REVISTA TÊXTIL 783

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Revista Têxtil #783 I 01


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“This Fair is organized with the audit of TOBB (The Union of Chambers and Commodity Exchanges of Turkey) in accordance with the Law No.5174”


EDITORIAL O futuro é um horizonte que sempre nos instiga, desafia e fascina. É uma jornada incerta, repleta de possibilidades e revoluções que moldam a sociedade e a forma como vivemos.

A REVISTA TÊXTIL é uma publicação da

R. da Silva Haydu & Cia. Ltda. Inscr. Est.: 104.888.210.114 CNPJ/MF: 60.941.143/0001-20 MTB: 0065072/SP

Diretor-Presidente: Ricardo Haydu Diretora de Redação: Clementina “Vivi” Haydu Designer: Carlos C. Tartaglioni Foto da capa: ITMA divulgação Representantes Comerciais Europa: International Communications Inc. Andre Jamar 21 rue Renkin: 4800: Verviers: Belgium Tel/Phone: + 32 87 22 53 85 / Fax: + 32 87 23 03 29 e-mail: andrejamar@aol.com Ásia (Asian): Buildwell Int. Co., Ltd. Nº 120, Huludun, 2nd St., Fongyuan, Taichung Hsien: Taiwan 42086: R.O.C. Tel/Phone: + 886 4 2512 3015 / Fax: + 886 4 2512 2372 Coréia (Korea): Jes Media International 6th Fl., Donghye-Bldg.: 47-16, Myungil-Dong Kandong: Gu: Seoul 134-070 Tel./Phone: + (822) 481-3411/3 / Fax: + (822) 481-3414 Correspondente na Argentina: Ecodesul Av. Corrientes, 3849: Piso 14° OF. A. Buenos Aires: Argentina Tel/Phone: (541) 49-2154 / Fax: (541) 866-1742 Órgão Oficial das entidades

Órgão de divulgação das entidades Abint: Associação Brasileira das Ind. de NãoTecidos e Tecidos Técnicos; Núcleo Setorial de Informação do SENAI/CETIQT; Redação/Administração Rua Albuquerque Lins, 867, 8º andar - Santa Cecília São Paulo/SP - Brasil - CEP 01230-001 Tel/Phone: +55 (11) 3661.5500 E-mail: revistatextil@revistatextil.com.br Site: www.revistatextil.com.br Publicação bimestral com circulação dirigida às fiações, tecelagens, malharias, beneficiadoras, confecções nacionais e internacionais, universidades e escolas técnicas. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a filosofia da revista. A reprodução total ou parcial dos artigos desta revista depende de prévia autorização da Editora. Redação Releases, comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas a matérias. Pedidos de informação relacionados às matérias e à localização de reportagens: revistatextil@revistatextil.com.br Publicidade Anuncie na REVISTA TÊXTIL e fale diretamente com o público leitor mais qualificado do setor têxtil no Brasil e no mundo: revistatextil@revistatextil.com.br Assinaturas Para renovação e outros serviços, escreva para: e-mail: revistatextil@revistatextil.com.br

Nesse contexto, a inteligência artificial (IA) e o metaverso emergem como protagonistas dessa narrativa, prometendo transformações profundas em nossas vidas e na maneira como nos relacionamos com o mundo digital. A inteligência artificial já se estabeleceu como uma força motriz por trás de avanços significativos em áreas como saúde, transporte, indústria e educação. Seu potencial é vasto, abrangendo desde assistentes virtuais que simplificam nosso cotidiano até sistemas de diagnóstico médico que superam a capacidade humana. No entanto, a IA também suscita questões éticas e sociais que não podem ser ignoradas. O debate sobre privacidade, viés algorítmico e empregos em risco continua a crescer em importância, exigindo uma abordagem responsável e regulamentação adequada. Paralelamente, o metaverso se desenha como uma realidade cada vez mais próxima. É um conceito que transcende a simples realidade virtual, criando mundos digitais onde as pessoas podem interagir, trabalhar, aprender e se divertir de maneira imersiva. Imagine uma realidade paralela, onde as fronteiras entre o físico e o digital se dissipam, oferecendo infinitas possibilidades de experiências virtuais. Com empresas de tecnologia líderes investindo pesadamente nesse campo, o metaverso promete redefinir como nos conectamos, colaboramos e consumimos conteúdo. No entanto, o metaverso traz consigo desafios semelhantes aos da IA, incluindo preocupações sobre privacidade, segurança e o potencial de criar divisões ainda mais profundas entre as pessoas. Como sociedade, é imperativo que abordemos essas questões com responsabilidade, garantindo que a tecnologia beneficie a todos e não apenas alguns privilegiados. A interseção entre a IA e o metaverso é particularmente emocionante. A IA impulsionará a personalização e a interatividade no metaverso, tornando as experiências virtuais mais envolventes e adaptadas às necessidades individuais. Imagine um metaverso que pode criar mundos sob medida para você, antecipando seus desejos e necessidades. É um futuro que parece saído de um livro de ficção científica, mas está se tornando cada vez mais viável. Boa leitura!

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SUMÁRIO

ABIT ACIMIT ABTT AMEC IA METAVERSO SUSTENTABILIDADE ARTIGOS ALGODÃO MERCADO LANÇAMENTO DIGITAL NÃOTECIDO EVENTOS 04 I Revista Têxtil #783

6 7 8 10 14 16 18 25 30 34 36 38 40 42


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ABIT

SOMENTE EM JULHO, ALTA FOI DE 11,16% ANTE O MESMO MÊS DE 2022

VESTUÁRIO REGISTRA AUMENTO NAS IMPORTAÇÕES DE JANEIRO A JULHO

D

e acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), nos primeiros sete meses do ano, as importações de vestuário totalizaram US$ 1,18 bilhão, atingindo alta de 25,54% em relação ao mesmo período de 2022. As exportações deste mesmo segmento somaram US$ 105,23 milhões, registrando um leve aumento de 1,3%. O déficit no comércio exterior de vestuário foi de US$ 1,07 bilhão. O déficit total da balança, somando todos os segmentos, desde insumos e área têxtil até confecção, alcançou, nos primeiros sete meses do ano, US$ 2,83 bilhões. Este valor resulta das exportações do setor (sem fibra de algodão) que totalizaram US$ 582,24 milhões, 18,01% menos em relação ao mesmo período de 2022, e das importações, que alcançaram US$ 3,42 bilhões, com crescimento de 4,75%.

MÊS DE JULHO No que diz respeito especificamente a julho, no segmento de vestuário o valor das exportações foi de US$ 15,5 milhões, representando aumento de 11,16% sobre o mesmo mês do ano passado e 1,27% na comparação com junho último. As importações totalizaram US$ 125,8 milhões, com crescimento de 4,43% na comparação interanual e queda de 11,22% ante junho de 2023. O déficit setorial foi de US$ 110,3 milhões.

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Quanto às exportações totais do setor têxtil e de confecção, somaram US$ 78,8 milhões, com queda de 15,04% ante o mesmo mês de 2022 e de 11,58% em relação a junho de 2023. As importações foram de US$ 445,90 milhões, representando recuo, respectivamente, de 6,47% e 9,09%. A balança comercial mensal ficou negativa em US$ 361,10 milhões. Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit, salienta que o aumento das importações tem sido uma das causas do saldo negativo de postos de trabalho em maio e junho (3.800 postos fechados – Caged), depois de quatro meses de resultados positivos. Também devem ser considerados os fatores de queda do mercado, inclusive no varejo, e da produção física, principalmente de vestuário. “As importações pelos meios tradicionais aumentaram mais de 30% nos últimos 12 meses. Ademais, temos uma concorrência enorme das plataformas asiáticas de e-commerce, numa competição desleal”, analisa Pimentel. RT Fotos: Divulgação


ACIMIT

NOVO DIRETOR ADMINISTRATIVO DA ACIMIT

G

iorgio Calculli foi nomeado novo diretor administrativo da ACIMIT, a Associação Italiana de Fabricantes de Máquinas Têxteis. Formado em direito e com mestrado em treinamento e políticas de emprego, ele trabalha na ACIMIT desde 2006 como chefe do departamento de treinamento, relações internas e técnico da Associação. Calculli assume o cargo de diretor administrativo da ACIMIT no lugar de Federico Pellegata, que, após 25 anos gerenciando a Associação, foi nomeado CEO da ACIMIT Servizi srl, a empresa criada pela ACIMIT para prestar serviços de apoio às empresas associadas para a promoção do setor italiano de máquinas têxteis na Itália e no exterior. “Foi uma experiência realmente enriquecedora”, afirma Federico Pellegata, “pela qual sou grato aos nossos membros associados, ao Conselho da ACIMIT e aos presidentes da Associação que atuaram durante meus anos na ACIMIT. No entanto, meu compromisso Fotos: Divulgação

de continuar a promover o setor italiano de máquinas têxteis não termina aqui. Como CEO da ACIMIT Servizi, continuarei a trabalhar incansavelmente para garantir que a ITMA, a principal feira de maquinário têxtil do mundo, continue sendo uma vitrine representativa do sucesso dos fabricantes italianos do setor, como tem sido o caso das edições da exposição realizada na Itália em 2015 e 2023.” O diretor administrativo da ACIMIT, Giorgio Calculli, comenta: “Gostaria de agradecer ao Conselho da ACIMIT pela nomeação e pela oportunidade de dar continuidade ao trabalho realizado por Federico Pellegata, para quem o sucesso obtido na última edição da ITMA é apenas a expressão mais evidente. Trabalharei para desenvolver ainda mais a base de associados e garantir que as empresas associadas recebam o máximo de apoio da Associação em suas atividades comerciais.” RT Revista Têxtil #783 I 07


ABTT Prof. Dr. Maurício de Campos Araújo (EACH-USP)

CONTEXMOD: EVENTO CIENTÍFICO CONCEBIDO PELA ABTT PARA IMPULSIONAR A PESQUISA NA CADEIA TÊXTIL

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9ª Edição do Congresso Científico Têxtil e de Moda (CONTEXMOD), promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia Têxtil, Confecção e Moda (ABTT) pretende ser um espaço de interação de Universidades, Associações Científicas, Profissionais e de Empresas, que é fundamental para o Brasil enfrentar o desafio da inovação que se impõem na atualidade. O Congresso foi proposto pela ABTT, uma vez que a associação busca fomentar o intercâmbio de ideias e experiências entre seus associados e profissionais têxteis de outros países, além de estabelecer parcerias com entidades similares tanto no âmbito nacional quanto internacional.

influência todos os outros setores da economia, desenvolvendo e difundindo rapidamente design, tecnologia, estilo, comportamento e novos negócios, constantemente. O Têxtil e a Moda vão além da indústria de manufatura, tendo uma extensão nas Artes e Humanidades, bem como no Marketing, na Gestão, na Comunicação Social, além da comercialização de novas criações, produtos, tecnologias e serviços, num ambiente que favorece o empreendedorismo para novos negócios. •

Neste congresso procuramos fazer uma interação entre os grupos de pesquisas das universidades brasileiras, com o setor produtivo da indústria de Têxtil e Moda. Neste ano ele foi realizado entre os dias 14 e 16 agosto de 2023 no Senai Francisco Matarazzo, localizado em São Paulo, simultaneamente ao “Transformers Education Brasil”, evento promovido pela empresa Covolan, onde abordam temas relacionados a sustentabilidade com profissionais do mercado trazendo experiências inovadoras do setor.

Esse ambiente proporciona aos pesquisadores a apresentação das suas pesquisas aos vários

Esse evento vem suprindo uma necessidade dos pesquisadores das áreas: têxtil, confecção, moda e sustentabilidade, de ter um novo veículo de divulgação científica, que pudesse apresentar e discutir suas pesquisas, com um público qualificado, criando uma massa crítica fundamental para desenvolvimento de qualquer área do conhecimento. O setor movimenta no comércio Mundial bilhões de dólares anualmente, em uma cadeia de valor que

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Fotos: Divulgação


ABTT

atores da área, com uma extensa programação de atividades durante a realização evento, num ambiente que favorece negociação para futuras parcerias em pesquisa científica. Isso é fundamental para criar a cultura científica e inovação nas empresas de um setor muito tradicional, que normalmente importa tecnologia e estilo para os seus produtos e negócios. •

Atualmente as pesquisas científicas em empresas, estão sendo incrementadas com incentivos fiscais, para que se montem equipes próprias de pesquisa e desenvolvimento, que associadas aos grupos de pesquisa das Universidades possam gerar novos conhecimentos de interesse do setor. Essa interação cria a possibilidade de captação recursos públicos e privados disponíveis para investimentos em projetos de pesquisa, de inovações tecnológicas e sociais. Além nos potenciais desdobramentos em projetos de ensino, extensão universitária e culturais, vitais para as Universidades que oferecem cursos nestas áreas. Isso vem ao encontro de fortalecer os grupos de pesquisas, criação de redes de pesquisa entre os grupos dos Institutos de Ensino Superior

Neste ano ele foi realizado entre os dias 14 e 16 agosto de 2023 no Senai Francisco Matarazzo, localizado em São Paulo

(IES) nacionais e internacionais com objetivo de consolidar a áreas do conhecimento que perpassam a temática do evento. Em resumo, o CONTEXMOD, impulsionado pela ABTT, desempenha um papel relevante ao incentivar a participação dos pesquisadores e pesquisadoras a compartilharem os resultados de suas pesquisas e a participarem ativamente com seus grupos na sua 9ª edição, proporcionando um ambiente propício para a congregação dos principais atores das ciências aplicadas à área têxtil e de moda. A participação desses profissionais é essencial para o encontro e a congregação dos principais atores das ciências aplicadas à área têxtil e de moda no Brasil e a troca de conhecimento, as parcerias estratégicas e a colaboração entre diferentes instituições fortalecem a inovação e impulsionam o desenvolvimento sustentável do setor. Revista Têxtil #783 I 09


AMEC

CULTURA DE COLABORAÇÃO 88% DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS CONSIDERAM QUE A COLABORAÇÃO ENTRE EMPRESAS É FUNDAMENTAL PARA SEUS NEGÓCIOS, EMBORA A GRANDE MAIORIA ENFRENTE BARREIRAS PARA ISSO. POR ESSE MOTIVO, O FÓRUM AMEC 2023 SE CONCENTROU EM COMO IMPLEMENTAR A COLABORAÇÃO INDUSTRIAL.

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ais de 300 executivos do setor se reuniram para discutir como a colaboração entre empresas industriais pode contribuir para aspectos estratégicos de negócios, o alcance de novos mercados, a melhoria da cadeia de valor, a atração de talentos e projetos de inovação. O presidente da amec, Pere Relats, pediu às empresas industriais que promovam uma cultura de colaboração em suas organizações e na indústria como um todo “para impulsionar o crescimento e transformar a sociedade”. 87,9% das empresas industriais consideram a colaboração fundamental para o desenvolvimento de suas atividades, em comparação com 81,1% no ano anterior, conforme demonstrado no Relatório de Clima de Negócios da amec. Entretanto, 86,8% das empresas enfrentam algum tipo de barreira para estabelecer relações de colaboração. A dificuldade em identificar parceiros continua em primeiro lugar (50,6%), seguida por aspectos como diferenças na cultura empresarial (39,2%) e objetivos compartilhados (34,2%). Esse fato levou a amec a dedicar o Fórum deste ano, com o título “Colaboração não é o objetivo, mas o meio de alcançá-lo”, para focar na colaboração e na melhor forma de alcançá-la.

