REVISTA PÓS-VENDA 40

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N.º40

JANEIRO 2019 - 2€

www.posvenda.pt

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Grupos de retalho

O aparecimento de novos grupos de retalho no mercado português levou-nos a ouvir alguns dos players deste setor

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DESTAQUE

DOSSIER

PERSONALIDADE

A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NUMA OFICINA É MUITO IMPORTANTE POR FORMA A REDUZIR CUSTOS DE ENERGIA E A MELHORAR A QUALIDADE DA ILUMINAÇÃO

FIZEMOS UM LEVANTAMENTO DA OFERTA QUE EXISTE AO NÍVEL DOS FILTROS AUTO, ABORDANDO AS TENDÊNCIAS DESTE MERCADO

A CARF FOI RESPONSÁVEL POR UMA GRANDE REVOLUÇÃO LOGÍSTICA NO SETOR DAS PEÇAS. PAULO CARVALHO FALA DOS PRIMEIROS 15 ANOS DA EMPRESA



PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo Nº Contribuinte: 513 634 398 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Paulo Homem Anabela Machado Hugo Jorge CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt www.posvenda.pt f facebook.com/revistaposvenda i linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Nádia Conceição nadia.conceicao@posvenda.pt COLABORADOR TÉCNICO Jorge Pereira DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt COMERCIAL José Ferreira jose.ferreira@posvenda.pt ADMINISTRATIVA Anabela Rodrigues anabela.rodrigues@posvenda.pt FOTOGRAFIA António Silva, Micaela Neto PAGINAÇÃO Ricardo Santos SEDE DE REDAÇÃO Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo TIRAGEM 10.000 Exemplares ISSN 2183-6647 Nº REGISTO ERC 126724 DEPÓSITO LEGAL 399246/15 PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214337000 ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt PUBLICIDADE

Sumário

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S N.º40 JANEIRO 2019

www.posvenda.pt

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DESTAQUE AXPO.................................................................................................................................................... P.06

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NOTÍCIAS........................................................................................................................................... P.08

ATUALIDADE ACAP / DPAI.................................................................................................................................... P.14

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ESPECIAL Grupos de Retalho......................................................................................................................... P.16

24

MERCADO Lusilectra / Jonnesway .............................................................................................................. P.24 Campino & Pereira......................................................................................................................... P.26 Recambios Frain.............................................................................................................................. P.28

30

MERCADO INTERNACIONAL Garrett................................................................................................................................................. P.30

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OFICINA DO MÊS Auto Pedro Sá.................................................................................................................................. P.32

34

PERSONALIDADE Paulo Carvalho, CARF................................................................................................................. P.34

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DOSSIER Filtros................................................................................................................................................... P.40

54

TÉCNICA CEPRA (Diferencial Torsen)....................................................................................................... P.54 Carkeynetwork - Chaves automóvel.................................................................................... P.56

58

FORMAÇÃO Car Academy - Elétricos e Híbridos (Cap. 5).................................................................... P.58


Editorial

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E PAULO HOMEM DIRETOR

paulo.homem@posvenda.pt

Mercado ibérico

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e uma forma mais evidente e consistente parece que começa a haver uma atração mútua do mercado do aftermarket espanhol pelo português e do mercado português pelo espanhol. Há alguns anos atrás, um colega jornalista espanhol, de uma publicação semelhante à Pós-Venda em Espanha, dizia-me que não havia qualquer interesse das empresas espanholas pelo mercado português. Aliás, tal assunto não era sequer interessante do ponto de vista editorial, pelo que a partilha de informação que fazíamos so-

É de enaltecer que certas empresas nacionais pretendam ocupar uma posição no mercado espanhol, atendendo à dimensão desse mercado, à dimensão dos grandes operadores de peças e ao seu poder de mobilização dos clientes oficinais

bre dados de mercado, esse profissional nunca tinha interesse nos dados que eu enviava de Portugal. A verdade é que no setor dos pneus (e até dos equipamentos) há muito que existe interesse recíproco entre empresas dos dois países pelos mercados do outro país e são alguns os exemplos bem sucedidos de empresas portuguesas que agora já operam em Espanha e de empresas espanholas que vieram apostar no mercado português. Nas peças está precisamente a acontecer o mesmo, embora neste setor a concorrência seja muito mais feroz e, provavelmente, as dificuldades das empresas penetrarem nos mercados vizinhos seja bem maior, por diversas razões, a começar pela pressão das marcas de peças. É de enaltecer que certas empresas nacionais pretendam ocupar uma posição no mercado espanhol, atendendo à dimensão desse mercado, à dimensão dos grandes operadores de peças (muitas marcas internacionais têm lá os seus escritórios ibéricos) e ao seu poder de mobilização dos clientes oficinais. A próxima edição da Motortec em Madrid (março) e da Expomecânica no Porto (maio), poderão dar-nos mais informação e detalhes sobre o que poderá representar o mercado espanhol para as empresas portuguesas e sobre a real importância do mercado português para as empresas espanholas. Certo é que as empresas, nomeadamente em Portugal, estão a tomar novas posições, alargando os seus horizontes, procurando com isso melhorar a sua oferta, mas também obter melhores preços para os seus clientes. Vamos esperar para ver o que 2019 nos pode trazer a este nível.


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Destaque

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AXPO

Reduzir o consumo energético A AXPO Portugal disponibiliza planos de eficiência energética que se adaptam às oficinas, por forma a reduzir custos nas faturas de energia e melhorar a qualidade da iluminação TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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ugo Martins, KAM Power & Efficiency da AXPO, explicou à PÓS-VENDA de que forma os planos de eficiência energética para pequenas e médias empresas se adaptam às oficinas, em espaços já existentes ou em novas instalações. “Em termos de eficiência energética para as oficinas, temos produtos ligados à iluminação, à redução do consumo de energia através de projetos de fotovoltaico, e projetos para correção do fator de potência, ou seja, para eliminar a energia reativa dos consumidores. Nas oficinas de menor dimensão vamos para produtos mais simples e imediatos, como a iluminação e também o fotovoltaico. Tentamos perceber quais as falhas na instalação do cliente, identificamos as necessidades e resolvemos o problema, para que poupe na fatura de energia”. A equipa de consultores comerciais da AXPO faz a pesquisa por novos clientes e a empresa tem também uma linha aberta para pedidos de

clientes, que pretendem que seja realizado um estudo de eficiência energética nas suas instalações. “O cliente percebe como está e no que pode melhorar. Estes pedidos têm aumentado significativamente e isso é reflexo que o tecido empresarial já olha de outra forma para este tipo de projetos”. A AXPO visita as instalações do cliente e faz um levantamento das necessidades, de forma gratuita. “Depois fazemos um estudo com a implementação desses novos equipamentos e fazemos o comparativo energético. Conseguimos calcular qual será o consumo futuro e o que representa em termos de valor. O cliente fica a saber quanto irá ter de investir e quanto será a sua poupança. Na parte do fotovoltaico, além de visitarmos o local para verificar se tem condições de implementação, tentamos perceber, conforme o perfil de consumo do cliente, qual o ponto ótimo, para encontrarmos a melhor solução”. Segundo Hugo Martins, é na iluminação


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AXPO Lisboa 800 834 008 info.pt@axpo.com

que se nota de forma mais imediata a poupança energética nas oficinas. “Ao alterarmos o sistema de iluminação, estamos a falar de poupanças na ordem dos 60%, o que representa cerca de 20% na fatura global de eletricidade. Nos projetos de fotovoltaico estamos a falar de 20% a 30% da fatura de eletricidade. “A iluminação é uma das medidas mais imediatas e com intervenções muito curtas e que além de melhorarmos não só o consumo, melhoramos também a qualidade lumínica. Há oficinas com uma iluminação muito deficiente em que os trabalhadores, ao fim do dia, estão mais cansados. E uma oficina com uma luz adequada tem outro aspeto, o que faz toda a diferença e convida à entrada dos clientes. Por exemplo, há muitas oficinas que têm campânulas industriais e, nestes casos, substituímos a própria campânula, que tem uma potência, normalmente, 400 Watt. Substituímos por um LED de 150 Watt e aqui o diferencial é a poupança”. O tempo de implementação por parte da Axpo é quase imediato. “Temos casos em que a instalação de iluminação fica feita em uma ou duas semanas. Se for uma central fotovoltaica demora cerca de três semanas, dependendo da dimensão. E a instalação é feita por zonas, de forma a minimizar o impacto no trabalho da oficina. Sempre

de acordo com as normas de segurança”. Outra das medidas de poupança é a verificação da instalação de ar comprimido, em que a poupança está na ordem dos 15%. “É frequente existirem perdas, que levam a que o compressor esteja constantemente a trabalhar. E essa é uma medida das mais imediatas”. INVESTIMENTO A Axpo efetua o estudo das necessidades do cliente e determina o prazo do investimento: máximo a cinco anos na iluminação e oito anos no fotovoltaico. “Essa é uma grande mais valia dos nossos produtos. O cliente não tem de se descapitalizar desde o primeiro dia, fazemos o estudo e o cliente paga o investimento a cinco ou oito anos. No caso dos produtos da Axpo (Iluminação, Fotovoltaico, Correção do fator de Potência), o cliente paga uma quota fixa e o objetivo é que essa quota seja inferior à poupança gerada. Ao final desses anos, como já não tem de pagar o investimento, vai poupar na totalidade. Quando falamos em projetos de iluminação ou fotovoltaico falamos sempre num investimento mínimo de cinco mil euros, que normalmente já é suficiente para a alteração da iluminação. Hugo Martins adianta que em breve a Axpo irá comercializar também gás natural. “Para as oficinas que tenham repintura, será interessante. Uma das medidas será a alteração do consumo de gás propano para gás natural, porque é um combustível mais barato. Quanto ao investimento, falamos de queimadores na ordem dos três ou quatro mil euros”.

Exemplo de consumos e poupanças em oficinas intervencionadas CLIENTE CONSUMO POUPANÇA ANUAL (KWH)

POUPANÇA (%) ANUAL ESTIMADA (KWH)

POUPANÇA € /ANO ESTIMADA

Oficina 1 Oficina 2 Oficina 3 Oficina 4 Oficina 5 Oficina 6 Oficina 7 Oficina 8 Oficina 9 Oficina 10 Oficina 11 Oficina 12 TOTAL

26,5% 28,3% 29,6% 31,8% 28,1% 29,3% 29,2% 21,5% 29,9% 26,3% 27,4% 25,5% 28,2%

634,00 € 10.628,47 € 2.465,46 € 4.804,00 € 2.400,00 € 1.875,00 € 443,00 € 1.087,00 € 448,00 € 2.675,00 € 1.644,00 € 1.330,74 € 30.435,00 €

17.239 98.905 48.452 85.612 47.960 39.500 7.651 26.427 7.161 65.052 33.307 36.224 513.490

4.566 28.035 14.354 27.191 13456 11.579 2.235 5.692 2.142 17.139 9.113 9.253 144.755

Como tem sido o feedback das oficinas onde a AXPO já efetuou estas alterações? “Quando falamos em iluminação, onde o cliente pode poupar até 60%, com a troca de equipamento antigo por novo, é importante que exista consumo. Porque se o consumo não for significativo, não rentabiliza o investimento. Todos os clientes ficam satisfeitos com a melhoria da qualidade da iluminação, principalmente em zonas específicas, como as de repintura, que têm de ter uma iluminação com muita qualidade. E isto reflete-se também na melhoria da produtividade dos trabalhadores. Além da poupança imediata e visível. No caso do fotovoltaico, que são projetos de um valor superior, terá de ter alguma dimensão e espaço disponível. Temos algumas solicitações em que as oficinas são em caves ou prédios, onde não temos como implementar o fotovoltaico. Esta tem sido a maior dificuldade que temos com as oficinas de pequena dimensão. Nestes casos, temos de ir por outro caminho: pela iluminação, pelo ar comprimido, ou até pela climatização, que embora não tenhamos oferta comercial para este tipo de medidas, é importante. Podemos ter um projeto de eficiência energética alterando os equipamentos de climatização antigos por outros mais eficientes. É outra das formas de baixar a fatura de energia”.


Notícias

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N CGA

Novos horizontes Os últimos dias de 2018 trouxeram algumas importantes novidades ao mercado do pós-venda na relação que existe em empresas portuguesas e espanholas ERRATA Dossier de diagnóstico

Na edição nº39, no Dossier sobre Equipamentos de Diagnóstico, existia uma troca de colunas do texto que afetou as empresas Cardinais, Gonçalteam e Bosch. Apesar de o texto estar completo, a troca de colunas dificultava a leitura do mesmo. Essa troca de colunas foi corrigida na edição online que poderá ler em posvenda.pt/revista-pos-venda-39/

TEXTO PAULO HOMEM

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Grupo MCoutinho, que incorpora a empresa AZ Auto, divulgou no final do mês de dezembro de 2018, a sua associação ao grupo ibérico de distribuição de peças CGA. Criada em 2010, a CGA faz parte da central de compras ATR International. Com esta parceria, o Grupo MCoutinho irá potenciar de forma exponencial a posição da sua insígnia AZ AUTO no mercado independente, oferecendo aos seus

clientes uma gama completa com condições ainda mais competitivas, aliada a uma logística de referência. Entretanto, no site oficial da CGA, também em finais de 2018, foi divugada a integração de três novos sócios, dois deles portugueses, na estrutura deste operador de peças espanhol. Nessa mesma informação, revelava o Grupo MCoutinho, mas também a Auto Delta, empresa grossista de Leiria. Desta forma o Grupo CGA, que já trabalha com a Davasa em Portugal, passa a reforçar a sua presença no mercado português com a Auto Delta e o Grupo Mcoutinho, através da AZ Auto. Outra importante novidade, é que a partir do passado dia 01 de janeiro, a Create (Create Business) passou a ter mais um parceiro em Espanha, neste caso a Grupauto, empresa que tem sede em Valência e delegações em Albacete, Alicante, Múrcia (e a abrir proximamente em Sevilha), e que desta forma se junta ao


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MeshPower é a mais recente solução de lixagem da Norton

D projeto Ibéria deste operador português. “Desta forma começamos o novo ano com um importante reforço na presença geográfica, mas também na qualidade da Create em Espanha”, diz em comunicado Pedro Proença, responsável de marketing da Create. A Grupauto foi fundada em 1989. Cobre toda a área do arco mediterrâneo no sul da península. Os seus cinco armazéns têm uma área de armazenamento de mais de 12.000 m2 e conta com uma equipa de mais de 40 pessoas. Além disso, possui mais de 100 lojas associadas, o que permitem uma cobertura muito capilar da região e levam sua oferta a milhares de oficinas. A Grupauto tem uma grande credibilidade na Espanha, querendo melhorar a sua oferta e serviço através da oferta Create (serviços + Valor) para chegar competitivamente aos diferentes segmentos do mercado. Segundo o seu presidente Enrique Almendros “vemos na Create a oportunidade de ganhar dimensão e diferenciação no mercado e com isso aportar mais valor para nossos clientes”. Com a incorporação da Grupauto a Create busca um importante reforço na presença ibérica e na dimensão do projeto iniciado há um ano. Segundo o seu presidente, Carlos Nascimento, “para nós é um enorme prazer ter a Grupauto na Create e assim seguir a linha de ter um projeto de escala Ibérica com a capacidade de enfrentar com confiança os desafios do pós-venda”. PUBLICIDADE

esenvolvida para proporcionar um ambiente de trabalho sem poeira, a nova gama de produtos MeshPower da Norton é construída com um suporte em malha aberta que permite a extração de poeira superficial durante o processo de lixagem, melhorando o acabamento e permitindo que os operadores trabalhem num ambiente mais limpo e saudável. Ideal para a indústria em geral, reparação automóvel, náutica e OEM, trabalhos em madeira e bricolage, a gama MeshPower da Norton oferece uma nova solução de lixagem para uma gama completa de aplicações. A tecnologia patenteada Norton No-Fil aplicada aos grãos abrasivos na gama Norton MeshPower ajuda a prevenir o empapamento, e quando combinada com a sua estrutura em malha facilita a utilização dos produtos durante mais tempo, permitindo uma economia de tempo e dinheiro. Também ajuda a obter um melhor e mais rápido acabamento, com padrão de riscos mais fino e resultados consistentes ao longo da vida útil do produto, sofrendo um desgaste uniforme durante a utilização. Com uma estrutura aberta e sistema aglomerante de resina premium, os produtos Norton MeshPower podem ser usados a húmido ou a seco para obtenção de um acabamento perfeito.Quando o abrasivo eventualmente precisar de ser mudado, o suporte self-grip

facilita uma troca rápida e fácil. Além disso, devido à sua inovadora estrutura em malha, não tem um padrão de furação definido. Não é necessário alinhar os furos, apenas aplicar no suporte e recomeçar o processo de lixagem. A gama de produtos Norton MeshPower é altamente versátil: pode ser utilizada em muitos materiais, com ou sem máquina e em superfícies lisas ou com contornos, e está disponível em dois níveis de qualidade: “ÓTIMO” com grão cerâmico premium e “MELHOR” com grão de óxido de alumínio. O Norton MeshPower está disponível em discos, tiras, rolos e apresenta uma gama de acessórios complementar para responder às necessidades de todas as operações.

Imporfase lança novas ponteiras para BMW Série 5

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Imporfase acaba de lançar no mercado aftermarket as novas ponteiras para o BMW serie 5 (esquerda e direita), sendo a sua primeira novidade de 2019. Segundo a empresa, a Imporfase é a primeira na Península Ibérica a ter estas

ponteiras de aplicação, neste caso para o Série 5 ds BMW. No website da Imporfase dedicada ao tema (imporspeed.com), os clientes poderão ver todas as ponteiras de escape a 360 graus, incluindo esta novidade para o BMW Série 5.


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Soulima inaugura nova loja no Prior Velho

NOTÍCIAS

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Soulima acaba de abrir uma nova loja, desta feita no Prior Velho, concelho de Loures, dando continuidade ao seu processo de crescimento na região da grande Lisboa. Esta nova loja veio proporcionar à Soulima o seu posicionamento estratégico numa zona de grande importância, garantindo uma maior proximidade junto dos seus atuais e potenciais clientes. Desta forma a Soulima cumpriu mais um dos seus objetivos traçados, inserido na sua es-

Ferdinand Bilstein líder de mercado no aftermarket independente

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Ferdinand Bilstein é líder de mercado global de peças de substituição para veículos ligeiros e pesados no aftermarket independente. Esta informação foi conhecida através de uma lista atualizada e publicada na revista de negócios alemã “Wirtschaftswoche”. “Os nossos serviços, a nossa gama de produtos com mais de 60.000 peças diferentes e a nossa disponibilidade mundial proporcionam-nos um lugar de destaque no aftermarket independente”, revela Jan

OPINIÃO Normas e Métodos Após Venda: A Recepção – O acto nobre da reparação (III) tratégia global de crescimento. A Nova loja da Soulima situa-se no Prior Velho, na Rua de Moçambique nº 90, Loja D. Siekermann, Diretor-Geral do Grupo. “O título de ‘líder de mercado global’ é para nós uma honra e, em simultâneo, uma motivação. Pretendemos cumprir a nossa missão de oferecer o melhor serviço aos nossos clientes, também no futuro. Para isso, estamos constantemente a evoluir, melhorando continuamente a nossa oferta”. A lista dos líderes foi compilada sob a orientação académica do professor de Economia, Dr. Christoph Müller, da Universidade de St. Gallen, na Suiça. As empresas presentes nesta lista obedecem a critérios rigorosos, incluindo negócios em, pelo menos, 3 dos 6 continentes e pressupõe uma receita anual de pelo menos 50 milhões de euros, dos quais, pelo menos 50%, devem ser gerados por exportações e negócios estrangeiros.

Merpeças adquire SilvaPeças em Ourém

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o seguimento da estratégia desenhada para o ano de 2018, e após o reforço da presença da marca em Lisboa e no Sul do país, a Merpeças anunciou que adquiriu a totalidade das quotas da SilvaPeças lda, empresa sediada em Ourém. Este negócio garante um melhoramento do posicionamento geográfico estratégico e uma relação comercial privilegiada com algumas marcas fabricantes muito importantes no segmento onde opera. Durante as primeiras semanas com a chancela Merpeças,

procedeu-se à actualização e reforço de stock, formação dos membros da equipa e revitalização das parcerias comerciais consolidadas anteriormente. O desejo agora passa por replicar o modelo de negócio que tem vindo a dar garantias de longevidade e sucesso.

