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N.º22

JULHO 2017 - 2€

www.posvenda.pt

f revistaposvenda i company/revista-pós-venda l RevistaPOSVENDA DESTAQUE O VOLVO PERSONAL SERVICE É UMA NOVA FORMA DE ORGANIZAÇÃO OFICINAL COM O FOCO NO CLIENTE PERSONALIDADE DO MÊS PEDRO DIAZ DA ZF AFTERMARKT FAZ UMA PROFUNDA ABORDAGEM DO NEGÓCIO DE PEÇAS E OFICINAL EM PORTUGAL SALÃO NUM EXCLUSIVO, FOMOS CONHECER UM POUCO MAIS DO MERCADO DOS RECONSTRUÍDOS NO SALÃO REMANTEC PUBLICIDADE

Pastilhas de travão DOSSIER

É um dos componentes de maior rotação nas casas de peças e oficinas, que é cada vez mais técnico PUB



PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt www.posvenda.pt f facebook.com/revistaposvenda i linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Hugo Jorge hugo.jorge@posvenda.pt Nádia Conceição nadia.conceicao@posvenda.pt

DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt ADMINISTRATIVA Anabela Rodrigues anabela.rodrigues@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos geral@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo TIRAGEM 10.000 Exemplares ISSN 2183-6647 Nº REGISTO ERC 126724 DEPÓSITO LEGAL 399246/15 PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739511 Agualva Cacém – Tel: 214337000 ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt

Sumário

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Destaque

Volvo Personal Service................................................................................................... P.06

Notícias.............................................................................................................................. P.10

Atualidade

Mecânica 2017 (José Frazão)......................................................................................... P.18 Mecânico (André Ribeiro)............................................................................................... P.20 40 anos Auto Delta (Armindo Romão)...................................................................... P.22

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Mercado

Automotive Data Expertise........................................................................................... P.24 ATM........................................................................................................................................ P.26 Usados LeasePlan............................................................................................................. P.28

30 32 S 40 N.º22 54 Oficina

MB-Service.......................................................................................................................... P.30

Personalidade do mês

Pedro Diaz (ZF Aftermarket)........................................................................................ P.32

Dossier

Pastilhas de Travão.......................................................................................................... P.40

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www.posvenda.pt

Internacional

OPEN PARTS...................................................................................................................... P.54 ZF............................................................................................................................................ P.56

60 68 Salão

Rematec................................................................................................................................ P.60

Técnica

CEPRA................................................................................................................................... P.68 Dados Técnicos.................................................................................................................. P.72

74 Pneus

Notícias................................................................................................................................. P.74

Fotolegenda

De acordo com um estudo da consultora PricewaterhouseCoopers, um em cada três registos de carros novos na Europa poderá ser de um carro elétrico, até 2030


Editorial

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E PAULO HOMEM DIRETOR

paulo.homem@posvenda.pt

Proximidade digital

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relação de proximidade é um conceito ainda muito em voga na distribuição de peças automóveis em Portugal. Os balcões de peças foram durante muitos anos o local privilegiado de relacionamento entre os mecânicos e os retalhistas de peças, o que aliás ainda hoje é uma verdade, mas tem vindo a perder terreno, mas não importância, para outras formas de relacionamento. A distribuição de peças oficina a oficina é o que agora está na moda, com custos altíssimos que alguns retalhistas ainda não devem ter medido corretamente o seu impacto no custo final de cada peça entregue, mas também começam a aparecer as novas plataformas digitais. O que interessa mesmo é manter o relacionamento direto e constante com o cliente oficinal e, se possível, potenciar essa relação prolongando-a pelo maior

O conceito de proximidade terá que cada vez mais englobar outros fatores essenciais que vão muito mais além da rápida entrega da peça.

espaço de tempo possível. A questão agora é perceber se a constante aposta na relação de proximidade será suficiente para manter o cliente oficinal a comprar as “nossas” peças. A mim parece que não!!! A mudança vertiginosa que está a acontecer no setor das peças, por via da evolução tecnológica dos automóveis e a sua cada vez maior digitalização, levará a que no futuro, a curto ou médio prazo, tão importante como entregar a peça rapidamente é ter a certeza que o cliente a sabe montar no carro do seu cliente. Quer isso dizer que o conceito de proximidade terá que cada vez mais englobar outros fatores essenciais que vão muito mais além da rápida entrega da peça. Estamos a falar de informação e formação técnica, que hoje é essencial para que cada profissional de mecânica possa responder às necessidades de reparação ou manutenção do carro que acaba de lhe entrar pela porta da oficina. Todos os retalhistas que olharem para os seus clientes oficinais na perspetiva de lhe proporcionarem um serviço integrado, que inclui peças, disponibilidade de stock, entregas rápidas, atendimento profissional, bons preços, formação, informação, dados técnicos, plataformas B2B, entre outros itens, estarão não só a fidelizar o cliente como a prepará-lo para que no futuro lhe continue a vender peças. Resta saber se todos os clientes oficinais valorizam estes itens, e compram o suficiente aos retalhistas para que estes se preocupem com o seu futuro. Acredito que o negócio de retalho vá sofrer uma enorme evolução positiva e se torne cada vez mais profissional e competitivo, muito motivado pelas novas tecnologias, sendo que a relação de proximidade tenderá a ter uma nova interpretação... digital.



Destaque

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6 VOLVO PERSONAL SERVICE

Uma outra forma de rentabilizar a oficina

D ASSISTÊNCIA

A Volvo tem vindo a introduzir na sua rede de pós-venda o conceito VPS - Volvo Personal Service. Trata-se de um novo paradigma do pós-venda oficinal com enfoque na rapidez do serviço e no cliente TEXTO PAULO HOMEM

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melhor maneira de provar que uma determinada teoria está correta é fazer com que ela resulte na prática. Pois bem, a Volvo começou a implementar também em Portugal, há relativamente pouco tempo, com o apoio de alguns concessionários, o VPS - Volvo Personal Service. É quase uma “revolução” oficinal que visa tornar a experiência de um cliente mais simples na sua visita à oficina, quando leva o carro para manutenção, mas também rentabilizar o negócio oficinal, através de uma abordagem completamente nova. Este conceito nasceu na Suécia, mas pretende a marca que o mesmo esteja dispo-

nível em todos os mercados onde a marca está presente. “Nós consideramos o conceito VPS como o serviço pós-venda do futuro, que foi pensado essencialmente em função do cliente e não tanto do carro em si”, começa por dizer Paulo Filipe, Customer Service Diretor da Volvo Car Portugal, explicando que quando o cliente leva o seu carro à manutenção ele vai ser diretamente atendido pelo mecânico que lhe vai reparar a viatura também designado por PSD (Personal Service Technician), e vai ter ao seu dispor uma sala, com vista para a oficina (com café, jornal, televisão, internet, etc), onde poderá esperar e ver a intervenção que está a ser feita. É esse me-


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“Andon”, um género de mecânico supervisor que pode juntamente com outro mecânico fazer uma equipa, como pode acudir a qualquer trabalho de modo a concluí-lo dentro do prazo previsto. A EXPERIÊNCIA

cânico que faz a marcação e depois realiza o serviço, e que se irá relacionar com o cliente para sempre, visto que neste modelo oficinal não existe rececionista (apenas um apoio administrativo). “Todos os mecânicos têm um cartão de visita que entregam ao cliente. Será sempre aquele mecânico que irá falar com o cliente e se irá relacionar com ele no futuro, o que é muito positivo do ponto de vista da transparência do serviço pós-venda que queremos dar”, explica Ricardo Mota, gestor Pós-Venda da Ascendum Veículos, que tem a seu cargo a implementação do VPS, para já na oficina de Leiria, dizendo ainda que “desta forma existe uma relação direta do cliente com o seu mecânico, evitando-se os normais problemas de o cliente ligar ou passar por uma receção”. O conceito VPS - Volvo Personal Service assenta precisamente nesta relação direta do cliente ao mecânico que intervencionou o seu carro, o que lhe permite a qualquer momento colocar uma questão sobre o mesmo

Com o Volvo Personal Service cada intervenção mecânica é feita por dois técnicos

(uma luz que acendeu, um ruído detetado, etc). “O que pretendemos é incrementar a relação de confiança do cliente face ao serviço pós-venda”, refere Paulo Filipe. SERVIÇO

Do ponto de vista do serviço, o VPS - Volvo Personal Service acolhe a filosofia de trabalho em equipa e melhoria continua (filosofia Kaizen). Assim, as intervenções técnicas em cada carro são feitas por dois mecânicos em equipa, o que segundo Paulo Filipe faz com que “os mecânicos estejam mais motivados e que trabalhem em equipa, ajudando-se uns aos outros, mas também faz com que o tempo de imobilização do carro em manutenção ou reparação seja muito menor”. Aliás, de acordo com Ricardo Mota, este método de trabalho trouxe já enormes vantagens na qualificação dos mecânicos menos experientes, que hoje já fazem praticamente todas as operações dos mecânicos mais experientes. Dentro da oficina existe ainda a figura do

Um dos sucessos da introdução do VPS Volvo Personal Service é precisamente, segundo Ricardo Mota, a sua implementação faseada no tempo, que permite consolidar cada fase do processo, antes de passar para o seguinte. “O primeiro passo foi acreditar que esta mudança do processo tradicional que tínhamos para o VPS iria resultar”, refere o responsável da Ascendum, explicando que “a forma como a oficina tem que ser estruturada para dinamizar o VPS acaba por ser uma ajuda muito importante para a sua implementação”. Desde que a Ascendum implementou o VPS em Leiria (no início de 2016), tudo foi mudado no serviço pós-venda da Volvo. A oficina passou a ter um layout diferente, com uma redução substancial do número de baias e com uma tipologia de serviço diferente, em que a organização das ferramentas, dos equipamentos, do acesso às peças é diferente, o que implica processos diferentes. “A alteração dos processos tornou tudo muito complicado para os mecânicos e esse foi o nosso grande desafio inicial, até porque passaram a trabalhar em equipa e a falar com o cliente, o que nunca tinha acontecido”, revela Ricardo Mota, que diz que “com o passar dos meses e com os processos a serem cada vez mais fluídos e assimilados pelos mecânicos, considero que o balanço é, para já, muito positivo”. INDICADORES

Nos inquéritos feitos aos clientes Volvo da Ascendum na unidade de pós-venda de Leiria (face à média nacional do pós-venda Volvo em Portugal) os dados revelam, após a certificação do serviço VPS, índices de satisfação muito mais altos nesta unidade do que na média da rede Volvo. Os níveis de faturação da oficina também aumentaram por via da introdução do VPS, o que segundo Ricardo Mota é o sinal de que “valeu a pena apostar nesta mudança e que ela está sobretudo na cabeça das pessoas, ficando provado que é possível e com excelentes resultados”.


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ASSISTÊNCIA

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Com o VPS é feita uma reunião diária, pela manhã, com toda a equipa técnica, que avalia constante os resultados dos inquéritos (entre outros assuntos). “O que é feito pelos mecânicos está refletido nestes dados o que cria uma envolvência muito boa e muita positiva pois aquilo é o reflexo do trabalho deles”, explica o responsável da Ascendum. Do ponto de vista de reclamação do cliente (porque surgem sempre), com o VPS melhorou-se muito a rapidez com que se responde ao cliente, como também a qualidade da resposta é muito melhor, pois é o próprio mecânico que responde e muito mais facilmente sabe esclarecer a dúvida do cliente, realça Ricardo Mota. Outra implicação do VPS é que o mecânico não vai nunca à secção de peças. Depois da marcação do serviço é o apoio administrativo que abre as folhas de obra, é feito um pré-picking na véspera e as peças estarão disponíveis junto ao carro no momento da manutenção. Se surgir a necessidade de uma peça adicional, será o responsável pela secção de peças a trazer a peça ao local onde ela é necessária. Com o VPS a operacionalidade da oficina aumentou, já que a informação flui de

uma forma mais estruturada e organizada entre todos, o que leva a que os mecânicos se concentrem no seu trabalho, partilhem informação e sejam no fundo mais eficientes e eficazes no que estão a fazer. E DA PARTE DO CLIENTE

A intenção do VPS é que o carro entre na oficina e saia da mesma após a manutenção / reparação no mais curto espaço de tempo (se possível em menos de uma hora). Como se disse ao início, o cliente tem todas as condições junto à oficina para esperar, só que o hábito do cliente não é o de esperar (normalmente entrega o carro de manhã e quer vir buscá-lo ao final do dia). “Uma das dificuldades neste momento é que o cliente não quer esperar e não está habituado a isso. O carro fica reparado num ápice e o cliente é informado disso, mas normalmente não quer esperar”, refere Ricardo Mota, que considera está a ser feito um trabalho para que o cliente se adapte a esta nova realidade e que essa mudança também se irá verificar. Este tipo organização oficinal, onde o trabalho é feito mais rapidamente, acaba por exigir uma mais elevada rotação de carros na oficina, o que exige também angariar mais

clientes Volvo para a oficina, isto é, que a taxa de ocupação seja maioria. “Estou em crer que este conceito possa vir a contribuir para a manutenção do cliente na nossa oficina após a garantia do seu Volvo terminar”, afirma Ricardo Mota, enquanto Paulo Filipe diz que “o VPS é a base de um projeto mais vasto para reter o cliente por mais tempo fidelizado às nossas oficinas Volvo. Estamos precisamente a trabalhar num conjunto de projetos que têm como finalidade fidelizar por mais tempo o cliente Volvo às nossas oficinas, tendo em conta que a conetividade das viaturas está a avançar a passos largos”. Para o cliente o VPS não traz quaisquer custos acrescidos, para a oficina os ganhos são óbvios, por via de uma maior eficiência de toda a operação. “O VPS ajudou a desmistificar os custos de manutenção da Volvo, que de facto não são mais elevados face a marcas concorrentes da Volvo”, assegura Paulo Filipe, que diz que “com o VPS os mecânicos passam a ser também embaixadores da marca perante o cliente”. Refira-se que a Ascendum Veículos vai também introduzir o conceito VPS nas suas unidades de Viseu (já está a decorrer) e Coimbra.



Notícias

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EUROMASTER

Banco de ensaio de novos conceitos A Pneus Socambra é o mais recente centro da rede Euromaster. O que o diferencia dos restantes é o facto de nele terem sido apresentados novos conceitos de serviços que a Euromaster vai depois introduzir nos restantes TEXTO PAULO HOMEM

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iz a Euromaster que a nova unidade da Pneus Socambra, recentemente inaugurada funcionará como um banco de ensaios para a rede em Portugal, seguindo assim o exemplo de outras unidades deste operador em Espanha e França. Neste novo centro foi desenvolvido um novo conceito no qual a insígnia provará métodos de apoio ao cliente, oferta de produtos e novos serviços assim como processos de trabalho diferentes antes de os extrapolar ao resto da rede. As principais novidades deste centro tornam-no diferente e único no sector, segundo a Euromaster. Por exemplo, o método de recepção realiza-se em postos individuais onde cliente e vendedor partilham informação e ecrã, em total transparência. Outra novidade ao nível do serviço levará o mecânico, de entrada, a explicar ao cliente o

resultado da revisão de segurança realizada ao veículo numa área técnica criada para o efeito. O cliente terá também acesso às peças substituídas no seu veículo para comprovar o seu estado. “Tudo isto permitirá que os clientes estejam sempre implicados nas operações que se efectuam no seu veículo, dar a sua opinião e consentimento averiguando que se respeitaram as suas instruções e necessidades”, explicou Miguel Santos, gestor da rede


SKF comemora 90 anos em Portugal

Euromaster em Portugal. Além disto, a Euromaster disponibiliza postos de trabalho e uma zona de receção exclusivos para os clientes que tenham realizado marcação, de tal modo que não tenham que esperar mais tempo do que o necessário. Outro dos compromissos da Euromaster, com este serviço, é que oferece a possibilidade aos seus clientes de dispor dos pneus e a mudança de óleo em apenas meia hora, graças ao seu serviço exclusivo “express”. Neste centro a Euromaster criou também um espaço único como sala de espera, onde os visitantes do centro encontrarão zonas para relaxar, ficar conectados como se estivessem em casa, tomando um café ou um refresco. A digitalização das operações permitirá que o cliente receba um lembrete sobre a manutenção que o seu veículo necessita, além da informação sobre o estado e condições de segurança do mesmo. Com esta aposta, a Euromaster pretende que os visitantes do centro saiam do mesmo sentindo que viveram uma experiência realmente inovadora no sector, digna de ser partilhada com os que lhe são mais próximos. Com cerca de 800 m2 e 10 postos de trabalho, a Pneus Socambra está vocacionada para dar serviço integral de manutenção a veículos ligeiros reforçando assim a oferta da rede no distrito de Aveiro. Este novo centro conta ainda com uma zona destinada a veículos industriais assim como uma zona para lavagens de veículos.

A SKF comemorou uma data histórica da sua presença em Portugal: 90 anos. Para tal, juntou parceiros de negócio para comemorar esta efeméride. Para além do staff nacional da SKF (juntamente com Ignácio Conde do Marketing Ibérico), estiveram presentes grossistas e retalhistas de peças que trabalham com a SKF, bem como os seus clientes oficinais. A SKF também está a comemorar 70 anos de parceria com a Scuderia Ferrari, o que motivou neste evento uma ação de “team building” que passava pela construção de um F1 em madeira. Resultados à parte, este evento proporcionou bons momentos de convívio, tendo Ignácio Conde, dito que “se trata de uma data importante, mas mais importante ainda é a presença consolidada da SKF em Portugal, tanto na industria como na área automóvel, fruto do trabalho de todos os que estiveram presentes neste evento”. No final do evento Grisélia Afonso, do Marketing e Vendas para o setor automóvel da SKF em Portugal, agradeceu a presença de todos os parceiros, revelando que ainda este ano haverá mais novidades SKF para anunciar.

Meyle é o fabricante do mês na Auto Delta A Meyle, gigante alemão do Aftermarket, está em destaque na Auto Delta durante o mês de Julho. Com um crescimento enorme e uma gama de produtos que cobre a grande maioria das necessidades do mercado de peças, a Meyle é um dos grandes nomes que a Auto Delta disponibiliza a todos os seus parceiros comerciais. Tendo sido alvo de uma mudança de visual, a Meyle oferece, agora sob o slogan “O melhor amigo do condutor”, uma ampla gama de produtos que vão desde a viatura utilitária ao mais luxuoso dos automóveis. A Meyle também tem investido em informação, onde se destaca o Download-Centre, onde se poderá encontrar todo o tipo de informação sobre os produtos da marca bem como instruções de montagem e detalhes tecnológicos que podem fazer a diferença na hora de completar a reparação da viatura, e a Meyle TV, com vídeos técnicos sobre a aplicação dos produtos.


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NOTÍCIAS

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Veneporte termina no pódio em Le Mans

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Veneporte, empresa portuguesa que se dedica à produção de catalisadores, silenciosos e filtros de partículas para primeiro equipamento e mercado da reposição automóvel, obteve

Catalgaia disponibiliza novo primário de enchimento Profix um pódio absoluto nas 24 Horas de Le Mans. O francês Tristan Gommendy, piloto profissional patrocinado pela Veneporte, conquistou o 2º lugar na categoria LMP2 e um fantástico 3º lugar na classificação geral, na 85ª edição das 24 Horas Le Mans. A presença da Veneporte na alta competição automóvel e associação a um piloto bastante conceituado como é Tristian Gommendy, surge naturalmente como um meio de reforço da posicionamento e notoriedade da marca. Segundo Abílio Cardoso, CEO da Veneporte, “esta parceria, assenta também na partilha de valores entre as partes: dedicação, resiliência e ambição de vencer, valores esses que nos permitem melhorar a nossa performance ano após ano e que nos empenhamos em partilhar interna e externamente todos os dias”.

Petronas expande rede oficinal na Europa

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Petronas está a expandir a sua rede de oficinas com a sua própria marca em toda Europa, onde irá abrir cerca de 800. Esta iniciativa de abertura de oficinas com a marca Petronas faz parte da proposta de valor da PLI para assegurar, a cada um dos seus clientes finais, uma prestação de serviços personalizados,

de forma pontual e confiável, apoiando ao mesmo tempo o desempenho comercial e as aspirações de crescimento dos proprietários de oficinas independentes. Nesta iniciativa, os proprietários independentes tornam-se os principais revendedores da PLI e as suas oficinas são renovadas, com destaque para a identidade visual Petronas. Além disso, a PLI também fornece equipamentos de teste de motores e formação técnica às oficinas. Desde o seu lançamento, em 2015, em Hamburgo, na Alemanha, já foram abertas 1800 oficinas com a marca Petronas em 15 países europeus. E até 2019, a PLI pretende alcançar mais de 4000 oficinas com a marca Petronas. Para implementar esta iniciativa, a PLI está a colaborar com o Grupo Bosch.

Num minuto... A Madeira Tecnopolo foi o local escolhido, nos dias 2 e 3 junho, para dois eventos da Sodicor e da sua representada Spies Hecker, onde estiveram uma centena de pessoas.

Nos passados dias 22 a 24 de maio de 2017, a Cromax Portugal e a Portepim SA organizaram uma visita de clientes e distribuidores Cromax às suas instalações

A Profix acaba de lançar no mercado um novo primário de secagem rápida, o CP375 HS SWIFT 4:1 com as cores Branco, Cinza e Preto. Este novo primário de enchimento, pode também ser aplicado com a técnica “molhado sobre molhado”, permite às oficinas diminuir o tempo da reparação em cerca de uma hora, fruto das suas capacidades de secagem. O primário está pronto a ser lixado em menos de 1 Hora. Refira-se que a Profix é distribuída em Portugal pela Catalgaia.