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“Ainda temos um longo caminho a percorrer”, disse Relats a mais de 300 executivos de empresas industriais reunidos no Fórum amec, realizado no IESE.O evento referência em previsão industrial, dedicou sua 10ª edição, que ocorreu em 6 de julho último, à colaboração industrial, que permite que as empresas se adaptem a um ambiente em constante mudança. A colaboração industrial está provando ser a fórmula fundamental para responder aos desafios com maior capacidade e descobrir e abordar novas oportunidades. “Ao colaborar, podemos acelerar a inovação, superar barreiras e alcançar avanços revolucionários que impulsionam nossas empresas e todo o setor. Quando nos unimos como um setor, compartilhando conhecimento, recursos e experiências, criamos um ecossistema no qual todos nos beneficiamos”, observou o presidente da amec. No atual ambiente VUCA e na necessidade de acesso a conhecimento especializado, “a colaboração não é mais uma opção”, disse a Dra. Heidi K. Gardner, consultora de várias organizações e presidente e professora da Harvard Business School. “Não se trata apenas de Fotos: Divulgação


AMEC

estar bem conectado, mas também de usar essas conexões de forma inteligente”, disse ela. Seis empresas e entidades explicaram histórias de sucesso em que a colaboração transformou suas organizações. Executivos da Inemur e da Radarprocess explicaram como criaram um consórcio para desenvolver melhor seus negócios internacionais, obtendo acesso a projetos maiores e fornecendo soluções mais completas para seus clientes; a Industria Tapla explicou como pediu ajuda à Gomplast para se estabelecer na China. Agora, a empresa está localizada em suas instalações e também está se beneficiando de sua experiência no mercado asiático. Ao fornecer essa assistência, a Gomplast descobriu uma nova linha de negócios na possibilidade de compartilhar recursos em suas sete fábricas ao redor do mundo. Da mesma forma, a colaboração da Pladur com a Cátedra de Pesquisa da Universidade Pontifícia Comillas lhe dá acesso aos mais recentes conhecimentos e talentos técnicos, enquanto a universidade se beneficia por estar em contato com as necessidades reais do setor, com quem estabelece uma relação simbiótica.

Entretanto, a colaboração nem sempre é fácil. Rebeca Abella, Diretora Geral da Exel Fil; Enric Collell, CEO do Grup Barcelonesa; Juliana Dorn, Diretora de Marketing da Isotubi; e José F. Medina, CEO da Manusa, compartilharam suas experiências sobre as dificuldades encontradas ao realizar colaborações. Suas receitas para superá-las são: substituir o medo pela paciência; ser muito claro e sincero; ter muita perseverança; trabalhar e ser generoso; e ter respeito, humildade e confiança. O consultor e especialista em Liderança e Cultura Organizacional, Jordi Alemany, explicou que um inimigo da colaboração é que “educamos para criar egosistemas com indivíduos que competem, em vez de ecossistemas”. “Incentivamos uma cultura de colaboração internamente, promovendo a troca de opiniões entre nossas equipes e recompensando a inovação. E externamente, treinando em ambientes e eventos externos, capturando inovações e colaborando com clientes e fornecedores”. O diretor geral da amec, Joan Tristany, valorizou a cumplicidade e a transparência com que os palestrantes explicaram os casos que deram certo e os Revista Têxtil #783 I 11


AMEC

que não foram bem-sucedidos. De tudo isso, fica claro que “a seleção de parceiros é essencial, assim como o investimento necessário de tempo e recursos”. Mas, acima de tudo, “as pessoas são fundamentais para a colaboração, mas também a organização”. Nesse sentido, “o fortalecimento das bases dentro de nossa empresa também nos permitirá colaborar fora dela”, disse Tristany. Além das apresentações, a colaboração entre o setor foi colocada em prática durante o Fórum amec de várias maneiras. Os participantes participaram de dinâmicas de grupo nas quais os problemas foram colocados na mesa para serem resolvidos em conjunto. Da mesma forma, nas semanas anteriores ao Fórum e durante todo o evento, os participantes tiveram acesso à plataforma digital amec Fórum 2023, onde puderam entrar em contato com os demais participantes, conversar com os palestrantes e publicar

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desafios ou necessidades de sua empresa para iniciar uma possível colaboração. Cesce, Banc Sabadell e Hutchison Ports Best patrocinaram o amec Forum, que também contou com a colaboração de ComarFex e Mur and Partners.

A AMEC PROMOVE OS NOVOS FATORES-CHAVE DE COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS A comunidade de empresas industriais internacionalizadas amec promove os novos fatores-chave de competitividade nas empresas espanholas: antecipação, adaptabilidade, colaboração, globalização e sustentabilidade. As empresas que fazem parte da amec geram um volume de exportação de mais de 6.200 milhões de euros, exportam em média 57,7% de seu faturamento e investem 5,1% em inovação. RT


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IA

GRUPO SOMA LIDERA AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO BRASIL COM APLICAÇÃO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA MODA

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riado em 2018, o SomaLabs, área de inovação tecnológica do Grupo Soma, maior grupo de moda do Brasil, é um forte braço de avanços na empresa. O laboratório serve de catalisador para resultados expressivos das marcas do grupo, como Farm, Animale e Hering, proporcionando uma revolução digital na indústria da moda por meio, principalmente, da aplicação de Inteligência Artificial (IA).

menta de prova virtual a partir de uma foto. Em relação à melhoria da experiência de compra do consumidor, o Soma está investindo em métodos que aprimoram a recomendação de produtos de acordo com os perfis dos clientes. O grupo incentiva e busca, ainda, formas de usar essa tecnologia no desenvolvimento de softwares, desde para encontrar bugs até gerar documentação e comentários.

A IA atua como uma consultora de moda digital. Ela sugere adaptações nas peças de acordo com as tendências de vendas, como as estampas best-sellers, por exemplo, e os algoritmos preditivos, que são baseados no histórico de desempenho e características de produtos e nas respostas dos provões online do Soma - ferramenta de votação interna das coleções, feita por colaboradores das marcas, para possíveis ajustes finais antes da chegada delas às lojas, cerca de dois a três meses antes do lançamento oficial. As recomendações da IA proporcionam um retorno valioso para a equipe de estilo, facilitando decisões mais precisas e ágeis, tornando todo o processo de produção mais eficiente e econômico.

É uma tecnologia que já está trazendo muitos ganhos para a cadeia de valor da moda. Ela automatiza processos operacionais e proporciona mais agilidade e tempo de qualidade para os times utilizarem em atividades estratégicas. Além disso, amplia habilidades criativas por meio do fácil acesso às bases de dados e à manipulação para prototipagem de produtos novos. O Soma acredita na combinação da tecnologia com a criatividade dos times, sem perder a originalidade das marcas.

Nos canais digitais, o grupo utiliza ferramentas de IA para aumentar o resultado de SEO, de forma a otimizar as buscas dos clientes e, logo, expandir as taxas de conversão. Também são realizados testes de pesquisa de produtos por meio de imagens similares e ferra-

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Essas inovações vão além da simples eficiência de produção. Elas apoiam uma produção mais sustentável, evitando o desperdício e ineficiências de produtos, além de garantir que as peças atendam diretamente às preferências e interesses dos consumidores. O diretor de inovação do Grupo, Alisson Calgaroto, destaca "O maior impacto da moda é não fazer liquidação e esse é o nosso principal indicador. Chamamos de giro a preço cheio: o quanto conseguimos vender sem RT descontar ao fim da nossa coleção.” Fotos: Divulgação


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METAVERSO

80% DOS LÍDERES ACREDITAM QUE O METAVERSO TERÁ UM IMPACTO SIGNIFICATIVO EM SEUS NEGÓCIOS EY EXISTE PARA CONSTRUIR UM MUNDO DE NEGÓCIOS MELHOR

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EY, empresa líder em serviços profissionais de auditoria, impostos, consultoria, estratégia e transações, em colaboração com a Nokia, apresentou o relatório Metaverse at Work, que fornece uma visão abrangente e atual do metaverso em ambientes empresariais e setoriais. Ele também fornece orientações valiosas para os líderes que estão iniciando sua jornada no metaverso. 98% dos líderes empresariais acreditam no poder do metaverso para transformar seus negócios. Mais da metade dos líderes com planos futuros no metaverso já implantou ou pilotou pelo menos um caso de uso do metaverso em sua organização. 44% dos entrevistados acreditam que o metaverso será a próxima etapa na digitalização de seus negócios.

Espera-se que o metaverso seja um dos principais impulsionadores da próxima fase da digitalização, permitindo aplicações inovadoras em uma ampla gama de setores”, disse Jesús Cuenca, Sócio Líder de Tecnologias Emergentes da EY México.

O POTENCIAL DO METAVERSO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS Como o metaverso continua sendo um conceito relativamente novo para a maioria dos líderes, ainda há dúvidas sobre seu verdadeiro potencial e viabilidade em longo prazo. No entanto, muitos líderes empresariais estão otimistas quanto aos aplicativos e benefícios que o metaverso pode oferecer. Nesse sentido, o estudo mostra que 44% dos entrevistados acreditam que o potencial do metaverso será o próximo passo no processo de digitalização de seus negócios.

Nos últimos anos, o interesse pelo metaverso se intensificou, com um grande impacto no mundo dos videogames, das mídias sociais e do consumidor. As empresas que testaram ou implantaram estudos de caso no metaverso acreditam em seu valor além dos meros aplicativos sociais e de jogos.

58% das empresas pesquisadas já estão experimentando ou implementando casos de uso no metaverso. Além disso, 94% das empresas que ainda não se aventuraram no metaverso têm planos de fazê-lo nos próximos dois anos.

“O metaverso é concebido como um ambiente virtual totalmente imersivo e interativo que permite aos usuários interagir com objetos digitais e outros usuários de uma forma que não é possível em outras plataformas.

Os Estados Unidos (65%), o Reino Unido (64%) e o Brasil (63%) são os líderes em empresas que têm planos de entrar no metaverso e implementaram casos de uso em uma taxa mais alta.

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Fotos: Divulgação


METAVERSO

Embora, como em qualquer processo, haja uma curva de aprendizado, as empresas reconhecem os benefícios tangíveis e estão se posicionando como referências importantes para futuras atividades de metaverso. 96% dos entrevistados concordam que o metaverso traz recursos inovadores adicionais que acelerarão a implementação, a adoção e a monetização de projetos do setor 4.0, combinando instâncias físicas e virtuais. “Um exemplo é o uso em P&D, prototipagem e testes virtuais, em que as empresas podem usar esses espaços virtuais para fabricar modelos de produtos e testá-los em um ambiente simulado, reduzindo a necessidade de objetos físicos e acelerando o processo de desenvolvimento. Outro caso é o treinamento prático com realidade aumentada, pois as empresas podem oferecer experiências de treinamento imersivas aos funcionários, permitindo que eles pratiquem tarefas complexas em um ambiente seguro e controlado”, disse Jesús Cuenca.

ESCRITÓRIOS VIRTUAIS E TREINAMENTO Um dos aspectos mais atraentes do metaverso é que ele oferece a possibilidade de criar escritórios e espa-

ços de trabalho virtuais mais colaborativos e imersivos. De acordo com a pesquisa, 64% das empresas que implementaram espaços de trabalho com base nessa tecnologia experimentaram progresso nas áreas de sustentabilidade e segurança, enquanto 36% relataram um aumento na eficiência do processo. “O valor agregado do uso do metaverso para esses casos é o nível de imersão e interatividade que ele proporciona, o que pode levar a soluções mais eficientes e econômicas. Embora outras plataformas possam oferecer algumas das mesmas funções, é improvável que elas consigam igualar o nível de imersão e interatividade que o metaverso oferece”, concluiu Jesús Cuenca. O metaverso tem a capacidade de fornecer aplicativos inovadores para as empresas, com alto potencial para transformar diversos setores, como o automotivo, o de energia, o de serviços públicos e o de saúde. Embora o metaverso do consumidor tenha recebido atenção considerável nos últimos anos, os metaversos industriais e empresariais estão provando seu valor tangível além do que alguns podem considerar uma moda passageira, e espera-se que o crescimento continue. É provável que as histórias de sucesso atuais acelerem o interesse e o investimento. RT Revista Têxtil #783 I 17


SUSTENTABILIDADE

LENZING ESTABELECENDO NOVOS PADRÕES DE VISCOSE RESPONSÁVEL PARA CIRCULARIDADE TÊXTIL

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Grupo Lenzing lançou a viscose LENZING™ ECOVERO™ com a tecnologia REFIBRA™ na Feira Intertextile Shanghai Apparel Textile Fair and Trade Show deste ano. Com base no sucesso das fibras TENCEL™ Lyocell com tecnologia REFIBRA™, a expansão da tecnologia REFIBRA™ para a viscose LENZING™ ECOVERO™ ajudará a empresa a aumentar o conteúdo pós-consumo geral em seus produtos. A expansão destaca ainda mais o avanço contínuo da empresa em direção à transição para uma economia circular em têxteis e moda com suas soluções inovadoras e à prova de futuro. “À medida que as alterações climáticas obrigam a uma vida ecologicamente consciente, a Lenzing co-

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labora com a indústria para forjar um futuro definido pelo envolvimento coletivo e pela mudança sistemática, guiando-nos em direção a uma economia circular”, disse Florian Heubrandner, Vice-Presidente Executivo de Negócios Têxteis Globais da empresa. “LENZING™ ECOVERO™ com tecnologia REFIBRA™ está bem-posicionado para atender à crescente demanda por diversas inovações de design circular. Esta nova oferta capacita fábricas de tecidos, fabricantes de vestuário e marcas de consumo com ideias semelhantes a embarcarem nesta jornada transformadora ao lado da Lenzing – dando nova vida aos resíduos têxteis pós-consumo, ao mesmo tempo que ancoram a circularidade no centro da cadeia de valor têxtil.”

Fotos: Divulgação


SUSTENTABILIDADE DIMENSIONAMENTO DA PRODUÇÃO CIRCULAR RESPONSÁVEL DE FIBRA DE VISCOSE PARA O MERCADO TÊXTIL GLOBAL Por meio do desenvolvimento bem-sucedido e da produção em escala da Lenzing, a viscose LENZING™ ECOVERO™ com tecnologia REFIBRA™ está agora disponível para clientes em todo o mundo. Mantendo os benefícios ecologicamente responsáveis do produto original, a nova fibra de viscose com tecnologia REFIBRA™ compreende até 20% de resíduos têxteis pós-consumo, provenientes de materiais ricos em celulose ou misturas de poliéster e algodão. Os resíduos são coletados e classificados em colaboração com os principais líderes da indústria e da inovação que defendem programas de reciclagem de têxteis pós-consumo.

