Revista Vida e Natureza Ed. 168

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Raça Crioula Lageana Tesouro genético selecionado pela natureza. Páginas 4 e 5

Potencial para criação de truta

Javalis seguem aterrorizando

Opção pela energia solar

Serra é o lugar ideal para a produção do peixe

Pouco está sendo feito para conter a invasão

O sistema fotovoltaico está em pleno crescimento

Páginas 10 e 11

Páginas 14 e 15

Página 16

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“Adotando o meio ambiente por inteiro”

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Edição 169 - Novembro - R$ 11,00

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Edição 169 | Ano 09 Lages, Santa Catarina - Brasil Capa: Divulgação

Índice 4 E 5 | CRIOULA LAGEANA – A HISTÓRIA DE UMA RAÇA Opção de carne a consumidores de gostos seletos

Expediente Contato Rua: Presidente Roosevelt, 344 Centro – CEP: 88.504 – 020 Lages – Santa Catarina Fone: (49) 9148-4045 E-mail: vidaenatureza@brturbo.com.br www.vidaenatureza.com.br Diretor Geral Paulo Chagas Vargas

6 | CUIDADO: ÁRVORES PELO CAMINHO Perigo eminente às margens de rodovias

7 | O PERIGO DAS INTOXICAÇÕES Imagens realistas de alerta nos rótulos

Consultoria Ambiental Bióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas Jornalista Responsável Betina Pinto - Reg. SC 01940 - JP Diagramação e Projeto Gráfico Revista Vida & Natureza Caroline Colombo A. Costa Tiragem e Impressão 2.000 exemplares Gráfica Sul Oeste / Concórdia

10 - 11 | A VEZ DA PRODUÇÃO DE TRUTA Criação do peixe como fonte de renda

12 | JOVENS PROTETORES AMBIENTAIS Crianças aprendem a cuidar da natureza “A Revista Vida & Natureza circula onde você nem imagina. Mas o importante é que ela sempre está onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mãos”.

Visão

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14 - 15 | JAVALIS: PROLIFERAÇÃO SEM CONTROLE Campo vive o horror dos ataques dos animais

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17 | ÁGUA DO CARAHÁ MONITORADA Estudo vai apontar nível de contaminação

“Ser um meio de comunicação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a consciência na preservação da Natureza”.

Missão “Fazer com que todos tenham oportunidade de obter informações envolvendo o meio ambiente e atingir a consciência futura”.


PALAVRA DO EDITOR

ESTA SEMPRE FOI A MINHA TESE

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enho falado muito sobre a necessidade de fazer amplo uso da comunicação em prol das necessidades do meio ambiente. Porém, talvez e infelizmente, ainda não há interesse pelo assunto. Nesse caso, recentemente, em São Paulo foi realizado o VI Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, e, na ocasião, houve quem defendesse a ideia de fazer o jornalismo ambiental incomodar. A ideia foi dita pelo jornalista André Trigueiro - editor-chefe do programa Cidades e Soluções da Globo News.

Para ele, um dos grandes problemas do jornalismo ambiental é que, ao nos subordinarmos à lógica da mídia comercial, não integramos as dimensões socioambientais. Só que há um nexo indissolúvel entre água, energia, meio ambiente, alimento e inclusão sócio-produtiva e esta é a condição sinequanon do tema só poder ser abordado em conjunto. Uma sociedade sustentável exige/impõe transversalidade, interdependência, compreensão sistêmica, correlação entre as diversas dimensões determinantes de uma dada situação sustentável ou insustentável. É isso que a Natureza tem procurado nos ensinar. Portanto, é preciso concordar com André. O momento é propício para que nós do jornalismo ambiental mostremos às pessoas que há contexto e conexão entre a crise civilizatória que temos vivido e a ignorância em relação às ciências da vida e às teorias da sustentabilidade, as quais podem servir de alicerce a outro tipo de sociedade. Somos um dos principais agentes de condução, sensibilização e conscientização de uma cultura da sustentabilidade, de uma superestrutura que reconhece as relações causais entre os desastres ambientais. Porque é assim que a Mãe Natureza ensina seus filhos: conversando, sensibilizando, para depois conscientizar.

Paulo Chagas

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Conforme ele é preciso fazer jus! A mídia tem tratado, sim, das questões ambientais e, hoje, muito mais que 10 anos atrás. Elas, de fato, têm estado mais presentes no dia a dia e informado mais e melhor acerca das mudanças climáticas e seus impactos. Impactos não apenas no Planeta, mas acima de tudo, sobre a espécie humana. No entanto, como já vimos, na maioria das vezes, a questão ambiental fica no viés da perspectiva econômica, já que o tratamento dado a ela é quase sempre dentro da lógica tradicional da mídia, que obedece ao imperativo do interesse capitalista. Esta é a dimensão menos digna com a qual a questão ambiental pode ser tratada.

