Revista Pós-Venda 33

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N.º33

JUNHO 2018 - 2€

www.posvenda.pt

f revistaposvenda i company/revista-pos-venda l RevistaPOSVENDA DESTAQUE A TOTAL CENTRALINAS ESTÁ HÁ 10 ANOS NUMA ÁREA DE NEGÓCIO EM EXPANSÃO QUE É A REPARAÇÃO DE COMPONENTES ELETRÓNICOS PERSONALIDADE DO MÊS A ATLANTIC PARTS FOI PIONEIRA NA FORMA COMO ENTROU NO MERCADO HÁ 20 ANOS. JOSÉ SILVA PIRES, DIRETOR GERAL, ABORDA O PRESENTE E FUTURO DA EMPRESA DOSSIER NUM MOMENTO DE GRANDE INVESTIMENTO NO SETOR, PUBLICAMOS A VISÃO DOS GROSSISTAS DE PEÇAS SOBRE ESTE MESMO SETOR PUBLICIDADE

ESPECIAL

Equipamentos

São cada vez mais os carros equipados com caixa de velocidades automática e isso significa mais serviço para as oficinas se tiverem um equipamento para a mudança do lubrificantes destas caixas PUB



PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt www.posvenda.pt f facebook.com/revistaposvenda i linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Nádia Conceição nadia.conceicao@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt ADMINISTRATIVA Anabela Rodrigues anabela.rodrigues@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos geral@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo TIRAGEM 10.000 Exemplares ISSN 2183-6647 Nº REGISTO ERC 126724 DEPÓSITO LEGAL 399246/15 PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739511 Agualva Cacém – Tel: 214337000 ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt PUBLICIDADE

Sumário

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S N.º33 JUNHO 2018

www.posvenda.pt

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DESTAQUE Total Centralinas............................................................................................................................. P.6

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NOTÍCIAS........................................................................................................................................... P.8

ATUALIDADE World Shopper................................................................................................................................. P.20

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MERCADO Eurobaterias ..................................................................................................................................... P.24 Telepeças............................................................................................................................................ P.26 Spies Hecker..................................................................................................................................... P.28 S.C. C.Santos..................................................................................................................................... P.30

34

SEGUROS Real Peritos....................................................................................................................................... P.34

38

FORMAÇÃO Escola Profissional de Ourém.................................................................................................. P.38

40

PERSONALIDADE DO MÊS José Pires, Atlantic Parts............................................................................................................ P.40

46

DOSSIER Grossistas de peças....................................................................................................................... P.46

58

EQUIPAMENTOS Mudança de óleo Caixas Automáticas................................................................................. P.58

69

TÉCNICA Wolf...................................................................................................................................................... P.69 Spies Hecker..................................................................................................................................... P.72 Aproveitamento Energético da Oficina................................................................................ P.76 Chaves automóvel......................................................................................................................... P.79 Dados Técnicos............................................................................................................................... P.82

84

FORMAÇÃO Gestão oficinal (Capítulo 10)..................................................................................................... P.84

86

ABERTURAS..................................................................................................................................... P.86


Editorial

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E PAULO HOMEM DIRETOR

paulo.homem@posvenda.pt

De vento em popa

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ão é que concorde com todas as ideias políticas do atual governo, nem quero aqui comentar o resultado que as mesmas poderão vir a ter daqui a dois ou três anos, mas tenho que reconhecer que se estabeleceu no mercado um clima de confiança que é aparentemente bom para a economia e, por tabela, também é bom para o setor do pós-venda automóvel. De uma forma geral as oficinas de marca estão cheias de serviço e com marcações

Também em crescimento está o mercado paralelo. O vão de escada e o biscate continuam a estar em alta de uma forma perfeitamente descontrolada

a 15 dias ou mais, as oficinas independentes também não se podem queixar (pelo menos aquelas com que temos falado), no setor das peças temos vindo a assistir a um reforço de stocks e ao investimento em novas lojas e armazéns, um pouco por todo o país. Na logística são hoje várias as empresas que se dedicam à distribuição de peças e isso permitiu que se consigam fazer bidiárias de Lisboa para quase todo o país, o que era praticamente impensável. Também em crescimento está o mercado paralelo. O vão de escada e o biscate continuam a estar em alta de uma forma perfeitamente descontrolada e até complexa de ser identificada, pois como em muitos casos esses “profissionais” (que o são na realidade em horário laboral) não estão estabelecidos como empresa e continuam a fazer concorrência desleal. Na realidade parece que este não é um tema que esteja a preocupar muito quem está no setor de uma forma legal, pois ninguém se queixa muito e as associações que os representam, apesar das boas intenções (e dos apelos), também pouco ou nada podem fazer. A verdade mesmo é que provavelmente nunca se investiu tanto no setor do pós-venda como nesta altura, o que revela a pujança que o mesmo tem na economia nacional e que deveria, por isso, estar um pouco mais fiscalizado, pois regulado e carregado de impostos já ele está.



Destaque

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D ELETRÓNICA

TOTAL CENTRALINAS

Especialista em reparações eletrónicas

A Total Centralinas desenvolve há 10 anos aquela que é uma das atividades com mais futuro no setor automóvel: a reparação de componentes eletrónicos. A empresa de Leiria opera em todo o país e não tem mãos a medir TEXTO PAULO HOMEM

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entralinas, módulos de comando, sistemas de imobilizador, ABS, ESP, módulos de ar condicionado, unidades de comando, centralinas de airbag, quadrantes e chaves auto. Tudo o que são componentes eletrónicos num automóvel são passíveis de serem reparados pela Total Centralinas e com garantia. Apesar de ter as suas instalações nos Milagres, em Leiria, esta empresa não faz milagres no que diz respeito à complexidade técnica dos componentes que repara, mas sim um trabalho profissional, rigoroso, metódico e muito especializado, atendendo até à falta de informação e formação que existe no setor automóvel sobre a reparação de componentes eletrónicos. Depois de muitos anos a trabalhar na área

eletrónica, noutros setores, o crescente pedido de clientes e amigos para reparar componentes eletrónicos de automóveis, levou Ricardo Pina e Telmo Baroso, a investirem nessa área. Foi assim que há 10 anos surgiu a Total Centralinas, tendo levado os seus sócios a investir muito em formação que foram absorver em Itália, Polónia e noutras partes da Europa e do Mundo, pois tem sido constante a presença em eventos e feiras no Japão, China, Estados Unidos, Dubai, etc. “A experiência e a constante procura permitiu o nosso crescimento. Vamos a todo o lado onde seja necessário para percebemos a evolução deste setor nesses mercados e trazermos informação que nos é relevante para nos aperfeiçoarmos”, afirma Telmo Baroso.


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“Damos sempre resposta” Telmo Baroso Total Centralinas Telmo Baroso / Ricardo Pina 913 607 512 geral@totalcentralinas.pt www.totalcentralinas.pt

Simultaneamente, esta pesquisa constante permite que a Total Centralinas tenha em stock quase tudo o que é necessário para reparar e reconstruir estes componentes eletrónicos, mas que a empresa também revende. “Somos representantes exclusivos de algumas marcas de peças e componentes eletrónicos para Portugal, através de uma componente de importação que já é importante no negócio”, explica Telmo Baroso. Atualmente a equipa da Total Centralinas são oito profissionais, sendo que quatro deles estão dedicados em exclusivo à área técnica da reparação e reconstrução, mas também de investigação e desenvolvimento, onde a empresa tem vindo a investir estando para breve a divulgação de novos projetos, ainda e sempre dentro da área eletrónica. MERCADO “Quando iniciamos este negócio praticamente não havia concorrência, o que já não acontece hoje. Mas para nós a concorrência é salutar, pois isso permite-nos que o mercado conheça a forma como nós trabalhamos”, refere Telmo Baroso, que aponta que o grande problema não é a concorrência, mas sim a pouca preparação da maioria dos técnicos e mecânicos nesta área da eletricidade e eletrónica, onde

faltam mesmo conhecimentos básicos, mas também o facto de muitos dos componentes enviados para reparação já terem tido pelo menos uma tentativa de reparação, o que normalmente agrava o problema (e o custo da reparação) ou inviabiliza mesmo a reparação do componente. “O conselho que dou é que se os mecânicos não têm conhecimentos ou têm alguma dúvida, que enviem o componente, até porque o teste não tem qualquer custo”, explica o mesmo responsável. Assim que um componente chega à Total Centralinas, tem uma folha de entrada, é avaliado em dois ou três dias (no máximo), período em que é dada uma resposta ao cliente (sobre o que é necessário fazer) e em que é reparado, para depois ser enviado de novo ao cliente. Todo este processo vai ser informatizado (em breve), o que permitirá melhorar o serviço e ter uma melhor rastreabilidade do componente, seja um serviço normal, um serviço em garantia, uma reclamação ou um urgente. “A lei obriga a seis meses, mas nós damos um ano de garantia sobre todo os componentes que reparamos ou recondicionamos”, refere Telmo Baroso, sendo esta uma forma de reforçar a confiança juntos dos clientes e de comprovar a qualidade do serviço que efetua. Para o futuro a curto prazo, existem diversos projetos que a Total Centralinas está a desenvolver, que irão permitir, por um lado, a muitos dos clientes diagnosticar de forma mais fácil os componentes eletrónicos, e por outro, entrar na eletrónica dos veículos híbridos e elétricos.

Qualquer que seja o componente eletrónico de automóvel, independente da marca dos componentes ou do veículo onde está instalada, a Total Centralinas está apta a dar resposta ao nível da reparação e reconstrução. Segundo Telmo Baroso “temos uma equipa técnica especializada que dá resposta a qualquer serviço de reparação ou reconstrução de componentes eletrónicos, e sempre que não existe possibilidade de reparação, apresentamos ao cliente uma solução alternativa, que passa pela substituição por uma peça reconstruída e com garantia. Temos mais de 1.500 unidades e mais de 1.000 quadrantes reconstruídos por nós, para entrega imediata ao cliente. Estamos também disponíveis para dar todo o acompanhamento técnico nas instalações dos componentes que reparamos e vendemos, normalmente por via telefónica, mas também já podemos fazer esse acompanhamento remotamente, via pass-thru, o que é uma ajuda muito importante para o nosso cliente. É importante referir que damos a cara por todo aquilo que fazemos desde que recebemos a peça até a mesma estar instalada”.


Notícias

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AUTOPEÇAS CAB

4.ª loja, agora em Alverca Depois do Seixal, Faro e Almada, a Autopeças Cab abriu no final de maio a sua primeira loja a norte do Rio Tejo, desta feita em Alverca do Ribatejo TEXTO PAULO HOMEM

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ocalizada na concorrida EN 10 (Km 127) em Alverca e numa zona densamente povoada por oficinas de automóveis, a 4ª loja da Autopeças Cab é já uma pretensão bem antiga do sócio-gerente da empresa (Carlos Barata), que agora se concretizou. “Alverca foi a aposta ideal, pois entendemos que não é uma zona muito explorada, mas que nos permite também trabalhar o mercado de Lisboa, que era a nossa intenção”, refere André Cruz, gestor de stocks. Mantendo a sua política de segmentação de clientes também em Alverca, que tem tido sucesso nas outras lojas, a Autopeças Cab tem como alvos as oficinas, a revenda (outros retalhistas de peças) e o cliente final. “Assumidamente trabalhamos com três tabelas de preço muito bem definidas em função de cada tipo de cliente. Já temos clientes de revenda nesta região, que agora irão ter outro apoio, mas vamos também apostar nas oficinas e no consumidor final,

não sendo alheio o facto de termos escolhido esta loja junto ao um Pingo Doce”. Com 1.000 m2 de área útil, e uma grande zona de estacionamento, nesta loja da Autopeças Cab vai ser seguida a mesma lógica de produto, isto é, está disponível uma oferta muito completa e diversificada de marcas e gamas de peças, estruturadas por preços e qualidade, que permitem satisfazer as necessidades dos clientes. Logisticamente a empresa aposta em vendas em balcão e em entregas rápidas, ao mesmo tempo que mantêm a sua presença no B2B, sobretudo para clientes do retalho. A empresa ainda se encontra em fase de recrutamento de novos profissionais, mas a breve prazo estarão sete a oito pessoas dedicadas em exclusivo a esta loja, sendo que três deles são vendedores, que simultaneamente classificam, entregam e cobram. “Temos excelentes perspectivas comerciais com a abertura desta loja, que tem tudo para ser um sucesso como foram as primeiras três, já que o nosso modelo de negócio tem provado ser o certo e como tal não havia razão para o alterar aqui em Alverca”, explica André Cruz. Apesar de ser um investimento muito recente, a verdade é que o responsável da Autopeças Cab assume deste já que a empresa tem ainda em perspectiva o investimento numa 5ª loja, em Lisboa, pois “continuam a existir muitas zonas por explorar”, conclui André Cruz.



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NOTÍCIAS

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Tiresur apresenta diversas novidades na Convenção Center´s Auto

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a Convenção Center´s Auto, que a Tiresur realizou recentemente com os aderentes desta rede de oficinas, foram apresentados os resultados e algumas novidades já para este ano. Reunindo cerca de 70 profissionais em Monte Real (Leiria), a Tiresur realizou esta Convenção sob o lema “O nosso compromisso és tu”, deixando a mensagem que todos na Tiresur e nas oficinas da rede Center´s Auto estão comprometidos com o projeto em que estão envolvidos. Em 2017 a Tiresur venceu cerca de

200.000 pneus, o que representou um crescimento de 19% (23% em faturação), tendo como objetivos chegar aos 225.000 pneus em 2018. Em relação à rede Center´s Auto, existem atualmente 34 associados que representam ao todo 43 oficinas, revelando Armando Lima, Diretor Geral da Tiresur, que pretende chegar até final de 2018 aos 40 associados, mas “o objetivo principal é criar condições para sermos um grupo forte e ganhador”. Quanto a novidades, a Tiresur vai lançou em maio um novo B2B, que será mais funcional e mais dinâmico, onde haverá uma maior aposta na formação física e online e que terá mais informação de gestão para as oficinas que adquiram pneus a este grossista. Em termos de produto, este ano a Tiresur lançará a gama All Season da GT Radial (em setembro), mas a principal novidade é o lançamento de duas novas linhas de produtos: os pneus agrícolas MRL (Quality / Budget), e os pneus de moto. Outra novidade são as câmaras de ar que a a empresa irá vender das marcas Kleber e Speedways.

bilstein group lança novo catálogo online

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bilstein group lançou o partsfinder: a nova plataforma de pesquisa online, que oferece acesso direto a mais de 50 mil produtos, desde sensores ABS a parafusos de cabeça do motor. O partsfinder determina o resultado correto com base em apenas algumas palavras-chave. Por exemplo: a informação “Golf 2003 1.6 discos de travão eixo traseiro 286 mm” é suficiente para encontrar a peça necessária. Com base no ano de fabrico, o mecanismo de busca reconhece que o único modelo que precisa de ser considerado é o VW Golf 5. Além disso, os utilizadores têm opções adicionais para

pesquisarem uma peça, por exemplo, através do número OE. Não importa o caminho selecionado: os resultados nunca estão a mais de três cliques. As páginas de cada peça apresentam ilustrações a 360º, descrição das funções e informações de segurança. O partsfinder é gratuito e pode ser utilizado sem registo. Os utilizadores registados têm acesso a funcionalidades adicionais exclusivas – por exemplo, podem guardar os seus veículos favoritos e voltar a aceder a qualquer momento. Os clientes registados e autorizados poderão efetuar encomendas.

Num minuto... A Kikai, organizadora do salão Expomecânica já avançou com a data para 2019 que será de 3 a 5 de maio. Será a 6ª edição, que em 2018 teve o seu melhor ano de sempre, mas que em 2019 espera que cresça e se torne mais qualificada.

No ano em que comemora 130 anos, a Glasurit realizou a sua tradicional Convenção anual de distribuidores a nível ibérico, onde a BASF Coatings Services Portugal, Lovistin e Amaral & Delgado marcaram presença.

OPINIÃO As garantias: As campanhas Técnicas de Recall (I) Há já alguns anos que ouvimos falar de marcas de automóveis que chamam os proprietários dos veículos para retornarem às oficinas para a realização ou controlo de operações técnicas específicas. Estas campanhas são divulgadas aos seus proprietários através de cartas, telefonemas, quando passam pelas oficinas e até pela imprensa. As campanhas são consequência da constatação e correção de inconformidades nos veículos colocados no mercado e na obrigatoriedade de as comunicar às autoridades dos países da EU. A segurança de produtos e serviços colocados no mercado constitui elemento fundamental de garantia do respeito pelos direitos dos consumidores, com especial destaque para a o direito à proteção da saúde e da sua segurança física. A diretiva Nº 92/59 CEE introduziu, na União Europeia, uma obrigação geral de segurança de produtos, tendo evoluído até à diretiva Nº 2001/95/CE, transposta para o direito Nacional pelo Decreto Lei 69/2005 de 17 março. Esta diretiva estabelece uma clara definição das obrigações dos produtores e distribuidores em matéria de segurança geral dos produtos, aprofundando a sua responsabilização, nomeadamente pela inclusão da obrigação de retirada do mercado e de recolha de produtos perigosos junto dos consumidores. É assim fundamental, para a segurança de todos os consumidores, a aplicação, por parte dos produtores de veículos automóveis, destes diplomas, mesmo que isso se traduza em custos avultados para os produtores. PAULO QUARESMA GTAVA.PT


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Romafe passa a distribuir Méguin A Romafe estendeu a sua família de produtos aos lubrificantes, passando agora a ser distribuidor Méguin em Portugal. Desta forma, a Romafe e a Autozitânia passam a ser os dois únicos distribuidores da MÉGUIN em Portugal. José Vaz, administrador da Romafe, “este é um passo importante para a empresa, já que não trabalhávamos lubrificantes. A MÉGUIN dá-nos muitas garantias, tanto de qualidade do produto, como também de apoio técnico, comercial e de marketing, algo muito importante para nós”. Já José Carvalho, também administrador da Romafe, explica que a marca será trabalhada em duas vertentes: “Por um lado, entrar com os lubrificantes em clientes onde não estamos a vender as outras marcas. Por outro, apresentar esta mais-valia aos nossos clientes habituais onde já temos uma força muito grande”. PUBLICIDADE

PPT Distribuição lança KSH em Portugal

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PPT Distribuição alargou a sua atividade ao “aftermarket”, criando uma nova área autónoma dentro da empresa. Inciou a representação em exclusivo da marca KSH, que engloba uma gama alargada de peças como filtros, habitáculo, ar e óleo, pastilhas de travão, elevadores de vidros, discos, amortecedores de mala/

Meyle volta a ser fabricante do mês na Auto Delta

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m equipa que ganha não se mexe e a Meyle é novamente o fabricante do mês durante junho na Auto Delta. Depois do sucesso que foi o destaque dado à Meyle durante maio, a Auto Delta

capôt, correias alternador, etc. Francisco Pimentel Torres, Administrador Executivo da PPT, refere que “esta é uma resposta a constantes solicitações dos nossos clientes, completando assim uma enorme gama de produtos que representamos. A excelente relação preço / qualidade que esta marca apresenta, associada ao bom serviço com que a PPT já habituou os seus clientes e a uma logística de entregas rápidas, permite-nos ser otimistas na implementação da KSH em Portugal”. decidiu estender por mais um mês toda uma quantidade relevante de oportunidades que os parceiros comerciais da Auto Delta poderão aproveitar. Focadas em gamas de produtos de alta qualidade aliadas a preços muito competitivos, a Meyle já é uma marca facilmente reconhecida em Portugal, como é disso exemplo a excelente penetração da gama HD no parque automóvel português.


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NOTÍCIAS

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Dica Ambiental by

Eco­‑Partner Em mês de submissão dos dados relativos aos gases fluorados, verifique se está a cumprir com a legislação As oficinas que efetuam carregamentos de equipamentos de AC de viaturas têm de reportar os dados de compra e venda dos gases, para que a Agência Portuguesa do Ambiente possa cumprir com as obrigações que advêm do facto de pertencermos à União Europeia. A data limite é 30 de Junho! Se optar pelo registo eletrónico desta informação (mapa de compras e vendas em excel), está a poupar tempo e a evitar o consumo de recursos (papel). O registo é simples e se for feito de forma continua (diariamente ou

semanalmente) evita sobressaltos e pressões de última hora. Porque não adota este procedimento para 2018? Entretanto, se pondera adquirir um novo equipamento para os seus carregamentos, opte pelos equipamentos de última geração que permitem a descarga de dados em formato digital (via porta USB ou outra). A tarefa dos seus técnicos fica bastante facilitada. Se os gases utilizados forem mais onerosos, a vantagem dos equipamentos mais modernos rapidamente se transforma em ganhos. São mais eficazes e minimizam perdas. Confirme ainda que os seus técnicos são acreditados para esta atividade (verifique o certificado da formação) e aproveite para lhes propor uma “reciclagem”, caso necessitem. Se os seus técnicos forem cuidadosos nos procedimentos o ambiente agradece e esta atividade torna-se mais rentável para a empresa. Não arrisque! Se necessitar de ajuda contacte a Eco-Partner www.eco-partner.pt

Panos de limpeza MEWA com serviço integrado

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MEWA oferece panos de limpeza ultra-absorventes com sistema de reutilização, que inclui o fornecimento dos panos de limpeza, a recolha, a lavagem e a devolução. Cada pano de limpeza MEWA, com grande poder absorvente, pode ser usado até 50 vezes e só depois ser lavado. Tanto os panos em si como o sistema integrado de reutilização proporcionam à oficina uma melhoria significativa no conforto, na organização e na segurança.

A MEWA assegura que os mecânicos tenham sempre ao seu alcance panos ultra-absorventes. Assim, lubrificantes, óleos e graxas podem ser limpos de forma suave, profunda e rápida antes do próximo passo de trabalho. O sistema de reutilização tem ainda mais vantagens: permite um rigoroso controlo de custos e é integralmente amigo do ambiente.

Valeo lança nova edição do catálogo de iluminação A nova edição do catálogo de iluminação Valeo para 2018 apresenta a oferta completa e atualizada da ValeoService, que consiste em 1.862 referências para 2.162 aplicações. Neste catálogo, 443 referências foram adicionadas em comparação com a edição anterior, e representa uma cobertura média de 37,5% do mercado europeu. Entre as novas aplicações, 55% incorporam a Tecnologia LED, como os holofotes LED para o novo Audi Q2 ou o Peugeot 3008 (Carro do ano 2017) e as luzes traseiras do Volkswagen Golf VII 2017 ou do Seat Leon 2017. O Valeo Service lançou a estratégia “We Care 4 You – Confia no Especialista”, 100% dedicado a fornecer a cada cliente a solução e suporte mais personalizados e útil para facilitar a sua profissional vida diária. Este catálogo apresenta e destaca as mais recentes tecnologias, como o projetor MatrixBeam do Audi A3 2016, os faróis de neblina Valeo FogstarTM, os projetores OscarTM adicionais, as lâmpadas e ferramentas de oficina, como a ferramenta de diagnóstico do projetor, a linha Valeo Régloscope. Além da lista de aplicativos, o catálogo inclui secções úteis para ajudar a identificar corretamente as peças e combinações. O programa Valeo Tech’Care (também destacado no catálogo) visa responder a todas as necessidades técnicas: assistência e apoio técnico, informações sobre novas tecnologias, entre outros serviços. O catálogo completo está disponível para consulta e download aqui.

Num minuto... A Mann+Hummel desenvolveu filtros de óleo da caixa de velocidades especiais para aplicação em e-axle, que utilizam os novos meios filtrantes MULTIGRADE eM-CO. Segundo os fornecedores do sistema, isto permite

até 20 % menos de peso e entre 5 % e 10 % mais de eficiência. Além disso, a fácil adaptabilidade do sistema torna-o apto para a sua utilização em veículos compactos, desportivos e até veículos comerciais.

Para que os potentes motores mantenham a sua força, a Liqui Moly desenvolveu uma gama de aditivos adequados às pick-up, que mantêm a força do motor e evitam a lenta perda de potência, designada Truck Series.


Omnicraft . A nossa nova marca em peças TM

€29,90 Preço de lançamento

PROMOÇÃO

BATERIAS

(PREÇOS VÁLIDOS EM JUNHO E JULHO NA REDE DE CONCESSIONÁRIOS FORD, AO PREÇO ACRESCE IVA À TAXA LEGAL EM VIGOR)

• Garantia 3 anos • Referência: 2130414 • Capacidade da Bateria: 45Ah • Poder Arranque: 400A • Dimensões: 207 x 175 x 190 mm

Omnicraft uma marca registada da Ford Motor Company


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NOTÍCIAS

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Cromax lança nova ferramenta digital de buscar de cor

Japanparts reforça gama de bobinas de ignição

Cromax acaba de lançar a ChromaVision Mini, uma nova ferramenta digital de busca de cor, que mais não é do que um novo espectrofotómetro pequeno e leve. Concebido para as oficinas que pretendem passar da busca de cor tradicional para a precisão digital, esta ferramenta também proporciona ganhos de produtividade, em toda a oficina. Para aumentar os ganhos de produtividade, o ChromaVision Mini foi concebido para funcionar juntamente com o ChromaWeb, o software abrangente de gestão de produto e busca de cor baseado na nuvem da Cromax. Este software

Com uma cobertura de 84% do parque circulante, o Japanparts Group apresenta uma gama com mais de 200 códigos disponíveis para veículos asiáticos, europeus e americanos. A empresa oferece bobinas adequadas para uma utilização rápida. Assim, conforme o tipo de veículo e os requisitos do fabricante, são utilizadas bobinas de ignição com aplicações diferentes. Podem ser simples para serem montadas diretamente na vela, ou multi-engate, para alcançar as velas situadas no motor através de cabos. Refira-se que as bobinas Japanparts têm uma garantia de 24 meses e oferecem uma alternativa de qualidade igual ao produto original.