LIBERANDO POSSIBILIDADES ILIMITADAS DE PRODUTOS COM SOLUÇÕES CIRCULARES Impulsionada por sua estratégia de “Better Growth”, a Lenzing adota consistentemente a circularidade em têxteis e capacita a si mesma e a seus parceiros da cadeia de valor para impulsionar mudanças sistêmicas para um futuro mais verde. A nova viscose desempenha um papel crucial nesta visão, preenchendo as lacunas para fábricas, fabricantes e marcas que buscam atender aos requisitos em evolução da indústria e às preferências do consumidor globalmente. Esta nova fibra é identificável em todas as etapas da cadeia de abastecimento, do tecido ao produto, garantindo rastreabilidade e transparência. Isso capacita marcas e varejistas a oferecer produtos genuínos, permitindo que RT os consumidores façam compras informadas.

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SUSTENTABILIDADE

BIOCORANTE: SOLUÇÃO ECO-FRIENDLY PARA FAZER CORANTES NATURAIS PROJETO DE PESQUISA DESENVOLVIDO NO INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM BIOSSINTÉTICOS E FIBRAS APRESENTA ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL E COSMÉTICA

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tilizar vias biológicas para a produção de novos insumos já é uma realidade que tem contribuído para a criação de alternativas a produtos quimicamente produzidos. Com o objetivo de agregar valor aos resíduos da indústria, foi engenheirado geneticamente um micro-organismo com potencial de obter carbono e convertê-lo em um Biocorante azul.

uma fusão química sob pressão. Uma alternativa de obtenção do Índigo também pode ser por vias naturais de extração de plantas, o que demanda um processo que ocupa área cultivável, mas tendo um menor rendimento. Essa produção dos corantes artificiais tem seu uso permitido no Brasil, pela Anvisa (INS 132), para doces e sobremesas.

Giulia Aranha, pesquisadora do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras, explica que o projeto de produção de corantes por rotas microbiológicas, surgiu após identificarem a demanda da indústria por processos mais verdes relacionados as cores. “Ser sustentável não é apenas uma obrigação, mas sim uma estratégia de posicionamento de produtos pela indústria. Pensar em um resíduo rico em Carbono e Nitrogênio, como nutrientes para bactérias, nos permite desenvolver novos bioprocessos”, ressalta.

A utilização dos micro-organismos na produção dos corantes apresenta várias vantagens, como o reciclo de resíduos como matéria-prima sustentável; obtenção de um produto eco-friendly, análogo à sua versão sintética; não é necessário limitar-se a uma única molécula; além de não se demandarem hectares de cultivo, o que facilita a logística, quando comparado a uma produção extrativista vegetal.

Mas, por que a cor azul? O azul índigo é um dos pigmentos naturais mais antigos. Extraído da Indigofera tinctoria L., há mais de 4.000 anos, na Índia, ele chegou na Europa no século XVIII. Diferente de outras cores, o azul índigo ganhou popularidade pela sua estabilidade e versatilidade. Por conta dele e de alguns bons temperos, as civilizações se lançavam ao mar durante as grandes navegações. O Índigo sintético, que atende à maior parte da demanda comercial de têxtil e de alimentos, é produzido em

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“Existe a demanda industrial de inovar e ser competitivo. A biodiversidade brasileira é um parque de diversões, em termos de conteúdo e possibilidades para os cientistas. Ter os diversos manuais de instruções, em mãos, ou seja, os genes de um organismo, nos permite pensar em como transformar aquela receita em algo real para a sociedade”, conclui Giulia.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA Corantes sintéticos são mais recentes em nossas linhas de produção, mas os corantes naturais foram os Fotos: Divulgação


SUSTENTABILIDADE

responsáveis por termos as documentações de nossas origens, em pinturas rupestres, com o uso de, majoritariamente, minério, como (vermelho) hematita, (amarelo) goethita, (pretos) óxido de ferro, preto carvão e calcita, no período Paleolítico, entre 2,5 milhões de anos até 10 mil anos atrás*. Evoluindo na história e sofisticando os hábitos, não apenas se desenvolveram as vestimentas mais sofisticadas e tonalizadas, como também se passou a pintar corpos e cabelos, como o caso dos Egípcios, com a Henna e a Camomila. Também foi nessa civilização específica, juntamente com a Chinesa, que se desenvolveu, concomitantemente, o Nanquim, essencial para

manufatura de acervos literários. Avançando rumo ao ocidente, se encontra um dos maiores polos de tinturaria e estamparia, a Índia. Esta se manteve, por milênios, como referência no mundo, tendo inclusive festas culturais associadas as cores. Com a demanda cada vez maior de se desenvolver aplicações para os corantes naturais, as tecnologias passaram a evoluir em conjunto, de forma a terem maior durabilidade e resistência. Os gregos buscaram refinar as técnicas egípcias utilizando proteínas de ovo, contudo, nesse caso específico, os micro-organismos não colaboraram para que as histórias fossem contadas, degradando esses corantes*. RT Revista Têxtil #783 I 21


SUSTENTABILIDADE

RHODIA AVANÇA EM SUSTENTABILIDADE E LANÇA PORTFÓLIO DE PRODUTOS QUÍMICOS E TÊXTEIS CARBON NEUTRAL EMPRESA PROSSEGUE COM PROJETOS PARA REDUÇÃO DE EMISSÕES DE SUA PRODUÇÃO

Com o objetivo da empresa de acelerar a descarbonização de sua cadeia produtiva, em linha com os objetivos estabelecidos pelo programa Solvay One Planet de avançar em desenvolvimento sustentável, dando a contribuição da empresa para mitigação da crise climática enfrentada pelo planeta,lançou no dia 21 de agosto último, o primeiro portfólio de produtos químicos e têxteis com pegada de carbono neutralizada do Brasil, seguindo a estratégia da empresa de neutralizar as emissões geradas por suas operações e produtos.

Tem aplicações em sistemas de poliuretanos, principalmente para a produção de solados de calçados, lubrificantes, plastificantes, adesivos, tintas e resinas, espumas flexíveis e rígidas, aplicações alimentares e de detergência.

“Com esse portfólio, composto inicialmente por dois produtos, damos mais um passo na direção da neutralidade de carbono de nossas operações”, diz Daniela Manique, CEO do Grupo Solvay na América Latina e principal executiva da área global de negócios Coatis, responsável pelo desenvolvimento desse portfólio brasileiro de produtos neutros em carbono. A intenção da empresa é ampliar o portfólio ao longo dos próximos meses.

Ainda na área química, a empresa se prepara para o lançamento em breve de solventes oxigenados neutros em carbono, atendendo à demanda de segmentos de mercado tanto no Brasil quanto no Exterior.

QUÍMICOS E TÊXTEIS NEUTROS

A Rhodia tem realizado nos últimos anos uma série de inovações na plataforma de desenvolvimento da poliamida têxtil Amni®, agregando sustentabilidade e funcionalidade aos benefícios já conhecidos da sua poliamida têxtil: tecnologia, conforto e easy care (fácil de usar e de manter).

Na área química, o primeiro produto a compor esse portfólio é o ácido adípico Rhodiacid®, um intermediário químico básico das cadeias produtivas de poliamidas, de poliuretanos base éster e plastificantes.

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O ácido adípico reage a hexametilenodiamina (HMD) formando o adipato de hexametilenodiamina, também chamado de sal nylon. O sal nylon é a matéria-prima da cadeia de fibras têxteis e industriais.

Na área têxtil, o primeiro produto a integrar essa gama carbono neutro é fio têxtil de poliamida Amni® Carbon Neutral, para utilização em diversos segmentos da indústria do vestuário e da moda.

Fotos: Divulgação


SUSTENTABILIDADE

PRODUTOS CERTIFICADOS A pegada de carbono desses produtos da Rhodia é certificada por terceira parte, externa à empresa. As emissões de CO2 remanescentes de cada produto são compensadas com a compra de créditos de carbono. “Quando falamos em produto carbono neutro, estamos nos referindo ao escopo do berço ao portão. Isso significa que todas as emissões, desde a extração das matérias-primas até o portão de nossas fábricas, foram reduzidas por diversos projetos, depois contabilizadas e compensadas com a aquisição de créditos de carbono de projetos relevantes de conservação de Meio Ambiente”, diz Antonio Leite, Vice-Presidente da Unidade Global de Negócios Coatis, do Grupo Solvay.

FAZENDA SÃO NICOLAU E CRÉDITOS DE CARBONO Depois de um criterioso processo de seleção, feito pelas equipes de sustentabilidade, a Rhodia decidiu comprar os créditos de carbono de um projeto de reflorestamento no Brasil, realizado na Fazenda São Nicolau, em Mato Grosso (MT), cujo dono é o Office National des Forêts (ONF Brasil). Esse projeto está localizado na re-

gião do arco do desmatamento, onde a floresta amazônica nativa tem sido derrubada para a criação de gado e o cultivo de soja. Segundo Paulo Pavan, Vice-Presidente de Inovação e Sustentabilidade da Unidade Global de Negócios Coatis do Grupo Solvay, a escolha desse projeto se deveu a diversos fatores que estão em linha com as políticas da empresa na área de Clima e Meio Ambiente, como descarbonização, promoção e conservação da biodiversidade, educação das comunidades, impacto social, econômico e cultural das pessoas e comunidades. “Além de atuar no reflorestamento, esse projeto promove a conservação da biodiversidade, com a preservação de mais de 2000 espécies de fauna, sendo 800 espécies de vertebrados identificados (aves, anfíbios, répteis, mamíferos pequenos e grandes) e mais de 500 espécies arbóreas. Também gera empregos para a comunidade local, sedia pesquisas científicas com experimentos agroflorestais e silvipastoris, e mantém um programa de educação ambiental para alunos da região. Permite, ainda, a exploração de madeira combinada com mata nativa, perpetuando a captura de CO2’, diz Paulo Pavan. Os créditos de carbono comprados pela Rhodia são gerados pelas atividades de reflorestamento da Fazenda Revista Têxtil #783 I 23


SUSTENTABILIDADE e “armazenados” em um Poço de Carbono Florestal. Pelo projeto, já foram plantadas dois milhões e meio de espécies nativas. À medida que as mudas crescem, retiram carbono da atmosfera. Desde sua implementação até 2020 já haviam sido absorvidas quase quatrocentas mil toneladas de CO2. A previsão é que até 2038 esse número alcance um milhão de toneladas. ࣢4 UWTOJYT IF +F_JSIF 8इT 3NHTQFZ JXYअ WJLNXYWFIT SF entidade Verra - organização que gere o principal programa voluntário de créditos de carbono do mundo, o Programa Verified Carbon Standard (VCS), bem como outros programas socioambientais. Dessa forma, o projeto da ONF passa por auditorias periódicas de terceira parte, garantindo que as reduções de emissões sejam de fato adicionais, únicas e verificadas.

INVESTIMENTOS EM REDUÇÃO DE EMISSÕES Embora neste momento esteja adquirindo créditos de carbono para compensar emissões remanescentes dos produtos desse portfólio, em paralelo, a Rhodia prossegue com projetos para redução das emissões de carbono de sua cadeia produtiva, garante Daniela Manique, CEO do Grupo Solvay na América Latina. ࣢&T QTSLT IFX IZFX छQYNRFX IऍHFIFX F JRUWJXF WJFQNzou diversas ações nesse sentido. Uma das mais importantes foi a implantação de unidade de abatimento de gás de efeito estufa, em 2007, em Paulínia (SP), que contribuiu para a empresa alcançar o índice de redução de cerca de 95% de suas emissões naquele conjunto industrial. ࣢Ѧ8TRJSYJ ST UJWऑTIT IJ F UTW J]JRUQT WJIZzimos mais de 10% as emissões de gases de efeito estufa nas unidades químicas e têxteis de Paulínia e Santo André, ambas em São Paulo”, diz Daniela Manique. Esse avanço – segundo ela – também ocorreu por conta de outros projetos tais como a utilização de energia elétrica oriunda de biomassa, além de outros projetos de eficiência energética e troca de óleo para gás natural nas caldeiras da área de produção ocorrida há alguns anos.

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Esse histórico de redução é condição imprescindível para que se possa usar créditos para o abatimento de emissões residuais, acrescenta Daniela Manique. “Em outras palavras, não é uma questão econômica de comprar créditos de carbono e direcioná-los às emissões de um produto A ou B, mas há que se demonstrar redução expressiva e consistente ao longo do tempo nas emissões de escopo 1 e 2 combinadas, e só então a empresa se qualifica para “compensar o residual. Essa postura nos dá uma vantagem competitiva para quem queira começar agora, pois haverá de começar com vultuosos investimentos em tecnologia ou transição de matriz energética”, afirma Daniela. Ao mesmo tempo, a Rhodia tem trabalhado com os principais fornecedores para a redução de emissões. Esses projetos são desafiadores em termos de tecnologia/oferta de mercado, e contribuirão para a neutralidade nos próximos anos. ࣢Ѧ4 IJXJS[TQ[NRJSYT IJXXJ UTWYKखQNT IJ UWTIZYTX SJZtros em carbono é uma ação com o objetivo de ajudar no combate à crise climática, que é um tema urgente da sociedade. E a compra de créditos de carbono gerados por projetos de alta qualidade e confiabilidade para compensar emissões remanescentes desse portfólio nos dá a oportunidade de fazer algo relevante aqui e agora para o planeta”, conclui Daniela Manique. RT


ARTIGO

MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL TERÁ IMPACTO POSITIVO DA ECONOMIA, SALIENTA CERVONE FORTALECIMENTO DO PARQUE FABRIL, CUJO EFEITO MULTIPLICADOR NA ECONOMIA É O MAIOR DENTRE TODOS OS RAMOS, CONTRIBUIRÁ PARA CRESCIMENTO MAIS ROBUSTO, CRIAÇÃO DE EMPREGOS E EXPORTAÇÕES

R

afael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), ressalta que o início do processo de modernização do setor em 2024, anunciado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin, contribuirá para a paulatina recuperação da sua competitividade e terá impacto positivo na economia nacional. “A medida atende a reivindicações do segmento, incluindo o estudo Diretrizes Prioritárias Governo Federal 2023-2026, produzido conjuntamente por nossa entidade e a Fiesp”, acentua. Para Cervone, a depreciação acelerada, mecanismo inicial de fomento do parque fabril, terá duplo efeito de modo direto: “com os empresários podendo abater antecipadamente os investimentos em máquinas e equipamentos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), haverá ganhos efetivos de competitividade, com a modernização das fábricas, favorecendo o advento da Indústria 4.0; e será estimulada a produção de bens de capital.” Ademais – e muito importante –, é preciso lembrar o significado da indústria para a economia, pela quantidade e qualidade dos empregos que gera, aporte de inovação e tecnologia, valor agregado à pauta de exportações e aumento da participação brasi-

leira no mercado global de bens mais sofisticados. “Nosso país só tem a ganhar com o fortalecimento e avanço da manufatura, que já representou mais de 25% do PIB nacional, mas hoje responde por 11,3%”, relata o presidente do Ciesp, avaliando que “essa retração do setor é uma das principais causas do nosso baixo crescimento econômico na média das últimas três décadas”. Cervone lembra que a indústria tem fator multiplicador de 2,15, o maior dentre todos os ramos de atividade. .XXT XNLSNKNHF VZJ F HFIF 7 VZJ UWTIZ_ XइT LJWFITX 7 SF JHTSTRNF Ѧ&XXNR T XJZ KTWYFQJHNRJSYT tem forte impacto socioeconômico, contribuindo para a inclusão, redução do desemprego e melhor distribuição de renda”. O presidente do Ciesp também espera as aprovações da reforma tributária e do arcabouço fiscal, ainda este ano, no Congresso Nacional, pois isso propiciará patamares mais elevados para a aplicação da depreciação acelerada. Quanto maior for o equilíbrio das contas públicas, mais indústrias terão acesso aos abatimentos do IRPJ e da CSLL na compra de bens de capital, conforme esclareceram Haddad e Alckimin. “Outro aspecto importante para o sucesso ampliado do programa será a queda dos juros, pois as elevadíssimas taxas atuais inibem a busca por financiamenRT tos”, conclui Rafael Cervone. Revista Têxtil #783 I 25


ARTIGO

INTEGRAÇÃO DO R 70 NA SISA DO BRASIL REDUZ AS RUPTURAS DE FIOS A JUSANTE EM ATÉ 60%

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filatório de rotor totalmente automático R 70 da Rieter é uma ótima escolha para a produção de fios finos com tecnologia Open-End, elevando o nível dos padrões da indústria e proporcionando a máxima resistência do fio. A integração do R 70 na SISA, um cliente valioso da Rieter no Brasil, resultou em uma notável redução de 60% das rupturas do fio na tecelagem. O rendimento é crucial quando se trabalha com tecidos densos feitos de fios finos, uma vez que minimizar o tempo de inatividade na tecelagem é essencial para manter uma vantagem competitiva no mercado. Com os notáveis recursos do R 70, a SISA conseguiu economizar custos substanciais, otimizando a qualidade do fio, especialmente quanto a resistência do fio, satisfazendo assim as exigências de aplicações difíceis. A flexibilidade da máquina permite a fiação simultânea de vários lotes, aumentando ainda mais a produtividade e impulsionando ganhos no rendimento.