A mudança necessária para acabar com esta visão passa por uma mudança cultural profunda. E como consenso da maioria dos profissionais da área, chegamos ao segundo desafio: se não houver mudança na superestrutura, não haverá mudança na infraestrutura. Ou seja, não há possibilidade de uma mudança radical se não houver uma transformação radical da nossa cultura e da nossa visão de mundo.

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Raça Crioula Lageana obtém novas conquistas

FOTOS DIVULGAÇÃO

• A raça Crioula Nativa Aspada tem chamado atenção em virtude de suas características diferenciadas tais como, pelas aspas longas, e que chegam atingir mais de 80 polegadas entre uma e outra. A história dos animais é muito interessante.

Edison Martins, a cada edição da Expolages, têm animais premiados

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raça nativa denominada de Crioula Lageana teve origem na Península Ibérica, e foi trazida para o Brasil, em 1500 por colonizadores portugueses e espanhóis. Mais tarde, os jesuítas tiveram forte influência na introdução dos animais em Santa Catarina, promovendo a maior tropeada de gado da história para o Planalto Catarinense, quando trouxeram cerca de 80 mil cabeças. Assim, até hoje, a raça sobrevive, atraindo atenção de criadores em

todo o mundo. No território nacional existem pouco mais de três mil animais espalhados pelos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Desse montante, a maior fatia, 85% está em solo catarinense. As Associações de Criadores estão determinadas em se aprofundarem no conhecimento da raça e nas qualidades dela. Pelo menos três características são tidas como importantes: a resistência à tristeza

parasitária transmitida pelo carrapato; a qualidade da carne, tida como extremamente suculenta com alto grau de marmoreio, e por ser muito macia. “Essas qualidades foram, inclusive, comprovadas cientificamente através de pesquisas feita pela Embrapa de Brasília e pela Universidade de Rio Grande (RS), no Centro de Técnicas de Alimentos”, afirma o secretário executivo da Associação de Criadores da Raça Crioula, de SC, Edison Martins.


Projeto Bife Qualis

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raça, ao longo dos últimos anos tem obtido algumas novas conquistas, principalmente a partir da criação da Associação em Santa Catarina, em outubro de 2003. Entre elas, o fato de ter sido incluída no Projeto Bife Qualis, que atua na constante avaliação do cruzamento das raças brasileiras, além da qualidade da carne, observada partir dos cruzamentos, especialmente com as raças zebuínas. Além disso, a forma de trabalho passou a constar

no Registro Genealógico, homologado pelo Ministério da Agricultura, cuja sede da Instituição Executiva, para o registro da raça no Brasil, está em Lages (SC), e ainda, o fato de a marca Crioula Lageana, estar agora registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). “A partir dessas estruturas o foco agora é construir a cadeia da carne, hoje produzida em pequena escala e distribuída em âmbito restrito”, salienta Edison.

Critérios de criação

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s crioulos lageanos são de fácil adaptação, em qualquer sistema de criação, seja no campo ou confinado. No entanto, aqueles que vão para o frigorífico são criados predominantemente no pasto. Os criadores seguem critérios que valorizam o bem estar animal; a qualidade ambiental e a segurança alimentar. O abate é considerado precoce, com a média de 2 a 3 anos. Atualmente, a grande preocupação de

parte do criador, é organizar o processo de terminação fazendo com que haja a diferenciação comprovada da carne junto ao frigorífico, exatamente para que os animais nativos não sejam abatidos numa vala comum em meio a todas as raças. “Buscamos esta diferenciação, pois, apenas 300 cabeças seguem para a terminação por ano, e o consumidor tem o direito de saber o que está consumindo”, coloca Edison Martins.

Curio sidades

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raça Crioula Lageana, e que tem realmente chamado atenção de criadores de todo o mundo, possui algumas características curiosas, como por exemplo, as aspas grandes. Em alguns casos atingindo mais de 80 polegadas de uma para a outra. Também alta precocidade na primeira cria, e longevidade na recria. As vacas conseguem emprenhar com até 22 anos de idade. Por fim, as peles são bastante disputadas para a confecção de tapetes, alcançando altos valores no mercado consumidor.

