Revista Segurança Eletrônica - Edição 39 - Abril de 2020

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Vitor Nogueira/Vale

Revista Segurança Eletrônica | Edição 39

www.revistasegurancaeletronica.com.br

EM FOCO

ARCOMATIC

José da Fonseca Junior Diretor Comercial

Coronavírus no Brasil

Abril

VALE INSTALA CÂMERAS TÉRMICAS NAS PORTARIAS PARA DETECTAR PESSOAS COM ALTA TEMPERATURA CORPORAL


Câmera Térmica Dahua Technology para medição de temperatura corporal Rapidez

Precisão

Sem contato físico

A Dahua Technology lança a mais recente câmera térmica da indústria, capaz de medir a temperatura corporal com alta precisão de ± 0,3°C(com uso do dispositivo Black Body). Com algoritmo de IA integrado, a câmera tem a capacidade de medir a temperatura de várias pessoas a uma distância de até 3 metros, permitindo acesso rápido e sem contato físico.


Solução indicada para Aeroportos • Bancos • Cidades • Estações de Energia • Estacionamentos • Estádios & Eventos • Fábricas • Hotéis & Restaurantes • Prédios Corporativos • Prisões • Hospitais • Universidades • Varejos

Aplicação Tradicional Termômetro Pistola

5.000 pessoas

5 horas

Imagine uma estação de trem com cinco mil pessoas. Utilizando um termômetro do tipo pistola, seriam necessárias quase cinco horas para medir a temperatura de todos.

Aplicação Inteligente by Dahua Technology com alta precisão +/-0,3º Tecnologia Dahua Technology

5.000 pessoas

30 minutos

Nossa câmera térmica reduz esse processo para trinta minutos apenas, lendo a temperatura de até 3 pessoas por segundo.

As Câmeras Térmicas doadas pela Dahua Technology ajudaram a diminuir o avanço do COVID-19 na China. Assista o vídeo usando a hashtag abaixo no You Tube.

#DahuaProtegeOmundo

Ajuda a reduzir o avanço do COVID-19 www.dahuasecurity.com


Editorial

Coronavírus e

ataques cibernéticos

S

e aproveitando da preocupação das pessoas em relação a pandemia de COVID-19 – a doença já ultrapassou os 2,7 milhões de infetados e matou quase 200 mil pessoas em todo o mundo – hackers estão lançando golpes na internet para roubar dados e extorquir vítimas. A principal estratégia é enviar mensagens com notícias falsas fingindo serem informações reais da OMS (Organização Mundial da Saúde) e dessa forma espalhar uma série de softwares maliciosos criados para roubar ou alterar dados dos dispositivos e ter acesso irrestrito a arquivos, sejam eles corporativos ou pessoais. Para evitar que esse tipo de ataque aconteça é necessário tomar uma série de medidas de segurança. A primeira delas é ter cuidado com os e-mails recebidos, principalmente mensagens com o logotipo da OMS ou de universidades renomadas com um anexo para fazer o teste de coronavírus. Quando o arquivo é baixado, ele solicita a instalação de um programa que infecta o computador. Outra fraude comum é o envio de mensagens disfarçadas de documentos importantes sobre o COVID-19. O e-mail geralmente pede aos usuários para que baixem e abram vários anexos do Office. Acontece que estes anexos instalam tipos de vírus perigosos para a máquina. Outra medida importante é navegar na internet com atenção. Enquanto circula por sites, mídias sociais e aplicativos, não abra e baixe arquivos de sites suspeitos, nem clique em qualquer link enviado em redes sociais. E mantenha todos os seus dispositivos com antivírus atualizado. Além disso, devido a quarentena muitas pessoas estão trabalhando em modelo home office, o que faz com que os riscos de ataques cibernéticos aumentem, por isso, criar hábitos de segurança é essencial. Seguir as diretrizes da equipe de TI da empresa, utilizar o notebook da companhia apenas para fins de trabalho e outro dispositivo para atividades pessoais e trabalhar em um ambiente seguro são algumas das recomendações. Utilizar a tecnologia ao nosso favor também é uma estratégia para evitar ataques. Medidas simples como atualizar o software e o navegador do computador com suas versões mais recentes já tornam as ações dos cibercriminosos um pouco mais difíceis. Resumindo, só há apenas uma coisa a dizer: trate todos os e-mails sobre o coronavírus como suspeitos. Se uma mensagem chegar a sua caixa de entrada, não clique em nada e exclua, e claro, use apenas fontes confiáveis para se manter atualizado sobre a pandemia. SE

Fernanda Ferreira Editora

Ano 4 | N° 39 | Abril de 2020

Redação Fernanda Ferreira (MTB: 79714) editorial@revistasegurancaeletronica.com.br Colaboradores Alberto Muñoz Kleber Reis Martín Otazua Selma Migliori Designer Gráfico Giovana Dalmas Alonso Eventos Vianne Piiroja eventos@revistasegurancaeletronica.com.br Financeiro Bruna Visval financeiro@revistasegurancaeletronica.com.br Comercial Christian Visval christian.visval@revistasegurancaeletronica.com.br 11. 97078.4460 Segurança Eletrônica Online

R. Narciso Sturlini, 302 - Osasco - SP, CEP 06018-090 -Torre do Paço - Sala 511

www.revistasegurançaeletronica.com.br Tiragem: 20.000 exemplares

11. 9 7078.4460 www.revistasegurançaeletronica.com.br revistasegurancaeletronica 04

Impressão: Duograf



REVISTA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Sumário 08.

NOVIDADES

SegurPro | p. 08 SegurPro anuncia novo Diretor Comercial Genetec | p. 08 Genetec anuncia a contratação de Kleyton Cuenca para a equipe de engenharia ISC Brasil | p. 09 ISC Brasil anuncia nova data para realização do evento Motorola Solutions | p. 09 Motorola Solutions fornece serviço de radiocomunicação para o Hospital de Campanha do Pacaembu

12.

22.

CASE DE SUCESSO

Vale | p. 22 Vale instala 81 câmeras térmicas nas portarias para identificar pessoas com sintoma de COVID-19

28.

EM FOCO

José da Fonseca Junior – ARCOMATIC | p. 28 Portas Automáticas em tempos de pandemia Marcelo Victorino – Real Networks | p. 34 Reconhecimento facial: aliado da segurança e da economia

DESTAQUE

Came do Brasil | p. 12 Controle de acesso automatizado ajuda a evitar contaminações em hospitais Nice | p. 14 Nice anuncia duas novas automações para portões de correr Bosch | p. 15 Nova linha de câmeras IP 3000i da Bosch Rayflex | p. 16 Sistemas inteligentes das portas automáticas Rayflex permitem abertura sem o toque das mãos Johnson Controls | p. 18 Johnson Controls apresenta novas câmeras bullet Illustra Pro com tecnologia WDR inteligente FLIR | p. 20 FLIR lança solução de sensor térmico inteligente para detecção de temperatura corporal elevada

40.

ARTIGO

Câmeras térmicas de monitoramento contribuem para agilizar a triagem de temperatura das pessoas durante o surto de coronavírus | p. 40 Uso estratégico da Segurança Eletrônica no combate ao novo Coronavírus | p. 42 Vigilância por vídeo a serviço da administração hospitalar | p. 44 O que fazer quando não sabemos o que fazer? | p. 50 06



Novidades

SegurPro

SegurPro anuncia novo Diretor Comercial

A

SegurPro, empresa do Grupo Prosegur, inicia 2020 com um novo Diretor Comercial, Fernando Ventura Rodrigues. Baseado em São Paulo, o executivo é responsável pela estratégia de vendas de todo o portfólio da empresa no País, bem como o relacionamento e desenvolvimento de toda a carteira de clientes. Sua gestão tem como desafio apresentar ao mercado os produtos e serviços mais inovadores da empresa, além de ampliar o alcance e capilaridade dos clientes atuais. “É um grande privilégio fazer parte desse Grupo”, afirmou Ventura. “Nos últimos anos a empresa apresentou crescimento contínuo em suas vendas e operações em todo o Brasil. Nossa meta para 2020 é manter o desenvolvimento consistente, apostando no amplo portfólio de soluções e serviços especializados e pautados em alta tecnologia da companhia”, completou. Com mais de 20 anos de experiência em empresas de tecnologia e na área de segurança, Fernando já atuou em empresas como a GE, Honeywell, Baker Hughes, Siemens, entre outras. Graduado em Engenharia Elétrica, o executivo possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Insper e em Desenvolvimento de Gestão e MBA de Economia e Finanças pela Fundação Getulio Vargas. O executivo também tem pós-graduação em Transformação Digital pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA). SE

Genetec

Genetec anuncia a contratação de Kleyton Cuenca para a equipe de engenharia

A

Genetec anunciou a contratação de Kleyton Kivel Cuenca para a equipe de engenharia da companhia. Kleyton assume o cargo de engenheiro de Aplicação e será responsável por prestar treinamento sobre todos os produtos Genetec, no escritório e em clientes. Também terá como desafio atuar nos times de pré e pós-vendas para soluções avançadas envolvendo todas os produtos ofertados pela Genetec. O profissional conta com mais 20 anos de experiência e uma longa trajetória de atuação no mercado de segurança. É formado em engenharia eletrônica pela Universidade Feevale, conta com experiência de mais de uma década a frente de uma empresa integradora e nos últimos anos atuando no time de segurança eletrônica da Intelbras. Possui alta qualificação em integração VoIP, IP CCTV, servidores, vídeo em rede e análise de vídeo, além de capacidade de realizar suporte técnico, inicialização de sistemas e treinamentos. “Estou muito feliz de poder me juntar a equipe Genetec, empresa que sempre foi referência como a líder de mercado e tecnologia em segurança. Nos últimos anos tive a oportunidade de me especializar nos produtos do portfólio Genetec e inicio esta nova jornada familiarizado com a plataforma e acelerado no suporte para nossos clientes. Tenho certeza que minha entrada no time fará meu conhecimento crescer de forma exponencial devido a cultura de inovação e desenvolvimento interno praticado pela companhia, assim acredito que minha entrada no time será um relacionamento de ganhos para todos, pois trago experiência de mercado somado ao conhecimento técnico, além do fato de que minhas raízes hispânicas facilitam a comunicação com mercado latino-americano. Pelo lado da empresa, ela me propicia desenvolvimento constante em tecnologia de ponta, além de envolvimento em projetos de alta complexidade para clientes de grande porte. Estou muito animado com o futuro!”, disse Cuenca. SE 08


