Raimunda 2

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A Raimunda é uma revista que prioriza a produção artística, destacando a obra e o obrar artístico. Com periodicidade quadrimestral, esse segundo número chega com um eixo temático PRAZER. Agora, contando com novos colaboradores, expandimos as fronteiras de Ouro Preto, com o interesse de compartilhar e divulgar nosso material bem como agregar novos companheiros para produções e prosas afins. Continuando sua missão de se dar a quem quiser, toda produzida e com o seu melhor perfume barato, a Raimunda, nessa edição, vem exaltar o prazer de todas as formas e gostos, mas sem se esquecer de sua gratuidade, pois, afinal de contas, «de graça é mais gostoso». Ela também está disponível integralmente no site: http://revistaraimunda.wix.com/revistaraimunda.

Contato para publicação: revistaraimunda@gmail.com.

Raimunda #2. De graça é mais gostoso. Ouro Preto: Selo Barato/ Universidade Federal de Ouro Preto, junho de 2014.

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Entre suspiros e gemidos vivo, faço-me brotar, germino aos poucos como água entre as pedras. Não há casto pudor que me impeça de nascer, sou vilão das imposições entre razão e sentido. Destemido e intransigente me faço presente, puro como a luz, não busco reconhecimento, brilho! Basta-me existir, sair da prisão, desamarrar-me, para que o sorriso venha a tona, enfim! Pode parecer que sou vilão, sou prazer deveras fugaz, me esvaio tão facilmente como quanto sou concebido. Fácil de ser esquecido durante o frenesi da vontade, como uma gota de suor em um mar de luxuria. Não obstante, admitindo minha pressa, não vos falto, volto sempre, bastando-me que os corpos se enlacem. Se enredem no fervor do momento, calor de instante, agregado ao valor que se impera enquanto tesão.

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O que nos roubaram? Roubaram nossos sonhos Arrancaram nossos desejos Levaram nossos projetos Desfizeram de nossas fantasias O que nos deram em troca? Outros sonhos Outros desejos Outros projetos Outras fantasias Em que nos tornamos? Reféns de sonhos estranhos Ridicularizados por desejos bizarros Robôs mal projetados Fantasmas sem fantasias Quem nos roubou? A covardia que em nós habitava O medo que nos paralisava A insegurança que nunca nos deixava A indecisão que sempre nos assaltava De onde vieram esses ladrões? Nasceram dos nossos traumas Cresceram colados em nossos corpos Alimentaram-se de nossas desilusões Entraram pelas janelas de nossa vida Não sabemos quando sairão

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Prostrado de joelhos e mãos no chão, acabo de matar uma aranha sob o banco com meu pano úmido em meio à limpeza. Imaginei meu reflexo nos olhos do animal, que deviam parecer com amoras. E então aqui estou, deixando novamente intacta a sala de espera da anunciação. Retiro a poeira e tudo o mais que não torna este cubículo digno da importância deste acontecimento. No momento sagrado às vezes fico imperceptível por entre os arbustos, dividindo o lugar com anjos não tão importantes, e observo tudo: as vestes sempre compridas tocando o chão, as mãos cruzadas contra o peito, como se não tocassem nada, cujos dedos retos e esticados não expressam qualquer afetação sobre a superfície do tecido. Certa vez eu estava no final do meu trabalho, quando uma virgem extremamente bela, a escolhida naquele dia, adentrou o cubículo enquanto eu efetuava a limpeza do recinto. A princípio se surpreendeu perante minha presença, olhava para os lados. Eu estava apenas fazendo meu dever, e assim continuei, mas num lance a olhei com curiosidade para ver seu comportamento, e ela me encarava. Nosso entreolhar durou uma fração mínima de tempo, e então ela baixou a vista, a encarar o chão. Os cantos da sua boca se contraíram, demonstrando os mais perfeitos traços, contornos de um disfarçado sorriso. Nesse momento uma luz invadiu o lugar, vinha de fora, estava na hora. A virgem se levantou, pegou o pequeno livro e ergueu os panos num passo apressado. Ainda com o corpo curvado, olhei-a sair em direção ao cortinado preso à parede, a cortina do espetáculo. Devido à nossa situação, mesmo com as vestes folgadas que não denunciavam nenhuma curva corporal, para mim seu andar pareceu sedutor. Esperava que ela fizesse um último movimento com a cabeça, que a voltasse num derradeiro olhar. Mas ela seguiu firme ao seu destino. Ajoelhou-se, cruzou as mãos contra o peito e, inclinando-se para frente, deixou-se iluminar pelo feixe de luz. Privei-me de ver o restante da anunciação. Fiquei sentado ao lado dos arbustos exteriores ao recinto, esperando pela bela, à noite, enquanto duas virgens caminhavam lentamente, próximas às macieiras, cochichando algo, uma no ouvido da outra, sob a vigia de um anjo menor.

