaram a nossa página e ela foi tirada do ar. Nesse dia foi de muito desespero para mim, depois de um ano de trabalho. Pensei que a página tinha sido excluída, tentei recorrer através do Facebook Brasil e até que uma equipe de publici-


dade de Fortaleza descobriu que a página de fato foi hackeada, negociaram com os hackers, contaram que era um trabalho social, feito por uma pessoa honesta e eles devolveram no outro dia. Viral: Você encontrou alguma dificuldade na sua caminhada para defender o Nordeste? Bráulio: Até hoje eu sou atacado pessoalmente por preconceituosos. Às vezes quando as pessoas descobrem quem faz o Nação Nordestina, me mandam mensagem de preconceito. Já fui até ameaçado de morte, mas isso ai é coisa de quem só tem coragem por internet. Costumo falar que a internet hoje também é uma grande fábrica de corardes, qualquer um cria um perfil falso, começam a denigrir a imagem das pessoas, ameaçam. Viral: Sabemos que muitas pessoas que acompanham a página são nordestinos que moram fora e sentem saudades da sua terra. O que acha da interação com as pessoas que te mandam fotos, vídeos, textos e relatos sobre o Nordeste? Bráulio: É a essência da coisa. Nas minhas palestras eu falo que quando fui criar o Nação Nordestina, eu não pensei só em mim e disse ”Eu vou juntar uma ruma de nordestinos para defen-

der a cultura nordestina” e isso aconteceu de verdade. A página hoje é muito colaborativa, um milhão de cabeças pesam melhor do que uma. Um milhão de pessoas que todos os dias me enviam dicas, não tenho como está antenado em tudo que acontece no Nordeste. Se um nordestino, por exemplo, for destaque na Espanha na área da engenharia, alguém me manda para publicar. Muita coisa que tem na página eu recebo das pessoas, faço um trabalho de seleção, mas a página é muito colaborativa. Eu acho que isso é o mais gratificante, a página é feito pelos fãs do Nação Nordestina, eu sou apenas o cara de dirige o “pau-de-arara”. Viral: Para finalizar, gostaríamos que você deixasse um recado para quem já sofreu preconceito por ser nordestino. Bráulio: Se você já sofreu algum tipo de preconceito, que tenha de certa forma lhe magoado, mostre a força, não revide, faça como eu, mostre o que o Nordeste tem de melhor. Eu tive a ideia de criar uma página, e tive a sorte que ela explodiu no Brasil todo, mas você carregue mais seu sotaque quando alguém falar que o seu sotaque é feio, mostre que tem personalidade. Ser nordestino não é vergonhoso, é sinônimo de personalidade forte.


A calç a a camis a

QUEM

A

jeans e tipo polo :

DISPEN

SA?

maioria dos homens, comprovadamente, opta pela praticidade na hora de escolher qual traje usar. Passaram-se anos, e os costumes relacionados à indumentária masculina mudaram, por exemplo, dos anos 20 aos 40 os homens usavam ternos, cartolas, e relógios de bolso. Nos anos 80, as camisas com botões, as calças folgadas (ainda influência dos anos 70 e da Hippie Wave), e – para alguns – as camisetas. Nos anos 90, predominou a influências das estrelas cinematográficas, e das street band, como Black Street Boys (quem não lembra de Nick com aquelas calças folgadas, camisas apertadas, e cabelos loiros escorridos no rosto?), mas tal influência não durou muito tempo, pois a realidade de muitos usuários destoava do estilo de indumentária adotada. Esse público adotou roupas mais práticas e versáteis que o permitissem estar de acordo com mais de um ambiente: escola e trabalho, por exemplo. Foi nesse contexto que se deu início do uso da camisa polo e calça jeans e desde o início dos anos 2000 o parzinho “Polo&Jeans” ganhou notoriedade e passou a fazer parte do armário de grande parte do público masculino. Nem sempre um homem tem tempo, (e é tão programado) quanto uma mulher quando há um evento

Foto: Reprodução/Divulgação


MODA | 21

na agenda. Além disso, a beleza, o charme, a elegância, e (acreditem) a sensualidade agregados ao look tornam-se decisivos na escolha. Sobre usar camisa polo e calça jeans, Lucio Alves, estudante de Direito da Universidade Estadual da Paraíba, afirma “Eu acho mais formal, você pode ir para qualquer lugar, tanto a um local mais fino quanto a um mais esporte. É mais cômodo e mais prático, também.” E reitera: “Por ser um look mais elegante, o seu ego se amacia mais. Quanto às meninas, eu não posso afirmar com certeza, mas acredito que elas olham.” Ele fala isso entre risos. Perguntando sobre a importância de ter esse tipo de roupa do armário. Lucio fala, “É importante, pois hoje em dia, nós estudantes, estamos ora numa sala de aula, ora no mercado de trabalho. Então você se comportar e se portar com elegância é fundamental, isso reflete também na roupa.” Percebe-se nesse público específico, a tendência minimalista. As poucas variações de estilo de peças, mas a grande variedade das roupas do mesmo estilo garante para os usuários uma gama de possibilidades para a escolha da combinação. Podendo, assim, engajar-se em diferentes ambientes. A blogueira, consultora, e professora do curso de produção de moda do SENAI, Lydia Soares, afirma: “Ba-

sicamente não há restrições de ambiente. É claro que você não vai a um casamento, nem a uma formatura. Mas ambientes descontraídos como barzinhos, pizzarias, recepções, festas de aniversário, e baladas, o look está liberado. Sim! Algumas profissões também dão essa liberdade, como publicitários.” Como eles são felizes, não? Perguntamos a Lydia sobre as combinações de cores, se há algum biotipo para o uso do traje composto por camisa pólo e calça jeans e para a consultora: “Não se deve mais haver preocupações com combinações de cores, cinto e sapato da mesma cor, não! Esqueçam isso! Tons claros, tons escuros. Tanto faz. É claro que tem de ter o cuidado por conta do período do dia, mas tirando isso, tudo bem com as cores. Quanto ao biótipo, deve-se apenas ter o cuidado de comprar a roupa correspondente ao tamanho do corpo, fora isso, todos usam: gordos, magros, altos, baixos. Everybody!”. Já dizia Coco Chanel, “A simplicidade ocupa o nível mais alto de sofisticação”, acho que é nisso, mesmo sem saber, que os usuários de camisa polo e calça jeans se apegam. Você fica bonito, elegante, sensual, em todos os lugares. Por um mundo com mais calça jeans e camisa polo! Por Alfredo Albuquerque