5 anos de garantia para os Kits de distribuição Metelli O Grupo Metelli ampliou a garantia dos kits de correia de distribuição com bomba de água, para um período de 5 anos, nas marcas Metelli, Graf e KWP. O kit atual de correia de distribuição com a gama de bombas de água inclui mais de 130 referências. Estas aumentarão em breve para cerca de 150, abrangendo quase todo o parque automóvel europeu. A embalagem também foi alterada, onde está incluído um folheto com instruções completas sobre como ativar a garantia, além de um autocolante para preencher e colar no livro de manutenção do veículo. Para ativar a garantia de 5 anos, o mecânico que instala o kit terá de registar os seus dados pessoais, juntamente com os detalhes do veículo do cliente no site www. metelligroup.it/5Guarantee.

em Mechelen, Bélgica, onde funciona o moderno centro técnico.

A Rede Valorcar atingiu um marco histórico na sua actividade, ao chegar aos 100 centros admitidos, com a chegada de novos operadores. Foram admitidos na rede


Liqui Moly e Feu vert reforçam parceria

Ltintas e Spies Hecker juntam pintores A Ltintas, em parceria com a Spies Hecker, organizou um evento destinado a todos os pintores deste distribuidor de tintas com presença nos distritos de Setúbal, Évora e Beja. Este evento, contou com a presença de mais de 150 pintores de automóveis. Ao longo do evento foram dinamizados diversos jogos de recreio, terminando com um almoço volante que permitiu, segundo Bruno Pereira, “aproximar os clientes da LTintas e a nossa equipa, fora do ambiente de trabalho diário, e assim estreitar relações de amizade”. A LTintas tem tido um crescimento exponencial no negócio das tintas, estando presente em Almada, Évora e Beja, sendo que estará para breve a abertura de mais uma filial em Setúbal. “O volume de clientes que já temos em Setúbal justifica a nossa presença nesta região”, afirma Bruno Pereira.

Servidiesel inova na regeneração de Filtros de Partículas Empresa especialista em sistemas diesel e turbocompressores, continua a investir nos sistemas de diagnóstico, reparação e calibração mais avançados do setor, apostando agora nos Filtros de Partículas. A aquisição dum equipamento único permite que a Servidiesel fique habilitada a regenerar todos os tipos de filtros de partículas (ligeiros e pesados) com a particularidade única de poder atestar o estado do filtro antes da intervenção e, o mesmo, após a intervenção. Este novo equipamento, permite ainda regenerar Filtros de Partículas com comprimento de 1600mm e peso até 50kg. Este equipamento inovador limpa os filtros com água e um produto de limpeza indicado para o efeito.

Valocar mais 2 centros de abate de Veículos em Fim de Vida (VFV) e de recolha de Baterias de Veículos Usadas (BVU) e mais 1 centro de recolha de BVU.

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Liqui Moly e a Feu Vert reforçaram a parceira que une as duas empresas através de uma campanha de grande visibilidade. Durante os próximos meses, todos os colaboradores dos autocentros da Feu Vert vão vestir t-shirts com a imagem Liqui Moly, reforçando a visibilidade da marca, mas também a especialização dos funcionários da rede oficinal nos produtos Liqui Moly. “Com este reforço da parceria com a Feu Vert vamos conseguir dar resposta a uma procura cada vez maior por parte do grande público em relação aos nossos produtos. Continuamos a privilegiar o nosso cliente profissional, que representa o nosso core business e para o qual temos produtos, soluções e um apoio próprio, mas há produtos que o consumidor final nos pede cada vez mais”, explica Sadhna Monteiro, Diretora de Marketing e de Desenvolvimento de Negócio da Liqui Moly Iberia. Além disso, esta é também uma ação que, “por um lado, nos garante uma grande visibilidade junto do grande público e, por outro, mostra a confiança de um grupo internacional como a Feu Vert na nossa marca”, sublinha Sadhna Monteiro, que acrescenta: “esta é uma ação que vai decorrer nos próximos meses e vai incluir várias ativações de marca e uma proximidade maior da Liqui Moly com os autocentros FeuVert em todo o país”.

O novo Peugeot 308, que será lançado no mercado em setembro próximo, introduzirá um novo motor a diesel do Grupo PSA, com 1.5 litros na conhecida sigla HDi. Este novo


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NOTÍCIAS

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Dica Ambiental by

Eco­‑Partner Veem ai as E-GAR …. Saiba tudo sobre o seu funcionamento e prepare-se para o que vai mudar. As guias de acompanhamento de resíduos electrónicas (e-GAR) entraram em funcionamento um mês após a publicação da Portaria, ou seja a 26-052017. A partir de 1-01-2018 passará a ser obrigatório utilizar e-Gars, e não será possível usar GAR´s em papel. No que se refere aos resíduos produzidos pelas oficinas, legislação estipula que as e-GAR devam ser aplicadas à maioria dos resíduos, sempre que ocorre o seu transporte. Para poder emitir e-GAR´s o produtor, transportador e destinatário têm que estar registados no SILIAMB. No caso do produtor e destinatário de resíduos devem também ter um estabelecimento criado no SILIAMB na morada de onde o resíduo é expedido e recebido, respetivamente A e-GAR tem que ser sempre emitida pela oficina produtora do resíduo? A responsabilidade de emissão da e-GAR é do produtor do resíduo. No entanto, a plataforma da Agencia Portuguesa do Ambiente permite que a e-GAR seja preenchida pelo transportador ou operador de tratamento de resíduos, em nome do produtor. No entanto, nestas situações, o produtor tem sempre que validar a e-GAR antes do início do transporte, diretamente na plataforma ou impressa e assinada em papel, caso não tenha acesso à plataforma. Note-se que a e-GAR impressa e assinada deverá ser

posteriormente validada na plataforma para que fique concluída. Estão previstos três modos de emitir e-GAR: >> Através do portal SILIAMB, orientado para o pequeno produtor com um pequeno volume anual de guias (caso das oficinas) >> Através de Web-services, que as empresas tenham desenvolvido para ligar diretamente os seus ERP ao SILIAMB, orientado para os utilizadores profissionais com grande quantidade mensal de guias >> Através da APP mobile - a aplicação Android para dispositivos móveis, apenas para os produtores. Cada oficina deve ver com o seu operador de gestão de resíduos qual será a melhor opção, para que possa cumprir estas obrigações a partir de 2018. Atenção que o registo na plataforma da APA (SIRER) é obrigatório para oficinas desde que produzam óleo usado ou algum outro resíduo perigoso. O não registo no SIRER uma contraordenação ambiental grave e está sujeito a coimas. O incumprimento das obrigações relativas às e-GAR, quer em termos dos requisitos aplicáveis ao transporte de resíduos, quer em termos das obrigações do produtor ou detentor (nas quais se incluem o respeito pelos prazos de validação da e-GAR) constitui também uma contraordenação ambiental grave. A Lei das Contra Ordenações Ambientais indica que a coima de uma contraordenação ambiental grave varia entre 2000 € (pessoa singular, negligência) e 216000€ (pessoa coletiva, dolo). Não arrisque … prepare-se para o futuro.

Num minuto... motor BlueHDi de 130 cv foi 100% desenvolvido na esfera digital, resultando, entre outros, do registo pelo Grupo PSA de cerca de 200 novas patentes.

A ZF e a Hella dinamizaram uma parceria estratégica com efeitos imediatos no domínio das câmaras, sensores de radar e imagens. Esta parceria entre as duas empresas visa

ACAP / DPAI lança segunda edição do programa para gestores do PósVenda A Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI) da ACAP vai realizar a segunda edição do Programa Avançado de Gestão para profissionais do Pós-Venda Automóvel, que chegou a estar prevista para fevereiro passado, mas que agora tem nova data de realização para o dia 15 de setembro. Ao todo serão 10 módulos intensivos ao longo de 6 meses, num programa especificamente concebido para as necessidades de gestão dos decisores do sector. Este programa desenrola-se durante 1,5 dias por mês, com horários das 9h30m às 17h30m de 6ª feira e aos sábados das 9h às 12h30m. As inscrições estão abertas, decorrem na ACAP mas não são exclusivas a associados da associação. O Programa decorrerá nas instalações da Nova SBE, no Campus de Campolide localizado na zona central em Lisboa.

Baterias ALEA para ligeiros e pesados A ALEA, marca própria do Grupo Nors, reforçou a sua gama de produtos, para ligeiros e pesados, com a introdução de baterias de marca própria. A partir de agora, estão disponíveis nas lojas ASParts, ONEDRIVE e Civiparts, 9 referências para veículos Ligeiros (desde 45Ah a 95Ah) e 5 referências para veículos pesados (desde 110Ah a 225Ah), a preços muito competitivos. Este lançamento permite aumentar a oferta de produtos da marca ALEA no mercado de peças aftermarket, contribuindo ainda mais para a sua crescente aceitação e notoriedade da marca.

produzir sistemas de assistência modernos e novas funções de condução para veículos autónomos.

No passado dia 22 de Abril a oficina Dieselinvicta inaugurou as suas novas instalações e apresentou a sua parceria com a Auto Crew. Com esta mudança, o empresário Filipe Machado


200 novidades no catálogo Teng Tools

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Montenegro Fernandes, empresa especializada em ferramentas e equipamentos auto, lançou este mês o novo catálogo da sua representada Teng Tools. Assim, a partir do próximo dia 1 de Julho a Montenegro Fernandes já está disponível no mercado o novo Catálogo Teng Tools, com muitas novidades para o setor automóvel. As novidades deste novo catálogo serão muitas, já que a marca acrescentará à gama já existente mais de 200 novos artigos.

Autozitânia disponibiliza medidores de massa de ar NGK

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Autozitânia aumentou a gama de produtos que disponibiliza aos seus clientes, com os novos medidores de massa de ar (MAF) da marca NGK. Os medidores de massa de ar (MAF) da marca NGK abrangem uma vasta parte do mercado, através da ampla gama disponibilizada pela marca. Com base na sua qualidade e precisão, estes medidores de massa de ar possuem alta performance e uma embalagem inteligente para simplificar o stock, através de um sistema de numeração inovador. A NGK consolidou a sua posição no mercado como especialista na produção de peças de ignição e na eletrónica de veículos. A marca possui larga experiência no setor automóvel, sendo também fornecedora OEM para os principais fabricantes. Este lançamento dá continuidade à sua estratégia de aumento de portfólio da Autozitânia, com produtos de qualidade reconhecida.

entendeu que seria o momento ideal para se associar à Bosch, passando esta a integrar a rede Auto Crew e tornando-se, assim, na primeira oficina da rede na cidade do Porto.


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Iberequipe novo parceiro Bosch NOTÍCIAS

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Iberequipe é o novo parceiro da Bosch em Portugal, passando assim a disponibilizar uma extensa gama de produtos e equipamentos oficiais deste reconhecido construtor. Os clientes passam a poder contar com a Iberequipe no fornecimento de equi-

Filourém com imagem renovada

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Filourém anunciou a renovação da imagem do seu site, onde poderá encontrar uma nova apresentação, novas funcionalidades, um grafismo moderno e uma navegação mais intuitiva. Tendo como público-alvo os retalhistas, a Filourém dá mais um passo na procura da melhoria

Soulima, Hella e Hella Gutmann dinamizam Workshop

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Soulima promoveu, em junho, um workshop de Sistemas de Climatização Automóvel e Serviços Gerais de Manutenção de Ar Condicionado totalmente direcionado para os seus clientes do segmento oficinal, em parceria com a Hella Portugal e a Hella Gutmann Solutions. Este workshop, que contou com a presença de treze profissionais já certificados para o manuseio deste tipo de equipamentos, e que abordou todo o

pamentos e produtos Bosch e passam a ter à sua disposição um suporte técnico especializado para os produtos Bosch. Para solidificar esta parceria, todos os produtos Bosch comercializados pela Iberequipe dispõem de uma extensão de garantia de 2 para 3 anos. Assim, as áreas de Tecnologia de diagnóstico/Equipamento de oficina são: Diagnóstico de Unidades de Comando, Análise do Sistema do Veículo, Equipamento para Baterias, Análise das Emissões, Ar Condicionado, Verificação de Sistemas Diesel, Testadores de Faróis, Alinhadores, Frenómetros e Linhas de Pré-Inspeção, Equilibradores de Pneus, Elevadores e Desmontadoras de Pneus.

constante do seu website, uma importante ferramenta de trabalho que coloca ao dispor dos seus clientes. Com o objetivo de consolidar a sua presença online, o site está totalmente integrado na base Tecdoc. A marca dispõe de uma vasta gama de artigos para os retalhistas, acessíveis através do seu website em www.filourem.com.

sistema de climatização e detalhe dos seus componentes, debruçou-se principalmente sobre a manutenção destes elementos, tudo num registo de diálogo e observação prática. O que permitiu aos participantes o esclarecimento de dúvidas e aconselhamento de práticas para o seu dia a dia. Com este evento a Soulima demonstra a dinâmica existente entre si, a Hella Portugal e a Hella Gutmann tendo como objetivo principal proporcionar aos seus clientes cada vez mais e melhores condições de formação e aquisição de conhecimentos.

OPINIÃO As garantias: O que cobre a garantia (II) As inconformidades mais frequentes e mais reclamadas são as de origem técnica. Podem ter origem num projeto deficiente do veículo, na montagem do veículo, numa peça deficiente, seja por problemas no fornecedor seja por problemas no caderno de encargos dessa mesma peça, numa deficiente proteção/conservação em parque ou no seu transporte, numa deficiente preparação antes da entrega ao proprietário, etc. Estas inconformidades poderão ser visíveis/ audíveis ou poderão manifestar-se mais tarde, em alguns países estas últimas são consideradas inconformidades escondidas e imputadas à garantia, mesmo para além dos dois anos da garantia contratual/comercial. A deficiente utilização dos veículos, condução deficiente ou abusiva, a sua utilização para fins diferentes a que se destina, podem originar problemas técnicos que são confundidos com inconformidades. A falta de manutenção programada ou a sua realização fora dos prazos, a utilização de ingredientes que não correspondem às exigidas pelo fabricante ou manutenções cujas gamas não correspondem às recomendadas, são também potenciais causas que podem estar na origem de problemas técnicos que se podem confundir com inconformidades da responsabilidade do fabricante. Também o inverso pode ocorrer, inconformidades técnicas de origem do veículo poderão ser atribuíveis a deficiente utilização ou manutenção.

PAULO QUARESMA GTAVA.PT

Num minuto... A EMM lançou a Colad Magic Fix, uma cola de reparação que, em segundos, consegue um resultado ultra forte em diversos tipos de material.

A Escape Forte aposta na variedade dos seus serviços e produtos, tornando-se importadora da Voulis, um conceituado fabricante grego na produção de produtos

químicos. A Escape Forte traz, assim, AdBlue para as suas prateleiras, incrementando desta forma o leque de produtos para as linhas de escape e tratamento de gases.

Os Concessionários CAM (Porto), Hermotor (Guimarães), Ilha Verde (Ponta Delgada) e Lizdrive (Leiria), viram o seu trabalho enaltecido pelos respectivos clientes, ao nível


Interescape comercializa AdBlue

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edicada aos sistemas de escape, catalisadores e filtros de partículas a Interescape acrescentou agora à sua gama de produtos o AdBlue.

Ao iniciar a comercialização deste produto, a Interescape pretende responder às necessidades dos seus clientes, e auxiliar no cumprimento dos rigorosos limites de emissões de gases estabelecidos pelas normas europeias de protecção ambiental (Euro 4, Euro 5 e Euro6) e americanas. A Interescape é um dos revendedores autorizados da BlueChem, disponibilizando embalagens de AdBlue em vários tamanhos, certificadas e especialmente desenvolvidas para o seu acondicionamento, com um serviço de entregas para qualquer ponto de Portugal e Espanha. O AdBlue pode ser adquirido directamente na Interescape, por intermédio da sua rede de agentes nacionais ou através da loja online.

Glasurit patrocina Worlskils

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Glasurit é a patrocinadora oficial da 44ª edição do WorldSkills, que terá lugar em Abu Dhabi de 14 a 16 de Outubro. A Glasurit é a principal patrocinadora na categoria de competição Car Painting. Todos os jovens pintores do WorldSkills usarão apenas os produtos de acabamento da Glasurit – a marca premium líder mundial.

Novas escovas Champion Rainy Day

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Champion complementou a sua oferta com o lançamento das novas escovas limpa para-brisas Rainy Day, dentro do padrão de qualidade OE. Esta nova gama de escovas económicas, até 60% mais leves do que as dos seus concorrentes, oferecem uma cobertura abrangente para os modelos europeus mais populares. As escovas Rainy Day são concebidas com menos componentes, sem que isso

das vendas e pós-venda, tendo sido distinguidas com o mais importante galardão da Ford Motor Company a nível global, o conceituado ‘Chairman’s Award’.

tenha um impacto negativo sobre o desempenho ou a durabilidade do produto. Com um perfil estreito e um design mais leve, proporcionam uma aparência discreta, que aumenta a segurança através de uma melhor visibilidade e reduzindo o ruído produzido pelo vento e pela dispersão da água. Através do código QR presente na embalagem, é possível aceder a vídeos de ajuda à montagem e ao catálogo da marca.

Foram feitos mais de 10 mil downloads da aplicação Motorservice, desde 2016. Os quase 30 mil cliques por mês demonstram que o produto da empresa conseguiu atingir a aprovação dos seus clientes.

PROBLEMA O motor apresenta ralenti irregular, perdas de rendimento, alto consumo de combustível, fumos de escape e mau funcionamento geral SOLUÇÃO Hoje os motores estão sujeitos a uma maior exigência e enfrentam problemas como a contaminação do sistema de injeção, os depósitos de combustível que se acumulam ou dificuldades de lubrificação. Uma limpeza profunda do motor e sistema de injeção permite um melhor rendimento do motor. A LIQUI MOLY tem uma solução para motores Diesel e outra para motores a gasolina, aplicada diretamente no depósito de combustível a cada 2000 km. O Super Diesel Additiv (ref. 2504) combina agentes de limpeza, dispersantes e de proteção. Conta com Cetan Plus, que aumenta o rendimento do motor, garante um funcionamento mais silencioso e arranque mais fácil. Previne a formação de resinas nas agulhas de injeção. A ação de limpeza garante uma queima de combustível mais eficaz a frio evitando os mauscheiros devido a gases de escape.

O InjectionReiniger (ref. 2522) limpa os sistemas de injeção de gasolina contaminados, remove os depósitos de carbono e limpa as tubagens e distribuidores do combustível. Permite acabar com problemas com o arranque, garante um ralenti suave, boa resposta do estrangulador e reduz as emissões poluentes. Há um doseamento exato do injetor e da atomização do combustível.

VANTAGENS >> Ideal para utilizar antes da IPO >> Evita reparações dispendiosas >> Aumenta o efeito de lubrificação >> Garante uma queima ideal do combustível >> Impede a formação de depósitos >> Protege contra o desgaste e corrosão >> Melhora o ambiente - reduz gases de escape e consumos FICHAS TÉCNICAS E MODO DE UTILIZAÇÃO EM

www.liqui-moly.pt INFORMAÇÕES

comercial.iberia@liqui-moly.com


Atualidade

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JOSÉ FRAZÃO - MECÂNICA 2017

Início de um novo ciclo Depois de seis anos na Batalha (na Exposalão), o ponto de encontro dos profissionais do setor da reparação automóvel – o salão Mecânica, passará a ter lugar em Lisboa, nos pavilhões da FIL, em novembro TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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osé Frazão, Administrador da Exposalão, justifica a mudança do salão Mecânica 2017 para Lisboa como consequência da vontade de acompanhar a evolução e dinâmica do setor. Os mais de 130 expositores que já confirmaram a presença neste evento, a quatro meses de distância, são a melhor prova de que esta mudança foi uma aposta certeira. Depois de tantos anos na Batalha, quais foram as razões para levar este salão para a FIL em Lisboa? A mudança para a FIL deve-se ao facto de querermos acompanhar a evolução do setor e o seu crescimento. A mudança para a FIL faz todo o sentido. A 7ª edição da Mecânica inicia assim um novo ciclo e será o reflexo de um setor cada vez mais dinâmico. Quais são os pontos fortes da Mecânica nesta nova localização em Lisboa? Em primeiro lugar, a Mecânica será um

grande evento a acontecer num grande parque de exposições. Depois, estarmos na capital facilita a visita dos agentes nacionais e internacionais. E, por último, o grande número de profissionais do setor em Lisboa e a facilidade de deslocação até à feira para os profissionais da Zona Centro, Alentejo e de outras zonas como a Madeira, Açores e Algarve. Quais são as vossas expectativas de afluência de visitantes profissionais? A afluência de visitantes nunca foi um problema. No entanto, colocamos a fasquia mais elevada para Lisboa, como consequência da maior facilidade, pela localização e pela adesão de mais empresas e novas marcas. Com as constantes inovações e avanços tecnológicos, a feira será o ponto de encontro de tudo o que o profissional necessita para estar a par das novidades. A quatro meses do início da Mecânica o espaço está praticamente preenchido. No seu entender qual a razão para tal? Surgiram novas empresas em função de novas marcas representadas que se querem apresentar e aproximar dos profissionais. Sabemos que esta mudança há muito que era esperada pelos nossos clientes. Que iniciativas paralelas estão previstas para esta edição da Mecânica? A 7ª edição da Mecânica irá evoluir, tanto na mudança de espaço como nas atividades paralelas. As iniciativas permitirão dinamizar mais a feira e aproximar as marcas dos seus clientes através de demonstrações técnicas, workshops e apresentações. Para


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além disso, os visitantes terão a oportunidade de contactar com temas do seu interesse e questões pertinentes. Qual o plano de comunicação e divulgação para este evento? Estamos a levar a cabo um plano de comunicação através de diversos canais físicos como: imprensa especializada, rádios nacionais, publicidade exterior e canais digitais - newsletters, redes sociais e websites. Contamos também com media partners que nos apoiam na divulgação do evento. Como estará a Expotransporte integrada na Mecânica? Em perfeita sintonia. A Expotransporte realiza-se de 2 em 2 anos com a Mecânica e existe desde sempre um compromisso profissional entre estes setores, que têm bastante em comum e geram sinergias entre si, sobretudo no que diz respeito ao público a quem se destinam. Trata-se de um salão ibérico que faz cada vez mais sentido, pois o número de empresas que operam a este nível é cada vez maior. A Mecânica vai ter mais área de exposição na FIL do que tinha na Batalha? PUBLICIDADE

Sim, a feira irá contar com uma área de exposição de 10.000m² e mais expositores presentes. Atualmente, contamos com 132 expositores. Que mais-valias existem para os profissionais do pós-venda na visita a este certame? Ao visitar a Mecânica, os profissionais do setor poderão encontrar uma montra diversificada de produtos e serviços e terão maior proximidade com os seus fornecedores. Será também um ponto de encontro para atualização de conhecimentos, de tendências e novidades. No salão, os profissionais encontram tudo o que precisam para serem competitivos e gerarem contactos comerciais. Que conselho gostaria de deixar aos profissionais para visitarem a Mecânica? A Mecânica já é considerada um evento à escala ibérica. Não deixem de visitar a Mecânica/Expotransporte e façam parte de um evento com as últimas novidades e tendências do setor. Esta será uma excelente oportunidade para alcançar os objetivos comerciais e dar um novo arranque ao negócio!

