Revista Vida Bebê 15ª edição

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www.vidabebe.com.br

Edição de

VERÃO

ANO III N. 15 Dezembro 2012 R$ 6,90

Trânsito

Gravidez e direção

Pediatria

Entendendo as causas do refluxo

Comportamento Se prometer, cumpra

Dicas

Banho: Momento do seu bebê relaxar com segurança

Recebemos o Selo Empresa Cidadã - Parceira da APAE

Veja mais na pág. 6



Editorial “Viver vale a pena, desde que imerso naquilo que é mais profundo na vida, o amor.” Mais um fim de ano e com ele o clima de festas e comemorações, afinal, chegamos até aqui. Leia, aprenda, ensine, creia e ame sempre. Valorize pessoas, lugares, amizades e crenças. E se prometer, cumpra. É assim que começamos mais essa edição, com uma matéria que fala da nossa postura diante de promessas feitas aos filhos. Será que as crianças de hoje são mais inteligentes ou mais estimuladas? No Caderno Especial Vida Mulher, dentre os vários assuntos, destacamos a entrevista com a atriz Raquel Nunes. A importância do diagnóstico precoce no câncer de mama. As consequências do excesso de sal e açúcar para o organismo. E pronto, mais uma edição, carinhosamente repleta de informações para você leitor, saiba que a sua companhia me deixa imensamente grata e feliz. E falando em felicidade... Feliz 2013! Com amor.

Sumário 04 - Se prometer, cumpra 10 - Vitrininha 14 - Editorial de Moda 24 - Crianças mais inteligentes 32 - Obesidade Infantil 36 - Planejando a gravidez 40 - Curtindo as férias 48 - Grávidas no volante 52 - Banho seguro e relaxante 57 - Refluxo 64 - Raquel Nunes no papel de mãe 68 - Gordura localizada 72 - Cuidado com as unhas 74 - Câncer de mama 76 - Menos sal e açúcar 78 - Reprodução assistida

Raquel Penedo Oliveira Editora

Capa

Bárbara Marcelly Paula Miss São Paulo Mirim Veste: Little Foto: Inez Miranda / Adriana Pariz 3


Se prometer, cumpra Juliana Marrara Pomella CRP 06/60650-5 Psicóloga

“Pode deixar que depois eu compro” ou “outro dia eu te levo” ou ainda “quando chegar em casa você vai ver”. Essas são algumas frases clássicas envolvendo promessas feitas pelos pais para resolver os problemas com os filhos de forma imediata. Em geral, esse método é adotado principalmente quando os pequenos nos pegam de surpresa, despreparados ou nervosos. Essas situações geralmente ocorrem em público, no supermercado ou no shopping, por exemplo, e a promessa acaba sendo o último recurso para encerrar um escândalo que muitas vezes as crianças são capazes de protagonizar com seus gritos ou até mesmo rolando no chão. O grande problema, segundo a psicóloga Juliana Marrara, é que na maioria dos casos prometemos algo que sabemos que não iremos cumprir. “Assim, muitas vezes sem perceber, vamos perdendo o respeito dos nossos filhos e, consequentemente, aumentam os comportamentos de birra e teimosia das crianças”, afirma. TIPOS DE PROMESSAS Segundo a especialista, há vários tipos de promessas e é fundamental que os pais saibam diferenciá-las. Nas situações de recompensa, 4

é preciso também distinguir comportamentos de responsabilidade e de favores. “Quando as crianças realizam as atividades escolares, tiram boas notas, arrumam o quarto ou cuidam da higiene pessoal, na verdade estão cumprindo responsabilidades e não precisam ser recompensadas. Na vida adulta não vai ser assim”, explica. Nestes casos, fazer elogios, demonstrando orgulho que sentimos dos nossos filhos pelo bom comportamento, é suficiente. “Agora, quando o filho faz um favor ao pai, como lavar o carro ou engraxar os sapatos, e há o desejo de recompensá-lo, o ideal é realizar esse gesto de imediato, para não deixá-lo ansioso”, orienta. PUNIÇÃO Já nas promessas de punição, Juliana alerta que é fundamental que os pais tomem muito cuidado quando elas são feitas em situações estressantes. “É preciso tomar muito cuidado porque, quando estamos irritados e nervosos, fazemos ameaças que muitas vezes não iremos cumprir. Além disso, podemos ser criticados perante os outros adultos e corremos o risco de perder o respeito dos nossos filhos”, observa. Nessas situações, o aconselhável é que falemos num tom baixo e

firme, sempre próximo a criança e com contato visual intenso. Se a criança não obedecer, utilize punições que você tenha certeza que serão cumpridas, como sentar em um cantinho do “castigo, descanso, dos maus educados”. O ideal, segundo ela, é que a criança permaneça em torno de um minuto por idade. Ainda em relação à punição, outra alternativa é retirar da criança algo que ela goste, mas, por pouco tempo. É importante devolver para que a criança o que foi retirado, como meio de punição, para que ela possa sentir o que perdeu, mesmo que por alguns instantes. “Além disso, nunca é demais reforçar que a punição deve ser aplicada sempre de forma imediata”, reforça. EVITE PROMETER Para a psicóloga, o mais viável, mesmo aparentemente difícil no dia a dia, é evitar as promessas, seja para agradar ou para punir os pequenos. “Quando quiser presentear ou passear com o filho, faça como surpresa e explique o porquê ele esta merecendo. Assim você vai estimular os comportamentos adequados. Da mesma forma aplique o limite, para minimizar os comportamentos inadequados. Isso é possível sem ficar prometendo o tempo todo”, conclui.



APAE entrega Selo Empresa Cidadã O Salão Social do Nosso Clube foi palco da 9ª edição da solenidade de entrega do Selo Empresa Cidadã. Um evento que é a prova de que empresas e cidadãos podem contribuir diretamente para o desenvolvimento social, por meio da condução correta dos negócios e ações sociais. Anualmente, APAE aproveita esta oportunidade para certificar empresas que contribuem com a Entidade de diversas formas como doações, contratação de usuários, entre outras. Ao longo destes nove anos, o selo foi entregue a 94 empresas, recertificadas em 2012 e, outras 16 empresas juntaram-se a este time que ajuda a fazer da APAE de Limeira uma entidade mais forte e referência no atendimento de pessoas com algum tipo de deficiência intelectual: Escola de Educação Infantil "Chico Bento", Escola de Educação Infantil "Pequeno Urso", Auto Peças Motorista, ENGEP - Engenharia e Pavimentação, Garcia Terraplenagem e Pavimentação, Pedreira Cavinato, Citrícola Lucato, Domini Saúde e Consultoria, Comércio de Mudas e Plantas Bonin, Limer Bor , Papirus Industria de Papeis, Zetti Galvânica ,Grupo Fartura de Hortifruti, CJ do Brasil, SENAC Limeira, Diognes Woigt e Revista Vida Bebê. À frente da entidade está o presidente Angelo José Percebon, que agradeceu a cada participante. "Lembramos que tão importante quanto conseguir, é manter a 6

recertificação. Nossos parceiros não medem esforços para isto, e todos os anos, se superam trazendo muitos benefícios para a APAE, com a melhoria dos serviços prestados aos nossos quase 700 usuários atendimentos mensalmente", ressaltou. Durante o evento, os alunos do Projeto APAE Cultural, apoiado pelo Ministério da Cultura e com patrocínio das empresas Burigotto e Faurecia, apresentaram o segundo ato do espetáculo Fantasma da Ópera. A noite terminou com um coquetel oferecido pelo Solano's Buffet.

Raquel Penedo Oliveira, editora da Revista Vida bebê recebendo o Certificado Empresa Cidadã parceira da APAE

“Foi um privilégio estarmos presentes neste dia especial.”