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Joaquim Candeias reeleito para a direcção da Figiefa

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oaquim Candeias, Presidente da DPAI – Divisão do Pós-venda Independente da ACAP, foi novamente convidado a integrar a Direção da FIGIEFA, tendo sido eleito, para o segundo mandato consecutivo, em Assembleia-Geral realizada,

proporciona acesso às mais de 200 000 fórmulas que são atualizadas constantemente e deixa de ser necessário atualizar a documentação de cor tradicional. O ChromaVision Mini oferece um controlo de medição abrangente graças ao ecrã tátil de alta resolução e ao feedback através de indicadores de status por LED e sinais sonoros. em Bruxelas, no passado dia 24 de maio. Integram, ainda, a Direcção da Figiefa, Hartmut RÖHL (DE – GVA), na qualidade de Presidente, Christer LILJENBERG (SE – SBF), Wendy WILLIAMSON (UK – IAAF), Cor BALTUS (NL – RAI). O principal Orgão Executivo da FIGIEFA tem, neste mandato, como novos membros, Serdar ASLAN (TK – OSS), Walter BIRNER (AT – VFT) e Mathieu SEGURAN (FR – FEDA).

Bombóleo disponibiliza nova gama de escovas Magneti Marelli

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Bombóleo acaba de apresentar a nova gama de escovas Magneti Marelli Touch Flat, que é composta por escovas individuais, com adaptadores incluídos. Esta gama, com 14 referências, disponibiliza escovas flexíveis e ultra deslizantes, cómodas e silenciosas. Oferecem ainda quatro adaptadores

incluídos para permitir uma correta instalação. Esta gama de escovas oferece proteção avançada e montagem universal. As escovas Magneti Marelli Touch foram testadas para realizar mais de 1,5 milhões de ciclos para que o cliente possa desfrutar de um desempenho excecional durante toda a vida útil da escova.

Num minuto... A NGK NTK lançou recentemente a sua página no Facebook, específica para os mercados de Portugal e Espanha. A nova página irá ter promoções, sorteios, concursos e muitos outros conteúdos, pensados

especificamente para o mercado ibérico. Pode aceder à página em www.facebook.com/ngkntk.iberica

MGM apresenta novo pavimento em PVC para oficinas

A MGM (Manuel Guedes Martins) apresentou recentemente, um novo pavimento em PVC, produzido com materiais reciclados, que pode ser utilizado em armazéns e oficinas. Este novo pavimento é resistente e amigo do ambiente, reforçando o compromisso da marca com a sustentabilidade, sendo também fácil de limpar. Este pavimento possui características de antifadiga, térmicas, acústicas e de higiene e conforto, sendo também um piso de rápida colocação e fácil de desmontar.

A Industrias Dolz, criada em 1934 com o compromisso de oferecer bombas de água da mais alta qualidade, inaugurou a nova fábrica e sede da empresa, em Almassora, Espanha.


Nova linha de ferramentas Beta com sistema de segurança anti-queda A Bolas acaba de apresentar a nova linha de ferramentas Beta, com o sistema de proteção antiqueda H-SAFE, para trabalhos em altura, ou na presença de órgãos mecânicos em movimento, pro forma a reduzir riscos, custos e tempo dispendido. O sistema de retenção H-SAFE foi projetado, testado e fabricado nas unidades industriais Beta. A gama de ferramentas H-SAFE de Beta inclui mais de 200 referências, para as quais foi projetado individualmente um sistema de retenção capaz de resistir às solicitações mecânicas mais rigorosas, como garantia de máxima segurança.

Magneti Marelli expande gama eQual Quality A Magneti Marelli lançou em 2016 a gama de motores e alternadores eQual Quality, projetada para oferecer uma alternativa fiável ao produto original e reconstruído da Magneti Marelli a um preço competitivo. A gama, expandida recentemente, é composta por 80 referências, 44 motores de arranque e 36 alternadores. Com o envelhecimento do parque automóvel europeu, o custo das peças originais nem sempre se adapta às necessidades dos utilizadores e foi por este motivo que a Magneti Marelli desenvolveu uma alternativa a este tipo de veículos. Está a ser preparada uma nova ampliação da gama, com 105 novas referências, das quais 84 são alternadores e 21 motores de arranque. Com este aumento de referências e os próximos lançamentos previstos para o ano, a gama será de cerca de 330 referências para cobrir mais de 80% do parque espanhol e português com um produto fiável, eficiente e acessível.

A Fuchs Petrolub SE, o maior fabricante mundial independente de lubrificantes de alta performance e produtos relacionados, acaba de investir oito milhões de euros na expansão da sua fábrica em >>


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SOLUÇÃO

A utilização de sprays adequados para a lubrificação de peças móveis e outras que são visíveis e onde pode haver contacto deve ser muito cautelosa. A LIQUI MOLY tem uma solução em spray e outra em massa lubrificante que evitam este tipo de problema, garantem lubrificação máxima e um serviço de excelência para os clientes.soluções eficazes.

O spray Tacky Lube (Ref. 2518) é um agente de lubrificação combinado sintético, termo-estável, com elevada ação aderente e de proteção contra derrapagem, de alta qualidade. Após a evaporação do solvente forma-se uma película lubrificante extremamente aderente e suave. Deve ser usado preventivamente em componentes como dobradiças, articulações, hastes, alavancas de engrenagem, travas das portas, etc.

VANTAGENS

>> Proteção ideal contra a corrosão >> Boa fluidez >> Capacidade máxima de proteção sob pressão >> Elevada aderência >> Efeito de longa duração >> Boa resistência à água >> Excelente resistência aos choques térmicos

O Spray de manutenção branco (Ref. 3075) é um lubrificante de alto rendimento graças à sua extrema aderência e resistência à água. Após a evaporação do solvente forma-se um lubrificante suave. Esta massa lubrificante é especialmente indicada para componentes móveis: veios, dobradiças, articulações, cavilhas, cabos Bowden, calhas, correntes, molas, chavetas de fixação, etc.

VANTAGENS

>> Excelente poder lubrificante >> Boa resistência à água >> Proteção permanente contra a corrosão >> Excelentes propriedades de temperatura alta e baixa >> Reduz a oxidação por atrito >> Elevada aderência >> Aplicação limpa >> Impede a corrosão por atrito >> Isento de silicone

FICHAS TÉCNICAS E MODO DE UTILIZAÇÃO EM

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NOTÍCIAS

PROBLEMA

Com o tempo chegam os ruídos-parasita nas portas, dobradiças e a corrosão devido à humidade nas peças móveis. Os sprays gordurosos de lubrificação acabam por escorrer e sujar o carro.

Spies Hecker lança selante para reforçar aspeto da fibra de carbono

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novo Selante de Fibra de Carbono 5605 Permafleet Industry da Spies Hecker proporciona aos objetos industriais, acessórios e peças fabricados com CFRP uma superfície lisa que realça o aspecto típico da fibra de carbono. A maioria das oficinas está familiarizada com o desafio de pintar componentes de plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP) como soleiras laterais ou spoilers traseiros, ao mesmo tempo que se mantém o aspecto visual do padrão de trama característico da fibra de carbono. A solução da Spies Hecker é o novo Selante de Fibra de Carbono 5605 Permafleet Industry da Spies Hecker. Este selante de poliuretano transparente preserva o padrão de trama da fibra de carbono apesar das suas excelentes propriedades de enchimento. Para

uma ótima proteção UV, recomenda-se a aplicação de uma camada de base para verniz subsequente. Todas as bases para vernizes da Spies Hecker são compatíveis com este novo selante.

Novo equipamento Liqui Moly para a limpeza do motor

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Liqui Moly lançou a segunda geração do equipamento JetClean Tronic II, para uma limpeza minuciosa no motor e no sistema de combustível. É um equipamento que remove os resíduos originados pela combustão e que ficam presos, por exemplo, aos bicos injetores. Quando conectado ao sistema de injeção ou ao sistema de aspiração, o aparelho bombeia aditivos de limpeza produzidos por ele. Existem quatro aditivos para o JetClean Tronic II: tanto para o

sistema de injeção e aspiração, como para o sistema de combustível de motores a gasolina e a gasóleo. Para evitar trocas, os aditivos para gasolina têm uma cor azul. O JetClean Tronic II é ligado à bateria do carro. Visto que não é necessária uma alimentação elétrica externa, o aparelho também pode ser usado de forma móvel, podendo ser utilizado para carros, mas também para furgões, veículos pesados, máquinas de construção, motociclos e barcos.

Num minuto... >> Isando, Joanesburgo. A inauguração oficial das novas instalações teve lugar dia 16 de maio.

A Sodicor, em conjunto com a sua parceira Spies Hecker, reuniu cinco dezenas pessoas especialistas em repintura, em Leiria, para discutir o tema Rentabilidade na Repintura Automóvel.



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NOTÍCIAS

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MANN-FILTER lança novos filtros de ar flexíveis

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MANN+HUMMEL desenvolveu novos filtros de ar com contornos externos flexíveis que fazem um uso mais eficiente do espaço de instalação disponível. Para o mercado pós-venda estão disponíveis o Flexline C 26 017 e C 30 030 da MANN-FILTER para Mercedes-Benz Classe A e B. O filtro de ar C 26 017 é para motores a gasolina e o C 30 030, para modelos a diesel. Comparado com os filtros com geometrias limitadas e rebordos laterais retos, o filtro de ar C 26 017 impressiona com carate-

rísticas como mais 11% de superfície de filtragem, uma capacidade de retenção de pó 22% superior e uma queda da pressão 16% menor. Ao mesmo tempo, os novos filtros de ar Flexline são também mais planos do que os produtos standard, o que significa que podem ser usados em espaços de instalação particularmente reduzidos. A marca prevê a utilização de outros elementos com contornos flexíveis para outros fabricantes do ramo automóvel, estando a patentear esta tecnologia.

Glasurit apresenta linha Eco Balance

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Glasurit lançou a linha tornando-se pioneira na comercialização de produtos certificados de acabamento que seguem a abordagem de balanço de biomassa. O novo portfólio engloba seis produtos, incluindo primário, betume, endurecedor, verniz e aditivos, que são usados na reparação de para-choques e

danos pequenos e moderados. A linha Glasurit Eco Balance ajuda a economizar recursos fósseis e CO2. Todos os produtos de acabamento da linha Eco Balance apresentam as propriedades premium habituais da marca. Pode obter mais informações desta nova linha em www.ecobalance.glasurit.com.

Dayco lança “Friction Wheels”, um exclusivo mundial para o aftermarket

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s “Friction Wheels” são as mais recentes referências do programa de aftermarket da Dayco, que a empresa começa agora a disponibilizar para o mercado. A Dayco acaba de introduzir várias novas referências no seu programa aftermarket, incluindo as “Friction Wheels” (conjunto que transmite o movimento da polie da cambota à polie da bomba de água) da série de motores a gasolina PRINCE da PSA, também aplicados pela BMW/ MINI em modelos como Peugeot 2083008, Citroen C3-C4, BMW Séries 1-3 e MINI Cooper S. Uma das características mais interessantes

destas “Friction Wheels” é o sistema de controlo da bomba de água, que só se ativa quando a temperatura do motor exige o seu funcionamento. Tanto a “Friction Wheel”, a correia, o tensor, as polies de cambota e a bomba de água destes motores, são agora parte integrante do programa Aftermarket Dayco, que permite às oficinas independentes oferecer aos seus clientes uma solução de substituição completa de distribuição. A Dayco é responsável pela conceção, desenvolvimento e fabrico desta nova tecnologia, que é um exclusivo marca e está protegido por patentes em todo o mundo.

Errata >> Na reportagem do Expomecânica, da edição 32, refere-se na empresa AZ AUTO a marca Metzker quando devia estar Metzger. Foi também referido, nesse espaço, Schaeffler como marca quando de facto é o nome de uma empresa que tem as marcas INA, LUK e FAG. >> Na mesma reportagem, o nome da

empresa Mourauto aparece incorretamente escrito (Mourato). >> No artigo da Personalidade do Mês (edição 32), a Pedro Paula Pinto, partilhado no site e nas redes sociais, estava escrito como sendo o responsável pós-venda da Ford Lusitânia, quando deveria estar escrito Ford Lusitana

Texa apresenta equipamentos para sistemas ADAS

Os sistemas ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), desenhados para garantir o conforto e segurança dos ocupantes de um veículo, necessitam de um equipamento específico para serem calibrados. Para ajudar os profissionais da reparação automóvel aquando da intervenção sobre os sistemas ADAS num automóvel, a Texa desenvolveu uma oferta completa, modular e multimarca. A solução Texas ADAS permite restabalecer o correto funcionamento dos sistemas ADAS e assegura uma ampla cobertura de marcas automóveis como de camiões. Desta forma, a Texa disponibiliza o RCCS (Radar and Camera Calibration System), o CSS (kit para calibração de telecâmaras multimarca), refletor para calibração radar Blind Spot (para veículos asiáticos) e kit calibração para camiões e veículos comerciais (desenvolvida em conjunto coma Haweka). Estes equipamentos atuam sobre todos os sistemas eletrónicos de assistência à condução disponível nos automóveis e veículos pesados atualmente, como seja o sistema de visão noturna, controlo adaptativo da velocidade cruzeiro, avsio de manutenção da faixa de rodagem, telecâmara 360º (deteção de ângulo morto), avsio de colisão posterior, assistência ao estacionamento, reconhecimento de sinais na estrada, etc. As soluções ADAS da Texa, podem ser utilizadas em combinação com o software de diagnóstico IDC5, permitindo dessa forma realizar rapidamente todas as operações e de uma forma intuitiva.

>> Na oficina do mês (edição 32), Auto Ideal, em determinada parte do artigo está escrito o nome Sérgio Figueiredo, quando deveria estar Sérgio Fernandes, como consta aliás da ficha da empresa. >> A todas as pessoas e às empresas envolvidas a revista Pós-Venda pede desculpa.


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Novo catálogo Federal-Mogul Motorparts com retentores Payen A Federal-Mogul Motorparts lançou um novo catálogo, que inclui a gama alargada de retentores de óleo da Payen, que inclui 120 novos produtos e abrange ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros e veículos comerciais. Agora, a pesquisa pode ser realizada por veículos ou motores, enquanto os gráficos de retentores, fáceis de interpretar, são mostrados por dimensão ou referência. O novo catálogo também inclui uma variedade de juntas O-rings e conjuntos de vedantes, para agilizar o processo de solicitação de peças e reduzir a possibilidade de pedidos incorretos. O novo catálogo também oferece uma visão geral completa da linha Pro-fit, produtos de serviço Payen que ajudam os reconstrutores de motores no seu trabalho diário. Mais detalhes em www.fmecat.com.

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Cromax apresenta Carbon Fibre Sealer U190

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ara a sua gama Imron Fleet Line Industry, a Cromax acaba de lançar o Carbon Fibre Sealer U190. Trata-se de uma importante extensão da oferta para as oficinas uma vez que é um selante de poros transparente à base de

poliuretano concebido especificamente para ser aplicado em todos os tipos de substratos de fibra de carbono. O Carbon Fibre Sealer U190 foi concebido especialmente para o uso industrial e pode ser utilizado em muitas peças de fibra de carbono. Deve ser usado com o Imron Fleet Line Industry Pur Activator EV316 e é adequado para acessórios para automóveis. Além disso, pode ser usado no tuning de automóveis quando se trabalhar com fibra de carbono.

Krautli desenvolve campanha Contitech

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Krautli Portugal com o apoio do grupo Continental lança uma campanha exclusiva durante o mês de Junho na gama de kits de distribuição da marca Contitech com oferta de calçado desportivo Adidas by Continental – Get Your Grip. A marca Contitech é uma das marcas mais reconhecidas no aftermarket mundial,

e disponibiliza toda essa qualidade a todas oficinas através do catálogo online com instruções precisas aprovadas pelos fabricantes automóveis complementados com a novidade dos seus vídeos tutoriais Watch & Work.


Atualidade

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A WORLD SHOPPER CONFERENCE

WORLD SHOPPER CONFERENCE IBERIAN 2018

Inovação e oportunidades

O Centro de Congressos do Estoril acolheu, no passado mês de maio, a World Shopper Conference iberian 2018, que é já um dos maiores eventos europeus dedicado a novas ideias no setor automóvel e da mobilidade TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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urante dois dias, mais de 1000 visitantes, entre profissionais do setor automóvel e da mobilidade, investidores e empreendedores, debateram o futuro da indústria e as novas tendências na World Shopper Conference Iberian 2018. Na zona de exposição do Centro de Congressos do Estoril, 41 stands de construtores de automóveis, gestoras de frotas, financeiras, e fornecedores do setor automóvel e da mobilidade, apresentaram novidades e serviços, enquanto no exterior era possível testar o NAVYA Shuttle, um veículo autónomo de nível 5, e o Toyota Mirai, movido a hidrogénio.

STRATEGY SESSIONS No dia 18 de maio decorreram as Strategy Sessions, temáticas sobre inovação, onde o serviço pós-venda foi um dos destaques, juntamente com outros temas, tais como a eletrificação, os novos conceitos de mobilidade, os veículos elétricos e a produção de baterias, os sistemas de assistência ao condutor, a condução autónoma e as suas limitações e implicações futuras e ainda dois painéis de debate: o “Car-as-a-Service”, onde Nuno Fernandes da Cofidis, Miguel Ribeiro do Santander Consumer Finance, Pedro Nuno Ferreira do BNP Paribas e António Oliveira Martins da LeasePlan discutiram o futuro da propriedade do


21 “O pós-venda do futuro” TJ Wilson

Director, Automotive Consulting at Ardent Learning

TJ Wilson focou-se, sobretudo, na melhoria da relação com o cliente, e do olhar o pós-venda como uma fonte de receita, aumentando o nível de serviço, por forma a conseguir um aumento do lucro. “Como posso vender um serviço adicional ao cliente, por forma a que ele perceba que está a comprar algo que precisa e que não está a ser enganado? Tenho de fazer algo diferente, mudar a forma como abordo o cliente. Não é o que vendemos, mas como vendemos, como apresentamos, que linguagem utilizamos. Temos de ser transparentes, é importante explicar tudo detalhadamente: não

veículo e da sua utilização como um serviço, e o Automotive Leaders Panel, onde Ricardo Olalla da Bosch, Duarte Paes de Vasconcelos da Ford, Pedro Lazarino da Opel e Pedro de Almeida da SIVA apresentaram as suas perspetivas em relação ao futuro. Joerg Heinermann, responsável mundial de vendas e marketing na Mercedes-Benz EQ, apresentou a estratégia da Daimler para acompanhar a eletrificação do setor automóvel, enquanto James Carter, da Vision Mobility, discursou sobre os desafios e oportunidades futuras no retalho automóvel. Ricardo Oliveira, fundador da World Shopper, apresentou as previsões do projeto 2025 Automotive 360º Vision, um estudo sobre o futuro do setor PUBLICIDADE

Como vê o futuro do pós-venda, tendo em conta que os veículos com energias alternativas irão necessitar de menos manutenção? “Penso que o pós-venda se vai alterar um pouco. Nos Estados Unidos, e aqui na Europa, há cada vez mais veículos a energias alternativas, mas irão sempre existir veículos a combustão. Penso que é necessário reunir o departamento pós-venda e pensar o que é possível fazer, o que é possível reparar nos veículos

digo apenas que vou reparar um componente adicional, mas que vou ajudar o cliente a manter o investimento que fez no veículo. E assim consigo fidelizar e reter o cliente e aumentar a minha rentabilidade. Tenho de maximizar as oportunidades, que são os clientes que chegam à oficina”. Referiu ainda que, neste processo de fidelização do cliente, é importante criar uma relação de confiança. “Há que conhecer o cliente, saber os seus gostos, hobbies, preferências, perceber porque é que recusa determinados serviços. Isto leva à retenção, porque, quanto mais cedo se conseguir reter um cliente, mais fácil será mantê-lo fidelizado à oficina, mesmo que ele mude de marca de veículo. A retenção constrói-se com a criação de uma relação de confiança”. Indicou também a necessidade de controlar a performance dos consultores de serviço da mesma forma que se controla a dos vendedores. “É importante depois definir uma estratégia para implementar o que observei e aquilo que é necessário alterar”.

a energias alternativas, nos veículos de frotas e de carsharing, porque todos estes veículos vão necessitar de manutenção: pneus, baterias, vidros, todos os componentes que garantem a segurança do condutor. Há que pensar na segurança. E ainda irá demorar algum tempo até todos os veículos a combustão desaparecerem. E temos que começar a pensar agora como podemos trabalhar com esses novos veículos, que vão ser utilizados de forma diferente, em termos de manutenção, para garantir a segurança”.


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WORLD SHOOPER

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“Aumente vendas, mantenha o CSI e aumente as margens no após-venda”

Greg Hall

CEO da Apple Energy Group e AEG Iberia

automóvel e da mobilidade, onde focou o lançamento de novos veículos elétricos, a produção de lítio e as alternativas a este metal, os novos conceitos de mobilidade, os Sistemas de Assistência ao Condutor e os veículos autónomos. Este último tema foi também o foco da apresentação de Nicolas de Crémiers, da NAVYA. O primeiro dia do evento contou ainda com o painel Best Ideas, onde a LG, a Parpe, a Auto Action e a Cartrack apresentaram as suas ideias disruptivas para o setor. A Auto Action foi a vencedora, com a apresentação de uma plataforma de gestão de compra e venda de veículos usados. No Startup Stage, na zona de exposições, também foi possível assistir a apresentações de conceitos de negócio por parte de vários empreendedores: The Super Driver, Muuv, Rotauto, Alfred Chofer e Eccocar. LEARNING SESSIONS O segundo dia do evento contou com 20 workshops, com temas relativos ao presente e futuro do pós-venda, a veículos usados e mobilidade, vendas, reparação de veículos elétricos e veículos a hidrogénio, gestão de negócios de veículos usados, proteção de dados, entre muitos outros. Na zona de exposições, o Exhibitors Stage recebeu apresentações da LG, CitNOW, Parpe, Dapda, Carglass e Auto Action.

Numa sala cheia onde estavam, maioritariamente, gestores de concessionários, de retalho e de oficinas independentes, Greg Hall discursou sobre as estratégias para aumentar as vendas, a satisfação do cliente e as margens de lucro nos serviços pós-venda. Para chegar a estes objetivos, indicou a importância do planeamento e do serviço ao cliente: “o que separa ganhar de perder pode ser apenas uma decisão, uma ação, assim como a consistência dos fundamentos e bases do negócio. É importante mudar a mentalidade quanto à experiência do cliente na oficina. São as pessoas que fazem o negócio funcionar. As máquinas tornam os processos eficientes, mas, no fundo, são as decisões do cliente que alteram o negócio. Se não planeamos, se não houver satisfação do cliente, o negócio não funciona”. Evidenciou a importância da criação de uma relação de confiança com o cliente, para conseguir fidelizá-lo. “Se a satisfação do cliente não for positiva, irá fazer-nos perder negócio. O serviço ao cliente é o mais importante: saber receber, utilizar linguagem adequada, observar o veículo juntamente com o cliente, informar rapidamente sobre o diagnóstico, a duração do serviço, tudo isto é crucial”. Neste sentido, salientou a

diferença entre orientar e gerir o negócio, focando-se na importância de observar o funcionamento das equipas de gestão do serviço pós-venda, para fazer ajustamentos, orientar e mudar a estratégia sempre que necessário. “É importante perceber o que se passa com os gestores e consultores, porque isto vai afetar tudo o que se passa na oficina. E depois devemos fazer este trabalho de observação também com os técnicos e mecânicos. O foco no pós-venda requer orientação e não só gestão. Tenho de saber como é que a minha equipa está a funcionar, como é que os meus consultores se estão a organizar. Normalmente não há tempo para isto, mas é crucial, para aumentar as margens de lucro e manter um bom índice de satisfação do cliente. Digo a todas as equipas de gestão: passem um dia apenas a observar os processos de trabalho dos vossos funcionários, para saberem o que está a ser bem feito e o que é necessário melhorar, e assim fazer um plano de ação”. Greg Hall definiu quatro fases para este processo: observar a operação do pósvenda, analisar, definir e priorizar ações, e executar o plano. Lembrou também a importância de reuniões frequentes do serviço pós-venda, por forma a acompanhar a evolução dos planos de ação e da melhoria dos processos de trabalho, assim como a elaboração de questionários de satisfação ao cliente. E concluiu, afirmando que no mercado ibérico é necessário mudar mentalidades: “Nos Estados Unidos achamos que tudo é impossível, e aqui acontece o oposto. É importante não nos limitarmos pelos obstáculos, temos de procurar alternativas, novos caminhos para chegar onde queremos”.



Mercado

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M BATERIAS

EUROBATERIAS

A especialidade são as baterias Empresa com armazém em Valongo e loja em Gandra, dedica-se desde 2006 ao negócio das baterias de A a Z, disponibilizando um vasto conjunto de marcas e soluções para praticamente todo o tipo de aplicações, com foco no setor automóvel TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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epois de muitos anos a trabalhar no setor, José de Sousa, gerente da Eurobaterias, comercializou peças, lubrificantes e baterias. Porém, abandonou as peças rapidamente, ao que se seguiram os lubrificantes, numa altura em que tomou a decisão que o melhor caminho que tinha a seguir era o da especialização... nas baterias.