Ficha técnica

Local: FIL – LISBOA Data: 24 a 26 de novembro de 2017 Periodicidade: Anual Horário: 24 de novembro: 10h - 20h 25 de novembro: 10h - 21h 26 de novembro: 10h - 19h Área de Ocupação: 10.000 m2 Perfil do expositor: Fabricantes, importadores, representantes. Perfil do visitante: Oficinas; Centros auto; Mecânicos; Profissionais do setor. Produtos expostos: - Mecânica e peças: Tração, chassis, carroçarias, coberturas, interiores, elétrica e eletrónica e peças normalizadas; - Acessórios: Acessórios para veículos a motor, sistemas de alta performance, sistemas de áudio, rodas, pneus e jantes; - Reparação e manutenção: Equipamento oficinal e ferramentas, reparação de carroçarias, pintura e proteção, eliminação de resíduos e reciclagem; - Estações de serviço e lavagens de carros; - Óleos e lubrificantes; - Software de gestão de oficinas; - Associações e imprensa especializada. Inscrições: Até 45 dias antes da abertura da feira.


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MECÂNICO

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ANDRÉ BARBOSA - MECÂNICO NA HYUNDAI MOTORSPORT (WRC)

Percurso de sucesso André Barbosa, atualmente mecânico do piloto belga Thierry Neuville no Mundial de Ralis, lembra o seu percurso profissional e a passagem pelo curso de Mecatrónica Automóvel no CEPRA, que foi fundamental para o lugar que ocupa hoje na equipa da Hyundai TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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m entrevista à Pós-Venda, André Barbosa recorda como se tornou profissional do setor automóvel e mecânico da Hyundai nos ralis do mundial.

Quando e como nasceu o gosto pela mecânica automóvel? Desde pequeno sempre gostei de mecânica. Mas só por volta dos 14/15 anos notei que gostava era de mecânica automóvel, através de um conhecido que era mecânico.

Lembra-se da primeira vez que desenvolveu algum tipo de trabalho técnico num automóvel? A primeira vez em que eu próprio fiz algo tipo de trabalho num automóvel foi durante o curso no CEPRA. Quando foi que o gosto pela mecânica se tornou mais profissional? Como já tinha gosto pela mecânica, pensei para mim: porque não tirar um curso de mecânica, e dessa maneira faço algo que tenho gosto. Que passos é que foram dados até se tornar profissional? Basicamente foi o curso de mecatrónica profissional tirado no CEPRA. Como aparece a formação no meio deste percurso na mecânica? Foi através de um rapaz conhecido que era mecânico e ele falou dos cursos no CEPRA e decidi inscrever-me. O que representa a formação do CEPRA no seu percurso profissional? Foi onde tudo se iniciou? Sim. Para mim foi o meu início no mun-

do da mecânica como profissional. Que ligação teve e tem com o CEPRA? Fui formando lá. Ainda mantenho contacto com antigos formadores meus, como o Francisco Ramos, um dos grandes responsáveis de eu estar onde neste momento estou. E também o Diretor na Sede do Porto, Marco Araújo. Após a formação no CEPRA, que alterações houve na sua vida profissional como técnico? Quando acabei o curso não fui trabalhar para mecânica do dia-a-dia, mas sim para o mundo da mecânica motorsport. Como é que foi dado o passo para se chegar a uma equipa do Mundial de Ralis? Quando sai do curso comecei a trabalhar no mundo motorsport, na equipa da Sports & You em Campo, Valongo. Ganhei aí muita experiência a nível profissional e enviei currículos para equipas do Mundial. Fui chamado a uma entrevista na Hyundai, onde me ofereceram um contrato. Que skills foram exigidos (de uma for-


Formação profissional A especialização é uma mais-valia inquestionável para quem pretende evoluir profissionalmente no setor automóvel, tendo ditado o sucesso do percurso profissional de André Barbosa. O mecânico da Hyundai frequentou o Curso de Mecatrónica Automóvel no CEPRA, que atribui aos formandos uma certificação profissional ou uma dupla certificação (escolar e profissional). O CEPRA é uma entidade de referência no setor, com uma componente prática muito forte, formadores experientes e locais de formação com todos os equipamentos necessários: banco de potência, quadros didáticos com sistemas elétricos, ferramentas e máquinas de diagnóstico, por forma a preparar os jovens para o mercado de trabalho, através de uma formação completa e qualificante para integração no setor automóvel.

ma genérica) para integrar a Hyundai? Para mim não é necessário ter algo de especial para entrar numa equipa do Mundial. Apenas esforço, dedicação, ter gosto no que fazemos e honestidade. Quais são as suas funções na Hyundai durante a prova? A minha função é trabalhar na roda da frente esquerda: suspensão, observação do estado de braços e tudo o que se encontra naquela área. Também faço parte do motor, frente e interior. E antes e depois de cada prova? Fazemos a preparação do material que iremos necessitar durante o serviço, assim como a organização do serviço. Quais são os seus sonhos para o futuro? Eu gostaria de um dia ter a minha própria oficina. Que conselhos daria a um jovem que pretenda iniciar a atividade no setor automóvel? Ter gosto no que fazemos, ter responsabilidade, ser honesto e tentarmos fazer sempre o melhor possível o nosso trabalho.


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ARMINDO ROMÃO, 40 ANOS DA AUTO DELTA

O sucesso estava sempre presente nas nossas cogitações Não são muitas as empresas que se podem gabar de comemorar 40 anos nas peças de automóveis em Portugal com a dinâmica e a pujança empresarial que a Auto Delta demonstra. Armindo Romão conta a história da empresa na primeira pessoa TEXTO PAULO HOMEM

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e a Auto Delta comemorou recentemente os seus 40 anos à persistência e abnegação de Armindo Romão o deve. Mesmo assim a história de Armindo Romão nas peças supera os anos que a Auto Delta agora comemora, pois já aos 13 anos este profissional lida com peças de automóveis.

longo deste tempo, diversos ciclos económicos e tecnológicos, tanto no nosso core business como na generalidade da vida pública que, apesar de constituírem grandes desafios, permitiram um crescimento prudente e sustentado que, aqui chegados, nos coloca como um dos maiores players do mercado aftermarket português.

O que representam os 40 anos da Auto Delta? O chegar a um marco tão importante como são os 40 anos de idade não pode deixar de nos encher de orgulho. Na verdade, a Auto Delta acompanhou, ao

Como é que apareceu a Auto Delta? O que motivou o aparecimento da empresa? A Auto Delta nasce em Maio de 1977, constituída devido aos meus anos de experiência no comércio de peças e acessó-

rios para automóveis, no qual comecei a trabalhar com apenas 13 anos de idade. Por outro lado, a minha esposa Catarina Luísa ficou encarregue da parte administrativa e financeira na qual também já tinha prévia experiência profissional. Os primeiros tempos não foram fáceis pois a conjuntura económica do país dificultava a implantação de novas empresas, mas a nossa persistência e vontade numa fase inicial e depois dos colaboradores que se juntaram a nós, tornaram a nossa continuidade mais fácil. Quais foram os marcos decisivos (destacar apenas 2 ou 3) no crescimento da empresa ao longo dos 40 anos? Em primeiro lugar, o início da importação direta de peças e acessórios automóveis e o alargar do nosso raio de ação para todo o país no ano de 1985, o que permitiu um crescimento muito importante, levando o nosso nome a todo o país. Quatro anos depois em 1989, o foco da empresa passa a estar quase exclusivamente na importação e distribuição de peças e acessórios para automóveis confirmando a aposta feita anteriormente. Por último, a inauguração das segundas instalações em Leiria em 2015, permitiram dar um passo em frente em relação a dois dos nossos pilares identitários, a capacidade de stockagem e a relação com o parceiro comercial que nos procura diretamente. Primeiro, com estas instalações ficámos com 12.000 m2 o que nos permite estar mais perto de ter em armazém uma imagem do que é o par-


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que automóvel nacional e depois, existiu uma melhoria da ligação de proximidade com os nossos parceiros, proporcionando melhores condições a quem nos visita. Há 40 anos perspetivava a empresa tal como ela é hoje? Penso que ninguém, há 40 anos, perspetivava a evolução que existiria, a todos os níveis. A Internet e mesmo a utilização quotidiana de computadores não passavam de miragens bem como o advento das viaturas elétricas e a evolução tecnológica que hoje se nos apresenta em qualquer outro automóvel. Ainda assim, o sucesso estava sempre presente nas nossas cogitações pois esse sempre foi o nosso fito. Que conselho dá ao seu filho Marcelo Silva, sobre o desenvolvimento do negócio da empresa? O Marcelo é um profissional altamente preparado para enfrentar os desafios que se lhe apresentam nos próximos anos e, tendo crescido dentro desta empresa e deste ramo de negócio, sabe aquilo que PUBLICIDADE

é preciso para continuar o nosso caminho, a manutenção da nossa identidade, forjada há 40 anos atrás. Consegue estabelecer uma relação entre o mercado de peças para há 40 anos e o atual? Mudou muita coisa no mercado? A inovação tecnológica tem sido imensa, deixando o aftermarket numa situação incomparável com aquela que existia há 40 anos, bastando circular por qualquer armazém para perceber as diferenças. Os automóveis tiveram primeiro um aumento de peças elétricas e agora tem-se sentido um crescimento muito forte no consumo de peças com elevada componente tecnológica. Ainda assim, o comércio de peças ditas tradicionais como filtros e material de suspensão continua a ter a sua dimensão interessante, mas passando a ter uma quota mais reduzida. Ao longo de todos estes anos quais foram as pessoas que mais o marcaram a nível profissional? Em primeiro lugar, a minha esposa Catarina Luísa. Desde a primeira hora e até hoje tem-se mantido como uma

peça decisiva na nossa engrenagem, tanto pela experiência acumulada ao longo dos anos, atravessando períodos muito difíceis, como pela capacidade de trabalho que ainda hoje evidencia. Depois, os meus filhos Marcelo e Rosália. Ambos se encontram hoje totalmente preparados para assumir as rédeas da empresa substituindo-nos a nós nas nossas tarefas do dia-a-dia. Por ultimo, não posso deixar de dar um grande destaque à nossa equipa que, tanto no presente como no passado, incluindo aqueles que já nos deixaram, permitiram com o seu trabalho desenvolvido que a Auto Delta chegasse até aqui. Como perspetiva a empresa daqui a 40 anos? O que pensa que será a Auto Delta daqui a 40 anos? O que foi nestes 40 anos. Uma empresa com os olhos sempre colocados no futuro, acompanhando a evolução que se sentir bem como o que o mercado procure, mas sempre mantendo-se fiel à nossa identidade, fazendo da sustentabilidade e equilíbrio uma premissa existencial fundamental.


Mercado

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24 AUTOMOTIVE DATA EXPERTISE

Solução para os novos clientes do pós-venda A mais recente oferta da Tips 4y é o Automotive Data Expertise, uma solução que este operador tecnológico disponibiliza para uma nova área de negócio, que a empresa designa por Corporate TEXTO PAULO HOMEM

M TECNOLOGIA

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core business da Tips 4y tem sido o pós-venda automóvel. Para este setor são já conhecidos os diversos produtos que a empresa disponibiliza, como sejam o Catálogo TecDoc, a Web Shop TecDoc, a plataforma oficinal, informação técnica TecRmi e a pesquisa por matrícula. Agora a Tips 4y foi mais além com o lançamento do Automotive Data Expertise, orientado para outro tipo de clientes, como sejam as seguradoras, gestoras de frotas, empresas com frotas, financeiras e cons-

trutores de automóveis. “Entre os player´s que tem tido mais influencia no pós-venda automóvel estão sem dúvida as gestoras de frotas e as seguradoras”, refere Pedro Barros, Managing Partner, que diz que “atualmente a maior parte das viaturas novas que são vendidas são adquiridas por empresas, isto é, cerca de 70% das viaturas novas são registadas em nome de empresas e, por isso, são maioritariamente utilizadas como viaturas de empresas”. Porém, as novas formas de aquisição de


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Tips4y Lisboa Pedro Barros 216 057 190 info@tips4y.pt www.tips4y.pt

viatura, nomeadamente o aluguer operacional, passa também a estar disponível para o particular. O que quer dizer que estas empresas de aluguer operacional, passaram a ser um influenciador no momento da aquisição da viatura para o particular, o que os torna também num player muito ativo no pós-venda. “Estas empresas têm uma forma de se relacionar com o mercado pós-venda diferente daquilo que nós estávamos habituados”, afirma Pedro Barros dizendo que este mercado corporate “procura cada vez mais ter informação sobre os custos de utilização da viatura, que inclui muitas variáveis, como o custo da venda da viatura nova, a valorização no fim do contrato a valores de mercado e os custos da manutenção, conhecidos como TCO, que estão relacionados com os custos de utilização”. Estes dados sobre os custos de manutenção são precisamente os dados que a Tips 4y disponibiliza para o mercado os quais já trabalha há muitos anos. São estes dados que permitem à Tips 4y fazer a previsão de custos uma determinada intervenção de manutenção num automóvel, mas também o custo das várias intervenções durante um período de utilização e/ou uma determinada quilometragem percorrida. “Com estes dados poderemos dar mais certeza na informação sobre os custos de utilização, associada também ao período de vida útil das peças de desgaste que não estão incluídas na manutenção preconizada pela marca”, revela Pedro Barros. Estas análises passam também a conter informação (leia-se análise dos custos) sobre as peças que irão ser substituídas fora dos prazos do contrato, mas em que o seu desgaste principal acontece durante o período do contrato de renting. “É este tipo PUBLICIDADE

de detalhes que estes clientes corporate têm vindo a exigir nas suas análises sobre os custos de utilização”, afirma o mesmo responsável da Tips 4y. O Automotive Data Expertise, agora lançado no mercado pela Tips 4y, é no fundo uma marca que representa todo este conjunto de serviços e produtos destinado ao segmento corporate. Com esta marca, a Tips 4y disponibiliza diversas soluções de benchmark, estatísticas, estudos comparativos e/ou preditivos, relacionados com pricing, vendas, peças e pacotes de serviço, que as empresas podem utilizar para prever e otimizar os resultados com os veículos, no qual o Total Cost of Ownership (TCO) é o melhor exemplo. Para fazer estas análises, a Tips 4y utiliza diversas plataformas (que representa), como é caso das ferramentas da Tec Alliance para o “fleet & leasing business”. Outro dos serviços disponibilizados pela Tips 4y, dentro deste âmbito, é a validação das faturas de serviço de manutenção / reparação. “É um serviço feito numa base de auditoria, em que as empresas nos pedem para validar se as peças, o tempo de serviço e o custo das peças que constam na fatura está, ou não, adequada à intervenção realizada”, explica Pedro Barros. O responsável da Tips 4y, diz que a utilização de todas as ferramentas tecnológicas são apenas parte da solução disponibilizada aos clientes. “A maioria dos serviços são entregues sobre a forma de report´s, pelo que o nosso conhecimento é também muito importante na informação e nas análises que fornecemos. É nesta junção da tecnológica com o nosso conhecimento, que se encontra a mais valia daquilo que propomos aos cliente corporate”, conclui Pedro Barros.

Produtos e Serviços Automotive Data Expertise TCO (Total Cost of Ownership) Estimativa preditiva de custos de utilização de viaturas novas ou usadas, com base na análise dos custos de manutenção, combustível, pneus, impostos e depreciação, de acordo com período de tempo e quilómetros percorridos. Ferramenta de apoio à decisão do processo de aquisição e suporte ao lançamento de novas viaturas. Pricing de Manutenção Previsão dos custos de manutenção (programada e corretiva) de acordo com os dados preconizados pelo construtor (tempários, operações, peças de desgaste, pneus, óleos e MO). Cálculo normal ou interpolado, efetuado para um determinado período e quilometragem, com opção de spread e exportação em matriz. Benchmark Manutenção – Análise comparativa OE vs IAM Peças – Análise de profundidade de gama vs Parque circulante Veículos – Quota de mercado de pesquisas de veículos em soluções de manutenção vs Parque circulante Consultoria >> Ciclo de vida do produto com base em análise preditiva de vendas >> Marketing oficinal >> Posicionamento produto e Pricing


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PEÇAS

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ATM PEÇAS AUTO - AUTO TORRE DA MARINHA, LDA

O caminho é o crescimento

Um dos mais dinâmicos retalhistas de peças da margem sul, a ATM Peças Auto, inaugurou no mês passado as suas novas instalações, neste caso um amplo armazém, onde se localiza também a sede da empresa, no Parque Industrial Casal do Marco no Seixal TEXTO PAULO HOMEM

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esde 2004 que a ATM Peças Auto tem vindo a desenvolver a sua atividade na Torre da Marinha (Seixal), numas pacatas instalações, mas que ainda hoje é um dos balcões de peças mais visitado por mecânicos da região. Depois de uma fase de transição, em que teve também um armazém logístico no Seixal para suporte da sua atividade e do crescimento da gama de produtos (através de uma forte aposta nos componentes de chapa), a ATM Peças Auto mudou-se agora para umas novas instalações com mais de 3.300 m2, dos quais 2.000 m2 em área coberta (com 12 metros de altura), com duas naves, sendo uma para expedição e peças de colisão, e a outra para as peças de maior rotação, existindo ainda uma loja de peças aberta ao cliente. “O constante crescimento da empresa, obrigou a mais stock e com isso a necessidade de investir numas novas instalações que sustentassem o crescimento da empresa e a pudessem catapultar para o

futuro”, explica Paulo Costa, gerente da ATM Peças Auto, sobre as razões do investimento nestas enormes instalações, explicando que “são também o corolário de muito trabalho e de muita dedicação de uma excelente equipa que tenho a trabalhar comigo. Atualmente já somos 22!!!”. Para além da aposta em stock e na distribuição, Paulo Costa não abdica dos balcões de peças. “Quer o nosso histórico balcão da Torre da Marinha, quer agora este nas novas instalações, têm uma atividade muito forte, pois temos não só muitos profissionais à nossa volta, como sabemos que

ATM Peças Auto Seixal Paulo Costa 210 879 460 encomendas@atm.com.pt www.atm.com.pt

eles ainda valorizam muito o balcão, o que nos obrigou a reforçar mesmo a equipa de caixeiros”, assegura o gerente da ATM Peças Auto. Neste momento existe 12 carrinhas na distribuição, a entregarem peças duas vezes de manhã e duas à tarde, levando Paulo Costa a dizer que “é um serviço de proximidade ao cliente que temos vindo a reforçar e que atualmente é muito representativo na nossa atividade. O cliente pede e nós entregamos na hora”. Tudo isto levou a um reforço de stock, com um investimento que superou os 2,1 milhões de euros, sendo uma “área em que também estamos muito fortes e que queremos ainda reforçar”, diz Paulo Costa, explicando que “não queremos ser um importador massivo, mas apostamos na diferenciação da oferta, com a introdução de novas marcas de peças praticamente exclusivas, ao mesmo tempo que reforçamos a parceria com alguns dos operadores de referência com que trabalhamos há muitos anos. Neste momento em todas as linhas temos sempre duas opções de preços, mas sempre com aposta na qualidade”. Forte vai continuar a ser a aposta no online (site de colisão B2C e webshop B2B), que segundo o gerente da ATM Peças está a “correr muito bem”, mas que não impediu que o call center fosse reforçado, tendo agora quatro pessoas dedicadas ao atendimento ao cliente. Com uma perspetiva de crescimento de dois dígitos em 2017, Paulo Costa diz que o sucesso da ATM Peças Auto se deve à fidelização dos clientes, explicando que “os nossos clientes não têm razão nenhuma para nos virar as costas”.



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LEASEPLAN

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CENTRO LEASEPLAN – CARNAXIDE

Conceito inovador com aposta no multimarca Manuel Berger faz uma retrospetiva positiva do primeiro ano de atividade do Centro LeasePlan em Carnaxide que, tendo surgido no âmbito de uma aposta na venda de usados, agrupa diversos serviços Pós-Venda independentes para maior comodidade dos condutores TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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LeasePlan entrou na cadeia de valor dos usados por uma questão de necessidade logística, mas este tornou-se um importante setor de negócio para a empresa, onde o volume de vendas ao cliente particular representa, atualmente, 10% do volume total. Este novo setor de atividade ditou o surgimento do Centro LeasePlan em Carnaxide, pensado para reunir diversos serviços e assim poupar tempo aos condutores, sejam eles clientes ou não desta gestora de frotas. Manuel Berger, Diretor de Operações da LeasePlan, lembra que a empresa preten-

dia “encontrar um espaço onde fosse possível criar um showroom e uma zona de estacionamento para o cliente. A ideia foi criar um centro multiserviços com outras valências para além da venda de usados”.