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Tumultuo os lânguidos passos dos passantes, Quando paro no fluxo contrário dos instantes, Apertando a mão do primeiro que vejo. E tascando-lhe um beijo Desperto-lhe desejo de não me deixar. E disperso-lhe o foco Quando quase não noto O redor desbotar. No encontro das peles Sem fugir dos revezes Danço nu sob o sol Só quem vive no instante No prazer lancinante Colorindo o ar Sentirá a candura Ou a doce amargura De viver e gozar

Ilustração: C8tidiano

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Billie Holiday. Só podia ter sido Billie Holiday. Até então o corset era terrivelmente desconfortável, e havia uma loira oxigenada falando sem parar sobre como proclamar a autossuficiência. Sabe a amiga da sua amiga na fase "pós-trinta", "pós-pé-na-bunda" e "pós-depressão"? Sinceramente, aquilo tudo era uma grande "merda". Se eu fosse um pouco mais corajosa, ou tivesse bebido algumas doses extras, teria gritado em alto e bom som a palavra “merda”! Sinto um imenso prazer ao gritar impropérios esdrúxulos. Você não? Aquela gente precisava de uma boa “merdoterapia”! Ok. No mínimo me achariam uma depravada com Tourette. Mas achar é a única coisa que sabem fazer... O corset continuava a me incomodar. O baile da hipocrisia fora especialmente decorado: flores artificiais, pessoas artificiais e ornamentos ridiculamente dourados. E, claro, um gigantesco chafariz de mármore no meio do jardim - isso porque a high society se preocupa demasiadamente com os pombos. Durante alguns segundos, observei fixamente o pênis da escultura romana, por onde a água jorrava abundante. O falo esculpido era a única coisa verdadeira naquela festa. Já saía à francesa, quando, inesperadamente, começou a tocar “I'll Be Seeing You”... Parei no meio do salão, arrebatada pelo som melancólico. Virei-me em direção contrária e, ao longe, acabei avistando um antigo amor... Ele parecia o mesmo. Sorriso aberto, olhar profundo, mãos bonitas, e, de novidade, uma barba incrivelmente sexy. A esposa, ao lado, era a namorada de anos atrás. Frequentemente traída por nosso desejo. Também tocou Billie Holiday quando nos conhecemos. Outra música, mas ainda assim Billie Holiday... Imediatamente, abandonei aquela festa insuportável. Não queria que ele me visse. Decerto, mataria nossa última lembrança e eu morreria junto... Já na rua, sucumbida por uma efêmera loucura, acendi um cigarro amassado que encontrara no fundo da bolsa. E o pior? O corset não me incomodava mais...

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Ouro Preto do chão gelado terra linda de viver sonho de sol que não esquenta mar de montanhas e águas sem fim sombrios alegres casarios penumbra bucólica que a luz não acanha Ouro Preto que te amo sempre serás linda para mim seus véus de nuvem eterna noiva que não chora embriagada na cor da sua noite aguardo o dia que não dói o olhar... O prazer é dádiva da falta Como me faltava seu colorido Mesmo sem saber Seu emaranhado de flores Ladeiras de pedras Onde caminham meus sonhos e meus amores Que saudade de te ter nos meus lábios Festa dos meus olhos sarau das minhas narinas jazz dos meus ouvidos névoa etérea que minhas mãos acalenta tudo que tu me destes não cessa de marcar menor que o prazer de estar em seus braços é a minha esperança de em breve voltar Ouro Preto dos meus amores Sorrisos lindos de viver Jájá retorno ao seu aconchego Com a mesma fome de antes te desejando sempre sem saber porquê

