Revista Portal Saúde Ponta Grossa - 1º Edição

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ÍNDICE

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EDITORIAL Bem-vindo ao novo! • Claudia Donha • Alessandro Donha

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MICROBLADING Sobrancelha perfeita? É possível, sim! • Kassiele Skeika

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RADIOLOGIA Tratamento íntimo a laser “muito além da estética” • Dra. Tatiana Sabedotti

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BABY & KIDS Amamentação bem-sucedida! • Dra. Vanessa Scoss Kassai

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CURIOSIDADES 10 Mitos e Verdades sobre dietas

NUTRIÇÃO Compulsão alimentar e hábitos alimentares • Danila Gavron

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ORTOPEDIA Dores no pé têm cura! • Dr. Glauco Fabio Lisboa Bonilha

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INFECTOLOGIA Uso inadequado de antibióticos • Dra. Gabriela Margraf Gehring

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MEDICINA Consulte seu Oftalmologista e tenha uma melhor visão • Dr. Guy Romaguera Canto

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CARDIOLOGIA Tratamento na hipertensão arterial • Dr. Raphael Fernandes Ribeiro Fraiz

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OFTALMOLOGIA Catarata • Dr. Leonardo Saliba F. da Cunha • Dra. Priscila de Oliveira Cunha


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ODONTOLOGIA Bichectomia • Dra. Ana Flávia Cruziniani

PERSONALIDADE Boa gestão: o caminho da excelência • Dr. Paulo Chapchap

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COMPORTAMENTO Atitude em eventos • Adriana Estivalet

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NEFROLOGIA Estou bebendo pouca água? Quantas vezes é normal urinar por dia? • Dr. Leandro Cardoso Cancelli Vieira

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RADIOLOGIA Doença Hepática Gordurosa - Não Alcoólica Fígado Gorduroso • Dr. Giocondo Sabedotti

GASTRONOMIA Cerveja e gastronomia • Gustavo Kassai

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TURISMO Parque Estadual de Vila Velha oferece passeios com guias

MÚSICA A “Real” de Giba & Nando • Fernando Rodrigo Cellarius

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FISIOTERAPIA Fisioterapia ocular • Bianca Carraro


ÍNDICE

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ESPECIAL CAPA A Microfisioterapia

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DIREITO MÉDICO A realidade da Medicina • Raul Canal

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ESPECIAL CAPA Constelação Familiar Sistêmica • Maria Helena Bessa Barros Durau

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PSICOLOGIA Mindfulness • Gabriela Fassina

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NEUROCIRURGIA Hérnia de disco lombar • Dr. Jeziel Gilson Nikosky

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ODONTOLOGIA Um sorriso para toda a vida! • Dra. Jeanne Schmidt Leal

GASTRONOMIA A Comensalidade na Sociedade

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ORTOPEDIA Dor no ombro que piora à noite. O que é isso? • Dr. Marcus Vinicius de Carvalho Ribeiro

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MODA & BELEZA - Verão 18 da Maria.Valentina - Cris Barros lança coleção SS18 - TIG apresenta a coleção Famiglia • Luiz Gugliatto

PERFIL REGIONAL Perseverança, muito trabalho e sucesso • Carlos César Alves



REVISTA PORTAL SAÚDE Ponta Grossa - PR Razão Social: Claudinéia Rodrigues Donha CNPJ: 23.049.825/0001-04 Tel.: 42 3087.5712 São Paulo - SP E-Tower - Rua Funchal, 418 - 35º andar Vila Olímpia - CEP 04551-060 Tel: 11 3521.7318

EXPEDIENTE Revista Trimestral: Novembro/2017 I Ano 1 I Edição 01 Ponta Grossa - PR Diretor de Criação: Thiago Britez Direção de Arte: Amaury Arruda Lair Gonçalves Larissa Veiga Fotógrafos: Matheus Machado Marielly Bueno Laertes Soares Luana Caroline Nascimento Divulgação PMPG Revisão de Texto:

Capa: MICROFISIOTERAPIA & CONSTELAÇÃO FAMILIAR As terapias que vêm transformando vidas Maria Helena Bessa Barros Durau Crefito 849.154/F Foto Capa: Matheus Machado Fotografias

TENHA UMA BOA LEITURA Matérias e Anúncios: Claudia Donha | 42 99807.2002 | 42 3087.5712 pontagrossa@revistaportalsaude.com.br revistaportalsaude.com.br Baixe nosso aplicativo: As matérias e imagens veiculadas são de responsabilidade dos seus autores.

Ricardo Joerke

Jornalista Responsável: Anny Malagolini - DRT-MS 1272 Eduardo Vieira Miranda - DRT-MS 1663 Circulação: Ponta Grossa e Região do PR Colaboraram com Esta Edição: Adriana Estivalet Carlos César Alves Luiz Gugliato Marcelo Serrado Paulo Chapchap Banco de Imagens: Shutterstock, Inc.



EDITORIAL


BEM-VINDO AO NOVO! Fazer o que nunca foi feito é algo desafiador e, ao mesmo tempo, gratificante. Obrigado, Ponta Grossa, por todo o acolhimento, carinho e respeito com que recebeu a Revista Portal Saúde, isso tudo foi inspirador. A revista oferece comunicação moderna que apaixona os leitores do início ao fim. Seu conteúdo envolve saúde, bem-estar, gastronomia, moda, beleza, turismo, tecnologia, meio ambiente, comportamento, curiosidades e cultura. Além da versão impressa, distribuída pontual e gratuitamente, temos portal na internet que centraliza o conteúdo, Facebook, Instagram, aplicativo para smartphones e tablets. Aproveitem o resultado nas próximas páginas, tenham uma boa leitura e até a próxima edição!

Claudia Donha e Alessandro Donha Diretores

Foto Editorial: Matheus Machado

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NUTRIÇÃO

COMPULSÃO ALIMENTAR E HÁBITOS ALIMENTARES Na vida moderna, notamos um aumento de transtornos alimentares; como exemplo, a compulsão alimentar. Transtorno alimentar (TA) é um termo usado para qualquer padrão de comportamentos alimentares que causam prejuízos à saúde. Tratando-se de compulsão alimentar, pode-se defini-la como o ato de comer, durante um curto período de tempo, uma quantidade de alimentos que é definitivamente maior do que o recomendado em um período curto de tempo (aproximadamente em 2 horas), não conseguir controlar o que ou quanto se está comendo. Sintomas importantes do quadro de compulsão alimentar são: comer escondido, comer sem fome, alimentar-se rapidamente, comer até sentir-se mal, alimentar-se durante o dia todo, usar alimentos para “aliviar o estresse”, sentir-se culpado após comer e sentir-se impotente frente à comida. Muitas pessoas experimentam a sensação, quando se propõem a fazer uma dieta restritiva ou mudanças sem orientação do profissional nutricionista. O suporte de bons profissionais é essencial , pois há fatores que independem da força de vontade. Exemplos: metabolismo, fatores genéticos, fatores psicológicos. Comida de forma compensatória é um grande fator a levar ao desenvolvimento de um quadro de compulsão alimentar. O estresse é outro fator para desenvolvimento da compulsão. A pessoa busca o alimento para diminuir o estresse, acaba ficando mais estressada por ter comido e volta a comer para diminuir o estresse, construindo um ciclo vicioso.

Compulsão também pode se relacionar com o consumo de alimentos processados. Segundo autores, a compulsão é um tipo de desespero emocional, que não é nem questão de gostar de comer, mas sim, que está ligada a aspectos emocionais, os nossos traumas, sensações, tristezas e acabam sendo expressos em nossa relação com os alimentos. Ressaltar que a mídia é uma grande influência no desenvolvimento da compulsão, pois nos bombardeia com novos alimentos, imagens de corpos “perfeitos” e uma imensa variedade de dietas. A função dos alimentos é alimentar e nutrir, dando-nos energia, e não forma de compensação, como muitas pessoas os utilizam. Prazer podemos ter em inúmeros outros momentos, os alimentos podem nos dar prazer, desde que este não seja a prioridade da função dos mesmos. O verdadeiro prazer deve ter relação com bem-estar físico, emocional e qualidade de vida. Podendo-se, assim, desfrutar de bons momentos ao lado dos que amamos.

Danila Gavron Nutricionista - CRN/PR 87255 Formação Internacional Health & Wellness Coaching Pelo Instituto Care Evolution - SP. Pós-Graduada em Nutrição Clínica, Metabolismo e Pratica Dietética - Instituição Gama Filho. Pós-Graduação em Comportamento alimentar Instituto de Pesquisa e Gestão em Saúde - IPGS - RS. Foto: Matheus Machado

Rua Airton Playsant 255 - 3º andar Centro de Saúde Vivace - Ponta Grossa - PR 42 3224.9234

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MICROBLADING

SOBRANCELHA PERFEITA? É POSSÍVEL, SIM! As sobrancelhas têm uma importância fundamental para nossa harmonia facial: elas podem demonstrar muitas coisas, tanto para o lado positivo quanto para o negativo. Uma sobrancelha “malfeita” pode trazer um aspecto triste e pesado. Por isso, nos tempos de hoje, existem técnicas essenciais para uma harmonização facial: • design de sobrancelhas; • sobrancelha de hena; • coloração de sobrancelhas; • alisamento de sobrancelhas; • MICROBLADING (a queridinha do momento). Hoje vou esclarecer algumas dúvidas da técnica mais procurada da atualidade. O que é microblading? Microblading é uma técnica que consiste em criar fios nas sobrancelhas, sendo para preencher falhas ou redesenhá-las, sempre trazendo uma harmonia facial. Uso a técnica do visagismo (técnica usada para ressaltar a beleza individual das pessoas). Com uma microlâmina, implanto pigmento na derme (segunda camada da pele), desenhando os fios. Quanto tempo dura? Ela tem duração de 8 meses a 18 meses, levando em consideração sempre os cuidados pessoais e tipos de pele; por exemplo, a pele lipídica (oleosa) tende a ter menor duração. Qualquer pessoa pode fazer? Depende; grávidas, lactentes, pessoas que possuam queloides são expressamente proibidas. Diabéticos, pacientes que possuam câncer ou outro tipo de doença autoimune, somente com li-

Kassiele Skeika Técnica em Estética - CESCAGE - Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - 2013. Micropigmentadora: Acadêmia de Dermopigmentação Erika Sowabe. Especialização de Microblanding - Thalita Valente - MPM.

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beração médica. Lembrando que faço uma ficha de anamnese, na qual você se responsabiliza por qualquer informação falsa dada. Quais os cuidados após o procedimento? • higienizar com sabonete bactericida durante a cicatrização; • passar pomada restauradora dérmica por 15 dias; • não retirar as casquinhas; • evitar sol excessivo, piscina e mar por 30 dias; • evitar por 3 meses qualquer tratamento facial com ácidos ou creme de esfoliação. Qual tipo de material é usado? Todos os materiais são descartáveis, não podendo reutilizá-los; lembre-se de ficar atento a isso. Preciso retocar? Sim! Após 30 dias, realizo os retoques, quando verifico se ficou alguma falha, se a cor está adequada para seu tom de pele e pelo; a cor pode clarear em até 50% nesta fase de cicatrização. Lembre-se: sempre procure um profissional habilitado para obter um bom trabalho, e evitar transtornos futuros.



RADIOLOGIA

TRATAMENTO ÍNTIMO A LASER “MUITO ALÉM DA ESTÉTICA” A tecnologia a laser, já consagrada no tratamento da pele facial, está sendo utilizada na região genital com o objetivo de estimular a produção de fibras de colágeno e elásticas da parede vaginal e regiões associadas. Pode ser utilizada em mulheres jovens, esportistas, pós-parto e em uso crônico de anticoncepcionais, sendo sua maior indicação as mulheres na menopausa que apresentam atrofia vaginal e que não podem utilizar a reposição hormonal. Infelizmente a atrofia vaginal, que acomete ao redor de 50% das mulheres na menopausa, é uma condição subestimada e um tabu que pode trazer sofrimento. A atrofia vaginal causa ressecamento, perda da elasticidade, aumento das infecções vaginais e urinárias, dor no ato sexual, dor ao urinar, urgência ao urinar à noite e sangramento nos casos acentuados. O tratamento íntimo a laser: • controla a perda urinária leve; • aumenta a lubrificação vaginal; • diminui a dor na relação sexual; • tonifica a vagina; • reduz a flacidez vulvar; • clareia a vulva.

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O tratamento é realizado em consultório, rápido e praticamente indolor, podendo retornar às suas atividades laborais imediatamente após o procedimento. Após 15 a 30 dias da primeira aplicação, já é possível notar os primeiros resultados, mas, em alguns casos, estes serão mais evidentes após três a quatro sessões, que geralmente acontecem com intervalos de 15 a 40 dias, dependendo da tecnologia utilizada. A resposta clínica favorável pode durar 1 ano ou até mais. Com o ressurgimento dos sintomas, será indicado um novo tratamento. É contraindicada nas mulheres grávidas, que tenham doenças sexualmente transmissíveis, que apresentem mudanças de citologia no último Papanicolau ou doenças relacionadas a coagulação sanguínea. Informe-se com seu ginecologista ou urologista sobre as opções de tratamento.

Dra. Tatiana Sabedotti CRM/PR 13533 Radiologia e Diagnóstico por Imagem - RQE 5548



ORTOPEDIA

DORES NO PÉ TÊM CURA! A população brasileira tem modificado seu perfil: nos últimos tempos, cada vez mais precisamos de geriatras e menos de pediatras. As cirurgias oftalmológicas já estão dominadas pelas “cataratas”. Na ortopedia não é diferente. As fraturas em “galho verde” típicas das crianças já são substituídas pelas fraturas do punho ou do colo do fêmur, mais comuns nos idosos. Isto é: estamos envelhecendo e a expectativa de vida cada dia melhora cronologicamente. Enfim, esse é um tema longo com margem para inúmeras considerações, que não é o caso agora.

