Revista Portal Saúde Florianópolis - 1º Edição Set/2017

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ÍNDICE

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EDITORIAL Bem-vindo ao novo • Luiz Marques • Franciele Marques

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DESEMPENHO MUSCULAR Envelhecimento saudável: prevenção da perda muscular • Alessandra Uber Ghisi

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BABY & KIDS Amamentação: veja dicas para alimentar seu bebê com conforto, segurança e muito amor

MEDICINA DE FAMÍLIA O exercício na prevenção de doenças • Dr. Raul Wittmann

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ORTOPEDIA Terapia por ondas de choque • Dr. Luciano Manoel Martins Kroth

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GINECOLOGIA Contracepção reversível de longa duração • Dr. Fernando Pupin Vieira

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PEDIATRIA Introdução alimentar do bebê: chegou a hora das papinhas! • Dra. Ana Cristina Torqui Duarte • Dra. Denise Aparecida Nogueira de Lima

PERSONALIDADE 20 anos do 1° título em Roland Garros. Ascensão do brasileiro no saibro de Paris representou nova forma de jogar e viver o tênis. • Gustavo Kuerten (Guga)

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OFTALMOLOGIA Estrabismo e Ambliopia • Dra. Teresa Cristina Nogueira dos Prazeres

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DERMATOLOGIA Preenchedores: quais são seus benefícios? • Dra. Carla Corrêa Martins

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ONCOLOGIA Câncer de pele: melanoma • Dr. Alberto Pinho Neto

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NUTRIÇÃO Como otimizar o emagrecimento • Fernanda Casagrande

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FISIOTERAPIA Acompanhando o bebê de risco • Andreza Hoepers • Clarissa Moraes


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COMPORTAMENTO 4 pilares para você gerenciar o tempo e aumentar o foco • Wendell Carvalho

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GERIATRIA A memória no envelhecimento saudável • Dra. Juliane Felipe Ferrari • Dra. Sonia Tessmann

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CIRURGIA PLÁSTICA Lipoaspiração: cirurgia de risco? • Dr. Felipe Bittencourt

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QUIROPRAXIA Sua vida sem dor nas costas. Conheça os benefícios da Quiropraxia • Jordana Rocco

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ESPECIAL CAPA Planejamento Individualizado no Tratamento de Varizes • Dr. Fábio Branco

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ORTOPEDIA Dano da cartilagem: o que fazer? • Dr. Cesar Antonio de Quadros Martins

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MODA & BELEZA A importância da imagem pessoal • Alberto Solon

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CURIOSIDADES Hipertensão arterial, o assassino silencioso • Dr. Antonio Monteiro

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DERMATOLOGIA Queda de cabelo • Dra. Dâmia Leal Vendramini Amorim • Dr. Gustavo Moreira Amorim

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TERAPIA DAS MÃOS Mãos: cuide bem delas - Terapia da mão e do membro superior • Priscilla Almeida de Oliveira Miyashita • Juliana Carvalho Paes

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PSICOLOGIA Filhos + tecnologia: esta equação pode dar certo? • Vanessa Heidrich


ÍNDICE

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TURISMO Dubai: superlativa

MEIO AMBIENTE “Manguezais, coração e o saber, através da fotografia” • Dra. Clarice Panitz

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INFECTOLOGISTA Uso inadequado de antibióticos • Dr. Valter Araújo

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PERFIL REGIONAL Urologista que sempre foi interessado pelo grande avanço tecnológico da medicina. • Dr. Edibert Melchert

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CIRURGIA PLÁSTICA Minhas mamas são caídas ou somente pequenas? Qual a diferença entre mamoplastia... • Dr. Eduardo Fernandes Fraga

FONOAUDIOLOGIA Tratamentos realizados por fonoaudiólogos • Juliana Elza Ballstaedt

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GASTRONOMIA A consultora gastronômica Luciane Daux nos ensina a receita da Pavlova Tropical, doce de origem australiana. • Luciane Daux

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA Empoderamento tecnológico do anestesista • Dr. Diogenes Silva

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ODONTOLOGIA Doença periodontal • Dra. Heloisa Elza Ballstaedt da Silva

ESPORTE a primeira vez A gente nunca esquece • Pedro Carvalho

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PROCTOLOGIA prevenção contra o câncer do intestino • Dr. André Barreto

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CULTURA 41 anos de sucesso: o clássico da música sertaneja • Matogrosso e Mathias

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ADVOCACIA O advogado resolve o conflito vivenciado por você? • Marta Aparecida Zardinello



REVISTA PORTAL SAÚDE Florianópolis - SC Luiz Maurício de Sousa Marques CNPJ: 28.269.467/0001-50 Tel: 48 99115.0777 São Paulo - SP E-Tower - Rua Funchal, 418 - 35º andar Vila Olímpia - CEP 04551-060 Tel: 11 3521.7318

EXPEDIENTE Revista Trimestral: Setembro/2017 I Ano 1 I Edição 01 Florianópolis - SC Diretor de Criação: Thiago Britez Direção de Arte: Amaury Arruda Lair Gonçalves Fotógrafos: Rudi Bodanese João Paulo Sena Luckina L1nk Estúdio Criativo Marcos Oliveira de Carvalho Martha Dias Thiago Mangrich

Capa: VARIZES Planejamento individualizado no tratamento Dr. Fábio Branco CRM/SC 17.583

Foto da Capa: L1nk Estúdio Criativo

TENHA UMA BOA LEITURA Matérias e Anúncios: Luiz Marques | 48 99115.0777 | 99152.7778 florianopolis@revistaportalsaude.com.br revistaportalsaude.com.br Baixe nosso aplicativo: As matérias e imagens veiculadas são de responsabilidade dos seus autores.

Revisão de Texto: Ana Heck Dáfini Lisboa Jornalistas Responsáveis: Anny Malagolini - DRT-MS 1272 Eduardo Vieira Miranda DRT-MS 1663 Circulação: Florianópolis e grande Florianópolis Colaboraram com Esta Edição: Alberto Solon Clarissa Maria Panitz Danubia Mendes Edibert Melchert Gustavo Kuerten (Guga) Luciana Daux Marka Brasil Mato Grosso e Mathias Pedro Carvalho Tevah Moda Masculina Wendell Carvalho Banco de Imagens: Shutterstock, Inc.


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EDITORIAL 12

Portal Saúde


BEM-VINDO AO NOVO! A Revista Portal Saúde e seus cooperadores agradecem o acolhimento de Florianópolis e cidades vizinhas. O carinho, respeito e vida saudável são inspiradores. O resultado está nas próximas páginas. O conteúdo envolve saúde, bem-estar, gastronomia, moda, turismo, tecnologia, meio ambiente, comportamento, curiosidades, cultura e esporte. Empreendemos nossos melhores esforços. A revista está respaldada por profissionais com anos de atuação no mercado editorial. Oferece comunicação moderna e eficiente, que aproxima os leitores dos parceiros. Além da versão impressa, distribuída pontual e gratuitamente, há um portal na internet que centraliza o conteúdo produzido, bem como Facebook, Instagram e aplicativo para smartphones e tablets, nos sistemas operacionais iOS e Android. Aproveitem, tenham uma boa leitura e até a próxima edição!

Luiz Marques e Franciele Marques. Diretores da Revista Portal Saúde Florianópolis

Franciele Marques veste: Marka Brasil Luiz Marques veste: Tevah Moda Masculina Produção Editorial: Cabelo e make-up: Danubia Mendes Foto do Editorial: Rudi Bodanese

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DESEMPENHO MUSCULAR

ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: PREVENÇÃO DA PERDA MUSCULAR Cada vez mais o envelhecimento saudável passa pela questão de uma boa estrutura muscular. Quanto maior a quantidade e a força dos músculos, melhores são os indicadores de saúde, como qualidade de vida, funcionalidade e cognição. Com o passar dos anos, ocorre o aumento da perda muscular. A perda muscular, associada a prejuízos de função, é denominada sarcopenia. A mais comum é a que ocorre em idosos, no entanto, deficiência nutricional, HIV e doenças inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide, podem resultar em sarcopenia em indivíduos mais jovens. Os principais sintomas relacionados à sarcopenia incluem perda de peso recente, especialmente de massa magra, fadiga, quedas frequentes, fraqueza muscular, diminuição da velocidade da caminhada e redução de desempenho na atividade física, todos relacionados à função do sistema musculoesquelético. O tratamento da sarcopenia consiste na mudança de comportamento. O paciente precisa começar a se exercitar e aumentar a ingestão de proteínas — substâncias responsáveis pela reconstrução dos músculos perdidos. Já existem no mercado suple-

Alessandra Uber Ghisi CRF/SC 6080 Farmacêutica Formada pela UFSC Especialista em Farmácia Magistral

Foto: L1NK Estúdio Criativo​

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Portal Saúde

mentos alimentares que auxiliam na recuperação e previnem a perda da musculatura, como o BODYBALANCE™. BODYBALANCE™ é composto por Peptídeos Bioativos de Colágeno® específicos, com comprovação clínica e científica de resultados. Em combinação com a prática de exercícios físicos moderados, a suplementação com BODYBALANCE™ contribui para a redução da gordura corporal e o aumento da massa magra, da força e da resistência muscular. BODYBALANCE™ exerce efeitos positivos sobre dois dos principais constituintes do corpo humano: a massa magra e a massa gorda. A massa magra, também denominada massa isenta de gordura, é constituída principalmente de massa muscular, mas também de massa óssea, tecido conjuntivo e água. O estudo demonstrou que a suplementação com BODYBALANCE™ aumentou os benefícios proporcionados pelos treinos de resistência nas pessoas mais velhas afetadas pela perda de massa muscular. O grupo suplementado com BODYBALANCE™ mostrou um aumento significativo de massa magra e força muscular comparado ao grupo suplementado com placebo. O ganho de massa muscular foi cerca de 50% superior, enquanto a força aumentou praticamente 100%. A redução de gordura corporal também foi significativamente superior com a suplementação com BODYBALANCE™. O grupo suplementado perdeu cerca de 50% mais gordura comparado ao grupo suplementado com placebo. A combinação de exercícios de resistência associada à suplementação com BODYBALANCE™ contribui para um aumento de força, influenciando positivamente na composição corporal e combatendo os sinais da sarcopenia. Em 3 meses, foi possível recuperar a massa muscular perdida ao longo de 10 anos de envelhecimento natural. Na Vita Essência Farmácia de Manipulação, fazemos bem o que te faz bem! Fale com nossa equipe de farmacêuticas por meio de nosso WhatsApp: (48) 99916.0055.



ORTOPEDIA

TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE Trata-se de uma nova modalidade de tratamento para pacientes com problemas musculoesqueléticos, como tendinites, dores crônicas e falhas na consolidação de fraturas. A terapia por ondas de choque é um tipo de energia cinética que, quando entra em contato com a parte do corpo do paciente que está sendo tratada, provoca um fenômeno chamado cavitação. Essas ondas podem ser de ação analgésica, mecânica e vascular. Dessa forma, produzem efeitos fisiológicos no paciente, como a melhora na cicatrização do tecido machucado, a liberação de substâncias anti-inflamatórias que aliviam a dor e o aumento da circulação sanguínea. Seus principais benefícios são: o rápido alívio da dor, a melhora na capacidade de regeneração dos tecidos e a restauração da mobilidade. Veja algumas indicações: • Fascite plantar; • Pseudoartroses; • Calcificações periarticulares dos ombros; • Epicondilite lateral e epicondilite medial umeral; • Outras patologias. Fascite plantar A fascite plantar ocorre quando o tecido fibroso (fáscia plantar) ao longo do pé está inflamado, em

Dr. Luciano Manoel Martins Kroth CRM/SC 8377 - RQE 3831 Cirurgia de Pé e Tornozelo e Medicina Esportiva

Foto: L1NK Estúdio Criativo

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razão de um estresse excessivo dessa região. A fáscia plantar é um tecido conjuntivo que se estende da base do osso calcâneo (calcanhar) a toda a planta do pé. É uma banda fibrosa e firme que sustenta e mantém o arco plantar de pé. A inflamação é causada pelo estiramento desmedido da fáscia plantar. Quando não tratada, a inflamação por longo tempo pode causar rupturas na fáscia e depósitos de cálcio no ponto de inserção desta no calcanhar, resultando no aparecimento de um esporão ósseo. Sintomas: • Dor aguda localizada no fundo e/ou ao redor do calcanhar; • Frequentemente, a dor é pior pela manhã ou nos primeiros passos após ficar sentado algum tempo e após (não durante) o exercício; • Dor agravada se suportado peso excessivo ou depois de corrida; • A fascite plantar é mais comum em adultos de meia-idade e preponderante em mulheres. As causas são: • Carga excessiva no pé pela obesidade ou exercício repetitivo (ex.: corrida); • Achatamento acentuado do arco ou arco muito alto (pés cavos); • Musculatura da panturrilha muito tensa.



MEDICINA DE FAMÍLIA

O EXERCÍCIO NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS

Dr. Raul Wittmann CRM/SC 15007 Medicina de Família e Comunidade - RQE 10286 Foto: Martha Dias

Florianópolis é a cidade com a população mais ativa entre as capitais brasileiras, segundo dados do Ministério da Saúde. Todos concordamos que a prática regular de exercícios é de grande importância para a manutenção de uma boa saúde física e mental. Mas você já se perguntou que tipo de exercício é ideal para você? A maior parte das pessoas acredita que todos os exercícios podem ser benéficos para qualquer indivíduo. Todavia, essa escolha deve ser individualizada para cada pessoa. A partir dos 40 anos, iniciamos um processo de perda gradual de massa muscular, chamado de sarcopenia, o que progride com o passar do tempo. Paralelamente, ocorrem alterações hormonais e metabólicas em nosso organismo que culminam com diminuição de força, energia e vigor físico, muitas vezes associadas a doenças como diabetes, alterações do colesterol, depressão, osteoporose, entre outras. Quando prescrita de forma correta e individualizada, a prática de exercícios físicos pode minimizar esses processos, podendo, inclusive, revertê-los de

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forma surpreendente. Profissionais como educadores físicos, personal trainers, fisioterapeutas e médicos podem ajudar na escolha das práticas mais adequadas a cada pessoa. Além disso, um bom profissional estabelecerá os limites entre o sucesso e o risco para sua saúde. As avaliações clínica e física pré-participação e de rotina são de fundamental importância para estabelecermos os limites de cada organismo e o tipo, o ritmo, a frequência e a intensidade de cada atividade física. Atividades que incluam exercícios de força, treinos aeróbicos e manutenção da mobilidade musculoesquelética com alongamentos são essenciais para manutenção da saúde e prevenção de doenças metabólicas e osteomusculares, segundo a Organização Mundial da Saúde. Encontrar um profissional qualificado ajudará muito na escolha do exercício ideal para você. Procure alguma atividade que proporcione prazer e, ao mesmo tempo, contemple as modalidades básicas necessárias para uma boa saúde. Boa sorte!



BABY & KIDS

AMAMENTAÇÃO Veja dicas para alimentar seu bebê com conforto, segurança e muito amor O ato de amamentar é um dos principais elementos na criação do ser humano e de todos os outros mamíferos. Além de prover o melhor alimento, amamentar significa dar carinho, conforto e a segurança que os pequenos tanto precisam nesse mundo novo. Os bebês sentem o cheiro da mãe, escutam as batidas do coração e também se aquecem com o calor de seu corpo. Mas, para que esse momento seja prazeroso e tranquilo, é necessário tomar alguns cuidados básicos. Separamos algumas dicas para garantir que tudo corra bem na amamentação de seu filho. Antes disso, lembre-se: se o bebê se alimentou o suficiente, ele estará tranquilo, satisfeito e pronto para dormir ou brincar. O leite materno é o alimento ideal para fornecer aos bebês os nutrientes que precisam para crescimento e desenvolvimento saudáveis.

1 - Para fortalecer, preparar e lubrificar seus mamilos, você só precisa de: ar, seu próprio leite, água e sol. Deixe os mamilos bem ventilados sempre que possível (isso significa não usar nada quando estiver em casa), faça a higiene com água, passe uma gota do seu próprio leite após cada mamada e tome 15 minutos de banho de sol quando puder. 2 - Não é recomendável esperar o bebê ter muita fome, porque ele pode ficar irritado e pegar o peito com mais força, podendo lhe machucar. Procure oferecer os seios assim que o bebê manifestar o primeiro sinal de que está com fome. Se já estiver muito irritado, tente acalmá-lo primeiro. 3 - É fundamental procurar uma posição cômoda, e suas costas e braços devem estar bem apoiados. Coloque o bebê encostado “barriga com barriga” com você para que ele não precise virar a cabeça para mamar. O corpo do bebê deve estar perto do seu em uma altura na qual o nariz se encoste no seu peito. A cabeça e coluna devem estar alinhadas, formando uma linha reta, e o bumbum bem apoiado. 4 - Com uma mão, segure a mama; com os quatro dedos, pegue por baixo e, com o polegar, sustente a parte de cima, formando um C. Então, toque seu mamilo entre o nariz e a boca do bebê. Isso ajuda o bebê a abrir a boca, abocanhando grande parte da aréola e não apenas o mamilo. Caso seu filho se prenda só ao mamilo, não estimulará o suficiente a saída do leite, provocando queda na produção - e também aumentará o risco de o mamilo rachar.

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5 - É preciso conferir se o bebê está fazendo a “pega” correta: as bochechas ficam arredondadas (não pode haver um furinho no meio), ele abocanha boa parte da aréola, seu queixo e nariz encostam na mama e ele não emite estalos durante a sucção. Se a pega não estiver correta, respire fundo, tire-o da mama e comece tudo outra vez. 6 - É recomendável que seu bebê mame apenas um seio a cada mamada, intercalando um por vez. Se a mama esvaziar e você notar que ele ainda quer mamar, ofereça a outra. 7 - Quando afastar o peito da criança, faça-o com cuidado. Coloque seu dedo mínimo entre a mama e a boca do bebê para tirar o vácuo e evitar um puxão dolorido.

8 - A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês devem mamar apenas o leite materno (sem oferecer água ou chás) nos primeiros 6 meses de vida e em livre demanda, ou seja, durante o tempo que desejarem, quantas vezes quiserem. Os bebês recém-nascidos costumam mamar entre 8 e 12 vezes ao dia, sem um horário fixo para cada mamada. 9 - Amamente também durante a madrugada, sempre que o bebê acordar. É neste período que a mulher tem o pico da prolactina. Por isso, é fundamental estimular as mamas para manter uma adequada produção de leite. 10 - Todo cuidado é pouco com bicos artificiais, como: chupetas, mamadeiras e bicos de silicone eles podem promover o desmame precoce.