Receita da Viral Rocambole de carne e mandioca

Foto: Mauro Holanda

Ingredientes - 4 cebolas em rodelas finas; - colheres (sopa) de manteiga; - 1 kg de carne moída; - Sal, páprica picante e pimenta a gosto; - 4 dentes de alho amassados; - 300 g de mandioca ralada grossa; - 1 colher (sopa) de alecrim picado; - 1 cenoura ralada grosso. Molho - 1 pimentão vermelho; - 2 colheres (sopa) de azeite; - 1 colher (sopa) de farinha de trigo; - 1 xícara (chá) de leite; - Sal a gosto.

Modo de preparo Doure a cebola na manteiga. Reserve. Tempere a carne com o sal, a páprica, a pimenta e o alho. Em uma folha grande de papel-manteiga untado, espalhe a carne. Faça uma camada com a mandioca misturada com o alecrim e a cebola. Polvilhe a cenoura ralada e, com a ajuda do papel-manteiga, enrole a carne como um rocambole. Feche bem o papel e coloque-o em uma assadeira. Leve ao forno médio por 30 minutos. Retire do forno e remova o papel com cuidado. Pincele o rocambole com o caldo da assadeira e asse durante mais 15 minutos. Reserve. Molho: Numa panela, cozinhe o pimentão com o azeite por 12 minutos. Junte a farinha dissolvida no leite e, sem parar de mexer, cozinhe até engrossar ligeiramente. Passe para o liquidificador e bata bem. Coe, tempere com o sal e sirva com o rocambole. Uma delícia! Fonte: M de Mulher


ANÚNCIO | 23

A revista que se espalha feito VÍRUS.


DIVERSIDADE NA PALMA DA MÃO

H

oje em dia é comum ver que as pessoas passam cada vez mais tempo manuseando seus celulares, existe sempre um atrativo que as permitem passar um tempinho olhando diversos aplicativos. Passou o tempo que apenas os jogos tomavam a atenção de quem utilizava os aparelhos de telefonia móvel para diversão, além de fazer as tradicionais ligações. Os aplicativos são geralmente encontrados de forma gratuita, o que colabora ainda mais para sua rápida expansão. Com a popularização dos celulares com tecnologias Android e Ios, os aplicativos tomaram conta do mundo e começaram a fazer parte da vida das pessoas. Existem aplicativos das mais diversas utilidades, lembretes para tomar água, tirar e editar fotos, chamar táxis, auxiliar nos exercícios na academia, encontrar um paquera no mesmo lugar onde você frequenta, saber qual o horário que o seu ônibus passa, e acreditem, até a bíblia tem sua versão em forma de aplicativo. Conheça agora alguns dos aplicativos mais baixados e úteis para você ter em seu celular, seja com a tecnologia Android, Windows ou Ios.

PRINCIPAIS APLICATIVOS FACEBOOK É claro que a maior rede social do mundo também tem uma versão em aplicativo. Postar no face já faz parte do dia a dia das pessoas, e como o celular é quase uma parte do corpo, postar no face pelo celu lar é bem mais prático, por diversas vezes.

WHATSAPP Pagar por sms? Com o Whats app basta apenas uma conexão com a internet. Este é sem sombra de dúvidas o aplicativo de mensagens instantâneas mais baixado no mundo. Por que o “whats” é tão famoso? Além do fator econômico, contribui a interface simples e por oferecer ao usuário a troca de mensagens de forma rápida e com a possibilidade de enviar vídeos e fotos além dos áudios gravados.


APLICATIVOS | 25

WAZE

INSTAGRAM

Waze é um dos maiores aplicativos de trânsito e navegação do mundo baseado em uma comunidade. Com este aplicativo o usuário fica sabendo sobre a existência de blitz, onde ocorreu acidentes, quais pontos de engarrafamento entre informações através de dicas e postagens de pessoas que também estão conectadas no Waze.

YOUTUBE

O site de vídeos mais acessado do mundo e hoje a maior plataforma de difusão de ideias e pensamentos na internet, também possui sua versão para smartphones. Nem sempre sobra tempo de passar o vídeo feito no celular para o computador, para só assim postar no Youtube. A versão em aplicativo ajuda quem quer agilidade para postar vídeos. Inovações são constantes na sua interface na versão mobile, deixando ainda mais simples e objetivo.

Com mais de 200 milhões de usuários, o Insta como é popularmente conhecido, é sem dúvidas o maior aplicativo de fotos do mundo. Através do app é possível compartilhar fotos e vídeo em tempo real, basta apenas uma conexão com a internet. Com interface limpa e de fácil compreensão, o instagram é o queridinho das celebridades e de pessoas comum pelo mundo a fora.

FOURSQUARE

Quem nunca viu um amigo fazer “check-in”? Com mais de 25 milhões de usuários, o Fousquare é uma rede social que também se rendeu aos aplicativos, mas continua seguindo a mesma linha inicial. Ao divulgar sua localização, o usuário pode encontrar amigos que estão próximos a ele, compartilhar opiniões e fotos sobre os lugares frequentados, além de acumular medalhas simbólicas para o ranking de visitas.


