Incubadora pará

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Tropicalizando a Economia Criativa BelÊm – 11/12/13

elianecosta.cult@gmail.com


Economia Criativa


Desafios:

1. Economia Criativa: do que estamos falando? 2. Como podemos nos apropriar desse conceito levando em conta as singularidades e os desafios brasileiros?


Economia Criativa (Reino Unido) 1994 – Australia: governo desenvolve o conceito de Creative Nation (a importância da

criatividade para a economia e o desenvolvimento do país, em um cenário de riscos à singularidade cultural australiana por conta da globalização)

1997 – Inglaterra: no âmbito do programa Creative Britain, o então recém-eleito primeiro-

ministro do Reino Unido Tony Blair convoca diversos representantes do governo para analisar tendências de mercado e localizar vantagens competitivas nacionais.  pensando a criatividade para além do campo cultural  agrupando atividades econômicas cujo principal insumo produtivo fosse a criatividade  sob a ótica do potencial de geração de empregos e riqueza  Creative Industries Mapping Document, publicado, em 1998, pelo Department for Culture, Media and Sport.


Reconhecimento da contribuição da Criatividade como recurso básico, diferencial e imprescindível.


IntangĂ­vel


Indústria têxtil ...

moda!


veĂ­culo ...

design!


Sergio Rodrigues

Louboutin

marca!


Globalização x Diversidade

 emergência de uma cultura global (reorganização das

fronteiras nacionais, acordos supranacionais determinando as relações culturais e econômicas, fluxos migratórios, etc)


“Os processos de globalização, facilitados pela rápida evolução das tecnologias de comunicação e informação, apesar de proporcionarem condições inéditas para que se intensifique a interação entre culturas, constituem também um desafio para a diversidade cultural, especialmente no que diz respeito aos riscos de desequilíbrios entre países ricos e pobres”.

Alerta da Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, assinada, em 2005, por 148 países, com voto contrário apenas dos Estados Unidos e de Israel.


Compromisso de Túnis / Cúpula da Sociedade da Informação (2003 Genebra, 2005 Tunis)

Agenda do Desenvolvimento / OMPI (2004)


Hiperconex達o X divis達o digital


http://www.internetworldstats.com/stats.htm


Mapa do acesso domiciliar à Internet (> 15 anos)

Mapa da Inclusão Digital – FGV / CPS - 2010


http://tweetping.net/

mapa de posts do Twitter em tempo real, em todo o mundo


O Globo, 23/03/13


Creative Industries Mapping Document (1998) (http://www.creativitycultureeducation.org/creative-industries-mapping-document-1998)

“Setores criativos são aqueles que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento individuais e apresentam um potencial para a criação de riqueza e empregos por meio da geração e exploração de propriedade intelectual”.

 13 setores foram considerados promissores para o século XXI: propaganda, arquitetura, mercados de arte e antiguidades, artesanato, design, moda, filme e vídeo, software de lazer, música, artes performáticas, edição (atividade editorial), serviços de computação e software, rádio e TV.  Cadeias produtivas (empresas essencialmente criativas + empresas relacionadas)  Conceito é replicado, com as mesmas premissas e setores-foco, em países completamente diferentes, gerando, naturalmente, problemas e reações.


Creative Industries Mapping Document (1998) (http://www.creativitycultureeducation.org/creative-industries-mapping-document-1998)

“Setores criativos são aqueles que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento individuais e apresentam um potencial para a criação de riqueza e empregos por meio da geração e exploração de propriedade intelectual”.

 13 setores foram considerados promissores para o século XXI: propaganda, arquitetura, mercados de arte e antiguidades, artesanato, design, moda, filme e vídeo, software de lazer, música, artes performáticas, edição (atividade editorial), serviços de computação e software, rádio e TV.  Cadeias produtivas (empresas essencialmente criativas + empresas relacionadas)  Conceito é replicado, com as mesmas premissas e setores-foco, em países completamente diferentes, gerando, naturalmente, problemas e reações.


Economia/Indústria Criativa 2001: John Howkins enfatiza a abordagem empresarial e os conceitos mercadológicos de propriedade intelectual, na qual marcas, patentes e direitos autorais fornecem os princípios para a transformação da criatividade em produto. Richard Florida denomina os profissionais que trabalham com processos criativos de classe criativa.

2008: UNCTAD lança seu 1º estudo sobre o tema, já com abrangência internacional, apontando que as exportações das indústrias criativas no mundo superavam US$ 500 bilhões. FIRJAN lança estudo pioneiro no país: “A cadeia da indústria criativa no Brasil”, usando a mesma taxonomia do DCMS (“Indústrias criativas são aquelas que têm sua origem na criatividade, na perícia e no talento individual e que

possuem um potencial para criação de riqueza e empregos através da geração e da exploração de propriedade intelectual”).

 mapeamento atualizado em 2011, ampliando para os profissionais criativos, não só os que trabalham nas empresas que produzem bens e serviços criativos. Ex: trabalhador na indústria automobilística.


FIRJAN: 14 segmentos criativos

UNCTAD, papel da EC no desenvolvimento socio-econômico sustentável Hopkins, 2001

Publicação Firjan 2012



A divergência de categorias e parâmetros utilizados nas metodologias de pesquisa dos diferentes países, bem como o alto grau de informalidade no setor, prejudica a consolidação dos dados globais da Economia Criativa no mundo.