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GINECOLOGIA

CONTRACEPÇÃO REVERSÍVEL DE LONGA DURAÇÃO A gravidez não planejada representa importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Embora a redução destas taxas implique em uma abordagem multifatorial, o aumento do acesso a métodos contraceptivos de longa duração pode ter papel fundamental. Seguindo uma tendência mundial, baseada em evidências científicas, os LARCs (Long Acting Reversible Contraception) surgem como opção segura e prática às atuais necessidades das mulheres em relação ao planejamento de sua vida familiar e profissional. Em estudos recentes, em que foram comparados métodos de curta duração (pílulas, adesivos, anel vaginal e injetáveis) com os LARCs, verificou-se a sua superioridade em termos de eficácia e satisfação das usuárias, propiciando taxas de gravidez menores que 1% ao ano em uso perfeito e em uso típico. Uma das principais vantagens dos LARCs seria a manutenção de sua eficácia independentemente da motivação da usuária e, por isso, também apresentam a menor taxa de descontinuação do método. São recomendados para todas as mulheres que desejam anticoncepção eficaz, incluindo adolescentes, nuligestas (mulheres que ainda não engravidaram), no pós-parto ou pós-aborto e aquelas que possuem contraindicação ao uso de métodos tradicionais, como as pílulas conjugadas. LARCs Dispositivo intrauterino de cobre: DIU1 • São os mais conhecidos • São os mais utilizados • Fácil inserção e remoção intrauterina • Sem ação hormonal • Duração de 10 anos • Não alteram ciclo ovulatório

1 - DIU

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Sistema intrauterino de Levonorgestrel – SIU-LNG2 • Aspecto semelhante ao DIU • Possui um reservatório de Levonorgestrel 52 mg • Fácil inserção e retirada intrauterina • Ação hormonal de absorção intraútero de pequenas quantidades diárias de Levonorgestrel • Alteram o fluxo menstrual, podendo diminuir ou até mesmo cessar • Duração de 5 anos • Opção terapêutica para patologias uterinas como metrorragias, miomatose, adenomiose e endometriose, entre outras Implante de Etonogestrel3 • Inserção subcutânea no braço, com anestésico local • Ação hormonal inibindo os ovários • Duração de 3 anos • Alteração do fluxo menstrual, podendo diminuir ou cessar com o uso • Opção terapêutica para patologias uterinas Embora considerados de longa duração, todos os métodos acima podem ter o seu uso descontinuado a qualquer momento diante de uma não adaptação ao método pela paciente ou caso ela deseje engravidar. Após a interrupção do método, a fertilidade retorna imediatamente, sem nenhum prejuízo. Vale ressaltar que os métodos de curta duração continuam tendo seu papel na prática clínica e que o melhor método anticonceptivo é aquele que atende às necessidades da mulher e sua adaptação a ele.

Dr. Fernando Pupin Vieira CRM/SC 12119 Ginecologia / Obstetrícia - RQE 7616

2 - SIU-LNG

3 - Implante de Etonogestrel



PEDIATRIA

INTRODUÇÃO ALIMENTAR DO BEBÊ CHEGOU A HORA DAS PAPINHAS! A alimentação saudável no primeiro ano de vida possibilita crescimento e desenvolvimento adequados e atua na prevenção de doenças em curto e longo prazo. Durante os primeiros meses de vida, o leite materno atende perfeitamente a todas as necessidades do bebê. A partir do sexto mês, para que continue crescendo bem, ele necessita receber outros alimentos. É nesse período que iniciamos a introdução alimentar com frutas, legumes, verduras e carnes, sempre amassados ou raspados, as chamadas “papinhas”. Essa consistência de papa (como um purê) é importante, pois o bebê ainda não tem dentes e está aprendendo a mastigar. Em geral, são dois tipos de papinhas que o bebê deve consumir. A papa de fruta deve ser logo a primeira, de mais fácil aceitação, já que a maioria das frutas tem o gosto mais adocicado, assim como o leite materno. Não se impressione se o bebê rejeitá-la nas primeiras vezes, afinal, ele está se adaptando. Vale ressaltar que açúcar e mel estão proibidos nesse período. Após uma semana de papa de frutas, podemos introduzir a papa salgada, lembrando que o termo “salgada” serve apenas para diferenciar o preparo dos vegetais e da carne em relação às frutas, ou seja, a papa salgada não leva sal, porém, não se esqueça de adicionar temperos naturais, como alho, cebola, cebolinha, entre outros. Não use, de forma alguma, temperos industrializados. A refeição da criança, nesse período, deve ser composta por grupos variados de verduras, legumes, carboidratos e proteínas. As proteínas, como peixe, ovo, carne bovina e frango, devem ser introduzidas precocemente. A consistência ideal da papinha é a de um purê. À medida que o bebê for crescendo, procure amassar menos os alimentos, até o ponto em que a criança comece a aceitar pequenos pedaços. Por volta dos doze meses, ela já poderá consumir a mesma comida da família. A quantidade das papinhas é algo que sempre aflige os pais. Lembre-se que o estômago do bebê ainda é muito pequeno, portanto, precisa de pouco volume de alimento para saciedade. Desde o início da introdução alimentar, o bebê vai consumindo os alimentos em quantidades cada vez maiores. Em geral, a papinha de uma criança com seis meses de vida deve ter um volume equivalente a duas ou três colheres de sopa. Já crianças de 12 a 24 meses consomem algo equivalente a um prato de 250 ml de refeição.

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Ao longo do dia, ofereça sempre água, pois, ainda que continue mamando, a necessidade de hidratação da criança agora é maior. Lembrando sempre que nessa fase não se recomenda dar sucos, mesmo os naturais. A introdução alimentar deve ser algo leve e prazeroso para o bebê e para a família. O acompanhamento regular com o pediatra é fundamental para sanar as dúvidas que surgirem e manter a adequada avaliação do crescimento e desenvolvimento do bebê.

Dra. Ana Cristina Torqui Duarte CRM/SC 21590 Pediatria - RQE 12613

Dra. Denise Aparecida Nogueira de Lima CRM/SC 15519 Pediatria - RQE 10820 Oncologia Pediátrica - RQE 13152

Fotos: L1NK Estúdio Criativo



OFTALMOLOGIA

ESTRABISMO E AMBLIOPIA O maior problema do estrabismo é a perda da visão do olho torto (ambliopia). • Desenvolvimento da visão Para uma boa visão, é necessário: - Estruturas do olho adequadamente formadas; - Imagens sobre a mácula (área central da retina responsável pela visão nítida); - Paralelismo ocular adequado; - Vias ópticas funcionais. Até os 6 meses de idade, a criança pode apresentar desvio intermitente ocasional. Após essa idade, os olhos devem estar paralelos. • Classificação dos estrabismos: particularidades Pseudoestrabismo É um falso estrabismo, quando a conformação facial da criança dá uma sensação de desvio (olhos mais distantes um do outro, base nasal alargada, epicanto). O reflexo luminoso na pupila é simétrico, ou seja, não há estrabismo. Desvio divergente intermitente Criança fechando um dos olhos no sol pode ser um estrabismo divergente intermitente, que geralmente não aparece quando a criança está atenta. É cirúrgico, na maioria dos casos, e a cirurgia deve ser feita após os 5-6 anos de idade. Estrabismo súbito – urgência Principalmente em adultos e crianças acima de 5 anos, pode ser indício de um tumor cerebral. Estrabismos acomodativos São desvios que desaparecem com o uso de óculos e geralmente aparecem entre 1 e 4 anos de idade. Não são cirúrgicos.

Dra. Teresa Cristina Nogueira dos Prazeres CRM/SC 5827 Oftalmologia RQE 2217

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Estrabismo convergente congênito De aparecimento precoce, nos primeiros meses de vida, devem ser operados antes dos 2 anos de idade para que haja chance de desenvolvimento da visão de profundidade (estereopsia). Se a criança não desenvolver a estereopsia, ela poderá enxergar 100% em cada olho; porém, como não há fusão das imagens, não será possível enxergar em 3D. Torcicolo congênito – cuidado Pode ser um estrabismo vertical. Dica: vire a cabeça da criança exatamente para o lado contrário à posição assumida. Normalmente, os olhos apresentam um desvio vertical com esta manobra. • Tratamento De qualquer forma, o alinhamento dos olhos com óculos ou cirurgia, dependendo do tipo, é o tratamento estético. O tratamento funcional é feito pela oclusão (tampão). É o único tratamento eficaz para o desenvolvimento da visão. Portanto, oclusão é para melhorar a visão, e não para tratar o desvio. Obs.: os pais, muitas vezes, acham que o tratamento piorou porque antes a criança desviava um só olho e, após a oclusão, passou a desviar os dois. No entanto, essa alternância indica que a visão do pior olho se igualou à do melhor. Ou seja, é um sinal de melhora. • Tratamento cirúrgico A cirurgia do estrabismo é realizada nos músculos oculares externos e não envolve abertura do olho. Por não ser uma cirurgia intraocular, pode ser feita nos dois olhos no mesmo tempo cirúrgico. Normalmente, a criança vai embora do hospital assim que acorda bem da anestesia, sem necessidade de ocluir os olhos no pós-operatório.



PERSONALIDADE

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20 ANOS DE GLÓRIA Maior tenista de todos os tempos no Brasil, Gustavo Kuerten celebra a conquista do Aberto da França (Roland Garros) que o colocou na galeria dos grandes campeões mundiais do tênis

Há duas décadas, um tenista catarinense, de 20 anos de idade à época, de cabelos compridos, com um jeitão de surfista e uniforme colorido, cheio de uma simplicidade que cativou a todos, além de um jogo intenso que surpreendeu seus adversários e encantou o mundo, chegou à elite do tênis mundial com o seu primeiro título em Roland Garros, um dos quatro torneios mais importantes (Grand Slam) do circuito mundial de competições da categoria. Gustavo Kuerten está no hall da fama dos grandes tenistas, foi o primeiro e único brasileiro a conquistar um torneio desta importância na disputa de simples masculino. No ano em que celebra este importante feito para o tênis brasileiro e para sua carreira, Guga relembrou, em entrevista à Revista Portal Saúde, os detalhes desta memorável saga a um dos troféus mais cobiçados do esporte. De zebra à “Rei do Saibro”, o catarinense fala das vitórias e dos bastidores desta conquista.

De que forma a participação irregular nos torneios europeus que antecederam Roland Garros contribuiu para a conquista deste Grand Slam? Foi um momento de muita oscilação na minha carreira, o que é natural - pela idade minha época (20 anos) e pelo aprendizado que eu precisava desenvolver nas quadras. Ocorria que eu jogava muito bem um jogo e, no duelo seguinte, não acertava uma bola. Perdi jogos dutos e, nos momentos decisivos, eu falhava. Isso foi aniquilando minha confiança cada vez mais. No fim daqueles meses na Europa, cheguei ao ponto de me sentir inútil em quadra. Não conseguia me convencer de que poderia enfrentar os jogadores top 50 do mundo [na época, Guga era o número 66 do ranking]. No último torneio, que foi realizado em Hamburgo, tive um confronto com um australiano que era – teoricamente – mais acessível e havia boas chances de eu vencer. Mas acabei perdendo novamente, por 2 sets a 0. Foi um processo contínuo de enfraquecimento, principalmente mental. Parece que dava um apagão, não lembrava mais de nada.

O que o fez reagir? Naquela semana, por estar longe de casa há muito tempo, eu me sentia cada vez mais distante, parecia que eu estava remando para trás. E o Larri Passos (treinador de Guga) teve uma tacada de mestre. Ele teve a ideia de voltarmos para casa a fim de recarregar as energias e retornar a Roland Garros com um astral diferente. A ideia, até então, era jogarmos um torneio em Roma. Mas não dava mais, estávamos com a confiança esgotada. Nosso voo de volta era só no dia seguinte, então, no outro dia de manhã, claro: treino, treino e mais treino. Chegamos ao clube, estava praticamente deserto e chovia muito. Mas, na Alemanha, as quadras de saibro suportam bem a chuva. O Larri, então, preparou um treino de bater uma bola em cada lado. Eu parecia um limpador de para-brisa de carro, ia de um lado para outro, soltando o braço com toda minha força. Não errava uma. Naquele momento, houve uma sensação de alegria, de felicidade. Já sentia algo diferente. Havia uns tenistas, amigos nossos, que começaram a aplaudir, abismados com tudo aquilo que estavam vendo. Percebi que a consistência do meu jogo estava melhorando.

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PERSONALIDADE

E como foi o retorno ao Brasil? E a conquista do Challenger, em Curitiba, teve que importância? Era um torneio intermediário. Mas, para se sentir melhor e capaz, o jogador precisa vencer. E foi importante tomarmos esta decisão de competir dentro de casa. Quando voltei para o Brasil, era esperança, alegria e brincadeira. O tênis voltou a ser gostoso para mim. Tinha sabor doce, de alegria e felicidade. E isso foi novamente me preenchendo e trazendo vigor, força e energia. E o bom é que tudo isso não alimenta só o competidor, mas o grande campeão. São partes emocionais que precisam estar convencidas para um jogador se considerar capaz de vencer. Depois, eu me dei conta de que vim para cá me animar para vencer Roland Garros. Você voltou para a Europa com as energias renovadas. Conte-nos sobre este “ressurgimento”. Quando o Larri e eu voamos para lá, parecia que todas as dúvidas e todos os defeitos do período anterior na Europa haviam desaparecido. Aquela imagem do treino no último dia em Hamburgo foi o que ficou na nossa cabeça. Estava com o pensamento de “Vamos para lá, vamos incomodar”. O Larri sempre teve um input no meu cérebro para eu desejar mais, buscar um limite maior. Ele falava: “vamos lá, Cavalo, vai dar certo”. Fomos com um grau de entusiasmo e sentimento, com uma armadura muito vitoriosa e valente. Ao chegar a Paris, era muito jovem, nem sentia muito a diferença do fuso horário, fui direto para a quadra. E foi novamente um treino incrível. Os caras do lado pararam para olhar e falaram: “O quê? Quem é esse jogador?”. E começou um questionamento por parte dos colegas, sempre na brincadeira, nessa parte da diversão. E esse é um canal que eu funciono muito bem. Um momento especial foi quando consegui treinar com o Alex Corretja na quadra central. Ele estava se destacando no circuito de saibro. Começamos a jogar uns games, e vi que ele estava ficando apavorado, porque eu pontuava com direita, esquerda, saque… e eu tentando ajudá-lo ele, mais a ele que a mim. Olhei para o Larri e ele disse: “Toca a ficha aí”… Na virada foi incrível, ele veio brincando de uma forma mais objetiva: “Assim não dá, se continuar desse jeito, vai ganhar Roland Garros”. E como foi o peso da estreia no torneio, contra o tcheco Ctislav Dosedel? Teve um impacto muito grande na época. Antes de estrear no torneio, pensei: “Se a gente ganhar duas tá bom”. Era uma esperança do tamanho do mundo, o melhor momento da minha carreira. E peguei logo o calo da minha estratégia de jogo: Dosedel. O cara que, mesmo eu jogando bem, vai me fazer jogar mal. Tinha perdido para ele os dois últimos jogos.

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Porém, a confiança e força mental que eu tinha naquele momento era avassaladora. O primeiro game foi um pouco tenso. Depois do segundo, as coisas se encaixaram e venci o set: 6-0. Foi quando pensei: “Pode ser verdade, né?”. E também refleti sobre qual era o tempero disso, por que tudo estava funcionando tão bem? E ali começaram a despertar alguns indícios que deram condições para eu vencer. O segundo set foi um pouco mais difícil, e eu pensava: “Como isso [a energia avassaladora do primeiro set] volta?”. Nessas buscas, vi que estava fazendo muito isso. Indo para frente e para trás, antes de receber o saque. E constatei que, depois de minhas aventuras todas, que o tênis tem muito disso: formas de ativar sensações que são subjetivas. Venci o segundo set (7-5) e, em 1h15min, finalizei o jogo (o placar do terceiro set foi de 6-1). De que forma o desafio contra o Jonas Björkmann, na segunda rodada, abriu as portas para a sua campanha vitoriosa no torneio? O Björkmann era o número 24 do mundo na ocasião. Um bom jogador que costumava chegar à segunda semana de Roland Garros. Já o meu objetivo era vencer uma ou duas partidas e, quem sabe, chegar à segunda semana (a fase final do torneio, que tem início nas quartas de final). Para mim, ganhar do Björkmann era motivo de pegar champagne para comemorar. Naquele momento, pensava que, se vencesse, ele seria a oportunidade em que faria mais pontos no ranking durante toda minha vida. Só com o bônus e terceira rodada de Grand Slam daria uns oitenta ou noventa pontos. E meu adversário sempre foi um “osso duro de roer”. Um competidor intenso, com uma série de qualidades, um brigador. Minha expectativa era boa, pelo fato de o saibro ser mais favorável para mim. E, naquela fase, em nenhum momento minha confiança foi abalada. Eu comecei a me desafiar sempre mais, tentava bolas cada vez mais fortes, e elas entravam. Só que veio uma titubeada, ele percebeu minha oscilação. Colocou uma bola aqui e outra ali e, quando vi, perdi o terceiro set. E depois disso o jogo virou uma guerra de leão. Tensão total, um pesadelo. No outro set, fiz o primeiro match point, o segundo e o quinto. Sei lá, acho que fiz uns 10 match points. Até que chegou retirar, pois o que chegou foi o ponto que bati com toda minha força e deu certo. Era para eu ter vencido, porque joguei muito melhor que ele. O que pesou é que eu me sentia muito novo para dar estes passos adiante. Se não tivesse vivido esta experiência com o Björkmann, teria sido diferente com o Muster.


E a batalha contra o Tomas Muster, que havia vencido o torneio dois anos antes? Qual a importância que seu irmão teve na partida? Toda a vibração das surpresas na quadra 1 pendia a nosso favor. Era uma quadra gigante. Para minha realidade na época, era o maior estádio do mundo. O medo existia em maior escala em relação a este jogo. O Muster gradativamente foi crescendo. Em 1995, ele vinha tendo muita oscilação no circuito de terra; mas, em 1995 [ano em que venceu Roland Garros], era o “Rei do Saibro”. Por isso, levei mais para o lado da simplicidade. Esquecer a probabilidade e focar no desejo e no que está bom. Num primeiro set decidido por detalhes, ele tirou proveito e ganhou. Na cadeira, depois de uma hora em um sol que estava quente que dói naquele dia, arriado da batalha, tive capacidade de pensar, de sair dali e querer mais. Dizia: “Eu preciso ganhar”. E as resposta vêm muito rápido, porque, logo no segundo set, eu já saí quebrando [o serviço]. Ganhei o segundo e o terceiro set com facilidade. E novamente eu me coloco em posição de vencer, mas já não era o Björkmann, era o Muster. Mas foi muito difícil, porque novamente o cara veio com um “canhão” para me derrubar. E ele foi crescendo, ganhou o quarto set. No quinto set, já estava perdendo de 3 a 0. Até que meu irmão, que estava acom-

panhando o jogo, levanta e fala, gritando: “O que é isso, Guga?”. Ele, que é contido, calmo, me deu uma bronca: “Esse não é o Guga que eu conheço, vai desistir?”. Foi quando falei: “esse jogo vai ser meu”. Ele veio com esse empurrão de energia. Aí voltei para o jogo e comecei a virar o placar. O Muster não entendeu nada. No final, olhei para o meu irmão e disse: “Caramba, ganhamos”. Ele me resgatou de uma escuridão que eu não conseguiria sair sozinho. O duelo com o Medvedev, um tenista famoso pelo volume de jogo, foi o passaporte para a segunda semana do torneio. Conte-nos como foi ganhar do ucraniano. O desafio de encarar o Andrei Medvedev foi brutal. Ele era avassalador. Para se ter uma ideia, em 1999, aí, sim, quando era favorito, ele me massacrou. Para mim, a vantagem era que eu o conhecia bem. Desde o juvenil eu já sabia da capacidade que ele tinha. Naquela altura, eu era um franco-atirador, que já chegou bastante longe. A chance que eu tinha de ir às quartas de final era única. Talvez isso jamais acontecesse.