Foto: Aline Calisto


Especial Rainha da Borborema 150 anos


Um amor, quatro patas

V

ocê já se imaginou passando a maior parte da sua vida abandonado à própria sorte, vagando pelas ruas frias de uma cidade, com fome e frio, propenso a todos os tipos de maus tratos, doenças e outras mazelas desse mundo cruel? Suponho que não. Acredito que poucas são as pessoas que perdem (ou ganham) alguns minutos pensando e se colocando no lugar do outro. E quando esse outro é um ser que sequer pode se defender contra esses males? Essa é a triste realidade de milhares de animais que habitam as ruas, por não ter outra opção. Por terem sido abandonados. Abandono, indiferença e doenças são apenas uma parte da realidade que esses pobres anjos das ruas enfrentam. No Brasil, embora não haja uma estatística oficial, o número de animais simplesmente “jogados fora”, abandonados à própria sorte pode chegar a 20 milhões. Vinte milhões de vidas negligenciadas, vidas como a minha e a sua, que precisam de amor, atenção, cuidado e proteção. Felizmente, ainda existe esperança para mudar, ou pelo menos tentar mudar essa história. São iniciativas de pessoas como as que compõem a instituição A4 (Associação dos Amigos dos Animais Abandonados), que nos fazem perceber que nem tudo está perdido, e é possível reacender a chama da fé na humanidade. Com o intuito de resgatar animais das ruas, denunciar maus tratos e procurar novos donos para eles, a instituição completa 10 anos de história de muita dedicação, trabalho árduo, compaixão e amor. A instituição abriga, hoje, mais de du-

zentos animais, sendo 100 cães e 100 gatos. Todos resgatados, agora cuidados e alimentados. Todos são vira-lata. Uma equipe de voluntários e funcionários trabalha diariamente para proporcionar bem-estar aos animais. A equipe é composta por Anderson Lins, presidente da associação; Dra. Shirley, vice-presidente e veterinária; Dra. Rafaela, veterinária atuante há um mês. Conta ainda com o apoio do Dr. Barbosa, da clínica Pronto Cão para as castrações dos animais, e de voluntários, como a senhora Cleomar de Oliveira, 47, voluntária desde a fundação da A4, que empenha todos os seus esforços para dar uma vida mais digna aos amigos de quatro patas. Segundo ela, a situação que os bichinhos chegam ao abrigo é deplorável. Problemas de pele, infecções, desnutrição, são alguns dos problemas dos animais resgatados. Ao chegarem ao abrigo, recebem o tratamento veterinário devido (inclusive castração), comida e um lugar pra ficar. O objetivo inicial é recuperar a saúde do cão ou gato e depois encaminhá-lo à adoção. A A4 promove eventos para angariação de fundos e todo dinheiro é convertido para a manutenção e funcionamento do abrigo. Feiras de adoção, shows musicais, movimentos de rua para vacinação, campanhas de conscientização e movimentos contra maus tratos são apenas alguns deles. A instituição sobrevive de doações, não possui fins lucrativos e nem parceria com a prefeitura da cidade (não por falta de interesse da parte da A4). Devido às condições financeiras, o abrigo não comporta mais animais. Não há mais espaço, o foco agora é conseguir um lar responsável para os que já estão lá, para dar oportunidade a outros. Por Thaíse Ariadne


Quem vê raça, não vê coração Se você pode mudar a história de um animal carente, por que não fazer isso? Uma coisa que muito chama a atenção é o “comércio” de animais. Pessoas pagando por uma vida, enquanto milhares de outras são ignoradas. Animais não são mercadorias, não são objetos, muito menos um artefato decorativo. Eles têm sentimento. Sentem dor, tristeza e alegria, adotar um animal é recuperar uma vida literalmente jogada fora. Mas por que ainda existem pessoas que compram animais quando podem adotar? Por pura ignorância e preconceito. Segundo a voluntária Cleomar, as pes-

soas chegam ao abrigo procurando “cães e gatos de raça” (isso mesmo, esse absurdo que você acaba de ler). Ela alega que já tem animais que moram há anos no abrigo, por falta de interesse das pessoas em adotá-los. Além do preconceito com a raça, tem o fator idade do animal. Ninguém quer adotar um animal adulto, pois pensa que não terá controle sobre ele. Adotar um animal é adotar um amigo. Não se paga por um amigo, nem se escolhe um pela raça ou pedigree, você sabe que ele é seu amigo pela companhia, pela fidelidade, pelo afeto e a dedicação que estima a você. Um bichinho de estimação só quer uma chance de proporcionar a você tudo isso.


Cenário musical campinense: perspectiva e realidade

Tem-se a ideia de cenário musical bem sucedido a partir de sua vertente já consolidada. Pergunte a um campinense tradicional, por exemplo, se há música em Campina Grande e ele muito provavelmente dirá que sim. Citará grandes nomes do forró de outrora ou mesmo nomes de destaque regional imediato. Compreensível, se entendido de forma superficial. Não é exclusividade da cidade que novos artistas se acomodem a um gênero respeitado, para que mesmo alheio ao seu talento, já seja taxado como grande nome na música. Ainda assim, há artistas talentosos que buscam espaço no cenário underground por ter estrutura nova e, por estranhamento do público massivo. No entanto, boas intenções não bastam. Ainda que acostumados às estruturas precárias, é fundamental que exista o mínimo apoio. Para que nos palcos surja o novo, o público tem papel essencial, mas constata-se que, o publico é pouco exigente ou mesmo desinteressado. Sintoma disso é o cenário alternativo campinense que hoje é representado por bandas covers. Já os eventos apresentam um único forma-

to com tributos e homenagens, muitas vezes fazendo com que artistas talentosos e de grande potencial o façam para conseguir sobreviver de sua música, pois precisam tocar o que o público quer ou, na verdade, se acostumou a ouvir. Como exceção, há bandas que lançam suas obras com envolto original, de fato interessadas em compartilhar e desenvolver seu projeto artístico, mas que, na verdade, usam a música como pano de fundo para uma busca por premiações e imagem bem adornada. Como campanha publicitária, perfeito, mas música, como arte, é outra coisa. Por tais razões, artistas autorais emergentes dispostos a desenvolver sua música perdem espaço ou mesmo não chegam a ter. Apesar disso, solução há. Para uma análise da realidade do cenário alternativo campinense, a Revista VIRAL convidou o músico Thayslan Costa, autor do projeto True and Hate, para uma conversa esclarecedora com quem vive tais dificuldades. Aqui, Thayslan mostra que apesar da situação atual desanimadora, há perspectiva para os que de fato querem apresentar música nova em sua cidade.