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Veja como o SAFR pode ajudar na nova realidade $POUSPMF EF "DFTTP 1SPรถTTJPOBJT EF TBร EF QPEFN QFSDPSSFS ร SFBT TFHVSBT TFN SFNPWFS P FRVJQBNFOUP EF QSPUFร ร P JOEJWJEVBM 7ร EFP .POJUPSBNFOUP "NFBร BT ร TFHVSBOร B TFSร P SFDPOIFDJEBT F BT SFTQPTUBT QPEFN TFS JNFEJBUBT 0UJNJ[Bร ร P EF 1SPDFTTPT 'PSOFDFEPSFT EF TFSWJร PT FTTFODJBJT QPEFN DPOUJOVBS B GPSOFDFS QSPEVUPT F TFSWJร PT TFN BUSBTPT

Contato TBGSCSBTJM DPN TBGSCSBTJM DPN NBTDBSBT OFHPDJPT!SFBMOFUXPSLT DPN




Novidades

ISC Brasil

ISC Brasil anuncia nova data para realização do evento 15ª edição será realizada de 30/09 a 2/10, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP)

E

m decorrência da situação mundial do novo Coronavírus, COVID-19, a 15ª edição da ISC Brasil acontecerá de 30 de setembro a 2 de outubro de 2020, no mesmo local, Expo Center Norte, em São Paulo. “Nós temos uma responsabilidade com o setor. É em momento como este que precisamos estar próximos de todos, sempre com confiança e transparência. Nosso foco é trabalhar para a retomada da indústria de segurança, contribuindo para conectar as soluções dos expositores com as necessidades dos visitantes, seja de forma presencial ou virtual, por meio das nossas ferramentas de matchmaking e rodadas de negócio”, afirmou Thiago Pavani, responsável da ISC Brasil. A organização da ISC Brasil acredita que a feira tem uma responsabilidade com a retomada da indústria de segurança, em um momento de extrema importância para alavancar o setor e contribuir ativamente para o engajamento, networking e aceleração dos negócios dos setores da Segurança Eletrônica, Segurança Privada e integração com a Segurança Pública. “Após a crise provocada pelo vírus, as empresas precisarão de incentivos e suportes para retomarem a atividade. Ao adotar essa postura, a ISC Brasil, desde já, garante a sua contribuição à retomada da economia para o segmento que gera milhares de empregos, sendo um dos maiores pagadores de impostos do país”, analisou o presidente da FENAVIST, Jeferson Nazário. A equipe da ISC Brasil está à disposição nos canais de atendimento para esclarecimento de qualquer dúvida, através do e-mail iscbrasil@reedalcantara.com.br ou do telefone (11) 3060-4717. Todas as atualizações sobre o evento podem ser acessadas no site: www.iscbrasil.com.br. SE

Motorola Solutions

Motorola Solutions fornece serviço de radiocomunicação para o Hospital de Campanha do Pacaembu

C

om a missão de apoiar as equipes médicas na contenção da pandemia de COVID-19 em São Paulo, a Motorola Solutions anunciou o fornecimento de serviços de radiocomunicação digital para o hospital de campanha do Pacaembu, gerido pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Entregues em regime de comodato, os rádios e o sistema de comunicação digital com cobertura de serviço 24/7 fornecidos pela Motorola Solutions e StockTotal, fornecem disponibilidade e comunicação de voz clara e segura para toda equipe de segurança local e no transporte de pacientes. SE

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Destaque

Nice

Nice anuncia duas novas automações para portões de correr

A

Nice apresenta as novas linhas de automação para portões deslizantes que chegam ao Brasil. Com recursos desenvolvidos especialmente para o mercado nacional, atendem às necessidades específicas do consumidor em velocidade, praticidade, conectividade e desempenho. Segundo David Girelli, gerente de marketing da Nice Brasil, a marca está renovando toda a sua linha de produtos, trazendo a tecnologia mais moderna do mundo. Com um design refinado, característico da marca italiana e recursos para a casa inteligente, a linha de automação Nice Hi-Speed abre a modernização no mercado brasileiro de automação de portões. “O brasileiro está procurando cada vez mais por produtos que proporcionem conforto e segurança, o consumidor hoje quer ter o controle de tudo em suas mãos. A velocidade de abertura dos portões e os recursos da automação integrada estão sendo cada vez mais demandados”, falou. De acordo com isso, a Nice introduz no Brasil os controles deslizantes Robo 400 e o Run, que chegaram ao mercado em fevereiro. Robo 400 Slider Projetado para aplicações residenciais em portões de até 400 kg, a nova automação para portões de correr possui proteção UV, um novo conjunto de coroa mais robusta e eixo sem fim, além da engrenagem de saída metálica, que garante maior durabilidade, desempenho e operação silenciosa. A versão Hi-Speed permite abrir o portão em apenas 4 segundos e operação de até 60 ciclos/hora. O painel de controle eletrônico, protegido dentro de uma caixa de plástico, possui recursos inteligentes, como proteção contra roubo, seleção automática de voltagem (127 ou 220V), conectividade (IT4WIFI) e código rolante 14

Nice BR – maior proteção contra a clonagem do controle remoto ao controle. A automação é fácil de instalar, com o inversor Sprint S a configuração é automática, basta alimentar a unidade na rede após a instalação completa, graças à função de autoaprendizagem, os ajustes de velocidade e rampa são feitos de forma inteligente de acordo com o peso do portão. Além da versão Hi-Speed, o novo produto também está disponível na versão Standard, com tempo de abertura para um portão de 3 metros em 10 segundos. Run Slider A automação deslizante Run é um produto de alto desempenho para portões pesados estabelecido em todo o mundo que chega ao Brasil e está disponível em duas versões desenvolvidas para atender às características e necessidades do mercado local: Run1200 i-HSC para portões de até 1200 Kg e Run2500 i- HSC para portões de até 2500 Kg. Ambas as versões fazem parte da família Nice Hi-Speed, com a abertura da porta em 5,5 segundos, existem para aplicações que exigem muito esforço do motor e um ciclo de trabalho alto. Por esse motivo, eles possuem um sistema mecânico resistente e um inversor inteligente trifásico Sprint 3F. Assim como o inversor Sprint S, o Sprint 3F também possui configuração automática e inteligente, de acordo com o peso do portão, conta com recursos para aplicações em condomínios e também é possível integrar ao sistema de automação para comando via aplicativo MyNice Welcome usando o gateway Nice ou o módulo IT4WIFI. Todas as versões do Robo 400, Run 1200 e Run 2500 podem ser encontradas na rede de distribuição de Nice em todo o Brasil. SE


Destaque

Bosch

Nova linha de câmeras IP 3000i da Bosch

A

A solução de videomonitoramento é direcionada para aplicações gerais de segurança interna e externa

Bosch lançou a linha de câmeras IP 3000i, que conta com o recurso Essential Video Analytics integrado como padrão – uma tecnologia inteligente e avançada de vigilância presente apenas em câmeras Bosch quando se trata de produtos da mesma categoria disponíveis no mercado. Essa solução é uma tendência e a Bosch já embarcou os recursos em suas câmeras do segmento que oferece custo-benefício diferenciado, a fim de agregar ainda mais valor para os usuários. O Essential Video Analytics proporciona novas possibilidades para aplicações de IoT (Internet das Coisas) e realiza a captura de dados inteligente que ajudam a melhorar a segurança e até mesmo ir além com recursos de análise de vídeo, como a detecção de saídas de emergência bloqueadas ou notificação de fila. A linha IP 3000i da Bosch tem 14 analíticos embarcados e 8 simultâneos, envia alertas somente quando necessário e gera rápida recuperação dos dados. Com facilidade de instalação, esta nova linha de câmeras envolve quatro modelos com desempenho de alta qualidade, 24/7 (dia e noite), com recursos de vigilância confiáveis para diferentes aplicações de segurança. As opções micro dome, mini dome, bullet e turret estão disponíveis com resoluções de até 5 MP para uso interno e externo. Além disso, como todas as câmeras de rede da Bosch, os modelos IP 3000i foram projetados com várias medidas de software e hardware para manter os dados de vídeo seguros, incluindo um Módulo de Plataforma Confiável (TPM) integrado para proteger as chaves de criptografia. SE


Destaque

Rayflex

Sistemas inteligentes das portas automáticas Rayflex permitem abertura sem o toque das mãos

Solução desenvolvida pela Rayflex aumenta segurança anti contaminação e ajuda a intensificar o combate contra contágios como do COVID-19 e outros agentes infecciosos