Raquel Penedo Oliveira, Fernanda Penedo Oliveira e Dr. Luis Fernando E. de Oliveira


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Vitrininha

Fotos: Demétrio Razzo

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Editorial gestante, bebĂŞ e infantil Fotos: Inez Miranda Adriana Pariz






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Dicas de Segurança - Esportes que a prática dessas atividades ocorra em locais próprios e seguros; • Antes de começar qualquer esporte, as crianças devem passar por um exame médico completo; • É importante que a criança alongue a musculatura antes da prática de esportes; • Verifique se a pessoa que treina a criança está capacitada a presAntes do jogo: • Cheque os níveis de dificuldade tar um serviço de primeiros socorde cada esporte para ver se eles ros em caso de acidentes. são compatíveis com a idade e o tamanho da criança. Por exem- Durante o jogo: plo: uma bicicleta de adulto não • Tenha certeza de que a criança será supervisionada por um adulserve para uma criança; • Garanta que a criança, ao andar to enquanto joga; de bicicleta, patins ou skate, irá uti- • A desidratação é sempre preoculizar roupas adequadas e proteção pante. Garanta que a criança está apropriada, como capacete, joelhei- ingerindo bastante líquido antes, ras e cotoveleiras. Garanta também durante e depois da prática esportiFelizmente, “machucar-se" não precisa fazer parte do jogo. Equipamentos de proteção, segurança nos lugares da prática de esportes e regras voltadas para a prevenção de acidentes são elementos importantes para reduzir a frequencia e a seriedade das lesões.

va. Conheça os sintomas da desidratação: falta de sede, fraqueza, dores de cabeça, coloração escura da urina ou uma diminuição de peso; • As crianças devem ter um tempo adequado de intervalo entre as atividades e não devem continuar a jogar se estiverem machucadas; • Os pais, responsáveis e treinadores devem ser modelos para as crianças na prática de esportes seguros, pois são os exemplos mais importantes de como respeitar regras; • Deixe com o treinador da criança, informações úteis em caso de emergência: telefone para contato, endereço e qualquer informação médica que possa ser fundamental no trato com a criança. Fonte: www.criancasegura.org.br

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Crianças mais inteligentes ou estimuladas

Kelli Cristina Faber de Oliveira Pedagoga

Mais inteligentes, estimuladas, desenvolvidas ou precoces? Afinal, o que anda acontecendo no mundo dos pequenos, que cada vez mais cedo nos encantam e surpreendem com tamanha esperteza? Segundo a pedagoga Kelli Cristina Faber de Oliveira, especializada em neuropsicologia e professora da Unicamp, pesquisas científicas já identificaram a elevação do índice de QI na população nas últimas décadas. Além de fatores genéticos, proporcionados pelo maior acesso às informações e aos cuidados no pré-natal, aspectos externos também explicam esse avanço. “Antigamente, por exemplo, os recém-nascidos ficavam enfaixados. Hoje, estão mais livres para desenvolverem seus movimentos mais cedo. Antes, as crianças não tinham acesso ao controle remoto. Agora até manipulam o

acessório. Esses exemplos comprovam que elas estão sendo mais estimuladas mais cedo, desde que nascem. Estímulo é o fator determinante para o desenvolvimento”, enfatiza. Conforme os estudos citados pela especialista, a herança genética responde por 40% do desenvolvimento, enquanto 60% refletem os estímulos, que devem fundamentalmente começar em casa, no ambiente familiar. ESTIMULANDO EM CASA Conversar com os bebês, oferecer brinquedos educativos condizentes com a faixa etária (proporcionando a identificação de cores e sons), exibir DVDs com desenhos e músicas são algumas formas de estimulá-los, mas só isso não basta. “Interagir é igualmente fundamental”, enfatiza. Traduzindo: brinque com seu filho.

Kelli acrescenta de que nada adianta oferecer diversas opções de brinquedos, dos mais baratos aos mais caros, se os pais não dividirem a brincadeira com os pequenos. “A falta da interação social, que começa em casa, pode dificultar o desenvolvimento da inteligência emocional”, alerta. Dar a atenção devida aos conselhos da pedagoga é importantíssimo porque até os seis anos de idade as crianças vivem o período denominado de Janela de Oportunidades. Trata-se de um termo filosófico que, segundo ela, reflete o alto potencial de aprendizagem já comprovado cientificamente. “É o período em que as crianças mais aprendem. Isso não significa que vão ser alfabetizadas aos dois anos por exemplo, mas quando estimuladas adequadamente, no momento da alfabetização estarão mais preparadas”, conclui.

“A falta da interação social, que começa em casa, pode dificultar o desenvolvimento da inteligência emocional” 24



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O surgimento das primeiras palavras ocorre entre 1 e 2 anos. Nesse período a criança começa falar palavras próprias do repertório da idade, isto é, palavras que ela ouve com frequência em sua rotina, como: papai, mamãe, vovó, vovô, xixi, cocô, dá, cai, mão, pé, bumbum... entre outras. Um comportamento de fala que antecede as primeiras palavras é a emissão das onomatopéias, como, auau para cachorro, miau para gato, piupiu para aves, etc. Isso ocorre por volta de 1 ano de idade. Logo após as emissões de palavras isoladas como mencionamos acima, começam a surgir as primeiras frases simples, com 2 ou 3 palavras como: nenê cai, dá água, quer papa e assim por diante. Os vários sons da língua, os fonemas, tem uma evolução peculiar. A criança começa falando sons mais fáceis como /p/, /b/, /m/, logo após vem sons mais elaborados como

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/f/, /v/, /s/, e numa fase mais adiante surgem os “erres” e encontros consonantais, isto é, 2 consoantes juntas como/pr/ /br/ /pl/ /fl/ e outros. É claro que os pais não têm como saber se o desenvolvimento está adequado ou não; se alguma forma de dúvida começar a surgir o mais adequado é procurar um fonoaudiólogo para que se possa ter uma ideia real do desenvolvimento da fala na criança. Vale aqui lembrar que apenas um fonoaudiólogo tem como avaliar a comunicação humana. O que é muito comum acontecer, é o atraso pela busca de ajuda. A criança começa chegar perto dos 2 anos e, ou não fala, ou fala muito pouco , ou ainda surge uma fala muito errada, com muitas trocas. Um sinal claro que algo não vai bem é quando só a mãe ou só a família entende o que a criança fala. Nesses casos é bom ficar atento porque a luz vermelha de alerta já foi acesa.Muito antes das primeiras palavras surgirem, o pensamento da criança

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Começando a falar

já começou a se desenvolver e isso permite que se avalie a linguagem e o pensamento, mesmo antes do surgimento da fala, isto é, da oralidade. A criança entende o que ouve antes de começar a se expressar verbalmente e isso ocorre porque o pensamento lhe permite isso. Esse pensamento, essa capacidade de entender, a isso chamamos de linguagem. Quando a linguagem e o pensamento não estão se desenvolvendo bem, provavelmente, teremos um atraso no surgimento das primeiras palavras. Observando a sua forma de brincar é possível avaliar se pensamento e linguagem estão adequados ou não. O brincar de uma criança é para nós, fonoaudiólogos, absurdamente precioso, riquíssimo de informações. O que é vital deixar bem claro aqui é que uma criança, com 2 anos, que não estiver falando perto de 100 palavras algo está errado...independente das causas que, por sinal, podem ser inúmeras.



Dr. Juliano B. Bullamah CRO-SP - 70167 Endodontista e Reabilitações Estéticas

Cerâmicas Odontológicas

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Uma evolução na arte da reconstrução dentária Trata-se de um material, surgido no final do século XVIII, utilizado para a confecção de coroas totais e para a restauração parcial de dentes destruídos, que visa obter resultados estéticos e funcionais semelhantes aos dentes naturais. Desde então, a tecnologia empregada para a confecção deste material, cresceu exponencialmente. Atualmente, com as cerâmicas puras, e livres de metal, é possível a devolução de um sorriso harmonioso e da funcionalidade da boca. VANTAGENS DA CERÂMICA PURA EM RELAÇÃO A OUTROS MATERIAIS Estes materiais apresentam algumas vantagens em relação aos outros materiais utilizados, como o metal e com0 a resina. Devido a sua natureza vítrea, é o material que melhor imita os dentes naturais, em cor, em textura, em translucidez, em opalescência e em fluorescência. São altamente resistentes à coloração e abrasão, além de apresentarem superfícies extremamente polidas, o que dificulta a aderência de placa bacteriana, proporcionando restaurações mais duradouras e sem alterações com o passar do tempo. O inconveniente clínico mais comum, verificado nas coroas feitas com infra estrutura metálica, é o aparecimento de um halo escurecido na altura da

gengiva. Isso ocorre, pela oxidação do metal e posterior escurecimento da raiz, o que compromete a estética e a satisfação do paciente. Nas coroas construídas em cerâmica pura ,esse problema não ocorre, pois sua infra estrutura é composta de um material branco (dissilicato de lítio),que além de proporcionar uma adesão química extremamente forte com a estrutura dentária, é altamente estético. PRINCIPAIS INDICAÇÕES As cerâmicas dentárias nos permitem alterar a cor e o formato dos dentes naturais, restaurarem dentes destruídos, por cáries ou por fraturas, e repor dentes perdidos com muita naturalidade. Dentre os procedimentos restauradores mais utilizados, podemos destacar as coroas totais ou parciais, as facetas cerâmicas, e coroas sobre implantes.

