PÓS-VENDA PESADOS 8

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N.º 8 FEVEREIRO / MARÇO 2017 2€

WWW.POSVENDA.PT

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DOSSIER O semirreboque tem cada vez mais influência no transporte de mercadorias. Conheça a oferta de veículos e também do pós-venda, fundamental para o negócio. PERSONALIDADE DO MÊS

RICARDO GOMES, DA GALIUS, EXPLICA A FORTE APOSTA NO PÓS-VENDA DA RENAULT TRUCKS EM PORTUGAL PUBLICIDADE

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DESTAQUE

A LUBRIGRUPO, ATRAVÉS DA MOBIL, ESTÁ NO GRUPO DOS PIONEIROS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA OFICINAL PARA PESADOS

ESPECIAL

O QUE NOS RESERVA O FUTURO DOS TACÓGRAFOS? SÃO MUITAS AS ALTERAÇÕES E O MERCADO TEM QUE SE PREPARAR JÁ PARA O QUE AÍ VEM



SUMÁRIO

Nº 8 FEVEREIRO / MARÇO 2017

EM DESTAQUE Workshop Program Mobil ______________________________ P. 6 NOTÍCIAS ______________________________________________ P. 10 MERCADO Eurosoluz ______________________________________________ P. 18 PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Miraflores Office Center - R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés Nº Contribuinte: 513 634 398

Ferreira&Filhos ________________________________________ P. 21 Globalfiltros ___________________________________________ P. 22 Civiparts / Sampa ______________________________________ P. 24 SCREP _________________________________________________ P. 26

CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt Website: www.posvenda.pt Facebook: w ww.facebook.com/revistaposvenda Linkedin: w ww.linkedin.com/company/ revista-pós-venda

Total Lubrificantes _____________________________________ P. 28

DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt

FROTA

REDAÇÃO Cláudio Delicado claudio.delicado@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt COMERCIAL Ana Almeida ana.almeida@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos ricardo.santos@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Miraflores Office Center - R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés TIRAGEM 5.000 Exemplares

OFICINA Auto Diesel ____________________________________________ P. 30

Pombalense ___________________________________________ P. 33 SALÃO Expomecânica _________________________________________ P. 36 PERSONALIDADE DO MÊS Ricardo Gomes - Galius/Renault Trucks ________________ P. 38 DOSSIER Semirreboques ________________________________________ P. 44 ESPECIAL Tacógrafos _____________________________________________ P. 54 TÉCNICA

Nº REGISTO ERC 126723

Dados técnicos Mecatrónica Online ____________________ P. 62

DEPÓSITO LEGAL 403162/15

OPINIÃO

PERIODICIDADE Bimestral IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém Tel: 214337000

Jorge Figueiredo - APVGN ______________________________ P. 64 PNEUS Carpneu _______________________________________________ P. 66

ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt/ficha-tecnica/ FEVEREIRO / MARÇO 2017

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EDITORIAL

Preço e qualidade da peça PAULO HOMEM DIRETOR paulo.homem@posvenda.pt

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efinir qualidade é algo que pode ser bem mais complicado do que aquilo que parece. Nas peças, nomeadamente naquelas que garantem o correto funcionamento de um veículo pesado e o mantêm a funcionar de acordo com as características de origem do veículo, a definição de qualidade não pode estar unicamente sustentada no preço. As peças mais caras serão, na maioria dos casos, aquelas que estão mais próximo de ter um nível de qualidade superior, nomeadamente se também englobarmos aqui as peças originais. A qualidade da peça depende muito de todo o processo industrial que está no início da sua produção, onde se investigam matérias primas, fazem-se testes de desenvolvimento, investem-se horas em ensaios e, no final, sai um produto certificado. No mercado das peças para pesados assistem-se a vários cenários. A peça original, a peça de qualidade equivalente, a segunda linha da peça original, a peça qualidade / preço (normalmente as segundas linhas das peças de qualidade equivalente) e depois todas as outras, onde se encontram muitos embaladores de peças, que mais não fazem do que um negócio puro de trading. Hoje em dia, quem faz manutenção de veículos pesados tem à sua escolha uma infinidade de produtos, com diferentes espectros de qualidade e uma gama de preços muito variados, o que permite ajustar os custos dessa manuten-

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ção à bolsa de cada empresário. Nos pesados existe, felizmente, uma cultura de qualidade nas peças, pois muitos responsáveis de manutenção já perceberam (pela prática) que um veículo de trabalho não pode parar por cedência de uma peça de menor qualidade, já que, nesses casos, os custos de imobilização (para nova manutenção) são muito mais avultados do que se tivesse optado inicialmente por peças de qualidade. O mais surpreendente é que neste mercado das peças para pesados, a qualidade também se consegue encontrar a preços competitivos (para não dizer baixos), nomeadamente nas peças de reparação de motores e caixas de velocidades e nas peças originais, algumas vezes através da aquisição noutros mercados, mas também adquirindo em Portugal. Assusta, por vezes, em casos reais, perceber que peças iguais, da mesma marca, vendidas em caixa igual, têm disparidades de preços superiores a 50, 60 ou 70%! Ou que peças originais em caixa original estejam a ser vendidas no aftermarket também a menos 40 ou 50% do que nas origens. Isto pode significar alguma anarquia no negócio de peças no setor dos pesados, num mercado que parece estar minimamente regulado, mas que, na realidade, não deve estar, fruto também de uma intensa “guerra” comercial que se pratica neste negócio. Porém, como muitos dizem... é o mercado a funcionar.

Nos pesados existe, felizmente, uma cultura de qualidade nas peças, pois muito responsáveis de manutenção já perceberam (pela prática) que um veículo de trabalho não pode parar por cedência de uma peça de menor qualidade, já que nesses casos os custos de imobilização são muito mais avultados do que se tivesse optado inicialmente por peças de qualidade.



DESTAQUE WORKSHOP PROGRAM MOBIL

Programa oficinal para pesados

A Lubrigrupo acaba de lançar em Portugal o programa M1 WP (Workshop Program) para o setor dos veículos pesados. Trata-se de um programa oficinal que permite aos mecânicos potenciar a utilização dos produtos Mobil, aproveitando todo o know-how desta reconhecida empresa.

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urante o ano de 2016 a Lubrigrupo, por via da representação da Mobil, decidiu avançar em Portugal com o Workshop Program para as oficinas de ligeiros. Este programa internacional da Mobil, que teve uma rápida expansão e aceitação em Portugal, levou a que o mesmo fosse agora lançado para o setor das oficinas de veículos pesados também no nosso país. Sendo esta uma iniciativa pioneira na Europa,

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{ TEXTO PAULO HOMEM }

CONTACTOS Lubrigrupo Braga Marco Pacheco 253 331 590 marco.pacheco@lubrigrupo.pt www.lubrigrupo.pt

Médio Oriente e Norte de África, a Lubrigrupo decidiu, uma vez mais, estar no pelotão da frente, como um dos primeiros distribuidores a executar este programa no terreno, que conta já com a primeira oficina. Segundo a Lubrigrupo, a importância da implementação deste programa surge pelo facto de Portugal ter uma das frotas de pesados mais antiga da Europa, com uma média superior a 14 anos.


Marco Pacheco, administrador da Lubrigrupo, colocou Portugal no grupo dos primeiros países a implementar este programa da Mobil para os pesados

“Temos uma relação de proximidade com quem aplica os óleos Mobil e consideramos este aspeto determinante para que as oficinas possam efetuar um serviço de qualidade e se possam afirmar no mercado”, afirma Marco Pacheco, administrador da Lubrigrupo. O Workshop Program pretende potenciar ainda mais essa relação entre a Mobil e as oficinas, no intuito de “incrementar o acesso a todas as ferramentas que temos, através da Mobil, que visam a melhoria da qualidade do serviço que as oficinas podem prestar aos seus clientes em matéria de lubrificação. Para nós o fundamental é a qualidade do serviço”, sublinha Marco Pacheco.

Outro aspeto importante neste programa é a imagem das oficinas. De acordo com o responsável da Lubrigrupo existirá um enorme cuidado na seleção das oficinas, pois “não poderemos associar a imagem da Mobil a qualquer oficina. Para nós é importante também a questão da fidelização à marca Mobil e a dinamização, a todos os níveis, que poderá ser conseguida através deste programa”. Tendo já a primeira oficina a funcionar dentro do Workshop Program, a Lubrigrupo que iniciou agora este projeto tem já um importante conjunto de oficinas selecionadas para o integrar. “Este trabalho vai ser desenvolvido no terreno pelos nossos distribuidores e pela

própria Lubrigrupo. Sabemos com quem queremos trabalhar e sabemos o que as oficinas poderão ganhar ao integrarem este projeto”, refere Marco Pacheco. As oficinas aderentes a este programa oficinal da Mobil terão acesso a um enorme conjunto de ferramentas de apoio da Mobil (catálogos, formação, plataformas técnicas, etc), mas de acordo com o responsável da Lubrigrupo estão a ser desenvolvidas ainda mais ferramentas específicas para suporte a este programa. “Devido à grande especificidade dos produtos e aprovações exigidas pelos fabricantes, é fundamental que um mecânico profissional se certifique que o lubrificante que está a FEVEREIRO / MARÇO 2017

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MERCADO WORKSHOP PROGRAM MOBIL

HEAVYAUTO É A “PRIMEIRA” DO WORKSHOP PROGRAM

aplicar cumpre todas as normas exigidas e é o adequado para a utilização em causa. Uma oficina que pertença ao Workshop Program irá garantir isto aos seus clientes”, revela o administrador da Lubrigrupo. COMERCIAIS LIGEIROS Um dos importantes suportes a este programa será uma nova linha de lubrificantes específica para veículos comerciais ligeiros que a Mobil vai introduzir no mercado. “A Mobil vai ter uma linha de lubrificantes com aprovações especificas para motores dos veículos comerciais ligeiros”, refere Marco Pacheco, dizendo que “se trata de uma linha muito completa que irá cobrir as necessidades dos veículos comerciais, que irá ajudar no desenvolvimento do Workshop Program para oficinas de pesados, pois será um importante complemento de negócio já que numa frota de pesados existem também muitas vezes veículos comerciais ligeiros”. Ao longo de 2017 o Workshop Program irá ser

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dinamizado no terreno pela Lubrigrupo e pelos distribuidores da Mobil. “Queremos, acima de tudo, dar um reconhecimento a quem explora bem a marca Mobil, dando às oficinas aderentes a possibilidade de fornecer ao frotista informação e produtos que possam reduzir os custos de utilização da sua frota. Um dos maiores desafios que enfrentaremos será elucidar e capacitar os clientes das vantagens da aplicação dos lubrificantes sintéticos Mobil em detrimento dos demais. Temos provas da eficácia da sua aplicação, com resultados extraordinários ao nível da poupança de combustível”, afirma Marco Pacheco. O administrador da Lubrigrupo conclui: “Podemos assegurar que com uma correta aplicação dos produtos Mobil Delvac, os clientes podem cuidar de todo o seu veículo, desde o motor até ao eixo traseiro, maximizando a performance e, potencialmente, poupando dinheiro. O Workshop Program será fundamental para enraizar estes conceitos junto de quem utiliza veículos pesados”.

A Heavyauto funciona como um projeto piloto dentro do Workshop Program, a nível internacional, que a Mobil está a desenvolver neste momento no mercado. Porém, a Heavyauto é uma oficina de pesados multimarca e multisserviços, com instalações em Braga, com muitos anos de experiência no setor (embora o nome Heavyauto tenha apenas 10 anos), sendo também, por isso, um dos parceiros ideais para o desenvolvimento do próprio programa da Mobil, pelo contributo que pode dar ao mesmo. “Estamos vocacionados para os pesados e comerciais ligeiros, que representam mais de 90% da nossa atividade”, revela Manuel Veloso, gerente da Heavyauto, explicando que “a empresa dedica-se à área de mecânica e eletricidade. Em tudo o resto funcionamos com parcerias”. Porém, refira-se que a Heavyauto faz todo o tipo de reparações mecânicas (motores, caixas, diferenciais, etc) e de eletricidade, não se limitando a intervenções gerais. A empresa tem apostado muito na formação e na transmissão de know-how entre os profissionais, como forma de dar resposta aos seus clientes, tendo a empresa investido bastante na área tecnológica. Para além do serviço interno, nas suas próprias instalações, a Heavyauto está também capacitada a dar resposta a avarias na estrada. A aposta ao nível das peças passa por material original nas operações da manutenção, mas “apostamos também na relação preço / qualidade, já que temos o acesso a peças de qualidade original que estão também no primeiro equipamento. Os anos que temos de experiência levam-nos a saber muito bem o material com que devemos trabalhar”, refere Manuel Veloso. Por via dessa aposta em trabalhar com marcas de qualidade, a Heavyauto abraçou, desde a primeira hora, o Workshop Program. De acordo com Manuel Veloso as razões para integrar este projeto passaram “pela qualidade dos lubrificantes Mobil, pela satisfação das nossas necessidades em matéria de lubrificação, pelas ferramentas que temos ao nosso dispor e por nos permitir o acesso a muito mais informação”. A Heavyauto, para além das questões comerciais inerentes a este projeto, também passou a incluir imagem da Mobil nas suas instalações. “Trata-se de um projeto interessante, sustentado em conhecimento e tecnologia, que permite às oficinas e à Lubrigrupo crescer juntos”, conclui Manuel Veloso.



NOTÍCIAS

DT Spare Parts fornece baterias para veículos pesados

Na lógica de diversificação da sua gama de produtos, a marca de peças DT Spare Parts passou a ter no seu portfólio as baterias para veículos pesados.

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Diesel Technic passou a ter disponível, através da marca DT Spare Parts baterias de arranque de alto desempenho para veículos comerciais pesados. Diz a marca alemã que estas baterias de arranque, com qualidade de equipamento original, cobrem cerca de 95% do parque de pesados circulante. As baterias de arranque de alto desempenho da marca DT Spare Parts usam a mais recente tecnologia de cálcio-cálcio (CA/CA) para fornecer de maneira muito confiável, a qualquer momento e sob todas as condições climáticas, uma corrente de teste a frio de até 1150 A/EN para o processo de arranque. Uma das vantagens destas baterias é que são entregues prontas para instalação e uso direto, e apesar de serem baterias de longa duração não necessitam absolutamente de manutenção não sendo por isso necessário o reabastecimento com água destilada. Para incrementar ainda mais a confiança que os clientes têm nestes produtos, a marca DT Spare Parts oferece também nas baterias uma garantia de 24 meses, como aliás acontece em todas as peças de reposição deste operador. “Os compradores devem saber que, para obter

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a potência total, todas as baterias de um sistema devem ser trocadas ao mesmo tempo. É importante também que as baterias tenham a mesma capacidade”, sendo essa a recomendação do mecânico especializado em veículos utilitários da Diesel Technic publicada no “Product Portrait” das baterias de arranque de alta performance da marca DT Spare Parts, que já está disponível no site da empresa, em www.dt-spareparts.com/services/product-portraits. “Antes de substituir uma bateria, deve ser sempre realizado um diagnóstico de falhas, para descobrir a causa do problema. Um defeito no veículo também pode inoperacionalizar a bateria. Por meio de um teste da corrente de repouso, é possível identificar consumidores de energia externos. A limpeza das fixações dos polos da bateria e a aplicação de graxa sem ácidos podem já solucionar o problema”, revela a mesma fonte. As novas baterias de arranque e os catálogos de peças atualizados da marca DT Spare Parts em formato impresso estão disponíveis nos revendedores, mas podem também ser consultados os catálogos digitais em www. dt-spareparts.com.

NOVO CATÁLOGO DE PEÇAS DE REPOSIÇÃO PARA VOLVO FH/FM/FMX/NH A Diesel Tecnhic tem já disponível o mais recente catálogo de peças de reposição da marca DT Spare Parts para pesados Volvo, que contém mais de 600 novos produtos adequados para os modelos FH/FM/FMX/NH. Os 3.800 produtos de marca própria no catálogo substituem mais de 7300 referências. A DT Spare Parts oferece no total mais de 7.400 peças para camiões e autocarros da marca sueca. Partindo do princípio “tudo de uma só marca”, a DT Spare Parts oferece uma ampla variedade de produtos adequados para as séries de modelos Volvo FH/FM/FMX/NH e F/FL/N, bem como adequados para os autocarros Volvo B9/B12/B13 e os B10/B12. O catálogo será continuamente ampliado, abrangendo kits especiais de reparação que contenham todas as peças necessárias para um reparação sob um único número de kit de peças.


Stand Asla reuniu rede ANTRAM organiza Salão Nacional do Transportes Checkstar 2017 em junho

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Stand Asla, em 2017, dá continuidade à sua aposta na Rede Checkstar, para além de disponibilizar novas linhas de produto da marca Magneti Marelli. Tudo isto foi apresentado na reunião das oficinas Checkstar, numa sessão de trabalho com elevada adesão das mesmas e na qual estavam presentes cerca de 100 participantes. Desta forma, analisando os desafios que o mercado do aftermarket encerra, foram apresentadas as ações estratégicas que o fabricante Magneti Marelli perspetiva desenvolver nesta rede de oficinas em 2017. Por seu lado, foi possível às oficinas aderentes debaterem tópicos chave da performance da rede, perante os quais o Stand Asla apresentou um programa de suporte ao negócio dos Checkstar, sendo o mesmo validado pelos participantes com todo o entusiasmo. A par destes temas, a equipa da Magneti Marelli apresentou toda a sua gama de produtos, os quais o Stand Asla tem disponível no seu stock: baterias, travagem, filtros, velas, equipamento oficinal, iluminação, elevadores de vidro, eletrónica, motores de arranque, alternadores.

Global Parts com Prestolite em alternadores e motores de arranque

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ando continuidade à aposta feita em 2016, a ANTRAM vai de novo organizar o Salão Nacional do Transporte, sendo a revista PÓS-VENDA PESADOS um dos principais Media Partners. A edição de 2017 terá lugar nos dias 2, 3 e 4 de junho, no pavilhão da Expocentro, em Pombal, dentro dos moldes da edição passada, embora com naturais evoluções. Mais uma vez a aposta da ANTRAM estará centrada em todos os serviços associados à atividade dos transportes, bem como um conjunto de iniciativas paralelas que visam criar uma envolve muito especial a este evento junto das empresas que utilizam veículos pesados. Em breve serão dados mais detalhes por parte da ANTRAM, contudo, a revista PÓS-VENDA PESADOS estará associada a este importante evento no setor dos veículos pesados como Media Partner do Salão Nacional do Transporte.

Global Parts, no seguimento da sua estratégia de representar e distribuir produtos da mais alta qualidade, alargou a sua oferta aos Alternadores e Motores de Arranque Prestolite. Fundada em 1911, a Prestolite é hoje uma referência mundial enquanto fabricante de motores de arranque e alternadores para veículos industriais. A Global Parts tem lojas em Portugal, Vialonga e Seixal, em Espanha, Madrid e em Moçambique, na cidade da Matola. Em todas elas estão disponíveis os alternadores e motores de arranque Prestolite.

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Barras de acoplamento Meyle-HD para FH e FM da Volvo

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Meyle disponibiliza pela primeira vez barras de acoplamento para veículos comerciais com qualidade Meyle-HD. A nova gama cobre quase todos os modelos Volvo FH e Volvo FM. Através da utilização de uma massa lubrificante de alto desempenho, uma cabeça esférica maior em aço temperado e um fole melhorado, a vida útil das peças é prolongada. Os clientes beneficiam dos períodos de imobilização dos camiões são reduzidos devido às peças mais duradouras e, por outro lado, as peças – tal como todas as peças da marca – têm uma garantia de 4 anos. A Meyle recomenda que a substituição das barras de acoplamento seja sempre feita aos pares. Devem igualmente ser substituídos os casquilhos de apoio da barra estabilizadora por peças Meyle. As novas barras estão disponíveis com os números Meyle 534 035 0001/HD, 534 035 0002/HD, 534 035 0003/HD, 534 035 0004/HD, 534 035 0005/HD, 534 035 0006/HD, 534 035 0007/HD e 534 035 0008/HD. DEZEMBRO 2016 / JANEIRO 2017

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NOTÍCIAS

OpenTach operacionaliza transferência de dados tacográficos na ACRV

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instalação do novo centro de transferência de dados é o resultado do acordo de colaboração celebrado entre a ACRV, DAF Dealer na Castanheira do Ribatejo e a OpenTach. Com este novo centro, os utilizadores Opentach, têm um novo ponto para fazer a transferência e gerir os seus dados do tacógrafo digital em Portugal. A solução para a transferência e gestão de dados de tacógrafo digital, OpenTach, é a única solução privada para o setor de transporte rodoviário premiada como um dos finalistas nos prémios Fundetec 2012 e 2013 e desenvolvida segundo as normas ISOS 20000-1: 2011, 27001:2013 e ISO/IEC 15504 e

ISO/IEC 12207. Instalado estrategicamente na ACRV, devido à sua localização privilegiada na zona da Grande Lisboa, em Vila Franca de Xira, e devido aos horários alargados praticados por esta concessão que se encontra em funcionamento de 2ª a 6ª feira, entre as 8h00 e as 19h00 e ao sábado, das 8h00 às 17h00. Com este, são mais de 200 centros distribuídos por toda a Europa para que os utilizadores do serviço, além de poderem gerir através do Smartphone, possam transferir os dados dos seus veículos e cartões de condutor, mantendo-se os mesmos alojados em tempo real no OpenTach. Assim, através de Robkey, Tachocable ou e-reader e do smartphone (todas soluções desenvolvidas pela OpenTach), o condutor ou, se for caso disso, o chefe de tráfego ou pessoa encarregada de descarregar os dados do tacógrafo, pode removê-los e enviá-los em tempo real para a sede da sua empresa. Sem procedimentos desnecessários ou complicações.

RPL Clima reforça produtos para frio industrial nos pesados

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o seguimento da política da RPL Clima, a empresa de Ar Condicionado Automóvel tem ao dispor dos seus clientes vários produtos para o frio industrial nas viaturas pesadas. A RPL Clima reforçou a disponibilidade de componentes para frio industrial em veículos pesados. Em destaque, explica a empresa do Algarve, estão produtos como motores de arranque, alternadores, compressores, bombas de gasóleo, entre outros. Além dos produtos referidos, estão também dis-

poníveis outros artigos para que o frio industrial das viaturas se mantenha a funcionar em ótimas condições, fazendo com que o serviço seja prestado com qualidade.