MÚSICA | 31

Entrevista com Thayslan Costa Viral: O que acha do cenário musical autoral emergente em Campina Grande? Thayslan Costa: Péssimo, música autoral não tem espaço na cidade, o maior sucesso que saiu daqui foi o Cabruêra, mas de 10 anos pra cá algumas bandas se aventuraram e não conseguiram êxito. A Hijack tem um CD fantástico, mesmo assim eles tocam três ou quatro músicas autorais num set de 20 músicas no show, o Fernando Ventura teve um clipe interessante, mas não aproveitou, o Igor di Cavalcanti tem o melhor trabalho autoral daqui, mesmo assim nunca tive chance de ir a um show dele, e eu estou citando os bons, porque tem muito material ruim por aí. Aqui na cidade se você tocar um set apenas de música autoral é só questão de tempo das pessoas que assistem ao show saírem da casa de show pra beber no meio da Se você faz música rua, fora o fato de não existirem mais casas autoral, e é campide shows de respeito nense, você paga pra em Campina Grande. Se você faz músi- tocar na sua cidade.” ca autoral, e é campi- – Thayslan Costa nense, você paga pra tocar na sua cidade. Mas a culpa é mais do público que está mal acostumado, músicos bem intencionados não faltam. Viral: Você disse que o público está mal acostumado, mal acostumado por quem? Se houvesse maior apoio de quem organiza eventos na cidade isso poderia mudar? Thayslan: Pelas bandas de qualidade daqui, desde o começo dos anos 2000, eles só tocavam covers, então quando havia shows as pessoas já sabiam o que esperar, eu não tiro minha parte nessa história, a maioria das bandas que toquei até 2009 pensavam desse jeito. Quem organiza eventos na cidade são: a secretaria de cultura e empresários, a secretaria de cultura pode chamar vários músicos bons autorais daqui, mas os headliners de eventos são sempre de fora, mas mesmo assim os eventos ligados à

prefeitura são, há bastante tempo, os que mais dão chance de músicos autorais de vários estilos se apresentarem em Campina Grande, já os empresários querem lucrar, então 150 pessoas pagam $ 7 pra ver uma banda cover, mas pelo mesmo valor só 40 pagam pra ver uma autoral, dá pra ver quem eles vão chamar. Digo isso por vivência própria, como músico que já tocou covers e autorais. Viral: E quanto às bandas que tocam covers, vê nelas alguma responsabilidade pelo que acontece ou acha que encaram apenas como uma forma de “sobrevivência” e, pela falta de espaço, são inibidas a desenvolver efetivamente sua música? Thayslan: As bandas que tocam cover, o fazem por hobby não pra sobreviver, fazem o que querem, e se o mercado pede pra tocar cover, elas tocam, mas eu não concordo com essa atitude, algumas bandas já estão mudando isso. Eu vou citar uma banda de metal, se bem que não é muito justo, pois o público de metal é muito fiel e diferente do público geral, a Warcused toca músicas autorais e tá prestes a sair em tour, e é campinense, mas o cenário do metal campinense é outra história. Viral: Pensa que falta iniciativa para o início da alguma um cenário concreto na cidade? Thayslan: Falta iniciativa das bandas já estabelecidas, as novas, algumas estão aí tentando, se bem que ultimamente tá difícil pra qualquer um tocar em Campina Grande. Viral: Consegue enxergar alguma solução a longo prazo ou perspectiva para o cenário da cidade? Thayslan: Sim, claro, quando os empresários resolverem investir em casas de show de qualidade, com som de qualidade onde as bandas não precisem pagar pra tocar, sejam respeitadas e haja espaço igual para todos os estilos de música tanto autorais quanto covers. Resumindo, está na mão dos empresários, dinheiro e influência movem praticamente todos os aspectos da sociedade, não seria diferente com a música. Por: Matheus Rodrigues


Campina Grande tem lugares para ir!

Foto: Cacio Murilo

Campina Grande, lugar onde os tropeiros passavam e aqui encontraram um lugar de repouso. Logo, com a intensa passagem desses forasteiros foram surgindo algumas feiras, esses negociantes precisavam de um lugar próximo para dormir e assim começou o surgi-

mento da Rainha da Borborema. Hoje, ela continua a crescer e chamar a atenção de todos, por seu grande desenvolvimento, pelo seu polo tecnológico, por ainda trazer marcas da cultura do algodão e por ter pré requisitos para ser a Capital da Paraíba (nos faltou apenas uma praia). Além

disso, várias franquias e empresas imobiliárias tem se instalado na cidade e voltado os seus olhos para investimentos futuros aqui. Muitos avanços e mudanças estão por vir, mas queremos mostrar o que já temos. Campina Grande tem sim, lugares para ir, comer, rir e ser feliz.

SEJA TEATRAL! Sabemos que nem todos tem o bom costume de ir ao teatro, mas e se fosse para assistir uma comédia? O Teatro Severino Cabral, costumeiramente, traz alguns grupos de “Stand-Up” para o teatro, conhecido muito por trazer “Os infames”. E nesse mês de maio, dia 31, tem muganga, eles estão voltando e comemorando três anos de muito riso. Outra atração que passou pelo Teatro foi Tiago Iorc, que esteve pela primeira vez em Campina Grande no dia 24 de maio de 2014. Cantor conhecido internacionalmente e já fez shows em lugares como Canadá, Nova Iorque, Coreia do Sul, Austin, etc. O show fez parte de sua turnê pelo Brasil divulgando seu novo álbum, Zeski. SEJA GASTRONÔMICO! Se for pensar em comer, opção não falta, temos uma grande variedade quando o assunto é gastronômico. Desde o sanduíche da esquina até algumas renomadas franquias/ empresas. A comida chinesa/japonesa também já encontrou seu espaço aqui e pode ser visitada em alguns pontos da cidade. Alguns restaurantes também trazem seu diferencial, alguns com covers, músicas, outros com um ambiente baseado em filmes ou com uma decoração mais rústica ou mais nordestina. Tem para todos os gostos, vale a pena conhecer ou procurar um lugar novo para experimentar no próximo final de semana.