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PERSONALIDADE

Para mim, era fundamental me colocar no jogo. Saí agressivo, tomando a iniciativa. Mas, por mais que o jogo estivesse igualado, ele venceu o primeiro set. Queira ou não, o início do jogo para mim é mais tenso. E no segundo set eu me soltei mais e, de repente, ganhei dele. Vinha uma empolgação, uma confiança de vencer e ir para as quartas de final. No quarto set, porém, ele me atropelou, tomei uma sacola: 6-1. Não quiseram parar o jogo. No tie-break, eu consegui quebrar o saque dele, e o jogo ficou 2 -2. Daí pararam o jogo e eu falei: “Agora também não...” O difícil foi dormir naquela noite. Meia-hora de sono foi muito. O Larri me falou antes da retomada da partida, no dia seguinte: “aproveita e atropela”. Mas tive de respirar depois de perder uns 10 ou 11 pontos seguidos. O normal seria eu me apavorar com tudo isso. Era muita imersão, expectativas, e uma intensidade gritante. Depois que consegui a vantagem, pensei: “O jogo é meu de novo, eu que vou vencer”. E aí foi com muito menos tensão. Saí de quadra o homem mais feliz do mundo. Neste momento, depois de aperto de mão do Medvedev, senti muito forte a presença do meu pai. Eu sabia que meu pai, que sempre me apoiou, estava por perto, e isso aumentava o meu desejo de lutar, de vencer. E como foi um jogo considerado por muitos como o melhor de sua carreira, contra o russo Yevgeny Kafelnikov, na época, atual campeão do torneio, que defendia seu título? Eu tive umas 36 horas de preparação para encará-lo. E isso foi muito bom. Confesso que estava com medo, o cara foi campeão no ano anterior e vinha atropelando todo mundo. Tentei me convencer

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durante 36 horas, mas não consegui. Em 1997, ele era dez vezes melhor que eu. Era muito favorito para ganhar Roland Garros. Evidentemente que, se eu entrasse em quadra com essa mentalidade, não teria como vencer. Vi o entusiasmo do Larri, e também tem um fato muito curioso da camiseta. Ela começou a chamar atenção, e a federação queria que eu jogasse com um uniforme mais contido. Eu nem cogitei essa hipótese e continuei com aquela camiseta azul e amarela, que chamava atenção. Eu saí jogando de uma forma que é impossível de compreender. Segui à risca tudo o que o Larri me falou: “Ele vai vir para cima, então, você bate mais forte”. Só que era tão intenso, e em um nível completamente estratosférico, que uma hora eu teria de baixar o volume. Não tinha como sustentar aquilo por mais 10 ou 20 minutos. De repente, me vi em um segundo set em que o Kafelnikov já estava dominante. Perdi aquele set e o seguinte. Pela primeira vez, precisava ganhar dois sets seguidos para não ser eliminado. Quando fui para a cadeira, eu me vi cansado, mas também aliviado. Eu me dei conta de que estava fazendo o meu máximo, o que me ajudou bastante para escapar da hipótese de me entregar e manter a inspiração. No quarto set, comecei avassalador novamente. E olhei para o outro lado e vi um Kafelnikov com duas horas de jogo nas costas. A partir do ajuste fino de uma bola ou de outra, consegui quebrar o saque dele e, em dez ou quinze minutos, percebi que dava para ganhar dele. De verdade. Tanto que o quarto set foi 6-0. Realmente, ele estava pecando pela parte física e deixou para o quinto set. Ele conseguiu me levar até o 5-4. Na bola final, eu pensei: “Agora é


minha única chance, vou ganhar de qualquer jeito”. Eu sabia que aquela era a oportunidade. Tive a convicção de que poderia vencer o que para mim era impossível. Possivelmente, foi a vitória mais difícil que tive na minha vida. Eu era bem inferior na época para poder vencê-lo. E, em tênis, isso ainda é possível. E na semifinal, em que era favorito diante do belga Filip Dewulf. Como foi deixar de ser a “zebra” nesta partida chave? Justamente. Foi muito particular porque foi o único jogo em que entrei como favorito. O Dewulf era 130 ou 140 do ranking, veio do qualifying, inclusive. Mas, assim como eu, chegava como um franco-atirador, empolgado. Em me senti mais completo. Além de todo o entusiasmo, estava pronto para lidar com este favoritismo. Mas eu precisava ganhar desse cara. Era um dia com bastante vento, difícil de jogar. A partida chegou a ficar igualada em 1 a 1, mas depois eu tomei as rédeas da situação novamente. Depois desta saga contagiante, repleta de vontade de vencer, como foi chegar ao topo?

Estava muito mais inclinado para que o espanhol Sergi Bruguera vencesse o austríaco Patrick Rafter nas semifinais [e foi o resultado que Guga esperava]. Era até um pouco incoerente da minha parte, mas funcionaria melhor. A minha saída da semifinal foi marcante e fui moldando ainda mais minha armadura. E por isso que eu me senti intransponível ao entrar para jogar a final. A final é um dia completamente diferente. É o único dia em que o jogador pode dar tudo de si, pois não tem mais nada no outro dia. No vestiário, é tudo mais contido, silencioso, tudo parado, mais lento. É romântica a final. Tive a possibilidade de pensar mais a fundo e ter a chance de encontrar o controle com mais facilidade. Ao entrar em casa, o histórico de meu caminho até a final estava em minha cabeça. Foi muito contagiante. Entrar na quadra central contra o Bruguera (que já foi campeão de Roland Garros) e sendo o melhor do mundo com 20 anos de idade. Não importava no momento quem estivesse do outro lado. Aconteceu o título porque não tinha como ser diferente. E a final foi uma partida irretocável (3 sets a 0). Tomamos conta do jogo e finalizamos em 1 hora e meia. Foi um privilégio poder saborear dentro da quadra o gosto de ter vencido Roland Garros.

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DERMATOLOGIA

PREENCHEDORES: QUAIS SÃO SEUS BENEFÍCIOS? A procura pelo tratamento com preenchedores aumentou muitos nos últimos anos e o Brasil está entre os países que mais realizam este procedimento. O que torna os preenchimentos tão interessantes? A resposta está no fato de ser um método rápido, com baixo risco, que trata o envelhecimento de forma global. O envelhecimento cutâneo envolve diversos fatores e está associado com todas as camadas da pele, desde a mais superficial até a região subcutânea e os músculos. Com o passar dos anos, há uma reabsorção e perda das estruturas que sustentam a pele, como os ossos, a gordura e os músculos. Com isso, há acentuação das rugas e aumento da flacidez. O envelhecimento é inevitável, sim, mas os dermatologistas podem auxiliar os pacientes a torná-lo mais lento e pouco aparente, utilizando-se de procedimentos pouco invasivos. Conforme se envelhece, a face que tem um formato em “V”, por exemplo, torna-se cada vez mais quadrada, em decorrência do “desabamento” das estruturas por perda de sustentação. Em virtude disso, as maçãs do rosto ficam menos definidas, acentuam-se os sulcos ao redor da boca (o conhecido bigode chinês), as mandíbulas perdem o contorno e as bolsas ao redor dos olhos tornam-se mais aparentes. É aí que entram os preenchedores, produtos que ajudam a reestruturar a face, repondo o que está sendo perdido. Assim, o rosto se torna mais harmônico e naturalmente bonito.

Uma pergunta muito frequente é: “Ficarei com bochechas grandes e lábios exagerados?”. Não. O medo que se gerou dos preenchedores vem de algumas imagens, difundidas na mídia, de pessoas que tiveram seus rostos transformados em decorrência de cirurgias plásticas ou procedimentos realizados inadequadamente. O preenchimento, quando executado de forma harmônica e natural, melhora as linhas de expressão sem excessos. Os preenchedores são de diferentes materiais, e o mais utilizado é o ácido hialurônico. Esta substância já está naturalmente presente na nossa pele e age se ligando à água, dando sustentação e hidratação à pele. Também são muito utilizados os preenchedores bioestimuladores, entre eles, a hidroxiapatita de cálcio e o ácido polilático. Estes, por sua vez, promovem estímulo à produção de colágeno. Atualmente, os locais mais comuns de aplicação do ácido hialurônico são as olheiras, região das bochechas, bigode chinês, rugas ao redor da boca, lábios e cicatrizes. Já os preenchedores bioestimuladores são mais indicados para melhora da flacidez facial, das mãos, flacidez corporal e celulite. Importante dizer que os preenchedores citados não são permanentes, o corpo o reabsorve em cerca de 6 meses a 2 anos. Mas qual a melhor idade para começar? Não há melhor idade; na verdade, podemos agir minimizando os efeitos do envelhecimento em longo prazo, antes mesmo que eles ocorram e, dessa forma, atingindo melhores resultados.

Dra. Carla Corrêa Martins CRM/SC 18975 - RQE 14348 Médica Dermatologista Residência em Dermatologia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

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ONCOLOGIA

CÂNCER DE PELE MELANOMA O melanoma cutâneo representa apenas uma minoria de todos os cânceres de pele, mas é responsável pela maior parte das mortes por esta enfermidade. Ao contrário da maioria dos tumores sólidos, para os quais a incidência diminuiu ou estabilizou, a incidência de melanoma no Brasil continuou a aumentar aproximadamente 3% ao ano nas últimas décadas. Estima-se que no Brasil ocorram 5.670 novos casos e 1.547 óbitos por melanoma neste ano. Como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido, evitando-se a exposição ao sol no horário das 10h às 16h, quando os raios são mais intensos, uma vez que o maior fator de risco para o seu surgimento é a sensibilidade ao sol (queimadura pelo sol, e não bronzeamento). Mesmo em outros períodos, recomenda-se a utilização de proteção, como chapéu, guarda-sol, óculos escuros e filtros solares com fator de proteção 15 ou superior. Outros fatores de risco são: pele clara, exposição excessiva ao sol, história prévia de câncer de pele, história familiar de melanoma, nevo congênito (pinta escura), maturidade (após 15 anos de idade, a propensão para este tipo de câncer aumenta), xeroderma pigmentoso (doença congênita que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos) e nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas). Para pacientes com melanoma cutâneo primário e nódulos regionais clinicamente negativos, o risco de metástase regional oculta sincrônica na apresen-

tação inicial é muito baixo (T1). Este risco aumenta com a expansão da espessura do tumor primário e outros fatores prognósticos patológicos adversos da clínica, chegando a 35-50% em pacientes que apresentam melanoma primário espesso, porém, ainda clinicamente ganglionar negativo (T4b). A apresentação com metástase a distância no diagnóstico inicial de melanoma cutâneo primário é muito incomum. Ocasionalmente, o melanoma pode apresentar-se nos gânglios linfáticos, ou, ainda menos comum, em locais distantes, sem melanoma cutâneo primário associado conhecido. A cirurgia é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas, dependendo do estágio do câncer. O tratamento para os pacientes com doença regional irressecável ou doença a distância praticamente não teve mudanças significativas durante a primeira década do século 21. No entanto, com base em enormes avanços em nossa compreensão dos fundamentos moleculares do melanoma, e do papel do sistema imunológico no câncer, várias estratégias terapêuticas novas transformaram radicalmente os cuidados com pacientes com melanoma, particularmente aqueles com doença em estágio avançado. Um exemplo dessa nova abordagem inclui a imunoterapia.

Dr. Alberto Pinho Neto CRM/SC 15744 Cancerologia Cirúrgica - RQE 8556

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NUTRIÇÃO

COMO OTIMIZAR O EMAGRECIMENTO Muita gente acredita que, para emagrecer, basta cortar calorias e aumentar o gasto calórico. Contudo, o processo é muito mais complexo: não basta comer pouco, devemos comer bem! A deficiência de determinados nutrientes pode gerar o que chamamos de disfunção mitocondrial, fazendo com que não consigamos oxidar as gorduras de forma eficaz e, assim, haja dificuldade para perder peso. Somos o resultado do que comemos, digerimos, absorvemos e metabolizamos. Dessa forma, além de uma correta ingestão calórica, é fundamental que o organismo esteja em equilíbrio para que consiga absorver e metabolizar todos os nutrientes ingeridos. E, para conseguir este equilíbrio e otimizar o emagrecimento, alguns fatores devem ser levados em conta: - Intestino: Uma flora bacteriana intestinal saudável é fundamental para a saúde de modo geral, além de ser essencial na absorção dos nutrientes necessários para a queima de gordura. Em contrapartida, um intestino em desequilíbrio produz bactérias, ácidos graxos e citocinas inflamatórias que podem prejudicar o emagrecimento.

- Estresse e sono: Poucas horas de sono, sono de má qualidade e estresse excessivo aumentam a liberação de um hormônio chamado cortisol. Quando hiperestimulado, este hormônio pode aumentar o acúmulo de gordura abdominal, bem como a resistência insulínica, dificultando a oxidação de gorduras. - Hormônios: Os hormônios são responsáveis por todo o equilíbrio funcional do organismo. São eles que regulam nossa taxa de metabolismo, sinalizam saciedade ou fome, facilitam ou dificultam ganho de massa muscular, entre outras funções. Assim, tanto a falta quanto o excesso de determinados hormônios podem ser prejudiciais. Para viabilizar o processo de emagrecimento, é fundamental avaliar o perfil hormonal por meio de exames laboratoriais. - Consumo excessivo de toxinas: O consumo frequente de toxinas, como agrotóxicos, aditivos alimentares, metais tóxicos, álcool e cigarro, pode dificultar a redução de gordura corporal, já que estes compostos acumulam-se no tecido adiposo e dificultam sua mobilização, impossibilitando a oxidação das gorduras contidas na célula adiposa. O emagrecimento efetivo e duradouro depende de uma visão completa e detalhada do seu organismo, e a nutrição funcional pode te ajudar nesse processo!

Fernanda Casagrande CRN10 - 2591 Nutricionista Funcional e Esportiva Mestra em Nutrição Humana pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Membro da Academia Brasileira de Nutrição Funcional

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FISIOTERAPIA

ACOMPANHANDO O BEBÊ DE RISCO Os primeiros anos de vida do bebê consistem em muitas transformações no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), evidenciando mudanças progressivas no nível de capacidade do bebê durante seu crescimento e de alterações no aprendizado – a criança torna-se capaz de realizar funções cada vez mais complexas. Alterações no DNPM indicam que a capacidade do bebê também estará alterada, sendo necessário intervenção precoce e atendimentos adequados. O Ministério da Saúde considera como bebês de risco aqueles que apresentam, pelo menos, um destes critérios: residência em área de risco; baixo peso ao nascer (< 2.500 g); recém-nascido (RN) com menos de 37 semanas de idade gestacional; asfixia grave (Apgar < 7 no 5º minuto de vida); internamento ou intercorrência na maternidade ou em unidade de assistência ao RN; ser filho de mãe adolescente (< 18 anos); ser RN de mãe com baixa instrução (< 8 anos de estudo), má-formações congênitas, síndromes e presença de infecções maternas. Em função das complicações inerentes à sua classificação de risco, essas crianças têm maiores chances de apresentar alterações no crescimento e no DNPM ao longo dos primeiros anos de vida, o que pode acarretar problemas de saúde na infância, adolescência e até na vida adulta. O acompanhamento do bebê de risco deve ser iniciado pelas orientações dadas na alta hospitalar e pelo encaminhamento para acompanhamento ambulatorial. As visitas à equipe interdisciplinar especializada em desenvolvimento infantil, composta por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e nutricionista, devem ser realizadas ainda na primeira quinzena após a alta hospitalar. Nesse período, a fisioterapia torna-se fundamental, pois auxilia nas orientações quanto ao posicionamento do bebê ao dormir, mamar e na troca de fraldas, além da organização de um ambiente adequado, sem excesso de estímulos visuais, auditivos e táteis, respeitando a etapa do DNPM em que ele se encontra. Nesta visita ao fisioterapeuta, que deve ocorrer a cada quinze dias, serão dadas novas orientações de acordo com a idade cronológica ou corrigida (caso prematuro) e realizada uma avaliação das habilidades motoras. Ao terceiro mês, o profissional tem capacidade de identificar a necessidade de uma intervenção mais frequente. Se o bebê não apresentar alterações no desenvolvimento, aos seis meses de idade, recebe alta fisioterapêutica. Nesse sentido, acompanhar e intervir precocemente na situação de um bebê de risco consiste em

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propiciar condições para que o indivíduo tenha seu crescimento e desenvolvimento da maneira mais adequada possível, além da oferta de suporte técnico e de apoio à família, para que esta esteja apta a inserir-se no processo de cuidar da criança.