Caso clínico

Dente natural escurecido

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TRATAMENTO Previamente ao início do tratamento é necessário um planejamento detalhado do caso através de radiografias, de fotos e da confecção de um modelo encerado para o estudo do caso. O tratamento consiste em realizar pequenos desgastes na superfície dentária, na confecção de uma peça protética e na cimentação das mesmas com cimentos resinosos que possuem propriedades altamente estéticas, formando uma linha de união química entre a cerâmica, e o elemento dental imperceptível. Para tanto, é preciso um restabelecimento prévio da saúde gengival e oclusal, através de uma interação, entre as especialidades de periodontia, endodontia e prótese. Um sorriso comprometido pela falta de estética diminui a sua qualidade de vida, por isso procure sempre um profissional especializado.

Coroa total em cerâmica pura


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Obesidade infantil Dr. Tunequi Katiki CRM - SP 83520 Endocrinologia Pediátrica

A obesidade infantil é uma doença crônica causada por diversos fatores: nutricionais, sociais, psicológicos e genéticos. Segundo o endocrinologista pediátrico Tunequi Katiki, coordenador do Ambulatório Municipal de Obesidade Infantil, geralmente os aspectos externos (nutricionais, sociais, psicológicos) correspondem a 70% na ocorrência e manutenção da obesidade, enquanto o fator familiar e genético têm em média 30% de impacto. Os dados do ambulatório ligado à Secretaria Municipal da Saúde de Limeira mostram que, desde 2006 até outubro deste ano, 950 crianças e adolescentes foram cadastrados e, atualmente, há 200 pacientes em acompanhamento. O índice de sucesso nos tratamentos é de 30% a 40%, números semelhantes aos encontrados em outros serviços. Apesar das estatísticas e da preocupação dos órgãos de saúde em relação ao problema, o médico enfatiza que a abordagem da obesidade na criança não deve ser radical e não deve objetivar perdas excessivas de peso. “Acho que o objetivo não deva ser primordialmente a diminuição de peso por si só, mas a mudança de estilo de vida. A perda de peso ocorrida por esta mudança ocorrerá posteriormente”, declara.

DIAGNÓSTICO O conceito de obeso e a percepção do problema na criança são muito relativos para os pais. Já para os médicos, o diagnóstico da obesidade infantil considera o Índice de Massa Corpóreo (IMC). “Devemos saber o peso, estatura, idade e sexo da criança, e com estes dados é calculado o IMC – quando o peso (em quilos) é dividido pelo quadrado da estatura (em metros)”, explica. Há gráficos de IMC para cada idade e sexo e os valores obtidos precisam ser colocados neles. O sobrepeso é identificado quando o IMC estiver no percentual 85 a 95 do IMC para sexo e idade e a obesidade quando o IMC for acima de 95. “O sobrepeso é um estágio de pré-obesidade, entre a eutrofia (bom peso) e a obesidade”, esclarece. RISCOS O especialista lembra que a obesidade pode ser acompanhada de outros problemas de saúde, como o aumento dos níveis de colesterol e triglicérides e da pressão arterial. Crianças obesas têm ainda mais chances de desenvolver problemas ortopédicos, dermatológicos (estrias, micoses) e emocionais (depressão, isolamento social, baixa autoestima). A obesidade

também aumenta o risco de câncer de mama, ovário e intestino e as meninas podem ter a puberdade (menstruação) antecipada. Caso ocorra a persistência de obesidade da criança, ou seja, não seja adotado nenhum tratamento, há uma enorme tendência de diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares (derrame, infarto) na vida adulta futura ou mesmo na adolescência. PREVENÇÃO Diante de todos os riscos, a prevenção contra a obesidade infantil deve começar cada vez mais cedo, preferencialmente a partir do momento em que a criança nasce. Segundo o especialista, para isso é preciso recorrer à orientação médica, pois em cada fase da criança há detalhes nutricionais importantes para a sua saúde e desenvolvimento. “Caso um bebê não tenha aleitamento materno e forem introduzidos alimentos não lácteos inapropriados e em momentos errados, poderá ter obesidade desde o início da vida”, esclarece. À medida que a criança cresce, a prevenção ocorre ainda com a qualidade de vida, através da prática de atividade física regular e alimentação saudável. “Como


a maioria das pessoas não vivenciam esta qualidade de vida, a prevenção é a mudança de estilo de vida, ou seja, largar a vida sedentária e introduzir hábitos saudáveis na alimentação”, explica. Ainda como prevenção, o endocri-

nologista pediátrico indica o hábito de tomar café da manhã, o consumo de verduras e legumes no almoço e jantar e a diminuição de guloseimas e salgados. Sucos e frutas também devem fazer parte da rotina. É ainda aconselhável reduzir o con-

sumo de refrigerantes e de alimentos no período da noite. “Enfim, cada criança tem sua característica e a alimentação tem que ser individualizada e plenamente seguida por ela e seus familiares”, conclui.

“A prevenção é a mudança de estilo de vida. Largar a vida sedentária e introduzir hábitos saudáveis na alimentação.”

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Planejando a gravidez Dra. Sandra Maria Destefani Rossi CRM - SP 77590 Ginecologista e Obstetra

Basta falar em gravidez que muitas pessoas pensam logo de início no trabalho que terão com o bebê, nas novas despesas da família e se esquecem do principal: o planejamento gestacional. A observação é da ginecologista Sandra Rossi, que lembra que primeiramente a futura mamãe precisa analisar se está emocionalmente preparada para as novas mudanças que irão acontecer, pois a chegada de um novo ser muda bastante a rotina da casa e do casal. “Em seguida deve conversar bem com o parceiro, para ver se ele está preparado para ser pai e para adaptar-se às mudanças”, orienta. O planejamento não é uma questão somente de organização financeira, mas representa também a prevenção de doenças, de problemas gestacionais e más-formações evitáveis. Segundo a médica, quando o casal pensa em planejamento gestacional, deve seguir algumas dicas valiosas. A mulher deve fazer uma consulta com seu ginecologista para receber todas as orientações, passar por um exame físico, avaliar se seu organismo está saudável e, principalmente, iniciar o uso de ácido fólico em média de dois a três meses antes da gestação para evitar más-formações do tubo neural do feto. 36

É muito importante também a imunização, verificando se o cartão de vacinação está completo, pois existem algumas vacinas que podem e devem ser tomadas na gestação, mas outras que obrigatoriamente deve ser aplicadas antes. “Uma vacina muito importante para as futuras mamães é a da rubéola, que não pode ser aplicada durante a gestação”, explica. Ter uma alimentação saudável e bem controlada com presença de todos os nutrientes e todos os grupos alimentares é outro conselho importante. “Caso tenha alguma dificuldade, procure uma nutricionista”, emenda OUTRAS DICAS Procurar um dentista para checar a saúde bucal é importante também para evitar transtornos durante a gestação, assim como se dedicar a alguma atividade física, outro aspecto muito importante no planejamento da gravidez. “As mulheres sedentárias já devem iniciar alguma atividade para que na gestação sintam-se mais dispostas e já consigam um certo condicionamento físico. Para aquelas que já praticam, é só dar continuidade”, afirma. Quanto ao futuro pai, a recomendação é procurar um urologista para averiguar se está com a saúde em dia.

