O Setor Elétrico (edição 154 - Nov/2018)

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Ano 13 - Edição 154 Novembro de 2018

Edição Rio de Janeiro

Luminárias LED para áreas classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à radiação óptica PESQUISA ATERRAMENTO & SPDA Setor termina 2018 otimista e com previsão de crescimento de 17% COBERTURA ESPECIAL CINASE RJ Maior evento técnico itinerante do setor elétrico do Brasil encerra ciclo em 2018 com chave de ouro



Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Cristiane Pinheiro - 25.696-SP cristiane.pinheiro@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul e Minas Gerais Ransconsult Consultoria Claudio Rancoleta – rancoleta@atitudeeditorial.com.br claudio@urkraft.com.br Tel: (11) 3872- 4404 | 99621-9305 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira

Suplemento Renováveis 45 Notícias de Mercado - Geração de energia alternativa cresce 13% no último ano - Fonte solar fotovoltaica é nova aposta para expandir mercado livre com 2GW negociados este ano - Investimento em renováveis não aumenta custos e nem afeta competitividade do setor elétrico no Brasil, diz estudo Coluna eólica: Já temos mais de uma Itaipu de eólicas Coluna solar: Armazenamento da energia solar fotovoltaica: a nova fronteira

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Mitsubishi Electric registrou crescimento de 70% em vendas no Brasil nos últimos três anos; Wago apresenta casos de sucesso na Oktobertech; Itaipu tem o melhor outubro da história; Ipiranga Mococa e Siemens firmam parceria

Consultor técnico José Starosta

para nova turbina de 50MW; TÜV Rheinland cresce em emissões de certificados de lâmpadas Led; e Seção Produtos. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.

Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Bárbara Morais Gianesini, Daniel Bento, Elbia Gannoum, Geraldo R. de Almeida, Ivan Nunes Santos, Jobson Modena, José Starosta, Luciano Haas Rosito, Mário Anauate Neto, Markus Vlasits, Normando V.B. Alves, Nunziante Graziano, Osvaldo Pires de Araujo, Roberval Bulgarelli, Rodrigo Cunha, Rodrigo Sauaia, Ronaldo Koloszuk, Vinícius Henrique Farias Brito. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Google Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio

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CINASE RJ

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Fascículos

40

Aula prática Luminárias LED para áreas classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à radiação óptica

52

Filiada à

Pesquisa – Aterramento Setor termina 2018 otimista e com previsão de crescimento de 17%, aponta pesquisa do OSE

60

Espaço 5419 Eletrodo de aterramento de PDA – parte 2

62

Espaço SBQEE Requisitos de acesso: filtrando a norma

Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

Painel de notícias

Colunistas

64 65 66 68

Daniel Bento - Redes subterrâneas em foco Jobson Modena – Proteção contra raios José Starosta – Energia com Qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex

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Editorial

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O Setor Elétrico / Novembro de 2018 Capa ed 154_C.pdf

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11/12/18

12:20

www.osetoreletrico.com.br

Ano 13 - Edição 154 Novembro de 2018

Edição Rio de Janeiro

O Setor Elétrico - Ano 13 - Edição 154 – Novebro de 2018

Luminárias LED para áreas classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à radiação óptica PESQUISA ATERRAMENTO & SPDA Setor termina 2018 otimista e com previsão de crescimento de 17% COBERTURA ESPECIAL CINASE RJ Maior evento técnico itinerante do setor elétrico do Brasil encerra ciclo em 2018 com chave de ouro

Edição 154

Mercado de energia em aquecimento

2018 está chegando ao fim e com ele boa parte dos planos

hidráulica. Segundo estudo da Associação Brasileira dos

que foram traçados pelas empresas. Na Editora Atitude, que

Comercializadores de Energia (Abraceel), houve aumento

edita todos os meses a revista O Setor Elétrico e realiza o Cinase

de 13% na geração de energia alternativa no último ano. O

– Circuito Nacional do Setor Elétrico, evento itinerante que

dado se refere ao Ambiente de Comercialização Livre (ACL),

percorre as principais capitais e cidades do Brasil com o objetivo

segmento onde se realizam as operações de compra e venda

de levar informações técnicas do setor elétrico, agregadas ao

de energia elétrica. Para entrar nesse mercado, a demanda

conhecimento que cada Estado tem a oferecer, não foi diferente.