Würth disponibiliza “Aditivo Gasóleo Cargo”

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Würth tem disponível para o mercado um aditivo de última geração para veículos pesados, máquinas industriais de construção e agricultura, designado por Aditivo Gasóleo Cargo. Este produto, segundo a Würth, aumenta substancialmente a performance do motor. As propriedades únicas do aditivo, permitem manter limpo o sistema de injeção evitando

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assim a formação de sedimentos nos injetores, válvulas, pistons e segmentos. A aplicação deste produto previne as tão indesejadas reparações avultadas. Absorve a humidade do depósito e protege o circuito contra a corrosão, melhorando do comportamento do motor. Por outro lado, o Aditivo Gasóleo Cargo evita o aumento da densidade do gasóleo favorecendo assim o arranque a frio. Trata-se ainda de um aditivo de fácil aplicação, bastando adicionar a lata no depósito do gasóleo, que se mistura automaticamente com o gasóleo. Deve-se aplicar o aditivo em cada 5000 km, em caso de temperaturas muito baixas. Pode-se adicionar um aditivo de cada vez que se enche o depósito. A Würth recomenda ainda utilizar em biodiesel para um máximo de B30.

Linextras disponibiliza produtos também para pesados

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Linextras é uma empresa de Ourém que dispõe de uma vasta gama de acessórios, peças e consumíveis para o setor automóvel, tendo também produtos para veículos pesados. Na secção de iluminação, a Linextras disponibiliza as lâmpadas de halogéneo 24V, existentes em duas gamas: standard e premium qualidade extra (que oferece maior resistência e longa duração), bem como faróis e barras LED. Na secção dedicada à visibilidade, a empresa de Ourém dispõe de escovas limpa pára-brisas para camiões, existentes em vários tamanhos (desde 50cm até 100cm). Por último, o aditivo ADBlue da Motorkit, que ajuda a reduzir as emissões de óxido de nitrogénio produzido pelos motores, também é comercializado pela Linextras.

IDS apresenta nova solução para “reduzir” consumos de combustível

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IDS propõe às transportadoras europeias e as empresas de transporte rodoviário uma nova solução para monitorizar e gerir o consumo de combustível de toda a sua frota em tempo real, designado por iAccount. Esta solução representa um ganho para as empresas de logística, que procuram ser mais eficientes ao nível do combustível e conseguir maior segurança na sua gestão de recursos. Com a iAccount e partir de um dashboard simples, a transportadora pode aceder a uma biblioteca de informação em tempo real sobre os movimentos e o desempenho dos seus veículos em todo o continente. O funcionamento é feito a partir do envio imediato de todas as ações para toda a rede, oferecendo assim às equipas responsáveis não apenas o controlo sobre a utilizações dos cartões, mas também um enorme descanso: gestão de precisão e segurança de topo, tudo num só pacote. Os clientes da IDS poderão não só controlar remotamente o aprovisionamento e a utilização dos cartões pelos motoristas mas também monitorizar e gerir a sua utilização quase em tempo real.


Vicauto disponibiliza Vignal em iluminação

Sofrapa comercializa em exclusivo Oleoblitz

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Sofrapa e a Petronas desenvolveram um acordo de exclusividade que permite ao grossista português de peças iniciar a comercialização dos lubrificantes Oleoblitz. Esta marca de lubrificantes, que está no universo da Petronas, é de origem italiana, tendo sido recentemente introduzida no mercado português (há pouco mais de um ano), chegando agora ao portfólio de produtos da Sofrapa. Como uma gama muito extensa e atual, com origem na qualidade Petronas, a Sofrapa quer apostar fortemente no crescimento da mesma no mercado nacional.

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No relançamento da Oleoblitz foi apresentada a estratégia comercial para Portugal da marca e a gama de produtos que se estende aos ligeiros, pesados e agrícolas. Para dinamizar os mercados de lubrificantes para veículos pesados, a Sofrapa (apesar de ser um grossista especializado em peças para o setor dos ligeiros), vai ter uma equipa comercial dedicada aos pesados, já que entende que a qualidade do lubrificantes (de origem Petronas) e a competitividade comercial da Oleoblitz, são importantes trunfos num setor tão exigente como o dos camiões e autocarros.

Vicauto passou a ter disponível mais uma marca de primeiro equipamento no seu portfólio, com a introdução da marca Vignal na área de iluminação. A Vignal projeta, fabrica e distribui produtos e sistemas de sinalização de veículos industriais. Os seus principais clientes são fabricantes de camiões, reboques e semirreboques, veículos comerciais ligeiros, autocarros e outros veículos especializados. A Vignal Systems é reconhecida pela sua gama de produtos inovadores e de alta qualidade, incluindo luzes traseiras, luzes de presença, luzes direcionais, luzes de matrícula e sistemas de sinalização de reboques, tornando-o um líder europeu reconhecido tanto em OEM como em aftermarket. Com sua longa experiência, a Vignal Systems sempre esteve na va nguarda das novas tecnologias. Foi o primeiro fabricante a introduzir a produção em série de 100% LED back lights em uma linha de camiões na Europa.


NOTÍCIAS

NUM MINUTO... A Vicauto voltou a alargar a sua oferta de produtos, desta feita através da incorporação do adBlue da febi. O novo produto já está disponível e é cada vez mais importante para o setor dos pesados. Novo site dedicado aos autocarros da marca Volvo foi lançado pela Auto Sueco e tem como objetivo aproximar a marca dos seus clientes e do mercado de autocarros em Portugal (www.volvobuses.com.pt). A Civiparts abriu no dia 12 de janeiro uma nova loja na zona de Múrcia, em Espanha, reforçando dessa forma a sua presença no mercado espanhol. A empresa Edgar & Prieto, transportadora referência a nível nacional, decidiu, após consulta de mercado, implementar a solução aTrans para a gestão da sua operação de transporte. Esta reestruturação passará também pela área do ERP, com a adoção do ERP Primavera. Marcus Gossen foi nomeado como novo Managing Director da MAN Truck & Bus Iberia e Portugal. Com efeito a partir de 1 de Fevereiro de 2017, o Sr. Gossen assumiu o cargo atá à data desempenhado por Robert Katzer.

Códigos QR em todos os produtos SKF

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SKF anunciou a ampliação do projeto de códigos QR a toda a sua gama de produtos. Esta iniciativa foi desenvolvida para ajudar os técnicos de reparação a encontrar a informação técnica necessária onde quer que estejam e apoiá-los na realização das reparações de forma correta. A informação não só está acessível de forma rápida e fácil, como a tecnologia permite atualizá-la sempre que necessário. “Sabemos que ter a informação correta, no momento adequado, é fundamental para os nossos clientes. Ao compilar todo o nosso conhecimento e fazer com que esteja disponível com um clique em qualquer smartphone ou tablet, podemos proporcionar informação atualizada nesse momento”, sublinha Lars

ZF é o segundo maior nas peças

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ZF demonstra a crescente importância do negócio de pós-venda atribuindo-lhe o estatuto de divisão. A ZF Aftermarket é agora o segundo maior fornecedor de peças, serviços e soluções no mercado pós-venda automóvel global. Graças à integração rápida da TRW, que durou apenas cerca de 14 meses, a ZF prossegue como um negócio coeso no mercado de pós-venda, fornecendo produtos com a qualidade do equipamento original e serviços do seu extenso portfólio de marcas de produtos premium: Sachs,

O português Pedro Antão já está em plenas funções na Contitech, depois de ter deixado a KYB no final do ano passado.

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PÓS-VENDA PESADOS

Lemförder, TRW, Boge e Openmatics, a clientes e parceiros a nível global. Com 8.000 colaboradores em 120 localizações da empresa, a nível global e uma forte rede de 650 parceiros de serviços em todo o mundo, a ZF Aftermarket está perfeitamente equipada para ser o fornecedor único preferencial dos seus clientes. “O sucesso da ZF constrói-se com base tanto na sua capacidade de avançar tecnologicamente, como de fornecer as soluções certas”, explica Neil Fryer, Diretor Comercial da ZF Aftermarket.

GSVI recebe Certificação da Qualidade

A RPL Clima continua, em 2017, a merecer a total confiança dos fabricantes de compressores de ar condicionado de primeiro equipamento: Delphi, Denso e Sanden. Esta confiança foi transmitida pelo reconhecimento das empresas Delphi, Denso e Sanden, que renovaram a parceria de distribuição oficial com a RPL Clima ao nível dos compressores de ar condicionado.

A Sonne, marca de tintas da Hella, já tem online o seu novo site em português (www.sonneproducts.com). Para a multinacional alemã esta é uma marca estratégica para o mercado ibérico de repintura automóvel.

Rundgren, responsável de informação e dados de produto. Ao ler os códigos QR, os clientes obtêm acesso instantâneo a instruções de montagem, imagens de produto, diagramas do motor, vídeos, boletins técnicos, descrição do produto, conteúdo do kit e a lista completa de aplicações para esse kit.

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GSVI obteve, no final de 2016, a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade, no âmbito da Norma ISO 9001:2008. Esta certificação foi atribuída às três instalações da empresa. O Sistema de Gestão da Qualidade da GSVI foi reconhecida no final do ano passado pela TUV

NORD CERT, entidade certificadora responsável pela atribuição da certificação nas três infraestruturas da empresa: Leiria, Maia e Braga. “A atribuição desta certificação é o reconhecimento do esforço de toda a equipa em assegurar a elevada qualidade nas áreas de negócio da empresa, nomeadamente na venda de veículos comerciais novos e usados e no pós-venda (manutenção e reparação e venda de peças), bem como dos processos envolventes”, sublinha a empresa em comunicado. Esta distinção visa a melhoria contínua do sistema implementado afim de a empresa alcançar a satisfação plena do cliente e tornar-se cada vez mais competitiva como concessionário da marca DAF em Portugal. Entretanto, desde o início do ano que a GSVI dispõe de um novo horário de funcionamento. A empresa, localizada em Andrinos, oferece agora um serviço de pós-venda com horário mais alargado, nomeadamente de segunda a sexta feira das 8h00 às 19h00 e ao sábado das 8h30 às 12h30 e das 14h às 18h30.


Disponível nova atualização de software AUTOCOM CDP+

Shell lidera mercado mundial

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Shell Lubricants manteve, pelo décimo ano consecutivo, a liderança do mercado global de lubrificantes com uma quota de mercado estimada em 11,6%, segundo o estudo da Kline & Company’s Global Lubricants Industry “Market Analysis and Assessment 2016 report”. A esta liderança corresponderam vendas estimadas entre 4.400 e 4.600 milhares de

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toneladas de lubrificantes em todo o mundo, onde 36% destinaram-se ao setor automotive consumidores, 34% ao setor industrial e 30% ao setor automotive comercial. O sucesso, de acordo com a Shell, fica a dever-se ao foco no cliente, à inovação contínua ao nível de produtos e serviços, à liderança tecnológica, ao investimento na marca e a uma equipa forte e motivada. Um dos elementos diferenciadores e que fortemente contribuiu para estes resultados foi a tecnologia GTL (Gas-to-Liquid) que desde 2014 tem vindo a ser incorporada nos lubrificantes Shell: primeiro na gama Shell Helix, mais recentemente na gama Shell Rimula, e num futuro próximo em algumas gamas do portfolio industrial. No futuro a Shell continuará a focar-se em construir uma relação próxima e robusta com os seus clientes e com as indústrias com quem colabora (entre outros fabricantes a BMW AG, Hyundai, Renault-Nissan, Fiat Chrysler Automobiles Group, Toyota, Daimler AG, General Motors, Ducati, Man, Suzuki, Siemens, General Electric).

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Iberequipe acaba de apresentar a mais recente atualização do AUTOCOM CDP+ com a nova versão de 2017. Esta versão de software é denominada 2017.00 e será descarregada como um ISO diretamente no pc do utilizador. O primeiro lançamento de 2017 vem com uma ampla gama de melhorias e benefícios para os usuários. A Autocom fez tudo para tornar o Autocom CARS e TRUCKS ainda melhor. Estas novas melhorias associadas ao crescimento da já extensa base de dados de veículos novos e antigos, traduz-se num brilhante resultado para iniciar o ano de 2017. A Iberequipe é distribuidor exclusivo do Equipamento de Diagnóstico Automóvel AUTOCOM CDP+ para Portugal, Angola, Brasil e Moçambique.


NOTÍCIAS

Hella permite configurar online novos módulos LED Shapeline nos pesados

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Hella, especialista em tecnologia de iluminação, desenvolveu uma serie de luzes modulares LED Shapeline. Sob o lema “Think Modular”, a multinacional alemã apresenta soluções que permitem aos fabricantes (e também carroçadores ou empresas de transformação de veículos) instalar sistemas de iluminação sobre uma base modular para satisfazer as suas necessidades de iluminação

de uma forma mais flexível. Esta série de soluções LED de desenho modular inclui todas as funções de sinalização necessárias, e estão disponíveis com diferentes desenhos que se combinam entre eles. Isto permite aos fabricantes de veículos garantir uma aparência visual única e diferenciadora. Uma importante novidade da Shapeline é que as luzes são multivoltagem, o que os torna adequados tanto para sistemas de 12 como de 24 volts. A linha Shapeline está disponível em duas linhas de desenho diferentes: o clássico, de linhas retas, e o dinâmico, com formas mais inovadoras. Para ambas as variantes, a micro-ótica nas lentes interior e exterior proporciona uma aparência homogénea quando acendem e apagam. Para dar apoio a esta nova linha a Hella desenvolveu um configurador online (www.hella. com/shapeline/index.html). Esta ferramenta permite a desenhadores e equipas de desenvolvimento fazer testes com a iluminação dos veículos e configurar o seu próprio desenho para a frente, lateral e traseira.

Monroe renova site

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Monroe renovou a sua presença online em Portugal, através de um novo site (http:// eu.monroe.com/pt-emea), totalmente em português, com mais recursos, mais informação e uma navegação mais simples e moderna. A Monroe renovou o seu site, com uma aposta clara numa navegação mais fácil para o utilizador e para quem procura informação sobre a oferta dos amortecedores da marca, do Grupo Tenneco. Uma área importante do novo site é que é possível fazer uma pesquisa de produto por ano/marca/ modelo de veículo, pelo VIN, matrícula ou referência do produto. É possível ainda encontrar o distribuidor mais próximo e também todos os catálogos online (incluindo para pesados), além de informações técnicas, linha técnica (só para profissionais), além

esde o dia 1 de janeiro de 2017, que a Galius passou a assegurar a atividade de pós-venda da Renault Trucks na região de Santarém, assumindo diretamente a operação da Alvielauto. A rede portuguesa de venda e após-venda continuará a ser constituída por um total de 9 pontos, 2 de venda e os restantes de após-venda, dos quais três com operação de retalho geridas diretamente pela Galius, situados em Castanheira do Ribatejo, Vila do Conde e Santarém. Para Ricardo Gomes, Diretor Executivo da Ga-

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PÓS-VENDA PESADOS

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Póvoa Hidráulica acaba de apresenta o novo depósito lateral de 30 litros para montagem lateral da sua representada Bezares. Fabricado com alta densidade linear em polietileno com proteção UV, conseguindo uma alta durabilidade e peso baixo, este produto é também equipado com filtro de óleo, capa para filtro e nível com termómetro. Este novo depósito apresenta um design ainda mais moderno, com um novo reservatório que será brevemente substituído pelo número de série 90PS03T, renovando dessa forma gama de depósitos polietileno da Póvoa Hidráulica.

Gates escolhida como fornecedora para motores DAF

A de vídeos técnicos e de produto. Este novo site totalmente em português vem complementar a forte presença da Monroe nas redes sociais, como o Facebook, YouTube, Twitter ou LinkedIn.

Galius assume pós-venda Renault Trucks na região de Santarém

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Póvoa Hidráulica apresenta novo depósito de plástico de montagem lateral

lius “este é um importante passo no reforço do compromisso assumido pela Galius perante os seus clientes ao nível do serviço após-venda, nomeadamente, no elevado padrão de qualidade de serviço que pretendemos atingir diariamente. Não posso deixar de aproveitar esta oportunidade para agradecer publicamente aos gerentes da Alvielauto, pelas mais de duas décadas de comprometimento e parceria com a marca Renault Trucks em Portugal.” A Galius Santarém está situada na Estrada Nacional 3, km 64 (Cabeça Ruiva).

adjudicação do contrato da DAF para desenhar e fornecer sistemas de transmissão de correia auxiliar para os motores Euro 6 aumenta a liderança da Gates como fabricante de equipamento original (OE) nos pesados. A adjudicação alargou uma parceria de equipamento original (OE) que começou quando a DAF mudou para a Gates, depois do fabricante de veículos ter encontrado problemas nos sistemas ABDS fornecidos por uma empresa concorrente para os modelos XF 105, XF 95 e CF 85 (motores Euro 5). Sete dos fabricantes líderes mundiais de camiões HD (DAF, Iveco, MAN, Mercedes Benz, Renault, Scania e Volvo) confiam agora na tecnologia ABDS da Gates. O fabricante tem sido pioneiro na mudança para soluções pós-venda “tudo em um” para o mercado HD e este sucesso com a DAF no primeiro equipamento conduziu a uma extensão à linha de serviços extra Micro-V da Gates. Cinco novos tensores e ralentis DriveAlign e nove novos Kits de assistência extra Gates Micro-V foram adicionados ao catálogo para DAF MX-11 e MX-13. Abrangem os modelos das linhas CF (distribuição) e XF (longo curso). Esta extensão aumenta o número total de Kits de assistência extra Micro-V para 93.


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TODO O Pร S-VENDA NUMA REVISTA


MERCADO EUROSOLUZ

Dedicação a nichos de mercado É uma empresa muito particular que se dedicada à transformação de veículos e à construção de semirreboques, apostando em nichos de mercado que vão ao encontro das reais necessidades dos clientes.

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mpresa com 37 anos, idade do atual gerente da empresa Ricardo Luz, e localizada na pacata Viana do Alentejo, a Eurosoluz é uma empresa que surpreende a todos os níveis, desde o modelo de negócio à gestão que pratica. A Eurosoluz foi das primeiras empresas em Portugal a fazer carroçarias com travessas e longarinas com fundo em chapa, como a pri-

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PÓS-VENDA PESADOS

{ TEXTO PAULO HOMEM } meira a utilizar perfis em “U” também para a mesma finalidade. Como se diz no Alentejo “candeia que vai à frente alumia duas vezes”, a Eurosoluz rapidamente ganhou vantagem no mercado (nomeadamente a sul de Lisboa) e a meio da década de 80 já equipava viaturas de diversas marcas (Mitsubishi, Toyota, Mazda, etc). No início dos anos 90 foram feitos fortes in-

vestimentos em maquinaria, tendo a empresa investido na produção de basculantes, que passaram a ter um peso decisivo na empresa, sendo pioneira na fabricação da estrutura com travessas e longarinas em tubo estrutural, já que a aposta centrava-se no rigor de construção e na qualidade. Em 1994, a empresa assume a designação de Eurosoluz – Carroçarias e Basculantes, estando continuamente a investir


no desenvolvimento do seu negócio, até que, em 2001, inicia o processo de certificação ISO 9001. O processo produtivo ganha uma nova dimensão com a informatização e a aquisição de softwares de engenharia, que permitem melhorar ainda mais a qualidade do produto final. Em 2006 a Eurosoluz inicia a produção de carroçarias ultraleves (menos 30% de peso), que permitem aumentar a carga útil das viaturas e efetuar carroçamentos noutras que até então não era possível legalmente. Um avultado investimento foi realizado em novos equipamentos em 2008, que permite à empresa pensar na exportação, logo em 2009, ano em que lança no mercado nacional os primeiros veículos trator de 3,5ton. Tratase de um novo conceito há muito utilizado na

Europa, que permite que com a carta de condução do tipo B (ligeiros) e a carta E (atrelados), conduzir com toda a legalidade um conjunto de 10 toneladas de PBC (Peso Bruto Conjunto), libertando até 6.000kg de carga útil, podendo o comprimento dos semirreboques variar entre os 4,50m e os 12,00m.

CONTACTOS Eurosoluz Viana do Alentejo Ricardo Luz 266 939 090 geral@eurosoluz.pt www.eurosoluz.pt

No ano em que se internacionaliza (2010) com a presença numa importante feira em França, a Eurosoluz introduz no mercado nacional as primeiras unidades trator 3,5 toneladas (Iveco, Mitsubishi, Renault, Nissan e Mercedes). “Foi um processo lento, mas este produto pela sua especificidade e diferenciação, permitiu à empresa expandir-se por todo o país, sendo depois acreditados pelas marcas como transformadores, trabalhando diretamente com o cliente”, refere Ricardo Luz. Do ponto de vista da gestão do negócio, em 2012 a Eurosoluz reestrutura e reorganiza estrategicamente a empresa, face à multiplicidade de produtos e serviços que comercializa criando uma série de novas marcas (Inocargo, Boxcargo, Liftcargo, Agricargo, Kitcargo, Servicecargo,Vecargo, Partcargo, Luzosteel e Luzotech). FEVEREIRO / MARÇO 2017

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MERCADO EUROSOLUZ

MARCAS EUROSOLUZ Em função do tipo de produto e serviço que comercializa, a Eurosoluz possui diferentes marcas. BOXCARGO Todo o tipo de caixa fixas que estão montadas no chassis, sejam abertas ou fechadas, com ou sem frio. NICHOS No entender do responsável da Eurosoluz, a empresa desenvolveu-se para dar resposta aos nichos de mercado. “Fazemos aquilo que os outros não fazem”, diz Ricardo Luz, aludindo a que na Eurosoluz a aposta tem sido na qualidade e na necessidade específica de cada cliente, até por que “se for para fazer em quantidade e em série, não temos hipótese de concorrer com as grandes fábricas”. Outra das vantagens da empresa de Viana do Alentejo, segundo o seu gerente, é o facto de “dominarmos toda a tecnologia e todo o processo, desde a fase de concepção passando pela escolha dos materiais, até à fabricação. O nosso foco está no pedido do cliente e na necessidade específica que ele tem”. Para que assim seja possível, a área em que a Eurosoluz mais tem apostado nos últimos anos tem sido em engenharia, o que lhe trouxe a capacidade de desenvolvimento em função das necessidades de cada cliente. SEGMENTAÇÃO Uma das características da Eurosoluz foi a forma como a empresa segmentou a sua atividade. Como se disse antes, foram criadas uma série de marcas (ver caixa), que segmentam cada um dos produtos e serviços que a empresa comercializa. “Foi também uma forma de podermos trabalhar cada uma dessas marcas como se fossem centros de custos e depois poder avaliar a sua rentabilidade e crescimento”, explica Ricardo Luz, dizendo que em todos eles a empresa teve sucesso. Não menos importante é o conceito de pós-venda e garantia para a Eurosoluz. “Nós fabrica-

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mos equipamentos que quando avariam por culpa do material somos obrigados a assumir a responsabilidade de resolver o problema ao cliente”, diz o responsável da Eurosoluz, que assume que “o cliente está em primeiro lugar, embora nem sempre tenha razão. Temos que ter sempre uma grande abertura ao cliente pois é ele que faz a nossa empresa crescer”. PARCERIA Um dos projetos de relevo da Eurosoluz foi dinamizado em parceria com a Toyota Caetano Portugal. “A empresa depositou muita confiança em nós e ajudou-nos muito a crescer, através do projeto com uma entidade pública, a ICNF, onde fizemos muito carros”, refere Ricardo Luz, explicando que atualmente a sua empresa aposta muito nestas relações de parceria. “A nossa mais valia para a Toyota é que nos mantemos a trabalhar com esta marca em exclusivo, evitando ir a concurso com outras marcas, e isso é uma mais valia também para o nosso parceiro”, refere o gerente da Eurosoluz. Porém, no entender de Ricardo Luz, existem outras vantagens, nomeadamente ao nível do projeto, isto é, “sempre que é feita uma apresentação às entidades para as quais construímos os carros, é lhes mostrado o projeto em 3D exatamente como o carro vai ficar. Antes da produção ainda desenvolvemos um protótipo, o que resulta numa vantagem para todos”. O segredo de empresas como a Eurosoluz, segundo Ricardo Luz, deve-se precisamente à sua especialização e à capacidade que têm de desenvolver produtos em função da necessidade de cada cliente.