E

m simetria com as orientações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate a todo tipo de contaminação, inclusive ao COVID-19, conhecido como coronavírus, a Rayflex, fabricante de portas rápidas industriais, apresenta diferentes soluções que trazem, entre outras vantagens, ainda mais segurança para ambientes de alto controle sanitário como, por exemplo, linhas de produção alimentícia, farmacêutica e de produtos químicos. As portas rápidas Rayflex são equipamentos autônomos e inteligentes que funcionam de forma integrada com a operação do cliente, sem a dependência humana para abrir e fechar, reconhecendo movimentações e abrindo somente quando necessário, fazendo com que o ambiente fique o menor tempo possível aberto. “As portas são barreiras sanitárias que dividem os ambientes limpos dos sujos. Nós sempre tivemos a consciência de que o toque das mãos para abertura e fechamento das portas poderiam levar muita contaminação para dentro deles, por isso adotamos sistemas inteligentes que não necessitam de contato físico, como por exemplo os sensores de pisos, que 16

permitem a entrada de carrinhos, e também as botoeiras “no touch”, que exigem apenas o movimento do braço ou mãos para acionamento do sistema e liberação da passagem, sem necessitar de toque”, disse a diretora executiva da Rayflex, Giordania Tavares. Além disso, a empresa possui modelos de portas automáticas que atendem salas limpas ou classificadas, como também são conhecidas, auxiliando no controle dos três principais requisitos para evitar contaminações de quaisquer tipos: controle de umidade, controle de temperatura e controle de particulados. Outro fator primordial é que as portas rápidas da Rayflex possuem tecnologia exclusiva de dupla autorreparação, que faz com que ela retorne as guias de forma automática após sofrer colisões de veículos, evitando assim manutenções e porta parada. “Independente de qual setor atua, as empresas devem direcionar os esforços para a eliminação das intercorrências e, paralelamente, ter em mente que o efeito será em cadeia, criando um ambiente de trabalho mais organizado, com aumento da produtividade e maior qualidade”, finalizou a executiva. SE



Destaque

Johnson Controls

Johnson Controls apresenta novas câmeras bullet Illustra Pro com tecnologia WDR inteligente

A nova câmera bullet Illustra Pro Gen3 otimiza a qualidade de vídeo e diminui o tempo de configuração de forma automática

A

Johnson Controls aumentou sua família de câmeras Illustra Pro com o lançamento da câmera bullet Illustra Pro Gen3. A novidade incorpora tecnologia WDR inteligente que otimiza a qualidade de vídeo e diminui o tempo de configuração. Disponível com lente comum ou teleobjetiva e em resoluções de 3 MP e 4K, a câmera bullet Pro Gen3 oferece aos clientes uma seleção de imagens de vídeo para atender a suas necessidades operacionais, sendo a solução ideal para diversos tipos de usos em instalações de médio e grande porte. A tecnologia WDR inteligente disponível na câmera bullet Pro Gen3 reduz o tempo de configuração e melhora significativamente a qualidade do fluxo de vídeo em ambientes com diversos níveis de iluminação. Ao fazer a leitura eficiente do ambiente, a câmera bullet ajusta o contraste e o equilíbrio geral da cena sem a necessidade de intervenção do operador. A inclusão de perfis de configuração, como varejo, cassino e ambientes internos e externos, reduz o tempo de configuração, bastando apertar um botão para que as configurações da câmera se ajustem automaticamente ao ambiente. A câmera bullet Pro Gen3 também ajusta as configurações automaticamente de acordo com o tipo de instalação desejada, seja em teto ou parede, o que reduz ainda mais as despesas com mão de obra. “A tecnologia inteligente incorporada na mais recente geração de câmeras Illustra Pro automatiza o ajuste e garante a otimização dinâmica da imagem, mesmo em cenas e condições de iluminação variáveis. Nosso objetivo é promover uma redução dos custos de configuração e gerenciamento para o operador com a garantia de uma configuração perfeita de imagem”, afirmou Ric Wilton, diretor de Gerenciamento 18

de Produtos da Illustra. “Incorporar recursos inteligentes e automatizados às nossas soluções é a essência do desenvolvimento de produtos e do portfólio da Illustra”. Desenvolvida a partir da geração anterior de câmeras, a câmera bullet aprimora recursos importantes, como a tecnologia WDR, gerenciamento de largura de banda IntelliZip Illustra, redundância efetiva de failover, segurança cibernética e análises de inteligência de vídeo. Os usuários podem transferir o fluxo de dados analíticos de gravadores de vídeo em rede para a borda nas câmeras Illustra, o que proporciona uma economia de tempo e recursos. Esse recurso, chamado de análises de inteligência de vídeo, oferece alarmes de eventos em tempo real que podem ser personalizados pelo usuário para responder rapidamente a possíveis incidentes. A possibilidade de reunir dados transformativos instantaneamente permite que os usuários distribuam os recursos humanos em outros locais. Como parte do Programa de Proteção Cibernética de Produtos de Segurança da Tyco, a nova geração de câmeras Illustra Pro também conta com proteção aprimorada contra ataques cibernéticos. Desenvolvida pensando na resiliência a ameaças cibernéticas, a solução inclui a “inicialização segura”, que sugere ao usuário trocar a senha após a instalação. Os controles de proteção adicionais contam com um modo de segurança aprimorado que torna obrigatório o uso de senhas complexas personalizadas e criptografia para as comunicações. A câmera bullet Pro Gen3 está disponível para compra nos modelos de 3 MP e 8 MP. Em breve, serão oferecidas opções adicionais. SE


Destaque

Came do Brasil

Controle de acesso automatizado ajuda a evitar contaminações em hospitais

A Came do Brasil possui uma linha completa de catracas e portas automáticas pensadas e desenvolvidas para ambientes em que as chances de contaminação são maiores, como hospitais, laboratórios e consultórios médicos

C

om a pandemia da Covid-19, a preocupação do momento é encontrar maneiras de evitar o contato físico, seja com objetos ou pessoas. O cenário é ainda pior nos hospitais, laboratórios e consultórios médicos, onde a circulação do vírus é obviamente maior. Pensando nisso, a Came do Brasil possui uma solução que garante a segurança dos profissionais de saúde, evitando contato físico: uma linha completa de catracas e portas automáticas. Os produtos possuem uma tecnologia que permite a liberação sem a necessidade de se passar um cartão ou de impressão digital. “Em tempos difíceis como esse, buscamos implementar soluções que tragam benefícios para os profissionais da saúde. Um médico que não pode ser contaminado, ou mesmo que esteja transportando um paciente na maca, consegue acessar um ambiente restrito sem precisar apertar qualquer tipo de botão, apenas por ter a sua liberação cadastrada no sistema”, explicou Marco Barbosa, diretor da Came do Brasil. A linha de catracas flap permite que, por reconhecimento facial de câmera ou por um chip colocado no crachá, por exemplo, a pessoa possa ser liberada imediatamente, sem

nenhum contato físico. Já a linha de portas automáticas é composta por quatro modelos: deslizante, hermética, telescópica e pivotante. Todas acompanham um sensor de presença a fim de se evitar contato físico. “Esses produtos podem fazer toda a diferença para que um hospital possa se manter livre de contaminações em suas UTIs, ajudando a vencer a batalha contra o coronavírus”, completou Barbosa. Além disso, toda a linha de portas e catracas é otimizada pelo Came Connect, uma tecnologia que, por meio de um aplicativo de celular, consegue autorizar a entrada ou até verificar qualquer necessidade de manutenção, de forma rápida e automática. “Com o Came Connect, você pode estar fora do hospital e, ainda assim, liberar a entrada de uma pessoa. Tudo por celular. Além disso, a equipe de manutenção pode ser avisada sobre qualquer problema de funcionamento, obter o diagnóstico de como resolvê-lo e agendar um técnico, sem a necessidade de uma ligação telefônica, basta utilizar o aplicativo”, explicou Barbosa. SE 19


Destaque

FLIR

FLIR lança solução de sensor térmico inteligente para detecção de temperatura corporal elevada

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FLIR Systems anunciou as soluções FLIR A400/ A700 com sensor térmico inteligente - para detecção de temperatura corporal elevada - e com streaming de imagem térmica - para monitoramento de equipamentos, linhas de produção e infraestrutura crítica. A solução de sensor térmico inteligente FLIR A400/A700 será priorizada inicialmente para aqueles atendendo ao COVID-19. Para todas as aplicações, a série oferece streaming de várias imagens, computação de borda e conectividade Wi-Fi para ajudar a acelerar o fluxo de dados e permitir decisões mais rápidas, melhorando a produtividade e a segurança dos profissionais. A FLIR projetou as câmeras A400/A700 com duas configurações para melhor atender às necessidades específicas da aplicação. A configuração do sensor térmico inteligente, recomendada para medir temperaturas corporais elevadas, incorpora ferramentas avançadas de medição e alarmes com computação de ponta para permitir decisões críticas mais rápidas. A configuração de fluxo de imagem fornece vários recursos de fluxo térmico para ajudar a otimizar o controle do processo, melhorar a garantia da qualidade ou identificar possíveis falhas que possam interromper uma linha de produção. Os usuários projetam seus sistemas escolhendo as configurações sensor térmico inteligente e streaming de imagem térmica, selecionando o corpo da câmera A400 ou A700 com base nas resoluções necessárias e, em seguida, adicionando lentes e uma variedade de recursos opcionais para atender às suas aplicações. 20