Se, desde 2006, início da Eurobaterias, apenas se dedicava às baterias de arranque, com a decisão a passar para a especialização em baterias José de Sousa considerou que estava na altura de comercializar tudo o que era acumuladores, o que lhe permitia também alargar o leque da sua atividade para outros setores fora do automóvel, nomeadamente a indústria, moto, marítimo e náutico,


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Eurobaterias José de Sousa 224 153 405 comercial@eurobaterias.pt www.eurobaterias.pt

sistemas de alarme, energia solar, etc. “Apesar de todos os operadores do retalho de peças venderem baterias e de se assistir a uma concorrência enorme na venda deste componente com margens muito pequenas, não estou nada arrependido de ter tomado a decisão de nos especializarmos em baterias”, afirma. José de Sousa acaba assim por ter uma vantagem competitiva enorme neste negócio acima de tudo porque não há falhas de stock. “É muito raro dizermos a um cliente que não temos a bateria que ele procura e isso faz diferença neste negócio, exceto se estivermos a falar em baterias de tração para aplicações especificas, por exemplo empilhadores, em que cada caso é um caso”, diz. Com um stock muito vasto de baterias

(com centenas de referências), a especialização é também importante para a Eurobaterias como forma de dar um acompanhamento técnico mais rigoroso aos seus clientes que, segundo José de Sousa, outros não conseguem fornecer porque “só se interessam pelo volume e por baixar as margens nas baterias para venderem outros produtos. Nota-se que muitos desses operadores não são profissionais na venda das baterias como nós somos”. Reconhecendo que hoje em dia mudar uma bateria já é um processo que por vezes exige conhecimento (e equipamentos) por parte do mecânico ou do instalador, José de Sousa reconhece que esse know-how tem que ser passado aos clientes no dia-a-dia, sendo precisamente aí que a Eurobaterias faz a diferença. Importante também é a atenção que se dá ao stock e ao carregamento das baterias que permanecem mais tempo que o normal em armazém. “Ninguém liga muito a isto numa casa de peças, o que pode trazer problemas com a garantia com quem lhe forneceu a bateria. Na Eurobaterias temos o cuidado de vender as baterias a 100%”, revela José de Sousa. NOVAS INSTALAÇÕES Desde julho de 2017 que a Eurobaterias mudou para novas instalações. Um extenso armazém, em Valongo, que lhe permite ter não só o stock muito mais organizado, mas também corresponder do ponto de vista ambiental às exigências que uma empresa de baterias tem que cumprir. Por outro lado, a Eurobaterias tornou-se também um operador de gestão de baterias, entidade que faz a recolha, transporte, armazenagem, triagem e envio para reciclagem, tendo agora nestas novas instalações o espaço necessário para essa atividade.

Para além deste novo armazém em Valongo, a Eurobaterias possui ainda uma loja aberta ao público, em Gandra, que serve não só para vender e de mostruário da oferta que tem disponível, como recolhe as baterias usadas quando entregues na compra de uma nova. PRODUTO Sendo um especialista em todo o tipo de acumuladores, a Eurobaterias tem como marca bandeira a Fulmen, da qual é representante. “Tenho uma relação romântica com a Fulmen. É uma marca que já antes da Eurobaterias eu trabalhava, que gosto de trabalhar e que não sendo uma bateria económica é um excelente produto com fabrico Exide” explica José de Sousa. Para além da Fulmen, que é a imagem da loja em Granda (bem visível na montra), a Eurobaterias tem depois ainda outras marcas, a maioria delas SWmarcas próprias (AS.Power Hercules, Megabat e Gold), sendo que algumas são de construção Exide. “O nosso objetivo para o cliente é muito claro, ter uma oferta o mais completa possível em função das suas necessidades”, refere José de Sousa. Do ponto de vista da distribuição, a Eurobaterias tem distribuição própria na região, mas também para a Beira Alta, Beira Baixa e Trás-os-Montes, já com rotas definidas onde é também feita alguma auto-venda. Num mercado muito concorrencial, o responsável da Eurobaterias não concorda com a venda das baterias em grandes superfícies (porque duvida que se preocupem com a sua reciclagem) e considera até que apenas os eletricistas deveriam estar habilitados a vender baterias, pois são os únicos que se preocupam em testar a bateria, os alternadores e os motores de arranque e outros componentes.


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PEÇAS

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HUGO RODRIGUES, CEO DA TELEPEÇAS

Lançamos uma ferramenta fundamental para a credibilização das transações

A Telepeças lançou recentemente no mercado uma renovada plataforma de compra de peças usadas. A evolução face à anterior plataforma foi enorme com o objetivo de reduzir ao mínimo o tempo de venda das peças TEXTO PAULO HOMEM

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á com 11 anos de mercado, a Telepeças (www.telepecas.com) deu um passo importante para uma ainda maior credibilização do negócio de peças usadas, como se comprova pelas novidades que agora se encontram disponíveis nesta plataforma. Hugo Rodrigues, CEO da Telepeças, explica em exclusivo à REVISTA PÓS-VENDA todas estas novidades. Um pouco de história da plataforma Telepeças?

A Telepeças nasceu em 2007 iniciando a sua actividade com um call center de localização de peças auto usadas. Já na altura ficou claro para os sócios da Telepeças que o futuro passaria pela relação das empresas no mercado online. Hoje, esta evolução parece óbvia, mas em 2007 mais de 80% das casas de venda de peças não tinham ligação à internet e só cerca de 50% tinham computador. Os dados das oficinas são ainda piores na utilização de tecnologias de informação. Esta evolução foi uma aposta de alguém que teve a visão certa e o

espírito de sacrifício suficiente para mudar a forma como o mercado funcionava e foi, em grande medida, um foco de modernização do setor. Todo este movimento foi construído com uma ideia basilar que até hoje não foi abandonada: fazer a ponte entre os anunciantes e as oficinas, que são quem percebem do negócio das peças auto usadas. A Telepeças não compra nem vende, não faz parte da negociação. Quais os principais dados que atestam a evolução da plataforma ao longo dos tempos (compras, empresas registadas, etc.)? Temos estatísticas disponíveis desde 2011, que temos vindo a divulgar regularmente e que podem comprovar a evolução da plataforma. A Telepeças vem crescendo em todos os parâmetros. Tais como: + de 920 clientes ativos registados; + de 81.000 pedidos em 2017; + de 390.000 respostas aos pedidos; + de 10.000.000 listagens de anúncios em 2017. Quais as razões que levaram à “renovação” da plataforma? A plataforma foi evoluindo ao longo dos anos, no sentido de responder às necessidades e expectativas dos clientes, mas também com a preocupação de inovar e dotar os utilizadores de novas funcionalidades que foram consideradas úteis, sempre com o foco de criar ferramentas de divulgação das peças junto de quem


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necessita de as comprar, sejam oficinas ou clientes particulares. No entanto, esta última versão pretende novamente provocar disrupção na forma como este mercado se apresenta ao público que dele precisa e depende. Cada vez mais, a quantidade de tempo que despendemos a executar uma tarefa torna a mesma financeiramente mais dispendiosa. Neste momento, quem não anuncia os seus produtos online, vende cada vez menos. Tendo estas premissas como ponto de partida, a plataforma Telepeças orienta os seus clientes para que coloquem todo o seu stock na rede, devidamente etiquetado, catalogado e fotografado, proporcionando-lhes uma ferramenta altamente otimizada para reduzir ao mínimo o tempo de venda das peças. Quais são as principais novidades da plataforma Telepeças? Que vantagens é que trazem para quem compra através da plataforma? E para quem vende? Como foi referido anteriormente, o principal motivo que esteve na origem das alterações foi dotar as empresas de venda de peças de uma ferramenta que lhes permita ter o seu stock todo identificado, organizado e à venda na plataforma Telepeças. Cumprido esse objetivo, surgirão enormes vantagens para todos, nomeadamente: - Quem compra usufrui de: >> Pagamento seguro, que inclui garantia de receção das peças em quatro dias úteis ou opção pela devolução do dinheiro (transações em Portugal continental); e proteção

Novas funcionalidades Telepeças 1 – Caixa de correio (filtros de pesquisa e mapeamento de stock); 2 – Módulo de orçamentação (resposta automática em stock); 3 – Mapeamento de compatibilidade de peças (por referência, modelo de viatura e peça); 4 – Possibilidade de resposta por anúncio de viatura; 5 – Gestão do processo de adjudicação; 6 – Módulo de pagamento seguro / módulo de transportes; 7 – Pedidos de informação e apoio à venda (pedidos de reserva); 8 - Carrinho de compras / carrinho de encomendas.

e apoio jurídico na mediação de conflitos. >> Pesquisa fácil e intuitiva >> 600 mil peças em stock para venda >> Seleção de casas de peças >> Carrinho de compras >> Carrinho de encomendas - Quem vende usufrui de: >> Mais de 300 pedidos diários >> Respostas rápidas com mapeamento stocks >> Rede de profissionais com mais de 1000 clientes registados

>> Promoção em social media e Adwords >> Carrinho de compras >> Carrinho de encomendas Em que medida estas novidades podem vir a aumentar a utilização desta plataforma por parte de quem vende e quem compra? A Telepeças com estas novidades está a dotar o mercado de maior promoção dos anunciantes, maior facilidade de encontrar as peças, com pesquisas rápidas e intuitivas, maior rapidez na identificação e expedição das peças e maior segurança nas transações, através do pagamento seguro. Tudo isto resulta na credibilização do mercado das peças auto usadas e, um mercado que inspira confiança, cresce de forma sustentada. Considera que a utilização da plataforma da Telepeças, com a introdução destas novidades, vem trazer uma maior credibilização do negócio de peças usadas? Sim, sem dúvida. Desde sempre que a Telepeças se preocupou em selecionar quem pode vender na plataforma, criou regras claras e muito objetivas que distinguem os profissionais do setor de outros players. O mercado reconhece a plataforma como o meio mais credível para se comprar online. O número de pedidos diários de peças assim o indica. Podemos garantir que este é um caminho que não vamos abandonar. Com serviço de pagamento seguro efectuado por referência Multibanco, lançamos uma ferramenta fundamental para a credibilização das transações.


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REPINTURA

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SPIES HECKER

Poupar tempo às oficinas O novo Verniz Permasolid HS Race Clear Coat 8700 foi concebido pela Spies Hecker para aumentar a rentabilidade das oficinas, ao reduzir os tempos de ciclo e os custos energéticos do processo de repintura TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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Spies Hecker, marca de repintura automóvel da Axalta Coating Systems, apresentou recentemente o novo Verniz Permasolid HS Race Clear Coat 8700, nas instalações da Corauto – Pintura e Técnica Automóvel, localizada no Prior Velho. Durante a apresentação, foi feita a aplicação do novo verniz e demonstrada a rapidez de secagem, a principal novidade deste produto: “A secagem pode ser de 15 minutos a 60°C, direcionada para as oficinas que pretendem maior produtividade, ou de 30 minutos a 40°C, para as oficinas que pretendem otimizar o consumo energético”, explicou Ricardo Mattos Coelho, Sales Supervisor da Axalta. Depois da aplicação do verniz, os veículos podem ser polidos e remontados logo após um curto período de arrefecimento, poupando tempo às oficinas. “Este é um produto premium, no seguimento daquilo que têm sido os nossos últimos lançamentos, sempre com o objetivo de ajudar as oficinas a maximizar a sua produtividade, através

da economia energética e de um alto desempenho”, explicou Virgílio Maia, Diretor de marketing e comunicação da Axalta. Ricardo Mattos Coelho destacou as

Corauto Manuel Prata Gerente

“Com este produto conseguimos poupar 50% no tempo de secagem, o que faz com que seja possível fazermos mais passagens na oficina e na cabine. Aliado à eficiência, este verniz tem muita qualidade, e foi por isso que o começámos a aplicar. Cada vez mais é importante que se poupe tempo nas oficinas, e com este produto conseguimos pintar mais carros no mesmo tempo, economizando também muito combustível”.

vantagens do novo verniz: “Caracterizase pela simplicidade e facilidade de aplicação, e tem um tempo de secagem muito curto. É o verniz que tem a aplicação mais universal e confortável para todos os profissionais. Optámos por desenvolver um produto com uma tecnologia híbrida, que não se baseia na tecnologia tradicional dos vernizes nem se baseia integralmente na tecnologia inovadora que foi introduzida para os 8800. Vimos que havia espaço para uma tecnologia intermédia: um produto semelhante ao 8800 com acabamento excecional, para além da flexibilidade de secagem”, e adiantou que estas características permitem uma grande poupança de energia às oficinas, referindo ainda a versatilidade do produto em termos de aplicação: pode ser utilizado apenas numa capa de espelho, ou numa pintura geral. “Estas são as grandes mais valias deste produto: facilidade e flexibilidade de aplicação, e um acabamento excecional, o que dá origem a um produto que confere uma maior rapidez de serviço e produtividade, com mais veículos pintados”.



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LUBRIFICANTES

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SOCIEDADE COMERCIAL C. SANTOS, LDA.

Associação natural Mercedes e Petronas são duas marcas que estão conotadas com o sucesso fruto dos resultados obtidos na Fórmula 1 nos últimos anos. Também nos negócios assim acontece, com a associação da Sociedade Comercial C. Santos e da Petronas no negócio da distribuição de lubrificantes

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mpresa nascida em 1946, na famosa Rua de Santa Catarina no Porto, a Sociedade Comercial C. Santos foi adquirida por três sócios em 1986, tendo a partir daí nascido o “império” que é hoje, na Maia, onde se estabeleceu até aos dias de hoje. Atualmente é concessionário Mercedes Benz e Smart, trabalhando praticamente todas as áreas de venda e pós-venda, desde o ligeiro ao comercial pesado, passando pelo comercial ligeiro. O crescimento da empresa foi enorme, passando a trabalhar mais recentemente os veículos usados de uma forma estruturada e profissional bem como uma rent-a-car, numa interligação natural entre todos estes negócios.

Ao nível das peças, a Sociedade Comercial C. Santos trabalha todo o material original da Mercedes-Benz e Smart (peças. lubrificantes, chapa, etc), sendo ainda há vários anos distribuidor independente de lubrificantes. “Em 2014, aceitámos o desafio de trabalhar com a Petronas”, afirma Manuel Machado Silva, diretor de peças e lubrificantes da empresa, explicando que “na Formula 1, a Mercedes é patrocinada pela Petronas, por isso fazia todo o sentido, como concessionário Mercedes e distribuidor de lubrificantes, trabalhar esta marca. Por outro lado, de modo a correspondermos às necessidades do mercado, tínhamos que alargar o nosso leque de oferta para uma marca que nos desse a melhor relação qualidade/preço

e, dessa forma, pudéssemos aumentar a nossa competitividade nos lubrificantes”. O responsável de peças e lubrificantes da Sociedade Comercial C. Santos explica que a aceitação da Petronas no mercado foi muito boa, desde o inicio em 2014 até aos dias de hoje, apresentando crescimentos de vendas significativos. “Foi um crescimento ótimo, que seguiu a nossa expetativa, até porque o produto vai de encontro ao que o mercado português procura, isto é, uma boa relação preço/ qualidade” afirma Manuel Machado Silva. Outro importante argumento, no entender do diretor de peças e lubrificantes da Sociedade Comercial C. Santos, foi a política de distribuição seguida pela Petronas para o mercado nacional. “Somos poucos,


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COM O APOIO

mas suficientes distribuidores Petronas em Portugal, unidos por uma forte relação da marca e posicionados em diferentes áreas geográficas, permitindo uma cobertura total do mercado, evitando custos elevados de distribuição e com grande transparência no negócio”, afirma. A Sociedade Comercial C. Santos tem sob sua responsabilidade ao nível da distribuição de lubrificantes Petronas, as regiões do Porto, Aveiro, Coimbra e Leiria, estas duas áreas atribuídas mais recentemente. “São muito interessantes as nossas perspetivas de crescimento com a Petronas, pois existe um potencial de mercado muito grande, até porque vamos apostar também em fazer parcerias locais em algumas zonas geográficas específicas, pois enten-

Soc. Com. C.Santos, Lda Manuel Machado Silva 229 400 400 geral@soccsantos.pt www.soccsantos.pt

demos que dessa forma poderemos fazer uma melhor cobertura desses mercados”, explica o mesmo responsável, assumindo que a Sociedade Comercial C. Santos “vai garantir, nesses termos, a melhor cobertura geográfica, com o acesso permanente a um stock alargado que permite dar resposta pronta às necessidades dos diversos clientes”. Considerada igualmente como muito im-

portante, a formação técnica é um aspeto que Manuel Machado Silva destaca, reforçando que “a Petronas possui excelentes técnicos e nós potenciamos muito esta área da formação para os nossos clientes. Estamos muito habituados à formação, por via da associação à Mercedes, e sabemos bem a importância que a mesma tem para os nossos clientes oficinais ao nível dos lubrificantes. Em todas as formações existem sempre muitos pedidos de esclarecimentos técnicos, o que justifica a nossa aposta”. Para além destas formações, a Sociedade Comercial C. Santos efetua regularmente outras ações (em parceria com a Petronas) para os clientes (passeios, visitas à fábrica, eventos, etc) que Manuel Machado Silva que diz serem muito importantes para reforçar as relações de amizade e comerciais com os clientes Petronas. Com uma equipa comercial de seis pessoas no terreno, que para além das peças originais Mercedes e Smart, vendem também lubrificantes Petronas, a Sociedade Comercial C. Santos possui ainda uma extensa equipa interna nas peças e lubrificantes, parte dela dedicada à venda em balcão, embora aqui as vendas de lubrificantes sejam residuais. Com cerca de 500 clientes oficinais ativos na área dos lubrificantes, a Sociedade Comercial C. Santos tem nas vendas no terreno a sua grande expressão comercial, clientes esses que são abastecidos pelo armazém da empresa (com perto de 160 toneladas de lubrificantes em stock), por via de distribuição própria com duas carrinhas (até 30/40 quilómetros do armazém) ou recorrendo a distribuidores logísticos. “Temos uma boa parceria com a Petronas e de relação fácil, o que facilita tudo o resto”, revela Manuel Machado Silva, que diz que “vamos continuar a apostar neste negócio e a potenciar a Petronas junto dos nossos clientes, pois temos excelentes perspetivas para evolução deste negócio dentro da Sociedade Comercial C. Santos”. Refira-se que a Sociedade Comercial C. Santos distribuiu e comercializa toda a gama de lubrificantes auto da Petronas (onde se inclui a parte industrial), exceto a área agrícola.


Oficina

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TIAGOROCHAUTO

Novas ferramentas

Na Tiagorochauto, uma das ferramentas mais poderosas é a... câmara de vídeo. Isso mesmo, uma ferramenta que permite incrementar, e de que maneira, a credibilidade dos serviços de mecânica que esta oficina realiza nos carros dos seus clientes e, com isso, ter uma faturação extra TEXTO PAULO HOMEM

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ão muitas as oficinas que tentam encontrar a fórmula do sucesso para garantir uma boa faturação ao mesmo tempo que tratam dos carros dos seus clientes de uma forma profissional. A diferenciação no serviço pode-se encontrar em diversas áreas de uma oficina, mas no caso da Tiagorochauto existe ainda uma outra forma de se diferenciar e que a tornou até pioneira no ramo, que são os vídeos dos carros dos clientes colocadas no canal do Youtube desta oficina. Tiago Rocha começou a trabalhar como mecânico aos 17 anos, por gosto, embora sem nada perceber do assunto. Rapidamente comprovou que era mesmo isso que queria seguir para a sua vida profissional, passando “a ter como objetivo que me chamassem de mecânico”, começa por dizer. Ao gosto juntou-se a ambição, pelo que

aos 25 anos abriu a sua própria oficina (para apenas dois carros) e um ano depois cresceu para uma oficina maior, onde já podia assistir mais carros. “Foi logo nessa altura que comecei a trabalhar por marcação com os clientes, sistema que ainda hoje mantenho, tendo sido nessa altura também que me iniciei nos vídeos”, refere Tiago Rocha, dizendo que já nessa altura mostrava aos clientes o vídeo, através de uma televisão que tinha nas instalações, sobre o que tinha feito no carro dos seus clientes, para além de os começar a colocar online. Ainda fez diversas remodelações nesta oficina, mas em 2014 mudou-se finalmente para as atuais instalações em Ermesinde, onde desenvolveu um conceito oficinal moderno, atual e responsável. “Desde a primeira oficina que tive, que um dos objetivos sempre foi a limpeza e organização das instalações e da qual


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Veja aqui os vídeos do Tiago Rocha

Tiagorochauto Tiago Rocha 223 292 936 tiagorochauto@gmail.com www.tiagorochauto.pt

não abdicamos, sempre com áreas bem definidas e locais próprios para efetuar os serviços”, refere Tiago Rocha, olhando com enorme orgulho para a sua oficina. “Com limpeza e organização, tudo corre muito melhor no serviço que prestamos aos nossos clientes. Por outro lado, os clientes comem muito com os olhos e é por isso que entregamos sempre o carro limpo, mesmo dentro do compartimento do motor”. Para este jovem empresário e mecânico esses valores são regularmente passados a todos os seus funcionários em reuniões periódicas onde são abordadas diversas questões sobre o que correu bem e menos bem na oficina. Também a formação técnica faz parte da rotina desta oficina, assim como a procura constante, nomeadamente através de diversas plataformas online, de novos conteúdos técnicos de modo a poder corresponder sempre a qualquer pedido do cliente em termos de reparação. “Já não trabalhamos com carros muito antigos nem realizamos certos serviços fora da mecânica, pois apostamos muito na especialização em carros mais modernos, fruto do forte investimento feito em

máquinas de diagnóstico”, refere Tiago Rocha. “Gostamos muito de trabalhar a mecânica o mais próximo do original possível”, assume. “Se o cliente quer modificar o seu automóvel, não estamos disponíveis para o fazer”. Muito rigorosa é a gestão das peças (aqui não se trabalha com peças trazidas pelo cliente a não ser em algumas condições aceites por ele). A Tiagorochauto aposta em peças de qualidade equivalente (ou mesmo originais) que também equipem a origem. VÍDEOS Voltando novamente aos vídeos (que recomendamos ver no canal de Youtube desta oficina), Tiago Rocha acompanhou durante muito tempo (e ainda hoje acompanha) os vídeos de um mecânico brasileiro, com o qual partilha experiências ainda hoje. “Foi isso que me incentivou a fazer vídeos das reparações dos carros dos meus clientes, até porque era o primeiro mecânico a gravar vídeos do dia-a-dia de uma oficina”, refere Tiago Rocha, que desenvolveu esta área, tal como a de mecânico, como autodidata. “Assim que lancei o primeiro vídeo para o Youtube e para o Facebook recebi logo imensas mensagens de apoio”, conta o gerente da Tiagorochauto, dizendo que “foi logo o sucesso esse vídeo que me incentivou a continuar, além de que co-

meçaram logo a vir clientes por causa desse primeiro vídeo”. O conceito dos vídeos que Tiago Rocha faz é o cliente poder ver o trabalho que foi feito no carro dele (antes, durante e depois), e a razão dos problemas que teve no carro. “O cliente gosta de ver o seu carro no vídeo e até fica chateado se não vir o seu carro no vídeo. Atualmente chegam aqui clientes de todo o lado, por causa dos vídeos, alguns só mesmo para conhecer a oficina”, revela Tiago Rocha, reconhecendo que “não me preocupa nada que nestes vídeos esteja a dar dicas a outras oficinas, pois o objetivo não é ensinar, mas apenas explicar a maneira como nós trabalhamos e resolvermos os problemas nos carros dos nossos clientes”. O vídeo trouxe ainda novas oportunidades para a Tiagorochauto. “Nesses vídeos aparecem as marcas das ferramentas e produtos que nós utilizamos na oficina, o que levou muita gente a perguntar onde poderiam adquirir esses mesmos produtos”, conta Tiago Rocha, referindo que “essa foi a razão que me levou a apostar no site/loja online como forma de ter um canal de venda desses produtos”. A verdade é que, segundo o gerente desta oficina, as vendas online, nomeadamente de aditivos de motor, têm sido significativas. “Os vídeos acabaram por potenciar muito esta área das vendas online”, conclui Tiago Rocha.