LIFTCARGO Todo o tipo de equipamentos hidráulicos e de elevação nos quais se incluem os basculantes, gruas, prontosocorro e plataformas. PARTCARGO Ainda em fase inicial de exploração, todos os equipamentos que comercializa podem ser vendidos através de peças separadas. VECARGO Carroçamento de todo o tipo de viaturas especiais (transportes de valores, ambulâncias, policiais, etc). É a marca mais representativa da Eurosoluz. KITCARGO Desenvolvimento de carroçarias em kit para vender para o estrangeiro. AGRICARGO Reboques e alfaias agrícolas (entre outras aplicações), com base na experiência adquirida nos restantes produtos para veículos. Também aqui a aposta é nos nichos de mercado. INOCARGO Fabricação de mini semirreboques e transformação de veículos de mercadorias em trator. SERVICECARGO Serviços de assistência técnica, manutenção e reparação. LUZOSTEEL Construção de pavilhões metálicos. LUSOTECH Centro de desenvolvimento da Eurosoluz.


MERCADO FERREIRA & FILHOS

Momento marcante

A Ferreira & Filhos, concessionário oficial Iveco para Leiria e Coimbra, celebrou os seus 25 anos. Sempre teve como ambição ser uma empresa de referência e isso ficou provado com as cerca de 300 pessoas que marcaram presença no jantar de comemoração. { TEXTO PAULO HOMEM }

NUNO FERREIRA SÓCIO GERENTE DA FERREIRA & FILHOS

Quais são os segredos para se ser uma empresa de sucesso? Crescer de forma sustentada, trabalhando sempre com a máxima transparência, honestidade e criando sinergias com os clientes e fornecedores, além de estar o mais próximo possível dos clientes para que estes nos distingam como parceiro de referência, estando disponível 24h por dia 365 dias por ano. Só apostando muito na formação dos recursos e nos equipamentos é que nos possibilitou chegar até aqui.

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oram 25 anos de crescimento. Com as dificuldades inerentes ao negócio, a Ferreira & Filhos foi-se adaptando às realidades de mercado e às várias mudanças que se têm feito sentir no mesmo. Iniciou a atividade como oficina local multimarca de pesados na Marinha Grande, para dar continuidade a um projeto familiar em nome de Auto Mecânica Central, de António Lopes Ferreira (pai do atual sócio-gerente Nuno Ferreira). Em 1994 passou a ser oficina autorizada Iveco, dependendo da Batista Russo, tendo trabalhado ao longo dos anos com a Autoteste, Ibertruck e JPC Trucks para em 2012 ser nomeada concessionário Iveco para os distritos de Leiria e Coimbra. Em 2012 inaugura uma oficina autorizada Iveco para a zona de Coimbra (Garagem Estrela) e em 2015 abre uma filial em Leiria com vendas, pós-venda e peças. No ano passado nomeou mais uma oficina autorizada Iveco, desta vez no Bombarral. “Temos nestes 25 anos a afirmação como empresa de referência na rede Iveco, embora continuemos a trabalhar mais como multimarca nas instalações da Marinha Grande”, refere Nuno Ferreira, dizendo que os 25 anos são “uma data especial de total dedicação e trabalho, com a evocação dos valores de lealdade e transparência que sempre nortearam a nossa atividade”. O Diretor Geral da Iveco em Portugal, David Carlos, presente também neste evento, comentou que a Ferreira & Filhos é um caso de sucesso pelo trabalho e pela dedicação que

tem aos clientes e à marca Iveco. David Carlos enalteceu ainda os momentos em que a Ferreira & Filhos deu o seu contributo para a afirmação da marca Iveco, contribuindo com a sua experiência e conhecimento de 25 anos (23 deles com a marca italiana) no setor dos veículos pesados e ligeiros comerciais. No final da festa a Ferreira & Filhos homenageou alguns dos seus clientes mais antigos, tendo terminado a comemoração dos 25 anos com os tradicionais parabéns.

CONTACTOS Ferreira & Filhos Leiria Nuno Ferreira 244 573 520 comercial@ferreiraefilhos.pt www.ferreiraefilhos.pt

Quais são os marcos decisivos no crescimento da Ferreira&Filhos? Talvez o azar dos outros tenha sido a nossa sorte, nomeadamente com a falta de estabilidade da Batista Russo, depois Autoteste e por último da JPC Trucks. Porém, a Ferreira & Filhos é o resultado do nosso trabalho, empenho e dedicação. Por exemplo, fomos a primeira empresa do setor na Marinha Grande a estar certificada com a norma ISO 9000, por estar sempre muito bem apetrechada de equipamento e pessoas qualificadas. Há 25 anos perspetivava a empresa tal como ela é hoje? Tivemos desde início a ambição de ser uma empresa de referência no nosso setor. Penso que temos conseguido alcançar os CONTACTOS nossos objetivos. Como perspetiva a empresa daqui a 25 EMP anos? nome Para nós o importante é continuar a telfortalecer as relações com clientes, email fornecedores e parceiros, adaptando-nos site às alterações de mercado para poder continuar a crescer de forma sustentada, tendo sempre na mente a dimensão do nosso mercado.

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MERCADO GLOBALFILTROS

Fugir para a especialização em filtros

A Globalfiltros comercializa importantes marcas de filtros para camiões, autocarros, tratores agrícolas, empilhadores, máquinas industriais, entre outros. Assume a sua especialização em filtros neste setor dos veículos pesados, mas a diversificação da oferta já se iniciou. { TEXTO PAULO HOMEM }

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érgio Vieira e Gualter Vieira dizem que a Globalfiltros é uma história de vida. Há relativamente poucos anos trabalhavam numa outra área que nada tinha a ver com veículos (indústria farmacêutica), mas do qual tiraram muitos ensinamentos para, em 2008, darem início à Globalfiltros, embora o conhecimento deste setor dos filtros viesse de um outro familiar. Desde essa altura que ambos sabiam o caminho que queriam seguir: a especialização na área dos filtros para todo o tipo de veículos pesados (camiões, autocarros, tratores agrícolas, empilhadores, máquinas industriais, etc). “No início era uma empresa meramente comercial, que comprava e vendia filtros, mas existia já a ideia de trabalhar com marcas de relevo e de qualidade em toda a sua gama de produtos”,

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revela Sérgio Vieira, gerente da Globalfiltros. De acordo com essa estratégia a Globalfiltros iniciou a comercialização da WIX (fabricante nº2 a nível mundial de filtros), numa primeira fase de forma incipiente mas que foi ganhando importância na atividade desta empresa da Maia. Em certa medida esta marca torna-se a bandeira da Globalfiltros mas, como a ideia da empresa foi sempre crescer e aumentar a oferta em produto e marcas, surgiram outras no seu portfólio. “É assinalável o portfólio que a WIX tem em termos de gama e abrangência de produtos no setor dos veículos pesados. Porém, temos que nos adaptar à evolução dos mercados e evoluir, pelo que outras marcas ganharam também muita importância na nossa empresa”, refere Sérgio Vieira.

É dessa forma que a Globalfiltros passou a trabalhar a Parker Racor, uma marca especializada em filtros separadores de combustíveis com uma forte presença na componente hidráulica, “que investe muito em desenvolvimento e em investigação, com a qual temos trabalhado muito para introduzir novas referências no mercado”, explica o mesmo responsável. Uma outra marca é a FleetGuard que, segundo Gualter Vieira, gerente da empresa, “será a marca mais completa em termos de filtração para maquinaria pesada a nível mundial que, tal como as restantes, é de origem americana”. Fica evidente nesta oferta da Globalfiltros que a aposta foi pela via da qualidade dos produtos, apostando em marcas relevantes e que acrescentam muito valor aos produtos que comercia-


liza. “Mesmo nos clientes que procuram preço tudo faremos para os convencer de que a opção pela qualidade é sempre a melhor aposta. É essa a nossa responsabilidade, porém, o que tentamos sempre é satisfazer a necessidade dos nossos clientes”, assume Sérgio Vieira, que não deixa de dizer “que operamos num mercado muito especializado, que também valoriza o filtro de qualidade, de modo a não colocar em risco a sua operação. Por outro lado, as marcas que comercializamos fornecem também, no primeiro equipamento, muitos dos veículos onde são aplicados os nossos filtros”. No site da Globalfiltos é visível que a empresa comercializa também filtros para veículos automóveis de passageiros ou comerciais ligeiros, mas é uma área em que a empresa não quer entrar na “guerra” de preços. “Atualmente temos condições para identificar qualquer tipo de filtro e disponibilizar qualquer tipo de filtro dentro da área dos veículos pesados e não só. Porém, é um mercado muito dinâmico e quase todos os dias aparecem novas referências que nos vão obrigando a um trabalho constante de atualização”, revela Sérgio Vieira, dizendo que “nesta área da filtração nunca se conhece tudo. Sempre que aparece uma solicitação para um filtro que não exista identificação, temos que nos dedicar a avaliar tecnicamente a necessidade

do cliente para lhe podermos dar a resposta rapidamente. É por isso que somos especialistas”. DISTRIBUIÇÃO O target da Globalfiltros não é o cliente final, olhando dessa forma para a distribuição através de revendedores. “As grandes contas são tratadas por nós, até porque um parceiro retalhista não está estruturado para as trabalhar”, assume Sérgio Vieira, dizendo que “a preferência é trabalhar com empresas que também elas sejam, de alguma forma, especialistas em veículos pesados na sua globalidade”. A empresa trabalha com diversas empresas logísticas fazendo chegar os seus produtos a todo o país. Internamente a Globalfiltros dispõe de um

CONTACTOS Globalfiltros Maia Sérgio Vieira / Gualter Vieira 224 108 120 geral@globalfiltros.pt www.globalfiltros.pt

call center que garante aos clientes o apoio total na identificação dos filtros, como também presta todo o tipo de informações técnicas necessárias. “Com cerca de 200 filtros conseguimos ter uma cobertura de 98% em termos de camiões. O maior problema neste setor é que 200 referências não chegam para cobrir 30% do setor dos tratores agrícolas ou da maquinaria industrial, onde existem centenas de marcas e de modelos. É aqui que a nossa especialização assume muita importância”, refere Gualter Vieira. DIVERSIFICAÇÃO Para além dos filtros, nos quais é uma empresa especializada, a Globalfiltros tem vindo a investir em novos segmentos de mercado complementares. Mantendo a aposta na qualidade e nos segmentos de mercado para os quais atua (todo o tipo de veículos pesados), a Globalfiltros atualmente comercializa a marca Tudor (da Exide) nas baterias. A empresa pretende também vir a trabalhar outros produtos, estando em estudo a comercialização de lubrificantes mas, segundo Sérgio Vieira, “sempre apostando num produto de qualidade virada para os segmentos de mercado do veículo pesado”. FEVEREIRO / MARÇO 2017

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MERCADO CIVIPARTS / SAMPA

Civiparts assume exclusividade da Sampa Pode não ser um nome ainda muito conhecido nas peças de aftermarket para veículos pesados, mas a Civiparts promete colocar a Sampa como uma referência do setor. Razões para tal não faltam.

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ampa é uma marca de peças da Turquia que há vários anos é comercializada por diversos operadores no mercado português. A partir de agora tudo vai ser diferente, porque a Sampa e a Civiparts assumiram um acordo de exclusividade que permite ao grossista português de peças para veículos pesados ser o único a distribuir esta marca em Portugal. GIGANTE A EMERGIR Para se começar a ter a noção da dimensão da Sampa, este construtor turco tem como objetivo ser um dos três maiores operadores

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PÓS-VENDA PESADOS

{ TEXTO PAULO HOMEM } de peças para veículos pesados nos próximos sete anos. Não se pode ficar propriamente indiferente à realidade, sobretudo industrial, da Sampa. Localizada em Samsun, na Turquia, a Sampa possui 9 diferentes unidades industriais (para moldes, transformação de metal, plástico e borracha e para produção das diversas gamas peças), ocupando uma área de 80.000 m 2 onde se inclui ainda o armazém, os escritórios e as unidades de investigação e desenvolvimento. Todas estas unidades dispõem, segundo a Sampa, dos mais avançados equipamentos de produção e investigação, o que leva os res-

ponsáveis da marca turca a assumir que, por exemplo, que possuem o melhor centro de I&D no mercado do pós-venda, onde trabalham 110 cientistas, investindo a marca cerca de 10 milhões de euros anuais neste área. O objetivo da Sampa não é apenas produzir peças, é ter a certeza que as mesmas terão um desempenho superior ao longo da sua vida útil. Basta dizer que a Sampa possui todos os certificados de qualidade existentes (ISO TS 16949, ISO 10002, ISO 14001, ISO 18001, ISO 27001, ISO 28001 e TUV 9001). Orientada para o constante desenvolvimento, a Sampa só comercializa aquilo que produz,


“VAI SER UMA MARCA MUITO IMPORTANTE” A Civiparts assumiu que a Sampa será uma das suas marcas bandeira no futuro, como explicou à revista PÓS-VENDA PESADOS João Jervell, diretor executivo da Civiparts. Porque razão a Civiparts pretendeu ficar com o exclusivo da representação da Sampa para Portugal? A estratégia nos últimos dos anos foi cortar elos na cadeia de distribuição, nomeadamente os que não acrescentam valor, como é o caso dos embaladores. A Sampa é, ao contrário dessas empresas, um produtor integrado, que seleciona a matéria-prima, produz os próprios moldes, fabrica as peças e distribuiu, para além de investir muito em I&D. Tendo a Sampa esta visão integrada, decidimos deixar de trabalhar com muitos embaladores que não nos trazem grande valor acrescentado, orientando o volume para a Sampa.

apostando muito no controlo da qualidade dos seus produtos bem como na atempada resposta pós-venda. PRESENÇA MUNDIAL Os produtos da Sampa são exportados para 138 países, tendo a empresa mais de 1.000 clientes, sendo que 29 são distribuidores exclusivos, como acontece com a Civiparts em Portugal. O armazém central da Sampa, em Sansum, na Turquia, tem um stock médio avaliado em 60 milhões de dólares, possuindo um ultra mo-

CONTACTOS Civiparts Bobadela João Jervell 218 612 000 www.civiparts.com

derno processo logístico de modo a garantir uma rápida resposta ao pedido dos clientes em todo o mundo, estando disponíveis para entrega todas as referências. Atualmente são mais de 30.000 diferentes tipos de produto, de 24 diferentes categorias (suspensão, exaustão, filtros, eixos, direção, embraiagem, compressor, travagem, cabos, transmissão, entre outros) que a Sampa disponibiliza no seu catálogo, embora em Portugal a Civiparts vá ter apenas, nesta fase, os produtos de direção, suspensão, material de cabine, atrelado e travagem, num total de 2.500 referências, das quais 1.900 estão já em stock. Uma delegação da Sampa, empresa que têm um forte apoio do Estado turco, esteve presente no nosso país durante cinco dias, para realizar o World Tour Portugal visitando, juntamente com os responsáveis da Civiparts, os clientes desta empresa, tendo sido também dois eventos (Estoril e Espinho) que serviram de apresentação da própria empresa e para selar o estabelecimento da parceria exclusiva entre as duas empresas.

O que é que a Sampa vos pode trazer? A visão da Sampa é reduzir tudo o que é custos superficiais, mantendo a qualidade e dar o melhor preço. Não é normal um fabricante falar no preço como a Sampa o faz, o que acontece porque eles têm o controlo de tudo e, por isso, sabem o que têm que fazer para também ser competitivos no preço. O trabalho que a Sampa está a fazer passa muito pela qualidade do produto, mas também pelo reconhecimento da qualidade industrial turca. A Sampa vai ser uma marca bandeira? Sim, claramente. Vai ter um posicionamento preço, mas com um nível de qualidade muito alto. Vai ser uma marca muito importante não só para a Civiparts como para o mercado das peças nos veículos pesados em geral. Que gamas vão trabalhar? Vamos começar com direção, suspensão, material de cabine, atrelado e travagem, e depois progressivamente vamos incorporando mais itens. É um trabalho gradual que vamos fazer com a Sampa. Têm gamas muito fortes, como a pneumática e compressores, que também poderemos vir a trabalhar. Para já temos a exclusividade da Sampa em Portugal, e vamos trabalhar para que um dia a possamos ter também em Espanha.

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MERCADO SCREP

Atividades diversas nos pesados

Se existe algo que diferencia a atividade da SCREP nos pesados é a sua diversidade de negócios, todos eles complementares, que começam pela venda de veículos, passam pela sua reparação e manutenção e vão até ao aluguer, entre outras.

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Sociedade de Comércio e Reparação de Veículos Pesados, S.A., mais conhecida por SCREP, nasce do gosto que Ricardo Henriques, administrador, tem por veículos pesados desde a sua infância, depois de ter trabalhado na oficina de pesados do pai (que ainda hoje tem porta aberta). “O que sei aprendi com ele e devo-lhe isso. Foi simultaneamente pai e patrão, mas como em tudo na vida os nossos objetivos profissionais eram diferentes”, começa por dizer Ricardo Henriques que, em 2007, acaba por lançar a SCREP, num espaço junto à EN1, em Pombal, embora só em 2010 a empresa tenha começada a funcionar em pleno. “Houve duas ou três empresas que apostaram desde o início na SCREP e acreditaram nos nossos serviços, o que acabou por ser fundamental para o seu crescimento”, revela Ricardo

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PÓS-VENDA PESADOS

{ TEXTO PAULO HOMEM } Henriques. Foi fruto desse crescimento que, em 2014, a empresa passa a ocupar modernas e amplas instalações na zona industrial de Pombal, com uma imagem muito bem conseguida, que traduz a forma de estar na empresa. A principal atividade da SCREP é o comércio de

CONTACTOS SCREP Pombal Ricardo Henriques 236 213 073 screp.vp@gmail.com www.facebook.com/screpsa/

veículos pesados importados (normalmente até três anos), que depois são revisionados nas próprias instalações da empresa e comercializados com um ano garantia, período em que faz todo o acompanhamento pós-venda desse mesmo veículo, sendo a viatura entregue pronta a circular (revisão feita, pneus novos, esteticamente irrepreensível, tacógrafo aferido, etc). Pelo meio a SCREP decora e prepara ainda a viatura de acordo com as especificações dadas pelo cliente. “Se o cliente assim o quiser poderemos estender o período de garantia, assumindo a nossa empresa o pós-venda na mesma nesse período”, refere o administrador da empresa. Refira-se que 95% das viaturas com que a SCREP trabalha são da marca Scania. OFICINA Outra componente muito importante da ativi-


dade da SCREP são as operações de mecânica, colisão e pintura efetuadas dentro das instalações da própria empresa. Com a evolução do serviço, a SCREP investiu muito recentemente numa cabina de pintura, como forma de melhorar a qualidade do serviço, dispondo de meios técnicos para efetuar todo o tipo operações técnicas ao nível da mecânica, eletrónica e eletricidade. “Nós apostamos sempre na qualidade, por isso tudo o que seja peças de manutenção trabalhamos só com o original”, garante Ricardo Henriques, explicando que, em outras linhas de produto, a aposta é nas marcas que fabricam também para as origens. “Algum do material é importado, nomeadamente ao nível da chapa e algumas peças Scania, outro vem de fornecedores nacionais”, explica o administrador da empresa, dizendo que “temos pena que a marca Scania não nos veja como parceiros de negócio, pois direta ou indiretamente estamos a criar negócio para a marca”. ALUGUER Outra área em que a SCREP está presente é no aluguer de pesados. Diz o responsável da em-

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presa que a SCREP possui alvará de aluguer de viaturas pesadas sem condutor. “É uma área de negócio que desenvolvemos dentro da SCREP, com o intuito de servir, acima de tudo, o nosso cliente, numa lógica de apoio à sua atividade”, refere Ricardo Henriques. Apesar de a atividade da empresa ser tão abrangente, a SCREP desenvolve ainda o serviço de transporte de viaturas pesadas, dispondo de uma frota de quatro porta-camiões. “Este serviço é dinamizado por quase toda a Europa, incluindo países mais a leste”, refere Ricardo Henriques. O responsável acrescenta ainda que a empresa tem ainda um pronto socorro para dar apoio mais local a alguma viatura avariada, ao qual se pode associar o serviço de aluguer, dando assim a possibilidade de o cliente seguir viagem. Assegurado está também o serviço de assistência na estrada, com uma veículo específico para o efeito, que opera em grande parte da região centro. A empresa de Pombal representa ainda a marca TRUX, da qual é distribuidora para Portugal, que são produtos de personalização de veículos pesados. Apesar de serem produtos com ho-

mologação europeia, em Portugal o IMT tem criado alguns entraves, o que limita a expansão da mesma. “A minha ideia com a SCREP foi garantir aos nossos clientes, tenham um ou 100 camiões, que o seu problema de mobilidade tem sempre solução, seja na compra, na assistência, na reparação, no aluguer ou noutra área qualquer do pós-venda”, refere Ricardo Henriques. A SCREP é constituída por 14 pessoas, tem registado um crescimento da faturação de 40% ao ano, explicando o seu administrador que “a confiança dos nossos clientes tem sido muito importante para o nosso crescimento. O nosso lema tem sido sempre pela via da qualidade e não do preço”. Para o futuro, Ricardo Henriques diz que a SCREP vai continuar com a sua política de investimento como tem feito nos últimos seis anos, porque entendemos que “a nossa missão é melhorar sempre a qualidade dos serviços, sem descurar a saúde financeira da empresa”. Por isso, um dos objetivos a curto e médio prazo, passa pelo investimento num novo pavilhão de 20.000 m 2, que vá ao encontro do crescimento de empresa.