do consumidor tem de ser maior que 500 kW, o que engloba,

geralmente, indústrias, comércios e grandes condomínios

E podemos dizer que, apesar de todas as incertezas da

Economia e da Política brasileira, temos de comemorar. E sabe

residenciais. A energia eólica representa 43% do mercado livre

por que? Porque idealizamos e fizemos quatro edições do

de energia, enquanto a biomassa chega a 67% e as Pequenas

Cinase: Fortaleza (CE), Canoas (RS), São Paulo e Rio de Janeiro,

Centrais Hidrelétricas (PCHs), 45%. Aproximadamente 39%

totalizando mais de 4 mil pessoas, cerca de 150 palestrantes e

do consumo do ACL vêm de fontes renováveis. E a solar

mais de 120 patrocinadores e diversos apoiadores, com forte

fotovoltaica é a mais nova aposta brasileira para expandir

peso no mercado de energia nacional. Foram oportunidades

o mercado livre de energia. Ficaremos de olho nessas

geradas para troca de informações, de experiências e até

tendências e excelentes oportunidades que movimentarão o

abertura de novos negócios para as empresas que lá estiveram.

nosso setor elétrico.

Esta edição da revista O Setor Elétrico traz uma matéria especial

sobre o Cinase RJ, que encerrou este ciclo de 2018. Nesses já

excelente conteúdo técnico. Entre ele, luminárias LED para áreas

oito anos de existência, cerca de 20 mil pessoas já passaram

classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à

pelo evento por todo o País. A todos vocês que nos ajudaram e

radiação óptica; revisão da NBR 5410 e a proteção adicional do

participaram de todas as edições o nosso muito obrigada e que

neutro; correntes e tensões induzidas interna e externamente em

possamos continuar realizando esse sucesso em 2019! O próximo

prédios atingidos por raios; motores elétricos “Ex”: o efeito dos

acontece em maio, em Florianópolis, e já estamos a todo vapor,

serviços de reenrolamento na eficiência energética; NBR 5101

ops, energia, organizando mais este Cinase.

– Comentada; conjuntos de manobra e controle em alta tensão –

Acima de 1kV até 52kV; cabos aéreos para linhas de transmissão

Além deste movimento em nosso mercado elétrico,

notamos neste mês que o setor está voltando a se

E como não podemos deixar de lado, esta edição traz um

de energia elétrica, entre outros. Boa leitura!

movimentar. Seguindo tendência mundial, o investimento em energia limpa vem aumentado. E fontes como petróleo,

Abraços,

carvão e gás vêm dando lugar à energia eólica, solar e

Cristiane Pinheiro

Redes sociais

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Revista O Setor Elétrico



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Coluna do consultor

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br

Direita volver!

Como dizem alguns “estava escrito nas estrelas”, outros mais céticos e mais “terrenos”

observam o fim do romantismo de esquerda e por enquanto da centro-esquerda. Talvez os últimos 16 anos pudessem apresentar um bom modelo de gestão do Governo, talvez.... pudesse....; mas não foi. O sucesso econômico alcançado pelo neoliberalismo e pelo Plano Real de Fernando Henrique Cardoso (FHC) nos deu fortes esperanças. “Agora vai!!!”. Em 2002, o governo eleito de Lula tratou com bastante juízo de manter o modelo econômico, ampliando, contudo, as benesses sociais e fortificando os sindicatos e empresas públicas. Sua sucessora errou na dose e na fórmula e a “mantega” desandou. A presidente Dilma foi destronada quando jogou o País à bancarrota.

O setor elétrico que o diga. Perdemos a chance de um governo de padrões políticos

que deveria valorizar o Estado. Deveria!!! O apetite na mordida foi maior que o tamanho do “sanduba”. Quebramos e o que deveria ter sido investido no País foi para as contas superfaturadas, para as malas de sujeitos medíocres, para os “hermanos” bolivarianos, para os cofres dos políticos e suas quadrilhas e toda sorte de descaminhos. Dilma pedalava não só em seus exercícios matinais (literalmente) no Planalto. Seu sucessor que tentou no primeiro instante semear a terra arrasada foi tentar contemporizar com a dupla caipira bandida e a vaca foi pro brejo. Mesmo depois do desfalque promovido pelo Governo, um número aproximado de 47 milhões de brasileiros preferiram esquecer o que se passou e dar a segunda chance a esta turma, como que em um perdão velado ou puro e cego fanatismo (o que é isso meus Jovens!). Outros 42 milhões preferiram não escolher A ou B, não comparecendo às urnas ou não validando seus votos e os restantes 58 milhões elegeram o candidato Jair Bolsonaro, dono de um discurso fácil, irônico e até atraente para a maioria, típico de roda de amigos. Agora que foi eleito esperamos que alguns conceitos apresentados sejam filtrados, recheado de conteúdo e por que não reposicionados. O mercado reagiu bem e o que se espera é uma época de novos investimentos internos e externos que consiga nos movimentar de novo. Temos um País inteiro para (re)construir e, por incrível que pareça, gente disposta a trabalhar. Durante o CINASE-RJ, o presidente do CREA-RJ, Eng. Luis Cosenza, apontava para a redução dos engenheiros empregados em função da crise. O SENDI, em Fortaleza, também nos deu esperança de dias melhores. Que a sociedade possa testemunhar a inversão desta curva para o sucesso e para o progresso de todos. Está na hora!