SEJA CULTURAL! Passar por Campina e não visitar esses locais é impossível, e para quem mora aqui: quem nunca tirou uma foto brincando com Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga? Ou tirou uma foto com os três tropeiros? Se não tirou ou nunca visitou, vem conosco no Circuito Açude Velho. O al

circuito é baseado com para tirar fotos com alguns

→ Ele inicia-se no Açude Velho, já dá para tirar umas fotos bacanas, a combinação do açude com as árvores resulta em uma composição bela para fotos.

quatro pontos ao redor do açude velho, idecartões postais da cidade e para fazer uma caminhada.

banquinho de bronze entre Jackson e Gonzagão e posam para fotografias com as esculturas dos dois mestres, o rei do baião e o rei do ritmo. (Fonte: Josélio Carneiro | Blog)

→ Tropeiros da Borborema Os tropeiros da Borborema sintetizaram a coragem inaudita do povo interiorano em vencer barreira, razão pela qual a imortalidade

→ Museu de Arte Popular da Paraíba O Museu, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, adorna as margens do Açude Velho. Com sua obra concluída, a Instituição UEPB vem empreendendo esforços para a → Esculturas de Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga

A obra de arte esculpida em bronze é de autoria de Joaz Pereira Passos e desde 2003 está fincada às margens do açude velho em Campina Grande. É, desde então, mais um cartão-postal da cidade. Campinenses e turistas sentam no

formação do seu acervo, que acolherá trabalhos de artesãos populares e prestará uma homenagem aos mais talentosos artistas da música nordestina, a exemplo de Sivuca, Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga. A ideia é que cada uma das três estruturas circulares, que remetem a enormes pandeiros, exponha um determinado gênero de arte. (Fonte: Site da UEPB)

suscitada na eterna composição de Asfora e Cavalcanti tem a característica de ser oportuna e pioneira na homenagem aos grandes seres humanos que hoje estão representados em monumento em Campina Grande. (Fonte: CG retalhos | Blog) → E, por fim, uma descansadinha ao ar livre no Parque da Criança.


Campina Grande tem lugares para ir! SEJA MUSICUTURAL! E, porque não, aliar um pouco de Cultura nordestina com uma boa música? Tem como? Tem sim, e a Vila do Artesão soube aliar esses dois itens muito bem. A vila do artesão é um ambiente super agradável, com pessoas receptivas e em cada chalé podemos apreciar um pouco do que nosso Nordeste tem a oferecer em artesanatos, artes, peças de algodão colorido, bijuterias e infinitas variedades. E, todo sábado tem apresentação na praça de alimentação, seja samba, forró, pop, frevo, sempre tem! Você pode comer ou admirar os chalés, escutando música boa com artistas da região. Nos outros dias, também tem músicas ambiente variadas. SEJA ALTERNATIVO! A indicação deste item é: O bar do Tenebra. Segundo Valbério ferreira, “O Bar do Tenebra é um ambiente descontraído, onde se encontram pessoas das mais diversas tribos. O local é conhecido pela música de qualidade e pelo publico que é bastante seleto, formado principalmente por universitários e pessoas que seguem uma cultura mais alternativa. As noites de Campina Grande tem local garantido.” “Dica: A cerveja mais gelada da cidade!” “Bom para: Ir com amigos, Cerveja, Paquerar, Gastar pouco” Também é uma opção a Rose Cachaçaria que tem algumas atrações além de ser conhecida como a melhor Cachaçaria da Cidade. Com 150 diferentes tipos das melhores receitas de cachaça da Região. Para ter uma noção, o Jogador Hulk quando está em CG sempre passa por lá. SEJA DIVERTIDO! Que tal assistir um filme no Shopping Partage? (Lembrando que há projetos de se instalarem outros cinemas aqui, oremos!!) Ou, então, jogar boliche com seus amigos? Chamar a galera e fazer um piquenique? Dizem que a melhor rede social ainda é uma roda de amigos, aproveite seu tempo e faça algo com seus amigos. Até chamar todo mundo para a sua casa, fazer uma pipoca e assistir um filme é válido. Há quanto tempo você fez isso? SEJA INTELECTUAL! Uma boa opção para este item são as cafeterias, lugares onde se pode ler um bom livro com um café bem quentinho. Existem algumas cafeterias por aqui bem conceituadas e interessantes, até umas para um público mais específico em seus livros e conteúdo, vale a pena procurar a mais perto de você.

Por Aline Calisto


FUTEBOL | 35

Bate papo com o Campinense Dudu Medeiros Por Geovanna Teixeira

Dizem que santo de casa não faz milagre, mas nem sempre essa máxima pode ser levada ao pé da letra. Eduardo da Silva Medeiros Filho, o Dudu Medeiros, mostra o contrário. Filho de Campina Grande, o jogador de 21 anos vem desenvolvendo um trabalho marcado por agilidade no Campinense Clube. Em geral, as entrevistas com jogadores de futebol são sempre as mesmas perguntas com as mesmas respostas engessadas, dessa vez foi diferente. Recuperando-se de uma lesão no tornozelo, o jogador recebeu a equipe de reportagem da Revista Viral após uma sessão de fisioterapia. Dudu estava “tranquilo” e confiante. Sentado, o Meia mostrou um sorriso tímido entre uma pergunta e outra no bate papo super descontraído. Uma conversa franca sobre sua carreira como jogador de futebol e suas metas pessoais e profissionais para o futuro. Revista Viral: Sempre pensou em ser jogador de futebol? Dudu Medeiros: Desde pequeno eu sempre tive esse sonho, jogando futsal aqui em Campina Grande eu comecei como bolsista no CERC e disputando os campeonatos locais. Fui criando gosto e, graças a Deus, estou no caminho certo. Viral: Quando criança pensou em defender as cores de algum clube de campina? Dudu: Sim, inclusive eu estava revendo uma matéria minha de quando eu era novinho, e me perguntaram qual o clube que eu queria defender no futuro e respondi que era o Campinense. Hoje estou realizando este sonho. Viral: Qual o seu ídolo dentro de campo? Dudu: Eu não tenho grandes ídolos, eu admiro alguns jogadores. Não só dentro de campo, mas fora também, o Kaká. Viral: E fora das quatro linhas, quem é a sua maior referência de ética e postura? Dudu: Não só porque recentemente falaram bastante nos 20 anos da morte dele, e mesmo sem ter acompanhado ele na época, eu sempre li e vi as coisas que ele fez. Ayrton Senna pra mim é um ídolo.