MERCADO TOTAL

“A Total tem argumentos para crescer nos pesados” Quem o garante é Pedro Abecasis, que está, pela segunda vez na história, 30 anos depois, a arrancar com a filial portuguesa do Grupo Total, depois de oito anos de integração na Cepsa. O objetivo é recuperar rapidamente a imagem de marca e colocar os produtos premium da empresa no topo das preferências em Portugal. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS MICAELA NETO }

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e nos ligeiros são várias as parcerias no primeiro enchimento de marcas como Renault, Peugeot ou Citroën (entre outras), nos pesados isso também acontece com a Renault Trucks, com quem o grupo francês de lubrificantes tem uma forte parceria. O objetivo é reforçar o peso dos pesados na venda da Total, tanto no canal da origem, como em concessionários de outras marcas e também em oficinas independentes. Pedro Abecasis, 60 anos, garante que “há muitos anos que não sentia tanta motivação” para levar a cabo uma tarefa com este peso. O Grupo Total é responsável em Portugal pelas marcas Total, Elf e Gulf desde 2 de janeiro de 2017. Porque decidiu a Total voltar de forma direta o mercado português de lubrificantes? A Total está no mercado português há cerca de 30 anos. Fiz parte da aventura do início e, em 2008, o Grupo Total detinha 48% do capital da Cepsa, e ambas as entidades decidiram que ter duas filiais em Portugal, uma da Total e outra da Cepsa, não fazia muito sentido e decidiram juntar as operações. Isto na maioria dos negócios como gasóleo para empresas ou postos de abastecimento, que são produtos banalizados, não trouxe problemas. Em relação aos lubrificantes é uma situação muito mais sensível porque são produtos altamente tecnológicos, com características muito específicas em cada marca, completamente diferenciados e aí não havia mistura possível. Em 2008 o que se decidiu foi vender as três marcas: Total, Elf e Cepsa dentro dos seus mercados e eu fiquei a gerir toda essa situação. Mas em 2012, o Grupo Total vendeu o que tinha na Cepsa a um grupo árabe e, nessa altura, tudo o resto ficou resolvido mas nos lubrificantes levantou-se um problema: o que fazer. Não tendo a Autoridade

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da Concorrência colocado qualquer objeção à forma de gerir o negócio de lubrificantes, eu fiquei como responsável pela venda das três marcas, Total, Elf e Cepsa. Este era um contrato de distribuição de 10 anos, que terminaria em Abril de 2018. Decidiu-se manter o contrato até que, no início deste ano, a Total decidiu pro-

CONTACTOS Total Portugal Petróleos Diretor-geral - Pedro Abecasis 800 910 152 ms.atencao-clientes@total.com www.total.pt

por à Cepsa a antecipação do fim do contrato. As conversações correram muito bem e essa antecipação ficou então marcada para 31 de dezembro de 2016. Acabou por ser um passo natural? Sem dúvida, porque deixou de haver ligação entre os dois grupos e o contrato terminava em Abril de 2018, mas é mais confortável acabar mais cedo porque gerir duas marcas concorrentes ao mesmo tempo e não sair da linha da ética não é fácil. Ganhamos a nossa independência e estamos a criar a filial 100% Total. E a Total arranca de que patamar nesta nova fase? A Total tem, neste momento, cerca de 5% de quota de mercado e eixos muito bem definidos. Um deles passa pelas grandes parcerias do grupo Total em termos de marcas de automóveis, com a ligação à Peugeot e Citroën com a Total e à Renault com a Elf, além de outras ligações que temos como e outras porque temos também o óleo da GM, da Renault Trucks, da Mazda, da Nissan. Estes são os óleos genuínos, que vendemos com a marca do construtor. São mercados muito específicos onde estamos muito bem implantados, com quotas de mercado elevadíssimas. Temos boas quotas de mercado também na indústria, onde temos produtos extremamente tecnológicos. Depois, dentro do ramo automóvel temos ainda os óleos de transmissão, os óleos para pesados, além de termos uma presença forte no mercado da competição automóvel, onde temos gasolinas e óleos específicos, com uma tradição muito forte. O facto da Total ter estado sob a alçada da Cepsa durante estes anos isso fez com que a marca perdesse alguma da sua imagem no mercado? Teve e é inevitável. Em termos de marketing a Cepsa apostava mais na sua própria marca do que na Total, o que se percebe mas isso tem consequências. Sobretudo nos últimos dois anos nos quais a Total e a Elf se diluíram muito no que diz respeito a marketing e comunicação. O que vai acontecer à rede de distribuição que já existia em Portugal? Esse é um ponto que ainda está a ser definido internamente e estamos a trabalhar nisso. Temos, de um lado, clientes diretos e esses são todos os concessionários de marcas, do outro lado temos distribuidores. Estamos ainda a montar a estratégia, temos alguns distribuidores bastante fortes e estamos a delinear como iremos operar com eles. Ainda é prematuro anunciar a rede porque é um assunto que não está totalmente fechado. Mas já foram todos contactados? Todos eles já sabem o que estamos a fazer, até


O nome de Pedro Abecasis confunde-se com a própria Total em Portugal. Arrancou com a Total em Portugal em 1987 e agora repete a façanha 30 anos depois. É um homem dos lubrificantes que passou pela Fina, Total, Elf e Cepsa.

porque desde 2 de janeiro as marcas Total e Elf estão sob nossa alçada e todos os distribuidores foram já informados disso mesmo. No mercado dos concessionários estas questões estão definidas contratualmente, mas nas oficinas independentes o fator preço ganhou demasiado peso? Tem-se tornado naturalmente mais importante, sobretudo pelos períodos de crise que vivemos e dos quais ainda não saímos totalmente. Isso leva a que muitas pessoas já não façam as revisões certinhas, evitam ir à oficina e vão apenas quando o problema surge. Nessa altura, muitas vezes, nem pensam nas consequências optando apenas pelo mais barato. E têm resposta para esse cliente que olha apenas para o preço? A nossa resposta não é muito eficiente e não é esse o nosso caminho. Temos produtos com preços mais acessíveis mas a nossa grande aposta não é preço e representa uma franja muito pequena do nosso negócio e dos nossos clientes. A nossa imagem é e será sempre de topo. APOSTA NOS PESADOS Qual é a vossa oferta ao nível de pesados? Temos uma oferta muito forte em termos de pesados. Temos parcerias com alguns cons-

trutores embora não sejam a nível mundial como nos ligeiros. Há parcerias mais localizadas. Desenvolvemos muitos produtos com construtores de pesados e temos a nossa posição muito forte, em especial com a Total porque nos pesados a Elf tem uma presença muito ténue nos pesados e não vendemos esses produtos em Portugal. Como está o mercado de pesados para a Total neste momento? Temos um mercado interessante com a Renault Trucks a quem fornecemos o óleo genuíno da marca e temos um mercado interessante com alguns concessionários de marca e sobretudo reparadores multimarca. Temos também soluções para as redes oficinais multimarca que já existem e as que se estão a formar, sendo um canal interessante para nós e onde vamos trabalhar. Os pesados são um mercado prioritário para a Total? Sem dúvida. Temos clientes em várias marcas e queremos satisfazê-los fazendo depois crescer o negócio através do aumento do número de clientes. . e fazer depois crescer o número de clientes. Em termos de produto que tecnologia destaca?

Sobretudo tecnologias como as que permitem a economia de combustível. As normas Euro são muito exigentes e basta ver a evolução que se conseguiu a cada nova norma que entrou em vigor ao longo dos anos. Os nossos laboratórios têm desenvolvido produtos que vão respondendo a todas essas exigências e esse é um dos veículos muitos importantes porque o meio ambiente é fundamental para nós e temos respostas para as situações mais delicadas. Os lubrificantes hoje têm também de aguentar exigências mecânicas cada vez mais fortes e é impressionante o trabalho que é feito no nosso centro de investigação de Lyon. Na vossa estratégia, de quanto tempo precisa para colocar a Total no patamar onde quer? O nosso plano é que no máximo em um ano estejamos com o vigor idêntico ao que já tivemos há oito anos. Ao longo deste ano vamos repondo os nossos grandes trunfos no mercado e espero dentro de um ano estar com o mesmo vigor e depois procurar eixos de crescimento que existem e vamos, concerteza, atingi-los. Onde quer colocar a total em Portugal? A Total deverá ir até uma quota de mercado de cerca de 10%, tem potencial para isso e é esse o nosso objetivo a médio prazo e no espaço de poucos anos vamos lá chegar. FEVEREIRO / MARÇO 2017

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OFICINA AUTO DIESEL

A caminho do futuro Apesar de caminhar para os 50 anos de idade a Auto Diesel é das oficinas de pesados que sabe exatamente o rumo que quer seguir neste setor, acompanhando os novos desafios tecnológicos.

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m todo o seu historial, desde 1968, que a Auto Diesel Progresso de Alenquer, nome pela qual sempre foi conhecida, se dedica ao setor do pós-venda de veículos de pesados. Durante um período relativamente longo ligada à Renault Trucks, a Auto Diesel (nome que agora ocupa a fachada exterior da oficina) regressou à sua condição de oficina independente há cerca de 9 anos. “Algo que sempre nos caracterizou foi desenvolver sempre serviços multimarca, mesmo no tempo em que perten-

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{ TEXTO PAULO HOMEM }

CONTACTOS Auto Diesel Casal do Reguengo - Alenquer Paulo Tomás 263 730 150 auto.diesel@auto-diesel.com www.auto-diesel.com

cíamos à rede de pesados da Renault”, refere Paulo Tomás, gerente da empresa. Numa área de 14.000 m 2 , dos quais mais de 4.500 m 2 correspondem à área oficinal, na Auto Diesel existe um lema interno que diz tudo sobre a sua atividade: “fazemos tudo num pesado desde o pára-choques dianteiro ao traseiro, menos pneus... porque não queremos”, explica Paulo Tomás, que refere que “para além de todos os serviços técnicos de manutenção e reparação, temos a chapa e pintura, serralharia, eletrónica, tacógrafos,


A DIFERENCIAÇÃO TRUCKSPORT A TruckSport é uma chancela da Auto Diesel, que garante que determinado camião, reboque ou semirreboque está nas devidas condições de segurança e de circulação. “É uma garantia que é atribuída por veículo e não por cliente e tem em linha de conta as intervenções efetuadas nessa viatura pela nossa oficina”, explica Paulo Tomás, gerente da Auto Diesel, reforçando que “qualquer veículo que possua esta chancela tem acesso a um determinado tipo de equipamento distintivo, nomeadamente sistemas de luzes, sistemas eletrónicos e telemática de controlo. A viatura será acompanhada por um historial das intervenções efetuadas. Esta informação é para ser difundida pelos centros de inspeção, vendedores de viaturas e fabricantes de viaturas, como forma de valorizar o camião que possui este símbolo “TruckSport”, aquando da sua troca, venda ou inspeção. “Anualmente procede-se à avaliação das viaturas que cumprem os requisitos sendo que, caso não estejam nas condições exigíveis, serão retirados todos os elementos alusivos à TruckSport”, refere Paulo Tomás diz, para concluir que o slogan da TruckSport é “Mais do que uma marca, é uma garantia”. metrologia, o serviço técnico de reboques e cisternas, entre muitos outros. Aliás, nesta área, por exemplo, somos a única empresa que pode garantir que as cisternas podem cumprir a diretiva de máquinas em termos de segurança após a reparação”. Algo que caracteriza a Auto Diesel é que todos estes serviços são desenvolvidos internamente nas instalações desta oficina, não existindo recurso a parceiros, através de “valências internas dos nossos técnicos, que estão habilitados a desenvolver todo o tipo de trabalhos”, refere o gerente desta oficina. À medida que Paulo Tomás vai falando do seu negócio, fica patente a preocupação que a Auto Diesel tem com o acompanhamento da evolução tecnológica inerente aos veículos pesados. Por exemplo, em termos de telemática, a Auto Diesel tem vindo a desenvolver, em parceria

com um grupo alemão e outro sueco, um projeto “muito inovador”, garante Paulo Tomás, que permite que a Auto Diesel receba os avisos de avaria dos pesados dos seus clientes, permitindo a esta oficina reparar a avaria remotamente ou, pelos menos, permitir que o veículo siga viagem para mais tarde a avaria ser solucionada na oficina. “É uma forma de nos defendermos do que as origens também estão a fazer”, revela o gerente da Auto Diesel, que diz que “as origens dificultam muito o acesso à informação técnica nos pesados, o que contraria o block exemption, por isso temos que nos preparar para o futuro”. INVESTIMENTO PERMANENTE No entender de Paulo Tomás a atualização técnica da Auto Diesel deve-se ao enorme

Vantagens TRUCKSPORT > Aquisição de peças exclusivas. > Prioridade no atendimento oficinal. > Acesso gratuito ao parque e seus equipamentos de apoio. > Acesso a campanhas de desconto exclusivas. Benefícios TRUCKSPORT > Garante, perante terceiros, que o veículo está em perfeitas condições. > Aumenta a notoriedade da empresa que possui um veículo TruckSport. > Valorização do veículo para efeitos de venda futura. > Custos de manutenção com melhor relação Qualidade/Preço.

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OFICINA AUTO DIESEL

e permanente investimento que a empresa tem feito em formação (recorrendo ao CEPRA, a distribuidores de peças e às marcas, etc) e em equipamentos (por exemplo, possui quatro máquinas de diagnóstico). Para além disso a empresa possui parcerias com escolas de formação, incorporando novos técnicos que poderão vir a integrar a empresa “desde que tenham gosto e motivação pela manutenção e reparação de pesados”, refere Paulo Tomás. A Auto Diesel tem também parcerias com importantes empresas do setor dos pesados, como é o caso da BPW “conhecida pelos eixos, mas que está presente em muitas outras áreas. Vamos ainda reforçar esta parceria que passa por promover muito outros produtos que serão importantes para as frotas de pesados”, afirma o gerente da Auto Diesel. Outra parceria é com a Rolfo, empresa italiana que constrói estruturas porta automóveis, sendo a Auto Diesel a oficina responsável pós-venda em Portugal. “Como a Rolfo só equipa os seus reboques com BPW, a Auto Diesel consegue dar mais garantia a quem tem equipamentos desta marca que a própria Rolfo”, assegura Paulo Tomás, dizendo que “cumprindo um plano de manutenção definido, um cliente que tenha Rolfo pode ter uma garantia de 8 anos”.

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PÓS-VENDA PESADOS

PEÇAS Sobre o negócio de peças, Paulo Tomás explica que, na Auto Diesel, existem padrões de qualidade do serviço que a empresa não abdica. Um deles é ao nível das peças. “Não impeço que os meus clientes tragam peças mais baratas, mas a responsabilidade da peça será sempre dele, nós apenas lhe damos a garantia do serviço”, explica Paulo Tomás, dizendo que “a experiência que temos já nos permite saber os problemas que vamos ter com determinado tipo de peças. Por isso, explicamos sempre ao cliente quais as razões porque não se deve utilizar determinado tipo de peças devido aos custos que poderão vir a trazer”. Dessa forma a política da Auto Diesel ao nível das peças é muito clara e objetiva, segundo o seu responsável, tendo o foco nos produtos de qualidade de modo a que não existam problemas de garantias e que “correspondam também ao nível de serviço que queremos proporcionar aos nossos clientes”. A Auto Diesel disponibiliza também para os seus clientes contratos integrais de manutenção, que garantem ao cliente um custo fixo mensal, mas com a “vantagem de ser tudo feito internamente nas nossas instalações, com uma solução completa que inclui o camião como o

reboque, o que poucas oficinas, mesmo as de marca, podem oferecer”, assegura Paulo Tomás. FUTURO Como parceiro de negócio dos seus clientes, o responsável da Auto Diesel sabe que o negócio do pós-venda está a atravessar profundas alterações, em que se estão a desenvolver redes oficinais independentes, onde as marcas estão a tornar-se mais competitivas no pós-venda e onde os desafios tecnológicos são enormes. “Estamos a preparar-nos para tudo isso e queremos desenvolver mais parcerias que nos permitam trocar conhecimento, pois sabemos que existe sempre muito à aprender”, explica Paulo Tomás, dizendo que, “para 2017, estão previstos avultados investimentos, por exemplo, ao nível dos tacógrafos, sempre com o objetivo de poder fornecer aos nossos clientes a melhor qualidade ao nível dos serviços”. Segundo o responsável da Auto Diesel, o futuro vai trazer “muitos desafios e por isso o momento é de estar atento e tentar antecipar as necessidades dos clientes. A nossa responsabilidade é trabalhar para o cliente de forma a fazer com que o peso da reparação tenha o menor impacto possível na sua atividade”, conclui Paulo Tomás.


FROTA TRANSPORTES CENTRAL POMBALENSE

Gigante nas compras A Transportes Central Pombalense possui uma das maiores frotas de camiões em Portugal, com a curiosidade de serem quase todos da marca Scania. A empresa, desde 2006, internalizou todo o pós-venda da sua frota, através de uma outra empresa do grupo.

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Pombalense, como é conhecida a Transportes Central Pombalense, iniciou a sua atividade em 1964. Começou com uma viatura, tinha 87 em 1994 e, atualmente, são cerca de 300. Em 1996 é tomada uma decisão muito importante com o intuito de conseguir apurar de forma precisa os custos de manutenção e reparação de enorme frota que detinha, passando a realizar todas (mesmo todas) as operações em oficinas próprias. A frota da Pombalense faz essencialmente o serviço de transporte nacional e internacional de frio, como serviços nacionais de grupagem (distribuição em palete). No internacional anda a frota mais recente (a que tem até 5 a 8 anos), que depois passa a rodar apenas no serviço ibérico e após isso no nacional até ao final do seu ciclo de vida na Pombalense. “Grande parte da nossa lógica de manutenção

{ TEXTO PAULO HOMEM } é feita em prol da tipologia de serviço que fazemos”, começa por dizer Renato Neves, sócio-gerente da Pombalense, dando como exemplo que os pneus novos são utilizados exclusivamente nos camiões que fazem o transporte internacional frigorífico, para depois quando

CONTACTOS Transportes Central Pombalense Pombal Renato Neves 236 949 080 geral@tcp.pt www.tcp.pt

forem recauchutados serem usados apenas nos veículos que fazem o transporte nacional. Os pneus novos que são usados para o transporte nacional são de gama inferior aos pneus novos que são usados no internacional. Nos pneus a Pombalense não tem contratos com nenhuma marca, apenas acordos, sendo toda a manutenção e gestão dos pneus feita internamente. “Fazemos as compras, montamos os pneus e temos uma equipa dedicada a toda a essa gestão dos pneus”, revela Renato Neves, explicando que “montamos pneus recauchutados num determinando tipo de camião tendo não só em conta o serviço que faz, mas também o motorista que o vai conduzir. Para o mesmo tipo de pneus recauchutado, temos motoristas que conseguem fazer muito mais quilómetros que outros. Portanto, tudo conta para reduzir os custos de manutenção”. Nos pneus novos, o responsável da Pombalense FEVEREIRO / MARÇO 2017

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FROTA TRANSPORTES CENTRAL POMBALENSE

assume que tem sido feita uma aposta clara nos pneus ecológicos. Sem referir marcas, Renato Neves garante serem estes pneus mais eficientes, fruto de uma menor resistência aorolamento, o que se traduz claramente na redução dos consumos dos veículos e, por via disso, nos custos da manutenção. “Isto leva-nos a abandonar, em certas situações, o pneu recauchutado, pois a poupança de combustível torna caro o pneu recauchutado. Aliás, mesmo oferecido, em certas situações, o pneu recauchutado é caro”, afirma Renato Neves. MECÂNICA As revisões em garantia são as únicas que são feitas na marca. Relembre-se, entretanto, que a frota da Pombalense é quase exclusivamente Scania, o que leva a que a própria empresa tenha uma relação estreita e de longa data com esta marca. O facto da frota ser quase toda monomarca acaba também por ser uma mais-valia no

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entender de Renato Neves. “Se um camião tem um determinado problema mecânico, isso alerta-nos para o que pode vir a acontecer com os outros 20 ou 30 camiões idênticos que temos em frota potenciando, dessa forma, a manutenção preventiva”, refere o sócio gerente da Pombalense. A empresa tem sempre algum stock de peças para os seus Scania, mas a relação estreita com a marca e a evolução da logística, permite que um pedido feito até às 17 horas seja correspondido logo do dia seguinte de manhã. “Facilmente vamos buscar as peças que necessitamos”, realça Renato Neves que explica que “usamos apenas peças originais em tudo o que seja os órgãos vitais de um camião. Recorremos também às marcas de peças que estão no primeiro equipamento, mas em muito outro material a opção vai sempre para o que tiver melhor relação qualidade / preço, como é o caso dos plásticos e faróis”. Com os fornecedores de peças também exis-

te uma política definida (nomeadamente nas peças de maior rotação), que passa por contratos temporais (fixando um valor para a peça em questão), mas com fornecimento ao longo desse tempo em função das necessidades da Pombalense. “Dessa forma não encarecemos o nosso stock, conseguindo também aqui reduzir custos”, revela Renato Neves. Nas oficinas da Pombalense são feitas todo o tipo de reparações (mesmo as de mecânica pesada, como a reparação de motores), por técnicos especializados, sendo mais uma vez aqui reconhecida a vantagem de trabalhar apenas com a marca Scania, fazendo com que seja menor o investimento a fazer em ferramentas e equipamentos (apenas é necessário um diagnóstico Scania). A internalização dos serviços técnicos passou também pela área da chapa e pintura, existindo uma área especifica destinada a esta atividade. A empresa trabalha apenas com um fornecedor na área das tintas, neste caso


apenas por uma questão de coerência nas tonalidades das cores (que poderiam variar de marca para marca). Neste setor da empresa são feitos não só todos os trabalhos de chapa e pintura necessários, mas também a decoração dos camiões e vidros. Existe ainda uma enorme zona de preparação e lavagem dos veículos pesados. Numa frota de 300 camiões é normal que o imprevisto possa acontecer na estrada. Nestes casos é sempre tomada uma decisão na hora sobre a intervenção a fazer em função de uma série de dados, que tem a ver com o tipo de avaria, da urgência da entrega, do tipo de carga e do local. “Nem sempre a opção é pela intervenção técnica mais barata, mas sim por aquela que nos resolve o problema de forma a entregar a mercadoria no prazo combinado”, refere Renato Neves, que diz que a empresa pode recorrer a meios próprios ou não para fazer essa intervenção, explicando que “a decisão é sempre tomada no momento depois de

avaliados certos parâmetros”. Refira-se que apesar de ter apostado na manutenção da sua frota, tal atividade é feita por uma outra empresa, a ORPOM (Oficina de Reparações Pombalense), que faz a manutenção da frota da Pombalense mas também de outras empresas do grupo. Apesar da Pombalense ter outras filiais, toda a manutenção é centralizada nas instalações de Pombal, sendo gerida precisamente pela ORPOM, na qual trabalham 12 pessoas. “Queremos que a gestão operacional da oficina tenha a sua própria dinâmica. Um veículo que entre na oficina é para lá estar o menor tempo possível”, diz o sócio gerente da empresa. Não menos importante é a formação de todos os técnicos, normalmente realizada na marca ou através dos fornecedores de peças, sendo que cada operacional tem a sua área de especialização. Gerindo toda a manutenção da sua frota, na Pombalense não existe muita preocupação

quanto ao futuro nesta área, mesmo com a crescente informatização e digitalização do camião, que trará naturais problemas para a manutenção independente. “Temos uma grande vantagem nesse aspeto, é que temos uma frota que é praticamente toda da mesma marca”, refere Renato Neves, sócio gerente da empresa, dizendo que, “atualmente, já temos ferramentas iguais a um concessionário oficial e a marca está sempre a propor-nos formação. Penso que essa é uma situação que se poderá manter no futuro, independentemente da tecnologia que venha nos camiões”. Toda esta aposta na manutenção faz com que a Pombalense seja um dos principais compradores nacionais na área do pós-venda de pesados. Mesmo sem quantificar números ou percentagens, facilmente se percebe os elevados consumos de peças e pneus que esta empresa tem e a importância que assume junto desses fornecedores. FEVEREIRO / MARÇO 2017

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SALÃO EXPOMECÂNICA

Em crescimento

A quarta edição do salão Expomecânica, terá lugar novamente nos pavilhões da Exponor. Este ano a organização conta ainda com mais empresas e o setor dos pesados também estará representado.