Num minuto... Segundo dados da ACAP, o mercado automóvel confirmou em Dezembro a tendência de queda iniciada em Setembro, mas consegue fechar o ano com crescimento de 2,6%.

José Ramón Martínez foi nomeado como o novo diretor geral da MANN+HUMMEL IBÉRICA, enquanto Irene Pardo assumiu a responsabilidade pelo marketing e comunicação externa para Espanha e Portugal

Um dos pontos chave da recepção é sabermos informar o cliente do custo da reparação do seu veículo. Deve-se realizar sistematicamente um orçamento ou estimativa dos trabalhos a realizar. No caso de ter de se efectuar um diagnóstico, após o mesmo, dever-se-á voltar a contactar o cliente, informá-lo e obter, por escrito, o seu acordo para a reparação. Os requisitos legais não devem ser esquecidos, assinatura da Ordem de Reparação por ambas as partes, trabalhos adicionais autorizados por escrito pelo cliente, entre outros. A vistoria do veículo em conjunto com o cliente é fundamental pois além de assegurar o estado de conservação do mesmo, que ficará à guarda da oficina, é nesta altura que comercialmente podemos propor a venda de peças e serviços. Há que verificar, juntamente com o cliente, todas as peças de desgaste visíveis: pneumáticos, lâmpadas, escovas limpa-vidros, etc., bem como anomalias de aspecto: riscos mossas, ópticas, etc,. Esta acção deverá demorar pelo menos 50% do tempo de recepção. Atenção, propor a reparação das anomalias encontradas não é “impor a reparação”. Podemos transformar um momento profissional e apreciado num momento desagradável e que pode originar a perda do cliente. Caso o mesmo se mostre interessado, deve ser realizado de imediato um orçamento e, caso se tenha o acordo cliente juntar à Ordem de Reparação todas as reparações adicionais. Caso não haja possibilidade de realizar a reparação nesta visita, deve ser agendada, nova data para os trabalhos adicionais. A data de entrega do veículo e o seu cumprimento são fundamentais na satisfação do cliente. Deixamos este tema para o próximo artigo. PAULO QUARESMA GTAVA.PT



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SOLUÇÃO

Um sistema de arrefecimento eficaz impede que o motor sobreaqueça e garante uma temperatura operacional constante e estável. O anticongelante do radiador correto protege todo o sistema de refrigeração. Antes de colocar o novo anticongelante deve ser feita uma limpeza de radiador (Ref. 2506). A LIQUI MOLY tem uma renovada e ampla gama de anticongelantes, dos quais destacamos os seguintes dois.

O Antincongelante KFS 12++ (Ref. 21134) é concentrado e foi desenvolvido para motores em ferro fundido, alumínio ou na combinação dos dois, assim como para todos os sistemas de refrigeração com ligas de alumínio e/ou cobre. Especialmente adequados para modelos alemães Vantagens >> Proteção ideal contra a corrosão >> Protege os materiais >> Isento de aminas, boratos, nitritos e fosfatos >> Protege contra o aquecimento excessivo

NOTÍCIAS

PROBLEMA

A natural evolução tecnológica na construção de motores trouxe novos materiais (alumínio, magnésio...), bem como motores mais potentes e simultaneamente mais pequenos. Um anticongelante incorreto ou de má qualidade pode provocar danos no motor.

Dica Ambiental by

Eco­‑Partner Guia Eletrónica de Resíduos – e-GAR 3.0 A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a preparar a 1ª alteração da Portaria n.º 145/2017, de 26 de abril, que define as regras aplicáveis ao transporte rodoviário, ferroviário, fluvial, marítimo e aéreo de resíduos em território nacional e cria as guias eletrónicas de acompanhamento de resíduos (e-GAR). Para 2019 está prevista a implementação da versão e-GAR 3.0, uma nova versão da plataforma geradora das guias eletrónicas de resíduos, integrada na revisão da Portaria 145/2017, que poderá trazer muitos melhoramentos A nova versão pretende disponibilizar “mais qualidade de dados, mais controlo e mais conforto para o utilizador”. A lista das alterações poderá incluir: >> mecanismos para lidar com

Vantagens >> Proteção contra cavitação >> Proteção ideal contra a corrosão >> Protege os materiais >> Isento de aminas, boratos, nitritos e fosfatos >> Protege contra o sobreaquecimento

FICHAS TÉCNICAS E MODO DE UTILIZAÇÃO EM

www.liqui-moly.pt INFORMAÇÕES

comercial.iberia@liqui-moly.com

A revisão da portaria poderá ainda definir alterações quanto às isenções, prazos das obrigações para efetuar ações na plataforma e registos definidos na Portaria SIRER MIRR 2018 Em 2019 o reporte do Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR 2018), terá ainda a opção de “prepreenchimento” com dados e-GAR. Continue a fazer a diferença para um futuro melhor. www.eco-partner.pt

Groupauto nomeia ZF Aftermarket como “Fornecedor do Ano de 2018”

N O Anticongelante KFS 13 (Ref. 21139) é concentrado e cumpre a norma G13 usada por diversas marcas alemãs. Garante uma proteção elevada dos materiais, ao mesmo tempo que prolonga a vida útil do motor, garantindo o cumprimento de uma elevada exigência térmica

correções de guias emitidas; >> melhorar o mecanismo de rejeição das guias; >> introduzir pesquisas avançadas nas funcionalidades de front-end; >> prever situações de devoluções parciais de carga; >> incluir uma regra de “15 minutos”, tempo durante o qual uma guia concluída ainda pode ser alterada; >> Restrições baseadas no SILOGR (impossibilidade de criação de guias para destinos não autorizados); >> obrigatoriedade de NIF de origem nas guias variantes; >> arquivo automático das guias pendentes há mais de um ano; >> possibilidade de o produtor não autorizar uma guia emitida abusivamente.

o tradicional congresso anual da Groupauto International (GAI) a ZF Aftermarket foi nomeada “Fornecedor do Ano de 2018”. Markus Wittig, Diretor da Unidade de Negócio para o Mercado de Pós-Venda Independente, recebeu o prémio “Melhor Fornecedor do Ano” em nome da ZF Aftermarket na cerimónia que decorreu no Mónaco. Wittig mostrou-se muito satisfeito com o prémio: “Para a ZF Aftermarket, o prémio destaca a nossa capacidade de inovação, bem como a forte orientação

da nossa equipa para o cliente. Estamos orgulhosos deste prémio e da nossa cooperação de longa data e de confiança com a Groupauto.” Além da qualidade dos produtos e dos programas, as organizações que fazem parte da GAI avaliam as transações comerciais dos fornecedores com cada um dos membros do grupo de distribuidores. Os critérios de avaliação incluem a disponibilidade, o nível de serviço da entrega, o apoio técnico, o apoio ao marketing e às vendas, e outros serviços.

Num minuto... A MAHLE acaba de inaugurar um novo centro de pesquisa e desenvolvimento na sua sede em Valência (Espanha).

A Krautli Portugal lançou o novo lubrificante Valvoline Synpower DX1 5W-30. Formulado para respeitar à recém-adotada classificação API SN Plus, protegendo os motores GDI (Injeção Direta a Gasolina) de pré-ignição de baixa velocidade (LSPI).


Total apresenta “fluidos” pioneiros para veículos elétricos e híbridos

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Total acaba de lançar uma inovadora linha de fluidos para veículos elétricos e híbridos, dando seguimento à sua estratégia ao nível da mobilidade elétrica. Duas novas gamas de produtos estão agora disponíveis para os construtores automóveis: Total Quartz EV Fluid, para veículos ligeiros, e Total Rubia EV Fluid, para veículos comerciais, veículos pesados de mercadorias e autocarros elétricos. Os investigadores da Total concentraram seus esforços de investigação e desenvolvimento para estes fluidos em quatro características principais, exigidas por qualquer aplicação elétrica ou híbrida: – propriedades dielétricas, essenciais para qualquer uso com corrente elétrica; – compatibilidade com novos componentes de eletrificação, ajudando a prevenir a corrosão de bobinas de cobre em motores elétricos e protegendo os revestimentos de polímero; – uma solução para as restrições de temperatura específicas para modelos elétricos: rápida libertação de calor durante grandes acelerações ou cargas rápidas, gestão térmica de baterias, etc.; – serviços de lubrificação convencionais para transmissões para proteger seus componentes mecânicos, manter ótimas propriedades de fricção e garantir a eficiência dos veículos ao longo do tempo.

A Technopompe continua a aumentar o seu portfólio de representações com a recente introdução da marca de ferramentas USAG.


Atualidade

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ACAP / DPAI

Mais e melhor informação A ACAP / DPAI está a apresentou o balanço do trabalho desenvolvido durante o ano de 2018 e divulgou as iniciativas programadas para 2019

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TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

o passado mês de dezembro, teve lugar o encontro anual das Comissões Especializadas que integram a Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI), onde, para além do habitual balanço do trabalho desenvolvido durante o ano de 2018, foram reveladas as novidades para 2019. Joaquim Candeias, Presidente da DPAI, iniciou a sessão. “Este ano lançámos uma comissão de distribuidores de pneus e estamos numa fase de arranque de uma associação de fabricantes. Também desenvolvemos um plano estratégico de comunicação e temos uma campanha para 2019, direcionada no âmbito de alargarmos a nossa ação e termos uma comunicação mais abrangente. Tivemos também a adesão de 38 novos membros à DPAI”. Joaquim

Candeias indicou ainda que a DPAI pretende ter, a partir de 2019, estudos de tendências de mercado e correlação, com vendas de IAM e outros indicadores económicos. “Tivemos grandes alterações internas, com novos recursos humanos, que vão trabalhar o tratamento de dados e estatísticas. Também pretendemos melhorar a informação que disponibilizamos ao nível do parque automóvel”. Joaquim Candeias indicou ainda que a DPAI vai participar na próxima edição da Expomecânica. “Pela primeira vez, a comissão de fabricantes irá ter um espaço próprio na feira. Esta é uma mais-valia, num evento que cresce no nosso mercado e que é muito importante para o setor independente em Portugal. E também fazemos parte da organização da Motortec. É uma parceria que esta-


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mos a desenvolver”. Lembrou ainda a importância da formação na qualificação dos profissionais do setor, assim como o trabalho que a ACAP/DPAI tem vindo a desenvolver nesse sentido. Dário Afonso discursou também sobre a importância da formação promovida pela ACAP/DPAI, referindo o feedback positivo dos alunos de anteriores ações de formação. “O maior desafio da próxima década são os recursos humanos e a gestão de talentos por parte dos empresários”, e afirmou que a atual interligação entre as várias áreas do mercado está a influenciar o negócio do setor, assim como as preocupações atuais da sociedade com a sustentabilidade, as alterações tecnológicas, climáticas e sociais, “que trazem novas soluções de mobilidade e obrigam a uma adaptação do setor automóvel, onde o conhecimento tem um papel fundamental. O aftermarket vai na direção do online, numa perspetiva B2C. Os novos modelos de negócio e novas soluções de mobilidade mostram-nos a crescente importância da partilha de dados, onde a manutenção preditiva tem um papel fundamental”. Apresentou alguns dados relativos ao aftermarket a nível europeu e referiu também a importância de algumas ferramentas que irão revolucionar o mercado, tal como as impressoras 3D. “Cada vez mais torna-se possível construir uma peça no momento, mesmo alguns componentes que são difíceis de PUBLICIDADE

encontrar no mercado”. Por fim, indicou que a 4.ª edição do Programa Avançado de Gestão para Profissionais do Pós-venda Automóvel irá ter início em fevereiro de 2019, na Universidade Nova. Pedro Barros, da Comissão Executiva da DPAI, focou-se na importância da divisão em fornecer mais e melhores dados estatísticos ao mercado: “Para 2019, temos como objetivo um novo Observatório de Peças e Acessórios Independentes. Uma nova forma de olhar os dados. Queremos orientar as empresas para aquilo que é o futuro, disponibilizando mais informação ao mercado, para podermos prever o que vai acontecer com mais exatidão. E aqui temos três grandes tipos de informação relevante: dados sobre o parque automóvel, porque a forma como o parque se altera vai ter um impacto enorme nas vendas; informação relativa às entradas nas oficinas, porque de acordo com o comportamento dos consumidores as entradas nas oficinas podem aumentar ou não; e, por fim, a composição do programa de vendas e de que forma é que o tipo de artigos utilizados está interligado com as entradas nas oficinas”. E adiantou: “o nosso foco é no próximo trimestre. Como já temos os dados referentes a 2017, conseguimos até ao final do próximo trimestre apresentar o trabalho com esses dados. E durante 2019, pretendemos apresentar os dados de 2018. O outro

objetivo da DPAI é o de trabalhar as bases de dados e classificá-las segundo uma metodologia diferente: estamos habituados a classificar se a entidade é distribuidora, retalhista ou oficina. Mas, atualmente, há entidades que têm mais do que uma atividade. E por isso vamos utilizar uma metodologia baseada em tags e etiquetá-las de acordo com as várias atividades”. Por fim, indicou que outra das preocupações da ACAP/DPAI é “perceber qual a dimensão do negócio aftermarket e qual vai ser a evolução futura. E para perceber isto pensámos em arranjar formas de relacionar o volume de negócios com outras dimensões de informação, para conseguirmos perceber qual a dimensão futura do mercado independente. No próximo ano contamos mostrar os resultados deste trabalho, com uma apresentação baseada em novos pressupostos e metodologias”. Em seguida, foram apresentados os dados relativos ao Observatório de Peças e Acessórios Independentes, assim como o novo website do observatório, que irá estar online durante o ano de 2019. “Olhávamos para as variáveis individualmente: o PIB, a evolução do Pós-Venda, etc., mas não havia nenhum estudo de correlação entre o volume de negócios do aftermarket e outras variáveis económicas, do parque automóvel, de mercado, etc. O que nos propomos é incluir a taxa de crescimento como variável de estudo e fazer essa interligação dos dados. E vamos também apresentar um estudo de tendências futuras para o mercado”. Estiveram também presentes Ribeiro da Silva, da Comissão Especializada de Produtores de Pneus, que se focou na última ação de rua desenvolvida pela Comissão, com vista a sensibilizar os condutores para a importância de uma utilização e manutenção correta dos pneus por forma a reduzir a sinistralidade, e Manuel Félix, da Comissão Especializada de Distribuidores de Pneus, que apresentou alguns dados relativos ao mercado de pneus em Portugal, assim como as atividades desenvolvidas durante o ano de 2018.


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E REDES DE RETALHO

Mais do que uma tendência, uma necessidade

Os grupos de retalho não são propriamente uma novidade no aftermarket, mas a verdade é que nos últimos anos temos vindo a assistir ao crescimento de alguns grupos já estabelecidos e ao aparecimento de novos

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TEXTO PAULO HOMEM

retalhista será sempre o elo mais próximo da oficina em toda a cadeia de distribuição, embora essa posição esteja a ser cada vez mais ameaçada pelas plataformas online de peças B2C, pelas novas posições geográficas assumidas por alguns grossistas, mas também pelas próprias marcas que no fundo são o primeiro elo de toda essa cadeia e que abastece direta ou indiretamente todos os restantes operadores e até, em alguns casos, as oficinas. Na edição da revista PÓS-VENDA nº34, editamos um interessante trabalho sobre

os retalhistas de peças, onde contamos com a opinião de muitos responsáveis de empresas de retalho de peças, que comentaram (alguns deles) que fruto de uma questão cultural não existe em Portugal a cultura do associativismo. Essa cultura tem vindo a mudar lentamente, é certo, o que tem levado ao aparecimento de novos grupos de retalho nos últimos anos, juntando-se a outros que já estão no mercado há mais anos e que se têm vindo a atualizar constantemente. A ideia central que levou ao desenvolvimento de qualquer grupo de retalho encontra-se no preço, isto é, as com-


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PERGUNTAS

1 - Genericamente, quais são as vantagens, para os retalhistas, de estarem associados em rede? 2 - Para além do preço das peças mais competitivo, que outras mais valias os retalhistas de peças têm em estarem associados ao vosso grupo de retalho? 3 - Quais as vantagens que uma marca (de peças) tem em trabalhar com o vosso grupo de retalho? 4 - Qual a importância de trabalhar marcas exclusivas e marca próprias no vosso grupo de retalho? 5 - O futuro do retalho de peças passa necessariamente pela associação dos retalhistas de peças a grupos de retalho? 6- Porque razão em Portugal o desenvolvimento dos grupos de retalho é tão lento? Os retalhistas de peças não gostam de se associar? 7 - Como analisa o futuro desenvolvimento dos grupos de retalho em Portugal, no enquadramento das grandes centrais de compra que existem na Europa e no mundo?

pras diretamente ao fabricante em maior quantidade levam à obtenção de melhores preços para os retalhistas e consequentemente para as oficinas. Depois existem muitas outras vantagens, como o acesso direto aos fabricantes de peças, a possibilidade de trabalhar “melhor” as garantias, o desenvolvimento de planos de formação, a gestão melhorada, em alguns casos a constituição de redes oficinais, o acesso e disponibilização de plataformas B2B, o apoio técnico (para as oficinas), a dinamização de campanhas comerciais mais atrativas, sem esquecer ainda a aposta em marcas próprias. Neste trabalho foram contactados sete grupos de retalho, dos mais recentes aos mais antigos, embora não tinha sido possível obter as respostas de dois deles, um por opção própria (Create) e outro por ausência de resposta (Grupo AD). Os responsáveis da Bragalis, Redeinnov, Atlantic Parts, Europartner e Grupo Trustauto abordam neste trabalho as vantagens das casas de peças estarem integradas em grupos de retalho, bem como outros assuntos que caracterizam a atividade destes operadores, sem esquecer o que pensam sobre o seu futuro desenvolvimento.

ligados às oficinas, torna-os potenciais líderes na cadeia distributiva. 2 – As mais valias são a imagem institucional de grupo e o marketing diferenciador e de vanguarda, sem esquecer a assessoria à gestão. Outras mais valias são os produtos exclusivos da marca TRUSTAUTO e Autopart, as marcas premium menos “massificadas”, tais como a Hella, TRW, OCAP, Hengst ou Bugatti, apenas para dar alguns exemplos. Muito importante, no caso do Grupo Trustauto, é a oferta de um “PACK e-commerce” com ligação aos stocks do grupo, catálogo TECDOC integrado e ligação B2B às suas oficinas… tudo “chave-na-mão”! Refiro ainda o plano de formações certificadas, exclusivo do Grupo Trustauto para as oficinas. 3 - O que os fabricantes hoje pretendem é estar próximo da reparação. Garantir que a rentabilidade do seu produto não se esgota numa cadeia de distribuição tradicional. Resumindo, nós oferecemos-lhes isso. Conseguimos colocar o produto, diretamente nas oficinas, a um preço competitivo. 4 - O mercado está cada vez mais homogéneo em termos de oferta, dificultando a diferenciação resultando em mais concorrência direta. É evidente que neste momento apenas a oficina beneficia deste paradigma, no entanto, não acreditamos ser a única estratégia. Por esta razão, apostamos fortemente no procurement, por forma a identificarmos novas marcas, sejam estas menos massificadas, ou exclusivas. A incorporação de produtos de marca TRUST, é, de certa forma, o caminho natural para quem valoriza a diferenciação, como estratégia independente e subsequente maximização do resultado. 5 - Penso que passa por qualquer modelo que una sinergias de volume e capilaridade. No entanto acredito que o retalho está melhor preparado para a função de “Serviço Total” à oficina.

Ricardo Ribeiro GRUPO TRUSTAUTO

1 - Ao associarem-se, geram facilmente a economia de escala necessária para poderem exigir melhores condições de compra. Quanto à vantagem, não chamaria propriamente uma “vantagem”, mas sim o simples facto de estarem diretamente

6 - Penso que nada tem haver com gostar ou não gostar… A história comercial do nosso país é, desde sempre, vocacionado à importação. Grandes organizações se criaram neste setor em Portugal, em que o domínio das ferramentas do trading internacional ditaram a linguagem do nosso mercado praticamente até aos dias de hoje.


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Inicialmente por fortes impactos fiscais e posteriormente à homogeneização dos mercados na EU, nomeadamente na proximidade ibérica (Espanha), o know-how da importação tradicional foi deixando de ter o protagonismo de outrora, dando lugar a uma maior abertura e oportunidades de distribuição em Portugal. Hoje o mainstream é claro! Unidos conseguimos mais… 7 - Não sei se os grandes Grupos Europeus irão “eleger” mais parceiros em Portugal. O que me parece inevitável, é que as sinergias ibéricas serão inevitáveis.