RESULTADOS EXCEPCIONAIS A NOS PROCESSOS SEGUINTES COM UMA REDUÇÃO DE 60% DAS RUPTURAS DO FIO Desde a sua instalação em janeiro de 2022, o R 70 produziu resultados notáveis para a SISA. A empresa produziu com sucesso uma vasta gama de títulos do fio, de Ne 12 a Ne 36, com resultados consistentemente excelentes. Particularmente para os fios Ne 36, 100% algodão, utilizados tanto no urdume como na trama, o R 70 provou ser excepcionalmente eficaz.

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Na SISA, os teares funcionam a velocidades de até 800 batidas/minuto, gerando tecidos com uma densidade de fio de fios de 180 a 200 tpi (fios por polegada). Em particular, os fios R 70 apresentam IPI (imperfeições por quilômetro) mais baixo. O resultado no tecido é impressionante, com menos pontos irregulares e neps. Além disso, os fios R 70 apresentam menor índices de quebras na tecelagem e redução de parada dos teares, tanto no urdume como na trama. Comparando os resultados com o seu antecessor, o R 66, o R 70 demonstra uma notável redução de 60% nas rupturas do fio. Augusto Oliveira, Diretor de Fábrica da SISA, afirma: “Estamos extremamente satisfeitos com o desempenho da máquina. A integração do R 70 reduziu significativamente os tempos de parada para trocas de lote, quase eliminando-os completamente. Isso resultou numa eficiência global excepcional da máquina. Além disso, os resultados na máquina de tecelagem são excelentes, com rupturas do fio reduzidas até 60%.”

OTIMIZAÇÃO DO RENDIMENTO DA PRODUÇÃO Para enfrentar eficazmente os desafios de produção da SISA, o R 70 surge como a escolha perfeita, oferecendo uma qualidade de fio e um desempenho de máquina excepcionais. A inovadora caixa de fiação da máquina, combinada com um conceito de máquina de ponta, torna-a altamente capaz de aplicações desafiadoras de produção. Além disso, o conceito de máquina com acionamentos individuais RT Fotos: Divulgação


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Fig. 1 (acima): O filatório de rotor R 70 estabelece um novo padrão de referência para a produção e utilização de matérias-primas. Fig. 2 (ao lado): Augusto Oliveira, Diretor de Fábrica da SISA, está extremamente satisfeito com o desempenho da máquina.

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E FUNDAMENTAL IMPLEMENTAR ACORDO ENTRE O MERCOSUL E A UNIÃO EUROPEIA DIRETOR-SUPERINTENDENTE E PRESIDENTE EMÉRITO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA TÊXTIL E DE CONFECÇÃO (ABIT)

O

acordo entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE), estabelecido em caráter preliminar em 2019 e considerado histórico, visa à criação de uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. No entanto, sua conclusão e implementação enfrentam desafios e obstáculos, que precisam ser superados, pois sua efetivação proporcionaria uma série de benefícios comerciais para ambas as regiões. Os dois blocos têm economias complementares, o que significa grande oportunidade para o aumento do comércio e dos investimentos mútuos. A redução de tarifas e barreiras não tarifárias impulsionaria o fluxo de bens, serviços e aporte de capital, beneficiando as empresas e os consumidores de ambas as partes e contribuindo para o seu crescimento econômico. Menos taxações e a facilitação do comércio promoveriam o aumento da produção, o surgimento de novas oportunidades de negócios e a criação de empregos. Além disso, o acesso a novos mercados impulsionaria a competitividade das empresas e incentivaria a inovação e o fomento tecnológico. O acordo também oferece oportunidade de promover a convergência de normas e padrões comerciais. Isso é especialmente relevante nos setores agrícola, industrial e de serviços, nos quais há diferenças regulatórias sig-

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nificativas. Ao estabelecer regras comuns e harmonizadas, facilita-se o comércio e se aumenta a segurança jurídica para os investidores. A conclusão do acordo teria um impacto além do aspecto econômico, pois fortaleceria as relações entre as duas regiões e posicionaria o Mercosul como ator relevante no cenário internacional. Além disso, enviaria um sinal positivo de apoio ao multilateralismo e ao sistema de comércio global, em um momento em que o protecionismo e as tensões comerciais estão em alta. Para a efetivação do acordo, sua consistência e longevidade, são importantes fundamentos sólidos e realistas. Ou seja, cabe reconhecer que existem preocupações e obstáculos a serem enfrentados. Um dos principais desafios é garantir a sustentabilidade ambiental e os direitos humanos. Ambas as regiões devem assegurar que as cláusulas considerem a proteção dos biomas, ecossistemas e biodiversidade e o respeito às normas e prerrogativas trabalhistas. Além disso, é necessário garantir que os benefícios do acordo sejam distribuídos de maneira equitativa, para que os setores mais vulneráveis não sejam prejudicados pela liberalização do comércio. Políticas de inclusão social devem ser implementadas para garantir que todos os segmentos da sociedade sejam beneficiados.


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Outro ponto relevante é a necessidade de uma coordenação eficaz entre os países-membros do Mercosul e da União Europeia. É preciso que trabalhem em conjunto para estabelecer mecanismos de implementação e supervisão adequados, bem como para resolver eventuais disputas comerciais. Também é necessário equacionar a resistência de alguns grupos e setores ao acordo. Por isso, os governos envolvidos devem engajar-se em um diálogo aberto e transparente com a sociedade civil, a fim de dissipar preocupações legítimas e construir um consenso. Entendidos os desafios a serem superados, é importante avaliar o capítulo do acordo referente às regras e princípios que regem as compras e contratações públicas realizadas pelos governos, que representam parcela significativa das atividades econômicas de um país. Por isso, as cláusulas que as regem devem promover a transparência, a igualdade de oportunidades e a concorrência justa entre as nações signatárias e suas empresas. Neste aspecto, porém, alguns setores temem que as empresas de países mais desenvolvidos possam ter vantagem competitiva em relação às das demais nações, numa competição desigual. Questiona-se, ainda, que, em alguns casos, setores produtivos do Mercosul teriam menor capacidade de atender às demandas governamentais em termos de qualidade e

quantidade, o que poderia resultar em maior dependência das importações, prejudicando a indústria e o desenvolvimento local. Também há preocupação de que empresas europeias dominem as compras públicas, o que poderia aumentar a concentração do poder econômico e reduzir a concorrência no mercado interno dos países do Mercosul. Considerando essas questões, é fundamental que o capítulo de compras governamentais no acordo seja equilibrado e leve em conta as especificidades e necessidades de cada país. É importante estabelecer mecanismos para o fomento econômico e industrial do Mercosul, garantindo, ao mesmo tempo, a igualdade de oportunidades para as empresas europeias. As regras precisam ter critério, clareza e prevenir qualquer favorecimento. Além disso, é essencial que os governos comprometam-se em promover o desenvolvimento e capacitação das empresas do Mercosul, tornando-as mais competitivas e preparadas para participar do mercado relativo ao poder público. Diante das distintas dificuldades para a implementação do acordo, é decisiva a consciência sobre a imensa dimensão dos ganhos. Por isso, a prevalência do entendimento seria muito benéfica para os dois blocos e um exemplo para o mundo contemporâneo, tão carente de diálogo e boa vontade! RT Revista Têxtil #783 I 29


ALGODÃO

TMG LANÇA CULTIVARES DE ALGODÃO PARA ATENDER DEMANDAS DE COTONICULTORES DA REGIÃO CENTRO-OESTE E NA BAHIA ࣢1&3ࣰ&2*3948 4(477*7&2 ):7&39* *;*3948 7*&1.?&)48 *2 1:(&8 )4 7.4 ;*7)* 57.2&;*7& )4 1*89* * 1:ࣶ8 *):&7)4 2&,&1-࣬*8 *2 & *257*8& /࣪ 7*&1.?4: -47&8 )* 97*.3&2*394 & (4943.(:1947*8 7*85438࣪;*.8 547 :2& ࣪7*& )* -*(9&7*8 )* &1,4)࣬4

A TMG – Tropical Melhoramento & Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, anunciou entre meados de junho último e o início de julho último o lançamento de cultivares de algodão para atender as demandas de produtores do Centro-Oeste do país e do estado da Bahia por variedades com características como alto teto produtivo e qualidade de fibra superior. Os lançamentos ocorreram em três eventos do programa “Mais Performance” – criado pela companhia em 2018 para reforçar o relacionamento com toda a cadeia produtiva de algodão –, entre os dias 13 e 14 de junho último, nas cidades de Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste (MT), e no dia 4 de julho último, em Luís Eduardo Magalhães (BA). Durante os encontros, que reuniram licenciados, consultores, parceiros e cotonicultores, a empresa realizou apresentações sobre seu catálogo de cultivares para a safra 2023/24, permitindo que os participantes conhecessem as novidades e tecnologias desenvolvidas para aprimorar a qualidade da fibra de algodão. De acordo com Vagner Grade, consultor de desenvolvimento de produto na TMG, a empresa está em constante contato com o produtor para entender suas demandas e desenvolver as soluções genéticas. Para a região Centro-Oeste, a companhia apresentou cinco

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Fotos: Divulgação


ALGODÃO

novas variedades, todas com alta qualidade de fibra e desenvolvidas com as tecnologias mais modernas do mercado. “Com isso, completamos o portfólio para atender a todas as necessidades dos cotonicultores da região”, conta o especialista, que reforça que “havia uma demanda por cultivares com tolerância a ramulária e resistência ao nematoide de galha”. Na Bahia, foram lançadas cultivares com alto potencial produtivo, ótimo rendimento de fibra e facilidade no controle da soqueira, além de variedades que podem ser utilizadas como opção para refúgio, tolerância a ramulária, resistência ao nematoide de galha e bom arranque inicial. Grade destaca ainda que a TMG é uma empresa multiplataforma, sendo a única do país a contar com um banco de germoplasma premium, e que oferece cultivares com todas as biotecnologias do mercado. “A TMG trabalha com foco nas necessidades dos produtores, desenvolvendo soluções que atendam as demandas

por tecnologia e atributos genético das cultivares, que contribuem para aumentar cada vez mais o potencial produtivo de forma sustentável, oferecendo inovação a serviço do campo”, reforça.

PROGRAMA MAIS PERFORMANCE ALGODÃO ORIENTA PRODUTORES SOBRE MANEJO O programa Mais Performance Algodão teve início no começo de 2018, quando a empresa começou a convidar especialistas em manejo e outros temas ligados à lavoura para capacitar produtores e parceiros comerciais, com o intuito de aprimorar o trabalho e estimular resultados robustos, sustentabilidade e viabilidade econômica das lavouras de algodão. Durante o ano de 2023, foram realizadas 76 horas de treinamento a 258 cotonicultores dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia, responsáveis por uma área de 374.242 hectares de algodão. RT Revista Têxtil #783 I 31


INFORME PUBLICITÁRIO

BIOE APOSTA NO CLORITO DE SÓDIO E EM FÁBRICA PREMIADA POR PRÁTICAS ESG PARA GANHAR ESPAÇO NO SETOR TÊXTIL ÚNICA FABRICANTE DO CLORITO DE SÓDIO NA AMÉRICA LATINA, EMPRESA FAZ PARTE DO GRUPO SABARÁ, REFERÊNCIA NO SETOR DE TRATAMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO HÁ MAIS DE 65 ANOS

A

BioE - unidade de negócio do Grupo Sabará que atua nos setores sucroalcooleiro, de bebidas, couro, papel e celulose – escolheu o ano de 2023 para reforçar as suas estratégias direcionadas a outro importante segmento da economia nacional: o têxtil. Com participação em eventos importantes, a empresa destina o seu foco para o fornecimento do Clorito de Sódio e de produtos à base de Dióxido de Cloro. Única fabricante de Clorito de Sódio da América Latina, a BioE tem capacidade para produzir mais de 20 mil toneladas anuais da solução. “O Clorito de Sódio é fundamental para esse mercado, pois é altamente eficaz no alvejamento, no tingimento e no acabamento final das fibras durante o preparo do tecido”, explica o diretor comercial da BioE, José Eduardo Donato. “Ele é desenvolvido para aplicações que exijam precisão de dosagem e confiabilidade, além de ser de fácil manuseio e aplicação”, acrescenta. Como parte do plano de ação para a entrada no setor têxtil, a BioE desenvolveu o Chloristone, com foco na indústria, e para as lavanderias, o Chloritex.

SUSTENTABILIDADE A planta fabril da BioE está localizada em Santa Bárbara d’Oeste (SP) e oferece processos 100% automatizados, com maquinários de alta tecnologia que garantem máxima segurança e rendimento na fabricação do Clorito de Sódio e dos demais produtos.

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As práticas de sustentabilidade implantadas na fábrica são valorizadas por diversas entidades nacionais e internacionais, como a Câmara Americana de Comércio (Amcham), que, na edição 2020/21 do Prêmio Eco, reconheceu a produção de Clorito de Sódio do local, graças ao foco em eficiência energética, energia limpa e renovável, uso racional de recursos hídricos e mínima JRNXXइT IJ LFXJX IJ JKJNYT JXYZKF ࣢ & UQFSYF YFRGऍR conta com processo de reaproveitamento do subproduto gerado na produção do Clorito de Sódio, que impede a geração de resíduos. Ѧ3T࣢,WZUT 8FGFWअ T *8, JXYअ UWJXJSYJ FQऍR ITX UWTcessos, já que existe uma preocupação em fornecer produtos mais sustentáveis, com uma menor pegada de carbono, e que sejam seguros para o meio ambiente e às pessoas. Colocamos em prática medidas que viXFR J[NYFW WJXऑIZTX STX UWTHJXXTX ITX࣢HQNJSYJX YWFYFW a água de forma segura e sem contaminantes, além de auxiliar em ações eficazes que impactem positivamente no consumo de recursos naturais”, informa a coordenadora de ESG do Grupo Sabará, Giovanna Cappellano.