Dr. Glauco Fabio Lisboa Bonilha CRM/PR 4802 Ortopedia e Traumatologia - RQE 5 Formado em Medicina pela Faculdade Católica de Medicina de Ponta Grossa em 1975 Residencia médica em 1976 e 1977 no Serviço do Professor Heiz Richer de Curitiba Aprovado no Concurso de Especialista em 1978

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Convidado para escrever algo ligado a ortopedia, vou começar pelo pé, que é o sustentáculo do corpo. Costumo dividir o pé em três partes: retropé, mediopé e antepé. Em linguagem bem clara aos leigos, que são o foco desta explanação e talvez ridícula aos ortopedistas, vou procurar mostrar as doenças mais comuns que acometem o pé e são frequentes no dia a dia do consultório: o Hallux Valgus (joanete) e a Fasciite Plantar (esporão de calcâneo). O Hallux Valgus é uma doença mecânica que acomete o antepé, quando este perde o apoio do primeiro e do quinto dedo, com a queda do arco longitudinal, provocando um deslocamento para dentro do primeiro metatarciano e para fora do primeiro dedo. Isto causa um atrito com o sapato, provocando uma “ bola” dolorosa no primeiro dedo, a qual chamamos de exostose. O tratamento é cirúrgico, com diversas técnicas propostas para cada caso. Invariavelmente são acompanhados dos outros dedos em garra, também de fácil correção cirúrgica. No mediopé, a deformidade mais comum é o pé plano (pé chato), e o tratamento é, na maioria, conservador, com palmilhas, e eventualmente cirúrgico. No retropé, a doença mais comum é a Fasciite Plantar, comumente chamada de “esporão de calcâneo”, que, na maioria das vezes, é causado pelo uso de calçado inadequado, como, por exemplo, os chinelos rasteiros e sem salto. O tratamento é sempre conservador e sempre leva algum tempo.


BABY & KIDS

AMAMENTAÇÃO BEM-SUCEDIDA! Já são amplamente divulgados e muito conhecidos os benefícios da amamentação: para o crescimento e desenvolvimento do bebê, prevenção de doenças, na prevenção de câncer de mama para mamãe, além de todos os aspectos afetivos, laços e vínculos entre mãe e recém-nascido. Isso não é novidade, certo? A maior segredo é… Como passar pelas primeiras árduas etapas? Este, que deveria ser um processo natural e simples, é na verdade cercado por medos, dificuldades, inseguranças e muitos, muitos palpites que nem sempre ajudam a nova mamãe. Então, seguem algumas poucas e importantes dicas: O início da amamentação é doloroso, e quando você lê início, entenda o primeiro mês! Cuidado com os seios, banho de luz, pomadas à base de lanolina podem ajudar, mas o essencial, o grande segredo é corrigir a pega. Peça ajuda ao banco de leite da sua cidade se for preciso. A quantidade de leite produzido varia muito, a avaliação sobre se é suficiente é muito subjetiva para a mãe, pois um bebê que chora muito sempre se acalma no peito, independentemente da causa

do choro, aparentando ser fome. O segredo aqui é acompanhar o peso do lactente com o pediatra. Ele deve perder menos de 10 % até a alta do hospital e recuperar o peso de nascimento até o décimo dia de vida. No primeiro mês, ganhará um mínimo de 20 gramas por dia. Para uma boa produção de leite é importante a alimentação e ingestão adequada de líquidos pela mãe e também que tenha períodos de descanso. E veja que foram mencionados líquidos, e não leite. A ingestão exagerada de leite de vaca durante a amamentação pode predispor a cólicas do lactente. Muito cuidado com os palpites e receitas caseiras. Cerveja preta contém álcool, ou seja, contraindicado para quem está amamentando; canjica, arrozdoce e todos os derivados de leite, já explicamos o motivo pelo qual se devem evitar os excessos. Existem alguns medicamentos que podem ajudar. A oscitocina nasal ajuda na apojedura, na descida do leite, mas não aumenta produção. A metoclopramida pode ser usada, mas algumas mulheres têm muito sono, inviabilizando o uso. Assim como alguns antidepressivos amplamente utilizados, mas que também possuem restrições. Sempre converse com seu médico antes de iniciar qualquer medicamento. E, por último e não menos importante: desconecte-se de tudo a sua volta e conecte-se ao seu bebê, preste atenção nele, conheça seu bebê, você em pouco tempo saberá interpretar cada gemido, cada chorinho. Esse é o grande segredo. Lembre-se: é só uma fase! E vai passar!

Dra. Vanessa Scoss Kassai CRM/PR 24409 Pediatria - RQE 19924 Fotos: Matheus Machado

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INFECTOLOGIA

USO INADEQUADO DE ANTIBIÓTICOS Antibióticos como Amoxicilina, Ciprofloxacino, Cefalexina e Azitromicina servem para tratar infecções causadas por bactérias como amigdalite, infecção urinária e pneumonia, por exemplo. São uma das medicações mais prescritas por médicos em todo o mundo. As infecções virais muito comuns no dia a dia, como gastroenterites, resfriados, sinusites e faringites, não são tratadas com esse tipo de medicação. É importante lembrar que os antibióticos também matam as bactérias benéficas do nosso corpo, como aquelas presentes no nosso intestino e na nossa pele. Nossos corpos precisam de tipos específicos de bactérias para a digestão, função imunológica e saúde geral. Então, o uso desses antibióticos deve ser realizado apenas com prescrição médica na dose correta e no tempo certo, mesmo que haja melhora dos sintomas já no início do tratamento. O uso incorreto leva, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de resistência das bactérias a esses medicamentos. Como consequência, as infecções estão se tornando cada

Dra. Gabriela Margraf Gehring CRM/PR 29369 Infectologia - RQE 18873 Pós-Graduada em Controle de Infecção Hospitalar e em Serviços de Saúde Foto: Matheus Machado

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vez mais difíceis de tratar e a eficácia dos antibióticos está se tornando cada vez menor. Existe uma grande chance de que, nos próximos 10-15 anos, os antibióticos que mais utilizamos já não apresentem mais efeito contra as infecções. Uma pesquisa realizada em 2015 descobriu que 64% dos pacientes acham que os antibióticos também servem para tratar infecções virais como gripe e resfriado. Essa falta de conhecimento leva pacientes a buscarem esse tipo de tratamento. Outro problema é que os médicos, na incerteza do diagnóstico, acabam por prescrever antibióticos sem a real necessidade. O médico infectologista é o profissional da área da saúde mais capacitado para realizar o diagnóstico correto das infecções e prescrever o tratamento mais adequado. Atualmente a resistência bacteriana é considerada um problema de saúde pública. O mais importante é evitar o uso abusivo e indiscriminado desse tipo de medicação. Se o médico lhe prescrever algum antibiótico, faça a pergunta: essa medicação é realmente necessária?



MEDICINA

CONSULTE SEU OFTALMOLOGISTA E TENHA UMA MELHOR VISÃO

Dr. Guy Romaguera Canto CRM/PR 31814 Oftalmologia Hospital de Olhos do Paraná Medicina PUC-PR

Foto: Matheus Machado

Na atualidade, percebemos a grande procura pela melhora da visão, e os únicos capazes para tal são os oftalmologistas. Seja por meio de um bom par de óculos, lentes de contato ou pelas modernas técnicas cirúrgicas. A cirurgia a laser já tornou realidade o sonho de milhões de pessoas de voltar a realizar atividades cotidianas como dirigir, assistir à televisão e ler sem o uso de lentes corretivas. O oftalmologista recomendará a técnica mais adequada para cada paciente, de acordo com o erro refrativo e as características de cada um.

A cirurgia refrativa é um procedimento que possibilita a correção visual de erros refrativos, especificamente miopia, hipermetropia e astigmatismo, através da aplicação de laser. Técnica PRK: Consiste em raspar o epitélio da córnea e aplicar o laser. O oftalmologista anestesia a córnea do paciente com colírio e remove uma pequena parte da superfície com um dispositivo específico. O laser remodela a forma da córnea, atuando sobre sua superfície por menos de 1 minuto. Técnica LASIK: Consiste em fazer um flap (tampinha) na córnea e aplicar o laser em uma camada da córnea chamada estroma. Essa técnica pode ser utilizada para corrigir tanto altos quanto baixos graus de miopia e moderados de astigmatismo e hipermetropia. Estas técnicas cirúrgicas aplicam-se à maioria das pessoas, desde que elas tenham pelo menos 21 anos, córneas saudáveis e satisfaçam alguns critérios como, por exemplo, a estabilidade do grau por um ano. É importante que o paciente se submeta à cirurgia bem informado, passando anteriormente por uma consulta de avaliação em que o oftalmologista decidirá se o mesmo irá usar óculos, lentes de contato ou se a cirurgia a laser é indicada, além de explicar sobre os benefícios e os riscos do procedimento.

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CURIOSIDADES

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Mitos e Verdades sobre dietas

Quem já não passou por isso? Ganhar uns quilos a mais quando se controla pouco a alimentação e, para perder esse peso, também rapidamente, entrar em uma dieta. Normalmente quem adere a este tipo de mudança na alimentação escolhe algum método indicado por algum conhecido, ou algo que conseguiu na internet.

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O problema é que muitas dicas e crenças sobre a melhor forma de perder peso não dão o resultado esperado. “Fazer mudanças em longo prazo e modificar o estilo de vida é a maneira ideal de combater os quilos, porque leva a uma perda de peso permanente”, afirma a médica Lucy Chambers, especialista em alimentação da Fundação Britânica de Nutrição.


Levando em conta esse aspecto, listamos alguns dos mitos mais comuns sobre fazer dieta: 1. Alguns alimentos servem para queimar gorduras Repolho, salsão (ou aipo), chá-verde, pimentas... Não deve ser a primeira vez que você ouve falar destes ou de outros alimentos que supostamente ajudam a queimar ou eliminar gorduras. Mas não é bem assim. Não existe um tipo de comida que tenha propriedades especiais de queimar a gordura em excesso no corpo, conforme atestam as principais entidades ligadas à nutrologia. 2. Não se deve comer ou fazer lanchinhos entre refeições Outro mito. Não há problema em comer algo rápido entre as refeições principais quando se trata de um lanchinho ou tira-gosto saudável, como uma fruta, uma verdura ou um iogurte light. É útil porque ajuda a controlar o apetite. 3. Comer à noite engorda A hora em que se consome um alimento não é o que determina o aumento de peso, são as calorias. Se são consumidas calorias em excesso, mais do que o corpo necessita, ganha-se peso. Não importa se for pela manhã, à tarde ou à noite. Tanto o Centro de Saúde da Universidade de Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, como a publicação americana WebMD concordam: não existe prova de que comer tarde da noite engorda. 4. Carboidratos, os “vilões” Esse tipo de alimento – que inclui açúcares, amido e fibra – é componente fundamental de uma dieta saudável. Nosso corpo necessita de carboidratos para obter energia, especialmente para o bom funcionamento do cérebro e dos músculos. O Departamento de Saúde do Reino Unido recomenda que “pelo menos a metade da energia provida por nossa dieta diária venha de carboidratos”, explica Lucy Chambers, da Fundação Britânica de Nutrição. 5. Quanto menos gordura, melhor Ao contrário do que muitos pensam, segundo Chambers, é recomendado que uma dieta de emagrecimento contenha pelo menos 35% de gordura. Não é indicado um regime baixo em gorduras ou um que elimine totalmente o consumo de gorduras. O que é preciso ter em conta é que há diferentes tipos de gordura; o tipo ingerido é que faz a diferença. O ideal é substituir a gordura saturada pela insaturada, já que esta ajuda a reduzir o colesterol no sangue, substância ligada ao risco de doenças cardíacas e derrames cerebrais.

6. Produtos com baixo teor de gordura ajudam a perder peso Os alimentos com baixo teor de gordura oferecidos no mercado costumam incluir quantidades maiores de açúcar, sal e amido. Isso é feito para compensar o sabor que os alimentos perdem quando é retirada determinada quantidade de gordura. Com esse tipo de alimento também há o risco de se consumir porções maiores – em quantidade e frequência –, o que pode levar a uma ingestão maior de calorias e não ajudar em nada a eliminar os quilos a mais. 7. Beber muita água ajuda a emagrecer A água é fundamental para o organismo, mas não é por isso que se deve assumir que aumentar o seu consumo levará à perda de peso. É bom beber mais água quando se faz uma dieta, porque isso ajuda a evitar outras bebidas que tenham açúcar, mas esta ação não contribui para eliminar os quilos a mais – é preciso juntar isso a outras medidas. 8. Tipos de açúcares piores que outros Segundo a publicação norte-americana WebMD, há estudos que demonstram que o corpo absorve de maneira similar o açúcar comum, o mel e os adoçantes feitos de milho convertido em frutose. Para referência, é bom saber que uma colherzinha de qualquer um desses produtos tem entre 48 e 64 calorias. 9. Pular refeições torna a dieta mais eficaz Isso não é verdade. A consequência dessa medida é aumentar a fome, o que, por sua vez, leva a um consumo maior de alimentos na próxima refeição. Várias entidades, entre elas o Instituto Nacional de Enfermidades Digestivas do Rim e da Diabetes, nos Estados Unidos, concordam com essa visão. Alguns estudos chegaram até a indicar que deixar de comer no café da manhã pode aumentar o peso. 10. O que funciona para perder peso são exercícios intensos e prolongados Mais um mito, até porque atividades físicas de baixa intensidade também consomem calorias. Faz bem visitar uma academia, mas o BHF (Fundação Cardíaca Britânica) diz que mesmo caminhar, arrumar o jardim ou realizar outras atividades domésticas também pode fazer a diferença.