Grupo Trustauto

Fundação 26 outubro 2017 Localização da sede Rua Sinais de Fogo, 12, 3.14.04-H, L à Alameda dos Oceanos, 17 Parque das Nações 1990-426 Lisboa Número de retalhistas aderentes 9 Número de lojas / armazéns 14 Nome dos retalhistas aderentes Jalema (Vila Real e Mirandela), Violantecar (Reigoso, Lamego, Viseu), Turbo Peças (Maia e Vila do Conde), Auto Peças Gafanha (Aveiro), Centralbat (Castelo Branco 1 e Castelo Branco 2), 3R Parts (Santarém), Alvercapeças (Alverca), Peciloures (Loures) e Loucar (Almada) Principais marcas representadas Hengst, TRW, Autopart, Turbo Motor, Hella, TC Matic, OCAP, General Ricambi, Bugatti, Kawe e Vege Marcas exclusivas Autopart, Kawe e TC Matic Marcas Próprias Trustauto nas seguintes linhas, Lubrificantes, Escovas Limpa vidros, Anticongelante, ADBLUE, Líquido ParaBrisas e Água Destilada Redes oficinais dinamizadas Número de oficinas dentro destas redes Endereço Portal B2B alvercapecas.pt, autojalema.pt, autopecas.pt, centralbat. pt, 3rparts.pt, peciloures.pt, loucar.com. pt, turbopecas.pt, violantecar.com. Portal técnico para oficinas Nº de formações realizadas por ano para oficinas 12 formações para mais de 180 mecânicos em 2019 Website trustauto.pt Responsável Ricardo Ribeiro Telefone 210 534 808 Email geral@afkt.pt

Nuno Wheelhouse Reis REDEINNOV

1 - As vantagens derivam essencialmente da organização de uma estrutura central de suporte ao negócio que apoie os membros da rede em todas as vertentes do seu negócio, no que se refere a compras, vendas e organização operacional. Quanto melhor forem as ferramentas de suporte ao negócio em todas as áreas referidas, melhor serão os resultados para todos. 2 - O “preço” das peças mais competitivo, é uma consequência de um conjunto muito alargado de acções, não é sequer um pilar ou uma questão central na RedeInnov. A rentabilidade dos membros da RedeInnov está dependente de muitos mais factores para além do preço da peça. Por isso, o nosso foco está em desenvolver projectos e ferramentas que tornem o membro da RedeInnov mais competitivo junto das oficinas (como a WebShop, a informação técnica, o ClubInnov, as formações…), ao mesmo tempo que acautelamos a rentabilidade actual e futura dos nossos membros. 3 - Podemos dizer, com satisfação, que um dos principais comentários positivos que temos por parte dos nossos fornecedores é o facto de que, todos os membros da RedeInnov sem excepção, se envolvem no desenvolvimento comercial da marca uma vez que decidimos avançar. Isto é o que na realidade permite transformar o potencial da RedeInnov em vendas efectivas da marca. Por outro lado, o nosso rigor no que se refere a pagamentos aos fornecedores também já é conhecido e reconhecido, tendo a RedeInnov, constantemente, nos seus relatórios financeiros que são de domínio público, a anotação de que paga todas as facturas, sem excepção, antes do fim do prazo de pagamento. No fundo, quando nos comprometemos com uma Marca a estabelecer uma parceria, cumprimos. 4 - A marca própria Innovparts existe para cumprir uma função muito específica no que se refere às linhas de produto de

Baterias, Escovas Limpa Vidros e Líquido Refrigerante. Poder oferecer qualidade original a um preço muito competitivo. Em relação às demais, não temos nenhuma preocupação no que se refere às exclusividades. Preocupa-nos ter fornecedores que actuem no mercado de forma honesta e transparente. Sendo assim, em circunstâncias de equidade, não dependemos em nada de exclusividades para sermos rentáveis e competitivos comercialmente no mercado. 5 - Não tem de passar necessariamente pela associação de grupos formais. Penso que nos próximos anos continuarão a existir vários modelos válidos, incluindo os grupos formais como a RedeInnov, os informais promovidos por alguns importadores e, ainda que pense que seja um caminho bastante mais difícil, os retalhistas que entendem continuar de forma totalmente independente. 6 - Em Portugal, infelizmente, não são só os grupos de retalho que têm um desenvolvimento lento. Continuo a não achar que em Portugal, comparando com outras realidades que conheço, sejamos mais avessos a associarmo-nos que outros. O que sim me parece determinante é o enquadramento global não ser propício a mais grupos ou a que os grupos se desenvolvam rapidamente. O facto de o mercado ser excessivamente fragmentado, como muitas empresas demasiado pequenas e com situações financeiras débeis, faz com que haja pouca capacidade de investimento. E um grupo de retalho, como qualquer outra entidade, necessita de capacidade de investimento para se poder desenvolver. 7 - As questões põem-se em primeiro lugar a montante, qual o desenvolvimento futuro dos grupos de compra internacionais, face às alterações que temos vindo a assistir só no decorrer deste último ano. Vai ser interessante continuar a acompanhar os desenvolvimentos no que se refere não só aos grupos de compra, mas também às empresas de enorme dimensão que têm resultado de aquisições e fusões em outros países na Europa. Não tenho dúvidas que no decorrer do próximo ano haverá novidades em Portugal relativamente a este tema, mas continuamos certos de que, as empresas que forem competitivas e tiverem claro qual a função que cumprem no mercado, não têm nada a temer, pelo contrário, estas alterações trarão oportunidades para quem tiver capacidade de as aproveitar.



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Redeinnov /3.0 Innovative Aftermarket Group S.A.

Fundação 2015 Localização da sede Rua Cidade de N’Dola, 41, 4150-207 Porto Número de retalhistas aderentes 10 Número de lojas / armazéns 21 Nome dos retalhistas aderentes MMPeças (Régua e Gondomar), Tisoauto (Felgueiras, Lixa, Amarante, Longra, Lousada e Faro), PDAuto (Braga); Rodeça (Sta. Maria da Feira e Estarreja), Auto Mafergil (Águeda), Maiorpeças (Rio Maior), SilvasAP (Caldas da Rainha e Bombarral), Orcopeças (Santarém, Almeirim e Coruche), MCPeças (Alverca e Sertã) e Divpax (Beja). Principais marcas representadas Monroe, Denso, FTE Automotive, Valeo, Lubrificantes ENI, Tudor, Wix Filters, Breda Lorett, MDR, Walker, Timken e CTR. Marcas exclusivas Marcas Próprias Innovparts Redes oficinais dinamizadas Número de oficinas dentro destas redes Endereço Portal B2B www.redeinnov.pt Portal técnico para oficinas www.redeinnov.pt Nº de formações realizadas por ano para oficinas Website do grupo de retalho www.redeinnov.pt Responsável Nuno Wheelhouse Reis Email geral@redeinnov.pt Telefone 223 263 288

José Alves Pires ATLANTIC PARTS

1 - Possibilidade de ter produto marca própria competitivo e sem concorrência, facilidade em chegar a marcas com condições mais competitivas, maior força de negociação. Possibilidade de acordos comerciais de grupo, como “rede”, concertar acordos comerciais com gestoras de frota, empresas de ald, renting ou leasing com manutenção, etc . ou rede de oficinas. 2 - Pertencer a um grupo ibérico como a RecAtlantic Parts e, por conseguinte,

aceder a um leque mais abrangente de disponibilidade de produtos diferenciados e marcas, acesso a plataformas de ajuda a venda de peças, acesso a um projeto para fidelizar clientes e vender mais a atuais e novos clientes, a Rede de Oficinas Multimarca RecOficial , 1ª Rede Ibérica Especializada na Manutenção e Reparação de Veículos 100% Elétricos. 3 - Competência e honestidade no desenvolvimento da marca. Acesso mais rápido e com cobertura comercial do país através de uma rede de associados. Diminuição do factor financeiro a nível de investimento e de risco de credito na implementação e crescimento comercial da marca. Racionalização do processo administrativo e logístico.

LUK, INA, FAG, Ruville, Mahle, Contitech, Blueprint, Swag, Liqui Moly, KYB, Varta, Sachs Lemforder, TRW Marcas exclusivas Recoficial, Raicam, Car, Montcada, Dampo e Globo. Marcas Próprias Comet, Motorcell, Global, OEM. Redes oficinais dinamizadas Recoifical (novidades muito em breve) Número de oficinas dentro destas redes Endereço Portal B2B web.tecdoc.net/ atlanticparts Portal técnico para oficinas Nº de formações realizadas por ano para oficinas Website www.atlantic-parts.com Responsável José Alves Pires Email jalvespires@atlantic-parts.com Telefone 21 910 69 80

4 - A de ter peças premium a preços competitivos. Ter o controle da distribuição e dos distribuidores e assim defender a marca de mercado “desenfreado” de conquista de mais vendas via preço. Ou seja, controlar mais eficazmente concorrência sem bottom line . 5 - Passará mais pela união dos grupos de retalho, fusões e parcerias comerciais a “sério” entre grupos, aproveitando sinergias de marcas complementares, aumento de capacidade de negociação de marcas comuns e melhor cobertura geográfica. 6 - Tem a ver com o espirito de propriedade do português, gostamos todos de ser “o dono” e pela outra “virtude” ancestral: “ a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha” e portanto o espirito associativo dentro do grupo é sempre violado. 7 - O mercado português sofre de um problema, a dimensão. Só grupos com dimensão serão cobiçados pelas grandes centrais de compra da Europa ou do mundo. E mesmo assim o “factor compra /investe” do capital só se interessa por rentabilidade forte (aqui até podemos chegar) mas em Casflows operacionais de muitos dígitos e acima dos da média de Portugal.

Atlantic Parts, SA

Fundação Abril, 1998 Localização da sede Sintra Número de retalhistas aderentes 27 Número de lojas / armazéns 2 armazéns, Sintra e São Pedro de Fins, 42 lojas de associados distribuídas pelo continente e ilhas. Nome dos retalhistas aderentes Principais marcas representadas SKF,

César Branco EUROPARTNER

1 - Para os retalhistas, no futuro será fundamental trabalharem em plataformas ou com acesso às mesmas pertencendo a redes de marca ou fabricantes ou fazendo parte de organizações independentes que lhes propiciem as vantagens de acesso à informação, ao serviço e em última instância ao produto aftermarket. A Europartner baseia o seu conceito no Tecpartner , uma ferramenta de integração do Tec Doc com os sistemas de gestão das lojas de peças que permite, entre outras coisas, a partilha de stocks a nível nacional e informação sobre as pesquisas efetuadas na zona de atuação da loja de peças. As lojas de peças mantêm a sua total independência com este projeto. Introduz ainda a venda de pneus, com uma das ofertas mais completas do mercado, e o conceito de marcas exclusivas de peças, por zona. Suportado por um programa de formação completo e um portfólio de produtos, que cobre mais de 70% das vendas diárias dos clientes. Além disto, conta desde já, com uma rede potencial de vendas de mais de 4500 oficinas, que se podem tornar clientes do Europartner local.



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A Europartner não pretende ser um fornecedor exclusivo das lojas de peças mas um parceiro de negócio e tecnológico para melhorar a eficiência das lojas de peças independentes. 2 - A vantagem de estarem ligados à Euro Tyre, uma organização de referência com presença Ibérica num sector do mercado de aftermarket extremamente competitivo e ágil com uma posição de liderança – os Pneus – transpondo para o mercado das peças a inovação tecnológica digital e a mais-valia da competência logística associada ao acesso a marcas exclusivas e a um modelo de negócio diferenciador e exclusivo. 3 - A garantia de uma rede de Lojas independentes que trabalham integradas de forma moderna e organizada com um fornecedor global de aftermarket. 4 - A mas valia de trabalhar marcas de elevada qualidade e com uma excelente relação preço / qualidade em exclusividade, quer de marca, quer territorial. 5 - Sim. Mas continua a haver lugar para os independentes que se associem ou trabalhem em plataformas modernas e inovadores com elevado grau de serviço 6 - Em Portugal, tudo é lento. Tem a ver com a geografia, a dimensão e a cultura dos portugueses. Tem vantagens e desvantagens, como tudo. Tarda, mas chega e quando chega, normalmente as fases de teste e implementação são mais rápidas, porque o desenvolvimento já aconteceu noutros mercados de maior dimensão. 7 - Não consigo antecipar o desenvolvimento das redes de retalho no enquadramento das grandes centrais de compra, porque estas próprias têm que se enquadrar num modelo de negócio também ele em mudança juntamente com os fabricantes de Peças e de Automóveis. Podemos perspetivar tendências – e essas mostram-nos que para controlar o valor da marca, necessitamos de controlar o canal de distribuição – Retalho. Para ter acesso ao cliente final (quem é? quem será?) é necessário ter uma capacidade logística e uma escala que permita ser competitivo. Uma coisa é certa – o futuro é digital, interligado e conectado em que só os operadores (todos) capazes de estabelecerem parcerias e desenvolverem competências comercias e de logística inovadoras e ajustadas no tempo e no valor, triunfarão.

Europartner

Fundação 2018 Localização CANTANHEDE Núcleo Industrial de Murtede Lote 13 3060-372 Murtede Número de retalhistas aderentes Em fase de arranque com 10 clientes candidatos Número de lojas / armazéns Armazém Central – Murtede, Armazém de Lisboa, Loja de Pombal e 10 lojas em fase de implementação Nome dos retalhistas aderentes Em início de implementação do projecto. Decicar – Auto Peça de Oeiras Principais marcas representadas: Motaquip, Europartner, Infinity, Viking, Coopers Fiaam, ATE, Varta, Al-Ko, Optibelt, Monroe, Dayco, Fuchs, LUK, Valeo, OCAP, Class, Bosch, Cevam Marcas exclusivas Motaquip, Viking, Infinity, Clas Marcas Próprias Europartner Redes oficinais dinamizadas Em desenvolvimento com a designação euroTECHNIC Número de oficinas dentro destas redes Endereço Portal B2B www.europartner. pt/ Portal técnico para oficinas Nº de formações realizadas por ano para oficinas Previstas 6 Website www.europartner.pt/ Responsável César Branco Email geral@europartner.pt Telefone 800 200 946

José Alberto BRAGALIS

1 - O conceito de “associação em rede” não pode ser confundido com “associação em grupo”. A associação em rede, remete-nos para uma filosofia de fidelização do retalhista ao Importador, que naturalmente lhes trás mais vantagens, do que a compra à vista sem qualquer objetivo de valor. A fidelização (nomeação de 2 ou 3 principais fornecedores) potencia todas as compras do retalhista, garantindo bónus e outros benefícios que não usufruirá se a politica de compras for dispersa por vários importadores. Esta “associação”/”fidelização” trará ainda mais vantagens para

o retalhista, nomeadamente no usufruto de outras mais valias para o seu negócio, como sejam a informação, a formação e as marcas, produtos e serviços ao seu dispor no nosso portfólio de oferta. Por consequência, os retalhistas fidelizados à Bragalis ficam melhor preparados para que na sua zona, possam também “fidelizar” os seus clientes oficinais, oferecendo-lhes um melhor valor de negócio que não seja apenas preço. A Bragalis mistura os 2 conceitos – o de Associação em Grupo (empresas Associadas) e Fidelização de Clientes. 2 - Como atrás referi, a Bragalis não é apenas um Grupo de Retalho (Grupo de Compras para Associados) é um Importador, que comercializa exclusivamente com retalhistas, num misto de associados e clientes fidelizados. As condições são diferenciadas e proporcionais ao volume de envolvimento comercial de cada um com a nossa empresa, quer sejam associados ou clientes fidelizados, ou seja, quanto maior for o grau de fidelização do retalhista à Bragalis, melhores condições comerciais gerais consegue para o seu negócio, nomeadamente descontos em compras avulso, descontos especiais por quantidades, bónus, outros benefícios e valências que potenciam a margem de lucro do seu negócio. A competitividade (melhores preços e condições) dos nossos associados e clientes é diferenciada pelo grau (volume) de fidelização e envolvimento comercial com a nossa empresa. Além disso, os nossos parceiros usufruem do desenvolvimento dos produtos e serviços que dão mais valor a todo o negócio. 3 - Qualquer marca de peças tem como objetivo ter na sua cadeia de distribuição, importadores que fomentem a fidelização dos seus associados e clientes retalhistas para que seja desenvolvida e consolidada, com distribuição justa e diferenciada no mercado. O conceito de distribuição das marcas levado a cabo pela Bragalis, com venda exclusiva a retalhistas e com condições diferenciadas, são uma grande vantagem para qualquer marca que representamos. A criação de uma rede de serviços de qualidade, desde o importador ao consumidor final é uma das grandes vantagens das marcas confiarem na Bragalis. 4 - Em primeiro lugar, não há neste momento no nosso mercado (salvo raras exceções) o conceito de distribuidor exclusivo de uma marca. Cada uma tem uma Cadeia de Distribuição, mais ou menos equilibrada que apresenta diferentes ofertas dos


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mesmos produtos. A importância das marcas trabalharem com a Bragalis é a certeza de que a distribuição será feita com base no conceito tradicional de distribuição, ou seja, do Importador (Brabgalis) exclusivamente para o Retalhista e destes para a Oficina/Consumidor Final. A Bragalis não faz concorrência aos seus clientes associados e retalhistas, nas oficinas. No que diz respeito a marcas próprias, é nossa convicção que o mercado prefere em grande quota produtos Premium, sobrando um pequeno nicho para as marcas próprias que terão de se posicionar em preços de cariz económico. 5 - Primeiramente deveremos definir o que é um “Grupo de Retalho” – deveria ser, uma empresa importadora, com instalações, stock e serviços para satisfazer todas as necessidades dos retalhistas associados. Ora em Portugal, tem-se confundido grupos de retalho com a nomeação de um “negociador”, para junto das fábricas ou de importadores, acertarem condições de venda iguais, a um grupo de retalhistas (não diferenciando sequer o volume de compras de cada um). Isto não são “grupos de retalho”, mas sim um conjunto de retalhistas descaraterizado que nomeiam um “representante” para negociar por eles. É nossa convicção que este modelo não funciona, pois naturalmente um bom retalhista, não necessita de um “negociador” (com custos altíssimos), para acertar condições de compra com qualquer fábrica ou importador – um bom retalhista tem essa capacidade e dispensa intermediários – negoceia independentemente com os importadores e consegue as mesmas condições, eliminando o “custo do intermediário”. Quanto à questão em si, mais uma vez se direciona para a “fidelização” – é sim necessário que cada retalhista nomeie para seus fornecedores, 2 ou 3 importadores (e uma ou outra fábrica de produtos muito específicos de grande rotação), de forma a conseguirem desde logo as melhores condições de compra, bónus, benefícios e todos os outros serviços que adicionem valor ao seu negócio. Isto não passa necessariamente por “associação” mas sim por “fidelização”, que são coisas distintas. Associação é um vinculo a médio longo prazo que além das vantagens associa obrigações que hoje são interessantes, mas podem não o ser no futuro. Fidelização é feita livremente, por períodos curtos, respeitando exercícios comerciais, renovados ou revogados perante as vantagens ou desvantagens de a manter, de acordo com a estratégia e visão que cada retalhista possa ter no momento.