IDADE Para a ginecologista, abordar a melhor idade para engravidar é um assunto muito difícil pois, com a evolução feminina no mercado de trabalho, muitas mulheres adiam o relacionamento amoroso e consequentemente a decisão de ter um filho. “O que sabemos são os dados que a medicina reprodutiva nos mostra e a natureza feminina não mudou muito. Depois dos 30 anos, é mais difícil engravidar”, declara. Considera-se como idade recomendável para engravidar até os 35 anos, pois nesta fase as chances de engravidar são de 15% por ciclo menstrual. “Aos 40 anos o índice cai para 5% e aos 45 para 1%”, compara. “Mas não podemos nos prender somente às estatísticas e sim no bem estar do casal para decidir qual o melhor momento para decisão de ter um filho”, complementa. Após a tomada esta decisão, é sempre fundamental procurar um especialista para minimizar os riscos, realizando um pré-natal bem conduzido. Outro assunto muito debatido na medicina é a idade mínima para gravidez. “Hoje consiste num grande problema: a gestante adolescente grávida, sem planejamento algum”, conclui.


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Curtindo as férias em duas rodas Uma manhãzinha ensolarada ou uma tardezinha agradável são bem convidativas para um programa super bacana de férias ao ar livre: andar de bicicleta. Não importa se o cenário for num parque, nas ruas do condomínio ou até à beira da praia, esse período do ano que concilia agenda com menos compromissos, férias da garotada e verão pode ser muito divertido se o passeio em duas rodas for feito em família. A bicicleta pode ser também uma ótima aliada dos pais que querem reduzir o tempo que as crianças ficam paradas em frente ao computador ou do vídeo game. Dessa forma, poderão passar mais tempo curtindo as

férias juntos com os filhos, matando inclusive a saudade de suas próprias infâncias, afinal, quem não guarda carinhosamente na memória os momentos das primeiras pedaladas? E se seu filho ainda não aprendeu a pedalar, as férias representam um período bem propício para o aprendizado com calma e bem gradativo, além de estreitar, é claro, ainda mais os laços familiares. Outro benefício dessa forma de lazer é o combate ao sedentarismo, problema que atinge crianças e adultos e tanto preocupa a sociedade em termos de saúde pública. E para movimentar o corpo, não importa se a bicicleta tem pouco ou muitos recursos. Vale destacar ainda que, apesar

de antiga, a bicicleta é considerada um dos meios de transportes do futuro porque não polui o meio ambiente. Dessa forma, a criança também pode assimilar exemplos bem práticos relacionados à sustentabilidade. Com tantas vantagens, esses passeios inesquecíveis de verão em família podem até ser incorporados na rotina nos demais períodos do ano, tanto para os pais quanto para os filhos. Mas atenção! O uso de acessórios de segurança é indispensável, não importa o tempo de duração do passeio, o local ou a idade de quem vai pedalar. Não se esqueça de proteger você e toda a família com capacetes, cotoveleiras e joelheiras. E boa pedalada!

“A bicicleta pode ser uma ótima aliada dos pais que querem reduzir o tempo que as crianças ficam paradas em frente ao computador ou do vídeo game.”

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Drenagem linfática, saudável e linda Dra. Carina Balloni Florindo Fisioterapeuta Crefito 3 - 26040/F

Durante a gestação a mulher passa por transformações físicas e emocionais e, portanto, conviver bem com essas mudanças é imprescindível para a saúde da mãe e do bebê. Segundo a fisioterapeuta Carina Balloni Florindo, as alterações hormonais promovem a reabsorção de sódio causando a retenção hídrica. Com isso a gestante tem um aumento de 30% a 50% do volume sanguíneo, podendo reter até oito litros de água acima do normal. "Esse acúmulo de líquido causa desconforto, inchaço, sensação de peso nos pés e pernas, dificuldade dos movimentos e às vezes até parestesias", explica. Carina enfatiza que a fisioterapia tem um papel de prevenção e de reabilitação nessas pacientes tão especiais, utilizando da drenagem linfática manual. A drenagem linfática é uma massagem suave e lenta que estimula o sistema linfático, ativa a circulação sanguínea, diminui a retenção de líquido, promove hidratação da pele, melhora o sistema imunológico, elimina toxinas pela urina, previne celulite, diminui as tensões e reduz as dores musculares. Além disso, proporciona sensação de

bem estar e alívio dos demais sintomas relacionados com a alteração hormonal, como enxaqueca, insônia, constipação intestinal e cansaço. Através da drenagem linfática consegue-se resgatar a harmonia entre corpo e mente fortalecendo ainda mais o vínculo mamãe-bebê. "São indicadas até duas sessões por semana", lembra. O tratamento é contraindicado para

grávidas com hipertensão não controlada, insuficiência renal, trombose venosa profunda, infecções de pele e erupções cutâneas. A fisioterapeuta acrescenta que a drenagem deve ser realizada por um profissional qualificado que tenha conhecimento sobre o sistema linfático e as mudanças fisiológicas que ocorrem no organismo durante a gravidez.

Andreza Flávia P. Rosada - 32 semanas

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Grávidas no volante

Dr. Agnaldo Pispico CRM - 68379 Cardiologista e Médico Socorrista

Associando a velha frase “gravidez não é doença” aos tempos modernos, não é raro nos depararmos no trânsito com futuras mamães dirigindo tranquilamente até o final da gestação. Segundo Agnaldo Pispico, médico socorrista, cardiologista e diretor do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), de um modo geral não há impedimento para as grávidas assumirem o volante. Ele lembra que o bebê está seguro na barriga, pois permanece protegido dentro do útero pelo líquido amniótico e pela própria estrutura muscular e da pelve da mãe. “Portanto, se a gravidez está evoluindo de forma normal, não existe restrição, mas sim alguns cuidados preventivos”, afirma. Pispico enfatiza que os itens de segurança devem ser utilizados normalmente e o cinto precisa ser co-

locado da forma correta, mas deve ficar abaixo da barriga, na altura da bacia (crista ilíaca anterior). Segundo ele, os dispositivos de air bag não devem ser desligados quando as gestantes ocuparem os lugares em que eles podem ser acionados. “Esses dispositivos não trazem prejuízo ao bebê”, garante. Outras dicas importantes são manter uma distância segura principalmente no final da gestação entre a barriga e o volante e evitar dirigir longos trechos ou períodos, pois a gestante tem mais inchaço nas pernas quando permanece muito tempo sentada ou em pé. HORA DE PARAR Não existe uma regra para a hora certa para a gestante parar de dirigir. “Ela pode dirigir durante toda a gravidez desde que se sinta bem e não tenha complicações. Lógico

que no final da gestação fica mais difícil, pois, com o aumento da barriga, ocorrem limitações que devem ser respeitadas”, observa. Se ocorrerem contrações, sangramento vaginal, perda de líquido amniótico, inchaço excessivo das pernas ou qualquer outra alteração na gravidez, a gestante precisa evitar dirigir e deve entrar em contato com seu obstetra para seguir as orientações. CONTRAÇÕES Se a gestante estiver no volante e começar a sentir as contrações do parto, Pispico recomenda não tentar dirigir e sim pedir ajuda. Se for inevitável dirigir, a condução do veículo deve ser uma situação transitória por um curto trecho até que possa parar o carro em um local seguro e pedir ajuda a um familiar ou através do SAMU, pelo telefone 192.

“Os itens de segurança devem ser utilizados normalmente e o cinto precisa ser colocado da forma correta, SEMPRE abaixo da barriga, na altura da bacia”. 48


Fotos: Inez Miranda / Adriana Pariz

Priscilla NoĂŠ Priscilla colocando o cinto corretamente 49


Sono e enjoo No início da gestação, o excesso de sono e os enjoos são frequentes para muitas mulheres. “Nestes casos, elas não devem dirigir. Além disso, vários medicamentos para reduzir os enjoos podem deixar a gestante sonolenta e a recomendação é não dirigir”, enfatiza o diretor do SAMU. Para tentar evitar essas situações, inclusive na condição de passageiras dentro dos veículos, o médico acrescenta algumas dicas simples que podem amenizar os transtornos para as futuras mamães: - Se alimentar em pequenas quantidades, evitar deixar o carro exposto ao sol e usar o ar condicionado ou de ventilação para deixar a temperatura agradável, - Usar roupas leves e que não apertem o abdômen, - Evitar contato com a fumaça do carro ou cheiro de combustível, de perfumes ou aromatizantes no interior do automóvel (pois a gestante fica muito sensível com estes odores), - Condução do veículo de forma tranquila e sem manobras bruscas que podem aumentar as chances de enjoo.