“Por mais de 40 anos, a imagem térmica da FLIR fornece tecnologias para os profissionais melhorarem não apenas suas capacidades, mas também sua segurança no trabalho”, disse Jim Cannon, presidente e CEO da FLIR. “Enquanto o mundo trabalha em conjunto para enfrentar a pandemia global de COVID-19, dada a necessidade dessa tecnologia, a FLIR priorizará as entregas iniciais desta nova câmera da série A para profissionais que a usem na triagem de temperatura corporal como um complemento para outros métodos de triagem de temperatura para ajudar a combater a propagação do vírus”. Esses sistemas de câmeras inteligentes altamente configuráveis fornecem monitoramento preciso da temperatura sem contato em uma ampla gama de disciplinas: controle do processo de fabricação, desenvolvimento de produtos, monitoramento de emissões, gerenciamento de resíduos, manutenção de instalações e melhorias ambientais, de saúde e segurança (EHS). Além disso, a FLIR está atualmente em teste beta para uma solução automatizada de software para triagem de temperatura corporal totalmente integrada às câmeras térmicas certificadas pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos. A solução foi projetada para aumentar rapidamente a precisão, facilidade de uso e velocidade dos procedimentos de triagem existentes. A FLIR compartilhará um anúncio sobre sua solução no segundo trimestre de 2020. As câmeras sensor térmico inteligente FLIR A400/A700 e transmissão de imagem térmica estão disponíveis para compra em todo o mundo a partir de parceiros distribuidores da FLIR. SE



Case de Sucesso

Vale

Vale instala 81 câmeras térmicas nas portarias para identificar pessoas com sintoma de COVID-19 Empresa está adotando dois tipos de equipamentos para detectar alta temperatura corporal; investimento é de R$ 7,5 milhões

Por Fernanda Ferreira

A

pandemia do coronavírus, que teve início no final do ano passado na China e já se espalhou pelo mundo todo, tem causado inúmeros problemas e desafios. O uso da tecnologia é crucial para auxiliar nas ações e iniciativas contra o avanço da doença, com destaque para as câmeras térmicas que medem a temperatura com precisão, identificando quando uma pessoa está com temperatura acima do normal. As câmeras térmicas são um tipo de equipamento que permite mostrar imagens feitas a partir da radiação de calor emitida por um corpo. Qualquer corpo que esteja acima do zero absoluto (-273 ºC) emite radiação infravermelha. Quanto mais radiação emitida, maior será também a temperatura do corpo. Deve-se considerar que este tipo de radiação não é visível ao 22

olho humano, já que corresponde a um espectro de radiação fora da luz visível. Sendo assim, as câmeras térmicas são um dispositivo que, graças às emissões de raios infravermelhos, forma imagens luminosas que são visíveis pelo olho humano, permitindo assim enxergar radiação de uma pessoa, animal ou objeto que, em condições normais, não conseguiríamos ver. Os equipamentos podem ajudar a identificar pessoas com os sintomas do COVID-19 como, por exemplo, a febre. Os equipamentos medem a temperatura com precisão para criar alertas quando alguém está com temperatura acima do normal. Isso ajuda a identificar rapidamente possíveis doentes e evitar que eles entrem em locais com grande fluxo de pessoas (fábricas e metrô, por exemplo), protegendo outros indivíduos que estão ali.



Centro de Inteligência em Vitória. Crédito: Agência Vale.

Case de Sucesso

Essa tecnologia já está sendo usada no Brasil: a Vale, uma das maiores mineradoras globais, instalou 81 câmeras térmicas nas portarias de suas unidades em cinco estados – Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará e Maranhão –, com o objetivo de identificar pessoas que estejam com alta temperatura corporal, um dos sintomas do novo coronavírus. Os empregados ou visitantes que apresentarem esse sinal não terão a entrada autorizada e serão abordados por um profissional capacitado da Vale, que irá prestar informações sobre a doença e encaminhá-los para casa ou para uma unidade de saúde. As câmeras foram importadas da China e da Suécia. O valor investido é de R$ 7,5 milhões. O primeiro lote de equipamentos chegou no final de março em Belo Horizonte, de onde foi distribuído para os demais estados. O segundo lote chegou em meados de abril. Foram instalados dois tipos de câmera. As do primeiro lote são idênticas aos modelos usados em aeroportos de várias cidades do mundo, como Dubai, Moscou e Kuala Lumpur. Elas estão posicionadas sobre um tripé nas portarias das unidades da Vale. Todos os empregados e visitantes passam em frente ao equipamento e têm sua temperatura corporal medida a 24

partir do duto lacrimal. Já as câmeras do segundo lote ficaram posicionadas em um ponto fixo na entrada da portaria, como equipamentos de vigilância comuns, e filmam um grupo de pessoas. Com o uso de Inteligência Artificial, a câmera faz uma busca por diversos pontos do rosto dessas pessoas e identifica qual é o mais preciso para se fazer a medição da temperatura no momento. Em ambas as câmeras a leitura dura em torno de dois segundos e a margem de erro é de 0,5 grau centígrado. Reforço à prevenção A Vale vem tomando todas as medidas necessárias para reforçar a prevenção do Covid-19 em seus locais de trabalho e nas localidades onde está presente. A empresa tem focado em reduzir a presença do efetivo administrativo e operacional nas unidades, de forma a manter apenas os serviços essenciais. Além do trabalho remoto adotado desde 16 de março para empregados cujas funções são elegíveis a home office e para empregados dos grupos de risco, conforme orientação do Ministério da Saúde, a empresa colocou em prática uma série de ações preventivas e proativas para evitar aglomeração,


Case de Sucesso

como redução da quantidade de pessoas nas portarias, nos ônibus e nos restaurantes. A Vale reforçou que está em conformidade com os protocolos de saúde e segurança estabelecidos pelas autoridades e agências de cada um dos países em que opera e está monitorando o desenvolvimento da situação. Equipamentos nacionais Existem vários tipos de modelo disponíveis no mercado, desde os mais simples, indo para os mais sofisticados. Além de fabricantes chineses e sueca, existem empresas nacionais desenvolvendo e produzindo essa tecnologia. A catarinense Intelbras é uma delas. A empresa possui equipamentos de alta qualidade, alguns deles embarcados com outras tecnologias que tornam as câmeras ainda mais eficazes. A câmera térmica híbrida VIP 7401 TH MT é um deles: ela identifica o calor do local, de equipamentos e de pessoas em conjunto com captação de imagens em alta resolução, tornando a vigilância de ambientes mais segura e assertiva. Possui lente dupla – térmica e comum – detectando incêndios e temperatura, o que pode ajudar a detectar pessoas com febre

em aeroportos, imigração, locais de grande circulação, como shoppings centers, estações de trem e etc. Outros produtos podem ser utilizados juntos com as câmeras térmicas, deixando o sistema de detecção de temperaturas ainda mais seguro. Os medidores de temperatura corporal são um bom exemplo: sua avançada tecnologia permite controlar a temperatura de uma superfície alvo, criando um referencial importante para a câmera térmica. Esse equipamento auxilia a câmera a tornar a medição ainda mais precisa (±0,3°C), identificando mínimas variações de temperatura de pessoas, determinando assim alguém febril e, consequentemente, suspeito de estar doente. Gravadores IP com inteligência artificial também podem ser um bom aliado na luta contra o coronavírus. O modelo SVR 7116 IA da Intelbras é um gravador inteligente de alta capacidade com reconhecimento facial embarcado e capacidade de comunicação com câmeras térmicas. Esse equipamento é compatível com as inteligências de vídeo das câmeras LPR, contagem de pessoas, mapa de calor, entre outras, facilitando o monitoramento e entregando informações a mais do ambiente. Além disso, é capaz de realizar reconhecimento facial em até quatro canais utilizando câmeras comuns. O gravador possui também a função de busca forense, que identifica características da pessoa como gênero, idade, expressão facial, tipo e cor de roupa, entre outras. Ele ainda conta com inteligência artificial, que detecta pessoas e veículos que cruzem uma linha. Para completar, a solução incluí um software de gestão de todo o sistema, o Defense IA. Além de gerenciar toda a solução térmica e de reconhecimento facial, também é um poderoso software de videomonitoramento centralizando todas inteligências e equipamentos de segurança da empresa. Com a pandemia afetando cada vez mais pessoas ao redor do mundo, todos os recursos devem ser usados para combatê-la. As câmeras térmicas e outras soluções estão sendo usadas com maior frequência e se tornaram um importante aliada no combate contra o coronavírus e outras doenças. SE 25




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ARCOMATIC

Portas Automáticas em tempos de pandemia Controle de acesso 100% livre de contato caminha para ser a nova tendência para o mercado de segurança

Por Fernanda Ferreira

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m apenas algumas semanas a prioridade em relação a segurança mudou e a preocupação com a higiene passou a ser o fator número de todas as verticais do mercado por conta da pandemia de coronavírus. Aeroportos, hospitais, mercados, lojas de conveniência, ou seja, os serviços essenciais que permanecem abertos nos países, estão atentos as medidas de segurança que podem minimizar o contágio e a disseminação da doença. Soluções de controle de acesso que não necessitam de contato para realizarem a entrada e saída de pessoas, como portas automáticas, tornaram-se fundamentais para reduzir a propagação do coronavírus. Para falarmos sobre esse assunto, conversamos com José da Fonseca Junior, Diretor Comercial da ARCOMATIC. Revista Segurança Eletrônica: Como a ARCOMATIC entrou no mercado de portas automáticas? José da Fonseca Junior: Foi por meio de um convite feito pela DÍTEC-ENTREMATIC, uma vez que eles não tinham uma operação organizada no Brasil. Foi um grande desafio para ARCOMATIC, estávamos muito empolgados com a possibilidade de fazer um trabalho estruturado para atender as demandas do mercado. A motivação era ainda maior, porque conhecíamos o mercado e sabíamos do potencial do produto. Quando começamos, no final de 2014, início de 2015, o Bra28

sil vivia um caos econômico, precisávamos superar algumas barreiras como crescimento, que estava estagnado. Nosso PIB tinha crescido apenas 0,50% em 2014 e estava em queda, tanto que no ano de 2015 amargamos um índice de 3,80% negativo, seguido de um 2017 com 3,60% negativo. Sabíamos que o momento não era o melhor, porém tínhamos uma linha completa de produtos de alto desempenho que nenhum outro player no mercado possuía, também precisávamos reestruturar a marca DÍTEC no Brasil, que estava sem uma representação local desde 2008 (crise imobiliária), tendo apenas algumas revendas que atendiam ao cliente final em projetos. Nos primeiros dois anos focamos em criar uma reestruturação da nossa rede de integradores (revendas) e capacitação dos nossos parceiros, para que desta forma pudéssemos ofertar ao mercado de forma mais ampla os nossos produtos. Revista Segurança Eletrônica: Qual foi o foco desta reestruturação? José da Fonseca Junior: Focamos em descentralização e treinamento. O Brasil é um país com dimensões continentais, precisávamos sair da região Sul e Sudeste e desenvolver novos integradores e revendas em todo o país, e para isso montamos um cronograma de treinamento e começamos a certificar revendas