6 - Em Portugal o desenvolvimento dos Grupos de Retalho é tão lento, porque o conceito não está bem definido (ver ponto anterior). Grupo de retalho (ou grupo de compras, como sempre se denominou), é uma empresa que se estabelece para “com instalações, stock e serviços, satisfazer todas as necessidades dos retalhistas associados, no que respeita a produtos, serviços, bónus e benefícios”. Atualmente em Portugal, denominam-se grupos de retalho, um conjunto de empresas dispersas, que nomeiam um “negociador” para junto dos importadores, definir as suas condições de compra. Ora, passado algum e pouco tempo, o retalhista apercebe-se que o modelo não funciona, pois para negociar por si, nomeou um intermediário ou representante, que consegue condições de compra iguais às que o ele conseguia diretamente num importador, mas tem de pagar bem para isso (ao representante)”. Os retalhistas de peças gostam e têm necessidade de se associar, mas numa empresa própria. O modelo terá de ser na base de um investimento numa estrutura física de armazém central (grupo de compras e importador), gerido de forma a receber mercadorias, aprovisionar stock permanente, para distribuir e servir os seus associados. A par disso, a estrutura central deverá proporcionar aos seus associados, boas condições de compra e serviços associados, que satisfaçam, todas as necessidades dos retalhistas, nomeadamente a reposição produtos avulso, que é a sua maior necessidade. Assim, os associados sentir-se-ão “donos” do seu negócio, no seu grupo, com a certeza de que as suas compras, formará e engrandecerá um património que é deles, com os mesmos custos (ou menores) de serem “associados” de um grupo de compras que apenas assenta num “intermediário de negociação de condições junto de outros importadores”. 7 - Estando localizado na Península Ibérica, Portugal não possui estruturas de distribuição diretamente das fábricas/marcas, estas estão localizadas em Espanha o que dificulta o fornecimento diário. Há, por isso, muita necessidade de criar e desenvolver centrais de compras (com estrutura física em Portugal), formar grupos de retalho, redes de oficinas de modo a que toda a estrutura crie confiança no consumidor final e nas organizações frotistas. Seguindo o preconizado pelas grandes centrais de compras multinacionais (grupos internacionais), também em Portugal o negócio tem de organizar-se em grupos. Há no entanto muito a fazer nesse sentido, sendo que é muito simples: - Criar central de compras (empresa im-

portadora) c/ estrutura física no território, de forma a angariar marcas, distribuir produtos e implementar serviços na rede de associados (retalhistas), donos da empresa importadora (grupos de retalhistas descaracterizado e sem estrutura física, que apenas nomeiam um negociador, não devem ser consideradas centrais de compras); - Seguindo a cadeia, implementar nos retalhistas (rede de associados) o conceito de criação de um grupo de oficinas da sua área que possam formar e completar uma rede; - Criar meios e valências, para que o consumidor final e as organizações de frotas, prefiram a “nossa rede de oficinas”; - Fidelizar todos os estádios do negócio por objetivos de compras e criação de mais valor para o negócio, de forma a que o grupo se torne fechado, forte e se apresente ao público (consumidor final e frotas) como de grande fiabilidade. Penso que será a forma de desenvolver as tão necessárias centrais de compras.

Bragalis Peças e Acessórios P/ Automóveis, sa

fundação 1985 Localização R. Costa Soares, Lote 13 – 4700-001 BRAGA Número de retalhistas aderentes 15 Retalhistas Associados e 250 Retalhistas Fidelizados Número de lojas / armazéns 2 – Estrutura Importação Central em Braga e Filial em Vila Real; Nome dos retalhistas aderentes n.r. Principais marcas representadas LUK, INA, FAG e Ruville (Grupo Schaeffler), Blue Print e Febi (Bilsteingroup), Textar (TMD Friction), KYB, Bilstein, Contitech, Dolz, Elring, Federal Mogul, AMC, Metalcaucho, Corteco, Japanparts, Liqui Moly, Meat & Doria e UFI. Marcas exclusivas 0 Marcas Próprias 0 Redes oficinais dinamizadas Nexus Auto Número de oficinas dentro desta rede: em desenvolvimento Endereço Portal B2B www.bragalis.pt (em melhoramento) Portal técnico para oficinas em desenvolvimento Nº de formações realizadas por ano para oficinas em planificação Website www.bragalis.com Responsável José Alberto Email jalberto@bragalis.com Telefone 927 057 020


Mercado

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M LUSILECTRA - JONNESWAY

A afirmação de uma marca A relação entre a Lusilectra e a Jonnesway entrou no seu 11º ano de intensa parceria. A empresa portuguesa tem vindo a realizar um trabalho de fundo que tem dado os seus frutos dentro do super competitivo mercado da ferramenta profissional TEXTO PAULO HOMEM

Q

uando decidiu entrar o negócio das ferramentas profissionais, uma área que se complementava às diversas atividades que a Lusilectra disponibiliza aos seus clientes (nomeadamente os acessórios auto e os equipamentos oficinais), a empresa do Porto, seguindo a política do grupo empresarial onde está inserido (Salvador Caetano), não o quis fazer para ser apenas mais um dos operadores do mercado. Num vasto universo de marcas de ferramentas profissionais, a escolha da Jonnesway, em 2007, obedeceu a um

conjunto de critérios que permitiam à Lusilectra trabalhar esta marca de uma forma séria e consistente, pois segundo António Lima, Gestor Comercial da Jonnesway, “reuniam o universo da ferramenta pneumática e da ferramenta manual, o que era importante para o projeto que tínhamos, como apresentavam e ainda apresentam uma enorme dinâmica no lançamento de novas referências e novas ferramentas, o que se traduz num catálogo muito completo e uma enorme gama de ferramentas profissionais”. O projeto da Lusilectra com a Jonnesway assenta na produtividade das oficinas, isto


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é, não basta ter uma ferramenta de qualidade e um stock considerável, “mas terá que ser também a ferramenta correta, que está disponível no momento certo, para executar a operação no menor espaço de tempo possível”, explica António Lima o conceito da Jonnesway, afirmando que “isso torna o colaborador mais produtivo e consequentemente a oficina mais produtiva. É precisamente aqui que entra a ferramenta Jonnesway e a forma como queremos trabalhar esta marca”. Mantendo o lema “ferramenta de profissionais para profissionais”, o novo catálogo 2019 da Jonnesway, segundo António Lima, “mostra precisamente que os técnicos têm ao seu dispor a ferramenta certa para cada aplicação, sendo precisamente isso que marca também a diferenciação da Jonnesway, que é provavelmente a marca do mercado com a maior gama disponível”. Sendo o automóvel um dos quatros setores onde está presente (os outros são a industria, náutica e agrícola), um dos objetivos da Lusilectra tem sido também desenvolver uma rede (de distribuição) “polivalente e de qualidade” que permita, por exemplo, abordar todos os segmentos da área auto (oficinas de mecânica, colisão, pneus, vidros, etc), pois a “Jonnesway tem

Lusilectra / Jonnesway Porto António Lima 226 158 667 a.lima@lusilectra.pt lusilectra.com

para todos eles uma família de produtos especifico, o que garante um potencial de crescimento enorme para esta marca”, refere o responsável da Jonnesway, dizendo que “este longo trabalho que a Lusliectra tem vindo a fazer com esta marca, está cada vez mais a dar os seus frutos, é um trabalho que não tem fim e que tem um potencial de negócio inesgotável”. O tema dos distribuidores é por isso também muito importante para a Lusilectra, realçando o Gestor Comercial da Jonnesway que existe de momento uma rede de distribuição estável e que “só adicionamos novos distribuidores desde que o rácio de abastecimento à rede atual não seja inferior a 95% de tudo o que nos pedem em cada uma das encomendas”. Esta política, juntamente com o grande investimento feito em stock, permite que os distribuidores da Lusilectra não tenham praticamente falhas no abastecimento de ferramentas Jonnesway aos seus clientes,

até porque a Lusilectra faz entregas em 24 horas para encomendas efetuadas até às 17 horas do dia anterior. “Isto é o que garante cada vez mais a credibilidade da marca Jonnesway no mercado. Não é um processo terminado, mas sim contínuo e permanente”, refere António Lima. Com uma política de preços iguais para todos os mercados onde distribuiu em exclusivo a Jonnesway (Portugal, França, Espanha, Angola e Cabo Verde), permite que a Lusilectra defenda esta marca de ferramentas junto dos distribuidores portugueses (e dos outros mercados). De acordo com o mesmo responsável, o catálogo da Jonnesway vai crescendo fruto das necessidades identificadas pelos distribuidores junto dos seus clientes, o que traz ainda outra vantagem para todos os distribuidores, que é terem sempre novidades ao longo do ano para apresentarem aos clientes. Outra forte aposta da Lusliectra tem sido no pós-venda da Jonnesway. No catálogo de produto da Jonnesway existem também os kit de reparação e o seu preço (no total e por peça), por exemplo, para as ferramentas pneumáticas, disponibilizando a Lusilectra um stock de peças adequadas à manutenção do parque de máquinas comercializadas. “É importante que o cliente saiba quanto custa manter a ferramenta em bom estado. Mais uma vez isto gera confiança e credibilidade junto do cliente” refere António Lima. Para complementar o serviço ao cliente, a Lusilectra dispõe ainda de um gabinete pós-venda Jonnesway (no Porto), que garante a assistência técnica às ferramentas desta marca, como dinamiza ainda formação técnica para todos os clientes. Qualidade, preço, competitividade, stock, especialização, gama diversificada, apoio à distribuição, soluções para os clientes e pós-venda, têm sido alguns dos pontos fortes das ferramentas profissionais da Jonnesway e do trabalho que a Lusilectra tem vindo a desenvolver, marca que “já começa a estar, cada vez mais, na mente dos profissionais”, afirma António Lima, concluindo que “temos como objetivo permanente apoiar os nossos distribuidores a resolverem os problemas e a darem soluções aos seus clientes para que estes aumentem a sua rentabilidade. É essa a diferenciação de trabalhar uma marca como a Jonnesway, e o cliente já entende isso mesmo”.


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PEÇAS

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CAMPINO & PEREIRA, LDA

Assumir outra dimensão Especializada em material elétrico, os responsáveis da Campino & Pereira consideram que esse é um dos principais argumentos de diferenciação da empresa, que faz também uma grande aposta na qualidade do stock e na representação de novas marcas TEXTO PAULO HOMEM

A

Campino & Pereira tem vindo a fazer o seu percurso no aftermarket de uma forma discreta desde 1998. A postura dos sócios-gerentes da empresa, António Campino e Virgílio Pereira, está focada sobretudo no serviço ao cliente e na resposta rápida e eficaz às suas necessidades. Aos 21 anos que somam na Campino & Pereira, qualquer deles possui um vasto trajeto profissional e de especialização em peças e material elétrico.

“Caracterizamo-nos, ainda hoje, como uma empresa especializada na área elétrica”, refere António Campino, dizendo que “já tivemos algumas propostas que nos permitiam alargar a nossa área de especialização, mas ainda não quisemos optar por isso, por enquanto”. Dessa forma, a empresa de Santarém, dá especial relevo e pormenor a tudo o que são motores de arranque e alternadores, “onde somos muito fortes, disponibilizando uma oferta muito grande e diversificada de componentes comple-

tos como de peças para reparação desses componentes”, refere António Campino. O tema da especialização em material elétrica é recorrente para Campino & Pereira, fazendo António Campino questão de dizer que “podemos não ser os mais fortes em quantidade, mas em qualidade somos. Temos uma taxa de resposta neste tipo de material de cerca de 98%. Todos os dias estamos a investir em novos artigos e novas referências, o que nos leva também a ter cada vez mais stock e a ter, sobretudo, uma resposta rápida ao que os nossos clientes me pedem. Servir o cliente sempre que ele nos solicita uma peça é também uma forma de nos diferenciarmos”. BATERIAS Um dos projetos mais recentes da Campino & Pereira são as baterias da marca italiana FAAM. Esta marca, que já esteve presente em Portugal, tem agora como distribuidor a empresa de Santarém, que irá trabalhar na revenda para todo o país, e na venda direta para os clientes de maior proximidade.


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Campino & Pereira Santarém António Campino / Virgílio Pereira 243 391 878 geral@campino-pereira.pt www.campino-pereira.pt

“Temos uma marca que, não sendo das mais baratas, possui uma excelente relação da qualidade / preço. Não se trata de uma marca branca, nem de uma marca chinesa, mas sim de um prestigiado fabricante italiano, que tem produção própria que está no primeiro equipamento de algumas marcas, sobretudo no setor agrícola”, explica o sócio gerente da Campino & Pereira. A empresa já está a comercializar esta marca de baterias em praticamente todos os segmentos de mercado, isto é, baterias para o setor dos veículos ligeiros, pesados, agrícolas e motos. A aposta na FAAM não se trata de uma experiência da Campino & Pereira, mas sim “de uma aposta muito concreta. O nosso projeto com esta marca foi enten-

dido pela FAAM, pelo que agora queremos fazer um trabalho, como é nossa tradição, passo a passo, que já está a dar os seus frutos, mas que estamos a trabalhar para que no futuro se consolide”. CHEGAR A MAIS CLIENTES Em 2007 a Campino & Pereira passou para as atuais instalações onde se encontra na Zona Industrial de Santarém, com mais de 500 m2, potenciando a sua capacidade de stock, que apontava também para outros voos. Dessa forma a equipa da Campino & Pereira foi sendo sucessivamente e ao longo dos anos reforçada, quer na área comercial quer no armazém, dispondo atualmente de seis profissionais. “Trabalhamos especificamente na zona centro, mas queremos alargar o âmbito da nossa presença a Lisboa e à margem sul, como também um pouco mais para norte. Vamos também reforçar a nossa distribuição própria para os clientes da nossa zona”, revela o mesmo responsável, não deixando de dizer que “somos uma empresa que se estruturou passo e passo, sendo isso

que vamos continuar a fazer e que nos trouxe muito bons resultados”. Uma das fortes apostas da Campino & Pereira tem sido na formação técnica a profissionais, tendo a empresa um espaço nas suas instalações dedicado a essa finalidade, onde tem vindo a ministrar diversas formações, que pretende vir a reforçar, nomeadamente em componentes de gestão auto na área elétrica. “Este tipo de componentes exigem cada vez mais que exista formação, pois sentimos que os nossos clientes têm dificuldades nesta área. Aliás, o automóvel tem cada vez mais componentes elétricos e nós estamos atentos a essa realidade, que exige conhecimento e formação” refere o António Campino. Depois do investimento nas baterias FAAM e no constante aumento da diversidade do stock, a Campino & Pereira vai agora investir também em novas marcas de produtos de gestão de motor, que é “um produto que temos tido cada vez mais procura e que pretendemos vir a ter marcas de importação representadas por nós, para juntar à AS, Cargo, FAAM, Wood Auto, entre outras”, refere António Campino, explicando que de retalhista a empresa começa a caminhar para grossista, tudo porque “a guerra no mercado é muito grande, e não existe nenhuma proteção geográfica de alguns operadores. Dessa forma somos forçados a ir ao mercado externo buscar representações”. Apesar de já existir há cinco anos, o site da Campino & Pereira está a ser renovado, agregado ao TecDOc com consultas diretas por matrícula, disponibilizando ainda um B2B muito mais atual, que servirá para dinamizar junto dos clientes e que será uma importante ferramenta para os comerciais.


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PEÇAS

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RECAMBIOS FRAIN PORTUGAL

Stock e serviço A empresa espanhola entrou este mês em Portugal com uma estrutura dedicada ao nosso mercado, que inclui instalações na Maia, call center e equipa comercial TEXTO PAULO HOMEM

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esde o passado dia 1 de Janeiro que começou a operar a nova empresa RFP – Recambios Frain Portugal Unipessoal LDA, dando assim continuidade às vendas que a empresa já vinha fazendo no nosso país há um par de anos. A nova estrutura é formada por um armazém na Maia, um call center e uma equipa comercial, que irá permitir a esta grande empresa abordar o mercado português com uma nova visão, agilizando as entregas e melhorando as relações com os seus clientes portugueses. Para percebermos melhor a entrada deste

grande operador espanhol em Portugal, a revista PÓS-VENDA falou com Francisco Dorado Vizcaíno, Gerente da Recambios Frain Portugal. Um pouco de história da Recambios Frain? A Recambios Frain é uma empresa fundada em 1992, após um longo percurso do meu pai, no setor automóvel. A empresa é constituída com um objetivo muito claro: oferecer às oficinas todos os produtos que a mesma precisa para a sua atividade através de um único fornecedor. Assim, ao longo dos anos fomos desenvolvendo diversas linhas de produto: peças para ligeiros, para camiões, agrícolas e de obras públicas, aos quais se foram adicionando novos setotres como a eletricidade e eletrónica, chapa e pintura, hidráulica, lubrificantes, pneus, ferramentas... assim como assessoria informática, comercial e de gestão. Quais desses negócios é mais representativo para a Recambios Frain? Atualmente, posso dizer que os pneus representam 40% do volume total de negócios da Recambios Frain. Quais são as linhas de produto que vai apostar em Portugal? Vamos apostar principalmente nos pneus. É a gama de produto que nos permite tra-

zer mais valor acrescentado ao mercado a curto prazo. Porém, desde o início que a nossa ideia é a médio prazo desenvolver todas as linhas de produto que temos na Recambios Frain. Há quantos anos a Recambios Frain tem vendas em Portugal? Praticamente desde que começamos a nossa atividade. De qualquer maneira foi um volume de negócios muito pequeno que tem sido incrementado nos últimos anos, embora ainda não seja pouco representativo. Que meios (humanos e materiais) vão estar afetos ao mercado português? Vamos ter uma equipa de comerciais no terreno, visitando os nossos clientes, apoiados por um escritório para o trabalho administrativo. Teremos ainda um armazém na Maia, sobretudo para poder dar um melhor serviço aos nossos clientes. Como vão fazer a distribuição dos produtos para os clientes em Portugal? Para nós este é o principal motivo de inRFP - Recambios Frain Portugal Francisco Dorado Vizcaíno Maia 221 450 540 paco@recambiosfrain.pt www.recambiosfrain.com


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falamos de serviço, não são apenas os prazos de entrega mas pretendemos também dar assessoria ao cliente, ajudar-lhe a vender, ser seu sócio que é muito mais que um fornecedor. Como analisa a Recambios Frain o mercado português ao nível dos Pneus? E das peças? É um mercado muito diferente do espanhol pelo que tenho conhecimento. Ainda nos falta muito para aprender o mercado português. Desde logo as pessoas, que no norte se parecem muitos com os galegos, mas em relação ao mercado em si existem muitas particularidades. Para nós o que interessa é que Portugal é um país com muita riqueza e que estamos seguros de que irá crescer muito no futuro. Quais as expetativas que têm para o mercado português? O nosso principal objetivo é fidelizar os clientes que já temos. A partir daí, o que pretendemos é desenvolver a marca Nokian no mercado português e, por último, crescer nas zonas onde não estamos presentes. É um objetivo ambicioso e difícil, mas estamos seguros que o vamos alcançar. vestimento em Portugal. Necessitavamos de dar aos nossos clientes prazos de entrega mais ajustados e, por isso, desenvolvemos um sistema para entrega de pneus num prazo de 24 horas. Em Portugal, vão trabalhar o segmento de ligeiros e de pesados? Sim. Nós somos principalmente um distribuidor especialista em pneus agrícolas e industriais, mas vamos também desenvolver a gama de turismo da Nokian e de outras marcas. Qual a importância de ficar como importador da Nokian Tyres em Portugal? Sem o apoio da Nokian, não tínhamos ficado com este projeto. Claro que, a nível logístico e de proximidade do mercado a Nokian já é interessante, mas para nós o apoio da Nokian aos distribuidores em todo o país permite-nos ter um relacionamento sólido com uma marca premium, que tem muito a fazer em Portugal. Quais são as mais valias que a Recambios Frain traz para o mercado Português? Basicamente as mesmas que em Espanha. Tudo isto se resume ao stock e ao serviço. Quando falamos de stock, não nos referimos apenas a ter um stock enorme de pneus de turismo mais vendidos, mas a uma gama completa disponível. Quando

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Internacional

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GARRETT

Acompanhar o mercado

A operar de forma independente desde final de 2018, a Garrett pretende aumentar o foco na expansão do negócio dos turbos para o aftermarket, novos e recondicionados

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TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

pós o desmembramento da Honeywell a 01 de outubro de 2018, a Garrett Motion, empresa que desenvolve há 60 anos soluções de turboalimentação, propulsão elétrica e software automóvel, passou a ser uma empresa independente, cotada na bolsa de Nova Iorque, a operar em três áreas: tecnologia turbo avançada, elétrico e híbrido, e veículos conectados. A opção teve o objetivo de aumentar o valor desta unidade

de negócio: “É uma oportunidade para acelerar o nosso trabalho. A Garrett terá melhor flexibilidade, agilidade, e irá ter capacidade de continuar a corresponder às necessidades dos seus clientes e da indústria, que assiste ao surgimento dos motores elétricos e veículos conectados”, explica Teodora Talavutis, Customer Marketing Leader da Garret. “Em 2017, a Honeywell analisou quais seriam os negócios que poderiam beneficiar de uma alocação estratégica e de capital


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independente, tendo em conta os seus mercados. E concluiu que o desmembramento da Garrett iria permitir uma maior exploração do potencial deste negócio”. PRODUTO Atualmente, a Garrett possui mais de 1400 patentes e uma base de instalação de mais de 100 milhões de turbocompressores em todo o mundo. “Continuamos a modernizar o motor através do desenvolvimento de turbocompressores e continuamos na linha da frente do desenvolvimento tecnológico, com a nossa oferta de soluções de propulsão elétrica e software automóvel. Temos uma estratégia de crescimento para aumentar a penetração do turbocompressor, para corresponder às exigências de emissões e beneficiarmos das tendências de eletrificação e veículos conectados”. A Garret está concentrada em desenvolver tecnologia que permita aos veículos tornarem-se mais seguros, mais conectados, eficientes e ecologicamente corretos. “Já lançámos turbocompressores de geometria variável para veículos a gasolina, assim como compressores para veículos com célula de combustível a hidrogénio”. Há mais de uma década que a Garrett desenvolve tecnologias de propulsão elétrica, tendo um centro específico dedicado a esta área. Teodora Talavutis indica que a empresa olha para a evolução transmissão num caminho de diminuição dos motores grandes de aspiração natural e de aumento de motores turboalimentados, de tamanho reduzido. E indica: “Em 2016, trouxemos a geometria variável e um melhor desempenho para aplicações a gás. Vemos o próximo passo na otimização das transmissões através da eletrificação e e-turbos. Temos o nosso

primeiro programa previsto para lançamento em 2021 com esta nova tecnologia. Relativamente à evolução das linhas de produto, Teodora Talavutis explica que “os construtores estão focados na tecnologia de rightsizing com turboalimentação, e desenvolvemos as nossas tecnologias de acordo, seja com turbocompressores simples ou de duas fases, compressores elétricos ou turbocompressores elétricos. Até 2025, na Europa, 64% dos novos veículos ligeiros irão utilizar motores a gasolina e 39% serão híbridos, na sua maioria turboalimentados e apenas 8% serão elétricos”. A empresa lança várias aplicações todos os anos, em concordância o lançamento de novos motores pelos fabricantes. “Além disso, para a nossa gama Garrett Original Reman, analisamos os modelos futuros, para garantir que a oferta se desenvolve em paralelo com a necessidade deste tipo de produtos. Atualmente, concentramo-nos em responder às necessidades de proprietários de veículos com sete anos ou mais, especialmente para turbocompressores VNT para motores a diesel. À medida que o parque evolui, ajustamos o nosso portfólio para atingir 140 números de peças diferentes até o final de 2019”. E acrescenta “Também lançámos um portal, o installer connect, para facilitar o acesso ao catálogo, obter formação online e garantir que os clientes utilizem o turbo Garrett em vez de um turbocompressor remanufaturado barato e sem qualidade ou uma cópia, correndo o risco de baixo desempenho, maior consumo de combustível e aumento de emissões”. A empresa preocupa-se em informar e proteger os clientes, relativamente às diferenças de qualidade entre as peças genuínas e as de contrafação. “Queremos ter a certeza de que os clientes estão cientes que o desempenho de produtos não certificados não é simplesmente escalonado ao seu custo. Porque as peças não genuínas podem causar graves danos ao motor”. PORTUGAL A Garrett tem uma estratégia bem definida para o pós-venda no mercado português, “visto que ainda vemos um número importante de veículos turboalimentados nas estradas, já for a da garantia. Além disso, a partir de uma perspetiva de longo prazo, as macrotendências globais continuam sugerindo que a penetração do turbo para motores de combustão interna, incluindo configurações híbridas, continuará, à medida que os construtores procuram a economia de combustível e a redução de emissões.