Andreza Hoepers Crefito-10 166046 Fisioterapeuta Pós-Graduada em Pediatria e Neonatologia Formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath Básico e Avançado Formação no Método de Terapia Intensiva Pediasuit Mestra em Ciências da Saúde - Neurociências

Clarissa Moraes Crefito-10 93079 Fisioterapeuta Pós-Graduada em Neurologia com Ênfase em Neuropediatria Formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath Básico e Baby Formação no Método RTA Formação no Método de Terapia Intensiva Pediasuit Básico e Avançado

Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3334.0500 | 48 99947.6430


COMPORTAMENTO

4 PILARES PARA VOCÊ GERENCIAR O TEMPO E AUMENTAR O FOCO (COMPROVADO) O ritmo acelerado da nossa vida, muitas vezes, nos dá a sensação de que não temos tempo para nada. Só que, independentemente dessa percepção, algumas pessoas conseguem aproveitar melhor o tempo e cumprir as tarefas às quais se propõem, enquanto outras não. Vejo esse problema o tempo todo, e ele se tornou tão crônico na nossa sociedade que, há alguns anos, eu criei um curso on-line específico voltado especialmente para ajudar as pessoas a serem mais produtivas: o Método Cronos já conta com mais de 4.600 alunos. Os pilares do Método Cronos 1. Desejos - É necessário saber com clareza o que você deseja alcançar ou tê-lo em sua trajetória para de fato entrar em um modo de ação. Algumas pessoas desejam ser mais saudáveis, outras buscam ser mais espiritualizadas, ou ter mais tempo com a família, outras querem abrir um negócio próprio. Esses desejos são o primeiro passo em direção a algo maior. 2. Metas - Os desejos são necessários, mas não suficientes. É preciso ir realmente atrás do que você quer para transformar seus desejos em metas, que

devem ser definidas de acordo com o tipo de vida e de satisfação que você quer ter em relação a determinados aspectos da sua existência. Estabelecer metas significa ter datas e prazos, que te ajudarão a canalizar as energias. 3. Rotinas - E é nesse ponto que o processo pode ficar mais complicado para algumas pessoas. Você pode pensar que ter rotina é difícil e que você gosta de “ser livre”, mas, na verdade, ela é muito importante. Eu não conheço nenhuma história de pessoas que tiveram grandes conquistas sem seguir rotinas. Muitas vezes, é necessário aprender a dizer “não” para as pessoas ao seu redor. Esse ato vai facilitar o processo. 4. Agenda bloqueada - Você precisa alinhar sua agenda à rotina para conseguir realizar as atividades que vão ao encontro da sua missão. Estabeleça a rotina em blocos dentro da sua agenda. Somente assim será possível colocar em prática aquilo que você iniciou lá no primeiro pilar. Se você conseguir aplicar algum desses elementos, certamente vai passar para outro patamar na sua vida.

Wendell Carvalho Especialista em estratégias para atingir metas Já treinou pessoalmente mais de 115 mil alunos Estudou nos EUA, por várias vezes, com o mestre Anthony Robbins www.metodocronos.com.br

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CIRURGIA PLÁSTICA

LIPOASPIRAÇÃO: CIRURGIA DE RISCO? Tire da cabeça tudo que você já ouviu falar sobre lipoaspiração! Caso fosse um procedimento de alto risco, nós, cirurgiões plásticos, seríamos as primeiras pessoas a contraindicar tal cirurgia. Como colocar em risco extremo pessoas jovens, sem problemas de saúde, com famílias e filhos pequenos, para um benefício estético?! Não! Quando respeitados alguns preceitos básicos, a lipoaspiração não é um procedimento de altíssimo risco como se diz por aí. O que queima o nome dessa cirurgia são os maus profissionais e os maus pacientes. O mau paciente é o que procura esses profissionais sem qualificação, ou visa somente custo, bem como omite informações fundamentais para o sucesso da cirurgia, como uso de medicamentos contínuos ou tabagismo. Sempre falo que a parte mais importante da cirurgia plástica é a SEGURANÇA, e não o RESULTADO! Não adianta nada morrer de barriga chapada, não é mesmo?! Para que tenhamos segurança, precisamos respeitar uma escada de três degraus. Primeiro: operar sempre com especialista em cirurgia plástica! Para nos tornarmos cirurgiões plásticos, precisamos de, no mínimo, 11 anos de formação. Existem médicos que não fazem a especialização adequada, abreviando esse tempo todo a um fim de semana. Não há como dar certo... Você pode consultar o nome do seu médico no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Os especialistas estarão na lista!

Dr. Felipe Bittencourt CRM/SC 11.438 Cirurgião Plástico - RQE 9860 Foto: Ângelo Santos

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Segundo: devemos operar em equipe! Precisamos de um cirurgião plástico, um anestesista, um auxiliar e um instrumentador em campo, para que cada um exerça o seu papel. É impossível fazermos tudo sozinho com qualidade e segurança. Terceiro: devemos operar em local adequado! O local adequado é onde podemos fazer a cirurgia e tratar complicações. Por mais que esses procedimentos tenham complicações rarissimamente, devemos ter a segurança de uma unidade de terapia intensiva próxima, de preferência, dentro do mesmo hospital. A evolução das técnicas operatórias, dos equipamentos, dos medicamentos, da estrutura hospitalar e do suporte avançado de vida transformou a lipoaspiração na cirurgia plástica mais realizada no mundo, bem como tornou as complicações cada vez mais escassas. Lembrando sempre que LIPOASPIRAÇÃO é um procedimento para retirar gordura localizada, e não para emagrecer! Nela, conseguimos retirar de 5% a 7% do peso corporal. Isso não é suficiente para emagrecer pessoas que estão com sobrepeso importante. Portanto, a forma mais segura de atingir seu objetivo com uma lipoaspiração é consultar um cirurgião plástico de sua confiança. Ele saberá orientar, indicar e contraindicar a cirurgia em cada uma das situações.



QUIROPRAXIA

SUA VIDA SEM DOR NAS COSTAS CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DA QUIROPRAXIA Você costuma ter dor nas costas? Sente bloqueio de movimento ao levantar-se pela manhã, ou uma fisgada na lombar que acaba atingindo o nervo ciático? E o torcicolo depois da noite maldormida? A Quiropraxia pode ajudar nessas e em outras condições. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Quiropraxia é uma profissão independente da área da saúde que se dedica à prevenção, avaliação e ao tratamento de problemas do sistema nervoso, muscular e esquelético, assim como seus efeitos na saúde em geral. O tratamento quiroprático envolve o alinhamento das vértebras da coluna vertebral por meio de técnicas específicas, realizadas com as mãos ou com instrumentos, a fim de proporcionar a melhor comunicação entre o sistema nervoso central e o restante do corpo, bem como prevenir processos inflamatórios e a formação de outras substâncias que causam dor e desconforto no organismo. Dessa forma, a correção de pequenos desvios reduz e previne dores nas costas, inflamação do nervo ciático, formação de hérnia de disco e tensão muscular, entre outros. Pequenos desalinhamentos nas vértebras podem ser ocasionados com o tempo por uma série de fatores, tais como: quedas e acidentes, má postura, movimentos repetitivos, má nutrição, tabagismo e até mesmo o estresse do dia a dia.

Aquelas pessoas que sentem irradiação nos braços e nas pernas também podem se beneficiar do tratamento quiroprático. Muitas vezes, uma interferência nervosa que gera formigamento e dormência nos membros pode ocorrer em virtude de um desalinhamento vertebral. Na consulta quiroprática, o profissional realiza uma avaliação que contém o histórico do paciente, exame físico, testes ortopédicos, análise postural, palpação das vértebras da coluna e outras articulações. Analisa também exames laboratoriais e de imagem, além de realizar as técnicas de correção dos desalinhamentos, conhecidas como ajustes quiropráticos, e orientações para manter a coluna alinhada e livre de interferências nervosas. Então, seguindo o tratamento e as recomendações do quiropraxista, os pacientes podem obter resultados como: alívio de dores, melhora nos movimentos do corpo, melhora na qualidade do sono, redução na dependência de medicamentos para dor músculo-esquelética, maior disposição para exercícios físicos, alívio do estresse e melhora da qualidade de vida.

Jordana Rocco ABQ 788 Bacharela em Quiropraxia pela Universidade Feevale Mestra em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina

Av. Rio Branco, 1116 - Centro - Florianópolis - SC 48 3024.4200 ​ Av. Luiz Boiteux Piazza, 2528 - Cachoeira do Bom Jesus, Florianópolis - SC 48 99682.7847 ​ Rua Lauro Linhares, 2055 - Ed. Max e Flora - Trindade, Florianópolis - SC 48 99682.7847 www.quiropraxiajordana.com

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GERIATRIA

A MEMÓRIA NO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL O envelhecimento populacional é um desafio para o mundo atual e uma das principais queixas percebidas se relaciona à memória, por trazer repercussões na vida do indivíduo, na família e nos grupos sociais. Na velhice normal, ocorrem limitações funcionais típicas e inevitáveis do envelhecimento, e o tipo de memória mais afetado é a memória de curto prazo, em decorrência, possivelmente, da menor capacidade de armazenamento. O geriatra é o profissional que pode auxiliar na resposta de diversas dúvidas que surgem nesta etapa da vida e que preocupam os pacientes e familiares. Questionamentos como: • Quando devemos começar a nos preocupar com a perda de memória que começa a aparecer com o envelhecimento? • Existem outras causas que não sejam a temida demência? • Envelhecer significa perder a memória? Com o envelhecimento normal, sabe-se que a memória do idoso declina progressivamente, mesmo quando ele goza de boas condições de saúde. O peso do cérebro diminui, há uma menor prontidão da memória, redução do número de neurônios e dos neurotransmissores, como acetilcolina e dopamina, diminuição da memória de aquisição, de evocação e da velocidade de condução. Portanto, nem todo esquecimento é sinônimo de doença de Alzheimer. Tem de se pensar no

Dra. Juliane Felipe Ferrari CRM /SC 10310 Médica Geriatra RQE 6602 Graduação na Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB/SC) Residência de Clínica Médica no Hospital Nossa Senhora da Conceição - Tubarão/SC Residência de Geriatria na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Porto Alegre

envelhecimento normal, mas sempre excluir causas como depressão, insônia, uso de medicamentos, hipotireoidismo ou hipovitaminoses e observar sinais de alerta que nos chamam atenção, quando, junto da perda de memória, existem alterações de comportamento e humor. Dicas para ficar com a memória ativa • Leia algo novo diariamente; • Faça atividades diferenciadas todos os dias, para ativar o cérebro; • Realize joguinhos que estimulem o cérebro e que envolvam o raciocínio, como palavras cruzadas, xadrez, dominó, jogos de perguntas e respostas, jogos de cartas, quebra-cabeças e bingo; • Tenha uma boa noite de sono; • Anote tudo que for importante em um caderno ou uma agenda; • Faça cursos para estimular o seu conhecimento. Percebe-se, então, que não existe fórmula mágica, pois envelhecer com saúde e, principalmente, realizar a prevenção, exige esforço pessoal e responsabilidade na prática de exercícios físicos regulares, alimentação adequada, não fumar, consumir pouco álcool e manter o peso ideal. “O adulto normal esquece, lembra-se de que esqueceu e mais tarde lembra o que esqueceu. O portador de doença de Alzheimer esquece, esquece que esqueceu e não está preocupado com isso segundos depois”, Dr. Dan Blazer

Dra. Sonia Tessmann CRM/SC 17311 Médica Geriatra - RQE 9926 Graduação na Universidade Federal de Pelotas - RS Residência de Clínica Médica no Hospital Conceição - Porto Alegre/RS Residência de Geriatria na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Hospital Cajuru - Curitiba/PR

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ESPECIAL CAPA

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O planejamento do tratamento de varizes deve ser individualizado As veias das pernas e coxas estão divididas no segmento superficial (acima da musculatura) e profundo (em meio à musculatura), com alguns pontos de comunicação entre eles. Têm como função levar sangue de todo membro inferior até o coração, sendo as veias profundas as principais responsáveis. Quando existe uma falha na comunicação entre estes segmentos, as veias superficiais roubam sangue das profundas, mantendo-o preso nas pernas em forma de varizes. Portanto, as varizes são as veias do compartimento superficial das pernas e coxas com dilatação, alongamento e tortuosidade, que não deixam o sangue retornar ao coração, causando incômodo estético, dores, tipo peso e cansaço no fim do dia, ou queimação, inchaço, escurecimento da pele, atrofia da pele e até feridas. Classificação quanto à apresentação clínica (CEAP): C 0. Sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa. C 1. Vasinhos fininhos e varizes reticulares (alimentadora dos vasinhos). C 2. Veias grossas. C 3. Veias grossas + inchaço nas pernas. C 4a. Escurecimento de pele e/ou eczema (vermelhidão). C 4b. Pele endurecida e esbranquiçada. C 5. Úlcera venosa cicatrizada. C 6. Úlcera venosa aberta.

O avanço da investigação diagnóstica (com ecodoppler colorido - ultrassom específico para estudo da circulação sanguínea; realidade aumentada - aparelho infravermelho que permite melhor visualização das veias da pele; e fotopletismografia - equipamento para avaliar a função da bomba muscular e o comportamento do sangue nas veias) nos permite precisão na identificação do que realmente deve ser tratado para o perfeito resultado estético e funcional, sendo realizado um planejamento individualizado, utilizando, muitas vezes, mais de uma técnica para o mesmo paciente. Passo a passo da investigação: • Consulta com cirurgião vascular. • Fleboscopia com realidade aumentada. • Ecodoppler venoso dos membros inferiores. • Fotopletismografia, se o cirurgião julgar necessário. • Planejamento das técnicas, individualizando cada caso.

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ESPECIAL CAPA

Na maioria das vezes, a associação de mais de uma técnica é necessária para o resultado ideal no mesmo paciente O tratamento das varizes passou por uma grande transformação nos últimos anos, tanto com o resgate e melhoramento de técnicas antigas, como a injeção de espuma (que, na realidade, existe desde a década de 1960), quanto com o incremento tecnológico do laser. O grande diferencial hoje é o tratamento com laser transdérmico (aquele aplicado no consultório) - após anos de estudos, a engenharia conseguiu isolar um comprimento de onda (tipo de laser) eficaz na eliminação das veias sem danificar a pele, inclusive em peles mais morenas e nos vasos da face. E também há o endolaser, utilizado principalmente no tratamento das veias safenas doentes, sendo uma cirurgia realizada em ambiente hospitalar, na maioria dos casos, menos invasiva e de recuperação mais rápida. Todas as técnicas de tratamento são importantes, inclusive as mais consagradas, como a cirurgia e sessão de secagem de vasinhos com os líquidos tradicionais, pois cada caso apresenta uma situação diferente, ou, numa mesma pessoa, podem existir veias diferentes, que precisam ser tratadas com diferentes abordagens. Portanto, cada paciente necessita de uma avaliação extensa e rigorosa para um planejamento individualizado. Assim, o sucesso no tratamento é garantido.

Tipos de tratamento: • Escleroterapia convencional - aplicação de medicamento nos vasos fininhos vermelhos das pernas e coxas. • Crioescleroterapia - aplicação de medicamento em temperatura abaixo de zero (-20ºC a -30ºC) para vasinhos mais escuros e grossos muito aderidos à pele. • Espuma - aplicação do medicamento polidocanol em forma de espuma, para tratamento de todos os tipos de veias. • Laser transdérmico - aplicação do laser com jato de ar resfriado (-20ºC a -30ºC) em vasos médios e fininhos, inclusive na face e em hemangiomas, muitas vezes associado à aplicação de medicamento (técnica CLaCS), o que potencializa muito o resultado. • Endolaser - fibra de laser introduzida dentro da safena para sua secagem quando doente. Avanços nas fibras e no tipo de laser estão em estudo para a utilização em veias grossas não safenas, sem tortuosidade. • Cirurgia - retirada das veias grossas, médias e safenas quando doentes.

Pontos positivos e negativos de cada tratamento: Tratamento

Positivo

Negativo

Cirurgia

Plano de saúde ajuda no custo Nenhuma dor durante o procedimento Trata veias grossas e médias Trata safena doente

Internação hospitalar Repouso (2-3 dias) Algum desconforto pós-procedimento Não trata vasinhos fininhos Possibilidade de cicatrizes Necessidade de anestesia

Espuma

Realizado em consultório Não exige repouso Nenhuma dor durante procedimento Trata veias grossas, médias e vasinhos Trata safena doente Não necessita de anestesia Trata pequenos hemangiomas

Pode ter reação alérgica Plano de saúde não ajuda nos custos Algum desconforto pós-procedimento Possibilidade de manchas escuras Possibilidade de drenagem de coágulos após procedimento

Laser

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Realizado em consultório Não exige repouso Plano de saúde não ajuda nos custos Nenhuma dor pós-procedimento Algum desconforto durante o procedimento Trata veias médias e vasinhos Não trata veias grossas Não deixa cicatrizes nem manchas Não pode ser usado em pele negra Trata safena doente Não necessita de anestesia Trata nevus rubi e pequenos hemangiomas


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Foto: L1nk Estúdio Criativo

Dicas: • NÃO agende qualquer tratamento antes de passar pela consulta com um cirurgião vascular. Você precisa de um PLANEJAMENTO de TRATAMENTO INDIVIDUALIZADO. • NÃO acredite em remédios ou cremes que eliminam varizes divulgados na internet ou nos meios de comunicação. Isto NÃO é verdade. • NÃO acredite em vídeos em que a injeção do medicamento ou espuma elimina imediatamente o vaso, pois aquele, muitas vezes, não é o resultado final. • Todo tipo de tratamento é importante; muitas vezes associados, um ajuda o outro, causando uma sinergia imprescindível, com grandes benefícios no resultado final. • Somente com um tratamento PLANEJADO você terá um resultado excelente e duradouro.

Curtas e boas: • Atividade física aeróbica MELHORA os sintomas. • Subir escadas NÃO provoca varizes. • Sapato de salto alto NÃO provoca varizes. • Na maioria das vezes, as varizes SÃO hereditárias. • Dor tipo peso e cansaço nas pernas no fim do dia NÃO é normal. Procure um cirurgião vascular. • Atividade física tipo musculação forçada PIORA as varizes. • Mesmo quando a queixa é somente estética, PODE existir uma doença mais séria. • Repouso pós-operatório NÃO é longo hoje em dia. • Mesmo após cirurgia bem realizada, PODEM aparecer outras varizes no decorrer dos próximos anos, dependendo muito do estilo de vida e da ocorrência de gestações. • O uso de anticoncepcional e a terapia de reposição hormonal aumentam o risco de trombose.