Economia Criativa / Economia da Cultura

ou

?


Mercado Política Pública


Políticas públicas para a Economia Criativa no Brasil

2004: Discussão sobre Economia Criativa na reunião da UNCTAD, em São Paulo. 2012: criada a Secretaria de Economia Criativa no Ministério da Cultura, com o objetivo de “propor, colocar em prática e monitorar políticas públicas para o desenvolvimento local e regional, priorizando o apoio aos profissionais e aos micro e pequenos empreendimentos criativos”.


Setores Criativos (Plano Brasil Criativo, MinC) “Setores criativos

são aqueles cujas atividades produtivas tem como processo principal um ato criativo gerador de um produto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor, resultando em produção de riqueza cultural, econômica e social [...] A Economia Criativa se alimenta dos talentos criativos, que se organizam individual ou coletivamente”.


Princípios

Compreensão da importância da diversidade cultural do país, da sustentabilidade como fator de desenvolvimento local e regional, da inovação como vetor de desenvolvimento da Cultura e das expressões de vanguarda, e da inclusão produtiva como base de uma economia cooperativa e solidária.


(Economia Criativa - MinC, 2012)


Âmbito

Novas mídias, indústria de conteúdos, design, arquitetura, moda, etc

Produção artísticocultural (música, dança, teatro, ópera, circo, pintura, fotografia, cinema)


Desafios:

1. Economia Criativa: do que estamos falando? 2. Como podemos nos apropriar desse conceito levando em conta as singularidades e os desafios brasileiros?


Brasil:

país-continente (5,7% das terras do planeta)

mais de 200 milhões de brasileiros (julho/13)


 8,5 milhões de km2 (maior que toda a Europa Ocidental)  5º. maior país do mundo em dimensão territorial  desafios completamente diferentes nas diferentes regiões brasileiras (concentração no eixo Rio – São Paulo)  ... e nos diversos segmentos culturais (indústrias consolidadas x segmentos muito frágeis)


Brasil:

dimensão continental

desigualdade social (IDH = 0,73 -> 85º lugar no ranking mundial)


Estad達o, 29/07/13


Mapa do acesso domiciliar à Internet (> 15 anos)

Mapa da Inclusão Digital – FGV / CPS - 2010


Estad達o Dados


Brasil:

dimensão continental

desigualdade social

diversidade cultural é o nosso DNA e a nossa maior riqueza


o mutirão

Brasil: 

dimensão continental

desigualdade social

diversidade cultural

criatividade e invenção são marcas da nossa cultura popular




Cultura popular + tecnologia + rede

1992

2 0 0 4


A singularidade e a potência da experiência brasileira da Cultura Digital foram reconhecidas pelos maiores ciberativistas do mundo.     

políticas públicas culturais para o cenário das redes culturas tradicionais & novas tecnologias local & global diversidade acesso


Brasil: 

dimensões continentais

disparidade social

diversidade cultural

criatividade, invenção

enorme capacidade de apropriação cultural das tecnologias digitais e das redes sociais, especialmente pelas nossas periferias


lan-houses





Passinho do Menor



Brasil: 

dimensões continentais

disparidade social

diversidade cultural

criatividade, invenção

tecnologia, cultiura e periferia

modelos de negócio originais, abertos e em rede


Brasil: 

dimensões continentais

disparidade social

diversidade cultural

criatividade, invenção

tecnologia, cultura e periferia

modelos de negócio abertos e em rede

tecnologias sociais reconhecidas internacionalmente

“Tecnologias Sociais são produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis e inovadoras, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social às diversas realidades aonde elas se aplicam“ (RTS)



Brasil: 

dimensões continentais

disparidade social

diversidade cultural

criatividade, invenção

tecnologia, cultura e periferia

modelos de negócio abertos e em rede

tenoloias sociais reconhecidas internacionalmente

novos protagonistas incorporados ao tecido cultural nos últimos 10 anos (Pontos de Cultura, griôs, “nova classe média”)



Rede Mocambos


Nominuto.com 9/9/07


Desafios já existentes nos segmentos culturais 

Burocracia, alta carga tributária, dificuldades aduaneiras

Carência ou inadequação de marcos legais

Algumas ocupações no setor cultural sequer existem para o MTE

Necessidade de indicadores culturais (conta-satélite IBGE)

Carência de apoio e formação (inclusive para a gestão)

Dificuldade de acesso a crédito (ativos intangíveis)

Financiamento cultural centrado na Lei Rouanet (escolhas privadas / verbas públicas)

Desafio do desenvolvimento de mercado interno, regional

Falta de infraestrutura de produção, distribuição e consumo

Percepção de novos modelos de negócio, canais alternativos de distribuição, redes

SNC: integração de fundos, de conselhos, de políticas


Uma Economia Criativa que dialogue com as oportunidades e desafios brasileiros


E com os desafios globais contempor창neos


redes de redes

mmaia.tumblr.com


compartilhamento colaboração


inteligĂŞncia coletiva


co-working

De acordo com pesquisa da DeskWanted, 4,5 novos espaços de co-working surgiram a cada dia útil no mundo.


crowdfunding


novos circuitos


Criatividade não é um bem escasso…


Era da Informação (Castells)

transformação estrutural das sociedades contemporâneas


O que é ser um empreendedor cultural… … hoje? … no Brasil? … no Pará?


Tropicalizar !


Economia Criativa


Obrigada! elianecosta.cult@gmail.com


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