Priscilla e Fernando Noé

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Banho seguro e relaxante

Evenise Nilsen Enfermeira Obstetra Coren 71.975

Muito além da higienização, o banho é um momento de relaxamento para o bebê. Porém, nos primeiros dias de vida, principalmente para as mamães de primeira viagem, a tranquilidade que deveria existir na hora do banho pode se transformar em insegurança. Segundo a enfermeira obstetra Evenise Nilsen, as principais dúvidas são sobre a temperatura da água, quantos banhos deve ser dado por dia e como lavar o coto umbilical. “Para muitas mães, o banho é um mito, principalmente devido ao medo de derrubar o bebê dentro da banheira”, comenta. Seguir algumas recomendações pode ajudar a reduzir a insegurança. A banheira ideal é aquela onde a mãe sente segurança para banhar o bebê. De preferência, deve ser colocada em uma altura que a mãe não fique com a coluna curvada. Não é recomendado ofurô para banhos em recém-nascidos, pois ainda estão curvados em posição fetal e vai ser difícil segurá-los. Evenise explica que, para recém-nascidos e bebês de até seis meses, deve-se colocar na banheira cerca de 13 centímetros de água (mais ou menos oito dedos) ou o suficiente para acomodar o bebê com água até os ombros. “Muitas vezes o bebê chora no banho por52

que não está coberto o suficiente com água e sente frio”, observa. Quando o bebê já ficar sentado, nunca o coloque com água acima da linha da cintura (na posição sentada).

com água fria e depois misture a água quente, para não correr o risco de queimar o bebê. “Misture bem as duas águas e lembre-se que às vezes um lado da banheira fica mais quente que o outro. SEGURANÇA Esse tipo de queimadura é mais A enfermeira reforça que a hora comum do que se imagina”, alerdo banho pode ser muito gos- ta. Desde cedo, ensine seu bebê tosa, tanto para a mãe quanto a sempre ficar sentado dentro da para o bebê, mas é fundamental banheira, nunca de pé. prestar atenção em dicas de segurança. “Não importa onde vai TEMPERATURA ser realizado o banho. Jamais, em Segundo a Sociedade Brasileira hipótese alguma, deixe o bebê so- de Pediatria, a temperatura idezinho”, orienta. Para isso, prepare al da água para o banho do bebê tudo que vai precisar com antece- deve ser em torno de 36,5 °C para dência, como toalhas, produtos não haver perda de calor. “O terde higiene, fralda e roupas limpas. mômetro auxilia bastante, mas “Se a campainha ou o telefone to- caso a mãe não possua, é prudencarem e você precisar atender de te que verifique a temperatura da qualquer jeito, enrole a criança na água tocando-a com a parte intertoalha e a leve com você”, enfatiza. na do punho para sentir se a água Além disso, nunca coloque o bebê está morna”, aconselha. na banheira quando ela ainda estiver enchendo, com a torneira CUIDADO COM A PELE ou o chuveirinho aberto, pois a A enfermeira obstetra também temperatura da água pode mudar chama a atenção em relação à ou você pode se enganar na pro- pele do bebê, que é muito sensífundidade. Ela ainda lembra que vel, mais fina que a pele do adulto não é preciso ferver a água do ba- e ainda não é totalmente eficaz na nho, exceto se não tiver certeza sua função protetora. “São necesda procedência ou que se trate sários cuidados especiais para evide água de poço. Se for usar mis- tar lesões que comprometeriam as turador ou esquentar a água no fogão, encha primeiro a banheira Continua


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funções essenciais da pele, afinal é ela que regula a temperatura do corpo, exerce uma barreira contra toxinas e infecções”, esclarece. A pele é ácida e esta acidez protege contra infecções. O uso de alguns produtos pode alterar o pH, tornando a pele do bebê mais alcalina e aumentando as chances de infecções. Para não alterar o pH, o banho do recém-nascido deve ser rápido, evitando o uso de substâncias que removam a camada de gordura da pele. “Portanto recomenda-se somente água limpa na temperatura recomendada”, afirma. Não abuse de sabonetes e xampus. Use quantidades bem pequenas, para evitar que a pele do bebê fique ressecada e sensível. Prefira produtos criados especialmente para bebês, porque costumam ser menos agressivos. Um banho só com água já é suficiente para limpar um recém-nascido, a não ser que ele esteja muito sujo de cocô. Evite produtos com odores fortes e feitos para adultos. CALMA Seguindo essas dicas, o banho certamente será, de fato, um momento de prazer para o bebê, interação com a família e até mesmo de observação geral, pois os pais poderão visualizar todo o seu corpinho. Segundo ela, o horário em que os pais estão mais disponíveis e descansados é sempre o melhor. “Escolha uma hora calma, sem compromissos agendados. Isso vale para qualquer pessoa que vá fazer a higiene, incluindo parentes, babás e empregadas. Deve-se tentar dar o banho no horário mais quente do dia e por volta do meio-dia nas épocas mais frias. Deixar o banho para noite é uma boa opção, já que o bebê se acalma e dorme tranquilo”, conclui. 54

Como segurar o bebê na banheira -Segure o bebê com uma mão aberta apoiando firmemente a cabeça dele na palma da mão e tampando os ouvidos com o polegar e o dedo médio; -Molhe a outra mão e inicialmente passe na face do bebê para lavá-la antes de todo o corpo; -Com a mão que lavou a face, forme uma “conchinha” e jogue água pelo corpo todo para aquecer; -Ensaboe a mão e passe por todo o corpo, começando pelo pescoço e descendo até os pés; -Novamente com a mão de “conchinha”, enxague todo o corpo, inclusive nas dobrinhas; -Para lavar as costas, vire o bebê; -Segure o bebê como se fosse levantá-lo e gire-o sobre o punho da mão que estava segurando a cabeça. Ele ficará com o peito apoiada na parte interna do punho. Sempre o mantenha firme segurando seu braço; -Ensaboe as costas com a mão e enxague em seguida, lembrando-se das nádegas; -Coloque o bebê sobre a toalha e comece a enxugá-lo inicialmente pela cabeça, pois as crianças perdem muita temperatura com o cabelo molhado; -Não se esqueça de enxugar bem as dobrinhas para não causar assaduras.

Da banheira para o chuveiro A hora de deixar a banheira não tem idade e esse momento normalmente chega quando não há espaço suficiente para higienizar a criança adequadamente. Segundo a enfermeira, para o banho de chuveiro alguns cuidados também precisam ser observados: - Regule a temperatura da água antes de colocar a criança sob o chuveiro; - Deve ser colocado um tapete antiderrapante para evitar queda; - A criança muitas vezes tem medo do chuveiro, portanto os primeiros banhos devem ser dados no colo de um adulto, mas cuidado para não derrubar o bebê, pois sua pele é macia e o sabonete torna-a escorregadia; - Cuidado com a torneira de água quente e oriente sempre a criança a não mexer; - Proteja os ouvidos e os olhos.