Dr. Fábio Branco CRM/SC 17.583 Cirurgia Vascular - RQE 9593 Cirurgia Vascular - Ecografia Vascular com Doppler - RQE 9644

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ORTOPEDIA

DANO DA CARTILAGEM: O QUE FAZER? A cartilagem articular tem uma capacidade de regeneração limitada, em razão da ausência de vasos sanguíneos e da baixa potência mitogênica dos condrócitos. A autocura do defeito não é possível. Quando não tratado, dependendo da sua localização e do seu tamanho, este defeito progredirá e, finalmente, resultará em osteoartrite (desgaste da articulação). Local da lesão (bem circunscrita) da cartilagem. Para evitar este processo destrutivo, a cirurgia de cartilagem articular visa restaurar a estrutura e a função da cartilagem hialina, que basicamente é proporcionar o deslizamento sem fricção durante os movimentos articulares. A Geistlich desenvolveu uma membrana (matriz) para funcionar como uma cobertura de colágeno (Chondro-Gide®), projetada para regeneração guiada. Esta matriz pode ser utilizada em combinação com diferentes abordagens estabelecidas para o reparo da cartilagem. A aplicação de Chondro-Gide® com as técnicas de estimulação da medula óssea levou a um codesenvolvimento bem-sucedido de um material que hoje é conhecido como AMIC® (Autologous Matrix Induced Chondrogenesis). A membrana a ser colocada no local da lesão. Indicações: lesões condrais e osteocondrais grau III-IV (classificação de Outerbridge); defeitos focais e traumáticos – tamanho do defeito de aproximadamente 1,0 cm² – 8,0 cm²; pacientes com idade entre os 18 e 55 anos. Contraindicações: mais de dois corresponden-

Dr. Cesar Antonio de Quadros Martins CRM/SC 20789 Cirurgia de Joelho e Medicina Esportiva - RQE 11941

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tes defeitos na cartilagem; infecção sistêmica ou doença mediada pelo sistema imune; osteoartrite instalada; reações inflamatórias da articulação; joelho instável, meniscectomia prévia; Varus / valgus (é necessário um procedimento de realinhamento concomitante); Hemofilia A / B; e alergia ao colágeno suíno. A técnica combina a microfratura associada a um concentrado de medula óssea com a aplicação da matriz bicamada. Após microfratura e aplicação de condroindutores, as células migram para o defeito. A matriz, Chondro-Gide®, que é utilizada para cobrir o defeito, proporciona às células uma camada de colonização, estabilizando e protegendo, assim, o “supercoágulo” formado no leito ósseo. Nesta “câmara biológica”, as células são estimuladas para diferenciar e formar o tecido de reparação (cartilagem). O lado liso e oclusivo da superfície da matriz impede que as células se difundam no espaço articular e as protege do estresse mecânico. Em resumo, esse procedimento é associado ao debridamento do local onde há o dano cartilaginoso, à microfratura do leito subcondral, ao concentrado de medula óssea para servir como estimulador da regeneração cartilaginosa e, por fim, à colocação da membrana bicamada no local. O objetivo desta técnica é uma mobilização do mecanismo de reparo do corpo e a geração de tecido cartilaginoso dentro do defeito condral. Porém, cada indivíduo reage de forma diferente às técnicas de tratamento da cartilagem.


MODA & BELEZA

A IMPORTÂNCIA DA IMAGEM PESSOAL Vou começar este artigo com uma afirmação: as pessoas julgam pela aparência. Isso pode não parecer justo, porém, inúmeras pesquisas comprovam que todos nós fazemos julgamentos sobre as pessoas que acabamos de conhecer pela forma como elas se vestem. E desculpe-me se estou incluindo você nessa também, mas deixa eu te mostrar uma situação hipotética e fazer uma pergunta, antes de você dizer se concorda com tal afirmação.

O teste dos dois homens Imagine você andando à noite, bem tarde, e precisando entrar numa rua deserta para chegar em casa. Você percebe, vindo em direção oposta, dois homens com as mesmas características físicas. Um de um lado da rua e o outro do outro lado. Um está vestido com roupas que logo associamos às usadas por membros de gangue criminosa: tênis chamativo, bermuda, camiseta com frases, boné de aba reta, óculos escuros, mesmo sendo noite, e no pescoço uma corrente grossa de ouro. O outro, do outro lado da rua, está vestindo simplesmente um terno com gravata. Qual lado da rua você vai escolher passar? Do que está o homem de terno ou do que está o que se veste como um membro de gangue? Bem, eu imagino que você escolheria estar do lado da calçada que vem vindo o homem de terno. Você acabou de julgar pela aparência. Assim é o ser humano no seu dia a dia. Somos traídos por nosso subconsciente, fazendo julgamentos iniciais pela aparência. É claro que, com o tempo, outros tipos de avaliações mais profundas vão ser feitos: caráter, simpatia, inteligência, sociabilidade, afinidades, etc.

E, muitas vezes, aquela primeira impressão que você teve da pessoa baseada na aparência vai se mostrar equivocada. Mas o fato é que você fez esse primeiro julgamento. A aparência diz muito da pessoa. Então, já que o mundo vai te julgar pela aparência, vamos usar isso a seu favor! O primeiro passo já foi dado aqui: reconhecer o poder da imagem pessoal. Agora, é estar mais presente não só no que você veste, mas também nos fatores que fazem uma roupa te valorizar mais do que outras até mais caras. E os dois fatores que logo diferenciam uma pessoa de outra são estilo e caimento da roupa. O que mais gosto de ver numa pessoa é notar que ela não está precisando ostentar marcas nem usar peças caras. Ela simplesmente está sendo reconhecida como uma pessoa de estilo, simplesmente por vestir um look clean e minimalista, chamando mais atenção pelos detalhes de caimento, pela combinação de cores e, principalmente, por estar adequada ao ambiente em que está naquele momento, vestindo-se de acordo com cada ocasião. Uma coisa que eu sempre recomendo aos meus alunos e clientes é usar uma regra que chamei de “regra dos trinta”. É você estar uns 30% mais bem-vestido do que todos os outros em um ambiente. Se estiver menos que isso, você não vai se destacar. Se estiver mais, você estará fora do contexto e poderá causar distanciamento das pessoas. Portanto, destaque-se em cada ambiente em que estiver, seja ele formal ou informal. Vista-se da sua melhor versão, sempre.

Alberto Solon Especialista em moda masculina www.albertosolon.com.br Foto: Rudi Bodanese

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DERMATOLOGIA

QUEDA DE CABELO A QUEDA DE CABELO OU A PRÓPRIA RAREFAÇÃO DO COURO CABELUDO SÃO QUEIXAS FREQUENTES NOS CONSULTÓRIOS DE DERMATOLOGIA Os cabelos são responsáveis pela proteção do crânio contra traumas físicos, frio e radiação ultravioleta. Entretanto, sabemos que, além dessas funções biológicas, essa parte do corpo humano desempenha papel fundamental na estética humana. Cabelos saudáveis, cheios, hidratados e com brilho são objeto de desejo de homens e mulheres. Desse modo, é natural pensarmos que quaisquer distúrbios do couro cabeludo gerem significativo impacto na qualidade de vida das pessoas. A queda de cabelo ou a própria rarefação do couro cabeludo são queixas frequentes nos consultórios de dermatologia. Diariamente, homens e mulheres procuram atendimento, em geral, bastante sensibilizados em decorrência das alterações em seus fios. São várias as causas por trás da queixa de queda de cabelo e, não raro, elas se sobrepõem em um mesmo paciente. Grande parte dos casos se deve a duas entidades: eflúvio telógeno, que, em linhas gerais, seria um aumento do porcentual de fios se soltando do couro cabeludo, gerando essa intensificação da queda percebida pelo paciente; e alopécia

androgenética, a popular calvície genética, em que o paciente queixa-se de progressiva rarefação do couro cabeludo. O diagnóstico das doenças do couro cabeludo é realizado por meio de uma história clínica muito bem detalhada e exame físico cuidadoso, complementado atualmente pela tricoscopia (exame dermatoscópico do couro cabeludo), além de exames complementares, cuja indicação deve ser individualizada caso a caso. Por fim, destaca-se que o tratamento é direcionado à causa básica e adequado à necessidade de cada paciente. Em relação à queda de cabelo, prevalece uma verdade da medicina: quanto antes iniciado o tratamento, maiores são as taxas de sucesso. Desse modo, sugere-se que a avaliação dermatológica deve ser tão breve quanto percebidas as queixas. Procure um médico dermatologista, sócio da Sociedade Brasileira de Dermatologia, para uma consulta médica e melhor avaliação dos seus cabelos e couro cabeludo.

Dra. Dâmia Leal Vendramini Amorim CRM/SC 17.991 Dermatologia - RQE 15094 Formada pela Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Dermatologista pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD

Dr. Gustavo Moreira Amorim CRM/SC 17.894 Dermatologia - RQE 15110 Dermatologista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Formado pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD

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CURIOSIDADES

HIPERTENSÃO ARTERIAL, O ASSASSINO SILENCIOSO The silent killer, ou o assassino silencioso, é como os americanos se referem à hipertensão arterial. A denominação se deve ao fato de a hipertensão se manifestar, em geral, de forma silenciosa, podendo causar graves problemas, como acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e infartos agudos do miocárdio (IAMs) de forma inesperada. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) são impressionantes: 30% das mortes no mundo são causadas por doenças cardiovasculares (DCVs): infartos e AVCs. A hipertensão é um fator de risco muito relevante para estas mortes; apesar de sua importância neste quadro, seu manejo e controle são frequentemente inadequados. A seguir, elencamos algumas das razões para isto.

1º. A hipertensão arterial é frequente e potencialmente grave, mas tratada de forma insuficiente. Dados da Inglaterra, que tem um dos sistemas de atenção básica mais eficientes do mundo, mostram que 30% das mulheres e 32% dos homens ingleses adultos apresentam hipertensão arterial (16 milhões de pessoas). Um terço dos pacientes não sabe que apresenta hipertensão arterial, e mais de 50% dos pacientes não têm a pressão bem controlada (menor de 140/90). 2º. A hipertensão arterial é geralmente pouco sintomática. A pressão alta pode ser grave, mas, em geral, não apresenta sinais de alarme. Além disso, os níveis da pressão arterial têm uma correlação fraca com os sintomas: a pessoa pode ter a pressão bastante elevada (60/110) e descobrir ao acaso, numa consulta por outra coisa não relacionada, sem apresentar nenhum sintoma de pressão alta. A única forma de saber se há o problema é medir a pressão arterial. Isto deve ser feito no mínimo anualmente após os 30 anos. 3º. A hipertensão arterial pode ser mascarada, ou seja, não ser detectada na consulta médica usual. Na maioria das pessoas, a pressão arterial tem um comportamento variável segundo as horas do dia: diminuindo à noite e se elevando quando a pessoa está desperta. Recentemente, as evidências científicas têm se acumulado no sentido de que uma medida isolada em consultório médico é frequentemente insuficiente para se avaliar o resultado do tratamento para a hipertensão arterial. O exame de mo-

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nitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) mede a pressão durante 24 horas e pode descobrir estes casos. Como se defender do assassino silencioso 1. Se você tem 30 anos ou mais, deve medir a pressão arterial no mínimo uma vez ao ano. Se estiver acima de ou igual a 140/90, procure avaliação médica. 2. Se você é hipertenso, não deixe de tomar seus medicamentos de forma regular, mesmo que a pressão esteja normalizada. Siga os conselhos de seu médico, mantenha uma dieta saudável e pratique exercícios físicos regularmente. Controle o sal e o álcool. Evite engordar. Evite o fumo. 3. Faça avaliações laboratoriais periódicas. Peça a seu médico que cheque a função dos rins e do coração.

Dr. Antonio Monteiro CRM/MS 6624 Nefrologia - RQE 3761


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TERAPIA DAS MÃOS

MÃOS: CUIDE BEM DELAS TERAPIA DA MÃO E DO MEMBRO SUPERIOR A clínica Vida em Atividade é formada por terapeutas ocupacionais especialistas em terapia da mão e do membro superior, neurologia aplicada à terapia ocupacional e confecção de órteses para membro superior. A terapia ocupacional é uma profissão da área da saúde que tem como objetivo reabilitar e/ ou habilitar o indivíduo para que ele tenha maior independência e autonomia nas áreas funcionais e de ocupação humana. A terapia da mão é uma especialidade da terapia ocupacional que visa à reabilitação funcional do membro superior para os diversos casos que envolvam os ossos, músculos, ligamentos, nervos periféricos e as articulações. Os profissionais que atuam nesta área têm conhecimento sobre anatomia funcional, biomecânica da mão e do membro superior, além de conhecimentos científicos sobre procedimentos clínicos e cirúrgicos, cicatrização e cuidados com as feridas, cinesioterapia e confecção de órteses. O que fazemos? O tratamento se inicia com uma avaliação e aplicação de técnicas para prevenir a disfunção, restabelecer a função ou impedir a evolução de doenças que levem o indivíduo à incapacidade de usar adequadamente a mão ou membro superior nas atividades do dia a dia. Na avaliação, utilizamos equipamentos e instrumentos adequados para avaliar a dor, o edema, a força, a destreza manual, a função, a mobilidade articular e a sensibilidade. Na reabilitação, são utilizadas técnicas para tratamento de cicatriz, controle de dor e edema, ganhos de amplitude e força, técnicas de reeducação sensorial; criamos e confeccionamos adaptações de objetos e utensílios domésticos e de trabalho; promovemos treino de destreza manual; orientamos conservação de energia; treino de atividades de vida diária; e confecção de órteses. O que são órteses? As órteses são um recurso de extrema importância na reabilitação da mão e são criadas e confec-

cionadas sob medida, conforme a necessidade individual do paciente. De acordo com cada modelo, as órteses podem proporcionar repouso (estabilizar) e alinhamento articular (imobilizar), prevenir e/ou corrigir deformidades, assistir e auxiliar na função. Que tipo de pacientes atendemos? A terapia da mão é indicada para adultos e crianças que, por uma lesão traumática (fraturas, por exemplo) ou de origem central (neurológica), tenham acometido o membro superior e tiveram suas funções manuais comprometidas. Dessa forma, o desenvolvimento e a recuperação das habilidades de pegar, soltar, manipular, e executar uma atividade funcional deverão ser avaliados e tratados pelo terapeuta da mão. São candidatas à terapia da mão pessoas com: • lesões de nervos e tendões; • artroses; • tendinites e tenossinovites; • amputações de dedos, mãos e membros; • fraturas e luxações; • síndrome do túnel do carpo; • Distúrbios Osteoarticulares Relacionados ao Trabalho (DORT); • Lesões por Esforços Repetitivos (LER); • feridas, cicatrizes e queimaduras por acidente ou trauma; • dedo em gatilho; • Capsulite adesiva do ombro; • lesões no ombro; • Acidente Vascular Cerebral (AVC); • Traumatismo Craniano Encefálico (TCE); • malformação congênita da mão. Juliana Carvalho Paes Terapeuta Ocupacional - Crefito10 - 6914 - TO Terapia da Mão e Membro Superior Reabilitação Física Confecção de Órteses

Priscilla Almeida de Oliveira Miyashita Terapeuta Ocupacional - Crefito10 - 6465 - TO Terapia da Mão e Membro Superior Reabilitação Física Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Terapia da Mão

Rua Cônego Bernardo, 315 - Bairro Trindade - Florianópolis-SC 48 3024.5570 48 99915.5557

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PSICOLOGIA

FILHOS + TECNOLOGIA: ESTA EQUAÇÃO PODE DAR CERTO? Quando tenho entrevista com os pais, sempre me fazem a queixa comum: você precisa me ajudar, pois ele (a) fica muito no computador, na internet, no tablet. O que eu faço? Não vou aqui ser ativista contra a tecnologia, acredito que proibir não ajuda. Só aumenta o desejo. O que podemos fazer, então? Sempre respondo: administrar o uso. Vocês devem estar pensando: para ela, deve ser fácil. Mas também tenho 2 filhos em casa (de 6 e 8 anos), falo como mãe e profissional. Então, o que é administrar o uso? Precisamos estabelecer horários em que eles podem usar. Não costumo estipular, acredito que não funciona. Deixo que os pais encontrem as possibilidades. Se eu, mãe, ou pai, chego em casa e não me desligo do WhatsApp, do Facebook e não paro de responder às mensagens, como vou dizer que eles não podem? Precisamos, antes de tudo, nos questionarmos – será que preciso enviar isto agora? Será preciso ver as mensagens em casa, no momento de lazer? Claro que às vezes é necessário, mas na maioria das vezes não. Observamos um mundo atual cheio de imagens, mensagens e informações, mas muito carente de processamento. Não ensinamos aos nossos peque-

nos como processar, ou seja, não damos o tempo necessário para que ele (a) possa absorver, digerir, entender o conteúdo ou a informação. Sempre me perguntam dicas sobre como educar. Eu digo não há manual que resolva isso. Educar exige paciência, persistência e tolerância. As crianças precisam de repetição. Temos de falar várias vezes a mesma coisa e tentar mudar a técnica. Mas, quando se torna muito difícil, devo me perguntar – será que não estou exigindo demais? Será que ele (a) não faz a tarefa porque quer me desafiar ou porque quer que eu fique um pouco com ele (a)? Muitas vezes, o que vemos como teimosia pode ser uma tentativa de chamar atenção. Antes de culparmos a escola, a tecnologia ou os amigos, precisamos tentar ver o significado deste ou daquele comportamento. Será que ele (a) não está me copiando? Será que preciso tirar tantas fotos nos eventos? Perdemos tanto tempo preocupados com o registro, que não aproveitamos a companhia dos filhos. Se a teimosia e o mau comportamento ocorrem apenas no âmbito familiar, melhor. Quando esse comportamento e as teimosias começam ocorrer com muita frequência na escola e com os amigos, podem significar tentativas da criança de pedir ajuda. E torna-se importante recorrer a um profissional. É interessante observar que muitos pais acham normal levar o filho ao pediatra e medicá-lo contra dor de ouvido, de garganta, etc. Mas, quando falamos do emocional (que não é detectado nos exames clínicos), têm dificuldade de dar a mesma importância que dão para a dor física. Não há fórmula mágica que nos ensine a lidar com tecnologia, a educar ou entender o que eles estão tentando nos dizer. Pois, como disse Winnicott, “não existe mãe perfeita, só suficientemente boa”. Ou seja, quando paramos para pensar, significa que há uma possibilidade de mudança, e, muitas vezes, procurar um profissional da saúde mental previne vários problemas que podem ser evitados antes da adolescência. Vanessa Heidrich Psicóloga CRP 04270 Atendimento Infantil, Adolescente e Adulto Avenida Rio Branco 333, sala 508 - Centro - Florianópolis-SC

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MEIO AMBIENTE

“MANGUEZAIS, CORAÇÃO E O SABER, ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA” “A fotografia possibilita ‘ver sem ter estado lá” Os diversos meios de comunicação e informação jornalística, publicitária ou cultural, que nos envolvem e fascinam, são essencialmente fotográficos, seja na forma de imagens estáticas ou dinâmicas. A fotografia, impressa, exposta ou projetada, sempre está presente. Sem dúvida, a fotografia integrou-se definitivamente em várias áreas das atividades humanas, proporcionando processos criativos na busca de novos patamares do conhecimento, em todas suas formas e níveis. Ao fornecer uns cem números de possibilidades plásticas e/ou gráficas, a fotografia provoca dúvidas, gera questionamentos e sugere soluções na busca de resultados, tanto para artistas quanto para cientistas, como também ao homem comum, em sua contemplação desinteressada (ou não) do mundo que o cerca.