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3) Uso em rotas de fuga de incêndio: depois da trágica madrugada de 27/01/2013 na Boate Kiss, os arquitetos, engenheiros e especialistas da área de segurança encontraram nas portas automáticas uma grande aliada em empreendimentos que exigem rápida evacuação ou em projetos com uso de portas corta fogo com controle automático. 4) Segurança em seus dois sentidos “safety and security”: segurança em SAFETY, onde a porta evita acidentes por movimentos de abertura ou fechamento indevido durante a passagem de usuários; segurança em SECURITY quando integradas a sistemas de controle de acesso e sistemas de monitoramento, conseguimos entregar uma real experiência de segurança ao usuário. 5) Redução de contaminação por contato “higiene”: simplesmente do dia para noite o item que estava em quinta posição em tomada de decisão definitivamente passa a ser a primeira posição. Está comprovado que o contato físico com superfícies contaminadas é o maior fator de contágio do coronavírus, e não adianta empurrar porta com cotovelos, pés ou joelhos, o vírus vai embora com você para casa, na roupa, calçado, cabelo. Para ficar isento de contato, é preciso automatizar. Por este motivo, a porta automática torna-se essencial para que consigamos reduzir a propagação do coronavírus ou de qualquer outra doença que possa surgir com fator de contágio como este, ou simplesmente para preservar bons hábitos de higiene.

mais próximas dos clientes finais. Hoje temos 68 integradores (revendas) em 18 estados mais o Distrito Federal. Antes do COVID-19 tínhamos como plano chegar a 100 integradores em 2020, mas tudo indica que ultrapassaremos este número, devido ao aumento da demanda de portas automáticas. Revista Segurança Eletrônica: Como era a procura por portas automáticas antes do coronavírus? José da Fonseca Junior: Quem me conhece sabe que sempre falo da importância de automatizar portas pelo fator de higiene. Em meus treinamentos e palestras até cito o exemplo de como a maçaneta do banheiro é, com certeza, um dos lugares mais sujos de qualquer empreendimento, e que em minha opinião deveria ser obrigatoriamente automatizada. Antes do coronavírus, o ranking de fatores para tomada de decisão quanto a automação de portas figurava na seguinte ordem: 1) Economia: este fator afeta diretamente a economia e sustentabilidade do empreendimento no que se refere ao ar-condicionado. 2) Acessibilidade: tenho o maior orgulho deste ponto, pois permite a inclusão social de PNE’s, principalmente quando integrados a soluções de controle de acesso (há inclusive legislação sobre o assunto).

Revista Segurança Eletrônica: Qual é o desafio que vocês estão enfrentando com esta pandemia? José da Fonseca Junior: Temos dois grandes desafios na verdade: o primeiro é o de mudar o foco das nossas revendas, pois apenas 30% delas atuavam neste mercado hospitalar, uma vez que estavam acostumadas a vender na ordem que falamos anteriormente e agora estamos em um movimento forte para que neste momento a venda seja por higiene prioritariamente; e o segundo e maior desafio está em atrair e capacitar novos integradores na mesma velocidade do vírus, pois os integradores tem verticais de trabalho, o vírus não. Revista Segurança Eletrônica: O que você quer dizer com “os integradores tem verticais de trabalho e o vírus não”? José da Fonseca Junior: Veja bem, temos comprovado que o primeiro caso do COVID-19 surgiu em Wuhan, na China, mas como ele se espalhou para outros países? Por aeroportos e portos (vertical 01). Os indivíduos infectados que chegaram aos seus destinos seguiram com suas vidas normalmente, indo a shoppings centers, bancos, supermercados, postos de combustível com suas lojas de conveniência, farmácias, universidades, lembrando que todos continuaram a trabalhar em fábricas, centros comerciais, órgãos públicos, etc. Todos estes empreendimentos são verticais, e precisamos capacitar os integradores que já atendem estas verticais para que possam apresentar aos seus clientes as melhores soluções, tanto em porta automática como em controle de acesso. Revista Segurança Eletrônica: A ARCOMATIC disponibilizou no mercado portas hospitalares ideais para a situação 29


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de pandemia que o planeta se encontra neste momento. Como ela funciona? José da Fonseca Junior: Além das portas automáticas para todos os tipos de ambientes residenciais, comerciais e industriais, começamos em 2020 um grande projeto de fabricação de portas herméticas, com acionamento automático ou manual. Podem ser deslizantes ou pivotantes, esta família de produtos é para uso hospitalar. Temos produtos para três aplicações específicas, que podem ser fornecidas em INOX 304 ou HPL (High Pressure Laminate). • Portas Herméticas, Automáticas ou Manuais: utilizada em salas de cirurgia, leitos de isolamento, salas limpas, salas de higienização em antecâmaras, onde os graus de estanqueidade entre o ambiente limpo e o ambiente exterior precisam ser assegurados pela porta. • Portas Herméticas com Chumbo, Automáticas ou Manuais: utilizadas em salas de Raios-X e radioterapia. Aplicada principalmente para proteger o profissional de radiologia do tempo de exposição. A preocupação é com a repetição acentuada de exames.

EN ISO 13849-2 e EN 62233, onde asseguram o grau de hermeticidade, fator este que garante o máximo de estanqueidade dos nossos produtos, tornando assim efetivo o controle da propagação. Também seguimos as normativas de montagem e instalação conforme a EN16005. Revista Segurança Eletrônica: Qual o grande diferencial dos produtos da ARCOMATIC? José da Fonseca Junior: Além de produtos com tecnologia italiana de alto desempenho, a ARCOMATIC oferece ao mercado a maior linha de automatizadores de portas, operadores de portas e portas hospitalares, por meio de sua ampla rede de integradores (revendas) credenciados. Nossos produtos são ensaiados, testados e certificados para 1 milhão de manobras sem falhas, com uma velocidade de até 1m/s (um metro por segundo), acabamento arredondado e sem pontos para acúmulo de sujeira. Como sua construção é em inox, alumínio e HPL, contribui para facilitar a higienização de rotina.

• Portas Semi-Herméticas, Automáticas ou Manuais: Muito utilizadas em CTI’S ou UTI’S, leitos de recuperação e pós-cirurgia, sempre com sistema de controle de acesso para evitar a entrada de não autorizados ao ambiente.

Revista Segurança Eletrônica: Como é o processo para adquirir a solução? José da Fonseca Junior: Nossa política comercial é de atender ao cliente final através de nossos integradores credenciados. Quem precisar de mais informações, podem nos contatar pelo nosso site www.arcomatic.com.br e para maiores informações, deixo nosso e-mail: arcomatic@arcomatic.com.br.

Revista Segurança Eletrônica: A solução atende as exigências de controle de contaminação? Qual o grau de classificação dessas portas? José da Fonseca Junior: No Brasil não há exigência de regulamentação específica para este tema, porém nossos produtos seguem todas as normativas europeias, como a EN 55014-1, EN 61000-6-3, EN 61000-6-2 EN 16005, EN 60335-1, EN ISO 13849-1,

Revista Segurança Eletrônica: Quais são os planos da ARCOMATIC para os próximos meses? José da Fonseca Junior: Estamos alinhados com duas grandes marcas europeias de nosso segmento para começarmos no segundo semestre com itens que complementarão nossa oferta de produtos. Com certeza vai será uma nova oportunidade de grandes negócios para o nosso cliente integrador. SE

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Real Networks

Reconhecimento facial: aliado da segurança e da economia Equipamentos que não exigem o toque podem ajudar a manter um ambiente seguro

Por Fernanda Ferreira

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reconhecimento facial tem ganhado cada vez mais espaço no mercado brasileiro e pode ser um importante aliado em diversos setores da economia, dentre suas funções, realizar a autenticação de pessoas sem a necessidade de toque físico e acompanhar o fluxo de pessoas dentro de um estabelecimento, está entre os recursos mais importantes, diante do cenário de pandemia que o mundo está vivendo. Nesta entrevista, conversamos com Marcelo Victorino, diretor de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da RealNetworks, que falou sobre o SAFR, a solução de reconhecimento facial da RealNetworks. Revista Segurança Eletrônica: Quando falamos em RealNetwork no Brasil, normalmente as pessoas pensam na solução de reconhecimento facial da empresa. Vocês atuam em outras áreas também? Marcelo Victorino: Sim! A RealNetworks é uma companhia global com uma tradição notória em inovações em mídia digital de mais de 25 anos. Em 1995, lançamos pioneiramente o RealPlayer, uma solução então inédita para que as pessoas pudessem assistir vídeos online. De lá pra cá, temos sempre inovado em soluções para facilitar o manuseio de áudio e vídeo, como compressão e descompressão, transformação de mídia em múltiplos formatos, por exemplo. Somos também pioneiros em gravação semelhante a DVR de vídeo na Inter34

net, e a primeira a transmitir músicas das cinco principais gravadoras por streaming. A partir de 2015, criamos uma nova geração completa de serviços usando inteligência artificial e machine learning. Foi nesta época que nasceu o SAFR, inicialmente usado para organizar conteúdos de vídeo e fotos – como hoje fazem as plataformas de mídia social – e os gerenciadores de fotos de aplicações mobile. A RealNetworks também possui uma divisão de games chamada GameHouse, provendo jogos globalmente, inclusive no Brasil, e o Kontxt uma robusta plataforma que também usa inteligência artificial para gerenciamento de mensagens SMS pelas operadoras de telecom. Revista Segurança Eletrônica: E como funciona a solução de reconhecimento facial da RealNetworks? Marcelo Victorino: O SAFR (da sigla Secure Accurate Facial Recognition), é uma solução de reconhecimento facial desenvolvida pela RealNetworks que utiliza inteligência artificial e machine learning, com notórios diferenciais competitivos no mercado global, como: leveza, uma vez que o software foi criado com drive 100% “mobile-first”, o que resulta na menor necessidade de hardware para processamento em relação aos competidores – em alguns projetos o SAFR necessitou apenas de um quarto da necessidade de processamento em relação aos concorrentes; aferido pelo NIST National Institute