Serviços Centro LeasePlan

>> Manutenção e pneus (Midas) >> Reparação e substituição de vidros (Carglass) >> Centro de colisão e peritagens >> Rent-a-car (Turiscar)

O Centro abriu portas no verão de 2016, momento que coincidiu com o investimento da LeasePlan na transição de uma rede quase exclusiva de reparadores oficiais de marca para uma rede de operadores multimarca. Ultrapassadas algumas dificuldades do passado em relação à falta de ferramentas de orçamentação e de planos de manutenção, normalmente apenas disponíveis nos fabricantes, a LeasePlan amadureceu a ideia e avançou com este projeto há cerca de 2 anos, recorrendo a operadores de pós-venda. Na receção comum do Centro LeasePlan em Carnaxide, o cliente pode encontrar diversos serviços prestados pelos parceiros LeasePlan: Inspeção de fim de contrato e devolução, manutenção e pneus, reparação de vidros, rent a car e peritagens de colisão, onde serão também feitos, em breve, os smart repairs. Isto permite aos condutores a possibilidade de efetuarem diversas reparações no mesmo local. O objetivo da LeasePlan é poupar tempo aos clientes e melhorar a qualidade do serviço prestado, estando previsto no futuro o agendamento de intervenções ao sábado, para melhorar ainda mais a comodidade do serviço. Este centro foi pensado essencialmente para os condutores LeasePlan, que atualmente representam a maioria do volume


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de trabalho. No entanto, está aberto ao público e a empresa promove também a utilização do centro pelos seus clientes de usados. Uma parte das preparações de usados para venda é feita no Centro LeasePlan, sendo as restantes efetuadas noutros locais, por forma a não esgotar a capacidade do centro. Este conceito de sucesso está também a surgir na cidade do Porto, mais concretamente em Matosinhos. O Centro LeasePlan para o norte do país já tem em funcionamento a venda de usados e as inspeções de fim de contrato, havendo já um espaço preparado para a futura oficina e restantes serviços. TRANSIÇÃO PARA O MULTIMARCA

O centro LeasePlan têm apenas operadores multimarca o que surge precisamente após PUBLICIDADE

um processo de transição dos prestadores de serviço (leia-se oficinas) das marcas para as redes multimarca. Manuel Berger afirma que tem sido “uma transição suave, mas a verdade é que neste momento temos já factos concretos que nos levam a crer que esta é uma aposta de sucesso”. Para a sua rede multimarca, a LeasePlan seleciona alguns parceiros da sua confiança

Centro LeasePlan Carnaxide Manuel Berger 214 400 965 usados.particulares@leaseplan.com www.leaseplan.pt

para cada zona e consegue assim um volume de serviços superior para cada um, e, consequentemente, o feedback é mais notório e imediato, o que torna mais fácil melhorar procedimentos e corrigir falhas, através da constante monitorização da qualidade dos processos. Este tipo de parceria iniciou-se com as redes Precision, Midas e Bosch Car Service, estendendo-se atualmente a outros parceiros. Cada uma das instalações é sujeita a uma auditoria, que irá definir se determinado centro (oficina) cumpre os requisitos da LeasePlan, para poder ser incluído na sua rede. A aposta na parceria com as redes multimarca, ao coincidir com a abertura de um ponto pós-venda da LeasePlan, facilita também o feedback por parte dos clientes em relação a este conceito. As redes multimarca, segundo o responsável da LeasePlan, trazem diversas vantagens aos condutores, tais como a presença no centro das cidades, em postos de combustível e centros comerciais, com horários de funcionamento mais alargados e convenientes e ainda a maior oferta de pontos de serviço, importantes sobretudo nas zonas do país onde a oferta é mais reduzida. AUDITORIA PÓS-VENDA

Em relação ao controlo de qualidade na rede de operadores multimarca por todo o país, a LeasePlan tem contrato com parceiros que efetuam este serviço. No que toca ao método “cliente mistério”, Manuel Berger afirma que este não tem trazido pontos negativos: “A rede pós-venda é bastante disciplinada e a experiência tem provado isso”. Quanto à dúvida se a parceria com operadores multimarca poderá afetar o valor residual ou a garantia dos veículos, Manuel Berger garante que “nunca tivemos esse receio porque asseguramos que as oficinas cumprem o plano preconizado pelo fabricante e por isso não há razão para inviabilizar uma garantia ou para tornar o carro menos fiável”.


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O MB-SERVICE

Apostar na confiança A MB-Service desenvolveu um conceito oficinal sustentado na proximidade aos clientes e aos fornecedores, tendo como foco a qualidade do serviço e a confiança TEXTO PAULO HOMEM

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história da MB-Service está intimamente ligada à história profissional da vida de Filomena Bilro. Depois de mais de duas dezenas de anos a trabalhar para o pós-venda de um concessionário (que representava a Volkswagen e a Audi) como gestora de clientes, esta profissional viu-se na contingência de reiniciar tudo a partir do zero, quando a empresa onde trabalhava decidiu encerrar as portas desta unidade. Aproveitando os incentivos do Estado no apoio ao empreendedorismo, Filomena Bilro decidiu dar continuidade a todo o Know-How que trazia e, por iniciativa própria, abriu de novo a oficina onde tinha trabalhado tantos anos, desta feita como oficina multimarca e com o nome comercial MB-Service. “Após um longo processo burocrático, a MB-Service foi inaugurada em setembro de 2013”, começa por informar Filomena Bilro, dizendo que “tive que reinvestir em

tudo novamente pois da anterior oficina apenas restava mesmo o espaço!!!”. Com um mecânico, a MB-Service arrancou a sua atividade, tendo Filomena Bilro assumido a gestão da oficina não só por necessidade profissional, mas também pelo gosto que desenvolveu nesta área, sem esquecer os conhecimentos que tinha que “foram fundamentais para poder iniciar com esta pequena oficina. Falei com muitos clientes e com empresas, com quem tive relação profissional no passado, que depois de terem vindo à inauguração se tornaram alguns deles clientes da MBService estando agora fidelizados à casa”. A partir do momento em que a MB-Service abriu as portas a relação de confiança com muitos dos clientes não foi quebrada pois houve uma aposta clara, segundo Filomena Bilro, na qualidade do serviço: “não existe nenhum cliente que não goste de ser bem tratado, mas o trabalho técnico teria também que corresponder a esse tratamento. Por outro lado, existe sempre muito cui-


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MB-Service Figueira da Foz Filomena Bilro 233 411 029 mb.service@hotmail.com

dado no acompanhamento que fazemos ao cliente durante a realização do serviço”. Aliás, para esta gestora oficinal, a experiência trouxe-lhe muita sensibilidade no que diz respeito à relação cliente / oficina. “Gostamos sempre que o cliente verifique tudo aquilo que se está a passar com o seu automóvel, por exemplo, sempre que existe algum serviço a fazer que não esteja programado o cliente é informado e queremos que seja ele a verificar” refere Filomena Bilro, explicando que “sei que existe muita desconfiança do cliente face à oficina. Alguns dos novos clientes já foram enganados noutras oficinas e já chegam aqui desconfiados. Por isso, para nós é fundamental gerar confiança no cliente e fazê-lo acreditar que o nosso serviço é sério e de confiança. Isto para mim é fundamental”. Por exemplo, uma das medidas que a MB-Service implementou é a entrega dos relatórios dos diagnósticos eletrónicos ao cliente. Outra medida, é que todas as intervenções são previamente orçamentadas e que qualquer desvio ao mesmo o cliente é sempre informado. Pelo histórico da atividade dos profissionais desta oficina, a MB-Service sendo uma oficina multimarca, existe uma especialização nos carros do Grupo VAG, até porque a maioria dos clientes tem carros deste grupo. Quanto à política de peças, Filomena Bilro diz que a escolha é sempre do cliente, existindo a opção entre a origem e a concorrência. Curiosamente, diz esta responsável, “os clientes que têm carros do grupo VAG

pedem normalmente peças de origem, os restantes optam na maior das vezes por peças da concorrência. Contudo, na MBService apostamos sempre em trabalhar material que está também no primeiro equipamento, abdicando das segundas linhas e das peças usadas, pois queremos evitar problemas com as garantias, e não queremos colocar em causa a nossa imagem”. Outro dos aspetos que Filomena Bilro não pretendeu abdicar foi da imagem da sua oficina. Atualmente abraça o conceito de Castrol Service Center, “não só pela forte imagem que a Castrol possui junto dos clientes, mas também porque esta marca de lubrificantes é recomendada pelo Grupo VAG e como a maior parte dos nossos têm carros deste grupo acabam por pedir esta marca de lubrificantes”, explica a gestora da MB-Service. Lutando com a falta de profissionais, noPUBLICIDADE

meadamente mecatrónicos, a MB-Service desenvolve praticamente todo o tipo de serviços técnicos, desenvolvendo outras parcerias a nível oficinal, nomeadamente nas áreas da chapa e pintura e ainda pneus, áreas em que recorre a parceiros de confiança e de longo prazo. Para dinamizar ainda mais negócio para a sua oficina, a MB-Service dinamizou uma série de protocolos com diversas entidades locais, como também aposta em campanhas regulares. “Uma oficina, mesmo pequena como a nossa, tem muitas dificuldades em evoluir, acima de tudo porque o Estado nos carrega com muitos impostos, pelo que o fundo maneio é sempre pequeno para nos lançarmos em grandes investimentos”, reconhece Filomena, que olha para o futuro com otimismo atendendo à política de qualidade e as relações de confiança que pretende sempre dinamizar com os seus clientes e com os seus fornecedores, mas sempre vai dizendo que “é um negócio complicado que só é possível gerir devido à nossa experiência e à seriedade com que estamos no negócio”.


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Uma coisa é crescer nas vendas, outra coisa é crescer na rentabilidade PEDRO DÍAZ (ZF AFTERMARKET) Com um percurso muito ligado às peças, Pedro Díaz é atualmente Country Sales Manager da ZF Aftermarket. Nesta entrevista deixa a sua versão do que se está a passar no aftermarket em Portugal ENTREVISTA PAULO HOMEM - NÁDIA CONCEIÇÃO FOTOS MICAELA NETO


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ode-se dizer que Pedro Díaz é um otimista por natureza. O novo Country Sales Manager da ZF Aftermarket vê sempre nas ameaças novas oportunidades para explorar. Considera que uma das grandes vantagens do aftermarket é que sempre se soube adaptar às constantes alterações de mercado e que assim vai acontecer no futuro. Nesta entrevista deixa uma série de opiniões e de pontos de vista do que se está a passar no mercado, fruto dos muitos anos que tem neste setor. Como não poderia deixar de ser, a recentemente integração da TRW na ZF foi também motivo de conversa. Aliás, foi mesmo por aqui que começamos esta entrevista. Como está a decorrer o processo de integração da TRW na ZF? Em termos genéricos o que está, nesta fase, a acontecer? A TRW foi adquirida pela ZF há cerca de dois anos. Aquilo que se tem vindo a fazer é definir a estrutura de cima para baixo, ou seja, consoante os mercados, as áreas de atuação e as estruturas de distribuição de uma empresa e de outra, vão sendo tomadas decisões. Em função disto tem-se vindo pouco a pouco a definir a estrutura da “nova” empresa unificada. Na área do primeiro equipamento a integração é relativamente mais fácil. Os produtos da TRW, no que se refere ao primeiro equipamento, encaixam muito bem na ZF, e tendo em conta que a maioria dos clientes são os mesmos, e que agora a nossa oferta é ainda mais completa, o processo de integração é relativamente mais rápido. E no aftermarket... A estrutura de aftermarket, pouco a pouco também tem vindo a ser organizada. O processo tem de ser ponderado, e bem analisado, porque existem diferentes situações

nos vários mercados onde actuamos. Nos países em que as duas empresas atuam ao mesmo nível da distribuição, é um processo relativamente mais fácil. No caso de Portugal a situação é diferente. A TRW Automotive Portugal há muitos anos que atua a um nível de distribuição diferente da ZF Services Portugal, principalmente devido ao passado da TRW enquanto Lucas Automotive. Estamos num canal de distribuição um pouco mais abaixo, ou seja, por um lado somos a “marca” para os nossos produtos, mas ao mesmo tempo, como temos um perfil de cliente distinto, a nossa estratégia sempre foi dar o máximo de serviço ao nosso cliente, daí termos sentido a necessidade de disponibilizar algumas marcas externas. Somos uma marca, mas atuamos também como distribuidor. No caso da ZF Services Portugal, atua num canal de distribuição mais acima. Daí que temos duas empresas que têm clientes diferentes e que quando se juntam têm aqui algumas particularidades que tornam o processo mais difícil, isto para dizer que não é um processo rápido. Tem de ser ponderado, analisado, e que não terá grandes alterações a curto prazo. De momento vamos continuar a atuar enquanto TRW Automotive Portugal, e a ZF Services Portugal vai continuar a atuar da mesma forma. Já temos a estrutura de pessoas bem definida, eu começo a envolver-me no negócio da ZF, mas o que irá acontecer será um processo gradual, que apenas terá resultados mais visíveis a médio e longo prazo. Essa questão é mais a nível empresarial e não tanto a nível do produto? Temos algumas gamas em comum, e neste momento a empresa a nível mundial está a analisar a sua estratégia de marcas. Ao contrário de outras empresas que são monomarca, nós sempre disponibilizámos várias marcas para as várias gamas de produtos. Temos algumas gamas comuns, nomeadamente a Suspensão e Direcção e os Amortecedores. O que estamos a fazer neste momento é um trabalho interno de análise

Nós vendemos produtos de qualidade premium. Procuramos acrescentar valor a tudo o que vendemos.


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As oficinas Como vê o mercado oficinal em Portugal? Tem evoluído bastante. Tem também que ver com as pessoas. Vínhamos de uma geração com processos muito rotinados, não havia tanta evolução tecnológica nem necessidade de investimento. Pouco a pouco o próprio automóvel foi exigindo mais das oficinas. Hoje em dia uma oficina tem de ter obrigatoriamente um de diagnóstico, que há alguns anos não era equipamento base de uma oficina. Com a mudança das novas gerações que estão a entrar neste negócio, logicamente já há outra mentalidade, com mais propensão para a eletrónica e formação.

de posicionamento de marcas. Vamos continuar a manter as mesmas gamas de produtos e as mesmas marcas. Tanto a Sachs como a Lemforder são marcas premium, e a TRW também tem um posicionamento premium, daí que temos de definir muito bem onde e como as queremos posicionar nos vários mercados aonde atuamos. Sempre fomos uma empresa habituada a gerir várias marcas diferentes. Enquanto grupo temos uma panóplia grande de marcas que se adaptam às várias necessidades dos mercados. Achamos que essa é a melhor estratégia, e a que adapta melhor às necessidades do atual Aftermarket. Que efeitos poderá isto trazer a curto/ médio prazo? A curto prazo, em Portugal, poucos, porque estamos em dois canais de distribuição diferentes com clientes também diferentes. Praticamente não temos clientes em comum. A médio prazo, logicamente que iremos aproveitar as sinergias, e iremos aproveitar o melhor das duas empresas, passando a disponibilizar aos nossos clientes uma gama de produtos bastante mais completa em marcas muitos fortes. De qualquer maneira, para podermos aproveitar essas sinergias, temos de analisar, ver os prós e contras, porque não podemos, nem queremos, estar presentes em todos os clientes. Vamos ter de escolher os parceiros que queiram trabalhar connosco

e assim estabelecer fortes relações de parceria, como sempre o fizemos em ambas as empresas. Queremos continuar a oferecer serviços e produtos de excelência, mas com uma gama de produtos ainda mais completa do que tínhamos até hoje. Este tipo de concentrações / fusões vai continuar? Penso que a consolidação de mercado está a existir a todos os níveis. Vemos cada vez mais grupos automóvel a consolidarem-se com outros. As peças também irão, logicamente, acompanhar. Vemos também a nível do aftermarket acontecer exatamente a mesma coisa. Temos os grandes grupos de compra a consolidarem-se em toda a Europa, vemos os grupos de retalho, até mesmo em Portugal, a começarem a organizar-se. Esta é uma tendência que irá continuar. Daqui a uns anos os grupos serão relativamente poucos... Eu não diria poucos porque de certeza que outros irão aparecer. O mercado é muito dinâmico, tem um volume muito alto e quando algo é muito apetecível, logicamente outros irão aparecer. Há uns anos não tínhamos o comércio eletrónico a funcionar nesta área para o consumidor final e hoje em dia já vemos os sites online a interessarem-se por este negócio, não apenas os especialistas de peças, mas sites de venda generalistas.

As oficinas independentes estão a atualizar-se? Sim. Vemos investimento e vemos associativismo. Sempre tivemos milhares de oficinas independentes que não queriam entrar em redes. Hoje em dia já vemos o interesse em entrar em redes, outras a fazem investimentos por si próprias, tendo capacidade para o fazer. Já existe uma consciencialização nas oficinas para evoluírem e se atualizarem. É nesta fase que as oficinas de vão de escada vão desaparecer? Já fazemos essa pergunta há muitos anos, mas elas continuam e irão continuar. Irão reduzir certamente, devido à exigência tecnológica, devido à escolha por parte do consumidor final, que começa a ter uma maior noção e a querer um serviço mais profissional. E contribuem para grande parte da faturação de muitos retalhistas... São uma parte de faturação, obviamente. O retalho na venda à oficina, está a escolher a quem vende e a quem entrega, no sentido em que o servir este tipo de oficinas começa a ser pouco a pouco menos rentável. Os seus volumes de vendas são pequenos e não compensa manter rotas de distribuição para um volume de negócio pequeno e que não dá o retorno que o retalhista necessita.


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Perguntas rápidas Qual foi o seu primeiro carro? Foi um Fiat 600. Quantos quilómetros faz por ano, atualmente? Faço cerca de 40.000. O que mais gosta neste setor independente? O dinamismo. É um mercado que está sempre em constante desenvolvimento. Não é um mercado estático. Está sempre a evoluir, há constantemente novos desafios, sempre alguma coisa a acontecer: novos produtos, novas gamas, novas marcas, novas instalações, etc. E o que menos gosta? Não é o caso de não gostar, mas a título de exemplo é um mercado difícil devido à complexidade da quantidade de referências que temos de gerir. É mais um desafio! Continua a ir ao terreno visitar as oficinas e retalhistas? Não tanto como gostaria. Mas considero que é fundamental, porque somos um mercado que vive muito da relação humana. Existe uma grande relação de proximidade com alguns parceiros. O que gosta de fazer nos tempos livres? Passar o tempo com a família, principalmente, e algum desporto.