“O que não se faz sentir, não se entende, e o que não se entende, não interessa, não se cuida, não se ama” A proposta do projeto “MANGUEZAIS, CORAÇÃO E O SABER, ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA” é unir o olhar de um fotógrafo, por meio do clique da sua máquina fotográfica, com o de uma bióloga e ecologista, para buscar o detalhe dessa percepção, resultando em uma fotografia que tem um duplo registro: o visual e o verbal – expresso em um texto técnicocientífico que permitirá entender e retratar um momento, um detalhe dos manguezais de Florianópolis, transformando-se em uma ferramenta de Educação ambiental. Assim, sensibilizaremos (coração) e conscientizaremos (saber) as pessoas, levando-as não somente a perceber, mas a mudar atitudes de forma concreta (educar), melhorado, assim, a qualidade de vida. Dra. Clarice Maria Neves Panitz Bióloga

Fotos: Rudi Bodanese

“Quando o rio encontra-se com o mar, nasce o manguezal” Os manguezais, um dos ecossistemas costeiros tropicais mais importantes do mundo, considerados Patrimônio da Humanidade, ainda são considerados por muitos como “terra de ninguém”, lugares que têm mau cheiro, mosquitos, e que devem ser aterrados, transformados em áreas urbanas, marinas, portos etc. No mundo, os manguezais já perderam mais de 60% de sua área original. Por que isso ocorre? Princi-

palmente, porque as pessoas não conhecem os seus valores e usos múltiplos. Hoje, existe um grande número de trabalhos cientificos e legislação ambiental sobre os manguezais; porém, tudo isso não é suficiente para parar a sua destruição. O que falta? Falta tocar o coração das pessoas, sensibilizando-as a fim de conscientizá-las para que mudem de comportamento e atitudes.

Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) no manguezal do Itacorubi

Manguezal do Itacorubi: saída dos rios para o mar

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TURISMO

DUBAI SUPERLATIVA Na cidade em que tudo é maior e melhor, sua experiência será ao extremo. Dubai é a cidade dos superlativos. No lugar do mundo onde tudo é maior ou tem o melhor dele, tudo é pensado para que você, turista, esteja inserido neste contexto. Se você tem planos para experimentar os sabores mais variados do planeta, circular nos maiores arranha-céus e entrar em contato com a cultura árabe, sem precisar abrir mão de alguns hábitos ocidentais, prepare-se, preparamos dicas imperdíveis para você aproveitar ainda mais seu passeio. Aos que nunca pensaram em ir para lá, vocês poderão mudar de ideia.

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Antes de viajar Aos que gostam de economizar quando se viaja, deixem para economizar antes. Sim, porque em Dubai algo que você não conseguirá é economizar. Na capital mundial da ostentação, tudo conspira para o consumo. Não que os artigos sejam caros. Longe disso. Os preços de roupas e eletrônicos chegam a ser mais em conta que em outros lugares do mundo, e este é o problema, você pode ficar com vontade de comprar tudo. A ideia, portanto, é: se quiser economizar no emirado mais glamouroso do planeta, deixe isso para antes da viagem, até porque você precisará de uns bons “extras” para aproveitar a experiência única que é conhecer Dubai. No que diz respeito à documentação, lembre-se que os Emirados Árabes Unidos exigem vistos dos brasileiros. Nada, porém, muito complicado. Basta uma reserva em um hotel de médio ou grande porte para que a entrada no país seja assegurada. Os que viajarão pela companhia aérea Emirates poderão fi-

car ainda mais tranquilos, a empresa ajuda nos trâmites e as autoridades do emirado árabe até preferem que você viaje com ela. Clima Dê preferência ao período entre os meses de outubro a abril. É inverno por lá, e nesta época as temperaturas variam entre 20°C e 30°C. Dubai fica no deserto e no verão do hemisfério norte o sol poderá ser escaldante (apesar dos potentes aparelhos de ar condicionado) durante o dia e a noite bem fria. Os Emirados Árabes Unidos, apesar de sua conhecida abertura para o mundo ocidental, têm como religião oficial o islamismo. E o Ramadã, período de jejum e orações para os muçulmanos, deve ser respeitado, inclusive pelos praticantes de outras religiões. Neste período bares e cafés ficam fechados e a recomendação é de uso de roupas compridas e fechadas (ainda mais que durante todo o ano).

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TURISMO

A viagem Aliás, se conhecer Dubai é uma experiência incrível, ir até ela também pode ser. A Emirates Airlines oferece voos diretos para o emirado árabe a partir de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os que embarcarem do Aeroporto de Guarulhos, inclusive, terão a oportunidade de voar no maior avião do mundo, o Airbus A380. O serviço é de primeiríssima qualidade para todas as classes, mas claro que a primeira classe e a executiva desta aeronave são um caso à parte. Spa privativo, lounge para curtir um bom drink e uma conversa com amigos. Tudo em grande estilo. Hotéis Os hotéis em Dubai são uma experiência à parte. Diga-se de passagem a hospedagem em si está entre as grandes atrações do emirado. Você certamente já viu aquele edifício em formato de vela de barco. Trata-se do Burj Al-Arab, nada menos que o único hotel sete estrelas do Planeta Terra. Você também poderá ficar no hotel da grife de um dos estilistas mais celebrados do mundo, no maior prédio do mundo. O Armani Hotel Dubai fica dentro do arranha-céu Burj Khalifa. Versace, Jumeirah Emirates Towers, Sofitel, entre outras marcas premium, também são destaque. Se é que estes hotéis têm um defeito, deve ser o de “prender” os hóspedes em suas instalações, fazendo com que eles esqueçam que existe um mundo a ser descoberto do lado fora. Atrações Como tudo em Dubai é expressivo, as atrações oferecem os extremos da natureza e da capacidade da construção humana. Arquitetura O Burj Khalifa, edificação de 160 andares e 828 metros de altura, é o mais alta do planeta e por este mero detalhe já vale a visita. Claro, onde você estiver em Dubai (e também fora da cidade) você vai vê-lo. A arquitetura em Dubai não se destaca somente pela grandiosidade, mas também pela beleza das curvas dos edifícios, caso do Burj Al-Arab, edifício de 320 metros de altura, construído em sua própria ilha artificial. Falando em ilhas artificiais, elas são uma atração à parte. Existem mais de 200 na cidade e, inclusive, em alguns condomínios o formato delas simula os continentes do planeta.

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Deserto Em Dubai, apesar da grande concorrência das obras construídas pelo homem, o deserto também é exuberante. Já passeou no deserto, andou em camelos? Se você tem o desejo de viajar no tempo com muito conforto e sentir-se um verdadeiro sheik, este é o passeio. Mercado de Ouro de Dubai Não dá para falar de Dubai sem citar as joias mais cobiçadas pelos seres humanos: ouros, pérolas, diamantes e outras pedras preciosas. No Deira Gold Souk há tudo isso com preços atrativos. A cidade, aliás, ficou conhecida por ser mercado importante de pérolas e minerais antes da descoberta do petróleo na segunda metade do século passado. No Gold Souk, apesar da segurança que existe em toda a cidade, só fique atento para não ser furtado. Afinal de contas você poderá estar portando muito ouro. Insha’Allah! O Creek Principal rio da cidade. Suas águas dividem a localidade, ele é o lugar ideal para iniciar um passeio em Dubai. Bur Dubai Passear por lá é uma excelente opção graças à abundância de construções históricas. É o centro histórico da cidade. Se você está procurando luxo e conforto, sobretudo, deixe esta atração de lado. Restaurantes O emirado também está entre os melhores do planeta para se comer. Até porque a culinária do mundo inteiro está lá. Você encontrará um mundo rico em opções para o seu paladar: desde luxuosos restaurantes premiados com estrelas Michelin a lanches ao ar livre. Os vários restaurantes e cafés em Dubai refletem as diferentes nacionalidades e culturas que compõem a cidade. A maioria dos restaurantes mais populares de Dubai fica em hotéis. Você deve estar ciente de que estes são, geralmente, os únicos estabelecimentos licenciados para a comercialização de álcool. Esclarecidos os fatos, há uma abundância de restaurantes independentes excepcionais em Dubai. Os mais baratos são os que oferecem a saborosa comida do subcontinente indiano. Finalmente, se quiser refeições diferenciadas vale a pena aproveitar um passeio gastronômico a bordo de um tradicional dhow de madeira pelas águas da baía.


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FONOAUDIOLOGIA

TRATAMENTOS REALIZADOS POR FONOAUDIÓLOGOS Você, com certeza, já ouviu falar ou conhece alguém que necessita de tratamento com um fonoaudiólogo. A diversidade do trabalho deste profissional é muito ampla, pois ele pode atuar em hospitais ou em consultórios particulares. O especialista em Motricidade Orofacial atende diversas patologias, como acidente vascular cerebral, doenças neurológicas evolutivas, disfagia, problemas da fala, e, ainda, na área de estética facial. Em meu consultório, atendo pacientes com diferentes queixas, entre os quais crianças com síndrome de Down. Nestes casos, o tratamento é essencial para a estimulação da linguagem e da fala. Além disso, auxilia também no desenvolvimento cognitivo e psicomotor. O modo como o tratamento é realizado depende da necessidade de cada criança, pois nem todas possuem as mesmas dificuldades. Primeiramente, são trabalhadas a fala, a deglutição e a respiração. O segundo passo é exercitar as funções perceptocognitivas a partir de estímulos à leitura, à escrita e à percepção audiovisual. Já a fonoaudiologia na estética facial, que consta como uma nova área de atuação do fonoaudiólogo dentro da especialidade de Motricidade Orofacial, é conhecida como um método terapêutico natural e não invasivo de suavização das rugas de expressão (testa, lateral de olhos, boca, bochecha e pescoço) e rejuvenescimento da face por meio de alongamen-

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to da musculatura facial e da reprogramação das funções de mastigação, deglutição, respiração, articulação e fala, resultando, assim, no favorecimento estético. O sucesso do tratamento é conciliar saúde, estética e função, sempre respeitando a individualidade do paciente.

Juliana Elza Ballstaedt CRFa3 10985 Especialista em Motricidade Orofacial Eletroestimulação Aplicada ao Tratamento de Disfagias Fonoaudiologia Estética Foto: L1NK Estúdio Criativo

Rua Doutor Carlos Correia, 119 - Agronômica - Florianópolis - SC 48 99916.1888



GASTRONOMIA

PAVLOVA TROPICAL O nome remete aos países da antiga Cortina de Ferro, mais precisamente à Rússia, que vem a ser o país de origem de Anna Pavlova, uma bailarina do fim do século 19, famosa por sua bela interpretação da peça “A Morte do Cisne”. No entanto, consta que a origem do delicado doce é a Austrália. Pela leveza do seu disco de merengue e beleza da sua decoração, que lembra um tutu (saia de tule usada no balé), ele teria sido criado por um chef para homenagear a bailarina. A receita traz algumas particularidades, como o acréscimo de vinagre (para a crocância externa) e amido de milho (para a sustentação da parte interna, que faz lembrar um pudim de claras). A decoração com frutas frescas costuma ter um padrão de círculos, mas acho mais bonitas as frutas mescladas. Uma sobremesa elegante, que enche os olhos e sempre arranca elogios dos convidados.

3. Aqueça o forno a 180ºC por 10 minutos. Logo que colocar a pavlova no forno, regule-o para 150ºC e deixe assar por cerca de 30 minutos, ou até dourar levemente. Desligue o forno e deixe lá o disco de suspiro, retirando apenas quando estiver frio. 4. Depois de frio, coloque o disco no prato de servir. 5. Abra a fava de baunilha com uma faca e retire as sementes. Bata a nata com o açúcar e as sementes de baunilha até virar chantilly e coloque sobre a base de claras. 6. Decore com as frutas antes de servir e mantenha fora da geladeira. 7. Sugestão de decoração: morangos limpos e cortados ao meio, kiwi, mirtilos, amoras, framboesas, groselhas, polpa de maracujá, ou flores comestíveis, à sua escolha.

Pavlova tropical (rende de 6 a 8 porções) 4 claras de ovo 16 colheres (sopa) de açúcar (4 colheres por clara) 1 colher (chá) de vinagre de vinho branco 2 colheres (chá) de amido de milho (Maizena) peneirado Chantili: 250 ml de creme de leite fresco (garrafinha) 3 colheres (sopa) de açúcar ½ fava de baunilha (ou uma colher de chá de extrato de baunilha) 1. Bata as claras em neve. Ainda na batedeira ligada, adicione o açúcar aos poucos. Quando as claras formarem picos firmes, adicione o vinagre e o amido de milho peneirado e bata um pouco mais. 2. Forre um tabuleiro com papel vegetal. Com a ajuda de um prato, desenhe um círculo de 20 cm de diâmetro no papel-manteiga e, sobre o círculo, disponha a mistura de claras, formando um disco alto.

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Luciane Daux Formada pelo ICIF - Italian Culinary Institute for Foreigners - Icif Colunista de Gastronomia do jornal Notícias do Dia, Food Stylist, Professora e Facilitadora de Treinamentos para Executivos de Alta Performance em Vivências na Cozinha Foto: Rudi Bodanese


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INFECTOLOGISTA

USO INADEQUADO DE ANTIBIÓTICOS A responsabilidade do médico que prescreve antibióticos se estende desde a sua precisa indicação, até a escolha da medicação mais específica para o provável agente causador da infecção, além do conhecimento da sensibilidade da flora local, seja comunitária ou hospitalar. Segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) em Atlanta, nos EUA, um terço das 154 milhões de prescrições de antibióticos feitas pelos médicos naquele país é desnecessário. Geralmente, são infecções de vias aéreas tipo tosses, resfriados, gripes, bronquites e sinusites, na sua grande maioria de etiologia viral. Esta prática errada tem levado a vários riscos e consequências. Um dos mais importantes é o aumento da resistência bacteriana. Em abril de 2014, a Organização Mundial da Saúde publicou a primeira análise global sobre resistência microbiana, com dados de 114 países. O relatório indica que a situação é séria – não apenas uma simples previsão, mas uma realidade. Deve-se ressaltar que, em anos recentes, tem havido surtos de infecções por bactérias resistentes que acabaram por gerar consequências. Em Florianópolis, por exemplo, o Hospital Governador Celso Ramos e outros hospitais da cidade vêm lutando há mais de cinco anos com casos de colonização ou infecção por Klebsiella pneumoniae, produtora de carbapenemase (KPC), uma bactéria resistente a

Dr. Valter Araújo CRM/SC 1486 Infectologista - RQE 2893 Formado na UFSC em 1974 Fellow em Epidemiologia Hospitalar e Medicina Geográfica pela UVA nos EUA Professor de Infectologia da Escola de Medicina da Unisul

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quase todos os antibióticos existentes no mercado. Luc Weckx, da Escola Paulista de Medicina, diz, no editorial “Antibiotics: From Use to Abuse”: “Se contabilizarmos que as infecções das vias aéreas superiores (Ivas) e a pneumonia são responsáveis por 60% das prescrições ambulatoriais de antibióticos, e que a mais comum das Ivas, o resfriado, pode ocorrer 2 a 4 vezes ao ano no adulto e 6 a 12 vezes ao ano na criança, entendemos o papel que nós, otorrinolaringologistas, devemos ter na tentativa de solucionar este problema”. Segundo José M. Ceriani Cernadas, da revista Arquivos Argentinos de Pediatria, 4 em cada 10 crianças vistas em consultórios por resfriado recebem antibióticos! Os médicos argumentam falta de tempo durante as consultas, pressão dos pacientes ou dos pais e incerteza no diagnóstico. Prescrever um antibiótico é mais rápido do que explicar, aconselhar e esclarecer porque eles não são bons para infecções virais. O CDC, em sua publicação “Antibióticos Não São Sempre a Resposta”, explica que o uso inapropriado destes medicamentos pode ter dois significados: a) quando um antibiótico é prescrito, mas não necessário; ou b) quando se escolhe o antibiótico, a dose ou a duração errados. Outro erro frequente é a interpretação e valorização de uroculturas para pacientes sem sintomas urinários com prescrição de antibióticos. Principalmente para mulheres pré-menopausa e não grávidas, diabéticos, paraplégicos, pacientes com sonda vesical, idosos na comunidade ou em instituições de saúde e homens em geral. Portanto, converse com seu médico sobre a verdadeira necessidade de antibiótico para o seu caso em particular. E, se preciso, procure um infectologista. Este é o segredo.


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PERFIL REGIONAL

PIONEIRISMO E APERFEIÇOAMENTO CONSTANTE O urologista Edibert Melchert leva tudo o que faz a sério. Em sua área de atuação dentro da Medicina, tornou-se com muito trabalho e pesquisa, um dos profissionais mais respeitados no Brasil e também, no exterior, sobretudo, por seu pioneirismo em tratamentos minimamente invasivos. Quando se trata de qualidade de vida e lazer, ele valoriza as melhores experiências, seja pulando de bungee jump na África do Sul, seja conhecendo um pouco da vida inóspita e exótica das Ilhas Galápagos, no Equador. Melchert falou à Revista Portal Saúde sobre o tratamento da litíase urinária, em que é especialista, e também de qualidade de vida.