Importância do pós-venda no negócio da Garrett AFTERMARKET

OEM

Os componentes recondicionados são a melhor solução no pós-venda? “Um Turbo Garrett Original Reman oferece um grande valor aos proprietários de veículos mais antigos, que precisam de um produto de reposição de qualidade, mas não querem pagar por um turbo completamente novo. Através do nosso processo de remanufatura, recolhemos, limpamos, classificamos e analisamos produtos originais usados, por forma a garantir que possamos reutilizar componentes que estejam de acordo com os padrões de qualidade OE. Certos componentes internos são sempre substituídos, enquanto itens de aço inoxidável, que não são tão suscetíveis ao desgaste, podem ser reutilizados, para ajudar a reduzir custos. Todos os Garrett Original Reman turbo são projetados com qualidade e fiabilidade, otimizando a potência e a eficiência de combustível a longo prazo. Além disso, vêm com jogos de juntas, para ajudar a facilitar todo o processo de instalação”.


Oficina

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O AUTO PEDRO SÁ

Novos desafios

A Auto Pedro Sá representa o percurso que muitos dos profissionais da mecânica deviam fazer quando decidem estabelecer-se por conta própria, numa oficina que se quer impor pelo serviço

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TEXTO PAULO HOMEM

naugurada em agosto passado, a Auto Pedro Sá, como o próprio nome indica, é gerida por Pedro Sá, mas também pela sua esposa. Trata-se de uma micro empresa, com uma dimensão semelhante a tantas outras que existem de norte a sul de Portugal, mas que pretende diferenciar-se um pouco de todas elas em aspetos como o serviço, a limpeza, a decoração, entre outros. Localizada na Zona Industrial de Gandra, em Esposende, na estrada que vai para Barcelos, a Auto Pedro Sá é também um concretizar de um sonho de um profissional que está no ramo há mais de 25 anos, como mecânico de automóveis.

“Sempre gostei muito de mecânica”, começa por dizer Pedro Sá, explicando a história da sua vida, que começou aos 16 anos, tendo passado por diversas oficinas independentes até que entrou para um concessionário de uma marca premium em Barcelos mas que ainda tinha outras representações, onde passou quase 20 anos da sua vida profissional. “Foram anos de muito conhecimento e de evolução constante, onde tive muita formação e onde aprendi muito sobre a organização do trabalho e sobre a importância de ter uma oficina limpa e com bom aspeto”, revela Pedro Sá. Mas como tudo na vida tem um início


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Auto Pedro Sá Esposende Pedro Sá 253 784 085 pedrosa.oficina@gmail.com

e um fim, Pedro Sá começou a formar a ideia de que também ele gostaria de tentar a sua sorte como independente, apesar de já fazer alguns serviços extra por conta própria, embora soubesse que esse não era o caminho. Foi aí que no início de 2018 tomou a decisão que fundar uma oficina, com porta aberta e com todas as condições (técnicas, ambientais e legais) para poder servir os clientes. “Foi o concretizar de um sonho antigo”, revela o responsável da oficina, que abriu as portas da Auto Pedro Sá em setembro de 2018, numa inauguração onde estiveram presentes fornecedores, amigos e potenciais clientes, que viram umas instalações modernas, bem decoradas, com bom ambiente e com um ótimo aproveitamento do espaço disponível. “O conceito oficinal da Auto Pedro Sá é a

de uma empresa especializada em serviços de mecânica, que passam pelas simples manutenções e vão até a reparações de motores”, revela o gerente, dizendo que “recorremos depois a parceiros que estão muito próximos das nossas instalações, outras oficinas e mecânicos, para serviços, por exemplo, de eletricidade auto”. Habituado historicamente a usar peças de marca, na Auto Pedro Sá segue-se também uma política de peças de qualidade, sendo que o cliente pode escolher entre as peças originais e as de qualidade equivalente. “Sabemos bem aquilo que queremos colocar no carro dos nossos clientes, pois temos a consciência de que o barato sai caro para nós, que não queremos fazer o trabalho duas vezes, e para o cliente, que não queremos que regresse por causa de uma peça de má qualidade”, explica Pedro Sá, que tem como um dos principais fornecedores a Espogama, empresa que também ajudou na constituição da oficina e que está geograficamente a menos de 500 metros de distância. Algo também muito importante para o responsável desta oficina é a formação

técnica, algo a que está habituado há muitos anos e que continuará a apostar como forma de “nos mantermos sempre atualizados, mas também porque a evolução tecnológica dos automóveis é cada vez maior e nós temos que a acompanhar, caso contrário ficamos rapidamente desatualizados. Nesta altura já temos clientes com veículos híbridos aos quais damos assistência”. Apesar dos poucos meses de existência da Auto Pedro Sá, o seu gerente diz que o trabalho tem sido muito (mais de 70 carros por mês em média) e que por isso rapidamente a empresa pretende admitir um mecânico. “Quase sempre os nossos serviços são feitos por marcação, pois é uma forma de podermos organizar e ter método no nosso trabalho. Por vezes umas pastilhas ou um serviço rápido fazemos na hora, mas normalmente tudo é feito com marcação”, refere Pedro Sá. Com menos de 400 m2, a Auto Pedro Sá dispõe de duas baias de serviço, uma secção com bancada para reparações, uma receção, um pequeno armazém e um espaço que servirá no futuro para formações.


Personalidade

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O nosso foco está sempre na redução de custos do cliente PAULO CARVALHO, CARF

ENTREVISTA PAULO HOMEM E NÁDIA CONCEÇÃO FOTOS MICAELA NETO

A celebrar 15 anos de distribuição de peças para automóveis, a CARF está constantemente atenta às mudanças e necessidades do mercado. Paulo Carvalho faz uma retrospetiva do percurso da empresa, e da estratégia atual e futura da CARF

E

specialista a 100% na área automóvel, a CARF iniciou a sua atividade na região de Lisboa e assume atualmente uma posição de relevo neste setor, em todo o país, na distribuição de todo o tipo de componentes. Paulo Carvalho fundou a empresa em 2003 com quatro sócios, e, atualmente, continua a ditar os destinos da CARF, juntamente com o filho, Mário Carvalho, gestor comercial da empresa. Quando fundou a empresa tinha a noção do que a CARF poderia vir a representar no setor das peças em Portugal? Inicialmente não tinha a noção do que a empresa poderia vir a representar, só comecei a ter essa noção um pouco mais tarde. Estava numa empresa ligada ao setor das peças, e surgiu a ideia. O nosso primeiro cliente foi a Imporpeças e, entretanto, a mensagem foi passando. A ideia foi sempre fazer mais e melhor, com maior abrangência e menor custo para o cliente. Nessa altura não se falava ainda em entregas bidiárias? Ainda não. A maioria das empresas em

Lisboa, onde iniciámos, tinha carrinhas próprias para fazer as suas entregas, tentavam entregar rápido e localmente, com meios próprios. Nós quisemos entregar rápido, mas de forma mais abrangente, com uma empresa que servisse a todos, que tivesse uma abrangência maior e um custo completamente diferente. Desde o início que apostámos sempre na diferenciação, ou seja, pensar o que é que poderíamos acrescentar ao mercado. Percebemos que tínhamos de agitar o mercado e que havia espaço para a CARF. E o mercado aceitou isto com alguma celeridade. Começámos em 2003, e, se considerarmos que a primeira filial nasce 10 anos depois da fundação da empresa, percebe-se que nunca demos passos mal calculados. A partir de 2006 o negócio tornou-se mais consistente e mais acelerado. Entretanto começámos a abranger a zona de Leiria, e atualmente, entregamos peças duas vezes por dia, de Lisboa a Bragança. Em 2013 a CARF foi adquirida pela Totalmédia. O que representou esta etapa? Foi um momento de viragem. Havia a vontade de sermos uma empresa com dimensão nacional. A CARF era uma empresa familiar, mas queríamos maior rapidez. E a entrada na Totalmédia veio trazer mais capacidade, começámos a gerir o negócio de outra forma. Numa fase inicial aproveitámos as sinergias, as estruturas do grupo, o que nos deu uma nova alavancagem para aquilo que queríamos. Não podemos olhar para este negócio só ao nível de Portugal, e a Totalmédia está em Espanha. E percebemos que era para ali que tínhamos de olhar. Não foi um crescimento demasiado rápido? Em 2016 tivemos um ano negro, mas que não associamos à entrada no grupo


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Totalmédia. Existiu uma grande vontade nossa em crescer mas a estratégia não foi bem definida, porque nem tudo se resume a capital, é muito importante também a formação das equipas, e foi essa a nossa maior dificuldade. Estivemos 10 anos para abrir a primeira filial, a de Leiria, e no espaço de um ano e meio abrimos três: Algarve e Porto em 2014, e Vila Real em 2015. O cliente percebeu que a CARF entregava sempre no próprio dia, de manhã e à tarde… A segunda entrega, a da parte da tarde, normalmente é algo urgente, que ficou esquecido de manhã. Foi nossa intenção criar necessidades e potenciar isto. A CARF teve um papel importante na dinâmica do negócio do aftermarket em Portugal, porque anteriormente fazia-se uma entrega por semana para fora de Lisboa e Porto. E, hoje em dia, um cliente que faça um pedido a partir de Castelo Branco, por exemplo, se receber às cinco da tarde uma encomenda que fez de manhã, já não fica satisfeito. Ajudaram os operadores de peças a reduzir custos? Sim, não temos dúvidas do ganho que existiu para estes operadores. Há empresas no

mercado que podem fazer, por exemplo, uma recolha em Lisboa para entregar em Bragança no próprio dia, mas penso que não existe nenhuma que o faça pelo valor que nós apresentamos ao cliente. A CARF tem uma tarifa base, como se fosse uma entrega para o dia seguinte, mas que consegue fazer no próprio dia, para qualquer ponto do país. Desde Lisboa, saímos à tarde até Tavira, Évora, Castelo Branco, Guarda, Fundão, Bragança, Viana do Castelo, Viseu e Porto. E a partir do Porto fazemos o mesmo até Coimbra. E isto é a nossa diferenciação. Há um esforço muito grande da CARF para manter este nível de serviço ao preço que pratica. Achamos que o cliente deve olhar para esta diferenciação e perceber que a CARF continua focada apenas neste mercado e que deve ser olhada como o grande parceiro das empresas deste setor. A CARF aumentou recentemente a tarifa. Que reflexos teve na vossa atividade? Sim, o ano passado aumentámos a tarifa em 15%. Foi uma decisão que foi tomada porque estávamos a entrar numa situação em que, para mantermos o mesmo nível de qualidade de serviço, teríamos forçosamente de aumentar a tarifa. Para os clientes não foi fácil, mas não tivemos nenhum

que tivesse deixado de trabalhar connosco. Os clientes perceberam a intenção e a necessidade desse aumento e estiveram sempre com a CARF. Foi um impacto muito grande, mas ainda assim somos uma empresa muito acessível. Se o cliente calcular o impacto da nossa tarifa no seu negócio e aquilo que fazemos em prol da sua estrutura e também o que conseguimos potenciar a algumas empresas, que deram um salto em termos de vendas para outras zonas do país às quais que não conseguiriam chegar de outra forma, penso que olha para nós como um parceiro estratégico. Continua a ser dispendioso fazer chegar as peças ao interior do país? Portugal tem grandes assimetrias entre o litoral e o interior e por isso, temos dois problemas ao fazer chegar as peças ao interior: temos o problema de levar a carga dos grandes centros para lá, e nestas zonas são feitos trajetos de muitos quilómetros, muitas vezes em estradas sem as mesmas condições das estradas da zona litoral, e representam um custo consideravelmente superior, porque não transportamos tanta carga, e a tarifa é única. Não fazemos distinção de tarifas. Continuamos com a mesma forma de trabalhar: colocar no mercado


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A CARF deve ser olhada como o grande parceiro das empresas deste setor uma forma simples e prática de trabalhar connosco. Temos várias formas de trabalhar, sempre no sentido de simplificar o processo. Pela via do custo, que é igual para qualquer zona, e pelo peso: há um preço acordado com o cliente, por forma a não lhe trazer dificuldades operacionais. A densidade populacional do litoral não tem nada a ver com a do interior. Mas existem bons distribuidores no interior, não em quantidade, mas em qualidade. Os operadores que fazem serviço local poderão ser complementares ao serviço da CARF? Sim, já fazemos esse trabalho, através de parcerias. Temos gestão direta em três plataformas: Lisboa, Leiria e Maia, e todas as outras plataformas são parcerias. Foi uma estratégia definida no ano passado que está a resultar muito bem: as estruturas de Vila Real e de Albufeira são subcontratadas, e temos um parceiro para Évora, Viseu e Guarda. Esta é a melhor forma de lidarmos com a assimetria entre o interior e do litoral. Atualmente estamos a trabalhar em mais duas parcerias, em zonas estratégicas. E ainda estamos a tentar trabalhar noutra parceria, para tipologias pesadas.

Perguntas rápidas Qual foi o seu primeiro carro? Foi um Austin 850. Quantos quilómetros faz por ano? Cerca de 50.000 km. O que mais gosta neste setor? O facto de não ter dois dias iguais. E o que menos gosta? Da falta de reconhecimento pelo trabalho que a CARF tem feito. Considera importante ir ao mercado visitar os clientes? Sim, continuo a fazê-lo, é muito importante aparecermos nos bons e maus momentos. O que gosta de fazer nos tempos livres? Gosto de andar de mota, e de conviver com os amigos e família.

A distribuição de pneus foi iniciada em 2011. O que representou para a empresa? Os pneus foram mais uma aposta que fizemos, mais um produto a entrar na estrutura, mas inicialmente causou-nos alguns problemas, porque é um produto volumoso. A sua chegada obrigou-nos a ter mais meios, para além de adaptarmos os que já tínhamos. Tivemos de alterar a nossa estrutura

de viaturas e deixámos de poder ter as mais pequenas. Já tínhamos a dificuldade com os componentes de colisão, e os pneus foram outra dificuldade neste aspeto. Mas dá-nos satisfação ver que ajudámos algumas empresas a expandir o seu negócio e a sustentar a sua atividade e distribuição na CARF. Para além dos grossistas de peças, pneus e chapa, que outro tipo de clientes têm atualmente? Clientes de pesados, vidros e lubrificantes. Trabalhamos também com concessionários. E também com operadores logísticos que armazenam as peças, principalmente peças originais, onde a CARF faz a distribuição para esses operadores. Ao longo destes 15 anos conseguimos criar a nossa marca, e identificámo-nos como uma empresa focada neste setor. E até à data não há nenhuma empresa concorrente que tenha a nossa dimensão. Neste momento, a nível de abrangência do território, somos a única transportadora que consegue servir a 100% o cliente. Quais as principais dificuldades que encontram na vossa atividade? O mercado está em evolução constante, e por isso temos de estar sempre a antecipar. Isto é o que temos feito ao longo destes 15 anos: reagir de acordo com as necessidades do mercado. Há três anos percebemos que temos de ir ainda mais além e por isso estamos a preparar algumas coisas para reagir, porque alguns clientes começam a ter novas estratégias: estruturas próprias, viaturas dedicadas, ou seja, uma inversão no mercado. Estamos expectantes, porque acreditamos


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PERSONALIDADE

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Perfil

Paulo Carvalho está ligado ao setor das peças há 26 anos, tendo começado numa casa de peças como estafeta. Passou depois pela Salvador Caetano e pela Sintra Peças. Mais tarde colaborou com a Autozitânia e depois com a Imporpeças, antes de fundar a CARF.

que estão a criar custos, mas temos de reagir. Temos uma estrutura muito grande, que nos permite ter uma capacidade de resposta em torno do que o cliente precisa, sem ter custos exagerados. O nosso foco está sempre na redução de custos do cliente. O negócio tem vindo a evoluir? A CARF transporta cada vez mais peças? Neste momento não notamos que se transportem mais peças. Tivemos períodos em que notávamos que o tipo de mercadoria que circulava não era tanto o material de desgaste, mas de mecânica. Viemos de uma situação muito recente, em que se vendia pouco. Mas parece-nos que existe uma fragmentação da venda, transportamos mais, mas isso não representa necessariamente que os clientes estejam a vender mais. O mercado suporta a quantidade de operadores de peças como existem atualmente? Temos bons importadores, cada vez têm mais força e cada um está a optar pela sua estratégia, tal como o aparecimento de muitas redes de retalho, mas não existem demasiados operadores. É a evolução do mercado, os operadores são os mesmos, não há novos, mas estão a concentrar-se. Acredito que os retalhistas estejam mais ameaçados do que os grossistas. Como perspetiva a evolução da CARF nos próximos anos? Terminámos o ano com muitos contactos de clientes novos e perspetivamos 2019 de forma otimista. Saímos de um problema relativamente recente e que abalou a estrutura da empresa, mas neste momento estamos tranquilos com o nível de serviço e de operações que temos, com a qualidade do serviço e com aquilo que estamos a planear para o futuro, quer a nível nacional, quer internacional. O internacional foi pensado desde a entrada no Grupo Totalmédia e é algo que queremos desenvolver rapidamente. E 2019 poderá trazer-nos novidades em termos de operações para Espanha.

Mário Carvalho Qual o nível de satisfação do cliente? Atualmente ronda os 97%. Mas é muito complexo medir o nível de satisfação.