Em termos de aftermarket em Portugal qual é a análise que faz do mercado? Penso que as empresas no nosso mercado, em primeiro lugar, nunca foram muito atrativas para serem compradas pelos grandes grupos internacionais, conforme tem acontecido no resto da Europa. Isto não quer dizer que não apresentem boa rentabilidade, mas o seu volume de vendas é relativamente pequeno quando comparado com outros mercados mais importantes e com maiores volumes. O que faz com que o nosso mercado tenha ficado um pouco à parte destes movimentos que têm acontecido na Europa, e no mundo. Em Portugal vamos tendo uma situação um bocado híbrida, com alguns dos grandes importadores/distribuidores a fazer investimentos próprios. Na minha análise externa é que se o fazem é porque estão a ter capacidade para o fazer e percecionam com bons olhos o negócio futuro. E o mesmo se passa nos canais mais abaixo, como a nível do retalho independente, onde também continuamos a ver mais investimentos em estruturas, pessoas e serviços. Portugal sempre foi um mercado pouco associativista, daí a TRW Automotive Portugal manter uma relação de parceria de longa data com muitos clientes independentes. Mas, logicamente que no futuro haverá uma clara tendência de consolidação e or-

ganização. Com isto não quero dizer que os Independentes irão desaparecer, pois muitos fazem um excelente trabalho nas suas áreas de atuação e será muito difícil que alguém consiga romper as relações de proximidade que estes tanto fomentam. Irão sim procurar organizar-se de uma melhor forma. Alguns grossistas já começam a estar associados a grupos internacionais... Sempre existiu muito a ideia de que sozinhos éramos capazes, mas hoje em dia essa mentalidade tem vindo a alterar-se. Já vemos os grandes distribuidores a afiliarem-se aos grupos internacionais de compra. Vemos os retalhistas a criarem os seus grupos de retalho. Vemos a nível oficinal cada vez a aparecerem mais redes. No resto da Europa as redes de oficinas já são algo de há muitos anos. As tendências europeias demoram algum tempo a chegar a Portugal, mas chegam, e pouco a pouco temos assistido a isto. Existem agora uma série de novos conceitos de distribuição que fogem do modelo tradicional... É a procura da rentabilidade. Há que ter em conta que o mercado das peças passou ao lado da crise nos últimos anos. Houve mercados com quedas enormes, mas o mercado das peças foi sempre andando bem. E o que aconteceu foi que tivemos alguns mo-


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mentos na crise que ajudaram a consolidar algumas empresas, desapareceram algumas e outras tiveram crescimentos, o que levou a que façam hoje investimentos maiores. O mercado cresceu, apesar de muitas análises negativas, penso que nos últimos dois anos, a generalidade dos players do mercado tiveram crescimento. Mas uma coisa é crescer nas vendas, outra coisa é crescer na rentabilidade. E o desafio neste momento é a rentabilidade. Hoje em dia é fácil crescer, mas é difícil manter a rentabilidade que se tinha há uns anos atrás. Esse agora é o desafio. Foi-se crescendo, mas foram aumentando os custos. Por exemplo, a questão do serviço, onde se foram aumentando as entregas de forma exponencial. Cada vez temos também mais referências e temos mais necessidade de investimento interno, serviços de encomendas online, entregas e disponibilidade de stock, que hoje em dia é uma das questões mais importantes. Daí que, pouco a pouco, todos os custos foram aumentando. E os preços de venda não aumentaram, as margens não aumentaram, antes pelo contrário. Na generalidade dos mercados sempre existiu a análise de marketing do “good, better, best”, para os três principais níveis de posicionamentos de marcas. O que aconteceu é que muitas marcas premium (best) desceram, tiveram de baixar os preços para fazer frente ao envelhecimento do parque, as do nível intermédio (better) também se reposicionaram, não deixando espaço para o produto mais barato e de baixa qualidade. Portanto, já não temos três níveis. Temos o primeiro nível premium e depois temos o segundo nível com marcas com alguma notoriedade, que já não é o produto de baixa qualidade “chinês”, como se dizia. Daí que, em resumo, é verdade que estamos num mercado de crescimento de vendas, mas que na minha opinião é um mercado que tem sofrido muito a nível de margens devido aos vários reposicionamentos de preços e do crescente aumento de custos. Estará aqui uma bolha a rebentar? Não. Eu não diria bolha, porque este é um mercado muito profissional, e apesar de haver muitos independentes é um mercado bastante profissionalizado. Estou seguro que a maioria das empresas tem analisado esta questão. Claro que com a crescente concorrência, o facto de já não se trabalhar com as margens de há uns anos atrás devido à descida de preços, ao aumento de custos que tiveram as organizações com as entregas, com o stock, com serviços, com as plataformas de pedidos online, e até com

os necessários investimentos em marketing, algumas empresas vão ser obrigadas a ajustar a sua oferta de produtos e serviços, ou vão ter problemas sérios de rentabilidade. As marcas de automóveis estão a dinamizar redes oficinais e o negócio de peças independente. Como analisa esta situação? Mais tarde ou mais cedo estes players chegariam em força ao aftermarket. No passado havia o chavão de que as marcas ganhavam dinheiro na venda do carro e não se preocupavam com a venda de peças. Este era um negócio para dar serviço/apoio à venda dos automóveis. Hoje em dia as margens da venda de carros também são mais limitadas e as marcas têm de procurar rentabilidade na área das peças. E quando olham para um mercado independente muito organizado, com uma disponibilidade muito boa e com um nível de serviço superior do que aquele que às vezes a origem tem, é evidente que mais tarde ou mais cedo iriam começar a ponderar fazer os necessários investimentos para conseguir ganhar alguma quota de mercado. Principalmente nesta fase, em que se começam novamente a vender mais carros e as marcas têm mais capacidade de investimento e por isso olham para o aftermarket como uma oportunidade de crescimento do seu negócio.

pelo que o consumidor está mais informado e está mais habituado a comprar tudo online. Por isso mais tarde ou mais cedo esse canal ia-se desenvolver e logicamente que para os OES, o poder juntar o digital é uma mais valia. A Renault entrou com peças, com pneus e com uma rede. O Grupo PSA entrou também com rede e peças. A ofensiva das marcas é grande? E mais virão. Era inevitável. Todos sabíamos que iria acontecer. A questão principal é se essas empresas estão suficientemente preparadas para entrar no aftermarket e se têm o know-how e as pessoas certas para o fazer. É verdade que a nível do produto a marca também já está a ajustar a sua oferta às necessidades do mercado independente. Antigamente, grande parte da oferta de produto oferecido por este canal, na sua caixa com a marca do fabricante automóvel, era fabricada pelas mesmas marcas que forneciam a sua origem. Atualmente são obrigados a procurar alternativas com melhor relação qualidade/preço para poderem ser mais competitivos no mercado independente. Por essa razão estão a lançar outras marcas direccionadas ao mercado independente.

O exemplo da Mister Auto com o Grupo PSA... Existem muitos exemplos na Europa que começam a funcionar bem. O mercado das peças sempre teve a vantagem de não ter sido muito afetado pelo canal digital porque existe sempre a componente técnica da montagem, o que levava a que um consumidor final, há uns anos, quase não considerasse a possibilidade de comprar uma peça pela internet. Essa questão tem vindo gradualmente a desaparecer. É mais fácil referenciar uma peça online, há catálogos por matrículas e há muita informação online,

Existe uma tendência de fugir das marcas que estão no primeiro equipamento para os independentes? Temos aqui outro fator que é o parque envelhecido em Portugal. Uma grande fatia do parque automóvel, mais de 50%, tem mais de 10 anos. Portanto, as marcas, para conseguirem entrar no canal independente, têm de ter oferta de produto e serviço a um nível de preço de acordo com esse tipo de parque, que não procura peças com a mesma qualidade e preço das de origem. Daí que comecem a ter outro tipo de oferta a nível do preço com a criação de marcas próprias, redes de oficinas, e serviços especialmente direcionados para o aftermarket.

Uma oficina hoje em dia não pode apenas escolher o fornecedor em função do preço

As marcas de automóveis são players que estão a assumir posições importantes neste negócio... É inevitável. Mas não há que ver isto apenas como uma ameaça. Pode ser também uma oportunidade para as empresas com capacidade de fornecer estes players, ou de fazerem parcerias a nível de serviços. Relativamente ao mercado da venda de peças, o canal independente sempre se soube adaptar e fazer frente aos desafios. O mercado independente é muito profissional, no sentido de se adaptar e reagir. Quando tivemos pressão de preço, o serviço aumentou e melhorou. Hoje em dia a exigência


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38 Perfil

Pedro Díaz esteve vários anos na área das vendas de publicidade associada a jornais e revistas, trabalhando em vários grupos de comunicação. Foi para a Bosch Portugal, onde esteve durante cerca de 3 anos como gestor de produto. Ainda na Bosch, foi para Madrid, durante 4 anos, para gerir produtos nos dois mercados. Há 10 anos veio para a TRW Automotive Portugal como Diretor Comercial. Atualmente ocupa o cargo de Country Sales Manager da ZF Aftermarket.

é enorme. O consumidor final já não está disposto a esperar muito tempo pelo seu carro quando vai a uma oficina. E logicamente que a oficina transpõe essa pressão para os seus fornecedores. Na minha opinião, vai ser difícil para as marcas conseguirem dar um serviço tão bom quanto o canal independente. Seja pela disponibilidade de stock, pelos serviços de entrega, ou mesmo pelas relações de parceria e proximidade que são muito importantes no mercado oficinal. Quais são os principais problemas deste setor, no seu entender? Acho que há problemas inerentes ao próprio negócio, que não vão deixar de ser como são. O negócio é muito complexo porque gere muitas referências, cada vez mais e com cada vez mais exigência. O próprio negócio em si é complicado. Muito sujeito ao erro, mas tem evoluído muito. Temos feito muito investimento ao nível da informação, e isso tem ajudado a reduzir o erro. Diria que a principal dificuldade no setor é a gestão das referências e o seu respetivo stock. Há algum tempo afirmou que as oficinas só deverão confiar em grandes fornecedores que ofereçam produto e formação de uma forma estruturada e integrada... Aquilo que digo é: uma oficina hoje em dia não pode apenas escolher o fornecedor em função do preço. O mecânico, durante muitos anos, sempre foi muito sensível ao preço, era um dos principais fatores para a escolha. Hoje em dia o fator de decisão principal já não é o preço. Uma oficina tem que saber escolher o seu parceiro. Tem de ser alguém que lhe dá, para além da peça, produtos de qualidade, formação, informação, bons catálogos, boa informação técnica, apoio técnico, sistemas online de encomenda, etc. O que preconizo é que não pode escolher apenas com base num único fator, tem de

olhar para uma quantidade de fatores para escolher o seu parceiro. E é aí que a ZF / TRW se posiciona? Sim. Nós vendemos produtos de qualidade premium e disponibilizamos uma panóplia de serviços para ajudar os nossos parceiros de negócio. Procuramos acrescentar valor a tudo o que vendemos. Também afirmou que a cada vez maior integração de sistemas dentro do automóvel faz com que se tenha de trabalhar mais em conjunto com outros fornecedores, porque hoje em dia uma peça tem influência em todas as outras. Isto vai ser cada vez mais assim. Aliás, esta associação ZF e TRW também vai um pouco por aí? Há cada vez mais a partilha de motores, de tecnologia, de componentes no automóvel, principalmente agora que a integração dos sistemas é maior. Há muito mais interligação entre os componentes do automóvel por via da eletrónica. Hoje em dia temos um automóvel que comunica cada vez mais entre si e para fora. Já não temos, falando mais em primeiro equipamento, fornecedores que apenas fornecem peças. Atualmente fornecem sistemas: um conjunto de componentes que interagem entre si. Os operadores independentes têm de perceber como o sistema funciona como um todo. Como cada vez temos mais eletrónica, mais unidades de comando, mais computação, logicamente que tudo isso será mais difícil para o independente, o que o obriga cada vez mais a investir em formação e informação. Será necessário que as oficinas tenham alguém que, quando começarem a aparecer sistemas mais complexos, lhes dê suporte e informação. Vejo isto numa perspetiva de apoio e não tanto de investimento. Terão de ter acesso aos dados, à formação e necessitam de ser apoiados.

Acha que as marcas vão tentar restringir a informação aos independentes? Penso que está a empolar-se um problema, que também pode ser uma oportunidade. Logicamente que é uma ameaça, se o mercado independente não tiver acesso à informação, mas tenho uma visão otimista. A rede de concessionários existente não tem capacidade de dar serviço a todos os veículos, por isso o mercado independente vai continuar certamente a fazer serviço. As próprias marcas terão de fornecer também essa informação aos independentes... A questão é: como o vão fazer e como as marcas se vão tentar proteger. Logicamente que é uma ameaça, mas já passámos por várias fases e o mercado sempre se adaptou. É verdade que as marcas irão fazer tudo para aproveitar esta situação. O mercado independente é dinâmico e estou confiante que a informação irá chegar, poderá demorar algum tempo e as marcas vão aproveitar esse período para fidelizar clientes. Mas estou otimista, no sentido da reação do mercado independente. Os veículos elétricos e híbridos já têm influência no mercado independente? Em algumas reparações sim, mas o parque ainda é relativamente pequeno. Diz-se que o negócio de aftermarket irá crescer 1% com a evolução destas tecnologias? Irá existir uma grande alteração tecnológica no automóvel do futuro próximo. Há muitos componentes que vão deixar de fazer sentido, mas por outro lado muitos outros irão ser incorporados. Enquanto empresa temo-nos vindo a preparar para estas alterações. Temos investido muito na área da eletrónica, segurança, radares e condução autónoma. Mas logicamente alguns componentes irão desaparecer.



Dossier

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PASTILHAS DE TRAVÃO

Crescimento sustentado

O aumento na procura de “novos” sistemas de travagem e o crescimento do setor têm levado a uma maior exigência por tecnologias mais eficientes, em consonância com um ajuste de preços por parte dos fabricantes TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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mercado das pastilhas de travão em Portugal é altamente competitivo, devido ao elevado número de players, marcas e preços disponíveis. Após uma fase de abrandamento do mercado até 2016, os registos de veículos têm vindo a aumentar de forma gradual. A ACAP prevê um crescimento de 2% nas vendas de ligeiros de passageiros para 2017 e o equivalente em 2018. A venda de pastilhas de travão acompanha, consequentemente, este crescimento do mercado. De acordo com a consultora Grand Market Research, espera-se um aumento substancial nas vendas de produtos de travagem até 2022. Paralelamente, assiste-se a um aumento do grau de exigência por produtos cada vez melhores, mais confiáveis e a preços adequados. PREÇO

Na atual conjuntura de mercado e dado o excesso de oferta no setor, surgiu a necessidade de uma atualização de preços por parte das marcas premium, o que levou a uma entrada em queda por parte das marcas budget, tal como indica António Mateus, Sales and Marketing Manager Portugal da

TMD: “A aproximação dos preços dos dois segmentos faz com que as marcas budget percam expressão”. Atualmente, o consumidor está mais informado e por isso toma uma decisão de compra mais racional, conforme refere Benito Tesier, General Manager da Brembo Espanha: “Nas pastilhas, a pressão sobre os preços é visível, o consumidor pede vários orçamentos antes de realizar a compra”. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

Com o crescimento do mercado, aumenta também a exigência em termos de segurança. Os avanços tecnológicos têm um papel determinante na evolução das pastilhas de travão, oferecendo mais segurança e uma maior responsabilidade ambiental. Na última década o setor reinventou-se, com o aparecimento de tecnologias como o ABS, o TCS e a travagem regenerativa. O investimento na constante melhoria do produto e uma produção feita a partir de amostras de equipamento original tem permitido o aparecimento de novas soluções. Um processo de produção mais atento, assim como a utilização de matérias-primas de qualidade, têm levado as pastilhas de travão a um nível superior em


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termos de desempenho, segundo Ricardo Figueiras, Responsável de Marketing da AZ Auto, que fala ainda na existência de uma “pressão social e jurídica para que os automóveis cumpram cada vez mais os rigorosos padrões de segurança”. Filipe Reis, Diretor de Qualidade da Auto Silva Acessórios, lembra que “o parque automóvel em Portugal está envelhecido e, por isso, é fundamental que a qualidade dos componentes chave para a segurança do automóvel seja uma prioridade. Os avanços tecnológicos serão uma tendência nos próximos tempos, com a travagem autónoma e a recuperação de energia dos veículos híbridos e elétricos”. Tiago Domingos, Responsável de Comunicação da Auto Delta, acredita que “cada player terá de procurar uma relação com uma marca forte ao nível de investigação e desenvolvimento, para que se consiga destacar no mercado aftermarket”. Segundo Ricardo Figueiras, há muito espaço para progredir: “Este é um setor onde acreditamos que há oportunidades. É parte constituinte e fulcral da segurança dos veículos, e, se por parte das oficinas for feito um trabalho de maior PUBLICIDADE

atenção comercial e técnica aos elementos de travagem, haverá sempre oportunidade para se aumentarem as vendas”. Por sua vez, Clara Torres, Responsável de Marketing da Eurofren, acredita que serão penalizadas as empresas que não ofereçam produtos ou serviços adequados: “O compromisso com a qualidade, serviço e profissionalismo traz os seus frutos. Sermos próximos do revendedor, dando o apoio necessário para vender os nossos produtos traduz-se, fundamentalmente, numa boa relação qualidade/preço e numa melhor oferta. Clara Torres destaca também a importância das ações de marketing, com campanhas personalizadas e adaptadas às necessidades de cada cliente. As marcas estão, atualmente, muito ativas a dinamizar as suas gamas de pastilhas para o aftermarket. Esta é uma tendência que terá de continuar, sob pena de perda de quota de mercado das empresas para a concorrência. O aumento da oferta, aliado à alta tecnologia e qualidade, mantendo preços competitivos, serão fatores decisivos, que se irão refletir nas vendas e no crescimento de cada um dos players deste setor.

Breve análise ao mercado de pastilhas de travão Sandra Gonzalez BOSCH

“O mercado de pastilhas de travão continua a crescer, na minha opinião, devido a vários fatores. Entre eles, a recuperação das entradas das oficinas que permitiu a geração de mais operações e consumo ao longo de toda a cadeia de distribuição. No geral, o mercado de pós-venda demonstra também uma vertente de crescimento: aumento de matrículas, aumento e envelhecimento do parque, aumento da quilometragem anual por carro – fatores que contribuem para o aumento do negócio e crescimento do mercado. No que diz respeito às pastilhas e discos de travagem, a taxa de substituições tem aumentado ligeiramente e tem havido uma redução dos quilómetros entre as trocas”.


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QUESTÕES

1-Que marca ou marcas de pastilhas de travagem comercializam? 2-Qual foi a mais recente novidade de produto introduzida ao nível das pastilhas de travão? 3-Que novidades vão lançar ou introduzir na gama, no futuro próximo, ao nível ao nível das pastilhas de travão? 4-Qual a cobertura do parque circulante das marcas que representam em termos de pastilhas de travão? 5-Que serviços estão associados à comercialização da vossa marca de pastilhas de travão: informação técnica, formação, sites técnicos, etc.?

5 – Damos uso total a todos os meios que os fabricantes com quem trabalhamos disponibilizam, quer ao nível da formação, quer ao nível do apoio ao pós-venda. Foram já efetuadas formações técnicas com clientes, no sentido de dotar todos de melhores conhecimentos. Estamos a trabalhar para desenvolver a área do pós-venda, garantindo melhor informação técnica e apoio.

AZ AUTO

Ricardo Figueiras - Responsável de Marketing 917845516 ricardo.figueiras@azauto.pt www.azauto.pt

ALECARPEÇAS

Paulo Agostinho - Diretor Geral 218 150 044 geral@alecarpecas.pt www.alecarpecas.pt 1- ATE, Pagid, Open Parts, Blueprint,

Nipparts. 2 – A entrada na oferta da ALC das marcas Open Parts e Nipparts. 3 – De uma forma geral, temos a oferta fechada e bem definida, não estando previsto nenhum novo lançamento. Ao nível da gama, iremos atualizar a oferta sempre que os fabricantes lancem novidades para o mercado. Neste aspeto pretendemos sempre chegar em primeiro lugar ao mercado, com uma oferta atualizada para os mais recentes modelos. 4 – Acima dos 98%.

1 - A AZ Auto comercializa pastilhas de travão da ATE e da Galfer, duas marcas que pertencem à Continental, bem como de uma outra gigante no mundo automóvel, a Bosch. 2 - A mais recente novidade tem sido a aposta na gama de pastilhas de travão ATE Ceramic, que, construídas com uma inovadora mistura de materiais, são do que de mais inovador e disruptivo tem sido produzido ao nível da travagem, com o desenvolvimento de uma solução que resulta em inúmeras vantagens para os seus utilizadores: a ausência de pó nas jantes, de ruído na travagem e uma capacidade de resistência superior às pastilhas normais, o que faz com que sejam mais duradouras. Isto tudo garantindo sempre a mais elevada segurança na travagem, excedendo os exigentes requisitos das diretivas ECE R90. 3 - Os fabricantes estão constantemente a testar novos materiais e novos métodos de produção, pelo que podemos esperar muitas novidades nos próximos tempos, que vão girar muito em volta do fabrico de pastilhas de travão com novos componentes, que vão permitir, além de muitas melhorias no desempenho, atingir o objetivo máximo, que é o de tornar os veículos mais seguros. 4 - A cobertura do parque circulante por parte das marcas que a AZ Auto comercializa, situa-se nos 98%.

5 - Tanto a ATE como a Galfer são marcas da Continental, assim estas usufruem do “know how” e de toda a estrutura da gigante alemã. Já a Bosch goza da sua experiência nas mais variadas áreas do mercado automóvel e produção de componentes, uma experiência que permite dar um apoio quase sem paralelo no que toca aos produtos por eles produzidos. Ambas as marcas disponibilizam um vasto leque de manuais, documentos de apresentação e vídeos de instrução, que são ferramentas poderosas para conhecer os produtos e acima de tudo o seu funcionamento. Para além dos suportes de vídeo e suportes documentais, a AZ Auto detém em exclusivo o desenvolvimento e promoção do conceito Centro de Travões ATE, o qual tem sido promovido junto do segmento oficinal com o apoio da nossa rede de parceiros e, neste conceito, estão contemplados todos os aspetos relacionados com apoio técnico e formação, entre outros. Este apoio é prestado diretamente à própria oficina sempre que esta assim o solicite, em qualquer ponto do país, como também aos nossos parceiros.

VALEO

Cristina Guezuraga - Product Manager Braking & Portugal +34 914 958 553 vsa-madrid-asistencia-tecnica.mailbox@ valeo.com www.valeoservice.pt

1 - Comercializamos a marca Valeo, de pastilhas de travão premium, no mercado português, uma gama projetada para garantir a qualidade e especificações OE - Original Equipment - devido ao seu material de fricção premium e processo de acabamento – antes de embaladas, passam por um teste de fricção com os discos. Além disso, a gama Valeo cobre já mais de 95% do parque automóvel em Portugal. 2 - A Valeo trabalha constantemente para trazer as mais recentes inovações ao mercado. Para correspondermos às exigências de conforto dos nossos clientes diante de problemas de ruído recorrentes, a Valeo



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inclui tecnologias patenteadas, como a calha de metal Nu-Lok, que divide por cinco a potencial ocorrência de ruído relacionado ao travão. 3 – A Valeo trabalha no desenvolvimento de um material de fricção mais otimizado: 95% das pastilhas de travão da Valeo para automóveis de passageiros atingem a classificação “N” do “padrão SAE J 866”. Esta classificação é a melhor no padrão americano de testes ambientais. A Valeo Service orgulha-se de ter proposto este material de fricção, que possui menos de 0,5% de cobre, para a sua gama de pastilhas de travão de veículos de passageiros, adiantando-se à imposição desta lei na Europa. 4 – Como foi mencionado, as pastilhas premium Valeo cobrem mais de 95% do parque automóvel português, com uma gama em constante crescimento, por forma a chegar a todo o mercado. Em 2017, planeamos lançar no mercado mais 100 novas pastilhas de travão, para oferecer a gama exigida pelos nossos clientes. 5 – A Valeo como líder de aftermarket na manutenção de pastilhas de travão, tem um programa de serviço dedicado, o Valeo Tech’Care, com base em quatro pilares: formação técnica, incluindo workshops, e-learning e promoção técnica, com demonstração do produto, suporte técnico, com uma linha direta, um site dedicado e ferramentas de oficina.

