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A escleroterapia dói?

Antes de falarmos sobre esse assunto, precisamos entender o que é esse procedimento e como ele é feito. Além disso, é importante conceituarmos a palavra dor e assim podermos entender melhor essa situação.

O que é escleroterapia?

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Escleroterapia é um tratamento realizado nas telangiectasias (vasinhos), veias reticulares e em algumas vezes nas varizes propriamente ditas. A escleroterapia pode ser química ou física.

Escleroterapia química é quando injetamos um medicamento, seja ele na forma de líquido ou em forma de espuma, dentro do vaso a ser tratado. Quando injetado o medicamento, o mesmo causa um processo inflamatório dentro daquele vaso sanguíneo. Esse processo inflamatório lesa a parede interna do vaso, chamado endotélio, causando sua oclusão. Com a oclusão (fechamento) desse vaso, o sangue é desviado para outros vasos sanguíneos sadios ao redor dele e o organismo vai reabsorvendo os vasos tratados (como se fossem cicatrizes). E assim, aquele vaso doente que estava ali naquele local vai desaparecer.

A escleroterapia física, é feita através do laser. O laser é um equipamento que emite pulsos luminosos com ondas eletromagnéticas que incidem no vaso a ser tratado. Essa incidência vai causar o superaquecimento do vaso sanguíneo fazendo também a destruição da sua parede interna e, assim causando todo aquele processo semelhante com a escleroterapia química.

E a respeito da dor?

Segundo a Associação Internacional de Estudo da dor, dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada a uma lesão real ou potencial dos nossos tecidos. Sendo a dor uma experiência emocional, entende-se que está ligada com a história de cada pessoa, ou seja, como foram suas experiências de dor no passado. Essa subjetividade da dor é o que faz algumas pessoas sentir mais ou menos dor.

Estaríamos faltando com a verdade se lhe disséssemos que Escleroterapia não dói. E por isso realizamos algumas medidas de conforto para minimizar ao máximo essa sensação desagradável.

Dentre as medidas, destacamos: • Conversamos claramente com o paciente sobre o procedimento.

Entendendo os seus medos e as suas expectativas; • Explicamos ao paciente o procedimento, dando tranquilidade a ele em um ambiente específico para esse tratamento. Isso faz com que o paciente se sinta mais confortável e mais seguro; • Usamos diferentes medicamentos com diferentes viscosidades. Um

medicamento mais viscoso ou mais liquido por exemplo. Se usarmos um medicamento menos viscoso, usamos agulhas menores, e consequentemente a sensação dolorosa será menor; • Também temos o recurso da crioanestesia, onde um equipamento resfriador que libera um ar gelado chegando a -35ºC é colocado sobre a pele, sua função é anestesiar superficialmente, afim de amenizar a sensação de dor.

É preciso entender que em qualquer tratamento a ser realizado, precisa existir uma conversa prévia muito clara entre médico e paciente. Onde todas dúvidas são tiradas e todos anseios são entendidos.

DR. ALEX DORNELLES

Cirurgião Vascular e Endovascular CRM/SC 15370 | RQE 11689 | RQE 19667

• Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa

Maria (UFSM); • Residência Médica em Cirurgia Geral e em Cirurgia Vascular pelo hospital São Vicente de Paulo - HSVP- Passo Fundo RS; • Título de Especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia,

Cirurgia Endovascular, Ecografia Vascular com Doppler; • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular (SBACV).

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