Conte-nos sobre ser um dos pioneiros da urologia no Estado de Santa Catarina em algumas técnicas de tratamento da litíase urinária. A evolução tecnológica, nas últimas décadas, na área da computação, dos equipamentos ópticos, do laser, entre outros, foi fator determinante na evolução do tratamento da litíase urinária. Imbuído do espírito empreendedor e com o objetivo de oferecer ao paciente técnicas menos invasivas para o tratamento da doença, fui um dos pioneiros na busca do aperfeiçoamento técnico, bem como na aquisição de equipamentos modernos para realizar procedimentos como a ureterorrenolitotripsia flexível a laser, a nefrolitotripsia percutânea ultrassônica a laser e a minipercutânea, as quais permitem tratar os cálculos urinários de maneira pouco agressiva e com altas taxas de sucesso com curto período de hospitalização. O que leva uma pessoa a ter litíase urinária? Em geral, diversos fatores podem levar à formação de cálculos, entre as causas mais comum estão: a) Ingerir poucos líquidos, especialmente água; b) Alimentação com muito sal; c) Excesso de proteínas na dieta; d) Infecções urinárias frequentes, pois há bactérias que facilitam a formação da litíase urinária; e) Histórico de cálculos urinários na família; f) A defesa do corpo contra a formação de cálculos pode estar baixa; g) Eliminação anormal de cálcio na urina (conhecida como hipercalciúria);

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Quais os tratamentos disponíveis para a eliminação dos cálculos? Os cálculos podem ser eliminados espontaneamente com tratamento clínico, porém, muitas vezes, é necessária uma intervenção cirúrgica endoscópica por parte do urologista. Há, ainda, um procedimento conhecido como litotripsia extracorpórea por ondas de choque (Leco). Cálculos urinários, em sua maioria, são formados nos rins e, quando se desprendem, tendem a sair pelo canal natural da urina, o ureter, onde obstruem o fluxo urinário causando dor e complicações. Quando esses cálculos são muito pequenos, podem ser eliminados naturalmente, sem necessidade de procedimento para removê-los. Nesses casos, utilizam-se apenas medicações para o alívio da dor e da inflamação. Quando são maiores ou trancam a passagem da urina ou, ainda, quando há infecção urinária associada, procede-se a remoção deles em caráter de urgência. Atualmente, a maioria dos casos de litíase urinária pode ser tratada por técnicas de baixa agressividade e minimamente invasivas? Sim, a quase totalidade dos casos de cálculos urinários pode ser tratada por técnicas minimamente invasivas. Isso significa dizer que, para a grande maioria das situações, não é mais preciso fazer um corte para remoção dos cálculos, eles são tratados por técnicas endoscópicas. Usando um aparelho ótico com videocâmara (endoscópio), o qual é introduzido pela via natural ou através de um pequeno orifício, conseguimos identificar, fragmentar com laser e retirar os cálculos. Ainda há espaço para que o tratamento das pedras no sistema urinário fique ainda menos invasivo? Felizmente, podemos oferecer aos nossos pacientes o que há de mais moderno em nível mundial para tratamento dos cálculos urinários, claro que estamos sempre em busca de avanços e esperamos que o futuro da ciência permita algo ainda menos invasivo para oferecermos aos portadores de litíase urinária. Os procedimentos para a retirada dos cálculos na bexiga e no ureter são similares aos utilizados para a retirada de pedras nos rins? Cálculos no ureter, o canal que traz a urina do rim até a bexiga, são os que causam a conhecida “crise de cólica renal”. Ao obstruírem a passagem da urina, eles provocam a distensão (dilatação) da via urinária e do rim, cuja consequência é a dor do tipo cólica, que pode desencadear náuseas e até vômitos. Esses cálculos ditos ureterais normalmente são

fragmentados com laser e removidos por endoscopia (ureterolitotripsia), o que é feito com o paciente anestesiado. Esse procedimento é considerado minimamente invasivo (por ser endoscópico) e com curto período de internação. Para os cálculos dentro da bexiga e do rim, utilizam-se equipamentos específicos para cada órgão, mas que cumprem o mesmo propósito de enxergar, fragmentar e retirar o cálculo. Em meio a técnicas avançadas que minimizam a incidência de dor e longos períodos de internação para o paciente, qual é o grande desafio da urologia no tratamento da litíase urinária? Cálculos ureterais, além de causarem dor, podem levar à deterioração da função renal ou à infecção urinária, as quais trazem graves consequências para o paciente. Sendo assim, em primeiro momento, o desafio é aliviar a dor; em segundo, é remover o cálculo; e em terceiro é evitar as complicações que podem surgir no curto espaço de tempo antes da intervenção. Uma vez resolvido o que é mais urgente, a preocupação tanto do paciente quanto do médico deve ser a de evitar a formação de novos cálculos. Com que idade a pessoa deve procurar um especialista para começar um trabalho de prevenção? A procura de um especialista está indicada para avaliar e prevenir a litíase urinária, principalmente em pessoas com história familiar ou cólicas renais prévias. A consulta com urologista é necessária para todo paciente que apresente mais de duas crises ou possui vários familiares com história de cálculos. A faixa etária de maior incidência da litíase urinária vai da terceira a quinta décadas de vida e acomete em torno de 8,5% da população em geral. Vimos em seu site que gosta de conhecer lugares que unem muita beleza natural e aventura. Conte-nos sobre essas experiências. No Congresso Mundial de Endocrinologia em Cape Town (Cidade do Cabo, África do Sul), em 2016, pude compartilhar conhecimento científico e discutir as mais novas técnicas e tecnologias no que se refere ao tratamento da litíase. Foi muito importante. Mantendo o atual estilo de vida, as aventuras também tiveram seu espaço e nada melhor do que um país como a África do Sul, com tanto a oferecer. Tive a oportunidade de fazer um safári, pular de bungee jump da ponte mais alta do mundo e conhecer a costa sul-africana de bike. Já em Galápagos (Equador), foi uma experiência ímpar poder conhecer um dos lugares onde o cientista inglês Charles Darwin fez suas descobertas e teorias sobre a evolução das espécies.

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PROCTOLOGIA

PREVENÇÃO CONTRA O CÂNCER DO INTESTINO O câncer do cólon e reto, aqui denominado de câncer do intestino, é uma neoplasia maligna altamente curável, se diagnosticada em fase precoce, e que não apresenta sintomas na fase inicial. O câncer de intestino é o segundo mais frequente nas mulheres (após mama) e o terceiro nos homens (após próstata e pulmão). Quando o paciente vem a apresentar sintomas, geralmente, já está em fase mais avançada e com pouca probabilidade de cura. Quase sempre, o câncer de intestino surge como um pólipo (lesão frequentemente benigna) que cresce na parede do intestino e que pode se tornar um câncer caso não seja diagnosticado e retirado a tempo. Retirando o pólipo, podemos agir de forma precoce para prevenir o câncer. O exame de prevenção de maior eficácia, que permite diagnosticar precocemente, diminuindo a mortalidade e incidência do câncer de intestino, é a COLONOSCOPIA, que diminui a mortalidade por câncer de intestino em 53%. As pessoas que não têm história familiar e não apresentam sintomas devem iniciar o rastreio de câncer de intestino a partir dos 50 anos. Quando houver histórico familiar, geralmente, a recomendação é a partir dos 40 anos. A colonoscopia consiste em um exame endoscópico

no qual é introduzida uma câmera para visualização da mucosa intestinal. O exame é realizado sob sedação, de forma indolor e de baixo risco, podendo ser realizado em clínicas e hospitais habilitados. Uma dieta rica em fibras, composta de alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos e sementes, além da prática de atividade física regular, previne o câncer de cólon e reto. Deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e de quantidades acima de 300 gramas de carne vermelha cozida por semana. Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da doença, como idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), além de obesidade e inatividade física. Também são fatores de risco doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, bem como alguma doenças hereditárias. Quem tem parentes de primeiro grau com câncer de intestino ou pólipos deve ficar mais atento e procurar o coloproctologista para saber como e com qual frequência deve ser realizada a colonoscopia (prevenção).

Dr. André Barreto CRM/SC 16797 Cirurgia Geral RQE 10758 Coloproctologia RQE 12532 Graduação em Medicina pela Universidade do Planalto Catarinense Residência Médica em Coloproctologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro Responsável Técnico do Instituto Catarinense de Coloproctologia

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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

EMPODERAMENTO TECNOLÓGICO DO ANESTESISTA A saúde possui um apelo grande no cenário de inovação não só pelo número de oportunidades, mas também pelo tamanho com que elas se apresentam. Um desses enormes desafios é melhorar a segurança e a experiência de pacientes em um dos momentos mais críticos da sua jornada pela busca de saúde: o cirúrgico. Os números desse setor do mercado de saúde são sempre gigantescos. Estima-se que se realizem mais de trinta milhões de procedimentos cirúrgicos por ano no Brasil, cerca de 52% dos pacientes internados em uma instituição hospitalar são cirúrgicos e a média de cirurgia por paciente ambulatorial chega a 1,4. O centro cirúrgico chega a ser responsável por 40% do consumo de insumos nos hospitais e é responsável por 70% da sua renovação de leitos. Além disso, é no centro cirúrgico que se encontra um dos maiores arsenais tecnológicos que fazem parte da rotina diária de pacientes e profissionais. Diante desse cenário, somos induzidos a pensar que o processo de gestão desses núcleos de rendimento é complexo e acompanhado passo a passo.

Mas aqui há uma disparidade, pois, apesar de a área possuir essa importância toda e tais características, o desperdício de dados faz com que muitos indicadores que serviriam para mapear o setor se percam em documentos como prontuários e contas hospitalares. O grande vácuo deixado por plataformas de prontuário eletrônico é justamente a coleta minuciosa de dados cirúrgicos que espelhem com confiabilidade o funcionamento do centro cirúrgico, sua produtividade e a experiência dos pacientes. Com foco na análise de dados e no aumento da segurança dos pacientes, nós melhoramos o workflow do médico anestesiologista, captamos os dados desse importante point of care e, a partir de uma formatação e leitura dos dados, fornecemos tanto insights de segurança em tempo real, melhorando a capacidade cognitiva do profissional, quanto um painel com dados e leituras para gestores, mostrando caminhos para deixar as instituições mais enxutas, produtivas e competitivas, além de deixar os pacientes mais seguros e confortáveis. O anestesiologista é o responsável pelo conforto e pela segurança dos pacientes, e é a partir dele que montamos uma estratificação em tempo real do funcionamento das diversas áreas do centro cirúrgico e sua relação na convergência que se dá no momento perioperatório. Melhorar a coleta de dados nesse ponto corresponde também a melhorar a documentação e gestão de informação e conhecimento, com repercussão no aumento da proteção legal dos envolvidos. Acreditamos que a segurança e o conforto dos pacientes também passam por profissionais anestésico-cirúrgicos atualizados, descansados, valorizados e empoderados de ferramentas tecnológicas que expandam sua capacidade cognitiva, com impacto direto na experiência dos clientes e instituições.

Dr. Diogenes Silva CRM/SC 11184 Anestesiologia - RQE 8848 CEO/Founder

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ODONTOLOGIA

DOENÇA PERIODONTAL A CAUSA DA DOENÇA PODE ESTAR RELACIONADA A ESTRESSE, CIGARRO E ALTERAÇÕES HORMONAIS

A doença periodontal é causada pelo acúmulo de placa bacteriana localizada entre a margem gengival e o elemento dental, levando ao que chamamos de gengivite (inflamação da gengiva), em que ocorre sangramento. Se não tratada, em longo prazo surge a doença periodontal, que seria a destruição do ligamento periodontal que une o dente ao osso. Uma vez instalada a doença periodontal, e não tratada, ocorrerá a perda do elemento dental, causada por essas bactérias. A medida empregada na fase do tratamento (terapia) associada à causa, com relação à doença periodontal, é a eliminação da recorrência dos depósitos bacterianos (placa) feita por meio de: • Motivação do paciente para combater a doença dentária. • Instrução ao paciente sobre técnica de higiene oral e realização, no consultório, de raspagem e alisamentos radiculares (limpeza). • Remoção de fatores de retenção de placa (margens salientes de restaurações).

Tais condutas devem ser levadas a sério, pois o paciente pode apresentar: • Mobilidade dental. • Mau hálito. • Sangramento gengival. • Dor. • Desconforto. • Infecção. Nesses casos, deve ser feita medicação com antibióticos. A causa da doença periodontal, além de sempre estar associada à placa bacteriana (tártaro), pode estar relacionada também a estresse, cigarro, alterações hormonais – como na gravidez –, baixa imunidade, diabetes, HIV e outras doenças que podem levar à perda de tecido ósseo, dando origem àdoença periodontal. Salienta-se, assim, a necessidade de ir regularmente ao dentista. Por meio de exame clínico e de raios X, teremos o diagnóstico da doença.

Dra. Heloisa Elza Ballstaedt da Silva CRO/SC 4018 Foto: L1nk Estúdio Criativo

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CULTURA

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QUATRO DÉCADAS DE SUCESSO

MATOGROSSO E MATHIAS O CLÁSSICO DA MÚSICA SERTANEJA Responsáveis por difundir a música caipira e abrir caminho para outros cantores, a dupla Matogrosso e Mathias, a mais romântica do Brasil, continua fazendo história por onde passa. São 41 anos de estrada, marcados por grandes sucessos, que se tornaram clássicos indispensáveis para o sertanejo.

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CULTURA

Mathias, conte-nos sobre sua chegada à dupla e sobre a parceria com Matogrosso, artista respeitadíssimo no Brasil. Mathias - Estou na dupla há 8 anos. Matogrosso, pra mim, é uma das melhores vozes do Brasil, fico muito feliz por ele ter me escolhido e o público ter me aceitado. Aprendi e aprendo muito, só tenho a agradecer a todos e a Deus por essa oportunidade maravilhosa. A dupla Matogrosso e Mathias vivenciou todas as fases do sertanejo do Brasil: a dificuldade de se obter apoio da mídia, nos anos 1970; a explosão deste ritmo, na década de 1990; e, mais recentemente, a fase do sertanejo universitário. Qual o segredo para se adaptar tão bem a todas estas fases? Matogrosso - A gente sempre teve dificuldade com a mídia, desde o começo da carreira. Nunca fomos abraçados pela mídia, mas fomos comendo pelas beiradas. Fizemos sempre o nosso melhor, mostrando nossa capacidade. Um timbre de voz bom, inconfundível, que não se parece com nenhum outro – acho que isso facilitou para a gente chegar até aqui. Quais são os próximos trabalhos da dupla? O próximo trabalho é um DVD chamado “Zona Rural”, só com modão. A música sertaneja é hoje o ritmo mais tocado do Brasil. Quais os próximos desafios deste segmento musical? Matogrosso - Para mim, a música sertaneja sempre teve desafios e ela sempre superou isso. Dos 41 anos que eu estou na estrada, houve muita mudança. O segmento vem crescendo, melhorando, até chegar ao que vemos hoje: a música sertaneja tomando conta do Brasil. A gente percebe que, a cada tempo, vem uma mudança. Daqui mais uns anos, vai vir mais coisa nova, que vai dar mais impulso à música sertaneja.

“Aos nossos fãs, desejamos tudo de bom. Com todo carinho, respeito e nosso muito obrigado pelo reconhecimento do nosso trabalho. Esse reconhecimento dos fãs é tudo para o artista, portanto, nosso muito obrigado” Matogrosso

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A dupla Matogrosso e Mathias, definitivamente, está na história da música sertaneja brasileira. Fale da responsabilidade de cantar para um público que abrange todas as gerações. Matogrosso - A gente tem de ter responsabilidade na vida para as coisas andarem. Só chegamos aqui porque tive responsabilidade acima de tudo, humildade e qualidade também. É isso que sempre fizemos. Qual a importância das cidades do interior do Brasil para a dupla? A cidade do interior é tudo. O que move o país é a agricultura, o homem do campo. A cidade pequena é que move o país. De que maneira vocês relacionam a música com o bem-estar e a saúde? Matogrosso - Música é vida, é saúde, alimenta a alma, alimenta o corpo. Alimentando a alma, está alimentando o ser humano. Qual música você considera a mais importante da carreira da dupla? Matogrosso - Acho que não existe uma música mais importante. Algumas que se destacaram, como “De Igual pra Igual”, “24 Horas de Amor”, “Pedaço de Minha Vida”, “Boate Azul”, “Tentei te Esquecer”, “Na Hora do Adeus”. Mas a que estourou primeiro foi “De Igual pra Igual”, que impulsionou nossa carreira. Mathias - Nós temos muitas músicas que considero importantes; mas, como é para escolher uma, eu escolho “De Igual pra Igual”. A voz de Matogrosso é considerada por muitos outros músicos como uma das mais belas da música sertaneja. Como vocês lidam com elogios como este? Matogrosso - Recebo esses elogios com muito orgulho, é difícil ser reconhecido e, graças a Deus, não é só no meio sertanejo, as pessoas falam muito isso. Nos shows, no camarim, mas procuro não levar a sério. Procuro dar o meu melhor, sempre.

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CIRURGIA PLÁSTICA

MINHAS MAMAS SÃO CAÍDAS OU SOMENTE PEQUENAS? QUAL A DIFERENÇA ENTRE MAMOPLASTIA DE AUMENTO E MASTOPEXIA? A variedade de opções de cirurgias plásticas para a região das mamas tende a confundir as mulheres sobre qual procedimento é o mais adequado para cada caso. A confusão entre mamoplastia de aumento e mastopexia, também conhecida como lifting mamário, é recorrente. Mas elas não servem ao mesmo propósito e tampouco são feitas da mesma forma. Entender a diferença entre mamoplastia de aumento e mastopexia é o primeiro passo para minimizar os riscos, ter uma recuperação bem-sucedida e obter os melhores resultados possíveis. A mamoplastia de aumento serve para aumentar as mamas – “Minhas mamas não são caídas, mas são pequenas!”. Esse procedimento consiste na utilização de implantes de silicone para dar ou restaurar o volume mamário perdido e garantir mais firmeza. Através de uma pequena incisão no sulco das mamas, nas aréolas ou nas axilas da paciente, o implante é posicionado. A técnica pode ser usada por quem tem mamas pequenas ou quando houver diminuição do tamanho em razão de gravidez ou de perda de peso. Em busca da melhora estética das mamas, muitas mulheres recorrem a esse procedimento. Entretanto, a técnica da mamoplastia de aumento não resolve o problema das mamas caídas. Nesse caso, é preciso realizar um reposicionamento e isso é feito com a mastopexia.

A mastopexia, ou lifting mamário, serve para reposicionar as mamas, com ou sem próteses mamárias – “Minhas mamas são um pouco/muito caídas. Desejo que elas fiquem numa posição normal e/ou maiores”. A técnica corresponde à correção de flacidez das mamas. Esse caso pode, ou não, estar associado ao uso de próteses mamárias. O reposicionamento da aréola e do tecido mamário ocasiona uma incisão da pele em torno das aréolas, podendo atravessar verticalmente as mamas, e, dependendo da quantidade de pele excedente, uma incisão (cicatriz) conhecida como T invertido. Independentemente da técnica, as duas cirurgias são indicadas para restaurar a forma das mamas e manter o equilíbrio do corpo, proporcionando melhora da autoestima. “Um dia minhas mamas cairão novamente?”. Em mamas muito pequenas e sem queda, a colocação das próteses mamárias normalmente não é responsável por deixá-las caídas, mesmo ao longo dos anos. Mamas que já apresentam queda, que possuam uma qualidade de pele ruim, muito fina e sem elasticidade, ou que tenham implantes muito grandes, cairão com mais facilidade. Fonte do texto: adaptado de SBCP-SC.