TMD

António Mateus - Sales and Marketing Portugal 913 705 150 a.mateus@sapo.pt tmdfriction.com

1 - Textar e Mintex. A Pagid, embora sendo uma marca TMD, é comercializada pela Hella, através de uma “join venture” detida pela TMD e pela Hella. 2 - Foi a E Pad. Trata-se da mais recente inovação de fricção “amiga do ambiente”. 3 - Ampliação da gama à medida do parque circulante. 4 - 98% do parque europeu. 5 - Todos, exceto a formação técnica. Este

serviço é possível que comece a médio prazo. Está pensado.

METELLI

Marcella Marzoli - Marketing Department +39 030 705 711 MarcellaMarzoli@metellispa.it www.metelli.com

1 – Comercializamos as marcas Metelli, Cifam, Trusting e Fri.Tech. 2 – Introduzimos o substrato denominado underlayer, que permite melhorar as características das próprias pastilhas, evitando ruídos ao travar e garantindo o máximo conforto. Aqui obtemos uma importante certificação para o mercado dos EUA, a AMECA. Trata-se de um substrato inserido entre o suporte metálico e o material de fricção, com o objetivo de otimizar o aumento da resistência mecânica, a redução de vibrações e ruído, e a barreira contra a transferência de calor. Existe outra novidade relativamente ao fornecimento do anti-vibrante diretamente montado na pastilha, atualmente presente nos códigos destinados a viaturas de gama alta e que em breve será alargado às restantes aplicações em conformidade com a solução adotada pelos fabricantes OE. Além disso, foram introduzidas importantes melhorias nos suportes metálicos que, graças ao sistema de retenção mecânica, permitem uma melhor e sólida adesão do material ao próprio suporte. O sistema de retenção mecânica baseia-se numa matriz de ganchos sobre a placa de suporte que, penetrando underlayer, garantem uma junção mecânica indestrutível. Um novo composto para pastilhas de travagem, o HybriX, foi colocado no mercado com as marcas Metelli, Cifam, Trusting e Fri. Tech. Este marca um ponto de viragem na história das pastilhas de travão, no sentido de diminuir a concentração de cobre (menos de 0,5%), mantendo o conforto e o desempenho da travagem. Na Metelli, cada fase de trabalho mecânico é rigorosamente planeada e acompanhada de perto, em conformidade com elevados padrões de qualidade. 3 – Brevemente daremos mais novidades

importantes! O grupo Metelli continua a investir em pastilhas de travão, introduzindo melhorias técnicas que conduziram o nível de qualidade deste produto ao nível máximo da atual tecnologia de ponta, equiparando as pastilhas Metelli às principais marcas de OES. Atualmente, a oferta Metelli está entre as maiores e mais competitivas no mercado, com mais de 1600 referências de pastilhas de travão. 4 – Em termos da nova tecnologia HybriX, esta gama consiste em mais de 1600 referências, capazes de cobrir 95% da frota automóvel europeia, americana e asiática. 5 – Dispomos de um suporte técnico e serviço de assistência pós-venda, para satisfazer amplamente as necessidades dos clientes, tanto para encontrar o produto certo, como para a sua montagem correta.

BREMBO

Benito Tesier, General Manager Brembo Espanha comercial@brembo.es +34 902 196 066 ou +34 976 144 656 www.bremboparts.com

1 – A Brembo oferece uma gama completa de pastilhas de travagem, com mais de 1400 artigos. O catálogo é atualizado regularmente e está disponível na versão digital no nosso website. 2 – As pastilhas Brembo são o resultado de um planeamento inovador, seguido por uma análise profunda em laboratório e testes de estrada rigorosos, garantindo uma qualidade superior. A Brembo introduziu recentemente as novas pastilhas para camiões e veículos comerciais. 3 – A Brembo, líder mundial na fabricação e fornecimento de sistemas de travagem para os principais fabricantes de automóveis, investiu no desenvolvimento de uma variedade de pastilhas para fornecer aos profissionais do aftermarket a referência perfeita, combinando discos e pastilhas: desempenho de travagem máximo em qualquer tipo de estrada, máximo conforto de condução e funcionamento silencioso. A Brembo oferece aos profissionais do aftermarket uma ampla


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gama de produtos que abrangem todos os requisitos das frotas. 4 – Na Brembo oferecemos uma gama de pastilhas de travagem que cobrem 98% do parque automóvel. 5 – A Brembo sempre viu o seu know-how como um valor a partilhar com os profissionais do setor. É por isso que a nossa oferta para o mercado de reposição nunca dispensou a necessidade de formação e atualização técnica. Para melhorar o programa tradicional de formação em sala de aula, desde 2011 a Brembo oferece aos seus membros a oportunidade de tirarem proveito de formação digital da Brake System Academy: um DVD que examina os detalhes técnicos dos componentes do sistema de travagem, juntamente com o seu funcionamento e manutenção. Além disso, no nosso site está disponível o catálogo digital.

Em que sentido têm ido os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos ao nível das pastilhas de travão? Ricardo Figueiras AZ AUTO

HELLA

Frederico Abecasis, Area Manager Portugal 910 035 081 f.abecasis@hella.com www.hella.pt

1 – Hella Pagid Brake Systems. 2 - As novidades são sobretudo ao nível de aplicações para veículos muito recentes, nomeadamente para os novos Audi A7, Porsche Macan, Mercedes E-Class (W213), BMW Serie 4, etc. A grande vantagem de estarmos no primeiro equipamento é que no lançamento dos produtos novos, o time-to-market é muito menor, permitindo ter sempre uma gama muito atual. 3 - Temos preparado o lançamento de pastilhas da nova geração que cumprem com as novas normativas europeias. 4 - A nossa cobertura é uma das mais abrangentes do mercado, estando acima dos 98% de cobertura no que respeita ao parque europeu. 5 - No caso da Hella Pagid, temos uma excelente ferramenta on-line na qual os clientes facilmente identificam as peças, com toda a informação técnica e desenhos em tamanho real das pastilhas, para que

“Os últimos desenvolvimentos ao nível das pastilhas de travão têm sido feitos nos materiais que as constituem, sendo que temos uma cada vez menor utilização do amianto enquanto componente principal. A utilização de novos materiais serve para atingir uma melhor performance do produto, que se mede sob a forma de fricção. Os objetivos finais são sempre o melhor desempenho, maior segurança, mais fricção”.

António Mateus TMD

“Como sempre desde há alguns anos: maior durabilidade, conforto e segurança”.

Frederico Abecasis

Luís Almeida JAPOPEÇAS

“A permanente ambição dos fabricantes é alcançar uma mistura ótima dos materiais de fricção empregues, por forma a alcançar diversos objetivos entre os quais: eficácia e qualidade de travagem, conforto, durabilidade, tudo isto sem sobrecarregar outros componentes. Cada vez mais está presente a preocupação ambiental, ao serem usados materiais cada vez menos poluentes, sem comprometer a qualidade do produto final”.

Flávio Menino AUTOZITÂNIA

“Os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos ao nível das pastilhas de travão têm ido no sentido de aumentar a durabilidade e desempenho destes produtos, ao mesmo tempo que se tenta diminuir o ruído e a sujidade provocada”.

HELLA

Tiago Domingos

“Os desenvolvimentos vão sobretudo nos materiais de fabrico das pastilhas, fruto das novas normativas europeias que estão a sancionar a utilização de alguns metais pesados que estavam a ser utilizados no seu fabrico. Já é uma tendência de há vários anos, mas as normas são cada vez mais exigentes e trazem-nos desafios cada vez maiores a nível de produção”.

AUTO DELTA

“Tem sido muito importante o desenvolvimento das linhas premium. Por outro lado, temse assistido a uma massificação do travão de estacionamento automático e ao aparecimento de sistemas de travagem automática através de sensores que detetam perigo e emitem sinal para que o veículo seja travado”.


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possam verificar e tirar as dúvidas existentes. Essa plataforma está disponível a todos os clientes via: www.brakeguide. com. Temos também formação on-line e tutoriais no nosso portal Hella Tech World.

dispõe de informação relativa a esta gama. Aonível técnico temos um técnico especializado, que dá apoio à nossa rede de distribuição, e que também dá formações técnicas de travagem às oficinas clientes dos nossos distribuidores. Outro serviço que disponibilizamos é um site técnico TechCorner direcionado às oficinas, onde disponibilizamos muita informação relativa aos produtos que comercializamos, como por exemplo instruções de montagem das pastilhas que tenham algumas particularidades na montagem.

agora a trabalhar para eliminar o cobre, o único metal pesado presente numa parte da nossa gama, que se aplicará também nas pastilhas para veículos comerciais. Antecipando a legislação europeia, que pode confirmar o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável. 4 – Com uma produção de mais de 25 milhões de jogos de pastilhas por ano e graças ao nosso sistema de fabricação integrada, oferecemos aos nossos clientes uma gama de mais de 2 mil referências, com diferentes níveis de acessórios, o que pressupõe uma cobertura de 99% do parque automóvel. 5- n/d.

TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL

Carlos Gomes – Gestor de Produto 214 228 300 marketing.portugal@zf.com www.trwaftermarket.com

1 - Comercializamos a marca TRW. 2 - A mais recente novidade lançada pela TRW ao nível das pastilhas de travão foram as pastilhas DTEC, que são pastilhas com uma fórmula avançada de cerâmica, com níveis reduzidos de poeira (reduz a poeira na superfície das jantes até 45%), mas que mantém o mesmo nível de segurança da gama convencional. 3 - Estamos na fase de consolidação das nossas recentes inovações (COTEC e DTEC) na gama que temos atualmente, mas continuamos a investir em Investigação e Desenvolvimento. 4 - As nossas pastilhas de travão TRW cobrem 98% do parque circulante europeu. 5 - Para além das pastilhas de travão e dos acessórios que incluímos sempre que possível, temos todo um apoio técnico e de marketing associado a esta gama. Ao nível de marketing temos folhetos e posters que destacam as principais vantagens das pastilhas TRW, nomeadamente das mais recentes inovações COTEC e DTEC. Para além do nosso site, que também

EUROFREN

Clara Torres Checa - Responsável de Marketing 948 290 636 marketing@roadhouse.es www.roadhouse.es

1 - Road House, Remsa e Woking. 2 - O lançamento das novas pastilhas para veículos industriais. No primeiro semestre de 2016 apostámos numa mudança muito importante, tanto no produto como na imagem e embalagem. Esta evolução trouxe-nos muito bons resultados desde o lançamento e, logicamente, durante este ano, continuaremos a trabalhar com os nossos distribuidores, para apresentar e fazer chegar este produto às oficinas e frotas. 3 - Lançamos mais de 180 novas referências a cada ano para manter a nossa marca com a maior cobertura do mercado. Além disso, a nossa empresa foi pioneira no lançamento de pastilhas sem metais pesados para os veículos de turismo. Estamos

JAPOPEÇAS

Luís Almeida - Diretor Geral geral@japopecas.pt 256 203 080 www.japopecas.pt

1 - Comercializamos a gama completa das marcas FBK e Aisin. 2 - A introdução das pastilhas de travão Aisin foi a mais recente novidade. A gama conta com mais de 280 referências e mais de 27500 aplicações destinadas ao parque automóvel asiático e europeu. Com este lançamento, a Japopeças consolidou a sua oferta no segmento premium. 3 - Continuamos a enriquecer a gama da FBK com a introdução de novas referências. No que diz respeito à Aisin, as novidades são a oferta disponível para o parque automóvel europeu e que poderá vir a ter expressão na oferta da Japopeças. 4 - No que diz respeito ao parque auto-



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móvel asiático, as duas marcas que trabalhamos garantem-nos uma cobertura quase total. No que diz respeito ao parque automóvel europeu, a oferta da Japopeças encontra-se numa fase embrionária, pelo que a cobertura é ainda residual. 5 - Cada embalagem contém informação técnica e instruções de instalação. Informação complementar encontra-se disponível no site das próprias marcas e plataformas online entre as quais o TecDOC.

AUTO SILVA ACESSÓRIOS Filipe Reis - Diretor de Qualidade 226 169 983 filipereis@autosilva.pt www.autosilva.pt

1 - A Auto Silva Acessórios S.A. divide a sua oferta de pastilhas de travagem entre as marcas Ferodo e a Necto, ambas pertencentes ao grupo Federal Mogul. 2 - A tecnologia Eco-Friction assume-se como principal novidade nas pastilhas de travagem Ferodo. Esta tecnologia, não só conseguiu remover o conteúdo de cobre do material de fricção, como também permite um melhor desempenho e uma reduzida distância de travagem. A EcoFriction já está disponível na Auto Silva Acessórios. 3 - Acompanhamos a evolução das nossas marcas de pastilhas de travão, com as quais estamos bastante satisfeitos. 4 - Segundo o fabricante: “A Ferodo assumiu o compromisso de fazer chegar a

sua tecnologia ecológica de equipamento original ao mercado independente com uma ampla oferta de pastilhas de travão, cerca de 95% de cobertura do parque automóvel circulante”. No mesmo sentido, a marca Necto tem uma gama bastante ampla de referências com mais de 1500 (cobertura superior a 98,5% do parque de ligeiros) que servem de equivalência e complemento às referências da marca Ferodo. 5 – Disponibilizamos informações técnicas no nosso website, com ligação aos sites das próprias marcas e enviamos aos nossos clientes as informações mais relevantes por direct mail. A Federal Mogul desenvolveu a plataforma F-M campus na qual disponibiliza informações técnicas dos produtos e de montagem sobre as marcas do grupo. Nesta plataforma, a informação pode ser consultada em nove idiomas, com imagens, livros e vídeos. O acesso à plataforma F-M campus pode ser feito via website e através da aplicação F-M campus, disponível para ipad e tablet Android. Temos planeada uma ação de formação com alguns clientes da marca Ferodo ainda para o final deste ano.

e fiabilidade, e por outro lado menor ruído e sujidade, o que lhes confere uma maior potência. 3 - A principal novidade que vamos lançar na nossa gama de pastilhas de travão é a introdução de gama completa para veículos asiáticos. 4 - Com todas as marcas que representamos conseguimos ter uma cobertura de todo o parque circulante, muito perto dos 100%. 5 - Associados à comercialização das nossas marcas de pastilhas de travão, conseguimos oferecer serviços de informação técnica e comercial, assim como formações também a nível técnico e comercial, de forma a disponibilizar todo o apoio necessário aos nossos clientes.

AUTOZITÂNIA

AUTO DELTA

1 - As marcas de pastilhas de travagem que comercializamos são RoudHouse, Textar, Ate, Brembo, Blue Print e febi. 2 - A mais recente novidade de produto introduzida ao nível das pastilhas de travão foram as pastilhas com componente de cerâmica, que apresentam características que as diferenciam das restantes. Estas pastilhas têm um elevado desempenho, pois têm por um lado maior durabilidade

1 - Na Auto Delta comercializamos uma gama bastante abrangente de produtos ligados aos componentes de travagem, nomeadamente da marca Meyle. Começando nas tradicionais pastilhas de travão, os seus discos e ainda os tubos e óleos específicos, até a novas gamas que têm vindo a ser cada vez mais pedidas pelo mercado, como o sejam as pinças de travão e os sistemas de travão ditos

Flávio Menino - Diretor de Marketing e Comunicação 214 789 100 flavio-menino@autozitania.pt www.autozitania.pt

Tiago Domingos - Responsável de Comunicação 244 830 070 tdomingos8@gmail.com www.autodelta.pt


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“elétricos”. 2 - A grande novidade de produto vai para o desenvolvimento técnico que a Meyle tem efetuado, tanto nas pastilhas, como nos discos de travão. No caso das pastilhas de travão, foi importante o desenvolvimento técnico na gama de viaturas de carga, oferecendo uma maior duração do produto, nomeadamente através da resistência a cargas pesadas, bem como níveis altos de stress a que as pastilhas são sujeitas. 3 - A Auto Delta procura sempre, em cooperação com os nossos parceiros e colaboradores, estar na primeira linha da evolução técnica do mercado. Ainda assim, este é um processo que é fruto de um trabalho que passa pela partilha permanente de conhecimentos. 4 - Cerca de 90%. Porém, e como já foi dito, este é um processo de atualização gradual em que a cada dia que passa há muito trabalho a ser efetuado. É com todos que contamos, parceiros e colaboradores, para continuar a fazer o trabalho que nos tem colocado numa excelente posição no mercado. PUBLICIDADE

5 - A Meyle proporciona uma diversidade bastante grande de meios de apoio ao consumidor. Entre flyers e brochuras, até ao nosso site, que conta com todas as informações técnicas importantes, e ainda a plataforma Meyle TV, que se tem revelado muito importante, fruto da clareza e pertinência dos conteúdos desenvolvidos pela marca alemã.

EUROTYRE

Manuel Félix - Managing Diretor 962 373 243 geral@euro-tyre.pt www.eurotyre.pt

1 - A marca que comercializamos em exclusivo para Portugal e Espanha é a Motaquip. 2 - Na Motaquip entendemos o vínculo que existe entre a qualidade e a segurança de um veículo. A nossa missão é proporcionar qualidade e desempenho em cada pastilha de travão. Para conseguir isso, construímos as nossas pastilhas


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com as mais recentes tecnologias e efetuamos testes extensivos que vão acima dos regulamentos R90. O investimento em especificações premium e o nosso compromisso com testes exaustivos garante que cada pastilha de travão oferece um poder de travagem verdadeiramente avançado. Os regulamentos ECE R90 sujeitam todas as pastilhas a um conjunto de testes padrão, mas, para avaliar verdadeiramente o desempenho, a Motaquip efetua uma série de procedimentos de teste aos requisitos R90. 3 - O uso de uma placa traseira de aço de alta qualidade, proporciona força e durabilidade. São fabricadas com precisão para garantir um ajuste preciso e eficiente da pinça de travão. As pastilhas de travão Motaquip estão equipadas com um grampo composto inovador e multicamada, que elimina ativamente as vibrações, para reduzir a possibilidade de ruído Tecnologia de controlo de ruído (NCT). 4 - Cobertura completa. A Motaquip tem sido uma marca de “todas as marcas” desde a sua fundação, e este foco continua hoje. Onde outras marcas de produtos pós-venda cobrem apenas segmentos específicos do mercado, a Motaquip oferece produtos premium e cobertura abrangente para todas as gamas de produtos em todo o parque de veículos europeu, japonês e coreano. 5 - A identificação é possível através dos catálogos eletrónicos TecDoc e TecCat, assim como no nosso portal Motaquip-Ecat.

BILSTEIN

Joana Santo - Marketing Coordinator 219 663 720 joana.santo@bilsteingroup.com www.bilsteingroup.com

1 - O Bilstein Group em Portugal comercializa pastilhas de travão nas marcas: febi, Swag e Blue Print, garantindo assim uma completa cobertura nos mercados em que está representado em todo o mundo - mais

de 175 países. 2 - O Bilstein Group está em constante evolução, quer em gama com a introdução novos produtos e respetiva abrangência de aplicações, quer ao nível de controlo de qualidade, para garantir cada vez mais performance e eficiência. Esta evolução traduz-se em sucessivas novidades. 3 - Importa referir que cada vez mais o Bilstein Group procura ser mais completo e abrangente por marca. Importa também mencionar que todas as pastilhas de travão têm aprovação ECE R90 (quando aplicável). O teste R90 inclui processo de desgaste, verificação de desempenho, testes de travagem, equivalência de desempenho a frio, e testes de sensibilidade de velocidade. Significa que todas as pastilhas de travão fornecem performances equivalentes às do primeiro equipamento, em funcionalidade, segurança e eficiência. 4 - Se analisarmos no total das marcas febi, SWAG e Blue Print como um todo do Bilstein Group, ao nível das pastilhas de travão a cobertura total do parque circulante em Portugal é de 86%, mas é importante salientar que estas percentagens se mantêm idênticas na grande maioria dos 175 países onde o Bilstein Group comercializa pastilhas de travão. 5 – A febi, SWAG e Blue Print disponibilizam algo que nos diferencia - Order-fill. A nossa capacidade de resposta a pedidos nesta gama de produto na febi, SWAG e Blue Print, mostra percentagens entre 95% e 96%, sendo isto algo que cria índices de confiança a quem trabalha as nossas marcas. Depois temos o Centro de Suporte ao Cliente com o apoio constante e imediato ao mercado, solucionando qualquer questão comercial ou técnica. Finalmente temos em Portugal uma equipa técnica que apoia todas linhas de produto que fazem parte do portfólio Bilstein Group.

BOSCH

Sandra Gonzalez – Gestora de produto de Sistemas de Travagem automovil.comunicacion@bosch.com www.bosch-pecas-automovel.pt

1 - A Bosch comercializa apenas a sua marca própria de pastilhas de travagem. 2 - Na Bosch procuramos sempre responder à necessidade de tornar os automóveis mais seguros e eficazes. Atendendo à nossa constante procura pela inovação, introduzimos as primeiras pastilhas de travão isentas de cobre. 3 - Neste momento continuamos a trabalhar no desenvolvimento e produção de pastilhas de travão em cerâmica. 4 - Orgulhamo-nos de conseguir apresentar 98% de cobertura do parque circulante. 5 - A nossa estratégia está assente numa visão global do serviço ao cliente. Oferecemos aquilo a que chamamos Parts, Bytes & Services – no fundo, um portfólio vasto de partes automóveis de qualidade, bem como uma série compreensiva de diagnósticos e oficinas para teste de equipamentos e serviços para o



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mercado de pós-venda e lojas de reparação no mundo inteiro. A Bosch tem vindo a melhorar os seus serviços e disponibiliza aos seus parceiros e distribuidores informação técnica do produto, formações e linhas de apoio, que permitem prestar um atendimento personalizado.