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Árvores da faixa de domínio da BR 282 serão removidas DIVULGAÇÃO

• A retirada das árvores das margens da estrada diminui o risco de colisões graves de veículos

Autoridades decidiram pela retirada das árvores e tornar a estrada mais segura

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ntegrantes de diversos órgãos públicos estiveram reunidos recentemente na Procuradoria da República em Lages para tratar da questão das árvores que crescem nas margens da Rodovia BR 282, e que, especialmente em períodos de chuvas e que causam riscos ao tráfego. Segundo o entendimento do DNIT e da Polícia Rodoviária Federal, além do risco de queda de galhos e das próprias árvores sobre a pista e veículos, especialmente em dias de chuva intensa, a presença de árvores na faixa de domínio pode fazer com que a saída de pis-

ta de um veículo, por exemplo, seja fatal se com elas colidir. No ano de 2010, acordo semelhante viabilizou a retirada das árvores que povoavam a faixa de domínio da rodovia no território do município de Bom Retiro. Desta vez o acordo prevê a retirada de árvores que estão nos trechos correspondentes aos municípios de Bocaina do Sul e Lages. As respectivas prefeituras municipais ficam com a obrigação de, por licitação, escolher uma madeireira que fará o trabalho de corte, transporte e beneficiamento, mediante

apropriação de um percentual a título de remuneração pelo trabalho. O resultado líquido será utilizado pelas prefeituras em projetos sociais ou ambientais, com a devida prestação de contas ao DNIT, o qual, apoiado pelo policiamento, acompanhará, fiscalizará e garantirá a segurança dos trabalhos. Participam do acordo de trabalho o Ministério Público Federal, DNIT, Prefeitura de Lages (Seplan, Progem, Meio Ambiente, Defesa Civil), Prefeitura de Bocaina do Sul, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.


Comissão aprova projeto que alerta sobre risco de agrotóxicos • Estudos do IBGE apontam que há 16 milhões de trabalhadores envolvidos com atividades agropecuárias no país

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“a intenção é alertar quem adquire a fim de terem cuidado redobrado no manuseio de pesticidas, compostos que causam 220 mil mortes todos os anos em vários países, conforme pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS)”.

Projeto da deputada Carmen Zanotto torna obrigatório nos rótulos de produtos com agrotóxicos o uso de imagens realistas reforçando o quanto eles são prejudiciais à saúde

Atividades Agropecuárias

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studos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2006, calculam que há 16 milhões de trabalhadores envolvidos com atividades agropecuárias no país. Um segmento populoso exposto ao contato e eventuais intoxicações pelos agrotóxicos.“Não são apenas os agricultores os ameaçados, pessoas que moram no campo e na cidade também estão sujeitas a esse contato com os pesticidas”, destaca Carmen Zanotto. A parlamentar defende, por esse motivo, o investimento em educação para evitar acidentes, contaminações e mortes.

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O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos, desde 2008. Dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) apontam que entre 2007 e 2011 os casos de intoxicações por pesticidas no país cresceram 126%. No mesmo período, acidentes de trabalho não fatais em razão das mesmas substâncias aumentaram 67,4%.

DIVULGAÇÃO

Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, aprovou recentemente, o projeto de autoria da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), PL 49/2015, que torna obrigatório nos rótulos de produtos com agrotóxicos o uso de imagens realistas reforçando o quanto eles são prejudiciais à saúde. Intoxicações por agrotóxicos representam um grave problema de saúde pública, no Brasil e em outros países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 20 mil pessoas morrem anualmente vítimas dessa intoxicação. A maior parte, 14 mil, em países do terceiro mundo. No Brasil estima-se que são cinco mil os óbitos. De acordo com a deputada federal, argumenta:

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DE OLHO NO AMBIENTE

Cidade Verde

Parque Natural

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esde que foi criado o projeto Vida e Natureza, há mais de nove anos, defendo a ideia de ter o Parque Natural João José Teodoro da Costa Neto, de Lages, com um ponto referencial de turismo ecológico. As administrações vão se sucedendo e nenhuma consegue fazer do lugar um espaço seguro e habitado por turistas amantes da natureza. Este ano, a vez que essa possibilidade mais se aproximou com os cuidados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a partir da construção da sede administrativa do Parque, no bairro São Paulo. Mesmo assim, ainda não conseguiu atingir o objetivo, por completo. O Parque Natural é um patrimônio público de Lages, possuindo 2,3 milhões de metros quadrados, mais de oito mil araucárias – uma área onde foram encontradas mais de 200 espécies de pássaros e que serve de abrigo natural para animais, entre eles o bugio (ameaçado de extinção). DIVULGAÇÃO

ancei o desafio para que a Assembleia Legislativa institua o reconhecimento à ou às cidades verdes em Santa Catarina. A proposta é premiar com incentivos por parte do Governo as cidades que investem e realmente trabalham pela melhor qualidade de vida possível da população, preservando o meio ambiente. Não só isso. Mas também investindo na educação ambiental, em saneamento básico, no plantio de árvores, no cuidado com a água, entre outras ações possíveis que possam estabelecer critérios da escolha. A partir disso, outros municípios poderiam ser estimulados a também receberem o título de “Cidade Verde”, desde que também investissem em ações ambientais. O projeto é simples. Já repassei a ideia por escrito ao deputado Gabriel Ribeiro, mas não houve nenhum avanço. Talvez o tema não tenha relevância. Em outros estados, isso já acontece.