CONFIRA AS PRINCIPAIS SOLUÇÕES DA BIOE: •

Chloristone: Na indústria têxtil, o Chloristone (Clorito de Sódio) é utilizado no alvejamento e oxidação da fibra, para que o tecido possa receber o tingimento e acabamento final. Fotos: Divulgação


INFORME PUBLICITÁRIO •

Chloritex: No mercado têxtil, o Chloritex (Clorito de Sódio) destaca-se como um produto essencial para o alvejamento de tecidos, especialmente em lavanderias. De fácil manipulação e dosagem, oferece padrão e garantia de qualidade.

Gerador de Dióxido de Cloro OOW: O Gerador de Dióxido de Cloro Série OOW conta com tecnologia 100% nacional. O equipamento foi desenvolvido para instalações típicas, com capacidade de produção de 0,5 a 25 kg/h de Dióxido de Cloro.

Bissultex: O Bissultex é o “ativador” para geração de Dióxido de Cloro, também usado para aplicações em que se necessita de acidificação do meio ou controle de pH. O produto é uma mistura acidificante, apresenta como seu principal componente T࣢ GNXXZQKFYT IJ XखINT XTQZऋइT࣢ J XFNX NSTWLआSNHTX Na indústria têxtil, também pode ser aplicado para a produção de fibras sintéticas.

Gerador de Dióxido de Cloro UW: O Gerador de Dióxido de Cloro Série UW foi projetado para instalações submersas, por isso apresenta maior nível de segurança, sem risco de vazamento. Possui tecnologia 100% nacional, com capacidade de produção de 0,5 a 25 kg/h de Dióxido de Cloro.

LINHA DE PRODUTOS À BASE DE DIÓXIDO DE CLORO •

Sany-Plus Stabilized – Dióxido de Cloro Líquido Estabilizado: Especialmente desenvolvido à base de Dióxido de Cloro, é um oxidante pelo menos três vezes mais potente que o cloro, tem ação biocida mais rápida e eficaz mesmo em pouco tempo de contato, além de ser um excelente neutralizador de odor. O Sany-Plus Stabilized é destinado a aplicações que exijam precisão de dosagem e confiabilidade, sendo de fácil manuseio e aplicação. Na indústria têxtil possui relevância ainda maior pela aplicação no tratamento da água de efluentes e/ou água de reuso, uma vez que o Programa Zero de Descarga de Produtos Químicos Perigosos (ZDHC), voltado para este setor, foca não só no produto acabado, mas também nos processos de produção, estabelecendo controles de Entrada, de Processo e de Saída, em atenção aos consumidores, pessoas da cadeia de abastecimento e ao meio ambiente. Sany-Plus Powder (Dióxido de Cloro em Pó): Desenvolvido para a formação do Dióxido de Cloro ativo gerado através da mistura de insumos em pó, o Sany-Plus Powder é indicado para vazões maiores e sistemas de média ou alta complexidade. Possui baixo custo de operação, sendo um produto 100% solúvel.

SOBRE A BIOE: A BioE é a unidade de negócio do Grupo Sabará que atua em segmentos industriais tais como sucroalcooleiro, nas indústrias de bebidas, mercado de energia, couro, têxtil, papel e celulose, entre outros. Seus negócios estão direcionados à criação de soluções que aumentem a eficiência de seus clientes de forma global. Para isso, conta com sistemas altamente seguros e técnicos capacitados para realizar a instalação, manutenção e auxiliar na aplicação dos produtos. Em seu portfólio, estão soluções que auxiliam em todas as etapas do processo produtivo, como a adequação da água utilizada em bebidas, fator considerado determinante para garantir a qualidade do produto final.

SOBRE O GRUPO SABARÁ: O Grupo Sabará, com mais de 65 anos de história, é genuinamente brasileiro e reconhecido pela sua capacidade de inovação e adaptação. Há três gerações, o Grupo supera desafios e se destaca nos seus mercados de atuação. Seu compromisso com o bem-estar das pessoas ao redor do mundo vai além da oferta de produtos e serviços inovadores. Suas atividades levam em consideração as gerações futuras, com foco em soluções que garantam a sustentabilidade. Por meio de seus vários ramos de atividade, o Grupo Sabará atua em todo o território nacional e possui presença em países da América do Sul, América do Norte e Europa. É especializado no desenvolvimento de tecnologias, soluções e matérias-primas de alta performance, voltadas aos mercados de tratamento de água no saneamento e indústria, nutrição e saúde animal e às indústrias de alimentos e bebidas. O desenvolvimento de seus produtos conta com o conhecimento e tecnologia 100% nacionais, fator que contribui para o Brasil se tornar referência em pesquisa de produtos em prol de um mundo sustentável.

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MERCADO

UMA RADIOGRAFIA DA CADEIA PRODUTIVA DA MODA PAULISTA COM UM PARQUE FABRIL COM MAIS DE UMA DÉCADA, SETOR TEM QUASE 550 MIL TRABALHADORES NO ESTADO DE SÃO PAULO E PAGA EM MÉDIA R$ 2.774 DE SALÁRIO

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m retrato da cadeia produtiva da moda paulista, com análise do Parque Industrial, Mercado de Trabalho Formal, Fluxo Comercial e Arrecadação de Impostos, foi apresentada dia 8 de agosto último pelo Comitê da Cadeia Produtiva da Moda (Commoda), da Fiesp, à diretora de projetos da Investe SP, Marília Garcez. O objetivo foi discutir ações do governo paulista para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva. Feito em parceria com o Senai-SP, o levantamento extraiu dados de órgãos oficiais como Receita Federal, Secretaria da Fazenda do estado de São Paulo, Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Novo Caged, que reúne dados de emprego formal, e Comex Stat, que centraliza estatísticas de comércio exterior. O levantamento (veja o detalhamento abaixo) foi apresentado pelo especialista em Inteligência de Mercado do Senai-SP, Felipe Augusto, e considerou todas as empresas ativas no estado de São Paulo, incluindo as optantes do Simples, bem como as que atuam em atividades de distribuição e comercialização. A elaboração do material contou com a participação de associações e sindicatos da cadeia da moda: Abicalçados, Abiótica, Abit, Abrafas, Assintecal, CICB, IBGM, Simmesp e Sindicouro. Durante a exposição, Wayner Machado da Silva, diretor titular do Commoda, destacou o peso do setor, com sindicatos e associações expressivos e a oferta de empregos formais. “É um segmento robusto que pode contribuir muito com o desenvolvimento do estado de São Paulo”, disse. A robustez dessa cadeia é prejudicada pela informalidade que, segundo Wainer, anda de mãos dadas com a pirataria. “Ambas precisam ser combatidas”, diz ele. Para Samir Nakad, diretor titular adjunto do Commoda,

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a importação que ocorre via market places, sem o pagamento de impostos, é outro ponto de atenção. Na reunião, também foram levantados temas como qualificação da mão de obra; linhas de financiamento com enfoque em projetos; capital de giro para aumento da competitividade; juros compatíveis; um Plano de Produção para a indústria, a exemplo do Plano Safra destinado ao agronegócio; mitigação da guerra fiscal; devolução de créditos tributários; e a redução de impostos para a cadeia produtiva da moda com a devida revisão de sua carga tributária. Segundo Marília Garcez, a Investe SP captura as empresas que têm previsão de investimentos dentro do seu pipeline. “É um ambiente propositivo para que novos investimentos venham para cá”, disse. Ela acrescentou que deve ser dada ênfase aos produtos verdes, à baixa pegada de carbono que o Brasil tem, com atenção à descarbonização e à Economia Circular, definindo a vocação de cada região e desenvolvê-las com foco, rede de suprimentos como apoio, além da adequação dos recursos hídricos e energéticos existentes.

RAIO-X DA CADEIA PRODUTIVA DA MODA O levantamento feito por Fiesp e Senai-SP mapeou 141.207 CNPJs ativos na cadeia produtiva da moda paulista, que representam 26,91% do total nacional. A idade média do parque fabril é de 10 anos e 10 meses e, por porte, a cadeia é composta por 94,25% de microempresas, 14% de pequenas, e 2,3% de demais portes.


MERCADO •

Empregos – Segundo a RAIS de 2021, a cadeia da moda é responsável pela contratação de 542.757 empregados no estado de São Paulo. Esse número representa 25,58% de todo o país e estão inclusos nesse item atividades de distribuição e comercialização da cadeia da moda, como o varejo. Dos empregos gerados ao longo de toda a cadeia, as mulheres são 62,23%, o que representa 337.736 vagas. Já os homens somam 37,77%, o que equivale a 204.973 postos de trabalho.

Foram analisadas, também, as informações de escolaridade e faixa etária dos contratados. Constatou-se que 378.161 empregados possuem Ensino Médio completo, o que representa 69,68%. E a faixa etária que mais se destaca no setor é a de 30 a 39 anos (27,48% do total), o que equivale a 149.159 contratações.

Salários – Segundo o levantamento, a massa salarial anual de toda a cadeia é de R$ 18,1 bilhões e o salário médio é de R$ 2.774.

Comércio Exterior – Em 2022, os produtos paulistas movimentaram US$ 939 milhões. Os dez principais parceiros comerciais foram responsáveis por US$ 699 milhões do total de exportações, ou seja, 74,45% do total exportado pelo estado. China, Índia, Alemanha, Estados Unidos, México, Colômbia, Peru, Chile, Argentina e Paraguai foram os principais compradores. Quanto à participação, o estado representou 22,41% do total das exportações brasileiras dessa cadeia.

Arrecadação de Impostos – No ano de 2021, a cadeia da moda completa recolheu R$ 6,78 bilhões no estado, valor que representa 3,45% do total de receita advinda do ICMS em 2021. Ao analisar o comportamento ao longo dos anos, foi identificado que, apesar de terem ocorrido variações desde 2016, houve certa estabilidade nos valores arrecadados da cadeia completa entre os anos, com exceção de 2020, ano mais crítico da pandemia. Já nas atividades industriais, houve uma queda mais acentuada, porém, em 2021, voltou a um patamar mais elevado.

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LANÇAMENTO

LECTRA LANÇA A VECTORFASHION IX2 E A VECTORFASHION Q2, UMA NOVA GERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE CORTE INTELIGENTES E CONECTADOS PARA A INDÚSTRIA DA MODA

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Lectra apoia a transformação dos setores da moda, automotivo e móveis, fornecendo soluções tecnológicas que aceleram sua transição para uma Indústria 4.0 mais eficiente e sustentável. O Grupo anuncia o lançamento de uma nova geração de equipamentos de poucas camadas, inteligentes e conectados para a indústria da moda, a VectorFashion iX2 e a VectorFashion Q2. Eles são especialmente adequados para garantir uma transição rápida e fácil da produção em pequenos volumes para volumes maiores de pedidos, mantendo a qualidade de corte ideal. Desenvolvidos com uma abordagem de eco-design, seu impacto ambiental e social foi significativamente melhorado.

desempenho aprimorado, a nova geração de soluções de corte VectorFashion iX2 e VectorFashion Q2 oferece a eles um melhor retorno sobre o investimento e os ajuda a aumentar suas margens, ao mesmo tempo em que reduzem sua pegada ambiental. Como a responsabilidade social corporativa é uma prioridade importante para a Lectra, reforçamos a integração de princípios de eco-design no desenvolvimento desta nova linha. Isso permite que nossos clientes enfrentem os dois principais desafios da indústria da moda: a redução do consumo de energia e materiais”, explica Maximilien Abadie, Diretor de Produtos da Lectra.

Na moda, a tendência atual é voltada para coleções cápsula e a renovação constante de produtos. Portanto, os fabricantes precisam processar mais pedidos com uma maior variedade de materiais a serem cortados e e volumes menores do mesmo modelo. A VectorFashion iX2 e a VectorFashion Q2 permitem que os fabricantes realizem cortes de volumes variáveis de forma ágil, em todos os tipos de materiais.

UMA PEGADA AMBIENTAL REDUZIDA

“À medida que as economias de escala se tornam cada vez mais difíceis de alcançar, os fabricantes de moda precisam ganhar flexibilidade enquanto controlam os custos associados à produção dos pedidos que recebem. Com custos de operação otimizados e

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As grandes empresas da indústria da moda têm expectativas cada vez maiores em relação à pegada ambiental de seus negócios. A Lectra atende às suas necessidades aplicando princípios de design ecológico. A VectorFashion iX2 e a VectorFashion Q2 consomem de 30% a 40% menos energia do que as versões anteriores, que já eram conhecidas por sua eficiência energética superior. Eles pesam 200 kg a menos do que seus predecessores e têm um tamanho mais compacto. Como resultado, a pegada de carbono associada ao transporte do equipamento, bem como aos recursos utilizados Fotos: Divulgação


LANÇAMENTO

em sua produção e manutenção, também é significativamente reduzida.

embutidos, tornando-os totalmente compatíveis com a Indústria 4.0.

A ergonomia e a proteção do operador, preocupações-chave da Lectra, foram completamente reconsideradas, com a introdução de novos padrões para placas eletrônicas, a integração de radares de detecção de movimento e a redução dos níveis de ruído do equipamento. Isso garante o conforto e a segurança ideais do operador, ao mesmo tempo em que minimiza o tempo de inatividade do equipamento.

Graças à inteligência de dados e à melhor conectividade, os fabricantes têm todas as informações de que precisam para aumentar a eficiência de seus processos, impulsionar a produtividade, melhorar a qualidade do produto e enfrentar melhor os desafios do futuro.