A principal tipologia de cliente da CARF são os grossistas de peças… Sim. São e continuam a ser os principais clientes. Temos dois alvos distintos: o alvo comercial e o alvo operacional. O alvo comercial é o grossista e o alvo operacional é o retalhista. O que é que hoje é crucial na vossa atividade para que a peça seja entregue a horas? Essencialmente é algo que tentamos passar para o mercado: quanto mais rigoroso for o cumprimento dos horários de recolha, mais rigorosos serão os horários de entrega. O processo começa na casa de quem vende, e isso é crucial. Tem de haver responsabilidade por parte de todos, porque, por mais meios que tenhamos, nunca vamos conseguir compensar eventuais atrasos. Porque quando um que atrasa, tudo o resto atrasa. E a solução não é colocar mais meios, porque nós temos os meios bem ajustados aos produtos e quantidades que transportamos. Sempre que uma peça não é entregue a horas, como se resolvem os problemas? A logística é um negócio que gera, tipicamente, insatisfação. O mercado, como um todo, não está preparado para lidar com imponderáveis. Se tivermos um nível de serviço de 95% ou 96%, está próximo do perfeito. Mas estes 3%, dado o volume de entregas que fazemos, são uma imensidão de problemas que a nossa equipa tem de resolver com vários clientes.

O que representam atualmente os pneus para a CARF? Neste momento, 42% dos volumes transportados são pneus. Este produto veio nivelar a dispersão da nossa entrega, porque tínhamos as entregas mais concentradas na tarde, e os pneus vieram equilibrar a balança. Atualmente já não é assim, mas na altura foi o que aconteceu. Os pneus foram um acelerador do negócio das peças? No fundo, as peças retiram dividendos deste ajuste da estrutura CARF, derivada da entrada do negócio dos pneus. Há um equilíbrio da atividade entre peças, chapa e pneus. Como avalia o negócio da logística de peças em Portugal? A exigência do cliente mudou, hoje em dia a profissionalização do setor das peças já leva os clientes a não trabalhar com empresas não tão profissionalizadas. Ultimamente penso que têm desaparecido mais empresas do que as que surgem. Temos de cumprir uma série de critérios legais e o setor é regulado. O que está a acontecer nas peças é o que já aconteceu nos pneus, uma “overdose” de serviço, várias entregas por dia. E quando chegar à altura das contas, haverá um retrocesso. Acredita que irão existir entregas via drone no futuro? A volumetria e o peso dos produtos, em princípio, não irá permitir isso. Só quando os drones evoluírem, por forma a que seja possível esse tipo de entregas.



Dossier

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Nova realidade

No mercado dos filtros, cada vez mais dependente das inovações tecnológicas do parque automóvel, a qualidade, a disponibilidade de produto e o preço tornam-se cruciais para os operadores se manterem competitivos TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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oferta de filtros é atualmente caracterizada pelo vasto número de fabricantes e marcas no mercado, onde os produtos premium têm uma preponderância significativa e existe uma grande competitividade ao nível dos preços, conforme explica Paulo Agostinho, da AleCarPeças. Por sua vez, Tiago Domingos, da Auto Delta, lembra que se observa “um grande número de marcas que se focam mais no fator preço, acabando por obter uma quota de mercado interessante”. Hélder Santos Pereira, da Mann+Hummel acrescenta: “O mercado está como nos últimos anos, entre as marcas premium e marcas low cost. Já não existe uma segmentação de marca alemã para veículos alemães ou marca

francesa para veículos franceses, hoje as marcas têm oferta global. Nota-se uma maior fidelidade à marca”. João Costa, da MIKFIL, realça a entrada de novas marcas de filtros no mercado, e adianta que este setor tem futuro, embora limitado pelo aparecimento das novas motorizações elétricas. Ricard Albi, da Sogefi, indica a eletrificação e o menor uso do motor de combustão como principais ameaças nos próximos anos. E Joana Santo, do Bilstein group, adianta: “Os filtros pertencem a uma gama de produto que terá de se adaptar à evolução do mercado e aos novos tipos de filtros que estão a surgir, com as alterações que se verificam com as novas tecnologias”. Para Hélder Santos Pereira, da Mann+Hummel, as oportunidades para os players deste setor passam pelo saber adequar o serviço e disponibilidade


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QUESTÕES

1 - Que tipo de filtros comercializam (ar, combustível, habitáculo e óleo) e qual a extensão da gama? 2 - Qual foi a mais recente novidade de produto introduzida (ou que vão lançar) ao nível da vossa marca de filtros?

abranger a maioria do parque automóvel europeu. 3 - A nossa gama está disponível no site Motrio.com, a informação técnica está disponível só para clientes com acesso a Motelio.

3 - Que serviços e meios estão associados à comercialização da vossa marca de filtros: informação técnica? formação? sites técnicos? catálogo online?

Redeinnov

Wixfilters Catarina Gomes - Marketing manager geral@redeinnov.pt 223 263 288 www.redeinnov.pt

à nova realidade do mercado, que exige rapidez na entrega e disponibilidade de peças. Quanto às ameaças, Tiago Domingos indica que estas se verificam nos produtos que, “apelando apenas ao preço, não apresentam padrões de qualidade comparáveis, bem como nos produtos falsificados, que já se começam a observar no mercado”. Para José Boavida, da Corteco, uma das ameaças é a existência de “produtos muito baratos e de qualidade bastante inferior a circularem no mercado”, e acrescenta: “não podemos ter um produto premium que é obrigado a obedecer a uma série de normas e regras, com um preço igual a um produto que não tem essas normas e regras e qualidade”. Carlos Gomes, da TRW, lembra a influência do alargamento dos intervalos de revisão nos modelos mais recentes, “levando a uma diminuição do mercado, decorrente das novas recomendações dos fabricantes”. PUBLICIDADE

1 - Trabalhamos todas as gamas da marca Wix Filters (marca do grupo MANN+HUMMEL), para veículos ligeiros e pesados.

Renault

Motrio Paulo Nunes Santos - Marketing após-venda paulo-nunes.santos@renault.pt 218 361 254 / 969 702 122 www.renault.pt

1 - Comercializamos os filtros de ar, óleo, combustível e habitáculo e conseguimos

2 - A última novidade foi a introdução do sistema MICROBAN nos filtros de habitáculo comercializados pela Wix. Este sistema antibacteriano, utilizado em todos os filtros de habitáculo Wix, permite eliminar de uma forma eficaz as bactérias e alérgenos presentes no ar, reduzindo a uma expressão irrelevante a humidade e fungos que tendem a surgir no sistema. 3 - Dispomos de ampla informação técnica que temos vindo a utilizar, bem como da nossa própria WebShop, onde os filtros da Wix estão em evidência. Caso o cliente necessite de um filtro menos


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comum, para uma máquina por exemplo, temos acesso ao catálogo online da Wix, que permite uma identificação simples e rápida de um filtro para qualquer tipo de aplicação.

AleCarPeças

Hengst, Open Parts, Nipparts e Blue Print Paulo Agostinho - Diretor Geral pagostinho@alecarpecas.pt 912 341 114 www.alecarpecas.pt

1 - Trabalhamos as marcas Open Parts, Hengst, Nipparts e Blue Print. Com estas quatro marcas cobrimos mais de 98% do parque circulante europeu, oferecendo uma ampla escolha de elevada qualidade. A nossa forte aposta está nos filtros para ligeiros e comerciais ligeiros.

de qualidade de primeiro equipamento Made in Europe. Trata-se do fabricante que fornece a construtores como a Volkswagen, General Motors, Ford, Land Rover, Jaguar, Mercedes-Benz, Saab, Lotus, Suzuki, etc. Todos os filtros RecOficial são fabricados exatamente de acordo com as mesmas normas dos filtros de primeiro equipamento, segundo o sistema integrado de gestão de qualidade e gestão ambiental no âmbito da norma ISO/TS16949:2009 e ISO 14001:2004. 3 - Os associados Atlantic Parts e Distribuidores RecOficial possuem catálogos online de identificação que facilitam a rápida e fidedigna identificação dos filtros e demais famílias de produtos RecOficial. Em breve, esses catálogos estarão disponíveis igualmente nas oficinas. Relativamente à informação técnica e formação, os produtos RecOficial seguem a lógica RecOficial que visa dotar todos os intervenientes no processo de conhecimento e know-how para a correta e eficiente montagem/desmontagem dos mesmos segundo os parâmetros oficiais dos fabricantes.

2 - Mais recentemente introduzimos na nossa oferta a marca Open Parts, que se caracteriza pela elevada qualidade e vasta cobertura do parque circulante de veículos ligeiros, em todas as gamas. 3 - Todas as nossas marcas se encontram disponíveis para consulta nas nossas plataformas b2b e também nos sites dos fabricantes. Todos os detalhes técnicos dos artigos e instruções relevantes estão disponíveis para consulta nas plataformas indicadas.

1 - A RecOficial comercializa os quatro tipos de filtros (ar, combustível, habitáculo e óleo). A marca RecOficial é produzida por um dos maiores fabricantes do mundo. São mais de 2300 referências

2 - Para veículos ligeiros, destacamos a consolidação da gama de filtros de habitáculo FILTER+. Esta recente gama tem uma tecnologia especial de neutralização de alergénios que ajuda a prevenir reações alérgicas. Esta evolução traduz-se ainda numa crescente sensibilização para os problemas respiratórios e para as alergias, fazendo com que os filtros para o habitáculo tenham uma maior importância. A nível de investigação e desenvolvimento, a Bosch acompanha os requerimentos solicitados pelos fabricantes de veículos, tanto ao nível da qualidade da prestação dos produtos como na participação de soluções de filtração para as tecnologias mais modernas (downsizing, tratamento de emissões de gases de escape, transmissões, soluções alternativas de powertrain, etc.). 3 - Além da qualidade de equipamento original, a Bosch tem dois pontos totalmente exclusivos e diferenciadores do resto das marcas de filtros. Proporcionamos às oficinas informação técnica, equipamentos de autodiagnóstico, formação técnica e apoio de hotline técnica. Colocamos à disposição dos nossos parceiros e clientes toda a informação necessária para que possam comercializar e aplicar com sucesso os nossos produtos. Disto são exemplo os nossos catálogos offline e online para procura de referências, o nosso software ESI[tronic] que combina, entre outras coisas, a informação de produtos com os serviços e instruções de montagem. Em relação ao TECDOC, a nossa marca foi pioneira ao nível de presença neste catálogo.

MIKFIL

Atlantic Parts

Rec Oficial Bruno Pires Peres - Responsável Rede RecOficial Portugal 229 736 705 brunopiresperes@recoficial.pt www.recoficial.pt

com uma cobertura de 96% do parque de ligeiros e pesados.

Bosch

Bruno Jerónimo - Gestor de Produto 800 100 202 www.bosch.pt

1 - O nosso programa é composto por: filtros de ar, óleo e combustível, habitáculo, e filtros especiais, tais como filtros para os sistemas de tratamento de gases. Temos praticamente 3000 referências,

João Costa - Sócio-gerente joaocosta@mikfil.com 227 536 770 www.mikfil.com

1 - Comercializamos todo o tipo de filtros, para as mais diferentes áreas e setores: filtros de ar, óleo, combustível, habitáculo e hidráulicos. As nossas gamas cobrem e disponibilizam uma vasta área de veículos ligeiros, pesados, agrícolas e também do setor industrial.


2 - As nossas mais recentes novidades na área de ligeiros têm sido principalmente nos filtros de óleo e de ar. Neste momento temos disponíveis filtros para os mais recentes modelos no mercado, assim como na área dos filtros de habitáculo, em que iremos em breve ter os novos filtros com novas matérias filtrantes de segunda geração, como o carvão ativado com polifenol, que tem propriedades de efeito antibacteriano e também efeito fungicida. Visto ser um dos filtros senão o único num futuro próximo a ser comercializado, temos apostado muito nesta área, dos filtros de habitáculo tanto para ligeiros como pesados e agrícolas. 3 - Ao nível da nossa marca MIKFIL, temos as nossas próprias plataformas digitais de apoio ao cliente, tais como: catálogo online, sempre atualizado e de fácil consulta. Temos também o nosso portal exclusivo para os clientes efetuarem consultas de preços, stocks e encomendas online, sem qualquer custo. Para além disto, disponibilizamos fichas técnicas dos nossos produtos, assim como formação e workshops de esclarecimento e de vertente formativa, principalmente nos eventos.

Sogefi

Sogefi, Purflux, Fram, Tecnocar Ricard Albi - Sogefi IAM Sales Director South Europe spain-aftermarket@sogefigroup.com +34 935 873 889 www.sogefigroup.com www.purflux.com www.fram-europe.com www.coopersfiaam.com

1 - A Sogefi produz uma ampla gama de filtros, incluindo óleo, gasolina, diesel, filtros de ar e de habitáculo para o mercado OE e Pós-Venda Independente. Além disso, a Sogefi fabrica módulos de filtragem completos “first time fit” para Fabricantes de Peças Originais de


Como analisa o futuro dos filtros auto, atendendo ao futuro dos automóveis, como por exemplo, os elétricos e os híbridos?

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ligeiros e pesados. Os filtros Sogefi estão muito bem-conceituados graças às suas marcas: Purflux, FRAM, CoopersFiaam e Sogefi Pro. Temos 5320 referências ativas, incorporando cerca de 200 novas no último catálogo, com uma cobertura do parque de 98% 2 - O Cabin3Tech+ é um filtro inovador, que estará disponível para o aftermarket em fevereiro de 2019, sob as marcas Purflux e FRAM. O Cabin3Tech+ tem três camadas: uma filtração preliminar com um meio sintético projetado para aprisionar e reter algumas das principais fontes de alérgenos suspensos no ar: partículas de poeira e pólen (10-100 mícrons); uma camada de carbono ativo que usa carbono ativado de alta qualidade da casca de coco, que absorve odores e gases nocivos (tolueno, N-butano, NO2, SO2); e uma camada eletrostática com tecnologia “Melt-blown” que retém partículas minúsculas, como poeira ambiental, pólen e resíduos dos travões. São retidas até 98,8% das partículas de 2,5 mícrons. A gama de produtos Cabin3Tech+ engloba 56 referências que cobrirão até 150 milhões de carros em toda a Europa. 3 - Os clientes podem estar sempre conectados com a Sogefi através das aplicações para dispositivos iOS e Android (com as marcas Purflux, Fram e CoopersFiaam). Como complemento da informação incluída nos catálogos, a nova aplicação oferece várias funções que possibilitarão pesquisar produtos de forma mais fácil e rápida. Graças à sua estrutura clara com base nas informações do catálogo, bem como uma função de pesquisa prática, é fácil fazer a seleção de um produto. Ao inserir o código de referência, pode encontrar-se o equivalente em outras marcas, referência original, pesquisa por tipo e formulário de filtro, ou por aplicação, assim como escrever diretamente na barra de pesquisa localizada na parte superior da página inicial da aplicação; sites dedicados a cada uma das marcas. Os sites da Sogefi foram atualizados para oferecer uma experiência excecional através do telemóvel, incluindo atualizações de conteúdo, notícias, catálogos e online, assim como tutoriais no Youtube. Uma gama completa de vídeos com instruções de montagem e que explicam a tecnologia aplicada ao filtro - www.youtube.com/c/ SogefiAutomotive; o Cabin3Tech+, site

dedicado as novas tecnologias, dará aos clientes informações específicas e detalhadas sobre a nossa nova tecnologia, disponível em breve. Catálogo online, informações sobre a nova linha de produtos e vídeos do YouTube para os técnicos acederem através de diferentes plataformas digitais, permitindo que o cliente obtenha as informações corretas em qualquer dispositivo. Presença constante no território, atividades promocionais, suporte a vendas, manutenção do nível de serviço combinado com o desenvolvimento contínuo da gama e qualidade dos produtos, a Sogefi traz valor agregado personalizado como parceiro estratégico para os clientes IAM.

Q&F

K&N Rui Monteiro - Marketing qfgeral@qf-lda.pt 229 699 490 www.qf-lda.pt

1 - A Q&F Lda. comercializa filtros de ar, combustível, habitáculo e de óleo da marca K&N. Esta é líder mundial na produção de filtros de ar laváveis que se pauta por uma qualidade de excelência, com uma cobertura a nível de aplicação de quase 100% do mercado automóvel. 2 - Para além de uma constante atualização a nível de aplicações da sua gama de produtos que acompanham as últimas novidades da indústria automóvel, a mais recente aposta passou pelo lançamento da gama de filtros de habitáculo. Estes,

Catarina Gomes Redeinnov “Os híbridos continuarão a consumir filtros, veremos se em maior ou menor quantidade. Em relação aos elétricos, estamos a falar de um futuro longínquo no que se refere ao aftermarket e, portanto, demasiado incerto para analisar ou fazer projeções. Veremos que tecnologias vingam ao ponto de serem relevantes em termos de parque circulante, sendo certo que todos nos saberemos adaptar às novas realidades”. Paulo Agostinho AleCarPeças “Eu diria que a curto prazo a influência deste tipo de veículos no potencial volume do mercado ainda não será relevante. Obviamente que, com o crescimento do parque circulante destes veículos, o número de unidades e tipos de filtros vendidos irá diminuir de forma progressiva. Veremos se outros tipos de filtros e tecnologias podem eventualmente compensar uma futura queda no volume de negócios”. João Costa MIKFIL “O tema dos veículos elétricos é uma realidade bem presente nos nossos dias, e será ainda mais evidente num futuro próximo. No setor dos ligeiros, o filtro de futuro será o de habitáculo. Não será nos próximos 20 ou 30 anos que iremos ter apenas carros elétricos, os híbridos serão o futuro até lá, ou seja, muitos dos filtros ainda não serão extintos, e quando isso vier a acontecer, temos outras áreas para explorar no setor da filtragem”. Ricard Albi Sogefi “O declínio do diesel será um desafio, mas o crescimento dos veículos híbridos, de bateria elétrica e de célula de combustível oferecem oportunidades reais”. Carlos Gomes TRW “A mobilidade elétrica é uma das tendências a longo prazo, e irá trazer muitos desafios a toda a indústria automóvel, nomeadamente na área



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sendo parte integrante do sistema de ar condicionado, possuem a função de filtrar a maior parte das impurezas como o pó, o pólen, detritos e outros poluentes que possam entrar por este sistema de ventilação. Esta gama é desenvolvida com uma camada de um componente sintético filtrante, conseguindo bloquear qualquer tipo de pó, detritos e até bactérias. Conforme a gama de filtros de ar, esta é igualmente lavável e reutilizável.

de habitáculo com carvão ativo. 3 - Dispomos de diversa informação disponível no TecDoc, mas para além disso dispomos de um serviço técnico pronto a esclarecer os nossos clientes.

3 - Para além da Q&F Lda. possuir uma equipa de comerciais experiente e pronta para qualquer esclarecimento que possa surgir, a marca disponibiliza todo um conjunto de ferramentas como é o caso da plataforma online, catálogos e informações técnicas específicas por produto.

Eurotyre

TRW

1 - A Motaquip oferece aos seus clientes uma gama completa de filtros que assegura cerca de 95% da cobertura do mercado de veículos ligeiros. A gama Motaquip é composta atualmente por filtros de ar, combustível, habitáculo e óleo de excelente qualidade e fiabilidade.