STAND ASLA

Jorge Sá - Administrador 220 917 000 geral@stand-asla.pt encomendas.stand-asla.pt

ZIMMERMANN

Anita Borges – Responsável de Marketing 214 824 010 aborges@helmuth-wittenburg.com www.otto-zimmermann.de

1 – Comercializamos a marca Zimmermann. 2 – A mais recente novidade é a nova linha de produto: pinças de travão. 3 – A gama de produtos Zimmermann é constantemente desenvolvida em conformidade com o inventário atual de veículos. Assim, a Zimmermann mantém sempre uma gama inovadora de produtos para o aftermarket. 4 – O programa no setor de pastilhas é constituído por uma cobertura de mais de 1000 referências, garantindo assim a cobertura de uma grande parte da frota de veículos atual. 5 – Manual de informação de produto com: características de qualidade, características de diferenças e indicações de tolerâncias. Além disso, o manual contém imagens de danos comuns, que estão relacionados com erros de instalação e de condução. Pode aceder-se às FAQs e tutoriais vídeo no site da Zimmermann. Em termos de formação, esta pode ser dada nas instalações do cliente ou na Zimmermann.

1 – Magneti Marelli, Jurid, SCT. 2 – Relativamente à marca Magneti Marelli, em janeiro de 2017 o Stand Asla incorporou no seu stock a nova gama de pastilhas de travão, sendo introduzidas novas referências mediante o lançamento das mesmas por parte do fabricante. Quanto às marcas Jurid e SCT, as mesmas apresentam constantemente novas aplicações e referências, que vamos introduzindo no nosso stock com regularidade. 3 – Como mencionado acima, o Stand Asla procura atualizar a gama disponível com a maior regularidade possível. Procuramos disponibilizar uma gama de produtos alargada e com constante introdução de novas aplicações, correspondendo às necessidades do mercado em constante evolução. 4 – O site de encomendas do Stand Asla está interligado à base de dados TecDoc, na qual consta toda a informação de catálogo das marcas representadas. 5 – n/d.

JAPANPARTS

Silvia Padoa - Group Marketing Communication +390 458 517 749 silvia.padoa@japanparts.it www.japanparts.it

1 - Comercializamos apenas pastilhas Japanparts, abrangendo mais de 95% do parque circulante asiático. 2 - Melhorámos a mistura das nossas pastilhas, garantindo desempenho equivalente ao original. Garantimos um ótimo espaço de travagem e conseguimos melhorar também o comprimento da “cintura” da pastilha, sem perder em termos de desempenho de travagem. 3 - Até ao final de 2017 iremos inserir na nossa gama toda a parte europeia, garantindo pelo menos 85% de cobertura. 4 - Já referido nos pontos acima. 5 - Fornecemos todos os detalhes no nosso catálogo online, onde é possível consultar desenhos técnicos, medidas, referências cruzadas de aftermarket, códigos OEM, aplicações e informações importantes para a identificação da peça certa.

FEDERAL-MOGUL

Pere Banús, Communication & TSTW Manager Portugal e Espanha +34 917 461 814 pere.banus@federalmogul.com www.fmecat.eu

1 - Em Portugal estamos atualmente com três marcas: Ferodo, Jurid e Necto. 2 – A tecnologia Eco-Friction da Ferodo. Temos ido mais longe do que qualquer


um no respeito ao meio ambiente, pelos materiais que compõem a nossa gama Eco-Friction. Esta é uma gama de pastilhas sem cobre ou com níveis muito baixos deste metal. Esta circunstância coloca a Ferodo na vanguarda do respeito pelo meio ambiente. Mas esta revolução tecnológica também se consegue melhorando o desempenho do produto em termos de comportamento e segurança. 3 - Com um desenvolvimento inovador revolucionário como o Eco-Friction, o próximo passo é a extensão desta tecnologia ecológica para outras gamas. 4 – Temos uma solução para cada necessidade. No caso da Ferodo é de 97% do parque automóvel e mais de 90% para a Jurid e Necto. Oito dos 10 veículos mais vendidos em Espanha utilizam Ferodo. 5 – Há a destacar os programas F-M Campus e Mecacracks. O F-M Campus oferece aos profissionais todos os conhecimentos que necessitam, tanto em relação a novas tecnologias, como para processos ou produtos. É uma plataforma online, onde o mecânico pode atualizar os seus conhecimentos quando quiser, gratuitamente, em www.fmcampus.eu. O programa de fidelização Mecacracks, através de una dinâmica participativa, permite aos mecânicos demostrarem os seus conhecimentos e também o seu compromisso com as marcas da empresa e como aproveitamento dos recursos formativos e técnicos que a Federal-Mogul coloca à sua disposição. O prémio final? Participar no Panda Raid 2018.


Internacional

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EXO AUTOMOTIVE - OPEN PARTS

A afirmação de uma marca A Open Parts, da Exo Automotive, é uma marca de peças de automóveis que está a entrar novamente em Portugal TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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Exo Automotive é uma empresa italiana, fundada em 1992, que atualmente exporta para mais de 13 países e oferece uma gama completa de produtos de alta qualidade, apostando no constante lançamento de novas linhas de produtos. A marca Open Parts está atualmente a estabelecer-se no mercado, graças a uma política de controlo de qualidade e atenção ao detalhe, através de um cuidadoso pro-

cesso de produção e controlo de processos. Por exemplo, num mercado onde existe uma grande variedade de marcas de pastilhas de travão, é importante saber distinguir as diferenças entre elas. Os principais atributos são os componentes, as características de segurança e um fornecedor confiável. O composto em si pode determinar uma grande percentagem do preço, o que significa que, se comprar demasiado barato, provavelmente irá obter uma qualidade


55 Scorching treatment

Uma vantagem extra, que diferencia a marca da concorrência, é o “scorching treatment” - tratamento abrasivo - na superfície da pastilha de travão, um processo industrial pré-executado que antecipa a descarga de gás e reduz o fenómeno inicial de desgaste, para segurança garantida desde a primeira travagem.

O Teste de Segurança

A EXO Automotive efetua uma verificação constante das operações em

todas as fases de produção e nos ensaios de bancada e estrada, para avaliar o desempenho e o ruído. Atualmente a marca cobre mais de 93% da frota automóvel na Europa e tem vindo a apresentar novos números de peças a cada ano, estando prevista, até setembro deste ano, a introdução de 32 novos números de peças. A EXO Automotive acredita que o mercado português merece uma alternativa ao produto OE sem comprometer a segurança ou a qualidade, mantendo um preço justo. A marca aposta ainda numa parceria com empresas portuguesas bem estabelecidas, como a Alecarpecas e a Soarauto, o que proporciona uma distribuição generalizada, para além de um conjunto de produtos mais completo. É importante lembrar uma máxima dos tempos antigos, no momento de decidir por um determinado produto: a amargura da má qualidade permanece por muito tempo depois da doçura do baixo preço!

As pastilhas de travão Open Parts obedecem a 6 níveis de segurança:

inferior. A Open Parts aposta em oferecer um produto de qualidade, a um preço competitivo.

garante um desempenho equivalente ao original.

QUALIDADE É MAIS DO QUE PREVENIR DEFEITOS

A EXO Automotive respeita o meio ambiente: nas pastilhas OP não há utilização de amianto, mercúrio, cromo ou cádmio, sendo utilizada uma baixa quantidade de cobre, de acordo com a especificação americana NAO, que obriga a que a presença deste metal seja apenas 0,5% do peso total das pastilhas de travão. As pastilhas Open Parts são distribuídas em Portugal pela Soarauto e pela Alecarpecas. Juntamente com os seus parceiros, a marca está a expandir-se por várias lojas especializadas e oficinas, por forma a chegar mais facilmente ao cliente final, atendendo às necessidades do mercado. O objetivo da marca é manter uma ampla diversidade de produtos, com disponibilidade imediata de stock. A Open Parts dispõe ainda de suporte técnico, um catálogo com imagens e vídeos, assim como de um laboratório de qualidade interno, para apoio aos parceiros.

A qualidade deve ser validada em todas as etapas do processo de fabrico, para garantir um produto final sem falhas. Há vários fatores a ter em conta: para além da validação da qualidade do produto, é necessário avaliar se o mesmo está em conformidade com os padrões de qualidade internos da EXO Automotive - certificada pela TUV, por respeitar todos os padrões de fabrico. A Open Parts garante um controlo de qualidade constante, da seleção dos materiais aos testes de segurança. As pastilhas de travão Open Parts têm 2 anos de garantia e são certificadas como peças de qualidade correspondente a OE, de acordo com a norma (UE) N. 461/2010 e cumprem a homologação ECE R90, um padrão internacional que

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

CAMADA POROSA SUPERIOR: ajuda na rápida adaptação ao disco de travão; MATERIAL DE FRICÇÃO Composto por uma mistura de componentes ativos, diluentes, modificadores e consolidadores que conferem ao material as propriedades de dureza, elasticidade e solidez. O composto garante o respeito pelo meio ambiente graças à ausência de amianto e metais pesados; CAMADA DE FRICÇÃO Mantém a união dos componentes estável e atua como um isolador térmico entre o material de travagem e o suporte metálico; CAMADA DE COLA Permite que a base de fricção e o suporte de metal sejam colados; APOIO METÁLICO Uma placa de aço que é capaz de distribuir uniformemente a força exercida pelo pistão, mantendo a fixação e posição corretas da pastilha de travão; PLACA ANTI-VIBRAÇÃO Reduz as vibrações produzidas pelo sistema de travagem.


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PEÇAS

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ZF “VISION ZERO”

ZF divulga planos para os próximos 10 anos

Eletrificação, condução autónoma e segurança. São estes os eixos que vão orientar a estratégia “Vision Zero” da ZF para os próximos 10 anos TEXTO GUILHERME COSTA

A

ZF, enquanto um dos maiores fornecedores mundiais de componentes para a indústria automóvel em termos “driveline”, chassis, segurança ativa e passiva, assumiu para os próximos 10 anos como suas prioridades – tanto em termos de pesquisa e desenvolvimento como em termos de produção e fornecimento de componentes – a eletrificação, a condução autónoma e o combate à sinistralidade rodoviária. A esta estratégia – que interfere com todos as dimensões do automóvel – a ZF decidiu apelidar de “Vision Zero” – ou «visão zero» em português – que nos remete para o grande objetivo da ZF: que em 2020 a implementação das tecnologias que agora estão a ser desenvolvidas reduzam para «zero» o número de mortes e emissões poluentes nas estradas. “Mesmo que no momento ainda não


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possamos superar todos os desafios a caminho do Vision Zero, a nossa visão é reduzir para «zero» os acidentes e emissões no trânsito” afirma Torsten Gollewski, responsável pela pré-engenharia corporativa da ZF Friedrichshafen AG. Em declarações à PÓS-VENDA, Peter Lake, membro do conselho de administração da ZF foi mais longe e apontou diretamente os grandes desafios aos objetivos do Vision Zero: “a incerteza quanto ao futuro e a volatilidade que o setor vive atualmente, a consistência regulatória e a integração dos dispositivos eletrônicos com os automóveis”. Objetivos ambiciosos, para os quais a

ZF está a trabalhar não só em termos de R&D mas também em termos de modelo de negócio, através das inúmeras aquisições e parceiras estratégicas com empresas fora do setor automóvel. Considerando apenas os últimos 12 meses, a ZF assumiu uma participação de 40% na Ibeo, criadora da tecnologia LIDAR, anunciou uma joint-venture com a Nvidia para lançar no mercado o ProAI, a primeira unidade de controlo electrónico do mundo com inteligência artificial. Adquiriu 45% do capital da Astyx, fabricante de radares de ultra alta frequência, e, mais recentemente, firmou parceria com a Faurecia, espe-

cializada em interiores de veículos, para produzir o cockpit do futuro com ênfase na segurança. A MATERIALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA VISION ZERO

“O Vision Zero já existe”, disse-nos Peter Lake, enquanto nos dirigíamos para o exterior do pavilhão onde decorreu a primeira parte da apresentação. No exterior do pavilhão, numa pista de testes que simulava uma estrada pública, aguardava por nós um protótipo/laboratório rolante da ZF, com base num Volkswagen Touran. A ZF chama-lhe Vision Zero Vehicle.

Os condutores estão desatentos durante mais da metade do tempo (52%). O risco de acidente chega a ser até dez vezes maior quando o condutor decide ler ou escrever SMS’s.


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Novas tecnologias ZF Entre as várias tecnologias que equipavam protótipo Vision Zero Vehicle destacam-se as seguintes:

PEÇAS

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Este protótipo estava equipado com as mais recentes tecnologias e componentes da ZF. Alguns deles tão avançados, que só os veremos nos modelos de produção daqui a dois anos. Driver Distraction Assist, Wrong-way Inhibit, mSTARS e sMOTION são algumas dos nomes das novas tecnologias (ver caixa) que a ZF está a desenvolver e que aproveitou para desvendar nesta ação com a imprensa. Segundo a ZF “é o maior passo da nossa história rumo à mobilidade sem emissões e sem acidentes”. O FUTURO É HOJE

Tivemos ainda a oportunidade de comprovar o funcionamento destas tecnologias a bordo do Vision Zero Vehicle e ficámos surpreendidos pelo estágio de desenvolvimento destas soluções. Algumas delas, prontas para avançar para a produção. Outras, porém, ainda têm de enfrentar constrangimentos técnicos e legais para poderem ser implementadas. É o caso do sistema de condução autónoma de última geração da ZF, que combina inteligência artificial ProAI (desenvolvido pela Nvidia) com avançados sistemas de radar, camaras e lasers para interpretar o meio envolvente. Este sistema não só mantém o veículo na estrada, como consegue ler e interpretar a presença de pessoas, animais e fluxo de trânsito, agindo em conformidade. O nível de desenvolvimento já está tão avançado que até as lombas na estrada este sistema deteta, reduzido a velocidade para diminuir o impacto junto dos ocupantes.

Driver Distraction Assist Pode evitar os acidentes causados por distrações ao volante. Uma câmara posicionada junto ao espelho retrovisor monitoriza em tempo real as reações do condutor. Em caso de distração ou perda dos sentidos, o sistema assume a direção do veículo, imobilizando-o se necessário.

Wrong-way Inhibit Recorre a um avançado sistema de leitura de sinais de trânsito para prevenir ativamente que o motorista entre em contramão. O programa é ativado assim que o motorista indica com o pisco e movimento do volante que pretende entrar numa rua ou estrada em sentido contrário.

mSTARS (do inglês “modular SemiTrailing Arm Rear Suspension”) Consiste num pacote tecnológico ultracompacto

que concentra num eixo, um motor elétrico com 150 kW de potência, transmissão, diferencial, comandos eletrónicos e suspensões. A grande vantagem do mSTARS é que permite aos construtores adoptar uma motorização elétrica nos seus veículos sem necessidade de proceder a grandes alterações estruturais. A título de exemplo, este Vision Zero Vehicle assenta sobre uma plataforma MQB. Graças a este pacote mSTARS a ZF conseguiu transformálo num veículo elétrico de zero emissões sem grandes alterações à estrutura do modelo.

sMOTION É uma tecnologia que faz o carro parecer um “tapete voador”. Este sistema de amortecimento ativo sMOTION baseia-se na comprovada tecnologia de controle contínuo de amortecimento (CDC – do inglês “Continuous Damping Control”) da ZF. No sMOTION, uma unidade de atuadores bidirecionais possibilita à suspensão gerar forças contrárias ao movimento da haste do pistão. Enquanto os amortecedores convencionais ou semiativos reagem a vibrações, o sMOTION é capaz de responder ativamente aos buracos e irregularidades no pavimento. Tudo isso pode eliminar praticamente por completo as vibrações que chegam ao habitáculo.



Salão

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REMATEC

Recondicionados com a sua própria feira A Rematec é a maior feira de recondicionados, onde se pode conhecer o que move este setor. A Revista Pós-Venda esteve lá e conta-lhe o que está a acontecer neste mercado cada vez mais crescente

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TEXTO HUGO JORGE

setor dos recondicionados está cada vez com mais força e a prova disso é que uma feira inteiramente dedicada ao setor – a Rematec – tem cada vez mais expositores. Dado curioso é que a exposição é dedicada a várias áreas onde existe reconstrução de componentes, como por exemplo na

indústria farmacêutica ou aeroespacial, mas o setor automóvel acabou por dominar o espaço dedicado a este tema na RAI, em Amsterdão. Ao mesmo tempo que vão aparecendo todos os desenvolvimentos tecnológicos no setor automóvel, motivados sobretudo por empresas que trabalham no setor automóvel, as peças usadas e depois re-


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condicionadas vão conquistando o seu espaço. As duas associações europeias que representam este sector (a FIRM e a APRA) representam mais de 22 mil empregados no setor. Este já não é um setor com má imagem como no passado. É hoje um dado conhecido que o reconstruído poupa cerca de 85% dos materiais e da energia utilizada e novos componentes. Milhões de toneladas de matéria-prima são poupadas todos os anos por estes fabricantes PUBLICIDADE

e estes processos. E, na indústria automóvel, sabe-se que as poupanças em relação a uma peça nova podem chegar aos 60 por cento. As próprias marcas de componentes automóveis têm programas específicos para reconstruídos e esta é uma área em constante desenvolvimento, com expetativas de crescimento bastante elevadas. Logística, engenharia inversa, processos de produção, embalamento, matérias-primas, tudo isto são áreas onde o se-

tor dos reconstruídos está a apostar. E, como qualquer setor maduro, começa já a ter os seus problemas. Um deles tem a ver com a falta de produtos usados para fazer a sua reconstrução. Esta falta de matérias começa já a dar os seus frutos, com o desenvolvimento de um ramo de negócio constituído por brokers a trabalhar apenas para encontrar peças usadas. Tudo isto faz com que a Rematec esteja cada vez com mais pujança e com maior


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REMATEC

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O setor dos reconstruídos em números EUROPA

22 7,4 1000 71 3,2 902 27

MILHÕES DE PEÇAS RECONSTRUÍDAS

MIL MILHÕES DE EUROS DE VOLUME DE NEGÓCIO

EMPRESAS A TRABALHAR NO SETOR

representação do setor automóvel. O salão teve 260 expositores, que chegaram de 26 países. Embora o número de visitantes internacionais tenha vindo a subir (mais 74% do que na edição passada), o salão recebe apenas cerca de 3500 profissionais. Por causa da especificidade deste setor e das reduzidas dimensões (se comparado com salões de aftermarket internacionais), a dinâmica que se pode ver é diferente. Na Rematec, faz-se negócio. Os profissionais presentes no salão são os responsáveis diretos pelo negócio das empresas que representam. As pessoas que visitam vão objetivamente à procura de oportunidades. E mesmo entre os expositores, há relações comerciais que fazem com que permanentemente este-

jam a falar uns com os outros. O perfil do visitante é, na sua maioria, diretor de empresa ou empreendedor. Este ano, e em conjunto com outros visitantes, a percentagem de responsáveis de compras subiu 80 por cento. Uma pequena parte (5%) trazia o título “comprador” ou “gestor de projeto”. 57 por cento de todos os visitantes indicaram que a principal razão para visitar foi a procura de novos fabricantes de reconstruídos, distribuidores e fornecedores. É por isso que a organização da Rematec está confiante. “Ficou claro que a Rematec ganhou o seu lugar como uma plataforma para negócio, conhecimento e networking na indústria mundial de reconstruídos”, diz Niels Klarenbeek, diretor da feira.

MIL EMPREGADOS

MILHÕES DE TONELADAS DE CO2 POUPADAS

TONELADAS MATERIAL RECONSTRUÍDO

FAMÍLIAS DE PRODUTO RECONSTRUÍDOS FONTE COMISSÃO EUROPEIA


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OPINIÃO Carlos Panzieri

As melhores oportunidades

mas também pelo facto de o processo de engenharia inversa poder ser desenvolvido mesmo por empresas fora do setor automóvel.

Sistemas de 42 Volt Compressores de ar condicionado

Um dos tipos de componentes onde se encontram as melhores oportunidades de futuro é nos compressores de ar condicionado. As substituições destes componentes acontecem poucas vezes e um dos motivos é o seu elevado custo, que pode ser reduzido aproveitando sistemas reconstruídos.

Eletrónica

O sector de eletrónica é um dos mais promissores, sobretudo devido à pouca capacidade dos operadores atuais de reconstrução de investirem nesta área,

A eletrificação dos automóveis aparentemente cria uma oportunidade para a reconstrução de motores elétricos, um dos mais antigos processos de reconstrução de componentes para automóveis (veja-se há quanto tempo existem rebobinadores). Mas a enorme fiabilidade destes componentes poderá fazer com que o seu efeito seja neutro.

Pneus

O sector de pneus reconstruídos tem apostado em campanhas que querem provar da segurança e desempenho deste tipo de componentes, mas a procura em ligeiros ainda é pouca, o que significa que pode ter alguma margem de crescimento.

Porque é que, em vez de importar peças, Portugal não as recondiciona e exporta? Quando faço esta pergunta aos meus amigos e clientes respondem-me de várias formas: - Não há dinheiro. Nem todos podem fazer um investimento de 30 mil euros, mas também é verdade que há muitos que podem. Não é absolutamente impensável. - Não tenho confiança no futuro. Pode compreender-se, mas dado que os portugueses se deslocam em carros cada vez mais velhos e necessitam cada vez mais de reparações, onde está o problema? - Porque deveria investir o meu tempo e dinheiro a ensinar o meu trabalho a alguém, para que um dia se despeça e me faça concorrência? Este é o risco que se deve correr se se pretende levar por diante uma empresa. - Os meus filhos querem trabalhar noutras áreas. É a segunda resposta dos que me dizem que só se pode trabalhar com filhos. O que fazemos? Ficamos pelas desculpas ou lutamos? Ao mesmo tempo que estou certo que há pais de família que podem transmitir a sua sabedoria aos seus filhos, também o estou de que há centenas de jovens licenciados em engenharia mecânica ou eletrónica que gostaria de investir com o seu pai num novo negócio. O mundo da reconstrução de peças oferece uma oportunidade para as famílias que trabalham no mundo das peças ou das oficinas e que desejam investir no futuro dos seus filhos. Sim, porque começar a reconstruir turbos, direções hidráulicas, alternadores, motores de arranque, compressores e ar condicionado, bombas de direção, pinças de travões, direções elétricas, servofreios, amortecedores reguláveis eletronicamente... está ao alcance de muitos e é uma oportunidade para todos.