Seguros

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S REALPERITOS AUTO

Pela imparcialidade Especialista em peritagens e averiguações, a RealPeritos Auto utiliza as mais recentes tecnologias e aposta na formação contínua dos seus peritos para garantir a qualidade e evitar situações de fraude nos sinistros auto TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

A

RealPeritos Auto, empresa de peritagem e averiguação automóvel, realiza serviços exclusivamente para as seguradoras, conforme explica Xavier Neto, Diretor Geral do Exis Group. “Há alguns anos, as seguradoras tinham peritos próprios, mas esse paradigma foi alterado e surgiram as empresas de peritagem e avaliação. Hoje em dia todas as seguradoras trabalham em outsourcing com empresas de peritagem. Trabalhamos para várias seguradoras, em algumas somos parceiros exclusivos, enquanto outras trabalham com vários parceiros”. A empresa disponibiliza o

serviço de peritos avaliadores, que analisam os danos materiais dos veículos, e peritos averiguadores, que definem responsabilidades, mantendo distintas as funções de cada tipo de perito. “As funções estão bem distinguidas na nossa empresa. Um perito averiguador não faz avaliação. Entendemos que quem é bom a averiguar não será tão bom a avaliar os danos de um veículo e vice-versa. E cada um faz apenas a sua função, havendo intercâmbio e comunicação entre os dois”. No que se refere à avaliação dos danos nos veículos, a RealPeritos Auto trabalha com as três principais ferramentas de orçamentação que existem atualmente


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Real Peritos Auto Xavier Neto Lisboa 211 450 348 xneto@exisgroup.pt www.realperitosauto.com

no mercado: a Audatex, a GT Motive e a Eurotax. FRAUDE

A RealPeritos investe de forma constante em mecanismos contra a fraude. “Ainda há uma grande taxa de fraude. Fazemos investimentos e apostamos muito na área do combate à fraude. As situações mais comuns são as que em que não existia seguro e em que o delator faz o seguro depois do acidente, assim como simulações de acidente, para além das PUBLICIDADE

redes organizadas. Temos mecanismos para detetar estes casos: seja pela compatibilidade de danos, vestígios, bem como medições efectuadas facilmente se constata se estamos perante fraude ou não. Temos depois também a parte da investigação no terreno e as bases de dados”. Xavier Neto indica também a boa relação e partilha de informação que existe entre os averiguadores e a relação destes profissionais com as seguradoras, como facilitadora de deteção deste tipo de situações. “Há muita partilha de informação entre seguradoras e averiguadores, o que nos ajuda bastante, porque há reincidentes de seguradora para seguradora”. Xavier Neto indica que ainda existe algum receio, por parte do cliente final, em relação aos peritos. “Ainda há alguma desconfiança, mas os peritos são, cada vez mais, profissionais com formação

específica e contínua que fazem o seu trabalho com conhecimento técnico. A Câmara Nacional de Peritos Reguladores, entidade que regula o setor, organiza várias ações de formação e na RealPeritos temos protocolos com universidades onde os nossos peritos realizam ações de formação. E as marcas também fomentam a formação, principalmente pela atual questão dos carros elétricos e novas tecnologias”. O facto de os peritos serem independentes da seguradora tem sido outro dos fatores que reduz esta desconfiança. “Por sermos uma empresa independente, somos imparciais, avaliamos e atribuímos responsabilidades, seja favorável ou não à seguradora”. AUDITORIA

Para garantir a qualidade e imparcialidade do serviço que presta, a RealPeritos aposta na supervisão dos seus quadros.


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SEGUROS

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“Temos equipas de coordenadores e supervisores, que verificam os relatórios dos peritos antes deste seguirem para a seguradora. E os coordenadores vão estando, de forma aleatória, presente em alguns serviços de peritagem. Isto tem a vertente de fiscalização e a vertente didática, na ótica da formação contínua no terreno para os nossos peritos”. TECNOLOGIA

As novas tecnologias têm sido importantes na deteção de fraudes, assim como na agilização dos processos, indica Xavier Neto. “Temos de aproveitar o que a tecnologia nos oferece. Hoje em dia, com a vídeo peritagem, os carros autónomos e a videovigilância, temos novas ferramentas à disposição. Temos feito investimentos para sermos pioneiros em algumas soluções tecnológicas e temos um projeto em mente para que seja o próprio segurado a fazer a peritagem de pequenos danos, sendo depois encaminhado para a oficina. Estamos, neste momento, a testar com a rede de mediação. Isto vai agilizar os processos e anular custos de deslocação. E é mais confortável para o cliente”. Questionado sobre a diminuição da necessidade de peritos na profissão, devido às novas tecnologias, Xavier Neto é da opinião que irá sempre existir a necessidade da peritagem tradicional, para os sinistros complexos ou de valor elevado. “A peritagem tradicional irá reduzir drasticamente, mas não irá acabar, teremos sempre acidentes graves, situações duvidosas, tentativas de fraude,

Futuro da profissão

“Penso que esta atividade deveria ser regulamentada, tendo em conta a responsabilidade que acarreta. A Câmara Nacional de Peritos tem feito esforços nesse sentido e as coisas estão bem encaminhadas no sentido de a atividade vir a ser regulamentada num futuro próximo”.

Necessidades de formação

“A atividade de perito tem o lado técnico, mas tem de ter também uma componente psicológica, porque estamos a falar de relações entre pessoas. Por vezes falta esta componente, que engloba a forma de abordar os intervenientes, na parte da averiguação. É importante conjugar à parte técnica com a parte humana. Nas formações internas que damos, focamos muito o relacionamento humano”.

e as auditorias terão sempre de ser feitas. A vídeo peritagem o trabalho do perito no terreno, mas terá de estar um perito no backoffice. Hoje em dia já temos peritos de backoffice, que analisam o vídeo ou a fotografia e orçamentam o dano, e verificam também se existe alguma situação de dúvida, de danos mais avultados e, nesse caso, passa para uma peritagem tradicional. Mas mesmo com a tecnologia, irá sempre haver falhas, irá sempre ser necessário um perito”. E adianta que as novas tecnologias irão trazer novas formas de fraude. “O processo terá sempre lacunas, e, ao criar estes processos, tentamos sempre ir colmatando as falhas. E, tal como na peritagem tradicional, é feita uma auditoria aleatória”. FORMAÇÃO

A empresa procura conciliar os conhecimentos dos profissionais que estão na profissão há mais tempo e que possuem mais experiência, com as novas gerações. Por não existir uma formação base obrigatória para exercer a profissão, a RealPeritos privilegia profissionais oriundos da área da engenharia mecânica, da orçamentação em oficinas ou outros profissionais ligados ao pós-venda automóvel, privilegiando também formandos do CEPRA e Cesvimap. “Os peritos que trabalham connosco têm de estar inscritos na Câmara Nacional de Peritos. E, dependendo da experiência, há um determinado tempo de formação interna, dada pelos nossos quadros, e só depois vão para o terreno”.



Formação

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ESCOLA PROFISSIONAL DE OURÉM

Dar respostas ao mercado Com uma visão de “Escola Oficina”, a Escola Profissional de Ourém oferece cursos profissionais com elevada componente tecnológica e prática TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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Escola Profissional de Ourém foi fundada em 1990 e é atualmente detida pela Insignare – Associação de Ensino e Formação. Com uma filosofia de “Escola Oficina”, a EPO oferece cursos com grande componente tecnológica, nomeadamente o curso profissional de Mecatrónica Automóvel, “uma variante da Manutenção Industrial, que tem uma qualidade de formação reconhecida, pela facilidade com que os seus alunos integram o mercado de trabalho”, explica Carina João Oliveira, Directora-Executiva da Insignare. “Para tal, tem contribuído o enriquecimento profissional do curso, facilitado pela escolha criteriosa dos locais de estágio por parte da escola, assim como pelo desenvolvimento de atividades diver-

sificadas, a par com um ensino de carácter essencialmente prático”. A faixa etária dos alunos que ingressam neste curso situa-se entre os 15 e os 18 anos de idade, e os docentes da EPO dividem-se entre quadros da escola e formadores contratados e certificados, “sempre com a preferência pelos que trabalham no setor, para melhor se fazer a ponte entre as competências desenvolvidas na escola e as exigidas a estes técnicos no mercado de trabalho”. São também convidados, com frequência, profissionais do setor para darem o seu contributo em conferências, para o enriquecimento das capacidades técnicas dos alunos. A Escola Profissional de Ourém recorre também a visitas de estudo a empresas nacionais ou regionais, por forma a facultar aos alunos exemplos


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Escola Profissional de Ourém Carina Oliveira 249 545 721 carina.oliveira@insignare.pt www.insignare.pt/pt/1072/epo/

específicos dos conhecimentos adquiridos durante a formação teórica. INSTALAÇÕES

Com uma área de cerca de 180 m2, a oficina de mecatrónica automóvel está devidamente apetrechada: para além de dois automóveis exclusivos para formação, tem também um vasto conjunto de equipamentos, tais como maquetes de motores de injecção electrónica a diesel e a gasolina, painel de instrumentos de sistemas de iluminação automóvel, sistema para o estudo de ar condicionado, gruas, elevadores, macacos, kit´s de ferramentas, estetoscópio de mecânica, aparelhos de focar faróis, desmontar pneus, equilibrar rodas, sistemas de refrigeração e estroboscópio de led. ESTÁGIOS

A escola pretende que os alunos tenham o máximo de horas práticas possível. “Tentamos também dar o máximo que conseguimos de formação em contexto de trabalho, ou seja, seis meses de estágio ao longo dos três anos do curso. Uma grande

mais-valia é também a possibilidade de realização de estágios no estrangeiro ao abrigo do Programa Erasmus+”. Em Portugal, os estágios são realizados em empresas do setor automóvel, essencialmente oficinas, mas também em centros de inspeção e empresas de retalho. A taxa de empregabilidade dos cursos da Escola Profissional de Ourém situa-se, atualmente, nos 61,5%, sendo que 23% dos alunos prosseguem os seus estudos. FUTURO

Carina João Oliveira indica que está nos planos da EPO continuar a apostar nos cursos especializados nas áreas técnicas, num futuro próximo. “Estamos a dotar os nossos jovens de ferramentas de futuro e de conseguir também interligar isso com as necessidades do mercado nestas áreas. O “saber-fazer” das escolas profissionais constitui a rede forte de profissionais qualificados para as PME”, diz. “Queremos apostar também na inovação e por isso estamos a trabalhar num Plano de Empreendedorismo e Inovação para os nossos alunos, que lhes complemente a formação que já oferecemos”, acrescenta. “Um mundo em mudança irá obrigar a trabalhadores valiosos, com grandes conhecimentos técnicos e capacidade de saber-fazer, aptos a resolver problemas dos seus clientes e de acompanhar as necessidades da empresa”.

Técnico de Manutenção Industrial - Variante Mecatrónica Automóvel Saídas profissionais: Oficinas, centros de inspeção automóvel, empresas de retalho de automóveis novos e usados, etc. Horário: 9h - 18h Equivalência ao ensino secundário e certificação profissional de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações.

Formação para empresas A EPO está disponível para dar formação personalizada, à medida de um cliente específico? “É uma das nossas matrizes, dar respostas ao mercado. A Insignare tem um departamento específico para esse tipo de necessidade personalizada, ao qual chamamos Departamento de Formação e Emprego, que pode desenvolver cursos à medida especifica de quem nos procura, mais vocacionado para a formação já na vida profissional ativa, sejam oficinas ou outras empresas”.


Personalidade

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A Rec Atlantic Parts foi importante para a continuidade da AP JOSÉ SILVA PIRES, ATLANTIC PARTS

Há 12 anos a desenhar a estratégia da Atlantic Parts, José Silva Pires fala sobre a influência do passado nos projetos atuais e futuros da empresa ENTREVISTA PAULO HOMEM E NÁDIA CONCEIÇÃO FOTOS MICAELA NETO


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J

osé Silva Pires, Diretor-geral da Atlantic Parts desde 2006, faz uma retrospetiva dos momentos mais marcantes da história da empresa e fala sobre a estratégia ibérica, iniciada através da criação da Rec Atlantic Parts, e da aposta na rede de oficinas e marca de peças RecOficial.

Qual o primeiro pensamento que lhe ocorre quando pensa que a Atlantic Parts está a comemorar 20 anos de atividade? É importante quem cria a empresa, mas também é importante quem a permite crescer. E é assim que avalio estes 20 anos. Correu bem, mas podia ter corrido melhor. E acho que, enaltecendo a capacidade das pessoas se terem reunido para criar a empresa, o que foi importante do

ponto de vista cooperativo, teria sido também importante continuar com esta dinâmica. A Atlantic Parts continua a ser de um grupo de sócios, que devem ser os primeiros a ajudar a empresa a crescer e a lutar por ela. Quais os principais momentos que marcaram a Atlantic Parts nestes 20 anos? Desde que estou na empresa, foi, em primeiro lugar, a alteração dos estatutos, que estavam feitos de uma forma que limitava a capacidade de desenvolvimento da empresa. Eram muito fechados e dependentes dos sócios, o que dava pouca mobilidade. O mercado estava a crescer e havia necessidade de alterar esta estratégia. E por isso foram alterados e foi feito um aumento de capital. Para além disso, faltava muito produto, e era preciso complementar algumas marcas. Trouxemos novos produtos e criámos incentivos, até que, em

2006, tentei fazer uma parceria com um grupo espanhol, porque achava que a estratégia de desenvolvimento do setor passava por uma parceria ibérica. Mas não se proporcionou, e mais tarde criou-se a Rec Atlantic Parts, com a Recauto, o que marcou o crescimento das vendas, porque começámos a ter vendedores e produtos que não tínhamos até aí. Conseguimos ter condições melhores, o que seria impossível enquanto AP. A Atlantic Parts foi o primeiro grupo de distribuição português. Estava um pouco à frente do seu tempo quando surgiu... Sim, é de enaltecer o facto de se terem juntado vários sócios para criar uma empresa com um objetivo comum. Se esse espírito tivesse continuado, penso que neste momento a AP seria uma empresa com uma dimensão diferente e com muito


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poder em termos de vendas e capacidade de negociação. A Atlantic Parts ainda é uma cooperativa? O objetivo da Atlantic Parts foi comprar em grupo, juntar pequenos para criar volume e poder, e daí falarmos em cooperativa. Mas é uma S.A., apesar de ainda hoje se caracterizar como cooperativa. Estávamos fechados a um conceito de vender a associados, mas a dinâmica do mercado obrigou a que tivéssemos de alargar a nossa base de distribuição e vendas a outros clientes. Atualmente temos cerca de 140 pontos de venda de retalhistas, não vendemos a oficinas. Quantos sócios se mantém do projeto inicial? O projeto foi iniciado com 15 sócios e depois houve uma agregação até aos 23 e, alguns anos depois, até aos 30. Entretanto foram saindo alguns e neste momento são 26 sócios ativos. Como nasceu o projeto Rec Atlantic Parts? O Grupo Recalvi faturou, em 2017, 93 milhões de euros, e a Atlantic Parts fa-

turou oito milhões. A ideia foi criar um grupo ibérico e com base nisso criámos a Rec Atlantic Parts, e começámos a negociar as condições para os dois países. E isso permitiu-nos ir buscar condições que nem o Grupo Recalvi nem nós tínhamos. Assim, temos distribuição ibérica e negociamos ao nível de um grupo internacional, o que trouxe novas marcas, novas oportunidades e melhores condições, porque conseguimos discutir novos escalões. Esse passo foi importante para a continuidade da Atlantic Parts? Sim, penso que a Rec Atlantic Parts foi o passo mais importante para a continuidade da AP. Se não tivéssemos a parceria com a Recalvi não tínhamos determinadas marcas, e teríamos alguns problemas de competitividade e complementaridade. Esta decisão foi fundamental em termos estratégicos. Com esse projeto vieram também as peças RecOficial… As peças trouxeram a possibilidade de podermos ter uma rede de oficinas com produtos que são considerados oficiais. Cerca de 70% dos produtos são produzidos em fábricas de produto original. Mas

Temos uma mais-valia em relação às redes que existem

precisávamos de uma pessoa dedicada apenas ao projeto RecOficial. Neste momento já temos uma pessoa para liderar o projeto, o que nos vai permitir criar uma rede e fidelizar os nossos clientes, e já podemos vender peças. Já existem 68 oficinas em Espanha e já existe o site RecOficial Service. As oficinas que pertencem à rede vão ser abastecidas com produtos RecOficial e outros, pelos nossos clientes ou sócios. O projeto da rede oficinal chega a Portugal numa altura em que as redes ainda estão em crescimento, mas em que as melhores oficinas já estão integradas em redes. Sim. Debatemos este assunto durante bastante tempo, mas temos condições e fees competitivos, para a qualidade de serviço que podemos prestar. Temos uma mais-valia em relação às redes que existem. Como analisa o facto de alguns dos associados da Atlantic Parts terem começado a trabalhar com alguns grupos de distribuição? Não entendo como é que um sócio incentiva o crescimento de outras empre-


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O investimento na parte digital é fundamental para a relação que se quer estabelecer com as oficinas? Sim, para termos uma plataforma que integre a informação que tem a oficina com a loja e por sua vez integre na minha enquanto fornecedor e que, para além disso, ainda haja a possibilidade de ter peças de origem. Estamos a estudar uma forma de integrar isto, com os requisitos necessários a nível internacional, para se chegar a uma plataforma homogénea nas referências, que é algo que não temos em Portugal. O objetivo é termos um integrador de todas estas plataformas, para realizar serviço e termos a capacidade de crescer. Esse é o objetivo para o segundo semestre deste ano.

sas que estão no mesmo setor e que são concorrentes daquela onde é sócio. Temos condições e temos produto. Entendo que a concorrência seja nosso fornecedor residual, mas não consigo entender que a AP seja o residual para os seus acionistas. Não há razões que façam da AP um fornecedor residual. Do ponto de vista racional e económico não faz sentido ter uma empresa e não a ajudar a crescer. Em 2017 investiram no digital, com a nova webshop e o novo site. A estratégia digital vai continuar? Queremos resolver a situação digital de uma forma avançada para o futuro: cada vez mais temos de ter a capacidade para ir a plataformas das origens. Temos de ter uma capacidade digital que se alargue a todos os componentes, a ter ligações, quer com a loja, quer da loja para a oficina. Pretendemos uma interligação completa e associar isto aos catálogos eletrónicos e de compras que estão associados à distribuição de peças originais. Precisamos que a oficina esteja ligada à nossa loja enquanto cliente e que nós estejamos ligados a eles enquanto fornecedor de material, e isto a nível ibérico. E que essa loja consiga vender as nossas

peças e se for necessário a origem também consiga estar numa plataforma onde nós temos acordos e cobrimos estas duas fases, o aftermarket, que representa 70% do volume de faturação, e a origem, com 30%. O próximo semestre será importante nesse aspeto.

Perguntas rápidas Qual foi o seu primeiro carro? Foi um Renault 5. Quantos quilómetros faz por ano? Faço cerca de 60 mil quilómetros. O que mais gosta neste setor? Gosto de gerir pessoas. E o que menos gosta? A falta de lealdade. O que faz nos tempos livres? Sou cozinheiro.

Este ano têm feito investimentos na logística, com a descentralização dos armazéns. Vão investir também no call center, na distribuição, no alargamento da rede comercial… Temos agora um armazém com 1600 m2 com a possibilidade de duplicar a área. O armazém anterior tinha 200m2 e, logo aí, a dinâmica é completamente diferente. Atualmente temos uma capacidade total de armazenamento de quase 9000 m2. E temos uma logística que permite chegar ao cliente duas vezes por dia. Cada vez mais precisamos de ter cobertura nacional e logística, e por isso é importante o armazém do Porto. Formámos também uma equipa de comerciais, para estarmos mais perto do cliente. O Porto está mais perto da Recalvi e, por isso, qualquer produto que não tenhamos, facilmente temos na Recalvi. No caso do serviço ao cliente, falta-nos a formação. Queremos ter boas condições para que o produto chegue aos vários locais e queremos chegar também com formação. Isto vai-se modificar com a entrada da RecOficial, que pressupõe formação a todas as oficinas. Queremos aproveitar essa formação para os nossos clientes e para as oficinas. Ainda têm a marca própria, a Comet? Sou apologista que, no mercado português, temos de nos especializar numa marca. Mas, além da RecOficial, ainda temos a marca Comet. Existe mercado para as duas e neste momento convivem pacificamente. Mas diria que, no futuro, a decisão será a de acabar com uma delas e levar o consumidor à conclusão de que ganha mais em concentrar tudo numa determinada marca. Nesta fase estamos


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Perfil

José Silva Pires é licenciado em economia e fez várias especializações. Quando terminou o curso esteve no Ministério das Finanças em Cabo Verde e passou depois pela Arthur Andersen, pela Europcar, Fiat, Sociedade Comercial Guérin, Guérin Rent-a-car, grupo Lusomundo, grupo Espírito Santo e Sonangol, e, em 2006, integrou a Atlantic Parts como Diretor-geral.

na dispersão da especialização, de definir para onde vamos, e daqui a algum tempo provavelmente vamos especializar-nos apenas em uma. Temos de nos especializar cada vez mais, é importante agarrar volume para ter boas condições. Que análise faz do mercado oficinal em Portugal? Atualmente, há oficinas que investem em formação e equipamentos e há quem não faça nada disso e continue a vender. E isto é desonesto no ponto de vista da concorrência. As discrepâncias são enormes. É necessário inspecionar, legislar e dar formação. E, enquanto vendedores de peças, precisamos de ter maior influência no consumidor final. Temos de conseguir que a loja esteja em cumplicidade connosco, para influenciar as oficinas. Houve uma polémica sobre a informação que as marcas não queriam disponibilizar ao aftermarket, e chegou-se à conclusão que tinha de ser dada, porque os preços ao consumidor iriam diminuir. Mas os preços não diminuíram no que diz respeito ao aftermarket e à manutenção dos veículos. Isto só se vai resolver quando conseguirmos ser cúmplices da oficina e mostrar que ganham mais se diminuírem as suas margens. Porque vai haver mais gente a ir à oficina. Precisamos de chegar rapidamente à oficina, daí a fidelização que pretendemos, através da rede oficinal. Conseguimos resolver a questão da transmissão de dados do veículo para o concessionário, se tivermos qualidade e preços atrativos na oficina. É aí que temos de chegar. Mas enquanto distribuidores estamos muito longe, porque não chegamos às oficinas. Por isso tem de haver maior cumplicidade com a loja e com a oficina.

Temos uma capacidade total de armazenamento de quase 9000m2 Ainda há poucos distribuidores que o fazem como política de apoio às oficinas… A questão é que temos marcas que têm muita informação sobre as oficinas, mas depois é preciso alguém ir às oficinas para os ajudar a gerir. A rede RecOficial tem como objetivo também essa ajuda em termos de gestão, por forma a conseguirmos ter um maior consumo, o que traz benefícios para todos. Em 2007, referiu que o desconto estava instalado no mercado, e que era um apologista do preço líquido. Ainda é assim? Hoje em dia é lamentável que existam operadores com duas tabelas, dois descontos, mas no final do dia o preço líquido é o mesmo. Isto cria problemas a todos os que estão neste mercado. Porque o cliente aproveita estas situações e isto significa que, para acompanhar isso, teremos de fazer um desconto maior. E isto só irá mudar quando percebermos que só temos a ganhar com os preços líquidos. Há duas coisas que têm de ser modificadas: esta “guerra” de descontos, e o facto de o cliente deixar dívidas em vários operadores. Que outros problemas existem neste setor? As garantias e devoluções começaram a

ser um problema quando esta atividade deixou de ter as margens que tinha e o preço médio das grandes devoluções começou a ser muito alto. Este é um problema difícil de resolver, porque o cliente reclama à loja e a loja reclama a nós. Mas nós não produzimos a peça e temos de reclamar a quem produz. E gera-se uma cadeia de encostar a culpa a outro. É abismal o valor que as empresas têm de reclamações ou devoluções para garantia. E é um problema que tem tendência a crescer, cada vez mais, com o aumento da tecnologia. Que análise faz da concorrência, nomeadamente a entrada de marcas como a Distrigo, a Motrio, e de redes como a RedeInnov, etc.? Relativamente às peças que vêm da origem, estamos cá para aproveitá-las. Quanto aos novos grupos, acho que haverá dificuldade. O mercado não cresceu, por isso, penso que ir buscar marcas que já estão distribuídas, para novos grupos, me parece muito difícil. Mas é uma área onde se tem investido muito… Sim. Todos os grandes operadores ampliaram os armazéns. Mas não vejo o mercado a crescer para suportar estes investimentos. Se há novos armazéns sem novo mercado, terão de absorver mercado uns aos outros. Existe a possibilidade de aproveitarmos as redes para colocar novos produtos, mas crescimento de mercado não existe. E tenho dificuldade em perceber porque é que, enquanto concorrentes, não fazemos acordos. Não o conseguimos fazer em Portugal e fomos fazê-lo a Espanha.



Dossier

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D GROSSISTAS DE PEÇAS

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Na base do aftermarket No topo da distribuição das principais marcas de componentes auto, os grossistas assumem também a função de as divulgar e consolidar no mercado TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

O

mercado grossista em Portugal é atualmente pautado por um grande número de operadores, o que o torna cada vez mais competitivo. Por este motivo, a proximidade ao retalhista é cada vez mais importante para estes operadores, que atuam através de grandes centros de logística, estrategicamente localizados e cada vez mais automatizados, por forma a garantir uma distribuição rápida e eficaz aos seus

parceiros, para assim fidelizar clientes e ganhar quota de mercado. Investem também em melhorar as suas webshops e os processos de picking, para se diferenciarem e garantirem a máxima capacidade de resposta e a melhor qualidade de serviço. A rapidez e eficácia de entrega é cada vez mais importante, num mercado onde oficinas e retalhistas têm cada vez menos stock de peças, e onde estes últimos recebem os produtos em entregas que chegam já às seis vezes ao dia.


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QUESTÕES 1 - Como é caracteriza o setor grossista de peças auto em Portugal? 2 - A cadeia (fabricante, grossista, retalhista e oficina) continua a fazer sentido no negócio de peças atualmente? 3 - A tendência internacional no setor das peças é a concentração da atividade. Quais são as tendências futuras no setor grossista (e também retalhista) ao nível das peças em Portugal? 4 - Para além da rápida disponibilização das peças, da qualidade das peças, da gama alargada, das plataformas B2B e dos preços competitivos, que outros fatores podem fazer a diferença (atualmente) no negócio das peças? 5 - As devoluções de peças são neste momento um dos maiores problemas do grossista de peças? Qual o principal problema que um grossista enfrenta hoje em dia na atividade? 6 - Quais foram as mais recentes novidades da vossa atividade?

ALECARPEÇAS

Paulo Agostinho – Diretor Geral 218 150 044 pagostinho@alecarpecas.pt www.alecarpecas.pt

1 - É um mercado bastante competitivo, resultado do grande número de operadores.