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Refluxo Dra. Maria de Fátima Nery Perboni Pediatra e Neonatologista CRM - 84262

Apesar do receio dos pais, o refluxo é extremamente comum entre os bebês. Os números confirmam: em pelo menos 50% dos recém-nascidos com até dois meses de vida a regurgitação pode ocorrer duas ou mais vezes ao dia. Mas, quando completam um ano, apenas 1% das crianças ainda registram o desconforto. “As estatísticas indicam uma resolução espontânea associada à maturidade da musculatura do esôfago, que ocorre com o crescimento e desenvolvimento”, esclarece a pediatra e neonatologista Maria de Fátima Nery Perboni. A especialista explica que para a maioria dos recém-nascidos a regurgitação é um fenômeno natural do desenvolvimento e faz par-

te da maturação neurológica do trato gastrointestinal. Segundo a médica, as regurgitações surgem entre o nascimento e os quatro meses de idade e, na maioria dos casos, cessam de um a dois anos de vida. “Nesses casos o desenvolvimento da criança é normal, ela têm aspecto saudável, cresce bem e feliz, refletindo a maturação neurológica em andamento”, afirma. Outra boa notícia para tranquilizar os pais é que a frequência de regurgitações diminui após seis meses de idade, coincidindo com a introdução de dieta sólida e adoção de postura mais ereta pela criança (sentada ou no bebê conforto).

doença não diferem pela presença ou ausência de refluxo, mas, sim, quanto à frequência, à duração, à intensidade do material refluído e a sua associação com sintomas ou complicações, que podem caracterizar a doença do refluxo gastro-esofágico, que depende de avaliação médica para ser confirmada. De acordo com a pediatra, o refluxo patológico deve ser suspeitado quando os vômitos ou regurgitações não melhoram após seis meses de vida, não respondem às medidas posturais e dietéticas, e quando há reflexos clínicos: como parada do crescimento, sintomas sugestivos de esofagite, respiratórios e/ou REFLUXO PATOLÓGICO Bebês saudáveis ou com alguma otorrinolaringológicos.

Dicas importantes - O aleitamento materno deve ser estimulado nos recém-nascidos com refluxo porque os episódios são reduzidos com a sua ingestão. - Já as fórmulas com leites artificiais aumentam os episódios porque o tempo de esvaziamento gástrico é elevado e causa maior saciedade, prolongando o intervalo entre as mamadas (o que aumenta a possibilidade de material refluído ácido). A frequência de alimentação, neste caso, deve ser maior e a quantidade reduzida. - Postura: as posições prona (cabeceira elevada) e lateral esquerda são associadas com menor frequência de episódios de refluxo. O problema com a indicação dessas posições está com as controvérsias na literatura acerca da associação do risco aumentado de morte súbita. Em geral recomenda-se, cabeceira elevada a 30 graus e manutenção da criança ereta (em pé) no período pós prandial (pós mamada).

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Retratinhos

Fotos: Arquivo Pessoal

Vinicius Loureiro Guedes - 1 ano

Anna Luiza M. O. C. Souza - 3 anos

Maria Luiza - 1 ano Sophia Matos Oening Rodrigues - 6 meses

Samuel de Paula Braga - 2 meses

Maria Valentina M. O. C. Souza - 2 dias

Maria Clara Prada Silveira - 3 meses 60


Caderno Especial Ano I no. 2

Saúde A dose certa de sal e açúcar Unhas belas e saudáveis

Entrevista Conheça um pouco sobre a vida da atriz Raquel Nunes

Para todas as mulheres! Antes, durante e depois da maternidade.


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Raquel Nunes em seu melhor papel : Mãe A atriz Raquel Nunes (35) que acaba de viver Rispa, a bela concubina do Rei Saul na minissérie Rei Davi no início desse ano e que está sendo reapresentada atualmente na tela da Record, nos conta nessa entrevista que só tem motivos para agradecer e comemorar a atual fase da sua vida. Casada desde 2005 com o analista de sistemas Bruno Novaes (32) mãe, de Bernardo de 4 anos, e em julho desse ano nasceu o pequeno Arthur. Ela contou que a surpresa com o aumento da família ocorreu simultaneamente com a fase de sucesso profissional, a atriz descobriu que estava grávida pela segunda vez no final das gravações da minissérie, assim que voltava de Diamantina, Minas Gerais, onde gravava as últimas cenas de sua personagem. “Conclui um projeto magnífico com chave de ouro. “Estou vivendo um momento pleno, divino e especialíssimo em minha vida! Posso dizer sem medo de errar que esse é sem dúvida o melhor papel de toda a minha vida”. Meu maior sonho, antes de qualquer coisa, sempre foi de me tornar mãe. Sou muito feliz no meu casamento ao lado da pessoa que escolhi para ser meu eterno companheiro. Tenho muita sorte, minha carreira atualmente está bem estruturada, trabalho com o que amo e que me realiza. Aproveito bem as oportunidades que surgem, ultimamente só tenho feito trabalhos que me inspiram e me proporcionam um crescimento e amadurecimento muito grande 64


como atriz. Só tenho mesmo que agradecer, tenho saúde, paz, família, amor e trabalho, não preciso mais do que isso para ser feliz!

O que significa maternidade para você e o que mudou na sua vida depois que tornou-se mãe?

res ficam mais nítidos ainda. Sem contar que aprendemos a todo instante e amadurecemos de uma forma inexplicável. Percebo que a vida não faria sentido, não teria graça, sem meus filhos. Seria um vazio.

Raquel - Os dois nomes foram sugeridos pelo meu marido. Desde minha primeira gravidez eu tinha em mente o nome para menina. Mas, para menino, não conseguia encontrar algum que me agradasse. Achava todos sem graça, já Como se sente em ser mãe muito comuns, quando Bruno me de dois meninos, sendo a sugeriu “Bernardo”, foi como múúnica mulher da casa? sica nos meus ouvidos e Arthur foi Raquel - Me sinto uma Rainha! Fico a mesma coisa. Amei na hora! falando pra eles que tenho que ser muito paparicada! Estou curtindo Qual a importância da amamuito. Acho a relação do homem mentação para você? com a figura materna muito especial. Raquel - A amamentação é fundamental, importantíssima pra Como fez para a escolha dos saúde da criança e futuro adulto. nomes dos seus filhos, foi Combate alergias, doenças. Indifícil? Os nomes tem algum centivo demais esse ato de amor.

Raquel - Maternidade é a maior e melhor experiência que uma mulher pode ter! Acho que é o sentido da vida. Tudo faz sentido depois que nos deparamos com um serzinho tão inocente, tão indefeso, e que depende de nós! Conhecemos esse amor incondicional, acima de todas as coisas, nos tornamos leoas para conseguir o que queremos para os nossos filhos e, mais do que nunca, nossos valo- significado especial?

Continua

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Sem contar com o prazer que sentimos ao fazer isso com nosso filho. O vínculo que se cria, a delícia de momento que é.

Um dos grandes problemas, bem visível hoje em dia na criação e educação dos filhos é a imposição de limites, ter autoridade, sem ser autoritário. Seus filhos são muito pequenos ainda, como se preocupa com essas questões?

falta de limites por parte dos pais. As crianças crescem sem saber o que é isso, achando que podem tudo e que mandam em tudo. Mimadas, rodeadas de liberdade. Aí, dá nisso. Educo meus filhos mesmo, mostrando o certo, o errado, dizendo “não” quando necessário, educar dá trabalho, é cansativo, mas não são todos os pais que têm esse “dom”, essa paciência, esse zelo. Infelizmente, tem pessoas que não nasceram pra serem pais.

Raquel - Sempre me preocupei antes mesmo de engravidar. Vejo o mundo como está e fico horrorizada. Adolescentes fazendo barbaridades, crianças mal-educadas, já procurei ler sobre o assunto e só reforçou minha idéia de que isso é

Você é uma pessoa pública, como lida com a curiosidade dos fãs em relação a sua família e principalmente aos seus filhos? Como faz para protegê-los desse assédio e longe

dos holofotes e da mídia? Raquel - Lido bem, de forma saudável. Procuro não expor, mas entendo também o lado curioso dos fãs, o carinho que sentem por mim e, consequentemente, por minha família. Sempre estou em contato com eles, compartilho alguns momentos e seleciono muito onde ir com minha família nos programas de lazer.

Como faz para manter o corpo e a beleza em dia?

Raquel - Confesso que sou mega preguiçosa e detesto malhar! Mas, dependo disso para o meu trabalho. Faço musculação, corro na esteira, danço de vez em quando (sou bailarina formada) e faço aula de tênis. E cuido muito da minha pele.

Texto e entrevista : Anna Rafael Fotos: Arquivo Pessoal

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Gordura localizada e celulite Dra. Eliane Dibbern CRM - 68650 Dermatologista

O excesso de peso não é apenas um incômodo do ponto de vista estético. Ele é um fator de complicação da saúde, aumenta o risco de doenças cardíacas, diabetes e pressão alta. Devido à predisposição genética, hormonal ou hábitos de vida, as

mulheres tem tendência a acumular gordura nas coxas, abdômen, braços e após a gestação além do abdômen, também na região dos flancos.

analisadas todas as expectativas do paciente e suas necessidades, o grau de gordura, celulite e flacidez, para só então, definir o melhor tratamento. Sempre lemTratamentos disponíveis brando que gestantes só devem Uma avaliação médica inicial é ne- fazer qualquer tratamento após cessária e importante, nela serão o parto.