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ão perto de 140 os expositores que este ano vão marcar presença na 4ª edição do Expomecânica, que tem data marcada para dias 7, 8 e 9 de abril. Apesar de ser um salão de pós-venda mais orientado para o setor dos veículos ligeiros, a verdade é que a ediçãoo de 2017 volta a contar com a presença de uma série de empresas que em parte ou no seu todo orientam os seus produtos e serviços para o setor da manutenção e reparação dos veículos. Ao longo dos três dias do maior evento do género que se organiza em Portugal, a Kikai, entidade organizadora tem em mãos um enorme

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conjunto de iniciativas paralelas, nomeadamente no plano da formação e informação. José Manuel Costa, diretor da Kikai, começa por destacar a importância da componente formativa (gratuita) do expoMECÂNICA, que considera “indispensável” para os atuais e futuros profissionais do setor. “Atribuiremos mais horas de formação e demonstrações in loco na feira”, refere José Manuel Costa, diretor da Kikai. Em 2016, a cada sessenta minutos foi possível assistir a uma demonstração (mais de 16 horas de formação), no espaço DEMOTEC by Schaeffler, e o mesmo sucedeu com o ciclo de palestras

expoTALKS by TecWash/Revista Pós-Venda, que, em apenas três dias de feira, contabilizou 24 palestras. Estas duas iniciativas são para repetir e em preparação estão novas apostas. É o caso do programa de captação de compradores nacionais, que já está a ser operacionalizado pela equipa da feira. A Organização está a convidar os principais decisores das empresas portuguesas do pós-venda, por forma a dotar o Salão de “compradores ainda mais qualificados”, explica Sónia Rodrigues, também responsável da KiKai, que assim procura ir “ainda mais ao encontro das expectativas dos nossos expositores”.


EMPRESAS PRESENTES

Ficha Técnica expoMECÂNICA 2017 – 4.º Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto Organização KiKai Eventos Data de 7 a 9 de abril Local EXPONOR – Feira Internacional do Porto, Pavilhão 6 e galerias adjacentes Horário das 10 às 20 horas, no dia 7 (sexta-feira); das 10 às 22 horas, no dia 8 (sábado); e das 10 às 19 horas, no dia 9 (domingo) Em exposição Peças & Sistemas; Tecnologias de Informação & Gestão; Estações de Serviço & Lavagem; Reparação & Manutenção; Acessórios & Customização Perfil do visitante O expoMECÂNICA é um salão profissional. O acesso faz-se mediante convite e os profissionais devem credenciar-se antes da sua visita. É interdita a entrada a menores de 14 anos. Apoios: Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (CEPRA) e Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM)

Pós-Venda e Pós-Venda Pesados marcam forte presença Como sempre a revista Pós-Venda vai ser Media Partner deste evento, desenvolvendo e dinamizando um conjunto de iniciativas que atrai visitantes profissionais a este evento, como sejam: > Conferência “Como rentabilizar a sua oficina” > Apoio editorial na Expotalks > Desafio Mecatrónicaonline / Actia / Haynes Pro > Prémios Pós-Venda / Expomecânica (aos melhores stands) A Revista Pós-Venda está ainda produzir o Guia Oficial do Expomecânica. Poderá saber detalhes e informações sobre todas estas iniciativas no site www.posvenda.pt.

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PERSONALIDADE DO MÊS RICARDO GOMES (GALIUS / RENAULT TRUCKS)

“Queremos crescer a dois dígitos no após-venda em 2017” A Galius quer colocar a Renault Trucks na liderança do mercado, tanto na venda de veículos como no após-venda. O trabalho neste campo foi intenso em 2016 e os resultados já começaram a aparecer. A marca está a apostar forte nas peças para veículos mais antigos e nos fast-movers, além de estar a preparar-se para entrar em produtos complementares e reforçar a equipa de após-venda.

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{ ENTREVISTA CLÁUDIO DELICADO }

ano de 2016 foi o primeiro completo de operação da Galius, depois de ter assumido a importação da Renault Trucks em Portugal em Março de 2015. Ricardo Gomes, diretor-geral da empresa do Grupo Nors, faz o balanço do ano de 2016, “muito positivo para a Renault Trucks em Portugal”, onde foram ainda lançadas algumas bases para um trabalho que vai dar frutos ao longo deste ano e dos próximos. Há muito para crescer no após-venda e essa é uma estratégia clara da empresa, que tem muitas ideias para concretizar, permitindo alcançar níveis de ocupação nas oficinas que já não se viam na rede há alguns anos. Há oportunidades de fazer crescer a rede, mas nunca através de parcerias com oficinas independentes. O objetivo, na venda de veículos, é ultrapassar as 1000 unidades em 2017 e, na mente de Ricardo Gomes, está sempre a ideia de chegar à liderança do mercado. O ano de 2016 foi o primeiro completo para a Galius. Como correu? O ano de 2016, globalmente, foi muito positivo para nós. Tivemos oportunidade de fechar o ano com um volume de negócios total na casa dos 65 milhões de euros, crescendo 102% face a 2015, onde a responsabilidade da Renault Trucks só foi nossa a partir de Março. Em 2016 matriculamos 630 viaturas novas e vendemos 276 viaturas usadas. Fizemos um ano com 900 veículos, um indicador relevante e que acrescenta 15% ao volume obtido pela marca em 2015. Para 2017 temos um desafio ambicioso que é vender mais de 1000 camiões entre novos e usados. No ano passado conseguimos também pulverizar

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a ação da Renault Trucks pelo país, chegando a mais de 200 clientes na venda de veículos novos. O negócio estava demasiado concentrado e não permitia alimentar convenientemente toda a rede de assistência e esse trabalho tem sido feito. Temos muitas vitórias ao longo de 2016, com empresas históricas, algumas que nunca tinham trabalhado com a Renault Trucks, que nos compararam camiões. A opção Renault Trucks é cada vez mais tida em conta pelos transportadores. Fizemos uma grande aposta na formação e na condução económica dos nossos clientes. Em 2016, administramos mais de 2200 horas de formação a motoristas e empresas. Não trabalhamos de uma forma cega para obter a liderança, mas acredito que temos argumentos, equipa e produto para estar sempre numa posição de destaque e, por não, na liderança. Qual o peso do renting nas vossas vendas? Continuamos com a quota do renting completamente controlada, em contra-ciclo com o mercado. No nosso caso, nos veículos novos, representa cerca de 25%, que é o nosso valor de referência e que não temos por objetivo que cresça. O renting acarreta riscos que devem ser prevenidos, até pelo comportamento do mercado daqui a alguns anos, quando esses contratos acabarem e esses veículos tiverem que entrar no canal dos usados. O balanço na venda de veículos foi positiva. Como se comportou o pós-venda em 2016? Estabelecemos desde o início que o nosso negócio teria que ser feito a partir de relações du-

radouras e de parceria com os clientes. A única forma de o fazer é apostar no estreitamento da relação com o cliente e também no aumento da qualidade do pós-venda permitindo resolver de forma célere as necessidades que vão surgindo. Temos uma equipa muito dinâmica no terreno a trabalhar o pós-venda e o negócio de pós-venda da Renault Trucks em Portugal representou cerca de 20 milhões de euros de faturação. O canal oficina representou dois terços deste volume de negócio. Existem canais onde estamos a trabalhar mas onde existe claramente espaço para crescer, como nos vendedores após-venda. Fizemos um trabalho muito interessante neste domínio e temos 9 vendedores após-venda com cada conces-


Passamos de uma carteira de 1056 contratos em 2015 para 1223 contratos em 2016. Continua a ser uma rubrica importante para nós que aporta volume de negócios importante para a rede de concessionários e temos vindo a trabalhar bastante na promoção destes contratos de manutenção, tanto para veículos novos, como no seu prolongamento em alguns casos, e também para veículos usados. A vantagem é que para além do contrato de manutenção standard existem uma série de variáveis que são customizadas à medida de cada cliente. O contrato de manutenção é hoje mais valorizado pelas empresas? Os nossos racios de cobertura, entre veículos novos e contratos de manutenção tem vindo a subir gradualmente e é uma tendência normal de mercado. Neste momento temos rácios na casa dos 40% e acreditamos que é uma opção valorizada pelas empresas. Hoje a maioria das empresas quando pede uma proposta para um veículo novo quer saber quanto custa o contrato de manutenção para o veículo. A venda de peças está também a crescer? Fizemos um trabalho bem conseguido relacionado com o pricing das peças em 2016 que trouxe bons resultados aliados à nossa força comercial no após-venda. Trabalhamos essencialmente duas grandes famílias: os fast-movers e os veículos mais antigos. Nos fast-movers temos sub-famílias de produtos que cresceram 30 a 40% como as baterias ou os lubrificantes. Mas também os filtros tiveram um comportamento interessante. No que diz respeito aos veículos mais antigos sentíamos que a Renault Trucks estava a perder penetração, profundidade e criamos um conjunto de iniciativas que nos permitiram relançar novamente estas famílias. O objetivo é aumentar ao máximo o número de anos que cada veículo é fiel à nossa rede.

“Estamos a escolher quais os produtos complementares onde vamos entrar em 2017 para reforçar a nossa oferta global aos clientes”

sionário a ter o seu. Temos zonas comerciais de após-venda perfeitamente definidas, uma oferta de produto e um bom argumentário comercial onde temos trabalhado muito para que as visitas aos clientes sejam mais eficazes. Mas foi apenas um ponto de partida e há muito espaço para crescer no após-venda. Vai continuar a ser um desafio para 2017 e temos um desafio de crescer dois dígitos no após-venda este ano com muitos projetos para colocar em marcha. Uma ferramenta interessante são os contratos de manutenção? Continuamos a pensar que é um bom meio de fidelizar as empresas e os nossos clientes aos nossos serviços. Crescemos neste ponto.

Até porque é nesses veículos mais antigos onde existe uma maior taxa de abandono da rede oficial... Exatamente e, por isso, trabalhamos muito nesse domínio específico, recorrendo a diversas iniciativas de promoção e campanhas. Temos conceitos que hoje já estão interiorizados na nossa organização como o produto genuíno do mês entre outras iniciativas, com um trabalho muito forte ao nível do nosso marketing. Tivemos sistematicamente iniciativas em curso ao longo de 2016. Os resultados destas campanhas mostram que este tipo de iniciativas continua a ser muito valorizado no mercado porque conseguimos recuperar muitos clienFEVEREIRO / MARÇO 2017

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PERSONALIDADE DO MÊS RICARDO GOMES (GALIUS / RENAULT TRUCKS)

tes deste tipo de veículos. Vamos continuar a investir nessa atividade. Como está montada atualmente a rede de concessionários? A rede oficial tem 9 concessionários, três dos quais são próprios da Galius (Vila do Conde, Castanheira do Ribatejo e, desde janeiro de 2017, Santarém). É uma rede que nos dá uma boa garantia de cobertura dos principais eixo rodoviários. Tecnicamente é uma rede muito evoluída e garantimos um total de 1950 horas de formação à nossa rede, muito acima do que tinha sido realizado nos anos anteriores. A nossa aposta neste campo vai continuar e vamos ter uma novidade ainda no primeiro semestre que é a formação em regime de e-learning, mais flexível, nomeadamente para cobrir períodos mortos da oficina e minimizar alguns custos na rede de concessionários. Tudo isto nota-se na satisfação dos nossos clientes, cujo índice medido em 2016 (medido diretamente pelo Construtor em todos os países) foi uma referência no seio da Renault Trucks a nível global. Assumir a concessão de Santarém foi uma questão pontual? Encaramos esta situação com muita normalidade. Analisando a nossa rede de concessionários, verificamos que grande parte destes parceiros trabalham há décadas com a Renault Trucks e boa parte deles estão com idades muito avançadas e, neste caso em concreto, o Sr. Joaquim Marques, o gerente, não tinha sucessão. Por iniciativa dele colocou-nos esta possibilidade, que entre muitas conversas abertas com ele, fez sentido para nós. Há espaço para fazer crescer a rede? Esta rede dá-nos totais garantias e estamos completamente satisfeitos com ela. Quando analisamos a rede há duas ou três zonas onde vemos oportunidades. Por exemplo, parece-me um espaço demasiado vazio quando analisamos o ponto de assistência de Castanheira do Ribatejo até ao mais próximo, para sul, que está no Algarve. Está identificada esta oportunidade. Também não temos uma presença direta ao nível das ilhas e a nossa rede está completamente concentrada no litoral e há algumas oportunidades no interior. Estes três pontos não são prioritários, para já, mas são as oportunidades que identificamos. RELAÇÃO COM OFICINAS MULTIMARCA Há cada vez mais concessões que fazem também serviço multimarca. Este é um passo natural?

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É um passo que tem que ser encarado com alguma naturalidade. Dentro da nossa rede de concessionários temos clientes que, fruto da excelente relação que têm connosco, gostam de reparar veículos de outras marcas dentro das nossas instalações. Não é uma política que seja induzida por nós, mas é o negócio que o dita. Em zonas onde a Renault Trucks não tem presença faz sentido para si, por exemplo, fazer parceria com oficinas multimarca ou de rede que tenham essa oferta? Temos aumentado imenso o grau de exigência perante os nossos parceiros. Aquela visão de uma oficina de vão de escada que mete um reclame de uma marca e coloca umas bandeiras não nos preenche. Queremos uma estrutura que tenha técnicos devidamente formados e temos logo aí uma grande diferença porque fazemos um grande investimento nas questões técnicas, nas ferramentas e equipamentos e também nas competências comerciais. Na conjugação destes três vetores estamos a falar de realidades que são muito, muito, muito distintas. Parece-me que o futuro dificilmente irá caminhar para aí. Nem com uma rede de segunda linha, de agentes com oficinas multimarca com parâmetros de qualidade elevados? Existem conceitos que neste momento estamos a começar a desenvolver, nomeadamente, células móveis de após-venda. As coisas vão evoluir muito mais por esse caminho do que em agentes fora das nossas concessões oficiais. Estas células são da nossa rede e permitem melhores soluções de flexibilidade para os nossos clientes. Esse é um caminho que será feito em Portugal.

“Em 2016 desenvolvemos alguns cabazes de peças e, em vários casos, tínhamos condições mais competitivas para os clientes do que o aftermarket.”

Da análise que faz do mercado, os transportadores estão a deixar as suas oficinas próprias ou continua a ser uma aposta? Grande parte destas empresas sente necessidade de ter oficinas próprias, muitas vezes, não tanto pelo produto camião onde conseguem arranjar boas soluções, mas mais pelo semirreboque, onde realmente continuam a existir algumas limitações no mercado nacional, nomeadamente ao nível de serviços 24 horas, da própria capilaridade da rede de assistência a semirrebqoues. O investimento que é necessário fazer para intervencionar os camiões mais recentes também afasta alguns transportadores de fazerem esses serviços internamente. Temos neste momento um projeto piloto com um transportador de referência onde está uma célula móvel a prestar assistência nas instalações do cliente. Vamos avaliar os resultados. Já se nota uma maior predisposição dos transportadores para fazerem uma manutenção preventiva dos seus camiões? Começa a existir uma maior sensibilização. Cada vez mais os clientes entendem que uma manutenção preventiva não é uma mudança de óleo e filtros, um conceito que no passado estava enraizado no setor. Quando falamos de uma manutenção preventiva falamos de centenas de pontos que são alvo de verificação técnica e que permitem corrigir ou mitigar determinadas


das rotinas que temos implementada ao nível dos vendedores após-venda é recolher informações sobre a organização de preço de um determinado produto no mercado. Funciona como espécie de observatório e o gestor de pricing todos os meses recebe estas informações e trabalha-as para percebermos como podemos ajustar o nosso preçário. Temos tido sucesso nesta prática. Outra parte da equação é preparar as equipas para terem argumentos que sejam robustos. Falamos de condições de garantia que na maior parte dos casos são distintas, falamos de qualidade e referenciais normativos que na maior parte dos casos são distintos.

avarias que poderão surgir mais à frente. Quem percebe e especialmente quem tem contratos de manutenção consegue índices de imobilização dos veículos mais baixos do que quem faz uma manutenção própria, menos cuidada. REFORÇAR O BALCÃO DE PEÇAS O balcão de peças faz parte da vossa estratégia de pós-venda? O balcão de peças é encarado como mais um canal de negócio. Neste momento a oficina representa dois terços do volume de negócios do pós-venda e o balcão representará quase um terço do volume de negócios. Tem claramente espaço para melhorar não tanto em termos técnicos, onde a identificação das peças é fácil, mas no atendimento telefónico e também nas competências comerciais associadas ao atendimento. Um cliente que pede um tensor tem obrigatoriamente que responder a duas ou três perguntas, nomeadamente ao nível das correias, por exemplo. Existem processos associados e temos que melhorar esta cultura comercial que gera mais vendas. É um canal interessante a venda de peças para oficinas independentes? É um canal interessante para nós e um bom complemento de negócio. Temos um número considerável de empresas que tem oficinas próprias, têm as suas necessidades e a nossa

ideia passa por termos um vendedor após-venda que visite estas oficinas e termos um balcão preparado para receber estes contactos telefónicos com uma cultura comercial que induza a venda. Temos o músculo comercial cada vez mais refinado no nosso pós-venda. Isso tem-vos permitido desviar alguns clientes do aftermarket para a rede oficial? Quando falamos do aftermarket podemos estar a falar de muitas coisas em termos de qualidade de produto e uma das questões que se coloca logo é prepararmos as nossas equipas em termos de argumentário para verificar que tipo de aftermarket é que estão a lidar. Na maior parte dos casos temos argumentos válidos para apresentar aos nossos clientes. Numa fase inicial a nossa organização mostrava-se - e às vezes ainda acontece -, um pouco cética em relação a esta situação em concreto, olhando para isto como um assunto perdido à partida, mas temos mostrado ao longo dos últimos meses o contrário. Temos provado que é possível vendermos lubrificantes, que é possível vender baterias, filtros. Continuamos a pensar que o produto genuíno, na esmagadora maioria dos casos, pode e deve ter uma palavra a dizer. Os clientes que não vêm à rede oficial é por um argumento exclusivamente de preço? O argumento em 99,9% dos casos é o preço. Uma

Um dos argumentos muito repetido no mercado é que as peças genuínas e as peças de qualidade equivalente são produzidas pelos mesmos fabricantes, mas os preços são muito diferentes. Esse é um argumento que joga contra vocês... Continuam a existir muitas abordagens em produtos de segunda e terceira qualidade que não podem ser comparados com a nossa oferta. Quando falamos de coisas que podem ser comparadas, e existem, falamos de requisitos em termos de referencial normativo que são distintos. O construtor, em condições normais, tem padrões de qualidade bastante mais rigorosos do que aqueles que são permitidos no aftermarket. Esta será a principal diferença quando analisamos as duas situações. Por outro lado, por muito surpreendente que possa parecer, em 2016 desenvolvemos alguns cabazes de peças e, em vários casos, tínhamos condições mais competitivas para os nossos clientes do que aquelas que existem no aftermarket. Muitas vezes existe uma visão cega desta questão. Em muitos casos o cliente opta pelo aftermarket sem perceber qual a solução que existe na origem e está a comprar pior, com um produto com um padrão de qualidade menos apertado, e com um preço mais elevado. Existe algum projeto de venda de peças para outras marcas de camiões? Existiu um projeto que era o Okelia, mas não estava minimamente alinhado à realidade do mercado português e é um projeto que não faz sentido. Cá tem sido usado apenas para consumíveis. Como funciona a vossa logística? Temos evoluído a nível logístico. Qualquer cliente quando nos quer comprar uma peça tem em conta a qualidade do produto associado, o preço e o prazo de entrega. Temos uma logística diária com o fabricante, com o armazém em Espanha. Qualquer pedido feito até ao final da tarde é enFEVEREIRO / MARÇO 2017

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tregue na manhã seguinte no concessionário. Temos outro tipo de logística que são os movimentos diários entre os concessionários que podem fornecer uma peça que outro não tem. Quanto ao fornecimento de peças nas instalações do cliente funcionamos de duas formas distintas com a típica carrinha do concessionário e operadores externos que, em alguns casos, garantem entregas bi e tri-diárias. CAMIÃO NOVO Houve um reforço do número de camiões nas frotas ou aconteceu uma renovação do parque? Aconteceram as duas coisas em 2016, sendo que a grande parte dos clientes mais representativos do setor em Portugal não apresentaram estratégias de crescimento. Tiveram uma estratégia de renovação até por um problema que vamos ouvindo todos os dias, que é a dificuldade de contratação de motoristas e isso vai castrar qualquer estratégia em termos de crescimento. A renovação de frotas acontece especialmente nos camiões que fazem internacional, onde existe um parque relativamente novo, ao contrário de outros segmentos, com veículos com idades demasiado avançadas. Quais são os modelos mais vendidos pela Renault Trucks? O mercado está completamente orientado para o longo curso, todos os outros setores têm um peso residual. Por isso, no longo curso, falamos sempre do Renualt Trucks T, que foi camião in-

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ternacional de 2014. Aliás, representa 90% das vendas. Sentimos um crescimento ainda que pontual da gama K, para a construção. Em 2016 também tivemos diversas operações na gama D, de distribuição, em especial no negocio de porta-automóveis. A nível da distribuição os veículos são usados por períodos muito longos para amortizar carroçarias e é um mercado, se analisarmos das 10 às 16 toneladas, são 150 a 180 unidades totais por ano em Portugal. É um mercado muito curto e não existem sinais de grande crescimento.

tura, que é uma área normalmente descurada e na qual queremos apostar. Terminamos a fase de projeto em 2016, estamos a negociar novas condições com fornecedores de tintas para termos uma oferta homogénea na rede. Além disso estamos a preparar módulos de formação para os nossos chapeiros, que há anos que não têm formação, e vamos ter que renovar equipas porque a colisão é uma área de negócio muito específica e muito valorizada pelos clientes porque não existem muitas alternativas.