MAIS CONECTIVIDADE, MAIS INTELIGÊNCIA, MAIS EFICIÊNCIA. A VectorFashion iX2 e a VectorFashion Q2 oferecem um alto nível de conectividade graças a vários sensores

Eles também se beneficiam de novos serviços associados, além de manutenção preditiva com conteúdo digital enriquecido para maior autonomia. As operações de manutenção são reduzidas pela metade, resultando em custos de consumo mais baixos e um aumento significativo na disponibilidade do equipamento em comparação com a geração anterior. RT Revista Têxtil #783 I 37


DIGITAL

APELO SUSTENTÁVEL E ALTA PRODUÇÃO FAZEM DA IMPRESSÃO DIGITAL UMA DAS TENDÊNCIAS DA INDÚSTRIA TÊXTIL

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EO de uma das maiores referências em soluções para o mercado de estamparia, Felipe Sanchez, do Grupo Bloom, tem boas expectativas com relação ao crescimento do segmento baseado na necessidade cada vez maior de alternativas menos danosas ao meio ambiente O mundo da moda está passando por uma verdadeira revolução, à medida que as empresas buscam soluções mais sustentáveis para suas práticas e processos produtivos. Um setor que tem se destacado nessa jornada rumo à sustentabilidade é a indústria têxtil, com a crescente adoção da impressão digital como um pilar-chave para a redução do impacto ambiental e a produção sob demanda. Para Felipe Sanchez, CEO do Grupo Boom - referência no país na oferta desse tipo de solução -, quando comparada aos métodos tradicionais de estamparia, a digital traz uma série de vantagens ambientais significativas. “Empresas em todo o mundo estão cada vez mais conscientes da necessidade de minimizar o consumo de água, reduzir resíduos, evitar desperdícios e utilizar tintas ecologicamente sustentáveis em suas operações. Nesse contexto, a impressão digital se apresenta como uma alternativa ecologicamente responsável, revolucionando a forma como a moda é UWTIZ_NIF J HTSXZRNIFѧ HTRJSYF JQJ ࣢ Um levantamento publicado pela Global Fashion Agenda, no segundo semestre de 2022, confirmou que a indústria da moda continua sendo a segunda que mais polui o meio ambiente no mundo. Ela fica atrás apenas da indústria petrolífera, conforme

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apurado pela organização, que revelou que mais de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis foram descartados nos últimos anos - número que deve aumentar em 60 % em menos de uma década. Diante disso, especialistas enxergam a necessidade de que esforços sejam empenhados na construção de uma indústria têxtil mais sustentável. Segundo Sanchez, para isso é preciso que haja uma sensibilização maior por parte dos consumidores e dos produtores de moda, para a criação de produtos sustentáveis, que utilizem menos recursos naturais como a água e não poluem a natureza. Para isso, ele ressalta a importância de oferecer soluções inovadoras e ecológicas para o mercado da moda no Brasil. O próprio Grupo Bloom tem em seu portfólio máquinas que consomem até 85% menos água e 88% menos JSJWLNF JR WJQFऋइT ऄX HTS[JSHNTSFNX ࣢࣢ “Nós acreditamos que é fundamental investir em tecnologias que reduzam o impacto ambiental e, ao mesmo tempo, permitam a criação de produtos personalizados e de alta qualidade. A impressão digital é uma dessas tecnologias e tem sido uma peça-chave na produção sustentável”, comenta. O Grupo Bloom atende grande parte do mercado brasileiro através de marcas parceiras e com produtos de marca própria, com máquinas, tintas sustentáveis e linha de papéis para impressão têxtil. O foco da empresa é oferecer respostas às necessidades da indústria na busca de soluções que possibilitem a redução de desperdício, menor impacto hídrico e a oferta de produtos personalizados. Fotos: Divulgação


DIGITAL

Outra pauta levantada pela empresa brasileira e que ganha força com a impressão digital é a produção sob demanda. Que permite que os fabricantes possam contar com velocidade e diversidade de criação, sem abrir mão da qualidade dos produtos, e, o mais importante: produzindo apenas o que realmente é ne-

cessário. Uma forma de eliminar os estoques parados, um dos grandes gargalos da indústria da moda, que prejudica o bolso e o meio ambiente. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), cerca de 24% do que é produzido não é vendido. RT Revista Têxtil #783 I 39


NÃOTECIDOS

PRODUTIVIDADE E ECONOMIA CIRCULAR

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BASF traz para a indústria têxtil do Brasil e região suas soluções para garantir eficiência, produtividade e principalmente sustentabilidade para a produção de tecidos nãotecidos (TNT) – estrutura têxtil plana feita com fibras ou filamentos. Com uma infinidade de aplicações, os TNTs são essenciais para aplicações em higiene pessoal, como fraldas, absorventes e lenços umedecidos, em materiais de proteção pessoal e funcionais, como máscaras, aventais e outros aparatos médicos e até no setor de construção. Entre as tecnologias mais versáteis para essa indústria, o Irgatec® CR 76 IC é uma solução única, versátil e que traz vantagens econômicas para a produção de tecidos nãotecidos de polipropileno das mais variadas texturas e densidades, produzindo tecidos do tipo mais leve ao mais encorpado. A tecnologia inovadora do IRGATEC® CR 76 IC reduz a viscosidade do fundido, controlando assim a degradação e o peso molecular do polipropileno durante a fiação. Além disso, reduz a distribuição de peso molecular, trazendo melhor desempenho do tecido nãotecido. Os filamentos simples dos meltblowns são mais finos, mais fortes e mais flexíveis do que os da tecnologia existente. Além disso, a tecnologia Irgatec® melhora as propriedades mecânicas e de barreira, oferece um ótimo potencial de downgauging (com uso reduzido de material), permite construções multicamadas e maior durabilidade do produto. Também oferece requisitos importantes de sustentabilidade, incluindo reutilização interna de materiais que seriam descartados, reduzindo desperdício e promovendo a economia circular. Garante economia de recursos, redução nas emissões e é mais seguro de manusear em comparação às alternativas que contém peróxido.

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“IRGATEC® CR 76 IC é um modificador de polímero livre de peróxido exclusivo para nãotecidos de polipropileno que aumenta significativamente a qualidade dos tecidos nãotecidos proporcionando mais flexibilidade na seleção de matérias-primas”, afirma Daniella La Torre, Especialista técnica de Aditivos para Plásticos da BASF. Para complementar a oferta de tecnologia de última geração, o Irgatec® CR 25 responde à necessidade da indústria de aumentar ligeiramente o índice de fluidez, oferecendo uma janela de processamento mais ampla, levando a uma melhor estabilidade do processo e menor consumo de energia.

REQUISITOS PARA ECONOMIA CIRCULAR Uma das chaves para alcançar a sustentabilidade na indústria têxtil e de fibras é tornar os processos de produção de plásticos mais eficientes e permitir que os materiais sejam reciclados. Os TNTs são utilizados na fabricação de produtos que, embora sejam descartáveis, são essenciais para a saúde, segurança e bem-estar das pessoas, e se tornaram indispensáveis no cotidiano. A reciclabilidade e a incorporação de quantidades cada vez maiores de material reciclado, a fim de preservar os recursos, são características que ajudarão a melhorar a sustentabilidade global desses produtos. O Irgatec® CR 76 IC permite que a produção inclua a reciclagem de reparas decorrentes de cortes ou materiais com defeitos de produção, resultando num produto de alta qualidade. Estudo realizado pela BASF mostra que ele mantém, mesmo após 4 ciclos, as propriedades de barreira comparáveis à primeira RT etapa de reciclagem. Fotos: Divulgação


NÃOTECIDOS

INDA FAZ PARCERIA COM EDANA PARA EXPANDIR O ALCANCE DO PRIMEIRO PROGRAMA DE QUALIDADE E AUDITORIA DO SETOR PARA FORNECEDORES DE PRODUTOS DE HIGIENE O PROGRAMA DE QUALIDADE E AUDITORIA - UMA INICIATIVA VOLUNTÁRIA PARA O SETOR DE PRODUTOS DE HIGIENE AGORA ESTÁ DISPONÍVEL NOS ESTADOS UNIDOS.

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INDA e a EDANA, as principais associações comerciais que representam os setores de não tecidos e afins, uniram forças para implementar e apoiar o primeiro Programa de Qualidade e Auditoria (QAP) do setor nos Estados Unidos. Esse esforço conjunto aumentará o alcance e o apoio ao programa nos setores de produtos absorventes de higiene e lenços umedecidos da América do Norte. Assim como a harmonização dos métodos de teste anos atrás, esse programa conjunto tem o potencial de reduzir a complexidade para fornecedores e convertedores de AHP e lenços umedecidos. Esse programa surgiu da ineficiência de enfrentar várias auditorias de programas de auditoria de fornecedores de convertedores, muitas vezes avaliando requisitos semelhantes, mas de acordo com padrões diferentes. O programa passou por uma fase rigorosa de testes e testes-piloto antes de ser implementado no verão de 2022. Inicialmente disponível apenas na Europa, o programa está expandindo seu alcance para abranger a Ásia e as Américas. “A INDA tem o prazer de fazer parceria com a EDANA para promover esse programa para o benefício e a efi-

ciência do setor”, disse Tony Fragnito, presidente da INDA. “Com essa parceria, acreditamos que o QAP se tornará o padrão de qualidade global no setor de higiene, garantindo assim que os produtos de consumo em todo o setor sejam da mais alta qualidade.” “Atendendo às necessidades de muitos de nossos membros e com base nos primeiros resultados desde sua implementação na Europa há pouco mais de um ano, estamos fortemente convencidos de que o QAP é um avanço significativo para o setor. Embora ainda exija uma espécie de mudança de paradigma, temos certeza de que um número cada vez maior de participantes do setor em todo o mundo adotará o programa”, disse Murat Dogru, Gerente Geral da EDANA. “Estou ansioso para fazer uma parceria com a INDA para levar o QAP ao mercado norte-americano.”

AGENDA EDANA está organizando o OUTLOOKTM no Algarve, Portugal, de 18 a 20 de outubro, e o Fórum de Sustentabilidade da EDANA em Bruxelas, Bélgica, de 28 a 30 de novembro, que incluirá uma visita ao ParlaRT mento Europeu. Revista Têxtil #783 I 41


EVENTOS

PÁTIO BATEL FASHION WALK 2023(PBFW): O EVENTO QUE MARCOU O ROTEIRO DA MODA NACIONAL COM DOIS DIAS DE DESFILE E MAIS DE 80 MARCAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS, EVENTO CONTOU COM A PRESENÇA DE GRANDES NOMES DA MODA BRASILEIRA

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Pátio Batel Fashion Walk (PBFW) teve seu retorno nos dias 22 e 23 de agosto último, trazendo desfile exclusivo de marcas internacionais e dando destaque à moda paranaense com a estreia do LABmoda nas passarelas. Com direção criativa de Paulo Borges, idealizador do SPFW, o conceito inédito de integrar os quatro pisos do átrio trouxe uma ambientação única para o evento. “Este é um momento de celebração, buscamos ocupar o espaço em toda sua dimensão e grandiosidade, para valorizar a multiplicidade de propostas criativas que refletem a força do Pátio Batel, contribuindo para aproximar ainda mais o público de um olhar contemporâneo de moda”, destaca Paulo Borges.

DESTAQUE DAS PASSARELAS Durante os dois dias, o PBFW reuniu grandes nomes, com um time de 50 modelos desfilando cerca de 150 looks, entre marcas nacionais e internacionais, além das autorais curitibanas. O styling do evento nacional, foi assinado por Paulo Martinez com perfeccionismo, técnica e olhar aguçado O primeiro dia trouxe um desfile exclusivo das marcas internacionais Burberry, Emporio Armani, Salvatore Ferragamo, Dolce & Gabbana, Max Mara e Hugo Boss com destaque para a modelo Renata Kuerten inaugurando a passarela em espiral. Já no segundo dia, Carol Ribeiro

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foi o grande destaque, abrindo o desfile das multimarcas. O desfile também contou com o brilho de Carmelita Mendes, Rosa Saito e a paranaense Vivi Orth.

ALÉM DOS DESFILES A programação completa do PBFW trouxe mais de 70 ações e eventos realizados pelos lojistas. Considerado a maior referência brasileira em alfaiataria masculina, Ricardo Almeida participou de um bate-papo exclusivo celebrando os 40 anos da marca. Na própria loja, ele compartilhou suas experiências com a moda e, também, conversou com o público presente. Já a Bergerson convidou a diretora de moda Larissa Lucchese para um bate-papo. Na Dolce & Gabbana, em evento exclusivo para convidados, foi realizado um warm-up com Donata Meirelles, uma das maiores autoridades da moda do Brasil. No último dia, a NV convidou a sua RP, Tami Magacho, para falar sobre sua trajetória e a nova coleção da marca.

TALK COM GLORIA KALIL TROUXE DISCUSSÃO SOBRE A “ESPIRAL DA MODA” Outro grande destaque do PBFW foi a presença de Gloria Kalil, que participou de um bate-papo aberto ao público, na passarela, com Paulo Borges, mediado por Fotos: Divulgação

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EVENTOS

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EVENTOS Graça Cabral, cofundadora do SPFW. A conversa teve como tema “A espiral da moda no século 21 – uma visão panorâmica”. Durante o talk, Gloria Kalil comentou sobre as tendências de moda deste século, trazendo uma visão única. “A moda é: what’s next? Tudo bem, quanto a tecnologia e inteligência artificial, mas a moda possui uma questão da vida que é o que nos atualiza, que nos torna parte do novo e isso é algo que permanecerá”, disse ela, sobre a evolução das tecnologias como a inteligência artificial no mundo da moda. Por sua vez, Paulo Borges disse: “Moda é comportamento. Pensando nessas transformações, de uma maneira geral, esse modelo de semana começou apenas no pós-guerra, a semana de moda de Paris, por exemplo, começou em 1973. A visão de globalização trouxe a percepção de que moda é construção de marca. Muitas das marcas presentes no Pátio Batel, por exemplo, foram responsáveis por levar o desejo de moda para uma discussão global. Isso trouxe uma visão ao público de: ‘eu posso estar ali’”.

LABMODA ESTREIA A MODA PARANAENSE NO EVENTO Outro momento especial da edição de 2023 foi a estreia do LABmoda no evento, que contou com uma seleção de 20 marcas curitibanas, desde moda feminina e masculina, até joias e acessórios, trazendo a pluralidade paranaense no cenário fashion. “Ficamos muito felizes com o convite, pois reconhecemos a importância do PBFW no calendário de moda da cidade. Desfilar ao lado de grandes marcas internacionais mostra o reconhecimento do Pátio Batel pela produção autoral local” conta Rafael Perry, diretor da Infinitoo e organizador do LABmoda. O LABmoda convidou Mariah Salomão, designer e professora do curso de moda do Centro Europeu, para liderar a curadoria e fazer a direção criativa do desfile. O tema escolhido foi “luxury wellness”, uma abordagem inovadora que explora a intersecção entre luxo e bem-

-estar, incentivando uma reflexão sobre a moda como meio de expressão pessoal e autocuidado. “Eu percebi uma tendência do uso de roupas de performance junto com o uso de roupas casuais e isso começou a aparecer muito, criando esse paralelo do luxo residir no bem-estar”, afirma a curadora.

SALDO POSITIVO DA ORGANIZAÇÃO “O saldo desta 7ª edição, após o hiato por conta da pandemia, é muito positivo”, avalia Fernando Bonamico, superintendente do Pátio Batel. “Paulo Borges transformou o átrio em uma atmosfera única, que trouxe sinergia entre público e passarela nos dois dias de evento. Com nomes de peso, o PBFW está de volta ao roteiro da moda nacional. Queremos, ano após ano, trazer essa sensação única para o nosso público”. Durante dois dias, o PBFW reuniu grandes nomes da moda brasileira, um time de modelos desfilando diversos looks de marcas nacionais e internacionais. Depois de três anos, sua volta marca também os 10 anos do Pátio Batel, que celebrou a ocasião com uma festa exclusiva de pós-desfile. Com transmissão ao vivo pelo Youtube e cobertura completa no Instagram, o Pátio Batel consolidou sua relevância fashion em todo o Sul RT nessa primeira década.