Lucas, Delphi Carlos Gomes - Gestor de Produto marketing.portugal@zf.com 214 228 300 http://lucas.info

1 - Disponibilizamos uma gama completa de filtros para a área automóvel através da marca Lucas, nas quais cobrimos todos os tipos de filtros para os veículos ligeiros (óleo, ar, gasóleo, gasolina e habitáculo). Ao todo são mais de 1500 referências que cobrem grande parte do parque automóvel europeu, e contamos lançar mais referências durante 2019, para completar ainda mais a nossa gama. Comercializamos ainda os filtros diesel da Delphi, que apesar de serem cerca de 100 referências cobrem 14 mil aplicações. 2 - Os filtros acompanham as evoluções tecnológicas assistidas na conceção dos veículos, como tal apesar de não surgirem novos filtros, os já existentes sofrem alterações para otimizarem a sua função, são exemplos disso os filtros de combustível com sensores de água, os filtros de óleo de dupla filtração, ou mesmo os filtros

Motaquip João Madeira - Marketing e comunicação joao.madeira@eurotyre.pt 231 419 190 www.eurotyre.pt

2 - Os filtros de combustível diesel Motaquip contribuem para proteger todos os componentes relacionados com a injeção dos motores a diesel, os filtros Motaquip asseguram que, mesmo os motores mais exigentes, estão protegidos das impurezas. A Motaquip desenvolveu uma nova gama de filtros diesel, nova geração de monoblocos em plástico e metal seguindo sempre as evoluções permanentes dos mais recentes motores a diesel. Ao usar os mesmos materiais tecnológicos que os fabricantes de OE, os nossos sistemas de filtragem não só otimizam a performance do veículo como protegem os ocupantes da poluição exterior. 3 - A certificação A do TecAlliance reflete o investimento constante na qualidade da informação fornecida. A Motaquip tem à disposição dos seus clientes um conjunto de ferramentas que ajudam na venda e comunicação tais como um catálogo eletrónico na sua página web onde pode identificar por viatura, ou se preferir pode pesquisar por referência, dispõe de outros catálogos que podem

da filtragem. No entanto, quando existem grandes mudanças, também surgem novas oportunidades, e apesar de poderem deixar de existir os filtros do compartimento do motor, poderão surgir outros filtros que otimizem ainda mais a eficiência de emissões neutras dos veículos elétricos e mantenham o habitáculo limpo”. Joana Santo Bilstein group “O mercado dos filtros terá de se adaptar aos novos veículos. Um carro elétrico tem menos filtros do que um veículo comum com motor, mas a maior parte do crescimento dos novos veículos que estamos a presenciar é nos híbridos. Portanto, a curto e médio prazo, acreditamos que o volume total do negócio dos filtros não será afetado. Existem várias discussões na indústria sobre novos tipos de filtros, na medida em que devem reduzir ao máximo os materiais nocivos que o veículo produz. Neste momento já temos os DPF’s e a discussão atual prendese com o fato de podermos vir a ter filtros para reduzir as partículas do material de fricção das pastilhas de travão, assim como criar um filtro que sirva para arrefecer a bateria nos carros elétricos. Assim, embora alguns tipos de filtros venham a reduzir o seu volume de vendas, nos filtros de combustível em veículos a gasolina, serão criadas novas oportunidades de filtros”. José Boavida Corteco “Relativamente aos filtros de habitáculo, futuramente continuará a ser um produto com muito potencial, já que os veículos elétricos e híbridos vão continuar a utilizá-los, ao contrário de outros tipos de filtros”. Vasco Loff Duarte Auto Silva “Os filtros de habitáculo têm o futuro garantido. Mas creio que a maior parte dos fornecedores de peças para o mercado de aftermarket terá que se adaptar aos veículos do futuro, sejam eles de combustão, híbridos ou totalmente elétricos. Acreditamos que ainda há um longo caminho a percorrer na indústria automóvel e por isso ainda há tempo para redefinir estratégias e adaptar a oferta”.


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ser descarregados na sua página web não esquecendo tão mais importante que desde muito cedo está presente no TecDoc e TecCat. Com esta informação, garantimos que os clientes têm sempre a informação correta sobre a peça.

bilstein group

febi, SWAG e Blue Print Joana Santo - Marketing Coordinator joana.santo@bilsteingroup.com 219 663 720 www.bilsteingroup.com

1 - O bilstein group em Portugal comercializa filtros das suas três marcas: febi, SWAG e Blue Print, sendo que a Blue Print é a marca mais especializada nesta gama. A Blue Print comercializa filtros de ar, combustível, óleo e habitáculo e conta com mais de 2 mil artigos. Cada um destes artigos está associado a diversas referências originais, o que faz aumentar o universo de aplicações por cada filtro. 2 - A novidade na gama de filtros da Blue Print foi o alargamento da gama, sob o slogan “Todos os Filtros Para todas as Marcas”. Apesar do core da Blue Print serem os veículos asiáticos, no último ano a grande evolução da Blue Print passou pela disponibilização de filtros para todas as marcas de veículos ligeiros, com um foco nos veículos europeus. Só em 2018 a Blue Print introduziu mais de 200 novos filtros na sua gama. A Blue PUBLICIDADE

Print incluiu marcas e modelos europeus, com uma cobertura de mais de 90% de todos os veículos ligeiros e veículos comerciais ligeiros de todo o mundo. Os filtros de transmissão são uma gama em que a Blue Print vai apostar a partir do próximo ano. Neste momento assistimos na Europa a uma grande alteração na venda de veículos novos de transmissão manual para transmissão automática, pelo que a Blue Print já está a desenvolver esta linha de produtos. Em 2018 foram introduzidos 30 novos filtros de transmissão e o plano para 2019 é a introdução de mais 20 artigos. Importa referir que a Blue Print é uma marca reconhecida pela qualidade dos produtos que disponibiliza no mercado, todas as peças são sujeitas a regulares e rigorosos controlos de qualidade, os filtros não são exceção. Cada filtro da Blue Print foi desenvolvido e produzido tendo em conta os parâmetros e as normas dos equipamentos originais, sendo submetidos a testes. Desta forma, os filtros da Blue Print asseguram os mais elevados padrões de qualidade e podem ser montados em qualquer veículo desde o quilómetro 0, sem inviabilizar a garantia do fabricante. 3 - Várias referências da Blue Print têm associadas um boletim técnico com instruções de montagem ou informações técnicas que passam desde esclarecimentos sobre a sua mudança ou até mesmo explicações de como se devem utilizar as ferramentas associadas. Em relação às ferramentas, a Blue Print tem uma gama específica de ferramentas, que ajudam na correta remoção e instalação do filtro em determinados veículos, prevenindo danos nos filtros e caixas, tornando assim o trabalho mais fácil, económico e rápido. Uma das ferramentas mais populares é a Ferramenta para remoção do filtro de Combustível ADK85502, que é uma ferramenta desenvolvida pelo bilstein group

para ser utilizada em veículos equipados com o motor JTD. Ao pesquisar no nosso catálogo partsfinder, verificamos que muitas das referências têm associados vídeos técnicos, como por exemplo o filtro de óleo ADT32118. A equipa Blue Print dispõe ainda uma equipa técnica para análise e gestão de garantias, e de um consultor técnico que dispõe de uma carrinha modular de apoio comercial e técnico, totalmente adaptada ao parque automóvel português.

Federal Mogul

Champion Ana García Berrocal - Regional Marketing Manager Spain & Portugal Ana.Garcia@fmmotorparts.com +(34) 917 461 814 www.championautoparts.eu

1 - A Champion oferece uma ampla gama de filtros de óleo, ar, combustível e cabine para automóveis que, graças ao seu design avançado, oferecem melhor comportamento e ajudam a preservar a integridade do motor. A sua cobertura aumenta continuamente e já atingiu 94% do parque. Os filtros Champion incorporam recursos e materiais inovadores para proteger o motor sem sacrificar o desempenho. Além disso, os filtros Champion são sempre fabricados com tecnologia de ponta. No total, os profissionais podem encontrar 1373 referências de filtros Champion: 597 referências de ar, 207


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referências de petróleo, 207 referências de cabine, 232 referências de combustível. Cobertura: 91% de cobertura da frota europeia de automóveis, 92% de filtros de ar, 94% de filtros de óleo, 84% de filtros de cabine, 91% de filtros de combustível. 2 - A Federal-Mogul Motorparts anunciou que sua marca Champion criou um novo canal do YouTubeTM: Champion EU. Os vídeos visam fornecer conteúdo breve, informativo e útil, com o objetivo de incentivar os clientes a contar com técnicos profissionais para manter adequadamente o seu veículo. Os vídeos foram concebidos para fins educacionais e para motivar os utilizadores finais e mecânicos a ver a instalação correta dos produtos, para uma adequada reparação e manutenção do veículo. O objetivo é fornecer conselhos práticos para aqueles que já têm alguma experiência técnica na indústria automóvel, mas que estão abertos a novas oportunidades de aprendizagem. 3 - Para apoiar os seus clientes, a FederalMogul Motorparts lançou o Garage Gurus, uma plataforma gratuita cujo objetivo é oferecer ferramentas de suporte abrangentes para técnicos, proprietários de oficinas e distribuidores. Esse serviço oferece suporte técnico e treinamento por meio de diversos recursos: on-site, online e sob pedido; o programa Garage Gurus consiste em quatro pilares principais focados no suporte técnico: o Gurus Onsite: lições e cursos; Gurus On-the-Go: frota de furgões equipados que percorrerem as oficinas para oferecer demonstrações interativas; Gurus Online: plataforma de formação técnica, para ajudar na aprendizagem e desenvolvimento do conhecimento de sistemas, componentes e manutenção: www. fmgaragegurus.eu; e o Gurus On-Call: especialistas técnicos, que fornecem respostas rápidas ao produto ou perguntas de diagnóstico sempre que necessário.

Corteco

José Boavida - Sales Technician Portugal jose.boavida@corteco.es 914 671 162 www.corteco.es

1 - Fabricamos e comercializamos filtros de habitáculo.

2 - O que vamos continuar a lançar para o mercado são filtros para os veículos mais recentes e que somos fornecedores originais e extensões de gama na família dos filtros, assim desta forma os nossos distribuidores têm à sua disposição uma maior cobertura do mercado nacional. 3 - Catálogo online da Corteco, Tecdoc e também enviamos a informação técnica para os distribuidores. Disponibilizamos também formação aos nossos distribuidores, mas somente quando solicitada pelos mesmos.

Tiago Domingos Auto Delta “O segmento de filtros é um dos mais debatidos no que toca ao aparecimento em massa de veículos elétricos e híbridos. Enquanto os segundos ainda utilizam soluções tradicionais de filtragem, os primeiros representam uma disrupção nesta gama, obrigando os fabricantes especializados a encontrar soluções para esta grande mudança. Ainda assim, há respostas simples como a constante necessidade de um filtro de habitáculo e a procura por inovações que respeitem o meio ambiente e a saúde dos ocupantes. Por outro lado, a necessidade de ar para refrigeração de baterias leva a que o mesmo necessite de ser filtrado de forma a não causar problemas no sistema. O futuro está aí e cabe a todos fazer com que a adaptação seja um processo fluido e sem problemas”. Hélder Santos Pereira, Mann+Hummel “A primeira mensagem é que o mercado e os fabricantes vão-se adequar à nova realidade do veículo elétrico. Continuarão a existir automóveis e filtros nesses mesmos automóveis. Queremos e pensamos que estes avanços tecnológicos são oportunidades de novos negócios, metodologias e formas de trabalhar mais evoluídas e que nos obrigarão também a evoluir”.

Auto Silva

Tecneco Vasco Loff Duarte - Departamento de Marketing autosilva@autosilva.pt 219 948 180 / 226 169 983 www.autosilva.pt

1 - A Auto Silva Acessórios comercializa todos os quatro tipos de filtros da marca italiana Tecneco. Neste momento a marca dispõe de filtros que cobrem um total de 95% do parque automóvel europeu e 70% do asiático, mas encontra-se em constante atualização. 2 - A Tecneco é uma empresa fabricante, com mais de 50 anos, especializado em filtros, que privilegia o investimento em inovação e desenvolvimento e que recentemente lançou uma gama de filtros especificamente para os carros asiáticos com uma nova marca, a Nishiboru ca-

Eduardo Martí UFI Filters “A filtragem sempre estará presente no carro, de uma maneira ou de outra, sempre haverá um filtro para substituir. É claro que a tendência é cada vez mais para um parque mais favorável ao meio ambiente, com uma maior presença de veículos elétricos e, acima de tudo, híbridos. Este último será o mais popular nos próximos 25 anos, por isso temos filtros para muitos anos”. Sergi Cañellas Magneti Marelli “É claro que a oferta terá que se adaptar às novas condições do mercado se este evoluir para essas tecnologias. O veículo elétrico significaria uma mudança absoluta de paradigma para o mercado de filtros”.



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racterizada pela sua cor laranja, pelo seu design moderno e pela sua excelente qualidade de acabamentos e materiais. No início de 2018 a marca Tecneco começou a comercializar os filtros de habitáculo antibacterianos AdPlus. Este novo produto é capaz de reter poluentes, absorver gases e odores, prevenindo a dissipação de bactérias e alérgicos. 3 - Todos os meses enviamos por email indicações técnicas sobre os filtros Tecneco com instruções de montagem de certas referências, com melhorias implementadas nos filtros (que, na maioria das vezes, se antecipam às especificações dos filtros de marcas concorrentes no aftermarket, ou até mesmo do equipamento original) e com demonstrações dos possíveis danos nos filtros e nos outros componentes resultantes do uso de óleos /combustíveis de fraca qualidade, bem como da manutenção fora dos intervalos aconselhados pelos fabricantes, de forma a sensibilizar o proprietário do veículo. A Tecneco está presente no TecDoc e renovou o catálogo online do seu website para facilitar a correta identificação dos filtros para cada veículo.

Ford

Omnicraft Pedro Paula Pinto - Diretor Pós-Venda clientes@ford.com 213 122 300 www.ford.pt

1 - Sim, comercializamos os quatro tipos de filtros (ar, combustível, habitáculo e óleo), tanto para todos os modelos Ford (linha Ford) como para os modelos de outras marcas automóveis (linha Onmicraft). 2 - A mais recente novidade foi a introdução dos filtros Onmicraft que têm aplicabilidade em todos os modelos de outras marcas automóveis.

3 - Tanto para a linha Ford como para a linha Onmicraft, temos disponível informação técnica bastante completa e detalhada e possuímos ainda catálogo online para ambas as linhas de peças.

Mann+Hummel

Auto Delta

Mann Filter Hélder Santos Pereira - Diretor Comercial IAM Portugal www.mann-filter.com/pt/mf-br/home/

Mahle, Meyle Tiago Domingos - Responsável de comunicação geral@autodelta.pt 244 830 070 www.autodelta.pt

1 - Comercializamos filtros para aplicações de turismo, pesados e indústria, de ar, combustível, óleo, habitáculo, separadores de óleo/ar, filtros de ureia, PreLine. A cobertura do parque automóvel circulante é de 95%.

1 - A Auto Delta comercializa todo o tipo de filtros para veículos ligeiros: ar, combustível, habitáculo ou óleo. A extensão de gama segue um dos princípios básicos da Auto Delta, cobrindo a esmagadora maioria do parque automóvel nacional.

2 - Às atuais gamas de filtros de habitáculo (CU: filtros de uma etapa: separação de partículas sólidas; CUK filtros de duas etapas con carvão activo: partículas + gases e odores) juntámos no passado uma terceira possibilidade, o Frecious Plus, que incluía uma capa adicional com tratamento bio-funcional à base de polifenoles naturalis para a retenção das partículas causantes das alergias. A gama atual FreciousPlus com a denominação atual FP é substituída pela nova gama FreciousPlus 2 com denominação comercial FPB. O lançamento realizar-se-á por fases em 2019. A mensagem principal da nova gama passa por destacar os benefícios das funções que incorpora em vez de ressaltar a mensagem das três capas que tinhamos com Frecious Plus 1. As novas funções do Frecious Plus 2 são: redução das poeiras finas e ultrafinas, redução da concentração de uma ampla gama de gases nocivos dentro do habitáculo, tecnologia de retenção de gases ácidos e bloqueia os odores provenientes do amoníaco.

2 - A mais importante novidade vai para o reforço da gama. No campo das inovações tecnológicas, a Mahle tem feito uma grande aposta no desenvolvimento do filtro de habitáculo, relevando grande preocupação com as partículas poluentes que poderão entrar na viatura, acabando por contribuir para o aparecimento de alergias ou outros problemas de saúde aos seus ocupantes. A Meyle já conta com uma gama de filtros de habitáculo com todas as propriedades antibacterianas exigidas pelos mais recentes parâmetros da UE. 3 - Na loja online da Auto Delta, desenvolvido em parceria com o TecDoc, está toda a informação técnica necessária sobre o produto em causa. Dentro de cada caixa, poderá também encontrar as instruções de montagem que convém sempre consultar para evitar qualquer tipo de problema desnecessário. Adicionalmente, também é possível consultar a página oficial da Mahle no YouTube, que conta com vídeos demonstrativos.

3 - Todos eles. A rede comercial mantém contato direto com a distribuição, retalho e oficinas, todos os meses são enviadas newsletters de informação detalhada com os novos lançamentos que são incorporados no catálogo. Periodicamente enviam-se também boletins de informação técnica informando os aspetos técnicos


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mais relevantes de alguma referência e também on-line, através da página oficial: www.mann-filter.com pode aceder-se à Mann-Filter Academy, onde se explicam os fundamentos da filtração de todas as famílias de produto. Relativamente à formação, para além da possibilidade dos nossos clientes poderem visitar as nossas fábricas, fazemos semestralmente formações com um técnico credenciado da Mann+Hummel Ibérica.

desenvolvidas para o mercado, etc. As ações de formação realizadas com os nossos parceiros fazem também parte do nosso ADN, dando dessa forma um suporte efetivo ao processo de venda. O serviço de Pós-Venda, é algo que orgulha a Clean Filters, e se transforma numa mais valia para os nossos parceiros.

UFI Filters Clean Filters

Carlos Costa - Partner ccosta@ressolution.net 966 913 585

1 - A Clean Filters apresenta ao mercado uma gama composta por filtros de ar, combustível, óleo e habitáculo, para além de algumas aplicações especificas em termos de secadores de ar e de circuitos de refrigeração. A sua gama é muito abrangente, apresentando no total mais de 2300 referências, com aplicação quer em ligeiros e comerciais ligeiros, pesados e agrícolas. A Clean Filters proporciona uma gama de produto com produção integral na Europa. 2 - A Clean Filters, sendo uma empresa com presença no primeiro equipamento, desenvolve produtos em linha com as atuais tendências de mercado. A inovação mais recente introduzida na sua gama, foi um novo segmento de filtros de habitáculo com características técnicas ainda mais exigentes por forma a garantir ao utilizador da viatura uma melhor proteção contra os agentes contaminantes a que estão sujeitos os utilizadores de qualquer viatura durante a sua utilização. 3 - A Clean Filters disponibiliza aos seus parceiros de negócio o seu site profissional, no qual, para além da informação mais recente da empresa, se pode aceder ao catálogo online, ás ações de marketing

Ufi e Sofima Eduardo Martí - Diretor Geral comercial@es.ufifilters.com +34 935 530 878 www.ufifilters.com

1 - O grupo UFI Filters está presente no mercado com duas marcas: UFI Filters e Sofima Filter. Atendendo às necessidades de quase todas as marcas de automóveis, assim como veículos comerciais, industriais e agrícolas, abrange uma gama completa de filtros de ar, óleo, combustível, gás GLP, habitáculo, separadores de água, secadores, gases turbo VGT e hidráulica, com um catálogo de aproximadamente 2600 referências para cada marca, incluindo mais de 1700 referências para ligeiros e comerciais ligeiros. A cobertura atual do mercado é superior a 96%. Em 2018, a UFI Filters incorporou cerca de 160 novas referências para cada marca, o que significa que a cobertura da frota de veículos é 97% superior em cada categoria de produto. 2 - Lançámos no ano passado sistemas de filtragem com alto valor acrescentado e tecnologicamente muito avançados e patenteados, como, por exemplo, a tecnologia de alta separação de combustível-água no filtro diesel com alta performance 24.095.01 e 24.080.00. Ambos os filtros integram a nova formulação do meio DFM (Deep Filtration Media) com barreira de profundidade e oferecem uma proteção de mais de 95% até 5 μm, em ambos os casos, de acordo com os requisitos da norma Euro 6.