Em termos de serviços estão a desenvolver algum tipo de serviço novo? Ao nível de serviços de após-venda estamos a alargar equipas, horários em alguns concessionários. Em Vila do Conde, desde novembro último, a Galius reforçou a equipa estando a trabalhar mais 11 horas semanais. Vamos também avançar para os produtos complementares. Neste momento temos um grupo de trabalho que tem estudado estas matérias e existem produtos que faz sentido estarem associados à nossa oferta core, como pneus, semirreboques, intervenções em equipamentos de frio, entre outros exemplos. Temos quatro ou cinco possibilidades em cima da mesa e vamos eleger as prioridades porque não podemos avançar com todas ao mesmo tempo. Ainda em 2017 vamos avançar com um desses produtos complementares. Estamos também a trabalhar ao nível da chapa e pin-

Querem que o cliente possa fazer tudo nas vossas instalações? Isso dá-nos mais argumentos perante o cliente, nomeadamente em termos de imobilizações e de trabalharem só com um parceiro e depois em concessionários onde a capacidade instalada está acima do necessário este serviço vem complementar essa capacidade instalada. Hoje um camião do cliente já comunica diretamente com as vossas oficinas através da telemática? De uma forma remota só via Importador. Efetivamente, temos soluções que nos permitem medir um conjunto de indicadores remotamente ao nível da condução a partir do Optifleet para definirmos a formação que damos a esse cliente. Mas em relação à comunicação direta com a oficina ainda vai demorar até pelas questões legais e de proteção de dados.


8 de Abril de 2017 das 14h30 às 19h Exponor-Expomecânica TEMAS DA 3ª CONFERÊNCIA “COMO RENTABILIZAR A SUA OFICINA” 1º Desenvolver competências nos recursos humanos (mecânicos) através da formação 2º Como um software de gestão oficinal pode melhor a rentabilidade da oficina 3º A rentabilização do processo de pintura numa oficina 4º A relação com o cliente como forma de dinamizar o negócio da oficina Influência das redes sociais e das plataformas tecnológicas na oficina 5ª Caso prático: Como tornar a oficina mais rentável?

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MAIS INFORMAÇÕES Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt Tel. 96 538 09 09 PA R C E I R O

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DOSSIER SEMIRREBOQUES

Mercado exigente em crescimento

Há muita tecnologia, novidades de produto e, sobretudo, um reforço cada vez maior do pós-venda, área fundamental do negócio de semirreboques. O mercado foi positivo em 2016 e as principais marcas estão otimistas. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

O

s camiões continuam a ser os “meninos-bonitos” do transporte de mercadorias, mas sem os semirreboques… nada feito! É um mercado muito concorrencial, com vários players, mas é dominado por poucas empresas, com destaque para as que fazem parte deste artigo: Schmitz Cargobull, Lecitrailer, Krone e Galucho que além da venda, produz em Portugal através de uma forte especialização, com um volume considerável para exportação. O ano de 2016 foi globalmente positivo para as principais marcas de semirreboques em Portugal, como confirma Pedro Santos, da Keytrailer, empresa responsável pelo negócio da Krone em Portugal. “Verificamos este ano que uma grande parte das nossas vendas são para substituição de frota. O clima económico tem retraído alguns transportadores de comprar, mas chega uma altura em que os veículos, devido à idade, apresentam custos de manutenção elevados, tornando inevitável a compra de novos.” Para a Schmitz Cargobull, líder de mercado em Portugal, “o balanço é extremamente positivo e os números falam por si. O mercado teve um afundamento muito pronunciado em 2011/2012. Foi aí que sentimos mais o colapso e não tanto na altura da crise financeira. O número de matrículas que tivemos nesse ano foi comparável a 2004 ou 2005. Nós, como líderes de mercado, matriculámos 200 e poucas unidades, o que era impensável. A partir de 2013 o mercado começou a recom-

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por-se e a progredir positivamente. Neste momento continuamos a notar que o mercado continua a crescer. Curiosamente, achei que o mercado ia abrandar um pouco mas estamos com mais de 30% de crescimento face a 2015 o que nos transmite segurança e bem-estar”, explica José Botas, diretor-geral da Schmitz Cargobull em Portugal. A Reta opera em vários segmentos: manutenção e reparação de pesados, venda de peças, aluguer de tratores e semirreboques, e venda de semirreboques novos e usados. Todos com dinâmicas diferentes.”O aluguer terminou 2016 alinhado com os objetivos e crescendo face a 2015, com destaque para os semirreboques de lonas e frigoríficos. Na venda de usados foi um ano histórico para a Reta, tendo sido o ano onde foi batido o recorde de vendas. Também a venda de semirreboques novos, onde representamos a Lecitrailer, registou um ano bastante positivo, onde as expectativas iniciais foram ultrapassadas. A Manutenção e Reparação não teve um ano tão dinâmico como os outros segmentos mas esteve alinhado com os objetivos definidos. Desta forma, podemos considerar que 2016 foi um ano com saldo positivo para o negócio da Reta.” Já para a Galucho, “o balanço do negócio é claramente positivo. Houve um relançamento da marca para esta área de negócio. A empresa realizou grandes investimentos na área da engenharia e inovação, assim como na conceção e fabrico de novos equi-

A tendência mais importante passa pela vertente ambiental. Pensar que o semirreboque não consome gasóleo não é uma abordagem rigorosa


pamentos. Iniciou-se também uma política de comunicação alicerçada em novas ferramentas de marketing que permitiram um alcance global da marca. Ou seja, foi um ano em que se criaram as condições necessárias para o crescimento do negócio, tanto a nível nacional como internacional.” Se em 2016 o negócio foi positivo, será que 2017 vai manter essa tendência? José Botas diz que “em 2017 estamos a esperar uma estabilização, senão mesmo algum abranda mento do mercado, contudo ex istem diversos indicadores macroeconómicos que nos mantêm otimistas”. Para a Galucho o objetivo é “incrementar o

negócio com o ramo da Construção e Obras Pú bl icas, das Florestas, das M i nas, e do Transporte de Equipamentos através dos Porta Máquinas. Existe espaço de crescimento, nomeada mente no ra mo do A mbiente. Os projetos da área ambiental têm potencial de interesse. A empresa acredita ter um caminho a percorrer neste setor, mais concretamente nos equipamentos de transportes de resíduos urbanos e industriais.” Para a Reta, “2016 foi um ano de muita procura no setor dos semirreboques novos, mas em 2017 espera-se que esse crescimento abrande. Perspetivamos que seja um ano com um crescimento pouco acentuado, com

redução da procura face a 2016 e uma concorrência muito agressiva entre as marcas. Resultado desta nossa previsão de “acalmia” na procura já é visível nos preços praticados por algumas marcas.” A Key Trailer não arrisca previsões para este ano, “tendo em vista as incertezas que pairam sobre a conjuntura económica, tanto interna como externa”. TENDÊNCIAS NOS SEMIRREBOQUES Quando olhamos para o futuro, no que diz respeito à técnica e às inovações que vão surgir nos semirreboques, a Reta acredita que “serão transformações pequenas, como liFEVEREIRO / MARÇO 2017

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geiras redefinições de design para aumentar a aerodinâmica e reduzir consumos, chassis mais leves e resistentes, e produção com materiais mas eco-friendly. Onde acreditamos que pode haver mais desenvolvimento é na segurança e recolha de informação.” A Keytrailer explica que “os semirreboques têm vindo a integrar uma série de normas e certificados cada vez mais exigentes. Normas de amarração de carga, certificação para transportes de bebidas, transporte de pneus, medicamentos no caso dos frigoríficos. Essa tendência pensamos que irá continua r.” Outra tendência, embora não específica do semirreboque, acrescenta Pedro Santos, é “a conectividade dos veículos, a possibilidade de monitorizar, via internet, uma série de dados referentes ao reboque. Por fim, e julgamos que essa será a tendência mais importante, a vertente ambiental. Pensar que o semirreboque não consome gasóleo não é uma abordagem rigorosa. O semi-reboque pode contribuir para um menor consumo, como tal, a tara e aerodinâmica do veículo irão constituir um fator inovador e diferenciador importante. As contas não são difíceis de fazer, quem possuir uma frota de 40 semirreboques, todos com uma tara de 1 tonelada a mais que outros semirreboques mais leves, tem todos os dias um conjunto virtual camião-semirreboque carregado a consumir gasóleo. Existem hoje nas frotas portuguesas, muitas toneladas de aço a se-

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Em 2017 espera-se algum abrandamento do mercado, ainda que as políticas interna e externa possam alterar as previsões

rem transportadas de borla.” Para a Schmitz, “há muita inovação que a própria Schmitz Cargobull foi introduzindo ao longo do tempo porque tem sido sempre percursora nesta área em termos de desenvolvimento tecnológico. Uma área muito forte e representativa da empresa está na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos/tecnologias. Isto acaba por garantir que, em parceria com outras marcas de equipamentos na área da eletrónica, por exemplo,

tem-se vindo a fazer um conjunto de desenvolvimentos importantes para ir ao encontro das exigências do mercado. Hoje, e cada vez mais, as áreas logísticas têm configurações muito próprias e adaptadas a racionalizar a própria distribuição das cargas. A receção, expedição e os movimentos de carga têm que ser pouco demorados, obrigando a uma necessidade de criar um conjunto de equipamentos apropriados para o efeito. Falamos de sistemas de segurança ou de acostagem aos cais. Por exemplo, o facto de haver muitos acidentes, há 10/12 anos era muito frequente termos semirreboques sinistrados, hoje é uma realidade cada vez menos frequente. A Schmitz tem estado muito atenta a isso e é pioneira nesse campo: segurança.” A Galucho explica que “o processo tecnológico está fortemente ligado à atividade da empresa. Desse ponto de vista, todas as alterações que permitam transportar maior quantidade de carga para a mesma volumetria são suscetíveis de ser implementadas no processo de conceção e fabrico. Igualmente, a segurança no manuseamento dos equipamentos é atualmente um fator em evidência e que a marca faz questão de cumprir. Acreditamos que o transporte dos equipamentos de energia é uma área em crescimento, veja-se o exemplo das subestações móveis. Por fim, e num futuro mais longínquo, os equipamentos automatizados e sem condutor deverão ocupar o seu espaço no mercado.”



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EMPRESA A EMPRESA

KEYTRAILER

Marcas e produtos vendidos A Keytrailer, Lda. é representante dos semi-reboques Krone para Portugal. Vendemos lonas, frigoríficos, caixas fechadas e porta contentores. Unidades vendidas em 2016 Vendemos perto de 500 unidades. Parque circulante da marca (estimado) É difícil dizer, mas entre a importação de usados e venda de novos, podemos estimar que o parque circulante anda perto das 5000 unidades. Unidades vendidas em 2017 (expectativa) Como em qualquer empresa, trabalhamos todos dias para vender quanto mais melhor, garantindo sempre, contudo, que a empresa terá capacidade de resposta em termos de níveis de satisfação cliente Últimos lançamentos da marca Um porta-contentor extensível. Mix de vendas Vendemos principalmente lonas, embora os nossos frigoríficos, ano após ano, tenham vindo a afirmar-se no mercado Como se diferencia a marca no mercado A qualidade. Esta verifica-se na robustez do chassis e do carroçamento. O método construtivo privilegia ligações soldadas, portas traseiras e painel em aço, o que por vezes pode não parecer relevante mas, passados uns anos, essas mais valias vêm irremediavelmente ao de cima. Os dispositivos de amarração de carga também são uma mais valia do reboque, assim como a fiabilidade do teto de elevar. Isto tudo, como referido acima, sem prejuízo da tara do veículo que é das melhores do mercado. Se soubermos integrar que o custo de veículo é constituído por valor de compra, custo operacional e valor de revenda, o nosso produto é definitivamente muito competitivo.

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SCHMITZ CARGOBULL

Marcas e produtos vendidos Na área dos semirreboques a Schmitz está focada na área dos frigoríficos, furgões para transporte de cargas que necessitam de segurança adicional, e os semirreboques de lonas nas suas diversas versões Unidades vendidas em 2016 2016 foi um ano muito positivo para a Schmitz Cargobull Portugal, sendo que vendemos +/- 900 reboques e matriculamos +/- 950. Os números são impressionantes e falam por si. Veículos da marca importados usados em 2016 para o país Em 2016 foram importados +/- 300 reboques da nossa marca, que nos leva a observar um boa oportunidade de negócio no setor Após-Venda e Peças Originais. Parque circulante da marca (estimado) Tendo em conta o número de matrículas de semirreboques novos da Schmitz Cargobull em Portugal e mais usados importados da nossa marca, e os inevitáveis abates por acidentes e perca total, estamos em crer que deveram estar a circular entre 8000 a 9000 mil unidades Unidades vendidas em 2017 (expectativa) Acima de tudo esperamos estar em linha com a cota de mercado tradicionalmente da Schmitz Cargobull em Portugal, que se será 30 a 35% do mercado total dos semirreboques. Últimos lançamentos da marca O semirreboque mais recente que lançamos foi em 2016, uma inovação nos nossos frigoríficos que garante um coeficiente de isolamento k=0.33 W/m²K, provavelmente um dos melhores, senão mesmo o melhor do mercado nesta configuração, possibilitando economia de combustível aquando do transporte de carga com temperatura controlada.

Mix de vendas O mercado em Portugal é maioritariamente Lonas, sendo que este representa 60 a 70% do mercado total, e o mercado de frigoríficos representa aproximadamente 30 a 40%. Como se diferencia a marca no mercado A Schmitz Cargobull tem diversos pontos diferenciadores, sendo que é notório que o facto de ter um serviço completo nos torna autónomos e estabelece ligações de proximidade com os nossos clientes ao longo da vida útil do semirreboque. Conseguimos oferecer desde o Financiamento através da Cargobull Finance, o sistema de telemática via Cargobull Telematics, a venda de Usados pela Cargobull Trailer Store, às peças de Reposição Originais mais serviços de Após-Venda com Full Service pelo Cargobull Parts and Services. Todos estes serviços de valor acrescentado VAS (Value add Services), foram desenvolvidos pelo grupo e encontram-se disponíveis para oferta em toda a Europa através da sua rede comercial e/ou Parceiros de Serviço. O processo de desenvolvimento e consolidação no mercado dos diversos serviços de valor acrescentado tem mais de 20 anos e é absolutamente inédito no setor.

RETA

Marcas e produtos vendidos A nível de novos somos representantes da LeciTrailer, mas a nível de usados vendemos Schmitz, Krone, Coder, Kogel, Samro, Fruehauf, entre outras. A Reta vende essencialmente Lonas (Teto fixo, Teto de Elevar e Megas), Frigoríficos mono e bitemperatura, Caixas Fechadas, mas também outras tipologias como os city trailer e porta-contentores, por exemplo. Unidades vendidas em 2016 As vendas da Reta, entre novos e usados fa-


lamos de cerca de 400 viaturas. Se analisarmos as vendas da marca marca Lecitrailer, de forma independente, onde incluímos reforço de frota própria e vendas intermediadas pela sede, as vendas são superiores. As vendas globais da marca Lecitrailer em Portugal rondaram as 370 unidades. Parque circulante da marca (estimado) Entre Lecitrailer e Leciberica (marca detida pela Lecitrailer e vendida pela Reta entre 2003 e 2013), estimamos cerca de 5000 viaturas. Unidades vendidas em 2017 (expectativa) Em 2017 esperamos um crescimento na ordem dos 10%. Últimos lançamentos da marca Recentemente a marca Lecitrailer lançou a sua linha de semirreboques com chassi galvanizado. É uma novidade transversal a todas as tipologias de semirreboques da marca. Mix de vendas Os semirreboques de lonas são sem surpresa os mais vendidos e a Reta não é excepção. Atualmente na Reta as lonas representam cerca de 60% das vendas, mas as vendas de frigoríficos têm também aumentado tendo cerca de 30% de quota. Os restantes 10% estão dispersos por caixas fechadas, city-trailers e outras tipologias. Como se diferencia a marca no mercado No mercado nacional a Reta destaca-se pelo seu conceito One Stop Shop, somos um stand, somos uma loja de peças, somos uma oficina e somos um rent-a-truck. Tudo num só local. Temos 25 anos de experiência e uma oferta global e diversificada para os nossos clientes.

GALUCHO

Marcas e produtos vendidos A GALUCHO assume-se no mercado com

marca própria. Todos os equipamentos que comercializa são concebidos, fabricados e testados pela própria empresa. Esta mais valia confere-lhe vantagens sob o ponto de vista da engenharia e qualidade da produção. A sua gama de semirreboques para a área dos Equipamentos de Transportes vai ao encontro das necessidades do mercado, ou seja, coloca-se do lado da solução para as diferentes áreas de atividade, como a Construção e Obras Públicas, Mineira, Florestas, entre outras. Concretamente, a sua gama engloba: semirreboques basculantes de dois e três eixos, porta máquinas de 3 e 4 eixos, porta contentores fixos e extensíveis, porta madeira e derivados, plataformas de carga geral e cisternas. A empresa detém ainda uma forte presença no mercado agrícola, no qual comercializa vários tipos de semirreboques específicos para esta área de atividade. A maior fatia das vendas pertence aos semirreboques basculantes e às plataformas de carga geral. Semirreboques basculantes de dois e três eixos, porta máquinas de 3 e 4 eixos, porta contentores fixos e extensíveis, porta madeira e derivados, plataformas de carga geral e cisternas. A empresa detém ainda uma forte presença no mercado agrícola, no qual comercializa vários tipos de semirreboques específicos para esta área de atividade. Unidades vendidas em 2016 A empresa registou um aumento no volume de vendas significativo, superior aos 30%. Parque circulante da marca (estimado) Dados não disponíveis Unidades vendidas em 2017 (expectativa) O objetivo está traçado em crescer 60% em relação ao ano anterior e ultrapassar a fasquia dos cinco milhões de euros de faturação Últimos lançamentos da marca Os semirreboques mais recentes enqua-

dram-se no setor Mineiro e Florestal. Ambas são áreas em que o volume de vendas projetado aumentou significativamente, com uma forte preponderância dentro do mercado espanhol. Identicamente, a empresa está constantemente a desenvolver soluções eficientes para os produtos de carga mais tradicionais. Como se diferencia no mercado A GALUCHO rege-se por uma cadeia de valor que protege sempre o cliente. O processo d iv ide-se em desenvolv i mento, fa brico, entrega e acompanhamento pós-venda. Ao longo dos anos, a marca GALUCHO adquiriu um posicionamento de mercado associado à eficiência das suas soluções, daí o slogan “GALUCHO, Soluções Eficientes”. A essência da empresa assenta em três pilares: uma forte capacidade de engenharia, uma forte capacidade de fabrico e uma forte qualificação das equipas de trabalho. Esta conjetura confere-lhe uma flexibilidade de ação e uma exatidão de processos que impacta positivamente todas as soluções de produto comercializadas. O objetivo é simples: Satisfação do Cliente.

FEVEREIRO / MARÇO 2017

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DOSSIER SEMIRREBOQUES

COMO SE ORGANIZA O PÓS-VENDA SCHMITZ CARGOBULL

Oficina própria? Uma oficina própria na sede em Rio Maior. Pontos de assistência no país (próprios e agentes/parceiros)? 9 Parceiros de Serviço estrategicamente localizados nas áreas de maior concentração de empresas de transportes e junto às vias maior fluxo de tráfego. Novidades na rede em 2017? A nossa rede de Pa rcei ros de Ser v iço é suficiente, no entanto estamos sempre disponíveis para analisar novas soluções que se enquadrem e tragam mais valia para os nossos clientes. Principias argumentos no pós-venda? A nossa rede de Assistência e Após-venda tem formações constantes de forma a atualizar os conhecimentos de sistemas/equipamentos em utilização ou de novos sistemas/ equipamentos introduzidos nos veículos. A mesma encontra-se geograficamente localizada de forma a ir ao encontro do pretendido pelos nossos clientes. A rede de parceiros da Schmitz Cargobull dispõe da plataforma EPOS (Electronic Parts Online System), onde podem verificar todas as referências de peças bem como a encomendar as mesmas de forma muito simples, apenas com o numero de chassi do semirreboque. Quanto vale o pós-venda vs. venda de veículos? Em média o negócio de Após-Venda corresponde a cerca de 10 a 15%, sendo que é um potencial de negócio que estamos constantemente atentos. As mutações do mercado levam a que a nossa mentalidade altere e se adapte ao mercado Gama de peças próprias? Há cerca de 20 anos a Schmitz Cargobull começou a caminhar no sentido das Peças Originais, que será um dos serviços de valor acrescentado em que estamos a apostar. A Schmitz Cargobull é dos poucos construtores onde a maioria dos componentes é de desenvolvimento próprio, desde a engenharia até à produção. Vendem peças diretamente à revenda/frotistas/oficinas independentes? A Schmitz Cargobull Portugal vende as Peças Originais diretamente ao cliente, independentemente se é para revenda, trotista ou oficinas. Operações mais comuns na reparação de semirreboques? Não existem operações mais comuns, sendo que a nossa oficina em Rio Maior está apta do

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ponto de vista de recursos, sejam humanos, sejam técnicos, para responder a todas as solicitações dos nossos clientes, em qualquer marca de semirreboque para além da nossa, seja na área da mecânica, carroçaria, carroçaria frigorifico, e refrigeração. A área da reparação/manutenção de grupos de frio, independentemente da marca, tem sido uma aposta cada vez mais forte onde se destaca a qualidade e rapidez do serviço a valores efetivamente bastante competitivos face ao mercado instalado.