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Acordo deitado em minha cama, mas não consigo levantar-me. Um aperto no coração acordou-me, fazendome suar de medo; um suor frio que encharca meus lençóis e deixa minhas costas pegajosas. Olho para cima, para as frestas do telhado. Esse calor sufocante seria o do meio-dia, mas ainda parece noite. Um tom azulado toma conta do espaço. Olho para a porta; está encostada como sempre a deixo, mas de lá nenhuma luz de alívio aparece. Tenho a sensação de que o espaço ao meu redor está diminuindo. Respiro com muita dificuldade. O ar parece pesado. Sinto um pavor maior ainda, e uma dor nas costas parece aumentar. Noto que já consigo mexer os pés; rapidamente consigo me pôr de pé. Vou em direção à porta. Minhas mãos estão trêmulas e suadas. Não tenho forças para sair. Meu peito dói, com o pulsar agoniado do coração, acelerando. Olho para o telhado mais uma vez. Sinto um pavor gigantesco dos cantos, todos escondidos sob um negrume que toma conta. “Essas vigas não parecem conseguir sustentar nada”, penso. Estou em pânico, não consigo me mover novamente. Todos os membros parecem pesar toneladas, enrijeceram. Estou sufocando. Gostaria de ver o céu mais uma vez. Ouço o pio de uma mortalha. Fico gélido como um cadáver. Imagino o céu. O pavor se apossa de mim, repentinamente, a tal imagem. A boca seca, e o suor frio escorre. Sinto como se estivesse preso numa panela de pressão, todo o ar sendo expelido junto com as minhas últimas esperanças de sobreviver. A temperatura está aumentando rapidamente. Parece que tudo explodirá a qualquer instante. O céu sairá voando como uma tampa de panela devido a tanta pressão. Tenho horror a toda grandiosidade que me cerca, mas aquele lugar que o aparenta, me dá mais horror. Sento-me no chão e vou me arrastando até um canto. Lá há alguns livros. Tomo-os em mãos. Tremo e ardo em febre agora, a ponto de revirar os olhos, preparando-me para um devaneio. Perco as forças, já nem consigo mais pensar. Nem mesmo uma luz ou alguém nessa hora última. Suspiro. Olho-me à distância agora. Fico atordoado, pareço sorrir, mas já não sei distinguir, está tudo escuro. Não sei aonde começa um jogo de sombras e aonde termina minha imaginação. Acordo. 12


Pela janela entreaberta, a brisa noturna trazia um pouco do orvalho primaveril. O quarto, à meia luz, reproduzia dançantes sombras nas paredes hospitalares. As figuras nebulosas pareciam ora assustadoras, ora melindrosas. À penumbra, sobre o leito de fronhas desajustadas, uma jovem enferma folheava, aleatoriamente, seu livro profano... Envolta na própria loucura, cada página virada arrancava-lhe um sussurro enlanguescido... Os seios palpitavam salientes e os mamilos, eriçados, pareciam escapulir do frouxo decote... Por vezes, cheia de rubor, interrompia a leitura e acariciava as angulações do próprio corpo. Contorcia o pescoço esguio, despenteando, pouco a pouco, a cabeleira castanha. Lentamente, relaxava as pálpebras e mordiscava os lábios, fazendo-os mais túrgidos. Num ébrio instante, contraiu as nádegas, apertou as cochas roliças e pôs-se a desenhar sinuosas linhas com os quadris. Perdida em movimentos, deixou que caísse, displicentemente, o livro misterioso. As páginas brancas nada traziam, senão as insanidades daquela Vênus em decúbito... Sem importar-se com o vazio, continuou a deleitar-se deslizando as costelas numa respiração toda ofegante. Enquanto, em seu frêmito de volúpia, esfregava os pés úmidos, vieram-lhe os primeiros raios do sol e beijaram-lhe, despudorados, as cavidades...