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“O reconhecimento facial pode contribuir decisivamente (no combate ao coronavírus), tanto para controle de acesso e abertura de portas e catracas sem o uso das mãos como analíticos de detecção de aglomeração de pessoas com geração de alertas automáticos. No contexto das máscaras de rosto, a taxa de falsos positivos pode se mante.” of Standards and Technology) com avaliação de 99,87% de precisão e velocidade de menos de 100 ms para vídeos ao vivo, o que é a realidade da maioria dos projetos envolvendo esta tecnologia; segurança e privacidade by design – usando criptografia na base de dados e em trânsito de dados, o SAFR entrega privacidade e segurança de dados, sendo aderente ao GDPR da Europa, que é a base da Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP) do Brasil; nossa postura ética, transparência e respeito é um item importante e que tem vindo à tona em praticamente todas as reuniões com os nossos clientes, outro ponto que também endereça esse contexto ético que eu gostaria de ressaltar é o fato de que o SAFR pode ser usado para diversas etnias com a mesma qualidade, a privacidade e a responsabilidade de que só entraremos em projetos que estarão alinhados com a ética e o benefício social. Revista Segurança Eletrônica: Muito se tem falado sobre a invasão de privacidade que o reconhecimento facial pode causar. Algumas cidades, como São Francisco e Sommerville, em Massachusett, chegaram até a proibir essa tecnologia. Como a RealNetworks enxerga essa questão? Marcelo Victorino: A tecnologia de reconhecimento facial em si não invade a privacidade das pessoas. Acreditamos que um processo desenhado adequadamente trará todos os benefícios desta tecnologia. Nesse sentido, entendemos que há dois pontos importantes que devem ser observados. O primeiro ponto é a tecnologia ter alto padrão de segurança, o SAFR ter sido concebido para ser seguro e privado é um

diferencial neste sentido, com criptografia padrão AES-256 e HTTPS para atender aos requisitos internacionais de segurança. Outro ponto é a configuração, o SAFR possui recursos de fácil manuseio para que sua configuração permita a anonimização dos dados. Revista Segurança Eletrônica: Outras alegações é que sistemas automatizados de reconhecimento facial programados para identificar criminosos retornam com uma taxa alta de falsos positivos em rostos de pessoas não brancas. Como a RealNetworks trabalha para que isso não aconteça com a solução da empresa? Marcelo Victorino: A RealNetworks, como empresa global, proveu ao SAFR um aprendizado de milhões de rostos de diversas etnias, garantindo desempenho uniforme globalmente. Usando inteligência artificial e machine learning, o SAFR melhora continuamente seu algoritmo para reduzir cada vez mais esta possibilidade. Outra questão que vai além do software é a utilização das câmeras e hardwares corretos para cada tipo de projeto. O SAFR funciona com qualquer câmera IP e outros IoT, mas estes equipamentos precisam ser adequados para cada uso. Finalmente, nossos parceiros implementadores são treinados frequentemente e podem usar nosso suporte técnico local para realizar as configurações do SAFR corretamente. Revista Segurança Eletrônica: Sabemos que as tecnologias digitais, como reconhecimento facial, machine learning e Inteligência artificial, podem ser bastante efetivas 35


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cimento dentro do ambiente da escola, eliminação do tempo de chamada do aluno em sala de aula, controle de acesso e analíticos de tempos e presença. Cybersegurança de fato é um tema presente. Além dos altos padrões de criptografia que já citei, o SAFR está sendo usado como componente de segurança de autenticação de participantes em reuniões virtuais, reduzindo a possibilidade de espionagem industrial. Com o tema do Covid-19, a necessidade de redução de contato físico está elevando a exigência de tecnologias para atender esta demanda e o reconhecimento facial pode contribuir decisivamente, tanto para controle de acesso e abertura de portas e catracas sem o uso das mãos como analíticos de detecção de aglomeração de pessoas com geração de alertas automáticos. No contexto das máscaras de rosto, a taxa de falsos positivos pode se manter em níveis aceitáveis com o SAFR. Por questões de privacidade, muitos projetos interessantes não podem ser divulgados em detalhe, como é o caso de controle de fronteiras entre países, por exemplo.

como soluções de negócio que ajudam setores importantes da economia, como varejo, educação, saúde, transporte, infraestrutura, além do próprio setor de segurança, a resolver problemas que afligem essas indústrias. Poderia citar exemplos de como a tecnologia SAFR pode ajudar esses setores, especialmente o da segurança, incluindo cibersegurança? Marcelo Victorino: Horizontalmente, temos trabalhado no reconhecimento de suspeitos e ameaças, principalmente integrado com os principais VMS do mercado global, realizando contagem automática de pessoas, gerando indicadores de gênero, idade e sentimento, apurando tempo em fila, tempo de deslocamento e de permanência, autenticação adicional com códigos digitais e sincronização de autenticação com outros sistemas convencionais como crachás, biometria digital etc. Falando das verticais, sabemos que cada um desses setores da economia têm os seus desafios para reduzir perdas e aumentar receita. Na saúde, por exemplo, pesquisas apontam bilhões em perdas por fraudes e roubos; no varejo, as perdas desta natureza podem chegar a 1,8% do faturamento; aeroportos são frequentemente multados em milhares de dólares por superação de tempo de atendimento aos seus usuários; bancos sofrem com ações de quadrilhas em caixas eletrônicos e a indústria também perde milhares de dólares por falta de indicadores de desempenho, controle de acesso e acidentes de trabalho. Isto apenas para citar alguns segmentos. Como exemplo, para o varejo, atuamos na segurança com o reconhecimento de suspeitos, entregando analíticos de contagem de pessoas por gênero, idade e sentimento, gerando analíticos de tempo de permanência de clientes, reconhecendo clientes fidelidade e outras funções; em hospitais realizamos o controle de acesso com reconhecimento facial, alertas em caso de saídas desautorizadas de pacientes e acompanhamento do fluxo de pessoas dentro do estabelecimento e mapa de calor; e na educação temos realizado todo o cadastro de alunos e seus responsáveis para reconhe36

Revista Segurança Eletrônica: Pode nos relatar resultados interessantes de algum case (nacional ou global) do SAFR, para entendermos o potencial da plataforma? Marcelo Victorino: Existem casos interessantes que são públicos e que podemos comentar. Na Praia Grande (interior de SP), criamos o case “cidade inteligente”, por exemplo. Desde a implementação da tecnologia de monitoramento e alarme na cidade, a taxa de criminalidade de Praia Grande caiu mais de 80% nas áreas monitoradas e as invasões em edifícios públicos foram quase eliminadas. De acordo com os profissionais envolvidos no projeto, o SAFR foi crucial para obter esses ganhos. Na temporada 2019/2020, a Estação Verão Show, também em Praia Grande, contou com o apoio da tecnologia de reconhecimento facial do SAFR para reduzir o índice de crimes durante a festa e manter a segurança de cerca de 200 mil pessoas que frequentaram os 14 dias de festival. Também cobrimos a Oktoberfest em Blumenau (SC), um evento com mais de 570 mil pessoas, com oito câmeras de reconhecimento facial. Um destaque desta cobertura foi a utilização de drones com imagens passando pelo reconhecimento facial. Revista Segurança Eletrônica: Quais são os planos da RealNetworks no Brasil? Marcelo Victorino: A RealNetworks está no Brasil desde 2002, então são praticamente duas décadas de investimento e prestação de serviços. Falando especificamente do SAFR, estamos desde 2018 com toda estrutura, time técnico, comercial e marketing local. Em 2019, consolidamos a integração com diversas plataformas de vídeo monitoramento do mercado e estamos implantando diversos projetos em edifícios, bancos, condomínios e outros. Também estamos trabalhando intensivamente com nossos SDKs, que podem ser embarcados em qualquer equipamento que possui processamento para prover mais inteligência na ponta como câmeras, drones, bodycams, robôs e outros IoT. Também estamos fortes com iniciativas de 5G globais para capilarizar bem mais o uso do reconhecimento facial em larga escala. SE





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Câmeras térmicas de monitoramento contribuem para agilizar a triagem de temperatura das pessoas durante o surto de coronavírus Por Martín Otazua