RETA

Oficina própria? A Reta tem 3 oficinas multimarca e multi-secção. No Carregado, junto aos maiores operadores logísticos, e duas na zona norte, uma em Vila Nova de Gaia e uma oficina de apoio na zona de Perafita. Pontos de assistência no país (próprios e agentes/parceiros)? Em Portugal os pontos de assistência/pós-venda são as 3 oficinas próprias. Novidades na rede em 2017? Em 2017 não está prev ista expa nsão da rede. Haverá sim, consolidação da renovada oficina de Vila nova de Gaia e aumento dos serviços disponibilizados nas atuais oficinas. Principias argumentos no pós-venda? A Reta tem um conceito único na Europa, é uma oficina multimarca, multiserviço, com venda de peças, aluguer e venda de viaturas novas e usadas. Ou seja, num único sitio podem ser feitos todos os serviços associados a manutenção e reparação, desde a Colisão, Pintura, Mecânica, Frio, Fibra, ente outros. O cliente pode ainda programar a sua reparação e alugar um equipamento (semirreboque ou trator) de forma a manter a cadência de serviço no seu cliente. A Reta dispõe ainda de vários serviços de manutenção a preço certo que permite o controlo dos custos. Quanto vale o pós-venda vs. venda de veículos? O peso do pós-venda da marca Lecitrailer no segmento de negócio de oficinas, estima-se que ronde os 20 a 25%. Gama de peças próprias? A Reta, como membro da rede URVI, comercializa em Portugal a marca de peças para viatura e equipamentos de transporte da marca TruckLine by Urvi, a título exclusivo. A Reta dispõe ainda de um leque diversificado de peças para todo o tipo de equipamentos e viaturas pesadas assim como de grupos de

frio, dos principais fabricantes de Aftermarket, tendo ainda parcerias com as marcas de pesados para as peças de origem. Vendem peças diretamente à revenda/frotistas/oficinas independentes? Sim, a Reta tem um leque alargado de ofici nas e de frotistas com quem tra ba l ha em parceria, tendo diariamente 5 viaturas distribuídas pelos centros para a entrega de peças, quer para viaturas pesadas quer para equipamento, tendo ainda soluções para comerciais de mercadorias. Operações mais comuns na reparação de semirreboques? Uma das operações mais comuns nos semi-reboques, são os recondicionamentos, outra das reparações mais comuns são as trocas de pastilhas e discos. No caso dos frigoríficos é a manutenção dos grupos de frio e as reparações de fibra.

KEYTRAILER

Oficina própria? Temos, na Batalha, junto ao IC2. Pontos de assistência no país (próprios e agentes/parceiros)? Temos parceiros a que recorremos quando solicitados pelos clientes. Novidades na rede em 2017? Não. Principias argumentos no pós-venda? A assistência e pós-venda são pa ra nós fundamentais. Temos, por isso, um stock importante de peças, contudo, tendo em vista a quantidade de variantes e versões existentes não é realista pensar que teremos todo o tipo de peças disponíveis no nosso armazém em Portugal. Por outro lado, a Krone realizou nestes últimos anos investimentos avultados para poder responder com prontidão às necessidades dos clientes, constituindo nomeadamente, uma rede de assistência, por toda a Europa. Rede essa que pode ser facilmente consultada no ‘’site’’ da Krone. Quanto vale o pós-venda vs. venda de veículos? Face ao valor da unidade de venda do veículo novo, o ratio faturação pós-venda/ faturação total será sempre bastante baixo. Gama de peças próprias? Sim, temos peças próprias, incluindo eixos próprios fabricados pela Krone. Vendem peças diretamente à revenda/frotistas/oficinas independentes? Fazemos venda de peças para transportadores e oficinas independentes, sendo que


GALUCHO REFORÇA EXPORTAÇÃO

aqui as diferenças diluem-se, pois, muitos frotistas têm oficinas próprias. Operações mais comuns na reparação de semirreboques? Além das reparações oriundas das colisões, a manutenção do semirreboque incide, como é evidente, mais ao nível dos eixos.

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GALUCHO A GALUCHO tem os seus programas de pós-venda e de garantias. Esta componente é parte integrante da sua cadeia de valor que separa o pós-venda em prestação de apoio técnico e o serviço aftermarket. Este último engloba serviços de reparação e até alteração dos próprios equipamentos.

O mercado internacional é bastante relevante para a área dos Equipamentos de Transportes da Galucho, representando cerca 60% da faturação. A curto prazo, espera-se que passe para 80%. Do ponto de vista comercial, o leque de países mais relevantes são: Suíça, Luxemburgo, Espanha e França. A empresa tem também alguns projetos a decorrer na Suécia, Bélgica e Holanda. Em África, o comércio faz-se maioritariamente com Marrocos, Argélia e Sudão. São de realçar as parcerias que a empresa detém com as grandes marcas de camiões europeias, às quais a Galucho fornece diferentes tipos de semirreboques com destino a múltiplos países.


DOSSIER SEMIRREBOQUES

COMO FAZER UMA CORRETA MANUTENÇÃO PREVENTIVA DOS SEMIRREBOQUES? RETA O semirreboque tem sofrido nos últimos 10 anos grandes alterações tecnológicas e de concepção. Passou-se de um equipamento que se pode dizer uma caixa e três eixos, para equipamentos com sistemas de anti-capotamento, de apoio a descarga, com os sensores de aproximação, entre outros. Esta mudança nos equipamentos fez com que manutenção se tornasse um fator importante para a segurança e durabilidade do equipamento. A Reta aconselha a que os equipamentos passem pelo menos uma vez de 6 em 6 meses pela oficina, de forma a verificar o estado dos principais pontos de desgaste, travões, pneus, soalhos etc. No caso específico de frigoríficos a revisão deve ser feita de 1500 horas em 1500 horas ou de 6 em 6 meses, sendo que é imprescindível uma verificação antes das renovações de ATP.

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Outro conselho muito importante nos frigoríficos é verificar sempre as condições do soalho e caixa de frio, de forma a evitar infiltrações de água e com isso estas zonas se danifiquem irremediavelmente.

CONTACTOS

SCHMITZ CARGOBULL

Galucho 21 960 85 00 info@galucho.pt http://www.galucho.com/

É aconselhável que os nossos clientes respeitem o programa de manutenção dos semirreboques que é informado aquando da entrega do veículo, e está presente no manual de instruções fornecido.

Keytrailer/Krone 244 482 619 comercial@keytrailer.pt http://www.keytrailer.pt/

KEYTRAILER Verificar com alguma frequência o estado das pastilhas e dos discos. Passados uns anos verificar, mudar ou lubrificar os rolamentos. Em termos de carroçaria, fazer uma coisa tão simples como colocar 2 cintas à traseira, para aumentar a resistência à torção do veículo em andamento.

Reta/Lecitrailer 263 858 942 http://www.reta.pt/ Schmitz Cargobull 243 999 530 info.portugal@cargobull.com www.cargobull.com/pt



ESPECIAL TACÓGRAFOS

Cada vez mais inteligentes

Os tacógrafos continuam a evoluir e apesar de já existirem, os tacógrafos digitais vão ganhar novas capacidades em junho de 2019. A formação será cada vez mais crucial neste negócio e o cérebro dos camiões vai permitir cada vez mais funções e minimizar ao máximo as más práticas. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

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P

rocurámos ter várias visões no que diz respeito aos tacógrafos. Neste caso, temos duas empresas que comercializam as duas principais marcas - Krautli (VDO) e Lusilectra (Stoneridge) -, mas também uma empresa independente que comercializa e repara tacógrafos e acessórios de todas as marcas (Tempanálise) e outra que analisa e forma o comportamento do motoristas relativamente aos tacógrafos (Rosete). Visões diferentes mas uma certeza comum: os tacógrafos estão a mudar, há muita formação e investimento a fazer mas, no final, o setor será mais transparente. NOVIDADES LEGISLATIVAS MAIS RECENTES EQUIPAMENTOS O Regulamento Europeu (EU) nº165/2014 veio revogar completamente a “bíblia” legislativa sobre os tacógrafos que vigorava desde 1985 tendo sido atualizado até à publicação do novo regulamento indicado. Este novo regulamento europeu juntamente com o anexo 1.C são a base legislativa dos tacógrafos com indicações sobre várias necessidades até 2029. NOVIDADES LEGISLATIVAS MAIS RECENTES - MOTORISTAS O decreto-lei 237/2007 prevê os tempos de trabalho para os trabalhadores móveis. As regras das 6 horas de trabalho consecutivo, das 10 horas do trabalho noturno e as 60 horas do trabalho semanal são agora alvo de uma maior fiscalização por parte das autoridades. O QUE AÍ VEM? Os tacógrafos são essenciais e um elemento-chave no setor dos transportes a nível europeu. São muitas as regras e as novidades estão constantemente a surgir. António Costa, da Krautli, empresa que distribui em Portugal a VDO, líder de mercado neste setor, explica que “algumas regras mais simples já foram aplicadas, no en-

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tanto a grande alteração para transportadores, instaladores, utilizadores e autoridades será efetuada em Março de 2019. A alteração tecnológica dos tacógrafos digitais será muito significativa, obrigando a todos os intervenientes indicados a formação específica para compreender a sua utilização e terem conhecimento adequado de como utilizar o mesmo.” Para João Baptista, da Lusilectra, que distribui em Portugal a Stoneridge, “estas novas regras têm como objetivo aumentar a segurança do sistema, eliminando a fraude e manipulação do tacógrafo, reduzir os encargos administrativos que se espera que economize às empresas 515 milhões de euros por ano e melhore a eficiência do controlo do sistema”. Muito se tem falado dos tacógrafos inteligentes, mas, “na realidade, já chegaram. Desde a versão R2.0 lançada em 2012 que os tacógrafos da VDO permitem vários tipos de utilização, vulgo ITS, desde a leitura do 2º sinal, a comunicação com Bluetooth com smartphones para uma melhor integração de novos motoristas, utilização de aplicações especificas da VDO gratuitas como por exemplo o Truck YA que permite a verificação

Ainda há muito desconhecimento sobre as reais potencialidades do tacógrafo e ainda se vive muito de interpretações erradas da lei

de onde é possível parquear o veículo pesado, muito útil para o transporte internacional entre outras. Estas novas versões, em conjunto com softwares próprios, já permitem efetuar uma gestão da frota, verificando vários parâmetros. A versão mais elaborada com comunicação integrada será lançada em 2019”, explica António Costa, da Krautli. Isso mesmo confirma Carlos Rosete, explicando que os tacógrafos inteligentes já chegaram faltando apenas “ativar o modo de envio dos dados por satélite.” INOVAÇÕES E o que trazem esses novos tacógrafos? “Serão cada vez mais uma ferramenta indispensável para o controlo dos tempos de trabalho dos motoristas bem como um instrumento que ajudará muito na prevenção e segurança rodoviária”, explica Vasco Romão, da Tempanálise. O responsável acrescenta que “o referido regulamento trará, de facto, novas regras, algumas já em vigor e outras a entrar em vigor em breve, nomeadamente a introdução dos novos Tacógrafos Digitais ligados a um sistema global de navegação por satélite. Por sua vez, o sistema GPS guardará e comunicará as posições dos veículos, permitindo saber às autoridades os percursos realizados pelas viaturas.” Para Carlos Rosete “os tacógrafos estão a mudar a forma como se gere uma empresa de transportes. Os tacógrafos estão a obrigar à profissionalização e ao planeamento. Hoje os tacógrafos definem o bom gestor de tráfego porque cada vez mais as regras têm de ser cumpridas e a fiscalização educa. Assim, só sobra espaço para os melhores que se começaram a preparar há dois anos a esta parte. Daqui a dois anos só vão estar a trabalhar as empresas profissionais que olham para os motoristas e para os tacógrafos como uma oportunidade de crescimento no mercado através de uma boa capacidade de logística e de planeamento”. Ainda assim, acrescenta o formador certificado de tacógra-


ESPECIAL TACÓGRAFOS

fos, “o grande desafio não são as novas regras, até porque de novas não tem nada. O desafio é o planeamento dentro das amplitudes das 13h, 15h e 21 horas.” Por tudo isto, António Costa não tem dúvidas de que “os tacógrafos serão cada vez mais tecnológicos, mais intuitivos e mais inteligentes e, de facto, a comunicação integrada que os tacógrafos irão permitir é uma grande inovação.” Ainda assim, acrescenta, “ainda é muito prematuro ter noção com dados concretos sobre tudo o que permitirão fazer.” Para João Baptista, da Lusilectra, as grandes inovações passarão por “acrescentar um sinal GNSS (satélite), comunicação sem fios e um Interface com as ITS (Intelligent Transport Systems). O sinal GNSS (satélite) vai permitir ao tacógrafo registar, no mínimo, o ponto inicial e final de uma viagem. A comunicação sem fios vai permitir às autoridades fazer verificações remotamente na estrada sem ter de parar as viaturas, através do interface com as aplicações ITS (Intelligent Transport Systems) para poderem utilizar os dados do tacógrafo a fim de serem analisados.” Carlos Rosete olha para a inovação mais pelo lado da sua especialidade: o comportamento dos motoristas: “Para mim os novos carros já têm muita informação para a gestão diária do motorista. A grande inovação passa pelo planeamento dos serviços a 2 dias no mínimo. Saber antecipadamente as disponibilidades dos recursos humanos e físicos permite otimizar as

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PÓS-VENDA PESADOS

Um dos objetivos dos tacógrafos digitais é acabar ou, pelo menos, atenuar as más práticas que todos conhecem relacionadas com os tacógrafos.

amplitudes diárias e semanais. O segredo está no planear, só que isso dá trabalho e não é para todos os gestores de tráfego.” Vasco Romão explica que os tacógrafos “serão cada vez mais uma ferramenta indispensável para o controlo dos tempos de trabalho dos motoristas bem como um instrumento que ajudará muito na prevenção e segurança rodoviária” e, para o responsável da Tempanálise, as grandes inovações passam pelo “sistema global de navegação por satélite integrado que será certamente a grande inovação e a garantia da fiabilidade dos dados produzidos pelos tacógrafos, reduzindo assim a manipulação dos aparelhos

e os dados forjados”. Tudo isto se vai conseguir através da “obtenção das coordenadas GPS dos veículos sempre que iniciam uma jornada de trabalho, de 3 em 3 horas, e ainda no final de cada jornada, podendo controlar o seu posicionamento e verificar eventuais tentativas de manipulação”, sublinha. ACABAR COM MÁS PRÁTICAS Um dos objetivos de todas estas legislações e inovações técnicas é acabar ou, pelo menos, atenuar as más práticas que todos conhecem relacionadas com os tacógrafos. E estas alterações que têm acontecido vão obrigar cada vez mais a mais e melhor formação, tanto do lado dos motoristas como também das autoridades que fiscalizam a atividade. “O ideal seria que as manipulações fossem eliminadas. Temos de ter a consciência que as ferramentas tecnológicas com muita eletrónica têm de estar muito bem protegidas contra a manipulação. Os instaladores terão de estar munidos de ferramentas apropriadas para a verificação das mesmas e as autoridades têm de ter conhecimentos para verificar se o veículo não foi manipulado, bem como se os instaladores estão a efetuar todo os processos necessários a uma correcta verificação periódica”, sublinha António Costa. João Baptista acrescenta que “estas inovações técnicas permitirão um maior controlo e rigor a todos os intervenientes no sistema, desde os


motoristas às autoridades.” Para Carlos Rosete estas novas regras vão acabar com as “manipulações”. Isto porque, “com os novos tacógrafos, as tentativas de manipulações terminaram. Assim os dias passam mesmo a ter só 24 horas, ironiza: uma parte para estar ao serviço da empresa e outra para descansar.” Para a Tempanálise, “certamente que com o controlo da localização da viatura e consequentemente do seu motorista, as tentativas de circular com o tacógrafo desligado ou manipulado serão infrutíferas. A concorrência será mais regulada uma vez que deixará de haver a tentativa de pagar ao Km para entregas mais rápidas em menor intervalo de tempo (todos terão o mesmo tempo e a obrigação de cumprir os tempos de trabalho estipulados por lei).” Tecnicamente tudo isto representa alterações também para os profissionais que trabalham com tacógrafos diariamente. “Essencialmente estamos a falar de mais tecnologia, mas é prematuro dar uma resposta concreta sobre o que irá mudar para os instaladores em 2019. Posso afirmar que o equipamento comercializado pela PUBLICIDADE

VDO para os instaladores já está preparado com as devidas atualizações trabalhar com os tacógrafos em 2019.” A Lusilectra acrescenta que “os centros de calibração terão que estar sempre atualizados em termos de formação e ferramentas”, o que será um desafio e servirá também para que o mercado faça uma escolha natural dos players que estão de forma profissional neste setor. Para Carlos Rosete, “com o aumento da fiscalização dos tempos de trabalho as comutações bem feitas são fundamentais. É muito importante o motorista dominar as técnicas de comutação e saber controlar muito bem a diferença entre amplitude e trabalho.” Vasco Romão acrescenta que “em termos técnicos, ainda não existe formação específica dispensada pelos construtores de tacógrafos vocacionada para o novo Tacógrafo Digital, pelo que pequenas alterações de carácter técnico poderão surgir. Contudo, o procedimento de verificação e calibração base já se encontra implementado uma vez que os princípios de funcionamento serão os mesmos.”


ESPECIAL TACÓGRAFOS

PRINCIPAIS ERROS COMETIDOS NOS TACÓGRAFOS erro passa por os empresários dos transportes pensarem que os motoristas, por terem um certificado de formação, já sabem tudo. Grande mentira: o motorista andou anos a trabalhar sem formação e criou comportamentos assentes em teorias de café. Quando surgem multas mandam os motoristas para formação com o descargo de consciência que vai transformar comportamentos de anos em horas. É um erro. Hoje quem gere e acompanha os seus motoristas todos os dias está a ganhar competitividade."

KRAUTLI "Falta de boa formação base dos vários intervenientes. Isso é percetivel na utilização incorreta do tacógrafo e no desconhecimento das suas potencialidades. Displicência na utilização do tacógrafo. O tacógrafo, sendo um equipamento verificado metrologicamente, é um equipamento de precisão que indica todos os tempos de atividade e distâncias percorridas. Se utilizado devidamente e aproveitando todas as suas potencialidades, novas formas de funcionamento e as várias aplicações disponíveis pela VDO é muito mais fácil e intuitivo de utilizar."

LUSILECTRA "Além da fraude e manipulação do tacógrafo, as autoridades de controlo na estrada e nos centros de inspeção não controlam devidamente, continuando a existir no mercado falta de formação e informação sobre o uso e controlo do tacógrafo."

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TEMPANÁLISE "Os principais erros são, sem dúvida, a falta de investimento em formação, quer por parte das autoridades, quer por parte dos motoristas, levando muitas vezes à interpretação errada da lei e a coimas que, quando devidamente defendidas, os processos acabam por ser arquivados levando a elevados custos, quer para as empresas de transportes, quer para o Estado que acaba por não receber qualquer valor do produto dessas coimas."

ROSETE "Os principais erros são os motoristas não saberem que um dia tem 24 horas. A verdade é que a maioria dos motoristas de cartão esqueceu-se que os descansos diários são dentro das 24 horas.Isto quer dizer que pode descansar por exemplo 23h59 minutos e contar apenas como um repouso diário reduzido de 9 horas. O outro maior erro é pensar que o tacógrafo é automático e faz tudo sozinho. O tacógrafo faz apenas uma sugestão de comutação e é o motorista que tem de validar a informação. Por fim, o terceiro maior


REDES DE TACÓGRAFOS LUSILECTRA/STONERIDGE Como se está a adaptar a vossa rede ao que será o futuro dos tacógrafos? Temos estado a trabalhar afincadamente com os nossos agentes, tendo até este momento assegurado uma rede de assistência eficaz no Continente, com as últimas atualizações em termos de formação e equipamento. Quantos aderentes tem a rede e qual o balanço de 2016 e perspetivas para 2017? A rede está sempre a evoluir e as perspetivas são para crescer mais em 2017. Temos vindo a reclassificar os agentes com equipamento inferior PUBLICIDADE

com a aquisição da nossa ferramenta de calibração, o OPTIMO e respetiva formação atualizada sobre o tacógrafo/legislação/equipamentos de calibração. Neste momento a Lusilectra tem 48 agentes, 25 dos quais são premium, sem contar com os concessionários de marca. KRAUTLI/VDO Como se está a adaptar a vossa rede ao que será o futuro dos tacógrafos? Neste momento muitos dos instaladores de tacógrafos da Rede de Serviços Oficiais VDO, já começaram a utilizar o novo equipamento de programação e verificação, na instalação e verificação dos mesmos, na instalação do novo equipamento efetuamos sempre uma formação hands-on-job de forma a que todos os equipamentos fornecidos não sejam desconhecidos

pelos seus utilizadores, esta situação obviamente tem custos que nos orgulhamos de suportar para ter uma rede com a formação adequada e com as novas competências necessárias para todas as suas necessidades. Quantos aderentes tem a rede e qual o balanço de 2016 e perspetivas para 2017? A rede de Serviços Oficiais VDO terminou 2016 com 44 aderentes. Tem sido um processo efetuado de forma ponderada e sustentada tal como indicado quando iniciamos a rede em 2014, progressivamente o número de aderentes tem aumentado, no entanto presumo que em 2017 terminaremos o ano com o número ideal de aderentes para a nossa área geográfica e parque circulante, 50 aderentes do Serviços Oficias da Rede VDO como instaladores de Tacógrafos.