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CARDIOLOGIA

TRATAMENTO NA HIPERTENSÃO ARTERIAL A Hipertensão Arterial, conhecida como “Pressão Alta”, é uma doença crônica caracterizada pela alta pressão que o sangue exerce para se movimentar nas paredes das artérias e faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. Além de facilitar a formação de placas de ateroma nas artérias, predispõe o paciente a desenvolver Doenças Cardiovasculares, que, segundo a OMS, são a 1ª causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, estima-se que 25% da população brasileira sofra de hipertensão, sendo que, em pessoas com mais de 60 anos, o número sobe para mais de 50%. Os valores recomendados de PA são de 120 mmHg (pressão sistólica) e de 80 mmHg (pressão diastólica); valores até 139/89 mmHg são considerados como Pré-Hipertensão e valores de 140/90 mmHg ou mais, consideram-se Hipertensão, confirmando-se quando o resultado se repete, no mínimo, em três ocasiões. Os fatores de risco considerados para o desenvolvimento da doença são genética, o aumento da faixa etária, etnia (pessoas negras estatisticamente apresentam mais propensão), sobrepeso e obesidade, tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo, estresse, consumo abusivo de sal e álcool. Um dos principais problemas da hipertensão é que se trata de uma doença silenciosa e assintomática na maioria dos casos. Mas, quando os sintomas aparecem, podem variar entre palpitações e dor no peito, dor na nuca, falta de ar e inchaço nos membros inferiores, o que sugere comprometimento

cardíaco e maior gravidade da doença. As principais complicações são Acidente Vascular Cerebral, Infarto Agudo do Miocárdio e Doença Renal Crônica, mas existem muitas outras, com impacto elevado na perda da qualidade de vida e produtividade do trabalho. A Hipertensão Arterial não tem cura, mas a boa notícia é que pode ser controlada. Para tentar impedir complicações, é importante fazer a medição, exames como laboratoriais, eletrocardiograma, radiografia de tórax, teste ergométrico, MAPA e acompanhamento regular com o Cardiologista, pois ele poderá determinar o melhor método de tratamento para cada paciente, o que envolve mudança no estilo de vida, como medidas nutricionais, cessação do tabagismo, controle de estresse, redução da ingestão de sódio (sal), entre outros. A prática de atividade física é essencial, pois melhora o desempenho cardíaco e os exercícios, para que não sejam prejudiciais, devem ser orientados pelo médico. De acordo com a gravidade e os fatores de risco, deve-se indicar o tratamento medicamentoso, que compreende, além da mudança do estilo de vida, várias classes de fármacos, como diuréticos, vasodilatadores, betabloqueadores e outros. É importante entender que quem sofre de hipertensão arterial irá conviver a vida toda com ela, por isso terá que sempre fazer o controle. Uma vida saudável é a melhor prevenção, essencial para todos nós.

Dr. Raphael Fernandes Ribeiro Fraiz CRM/PR 22489 Cardiologia - RQE 18523 Cardiologista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia

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OFTALMOLOGIA

CATARATA O termo catarata é utilizado para definir qualquer tipo de perda de transparência do cristalino, que é a lente natural situada dentro dos olhos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira no mundo, correspondendo a 47,8% dos casos. Ela é decorrente, na grande maioria das vezes, do envelhecimento do cristalino, sendo então chamada de catarata senil. Existe a catarata congênita, a qual aparece desde o nascimento ou no primeiro ano de vida da criança. Pode estar associada também a alterações metabólicas que ocorrem em certas doenças sistêmicas como diabetes, em doenças oculares como uveítes, secundária ao uso de certos medicamentos, como corticoides, ou a traumatismos oculares. Os principais sintomas da catarata são: sensação de visão embaçada principalmente para dirigir ou ler, espalhamento dos reflexos ao redor das luzes e percepção da perda do brilho das cores. A mudança frequente do grau dos óculos é também um sinal que pode indicar a presença desta doença. O tratamento é realizado pela avançada técnica cirúrgica chamada de facoemulsificação. Esta técnica permite tratar cataratas desde o início do surgimento, não havendo a necessidade de aguardar o chamado amadurecimento da catarata para que a cirurgia seja realizada. Neste procedimento, é feita uma microincisão menor de 3mm na córnea, através da qual é implantada uma lente intraocular dobrável. Este fato permite uma rápida recuperação, reduzindo a chance de complicações em comparação com as técnicas realizadas no passado. Além disso, pelo fato de a anestesia ser local e não haver a necessidade de internação hospitalar, o paciente

pode voltar às suas atividades cotidianas e de trabalho num breve intervalo de tempo. Com o avanço tecnológico e o aprimoramento das técnicas atuais, pode-se implantar lentes intraoculares com a capacidade de corrigir não só a catarata, mas também de corrigir erros refracionais como a hipermetropia, miopia, astigmatismo e a presbiopia, que é conhecida como vista cansada para perto. Deste modo, consegue-se, na grande maioria dos casos, diminuir a dependência do uso dos óculos após a cirurgia ou até mesmo eliminá-la.

Dr. Leonardo Saliba F. da Cunha CRM/PR 18645 Oftalmologia - RQE 12162 Graduação Médica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná Residência em Oftalmologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná Fellow em Glaucoma e Catarata pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte-MG

Dra. Priscila de Oliveira Cunha CRM/PR 21752 Oftalmologia - RQE 17015 Graduação Médica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Residência em Oftalmologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Fellow em Plástica Ocular e Estrabismo pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - MG. Fotos: Marielly Bueno

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PERSONALIDADE

BOA GESTÃO: O CAMINHO DA EXCELÊNCIA

A Revista Portal Saúde entrevistou o diretor-geral e CEO do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap. Ele acumula 40 anos de trabalho na instituição, dirige o programa de transplante de fígado e é reitor dos cursos de pós-graduação stricto sensu ministrados pelo Instituto de Ensino e Pesquisas Sírio-Libanês (IEP), do qual é presidente do conselho. Sua missão no Sírio-Libanês é dar continuidade aos projetos sociais e ao crescimento sustentado do hospital, que dobrou de tamanho após a inauguração das novas torres do Complexo Bela Vista, na década passada. Atualmente o Sírio-Libanês dispõe de 466 leitos e recebe, por ano, aproximadamente 120 mil pacientes. O hospital também faz parcerias com instituições públicas. Por lá já passaram mais de 50 mil profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). À nossa equipe, Chapchap falou sobre os padrões de gestão do hospital e do trabalho realizado para atingir os níveis de excelência que o hospital tem hoje.

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Hoje o Hospital Sírio-Libanês é referência não só em atendimento, mas também em gestão. Por quais transformações o hospital passou nos últimos anos para atingir este nível de crescimento e eficiência? A principal alteração que houve foi no método de governança da instituição. Durante o ano de 2003, o hospital adquiriu a consciência de que era preciso reformar sua governança e contratou a Fundação Getúlio Vargas para fazer um trabalho de avaliação da governança e recomendação sobre como seria a nova estrutura. Com o fruto deste trabalho é que foi criado o Conselho de Administração. Foi decidida qual seria a constituição do conselho e foram alocadas responsabilidades para o Conselho de Administração. Este conselho recrutou um executivo, que na época era o Dr. Maurício Ceschin, que ficou aqui nos anos de 2005, 2006 e 2007. A partir daí começou a funcionar cada vez mais eficientemente a governança do hospital, com Conselho de Administração e executivos profissionais.


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Especificamente o que se alterou na governança do hospital? Na hora em que você tem uma instância que revê estratégias, valida e aprova estas estratégias e avalia a performance do executivo, melhora-se a gestão. O Hospital Sírio-Libanês inaugurou, nos últimos anos, outras unidades em São Paulo e também em Brasília. Os planos de expansão continuam apesar da crise econômica? Quais cidades seriam contempladas? Existe um projeto de ampliar nossas unidades em Brasília, construindo um hospital, o que a gente ainda não tem. Temos duas unidades de oncologia e unidade diagnóstica, que são só ambulatoriais. A próxima ação fora de São Paulo seria este hospital, que está sendo avaliado. Ele ainda não está aprovado. Os serviços e tratamentos oferecidos pelo Hospital Sírio-Libanês são referência no Brasil e no mundo. Como o hospital chegou a este padrão de qualidade? O Sírio-Libanês tem na sua vocação valorizar muito os profissionais que trabalham aqui. Em todas as categorias e atividades profissionais. Algo que está frequentemente nos planos das empresas é atrair e reter talentos, para nós é muito mais que uma frase em nosso plano estratégico. A gente fortemente trabalha para atrair pessoas e desenvolver profissionais no Hospital Sírio-Libanês. Exemplo disso é que a gente tem um instituto de ensino e pesquisa para dar vazão às atividades acadêmicas de todas nossas categorias de profissionais, tanto da gestão, da prática médica, quanto das outras práticas assistenciais. Porque o perfil do profissional que a gente quer que trabalhe aqui é alguém que esteja na fronteira do conhecimento. E só há um jeito de se estar na fronteira do conhecimento: é estar se dedicando ao ensino e à pesquisa, que te obrigam a estudar permanentemente e conhecer as melhores práticas.

Paulo Chapchap, CEO do Hospital Sírio-Libanês

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O desafio é que você tem tratamentos disponíveis cada vez melhores, que possibilitam alta curabilidade, de todas as doenças, mas que são muito caros.


É possível que em cidades de interior ou capitais menores existam hospitais com este nível de qualidade? Não há dúvida nenhuma. Quanto melhor a governança, melhor é a utilização dos recursos. Quanto melhor a gestão, menos desperdício, menos retrabalho, mais eficiência. Então, qualquer investimento que se faça na qualidade da gestão pode ser ajudado por outras estruturas que estão num nível diferente de maturidade. A gente dá consultoria para um monte de hospitais de forma particular, em todos os lugares do Brasil. Uma parte importante do componente destas consultorias é ajudar a estruturar a governança e introduzir as melhores ferramentas de gestão. Em lugares onde se tem uma quantidade menor de recursos isso faz uma diferença maior ainda. Qualquer projeto de eficiência operacional num lugar em que haja poucos recursos traz um resultado extraordinário. Vale a pena fazer. E quais são os principais vícios de governança detectados nos hospitais em que o Sírio-Libanês dá consultoria? Basicamente é a estrutura de que falei, coisa fácil de mudar. Às vezes a pessoa está economizando em algumas áreas, com diretores e gerentes, e você vê que aquela é uma economia que não faz sentido. Porque, se você tiver um bom diretor, um bom gerente, engajados, conhecendo a missão da instituição, eles vão trazer uma eficiência muito maior para seu processo. Em vez de ficar enchendo de gente, você vai colocar pessoas absolutamente capacitadas nos lugares certos, engajadas, e isso vai trazer um reflexo grande para sua operação.

Por que a medicina preventiva está cada vez mais ligada à eficiência e resolutividade dos tratamentos? Tem dois tipos de prevenção que a gente chama de prevenção primária, que é não ficar doente; e a prevenção secundária, que é, tendo uma doença crônica, você não ter complicações desta enfermidade. Um exemplo de prevenção primária: nenhum câncer de intestino começa como câncer. Todos começam como pólipo benigno. E depois, ao longo dos anos, e isso demora de três a cinco anos, eles podem se transformar em câncer. O que se faz é uma colonoscopia periódica. E a periodicidade vai variar conforme o grau de risco, que a gente sabe analisar: a cada dez anos para uns, cinco anos para outros. Isso previne em 100% os casos de câncer do intestino grosso, que é um dos cânceres mais prevalentes na população brasileira. Outro exemplo: em pacientes de alto perfil de risco para câncer de pulmão, você vai fazer uma tomografia de baixa dose anual. Faz-se um diagnóstico sempre muito precoce, com quase 100% de curabilidade. Quando isso não é feito, acaba-se fazendo um diagnóstico tardio, com alto índice de mortalidade. E isso vale para câncer de mama, fazendo mamografia. A prevenção primária é fundamental, mas tão importante quanto a prevenção primária é você pegar um paciente diabético ou um paciente hipertenso e fazer um seguimento, um bom tratamento, para evitar que o diabético tenha doença cardíaca, doença renal, doença na retina, feridas no pé. Ou que o hipertenso tenha um derrame, um AVC (acidente vascular cerebral), uma coronariopatia, um infarto etc.

Quanto melhor a governança, melhor é a utilização dos recursos. Quanto melhor a gestão, menos desperdício, menos retrabalho, mais eficiência.

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Os hospitais terão de se adaptar ao conceito de medicina preventiva? Os hospitais não fazem bem a prevenção, mas vão ter que fazer, vão ter que expandir a sua atuação para a assistência ambulatorial de atenção básica, médicos de família, para poder fazer a prevenção primária e a prevenção secundária. Para vir para o hospital só aqueles em que você não conseguiu evitar a doença grave. Qual o grande desafio da Medicina, no Brasil e no mundo, na atualidade? O desafio é que você tem tratamentos disponíveis cada vez melhores, que possibilitam alta curabilidade, de todas as doenças, mas que são muito caros. Se eu fosse ter que escolher o grande desafio que existe, diria que é o desafio de acesso a uma condição crescente da população mundial a essa medicina, cada vez mais tecnológica e que tem alto custo. Então, o desafio é: como eu combino demanda e provisão de serviços? Quando algo custa caro com os recursos que a gente pode comprar? É o que torna a provisão de serviços cada vez mais injusta no mundo todo. Porque, como ela é mais cara, ela é cada vez melhor; porém, para cada vez menos gente. Este é o grande desafio. E como que a gente faz isso? Aumentando a eficiência do sistema é uma das formas de se fazer. A gente sabe que há muito desperdício. Quanto menos desperdício houver, quanto mais eficiente for a provisão de serviços de saúde, mais gente vai ter acesso a ela. O Sírio-Libanês também atua na gestão de hospitais públicos por meio de organizações sociais. Como é este desafio? Você conta com muito menos recursos, então, você consegue implantar os mesmos métodos de gestão, mas você tem recursos muito menores. O faturamento do Hospital Sírio-Libanês por ano é de R$ 2 bilhões para 460 leitos.