É proibido

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POLÍCIA AMBIENTAL

or mais que a Legislação não permita, impressiona o número de pessoas que ainda insistem em aprisionar pássaros silvestres. As ocorrências se multiplicam na Serra Catarinense. São rotineiras as notícias de autuações em flagrante pela Polícia Militar Ambiental, recolhendo inúmeras gaiolas com aves silvestres, mantidas em cativeiro. O que impressiona, é que entre essas aves estão também algumas ameaçadas de extinção, caso do papagaio Charão. As atividades ilegais também se estendem aos que criam galos de rinha, inclusive, com rinhadeiros. Os animais são criados em condições precárias e preparados para brigas. Segundo os polícias as aves sempre apresentam sinais de maus-tratos.

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Papagaio charão ameaçado de extinção entre as aves apreendidas

Estudantes, às vezes, fazem visitas de estudo ao Parque Natural

Instituto

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m dos grandes projetos, mais ainda um sonho, é a criação do Instituto Vida e Natureza. A partir dele propostas simples a serem implementadas, tais como, a criação de um recanto de proteção de animais silvestres impossibilitados de serem reintegrados à natureza. Neste lugar, estudantes teriam oportunidade de conhecer algumas das espécies nativas, além é claro, de dar uma vida digna a esses animais. Além disso, a criação de um espaço para atendimento veterinário adequado. Criar ainda um horto, capaz de produzir inúmeras espécies de mudas de árvores nativas e proliferar a distribuição por toda a cidade. Há ainda outras ideias. Acho que está na hora de começar a pensar em transformar o sonho em realidade. O estatuto já está pronto.



Natureza serrana é favorável à produção de truta Clima serrano e águas límpidas estimulam a produção de truta na Serra Catarinense. A indústria também é fator do aumento na criação do peixe.

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partir da organização dos produtores, com a criação da Associação Catarinense de Truticultores (Acatruta), o peixe passou a ser referencial na produção, especialmente na Região Serrana, reforçado ainda pela instalação da fábrica de peixes (Belo Peixes), em Lages. A Serra é um território muito rico em potencial para a produção de trutas, essencialmente pela qualidade da água (cristalina, fundos característicos com pedregulhos, e com temperaturas que raramente ultrapassam o limite de 24º C. Com características favoráveis à criação do peixe o potencial de produção atualmente está efetivado em torno de 250 toneladas/ano. Porém, tem condições de expansão e chegar a mais de 5 mil toneladas ao ano.

“Independente da altitude em que se

encontra isso tudo, a região proporciona um potencial imensurável de produção em nível de estado”, ressalta o criador e técnico Nelson Beretta. A maior produção hoje esta concentrada na Região Serrana, especialmente nos municípios de Lages, Urubici, Bocaina do Sul e Painel, com destaque para estes dois últimos municípios. Também fazem parte da estatística produções em todos os 18 municípios da Associação dos Municípios da Serra Catarinense (Amures) e outros pontos com potencial, à margem esquerda da BR 116, sentido Curitiba a Porto Alegre em direção à Serra Geral. “Nesses locais os produtores participam com pequenos projetos que precisam ser contabilizados pela estatística”, reforça Beretta.

Em Santa Catarina, a EPAGRI tem em seus registros, 68 produtores, distribuídos em 32 municípios do estado. Porém sabe-se que já existem bem mais. São pessoas que fizeram por conta própria os seus projetos e estão produzindo, pouco, mas produzem. Há dificuldade em mensurar um número exato, sem um trabalho sólido e dispendioso de levantamento. O fato é que, na Serra Catarinense estão cadastrados apenas 12 produtores, os quais contribuem com aproximadamente 250 toneladas. Já a produção de todo o Estado, o número se aproxima de 950 toneladas ano. “Caso alguém queira produzir a truta, deve procurar um técnico especializado, para fazer uma avaliação do local pretendido, onde o profissional dirá se é viável ou não a sua implantação, pois, vários fatores físico-químicos da água devem ser observados, para não se ter frustração de produção”, conclui Nelson Beretta.