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2 - Faz seguramente, pois a proximidade logística das oficinas é hoje determinante. O que se verifica é a tomada de posição por parte de uma parte importante dos grossistas da posição de retalhista. Iremos assistir ao aumentar deste fenómeno nos próximos tempos. 3 - Admito que em Portugal o fenómeno de concentração possa suceder ao nível de grossitas e retalho, mesmo que seja forma menos formal. Acordos, parceiras e criação de grupos, vão ser alguns dos caminhos que vão ser seguidos para colmatar as necessidades que o mercado vai colocar. Veremos se os players se vão conseguir entender. 4 - Organizações fortes em termos financeiros, organizativos e que detenham recursos humanos competentes e acima da média. 5 - As devoluções, mais que um problema, são um custo que a organização tem que suportar e gerir da melhor forma. É uma parte da equação que tem que ser gerida até pelos problemas relacionais que podem gerar junto dos clientes. Diria que o grande desafio atual é a rentabilidade e a garantia que a mesma não sofre erosão. Temos vivido 2/3 anos onde, de uma forma geral, todas as empresas do aftermarket cresceram e o fenómeno de pressão sobre a rentabilidade existe. Veremos o que sucede e que comportamento vamos todos ter quando o mercado não garantir este crescimento. 6 - Externamente, a introdução no ano passado das marcas Open Parts e Nipparts, começou a apresentar um resultado importante no nosso negócio. Internamente, dotamos o nosso armazém de um processo de picking totalmente automatizado, que nos garante maior capacidade de reposta e melhor qualidade de serviço.

REDEINNOV

Nuno Wheelhouse Reis - Administrador 223 263 288 geral@redeinnov.pt www.redeinnov.pt

1 - É um setor que tem demonstrado uma dinâmica de alguns players muito acentuada nos últimos anos, sendo notória a evolução em termos de profissionalismo das empresas que operam no mercado. Tem sido interessante acompanhar as diversas formas como os grossistas têm vindo a abordar o mercado, quando aquela que era a sua principal função no mercado há uns anos, a “importação”, deixou de acrescentar valor na maioria dos casos. 2 - Não é tanto uma questão de cadeia de valor, mas mais de função que cada um cumpre no mercado e o valor que acrescenta. Acredito que nos próximos anos continuaremos a ver empresas com bons resultados, tanto de empresas que atuam seguindo a cadeia de valor “tradicional” como aquelas que encontraram outras formas de acrescentar valor à sua oferta seguindo uma lógica de distribuição mais curta e próxima do cliente final. 3 - Tendo em conta a maturidade do mercado e os desafios que se colocam em termos de escala do negócio, o natural é que se assista a uma concentração de atividade ou o desaparecimento de alguns players. Seria desejável que se assistisse a uma concentração de players


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através de fusões e aquisições, como se verifica um pouco por toda a Europa, mas o que temos observado nos últimos anos é o “desaparecimento” de algumas empresas, sem que se consumem aquisições relevantes. 4 - Todos os pontos enumerados são importantes no negócio, a questão não é apenas fazer, é acima de tudo fazer bem. Acreditamos que, apesar da facilidade de contacto com o cliente através das plataformas B2B, quem melhor souber entender as necessidades das oficinas e apresentar as melhores soluções, serão aqueles que se conseguirão destacar entre os demais, e por isso, o capital humano das empresas continuará a ser o fator decisivo no negócio. 5 - Continuamos a entender que os principais problemas do setor são os mesmos desde há muito tempo. O excesso de economia informal e a cultura “relaxada” que ainda vai subsistindo relativamente aos pagamentos e recebimentos. Não vemos nem as devoluções, nem as entregas, nem nenhum outro tema predominantemente logístico como um problema, são apenas questões que resultam das características do nosso negócio, alguns deles fazem até parte dos fundamentos da nossa existência. Na RedeInnov aceitámos que a logística inversa faz parte do nosso negócio e temos vindo a melhorar cada vez mais a forma como a tratamos. Assim, em vez de termos um “problema”, temos um processo necessário, cada vez mais eficiente e por isso menos pesado em termos de custos. 6 - No início deste ano lançámos a segunda versão da nossa WebShop que não é uma melhoria da primeira, mas sim uma WebShop completamente nova, pensada para melhorar a eficiência e a produtividade dos caixeiros dos distribuidores da RedeInnov, e que tem tido uma recetividade excelente. No mês passado, lançámos também uma versão da mesma WebShop dirigida às oficinas, o que lhes permite ter um portal B2B muito intuitivo, fácil e rápido de utilizar. E ainda este ano lançaremos novas ferramentas que permitirão aumentar a eficiência e produtividade dos membros da RedeInnov e das oficinas nossas clientes, acreditando que este é o caminho que já nos continuará a diferenciar no futuro.

todos, apesar de algumas tentativas de a alterar.

BRAGALIS

José Alberto - Diretor Geral 927 057 020 jalberto@bragalis.com www.bragalis.pt

1 - São a base mais importante do negócio aftermarket em Portugal. Não tendo as marcas/fábricas premium plataformas de distribuição no nosso país, são os grossistas que as divulgam, consolidam e garantem um serviço de excelência no mercado nacional. É o setor mais forte desde há muitos anos e continuará a sê-lo no futuro. As fábricas/marcas não vão ter instalações próprias em Portugal, a custos próprios pois é-lhes insustentável. Sendo os grossistas “marquistas” está-lhes garantida a primeira fase da distribuição das principais marcas. 2 - Só essa cadeia faz sentido e por isso é que ela se mantém: um grossista faz stock de A a Z de todas as linhas que comercializa, para satisfazer retalhista que só faz stock de referências A e B. Sendo assim, como poderia a fábrica satisfazer um retalhista diretamente? E depois, onde é que o mercado iria comprar as outras referências - diretamente à fábrica? Não é possível um retalhista ser cliente direto da fábrica. Noutra vertente: o grossista deve vender diretamente à oficina, excluindo o retalhista? Esse negócio não vai longe: um grossista comprar 100 paletes de filtros e montar uma estrutura, para entregar quatro vezes ao dia um filtro a cada oficina, é impensável. Nos grandes centros é possível, mas na maior parte do país, quem faz esse trabalho é o retalhista local. O grossista cria uma rede de retalhistas minimamente fidelizados, com boas condições de compra e incentivos de bónus anuais e os retalhistas continuarão a prestar excelentes serviços locais, sem terem de fazer grandes investimentos. A cadeia fábrica, grossista, retalhista, oficina está e estará sempre assim, pois é a forma de negócio mais rentável para

3 - A tendência é naturalmente a concentração por contrário ao individual. Mas nessa concentração terão de observar-se critérios - não pode um potencial comerciante de cinco milhões comprar peças ao mesmo preço de outro com potencial de um milhão e meio. Depois, o conceito de concentração “grupos”, quer sejam de fábricas, grossistas retalhistas ou oficinas, não tem de ser oficialmente formal, pois esse modelo retira iniciativa e capacidade de improvisação ao empresário. As tendências futuras passam pela concentração sim, mas livre - este ano uma empresa fideliza-se a três ou quatro fornecedores que lhe garantem boas condições e poderá ir renovando as intenções de fidelização, mas os empresários necessitam de liberdade para expandirem a sua criatividade, mudar de projeto ou de parceiros. Concentração sim, porque “avulso” é muito difícil estar no mercado, mas grupos fechados com todos a comprar e a vender da mesma forma não - liberdade de ações, criatividade, improvisação, opções próprias de cada um dos empresários, é o futuro, procurando sempre o melhor caminho para os seus negócios, na base da fidelização “livre”. Ainda mais redutor, e absurdo é a concentração em grupos, sem qualquer plataforma de distribuição própria. 4 - Confiança, serviço, oferta abrangente, capacidade de entender/conhecer cada cliente, diferenciação de condições de venda pelo volume de compra, bónus e benefícios a premiar a fidelidade e principalmente, respeito pelo nosso cliente. Não estou a ver na estratégia da Bragalis, vender ao mesmo tempo ao retalhista e ao revendedor. Quem o faz (venda ao Retalho e ao mesmo tempo à oficina) está a concorrer com o seu cliente - e esta prática não é séria e mais tarde ou mais cedo, fará a diferença: o retalhista vai exigir que o seu fornecedor grossista não lhe faça concorrência. 5 - As devoluções não são um problema dos grossistas - os grossistas têm de ter esse departamento e fazer o tratamento das devoluções naturalmente - é um dos setores mais importantes da nossa empresa. O cliente tem de entender que não pode devolver o que quer, as devoluções nem sequer estão previstas na lei. O ato de aceitação de uma


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devolução faz parte de um pacote de serviços que colocamos ao dispor dos nossos clientes, mas com critério bem definido que está expresso nas nossas condições gerais de venda. Os maiores problemas que os grossistas enfrentam na atividade, são criados pelos próprios grossistas: vendem às oficinas, concorrem com o seu cliente e depois este, não tem dinheiro para lhes pagar; fazem acordos com “grupos” de compras para aumentar quota de mercado e quando analisam no final do ano, ganharam margem baixa no retalhista que comprou 600 mil euros e também a mesma margem baixa a quem lhes comprou dez vezes menos - a margem média e alta, desaparece e a rentabilidade diminui. Outro problema para os grossistas são as fábricas que, para ganharem quota no mercado, descaracterizam as suas cadeias de distribuição, vendendo a todos os grossistas as mesmas marcas, juntando a venda direta a retalhistas. São ciclos “delirantes” que vão terminar, logo que todos se apercebam que estão a ganhar PUBLICIDADE

menos dinheiro - brevemente e repentinamente a cadeia tradicional, fábrica, grossista, retalhista, oficina, tomará de novo o pleno, acabando-se assim com as várias “experiências” que o mercado tem encenado nos últimos anos. 6 - A Bragalis acompanha o mercado permanentemente e tenta introduzir as novidades que acrescentam mais valor ao nosso negócio e dos nossos clientes. A nível de mercado, a novidade e desafio é perceber, preparar estratégia e ter visão, do cliente final num futuro muito: de que forma o meu filho vai gerir a manutenção e reparação da sua viatura. Uma certeza tenho: vai ser pelo telemóvel. Agora, para onde vai enviar o carro, não sei, só sei que vai ter pouco tempo, quer saber horas precisas de recolha e de entrega da viatura, esteja onde estiver, vai querer carro de substituição e pagar através do telemóvel. Estaremos todos preparados para esta realidade?

AZAUTO

Rui Reis – Chefe de vendas rui.reis@azauto.pt 935 381 005 www.azauto.pt

1 - O setor grossista de peças auto em Portugal, é um setor altamente profissional, competitivo e extremamente bem desenvolvido, constituído maioritariamente por empresas com um elevado grau de maturidade, com vários anos já de existência e com uma presença forte no mercado.


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2 - Claramente que sim. Embora haja players no mercado que hoje apontem visões noutro sentido, é claramente benéfico para as várias partes a existência de todos, essencialmente pela redução do gap existente entre as partes, pela maior conveniência e qualidade do serviço prestado entre as várias camadas. 3 - A tendência para concentração da atividade é factual. É algo efetivamente notório no nosso mercado, desde o grossista à oficina. 4 - Por motivos óbvios, esta questão fica sem resposta. 5 - Não consideraria as devoluções efetivamente como um problema. É um ponto da nossa atividade. É um ponto de contacto com os nossos clientes e nós, na AZ Auto, damos muita importância e trabalhamos muito para aproveitar todos os momentos que nos permitam contactar com o cliente, para causar uma boa impressão. Os nossos clientes são, acima de tudo, nossos parceiros. E com os nossos parceiros, privilegiamos um contacto próximo, direto e simples, para uma maior eficácia. 6 - Lançamento de novas Marcas. Este ano 2018 demos início à comercialização de marcas como a LuK, INA, FAG, Lemforder e Metzger.

locais/regionais que os ajudem no dia-a-dia. Estamos a falar não só de peças mas em muitos casos, de assessoria. 3 - Têm surgido mais grupos de retalhistas, o que demonstra a necessidade de seguir a tendência lógica do mercado. 5 - Serviço: disponibilidade, entrega e superar sempre as expetativas. Assessoria: aconselhamento e otimização de gestão. 6 - As devoluções existiram, existem e existirão sempre! Por melhores ou piores razões, as mesmas fazem parte do negócio. Há que ter capacidade técnica, argumentação e muitas vezes firmeza para lidar com as mesmas. Tal como a assistência técnica ajuda a definir uma marca, o tratamento profissional das devoluções, é também uma caraterística que define um grossista. Um dos principais problemas dos grossistas hoje em dia, são muitas vezes o empate de capital que tem que fazer em stock, enfrentar as dificuldades de créditos mais parados, sendo forçados a que gerir e muito bem a tesouraria. Outro problema importante relaciona-se com as entregas de material (quatro e cinco vezes por dia), e aí os custos de distribuição disparam.

VIEIRA & FREITAS BOMBÓLEO

Paulo Pimentel Torres - Gerente 253 607 320 geral@vieirafreitas.pt www.vieirafreitas.pt

1 - Há mais de uma década, julgava-se que teriam tendência para cair, mas revelou-se o contrário: a sua presença e respetivo trabalho é cada vez mais notória.

1 - O setor de revenda de peças auto na europa, é um setor muito dinâmico e competitivo. 2 - Não, o ex-grossista e ex-retalhista assumem uma posição idêntica como revendedores, os médios/grandes retalhistas são todos importadores e distribuidores de diversas marcas e peças. A cadeia é circular, todos vendem a todos.

2 - Faz e fará: com as novas tecnologias/ tendências a aparecerem a grande velocidade, as oficinas querem ter parceiros

3 - Temos de aguardar para ver o que vai acontecer. São muitas as possibilidades e muitos os fatores que vão interferir.

Eduardo Barros - Gestor de negócios 937 500 523 Eduardo.barros@bomboleo.com www.bomboleo.com

4 - A qualidade do staff. 5 - É um dos grandes problemas, principalmente devido á fraca qualidade de programas de identificação de peças, e de quem com eles trabalha. 6 - Nada assinalável.

AUTO DELTA

Tiago Domingos - Responsável de comunicação tdomingos@autodelta.pt 244 830 070 www.autodelta.pt

1 - O setor grossista de peças auto em Portugal está perfeitamente definido e consolidado. Está perfeitamente claro para todas as entidades participantes neste mercado quais são os players de referência bem como a sua oferta e áreas de influência sendo que cabe a cada um deles definir os seus objetivos e, sempre seguindo a boas práticas de qualquer mercado, tentar alcançar uma maior plataforma de escoamento de stocks e uma maior fatia de mercado. 2 - Segundo o nosso ponto de vista, sim. Cada elo da cadeia tem historicamente um papel a cumprir e está altamente especializado no mesmo: o fabricante na produção das peças, o grossista na importação e desenvolvimento de marcas num dado mercado, o retalhista na comercialização das marcas em que acredita na sua área de influência e a oficina na montagem das peças e satisfação do cliente final. Hoje em dia existem opiniões que vão no sentido duma hibridização desses mesmos elos, mas a elevada dificuldade na obtenção de comportamentos altamente satisfatórios bem como de exemplos altamente bem-sucedidos leva-nos a pensar que ainda não fará grande sentido. 3 - A curto e médio prazo a concentração da atividade não será um cenário real


no sector grossista. Ainda assim, poderá verificar-se o mesmo no sector retalhista, fruto da maior volatilidade comercial que existe a esse nível. O que se realizará sem sombra de dúvidas será uma transformação das empresas do sector grossista de simples comercialização de peças e acessórios para automóveis para a prestação de diversos serviços que a inovação do sector automóvel tem proporcionado. 4 - A proximidade. O consumidor do século XXI quer saber todo o tipo de informação sobre o que compra, seja a nível de desempenho, preço e até de pegada ambiental pelo que é essencial a disponibilização simples e eficaz de todo o tipo de informação disponibilizada pelas marcas comercializadas. Também decisiva será a capacidade de adaptação às principais inovações do setor automóvel pois só quem conseguir aí vencer, terá um papel de destaque no mercado do futuro. 5 - As devoluções e garantias são um dos principais problemas que os grossistas enfrentam hoje em dia. As primeiras por serem um processo que implica um esforço logístico muito importante bem como por proporcionarem fenómenos de “stress” nas peças que acabam por ser profundamente contraproducentes para a sua comercialização. As garantias também são um problema pois nenhuma marca tem uma capacidade de satisfação a 100% e qualquer acontecimento destes representa uma quebra de reputação da marca. Assim, resta aos grossistas apostar em produtos desenvolvidos segundo os melhores procedimentos e, assim, garantir que a percentagem de garantias seja cada vez menor. 6 - Para além da ampliação das nossas instalações, realizada no ano passado, tem sido muito importante o posicionamento da Auto Delta a um nível mais digital. Assim, tanto através do site como pelos meios de comunicação social, todo o mercado fica com uma ideia clara do posicionamento da Auto Delta bem como dos seus projetos. Importante também tem sido o desenvolvimento de campanhas promocionais com o foco bem colocado sobre os nossos parceiros comerciais, proporcionando-lhes os melhores produtos aos melhores preços.


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AUTOZITÂNIA

Flávio Menino - Diretor de marketing e comunicação 214 789 100 flavio-menino@autozitania.pt www.autozitania.pt

1 - O setor grossista de peças auto em Portugal é um setor extremamente dinâmico e que promove uma concorrência muito agressiva. É um mercado que apresenta muitos intervenientes, contudo os principais players estão muito equivalentes em termos de volume de negócio. Porém existem estratégias de negócio diferentes, o que promove a presença de vários conceitos no mesmo setor. 2 - Autozitânia considera que a cadeia (fabricante, grossista, retalhista e oficina) continua a fazer sentido no negócio de peças atualmente, pois é a que permite o melhor serviço ao cliente, sendo que pensamos que existe espaço para todos os intervenientes da cadeia no mercado. 3 - Consideramos que a nível nacional segue-se a mesma tendência que a nível internacional. Não existiram ainda grandes fusões e aquisições, como na perspetiva internacional, contudo verificamos a tendência de concentração em grupos. 4 - Na questão estão enumerados bastantes fatores fundamentais, podemos referir outros fatores que se tornam cada vez mais importantes e diferenciadores, como marketing e comunicação fortes e diferenciadores, e ainda relativamente a recursos humanos, as formações que têm um papel cada vez mais relevante e valorizado num negócio que sofre mudanças a uma velocidade vertiginosa. 5 - Sim sem dúvida, as devoluções de peças são neste momento um dos maiores problemas dos grossistas de peças,

mas também consideramos que são inevitáveis e que apesar de terem um custo elevado também trazem negócio. Mas sem dúvida que atualmente têm um grande peso no negócio, e torna-se fundamental transformar esse ponto negativo num ponto positivo. Relativamente ao principal problema que um grossista enfrenta hoje em dia na atividade, são múltiplas as ameaças, contudo consideramos que a principal ameaça será a possível incapacidade de se adaptarem às múltiplas tendências que o mercado apresenta, pois é muito difícil prever qual a tendência a seguir de modo a que não ficar para trás. 6 - As novidades que incluímos na nossa atividade foram principalmente a nível tecnológico, como a APP Catálogo e WebShop, para dispositivos móveis como tablets e smartphones, que permitem aos clientes aceder através do seu acesso em qualquer momento e em qualquer lugar, seguindo a tendência global de portabilidade.

DDS AUTO

Diamantino Sousa - Diretor financeiro 224 119 950 geral@ddsauto.pt www.ddsauto.pt

1 - O negócio grossista aftermarket é extremamente competitivo. Apesar de sermos uma empresa “jovem”, verificamos que nos últimos anos este negócio tem apresentado muitas alterações. Não deixou de ser um negócio interessante, mas requer muita atenção e dedicação. 2 - Pensamos que esta cadeia ainda faz sentido. No passado recente verificamos algumas tentativas de eliminar um elo à cadeia. A primeira versão destas tentativas resultou, na queda de um grande distribuidor, e outros que estavam a começar a seguir os passos, tiveram que abandonar a ideia ou alterar o modelo. Agora estamos noutra versão, um pouco mais elaborada e mais confusa.

Há a tentativa de eliminar o grossista e a tentativa de eliminar o retalhista. O grossista quer ser também retalhista e o retalhista quer ser grossista. O tempo dirá se alguma delas e/ou as duas estão corretas ou não. Tudo isto requer um grande investimento. Vai ser necessário esperar pelo retorno, se é que haverá. Por outro lado, os clientes são inteligentes e estão atentos a estas movimentações, rapidamente verificam que os seus fornecedores também são os seus concorrentes, e fazem opções. 3 - A mentalidade dos empresários portugueses é um pouco diferente, contudo já vemos algumas movimentações, que no futuro poderão acabar em concentração. 4 - Sinceramente, penso que já se evoluiu muito no setor, e estamos num nível muito elevado de serviço. Todos os fatores mencionados, já estão num nível muito elevado. Aliás, penso mesmo que alguns até são exagerados, e não acrescentam valor. Mas, a imaginação humana é fértil e vamos continuar a oferecer mais, elevando os custos, e que na maior parte das vezes o cliente não está disposto a pagar ou nem valoriza. 5 - As devoluções são um bom exemplo do que me referia na resposta anterior quando referi que “alguns até são exagerados”. Hoje em dia, com a ideia de oferecer serviço, permite-se tudo. As devoluções de peças novas têm crescido exponencialmente. As reclamações continuam a ser um problema, mas isto é uma questão cultural. Uma grande percentagem das reclamações não é real, não são reclamações. 6 - No final de 2017 adquirimos um armazém, contiguo ao que já possuímos, com uma área de armazenagem superior a 2000 m2. Permite-nos continuar a crescer na oferta de produto. Já no decorrer deste ano introduzimos uma nova linha de produto, que são as baterias. Uma vez mais, procuramos uma marca que ainda não existia no nosso mercado e de um fornecedor que oferece garantia de qualidade como é a marca AKUMA fornecida pela FIAMM.



D garem o volume de compras e assim obterem uma maior eficiência no negócio como também poderem ganhar dimensão territorial para aumentarem o leque de clientes.

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GAMOBAR PEÇAS

Pedro Santos - Diretor de unidade 226 152 708 pedro.santos@gamobar.pt www.gamobarpecas.pt

1 - Estamos a assistir a uma evolução alucinante no setor automóvel, onde as mudanças são praticamente diárias, criando assim desafios constantes ao tecido empresarial. Antigamente a cadeia de valor estava caracterizada por: grossista-retalhista-oficina, hoje o negócio do grossista tem os canais perfeitamente divididos e com uma elevada especialização de recursos, por forma a dar resposta às necessidades dos clientes. Outro fator relevante é o total acesso à informação de uma peça onde a globalização através de centrais de compras está a fazer com que já não haja segredos neste negócio. Outro ponto importante e que estamos a presenciar é ao “agrupamento” entre as empresas de forma a ganharem dimensão e assim obterem melhores condições para fazer face à concorrência. Este fator é válido quer para grossistas que se agregam a grupos internacionais, quer para retalhistas num âmbito mais nacional. 2 - Temos vindo a assistir a um “curto-circuito” na cadeia de valor dada a grande pressão que é exercida para o fator preço. No caso da Gamobar Peças com o novo projeto Distrigo, pretendemos implementar o conceito “one stop shop” para podermos proporcionar ao pós-venda uma oferta alargada de produtos e serviços a preços competitivos. Como este negócio assenta numa base logística, a sua eficácia e eficiência são primordiais para que as rentabilidades possam ser incrementadas com o natural aumento do volume de negócios. 3 - A tendência é sem dúvida a concentração de atividades, quer dos grossistas, quer dos retalhistas não só para agre-

4 - A confiança que o nosso nome transmite é sem dúvida uma grande porta de entrada dado os anos que temos de mercado, sem esquecer toda a nossa equipa de recursos humanos altamente profissional que transmite todos os dias juntos dos nossos clientes e parceiros uma capacidade técnica e uma relação humana que nos diferencia da restante concorrência. Temos assistido em muitos casos em que não é o preço que faz a diferença, mas sim a forma como o cliente é atendido bem como a disponibilidade de stock e a eficiência logística, ou seja, estamos muito mais focados no serviço ao cliente. 5 - Apesar do grande investimento da nossa parte neste “problema” é sempre um ponto sensível na rotina da nossa organização. Ao dia de hoje, apesar de todos os sistemas de identificação de peças, continuam a existir muitas devoluções pelos mais diversos motivos. Existe um grande volume de devoluções, porque entendemos que o fator concorrencial leva a que haja uma “desresponsabilização” no momento de pedir a peça por parte do cliente. Hoje em dia a proporção de devoluções tem um peso grande no negócio, o que nos leva a ter recursos especializados na análise e resolução deste problema. 6 - A atualização do portal B2B com novas funcionalidades; O projeto da placa PSA – Distrigo; O Projeto “Parceiros na Qualidade” da BMW; O projeto “My OPEL TRADE CLUB”; A nova gama de peças Eurorepar onde se incluí os pneus “Relliance” e os Lubrificantes; A rede de oficinas Euro Repar Car Service com a realização da 1ª Convenção na Exponor no âmbito da expoMECÂNICA 2018, consolidando assim a nossa relação com os parceiros.