Eu tenho 420 leitos dos meus hospitais públicos reunidos e o orçamento é um 1/8 disso. É um baita desafio, mas dá para fazer com automação, controle de qualidade, eficiência. Eu costumo dizer o seguinte: quando você vai viajar no avião, tem gente que vai na classe econômica e tem gente que vai na primeira classe. Esse cara aqui paga 10 vezes mais que esse outro aqui. E se o avião chegar, chega todo mundo. A segurança tem que ser a mesma para todo mundo. A qualidade do piloto é a mesma para todo mundo. A qualidade do avião é a mesma para todo mundo. Mas esse cara vai viajar um pouco mais apertado, com uma comida não tão sofisticada. Esse aqui vai viajar mais folgado… É isso que acontece num hospital. Um quarto para dois ou um quarto para quatro. Outro fica em um quarto menor, outro no maior. Como num avião: o importante é chegar. Como é o processo de seleção para os interessados em trabalhar no hospital e participar das residências oferecidas? A gente tem um instituto de ensino e pesquisa que tem vários programas. Voltado desde a alunos de graduação até de residência. É possível fazer concurso e residência aqui. E na pós-graduação temos mestrado, doutorado... Na nossa página tem os pré-requisitos e os programas disponíveis. Também temos muitos cursos de especialização que são abertos, claro. Alguns para quem é trabalhador do SUS, com bolsa de estudo integral. O Hospital Sírio-Libanês é muito aberto. Este ano, só em projeto de desenvolvimento institucional para programas do Sistema Único de Saúde, nós vamos ter 8 mil alunos. No Brasil inteiro, literalmente, em todos os estados do Brasil. Não só o curso é gratuito, mas, se vier por meio da regulação do Ministério da Saúde, a gente paga a passagem para vir para cá, paga a estadia aqui, e o curso é gratuito.

Pioneirismo: Você sabia que… - A primeira unidade de tratamento intensivo (UTI) foi instalada no Hospital Sírio-Libanês? - O hospital também foi o primeiro do Brasil a usar a radioterapia no tratamento de câncer?

Fotos: Divulgação 38

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ODONTOLOGIA

BICHECTOMIA Bichectomia ou Lipoplastia Facial é um procedimento cirúrgico intraoral em que o profissional remove um tecido gorduroso, as Bolas de Bichat, situadas na região da bochecha do paciente. O nome vem do anatomista e fisiologista Marie François Xavier Bichat, que em 1802 descreveu o corpo adiposo situado na face, que está localizado abaixo do músculo bucinador. Trata-se de um tecido gorduroso semelhante ao encontrado em outras partes do corpo, porém não utilizado como fonte de energia para os casos de emagrecimento. Ou seja, a pessoa pode perder peso e diminuir a quantidade de gordura do corpo, mas as Bolas de Bichat não diminuem. O procedimento é o numero 1 aqui em meu consultório, porque a remoção da gordura da bochecha, normalmente, melhora o contorno facial, deixando o paciente com o rosto mais afilado e alongado, parecendo mais magro. Além do apelo estético, o procedimento também é indicado para pacientes que apresentam traumas na mucosa da bochecha, pelo fato de ela ser grande, e isso se apresenta por uma linha branca, bem marcada, que sinaliza que o paciente está mordendo aquela região. O procedimento é relativamente simples. Pode ser realizado sob sedação ou não, com anestesia local, em consultório odontológico. Dura em média 1 hora e não deixa cicatrizes na face, pois a retirada da gordura é feita através de incisões pequenas dentro

da boca. Dependendo da técnica utilizada, corre-se o risco do comprometimento de inervação facial, causando danos sérios ao paciente. Por isso é indispensável procurar um profissional habilitado e que tenha experiência na técnica a ser realizada, pois é uma área nobre da face. O pós-operatório é semelhante ao da extração dos terceiros molares e são necessários repouso e prescrição medicamentosa. Dor, inchaço, região arroxeada podem acontecer. Também se utiliza drenagem facial para diminuição do edema. Muito se fala sobre envelhecimento facial causado pela remoção das Bolas de Bichat, mas, ao contrário do que dizem, as Bolas de Bichat não têm sentido de sustentação de face, muitas vezes associada a Ritidoplastia, cirurgia plástica para rejuvenescimento facial. Ao remover a gordura de Bichat, todos os tecidos se reacomodarão na nova face esculpida e tendem a manter-se em posição, agora sem o peso da gordura facial e ação da gravidade. Também ocorre menos formação de rugas no terço médio e inferior da face, tais como bigode chinês e linha de marionete, região perioral e abaixo dos olhos. Há os casos de sucesso e veem-se, também, os casos de fracasso, em especial os realizados por profissionais incapacitados a realizar o procedimento, que negligenciam a técnica cirúrgica e os cuidados com a assepsia do campo operatório. Fui considerada referência na cirurgia de Bichectomia, pelo grande número de cirugias efetivadas e de sucesso: neste ano foram 150 cirurgias realizadas.

Dra. Ana Flávia Cruziniani CRO/PR 26409 Graduada pela faculdade Cescage Pós-Graduada em Harmonização Orofacial Habilitada em Laserterapia Foto: Matheus Machado

Rua Santos Dumont 293 - Della Bianca Institute of Clinics Ponta Grossa - PR 42 99912.7401

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COMPORTAMENTO

ATITUDE EM EVENTOS Compromissos sociais fazem parte do nosso dia a dia: coquetéis, aniversários, happy hour... São acontecimentos que nos proporcionam a agradável oportunidade de estar com amigos, parentes, fazer novas amizades e até novos negócios. Preparamo-nos para essas ocasiões, marcamos na agenda, enviamos presentes (se assim for da natureza do evento) e nos vestimos de forma adequada. Tudo para transmitir a imagem de elegância. Será que só isso basta? De nada adianta estar impecavelmente vestido sem atitudes elegantes. Vamos abordar algumas situações comuns em eventos que podem parecer supérfluas, mas que deixarão sua marca pessoal – dependendo da sua atitude. O convidado elegante preza a pontualidade. Os limites de tolerância são chegar a um evento com 15 minutos de antecedência ou, no máximo, 15 minutos após o horário marcado. A forma de cumprimentar, por sua vez, é algo que transmite, e muito, a sua personalidade. Ao apertar a mão das pessoas, o ideal é pegar com firmeza, olhar nos olhos e dar um sorriso, tomando cuidado com a intensidade do aperto: nem muito forte, nem muito frouxo. Ficar balançando a mão do outro demais, abraçando demais, é uma invasão do espaço pessoal. Apresentar duas pessoas só pelos nomes não proporcionará a elas a oportunidade de começar um bom papo. Pontue alguma coisa a respeito de um e de outro, como a profissão, um hobby, algo que possa estimular a conversa. Nada pior do que aquela pessoa que pergunta: “Não se lembra de mim?”. Se perceber que alguém não está se lembrando de você, fale logo o seu nome e não dê ênfase à situação. Monopolizar os anfitriões não é nada elegante, pois eles têm de cumprimentar todos e ainda verificar se tudo está saindo bem na festa. Assim como ser expansivo demais e aproveitar para fazer uma consulta gratuita com aquele médico que você acabou de conhecer na festa também é de profundo mau gosto. Se desejar consultá-lo, peça o cartão e entre em contato posteriormente. Ficar dando demonstrações de riqueza ou de intimidade com pessoas influentes, além de ser tolo,

é cafona. Isso se aplica àquelas pessoas que ficam alardeando que estão vestindo tal grife, ou que fulano de tal é muito seu amigo e sempre o convida para esquiar nos Alpes. Em uma conversa, se não tiver nada positivo para dizer, fique quieto. Comentários do gênero “Nossa! Como você engordou” são péssimos. Há pessoas que alegam ser muito autênticas, sinceras, e que por isso falam o que vem à mente; isso é uma bela desculpa para a falta de educação. Beber demais em eventos é a forma mais rápida de sabotar a sua imagem. Ninguém gosta de ficar perto de pessoas que passaram da conta na bebida. Beber é para celebrar; se você quiser extravasar, beba em casa – e sem convidados! Não seja o primeiro a chegar e o último a sair, só se você for muito íntimo dos anfitriões. No dia seguinte, ligue ou envie um agrado (flores, bombons) aos anfitriões, cumprimentando pela festa; vai impressionar. É muito bom ser lembrado pela elegância ao se vestir, mas mais ainda pelas atitudes. É como uma bela embalagem, com um conteúdo cheio de coisas agradáveis, pela qual você será sempre será lembrado, para participar não só dos eventos, mas também abrir oportunidades aos negócios que esses possam trazer.

Adriana Estivalet Consultora de Imagem Pessoal e Corporativa AICI Member contato@adrianaestivalet.com.br Foto: Guilherme Molento

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NEFROLOGIA

ESTOU BEBENDO POUCA ÁGUA? QUANTAS VEZES É NORMAL URINAR POR DIA? Nefrologia é a especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao rim. Duas das perguntas mais frequentes no consultório do nefrologista são: Qual a quantidade ideal de água que devo ingerir diariamente? A água é o principal componente químico do nosso organismo (cerca de 60% do peso do nosso corpo é composto apenas por ela). Não existe um número mágico de litros que seja adequado para toda a população. A famosa regra que diz que devemos beber 2 litros de água por dia (ou 6 a 8 copos de água) é, na verdade, uma orientação empírica. Nosso organismo é equipado com alguns mecanismos de defesa contra a desidratação. Toda vez que há uma redução do volume de água corporal, as células começam a se desidratar e o cérebro lança mão de 2 ações: o surgimento da sensação de sede e a liberação de hormônios que estimulam os rins a reter água. Portanto, se você tem sede frequentemente e a sua urina encontra-se muito concentrada, ou seja, com pouca água, isso é um sinal de que o seu organismo está tentando compensar um estado de carência de água. De uma maneira geral, pode-se fazer um cálculo aproximado da necessidade de ingestão de água em um indivíduo saudável com base no seu peso; basta multiplicar o peso corporal por 35 (ml/kg) e obter o valor em ml de água necessários por dia. Por exemplo, uma pessoa com 70 kg de peso deverá ingerir aproximadamente 2450 ml de água por dia, sendo

Dr. Leandro Cardoso Cancelli Vieira CRM/PR 30.235 Nefrologia - RQE 21893 Clínico Geral - RQE 21892 Médico pela Universidade Federal do Paraná Foto: Matheus Machado

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que esse valor pode variar dependendo da idade, massa muscular, superfície corporal e temperatura ambiente. Quantas vezes é normal urinar por dia? Em média, adultos de ambos os sexos têm a capacidade de armazenar na bexiga entre 350 ml e 500 ml de urina, assim, a frequência urinária habitual é de 4 a 6 micções por dia, o que pode variar, dependendo da quantidade de líquido ingerido. O hábito de segurar a urina, a longo prazo, pode prejudicar o funcionamento da bexiga e aumentar o risco de infecções urinárias; o esvaziamento vesical é uma defesa mecânica pela simples expulsão das bactérias que tentam entrar pela uretra e aderir à parede interna das vias urinárias. Urinar muitas vezes pode indicar duas situações: 1) Aumento do volume urinário diário (causado por diabetes, uso de certos medicamentos como diuréticos ou lesões renais); ou 2) Redução na capacidade da bexiga, que pode ser causada por inflamações (cistite, corrimento vaginal), tumores de bexiga ou de órgãos vizinhos (miomas, tumores ginecológicos), quadros de ansiedade e bexiga hiperativa, ou até mesmo doenças neurológicas (bexiga neurogênica e derrames). Cada caso tem um tratamento específico, consulte um nefrologista.


RADIOLOGIA

DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA

FÍGADO GORDUROSO Doença hepática gordurosa não alcoólica é uma entidade clínico-patológica em que ocorre o acúmulo excessivo de triglicerídeos nas células do fígado. Esta alteração pode evoluir para a sua forma inflamatória, a esteato-hepatite, que pode levar a fibrose hepática, cirrose e hepatocarcinoma. No Brasil, estudos utilizando a ultrassonografia como método diagnóstico encontraram cerca de 20% de esteatose (fígado gorduroso) na população geral. Quando pacientes diabéticos são avaliados pelo ultrassom, 70% são portadores de esteatose. Trata-se de uma doença silenciosa, bastante prevalente, associada a obesidade, resistência insulínica, diabetes mellitus, dislipidemia, medicamentos, anabolizantes (testosterona, nandrolona, boldenona), produtos químicos, entre outros. O ultrassom representa o método por imagem mais prático e simples para esse diagnóstico, especialmente quando a esteatose ultrapassa 30%. Para esteatoses menos intensas, a ressonância magnética é o método por imagem mais sensível. Novas técnicas como a elastografia hepática realizada com o aparelho de ultrassom podem ser úteis na determinação do grau de fibrose hepática através da elastici-

dade tissular. A biópsia hepática é o método padrão ouro na identificação das diferentes formas de apresentação da doença. As mudanças no estilo de vida com modificações da alimentação e a prática de atividades físicas regulares são prioridades na terapêutica, entretanto a distância entre o discurso médico e a incorporação na prática de mudanças do estilo de vida è grande, sendo frequente motivo de frustração para o paciente e para o profissional que o assiste. A atividade física deve ser incluída na rotina do paciente de forma individualizada, regular e prazerosa, evitando-se a rigidez e a monotonia que resulta, após certo tempo, em abandono das novas práticas. Com relação às mudanças alimentares, deve-se evitar a imposição de dietas com redução radical de algum componente (ex: carboidratos), cuja eficácia a longo prazo não é confirmada em vários estudos. Uma perda de peso entre 7% e 10% do peso inicial já pode trazer bons resultados. Uma abordagem multidisciplinar com participação de profissionais capazes de auxiliar nos diferentes aspectos envolvidos traz benefícios ao controle da doença hepática gordurosa não alcoólica.