Viral:

Quando

você

teve

a

cer-

teza que seria um jogador de futebol? Dudu: Quando eu assinei o meu primeiro contrato profissional, aos 16 anos, no Internacional. Os times grandes do Brasil, geralmente assinam com o atleta quando ele completa os 16 anos e foi aí que eu disse que realmente queria seguir o meu futuro. Viral: Então foi no Internacional onde tudo começou? Dudu: O contrato profissional foi no Inter, mas a minha estreia como atleta profissional foi aqui no Campinense Clube em 2013. tória

Viral: até

Qual foi chegar

a ao

tua trajeCampinense?


Dudu: Na minha base eu passei pelo Santos sar 8 anos fora de casa, longe da minha família. (2006/2007) – Campinense (2007) Belenense – Portugal (2008) – Internacional-RS (2008 à 2011) – Fluminense Viral: Quais os planos de Dudu Me(2011) – Sport Recife (2012) – Campinense (2013-2014) deiros para o futuro profissionalmente? Viral: Qual foi o momento mais importante da sua carreira? Dudu: Com certeza foi o clássico contra o Treze. Viramos o jogo nos minutos finais e eu pude participar do lance segundo gol. Foi um momento fenomenal! Viral: Já pensou em desistir? Dudu: Várias vezes, o jogador que falar que não pensou em desistir alguma vez, é mentiroso. Acho que todos já passaram por momentos difíceis, claro que pen- sei em desistir, mas fiquei com a vontade de ultrapassar os obstáculos e é sempre nisso que eu tento me apegar. Viral: Comenta uma situação curiosa que você viveu no futebol. Dudu: Tem várias, uma situação que hoje é engraçada, mas que no momento foi difícil. Quando eu morava em Santos, os meus pais sempre iriam me visitar com meus irmão. Eu tinha 13, 14 anos e sempre quando eles iam embora, eu chorava pedindo para voltar. Graças a Deus os meus Dudu: Eu primeiramente penso em focar no pais me apoiaram muito e hoje estou no caminho certo. meu trabalho aqui no Campinense, conseguir a classificação para a Série D, que é o nosso maior ob Viral: Qual o momen- jetivo. Consequentemente tentar o título aqui e to mais “mágico” que você vivenciou? mais para frente, quem sabe, ter vôos mais altos. Dudu: Foi o meu primeiro gol pelo Campinense Clube, na minha estreia em 2013, contra o Nacional de Patos. Viral: E na vida pessoal? Dudu: Eu quero construir uma família, ca Viral: Qual a sensação de atu- sar, ter filhos e me instabilizar financeiramente. ar em um Clássico dos Maiorais? Ser um cara tranquilo, valorizar esse lado da vida. Dudu: Todo mundo me perguntava se eu estava ansioso, mas eu falava que não. Eu realmente estava muito Viral: Tem alguma mensagem pra dimotivado e confiante para fazer uma boa partida caso eu en- zer a quem também quer ser jogador de futebol? trasse. O Professor Freitas me deu a oportunidade de entrar Dudu: Eu acho que a grande maioria dos hoe foi uma coisa maravilhosa, jogar um clássico e na sua terra. mens sonha em ser jogador de futebol. Muita gente fala que é difícil, que é complicado, mas o impor Viral: Qual o melhor e o pior de ser jogador de futebol? tante é não dar bola para isso. Sempre focar no que Dudu: A melhor parte para mim é fa- realmente quer, fazer com que aconteça, pular os obszer o que eu gosto, eu amo jogar futebol e é uma táculos que tiver e agarrar todas as chances que tiver. coisa realmente prazerosa. A pior parte foi pas-

Claro que pensei em desistir, mas fiquei com vontade de ultrapassar os obstáculos e é sempre nisso que eu tento me apegar.

Santos (2006/2007)

Belenense Portugal (2008)

Campinense (2007)

Campinense (2013 - 2014)

Fluminense (2011)

Internacional - RS (2008-2011)

Sport Recife (2012)


Construir para desenvolver: Uma Campina que cresce a cada dia.

negócios | 37

Andando pelas diversas ruas de Campina Grande, percebe-se as cores e as diversidades de casas, os bem estruturados condomínios e os enormes e diversos edifícios. Novas construções vão surgindo na cidade, muitas ainda no papel, em fase de planejamento, e outras marrons, a cor da fase do acabamento. Seguindo o ritmo do intenso crescimento imobiliário pelo qual passa o Brasil, a Rainha da Borborema vive um momento de auge na dinâmica desse setor. E esse acelerado crescimento pode ser verificado no aumento do número de corretores de imóveis, de 106 registrados em 2007, o número atualmente já ultrapassa 550 profissionais atuantes no mercado local. Passando por um relativo crescimento econômico, Campina Grande tem aproveitado bem a política de habitação oferecida pelo governo através da criação de marcos regulatório e da lei n º 11.124, que têm impulsionado a criação de programas como o “Minha Casa, minha vida” e gerado vários projetos por todo o país, promovendo assim um crescimento espantoso na dinâmica do mercado de imóveis. Através dessa lei e ao contrário do que muitas pessoas pensam, os bancos foram forçados pelo atual governo a investirem em torno de 50% da sua captação de poupança. “Quando se vê bancos investindo em crédito imobiliário, não é porque os bancos são bonzinhos, na realidade isso foi uma lei que obriga eles a fazerem isso”, afirma Garibaldi Porto, corretor de imóveis e atual delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), órgão público federal que fiscaliza o trabalho dos corretores imobiliários da região. Com o mercado em alta, os imóveis estão sendo construídos e vendidos numa velocidade impres-