AS PARTS

Isabel Basto - Diretora Aftermarket Ligeiros 212 110 600 vbarros@asparts.pt ww.asparts.pt

1 - Nos últimos anos é visível uma

inversão do grossista especialista para um grossista generalista que abrange as várias gamas de peças com várias opções de marca por gama. Desta forma é cada vez mais difícil a diferenciação no mercado entre os grossistas. O mercado é cada vez mais concorrencial, com um aumento significativo de custos de venda, o que leva a margens mais baixas, comprometendo a rentabilidade das empresas. Esperase que no futuro o mercado vá exigir mais investimento em I&D e maior alargamento e profundidade de gama. 2 - Sim, neste momento para a nossa organização esta cadeia ainda faz sentido. O Grupo Nors está presente no mercado com duas marcas, a AS Parts no grosso e a Onedrive no retalho. 3 - Resultado dos grandes desafios do mercado automóvel há uma tendência de associação no sentido de obter melhores condições comerciais e obter maior acesso a informação. Questões como a mobilidade, a telemática, os carros elétricos, os carros autónomos, a posse das viaturas, entre outros, já começa a ser analisadas e avaliadas por uma empresa como a AS Parts, pelas implicações que irão trazer no negócio de peças e oficinal. 5 - Na AS Parts preocupamo-nos em oferecer uma gama de peças certificada que garanta a reparação da viatura dentro da garantia da marca seguindo o que está preconizado pelo fabricante. Para além, disso preocupamo-nos em desenvolver ferramentas que disponibilizamos aos nossos clientes. Nomeadamente aos TOP Partners, como é o exemplo da renovada plataforma Armin. Esta ferramenta é muito moderna, com um grafismo muito intuitivo, que proporciona identificação dos veículos pela matrícula. Para além disso, permite identificar não só as peças de mecânica como os componentes de chapa, dá acesso aos planos de manutenção e dados técnicos, sendo por isso uma ferramenta muito direcionada para as oficinas. 6 - As devoluções continuam a ser um problema, mas a necessidade de aumentar a profundidade e disponibilidade de gama é também um dos grandes desafios. O enfoque da AS Parts está em garantir que está associada a parceiros sensibilizados em acrescentar valor ao canal de venda através de soluções


diferenciadores e que estejam também preparados para as novas exigências a nível tecnológico. 7 - Uma das mais recentes novidades da operação da AS Parts, neste caso nas instalações do Porto, é a duplicação do espaço de armazém. Esta situação permite um incremento do investimento no stock de peças de mecânica e um aumento considerável no stock de peças de colisão. A aposta nos componentes de chapa, que é uma das estratégias diferenciadoras da AS Parts, está também alinhada com o que é hoje a realidade da TOPCAR, em que metade das 75 oficinas da rede trabalham a área da colisão. É a única rede em Portugal que tem as duas valências, mecânica e colisão.

mas exigem-no depois no dia-a-dia. 2 - Claro que sim, cada uma das funções acrescenta valor à solução para o consumidor. É necessário assegurar cobertura nacional e ao mesmo tempo proximidade aos instaladores e utilizadores. Cada função na cadeia tem características próprias. Nos casos em que um operador cobre vários níveis da cadeia, terá de manter as estruturas especializadas distintas para ter sucesso. 3 - Os maiores grossistas serão maiores ainda. Para os de menor dimensão, será cada vez mais difícil competir e haverá tendência para muitos desaparecerem ou serem absorvidos pelos maiores. Da mesma forma, haverá no caso dos retalhistas consolidação baseada em parcerias fortes que resultarão no aumento da fidelização. 4 - O que faz certamente a diferença é a relação. No caso da Krautli Portugal, sentimos o resultado da aplicação quotidiana dos nossos valores, que estão no nosso ADN: comprometimento nas relações com os nossos parceiros, rigor no cumprimento das suas expectativas, dinamismo antecipando as mudanças e respondendo às necessidades dos mercados, confiança e empatia com a sensibilidade às especificidades de cada um.

KRAUTLI

José Novais Pires - Diretor Geral 219 535 600 contact@krautli.pt / j.pires@krautli.pt www.krautli.pt

1 - Em Portugal há um número exagerado de grossistas, assim como de retalhistas e de oficinas, tendo em conta a dimensão do mercado. O resultado são custos de operação demasiado elevados. Nota-se um medo de perder vendas junto com o ganhar mercado só pelo preço, que faz com que as margens sejam reduzidas. O preço é colocado por parte dos retalhistas como fator decisivo, independente do serviço e de outras mais valias que fazem parte da oferta de cada grossista: os retalhistas não valorizam isso na altura da negociação,

5 - O peso exagerado da logística inversa nas operações, em especial com as devoluções, tem continuado a aumentar. Partilhamos estas preocupações na Comissão Especializada de Distribuidores da DPAI, na ACAP. Sentimos que há por parte de muitos retalhistas uma despreocupação e desresponsabilização, quer por falta de formação de gestão quer por outras limitações. São muitas vezes duas ou três pessoas que abrem uma loja sem estrutura, sem capacidade de resposta para o que é essencial, despacham os assuntos de qualquer maneira. O trabalho sobra para os grossistas. A falta de solidez financeira traz mais implicações graves para os grossistas menos exigentes com o controlo do crédito, na ânsia de vender. 6 - Em 2017 continuámos a investir no aumento do nosso portefólio, assim como em mais espaço de armazenagem na Krautli Porto. Em 2018 estamos a concentrar o investimento em tecnologia que nos permita trabalhar mais eficientemente, como um novo serviço


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DOSSIER GROSSISTAS DE PEÇAS

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interno de gestão de equipamentos IT e de redes, o KrautliSystems. Está quase em fase de go live a nova versão da nossa Extranet KrautliNet e o novo website institucional. Para além disso, está a ser desenvolvida uma Intranet, a InKrautli e nos próximos meses haverá um novo CRM e novas soluções de EDI para os nossos parceiros. Na logística temos duas novas linhas duplas com capacidade para 14 postos de trabalho, que foram fundamentais para melhorarmos a nossa expedição.

têm qualquer qualificação para trabalhar no nosso setor, o que não é admissível, com toda a informação que existe hoje em dia. Sendo este um grave problema, o setor grossista deveria organizar-se no sentido de contrariar esta tendência de cada vez mais devoluções sem justificação. 6 - As nossas novidades mais recentes foram a introdução das embraiagens Japko para veículos europeus, assim como válvulas EGR, material de suspensão e radiadores de óleo Original Birth, além de muitos outros artigos à média de 100 por mês, que os nossos clientes podem confirmar na nossa plataforma B2B.

FILOURÉM

Carlos Gonçalves – Gerente 249 541 244 carlosgoncalves@filourem.com www.filourem.com

1 - O setor grossista de peças auto em Portugal continua a desenvolver-se muito positivamente. 2 - Em relação à cadeia atual (fabricante, grossista, retalhista e oficina) todos sabemos que é uma cadeia que tem sido muito subvertida nos últimos anos e a tendência é para continuar. Contudo, a Filourém ainda a mantém inalterada, devido ao facto de nos sentirmos confortáveis na atual relação “grossista retalhista”. 3 - A tendência passa claramente para que o setor grossista acabe por absorver o retalhista. 4 - Além da rápida disponibilização das peças dispondo de entregas bi-diárias praticamente em todo o território nacional e uma gama cada vez mais alargada com preços competitivos, a Filourém procura cada vez mais trabalhar marcas diferentes e com artigos que são nichos muito específicos com pouca oferta no nosso mercado. 5 - Um dos grandes problemas do setor são as devoluções, que em mais de 70% dos casos se devem a má formação de alguns profissionais retalhistas, que não

Os sites de venda online B2C podem ser uma ameaça para os grossistas? Paulo Agostinho, AleCarPeças “Sem dúvida que são, não tanto pelo volume total de negócio, mas pelo desfio que colocam ao nível de preço que oferecem ao consumir final. O grossista, apoiado nos seus parceiros, tem que encontrar soluções para este fenómeno, quanto mais não seja disponibilizando eles também estas soluções, a semelhança do que já hoje sucede com alguns dos grossistas presentes no mercado”. Nuno Wheelhouse Reis, RedeInnov “Se o segmento do consumidor final crescer em Portugal, então pode ser mais um desafio, porque o consumidor final que antes se deslocava à casa de peças, hoje prefere comprar confortavelmente online. Mas acreditamos que o segmento relevante para o nosso negócio e aquele que continuará a crescer é o oficinal, e é neste segmento de mercado que concentramos a nossa atenção e os nossos investimentos”. José Alberto, Bragalis “No geral, penso que não - o preço é importante na compra, mas depois e em grande percentagem, o conhecimento pessoal, o atendimento personalizado, o serviço,

o tratamento de devoluções/garantias, a fidelização por outros bónus e benefícios, estão em larga margem a favor dos grossistas organizados. Perdem-se “vendas pontuais”. Rui Reis, AZ Auto “A ser uma ameaça, não será apenas para o grossista. Será para o grossista, retalhista e será certamente para a própria oficina. Hoje é sabido que diariamente entram clientes particulares nas oficinas, com prints de peças que viram na internet, com preços que muitas vezes não são os praticados em Portugal, nem os corretos, e, isso sim, é uma verdadeira ameaça. Cabe a todos nós saber gerir o melhor possível cada ocorrência, sendo certo também que, em cada eventual ameaça, há também certamente oportunidades”. Eduardo Barros, Bombóleo “Sim e não: sim porque o fator preço pesa e pesará. Hoje em dia encontram-se plataformas com produtos a preços muito competitivos. E não porque, quando há um problema, o grossista está lá com o seu apoio, e a relação humana é algo que nem a melhor plataforma do mundo em B2C consegue alterar”. Paulo Pimentel Torres, Vieira & Freitas “Já é uma ameaça, os sites ainda nada percebem do ramo, mas vendem a preços


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baixos, não tem bons prazos de entrega, mas criam confusão no mercado”. Tiago Domingos, Auto Delta “Qualquer tipo de ameaça, e nós não negamos que os sites de venda online B2C o são, representam também uma oportunidade. A capacidade de atingir uma maior fatia de público, e aqui sublinhamos o facto de grande parte ser formada por consumidores finais, é um ponto muito importante, mas a impessoalidade e consequente dificuldade de resolução de problemas são claramente contras. A oportunidade passa por uma maior capacidade de transmissão de informação proveniente dos fabricantes para todos os elos da cadeia, privilegiando os retalhistas e confiando neles para que chegue de uma forma clara às oficinas e, consequentemente, aos consumidores finais”. Flávio Menino, Autozitânia “Os sites de venda online B2C são uma ameaça para os grossistas, uma vez que neste momento promovem uma elevada pressão sobre o preço. Contudo, poderão

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ser também uma oportunidade, e perante o cenário atual a capacidade de adaptação e a aptidão de transformar uma ameaça numa oportunidade é fundamental”. Diamantino Sousa, DDS Auto “Já é uma realidade. Embora, no caso das peças auto seja mais complexo, porque é necessário ferramentas e conhecimentos de montagem que não estão ao alcance de qualquer pessoa”. Pedro Santos, Gamobar Peças “A internet revolucionou todos os setores e o nosso não foi exceção. As vendas online B2C são uma realidade e ao mesmo tempo um novo canal de vendas em que o cliente tem a oportunidade de saber “tudo” sobre o que precisa. Penso que não se pode encarrar como uma ameaça, mas sim uma oportunidade de podermos “falar” com esse cliente”. Vanessa Barros, AS Parts “O consumidor final tem acesso a cada vez mais informação o que aumenta o seu poder negocial. No futuro não poderemos apenas

vender peças, mas sim preocuparmo-nos em acrescentar valor, criando novos conceitos. Um dos conceitos que desenvolvemos é o TOP Partner: retalhistas de peças que beneficiam de um vasto conjunto de condições especiais por parte da AS Parts”. José Novais Pires, Krautli “São, em primeiro lugar, uma ameaça para os próprios consumidores. Os componentes são cada vez mais técnicos e exigem procedimentos e equipamentos e ferramentas específicos na aplicação. A “poupança” nas peças traduz-se em problemas técnicos e em instalação mais cara. Em alguns produtos menos técnicos poderá ser uma ameaça, mas há que viver com isso. A distribuição online B2C veio para ficar”. Carlos Gonçalves, Filourém “Todos sabemos que muito grossistas em Portugal desenvolveram plataformas de vendas B2C tirando vantagens desse serviço. No entanto, a Filourém continua a desenvolver a plataforma B2B e não pretendemos mudar”.


Equipamentos

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EQUIPAMENTOS PARA MUDANÇA DE ÓLEO NAS CAIXAS AUTOMÁTICAS

Mais serviço para a oficina

É um dos equipamentos da moda que corresponde ao aumento da circulação de automóveis com caixa de velocidades automática. É por isso uma oportunidade para as oficinas poderem captar mais serviço TEXTO PAULO HOMEM

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ão existem dados estatísticos sobre o volume de carros comercializados com transmissões automáticas. Junto das marcas de automóveis também não é fácil obter tais dados, mas estima-se que por cada 10 novos carros vendidos 2 a 3 já trazem caixa de velocidades automática. No caso da Mercedes, uma das históricas marcas de automóveis que há mais anos possui caixas de velocidades automáticas na sua gama de modelos, em 2017, 62,3% dos veículos ligeiros comercializados em Portugal tinham caixa automática e a tendência dos últimos três anos tem sido de crescimento. Por exemplo, nos Estados Unidos, apenas

7% das vendas são de carros com caixa de velocidades manual, o que não tem qualquer paralelismo, para já, com o que acontece sobretudo nos mercados do sul da Europa. A verdade é que as coisas estão a mudar, e são cada vez mais os carros que circulam nas nossas estradas com caixa automática, o que se explica também pela facilidade que proporcionam na condução de um automóvel. A democratização das caixas DSG (da Volkswagen) e EDC (Renault), como muitas outras, passaram a estar disponíveis nos catálogos das marcas e já em modelos de segmentos mais baixos (B e C), o que permite que as vendas de modelos com este tipo de transmissão


que em muitos dos livros de instruções se recomenda a sua manutenção. Para muitos outros construtores, como o caso da Mercedes, existem intervalos de manutenção preconizados. Em função dos modelos, a Mercedes recomenda a mudança do lubrificante da caixa automática a cada 50.000, 100.000 ou 125.000 quilómetros (ou a cada 5 anos). Muito mais adaptada ao uso citadino do automóvel, a caixa de velocidades automática é um componente muito sujeito também à intensidade com que é usado, o que levará a um desgaste maior ou menor. Se o fluido da transmissão não for trocado a tempo, a sujidade e as partículas abrasivas metálicas podem causar elevados danos nas caixas de velocidades. É por isso que os fabricantes de fluídos de transmissão - e cada vez mais fabricantes de veículos também - recomendam mudança do fluido de transmissão, dependendo da quilometragem e estilo de condução. O mesmo se aplica aos chamados “fluidos para toda a vida”.

estejam a aumentar a olhos vistos. Também não é difícil hoje encontrar caixas automáticas de 7, 8, 9 e 10 velocidades em modelos de produção corrente, o que só por si trouxe um ainda maior apuro tecnológico a estes componentes. Os veículos híbridos e híbridos Plug-in, para além dos elétricos, também eles trazem caixas de velocidades automáticas, o que irá fazer com que o mercado de veículos a circular com transmissão automática seja cada vez maior. MANUTENÇÃO Mesmo que alguns construtores digam que a caixa automática de determinados modelos não tem qualquer manutenção (o lubrificante é vitalício), a verdade é

MERCADO Quer isto dizer que o mercado da manutenção de caixas automáticas está mesmo aí à porta. Nos próximos anos, vai ter um crescimento exponencial e, por isso, as oficinas terão que dar resposta a mais uma necessidade de manutenção que até há dois ou três anos era negligenciada pela reduzida quantidade de modelos com caixa automática a circular. Anteriormente, simplesmente não era possível efetuar uma mudança completa do lubrificante das caixas automáticas, já que era inevitável que o novo fluido fosse contaminado com os restos do fluido antigo. Todos estes equipamentos permitem efetuar uma mudança segura do lubrificante da caixa de velocidades automáticas, garantindo que o novo lubrificante não é afetado pelo que se está a substituir. É por isso que nesta edição da revista Pós-Venda lhe levamos este artigo onde fizemos o levantamento da oferta existente em termos de equipamentos para a mudança de lubrificantes nas caixas automáticas, bem como obtivemos a opinião dos responsáveis dessas empresas sobre a importância de ter um equipamento destes dentro de uma oficina.


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QUESTÕES 1-Quais as marcas e os modelos disponíveis de equipamentos para a mudança do óleo das caixas de velocidades automáticas? 2-Quais as principais funcionalidades / características deste(s) equipamento(s)?

ajusta a direção correta do fluído. Os filtros estão instalados na parte exterior do equipamento para uma fácil e rápida substituição. O tipo de lubrificante pode ser ajustado em função da viscosidade e é possível esvaziar os depósitos do lubriricante usado e novo sem necessidade de os retirar da máquina. O próprio equipamento controla a temperatura e pressão do lubrificante e incluiu ainda uma impressora.

EQUIASSISTE SPIN

Vitor Fontes equiassiste@equiassiste.pt 00 351 919 154 944 www.equiassiste.pt

LAUNCH IBÉRICA LAUNCH

Carlos López carlos@launchiberica.com 0034 646 978 146 www.launchiberica.com

1 – A Launch Ibérica é a filial da Launch que é responsável pela distribuição, comercialização e pós-venda da marca em Espanha, Portugal e Norte de África. Fabricamos um único modelo para mudança de óleo nas caixas automáticas, o CAT-501+, especialmente desenhado para a limpeza e mudança de lubrificante ATF para qualquer caixa de velocidades automática. 2 – O CAT-501S+ permite limpar o circuito e realiza a mudança do lubrificante usado da transmissão, conversor de binário e radiador em menos de 20 minutos, adequando a carga do novo lubrificante à quantidade exata estipulada pelo fabricante que existia anteriormente no circuito da caixa de velocidades. Todas estas operações realizam-se de forma automática e mesmo com uma incorreta colocação das mangueiras, o equipamento deteta e automaticamente

1 – A Equiassiste comercializa a marca SPIN e os modelos S-DRIVE 5000 (Automática) e ATF REMIN (Manual). 2 – Em termos de funcionamento, o operador tem que encontrar a correta conexão através dos acessórios fornecidos de série (outros, a pedido, poderão ser fornecidos). Uma vez conetada a transmissão, a máquina faz a limpeza e/ou mudança do óleo usado, conjuntamente com um aditivo. A duração desta operação está estimada entre 5 a 7 minutos - não sendo necessária a presença do operador. O equipamento efetua esta operação, assim como todas as outras, de forma automática. Uma operação rápida, sem erros e sem desperdício de óleo. A impressora, incluída, regista os resultados.

INTERMACO

Filipe Santos filipe.santos@intermaco.pt 234 520 110 www.intermaco.pt

1 – Disponibilizamos a marca italiana de equipamentos Solutions, e comer-

cializamos o quipamento para mudança de óleo nas caixas automáticas ATF 6000 Auto. 2 – As funcionalidades do ATF 6000 Auto são: - Limpa o sistema hidráulico de qualquer transmissão automática quase a 100%, enquanto grande parte das máquinas no mercado consegue apenas cerca de 50%, porque usam o método clássico drenar/encher; - Não há mistura de fluído antigo com fluído novo; - Ligação fácil e rápida às caixas ou aos sistemas de refrigeração de óleo da transmissão; - Funciona com a bateria do veículo (12V); - Deteta automaticamente a direção do fluxo; - Células de carga asseguram a mesma quantidade de fluído retirado/colocado; - Funções: Drenagem ATF; Troca de filtro; Enchimento ATF; Serviço de troca de ATF; Adição de aditivos. Características: - Bomba elétrica 12v (liga diretamente ao veículo) - Bomba: fluxo min: 4,5 l/min; fluxo máx: 5,5 l/min; pressão máx: 9 bar; - Deteção do fluxo: Automática - Tanque de Aditivos: 3 l com sensor de nível - Sensor temperatura: Eletrónico - Células de carga: Eletrónicas (asseguram a mesma quantidade de fluído ATF retirado/colocado); - Sistema de filtragem: 2 l; - Tubos de serviço: 2,5 m; - Kit adaptadores standard incluído.

LUSILECTRA

Bruno Fernandes lusilectra@lusilectra.pt 226 198 750 www.lusilectra.net

1- A Lusilectra comercializa a marca ATH e o modelo ATF602. 2 - A ATF602 é uma máquina da ATH totalmente automática para a troca do



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óleo de transmissão das caixas de velocidades automáticas, que permite ainda a limpeza interior da caixa. As características são: - Deteção e mudança automática da direção do fluxo; - Bases de dados originais dos veículos; - Fácil ligação às caixas de velocidade com adaptador universal e/ou específico do veículo; - Medição exata da quantidade de óleo através das células de carga integradas no tanque; - 2 x 25 lt - tanques de óleo novos e usados; - Indicador de temperatura do óleo; - Controlo do nível dos tanques de óleo - novos e usados; - Bomba de óleo interna; - Menu intuitivo e de fácil utilização; - Células de carga de medição: 40 kg; - Precisão: ± 100 ml; - Capacidade do depósito de produto limpeza: 500 ml; - Alimentação: 230V 50Hz; - Dimensões (L x P x A): 635 x 585 x 1075 mm; - Pressão: 1 - 10 bar

MECATRÓNICAONLINE WT ENGINNERING

Sérgio Pinto info@mecatronicaonline.pt +351 910 069 349 www.mecatronicaonline.pt

1 – A WT Engineering é uma marca de equipamentos que é comercializada pela Mecatrónicaonline em Portugal. Ao nível dos equipamentos para a troca do óleo de transmissão nas caixas de

velocidades automáticas dispomos dos modelos AGA PRO (automática) e AGA EVO (manual). 2 - Quisemos ter no nosso portfolio um equipamento de qualidade superior e que permitisse às oficinas uma otimização dos seus recursos, que lhes permitisse trabalhar o mais eficaz e eficiente possível. Assim, ambos acabam com o desperdício de óleo ao definirem a quantidade exata necessária já que possuem uma base de dados de suporte.

HÉLDER MÁQUINAS BRAIN BEE

Nuno Caetano geral@heldermaquinas.pt 244 834 636 www.heldermaquinas.pt

1 - A marca de equipamentos que a Helder Máquinas e Ferramentas representa, a nível nacional e em exclusivo, é a Brain Bee S.p.a., sendo que o modelo que comercializamos é o AGC – 8200. 2 - O equipamento AGC-8200 da marca Brain Bee, para além de ser bastante simples de utilizar e intuitivo, possui diversas características que merecem destaque e que já lhe valeram o prémio de Equipamento do Ano 2018 em França, competição organizada pela importante publicação “Décision Atelier”, em parceria com Equip Garage, Fuchs e Mirka: - Procedimento de serviço assistido por software e totalmente automático: De acordo com as definições iniciais, a estação irá realizar todos os procedimentos de forma automática, assistindo o utilizador com mensagens específicas, no caso de serem executadas operações manuais (mudança de filtro, ligar/ desligar o motor, etc); - Super Detect: Deteção automática da presença e direção do fluxo de óleo. Não é necessário trocar a posição das mangueiras. Esta função permite detetar a direção do fluxo mesmo em caixas com pressões de entrada e saída muito semelhantes;

- Calibração da densidade: Para além de uma grande base de dados relativa às densidades dos óleos conforme as marcas, o equipamento permite também, através de uma operação simples, a calibração da densidade do óleo ATF que vai ser utilizado, garantindo assim a máxima precisão. - Zero contaminação cruzada: Possui um procedimento automático para a limpeza do circuito, para além de depósitos de óleo novo intermutáveis, impedindo assim a contaminação entre diferentes óleos ATF; - Base de dados integrada com indicação do tipo de óleo, quantidade e quais os acessórios a utilizar; - Função vareta: Em certos tipos de caixas automáticas “seladas” a única forma de recolher e repor o óleo é através desta função. Além disso, facilita toda a operação de acerto do nível de óleo. - Modo Boost: Com esta função, totalmente automática e sem intervenção do utilizador, a drenagem de caixas de velocidades com baixo débito é acelerada através de uma segunda bomba de óleo presente no interior do equipamento, fazendo com que todo o processo de manutenção seja mais rápido; - 2 kits de adaptadores para obter a maior cobertura do mercado: Possuir os adaptadores que permitem ligar ao circuito da caixa automática é fundamental; logo, o equipamento é fornecido como um leque de acessórios que cobrem a esmagadora maioria dos modelos; - Possibilidade de injeção de aditivo de limpeza e aditivo de proteção.

INTER-MATIC Bruno Rocha info@intermatic.pt 219 820 709 www.intermatic.pt

1 - Na Inter-Matic representamos e distribuímos uma marca própria, a BlueMatic, máquina de tecnologia europeia. 2 - A Blue-Matic é uma máquina de


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tecnologia italiana e desenho exclusivo, da qual destacamos a eficiência e facilidade de uso. Depois de vários anos de experiência no sector, desenhámos uma máquina adaptada à realidade do trabalho, eliminando racords desnecessários e ajustando a máquina para os veículos mais comuns. Foi construída para um manuseamento simples e directo, compatível para a manutenção de todas as transmissões automáticas. Algumas características: - Informação Técnica; - Base de dados incluída: acesso on-line informações completa e fiável; - Colector de óleo usado incluído; - Caixa de racords incluída; - Simples e fácil de usar: apenas 4 válvulas; - Sistema de segurança operacional: a máquina pára antes de poder retomar o trabalho; - Detalhes desenhados com o maior cuidado; - Não há resíduos de produtos.