Fígado Saudável

Dr. Giocondo Sabedotti CRM/PR 19524 Radiologia e Diagnóstico por Imagem - RQE 15161 Membro Títular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Foto: Matheus Machado

Fígado Gorduroso

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GASTRONOMIA

CERVEJA E GASTRONOMIA No Brasil, a classificação adotada sempre foi cerveja clara e escura. Para um universo de poucas ofertas, embora primitiva, esta visão era satisfatória. Entretanto, diante do recente aumento de opções trazidas pelo segmento cervejeiro, tornou-se necessário aprimorar os conhecimentos sobre o tema, a fim de que possamos saber o que esperar ao se abrir uma garrafa de cerveja. Assim sendo, é importante conhecer a classificação das cervejas que se faz baseada no tipo de fermentação, as ALES de alta fermentação e as LAGER de baixa fermentação. Dentro de cada “família” existem inúmeros estilos que variam em função da matéria-prima e dos processos usados em sua fabricação. Para degustação, nada de cerveja estupidamente gelada como se costuma tomar no Brasil, esbranquiçada ou caneca congelada. Além de mascarar o sabor e aroma da bebida, a temperatura abaixo de 0°C neutraliza as nossas papilas gustativas, que são responsáveis pelo paladar, evitando sentir o sabor da cerveja. Para cada estilo de cerveja, a temperatura de consumo pode variar 1°C a 3°C nas Lagers e 6°C nas Ales em geral. O formato do copo também tem uma importância para o consumo da cerveja, influencia diretamente na percepção do produto, podendo acentuar as qualidades da cerveja, como a criação de espuma, retenção e liberação do aroma a cada gole. O correto é iniciar a degustação pelas cervejas de menor intensidade e teor alcoólico e gradativamente ir subindo a intensidade da bebida. Na degustação, analise inicialmente sua cor e aparência, veja sua espuma, sinta o aroma que a cerveja oferece, proporcionado pelos diferentes lúpulos, malte e le-

veduras, e, por fim, sinta o sabor, que pode ser de dulçor, frutado, amargo, ácido, entre outros. Uma das formas para explorar essas sensações é a harmonização com um prato, desde um simples ingrediente até uma sequência de pratos; a cerveja é versátil e proporciona um leque de opções incomparável a qualquer outra bebida. A carbonatação e o álcool também agregam muito à harmonização. O grau de torrefação do malte traz coloração e aromas de café, cacau, biscoito, defumação. As diferentes qualidades de leveduras geram subprodutos únicos, além dos diferentes lúpulos, que também proporcionam aroma, sabor, acidez e amargor. Existem ainda os ingredientes extras que proporcionam mais riqueza, como chocolates, cafés, frutas, especiarias, ervas etc. Conhecer bem as características marcantes de cada estilo e rótulo é um grande passo para harmonização. Dicas: Similaridade: quando há elementos comuns entre a cerveja e o alimento; Contraste: alguns elementos na cerveja apresentam sabores que se contrapõem ao alimento, proporcionando um novo sabor; Por corte: elementos da cerveja quebram propriedades do alimento. Um exemplo: a carbonatação da cerveja quebra o alto teor de gordura do alimento. A cerveja entra como uma receita; aliada a um prato, eles se fundem na boca e proporcionam uma nova experiência ao paladar. Kanpai!!!

Gustavo Kassai Sócio proprietário do Black Sheep Esporte Bar Gastrônomo formado pela Universidade do Sul de Santa Catarina Sommelier de Cervejas pela Science of Beer Institute Fotos: Matheus Machado

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MÚSICA

A “REAL” DE GIBA & NANDO A dupla Paranaense Giba e Nando está comemorando mais um ano de algumas conquistas, após firmarem parcerias nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, onde o DVD lançado neste ano teve uma repercussão além da esperada. Segundo o escritório onde a dupla se instala em São Paulo, Capital, foram rodados mais de 15 mil km somente até setembro por todo o território nacional, entre divulgações e shows. Para quem conhece há anos a dupla aqui pela região, através de programas de rádio ou eventos diversos de que Giba e Nando participam, não imagina a proporção que esses meninos vêm tomando de junho para cá: só neste ano de 2017, já fizeram mais de 80 shows, sendo 30 deles em outros estados. A reportagem em contato com a dupla percebeu algo diferente que vai muito além do bom humor, existe uma grande pitada de “mistério” ou até “deixa acontecer primeiro”. “Não gosto de falar nada antes de acontecer, prefiro que as pessoas vejam acontecendo com os próprios olhos”, diz Giba. Mas revelou que estão em um projeto que vai além das expectativas de muitos que achem que “são apenas mais um”: estão com passagens compradas e data marcada para uma viagem no primeiro trimestre de 2018 para os EUA, onde farão 5 shows por 2 estados. “Eu já estou com as pernas bambas de medo, pois, nos voos de Curitiba a São Paulo que fazemos com maior frequência e duram 45 minutos, eu quase infarto, imagine ir para os Estados Unidos!”, relata Nando.

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Giba e Nando ainda comentam sobre os programas de rádio em Ponta Grossa na Mundi FM desde 2009, e em Cascavel na Capital FM desde 2015, ambos líderes de audiência. Dizem que fazer rádio foi uma verdadeira descoberta, mas que o que os levou a tanto destaque foi justamente o “não serem locutores”, pois fazem rádio de maneira simples e descontraída, porém de muita criatividade e improviso rápido. Destacam ainda o que chamam de “maior escola”, que foi o fato de iniciarem na Mundi, onde, na opinião deles, Sandro Alex e Marcelo Rangel abriram as portas e lhes ensinaram detalhes valiosos. Por fim, perguntados quanto à expectativa deles para o futuro, Giba diz que está confiante no trabalho realizado, esperançoso nos projetos futuros e que tem muita energia e vontade, e ama o que faz. Nando completa, dizendo que o seu único desejo é ter saúde e que, se Deus permitir apenas manter o que já conseguiram, já está de bom tamanho. O patrimônio conquistado pela dupla até hoje não foi divulgado, mas, segundo o escritório de São Paulo, em torno de 70% do que a dupla arrecada é reinvestido na carreira, tudo contabilizado e regrado pelo mesmo. Site: www.gibaenando.com.br Estamos no Facebook, Instagram e Youtube. ZAH PROMOÇÕES Roberto Zahreddine



FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA OCULAR É muito comum pessoas que possuem problemas de coluna, respiratórios ou alterações articulares precisarem de sessões de fisioterapia. Mas você sabia que existe também um tipo de fisioterapia para os olhos? São os chamados exercícios ortópticos. A fisioterapia ocular visa prevenir, tratar e reabilitar os distúrbios da visão sensorial e motora através de treino e exercícios nos músculos extraoculares, a fim de corrigir distúrbios nos olhos e a recuperação da funcionalidade visual e o posicionamento dos eixos oculares que provocam desconforto nas atividades de vida diária, tanto na visão de perto quanto para longe, causando sintomas como: cefaleias (dores de cabeça), desconforto nas leituras, dupla imagem, tensões cervicais, torcicolos, desequilíbrio postural, bem como baixa visual em crianças até o final da 1ª infância. As indicações mais frequentes para fisioterapia ocular são: estrabismo, o qual pode ser congênito ou adquirido; as ambliopias, visão subnormal, insuficiência de convergência, crianças na primeira infância que apresentem desalinhamento dos eixos oculares, paralisias transitórias oculomotoras, pré e pós-operatório de estrabismo, pacientes neurológicos como: paralisia encefálica, traumatismo cranioencefálico, AVE, tumores, aneurismas e torcicolos congênitos, os quais diferem do torcicolo de causa ocular.

Indicada também nas queixas comuns apresentadas por estudantes nas fases de alfabetização e nos períodos pré-vestibular, onde muitas vezes apresentam dores de cabeça e na região dos olhos; sensação de cansaço visual; excessivos movimentos de cabeça ao ler; perda frequente do lugar de leitura; omissão de palavras ou letras e ainda salto de linhas; lapsos de atenção; dificuldade em transcrever textos. A Fisioterapia Ocular trabalha com exercícios ortópticos que têm como objetivo reabilitar qualquer perturbação na motilidade ocular que prejudique a visão binocular, força muscular, fixação visual, percepção simultânea das imagens, e estimulação visual; os exercícios são realizados no consultório, com auxílio de alguns aparelhos específicos e orientações para que o paciente realize atividades em casa. Agora a Clínica Bianca Carraro traz a Ponta Grossa esta opção fantástica de tratamento: se você tem alguns dos sintomas relatados, não deixe de fazer uma avaliação e conversar com o seu oftalmologista! “A saúde dos nossos olhos nos mostra as cores da vida”

Bianca Carraro Crefito 79.159-F Fisioterapeuta Formada pela PUC-PR 2005 Pós Graduada em Acupuntura desde 2006 Formação em Fisioterapia Ocular Foto: Laertes Soares

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TURISMO

PARQUE ESTADUAL DE VILA VELHA OFERECE PASSEIOS COM GUIAS

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GUIAS DE TURISMO TREINADOS ESTÃO ATUANDO DESDE SETEMBRO, PARA GARANTIR MELHOR EXPERIÊNCIA AO TURISTA E MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA DO PARQUE.

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TURISMO

O Parque Estadual de Vila Velha é considerado o principal atrativo natural de Ponta Grossa, composto por três principais atrações: os arenitos, que são formações rochosas que apresentam formas variadas, como a taça, o camelo e outras; furnas, que se caracterizam por grandes crateras com vegetação exuberante e água no seu interior (lençol subterrâneo); e a Lagoa Dourada, que possui este nome porque as suas águas ficam com uma coloração dourada quando refletem a luz do sol ao entardecer. O Parque Estadual de Vila Velha foi criado em 1953 para preservar as formações de arenito e os campos nativos do Paraná. Tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual em 1966, tem mais de três mil hectares. Entre a fauna presente no parque, já foram encontradas muitas espécies ame-

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açadas de extinção, como o lobo-guará, bugio-ruivo, tamanduá-bandeira, jaguatirica e aves como a águia-cinzenta, papagaio-de-peito-roxo, galito, caminheiro-grande e noivinha-de-rabo-preto. Também há quatis, gatos-do-mato, cachorros-do-mato, iraras, furão, catetos, veados, tatus, pica-paus, pombas, perdizes, tamanduás-bandeiras e mirins, diversos tipos de aves, entre outros. O Parque Estadual de Vila Velha, que, durante os anos de 2002 e 2004, esteve em processo de revitalização, teve algumas de suas áreas recuperadas. Todos os passeios são feitos por trilhas e acompanhados de guias do próprio parque. Desde setembro, o parque conta com guias de turismo com treinamentos para atender no local, pertencentes ao Núcleo de Turismo de Ponta Gros-


sa e a Associação Brasileira de Guias de Turismo, sob contratação do visitante. A necessidade do guia surgiu para garantir melhor experiência ao turista e manutenção da estrutura do parque, após a ocorrência de ações de vandalismo no local. Dias e horários de visitação: abre para o público às sextas, sábados, domingos e feriados nacionais das 8h30 às 17h30, com entrada permitida até 15h30, mediante a contratação do guia de turismo. Segundas, quartas e quintas, com agendamento pelo e-mail: pevilavelha@iap.pr.gov.br. Nos finais de semana, os ônibus para Furnas e Lagoa Dourada saem às 9h30, 11h, 13h30, 15h30 - As VAGAS são LIMITADAS.

Entrada: R$ 18,00 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada) R$ 8,00 (Furnas e Lagoa Dourada) R$ 10,00 (Arenitos) • Meia-entrada: estudantes brasileiros mediante apresentação de carteirinha, funcionários públicos, doadores de sangue e moradores de Ponta Grossa com apresentação de comprovante de residência. • Isentos: menores de 6 anos e acima de 60 não pagam e portadores de necessidades especiais são ISENTOS DE TAXA DE ENTRADA.

Fotos: Divulgação PMPG

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ESPECIAL CAPA

MICROFISIOTERAPIA VOCÊ SABIA QUE SEU CORPO É CAPAZ DE ARMAZENAR TODA A SUA HISTÓRIA DE VIDA E, MUITAS VEZES, TRANSFORMAR ISTO EM DORES FÍSICAS, DISFUNÇÕES ORGÂNICAS E TRANSTORNOS SOMATOEMOCIONAIS COMO ANSIEDADE, SÍNDROME DO PÂNICO E DEPRESSÃO?