Define novos padrões na separação das águas residuais do combustível e na sua capacidade de filtrar as impurezas. Os filtros de última geração produzidos e comercializados pela UFI são fabricados com meios filtrantes com base de fibra de vidro ou materiais poliméricos. Este é o caso do sistema de admissão de ar UFI MULTITUBE. É um sistema patenteado, caracterizado por uma estrutura tubular que substitui o filtro de painel tradicional assegurando um melhor desempenho de filtração e aumentou a potência do motor em um pequeno espaço. O UFI MULTITUBE é apresentado para o primeiro equipamento no Porsche GT2RS e em breve também em outras aplicações italianas e internacionais de maior volume de vendas. A revolução é a flexibilidade geométrica particular do elemento de filtro UFI Multitube, cuja estrutura permite posicionar os tubos em paralelo, série, ou de acordo com diferentes geometrias, com diferentes diâmetros e comprimentos, dependendo dos requisitos de espaço do motor. A nova tecnologia UFI Group oferece modularidade e design ad hoc em cada um dos requisitos específicos de fabricantes de automóveis, adaptando-se cada modelo de veículo, otimizando o espaço no compartimento do motor. A inovação do UFI MULTITUBE consiste, além disso, no redimensionamento do filtro, ou seja, garantindo alto desempenho de filtração - acima de 99,5% - em um espaço menor, até 50% menor em comparação com um filtro de painel tradicional. Esta característica é particularmente vantajosa para veículos híbridos, dado que os espaços no compartimento do motor são particularmente pequenos, devido à presença adicional dos sistemas mecânicos do dispositivo elétrico. Graças à sua forma geométrica, UFI MULTITUBE oferece um fluido dinâmico melhor, garantindo um fluxo linear na passagem do ar, diminuindo a resistência e minimizando a perda de pressão e energia, tanto para garantir uma maior disponibilidade de potência em termos de cavalo-motor, contendo ao mesmo tempo as emissões poluentes e o consumo de combustível. Testes realizados por um laboratório externo em um veículo Audi 1.4 TFSI certificaram um aumento na potência de até 4% em comparação com a entrada de ar tradicional. 3 - A evolução tecnológica de nossos


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produtos anda de mãos dadas com a evolução tecnológica de nossa maneira de informar e transmitir informações técnicas, referências cruzadas, cobertura de modelos de veículos, etc. No último verão, apresentámos os novos portais do grupo (www.ufifilters.com), com informação sobre todas as atividades em sistemas de filtragem, bem como gestão térmica, e as páginas web específicas de cada uma de nossas marcas, UFI Filters (ufi-aftermarket.com) e o Sofima Filter (sofima-aftermarket.com), com um catálogo online atualizado, com um mecanismo de pesquisa mais rápido e um design que facilita a pesquisa e a localização das informações desejadas. Também apresentámos recentemente um webapp dedicado a cada uma de nossas marcas, onde apresentamos as últimas novidades projetadas e produzidas para o OEM. Em termos de formação, apresentamos diferentes roadshows para as equipas de vendas e oficinas em que explicamos as últimas tendências em sistemas de filtragem e gestão térmica que estamos a apresentar ao nosso cliente OEM, que em breve estará no mercado de aftermarket.

marcas, mas somos o único representante para Portugal das marcas Fiba e Tokio. Destas marcas, comercializamos filtros de combustível, habitáculo, ar e óleo, sendo a marca Fiba dedicada a veículos europeus e a marca Tokio para veículos asiáticos. 2 - Todos os meses inserimos novas referências no nosso portefólio acompanhado as exigências e a evolução do mercado. No nosso portal é possível verificar online toda a disponibilidade em stock e informações técnicas que se encontram também disponíveis na base tecdoc.

Magneti Marelli

Filourém

Sergi Cañellas - Product Manager sergi.canellas@magnetimarelli.com +34 938 413 530 www.magnetimarelli-checkstar.pt

1 - A Filourém comercializa uma gama bastante alargada de filtros de várias

1 - A Magneti Marelli, com marca própria, comercializa as gamas de filtros de combustível (gasolina e gasóleo), óleo, ar e habitáculo, com mais de 800 referências e cobertura em mais de 75% das aplicações de ligeiros e comerciais ligeiros. Toda a informação está disponível

Fiba e Tokio Carlos Gonçalves - Gerente carlosgoncalves@filourem.com 249 541 244 www.filourem.com

nos principais motores de busca digital, possuindo também um catálogo on-line para download no seu site. 2 - Uma expansão de 288 novas referências, que pretendem continuar a desenvolver e melhorar a nossa cobertura na linha de filtragem. É uma linha lançada há três anos e em constante expansão da gama. Essas linhas de consumo tão importantes para a oficina são linhas que estamos constantemente a expandir para aumentar a nossa cobertura do parque automóvel. 3 - A informação está disponível nos principais motores de busca, possuindo também um catálogo online no site. Nestas ferramentas o cliente pode consultar as equivalências com referência OE e com os principais players do mercado independente.



Técnica

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CEPRA

Diferencial Torsen 1.ª PARTE

2.ª PARTE

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ntre os sistemas mais importantes de qualquer veículo automóvel, estão o sistema de propulsão e o sistema de transmissão. O sistema de propulsão é o que gera a potência, que se pode traduzir em binário e velocidade. O sistema de propulsão, é ainda na maioria dos casos, constituído por um motor de combustão interna, mas cada vez mais começa a ser constituído por um motor elétrico, ou por um tipo de sistema híbrido de combinação dos dois tipos de motores. O sistema de transmissão é constituído pelos componentes que se encontram entre o sistema de propulsão e as rodas do veículo, que têm como principal função, permitir e garantir a transmissão da potência gerada no motor para as rodas. Entre eles estão componentes como embraiagens, caixas de velocidades, conversores de binário (no caso de transmissões automáticas), veios e eixos de transmissão, caixas de transferência e diferenciais. Mas um sistema de transmissão tem várias funções, distribuídas pelos seus diferentes componentes, entre as quais permitir que o motor se mantenha em funcionamento estando o veículo parado, permitir um arranque suave do veículo a partir da situação de parado, transferir o binário e velocidade de acordo com as condições da estrada, permitir que o

veículo se mova para trás mantendo o mesmo sentido de rotação do motor de combustão interna, permitir que as rodas de tração de um mesmo eixo rodem a velocidades diferentes quando um veículo descreve uma curva. As rodas de tração ou rodas motrizes, são as rodas que se encontram no eixo do veículo que recebe a potência do motor, o que faz com que possuam tração e façam movimentar o veículo. Dependendo de em qual dos eixos se encontram as rodas motrizes, podemos ter veículos com tração dianteira (FWD – Front-Wheel Drive), veículos com tração traseira (RWD – Rear-Wheel Drive) e veículos com tração às rodas dianteiras e traseiras (4WD – Four-Wheel Drive e AWD – All-Wheel Drive). Os veículos com tração dianteira (FWD) possuem o motor na frente do veículo e as rodas motrizes no eixo dianteiro. Esta configuração do sistema de propulsão e sistema de transmissão é muito comum em veículos pequenos e compactos, devido às vantagens em termos de espaço e eficiência. Os veículos com tração traseira (RWD) possuem normalmente o motor na frente do veículo e as rodas motrizes no eixo traseiro. Esta configuração é considerada clássica, tendo em conta que é aquela era utilizada pelos primeiros veículos


55 DIFERENCIAL CONVENCIONAL ABERTO Quando os veículos começaram a ter eixos com rodas motrizes, cedo se percebeu que havia um problema quando o veículo tinha que negociar uma curva. Quando o veículo está a curvar, a roda exterior do eixo de tração percorre uma distância maior que a roda interior. Como tem que percorrer uma distância maior, a roda exterior tem que se deslocar a uma velocidade de rotação maior. Se tal não for permitido, a roda exterior vai ser arrastada. Para resolver este problema, a engenharia inventou um dos mais geniais componentes da indústria automóvel: o diferencial aberto. O diferencial aberto, hoje considerado como o diferencial convencional, é um engenhoso mecanismo constituído por engrenagens cónicas (pinhão de ataque, roda de coroa, satélites e planetários) que recebe o binário do motor e o transmite aos eixos e rodas do veículo. Mas a sua principal função, é de facto, permitir que as rodas de um mesmo eixo de tração possam rodar a velocidades diferentes quando o veículo negoceia uma curva.

RODA DE COROA

PORTA-SATÉLITES SATÉLITE PLANETÁRIO

automóveis. É também muito utilizada por automóveis de gama elevada e automóveis desportivos. Tanto os veículos automóveis com tração dianteira (FWD) como os veículos automóveis com tração traseira (RWD), são denominados veículos com tração às 2 rodas (2WD – Two-Wheel-Drive) porque a potência é transmitida só através de 2 rodas. Existem também veículos automóveis que possuem o motor na traseira e rodas motrizes no eixo traseiro. É o caso do intemporal e principal representante da marca Porsche, o Porsche 911. Quando a potência do motor é distribuída a todas as quatro rodas do veículo, temos um veículo AWD (All-Wheel Drive) ou 4WD (Four-Wheel Drive). No caso de um veículo AWD ou 4WD, ambos os eixos dianteiro e traseiro precisam ser equipados com um diferencial, devido ao fato de que todas as rodas possuem tração e precisam girar com diferentes velocidades quando o veículo executa uma curva. Para permitir velocidades de rotação diferentes entre o eixo dianteiro e o eixo traseiro é necessário a existência de um diferencial central. Este artigo não pretende focar os tipos de funcionamento dos diferentes sistemas de tração.

PINHÃO DE ATAQUE

O diferencial convencional aberto tem no entanto uma limitação. Quando uma roda do eixo de tração por qualquer motivo perde aderência (não tem tração porque se encontra sobre água, óleo, terra, lama, neve, gelo, etc), o diferencial passa a transferir a maior parte do binário para essa roda. Fica-se numa situação em que, a roda que não tem aderência patina rodando sobre si própria e cada vez mais, à medida que o diferencial transfere para ela a maior parte do binário. Por outro lado a roda que tem aderência não recebe do diferencial binário suficiente para rodar. Como resultado, o veículo fica imóvel.

A limitação do diferencial convencional aberto é resolvida com diferenciais autoblocantes ou de deslizamento limitado, como é o caso do diferencial Torsen, que é o foco deste artigo e que é tratado a seguir. Num veículo de tração às quatro rodas, o diferencial na posição de diferencial central, também tem a função de permitir que os eixos dianteiro e traseiro rodem a velocidades diferentes quando o veículo negoceia uma curva. Isto porque, quando o veículo está a curvar as rodas dianteiras percorrem uma distância maior que as rodas traseiras e por isso têm que rodar a uma velocidade superior. Se as rodas forem forçadas a rodar à mesma velocidade, haverá deslizamento de rodas, perda de tração, ruído e desgaste dos pneus, e a condução poder-se-á até, em determinadas condições extremas, tonar-se imprevisível.

R2 > R1 => V2 V1

V2

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2.ª PARTE NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA PÓS-VENDA


T CAPITULO 5

CARKEYNETWORK

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Sistemas imobilizadores de arranque no automóvel 5.2.1

Comandos, comandos slot, comandos FOBIK e comandos mãos-livres Nos capítulos anteriores apresentámos todos os sistemas imobilizadores de arranque do automóvel que existem no nosso mercado. Em jeito de resumo podemos concluir que existem 3 tipos fundamentais: baseados em comandos imobilizadores; baseados em transponders e baseados em comandos FOBIKMBZ (exclusivo da Mercedes-Benz). Neste capítulo vamos tratar dos comandos de fecho central nos sistemas de imobilizador baseados em transponders. Os comandos de fecho central são na sua quase totalidade de emissão de rádio frequência de 433 MHz ou de 868 MHz (nos EUA e em vários países asiáticos também é utilizada a frequência de 315 MHz, sendo rara a sua existência no mercado europeu). Existe uma muito pequena minoria de comandos com emissão de infra-vermelhos. Trataremos todos os comandos neste capítulo como comandos de emissão de radiofrequência.

5.1

Comandos independentes da chave A implementação, de origem, de comandos para fecho central de portas do automóvel, iniciou-se um pouco antes da implementação, de origem, dos sistemas imobilizadores. No entanto, a implementação de comandos teve um grande incremento, a partir do momento em que começou a ser habitual, os veículos virem equipados com sistemas imobilizadores.

Comandos com transponder independente do circuito do comando Muitas marcas utilizam este subtipo de comando, sendo muito habitual nas marcas Citroen, Peugeot, Hyundai, Kia, Audi, Seat, Skoda, Volkswagen, Ford, Opel, entre outras. No esquema seguinte, vemos representado um comando de um Citroen Berlingo, o qual vamos analisar.

Comandos independentes Kia, Jeep, Ford e Hyundai

Um dos tipos de comandos utilizados, são os comandos independentes das chaves, ou seja, existem duas “entidades”: a chave (com o transponder incluído) e o comando que serve apenas e só para trancar e destrancar portas. Este tipo de comando, com uma, duas ou mais teclas é completamente independente da chave/transponder, tendo uma programação, também completamente independente. A programação dos comandos pode ser manual ou com equipamento por OBD, dependendo de marca para marca e de modelo para modelo. Habitualmente não existe medida de segurança para a programação de um novo comando, ou seja, não é necessário PIN code, mesmo que seja necessário para a programação do transponder.

5.2

Comandos integrados na chave Este tipo de comando é o mais utilizado, nos veículos em circulação, pode estar incorporado na cabeça da chave ou pode apresentar-se como um comando de chave retractil. Em qualquer dos tipos podemos ainda encontrar outros dois subtipos de comandos: com transponder independente do circuito do comando e com transponder integrado no circuito do comando.

Comando Citroen Berlingo e respectivo esquema (1 e 7 - carcaça do comando, 4 - placa do circuito do comando, 2 - processador do comando, 3 - microswitch’s, 5 - pilha, 6 - transponder e 8 - ponteira)

Como podemos ver de imediato, o transponder (6) é independente do circuito do comando (4) e o comando para funcionar precisa de uma pilha (5), atenção a pilha apenas é necessária para o funcionamento do comando, pois como já vimos anteriormente, o transponder não precisa de pilha. No caso específico destes comandos (Citroen Berlingo), o transponder e o comando são programados em simultâ-


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neo durante a programação do transponder, isto deve-se ao facto, do transponder vir (de origem) emparelhado com o circuito do comando. O transponder tem um código de identificação que ao ser programado é gravado na BSI do veículo, o comando tem também o mesmo código, mas não é programado individualmente. O comando ao funcionar emite um sinal com o mesmo código do transponder, a BSI ao receber esse sinal verifica se existe algum transponder programado com esse código e se existir tranca ou destranca o veículo, de acordo com o botão que foi pressionado. Se esse código não existir o fecho central não actua. Este tipo de programação/funcionamento levanta à seguinte questão: no caso de se perder o transponder de um comando podemos, substituir o transponder e reprogramar o comando? Resposta: Não, o comando nunca é programado, mas sim o transponder, ao programarmos um novo transponder o código de identificação é diferente e o comando não vai voltar a funcionar. Como não existe método para lermos o código do comando e gravá-lo num novo transponder, não podemos substituir o transponder. No entanto o comando continuará a funcionar até que o transponder correspondente seja apagado da memória da BSI. Este subsistema de transponder independente mas emparelhado com o circuito do comando é muito utilizado na Citroen e na Peugeot em quase todos os comandos de transponder independente e no Renault Megane e Scenic entre 1998 e 2002.

Comandos com transponder independente Grupo VAG, Hyundai (e Kia), Fiat e Ford

Todas as outras marcas, no caso de utilizarem comandos com transponder independente, apresentam outro subsistema, em que o transponder não está emparelhado com o circuito do comando e têm também os dois (transponder e comando) programações completamente independentes, sendo possível, neste subsistema, substituir o transponder em caso de perda do mesmo.

5.2.2

Comandos com transponder incorporado no circuito do comando O comando, em forma de diamante, da BMW para o sistema equipado com EWS, foi um dos primeiros comandos a apresentar o transponder integrado no circuito do comando e é esse que vamos analisar em primeiro lugar.

Comando BMW (diamante) sistema EWS, imagem do lado A do circuito e esquema do circuito do lado A e B (1 - processador do transponder; 2, 3 e 5 - microswitch’s; 4 - bateria; 6 - processador do comando e 7 - antena do transponder)

No circuito do comando podemos encontrar (1) o processador que tem toda a informação do transponder e a antena do transponder (7) que não é mais do que um enrolamento que vai permitir a comunicação entre o processador do transponder e o veículo. Estes dois componentes integrados no circuito do comando são o equivalente ao transponder individual. Encontramos também o processador do comando (6) que é alimentado pela bateria (4). Neste caso, embora o transponder esteja integrado no circuito do comando, a programação do transponder é independente da do comando, funcionando como duas “entidades” diferentes. De notar que o transponder, mesmo integrado no circuito do comando, não precisa da bateria para funcionar. Se retirarmos a bateria do circuito o transponder vai continuar a funcionar sempre que necessário.

Outro aspecto deste comando é a utilização de uma bateria e não de uma pilha, a bateria é carregada por indução através da antena do transponder (do comando e do veículo) sempre que a chave está na ignição na posição ligada. Neste caso a antena do transponder (7) tem uma dupla utilidade: a comunicação do transponder com o veículo e o carregamento da bateria do comando. A situação mais comum, dos comandos com transponder integrado no circuito, é no entanto a dos comandos que são programados em simultâneo com o transponder. A Citroen e a Peugeot com a introdução da comunicação CAN nos veículos e com a introdução dos comandos de chave retráctil, começou a utilizar este tipo de comandos, com programação simultânea de transponder e comando. Também a Opel a partir do Corsa D, do Astra H, do Zafira B e do Vectra C (todos com comunicação CAN) começou também a utilizar este tipo de comandos, bem como a Renault desde o Clio 2 fase 2 (desde 2000) e a Fiat desde o Grande Punto.

Comando Opel Astra H e foto do circuito (3 - antena do transponder, 4 - processador do transponder e do comando); comando PSA CAN e foto do circuito (1 - antena do transponder, 2 - processador do transponder e do comando)

Nestes dois exemplos de comandos, Opel Astra H e Citroen/Peugeot CAN, encontramos o tipo mais comum de comando com transponder integrado no circuito, ou seja, o circuito do comando apresenta uma antena do transponder (1 e 3) e apenas um processador (2 e 4) que faz, ao mesmo tempo, de processador do transponder e do comando. Em qualquer destes exemplos a programação do comando é feita em simultaneo com a programação do transponder. Nestes comando não é possivel programar apenas o comando sem programar o transponder. Existem outras marcas/modelos a utilizar este tipo de comandos e na sua quase totalidade, os comandos com transponder integrado no circuito, têm programação do transponder e do comando em simultâneo.


Formação

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NOVO CURSO - HÍBRIDOS E ELÉTRICOS

Baterias II

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ando continuidade ao estudo das células iniciado no artigo anterior, verificamos a seguir quais as principais características, vantagens e desvantagens da utilização das baterias de níquel metal hidreto e polímero de lítio, atualmente utilizadas nos VE, VHE e PHEV. A célula Ni-MH (Níquel metal hidreto) veio substituir a Ni-Cd (Níquel Cádmio), cuja comercialização foi proibida devido a questões ambientais. Ambas as células apresentam um elétrodo positivo composto por óxido hidróxido de níquel (NiOOH), pelo que a reação química neste pólo é similar. Contudo, a célula Ni-MH é composta por um elétrodo negativo em metal hidreto absorvente, ao invés do cádmio (altamente tóxico e nocivo para o Meio Ambiente). Para além de solucionar a questão ambiental, esta evolução permitiu ainda aumentar a capacidade de armazenagem de energia, bem como minimizar o chamado “efeito memória”. Contrariamente às células NiCd, em que se deviam previligiar as cargas e descargas profundas (deixar descarregar a célula quase por completo antes de voltar a recarregar totalmente), as células de hidreto metálico “preferem” as cargas e descargas parciais. Por contrapartida, a célula Ni-MH apresenta um ciclo de vida significativamente inferior às suas antecessoras. Por conseguir garantir uma boa capacidade de armazem de energia sem afetar demasiado o volume ocupado pelo pack de baterias, esta tecnologia foi utilizada nos primeiros veículos híbridos do final da década de noventa (Toyota e Honda). Normalmente apresentam uma configu-

ração de seis células agrupadas em cada módulo (perfazendo uma tensão nominal de 7,2V por módulo), com o número de módulos a variar conforme o fabricante do automóvel e respetivo equipamento de tração. Limitada pelo seu baixo ciclo de vida, as células Ni-MH foram dando lugar à tecnologia emergente das baterias de lítio. Estas, por sua vez, podem aparecer sob duas configurações: Li-Ion ou Li-Po. Ambas apresentam o ânodo (elétrodo negativo) composto por lítio, metal que tem uma das melhores relações entre peso e capacidade de armazenamento de energia. A diferença reside no cátodo (elétrodo positivo): enquanto as Li-Ion são compostas por outros metais, as Li-Po apresentam um composto químico de polímeros no “terminal +” da célula. Como os polímeros são materias maleáveis, estas células apresentam um formato de bolsa, vulgarmente designada de pouch cell, garantindo um acréscimo de 20% de capacidade comparativamente às Li-Ion. Estas células têm uma densidade de energia entre 5 a 12 vezes superior às de Ni-Cd ou Ni-MH, para um peso igual. Uma célula Li-Po tem uma tensão nominal de 3.7V. Nunca deve ser descarregada abaixo de 3.0V nem carregada acima de 4.2V, pelo que a grande desvantagem destes packs de baterias é que requerem um cuidado muito especial no manusemanto e gestão de energia, sob o risco de se deteriorarem irreversivelmente. Dois dos aspetos fundamentais que interferem no seu ciclo de vida são os temas “carregamento” e “gestão térmica”, que serão abordados em artigos próximos.




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