MG EQUIPAMENTOS

José Mira geral@mgequipamentos.com Telefone: 214 528 899 Site: www.mgequipamentos.com

1 – A MG Equipamentos dispõe do equipamento SPIN e dos modelos ATF S-DRIVE 5000, ATF S-DRIVE 4500, ATF 4000, ATF START, ATF RÉMIN e ATF 3000 PRO. 2 – As funcionalidades e características PUBLICIDADE

são as seguintes: - Completa gama de soluções; - Ampla cobertura de mercado (marcas/ modelos); - Máquinas fornecidas com adaptadores para rápida ligação à viatura; - Base de dados de viaturas on-line com informações técnicas detalhadas; - Kit com adaptadores para direções assistidas.

LIQUI MOLY

Manuel Pena comercial.iberia@liqui-moly.com 219 250 734 www.liqui-moly.com

1 - A LIQUI MOLY lançou o seu primeiro equipamento para mudança de óleo nas caixas de velocidades automáticas em 2015 e é vendido com a marca LIQUI MOLY. O sucesso e a eficácia foram tais que a nova geração está a ser lançada neste momento no mercado internacional, com o nome Gear Tronic II. 2 - Quais as principais funcionalidades / características do equipamento? A Gear Tronic é um equipamento diferente dos que existem no mercado e eleva o patamar da mudança de óleo de caixas de velocidades automáticas transformando-o num serviço completo. A Gear Tronic II integra na operação de mudança de óleo de caixas de velocidades automáticas uma das nossas mais-valias: os aditivos. Como tal, além de garantir uma mudança de óleo auto-

mática e sem erros, permite ainda uma limpeza interna da caixa e o uso de um aditivo de conservação. Tudo através do equipamento, sem esforço e garantindo um serviço diferenciador e de excelência para o cliente. A Gear Tronic trata da mudança de óleo de forma totalmente automática, o que vem generalizar a utilização deste tipo de equipamentos a todas as oficinas. A Gear Tronic II permite trocar todo o óleo da caixa de velocidades, sem deixar óleo antigo. A purga e o enchimento em simultâneo da caixa, procedimento sensível, realiza-se de forma totalmente automática e não precisa de ser vigiado. A condução pelo menu através de ecrã tátil é computadorizada e especialmente intuitiva. Para aliviar o trabalho do mecânico, a Gear Tronic II inclui uma base de dados de veículos (atualizável) que indica o óleo de caixa necessário para o respetivo veículo e a quantidade de enchimento. Isto facilita o trabalho diário, impedindo erros e reclamações caras. Mas a Gear Tronic II não domina apenas a mudança de óleo. Permite também integrar aditivos de limpeza e conservação no serviço. Isto faz sentido em termos técnicos e garante um negócio adicional à oficina. Na verdade, a LIQUI MOLY desenvolveu um equipamento para dar resposta às necessidades e também para permitir o uso de uma vasta gama de produtos LIQUI MOLY de forma simples, rápida e com um resultado de topo. Desta forma, a LIQUI MOLY tem a máquina e todos os produtos (ATF e aditivos) necessários para a utilização com todos os modelos à venda no mercado com caixa de velocidades automática. Aqui ficam 16 características e vantagens da Gear Tronic II da LIQUI MOLY: 1 – Ecrã a cores com indicação de pressão de entrada e saída e medição de temperatura do fluido de transmissão. 2 - O aditivo de limpeza pode ser usado


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Qual a importância, para uma oficina, em ter um equipamento de mudança de óleo nas caixas de velocidades automáticas? diretamente da nossa embalagem de 1l para a unidade. 3 - Deteção automática da direção do fluxo (fornecimento/retorno). 4 - Todos os dados são inseridos no menu antes da aplicação: - Quantidade total de enchimento da transmissão automática; - Quantidade adicional de fluido necessária para lavagem; - Quantidade de aditivo de limpeza a ser adicionado; - Especificação do tempo de limpeza; - Seleção da adição do aditivo de conservação. 5 - Os seguintes dados podem ser obtidos de um banco de dados integrado gratuito: - fabricante do veículo; - tipo de veículo; - tamanho do motor. O banco de dados exporta mais dados: - Quantidade total de enchimento da transmissão automática; - Tipo e densidade do fluido de transmissão automática; - Torques de aperto do reservatório de óleo, do bujão de drenagem e do parafuso de verificação. 6 - Impressão de dados usando a impressora integrada.

7 - O banco de dados é atualizado diretamente na unidade através de pen drive. 8 - Manutenção remota da unidade pelos engenheiros de aplicações da LIQUI MOLY. O acesso remoto permite testes funcionais a serem realizados sem grande despesas. 9 – Lavagem da transmissão e mudança de fluido através do tubo guia da vareta, transmissão ou refrigerador de fluido de transmissão. 10 - Alta precisão do processo de troca de líquido graças a 2 escalas de alta precisão independentes na unidade. 11 - Após a mudança do tipo de fluído menos de 100 ml permanecem na unidade. 12 - Orientação de menu muito fácil em vários idiomas e operação de descarga do sistema totalmente automático. 13 - Adaptadores universais e específicos do veículo para conexão simples ao sistema de fluídos da transmissão do veículo. 14 - Circuito de bypass patenteado para proteção do veículo em caso de falha de energia. 15 - Todas as conexões equipadas com válvulas de segurança. 16 - Alta taxa de bombeamento até 10 l/min.

LAUNCH IBÉRICA Carlos López

Para o correto funcionamento da transmissão automática é necessário ter o óleo ATF em bom estado. Desta forma evitamos a acumulação de impurezas que levam a problemas como desgaste e até a quebra da caixa de velocidades. Todos os tipos de caixas de velocidades automáticas exigem revisões nas quais o nível do óleo deve ser verificado e alterado, se necessário. Os intervalos para executar a manutenção obrigatória são recomendados dependendo do fabricante, normalmente entre 30 e 60 mil quilómetros, ou quando anomalias são detetadas no sistema). Por este motivo recomendamos à parte da mudança, que verifique periodicamente o nível, juntas, filtros e radiador de óleo para um arrefecimento adequado. Para uma mudança correta do óleo ATF, é necessário eliminar o óleo usado. Mas se fizermos isso manualmente, só conseguiremos uma mudança parcial e a sujidade e as impurezas permanecerão na caixa. Por esta razão, recomendamos fazer o esvaziamento e enchimento de óleo ATF com um equipamento como o CAT-501 +.



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Desta forma, podemos limpar o sistema e efetuar a mudança de 95% do óleo usado. No final do processo, teremos feito o enchimento da caixa com o nível exato, garantindo o perfeito funcionamento da transmissão automática e prolongando a sua vida útil. O número de veículos com este tipo de caixa de velocidades, tem crescido significativamente nos últimos anos e a maioria dos fabricantes passaram a incluir a substituição do lubrificante ATF no plano obrigatório de manutenção do veículo, de modo que a oficina deve fazer este trabalho para manter a garantia e aproveitar o importante negócio que este serviço oferece.

EQUIASSISTE, LDA Vitor Fontes

As caixas de velocidades automáticas, tornaram-se num dos mais desejados componentes, por parte dos condutores. Os veículos dos segmentos B e C, constituem o nicho de mercado onde se regista a maior taxa de crescimento. Estes veículos, e não apenas os de segmento D, E e F, estão a ser equipados com caixas de velocidade automáticas. As principais indústrias automobilísticas europeias (as asiáticas já o fazem há vários anos) estão a solicitar à sua rede de assistência o comprovativo de

“Limpeza e/ou substituição do óleo da caixa automática” quando o veículo atinge os 50.000/60.000 km. Por este motivo, o equipamento de limpeza e troca de óleo, em caixas de velocidades automáticas, S-DRIVE 5000, constitui um equipamento-chave, para quem está atento a novas oportunidades de negócio. Este equipamento permite também retirar o óleo da direção assistida.

INTERMACO Filipe Santos

A importância é grande para qualquer oficina que queira estar na vanguarda e rentabilizar o seu trabalho, sendo que o Solutions ATF 6000 AUTO é um equipamento de funcionamento completamente automático, que permite limpar o circuito e fazer a consequente troca do filtro e do fluido ATF em caixas de velocidades automáticas, bem como a colocação de aditivos, de forma simples e efetiva.

MECATRÓNICAONLINE Sérgio Pinto

A popularidade dos carros com caixas automáticas é agora uma realidade pelo que um equipamento de mudança de

óleo nas caixas automáticas faz com que consigamos obter resultados fiáveis e precisos para satisfazer as necessidades de um cliente que é cada vez mais informado e exigente. É a única forma da oficina proporcionar ao seu cliente um serviço de qualidade com uma solução economicamente rentável, fácil e rápida de usar.

HÉLDER MÁQUINAS Nuno Caetano

Com a evolução do mercado europeu, cada vez mais encontramos em circulação veículos equipados com caixa automática, sendo a tendência o aumento da utilização dessa tecnologia. A falta de manutenção periódica das caixas automáticas é a principal causa de avaria. Um óleo deteriorado pode provocar problemas na mudança de velocidade, tais como solavancos e pancadas, desgaste dos componentes internos e aumento da fricção, danos nos vedantes, bloco de válvulas e conversor de binário devido ao aumento da acidez e formação de depósitos de resíduos. Resumindo, poupar dinheiro com a manutenção significa gastar mais dinheiro em reparações. A maioria dos fabricantes recomendam a


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substituição do óleo do conjunto torque / caixa de velocidades a cada 60000 Km, mesmo fabricantes que apresentam as suas caixas automáticas como sendo sem manutenção, muitas vezes têm notas de serviço onde esclarecem que apesar de não ser necessário, recomenda-se a manutenção da caixa automática. Logo, esse tipo de operação cada vez mais será uma realidade nas oficinas de reparação automóvel. O equipamento para a troca de óleo em caixas automáticas é cada vez mais uma opção importante e vantajosa ou até mesmo essencial para as oficinas automóveis, visto que é mais um serviço a disponibilizar ao cliente, aumenta a qualidade do serviço, o profissionalismo da oficina, a satisfação do cliente e, consequentemente, o lucro.

INTER-MATIC Bruno Rocha

Numa troca de óleo de caixa automá-

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EQUIPAMENTOS PARA MUDANÇA DE ÓLEO NAS CAIXAS AUTOMÁTICAS

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tica, efectuada sem um equipamento de mudança de óleo não se conseguirá substituir 100% da capacidade de fluído. Ao se retirar o bujão do carter não há escoamento total do fluído pelo armazenamento restante no conversor do torque, nos tubos e no radiador de arrefecimento de óleo e em componentes internos, tal como corpo de válvulas. Com a utilização do equipamento especializado, a substituição de óleo é efectuada com o veículo em funcionamento, o que garante a exclusão e inserção constante de óleo por todo o sistema de transmissão automática.

MG EQUIPAMENTOS José Mira

O mercado apresenta uma crescente percentagem de viaturas com caixas automáticas, exigindo das oficinas equipamento adequado para uma perfeita revisão.

LIQUI MOLY Manuel Pena

O uso de transmissões automáticas modernas e transmissões semi-automáticas em veículos está a tornar-se cada vez mais comum. Estas caixas garantem que o motor funciona sempre dentro de uma faixa ideal de eficiência. No entanto, a crescente complexidade do controlo de transmissão introduzido pelo aumento do número de velocidades de 5 até 7, 8, 9 ou mesmo 10 e a as diferentes configurações Comfort, Sport, Winter, por exemplo, também aumentaram a exigência de desempenho das transmissões automáticas. Isto, por sua vez, resulta numa forte exigência térmica e mecânica em relação ao fluído de transmissão. O resultado é um aumento no desgaste e, portanto, um aumento nos requisitos de manutenção.

Para garantir um serviço profissional e de excelência, é fundamental o uso da Gear Tronic II, que acrescenta à mudança do fluído de transmissão, todo o processo de limpeza e também de conservação através de aditivos. Efeitos positivos do serviço de mudança de fluido de transmissão automática: - Troca de velocidades otimizada: Elimina quaisquer atrasos de mudança, ruídos ou perda total de velocidades; - Menor consumo de combustível: Deslocamento da engrenagem suave e precoce tem um impacto positivo no consumo de combustível; - Menos desgaste: A lavagem da transmissão em combinação com aditivos de conservação garante operação mais silenciosa e menos desgaste na transmissão; - Maior vida útil: A maioria dos fabricantes recomenda mudar o fluido de transmissão a cada 60.000 km ou 4 a 6 anos;



Técnica

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T PUBLIREPORTAGEM

CHAMPION

Uma maior potência do motor é tudo o que importa Como indivíduos, tentamos sempre ultrapassar os limites, ir mais rápido e mais longe, alcançar novos níveis. O mesmo acontece com os mais recentes motores. Funcionam nas condições mais exigentes, onde queremos que cumpram com o prometido em todas as situações. No entanto, muitas vezes não sabemos o que os nossos motores aguentam. Com uma forte ênfase no aumento da potência do motor em atmosferas mais compactas, a utilização do lubrificante certo é mais importante do que nunca

Para mais informações, visite a página www.championlubes.com ou contacte o distribuidor local fimag.pt

O

aumento da potência de saída dos motores é uma das principais tendências dos últimos anos. A adoção de novas tecnologias, como os turbocompressores (sobrealimentados ou turbocompressores duplos) e a tecnologia de injeção direta, é a forma como os fabricantes de automóveis enfrentaram este desafio. As diferenças de temperatura extremas e a pressão no motor tornaram-se normais, uma vez que queremos que os motores funcionem para além do normal e demonstrem todo o seu potencial. ÓLEOS DE MOTOR DE BAIXA VISCOSIDADE QUE PROPORCIONAM O MÁXIMO DESEMPENHO Como resultado, as inovações significativas em lubrificantes são necessárias para permitir a implementação de muitas tecnologias promissoras do motor de alta eficiência e baixa fricção. Assim sendo, a viscosidade do óleo deve ser o mais fina possível (0W30 ou 0W20) e, simultaneamente, a película de óleo deve ser muito mais forte do que a dos óleos de viscosidade 5W40 anteriores, para poder proteger as peças do motor a qualquer altura. A utilização de um lubrificante mais fino garante a melhor proteção a partir do momento em que o motor arranca.

OFEREÇA AOS SEUS CLIENTES OS PRODUTOS DE QUE NECESSITAM Cada motor é diferente e está equipado com tecnologias e sistemas de pós-tratamento específicos. Deste modo, cada motor precisa de um óleo de motor específico para que possa funcionar da forma mais eficiente, protegendo, em simultâneo, o motor. O resultado é que, como profissional automóvel, necessita de um número crescente de óleos do motor diferentes para poder prestar serviços aos seus clientes. A cabina de óleos da Champion permite ter até um máximo de 10 lubrificantes diferentes em stock (2x60 l e 8x20 l), armazenados de forma limpa e ecológica, o que permite cobrir praticamente 100% das necessidades dos seus clientes. É evidente que o tempo em que apenas se tinha um lubrificante 10W40 já passou. ENCONTRE SEMPRE O LUBRIFICANTE CERTO Num mundo dominado por uma quantidade crescente de especificações, a utilização do lubrificante certo em cada automóvel é de extrema importância. A melhor forma de fazer sempre a escolha certa é utilizando a ferramenta de recomendação de produtos no website da Champion: www.championlubes.com A recomendação segue as especificações OEM.


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OS NOSSOS TRÊS NOVOS LUBRIFICANTES DE BAIXA VISCOSIDADE PARA A FORD, VOLVO E BMW 1. Champion OEM SPECIFIC 0W20 MS-V: os novos motores Volvo Architecture A tecnologia do grupo motopropulsor Drive-E da Volvo para as unidades a diesel e gasolina de quatro cilindros necessita deste tipo de óleo de motor da nova era. Da mesma forma que a filosofia Drive-E dos automóveis Volvo é proteger o mundo e reagir aos desafios do futuro, a missão da Champion é exatamente a mesma, bem como desenvolver e produzir lubrificantes que vão muito além do comum. O Champion OEM SPECIFIC 0W20 MS-V deve ser utilizado nos motores mais recentes a gasolina e a diesel Volvo Architecture. Este óleo está em conformidade com a especificação Volvo VCC RBS0-2AE. A viscosidade extremamente reduzida, obtida através da utilização de óleos de base sintética de elevada qualidade, proporciona uma excelente película de lubrificante, rápida e estável, em condições de arranque a frio. Este lubrificante foi concebido para intervalos longos entre mudanças de óleo (30 000 km ou 2 anos).

2. Champion OEM SPECIFIC 0W30 MS-FFE: Ford: cilindrada de 1 litro – 3 cilindros!

turbo com alto grau de engenharia que requerem óleos de elevado desempenho e viscosidade mais baixa.

O Champion OEM SPECIFIC 0W30 MS-FFE deve ser utilizado nos motores mais recentes a diesel Duratorq Euro 6 da Ford (Ford Focus, Mondeo, C-Max, Grand C-Max, Kuga). Estes motores, no mercado desde 2014, necessitam do seu primeiro Service Fill agora. O produto está em conformidade com a especificação WSS-M2C950-A da Ford, com um intervalo de manutenção de 30 000 km ou 2 anos. 160621 - Uma maior potência do motor é tudo o que importa - 0W30 MSBFE 4. Champion OEM SPECIFIC 0W20 LL FE

3. Champion OEM SPECIFIC 0W30 MS-BFE: a mais recente especificação Longlife-12 FE da BMW

Este é um lubrificante totalmente sintético obrigatório para os mais recentes motores da VW/Audi. Foi desenvolvido para prolongar a vida útil e manter a eficiência dos sistemas de emissões. Foi também concebido para proporcionar uma limpeza excecional do motor, proteção contra desgaste e elevada durabilidade para manter o seu motor a funcionar como novo. Obtém-se uma poupança substancial de combustível através da utilização do grau de viscosidade 0W20 ultrabaixo.

O Champion OEM SPECIFIC 0W30 MS-BFE é um lubrificante totalmente sintético baseado em óleos base cuidadosamente selecionados de qualidade muito elevada produzidos através das tecnologias mais recentes. Este óleo foi especificamente formulado para satisfazer a especificação Longlife-12 FE da BMW para motores a gasolina e a diesel. Está adaptado para satisfazer os requisitos da mais recente tecnologia de motores

ETIQUETAS

Potência do motor, lubrificante, óleo, óleo de motor, óleo do motor, Volvo, BMW, Ford, turbocompressor, tecnologia de injeção, baixa viscosidade, tecnologias de motor, 0W30, 0W20, cabina de óleo, OEM SPECIFIC 0W20 MS-V, OEM SPECIFIC 0W30 MS-FFE, cilindros, OEM SPECIFIC 0W30 MS-BFE, BMW Longlife-12 FE, WSS-M2C950-A,

motores a diesel Ford Duratorq Euro 6, Ford Focus, Mondeo, C-Max, Grand C-Max, Kuga

RESUMO >> O aumento da potência de saída dos motores é uma das principais tendências dos últimos anos. >> Os lubrificantes desempenham um

papel fulcral no cumprimento da promessa de tecnologias de motores de elevada eficiência e baixa fricção. >> Cada motor necessita de um óleo de motor específico para permitir o seu funcionamento ao nível máximo. >> É esta a filosofia que sustenta os nossos três novos lubrificantes de baixa viscosidade para a Ford, Volvo e BMW.


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SPIES HECKER / MERCEDES-AMG (FÓRMULA 1)

Da oficina de alta competição para a oficina do dia-a-dia Como funciona a oficina de pintura da equipa Mercedes-AMG Petronas Motorsport? Como se diferencia de uma oficina normal? Damos-lhe de seguida essas e outras respostas.

A

Spies Hecker, uma das três marcas globais de repintura da Axalta Coating Systems, tem sido um parceiro integral da equipa Mercedes-AMG

Petronas Motorsport, tetracampeã do Campeonato Mundial de Construtores de Formula One, há mais de quatro anos, fornecendo a tinta para os carros Silver Arrows que ganharam o campeonato

anterior. A marca teve acesso exclusivo a Andrew Moody, Head of Paint e Graphics da Mercedes-AMG Petronas Motorsport, em Brackley, Inglaterra, numa masterclass, para verificar como os seus desafios são semelhantes ou diferentes em comparação com os das oficinas tradicional. O MESMO MAS DIFERENTE Os que não sabem poderão pensar que a oficina de pintura de uma equipa de Formula One é simplesmente uma oficina glorificada que trabalha com carros mais caros e rápidos. Embora alguns aspetos possam ser os mesmos, a realidade é que ambas funcionam de forma muito diferente. Andrew Moody explicou, “Como seria de esperar, a maior parte do trabalho que realizamos na oficina de pintura é confidencial a nível de competição. Por exemplo, o processo preciso e as técnicas de aplicação que aperfeiçoámos ao longo dos anos são segredos muito bem guardados. No entanto, posso partilhar


alguns detalhes interessantes que poderão surpreender os pintores que trabalham numa oficina normal”. PRETO DESCOLORIDO Como é a única equipa na linha de partida com uma pintura com cores degradés e descolorações complexas, Andrew tem uma equipa composta por dez pintores na oficina de pintura, pois tem de realizar um enorme trabalho em cada componente. “Não temos de nos preocupar com a cor do carro que teremos de trabalhar num dado dia. Sabemos as cores exatas com as quais trabalharemos durante a temporada”, declarou Andrew Moody. Desde a principal Base 480 Permahyd Hi-TEC, um prata altamente refletivo, cor desenvolvida em 2013 pela equipa em conjunto com a Spies Hecker, designada por Stirling Silver, que tem o nome de Sir Stirling Moss, que conduziu para a Mercedes-Benz em 1955, até ao preto, existem quatro tons de prata adicionais, graduados de um a quatro, que não estão

disponíveis no mercado. Estes têm de ser aplicados de uma forma que a desvanecimento seja impercetível. Acrescente a isso três verdes diferentes e dois azuis diferentes para as linhas de brilho e a complexidade torna-se evidente. CONSISTÊNCIA “São necessárias cerca de 150 horas para pintar um carro de corrida. A parte dianteira e a asa traseira requerem, cada uma, aproximadamente 12 horas para serem pintadas, pelo que a rapidez da aplicação da tinta e a respetiva fiabilidade são fundamentais. Além disso, existem cerca de 100 componentes diferentes em rotação

em qualquer momento, mais todas as peças sobresselentes utilizadas nas corridas e temos um conjunto de desafios único, entre os quais a escala. Misturamos Stirling Silver em lotes de 12 litros através de duas balanças inteligentes e utilizamos o software de gestão de cor, Phoenix. Quando atingimos 3 litros, preparamos mais 12 litros. Apenas misturamos o endurecedor imediatamente antes de aplicar, e assim tem um excelente tempo de vida. Isto seria ridículo numa oficina normal onde muitas vezes utilizam-se gramas, mas para nós é essencial. Fazemos isto porque a consistência é tudo”, disse Andrew Moody. Todos os pintores da equipa de Andrew


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Moody têm quatro pistolas de aplicação, uma para primários, uma para base, uma para verniz e uma para reparações localizadas. Independentemente do pintor, cada variação tem o mesmo ajuste, que foi testado em conjunto com a Academia de Repintura da Axalta em Welwyn Garden City, Inglaterra. Além disso, os pintores utilizam folhas de trabalho com os elementos, que são o manual de instruções da oficina de pintura, que especificam o quê, como e porquê de todos os processos. Todavia, o foco na consistência não termina aí. Todas as cabinas de pintura têm ciclos de secagem pré-programados para os primários, base e verniz, para que tudo seja realizado exatamente da mesma forma, seja qual for o pintor que trabalhar num determinado componente. “Para uma oficina normal, esta abordagem rigorosa poderá parecer estranha, mas realizar tudo desta forma impede qualquer variabilidade nos processos,” afirmou Andrew Moore. TRABALHO EM EQUIPA A equipa de Andrew Moore segue uma

abordagem de plataforma de partilha de volume de trabalho. Todos os membros da equipa são pintores qualificados com uma formação abrangente. Têm de ser capazes de mudar de um trabalho para o outro, como explicou Andrew Moore, “80% da equipa pode realizar todos os trabalhos e 50% da equipa pode efetuar trabalhos especializados, como pintar com aerógrafo”. Na prática isto significa, por exemplo, que para uma asa frontal, três ou quatro membros da equipa poderão trabalhar juntos na preparação utilizando o Priomat Wash Primer 4075, depois o Permasolid HS Vario Primer Surfacer 5340, um primário aparelho com um elevado teor de sólidos ou Permasolid HS Performance Surfacer 5320, um aparelho 2K HS de secagem rápida. Em seguida, dois pintores poderão pintar com aerógrafo e dois ou três pintores poderão limpar e polir. PESO Embora o aspeto final do Mercedes-AMG F1 W09 EQ Power+, o carro da equipa deste ano, seja extremamente importante,

Andrew Moore e a sua equipa estão sempre a pensar no peso dos componentes. “Para nós, tudo tem a ver com o peso e a aerodinâmica. Pode ser difícil trabalhar com a fibra de carbono, uma vez que é porosa, e assim, temos de obter um acabamento atrativo com o mínimo peso de tinta e a Spies Hecker proporciona isto. As tolerâncias aceitáveis para uma peça aerodinâmica poderão ser 0,3 mm, que seriam minúsculas para a maior parte dos pintores, mas no nosso caso, um peso maior pode causar grandes problemas”, declarou Andrew Moore. Assim, embora a oficina de pintura da Mercedes-AMG Petronas Motorsport não seja uma oficina normal, enfrenta uma pressão intensa para realizar o trabalho e garantir cores exatas. Andrew Moore concluiu, “Tenho a certeza de que um aspeto que partilhamos com muitas oficinas na Europa é que confiamos na excelente fiabilidade, consistência e rapidez das aplicações da Spies Hecker. Todo este processo rigoroso vale a pena quando se vê os dois carros com um aspeto fantástico na pista num fim de semana de corridas”.