Este entendimento é possível graças às compreensões e ao modo de trabalho da Microfisioterapia, uma técnica de terapia manual desenvolvida na França nos anos 80 e presente no Brasil há pouco mais de uma década. Seu desenvolvimento se deu a partir dos questionamentos dos seus criadores, os fisioterapeutas e osteopatas Daniel Grosjean e Patrice Benini, em entender por que grande parte das doenças voltava, mesmo após tratadas. Para responder a esta questão sobre a causa das doenças, principalmente as desordens osteomusculares, a principal clientela da fisioterapia, eles formaram uma equipe de pesquisadores para determinar a causa específica das doenças. O entendimento se deu quando mudaram a forma de palpar o corpo a partir dos estudos da embriologia, anatomia e biologia. Por meio destes estudos, desenvolveram mapas corporais específicos que refletem os traços de uma disfunção causada por um agente agressor e que o organismo não conseguiu recuperar. Esta informação está armazenada na memória do tecido, atrapalhando o bom funcionamento corporal. Os transtornos emocionais e mentais foram entendidos com estudos filogenéticos (evolução das espécies) das estruturas cerebrais: arqueocórtex, paleocórtex e neocórtex, cujas funções são vitais, sensoriais e emocionais. Esta técnica manual terapêutica trabalha no corpo, em pontos específicos sobre a pele, para investigar a causa de um sintoma. Nesta forma de tratamento, busca-se principalmente identificar a causa do que gerou os sintomas, além de aliviá-los e eliminá-los. Os conhecimentos sobre o sistema nervoso e suas comunicações entre órgãos e músculos e a embriologia dão pistas importantes para entender as disfunções e como estas podem ser acessadas via pele. Durante a palpação sobre o corpo, o terapeuta irá perceber onde há uma restrição do movimento corporal ou da vitalidade, que pode manifestar-se em músculos, órgãos ou estruturas neurais. Consta-

tando esta restrição ou bloqueio, há a evidência de que ali existe uma memória de um evento que causou este bloqueio. Esta memória é chamada de cicatriz patológica e é o resultado da ação de um agente agressor devido a uma falha no sistema imunológico. A partir deste ponto e pela identificação do tecido acometido, o terapeuta pode informar como a pessoa vivenciou uma determinada situação e que culminou na patologia apresentada. Neste mesmo momento, o terapeuta irá estimular a correção desta memória. A base da correção da Microfisioterapia é pelo mecanismo da autocorreção ou autopoiese, ou seja, o corpo é capaz de iden-

Foto: Matheus Machado

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tificar e eliminar um determinado agressor quando ele “entende” que a informação guardada por ele está alterando o seu equilíbrio e funcionamento. A capacidade de um corpo de autocorrigir e se adaptar a um meio são as condições sistêmicas para a vida. Como funciona uma sessão No primeiro atendimento, é realizada uma avaliação funcional com questionários e testes acerca do diagnóstico médico ou a queixa do paciente. São avaliadas quais estruturas estão alteradas e que contribuem para a queixa em questão. A seguir, o paciente permanece deitado e vestido sobre uma maca e o terapeuta, com o auxílio dos mapas específicos, irá realizar as micropalpações (pequenos movimentos sutis e específicos nos tecidos do corpo) para identificar a(s) causa(s) do que está em sofrimento na pessoa e estimular a sua correção corporal. As sessões têm uma duração média de 1 hora e são realizadas com um intervalo de 30 a 60 dias entre cada uma. O número de sessões pode ser variável, chegando até 3 por queixa. No entanto, recomendam-se pelos menos 2 sessões e uma sessão preventiva realizada anualmente.

A quem se destina A todas as pessoas que apresentam doenças crônicas. O atendimento pode ser feito em adultos e crianças. • Dores físicas (ósseas, musculares e articulares): lombalgias, cervicalgias, ciatalgias, hérnias de disco, enxaquecas, fibromialgias e todas as alterações e patologias do sistema osteomuscular; • Transtornos somatoemocionais: depressão, síndrome do pânico, ansiedade, angústias, fobias, traumas emocionais, TDHA, alterações do humor; • Distúrbios do sono; • Alergias; • Alterações hormonais; • Alterações gastrointestinais; • Doenças autoimunes; • Alterações metabólicas e endócrinas. Ressalta-se que este tratamento não substitui os demais tratamentos: médicos, psicológicos e nutricionais. A Microfisioterapia é uma terapia complementar para o equilíbrio físico e emocional do indivíduo. *Profissional com formação avançada no nível E3, atualizações e Microfisioterapia Evolutiva/MKE.

Maria Helena Bessa Barros Durau Crefito 8 49.154/F Formação em Microfisioterapia e Leitura Biológica.

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ESPECIAL CAPA

CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA Constelação Familiar Sistêmica é uma abordagem terapêutica de natureza filosófica cujo precursor, Bert Hellinger, incluiu o que está além dos sentimentos envolvidos. As constelações ajudam muitas famílias a encontrar a solução para os problemas que sempre lhes pareceram insolúveis, trazendo luz aos emaranhamentos familiares. A grande contribuição e descoberta de Bert Hellinger, que tornou as constelações reconhecidas no mundo todo, são as leis sistêmicas: ordem, pertencimento e equilíbrio entre o dar e o tomar que se manifestam em todas as relações humanas, tanto na família quanto em organizações. A ordem ou hierarquia determina a precedência. A hierarquia começa quando começamos a pertencer a um sistema. Isto quer dizer que aquele que veio primeiro tem a precedência sobre aqueles que chegaram depois. Por exemplo, a relação de casal tem precedência sobre a maternidade e a paternidade, o 1º filho em relação ao segundo e assim por diante. O pertencimento é a segunda lei sistêmica. Todos, invariavelmente, têm o direito de pertencer ao seu sistema familiar. Pertencer a nossa família é a nossa necessidade básica, desejo mais profundo. A nossa necessidade de pertencer vai além da nossa necessidade de sobreviver e por isso até sacrificamos a nossa vida. Já a terceira lei é expressa pelo relação entre o dar e tomar. As relações humanas começam com o dar e o tomar. O equilíbrio entre o dar e o tomar expressa-se quando quem recebe algo de alguém retribui-lhe com algo equivalente, e assim sucessivamente. As constelações familiares nos dão compreensões sobre o comportamento humano no seu sentido mais amplo, por exemplo, nas ordens de relacionamentos de casal, entre pais e filhos e irmãos, doenças graves, traumas, trabalho e profissão. O olhar terapêutico se direciona para o que é nefasto, gerando as desordens que levam a conflitos no âmbito da convivência humana, separando as pessoas ao invés de uni-las.

Maria Helena Bessa Barros Durau Formação em Constelações Familiares Sistêmicas e Programação Neurolinguística Fenomenológica.

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Sobre o procedimento terapêutico Os atendimentos de constelação familiar são realizados individualmente e a partir de um tema ou questão, isto é, a dificuldade vivenciada no momento em algum relacionamento que pode ser na esfera da família de origem (pai, mãe, irmãos, questões de herança, etc.) ou na família atual (parceiros ou ex-parceiros, separações, etc.) ou no campo profissional (trabalho, profissão) ou relacionado a saúde/ doença. O atendimento é realizado uma vez para cada tema ou questão. No momento do constelação, é trazida a solução para o tema em questão. Outras constelações podem ser feitas para outros temas. Uma dinâmica de constelação familiar permite colocar em movimento a melhor solução para todo o sistema familiar. A duração é variável, de alguns minutos até uma hora, aproximadamente. Não há contraindicação, e sim uma disposição profunda em olhar para seus relacionamentos e trazer a solução que se encontra em cada um.



DIREITO MÉDICO

A REALIDADE DA MEDICINA Bom cirurgião, simpático, prestativo e bastante rápido em suas cirurgias. Não era muito experiente, tendo 8 anos de formado. Sendo um sujeito afável e pró-ativo, caiu nas graças dos pacientes, dos gestores do hospital e da secretaria de saúde. Com isso, a demanda aumentou e foram aparecendo cada vez mais e mais pacientes. E a pressão por ser mais produtivo passou a ser cada vez maior e mais recoberta de infindáveis elogios úteis... As altas hospitalares cada vez mais precoces, as consultas pré-cirúrgicas e as visitas médicas de rotina a jato. Todos muito felizes. Até que... A paciente jovem e obesa, encaminhada para cirurgia de vesícula, não contou que tomava anticoncepcionais. Ele não perguntou e assim não orientou... Estava feita a desgraça. TVP no pós-operatório imediato, TEP maciço e morte aos 22 anos de idade. Anjo caído, cão leproso, figura não grata... Os mesmos bajuladores passaram às críticas ferozes, os gestores que pressionaram por mais e mais rapidez, mais e mais cirurgias, agora diziam que já haviam alertado e avisado sobre a sua “conduta inadequada”. Vieram a sindicância, os processos, o linchamento moral, o tribunal... Os vários pacientes operados que sofreram horrores na mão do monstro açougueiro e assassino, que ganhou cerca de 100 reais por essa cirurgia. E vai perder no mínimo 2000 vezes isso.

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Mas, o pior de tudo, perdeu a dignidade, o nome, o respeito... Nunca, nunca mesmo, devemos fazer aquilo que os outros querem que a gente faça, e sim o que é tecnicamente correto. O bajulador de hoje é o seu algoz de amanhã. A medicina é um ofício técnico. Não é dom, não é vocação, não é arte e nenhuma outra dessas bobagens que estamos acostumados a ouvir. Ela tem seus prazos, sua forma de agir e seu tempo. Quando subestimamos essa simples verdade, o preço a pagar é tão alto, que não há dinheiro que o compense.

Raul Canal Advogado, presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética). Autor das obras “O pensamento jurisprudencial brasileiro no terceiro milênio sobre erro médico” e “Erro médico e judicialização da medicina”.


VOCÊ SABIA que MAIS DE 80% dos SERVIÇOS oferecidos pelo FUMDAP (Fundo Prestamista de Defesa Profissional) NÃO SÃO COBERTOS em outros fundos do mercado brasileiro?

a dic í r u j : S ão o da a I t s A I Ge risc médic C o N a d e RE ad lógic E d i F s o v o DI ati dont ad em S g eo UN dvo listas de A G a a AL eci abilid al p s A e R ns ssion I o F p N es l Profi em is, FAÇA R a O i s e v e v i C f í C De os c cos JÁ SUA s i t s é e r c e b e . o d pr inais org . ura rais, ADESÃO! t m r m i e e r o d b c p , a Co s cor orais .an w m o w n , :w da eriais os e m e t s ma stétic iais çõe c e a n rm ste exi info

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PSICOLOGIA

MINDFULNESS Muitas vezes as pessoas me procuram com queixas do tipo: “não sei o que eu tenho”, “está faltando algo”, “me sinto muito sozinho (a)”, ou ainda: “eu vivo ansioso (a)”. Por estas e outras queixas, o Mindfulness vem se expandindo por todos os países, porém, sendo pouco conhecido pela população em geral. Mas, afinal, o que é Mindfulness? A definição mais apropriada para o termo é ATENÇÃO PLENA. A boa notícia é que, através desta técnica, muitas pessoas vêm se beneficiando e mudando suas vidas. Atualmente estamos profundamente carentes de um elemento imaterial em nossas vidas. Às vezes temos a sensação de que está faltando algo, no fundo, somos nós mesmos – nossa disposição para aproveitar a existência de forma plena, agindo como se ela realmente importasse, vivendo o único momento que temos de fato: o presente. Esta é uma intuição transformadora, porém não é uma tarefa tão fácil como pensam em geral. Para ser eficaz, a atenção plena requer engajamento concreto. Mark Williams e Danny Penman colocam que a atenção plena é uma prática, é um estilo de vida e não uma moda passageira, é um conceito que data de milhares de anos. É muito eficaz quando a pessoa assume um compromisso sério consigo mesma, o que exige persistência e disciplina, e ao mesmo tempo certa dose de despreocupação e leveza.

É muito importante ter uma boa orientação ao longo deste caminho, pois muita coisa está em jogo: a sua qualidade de vida, seus relacionamentos, seu bem-estar, seu equilíbrio mental, sua felicidade e sua postura perante as dificuldades. Um dos exercícios que podem ser feitos, até mesmo em casa, é o acompanhamento da respiração. Esse acompanhamento refere-se a sentir o ar, em como ele entra nos pulmões, que movimentos o corpo faz enquanto inspira e expira, na verificação da respiração como rápida ou lenta, ou seja, estar atento ao seu corpo, ao momento. Atualmente é possível encontrar trabalhos que demonstram o efeito terapêutico de Mindfulness para diversas condições psiquiátricas, como depressão, ansiedade generalizada, ansiedade social, dependência química, estresse pós-traumático, transtornos alimentares, doenças crônicas, dentre outras. Existem evidências dos benefícios do uso da técnica de mindfulness como coadjuvante no tratamento de doenças físicas, como por exemplo intervenções com pacientes com câncer. A ciência comprova a cada instante a eficácia e o bem-estar que a técnica, somada à pratica, fornece para as pessoas, libertando-as da ansiedade, do estresse, da infelicidade e da exaustão. Tem como finalidade também prevenir doenças e promover saúde. O Espaço Conscience oferece esse beneficio para a população ponta-grossense para que cada pessoa encontre a paz e o contentamento numa época frenética como a nossa. Referência: William, Mark. Penman Danny. Atenção Plena, Rio de Janeiro: Sextante, 2015

Gabriela Fassina Psicóloga - CRP-PR 08/14396 Terapia Cognitiva Comportamental Terapia de Casal Terapia de aceitação e compromisso (Mindfulness)

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NEUROCIRURGIA

HÉRNIA DE DISCO LOMBAR Você já sentiu dor nas costas (dor lombar)? Acima de 80% dos indivíduos terão dor lombar em alguma fase de sua vida. Considera-se como o segundo motivo de consulta médica. Não podemos confundir dor lombar somente com hérnia de disco lombar. Existem outras doenças que também acarretam dor nesta região: doenças musculares, urinárias e outras doenças da coluna como artroses, fraturas e tumores. O disco é uma espécie de amortecedor, situado entre as vértebras de nossa coluna. O disco intervertebral desgasta-se com o tempo e com o seu uso repetitivo, favorecendo o surgimento de ranhuras em seu interior. Fragmentos do disco podem deslizar do local original e comprimir estruturas ao seu redor: é a chamada hérnia de disco. Quando uma hérnia de disco lombar comprime uma raiz nervosa, poderá haver a dor ciática.

diagnóstico faz-se no consultório. Exames complementares serão necessários, sendo a ressonância magnética o exame que mostra a hérnia com maior riqueza de detalhes. Tratamento: Os objetivos do tratamento da hérnia de disco estão associados ao alívio da dor e ao retorno às atividades do dia a dia. O uso de anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos opioides (derivados da morfina) pode ser útil. São importantes a mudança dos hábitos diários e a atividade física controlada (fisioterapia). O tratamento fisioterápico deve ser realizado por profissionais habilitados em doenças da coluna vertebral. Os coletes e as infiltrações de anestésicos podem ser utilizados em determinadas situações. A indicação de cirurgia (minoria dos casos) é reservada para as situações em que ocorre perda de força muscular, dor persistente e síndrome da cauda equina (compressão aguda de raízes nervosas que provocam perda do controle urinário, perda de força e amortecimento). Apesar de a indicação de cirurgia ser para uma pequena minoria dos casos, sabe-se que a recuperação dos pacientes submetidos a cirurgia geralmente é mais rápida. O tratamento cirúrgico consiste na retirada do fragmento de disco que comprime a raiz. Em uma pequena parcela dos pacientes cirúrgicos, é necessária a instrumentação (uso de “próteses”).