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a música ruído desejosa beija a garrafa o bafo de cachaça

Ilustração de Clayton Marinho


Lua de prata ilumina a escuridão, onde os calos se fizeram sentir. Alegria fantasmagórica na frieza, onde a beleza encontra encanto. No assobio das ruas estreitas, entrelaçadas pelo tempo e sofrimento. As subidas e descidas não cessam, enquanto o frio queima o suor Do negro que vive o instante, onde o presente imita o passado. Esse que renova no estar na vida, cumprida como a noite viva. Onde Ouro Preto se renova, inspirando a quem importa, à alegria de poder estar aqui.

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sexo à cabeça cabeça ao sexo sexo à boca boca ao sexo sexo e sexo prazer + prazer com você ser intenso e imenso comigo ser nua e lasciva ser nós inédita beleza

chupa molho sopra arrepio lambe sorrio belisca grito pede dou rebola deliro geme atiço pede meto mete

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Prólogo da peça teatral «Choro do rio» No tempo dos proibidos, encontrei entre as panelas e a massa informe dos pães preparados para irem ao forno, a beleza mais adorável que conheci. De princípio, eram somente suas mãos delicadas agarrando o punhado de farinha que me chamaram atenção. Quanta delicadeza e prontidão ao realizar sua tarefa! Debruçava-se sobre a massa enquanto cantarolava! Por isso, a voz foi a segunda coisa a que prestei minha atenção. Voz de menina, doce como o cantar dos pássaros que visitavam logo cedo minha janela. Era recém chegado na fazendo de meu pai, quando a vi pela primeira vez. Não pude resistir a beleza que emanava de seu sorriso e de seus olhos puros e submissos... Quanta vida estava presa por detrás daquele olhar! O corpo leve sob o emaranhado de tecidos mal costurados a deixava ainda mais atraente. Tentei controlar meus sentimentos, afastar meus pensamentos, mas quando vi estava preso em seus encantos. Tive certeza de que a queria ao meu lado para o resto da vida quando, em uma noite quente, caminhando pelas terras da fazenda observei ao longe uma roda de negros que cantavam e tocavam seus tambores. No meio da penumbra, entre os batuques e cantares, minha amada girava sua saia e balançava seus cabelos. Permaneci ali por horas, enfeitiçado por seu corpo um pouco mais despido, por sua pele negra molhada de suor. E quando a festa deles terminou, começou a nossa. Debaixo de uma mangueira, da árvore que se tornou o nosso lugar, tivemos nossa primeira noite de amor. Minha pele branca fundida à sua pele negra desconheceu as diferenças, ignorou as distâncias, transgrediu os limites. Éramos só um, fortes como o sentimento que nos unia, mas frágeis como todo apaixonado o é. Entretanto, a vida tem suas peripécias, costuma contrariar os transgressores. Então, as batidas intensas do nosso coração apaixonado foram abafadas pelo estrondo do tambor do destino.

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Não me acabo quando perpetuo o fim, somente cavo fundo dentro da alma atenta. Não penses que dependo de erudição, faço-me presente onde outras apenas representam. Sou digna de louvores entre todas as artes, afinal, sou mistura entre o racional e os sentidos. Faço do tempo instrumento entre passagens, da primeira à oitava me vejo como imagem. Na mistura entre acordes viro sopro que vibra, como a melodia que se desdobra terminando linear. Passo a passo, enceno minha peça, recito meu poema, as vezes pausa, as vezes repetição, as vezes...as vezes não. Sou mistura de contrários, tristeza e alegria se sobressaltam, basta-me que sirva de inspiração para transmutar de um a outro. Que sirvo de inspiração é óbvio, o que posso inspirar varia, afinal, basta-me ser boa lembrança para me transformar em alegria.