PORTAL MOSCA N’ÁGUA

Sobre a Truta

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truta é um peixe da família do salmão. A variedade Arco-Íris é originária das águas puras dos rios das montanhas da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e Alaska). Na América do Sul adaptou-se bem nos Andes e nas serras brasileiras, onde foi introduzida em 1949, com ovos trazidos da Dinamarca. São encontradas nas serras de São Paulo, Minas Gerais,

Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É um peixe de escamas; alongado e um pouco comprimido. A coloração do dorso varia do castanho para esverdeado, as laterais são acinzentadas e o ventre esbranquiçado. Apresenta pintas escuras espalhadas pelo corpo e nadadeiras. Alcança até 60 cm de comprimento total e 2kg. Com 30 centímetros e 250 gramas, apresenta

a condição ideal de consistência e sabor para o consumo. Peixe exigente, só atinge o tamanho e o vigor necessário em ambientes saudáveis, com água pura, bem oxigenada, de baixa temperatura (entre 13 e 17 graus C), cristalina e corrente. Por isso a truta é um dos poucos peixes cujo consumo pode ser feito sem o risco de contaminação. É carnívoro e alimenta-se de outros peixes e insetos.

Produção de peixe de água doce

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gorias: o amador, que produz por lazer e faz vendas eventuais, e o profissional, que vende de forma sistemática e regular. Os 26.493 piscicultores amadores catarinenses produziram 15.613 toneladas em 2014. Já os 3.433 profissionais foram responsáveis por 24.709 toneladas, gerando diretamente R$ 182 milhões. No atual levantamento foi possível perceber uma leve tendência dos produtores em entregar os peixes para as indústrias e os abatedouros (35%) em detrimento dos pesque-pague (45%), os principais compradores atacadistas.

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anta Catarina produziu mais de 40 mil toneladas de peixe de água doce em 2014, o que coloca o Estado como o quinto maior produtor do país. Os dados fazem parte do relatório “Desempenho da piscicultura de água doce”, divulgado pelo Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri (Epagri/Cedap). Os números representam um crescimento de mais de 3 mil toneladas em relação a 2013, quando foram produzidas 36.565 toneladas. O levantamento da Epagri classifica os produtores em duas cate-

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Protetores ambientais aprendem mais sobre a fauna DIVULGAÇÃO

• Os alunos recebem inúmeras orientações sobre os animais nativos e como ter atitude diante das necessidades do meio ambiente

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or ser visto como algo que merece cuidado e a atenção o meio ambiente é trabalhado fortemente nas aulas de Protetores Ambientais, desenvolvidas pelo Grupo de Educação Ambiental da 4° Cia de Polícia Militar Ambiental de Lages. Recentemente os alunos de Campo Belo do Sul puderam conhecer e aprender mais sobre a fauna nativa. Segundo o coordenador do Grupo de Educação Ambiental, soldado Ilton Agostini essas atividades ensinam os alunos a preservar a na-

tureza. “Tivemos muitas perguntas durante esta aula relacionadas ao dia a dia destes jovens, e isto mostra o interesse e a preocupação deles com o meio em que estão inseridos”. Agostini explica ainda que nos relatos dos alunos é clara a troca de experiência dentro de casa.

“É gratificante para nós ver que os alunos estão levando as atitudes ambientais para dentro de casa”.

Durante a aula os alunos tiveram orientação sobre as questões legais de manutenção de animal nativo em cativeiro, e ainda sobe quais os impactos ambientais decorrente de crimes desta natureza. Os alunos tiveram acesso há alguns equipamentos apreendidos pela Polícia Ambiental em fiscalizações, entre eles couro e cabeça taxidermizada do Leão Baio, ameaçado de extinção, Tamanduá mirim taxidermizado e um crânio de um veado.


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diretor Sergio Brant, acompanhado do pelo chefe do Parque Nacional de São Joaquim, Paulo Santi, esteve reunido com o Procurador da República Nazareno Wolff para discutir medidas efetivas para a viabilização definitiva do Parque Nacional de São Joaquim. O Parque foi criado em 1961 e até hoje não possui plano de manejo e de visitação, o que vem sendo cobrado pela população e lideranças de Urubici e pelo Ministério Público Federal. Na reunião ficou acertado que a diretoria e a assessoria parlamentar do ICMBio entregarão à Deputada Carmen Zanotto (PPS/SC) um docu-

mento com a posição oficial do órgão pela aprovação definitiva do projeto de lei que define os limites do parque, para que esta possa colher as assinaturas de todos os líderes partidários e solicitar ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha que o projeto seja colocado em pauta e votado pelas lideranças. Sergio comprometeu-se também com o MPF a, assim que o projeto de lei for sancionado, iniciar imediatamente a elaboração do plano de manejo, inclusive definindo o local para a construção de um centro de visitantes adequado e dentro das normas de segurança e ambientais. Além disso,

o ICMBio deverá destinar mais recursos financeiros para a retomada do processo de regularização (compra de áreas) no Parque.