sionante a uma clientela cada vez mais jovem. O perfil dos clientes que financiam imóveis pelo programa “Minha Casa Minha Vida” são geralmente de pessoas jovens que estão cursando a graduação e ingressando no mercado de trabalho “tive a realização do sonho da casa própria” afirma Emerson Alves, estudante de enfermagem e auxiliar de serviços gerais na Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (CESED). Apesar de haver certo equilíbrio na demanda de casas e apartamentos, os últimos têm sido mais procurados. Aspectos como o status, a segurança e principalmente a contemplação são os principais motivos que levam várias pessoas a preferirem a compra de apartamentos. “Há a questão da contemplação, ou seja, a vista. Campina tem um relevo que não é muito regular, então, observa-se que há as partes altas da cidade em que há a contemplação por serem voltadas para o nascente, são as partes que mais têm prédios.” afirma Garibaldi Porto. Bairros como o Mirante, a Prata e o Catolé são os mais procurados e consequentemente os mais valorizados, principalmente por possuírem pontos comerciais como shopping, grandes escolas e clínicas, fato que têm dinamizado e valorizado esses bairros. Outras localidades como o Alto Branco e o Jardim Tavares também estão em constante alta nos preços devido à localização privilegiada que possuem. O principal fator para o crescimento e estabilidade no mercado imobiliário nacional e campinense se deve a implantação de uma polí-

tica sólida e rigorosa no processo de financiamento de imóveis. Algumas medidas dos programas governamentais federais garantem crédito imobiliário e longos prazos para pagamento, aliados a uma longa e cuidadosa fiscalização no registro das cartas de crédito, no qual cada detalhe em relação à renda, à poupança e pendências bancárias são cuidadosamente analisados pelos bancos que promovem as transações imobiliárias. Qualquer pendência financeira ou documental tem como consequência a não comprovação da carta de crédito, e com isso, a impossibilidade da venda e compra de um imóvel. Com isso, a possibilidade de grandes endividamentos e futuro declínio no mercado imobiliário do país se torna remota. Ao que parece, esse boom no mercado de imóveis tende a se estabilizar e manter-se sob controle por um bom tempo. Novas construções vão surgindo, sendo vendidas antes mesmo de serem finalizadas; novas pessoas vão adquirindo o seu imóvel e realizando o sonho da casa própria. E a cada dia Campina Grande se constrói, se renova e cresce a passos largos em pouco tempo. Por Marcos Morais


Como olhamos Campina


ENSAIO | 39

#CampinaLinda #EnsaioLindo #SomosViral

#NãotrocomeuOXENTEpeloOKdeninguém


Instagram geoteixeira

geoteixeira O velho amigĂŁo mesmo passando por problemas e respirando por aparelhos, ainda ĂŠ palco de grande alegrias para os campinenses. #


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marcosmorais Dia de neblina na Rainha da Borborema #chuva #rain #uepb #Campinalinda


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thaiseariadne Calif贸rnia? Campina!


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linecaliisto Campina Grande tรก bonita, tรก mudada (8) Uma visรฃo atualizada da Maciel Pinheiro #CampinaOntem #CampinaHoje


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matheusrodrigues Um mundo atrás do postão: A Campina que você nunca viu. #openyoureyes


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eduardophilippe A linda Campina Grande em contraste com a natureza! #CampinaGrande #beautiful #sky


150 anos de realeza no Planalto da Borborema

N

ão é todo dia que uma rainha completa 150 anos. Pois é, esse ano a Rainha da Borborema faz aniversário, um século e meio de história. Campina Grande, Princesa Paraibana, parabéns! Quem é que chega em 150 anos com todo vigor? Quem é que comporta o Maior São João do Mundo? Campina Grande consegue brincando. A cidade tem um povo hospitaleiro, acolhedor, e isso a levou a ser escolhida como a melhor cidade para descansar, pois por aqui passavam tropeiros, comerciantes e viajantes que saíam do oeste em direção ao litoral paraibano. O tempo passou, e tudo na cidade mudou: a Matriz virou Catedral, a Vila virou munícipio, o Açude Novo virou Velho. Na cidade tudo cresceu, Campina virou adulta, ela agora é menina-mulher. Desde o processo de municipalização, a Rainha da Borborema destacou-se em vários aspectos: a hospitalidade, desenvolvimento tecnológico, e nos festejos, aí sim, ela supera qualquer outra cidade no período junino. O Maior São João do Mundo está aqui! É filho dessa terra, mas ainda não é hora de falar de festa. Seu caráter comercial, desde o “Largo do Comércio Novo”, primeiro nome dado ao prédio do mercado, fez com que a cidade, com mais alguns motivos (citados e ainda a citar) fosse eleita a 6ª cidade mais dinâmica do Brasil, pelo jornal Gazeta Mercantil. Sim! Não posso esquecer. Ela também foi eleita uma das 20 metrópoles brasileiras do futuro. Podemos falar dos acontecimentos? Claro que podemos! Campina Grande já foi terra de Beatles! É, isso mesmo! a Rainha do Agreste já foi chamada de “Liverpool brasileira” por causa da grande

produção algodoeira: chegou a ser considerada no inicio do século XX, a segunda maior produtora de algodão do mundo, perdendo apenas para Liverpool na Inglaterra. Por conta desse adendo, a cidade ganhou, no ano de 1907, um trem. Na verdade uma viação ferroviária, a Great Western Brasil. Atualmente, o prédio, localizado no bairro da Estação Velha, sedia o Museu da História e Tecnologia do Algodão. Com seu caráter receptivo, rapidamente se tornou a cidade da diversão. Era preciso acolher bem seus visitantes. Quem nunca ouviu falar em Zefa Tributino? E Carminha Vilar, você sabe quem são? Essas célebres pessoas eram as donas do Cassino Eldorado: uma luxuosa casa de diversão masculina, palco de grandes espetáculos de dança. O Cassino chegou a receber companhias de dança russa, francesa, espanhola, e de outras nacionalidades. Mudando de assunto... Eu acho que se Bill Gates, Steve Jobs, fossem brasileiros, eles teriam nascido em Campina Grande. Nunca pensou nisso? Analisa! Campina Grande detém o maior polo tecnológico da América Latina. Aqui tem desenvolvimento de software, funcionários do Google, investimento em biotecnologia, e – em 2001 – a revista americana Newsweek apontou a cidade como uma das referências de centro tecnológico no mundo. Ficando no mesmo nível de cidades dos Estados Unidos e do Canadá. É, minha pequena Campina, você cresceu. Conseguiu, pouco-a-pouco, estabelecer o seu reinado, a “boneca do agreste” enfeita e dá vida ao cenário paraibano. Campina Grande, nascer do teu “ventre” é o que enche o meu coração de orgulho. Amo-te Por Alfredo Alburquerque