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Ana Karênina. Bacharel em filosofia pela UFRN, mestranda em Estética e filosofia da arte (UFOP), coração de bruxa, amante da filosofia, tenta viver entre a Metafísica e o mundo do trabalho, nas horas vagas bate muita cabeça ao som dos clássicos do rock'n roll e do melhor do Heavy Metal... Anderson Camilo. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, mas crescido e criado em Natal, sendo bacharel em Filosofia (UFRN) e mestrando em Estética e Filosofia da Arte (UFOP), nutriu, ao longo do tempo, um sentimento aproximativo relacionado à temas subversivos, especificamente aqueles que caminham na via contrária em relação aos interesses da produção e do trabalho pensados enquanto télos. É piadista sem talento e músico amador nas horas vagas, contribuindo para o crescimento da música podreira. Belisa. E-mail: belisahorlle@hotmail.com Bruno Nepomuceno. Licenciado em Artes Cênicas, bacharel em Filosofia e mestrando em Estética e Filosofia da Arte (UFOP). Dramaturgo e diretor do Coletivo artístico comTRASTES e aspirante a poeta. Vai brincando de ser artista enquanto encontrar quem acredita nas farsas que cria. E-mail: brunoanepo@hotmail.com Clayton Marinho. Licenciado em Artes Visuais (UFRN) e mestrando em Estética e Filosofia da Arte (UFOP). Vai passando. E-mail: claytonrfmarinho@gmail.com Diego Guimarães é ainda jovem escritor poeta estudante de filosofia brasileiro mundano pelejando com seu primeiro livro de poemas quem sabe impublicável por um motivo qualquer. contato em diegoguimafil@gmail.com ou por ai por aqui por ali ou pra quem gosta de passado o desatualizado mas ainda útil quaisquerqualquer.blogspot.com Flávia Virgínia. 25 anos. Belo Horizonte. MG. Mestranda em Estética e Filosofia da Arte (UFOP), especialista em filosofia (UFMG) e graduada em Artes Plásticas (UEMG) e Design de Moda (FUMEC). Trabalha como estilista e é professora da disciplina Processos Criativos, no MBA de Direção de Moda, no centro universitário UNA. Endereços eletrônicos: flavirginia@gmail.com http://transversalidadeestetica.blogspot.com.br/

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Francislene da Silva. Graduada em Designer Gráfico pela UEMG Escola de Designer. Atua como Designer na criação de Identidade Visual, Editoração e Ilustração. Especialista em Filosofia pela UFMG. Estudante ferrenha do pensamento de Vilém Flusser. Pesquisadora e amante da linguá e da cultura Italiana. Endereços eletronicos: mme.albatroz@hotmail.com e http://mmealbatroz.blogspot.com.br Isaú Ferreira V. Filho. Graduado e pós-graduado em filosofia, atualmente é mestrando em Estética e Filosofia da Arte (UFOP). Tem trabalhos publicados em diversos eventos de filosofia, com ênfase no filósofo René Descartes; aventura-se pela primeira vez na poesia. zaubob@yahoo.com.br Ísis Zisels. Estudou música na Esc. Lila Carneiro Gonçalves. Possui formação em Filosofia, atualmente é bolsista do mestrado em Estética e Filosofia da Arte (UFOP). Participa de várias iniciativas que movimentam o cenário da música independente de BH. E-mail: Zisels@hotmail.com Sérgio Vieira. Licenciado em Filosofia (UFRN) e Mestrando em Filosofia (PPGFIL/UFRN). Trabalha num Hospital Psiquiátrico e costuma aproveitar este rico ambiente para descrever suas inquietações existenciais, desenvolvendo, sobretudo um gosto pelo conhecimento das muitas realidades alternativas, como também de sua própria loucura. Considera-se um estudante inquieto que está aprendendo aos poucos a falar com sua própria voz. Email: sergiovieira.pensador@gmail.com Victor Silveira do Carmo. Tem 22 anos, estuda filosofia na UFOP e coleciona meia formação em psicologia. Decidiu-se por aquela, (à filosofia) não sem influências diretas da fotografia. Após ler o manifesto flusseriano em “Filosofia da Caixa Preta – ensaios para uma futura filosofia da fotografia” pode entender a convocação emergente: a necessidade de produção de pensamento no campo dos estudos visuais. Hoje mora em Ouro Preto – MG, cidade de deslumbramento estético. E em tal recomeço, a missão de pensar a fotografia é recorrente de um desejo latente de dar permanência ás superfícies e camadas do visível: fotografar. Não sem a frustração de saber que após a fotografia feita, o acontecimento se desfaz. E-mail: vitinho_binho@hotmail.com.

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Corpo editorial Bruno Nepomuceno Clayton Marinho Diego Guimarães

Edição deste número Bruno Nepomuceno

Capa Clayton Marinho

Cada autor foi responsável pelo conteúdo e correção de seu texto.


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