Para 2016 a realização de um trabalho conjunto para a implantação do Parque Nacional do Campo dos Padres

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Chance de viabilizar a visitação ao Parque Nacional de SJ


Javalis aterrorizam serra e oeste de Santa Catarina

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ma população estimada entre 2.000 e 3.000 javalis está atacando propriedades rurais e destruindo plantações nas regiões da serra e do meio oeste de Santa Catarina, causando pesadas perdas aos produtores e criadores. A população está preocupada, pois, além de danificar plantações, os javalis são animais agressivos e significam um risco às pessoas. O problema foi levantado no Seminário Estadual de Líderes Rurais que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) promoveu, durante a Expolages, em Lages.

A maior parte dos javalis habita o entorno do município de Lages, na Serra Catarinense, e o Parque Nacional das Araucárias formado por 12.841 hectares que ocupa parte do território dos municípios de Ponte Serrada e Passos Maia, no meio oeste. Quando o alimento escasseia nesse habitat, esses animais migram para as propriedades rurais dos municípios de Ponte Serrada, Passos Maia, Água Doce, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita, onde atacam as lavouras de milho, hortas e até criatórios de aves e suínos.

PAULO RIBAS-CORREIO DO ESTADO

• Em Campo Belo do Sul segundo levantamento, somente em 2014, somados os prejuízos dos produtores, as perdas ultrapassam de R$ 1,6 milhão. E, neste ano, já dizem que será bem mais

Animais costumam atacar em bandos as plantações de milho deixando rastro de destruição

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presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo disse que a Polícia Militar Ambiental vem sendo chamada para conter a invasão. A maioria dos produtores não está abatendo os animais e prefere chamar a Polícia Militar Ambiental porque, além de uma série de requisitos e procedimentos para o abate, a tarefa é perigosa. Com frequência os javalis matam os cães de caça e investem com ferocidade contra os caçadores, relata o presidente.

A FAESC teme que a situação fuja do controle. Esse problema surgiu em 2010 na região do planalto catarinense, quando, atendendo apelo da Federação da Agricultura, a Secretaria da Agricultura declarou o javali sus scrofa nocivo à agricultura catarinense e autorizou seu abate por tempo indeterminado, objetivando o controle populacional. A decisão está de acordo com a instrução normativa 141/2006 do Ibama que regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna sinantrópica nociva.

PAULO RIBAS-CORREIO DO ESTADO

Necessidade de conter a invasão dos animais

José Zeferino Pedrozo, presidente da FAESC


Espécie exótica

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s javalis que aterrorizam a serra e o meio oeste são da espécie exótica invasora sus scrofa, que provoca elevados prejuízos às lavouras, especialmente de cereais. Vivem em varas (bandos) de até 50 indivíduos. Esses animais selvagens atacam todas as lavouras, principalmente milho, feijão, soja, trigo, pastagens,

etc. e, numa noite, destroem completamente vários hectares de área. Os órgãos ambientais e a Polícia Militar Ambiental orientam que apenas profissionais caçadores registrados e licenciados façam o abate dos animais. “O agricultor terá que procurar um desses profissionais para fazer o abate na sua lavoura e isso implica em burocracia

e em custos adicionais”, reclama o presidente da Faesc. O problema é que existem poucas equipes para o abate de muitos animais. Por outro lado, enquanto a portaria autoriza o uso de armas de fogo dentro das propriedades invadidas, a Polícia Ambiental só permite o uso de tranquilizantes ou armadilhas.

camente graves como a peste suína africana, peste suína clássica e febre aftosa. Por isso, é proibido o consumo da carne dos javalis abatidos. São considerados espécies “exóticas” (portanto, não protegidas por leis ambientais), porque cruzam com porcos domésticos e até outros animais selvagens, como porco de mato,

o que gera filhos conhecidos com “javaporcos”. As fêmeas produzem em média duas ninhadas por ano e uma média de oito filhotes em cada uma. Por isso, o controle se torna difícil. O macho adulto pesa entre 150 e 200 quilos e a fêmea entre 50 e 100 quilos. Os javalis que aterrorizam Santa Catarina vieram do Rio Grande do Sul.

