Polyteck | Edição 11

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Drones texto por André Sionek

O uso comercial e científico de Veículos Aéreos Não Tripulados começou a ganhar força novamente na última década com o barateamento das tecnologias utilizadas nas aeronaves. As violentas lutas jurídicas entre cientistas, empreendedores, órgãos reguladores e outras famílias nobres para ter controle sobre uma pequena porção do espaço aéreo, parecem ser a principal barreira para a proliferação dos drones. Enquanto isso, nas regiões desconhecidas ao norte da Muralha e nos continentes ao leste, novas tecnologias começam a surgir.

O

s primeiros experimentos científicos com veículos aéreos não tripulados (Vants) - popularmente chamados de drones começaram na década de 70, quando a Agência Espacial Americana (NASA) desenvolveu modelos customizados para a pesquisa em grandes altitudes. Apesar dos esforços na época, as aeronaves não tripuladas equipadas com sensores de ponta eram muito caras, e as versões mais simples não serviam para o propósito da maioria das aplicações. Durante a última década, entretanto, a queda nos preços desses equipamentos e os avanços tecnológicos - desde a utilização de navegação a bordo utilizando o Sistema de Posicionamento Global (GPS) até a miniaturização dos pilotos automáticos - têm estimulado vários grupos de pesquisa a realizar experimentos com drones. No final de setembro de 2014, por exemplo, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional

(NOAA), nos EUA, se preparou para dar uma olhada no interior do furacão Edouard enquanto ele avançava pelo Oceano Atlântico. Os caçadores de furacões da NOAA, entretanto estes que têm voado para dentro de tempestades por décadas - tiveram que ficar em casa: a agência resolveu enviar drones. Durante o voo de mais de uma hora nos ventos do furacão, os drones "Coyote", com quatro metros de envergadura, transmitiram dados sobre temperatura, pressão e vento a uma altitude abaixo de 900 metros - onde aeronaves tripuladas não poderiam voar com segurança - de volta para o Centro Nacional de Furacões da NOAA em Miami. Um deles até orbitou brevemente na parede formada pelos ventos intensos em torno do olho do furacão antes de cair no oceano. As aeronaves não tripuladas já oferecem uma maneira eficiente de coletar dados e realizar importantes avanços em pesquisas nos

pólos, vulcões, tempestades e também sobre a vida selvagem em locais de difícil acesso. Drones relativamente baratos com capacidades de imageamento e sensores avançados também têm ajudado a aumentar a produtividade e a reduzir os danos em plantações. Algumas empresas de varejo já têm trabalhado inclusive no desenvolvimento de Vants que realizarão entregas de encomendas no ambiente urbano. O que fica no caminho para o uso mais amplo de drones são alguns desafios técnicos e, principalmente, os jurídicos. Os pesquisadores tentam melhorar a sua autonomia, capacidade de manobra e resistência, mas as leis de muitos países colocam limites estritos sobre onde e como essas aeronaves podem ser utilizadas. Se essas leis forem afrouxadas, e há sinais de que serão, robôs científicos voadores provavelmente começarão a ir para o céu em maior número.

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