Fatores que podem desencadear a doença: Obesidade, tabagismo, idade, trabalho físico extenuante, sedentarismo, vícios de postura. Porém, não raro, encontro paciente em meu consultório sem nenhum fator destes citados. Acredita-se haver outros fatores envolvidos, principalmente genéticos. Diagnóstico: Uma consulta com especialista para questionário e exame físico adequado é fundamental: 90% do

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Dr. Jeziel Gilson Nikosky CRM/16708 Neurocirurgia - RQE 12587 Residência Médica em Neurocirurgia pelo Instituto de Neurologia de Curitiba Membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Membro da Sociedade Brasileira de Coluna Foto: Matheus Machado



GASTRONOMIA

A COMENSALIDADE NA SOCIEDADE Etimologicamente, comensalidade deriva do latim “comensale”. Ação de comer junto, na mesma mesa. Implica em partilhar do mesmo local e momento das refeições.

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Mais que uma necessidade biológica, a alimentação é um fator insubstituível para a continuidade da vida e condição “sine qua non” para todos os seres vivos, contudo, o ato de comer proporciona ao ser humano um enorme prazer. Segundo estudiosos, “as escolhas alimentares são formadoras dos hábitos alimentares e constituem parte da nossa totalidade cultural. Ingerimos alimentos que são atrativos aos nossos sentidos, nos proporcionam prazer e que nos são permitidos por nosso orçamento. Servimos ou nos são servidas refeições de acordo com nossas características: se somos homens ou mulheres, adultos ou crianças, pobres ou ricos, entre outras. Escolhemos ou recusamos alimentos com base em nossas experiências diárias e em nossas ideias dietéticas, religiosas e/ou filosóficas”. Sem sombra de dúvida, a descoberta do fogo reforçou o aspecto agregador que a ação de alimentar-se promove sobre os seres humanos, pois somos comensais. Para nós, humanos, segundo Montanari, comida é cultura e não apenas pura natureza, levando em consideração os aspectos: modos de produção, técnicas de preparação e consumo de alimentos, bem como o conhecimento do que é apropriado para o consumo humano. Comida é a transformação do alimento através da culinária. Também é o alimento transformado pelas representações sociais e culturais, pois, diferentemente de outras espécies animais, o homem, além de aproveitar os alimentos encontrados na natureza, também cria a própria comida, transformando esses alimentos através do uso do fogo e de práticas tecnológicas que se desenvolvem nas cozinhas. Sob esta ótica, comer sugere uma relação de intimidade entre os seres humanos, pois há o investimento psicossocial no processo da escolha e preparação dos alimentos. Cozinhar agrega valor à comida. Assim como o uso do fogo alterou fisicamente o corpo humano, reduzindo o aparelho digestivo e aumentando o tamanho do cérebro, também alterou o uso do tempo e a vida social. O cozimento facilitou a ingestão e a digestão de muitos alimentos, como dos cereais, de algumas leguminosas, e dos tubérculos de modo geral. “As pessoas não precisam cozer sua comida, elas o fazem por razões simbólicas, para mostrar que são homens, e não animais” (Leach E. Levi-Strauss). Afinal, o homem é o único animal capaz de cozinhar o próprio alimento. Segundo Woortmann, “refeição” é considerada um ato social e que, portanto, deve ser feita em grupo para ser percebida efetivamente como uma refeição.

O caráter simbólico-ritual do comer se expressa no hábito de convidar pessoas para jantar em nossa casa, no “jantar fora” em determinadas ocasiões, no “almoço de domingo”. Convidamos pessoas para jantar em nossa casa não só para alimentá-las biologicamente, e sim para construir e alimentar relações sociais, ou seja, exercer o princípio da reciprocidade. Certamente para os apaixonados pela gastronomia, esses prazeres iniciam-se quando se planeja e se elabora mentalmente uma refeição. Todo o trabalho, empenho e dedicação são recompensados quando se observa a expressão de satisfação e contentamento daquele que provou dessa refeição e fez desse momento algo indelével e inesquecível.

Foto: Matheus Machado

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ODONTOLOGIA

UM SORRISO PARA TODA A VIDA! Criança saudável tem que brincar com os amigos, ir à escola, passear... E, para isso, os cuidados com a saúde bucal são essenciais, pois, através de cuidados e acompanhamento constantes, esses pequenos pacientes terão um crescimento saudável e com muita energia! A Odontopediatria é o ramo da Odontologia especializada na saúde bucal da gestante, do bebê, da criança e do adolescente. O atendimento a esses pacientes é de extrema importância, já que uma de suas funções é trabalhar com o emocional da criança, transformando o atendimento odontológico em algo divertido e não traumático, que é uma das principais condições para que o indivíduo adulto tenha um futuro promissor em relação à sua saúde bucal. O acompanhamento desde a primeira infância, inclusive bebês, pelo menos duas vezes ao ano, é fundamental, uma vez que podemos diagnosticar problemas precocemente, reduzindo drasticamente o aparecimento de doenças como a cárie, ou, caso apareça, realizar o melhor tratamento possível, evitando problemas mais graves no futuro. Além de prevenir doenças, esse acompanhamento periódico também detecta problemas ortodônticos que possam aparecer, para, quando necessário, intervir e devolver a adequada oclusão, fundamental para a correta mastigação e adequada nutrição e saúde bucal. Apesar de não ter uma idade mínima para procurar um Ortodontista, o ideal seria no início da dentição mista (troca dos dentes de leite pelos permanentes), momento no qual podem ser diagnosticados e tratados problemas que facilitam o tratamento na fase adulta.

Dra. Jeanne Schmidt Leal Odontopediatra e Ortodontista CRO/PR 12097 Foto: Matheus Machado

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A Ortodontia e a Ortopedia Funcional dos Maxilares vão além da estética, trabalham com as corretas funções de mastigação, fonação, deglutição, articulação e músculos da face, então é fundamental que o tratamento deva ser realizado na mais tenra idade. Nosso atendimento é especializado e conta com a ajuda de diversos equipamentos de ponta para tornar essa experiência melhor. Realizamos procedimentos através de sedação consciente, ou seja, analgesia inalatória de óxido nitroso (gás do riso), contamos com a facilidade do MORPHEUS (anestesia computadorizada sem dor) e a mais nova das tecnologias, o CHECK-UP PREVENTIVO DIGITAL. O CHECK-UP PREVENTIVO DIGITAL KIDS E TEEN é um sistema completo e inovador de diagnóstico por imagens de alta resolução em toda a boca. Consiste em uma câmera que aumenta a imagem em até 60 vezes, permitindo um diagnóstico rápido e eficiente para levantar problemas e interferir na saúde bucal das crianças e adolescentes, fazendo com que o aparecimento de doenças seja pequeno ou até mesmo inexistente. Tudo isso através de uma tecnologia inovadora, onde estes pequenos pacientes podem ver seus dentinhos em uma TV, possibilitando o acompanhamento dos pais em todo o tratamento. Vamos criar juntos um futuro saudável para nossas crianças! ESCOLHA o melhor caminho para uma vida livre da doença cárie, venha conhecer nosso programa de prevenção! Previna-se! Investir no sorriso é investir na vida!



ORTOPEDIA

DOR NO OMBRO QUE PIORA À NOITE. O QUE É ISSO? O ombro é uma articulação muito acometida em várias idades e também em muitos esportes. Quando alguém recebeu um trauma nesta região, fica até mais fácil a descoberta da dor, todavia muitas pessoas se queixam de dores na cintura escapular sem uma causa aparente, ou mesmo relatando que o início do incômodo foi súbito, sem se lembrar de uma queda ou torção, ou mesmo um “mau jeito”. O ombro possui um grupo de quatro tendões internos que formam o manguito rotador, sendo o supraespinhoso o maior e mais espesso e, em algumas pessoas, ele pode se romper, sem nenhuma história de trauma. Isso pode ocasionar dores que perturbam durante o dia e, com maior intensidade, à noite, quando há o relaxamento ao deitar. O anatomia do osso acrômio está relacionada à causa, bem como a vascularização deste tendão. Confundida ou mal interpretada com uma simples bursite ou tendinite, a lesão do manguito rotador pode ser erroneamente tratada por aquele menos avisado.

O seu diagnóstico se faz após a consulta com o ortopedista, que geralmente recorre às imagens de rx, ecografia e/ou ressonância magnética. O seu tratamento poderá ser conservador ou cirúrgico, considerando-se o tamanho da lesão, idade do paciente e fatores clínicos relacionados. Uma dor noturna no ombro não deve ser negligenciada. Procure auxílio com o seu médico ortopedista! No que tange ao tratamento conservador, medicação analgésica e/ou anti-inflamatória, são associadas à fisioterapia específica, além de orientações gerais com restrições orientadas. Quando se opta pelo tratamento cirúrgico, a abordagem poderá ser feita por via aberta ou por videoartroscopia e cada situação deverá ser direcionada, de acordo com cada caso. Outras patologias do ombro podem cursar com dor nesta região, como capsulite adesiva, tendinopatia calcárea, tendinites, tumores, dentre outras, e uma avaliação com o especialista é o que garante o diagnóstico bem feito, com maior chance de sucesso do tratamento.

Dr. Marcus Vinicius de Carvalho Ribeiro CRM/PR 13481 Ortopedia e Traumatologia - RQE 6615 TEOT 6106 Foto: Matheus Machado

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MODA & BELEZA

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LUIZ GUGLIATTO gugliatto@hotmail.com

Verão 18 da Maria.Valentina A Maria.Valentina apresenta as imagens de seu Verão 18, com as modelos Carol Trentini e Amanda Wellsh. As fotos clicadas por Bob Wolfeson carregam o mood etéreo e sutil da coleção. A cartela de cores intensas se funde com paisagens naturais, resultando em um clima artsy com referências vintage. Uma estação que une criações com design arrojado a peças com mood cool e sofisticadas. @MariaValentinaOficial - www.mariavalentina.com.br

Cris Barros lança coleção SS18 A pátria é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço. Nesta coleção, resolvemos olhar para dentro, explorar a essência do Brasil, incorporando valores culturais, históricos e estéticos. Estendemos a pesquisa a todas as regiões do Brasil, observando detalhes dos artesanatos locais, plantas nativas, clima, solo, povos e seus costumes tradicionais. Exploramos nossas matérias-primas como madeira, cerâmica, palha, bambu e pedras brutas. Buscamos referências na arquitetura modernista de Lúcio Costa, Rino Levi e Oscar Niemeyer, nos azulejos hidráulicos de Paulo Mendes da Rocha, no paisagismo de Burle Marx e nas obras de Alexandre da Cunha. A harmonia de cores está presente na composição de tons fortes, derivados de plantas e frutas nativas, tons neutros e crus, como a cor do bambu e da cerâmica, e ainda tons avermelhados, dos rios e solos brasileiros. Utilizamos tecidos frescos e leves de fibras naturais, como o linho e a seda rústica, mesclados com telas de algodão, texturas e jacquards. As estampas foram criadas a partir da fauna e flora brasileiras. CRIS BARROS + TEÇUME Com intuito de resgatar a memória e fortalecer a identidade indígena, desenvolvemos um projeto conjunto com a ONG Casa do Rio, comunidade de artesãs ribeirinhas do Rio Tupana, na Amazônia. Foram confeccionados acessórios a partir do cipó-ambé, como os adornos que são aplicados em vestidos, sapatos, uma bolsa e um leque. Conheça mais sobre esse trabalho em @casadoriotupana - www.crisbarros.com.br - @crisbarrosofficial

TIG apresenta a coleção Famiglia A tão esperada fusão entre o moderno e o prático chegou. A nova coleção da TIG, com ares de tradição italiana, traz diversas peças para curtir os bons momentos da vida entre familiares e amigos, círculo de união forte e cena frequentemente vista na cultura do país. Com o toque ousado, característico da marca, a nova coleção Famiglia foi capaz de juntar a casa toda, apresentando uma variedade para todas as mulheres e unindo diferentes gostos e estilos. Os lançamentos trazem desde peças clássicas para um look mais importante, como camisas estampadas, seja em poá, seja em animal print, até peças descoladas para seguir um estilo despojado, como bombers de diferentes shapes e cores. As peças já podem ser encontradas nas lojas da marca em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, em seu e-commerce próprio e também nas principais multimarcas do país. www.tigstore.com.br

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CULTURA

Fotos: Luana Caroline Nascimento

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CENTRO DE MÚSICA RECEBE DOAÇÃO DO ACERVO COMPLETO DE WASLAU BORKOWSKI IMPORTANTE MÚSICO DE PONTA GROSSA PARTICIPOU DA ORQUESTRA SINFÔNICA E DEIXOU LEGADO PARA OS MÚSICOS DAS NOVAS GERAÇÕES Entre partituras, métodos de ensino e composições, o violinista Waslau Ludovico Borkowski foi um dos que escreveram a história musical de Ponta Grossa. Na casa do músico, ao longo de muitos anos, as notas musicais da orquestra da cidade - que Waslau ajudou a consolidar - ficaram no papel. Agora, todo o acervo de partituras do músico foi doado para o Centro de Música e fará parte do acervo histórico com o material da Orquestra Sinfônica da Cidade de Ponta Grossa. A doação de todo o acervo foi feita pelo filho do músico, Marcos Borkowski. Douglas Passoni, diretor artístico do Conservatório Musical Maestro Paulino, explica a importância da conservação dos acervos. “Enquanto pesquisador e editor da área de acervos musicais, sobretudo, de acervos musicais brasileiros, posso afirmar que a doação do material pertencente ao senhor Waslau é de extrema importância para a cultura local e para as futuras gerações”, aponta. Douglas relata que o arquivo doado é composto essencialmente de livros, métodos e partituras para violino, em diversas formações e gêneros musicais. “Somos gratos pela atitude e reconhecemos a importância do senhor Waslau dentro do cenário cultural e musical de Ponta Grossa. Esperamos que esse exemplo incentive outras pessoas a fazerem o mesmo”, completa.