Os expositores tinua com a sua linha de turbos, que sobre de 25 aplicações para 80. Outro produto destacado pela empresa foram as válvulas EGR.

VALEO

A Valeo é um dos fabricantes com um programa de rencontruídos mais antigos. Os seus produtos vão desde motores de arranque e alternadores, compressores, transmissão e embraiagens para pesados e transmissões.

TURBOCLINIC

A empresa portuguesa esteve presente com a sua linha de equipamentos para recondicionamento de turbos.

GOBBI

REMY

A Gobi é uma empresa italiana que fornece “core”, ou seja, peças usadas para reconstrução, a pedido dos seus clientes. Neste momento, a Gobbi está à procura de representantes para o seu negócio e fornecedores de peças usadas.

Motores de arranque, alternadores e material de direção e travagem foram as linhas destacadas.

BORG AUTOMOTIVE

A empresa alemã levou vários produtos à feira alemã, tendo cada vez uma linha mais vasta.

BOSCH

A Bosh esteve presente na Rematec com uma vasta linha de produtos, composta por 27 linhas diferentes e o seu programa Bosch eXchange. Apresentou ainda a sua solução de realidade aumentada para processos de reparação.

COREMANNET

Já com clientes em Portugal, a CoremanNet é um fornecedor de serviços que vai buscar “cores” aos clientes e se encarrega da sua catalogação e distribuição. É um serviço destinado a fabricantes, mas do ponto de vista do cliente final, este percebe que há um árbitro independente.

MELETT

O produto principal que a Melett Levou à Rematec foram os turbos reconstruídos, mas levou ainda outras peças e componentes, sobretudo novidades de aplicações em eletrónica.

WABCO

A Wabco fez saber de uma novidade que vai lançar no primeiro trimestre de 2018. Trata-se do Core Return Solution, uma aplicação de gestão de “cores” para pesados. Para os ligeiros de passageiros, onde entrou recentemente, tem compressores, garagem ou componentes de travagem.

BORG-WAGNER

A empresa alemã, um dos maiores portentos no setor de recondicionados, con-

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TRUCK FRENOS

EXEDY

AS

PSH

Oriunda de Espanha, a Truck Frenos concentra-se no setor de pesados. Desde material de travagem a válvulas eletrónicas, foi vasta a oferta levada à Rematec.

A AS vem da Polónia e tem vindo a crescer, especialmente na Europa Central. Alternadores e motores de arranque são a sua especialidade.

FERSA

Esta empresa vende conjuntos completos de rolamentos e chumaceiras, bem como diferenciais, caixas e rolamentos para pesados. Além disso, tem também kits de ferramentas para inserir e retirar rolamentos e a sua própria massa consistente.

DAG

Especializada em peças para diesel, a DAG mostrou bombas de ar e outras peças recondicionadas.

Representado em Portugal pela Japopeças, a Exedy levou a sua linha de reconstruídos, onde o destaque eram as transmissões automáticas.

Com 25 anos de atividade, a PSH tem um representante em Portugal para a sua gama de recondicionados.

DEUTSCHE TURBO

Empresa recente, que existe desde 2015, abriu uma nova fábrica no ano passado e trabalha principalmente com OES. Faz parte do grupo SERCOO.

AUTOMATIC CHOICE

A linha de transmissões automática e manuais foram o principal destaque, mas a linha de válvulas foi também mostrada.

ATD

A ATP tem uma linha de peças reconstruídas para ligeiros de passageiros e vende diretamente para fornecedores em cada país. Portugal ainda não está incluído, mas só porque ainda não houve nenhum cliente a estabelecer contacto.

TURBO-TEC

A Turbo-Tec quer entrar em Portugal através de um sistema de vendas diretas. Turbos, direção ou compressores de ar condicionado são alguns dos produtos para venda.

ROBARCKO BV

A Robarcko é uma empresas de origem holandesa, especializada em motores de arranque e alternadores. Vende para Portugal.

EMMETEC

A empresa italiana de equipamentos para recondicionamento de peças esteve presente com as suas máquinas, mas também com o seu programa de formação.


PUBLIREPORTAGEM GARAGEM SET

Valorizar as parcerias A Garagem Set é uma oficina de serviço completo, que integra a rede Identica com a perspetiva de ser uma mais-valia para a qualidade das reparações que quer proporcionar a todo o tipo de cliente que serve

P

reparando-se para fazer os primeiros 20 anos de existência, a Garagem Set sempre esteve presente nas áreas da chapa, pintura e mecânica. O objetivo inicial da empresa era desenvolver um negócio de preparação de viaturas de competição, por via da presença no todo-o-terreno de Adriano Campos, onde era acompanhado na assistência por Francisco Costa e José Adriano Nunes (todos eles os atuais sócios da empresa), mas rapidamente se desenvolveu para uma oficina do dia-a-dia, integrando também a secção de pintura, com uma estufa, que obrigou ao aumento das instalações. Com o decorrer da atividade e com a importância que a repintura assumiu na Garagem Set, esta área foi de novo aumentada, com a introdução de novas zonas de preparação, com a aquisição de uma mestra e com a reformulação do espaço, que permitia à empresa fazer todo o tipo de serviços relacionados. Em 2007 a Garagem Set integrava a rede Identica, e embora não tenha feito parte do grupo de oficinas que iniciou este projeto de rede em Portugal, a ele se associou muito rapidamente, até porque ia de encontrou à política de serviço da empresa. “Sempre tivemos como política de serviço

GARAGEM SET Oldrões - Penafiel André Campos - 255 612 700 geral@garagemset.com

recorrer as marcas de qualidade ao nível das formação, que os responsáveis da Identica peças, das tintas, dos lubrificantes e dos con- têm vindo a trazer a esta oficina: “mesmo sumíveis em geral”, refere André Campos, sabendo que o produto Spies Hecker, por um dos elementos da equipa de gestão da ser tecnologicamente mais evoluído, tem Garagem Set, que dessa foram explica a ra- um posicionamento de preços mais alto, zão pela qual a empresa passou a integrar a tudo isso é largamente compensado por via rede Identica. “Apostar na qualidade, neste da melhoria dos processos que temos conscaso ao nível das tintas com a rede Identica tantemente vindo a introduzir na oficina, e a Spies Hecker, é o que nos permite tam- devido às formações que fazemos por estarbém trabalhar com seguradoras e ser, por mos integrados na rede Identica”. exemplo, oficina recomendada”, explica o Aliás, revela o mesmo responsável que diz mesmo responsável que revela ainda ou- que são muito importantes as auditorias tras vantagens de integrar a rede Identica PONTOS FORTES GARAGEM SET como “a manuten>> Qualidade >> Responsabilidade ção de standard´s de >> Família qualidade, acompanhamento de auditorias, formação, entre outras vantagens”. de acompanhamento que a Identica faz à Para André Campos, os benefícios de estar sua oficina, pois ajuda a evoluir os níveis na rede Identica não são apenas para os téc- de serviço, como também é importante o nicos da área de chapa e pintura, mas tam- processo de certificação oficinal que vai perbém para os administrativos, pois “tendo mitir à Garagem Set estar certificada pelo em conta a informação que nos chega po- Centro Zaragoza, o que vai ser conseguido demos saber tendências do negócio e assim por via da sua associação à rede Identica. aproximar mais a gestão da nossa oficina Refira-se que mais de 70% dos clientes da às necessidades dos clientes”. secção de pintura são as seguradoras, os Para seguir pelo caminho da produtividade restantes são clientes finais, tendo a rede numa secção de pintura, este responsável Identica ajudado a Garagem Set na despela Garagem Set, diz que tem sido mui- mistificação da importância de trabalhar to importante os ensinamentos, por via da com as seguradoras.


Técnica

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T Colorística

2.ªPARTE

PARCERIA CEPRA / PÓS-VENDA WWW.CEPRA.PT

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xistem três características que definem a cor que são a tonalidade, a pureza e a claridade. O tom indica a cor pura mais próxima e é determinada pelo comprimento de onda dominante, dizendo-se que o tom de uma cor é, por exemplo, violeta, azul, verde, amarela, laranja ou vermelha. A tonalidade define as variantes de um tom. O verde amarelado e o verde azulado são diferentes tonalidades do verde, mas também são tonalidades a gama de verdes obtida a partir da cor pura. Podemos também dizer que uma cor é mais esverdeada ou menos esverdeada. Esta característica não se aplica aos cinzentos, brancos e pretos, porque não têm um comprimento de

onda dominante, podem-se considerar neutros. A pureza Indica em que grau uma cor é mais limpa ou mais suja. Normalmente existem três graus: O puro o saturado e o limpo. Uma cor clara e saturada diz-se que que é uma cor viva e se for escura e saturada diz-se que é uma cor profunda. O oposto ao saturado denomina-se por pastel ou pálido. São os casos, por exemplo, do azul vivo, do azul profundo e do azul pastel. A claridade de uma cor pode considerar-se como uma medida de força ou debilidade da cor e decide a aparente proporção de branco que contêm. Quando se faz referência aos diferentes graus de intensidade da cor, são o claro e


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o escuro (ou forte). Por exemplo, amarelo mais forte e amarelo mais claro. Estes termos também se aplicam ao branco, preto e cinzento. METAMERISMO

Podemos ter duas cores que à luz do dia parecem idênticas, mas que parecem diferentes quando se encontram debaixo de outra fonte luminosa. A este fenómeno dá-se nome de metamerismo. Quando se compara a cor original de um veículo e a cor do veículo após repintura é bastante comum depararmo-nos com o fenómeno do metamerismo. O metamerismo pode ocorrer quando o pigmento de duas cores é diferente, como por exemplo no caso do verde, em que

numa cor podemos ter um pigmento verde puro e numa outra cor uma mistura de pigmentos azul e amarelo. Para definir a cor de um objeto são necessários três elementos, o objeto, uma fonte luminosa e um observador. Destes três elementos fundamentais decorrem três tipos de metamerismos, o metamerismo devido à fonte luminosa, o metamerismo devido ao observador e o metamerismo devido ao objeto:

O metamerismo devido à fonte luminosa, pode dar-se da seguinte forma: Se a luz de uma lâmpada de luz branca atinge

um objeto branco, o observador verá o objeto branco. Se a luz de uma lâmpada amarela atingir o mesmo objeto branco o observador verá o objeto amarelo. No caso do metamerismo devido ao observador, se por exemplo dois indivíduos de diferente idade observam o mesmo objeto, é natural que o individuo com maior idade veja a cor de modo diferente, devido a ter o cristalino do olho ligeiramente mais amarelo. O grau de pigmentação do cristalino e da mácula lútea do olho varia não só de indivíduo para indivíduo, mas também no mesmo indivíduo ao longo do tempo. O cristalino do olho, que é transparente e pouco colorido nas crianças, tende a ficar mais amarelo com o passar dos anos. A esta degradação há que adicionar, mesmo que seja mínima, a degradação da córnea, do humor aquoso e do humor vítreo do olho. Estas são das causas principais para a disparidade de juízo entre diferentes pessoas. Mas, para a área da pintura automóvel o tipo de metamerismo que mais importa é o metamerismo devido ao objeto. Acontece quando uma mesma pintura é


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CEPRA

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reproduzida com pigmentos diferentes. Por exemplo: Na pintura original: Amarelo + Azul + Branco = Verde Na repintura: Amarelo + Preto + Branco = Verde Sob uma fonte luminosa natural (sol) as pinturas parecerão totalmente iguais, no entanto debaixo de outra fonte luminosa, a repintura será claramente diferente. Para evitar o metamerismo na repintura automóvel, é essencial a utilização dos mesmos pigmentos que foram utilizados na pintura original.

Um técnico numa oficina de pintura pode pintar um componente de um veículo, como por exemplo uma porta,

com uma cor que parece idêntica ao resto do veículo quando vista à luz do dia, mas que é diferente quando o carro está por exemplo, sob a iluminação de um estacionamento fechado ou na garagem de uma casa. Para evitar fenómenos de metamerismo na repintura automóvel os técnicos de pintura, devem utilizar espectrofotómetros e cabines de luz. Os espectrofotómetros são equipamentos electrónicos, que permitem identificar e analisar cores sob dois ou mais iluminantes diferentes, e de diferentes ângulos de medição. Identificam e comparam a cor do veículo com a cor original do fabricante.

A cabine de luz foi desenvolvida para avaliar as alterações de cores que ocorrem no objeto quando submetido a diferentes fontes luminosas. A cabine de luz simula um ambiente com iluminação padronizada para efetuar um controle de qualidade visual das cores, independente das condições externas de iluminação.

Se um técnico de repintura automóvel não tiver bons conhecimentos da teoria associada à colorística, dificilmente poderá desenvolver um trabalho cujo resultado final cumpra elevados requisitos de qualidade e de satisfação dos clientes.



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MECATRONICA

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Como resolver os problemas mais comuns nos automóveis? BY MECATRONICAONLINE

Soluções Caixa de fusíveis do habitáculo: Substitua o relé R4

SINTOMA 3

Fiat Punto

(188) 1.3 JTD (188A9000) 2002 2010

árvore de cames Nota: Utilize o osciloscópio Se o sinal for emitido tal como indicado:

SINTOMA 1 O motor roda mas não arranca A luz de aviso do motor acendese Unidade de controlo do motor: Código de falha: P0340 Causa Os sinais da posição da árvore de cames e da cambota não estão sincronizados Tensor de corrente defeituoso Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade de controlo do motor: Elimine todos os códigos de falha Tentar um arranque do motor Verifique a velocidade do motor (rpm) Valor previsto: > 250 rpm Verifique a pressão da calha de injecção de combustível Valor previsto: ~ 270 bar Se os valores estiverem correctos Verifique se a árvore de cames e a cambota estão sincronizadas Se for detectada uma falha Verifique o sinal do sensor de posição da

Descargas de faísca entre a cambota e o bloco de cilindros Acumulação de electrostática causada pela rotação do motor Condições em que o sintoma ocorre: Quando o motor está a trabalhar Vibrações à velocidade de ralenti Não é exibido qualquer código de falha Causa Isolamento de borracha da polia da cambota danificado

Verifique a sincronização Verifique o tensor da corrente de distribuição Substitua conforme a necessidade

SINTOMA 2 Avaira ou falha do limpavidros Causa Caixa de fusíveis do habitáculo: Relé defeituoso R4

Soluções Para confirmar o diagnóstico: Desligue os condutores eléctricos do alternador Ponha o motor a funcionar Se a falha persistir: Desligue a válvula solenóide do compressor de ar condicionado Ponha o motor a funcionar Se a falha persistir: Substitua a polia da cambota


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kOhm / 40°C 0.7 1.3 kOhm / 50°C Se o valor exibido for: 16 kOhm Substitua o sensor de temperatura do evaporador Verifique para funcionamento correcto

SINTOMA 3

Renault Megane III

(B95, E95, D95, K95) 1.6 dCi 130 FAP (R9M402 (A4)) 2012 ...

SINTOMA 1 Anomalia do ar condicionado Unidade de controlo de protecção e comutação (UPC): Código de falha: 921613 Causa Válvula solenóide do compressor de ar condicionado: Cablagem danificada Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Verifique a pressão do refrigerante Se o valor exibido for: Pressão do refrigerante (bar): 5 5.2 bar Válvula solenóide do compressor de ar condicionado: Verifique os valores de ângulo de contacto Se o valor exibido for: 78 % Compressor de ar condicionado: Verifique o valor de estado Se o valor exibido for: ‘Activo’ Elimine todos os códigos de falha Se não for possível eliminar o código de falha: Verifique o estado da cablagem entre os seguintes componentes: Unidade de controlo de protecção e comutação (UPC) Válvula solenóide do compressor de ar condicionado Elimine quaisquer falhas encontradas

SINTOMA 2 Anomalia do ar condicionado Não é exibido qualquer código de falha Causa Sensor de temperatura do evaporador avariado

Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Verifique a temperatura do ar ambiente Se o valor estiver correcto Verifique a temperatura do evaporador Se forem apresentados valores negativos: Verifique a continuidade eléctrica entre os seguintes pinos/pontos: Pino 1 Sensor de temperatura do evaporador Pino A40 Unidade de climatização electrónica Verifique o isolamento à massa da cablagem entre os seguintes pinos/pontos: Pino 1 Sensor de temperatura do evaporador Pino A40 Unidade de climatização electrónica Verifique a continuidade eléctrica entre os seguintes pinos/pontos: Pino 2 Sensor de temperatura do evaporador Pino A4 Unidade de climatização electrónica Verifique o isolamento à massa da cablagem entre os seguintes pinos/pontos: Pino 2 Sensor de temperatura do evaporador Pino A4 Unidade de climatização electrónica Sensor de temperatura do evaporador: Meça a resistência Valores previstos: 8.0 10.0 kOhm / 0°C 4.5 6.5 kOhm / 10°C 3.0 4.0 kOhm / 20°C 1.9 2.9 kOhm / 30°C 1.3 1.8

Avaria no sistema de arranque e paragem Unidade de controlo da carroçaria: UCH Código de falha: 956123S2 Causa Interruptor do pedal de embraiagem defeituoso 1759 Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade de controlo da carroçaria: UCH Leia os códigos de falha Elimine todos os códigos de falha Interruptor do pedal da embraiagem: 1759 Verifique o estado Pressione o pedal da embraiagem várias vezes O valor deve mudar Se o valor não sofrer uma alteração Desligue o interruptor do pedal de embraiagem 1759 Ferramenta de diagnóstico: Verifique o estado Se o valor sofrer uma alteração Interruptor do pedal da embraiagem: 1759 Verifique para funcionamento correcto Substitua se necessário

(#) A hora é apresentada em horas e centésimos de horas, por. ex 1 hora 30 minutos = 1.50 horas.

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Pneus

WWW.POSVENDA.PT JULHO 2017

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Apostar na mobilidade alargada A Continental diz que em 2016 foi a marca de pneus líder do mercado nacional. A empresa tem feito um longo trabalho de fundo no negócio dos pneus que está a dar os seus frutos TEXTO PAULO HOMEM

têm de incorporar. O desafio continuará a ser a gestão e a competitividade do negócio, sem comprometer a qualidade do serviço prestado. O segmento UHP continuará a crescer assim como os produtos destinados a veículos híbridos e eléctricos.

P

M

arco Silva, responsável de Marketing da Continental em Portugal, explica os desafios que um produtor de pneus premium enfrenta no presente e no... futuro. Como analisa a evolução do mercado de pneus em Portugal nos últimos anos? O desenvolvimento do mercado dos pneus está intrinsecamente ligado à às solicitações do mercado automóvel. Do ponto de vista de produto, temos como exemplo, os veículos elétricos e híbridos e o desenvolvimento de produtos específicos como o Conti. eContact, o aumento do parque automovel com jantes UHP e a forma como os fabricantes de pneus têm de dar resposta a esta evolução do mercado. Se pensarmos do ponto de vista do consumidor, as mudanças no comportamento de consumo, potenciou o crescimento dos conceitos de rede e, por consequência uma maior interligação entre os diferentes players do mercado e as marcas fabricantes. Quais são as perspetivas da evolução do mercado de Pneus em Portugal a curto e médio prazo? Acreditamos que as redes vão continuar a crescer, em linha com o que tem sido a tendência dos restantes países da Europa. O futuro do setor dos pneus e, neste caso, das redes de oficinas, estará sempre ligado ao setor automóvel e aos seus desenvolvimentos. Questões como a mobilidade alargada e a condução autónoma são tendências que nenhum dos interlocutores do setor dos pneus pode descurar e que todos os players

A era digital (presença em sites, redes sociais, etc) é muito importante para uma marca como a vossa. Que influência tem nas vendas atualmente? Do ponto de vista de marca, a presença digital é essencial para comunicar os valores da marca, o seu posicionamento e interagir de uma forma muito direta com o consumidor final. Estimamos que em Portugal as compras online de pneus representem cerca de 5%, um volume ainda um marginal. Temos ainda de considerar o efeito ROPO (research online e purchase offline) que é estimado em 35% no mercado dos pneus, o que demonstra o peso para as vendas. Ainda existem oportunidades no negócio dos pneus em Portugal? O mercado de pneus em Portugal, tal como em outros países europeus, está cada vez mais dinâmico e global, mas também mais competitivo. O desenvolvimento do segmento de alta performance (UHP) em Portugal, que tem vindo a crescer e irá crescer nos próximos anos, continua a ser uma oportunidade. Outra grande oportunidade neste mercado é a aposta que a Continental tem vindo a fazer na mobilidade alargada e na disponibilização de produtos e soluções inovadoras a pensar na segurança dos condutores, como é o caso dos pneus runflat, a tecnologia ContiSeal, ou os kits de reparação de furos, o ContiConfortKit. Soluções que apoiam o condutor e o automóvel na sua mobilidade e na resolução de eventuais constrangimentos à sua deslocação provocados por problemas nos pneus. E como referenciado, o desenvolvimento de pneus específicos para os veículos híbridos e elétricos. Os estudos internos da Continental apontam para um crescimento adicional na proporção de veículos híbridos no segmento de veículos de passageiros, que poderá representar 8% em 2020.


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