ALIMENTOS QUE COMBATEM A CELULITE Frutas vermelhas ( amora, framboesa, morango) Diminuir o sal: lembrar que ele se encontra em produtos embutidos e pré cozidos Folhas verde escuro: rúcula, couve, brócolis, estes desintoxicam o organismo Alimentos ricos em vitamina A: cenoura, tomate estes aumentam a produção de colágeno Lima da pérsia: ajuda na drenagem linfática Azeite de oliva extra virgem: tem ação anti-inflamatória e combate o edema causado pela celulite Castanha do Pará: tem selênio, que é um antioxidante contra o envelhecimento da pele Aveia: rica em selênio que reorganiza as fibras de sustentação da pele Arroz integral: melhora o funcionamento do intestino Soja: ajuda no equilíbrio hormonal Frutas cítricas e maçã: eliminam as toxinas

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Unhas, cuidados além da vaidade Dra. Ligia R. Giacon CRM - 79750 Dermatologista

Muito além da vaidade feminina, as unhas representam uma parte importante do corpo humano cujos cuidados vão além da escolha do esmalte que mais agrada. A dermatologista Ligia Giacon define as unhas como anexos cutâneos ricos em queratina formados por diferenciação de alguns segmentos da pele. O tamanho das unhas costuma ser 72

um assunto comum entre as mulheres, principalmente entre aquelas que desejam ter comprimentos maiores e se queixam das quebras constantes. Segundo a médica, o crescimento é contínuo sendo que as unhas das mãos crescem em média três milímetros por mês e as dos pés têm ritmo mais lento. A unha, assim como os cabelos, pode ter o crescimento interrom-

pido ou apresentar alterações de estrutura devido às doenças sistêmicas e deficiências nutricionais. “Uma alimentação saudável e rica em nutrientes é muito importante para manter as unhas fortes. Na falta de proteínas, vitaminas, ferro e outros, o organismo tende a priorizar a distribuição dessas substâncias para órgãos essenciais e deixa de utilizá-las para a produ-


ção de unhas e cabelos”, explica. Dessa forma, as unhas tendem a ficar quebradiças. Em casos específicos, suplementos nutricionais podem ser utilizados, mas desde que sejam indicados pelo dermatologista.

sentar como uma área descolada e grossa na lâmina ungueal e requer um tratamento prolongado com uso de medicações via oral ou na forma de esmaltes medicamentosos”, esclarece.

CUTÍCULA Segundo a especialista, a cutícula tem uma função protetora da raiz da unha e a sua remoção possibilita a entrada de micro-organismos (fungos e bactérias) nessa região onde se origina a unha. A inflamação decorrente pode produzir incômodo e defeitos no formato da lâmina ungueal (unha). “Portanto é preferível utilizar cremes que hidratam e amaciam a cutícula em vez de retirá-las”, orienta.

UNHAS SOLTAS De acordo com a dermatologista, a micose é frequentemente confundida com a onicólise, que é apenas uma unha solta que pode ser induzida por pequenos traumas frequentes, comum nas mãos de digitadoras, por exemplo. O problema também pode ser reflexo de manipulação excessiva, como uso frequente de objetos pontiagudos para limpeza sob as unhas. “Nesse caso a retirada do fator indutor é suficiente para tornar as unhas firmes normalmente”, assegura.

MICOSES O excesso de umidade cria um ambiente propício para a proliferação de fungos levando ao aparecimento de micoses nas unhas das mãos de mulheres que utilizam muito a água no dia a dia. Nos pés, o uso frequente de calçados fechados e meias de material sintético aumentam a sudorese e deixam o ambiente quente e úmido, favorecendo os fungos. “A micose das unhas (onicomicose) costuma se apre-

PROTEÇÃO Pessoas que lavam muito as mãos ou costumam usar produtos de limpeza como detergentes ou sabões, sem o uso de luvas de proteção, tendem a ficar com as unhas descascando, frágeis e quebradiças, outra reclamação comum principalmente das mulheres. Nesses casos, além das luvas, a dermatologista recomenda o uso de sabonetes líquidos suaves para lavar as mãos e a frequente hidratação das unhas podem prevenir

esse tipo de problemas. ESMALTES As mulheres que usam esmaltes devem preferir removedores para unhas frágeis que contém ativos hidratantes para minimizar o ressecamento. “Mas mesmo assim esses produtos devem ser usados com parcimônia e o ideal seria dar um intervalo de 24 a 48 horas entre uma troca de esmalte para aproveitar e hidratar bastante as unhas, pois o hidrante funciona melhor na unha natural”, aconselha. Usar uma base antes do esmalte colorido é outra dica valiosa da especialista para evitar manchas amareladas nas unhas (principalmente ao usar esmaltes escuros) porque funciona como uma proteção contra a penetração do pigmento na lâmina ungueal. CORTE CORRETO O corte correto das unhas, de tal modo que o ângulo nos cantos seja de 90º e a unha fique com formato quadrado, é importante para prevenir o encravamento. “Alguns indivíduos que apresentam alterações na curvatura da unha são predispostos à unha encravada. Nesses casos pode ser tentado o uso de órteses que corrigem a forma da unha e até cirurgia corretiva”, conclui.

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Câncer de Mama - diagnóstico precoce Dra. Ana Helena Macedo de Pádua Mendes CRM - 126403 Oncologista

Os cuidados rotineiros com a saúde feminina só se tornam verdadeiramente completos se incluírem os exames preventivos contra o câncer de mama, pois o melhor tratamento ainda é a busca pelo diagnóstico precoce. As estatísticas também evidenciam a necessidade do olhar atento das mulheres em relação a esse assunto. A Santa Casa de Limeira registrou neste ano, até o final de setembro, 422 pacientes novos com diagnóstico de câncer, dos quais 77 eram devidos ao câncer de mama, ou seja, 18% do total de casos. Segundo a oncologista Ana Helena Macedo de Pádua Mendes, do Centro de Oncologia de Limeira (COL), embora a doença também atinja homens, ela é mais comum em mulheres idosas. Outros fatores também ajudam a compor o perfil das pacientes. “Um fator de risco importante é a história familiar. Mulheres que têm parente de primeiro grau com câncer de mama têm o risco aumentado em relação às demais. Outros fatores são menstruação precoce, menopausa tardia, não ter filhos, 74

primeira gestação tardia e terapia de reposição hormonal”, explica. A médica ressalva que atualmente tem ocorrido ainda um aumento dos casos em pacientes mais jovens e uma das causas pode ser o aumento do diagnóstico precoce. DIAGNÓSTICO PRECOCE Por isso, é oportuno e importante diferenciar a prevenção e o diagnóstico precoce. “Existem poucas intervenções que podem prevenir o câncer de mama. Uma delas é a não utilização da terapia de reposição hormonal, mas que, sozinha, pode não ter resultado. Outras estratégias mais radicais e ainda controversas são a salpingooforectomia profilática (retirada dos ovários) e a mastectomia bilateral profilática (retirada das mamas) em pacientes de alto risco”, esclarece. Já o diagnóstico precoce é altamente factível e eficaz, levando a redução da mortalidade por câncer de mama, o que ocorreu com estabelecimento da mamografia de rotina. “Portanto, mesmo diante da dificuldade na prevenção do câncer de mama, é possível a re-

dução da mortalidade através do diagnóstico precoce”, enfatiza. EXAMES Segundo a especialista, o diagnóstico precoce é baseado em três pilares: o exame clínico das mamas, realizado anualmente pelo ginecologista; o autoexame das mamas, realizado pela própria paciente, 15 dias após a menstruação, nas mamas e nas axilas; e a mamografia, que é o principal método e realmente reduz a mortalidade por câncer de mama. TRATAMENTO De acordo com a oncologista, geralmente a suspeita da doença ocorre com um nódulo palpável ao exame clínico com o ginecologista ou ao autoexame, ou uma alteração na mamografia. O diagnóstico deve ser confirmado com uma biópsia, que pode ser realizada de diversas formas. Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer de mama, o tratamento é multidisciplinar: cirurgia e/ou quimioterapia e/ou radioterapia. “Quanto mais inicial for a doença, maior será a chanca de cura”, conclui.



