Revista Pack 191 - Julho 2013

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duto genérico tem que ser desenvolvida de maneira que forneça a mesma proteção que o produto de referência. A embalagem primária, que é a que entra em contato com o produto, deve oferecer proteção à luz, umidade e a fatores externos. Já a externa, secundária, é desenvolvida para atender a necessidade de quem vai usar o produto em termos de informação, praticidade, além de buscar, também, o menor custo possível. O genérico tem que ter as mesmas propriedades do produto de marca, mas tem o apelo de custo para quem consome. O produto em si não tem variação, buscamos variações na redução do custo da embalagem e na padronização dentro da fábrica. Ganhamos em escala. PACK: O que se vê de tendências em embalagens para o mercado farmacêutico? Ravanini: Estamos seguindo várias tendências dentro da Sanofi. Uma das mais importantes é a retirada de copos e colheres medidas, e colocando seringas dentro dos frascos, pois a dosagem é muito mais precisa e, dependendo da idade da criança, pode ser usada diretamente. Acabamos de adquirir uma máquina totalmente robotizada para colocação dessa seringa, que vem com três robôs. O investimento foi de R$ 10 milhões para a linha completa. Nosso processo era bipartido, no qual, primeiro se enchia o frasco e depois a seringa era colocada. Essa máquina de alta produtividade faz 200 frascos por minuto. Recebe o frasco, sopra o frasco, recebe a tampa, enchedora, a tampadora, rotuladora, tudo com controle e depois outro equipamento pega as seringas em caixas e espassa por esteira. O robô coloca em outra esteira, onde tudo vai arrumadinho e vai ser empurrado dentro do cartucho. Depois tem também as codificações nos

Adquirimos uma máquina totalmente robotizada para colocação de seringa, que vem com três robôs, capaz de produzir 200 frascos por minuto. O investimento foi de R$ 10 milhões. cartuchos, empacotadora e depois um robô que coloca no pallet. A seringa é mais cara, por isso compramos a máquina para termos as soluções de melhoria e equilibrar o custo. O processo bipartido é custoso, envolve pessoas, aumenta número de processos e a máquina faz 100 unidades por minuto, geralmente. Com essa aquisição, conseguimos colocar essas pessoas em outras áreas. Estamos crescendo 10% ao ano e continuamos mantendo o número de empregos e até contratando. Também existem outras tendências. A Sanofi veio de muitas fusões e aquisições. Estamos com um projeto em andamento de padronização e harmonização de embalagens. Escolhemos sete tamanhos de blisters. Tínhamos 17 e estamos com 11. Quando tivermos poucos tamanhos, conseguiremos usar as mesmas máquinas e, assim, reduzimos os setups. Esse projeto envolve não só o Brasil, como todos os países que exportamos. Existe uma complexidade grande, pois tem a questão regulatória dos produtos. Também trabalhamos muito com frascos. Hoje temos de 40 a 50 ti-

pos e nossa meta é padronizar em 40. Outro processo é o tamanho da embalagem em cada país. Estamos analisando qual é o melhor para adotarmos um padrão. É um processo contínuo, não chegaremos ao fim, e sim reduziremos bastante até chegar perto do ideal. Nos blisters existem muitas variáveis para trabalhar. Alguns carregam informações, então as embalagens são maiores. É o caso dos medicamentos que são vendidos diretamente na gôndola, como o Dorflex. Outro fator é se a impressão é corrida ou centralizada. Quando há muita informação, não pode ser corrida. Se a informação for repetitiva, é corrida. Na centralizada, que vem com o código de barra, a impressão é mais cara, por isso não utilizamos para o genérico. Fazemos mais quando queremos passar alguma mensagem para o público final. PACK: Como você enxerga a evolução da Sanofi na produção de suas embalagens? Ravanini: Nossas embalagens estão focadas em pilares: qualidade, performance e ergonomia. ComEditora B2B

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