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CESVIMAP

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APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DA OFICINA

Otimização de processos e equilíbrio ambiental

Para além das ações de redução de consumo elétrico, é possível implantar nas oficinas outras medidas que permitem otimizar os consumos, tais como as melhorias tecnológicas em equipamentos e processos e o aproveitamento de água, que, simultaneamente, contribuem positivamente para a recuperação ambiental TEXTO ARMANDO CLEMENTE ARBESÚ (CESVIMAP)

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as oficinas de reparação, para além da poupança energética, podem aplicar-se determinadas medidas e melhorias que incidam na redução das despesas, atendendo tanto a normas preventivas como a ações que fazem parte dos diferentes processos. CONSUMO DE ÁGUA ÁGUA DA LAVAGEM DE VEÍCULOS

A lavagem dos veículos com pontes de lavagem consome entre 80 e 100 litros por cada veículo. A adoção de um sistema de reciclagem para o abastecimento de água da máquina permite utilizar 80% de água reciclada. Para isso, além do decantador de sólidos e do separador de gorduras, coloca-se um terceiro depósito no qual a água recuperada volta ao circuito de lavagem, deixando a utilização de água limpa para o enxaguamento final. A poupança é significativa para as oficinas e benéfica para o ambiente. Em algumas localidades, este sistema é obrigatório, como por exemplo, na cidade de Madrid, desde o ano de 2006. APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA

Através da utilização de depósitos à super-

fície ou enterrados, podemos aproveitar as águas pluviais das coberturas e telhados para posterior utilização. As águas pluviais, recolhidas, filtradas e armazenadas, constituem uma fonte alternativa de água de boa qualidade, embora exijam a utilização de sistemas que separem os sedimentos sólidos da água da chuva. As águas pluviais utilizam-se principalmente no abastecimento de autoclismos, na rega de zonas ajardinadas, na lavagem de pisos no interior e/ou exterior de edifícios e na lavagem de veículos. Algumas empresas também utilizam as suas próprias captações de águas subterrâneas para evitar o consumo de água pública. UTILIZAÇÃO DE FILTROS EM TORNEIRAS

A utilização de arejadores nas torneiras implica incluir ar no jato de água, permitindo poupanças de 40 a 50% sem qualquer inconveniente para o utilizador. UTILIZAÇÃO DE FONTES DE ÁGUA ENGARRAFADA

Nas oficinas onde ocorra um consumo apreciável de água engarrafada, é muito interessante a utilização de fontes de água, visto que permitem dispor de água fria em qualquer momento e reduzir a zero as embalagens de plástico da água.

O aproveitamento, consumo responsável e tratamento adequado das águas proporciona vantagens individuais para a empresa, que beneficiam a sociedade em geral e o ambiente natural. É necessária uma tomada de consciência para pôr em marcha este tipo de processos e padronizá-los, tal como as restantes melhorias tecnológicas e sistemáticas descritas em seguida. MELHORIAS TECNOLÓGICAS EM EQUIPAMENTOS ESTUFAS DE PINTURA

Historicamente, as estufas de pintura funcionaram com gasóleo como combustível e com um motor para a insuflação e extração de ar, o que permitia dispor de um caudal de ar de 20 000 m3/h. A obrigação da utilização de tinta de água exigiu mais caudal de ar para a renovação na estufa e foram integrados 2 motores independentes para a insuflação e para a extração, os quais para renovar 25 000 a 30 000 m3/hora, tinham de ter 15 CV (11 kW) cada um. A mudança do gasóleo para o gás implica um melhor rendimento energético, sem emissões de SO2 e com menor emissão de CO2. O custo do combustível também diminui. Atualmente, a utilização de motores in-


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verter de alta eficiência, de sistemas de recuperação do ar quente, de materiais mais leves e de novas conceções de turbinas está a permitir reduzir a potência nominal destes motores até metade da sua potência, o que se traduz numa poupança no consumo e, inclusivamente, numa poupança na potência a contratar pela oficina. Uma consequência disto é também a diminuição do ruído emitido. Isto é complementado com a introdução, cada vez maior, de autómatos programáveis para adequar os ciclos de aplicação, os tempos de evaporação e de secagem ao tipo de tinta a utilizar, às peças a pintar e, inclusivamente, ao produto específico, que fazem com que a energia e os tempos se ajustem cada vez mais, sempre com um menor gasto energético e um menor tempo de utilização da cabina. SOLDADURAS DE PONTOS POR RESISTÊNCIA

Os novos aços utilizados no fabrico de carroçarias implicam dispor de máquinas de soldadura de pontos com mais intensidade, passando de 5000-6000 amperes para os 12 000-14 000 atuais, recomendados pelos fabricantes nos respetivos processos de trabalho. Estas máquinas obrigavam as oficinas a

dispor de uma ligação de 63 amperes, que, normalmente, deveria ser instalada como uma linha adicional. As novas máquinas de soldadura de pontos, com transformador na pinça de soldadura e eletrónica de funcionamento, fazem com que as possamos utilizar inclusivamente com tomadas de 32 amperes e, em casos especiais, de 45 amperes. Estas tomadas são muito mais frequentes nas instalações das oficinas. RECUPERAÇÃO DE CALOR DOS COMPRESSORES

Os compressores de ar comprimido das oficinas absorvem energia, que convertem em calor na quase totalidade. Mais de 90% da energia de funcionamento de um compressor é desperdiçada na forma de calor gerado pelo motor e pela secagem e dissipado no ambiente. Este calor é utilizável de forma bastante simples através de sistemas adaptados ao próprio compressor ou ao local >> Recuperação do calor do local. Um compressor eleva a temperatura do óleo de funcionamento para 90 ºC e o local onde se encontra pode superar os 45 ºC de temperatura. Nestas salas é normal dispor de um sistema de extração de ar para baixar a temperatura ambiente, enviando-o para o exterior. Através de um sistema bypass

podemos colocar uma conduta para o aproveitamento do ar quente resultante do funcionamento do compressor, projetando-o para outras zonas no interior da oficina próximas da zona de espera, no inverno, e para o exterior, no verão. Outros sistemas levam o ar diretamente da saída de ar do compressor. >> Apoio à água quente ou ao aquecimento. Colocando um permutador de placas água-óleo no circuito do óleo do compressor, conduz-se esse calor para o circuito de água quente ou aquecimento, melhorando a sua produção, com temperaturas inclusivamente superiores a 60 ºC. A recuperação de calor ajuda não apenas a uma melhor gestão energética, mas também a um funcionamento mais eficiente do equipamento. Este investimento é recuperado rapidamente. UTILIZAÇÃO DE PORTAS RÁPIDAS

Se conseguimos ter uma temperatura confortável na oficina, esta deteriora-se rapidamente com a abertura de portões de acesso tradicionais. A utilização de portões de abertura e fecho rápido automáticos, com velocidades até 3 metros por segundo, mantêm a temperatura e evitam as correntes de ar nas oficinas.


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MELHORIAS TECNOLÓGICAS NOS PROCESSOS APLICAÇÃO DE APARELHOS E VERNIZES

Os fabricantes de tinta estão a lançar no mercado produtos para a aplicação de fundos e vernizes de acabamento que reduzem drasticamente a utilização do calor da estufa, passando dos habituais 40 minutos a 60 ºC para a respetiva secagem para 5 minutos a 60 ºC ou 20 minutos a 40 ºC. Isto permite reduzir o tempo por veículo e aumentar o rendimento da estufa de pintura, ponto crítico habitual nas oficinas. Também estão a desenvolver produtos para secagem ao ar sem utilização de calor, e inclusivamente, de secagem por absorção de humidade. PROCESSOS HÚMIDO SOBRE HÚMIDO

Habitualmente, o aparelho aplicava-se realizando um primeiro mascaramento, aplicação do produto, secagem com calor (forno/estufa ou infravermelhos), lixamento e um segundo mascaramento para a aplicação das tintas de acabamento (cor e verniz). Os sistemas húmido sobre húmido eliminam o lixamento e algumas limpezas e desengorduramentos, para se realizar um único mascaramento. A secagem limita-se a um reduzido tempo de evaporação indicado pelo fabricante nas respetivas fichas técnicas, para, em seguida, se aplicar cor. Esta técnica aplica-se nos ligeiros, sobre peças novas e pintura de interiores (compartimentos do motor, alojamentos de roda sobresselente, etc.), sendo muito comum na pintura de veículos industriais, agrí-

colas e autocarros. Aplicar este processo de trabalho aumentará a rentabilidade, reduzindo os materiais de lixamento, desengorduramento e mascaramento, e encurtando tempos de processo, assim como otimizando o consumo energético. O EXPEDIENTE ELETRÓNICO

Cada vez mais, os concessionários e as oficinas dispõem de programas informáticos de gestão que eliminam a utilização do papel, digitalizando os múltiplos documentos da reparação, de modo que os documentos em papel são mínimos. Como exemplo disso, podemos referir o envio da marcação para a oficina através de e-mail/sms; entrega do recibo de depósito ao cliente, em pdf, por correio eletrónico; a troca de relógios de ponto com papel por registo de ponto através de um terminal informático, transmitindo os dados diretamente ao programa informático de gestão; a gestão de peças de substituição através da utilização de portais na internet… O expediente eletrónico evita a utilização de papel com o consequente contributo para o ambiente. UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS

Os concessionários e as oficinas já têm, como uma prática habitual, a cedência de um veículo de cortesia enquanto é realizada uma reparação. Um passo mais neste avanço é a utilização do veículo elétrico tanto para utilização do cliente como no caso dos veículos da empresa. Estão a ocorrer casos de veículos de substituição elétricos para condutores de motociclos ou de bicicletas

elétricas. A melhoria ambiental é evidente. Complementar esta tecnologia com a formação em técnicas de condução eficiente contribui para se alcançar o objetivo. Automatização de sistemas nos escritórios Não é invulgar encontrarem-se escritórios que mantêm todos os equipamentos a utilizar ligados desde a hora de abertura até à hora de encerramento sem qualquer tipo de controlo. Alguns conselhos de melhoria podem ser: >> Para a climatização do ar do escritório deve-se procurar realizar renovações em função da temperatura exterior, combinando o ar exterior com o ar a extrair. >> A desativação automática programada dos equipamentos informáticos permite uma grande poupança nos sistemas (consumo em modo de espera), assim como a crescente utilização de detetores de presença. Embora o consumo dos mesmos não supere os 2% do total, a poupança pode chegar aos 10%. Programa de manutenção de instalações e de equipamentos A manutenção periódica dos equipamentos contribui, de forma importante, para um ótimo rendimento e para prolongar a vida útil dos sistemas. Uma boa manutenção deve ficar refletida num plano no qual se detalhe a identificação do equipamento, o técnico de manutenção designado (interno ou externo), a periodicidade da revisão e as datas da última revisão e da próxima prevista. Tudo isso deve ser garantido com os correspondentes registos ou evidências das mesmas. DESTAQUES >> A lavagem de veículos pode permitir poupar 75% da água e contribuir para o equilíbrio do espaço natural envolvente. >> O expediente eletrónico evita a utilização de papel, com o consequente contributo para o ambiente. >> O calor gerado pelo compressor pode-se recuperar para outras utilizações. PARA SABER MAIS >> Área de engenharia: ingeniería@cesvimap.com >> Regulamento de gestão e utilização eficiente de água na cidade de Madrid ( aprovado definitivamente pelo Plenário da Câmara Municipal em sessão ordinária celebrada no dia 31 de maio de 2006) >> Instituto para a Diversificação e Poupança de Energia, IDAE. www.idae.es/ >> www.revistacesvimap.com >> @revistacesvimap



T CAPITULO 3

CARKEYNETWORK

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Sistemas imobilizadores com transponder 3.1

O que é um transponder e como funciona O transponder é um circuito electrónico integrado de comunicação e de memória não volátil, habitualmente inserido na cabeça da chave. A designação de transponder deriva da abreviação de TRANSmitter e de resPONDER, ou seja, o mesmo circuito permite enviar e receber informação. O circuito do transponder é simples e minimalista. Como podemos ver no esquema abaixo, o transponder é constituído fundamentalmente por três partes: a) a antena, que não é mais do que o enrolamento de um fio condutor, por onde vai ser feita toda a comunicação; b) o condensador que permite armazenar momentaneamente energia eléctrica c) o circuito lógico, onde encontramos os circuitos de alimentação eléctrica, de comunicação e controle e a eeprom (ou seja, onde se encontra a memória não volátil do transponder).

Para explicar como o transponder comunica com o veículo, vamos partir do princípio que a chave, com o transponder incluído, está colocada na ignição. Para o veículo comunicar com o transponder, é necessário que o veículo esteja equipado com um módulo responsável pela comunicação com o transponder e que exista uma antena. A antena do veículo, que também não é mais do que o enrolamento de um fio condutor, está habitualmente à volta da ignição, junto ao local onde se insere a chave. Essa antena está ligada a um módulo electrónico que é responsável pela comunicação com o transponder e muitas vezes pela descodificação da informação e pela própria autorização de funcionamento do motor.

Esquema base de funcionamento do transponder no veículo. Legenda: A - chave; B - transponder; C - antena da ignição e D - modulo electrónico. Esquema base e esquema detalhado de um transponder. Legenda: 1 - antena; 2 condensador, 3 - circuito lógico, 4 - circuito de rectificação e alimentação; 5 - circuito de comunicação; 6 - circuito de controle e 7 - eeprom.

O estado normal dum transponder é em repouso, ou seja, se não tem energia então nada acontece. Quando é necessário, o módulo do veículo faz passar uma corrente eléctrica pela antena da ignição, o que provoca uma corrente de indução recebida pela antena do transponder, que vai ener-

gizar o condensador, fazendo com que o transponder tenha energia (electricidade) suficiente para funcionar durante alguns décimos de segundo, deixando o estado de repouso e passando para o estado activo. Seguidamente o módulo do veículo envia uma comunicação (pergunta) pela antena da ignição a uma frequência única e específica. Ao receber esta pergunta, o transponder envia pela sua antena a respectiva resposta que é recebida no módulo do veículo através da antena da ignição. Termina assim o que podemos chamar de pacote de comunicação. A comunicação entre o veículo e o transponder pode ter vários pacotes de comunicação, mas terminando, o transponder deixa de ter energia para funcionar e fica novamente em repouso. A resposta que o transponder envia para o veículo está de acordo com a memória (ou informação ou código) que está guardada na eeprom do transponder. Existem basicamente dois tipos físicos de transponders: um deles encontra-se dentro de uma mini ampola de vidro (existem 2 tamanhos distintos) e o outro o encontra-se dentro de um invólucro de cerâmica electrónica (existem dois formatos muito semelhantes e de dimensões iguais). Qualquer deles, mantem o transponder hermeticamente isolado do exterior. Deste modo, os transponders podem apanhar água ou outro líquido qualquer, podem sofrer inúmeros maus tratos que, desde que não se partam, estarão sempre a funcionar. A nível de dimensão, o transponder tem de ser suficientemente pequeno para caber na cabeça de uma chave. A título de curiosidade, o formato de cerâmica electrónica tem 12 mm de altura por 6 mm de largura.


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3.2

Tipos de transponders

Tipos físicos de transponders. Legenda: 1 - cerâmica (mais usual); 2 - cerâmica; 3 - vidro (formato pequeno) e 4 - vidro (formato grande).

Existe o mito de que o transponder pode ser apagado ou alterado, estando em contacto com um campo magnético ou perto de um telemóvel. Desmistificando, nem os campos magnéticos nem os telemóveis conseguem criar correntes de indução que energizem os transponders e nem tão pouco conseguem comunicar com os transponders de modo a provocar a eliminação ou alteração da memória existente na eeprom. Conclusão: mito sem qualquer fundamento.

Existem 3 tipos fundamentais de transponders (relativamente à memória, ou ao código de cada um): a) os de código fixo, que têm um código hexadecimal que não é alterável (daí o nome de fixos) e respondem sempre o mesmo código, podem ter um código entre 8 e 16 bytes; b) os rolling, têm vários códigos hexadecimais, uns fixos, mas outros vão mudando cada vez que é dada uma resposta (daí o nome rolling). Nestes transponders, a capacidade de memória é muito superior, podendo chegar aos 128 bytes; c) os crypto também têm vários códigos, com a particularidade que alguns nunca fazerem parte da resposta do transponder. Ou seja, o veículo tem de perguntar se o código é ABCD, por exemplo, e o transponder apenas responde SIM ou NÃO, nunca revelando o código armazenado (daí o nome crypto). Dentro de cada tipo existem ainda vários subtipos de transponders, que não vamos aqui detalhar, mas correspondem aos vários fabricantes de transponders do mercado. Os três mais importantes fabricantes são: Philips, Megamos e Texas Instruments.


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Como resolver os problemas mais comuns nos automóveis?

Verifique a alimentação eléctrica no pino 45 Verifique o sinal do Bus CAN Verifique o sinal no pino 1 PT_CAN_H Verifique o sinal no pino 2 PT_CAN_L Se não for detectada qualquer falha, efectue as seguintes verificações: Verifique o sinal no pino 10 K_CAN_L Verifique o sinal no pino 46 K_CAN_H Valores previstos:

BY MECATRONICAONLINE

Se o sinal for emitido tal como indicado, proceda da seguinte forma:

BMW 3

(E90, E91, E92, E93) 320d (N47 D20C) 2008 – 2013

SINTOMA 1 Quando a ignição é ligada Avaria do painel de instrumentos Avaria do fecho centralizado Nota: Os sintomas ocorrem de forma intermitente Códigos de falha: Unidade de controlo dinâmico da estabilidade (DSC): D373 D361 D35A D358 D359 Unidade de controlo da transmissão automática: EGS CF35 Unidade de derivação do habitáculo: JBE A731 C907 Unidade de controlo do Sistema de acesso ao veículo (CAS): Sem comunicação com a ferramenta de diagnóstico

Causa Unidade de controlo do rádio avariada Soluções Ligue a ignição Utilize o osciloscópio Unidade de derivação do habitáculo: JBE Conector: X14271

Desligue o rádio

Verifique o sinal no pino 10 K_CAN_L Verifique o sinal no pino 46 K_CAN_H Se o sinal estiver correcto, proceda da seguinte forma: Substitua o rádio Elimine todos os códigos de falha Verifique para funcionamento correcto

SINTOMA 2 37

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Quando a ignição é ligada Avaria do painel de instrumentos Avaria do fecho centralizado Nota: Os sintomas ocorrem de forma intermitente Códigos de falha:


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Unidade de controlo dinâmico da estabilidade (DSC): D373 D361 D35A D358 D359 Unidade de controlo da transmissão automática: EGS CF35 Unidade de derivação do habitáculo: JBE C904 C905 Unidade de controlo do Sistema de acesso ao veículo (CAS): Sem comunicação com a ferramenta de diagnóstico Causa Ligações eléctricas defeituosas Queda de tensão Localização: Pilar A no lado esquerdo Soluções Ligue a ignição Utilize o osciloscópio Unidade de derivação do habitáculo: JBE Conector: X14271

Verifique se há corrosão Verifique a presença de humidade; seque a zona do espaço para os pés, se necessário Repare o conector

Se o sinal for emitido tal como indicado, proceda da seguinte forma:

Verifique o conector X275 Verifique se há corrosão Localização: Por baixo do banco do condutor

Verifique a alimentação eléctrica no pino 45 Verifique o sinal do Bus CAN Verifique o sinal no pino 1 PT_CAN_H Verifique o sinal no pino 2 PT_CAN_L Se não for detectada qualquer falha, efectue as seguintes verificações: Verifique o sinal no pino 10 K_CAN_L Verifique o sinal no pino 46 K_CAN_H Valores previstos:

Se não forem encontradas falhas, proceda da seguinte forma: Retire o revestimento do pilar A Retire o forro do espaço para os pés do condutor Verifique o conector X1716

X1716

Após reparações: Unidade de derivação do habitáculo: JBE Conector: X14271 Verifique o sinal no pino 10 K_CAN_L Verifique o sinal no pino 46 K_CAN_H Se o sinal estiver correcto, proceda da seguinte forma: Elimine todos os códigos de falha Verifique para funcionamento correcto

NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA GERAL@POSVENDA.PT


Formação

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GESTÃO OFICINAL BY CAR ACADEMY

Marketing de serviços

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uitas das vezes associada apenas à publicidade, a vertente de marketing assume um papel preponderante naquela que é a definição estratégica e de posicionamento de uma organização. É importante que o gestor conheça e domine aqueles que são conhecidos como os “8 P’s” do Marketing de Serviço: PRODUTO (Product) - Produtos e serviços têm a mesma finalidade, ou seja, satisfazem um desejo ou necessidade dos consumidores, gerando satisfação e valor. No caso da prestação dos serviços, o produto é considerado um componente intangível, pela que a sua percepção de qualidade pelo cliente pode nem sempre ser entendida. PREÇO (Price) - Em serviços existe uma incidência maior de custos fixos do que de custos variáveis. Grande parte dos serviços possui custos invisíveis para o cliente. A grande diferença está no que chamamos de poder de comparação, onde um produto pode ser facilmente comparado a outro, enquanto que um serviço precisa ser analisado com maior detalhe. DISTRIBUIÇÃO (Place) - A distribuição de serviços implica, quase sempre, a distribuição de custos fixos. Distribuir serviços requer a disponibilidade dos mesmos no momento em que o cliente precisa, visto que eles não são stockáveis, e por isso exigem um planeamento mais apurado. PROMOÇÃO (Promotion) - As comunicações em serviços costumam ser pessoais e interativas, com o alto predomínio da indicação, do boca-a-boca e da venda pes-

soal. Mesmo nos casos de comunicação de massa, tem-se uma forte presença de pessoas e é por isso que se diz que a comunicação tem o papel de “tangibilizar” os serviços. PESSOAS (People) - Quando falamos em pessoas, referimo-nos a todos aqueles envolvidos, direta ou indiretamente, na prestação do serviço em si. No caso dos serviços, diferentemente dos produtos, a mão-de-obra é a matéria-prima para a produção dos serviços, portanto, a preocupação com as pessoas envolvidas é de fundamental importância. PROCESSOS (Process) - Este item é muito importante, e representa todos os fluxos de trabalho, procedimentos e metodologias utilizadas na prestação de um serviço. O gestor precisa entender os seus processos e otimizá-los para garantir o sucesso da prestação do serviço e, consequentemente, a fidelização do cliente. PRODUTIVIDADE (Productivity) - A produtividade e a qualidade são fatores de sucesso em qualquer empresa. Por isso, é necessário ter atenção especial a estes aspetos no marketing de serviços. É preciso assegurar a produtividade dos colaboradores e manter a qualidade na prestação do serviço, desde o seu planeamento até ao momento da entrega ao cliente. PERFIL (Physical Evidence) - Trata-se do local onde o serviço é prestado. São as evidências físicas da prestação do serviço, tais como: layout da oficina, atendimento, cartões de visita, equipamentos, instalações etc. É preciso pensar onde e como os serviços são prestados e como isto pode ser maximizado para que a experiência de consumo do cliente possa ser a melhor possível.



Aberturas

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Nova loja TurboDiesel inaugurada no Funchal

kits de juntas. Vende para além de turbos novos, turbos alternativos e ainda turbos reconstruídos de fábrica com elevados parâmetros de qualidade. A sociedade Sancho Silva & Freitas Lda. actua no ramo automóvel regional há 18 anos através da empresa FunchalDiesel, especialista na reparação de peças diesel e detentora de oficina e laboratório qualificaoi inaugurado recentemente, no dos. A loja comercializa ainda o mais diverso Arquipélago da Madeira, o novo tipo de equipamentos como alternadores, espaço comercial TurboDiesel, pela motores de arranque, lubrificantes, discos sociedade Sancho Silva & Freitas Lda. de travão, travões, bombas injetoras, injecA TurboDiesel nasce de forma a corres- tores e todo o tipo de material de desgaste ponder às necessidades dos consumidores destes mecanismos, bem como material através da comercialização e reparação de de competição com homologação FIA em turbos, assim como de vários elementos representação da plataforma GT2i. constituintes dos mesmos, como “cores” e

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CRPneus inaugura novas instalações nos Açores

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CRPneus, oficina associada do Grupo Center’s Auto Portugal (rede apoiada pela Tiresur Portugal), inaugurou no passado dia 14 de maio 2018, uma nova oficina. A empresa açoriana, foi fundada em 2010 por Ricardo e Catarina Rocha e desde então não tem parado de crescer, sendo atualmente uma das referências na prestação de serviços auto na ilha Terceira dos Açores. O novo espaço conta com uma área coberta adicional de 500m2, permitindo à empresa crescer significativamente em termos de capacidade de prestação de serviços.

Soulima abre nova loja em Lisboa

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Soulima inaugurou uma nova loja em Lisboa, no Bairro do Rego, na Rua Jorge Afonso nº 30A. Esta nova loja veio proporcionar à Soulima o seu posicionamento estratégico no coração da cidade de Lisboa, garantindo uma maior proximidade junto dos seus atuais e potenciais clientes, e uma maior facilidade no apoio e distribuição em toda a zona envolvente. Desta forma a Soulima cumpriu mais um dos seus objetivos traçados para o

ano de 2018, numa estratégia de cobertura de serviço na área da grande Lisboa.

Nova oficina Motrio em Braga

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oficina Auto satélite acaba de aderir a rede Motrio. A oficina iniciou a atividade em 1983 e disponibiliza diversos serviços: mecânica geral, colisão e pintura, serviços rápidos, pneus e ar condicionado. Para além de fornecer peças multimarca, as oficinas Motrio têm uma completa gama de produtos universais onde inclui a sua própria marca de pneus Motrio.


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