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EVENTOS

BLUMENAU SEDIOU A FITMATÊXTIL EM AGOSTO FEIRA REUNIU 70 FABRICANTES DE MÁQUINAS E ACESSÓRIOS, NO SETOR 2 DA VILA GERMÂNICA

Entre os dias 8 e 11 de agosto último, fabricantes de máquinas e acessórios para o setor têxtil tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos para clientes potenciais de um mercado detentor de 36,8% da produção brasileira deste segmento econômico. O Setor 2 do Parque Vila Germânica, em Blumenau, recebeu a primeira edição da Feira de Inovações Tecnológicas, Máquinas e Acessórios Têxteis (Fitmatêxtil), que ocupou 8000 metros quadrados.

O evento contou com a participação de 70 expositores nacionais fabricantes que atuam no fornecimento de Equipamentos, Química, Embalagem, Acabamento, Tinturaria, Estamparia, Costura, Bordados, Fiação, Acessórios, entre outros.

DIA 9 DE AGOSTO

DIA 10 DE AGOSTO

TEMA: SOLUÇÕES CRIATIVAS PARA A INDÚSTRIA DA MODA

TEMA: USINAS FOTOVOLTAICAS PARA INVESTIMENTO

PALESTRANTE -EGERIA HOELLER BORGES SCHAEFER¸ docente da UNIVALI e consultora na área de Criação e Produção de Moda, Ergonomia, Vestuário, Modelagem e Projetos em Design de Moda. Desde 2022 atua como coordenadora do curso de Design de Moda UniSenai campus Blumenau.

PALESTRANTE: THOMAS KOCH (Solar Vale – Energia da Transformação)

TEMA: TECNOLOGIAS PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL APRESENTADAS NA ITMA 2023 PALESTRANTE: JAIRO DIAS, profissional com 26 anos no setor têxtil. Atualmente é Coordenador do Instituto Senai de Tecnologia Têxtil, Vestuário e Desing. TEMA: APLICAÇÃO DE AGENTES CATIÔNICOS EM PROCESSOS DE BENEFICIAMENTO TÊXTIL PALESTRANTE: Karine Thaise Rainert

Além da exposição de equipamentos e acessórios, a Fitmatêxtil abriu espaço para apresentação de seis palestras técnicas:

TEMA: COMO REDUZIR CUSTOS NA ÁREA TÊXTIL COM SEGURANÇA DO TRABALHO PALESTRANTE: KARINE FERREIRA TEMA: MERCADO LIVRE DE ENERGIA APLICADO AO SETOR TÊXTIL PALESTRANTE: LUIS H. SCHUSTER (Solar Pró Sistemas de Energia)

O evento que será bienal contou com o patrocínio máster do SEBRAE-SC e o apoio institucional do SCMC - Santa Catarina Moda e Cultura, Sintex, Simmmeb, Abimaq, FIESC e da ACIB. RT Revista Têxtil #783 I 45

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EVENTOS

BRASIL ECO FASHION REALIZOU CONFERÊNCIA DE MODA SUSTENTÁVEL EM BELÉM, NO PARÁ

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conferência foi realizada em 10 de agosto de 2023, na sequência da Cúpula da Amazônia para receber marcas e projetos que permeiam a região Norte do país e que participam do evento anual Brasil. É a primeira vez que a plataforma que vem reunindo marcas de moda sustentável de todo o Brasil realiza uma conferência itinerante.

de moda e criativos para compartilhar experiências e ideias. “A proposta é contribuir para a transformação da indústria da moda, que é um importante setor econômico, mas se tornou vilã na crise climática, já que vem produzindo 10% das emissões de carbono da humanidade, secando fontes de água e poluindo rios e oceanos”, declarou Morais.

O evento denominado “Conectando Brasilidades”, faz parte da abertura oficial da semana de moda BEFW que será realizada em dezembro, em São Paulo. “O tema da Conferência é a essência de nosso evento anual já que promovemos a moda sustentável produzida em diferentes regiões do país. Trata-se de um país plural onde, por exemplo, marcas da região Sudeste como Flávia Amadeu, Bossapack e Vert Shoes estão conectadas com fornecedores da Amazônia fazendo intercâmbio de tecnologia em biodesign, com projetos e materiais provenientes das riquezas da floresta. A moda da Amazônia também apresenta inovações como os pigmentos e as impressões botânicas da marca Ludimila Heringer ou as tecelagens inéditas feitas com a fibra tururi desenvolvidas pela We’e’ena Tikuna, assim como a marca Sioduhi Studio com o desenvolvimento do tingimento à base de mandioca. É preciso aprofundar estes diálogos e compartilhar estes conhecimentos para o desenvolvimento da economia criativa nacional”, justifica Rafael Morais, diretor executivo da plataforma Brasil Eco Fashion.

A conferência quer demonstrar que há esperança de um novo caminho e que o Brasil pode ser referência positiva no segmento da moda sustentável contribuindo para o desenvolvimento local. De acordo com o WJQFYखWNT Ѧ4 *XYFIT IF 2TIF ѧ࣢UZGQNHFIT UJQF ,QTGFQ +FXMNTS &LJSIF J UJQT 'TXYTS (TSXZQYNSL ,WTZU T RJWHFIT LQTGFQ IJ RTIF XZXYJSYअ[JQ IJ[J FYNSLNW :8 64,4 bilhões até 2025 impulsionado por uma série de fatores, incluindo: aumento da conscientização dos consumidores e também da disponibilidade de produtos de moda sustentável.

A escolha de Belém para a realização da primeira Conferência também comemora a capital do Pará como sede da Conferência do Clima das Nações Unidas COP30 - em 2025, reforçando a importância da moda sustentável produzida no Brasil na pauta da agenda ambiental global. A conferência reuniu entidades profissionais, acadêmicos, instituições, estudantes

Desta forma, a proposta é ampliar as vozes da cadeia de suprimentos que está focada na produção orientada pela sustentabilidade, divulgando as últimas tendências de mercado, além de promover a interação entre os profissionais do setor. “A conferência é um espaço de debates sobre circularidade, modelos de negócio, inovação em materiais, novos padrões de produção e reciclagem”, conclui o executivo. O evento é realizado com a colaboração em Belém da consultora Marina Kalif e o apoio de marcas participantes do BEFW. Para a seleção das marcas que vão participar dos desfiles e showroom do Brasil Eco Fashion Week de 07 a 09 de dezembro 2023, na cidade de São Paulo no Centro de Convenções Frei Caneca- São Paulo - SP , haverá seleção e curadoria com especialistas do setor. As inscrições são pela plataforma Brasil Eco Fashion. RT

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EVENTOS

FOTO 1 Desfile Ludimila Heringer print botânico Amazônia BEFW 6ªEdição CoCriando o Futuro. Créditos: AgênciaFotosite FOTO 2 Desfile Weena Tikuna BEFW 6ªEdição CoCriando o Futuro. Créditos: Agência Fotosite FOTO 3 Rafaela Cocal no desfile Sioduhi BEFW 6ªEdição CoCriando o Futuro. Créditos: Agência Fotosite

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EVENTOS

2ª EDIÇÃO DO FEBRATEX SUMMIT TEM COMO FOCO ECONOMIA CIRCULAR E SUSTENTABILIDADE PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL E DE EVENTOS O EVENTO OCORREU EM BLUMENAU (SC), NOS DIAS 23 E 24 DE AGOSTO ÚLTIMO E APRESENTOU CONTEÚDOS E SOLUÇÕES PARA UMA INDÚSTRIA TÊXTIL MAIS SUSTENTÁVEL, INOVADORA E COMPETITIVA QUE VAI DESDE A MATÉRIA-PRIMA AO VAREJO.

A

preocupação da indústria têxtil brasileira com a sustentabilidade é crescente, visto que a cadeia é responsável pela emissão de cerca de 8% dos gases tóxicos que contribuem para as mudanças climáticas e a segunda mais poluidora do mundo, ficando apenas atrás da indústria petrolífera. Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com o intuito de promover uma indústria mais sustenYअ[JQ F m JINऋइT IT࣢ +JGWFYJ] 8ZRRNY VZJ THTWWJZ JR 'QZRJSFZ 8FSYF (FYFWNSF STX INFX J IJ FLTXYT último, teve como foco promover conhecimento sobre sustentabilidade e inovação para a indústria têxtil. De FHTWIT HTR࣢ ,NTWIFSF 2FIJNWF INWJYTWF J]JHZYN[F IT +JGWFYJ] ,WTZU ZRF IFX UWNSHNUFNX UWTRTYTWFX IJ KJNras têxteis na América Latina, o evento apresentou soluções de empresas expositoras para promover a prática de negócios com foco nos três pilares: Inovação, BusiSJXX J 8ZXYJSYFGNQNIFIJ Ѧ& XJLZSIF JINऋइT IT 8ZRRNY será exemplo e prática sobre economia circular para a NSIछXYWNF Yऎ]YNQ J IJ J[JSYTXѧ ࣢ 4 UWNRJNWT INF IT +JGWFYJ] 8ZRRNY JQJ[TZ TX IJGFYJX sobre sustentabilidade na indústria da moda e o futuro do setor como um dos segmentos mais importantes do mercado brasileiro. Palestras com representantes dos

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principais players do segmento discutiram ações práticas como a redução de resíduos industriais, digitalizaऋइT IJ UWTHJXXTX J SJZYWFQNIFIJ HFWGगSNHF ࣢ 3F FGJWYZWF F INWJYTWF J]JHZYN[F IT +JGWFYJ] ,WTZU ,NTWIFSF 2FIJNWF IJXYFHTZ F NRUTWYआSHNF IJ UWTRT[JW um evento que tenha como objetivo discutir os rumos da indústria têxtil brasileira e a posição dela no desen[TQ[NRJSYT LQTGFQ 7JXXFQYTZ FNSIF VZJ T +JGWFYJ] 8ZRmit é a concretização de um sonho que nasceu a partir da necessidade de oferecer um espaço de reflexão soGWJ YTIF F HFIJNF ࣢ Ѧ4 8ZRRNY ऍ ZR J[JSYT NSऍINYT HTR KTHT JR NST[FऋइT e sustentabilidade, um evento disruptivo com a marca IF +JGWFYJ] *XYFW FVZN MTOJ ऍ ZRF UWT[F IJ VZJ TX TGXtáculos foram superados e ver o evento acontecendo como idealizamos é um sonho realizado, o sonho de promover a indústria têxtil brasileira pelo mundo como uma indústria transparente, ética e comprometida com T IJXJS[TQ[NRJSYT XZXYJSYअ[JQѧ IJHQFWTZ ࣢ 4 +JGWFYJ] 8ZRRNY ऍ ZR J[JSYT NSYJWSFHNTSFQ IJ HTSteúdo e conexões para negócios sustentáveis e inovaITWJX IJWN[FIT IF +JNWF +JGWFYJ] J UWTRT[NIT UJQT +JGWFYJ] ,WTZU J <F^ YJ] Fotos: Divulgação

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EVENTOS

8:89*39&'.1.)&)*࣢ 4 +JGWFYJ] 8ZRRNY UWJYJSIJ XJ YTWSFW T UWNRJNWT J[JSYT da América Latina a receber a certificação Lixo Zero e o YJRF KTN IJXYFVZJ SF UFQJXYWF࣢Ѧ1N]T ?JWT ࣢ZR HFRNSMT para potencializar a sustentabilidade do seu negócio *ZWT &RGNJSYFQ J 0FWXYJSѧ ࣢& HJWYNKNHFऋइT 1N]T ?JWT ऍ concedida para eventos ou empresas que conseguem encaminhar corretamente mais de 90% dos resíduos LJWFITX & 0FWXYJS JRUWJXF IT XJLRJSYT Yऎ]YNQ IJ 'QZRJSFZ HTSXJLZNZ WJHNHQFW ITX WJXऑIZTX LJWFITX J HTSVZNXYTZ T XJQT ST RऎX IJ FLTXYT ࣢5FWF ,FGWNJQ (WNXYTKTQNSN (*4 IF *ZWT &RGNJSYFQ JRUWJXF referência no segmento de soluções ambientais para a indústria têxtil, existem muitos desafios para sensibili_FW J HTSXHNJSYN_FW FX UJXXTFX Ѧ*XYFRTX [N[JSHNFSIT F cultura do desperdício, de comprar e jogar fora”, explica. &T KNSFQ IF UFQJXYWF ,FGWNJQ YFRGऍR WJFQN_TZ F JSYWJLF TKNHNFQ IT 8JQT 1N]T ?JWT UFWF F 0FWXYJS ࣢ Oportunidades e desafios da moda para o avanço do IJXJS[TQ[NRJSYT XZXYJSYअ[JQ KTWFR IJGFYNITX UTW࣢&QJ]FSIJW 7TXJ 43: *IRZSIT 1NRF &';9*= *IZFWIT +JWQFZYT 1TOFX 7JSSJW J 7JLNSF )ZWFSYJ 1TOFX 7JSSJW HTR RJINFऋइT IJ &RऍQNF 2FQMJNWTX +NJXH 7TXJ KFQTZ XTGWJ F FLJSIF *8, IT 5FHYT ,QTGFQ JXYFGJQJHNIT

pela ONU, conjunto de práticas criadas com o objetivo de orientar as empresas para ações mais sustentáveis. A missão é compartilhada pela Abvtex, que reúne grandes varejistas, todos com o objetivo de tornar a cadeia produtiva mais sustentável. Uma das ações da associação busca dar formação para varejistas e para a cadeia produtiva na temática do clima. As Lojas Renner também demonstraram o compromisso com transparência e sustentabilidade e a necessidade de colaboração de todas as partes da cadeia envolvidas. 8ZXYJSYFGNQNIFIJ J YJHSTQTLNF SF NSIछXYWNF Yऎ]YNQ KTWFR TX UWNSHNUFNX FXXZSYTX IF UFQJXYWF࣢Ѧ2FQMFWNFX IT KZYZro: uma nova visão para conectar pessoas, empresas e estratégias mais inovadoras e sustentáveis na indúsYWNF Yऎ]YNQѧ 4 UFNSJQ RJINFIT UTW ,NTWIFSF 2FIJNWF IT +JGWFYJ] ,WTZU HTRUFWTZ FX WJFQNIFIJX IT 'WFXNQ J Portugal no ramo têxtil e abordou os desafios de inovar FYWF[ऍX IJ ZRF HTS[JWXF JSYWJ &SIWऍ 0QJNS (*4 IF )FQNQF &YJQNऎ J 7NHFWIT 8NQ[F (*4 IF JRUWJXF UTWYZLZJXF 9NSYJ]Y 9J]YNQJX 8NQ[F WJXXFQYTZ F NRUTWYआSHNF IJ FQNFW a tecnologia com o trabalho humano para garantir a qualidade dos processos e da entrega dos produtos IJSYWT IJ ZRF JRUWJXF Ѧ4 STXXT HFRNSMT STX छQYNRTX dois anos é claramente a digitalização. Quebrar o uso do papel, quebrar os processos, automatizar o máximo Revista Têxtil #783 I 49

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EVENTOS

possível as operações desnecessárias, mas ressaltar a NSYJWFऋइT MZRFSFѧ IJXYFHTZ T (*4 ࣢ +अGNT ;NFSF 'FWGTXF INWJYTW IT XJYTW IJ RFQMFX J YJHNITX IF 8JRJFW 9ऎ]YNQ HTRUFWYNQMTZ J]UJWNऎSHNFX XTGWJ JHTSTRNF HNWHZQFW ST YFQP Ѧ8JRJFW *HTYऎ]YNQ (TRT JQF NRUFHYF T RZSIT IF RTIF XZXYJSYअ[JQѧ ࣢'FWGTXF WJKTWçou a necessidade das marcas buscarem a sustentabilidade como um diferencial para os clientes. Como exemplo, trouxe desfiles 100% sustentáveis e exposições internacionais de roupas de tecidos fornecidos UJQF 8JRJFW *HTYऎ]YNQ ࣢