Uma história de dedicação e amor à música Waslau Ludovico Borkowski é natural de Irati (PR), nasceu em 02 de setembro de 1917 e viveu até os 98 anos de idade. Autodidata, foi um dos primeiros violinistas da Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa, criada em 1954. Dois anos depois da criação, em 1956, ele já integrava o corpo artístico e só deixou de participar das atividades em 2011, já com 93 anos. Nunca faltava ensaio e estava sempre disposto a ajudar a orquestra, executando diversas funções, além da contínua preocupação com o estudo e a execução do violino. Mesmo junto à nova geração de músicos, era sempre o mais interessado em aprender. Nos anos 70, atuou em concursos de serestas e foi campeão paranaense por diversas vezes. Nos anos 80 e 90, quando a orquestra passou por seus momentos mais difíceis, beirando ao encerramento das atividades, ele ia diariamente até seus arquivos, onde por lá cuidava dos instrumentos e realizava todo o serviço de registro e arquivamento dos documentos e partituras. Waslau foi personagem do documentário intitulado ‘Momentos de Spalla’ de 2010, com direção e produção de Denise Soares, que relata parte da sua trajetória de músico. Veja o documentário aqui: https://goo.gl/tCjSot Luana Caroline Nascimento

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PERFIL REGIONAL

PERSEVERANÇA, MUITO TRABALHO E SUCESSO Em 25 anos, o empresário Carlos César Alves transformou sua pequena oficina em uma das maiores empresas do setor de máquinas agrícolas

A história do grupo DHL, um dos empreendimentos do País que mais se destacam no setor de máquinas agrícolas, foi construída por meio de valores como perseverança, união familiar, muito trabalho e atenção, para não deixar que nenhuma boa oportunidade escape. Foram estas características que levaram o empresário Carlos César Alves a fazer de sua pequena oficina especializada em direção hidráulica, aberta em 1992, o ponto de partida para um negócio que hoje engloba sete concessionárias de tratores e colheitadeiras nos Estados do Paraná e de São Paulo, revendedoras da marca ZF e plantações de soja e milho. É a partir de Ponta Grossa, de uma das maiores concessionárias da marca Valtra, que Carlos Alves comanda o grupo DHL. Ao contar sua história para a revista Portal Saúde e falar do sucesso obtido no ramo, o empresário que montou seu negócio há 25 anos, dá a dica para ir longe: “uma família unida com os mesmos objetivos triplica as possibilidades de êxito no seu negócio”. Para se manter em evidência em um dos segmentos mais competitivos do mercado, Alves também dá a receita que deu certo para ele: sempre se antecipar à expectativa dos clientes e oferecer produtos de tecnologia avançada. Confira a entrevista:

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PERFIL REGIONAL

Conte-nos sobre o início da DHL. A história iniciou quando eu e minha esposa Elisângela nos mudamos de Maringá para Londrina, logo após nos casarmos. Na época, fui gerenciar uma empresa do ramo de peças para caminhões. Depois de mudanças nesta empresa, começamos nosso próprio negócio, que no início, era feito de dentro do apartamento onde morávamos. O negócio teve bons resultados e, depois de três anos em funcionamento, fomos convidados pela ZF do Brasil, multinacional alemã líder em transmissões pra caminhões, para abrir revenda em Ponta Grossa, proposta que aceitamos de pronto. As atividades foram muito bem, até porque Ponta Grossa era e continua a ser a capital do transporte rodoviário. Também criamos filiais em Sorocaba (SP), ponto estratégico, e depois Umuarama (PR), Presidente Prudente (SP) e Araçatuba (SP). E como entrou no ramo de tratores e outras máquinas agrícolas? Logo após definirmos Ponta Grossa como a sede de todos os negócios da empresa, fui convidado pela Valtra Tratores – que na época ainda era

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a Valmet – para abrir uma revenda, na cidade de tratores e implementos agrícolas. Também aceitamos este desafio. Foi mais uma fase de muito trabalho, investimento constante e, acima de tudo, muito apoio de minha família. Criamos, na sequência, outras filiais em cidades paranaenses: Cambará, Araucária, Londrina e Ivaiporã. Recentemente, a convite da Case IH, surgiram novas oportunidades para abertura de concessionárias no Estado de São Paulo, nas cidades de Sorocaba, Itapetininga e Piedade. Também aceitamos o desafio. Em que momento achou necessário a construção de uma das maiores concessionárias do Agronegócio? Com o lançamento de novos produtos, o espaço da unidade de Ponta Grossa ficou pequeno para as pretensões do grupo, e iniciamos um projeto ambicioso: construir uma das maiores e mais modernas concessionárias da Valtra no Brasil. O espaço está pronto há três anos.


Que conselho dá para quem está começando a empreender agora? Muita cautela. Jamais inicie qualquer negócio só porque muitos de seus amigos estão indo bem, ou simplesmente porque o segmento está em evidência. Sempre empreenda com a certeza de que tem conhecimento e domínio sobre o negócio e realmente sente prazer em exercer a atividade. Compartilhe com a família seu otimismo. Uma família unida com os mesmos objetivos triplica as possibilidades de êxito. Qual é o valor fundamental para manter a saúde do negócio no segmento de autopeças e máquinas agrícolas, e expandi-lo? Para que o negócio se mantenha sempre com resultados positivos, é preciso estar sempre à frente das expectativas dos clientes. Também se deve buscar a melhor performance em tecnologia nos produtos comercializados.

E sobre o setor do agronegócio, qual a análise que faz do momento atual? A situação é de uma certa apreensão. As commodities estão com preços aquém da expectativa. O quadro futuro, porém, é totalmente favorável, com preços bem superiores aos praticados atualmente, devido aos baixos estoques. Fale sobre o portifólio da linha Valtra. Como os equipamentos têm ajudado a aumentar a produtividade? Hoje, a Valtra é a companhia que mais investe em produtos de alta tecnologia no mercado: tratores com transmissão automática, plantadeiras com precisão, pulverizadores com a mais alta performance. O destaque vai para o lançamento de tecnologia inédita em tratores: a transmissão CVT, que proporciona perfeição nos trabalhos realizados e economia de combustível que chega a 50% em comparação com a concorrência. Fotos: Matheus Machado

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BREVES

Alessandro e Cláudia, diretores da Revista Portal Saúde Ponta Grossa, durante um passeio com os filhos Maria Eduarda e Matheus no Allianz Parque.

Comemoração dos 30 Anos da Nutricionista Danila Gavron, onde ela reuniu seus amigos de longa data e familiares queridos.

No último dia 03 de setembro, Paula Alves comemorou seus 27 anos com amigos e familiares.

Dra. Tatiana Sabedotti com a Dra. Lucimara Maeda, Radiologistas parceiras há 10 anos.

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PORTAL SOCIAL

Inauguração do Novo Consultório Odontológico Dra. Ana Flávia Cruziniani comemora sua realização profissional com a inauguração do seu novo consultório odontológico, ao lado de seus familiares e amigos. Grata primeiramente a Deus por ser o meu guia. Aos meus pais Rozana Cruziniani e Jorge Luiz Cruziniani – Sem eles nada disso seria possível. Minhas conquistas são CONQUISTAS deles. ’Ao meu noivo João Paulo Silva, à família Della Bianca, aos meus pacientes e a meus familiares. A persistência é o caminho do êxito. Charles C. Foto: Matheus Machado Fotos: Junior Ehlke

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PORTAL SOCIAL

Inauguração Menina Bonita Espaço de Beleza O Menina Bonita inaugurou neste ano seu novo espaço de beleza. Um ambiente amplo e agradável, todo pensado no conforto e bem-estar de seus clientes. Fotos: Junior Ehlke

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PORTAL MÉDICO

Dr. Fernando Rebischke

Dr. Giocondo Sabedotti

CRM/PR 24004 Ortopedia e Traumatologia RQE 19995

CRM/PR 19524 Radiologia e Diagnóstico por Imagem - RQE 15161

Rua Amazonas,30 - Vila Estrela Ponta Grossa - PR 42 3028.8883

Av. Anita Garibaldi, 1661 Ponta Grossa - PR 42 99106.3232 pág. 43

Dra. Gabriela Margraf Gehring

Dr. Jeziel Gilson Nikosky CRM/16708 Neurocirurgia - RQE 12587

CRM/PR 29369 Infectologia - RQE 18873

Rua Nestor Gumarães, 281 Vila Estrela - Ponta Grossa - PR

Clínica Cray da Costa:

42 3027.5353 | 3026.5850 98403.3328

Rua Luis Gama, 13 Oficinas - Ponta Grossa - PR 42 3028.9494 pág. 24

Dr. Guy Romaguera Canto Médico CRM/PR 31814 Policlínica: Rua Dr. Franscisco Burzio, 705 Ponta Grossa - PR 42 3223.5602 Av. Cel Rogério Borba 335 - Centro Clínico - Reserva - PR 42 3276.1692

pág. 62

Dr. Leandro Cardoso Cancelli Vieira CRM/PR 30.235 Nefrologia - RQE 21893 Clínico Geral - RQE 21892 Rua Riachuelo, 1012 Ponta Grossa - PR 42 3089.1540

pág. 26

pág. 42

Dr. Glauco Fabio Lisboa Bonilha

Dr. Leonardo Saliba F. da Cunha

CRM/PR 4802 Ortopedia e Traumatologia - RQE 5

CRM/PR 18645 Oftalmologia - RQE 12162

Av. Ernesto Vilela, 978 - Nova Rússia Ponta Grossa - PR 42 3222.1022

COAS Oftalmologia: Rua Augusto Ribas, 486 Centro - Ponta Grossa - PR 42 3027.2244 | 3028.2243

pág. 22

Dra. Ginaine Farjallah Bazzi Longo

Dr. Marcos Hernandes Tenorio Gomes

CRM/PR 14063 Oftalmologia - RQE 6483

CRM/PR 15952 Ortopedia e Traumatologia RQE Nº: 10441

Inmed - Instituto de Medicina de Ponta Grossa: Rua Tiradentes, 777 Ponta Grossa - PR 42 3224.6303 | 99916.8477

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pág. 32

Rua Amazonas,30 - Vila Estrela Ponta Grossa - PR 42 3028.8883


Dr. Marcus Vinicius de Carvalho Ribeiro CRM/PR 13481 Ortopedia e Traumatologia RQE 6615 - TEOT 6106 Rua Amazonas, 30 - Jardim América Ponta Grossa - PR 42 3028.8883 pág. 68

Dra. Priscila de Oliveira Cunha CRM/PR 21752 Oftalmologia - RQE 17015 COAS Oftalmologia: Rua Augusto Ribas 486 Centro - Ponta Grossa - PR 42 3027.2244 | 3028.2243 pág. 32

Dr. Raphael Fernandes Ribeiro Fraiz CRM/PR 22489 Cardiologia - RQE 18523 Centro de Saúde São Camilo: Rua João Malinoski, 245 Ponta Grossa - PR 42 3026.6200 | 3026.6203 pág. 30

Dra. Tatiana Sabedotti CRM/PR 13533 Radiologia e Diagnóstico Por Imagem - RQE 5548

Rua Amazonas, 424 - Vila Estrela Ponta Grossa - PR 42 99927.9267 pág. 20

Dra. Vanessa Scoss Kassai CRM/PR 24409 Pediatria - RQE 19924 Rua Barão do Cerro Azu 631 Centro - Ponta Grossa - PR 42 3222.2569

pág. 23


PORTAL DOS PROFISSIONAIS

ADVOCACIA José Eli Salamacha Rua Ricardo L. Ribas, 466 Ponta Grossa - PR

42 3220.6677

ESTÉTICA Irani Correia da Costa Av. Doutor Franscisco Burzio, 597 Ponta Grossa - PR

42 3323.2506

FISIOTERAPIA Maria Helena Durau Bonifácio Vilela,353 - Ed. Florata - Sala 13 Ponta Grossa - PR

42 3323.6636

Maria Helena Durau Bonifácio Vilela, 353 - Ed. Florata - Sala 13 Ponta Grossa - PR

42 3225.6130

NUTRIÇÃO Danila Gavron Rua Airton Playsant, 255 - Centro de Saúde Vivace - Ponta Grossa - PR

42 3224.9234

ODONTOLOGIA Ana Flávia Cruziniani Rua Santos Dumont, 293 - Dela Bianca Ponta Grossa - PR

42 3028.7802

Jeanne Schmidt Leal Ernesto Vilela, 537 - Nova Rússia Ponta Grossa - PR

42 3025.7669

PSICOLOGIA Gabriela Fassina Rua Antônio João, 288 Ponta Grossa - PR

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42 98815.0285






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