Dr. Eduardo Fernandes Fraga CRM/SC 6565 Cirurgião Plástico - RQE 4726 Foto: Ângelo Santos

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ESPORTE

A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE Desembarcamos em Los Angeles, no dia 26 de julho, cheios de expectativas e ansiosos para conhecer tudo o que tinha pela frente. Na chegada, já nos deparamos com um trânsito intenso na saída de LA rumo a nossa primeira parada, Huntington Beach, para o Pedro correr a etapa do Vans Park Series Continental, que era o foco principal da viagem. Foi irada a experiência de poder conhecer e participar de um campeonato com essa estrutura, apesar da dificuldade em poder treinar na pista, pois a concorrência era pesada e ninguém tinha muito a vez – era um “salve-se quem puder”, 80 skatistas andando ao mesmo tempo. Mas foi muito bom para ganhar experiência e poder andar com alguns skatistas que são ídolos para o Pedro. Nesse período em que ficamos instalados em Huntington, tivemos a oportunidade de conhecer várias pistas pela região, como as de Long Beach, Costa Mesa, Vans Skate Park, Etnies, entre tantas outras, mas a mais especial, nessa primeira parte da viagem, foi a de Venice. Uma energia muito boa, praia agitada, pista cheia de gente assistindo e interagindo, foi muito legal a recepção local e ficamos na vontade de voltar mais vezes antes do retorno para o Brasil. Após o campeonato, tivemos a oportunidade de ir para WoodWard West com alguns amigos – inclusive, aproveitamos para agradecer o Italo Penarrubia, que fez a frente para nós podermos ficar instalados lá com eles e podermos desfrutar daquela “disneylândia” do skate! Meu Deus, que estrutura eles têm lá, não se sabe nem por onde começar. O Pedro andou de skate mais de 6 horas por dia. Depois de lá,

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partimos para San Diego, onde ficamos na casa de um amigo, pudemos conhecer um pouco da região e também pegar umas ondas. Conhecemos várias praias na parceria desse amigo, o André, que nos apresentou a região, e pudemos surfar em Blacks e outros dias em Trestles, que foi nossa praia preferida. Andamos de skate na Washington Street, o que foi muito irado e difícil, pois a pista é muito diferente do que estamos acostumados a ver por aí, e nas pistas de Encinitas, Carlsbad, Oceanside e Vista, que são muito perfeitas e sempre rendiam boas sessões, fotos e novas amizades. No fim da viagem, ficamos mais alguns dias em Huntington, para poder conhecer o que, para nós, é a mais especial e esperada de todas as “combi”. Essa é a pista onde acontece um dos eventos mais tradicionais e respeitados de bowl, o Vans Pool Party. Separamos dois dias só para ela, hehehe. Foi muito legal, o Pedro teve a oportunidade de fazer uma sessão com alguns profissionais e pôde se familiarizar bem com a pista, para quem sabe, em breve, voltar para concorrer a um campeonato ali. Nossa viagem chegava ao fim e, no último dia, ainda restava uma tarde, pois nosso voo era somente no fim do dia. “O que fazer?”, pensamos. Venice! Foi nossa despedida, fim de tarde com sol se pondo no mar, céu laranja e aquela vontade de já programar a próxima viagem! Por: Cahue Carvalho Fotos: Cahue Carvalho


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ADVOCACIA

O ADVOGADO RESOLVE O CONFLITO VIVENCIADO POR VOCÊ? Você está chateado e, claro, espera solução rápida, indolor e no menor prazo possível. Ao mesmo tempo, a ética, a moralidade, o compromisso, a honestidade, a sinceridade, a integridade, o respeito, a responsabilidade, a descomplicação e o resultado pulsam na sua mente. E ainda: Meu advogado compartilha desses valores? Mais ou menos? Espera ouvidos ativos (diferentemente dos ouvidos que mal esperam a outra boca calar para falar de si mesmos e/ou de seus interesses), empatia e ser entendido. Quer usar seu tempo para dar atenção a novo negócio, família, viagem, namorada(o), casa, jardim, bicicleta, barco, carro, ócio, consultório, empresa, escritório, contentamento, celebração, satisfação, etc. Quer relacionamentos reais. Aqueles que quando sozinho você pensa: “Legal, é isso”. Sente algo próximo do completo/inteiro. Diferentemente daqueles em que lá vêm a angústia e as interrogações flutuando ao redor da cabeça. Espera surpreender com respeito e inclusão. Quer exercitar o ganha-ganha porque o vai e volta é contínuo.

Marta Aparecida Zardinello OAB 16591/SC Advogada zardinello@zardinello.com.br

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Tudo isso porque a vida profissional e a pessoal são relações. Impossível é viver sozinho. Somos seres gregários. E então pergunto a você: tem empatia por você mesmo? Enquanto pensa lembre-se desta tão famosa fala: “Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente à sua frente. Coloque primeiro a sua e só, então, auxilie quem estiver ao seu lado”. Inspire e expire algumas vezes profundamente, porque, bem oxigenado, terá melhores condições para decidir. Nosso empenho, dedicação e esforço valem cada inspire e expire! E vice-versa. Lembre-se também que estando claro seu pedido/necessidade/direito, como também as possibilidades da outra parte (precisamos ter uma ideia mínima de até onde é possível ao outro chegar), o resultado é consequência, livre de prejuízos de toda ordem. Esta ideia pode ser aplicada para tudo.



BREVES

A consultora gastronômica Luciane Daux, nos campos de lavanda, durante viagem a Provence, na França.

Cica fazendo o que sabe com maestria: suas deliciosas pizzas de massa integral.

Dr. Fábio Branco durante passeio com a esposa, Amanda, e as filhas Pietra e Maya.

Dr. Felipe Bittencourt durante viagem ao Valle Nevado, no Chile.

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Dr. Valter e sua esposa, dra. Rejane, durante viagem às Ruínas de Pompeia, na Itália.

Luiz e Franciele, diretores da Revista Portal Saúde Florianópolis, durante passeio com os filhos Leonardo e Lívia.

Mestres da Barbearia: dia 17/7 ocorreu a inauguração de sua segunda loja, agora na Lagoa da Conceição – um novo conceito de saúde, bem-estar e estética masculina.

A personal trainer Camila Dalolli e o seu marido, Rafael, durante viagem a Fernando de Noronha-PE.

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PORTAL SOCIAL

+Saúde, Tecnologia & Inovação talk-show da Vertical Saúde da Acate

No dia 16/08, em evento realizado na sede da Acate, em Florianópolis, a Vertical Saúde da Acate realizou um encontro para debater a inovação, tecnologia e produtividade na saúde. O evento contou com um ciclo de palestras, em que empresas da área compareceram e trocaram experiências sobre o assunto. Fotos: Marcos Oliveira de Carvalho

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PORTAL SOCIAL

Karina e Fernando

O casal Karina e Fernando escolheu, para registrar o momento vivido, algumas das mais lindas praias do litoral de Florianópolis, para deixar eternizado na memória o amor que existe entre os dois. Uma sintonia incrível fez com que tudo ficasse perfeito e o resultado não poderia ser outro a não ser imagens maravilhosas. Local: Praias Santo Antônio, Sambaqui e Canasvieiras Foto: Thiago Mangrich

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PORTAL SOCIAL

Festa de 15 anos de

Bárbara Della Giustina Um aniversário é sempre motivo de festa, ainda mais se tratando dos 15 anos de uma menina. Bárbara Della Giustina comemorou seus 15 anos ao lado dos familiares Roberto Baziloni Leite (pai), Beatriz Della Giustina (mãe) e Rafael (irmão), em uma linda e divertida festa que foi realizada em grande estilo no Milk Club, onde reuniu também seus amigos. Local: Milk Club - Florianópolis | Fotos: Rudi Bodanese

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PORTAL SOCIAL

Casamento

Thaysy e Felipe Em Florianópolis, os noivos Thaysy e Felipe deram sim à paz, à cumplicidade e ao amor eterno. A festa foi abençoada por familiares queridos e brindada com grandes amigos. Local: Florianópolis | Foto: Thiago Mangrich

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PORTAL MÉDICO

Dr. Alberto Pinho Neto CRM/SC 15744 Cancerologia Cirúrgica RQE 8556 Núcleo de Oncologia, Oncocirurgia e Videocirurgia Avançada: Rua Presidente Coutinho, 348 Centro - Florianópolis - SC 48 3037.4300 | 3024. 5300

Dr. Breno Calgaro de Carvalho CRM/SC 8783 Cirurgia de Ombro RQE 4708 Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3364.0800

pág. 35

Dr. Alexandre Nascimento Mateus

pág. 16

Dr. Bruno Dragone

CRM/SC 6964 Cancerologia Cirúrgica RQE 3954

CRM/SC 21382 Ortopedia e Traumatologia RQE 12214

Núcleo de Oncologia, Oncocirurgia e Videocirurgia Avançada: Rua Presidente Coutinho, 348 Centro - Florianópolis - SC 48 3037.4300 | 3024. 5300

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 35

Dra. Ana Cristina Torqui Duarte CRM/SC 21590 Pediatria RQE 12613 Rua Nossa Senhora da Conceição, 223, Lagoa da Conceição Florianópolis - SC 48 3365.1655

pág. 19

Dra. Carla Corrêa Martins CRM/SC 18975 - RQE 14348 Médica Dermatologista Clínica Primordiale: 48 3223.4003 | 99911.5002 Clínica Saúde Santa Mônica: 48 3879.1377 | 3025.1377

pág. 24

pág. 34

Dr. André Barreto

Dra. Carmen Thedim

CRM/SC 16797 Cirurgia Geral RQE 10758 Coloproctologia RQE 12532

CRM/SC 10085 Oftalmologia - RQE 2826

Instituto de Coloproctologia: Rua Presidente Coutinho, 579 Centro - Florianópolis - SC 48 3225.4232 | 98500.4232

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 74

Dr. Bráulio Leal Fernandes CRM/SC 7264 Mastologia RQE 2577 Núcleo de Oncologia, Oncocirurgia e Videocirurgia Avançada: Rua Presidente Coutinho, 348 Centro - Florianópolis - SC 48 3037.4300 | 3024. 5300 pág. 35

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pág. 19

Dr. Cesar Antonio de Quadros Martins CRM/SC 20789 Cirurgia de Joelho e Medicina Esportiva RQE 11941 Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3364.0800

pág. 17


Dra. Cintia Bossle

Dr. Fabio Colla Lhamby

CRM/SC 10023 Medicina de Família e Comunidade RQE 14106 Acupuntura Médica - RQE 14107

CRM/SC 21675 Cirurgia de Mão e Punho RQE 12556

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3364.0800 pág. 17

pág. 19

Dra. Dâmia Leal Vendramini Amorim

Dr. Felipe Bittencourt CRM/SC 11.438 Cirurgião Plástico - RQE 9860

CRM/SC 17991 Dermatologia RQE 15094 CLINIPELE: Av. Rio Branco, 404 - ED. Planel Towers - Torre II - Ático sala 1301 Florianópolis - SC 48 3222.4438

Av. Trompowsky, 354 - Ático Centro - Florianópolis - SC 48 3012.3137

pág. 52

pág. 40

Dra. Denise Aparecida Nogueira de Lima

Dra. Fernanda Wagner Wisosvki

CRM/SC 15519 Pediatria RQE 10820 Oncologia Pediátrica RQE 13152

CRM/SC 21562 Ginecologia - RQE 12432

Rua Nossa Senhora da Conceição, 223, Lagoa da Conceição Florianópolis - SC 48 3365.1655 | 98409.6933

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 24

pág. 19

Dr. Eduardo Fernandes Fraga

Dr. Guilherme Cordeiro Varella

CRM/SC 6565 Cirurgião Plástico RQE 4726

CRM/SC 19642 Ultrassonografia

Rua São Jorge, 243 - Centro Florianópolis-SC 48 3025.5510 | 99129.0270

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 82

Dr. Fábio Branco CRM/SC 17.583 Cirurgia Vascular - RQE 9593 Cirurgia Vascular - Ecografia Vascular com Doppler - RQE 9644 Instituto F. Branco: Rua Dr. Heitor Blum, 310 Edifício Vitoria Office - Sala 902 Estreito - Florianópolis - SC 48 3364.5179 | 98487.9366 pág. 44

pág. 19

Dr. Gustavo Moreira Amorim CRM/SC 17894 Dermatologia RQE 15110 CLINIPELE: Av. Rio Branco, 404 - ED. Planel Towers - Torre II - Ático sala 1301 Florianópolis - SC 48 3222.4438 pág. 52

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PORTAL MÉDICO

Dr. Hugo Futoshi Toma CRM/SC 24112 Ortopedia e Traumatologia RQE 14658

Dr. Luciano Manoel Martins Kroth CRM/SC 8377 - RQE 3831 Cirurgia de Pé e Tornozelo e Medicina Esportiva

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212 pág. 19

Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3364.0800

pág. 16

Dra. Janaina Helena Martins

Dra. Magali Lucia Montagner

CRM/SC 13581 Ginecologia RQE 9749

CRM/SC 4458 Acupuntura médica - RQE 3794

Núcleo de Oncologia, Oncocirurgia e Videocirurgia Avançada: Rua Presidente Coutinho, 348 Centro - Florianópolis - SC 48 3037.4300 | 3024. 5300

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 35

pág. 19

Dr. José Pedro Mandelli

Dra. Marcia Donato

CRM/SC 6282 Angiologia - RQE 1560 Cirurgia Vascular - RQE 1561

CRM/SC 7639 Dermatologia - RQE 2198

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 19

Dra. Juliane Felipe Ferrari CRM/SC 10310 Médica Geriatra - RQE 6602 Rua Vitor Konder, 125- Sala 704 Centro - Florianópolis - SC 48 3039.0589

pág. 43

Dr. Leandro Horta Tomé CRM/SC 10789 Ginecologia e Obstetrícia RQE 7102

pág. 19

Portal Saúde

Dra. Maria de Fátima Marques da Silva CRM/SC 4968 Medicina de Família e Comunidade RQE 6063 Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 19

Dr. Rafael Carvalho de Souza Rodrigues CRM/SC 15343 Cirurgia de Pé e Tornozelo RQE 10032

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

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pág. 19

Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3364.0800

pág. 17


Dr. Rafael Ortiz

Dra. Saada Avila Chidiac

CRM/SC 10088 Ortopedia e Traumatologia RQE 5092

CRM/SC 11063 Geriatria e Clínica Geral RQE 5383

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3364.0800

pág. 19

pág. 17

Dr. Raul Wittmann

Dr. Sergio Streb

CRM/SC 15007 Medicina de Família e Comunidade RQE 10286

CRM/SC 14348 Ortopedia e Traumatologia RQE 14003

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 19

pág. 19

Dr. Renato Locks

Dra. Sonia Tessmann

CRM/SC 16227 Cirurgia de Quadril - RQE 8418

CRM/SC 17311 Médica Geriatra - RQE 9926

Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3364.0800

Rua Vitor Konder, 125- Sala 704 Centro - Florianópolis - SC 48 3039.0589

pág. 17

pág. 43

Dr. Ricardo Sebold Branco

Dra. Susana Yara Bortolon

CRM/SC 10735 Clínica Médica RQE 6940 Cancerologia RQE 11525

CRM/SC 5816 Pediatria - RQE 5179

Núcleo de Oncologia, Oncocirurgia e Videocirurgia Avançada: Rua Presidente Coutinho, 348 Centro - Florianópolis - SC 48 3037.4300 | 3024. 5300

Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 35

Dr. Rodrigo W. Bordinhão CRM/SC 14326 Cancerologia Cirúrgica RQE 10783 Núcleo de Oncologia, Oncocirurgia e Videocirurgia Avançada: Rua Presidente Coutinho, 348 Centro - Florianópolis - SC 48 3037.4300 | 3024. 5300 pág. 35

pág. 19

Dra. Teresa Cristina Nogueira dos Prazeres CRM/ SC 5827 Oftalmologia RQE 2217 CTO - Cínica Terapêutica Ocular: Rua Vitor Konder, 125 Ed. Cota Office - Centro Florianópolis - SC 48 3025.7001 pág. 26

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PORTAL MÉDICO

Dra. Thamires Gomes de Souza CRM/ SC 24530 Endocrinologia - RQE 15163 Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212 pág. 19

Dr. Valter Araújo CRM/SC 1486 Infectologista RQE 2893 Cliniprevent: Rua Presidente Coutinho 579 Sala 404 - Florianópolis - SC 48 3224.0437

pág. 70

Dra. Vanessa Leal CRM/SC 19805 Psiquiatria - RQE 14730 Clínica Santa Úrsula: Av. Pequeno Príncipe, 1650 Edifício Quartier - Campeche Florianópolis - SC 48 3226.1212

pág. 19

Dr. Williann Kenny Hendges CRM/SC 14796 Cirurgia da Coluna RQE 10878 Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC 48 3364.0800 pág. 17

Dr. Ygor Vieira de Oliveira CRM/SC 9000 Mastologia RQE 8061 Ginecologia RQE 6298 Núcleo de Oncologia, Oncocirurgia e Videocirurgia Avançada: Rua Presidente Coutinho, 348 Centro - Florianópolis - SC 48 3037.4300 | 3024. 5300 pág. 35

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PORTAL DOS PROFISSIONAIS DIREITO Marta Aparecida Zardinello

ODONTOLOGIA 48 99971.2470

48 3025.4400

48 3334.0500

Fernanda Ortiga Av. Pequeno Príncipe, 1650 - Edifício Quartier Campeche - Florianópolis - SC

48 3226.1212

Luana Dias de Oliveira Rua Presidente Coutinho, 348 - Centro Florianópolis - SC

48 3037.4300

Silvia Abelin Noskoski Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC

Camila Dalolli Guaselli Rodovia Dr Antonio Luiz Moura Gonzaga, 979 - Rio Tavares - Florianópolis - SC

48 99138.8918

PSICOLOGIA

FISIOTERAPIA Amanda A. Grapiglia Mendes Andreza Hoepers Bruna Bonetto Tonietto Clarissa Moraes Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC

48 3225.8019

PERSONAL TRAINER / PILATES

FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO Farmácia Vita Essência Rua João Pio Duarte Silva, 403 - Córrego Grande - Florianópolis - SC

Dra. Heloisa Elza Ballstaedt da Silva Rua Dom Jaime Câmara, 179 - Sala 504 Centro - Florianópolis - SC

Aline Nunes Engelke Jessica Do Vizio Carvalho Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC Vanessa Heidrich Avenida Rio Branco 333, sala 508 Centro - Florianópolis - SC

48 3334.0500

48 99162.4444

PSICOPEDAGOGA Joyce Aguiar Cardoso Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC

48 3334.0500

48 3334.0500 QUIROPRAXIA

FONOAUDIOLOGIA Brenda Alves Cordeiro Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC Juliana Elza Ballstaedt Rua Doutor Carlos Correia, 119 Agronômica - Florianópolis - SC Käthe Tomaz Dal-Bó Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC

48 3334.0500

48 3024.4200 48 99682.7847 48 99682.7847

48 99916.1888

48 3334.0500

TERAPIA OCUPACIONAL Caroline S. Mattos Gisele Fernanda Minozzo Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC

MUSICOTERAPEUTA Ana Léa Vieira Maranhão Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC

Jordana Rocco Av. Rio Branco, 1116 - Centro Florianópolis - SC Av. Luiz Boiteux Piazza, 2528 - Cachoeira do Bom Jesus, Florianópolis - SC Rua Lauro Linhares, 2055 - Ed. Max e Flora Trindade - Florianópolis - SC

48 3334.0500

Juliana Carvalho Paes Priscilla Almeida de Oliveira Miyashita Rua Cônego Bernardo, 315 - Bairro Trindade Florianópolis - SC

48 3334.0500

48 3024.5570

NUTRIÇÃO Ana Laura Rodrigues Bordinhão Rua Presidente Coutinho, 348 - Centro Florianópolis - SC

48 3037.4300

Fernanda Casagrande Clínica Sérgio Sucupira Clínica Saúde Santa Mônica

48 3229.0150 48 3879.1377

Gabriela Pimentel Rodrigues Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 58 Santa Mônica - Florianópolis - SC

48 3364.0800

Isadora Winck dos Santos Neurovital: Rua Capitão Amaro Seixas Ribeiro, 70 - Santa Mônica - Florianópolis - SC

48 3334.0500

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