ESPECIAL TACÓGRAFOS

CONTACTOS

FORMAÇÃO, FORMAÇÃO, FORMAÇÃO Todas estas alterações e o conhecimento que é necessário (que vai aumentar) para trabalhar os tacógrafos, seja na sua comercialização, instalação, reparação ou análise, vão obrigar a muita formação e a uma especialização cada vez maior. TEMPANÁLISE Vasco Romão: “Os procedimentos de licenciamento e qualificação de instaladores são cada vez mais rigorosos tal como as auditorias aos instaladores de tacógrafos. Os investimentos em equipamento permanentemente actualizado e as condições exigidas correspondem igualmente a custos elevados. Será necessária cada vez mais formação e haverá uma enorme tendência para que o técnico instalador de tacógrafo não o seja meramente sem dispor de formação técnica prática e teórica sólida. É importante referir que o Regulamento 165/2014 prevê auditorias surpresa aos instaladores de tacógrafos, uma vez que é de extrema importância o garante da fiabilidade da informação, o despiste de eventuais manipulações e forjar de dados e ainda a conivência com acções que poderão prejudicar a segurança rodoviária, as condições de trabalho

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e a concorrência desleal. Por todas as razões apontadas, a formação, seriedade e capacidade técnica serão postas à prova a qualquer momento aos técnicos e empresas qualificadas como Centros de Ensaio de Tacógrafos.” ROSETE Carlos Rosete: “Para mim, a chegada dos novos tacógrafos vai distinguir o formador com conhecimento prático do formador com conhecimento teórico. Hoje não é importante a teoria, mas sim a compreensão dos motoristas de pequenos pormenores que no dia a dia fazem toda a diferença e aumentam a rentabilidade das empresas. Por outro lado, a empresa deve dispor de um sistema de controlo externo permanente dos dados tacográficos. Só assim se consegue alterar comportamentos dos motoristas. Com sistemas de integração de informação é possível prever cenários e otimizar recursos. Com falta de bons motoristas e com prazos cada vez mais apertados de entrega devido a redução de stock, o planeamento assume cada vez mais um fator de diferenciação. Mas para se planear é necessária informação variada e comunicação assertiva entre os gestores de tráfego e os motoristas. Uma das regras que falo sempre é: tratar os outros como eles gostam de ser tratados. A comunicação do gestor com o motorista é fundamental. Para isso o nível de conhecimento técnico dos tacógrafos tem de ser igual."

Krautli/VDO António Costa 21 953 56 00 contact@krautli.pt www.krautli.pt Lusilectra/Stoneridge João Baptista 226 198 750 comercial.stoneridge@lusilectra.pt www.lusilectra.pt Tempanálise Vasco Romão 933 779 063 vasco.romao@tempanalise.pt www.tempanalise.pt Rosete Carlos Rosete 244 837 760 info@rosete.pt www.rosete.pt



TÉCNICA DICAS MECATRÓNICAONLINE

Dados técnicos by Mecatronicaonline Informação técnica sobre veículos pesados e comerciais VOLVO TRUCKS FE IIIFE 320-18 (D8K320) 2013 - ...

Motor (especificações) Motor: VOLVO, (D8K), (EURO 6) Ordem de ignição 1 - 4 - 2 - 6 - 3 - 5 Folga da válvula Frio Admissão 0.45 (mm) Escape 0.55 (mm) Velocidade de ralenti 550 (rpm) Bomba de baixa pressão: Pressão 3 - 5 (bar) Pressão máxima do carril(Motor parou) 40 (bar) Sistema de arrefecimento Motor: VOLVO, (D8K), (EURO 6) Temperatura de abertura do termostato 85 ± 2 (°C) Termostato totalmente aberto 100 (°C) Capacidades Motor: VOLVO, (D8K), (EURO 6) Cárter do motor, incluindo filtro 24 (l) Sistema de arrefecimento 32 (l) Localização do tampão Sistema de arrefecimento(Com transmissão automática) 46 (l) Transmissão: ZF, (Transmissão manual), (ZTO1006) Transmissão manual Reabastecimento da caixa de velocidades 9.0 (l) Eixo: VOLVO, Eixo traseiro, (RSS1344C) Diferencial 12.5 (l) Eixo: VOLVO, Eixo traseiro, (RSH1370F) Diferencial(Suspensão pneumática) 23.0 (l) Diferencial(Suspensão de mola de lâminas) 24.0 (l) Transmissão: ZF, (Transmissão manual), (ZTO1109) Transmissão manual Reabastecimento da caixa de velocidades 8.5 (l) Transmissão: VOLVO, (Transmissão semiautomática), (AT2412E) Transmissão semi-automática Reabastecimento da caixa de velocidades 16.0 (l) Retardador(Com refrigerador de óleo) 5.4 (l) Retardador(Substituição do retardador seco e/ou do radiador) 6.1 (l) Transmissão: ALLISON, (Transmissão automática), (AL306) Transmissão automática 18.0 (l) Ar condicionado Refrigerante 1225 - 1275 (g) Óleo do compressor do ar condicionado 175 (ml) Transmissão Transmissão: ZF, (Transmissão manual), (ZTO1109) Folga do rolamento axial no eixo intermediário da caixa de velocidades 0 - 0.1 (mm) Folga do rolamento axial no eixo de entrada da caixa

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de velocidades 0 - 0.1 (mm) Folga do rolamento axial no eixo principal da caixa de velocidades 0 - 0.1 (mm) Folga do rolamento axial no eixo de saída da caixa de velocidades 0 - 0.1 (mm) Transmissão: VOLVO, (Transmissão semiautomática), (AT2412E) Folga do rolamento axial no eixo intermediário da caixa de velocidades 0.1 - 0.18 (mm) Folga do rolamento axial no eixo principal da caixa de velocidades 0.1 - 0.18 (mm) Folga entre engrenagens(Valor máximo) 0.4 (mm) Respiro da caixa de velocidades(Aperte à mão, no mínimo 2 voltas, em seguida mais 45°) Ajustes de binário Motor: VOLVO, (D8K), (EURO 6) Nota: Substitua sempre os parafusos extensíveis e as porcas de auto-bloqueio Cabeça do motor

Estágio 1(Pernos 1 - 26) 100 (Nm) Estágio 2(Pernos B1 - B6) 29.5 (Nm) Estágio 3(Pernos 1 - 26) 90 (°) Estágio 4(Pernos 1 - 26) 90 (°) Estágio 5(Pernos 3, 6, 11, 14, 19, 22) 45 (°) Estágio 6(Pernos B1 - B6) 29.5 (Nm) Estágio 7(Perno A) 60 (Nm) Estágio 8(Perno C) 30 (Nm) Tampa de rolamento da cabeça de biela Estágio 1 75 (Nm) Estágio 2 90 (°) Tampa de rolamento principal Estágio 1 60 (Nm) Estágio 2 90 (°) Estágio 3 90 (°) Cárter 24 (Nm)

Bujão de drenagem do óleo do motor 60 (Nm) Motor de arranque 48 (Nm) Alternador(Perno superior) 48 (Nm) Alternador(Perno inferior) 85 (Nm) Tampa da válvula 24 (Nm) Tensor da correia de accionamento auxiliar 60 (Nm) Volante 190 (Nm) Colector de escape


Dados técnicos by

Estágio 1 10 (Nm) Estágio 2 40 (Nm) Estágio 3 52 (Nm) Colector de admissão Estágio 1(Pernos A, B) 6 (Nm) Estágio 2(Pernos 1 - 12) 30 (Nm) Bomba do refrigerante 48 (Nm)

Porca de bloqueio para o perno de ajuste da folga da válvula do braço oscilante 33 (Nm) Compressor de ar 85 (Nm) Bomba de combustível(Tubo de ligação de alta pressão) 37 (Nm) Bomba de combustível 24 (Nm) Calha de injecção de combustível 24 (Nm) Bomba de alta pressão 24 (Nm) Bomba de alta pressão(Tubo de ligação de alta pressão) 37 (Nm) Turbocompressor(Suporte) 24 (Nm) Tubo de descarga de óleo do turbocompressor 35 (Nm) Tubo de saída do óleo do turbocompressor Estágio 1 12 (Nm) Estágio 2 24 (Nm) Trava do injector unitário Estágio 1 5 (Nm) Estágio 2 57 (Nm) Tubos de injecção de combustível(Sistema de escape) 25 (Nm) Tampa (principal) do filtro de combustível 25 (Nm) Sistema de lubrificação - bico de arrefecimento do pistão 34 (Nm) Tampa do filtro de óleo 40 (Nm) Amortecedor de vibrações 110 (Nm) Cárter do volante do motor(M10) 48 (Nm) Cárter do volante do motor(M12) 85 (Nm)

Estrutura de reforço do cárter 24 (Nm) Sensor de pressão de óleo 25 (Nm) Sensor de temperatura do óleo(Cárter em aço) 12 (Nm) Sensor de temperatura do óleo(Cárter de alumínio) 10 (Nm) Transmissão: ZF, (Transmissão manual), (ZTO1006) Bujão de verificação e enchimento da caixa de velocidades 60 (Nm) Bujão de drenagem da caixa de velocidades 60 (Nm) Bujão de drenagem da tomada de força (PTO) 35 (Nm) Caixa de velocidades, cárter(M10) 50 (Nm) Respiro da caixa de velocidades 10 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M8) 23 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M12) 79 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M10) 46 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M12. Parafusos Allen) 60 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M10. Parafusos Allen) 30 (Nm) Interruptor da luz de marcha-atrás 45 (Nm) Perno da alavanca selectora(M10) 50 (Nm) Flange de transmissão de saída(M14) 140 (Nm) Entre a forquilha e a transmissão(M24 x 1.5) 160 (Nm) Sensor de velocidade 45 (Nm) Interruptor de posição de ponto morto 45 (Nm) Eixo: VOLVO, Eixo traseiro, (RSS1344C) Bujão de drenagem do diferencial 60 -100 (Nm) Flange diferencial(Porca flangeada) 1350 - 1670 (Nm) Flange diferencial(Entre o flange do diferencial e o flange do veio de transmissão) 190 (Nm) Entre diferencial e cárter do eixo (tampa do rolamento) Estágio 1 100 (Nm) Estágio 2 80 - 90 (°) Apoio do diferencial (suporte em V) 275 - 345 (Nm) Porca de bloqueio para o sensor do bloqueio do diferencial 35 - 45 (Nm) Transmissão: ZF, (Transmissão manual), (ZTO1109) Bujão de verificação e enchimento da caixa de velocidades(M24 x 1.5) 60 (Nm) Bujão de drenagem da caixa de velocidades(M38 x 1.5) 120 (Nm) Bujão de drenagem da caixa de velocidades(M24 x 1.5) 60 (Nm) Bujão de drenagem da tomada de força (PTO) 35 (Nm) Entre a caixa da embraiagem e a caixa de velocidades(M10) 50 (Nm) Respiro da caixa de velocidades 10 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a

transmissão(M12) 79 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M10) 46 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M6) 10 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M12. Parafusos Allen) 60 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M10. Parafusos Allen) 30 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M12. Cavilhas) 20 (Nm) Entre a tomada de força (PTO) e a transmissão(M12. Porcas) 35 (Nm) Entre o cárter da caixa redutora e a transmissão 50 (Nm) Interruptor da luz de marcha-atrás 45 (Nm) Perno banjo da ligação de ar(M14 x 1.5) 35 (Nm) Entre a forquilha e a transmissão(M24 x 1.5) 160 (Nm) Entre o sensor de pressão e a unidade de mudança de velocidades 23 (Nm) Sensor de velocidade 45 (Nm) Interruptor de posição de ponto morto 45 (Nm) Entre a forquilha e a caixa de desmultiplicação(M24 x 1.5) 250 (Nm) Transmissão: VOLVO, (Transmissão semiautomática), (AT2412E) Bujão de drenagem da caixa de velocidades(M26 x 1.5) 35 (Nm) Óculo de inspecção do nível do óleo da caixa de velocidades(M26 x 1.5) 35 (Nm) Entre a caixa da embraiagem e a caixa de velocidades(M12) 110 (Nm) Cilindro receptor(M10) 45 (Nm) Veio principal(M60 x 2) 400 (Nm) Tampa do eixo principal(M10) 40 (Nm) Tampa do eixo intermediário(M10) 40 (Nm) Entre o cárter da caixa redutora e a transmissão(M12) 110 (Nm) Perno da alavanca selectora(M16. Parafusos de retenção) 75 (Nm) Perno banjo da ligação de ar 55 (Nm) Flange de transmissão de saída(M60 x 2) 350 - 550 (Nm) Sensor de velocidade(M18 x 1.5) 25 (Nm) Bujão roscado da tampa do filtro de óleo(M8) 20 (Nm) Refrigerador de óleo da transmissão(M10) 48 (Nm) Refrigerador de óleo da transmissão(M22. Porcas) 55 (Nm) Bujão de pressão de óleo(M12) 16 (Nm) Transmissão: ALLISON, (Transmissão automática), (AL306) Bujão de drenagem da transmissão automática 25 - 32 (Nm) Sensor de velocidade 10 - 13 (Nm)

NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA PESADOS. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA: GERAL@POSVENDA.PT

FEVEREIRO / MARÇO 2017

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OPINIÃO APVGN

A essência e a aparência { JORGE FIGUEIREDO }

VICE­‑PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DO VEÍCULO A GÁS NATURAL WWW.APVGN.PT

“Só os loucos e os economistas vulgares acreditam que uma função exponencial pode crescer para sempre. Eu não tento prever o futuro. Tento prevení-lo.” Ray Bradbury

S

e a essência das coisas coincidisse com a sua aparência toda a ciência seria desnecessária, dizia um filósofo famoso. É precisamente o que se passa com o famoso Pico Petrolífero, cuja morte já foi anunciada inúmeras vezes. No entanto, ele é teimoso e permanece bem vivo. Aqueles que apregoaram a morte do Pico Petrolífero viram só aparências momentâneas do fenómeno, tais como a baixa dos preços do barril, o sol de pouca dura do shale oil, etc — mas não viram o Pico no seu quadro mais geral. Muitos pensam que o Pico Petrolífero, ou Pico de Hubbert, se refere apenas ao esgotamento das reservas petrolíferas do planeta Terra. Não é verdade. Não se trata só de um problema de stock (as reservas) mas também de um problema de fluxo (a capacidade de extracção). Imagine-se um colossal depósito de petróleo com muitos quilómetros cúbicos em que houvesse uma única torneira para extraí-lo e esta tivesse apenas alguns centímetros de diâmetro: a disponibilidade do óleo estaria restringida pela capacidade de extracção e não pelo stock. A realidade dos picos máximos de produção (são vários, não é só o do petróleo) costuma ser ocultada pelos mass media e pelos políticos, habitualmente voltados só para questões imediatas. No entanto, a questão da finitude dos recursos planetários é séria e tem implicações profundas. As próprias companhias de petróleo não gostam de falar no assunto, mesmo quando isso já começa a reflectir-se nos seus resultados. Veja-se por exemplo o

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rendimento líquido das três principais companhias estado-unidenses na área do petróleo: Na verdade, o mundo está a entrar na famosa Lei dos Rendimentos Decrescentes que caracteriza as explorações agrícolas e mineiras. No caso destas últimas, primeiro são extraídos os minérios com maiores teores, mais próximos dos centros de consumo e de exploração mais barata. Progressivamente, à medida que estes se esgotam, avança-se para aqueles menos atraentes. Isto acontece com a generalidade dos recursos minerais (cobre, urânio, ouro, etc). No caso do petróleo, já se começa a explorar mesmo recursos de extracção cara e difícil como o das águas profundas do Brasil (pré-sal) ou a encarar a exploração do óleo do Árctico e da Antárctida. O esgotamento de recursos põe limites ao crescimento – ele não pode ser infinito. No caso do petróleo, o mundo ainda vive em grande parte de descobertas do passado que permitem produções de alta rentabilidade. Mas estas tendem a esgotar-se e se não houver novo investimento em petróleo “novo” (de extracção mais cara), arriscamo-nos à penúria. A situação financeira das empresas de petróleo não augura que haja investimento suficiente para a futura extracção do petróleo caro e difícil. Assim, dentro em breve o mundo poderá vir a atravessar uma situação dramática do ponto de vista do aprovisionamento (alguns observadores falam em cinco anos). Como se observa, o panorama mundial é sombrio – sobretudo no que se refere aos recursos energéticos. Entretanto, e felizmente, há uma

porta de saída. Trata-se de um recurso em que não haverá pico de produção nos próximos 400 ou 500 anos e que deverá salvar a humanidade da penúria energética. Trata-se do gás natural, que é constituído basicamente por Metano (CH4). Os recursos de gás natural são abundantes no planeta e com a vantagem de serem razoavelmente bem distribuídos por toda a superfície da Terra (ao contrário do que acontece com o petróleo). Além disso, também ao contrário do petróleo, o ser humano pode produzir gás natural a partir de resíduos. Trata-se do biometano, que é exactamente o mesmo gás (CH4) mas ganha o prefixo “bio” a fim de distinguir a sua origem. Portugal fez investimentos pesadíssimos para introduzir o gás natural na sua matriz energética. Foram muitos milhões os investimentos efectuados na rede de transporte em alta pressão; nas redes de distribuição locais; no terminal metaneiro de Sines e na central eléctrica da Turbogás. Todo este grande empreendimento possibilitou que, em 1997, tivesse início o consumo de gás natural no país e a diversificação do seu aprovisionamento


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http://bit.ly/PVPesados energético. Foi um passo decisivo para a economia portuguesa, permitindo-lhe recuperar o atraso em relação aos demais países europeus. FALTA FAZER O MAIS FÁCIL No entanto, apesar de ter feito o mais difícil – o investimento grandioso na introdução do GN – Portugal ainda não fez o mais fácil, ou seja, aproveitá-lo o melhor possível. Com efeito, a extensão da utilização do GN aos transportes ainda está por se fazer de maneira significativa. A sua utilização no transporte rodoviário de passageiros é muito pequena; no transporte rodoviário de mercadorias ainda quase inexistente (conta-se apenas por dezenas o número de camiões a gás natural); os camiões GN de colecta de RSU existem em apenas uns poucos municípios; nos táxis conta-se pelos dedos o número de veículos GN; nos cacilheiros do Tejo o número a GN é zero; na navegação marítima só agora se começa a falar em bancas de GNL nos portos. Mas nesta altura dos acontecimentos, 20 anos após o arranque do GN em Portugal, o país já deveria ter centenas de milhares de veículos

a circularem a gás natural comprimido (GNC) e/ou liquefeito (GNL). Entra pelos olhos adentro que a generalização dos veículos a gás natural (VGNs) representaria uma melhoria extremamente significativa para a balança portuguesa de mercadorias. Esta, em 2015, foi deficitária em 9,16 mil milhões de euros e, deste total, 6,25 mil milhões foram da responsabilidade das importações de petróleo. Seria bom que os nossos políticos se lembrassem disso quando fazem discursos pseudo-ecológicos com o mantra da sustentabilidade – e, ao mesmo tempo, desperdiçam rios de dinheiro com soluções que não têm nem podem ter pés para andar. É perfeitamente factível efectuar um corte drástico no consumo de gasóleo em Portugal (ver artigo anterior na Pós-Venda Pesados “A regra dos 80-20 e os transportes em Portugal”). O que é preciso é lucidez da parte dos governantes e dos empresários.

AS OPINIÕES EXPRESSAS NESTE ARTIGO NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE AS DA APVGN.

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PNEUS CARPNEU

Posto móvel, serviço melhorado Um dos mais recentes serviços que a Carpneu disponibiliza aos seus clientes é o serviço na estrada, através do investimento numa unidade móvel. O cliente assim o exige.

P

{ TEXTO PAULO HOMEM } resente em Famalicão, Ponte de Lima, Braga e, desde 2016 no Porto, na Zona Industrial, a Carpneu passou a contar recentemente com mais um posto...

móvel. “Trata-se de uma importante aposta no serviço a pesados, que não tínhamos até agora”, começa por referir Nuno Alcaide, responsável da Carpneu. Em 2016 a empresa encerrou estrategicamente o posto de Matosinhos, onde se realizava serviço de ligeiros e pesados, abrindo uma nova unidade no Porto que faz essencialmente serviço de ligeiros e comerciais. “Por essa razão ficou em aberto uma lacuna que teríamos que cobrir rapidamente, pelo que a melhor solução acabou por ser uma unidade móvel, essencialmente para o serviço de pneus a veículos pesados”, explica Nuno Alcaide, dizendo ainda que “já era uma ambição da Carpneu, há alguns anos, investir numa unidade móvel, que agora já é uma realidade”. Com esta unidade móvel, a Carpneu tem como objetivo poder alargar o serviço de pneus a outros clientes que normalmente não têm possibilidade de deslocar a sua frota (ou parte dela) às instalações da empresa, como poder efetuar o serviço fora dos horários tradicionais. “Muitos clientes procuram a manutenção de pneus

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quando a frota está estacionada em parque. Agora podemos proporcionar esse serviço a esses clientes”, refere o mesmo responsável. A Carpneu está integrada numa rede nacional de parceiros, que partilham serviços entre si. Com esta unidade móvel mais facilmente a Carpneu pode corresponder a uma série de serviços solicitados pelos parceiros para a sua zona de atuação. Para além disso, a Carpneu está também incluída dentro do Conti 360º, garantindo assim a assistência 24 horas, no âmbito deste programa europeu promovido pela Continental. “Também por essa via o investimento nesta unidade móvel nos poderá trazer mais serviço. Consideramos também

CONTACTOS Carpneu Famalicão Nuno Alcaide 252 323 352 geral@carpneu.net www.carpneu.net

como positivo fazermos parte deste programa de gestão de frotas da Continental”, assegura Nuno Alcaide, dizendo que “a gestão da carrinha é totalmente nossa, com funcionários nossos, embora estejamos dentro do programa Conti 360º”. Montada pela Corcet, com equipamento Corghi, a unidade móvel foi desenhada pela própria Carpneu, em função das necessidades identificadas, já que para além do serviço de pesados, esta unidade pode também fazer pneus agrícolas e industriais. Em Ponte de Lima, Braga e Famalicão o negócio de pneus de pesados é muito representativo, sendo que as instalações do Porto estão mais vocacionados para os ligeiros, podendo também fazer serviço em pesados de menor dimensão. Tirando chapa e pintura, na Carpneu são efetuados todo o tipo de serviços de manutenção mecânica, apesar dos pneus continuarem a ser a especialização da empresa. “Vamos agora traçar outros planos que nos permitam dar mais serviço aos nossos clientes. Temos agora melhores condições para isso nos pesados, mas o nosso objetivo é melhorar sempre”, conclui Nuno Alcaide.




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