nossa cidade | 47

Um pouco da nossa história A

história de Campina iniciou-se com os índios (Cariris e Ariús) que já ocupavam a grande campina antes dos tropeiros, mas foi com a chegada desses viajantes que a população cresceu. Foi ao redor do Riacho das Piabas (Atual Açude Velho) que começou os pequenos povoados, eles prosperaram tanto que, mais tarde, em 11 de outubro de 1864, seriam declarados como Cidade. CURIOSIDADE Você sabia que apesar de ser conhecida por todos na região e, por citações cartográficas como Campina Grande, oficialmente éramos a Vila Nova da Rainha? E foi como Vila Nova da Rainha que Campina Grande teve participações indiretas em três importantes revoluções durante o regime imperial português: Revolução Pernambucana, Confederação do Equador e Revolução Praieira, o que rendeu a figura das três espadas estampadas na Bandeira Oficial de Campina Grande. Fonte: Retalhos Históricos de Campina Grande

Em 1907, o prefeito Cristiano Lauritzen, implantou o terminal férreo em Campina Grande que promoveu um enorme progresso para a Cidade. Foi o auge da economia local, com base na cultura algodoeira. Até a década de 1940, Campina era o segundo maior exportador de algodão do mundo, perdendo apenas para Liverpool, na Inglaterra. Mas, alguns fatores não contribuíram para que esse título prevalecesse, como: - Ausência de um porto para grandes navios na Paraíba; - A praga do bicudo;

- O barateio do preço do algodão produzido em São Paulo; - A chegada de empresas estrangeiras. E, assim a economia com base no algodão foi decaindo, embora que ainda hoje o algodão traz lucros para a Cidade por estar sempre se reinventando, a exemplo o algodão colorido. • Campina Colorida A Cidade que teve uma ligação tão forte com o Algodão não podia deixar para traz esse marco da sua história. Hoje, Campina é conhecida, inclusive internacionalmente, por sua reinvenção do algodão, através de muitos estudos a Embrapa conseguiu mudar a cor do algodão geneticamente. Os artesões e empresas tem se apropriado desse algodão e transformado em um produto comercial: roupas, colares, bolsas, bonecas, entre outros. Tudo é utilizado, tudo tem sua finalidade. É comum em feiras de artesanatos encontrar produtos provenientes do algodão colorido, por exemplo: A Vila do Artesão. • Campina High Tech Desde a década de 60, Campina Grande mostrou traços de uma cidade com um potencial tecnológico enorme. Foi a nossa cidade que recebeu o primeiro computador do Nordeste, comprado por US$ 500.000, pela Escola Politécnica que, hoje, é Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A Revista Época em 2010 noticiou esse fato contando um pouco do processo para a compra do primeiro IBM (Computador pessoal) e ainda acrescenta: “Famosa por organizar uma das maiores festas de São João do país, Campina Grande é


WW

hoje um oásis de prosperidade. Não exatamente pela tradição junina, mas pela tecnologia. Citada pela revista americana Newsweek como um dos mais promissores pólos tecnológicos do mundo, a cidade paraibana abriga dezenas de indústrias de informática e eletrônica e tem Produto Interno Bruto per capita duas vezes superior à média nordestina.” Não há dúvidas do potencial dos estudantes e pesquisadores quando o assunto é tecnologia. Ter ganhado o título de Cidade High Tech Nordestina não foi à toa. Constantemente, estudantes da UFCG são convidados para trabalhar em empresas renomadas como a Nokia e Google, essas empresas também encomendam softwares e programas produzidos direto na cidade. Outros estudantes tem a oportunidade de estudar e se aprimorar no exterior na produção e desenvolvimento de tecnologia. A cidade conta com, aproximadamente, 76 empresas produtoras de softwares, responsáveis pela exportação de tecnologia.

FOTO: Divulgação FONTE: Site da UFCG

• Campina Forrozeira No que diz respeito a eventos culturais, a cidade ganha destaca nacional, ou até mundial, no mês de junho, sediando os festejos de São João, que acontecem durante todo o mês, evento conhecido como “O Maior São João do Mundo”. O evento teve sua primeira edição realizada em 1983 pelo então prefeito Ronaldo Cunha Lima, o evento foi o primeiro a projetar Campina Grande em nível nacional. Realizado no parque do povo e, de acordo com estatísticas, O Maior São João do Mundo recebe anualmente cerca de um milhão de pessoas de todos os lugares do Brasil e até de outros países. A estrutura da festa inclui barracas para degustação de comidas e bebidas, palhoças nas quais se podem dançar o autêntico forró ao som de trios regionais, feira de artesanato, apresentação de quadrilhas e um palco onde se apresentam grandes estrelas da música nacional. E, claro, tocando, dançando e encantando no ritmo do forró. • Campina 150 anos É visível o crescimento pelo qual nossa cidade vem alcançando dia após dia em diversos aspectos. São 150 anos de história. Cidade de povo guerreiro, povo dedicado e desempenhado no desenvolvimento da Cidade. E como diria nosso querido Jackson do Pandeiro: “Alô Alô minha Campina Grande quem te viu e quem te vê não te conhece mais. Campina grande ta bonita, ta mudada, muito bem organizada, cheia de cartaz. Recebe turista o ano inteirinho ao seu visitante trata com carinho. Quem vai a Campina, pede pra ficar”. Parabéns, Campina Grande! Por Aline Calisto


#CampinaLinda #Campina 150anos

Foto: Reprodução/Divulgação

#NãotrocomeuOXENTEpelookdeninguém


A revista que se espalha feito VĂ?RUS.


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