:R ITX YJRFX RFNX IJGFYNITX ST +JGWFYJ] 8ZRRNY ऍ a circularidade na indústria têxtil e todas as suas persUJHYN[FX 4 INWJYTW IJ TUJWFऋघJX IF *ZWTKNTX &INQXTS 2TZWF FUWJXJSYTZ UTXXNGNQNIFIJX IJ NS[JXYNRJSYT JR sustentabilidade por meio da gestão de resíduos no YFQP࣢Ѧ(NWHZQFWNIFIJ FYWF[ऍX IF WJHNHQFLJR Yऎ]YNQѧ 2TZWF IJXYFHTZ F NRUTWYआSHNF IJ KF_JW JXXJ LJWJSHNFRJSYT uma vez que o planeta já está em um nível crítico de consumo de recursos não renováveis e que a estimativa é de que a população global, que já é de 8 bilhões IJ UJXXTFX XNLF HWJXHJSIT FYऍ ࣢Ѧࣲ SJHJXXअWNT J possível migrar do modelo linear de produção - extrair,

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EVENTOS transformar e descartar - para um modelo circular, estabelecendo um novo relacionamento com bens e materiais, aumentando e longevidade dos recursos e criando RTIJQTX IJ SJLखHNTX XZXYJSYअ[JNXѧ FKNWRTZ ࣢ O relatório de sustentabilidade é uma forma da empresa tomar consciência das suas práticas e saber o que precisa ser alterado para melhorar a relação da organização HTR T RJNT FRGNJSYJ *XXJ KTN T FXXZSYT IT YFQP Ѧ& WJQJ[आSHNF IT WJQFYखWNT IJ XZXYJSYFGNQNIFIJ UFWF F HTSXYWZção de uma cultura orientada para valores na Capricórnio 9ऎ]YNQѧ FUWJXJSYFIT UJQFX UWTKNXXNTSFNX IF JRUWJXF ,FGW^JQQF 2JSITSऋF XZUJW[NXTWF IJ XZXYJSYFGNQNIFIJ J &SF ;FQFIFWJX FSFQNXYF IJ XZXYJSYFGNQNIFIJ 5FWF HTSXYWZNW T relatório, a primeira etapa foi uma rodada de entrevistas com os stakeholders. Por último, foi construída uma matriz de materialidade, reunindo as respostas de todos os stakeholders. O tema mais citado foi o de uso e gestão de água na empresa. Com base nessa matriz, a empresa construiu uma série de projetos para suprir esses e outros temas materiais, melhorando as práticas da emUWJXF JR WJQFऋइT FT RJNT FRGNJSYJ 8ZXYJSYFGNQNIFIJ ऍ OTWSFIF SइT IJXYNST *XYJ KTN T YJRF IT YFQP FUWJXJSYFIT UTW 8ZJQJS /TSJW IF &WJ__T (4 3F [NXइT IJQF XZXYJStabilidade é sobre pessoas, relacionamento humano e JRUFYNF ѣ* SइT ऍ FUJSFX UFWF JRUWJXFX LWFSIJX ऍ UFWF YTITXѣ KWNXTZ 2FX UTW TSIJ HTRJऋFW$ ѣ(TSMJऋF XJZ Uछblico, foque no que é importante (analise o setor, análise índices e protocolos setoriais, matriz de materialidade), WJIZ_F WNXHTX J UTYJSHNFQN_J XZFX KTWYFQJ_FX ࣢ & UFQJXYWF Ѧ& GNTJHTSTRNF STX Yऎ]YJNX HFRNSMT HWऑYNHT UFWF F SJZYWFQNIFIJ HFWGगSNHFѧ QNIJWFIF UTW࣢'WF_ (TXYF INWJYTW LJWFQ IF (.9*;* IJXYFHTZ VZJ FYZFQRJSYJ dos produtos têxteis são feitos de poliéster e nylon.”O caminho da indústria sustentável é um caminho longo e que ainda precisa avançar nos quesitos de tecnoloLNF UFWF RJQMTWFW F XZXYJSYFGNQNIFIJ IF HFIJNF ࣲ ZR HFRNSMT QTSLT RFX UTXXऑ[JQ IJ FQHFSऋFW * UFWF NXXT todos precisam ter em mente que sem carbono não há vida, por isso falamos em desfosilização. Atualmente a estratégia que a moda deve se embasar para tornar a descarbonização uma realidade para todos. O Brasil UTXXZN F RFNTW GNTIN[JWXNIFIJ IT 2ZSIT UTW NXXT ऍ UWJciso que a indústria no geral pense em como reutilizar o VZJ Oअ YJRTX INXUTSऑ[JQ SF SFYZWJ_Fѧ IJHQFWF ࣢

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA A digitalização do vestuário já é realidade para o setor Yऎ]YNQ ST 'WFXNQ 4࣢HFXT IFX 1TOFX 7JSSJW VZJ INLNYFQN_TZ IJ XZF HTQJऋइT KJRNSNSF IF RFWHF Ѧ,JY 4[JWѧ KTN FUWJXJSYFIT UTW /FSJYJ 2FWVZFWIY J &PNMNYT -NWF O processo começou com a digitalização corporal. ‘Depois de passado esses desafios, entendemos que tínhamos ferramentas no Brasil que possibilitariam ao designer uma pré-visualização das peças’, apontou /FSJYJ ѣ4 ) FNSIF ऍ ST[T 9FQ[J_ ST KZYZWT VZJR ZYNQN_FWअ JXXF YJHSTQTLNF XJWअ ZR ) IJXNLSJW J SइT ZR JXYNQNXYF TZ RTIJQNXYFѧ FUTSYTZ 0FYNF 8ZXZPN IF (14 ;NWYZFQ +FXMNTS JRUWJXF XZQ HTWJFSF JXUJHNFQN_FIF JR ) &QLZSX WJXZQYFITX IJXXF INLNYFQN_FऋइT IFX 1Tjas Renner foram a redução em 50% na quantidade de amostras produzidas e redução de 25% do tempo de desenvolvimento do produto. ’Não temos como eliminar a amostra física, mas vimos que é possível dimiSZNW T ZXT IJ WJHZWXTX J WJXऑIZTX *SYWJ J PL de material estão sendo economizados em desenvol[NRJSYT FUJSFX SF HTQJऋइT ,JY 4[JWѣ TGXJW[TZ -NWF ࣢ 5TW KNR T YFQP࣢ѣ& YWFSXKTWRFऋइT INLNYFQ IF NSIछXYWNF IF moda: como se adaptar ao mundo do omniconsumiITWѣ࣢INXHZYNZ XTGWJ FX RZIFSऋFX SF NSIछXYWNF IF RTIF HTR F LJWFऋइT FQUMF J ? 9FYNFSJ *QJSN IF 8NQ[F MJFI IJ TKJWYFX IF 9TY[X 2TIF FUTSYTZ F SJHJXXNIFIJ IJ ZRF operação omnicanal, ou seja, ágil e prática, apostando ST *8, ѣࣲ ZRF LJWFऋइT VZJ JXYअ INXUTXYF F UFLFW RFNX caro desde que ela tenha uma identidade com aquela marca”, afirma a especialista.

4+*7*(.2*394 * &54.&)47*8࣢ O evento conta com o oferecimento da Cidade de (FRUT ;JWIJ 29 J F 8( ,अX 5FYWTHऑSNT 2FXYJW IF &ZIFHJX (TQJऋइT 2TIF 1JHYWF J (14 ;NWYZFQ +FXMNTS J 5FYWTHऑSNT &I[FSHJI IJ 'WFXNQ 'TYघJX (FYFLZFXJX (TWFYJ] )FQNQF 9ऎ]YNQ *UXTS .? 9ऎ]YN 2TQIJ 2J 6ZJJS (T 8FRUQJXX 8JRJFW *HTYऎ]YNQ 8JSFN 85 8JSFN (*9.69 8JSFN 8( 9J]SJT 9TY[X J <N[F 'TWIFITX 8इT JRUWJXFX UFWHJNWFX ,WZUT 8TRF &WJ__T (T J ( & ' 2FRR^ 'QZ.IJNFX J (TS[JStion Bureau de Blumenau. RT Revista Têxtil #783 I 51

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FUTUREPRINT 2023 CONSOLIDA E FORTALECE O SEGMENTO DE COMUNICAÇÃO VISUAL, IMPRESSÃO DIGITAL E SERIGRAFIA EM MAIS UMA EDIÇÃO DE SUCESSO 31ª EDIÇÃO REUNIU MAIS DE 40.000 VISITANTES, NO EXPO CENTER NORTE, EM APENAS QUATRO DIAS, ALÉM DE PROMOVER PALESTRAS IMPORTANTES PARA A TRANSFORMAÇÃO DO MERCADO E DIVULGOU AS DATAS DA EDIÇÃO DE 2024. FuturePrint, a maior feira da América Latina para os segmentos de serigrafia, sublimação, comunicação visual e impressão digital têxtil, que aconteceu entre os dias 12 e 15 de julho último, no Expo Center Norte, em São Paulo finalizou mais esta edição com sucesso . O evento recebeu mais de 40.000 visitantes, de 15 países para conhecer as novidades das mais de 600 marcas de 10 nações diferentes, entre elas, Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Japão, China, Índia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos e Áustria.

e Comunidades Sustentáveis” e “Consumo e Produção Responsáveis”. A organizadora do evento, a Informa Markets, ocupa o topo do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) e promove um programa amplo de metas para incorporar a sustentabilidade em todos seus eventos e incentivar os clientes a fazerem o mesmo. Iniciativas como a reutilização de carpetes, práticas de eficiência energética, produção de materiais impressos somente em papéis com certificação FSC, suporte a pequenos empreendedores e mitigação da geração de resíduos são apenas algumas das medidas adotadas.

Este ano consolidou o eixo de formação proposto pela feira e seguiu com os tradicionais Fórum FuturePrint, Sublimação em Ação, Serigrafia em Ação e Talks FutureTêxtil, recebendo 37 palestrantes durante os quatro dias de evento. Os temas abordados trouxeram luz a aspectos comerciais, gestão, empreendedorismo, empoderamento feminino e marketing. Também foram contempladas outras questões da atualidade, como as discussões sobre a utilização de I. A. (Inteligência Artificial) no segmento têxtil e de personalizados.

Dentro dessas iniciativas, vale destacar a celebração dos expositores e suas montadoras que mais aplicaram conceitos sustentáveis na construção de seus espaços dentro do evento, laureando-os com o Prêmio Estande Sustentável. Os vencedores foram Flexmag e Bogdan (Categoria Verde – Até 20m²); Plastireal e P4Mix (Categoria Amarelo – de 21 a 49m²), HP do Brasil e Next Eventos (Categoria Azul - 50 a 99m²); e Imprimax e Projetando Eventos (Categoria Branco – Acima de 100m²).

Preocupada com o desenvolvimento sustentável do mercado, a FuturePrint incorpora a agenda ESG em suas práticas e ações, alinhadas aos ODS da ONU, especificamente os ligados aos temas “Educação de Qualidade”, “Indústria, Infraestrutura e Inovação”, “Cidades

Fortalecendo a integração com o setor e dando visibilidade ao mundo digital, a feira trouxe um time de embaixadores formado pelos profissionais mais conhecidos do mercado nas redes sociais, para trocar experiências e interagir com os visitantes em um Lounge exclusivo.

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EVENTOS

A FuturePrint também ofereceu um espaço exclusivo para auxiliar empresas expositoras e visitantes a encontrarem as melhores condições de financiamento, através da Sala de Crédito. Coordenada por José Roberto Damasceno, da Fiesp Micro, Pequena e Média Indústria, a Sala de Crédito, que é uma iniciativa com o apoio institucional da Fiesp, Abigraf, Sebrae e Senai, reuniu seis agentes financeiros com o objetivo de orientar e apoiar as empresas interessadas em adquirir equipamentos e insumos para seus negócios, com taxas e simulações adequadas às necessidades de cada empresa, além de fornecer atendimento empresarial e orientações de gestão.

O evento ainda comportou a 4ª edição do Decor Wrapping, o maior campeonato de envelopamento do segmento, que reuniu 32 competidores que passaram por desafios utilizando a criatividade e a agilidade. A iniciativa foi uma realização da Imprimax e premiou Henrique Carias Araújo (1º lugar), André William Alves Evangelista (2º lugar) e Rafael Crispim Gomes (3º lugar). A cobertura da edição contou com a presença de mais de 100 jornalistas de diversos veículos de imprensa. A próxima edição, a 32ª FuturePrint, ocorrerá de 10 a 13 de julho de 2024, e o local se mantém sendo o Expo Center Norte. RT Revista Têxtil #783 I 53

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CONFERÊNCIA ANUAL DO ITMF 2023 DE 4 A 6 DE NOVEMBRO DE 2023, EM KEQIAO/CHINA INCLUINDO 6ª CONFERÊNCIA MUNDIAL DE MERCHANDISING TÊXTIL 2023

A

Conferência Anual do ITMF de 2023 é co-organizada pelo Conselho Nacional de Têxteis e Vestuário da China (CNTAC) e pelo Governo Popular Municipal de Shaoxing e contará com a participação de especialistas internacionais do setor de todo o mundo, de toda a cadeia de valor têxtil - das fibras ao varejo. Espera-se a participação de mais de 500 representantes de alto nível de toda a cadeia de valor têxtil da China e de todo o mundo. Sob o tema geral “Digitalização e Circularidade - Megatendências que moldam o setor têxtil”, especialistas do setor e do meio acadêmico esclarecerão como a cadeia de valor têxtil está lidando com essas tendências e ajudarão a entender melhor a dinâmica subjacente e a identificar os riscos e as oportunidades. Nas várias sessões, os especialistas discutirão, entre outros tópicos •

Como os mercados de fibras se adaptarão à crescente demanda por fibras recicladas,

Como o setor têxtil pode reduzir a pegada de carbono,

Como as novas tecnologias acelerarão a transição do setor para uma maior circularidade ou

Como a regulamentação futura afetará a produção em todo o mundo.

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ALÉM DISSO, O ITMF RECONHECERÁ MAIS UMA VEZ OS VENCEDORES DO: •

Prêmio ITMF Start-up 2023

Prêmio ITMF de Sustentabilidade e Inovação 2023

Prêmio de Colaboração Internacional do ITMF 2023

EM CONJUNTO Em coordenação com a Conferência Anual do ITMF 2023, haverá mais dois eventos que ocorrerão em Keqiao, a saber •

10ª Conferência Têxtil do Cinturão e Rota 2023 (2 e 3 de novembro)

6ª Conferência Mundial de Merchandising Têxtil (WTMC) 2023 (5 e 6 de novembro)

Mais informações sobre a conferência podem ser encontradas em: https://www.itmf.org/conferences/ annual-conference-2023

Fotos: Divulgação


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