Perdas

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os últimos cinco anos os produtores catarinenses sofrem de forma mais intensa com a ação dos javalis. Os animais atacam as lavouras já a partir do plantio. Além de pisotear a plantação, permanecem no local se alimentando até a maturação do milho. Os javalis podem transmitir doenças economi-

Controle populacional do javali

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vas legais para combater a espécie. “Estamos orientando a população de como realizar o abate. Temos uma preocupação muito grande com a reprodução incontrolada dessa espécie, por isso estamos intensificando nossos encontros, nos aproximando ainda mais dos produtores rurais”, explica o major da 4° Cia de Polícia Ambiental de Lages, Frederick Rambusch.

Caça permitida Quem tiver interesse em abater o animal, que destrói lavouras com sua força, é preciso levar a documentação na Polícia Ambiental com o pedido de abate, descrevendo o local e o nome de um atirador profissional para fazer o serviço. Depois de a polícia permitir o abate, a pessoa precisa levar o documento para a Polícia Federal ou

para o Exército. Somente associados a clubes de caça e tiro levam a documentação para o Exército. Os dois órgãos examinarão a legalidade da arma. Se tudo tiver certo é emitida a guia de transporte definindo o dia e local que a arma pode transitar legalmente. Depois disso, o abate pode ser feito. A Polícia Militar Ambiental ressalta que a carne de javali não pode ser vendida por ser espécie exótica e nem consumida, por se tratar de carne de porco e ter possibilidade de causar risco à saúde humana. A Polícia Ambiental verifica, depois do abate, se a carne foi enterrada no local que foi permitida a caça. Segundo informações da Polícia Ambiental, neste ano 12 permissões foram concedidas, o que representa um número pequeno diante da quantidade de javalis na região.

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s debates e discussões buscando soluções legais sobre o controle populacional do Javali na região da Serra Catarinense têm sido intensificados. A Polícia Ambiental, por meio do Grupo de Educação Ambiental tem orientado moradores da região para tentar controlar a espécie. Em Ponte Alta, recentemente, na sede do Clube Caça eTiro os policiais falaram sobre o histórico de entrada dos animais no país, comportamento, alimentação e reprodução da espécie. Na oportunidade foram abordadas as questões relacionadas ao impacto econômico, ambiental e de saúde pública relacionados a invasão da espécie no Estado. A Polícia Ambiental vê o Javali como um problema muito grave e afirma que a solução é buscar alternati-

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PAINEIS FOTOVOLTAICOS DA EMPRESA SOLARVOLT - MINAS GERAIS/DIVULGAÇÃO

Painel solar: retorno financeiro em cinco anos

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ara 2016, a expectativa é que o setor de energia solar no Brasil cresça até 1.000%. E com relação às preocupações com a sustentabilidade, especialistas lembram que um painel

fotovoltaico gera, em um ano, toda a energia gasta em sua produção. Além disso, 99% dos seus componentes são recicláveis. Com a escassez energética, fazer uso de uma matriz que só depende de um recurso ines-

gotável, a luz solar, significa segurança em um futuro não tão distante. Só em 2014, foram instaladas ao redor do mundo painéis de energia solar suficientes para gerar o equivalente a 50 usinas de Angra 1. A estimativa, feita pelo site Portal Solar (www.portalsolar.com.br), é a prova da popularização dessa matriz energética. Além das vantagens ambientais, o modelo é uma boa opção para o bolso: hoje, já é possível recuperar o investimento da instalação em até cinco anos – e o equipamento dura 25. O retorno financeiro mais rápido é resultado, por um lado, da infraestrutura para captação solar em média 70% mais econômica de 2008 para cá. Por outro, é também reflexo da crise hídrica, que fez a tarifa de luz subir. “Não há perspectivas de que a conta fique mais barata”, afirma Carolina Reis, diretora do Portal Solar. “Pelo contrário, tudo indica um agravamento da crise hídrica e aumento das tarifas.”

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Embalagens vazias de defensivos têm destino adequado

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Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos) destinou de forma ambientalmente correta 747 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas em Santa Catarina de janeiro a setembro deste ano. O número indica um crescimento de 15% em relação ao

mesmo período de 2014. Segundo análise do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), 36.925 toneladas foram destinadas em todo o Brasil no período, valor 6% superior ao resultado do ano passado. Desde o início das operações do Sistema Campo Limpo, em 2002, já foram destinadas mais

de 360 mil toneladas do material. João Cesar M. Rando, diretor-presidente do inpEV, ressalta a eficiência do programa “Num país tão grande como o Brasil, é um desafio realizar a gestão de resíduos sólidos. Temos conseguido desempenhar nossa missão com excelência e hoje somos referência mundial na área. ”