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omo todos sabemos, a epidemia que estamos enfrentando é altamente contagiosa e tem um forte impacto na saúde de qualquer pessoa. A febre, como é do conhecimento público, é um sintoma típico no desenvolvimento do vírus e é considerada no diagnóstico de um paciente. Nesse sentido, as câmeras térmicas podem ajudar no combate ao vírus, uma vez que são capazes de detectar a temperatura de grande grupo de pessoas, simultaneamente e de forma eficaz. As câmeras de detecção e monitoramento térmico possuem sensores especiais que detectam a radiação infravermelha emitida por um objeto. Essas câmeras convertem o fluxo de radiação emitido por um determinado objeto, que pode ser o próprio corpo humano, em imagem visível associada à temperatura desse objeto. Atualmente, muitas empresas, shopping centers, supermercados, aeroportos e outros locais públicos estão usando soluções de medição de temperatura, mas exigem muito trabalho e seus operadores são suscetíveis à infecção devido ao grande número de contatos inevitáveis com as pessoas. É aqui que a câmera térmica entra em ação, resolvendo quatro fatores importantes e respondendo porque usá-la:

1. Detecção e monitoramento precisos da temperatura corporal da pessoa com uma margem de erro de ± 0,3 ° C, atenuando alarmes falsos e confusão no processo de filtragem de possíveis casos (tecnologia black body).

dade do vírus permanecerá por longo período e as soluções térmicas geram um filtro e um alarme para quem está acima da temperatura normal (37,3 ° C), evitando possíveis novos contágios. Será preciso aprender a conviver com o vírus e, governos, institutos, universidades, hospitais, fábricas, shopping centers, aeroportos e empresas precisarão oferecer um bom nível de segurança a seus clientes, usuários, colaboradores etc. Outro ponto é que essas câmeras funcionam para a vigilância e prevenção de acidentes, provendo proteção às pessoas e às empresas/ indústrias por meio de outras funções como: detecção de faces, proteção de perímetro e detecção contínua de altas temperaturas para prevenção de incêndios, desastres etc. Alguns países asiáticos têm sido um exemplo de superação da crise da saúde e, nas últimas semanas, tornou-se a esperança para os que agora são o foco do vírus. O sucesso destes países se deve a diferentes componentes culturais, governamentais e empresariais, incluindo a rápida instalação tecnológica para a detecção da temperatura corporal. Diversos países da América Latina também estão utilizando a tecnologia com sucesso, como Colômbia, Panamá, Peru, Argentina, Chile e México. A tecnologia é a solução para muitos desafios e obstáculos que vemos todos os dias no mundo, e as câmaras térmicas são bom um exemplo disso. Empresas de tecnologia continuarão inovando e oferecendo ao mercado as melhores soluções tecnológicas em segurança eletrônica que a sociedade possa precisar. SE

2. Não requer contato direto com as pessoas, pois detecta o alvo a uma distância de três metros. 3. Velocidade no processo de detecção, medindo e monitorando três pessoas por segundo, o que é altamente eficaz. 4. Não requer um grande número de pessoal operacional, pois pode ser manuseado por uma ou duas pessoas que controlam o processo. As câmeras devem ser usadas apenas enquanto durar a pandemia? É importante ressaltar que quando a quarentena terminar, a periculosi-

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Martín Otazua Gerente de Marketing da Dahua Technology Latam.


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Uso estratégico da Segurança Eletrônica no combate ao novo Coronavírus Por Selma Migliori

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evolução das medidas de contenção do novo coronavírus ao redor do mundo cada vez mais apontam para o uso estratégico das tecnologias de segurança eletrônica que permitem avaliar o cumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a redução dos efeitos negativos da pandemia. Países como Israel, China, Singapura e Coréia do Sul estão usando uma combinação de dados de localização e câmeras de segurança para rastrear a disseminação do vírus. O uso estratégico da segurança eletrônica nestes casos obedece às leis e disponibilidade tecnológica de cada país. De longe, China e Coréia do Sul são as que mais mobilizaram ferramentas de monitoramento em massa - de drones a câmeras de segurança - para monitorar pessoas em quarentena e rastrear a disseminação do coronavírus. O estado de São Paulo também vai usar a inteligência artificial para acompanhar os deslocamentos das pessoas e do coronavírus por meio do rastreamento dos smartphones e celulares, porém é preciso que sejam respeitadas as garantias fundamentais e o direito de privacidade, ou seja, medida esta que ainda demandará amplos debates especificamente na área jurídica, até mesmo em função da LGPD – Lei Geral de proteção de Dados. O modelo chinês e sul-coreano, citado pelo ministro espanhol da Saúde, Salvador Illa, como exemplos de que é possível vencer a pandemia, conseguiram reverter a tendência de infecções de Covid-19 a ponto de estarem perto de vencer a pandemia e influenciaram as medidas adotadas pela Espanha desde que o governo declarou estado de emergência: drones estão sendo usados para dizer às pessoas que fiquem em casa. Longe de fornecer uma receita para o combate ao novo coronavírus, essas práticas nos apresentam possibilidades de utilizar tecnologias que já estão disponíveis para contribuir na manutenção das medidas de quarentena necessárias para salvar vidas e evitar o colapso do sistema de saúde. Deste modo, observamos que o recurso de Portaria Remota, por exemplo, ganhou força durante este período já que as tecnologias disponíveis para controlar o acesso aos condomínios, como reconhecimento facial e dispositivos de proximidade para acessar o local, diminuem o contato físico. A tecnologia permite que o porteiro trabalhe à distância do condomínio, evitando o deslocamento diário e o risco da proliferação do vírus no local, principalmente durante a quarentena, além de reduzir consideravelmente os custos do condomínio. 42

Outra medida de saúde que conquistamos através de recursos utilizados pela segurança eletrônica, desde que a empresa possua o devido certificado de registro autorizado pelo exército, é a verificação da temperatura corporal através de câmeras de vídeo térmicas. Os equipamentos utilizados em larga escala por aeroportos, nos balcões de imigração, para identificar passageiros com febre também podem ser aproveitados em indústrias e outros setores essenciais que necessitam continuar em operação, mas que prezam, sobretudo, pela saúde dos colaboradores. Ainda para conter a propagação do coronavírus, a Polícia Militar de diversos estados brasileiros tem utilizado uma importante aplicação, as torres tecnológicas que, além de possuírem câmeras de segurança, ainda rastreiam placas, controlam fluxo de veículos e enviam sinais de emergências automáticos para centrais de monitoramento. As torres também contam com alto-falantes que, por meio de mensagem gravadas, de acordo com a necessidade de cada local, alertam e orientam a população em áreas de grande aglomeração de pessoas, como praias e praças. É inegável o valor da segurança eletrônica neste momento. No entanto, o uso dos dados no combate à pandemia nos apresenta também desafios importantes, como as questões éticas sobre a privacidade dos cidadãos. Por fim, em meio à pandemia do novo coronavírus, a segurança eletrônica se aproxima cada vez mais do poder público explicitando que a tecnologia não deve ficar restrita apenas para o setor privado. O valor social dos recursos de segurança mais avançados se mostra uma importante ferramenta de proteção à vida e, apesar da necessidade de rigor no protocolo de segurança para a operação e armazenamento destes dados, é um avanço que precisa ser feito. SE

Selma Migliori Presidente da Abese Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança.



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Vigilância por vídeo a serviço da administração hospitalar Por Alberto Muñoz

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estes dias da pandemia de coronavírus, o gerenciamento hospitalar se torna uma questão vital para proteger a vida de qualquer pessoa em qualquer lugar. Isso abrange inúmeras frentes que se multiplicam para cada paciente que entra e requer atenção permanente ao seu estado de saúde. Essa é a função das câmeras que fazem parte da infraestrutura desses centros médicos, com um objetivo comum ao dos profissionais que ali estão: apoiar o cuidado de cada ser humano que compartilha esse espaço em que a segurança de todos é um ativo primário. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), um hospital seguro é um estabelecimento de saúde cujos serviços permanecem acessíveis e operam na capacidade máxima instalada e na mesma infraestrutura imediatamente após uma emergência ou desastre. No entanto, no dia a dia surgem outros fatores que afetam o fornecimento das condições mais seguras para atendimento médico oportuno e eficaz. Nesses casos, as múltiplas funções de uma câmera podem se tornar um auxílio vital. 44

Área livre Tudo começa na área de estacionamento de ambulâncias, o estacionamento de carros particulares nesses locais tem sido um problema crítico ao longo do tempo, pois a chegada de uma ambulância com as luzes acesas indica que há uma emergência em desenvolvimento e, nesse processo, a cada segundo, para oferecer a atenção dos especialistas apropriados com o equipamento necessário, cobra um valor excepcional. Para evitar essa possível situação de bloqueio, a câmera da série Hanwha Techwin X Plus pode identificar um perímetro de entrada e saída de veículos para que, assim que detecte um evento que dificulta a entrada de ambulâncias, ative um áudio carregado com a mensagem “limpe a área”. Dessa forma, o acesso é garantido o tempo todo. Controle eficiente Os armazéns clínicos lidam com medicamentos de alto custo, que exigem controle rigoroso sobre sua dosagem e entrega, pois o roubo ou perda de qualquer um deles implica


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designado para permanecer. Ao realizar uma auditoria, é possível pesquisar cada vez que a marca foi ativada e, assim, saber quem estava lá, a que horas e cruzar essas informações para saber se houve perda ou dados incorretos. Isso para fazer um controle mais eficiente. Informações seguras Um dos pontos mais sensíveis na relação médico-paciente é o famoso segredo clínico, uma abordagem que as câmeras localizadas em todos os estabelecimentos de saúde devem ter. Se eu tiver acesso a equipamentos não compatíveis, qualquer pessoa com acesso a imagens de CFTV de uma clínica poderá violar a confidencialidade desse paciente. Por outro lado, se redes de telemedicina como DICOM ou PACS, que contêm protocolos altamente criptografados, estão em execução no hospital, como você pode cuidar de uma rede tão segura com uma sub-rede de CFTV que não está em conformidade? É semelhante a um padrão de segurança para imagens médicas? A vasta experiência e desenvolvimento da Hanwha Techwin no campo da segurança cibernética apoia isso, realizando regularmente cursos de treinamento e webinars para usuários finais e integradores para compartilhar as melhores práticas. Somente no site, existem recursos que a empresa oferece para se proteger contra essas vulnerabilidades do computador.