Menos sal e açúcar, mais saúde Marcela Calsa CRN 3-29008 Nutricionista na PrevCardio

Opostos nos sabores e considerados muitas vezes vilões da alimentação, o sal precisa ser ingerido para o pleno funcionamento do organismo, enquanto o açúcar pode ser dispensado. Segundo a nutricionista Marcela Calsa, especializada em Nutrição em Cardiologia, o sal (cloreto de sódio) é a fonte principal de sódio e cloro, minerais necessários ao nosso organismo e que estão ligados à regulação das passagens de líquido e de substâncias pela membrana das células, mantendo a pressão osmótica delas. “Além disso, no Brasil, o enriquecimento do sal com iodo é obrigatório, o que o torna a principal fonte deste mineral, prevenindo assim distúrbios por deficiência de iodo”, explica. O sal também é importante para a transmissão de impulsos nervosos. Já o açúcar é apenas fonte de energia e participa do valor energético total da dieta em conjunto com os amidos.

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LIMITES Respeitar os limites considerados ideais para o consumo de sal diariamente é o segredo para evitar que o produto se transforme em vilão da alimentação. Segundo a nutricionista, para uma pessoal saudável, o consumo de sal não deve ultrapassar cinco gramas por dia (cinco colheres de café), devendo-se considerar o sal já contido nos alimentos industrializados. “É importante ressaltar que pesquisas recentes mostraram que o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia, mais que o dobro do recomendado”, acrescenta. Já o açúcar, de acordo com Marcela, não é necessário ao organismo humano, pois a energia requerida pode ser adquirida pelos alimentos fonte de carboidrato. “Sendo assim, quanto menos consumir, melhor”, aconselha. PRODUTOS NO MERCADO Além da quantidade, outra dúvida

comum em relação ao sal são as opções disponíveis no mercado, que oferece tanto o sal comum quanto o light e o marinho. O sal light é um produto composto de 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio e pode ser utilizado no lugar do sal como forma de redução do consumo de sódio ou suplementação de potássio. “Porém é contra indicado para indivíduos que tenham níveis de potássio sanguíneo elevados. O sal marinho apenas difere do sal comum pelo processo de refinamento. Ele é menos refinado, mas também é composto de cloreto de sódio, ou seja, ambos geram o mesmo efeito ao organismo”, esclarece. AÇÚCAR Em relação ao açúcar, o leque de opções é maior: mascavo, demerara, cristal, refinado, orgânico e o açúcar light. O açúcar mascavo é obtido das primeiras extrações da cana de açúcar e como não passa


pelo processo de refinamento, conserva as vitaminas e minerais da cana de açúcar. Já o açúcar demerara, segundo ela, é retirado diretamente do melado da cana, passa por um refinamento leve, não recebe aditivo químico e possui valor nutricional semelhante ao do açúcar mascavo. O açúcar cristal é obtido do demerara após um processo de refinamento que leva a formação dos cristais e, o açúcar refinado, o mais utilizado, recebe aditivos químicos durante o processo de refinamento que tornam o produto branquinho. “Ele também perde todos os nutrientes da cana, tornando-se um produto de caloria vazia”, observa. Por outro lado, o açúcar orgânico é produzido sem qualquer aditivo químico nas fases agrícola e industrial, enquanto o açúcar light é uma mistura de açúcar refinado com adoçantes, que podem ser sucralose, ciclamato ou sacarina. “Sendo assim, apesar das diferenças no processo de obtenção de cada tipo de açúcar, podemos concluir que quanto mais escuro e grosso o açúcar, mais nutrientes ele terá. No entanto, vale lembrar que todos eles produzem o mesmo efeito na glicemia do indivíduo e possuem alto valor calórico”, pondera.

como cebola, alho, orégano, manjericão, louro, alecrim, pimenta, açafrão dentre outros diversos tipos de temperos os quais não há restrição de uso. EXAGEROS E RISCOS O consumo excessivo de sódio na dieta tem sido identificado como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial na população, o que pode levar a complicações como doença cerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e renal. A ingestão elevada de açúcar diminui a qualidade nutritiva da dieta, pois aporta uma quantidade considerável de energia e ina-

dequada de nutrientes, estando desta forma relacionada com o desenvolvimento da obesidade e comorbidades associadas, como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão e dislipidemias, o que aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. No entanto, de acordo com a nutricionista, o consumo elevado de sal e açúcar não deve ser visto de forma isolada quando relacionado ao desenvolvimento de tantas doenças, devendo-se levar em consideração o estilo de vida de cada pessoa, como os demais hábitos alimentares, prática de atividade física, nível de estresse, tabagismo e a predisposição genética.

SUBSTITUIÇÃO Como alternativa para reduzir o consumo, o açúcar pode ser substituído por adoçantes, de preferência os naturais, a base de sucralose e estévia. Já para diminuir a ingestão do sal, muito presente em vários pratos típicos da culinária brasileira, a nutricionista orienta a substituição, em parte, por temperos naturais 77


Reprodução assistida Mariana C. Suppia Gullo CRBio 54.138-01 Embriologista

As novidades na área são inúmeras, pois de acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, aproximadamente 6,1 milhões de casais norte americanos apresentam problemas relacionados à infertilidade. No Brasil, dados do ministério da Saúde, provavelmente subestimados, dão conta de que ao menos 278 mil apresentam infertilidade. A maioria dos centros de Reprodução Assistida adota a definição de infertilidade como a ausência de gravidez após um ano de relações sexuais frequentes sem o uso de método contraceptivo e esterilidade como a incapacidade absoluta de engravidar. Para esses casais existem inúmeras possibilidades de tratamento, começando com os exames investigativos hormonais e de imagem para as mulheres e o espermograma com capacitação. Juntamente com esses exames o CRHlimeira possui parceria com o

Expediente

RDO diagnósticos médicos, cuja especialidade está nos exames da imunologia da reprodução e genética, entre eles: pesquisa para mulheres com histórico de aborto; pesquisa para determinar quanto tempo de vida reprodutiva a mulher terá; pesquisa da pré-eclampsia (pressão alta na gestação); pesquisa do DNA do espermatozoide (para homens com baixa contagem espermática) sexo do bebê a partir da 5ª semana de gestação através do sangue da mãe; entre outros. O CRHLimeira também conta com a parceria do mais novo laboratório de genética do país o CROMOSSOMO, capaz de realizar o DNA do bebê ainda na barriga da mãe, através de uma simples coleta do sangue materno. Anteriormente era necessário fazer um procedimento invasivo para retirada do liquido amniótico. Quanto às técnicas de Reprodu-

Coordenação e edição Raquel Penedo Oliveira

Fotografia Inez Miranda / Adriana Pariz Demétrio Razzo

Comercial Aderley Negrucci 9155-5100

Jornalista responsável Erica Samara Morente MTb 53.551

Projeto gráfico e diagramação Depto. de arte - Vida bebê

Administrativo 3713-2212 | 3446-2919

www.vidabebe.com.br

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ção humana assistida, as de baixa complexidade, que são o coito programado e a inseminação intrauterina, são realizadas dentro do centro, com todo o suporte médico e laboratorial antes, durante e depois do tratamento. As técnicas de alta complexidade, conhecida como o bebê de proveta, já estão disponíveis para os casais que necessitam dessa tecnologia, sendo realizado com tudo o que tem de mais moderno no segmento. Mesmo assim, é importante salientar que ambas as técnicas, tanto de baixa complexidade, quanto a de alta, não atingem a certeza absoluta de sucesso. É necessário uma estreita avaliação do casal, com profissionais extremamente capacitados, para que o melhor tratamento seja indicado, a medicação muito bem administrada e o laboratório equipado com alta tecnologia para atingir o máximo de sucesso da técnica.

O conteúdo das reportagens são de inteira responsabilidade dos colaboradores, assim como as informações contidas nos anúncios.

e-mail: revistavidabebe@gmail.com


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