Nível de contaminação das águas do Carahá será monitorado • As coletas, um total de dez, serão realizadas durante um período de dois anos através do CAV/Udesc

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de dez, serão realizadas durante um período de dois anos. Segundo o coordenador do projeto, o professor Everton Skoronski, por estar situado em sua maior parte próximo a áreas povoadas, ao longo de seu percurso o rio Carahá recebe importante parte do esgoto doméstico e industrial da cidade, comprometendo a qualidade de suas águas. Além disso, frente a uma multiplicidade de alterações ambientais, as metodologias tradicionais de classificação de águas, baseadas apenas em características físico-químicas, claramente não são suficientes para a avaliação ecológica do ambiente. Conforme o projeto, faz-se necessário o desenvolvimento e a aplicação de metodologias que integrem

as informações físicas, químicas e biológicas como o biomonitoramento utilizando-se organismos aquáticos como macroinvertebrados bentônicos e, dessa forma, estabelecer medidas de controle e prevenção a agentes poluidores. Com base nesse cenário, o trabalho visa avaliar a qualidade da água, sendo um rio urbano, com a ocupação do seu entorno, afetando assim suas características. “Os dados obtidos serão fundamentais para o monitoramento da qualidade da água rio Carahá, de forma a apresentar um diagnóstico sob o ponto de vista de parâmetros físico-químicos, microbiológicos e biológicos”, destaca a bióloga da Secretaria de Meio Ambiente, Michelle Pelozato. DIVULGAÇÃO

m projeto do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), através do Departamento de Engenharia Ambiental, patrocinado pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente, tem o objetivo de avaliar o nível de contaminação da água do rio Carahá através de análises biológicas e físico-químicas e estabelecer índices de qualidade da água do rio. Os dados serão utilizados como subsídio para a elaboração do plano de gerenciamento da bacia do rio Canoas. Serão selecionados dez pontos de monitoramento ao longo do Carahá, começando pela nascente até a foz com o rio Caveiras, no município de Lages. As coletas, um total

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O rio recebe parte do esgoto doméstico e industrial da cidade, comprometendo a qualidade de suas águas

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VISÃO SUSTENTÁVEL

Projeto de turismo sustentável em SC busca investidores • Objetivo da Raízes e do Núcleo de Associações da Guarda é fortalecer para enfrentar os desafios do turismo e do crescimento desordenado

O Projeto será estruturado em três eixos principais:

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- Fortalecimento Institucional do Núcleo de Associações da Guarda (planejamento e estratégias de gestão; articulação, negociação, formação de lideranças e mais); - Turismo sustentável (mapeamento da oferta e da demanda, desenvolvimento de produtos, preservação da cultura e das tradições locais e mais); - Educação, que inclui empreendedorismo, economia criativa e qualificação para a comunidade local.

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E três eixos transversais: - Comunicação; - Fortalecimento do Capital Social - Valorização da Identidade

e o grupo de mães –, a empresa quer contribuir para o desenvolvimento deste verdadeiro tesouro simbolizado por uma região muito rica, mas que precisa se fortalecer para enfrentar os desafios do turismo e do crescimento desordenado. O objetivo agora é encon-

Queremos resgatar histórias orais, valorizar os saberes e fazeres locais e a memória significativa do lugar, estimulando o turismo cultural e de base comunitária, com ações diferenciadas e complementares aos atrativos naturais especiais existentes no município. Tudo através de reuniões, assistência técnica, workshops, campanhas, uso de metodologias criativas e tecnologias sociais, além de outras ações”, explica uma das sócias e co-fundadoras da Raízes, Mariana Madureira.

trar parceiros para a execução da proposta, que por se tratar de um projeto de sustentabilidade, tem um horizonte de médio prazo. A meta é captar recursos para iniciar as atividades já em março de 2016, depois do grande movimento de verão na Guarda.

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s integrantes do Núcleo de Associações da Guarda do Embau também têm “lição de casa”: a realização de atividades que devem antecipar o projeto. À Raízes cabe a missão de apoiar e monitorar as ações. A Raízes Desenvolvimento Sustentável é uma empresa de impacto positivo que desenvolve projetos nas áreas do turismo, geração de renda e estratégias para entidades sem fins lucrativos, tendo a sustentabilidade como premissa e a criação coletiva como técnica.

Seppia Geração de Conteúdo - Assessoria de Imprensa - www.seppia.com.br DIVULGAÇÃO

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Raízes iniciou um novo projeto de turismo sustentável na Guarda do Embaú, Palhoça, em Santa Catarina. Junto com o Núcleo de Associações da Guarda – formado pelas associações de pescadores, surfistas, barqueiros, moradores




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