em uma ação legal. Em setembro do ano passado, na cidade mexicana de Aguascalientes, a polícia prendeu o prefeito de um hospital pertencente ao Instituto Mexicano de Seguridade Social, que, juntamente com outra pessoa, roubou 145 frascos de medicamentos com a legenda HEPTEC 10.000 Ul RPB (Heparina de Sódio), sem autorização clínica. O vice-diretor administrativo do hospital apresentou a queixa correspondente às autoridades. Esse caso, no entanto, ficou conhecido porque, em seu turno de vigilância, os policiais detectaram um veículo preto, o que levou a uma inspeção preventiva, e nisso encontraram uma sacola plástica com o medicamento roubado. No entanto, esse procedimento de detecção pode ser feito usando câmeras com a capacidade de incorporar análises de borda de aparência/desaparecimento em alguns equipamentos médicos críticos. Dessa forma, toda vez que uma pessoa abre a gôndola ou o balcão para tomar um medicamento de alto custo, a câmera gera uma marca no vídeo; da mesma forma, quando um desfibrilador é removido da área onde foi

Ronda não-intrusiva Nos corredores de terapia intensiva, existe uma funcionalidade nas câmeras que se chama vadiagem, que mede o tempo de inatividade de um objeto ou pessoa. Essa análise é vital para saber se uma pessoa caiu ou desmaiou. Esse monitoramento se torna uma ajuda extensiva para um enfermeiro chefe que gerencia vários corredores ou salas médicas e, portanto, conhece os movimentos dos enfermeiros responsáveis em seus respectivos postos, se eles carregam os respectivos medicamentos e ao mesmo tempo esteja ciente de qualquer movimento de um paciente à noite. Tudo isso através de unidades multisensores que permitem ter menos câmeras e, com isso, uma superfície mais clara e menos invasiva para pacientes que cobrem as mesmas. A Hanwha Techwin, por sua vez, possui uma gama de soluções em aço inoxidável, ideais para as áreas mais assépticas, como unidades de terapia intensiva e salas de cirurgia, onde os padrões de higiene exigem equipamentos que estejam conforme as referidas condições. Dessa forma, pacientes e equipe médica têm um acompanhamento 24 horas por dia, 7 dias por semana, a serviço de sua segurança. SE

Alberto Muñoz Engenheiro de Aplicações da Hanwha Techwin.

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O que fazer quando não sabemos o que fazer?

Por Engº Kleber Reis

É

fato que estamos em meio à pior pandemia da história recente da humanidade, e escrevo este artigo resguardado em um apartamento em São Paulo, vendo a maior cidade do hemisfério sul praticamente parada, com tudo fechado, à exceção dos serviços considerados essenciais. E esta história começa para mim na madrugada do dia 14 de março, após uma bem-sucedida viagem para ministrar uma certificação dos radares Magos em Recife e às vésperas de um passeio de barco na manhã de sol seguinte. Foi quando a febre, tosse e falta de ar na madrugada selaram meu novo destino e, ao invés da marina, fui conduzido ao hospital onde o diagnóstico de pneumonia me inseriu involuntariamente no tão temido grupo de risco da Covid-19. Portanto entrei em isolamento e resguardo dez dias antes de entrar em vigor a quarentena decretada pelo governador para todos os 645 municípios do Estado. As viagens programadas para a ISC West em Las Vegas, o treinamento em Mato Grosso e as reuniões em Florianópolis foram adiadas por tempo indeterminado. A nossa linda Ilhabela no litoral norte de São Paulo foi isolada do continente e o turismo proibido, as operações de mergulho suspensas, incluindo o parque estadual marinho da Laje de Santos e outros destinos. As incertezas levaram a tempestade para o mercado financeiro, a bolsa despencou em queda livre e, em um único mês, 50

o dólar subiu 16% frente ao real, acumulando valorização de 30% no primeiro trimestre do ano. Pedidos suspensos, contratos sendo revisados, clientes exigindo descontos, atividades externas proibidas, cuidados adicionais de saúde, de assepsia e aumento de preços de produtos. E neste cenário fica reverberando a pergunta: O que fazer quando não sabemos o que fazer? A vida já havia me ensinado que nestes momentos de forte tempestade não podemos ficar parados à deriva, preocupados, deixando a água entrar no barco. É preciso assumir o leme, refazer os planos e agir, juntar a tripulação, organizar o barco, rever os suprimentos, definir o essencial e navegar, enfrentar a tempestade com prudência e cautela. Apenas um dia após ser decretada a quarentena no estado de SP já estava no ar o Café com Segurança, um programa ao vivo no canal do YouTube do CT Segurança, no qual eu, Christian Visval, Silvano Barbosa e Adalberto Bem Haja compartilhamos conhecimento, experiências, informações, dicas e boas práticas para o mercado de segurança com a contribuição de convidados especiais, e já no primeiro episódio abordamos a importância de ter uma visão positiva e sobretudo proativa diante da crise. Uma das coisas que ressaltamos muito em todos os encontros matutinos que foram incorporados à nossa nova rotina diz respeito à importância de aproveitarmos este momento de pa-


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rada temporária das atividades externas para nos organizar e aprender, assimilar novos conhecimentos e elevar o sarrafo. O mais engraçado é que nós mesmos aprendemos demais a cada nova entrada ao vivo, a cada estudo de temas e pautas, a cada crítica construtiva recebida. A quantidade de informações e sua enorme velocidade, somado à necessidade de agir e ao aumento do nível de exposição, foram degraus para uma jornada de aprendizado e evolução absurdamente insana. E aí foi criado o primeiro Happy Hour Virtual do mercado de segurança, unindo concorrentes de mercado em uma mesma mesa virtual com uma regra clara: só é permitido falar de coisas boas, positivas, iniciativas construtivas que ajudem outras empresas a passar com menos dificuldades por este momento de turbulência. Foi criada a #UnidosSomosMuitoMaisFortes e afloraram iniciativas solidárias oriundas da união de pessoas do bem, que se unem com o objetivo comum de ajudar o próximo, o mais necessitado, o pequeno comerciante, o prestador de serviços, o negócio local. E então chega com muita força a #SomosEssenciais com a mensagem para o mercado de que a área de segurança é essencial, que é prioritária, reforçando a sua importância para a proteção das famílias, das propriedades, da harmonia e do bem-estar social. Painéis de discussão sobre portaria remota, LGPD (Lei Ge-

ral de Proteção de Dados) e outros temas relevantes foram criados, juntando especialistas concorrentes de mercado para uma ampla e densa discussão que visa o crescimento de todos, com respeito e profissionalismo. As gravações do podcast CT Cast, o maior podcast da área de segurança, foram intensificadas e agora realizadas de forma remota, utilizando a tecnologia como ferramenta de interação, sempre contando com a colaboração e cordialidade de grandes especialistas dispostos a compartilhar seus conhecimentos. Novos cursos e treinamentos foram gerados, e todo este conteúdo passou a ser compartilhado de forma gratuita com os profissionais do mercado de segurança. E o mais legal de toda esta jornada é o compartilhamento da visão de que essa tempestade passará e que depois de toda tempestade sempre vem a calmaria, que não será tão calma assim para o mercado de segurança, uma vez que há um senso comum de que haverá um aumento de demanda pelos produtos e serviços da área, principalmente os relacionados à segurança eletrônica. Já vemos e sentimos o aumento da demanda por sistemas baseados em tecnologia sem contato, por sistemas de reconhecimento biométrico facial e digital sem contato, por conectividade, por barreiras mais inteligentes e automatizadas, por sensores mais sofisticados, por aplicativos e softwares que melhoram os processos, por portarias remotas, autônomas, compartilhadas e outros serviços em nuvem, por serviços mais especializados e por cuidados técnicos antes negligenciados. E assim nosso mercado reagirá rápida e positivamente a este momento e a minha sugestão a você leitor é que mergulhe de cabeça na preparação da sua empresa, na manutenção e capacitação da sua equipe, no fortalecimento das relações com seus fornecedores e parceiros de negócios, na visão de médio e longo prazo para não tomar atitudes impulsivas e precipitadas, principalmente relacionadas ao seu maior patrimônio, que são os talentos humanos, no planejamento financeiro, na preparação operacional e logística, na revisão de rotinas e processos, na otimização de tempo e recursos tomando como base o aprendizado deste período de mudanças. Toda dificuldade na vida é um degrau de aprendizado para nossa melhoria e evolução, só não podemos desistir no meio do caminho e nem ficar perdendo tempo lamentando, nossa melhor opção é agradecer e agir! Bora mergulhar! #mergulhandonavida

Engº Kleber Reis CEO da Engenharia Segura, consultor, palestrante, mergulhador, engenheiro com 30 anos de experiência no mercado de segurança eletrônica. www.kleberreis.com.br • Contato para palestras corporativas com Simone Scalise (11) 99777-2543 contato@kleberreis.com.br

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* As soluções de triagem de temperatura da Hikvision são projetadas para a detecção de temperaturas na superfície da pele, de modo a obter triagem preliminar rápida em áreas públicas. As temperaturas reais do corpo devem ser confirmadas usando dispositivos de medição clínica. Sob qualquer circunstância, é altamente recomendável usar as soluções da Hikvision de acordo com as leis e regulamentos locais.


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