Eaton

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Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Por Adriana Dorante

Wago apresenta casos de sucesso na Oktobertech Segunda edição do evento mostrou diferentes tecnologias ligadas à indústria 4.0

Pensando na segurança da cidade que

armazenamento de cargas que chegam

abriga o maior Porto da América Latina,

ao Brasil, além de acomodar diversas

a Engemon, empresa brasileira focada

indústrias com um perfil de atmosferas

em engenharia e tecnologia, e a Alpha

explosivas, área com risco de acidentes por

Equipamentos Elétricos realizaram, no dia

excesso de produtos inflamáveis. “A ideia

10 de outubro, o 1º Fórum de Segurança

do evento surgiu justamente para aculturar

em Atmosferas Explosivas, no Parque

os profissionais que trabalham na região

Balneário Hotel, em Santos.

sobre a importância de investimentos

“O

Porto

de

Santos

é

a

maior

em segurança que podem salvar vidas e

fonte de renda de Santos e região ao

negócios.”

realizar um terço das trocas comerciais

Segundo o engenheiro e consultor

brasileiras e gerar 33 mil empregos.

técnico da Petrobrás, Roberval Bulgarelli,

Para armazenamento de líquidos, conta

as

com uma capacidade de 700 mil m³ e,

das instalações “Ex”, como preditiva e

para granéis sólidos, instalações para

preventiva, ainda não são as ideias e a

acondicionar mais de 2,5 milhões de

segurança depende mais das pessoas do

toneladas. Com essa alta quantidade de

que dos equipamentos. “Devemos tirar

produtos, é necessária cautela na hora

da cabeça esse mito do Brasil de que

de transportar produtos inflamáveis que

basta ter equipamento certificado que já

podem prejudicar a segurança portuária”

é suficiente. É preciso que as pessoas

explicou

Salma

diretora-geral

da

diárias

de

manutenção

Appes

Scaramuzzino,

envolvidas

Alpha

Equipamentos

Instaladores, executantes, supervisores,

Elétricos. Para

atividades

(executantes,

supervisores,

técnicos e engenheiros de montagem) Marco

Silva,

presidente

da

conheçam as Normas e o processo de

Engemon, a área portuária de Santos

instalação dos equipamentos”, ressaltou.

é fundamental para o escoamento e

Bulgarelli é coordenador do Subcomitê


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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

SC-31 do Cobei, representa o Brasil

proprietária

no Comitê Técnico TC 31 (Atmosferas

importância da classificação de risco

explosivas) e TC 95 (Dispositivos de

e suas etapas básicas. “Tudo começa

proteção) da IEC e no IECEx. Foi o

com a classificação de riscos, como a

primeiro brasileiro a receber o Prêmio de

determinação dos produtos inflamáveis,

reconhecimento internacional IEC 1906

das fontes de riscos e suas taxas de

Award. “É preciso a adoção de uma

liberação e dos tipos de zonas e sua

abordagem de segurança ao longo ciclo

extensão”, explicou

total de vida das instalações “EX”, desde

a atividade do projeto, até as atividades

análise e classificação do ambiente onde

rotineiras

uma atmosfera explosiva de gás, poeiras e

de

manutenção,

reparo

e,

da

Maex,

falou

sobre

a

A classificação de área é um método de

principalmente, de inspeção”, explicou.

camadas de poeiras combustíveis possa

Segundo Bulgarelli, as certificações

ocorrer, facilitando a adequada seleção e

devem ser feitas de acordo com as

instalação de equipamentos utilizados com

Normas Técnicas Brasileiras adotadas da

segurança nesses ambientes.

série ABNT NBRIEC 60079 Atmosferas

As áreas classificadas são as que

Explosivas, elaboradas pelas Comissões

contêm gás, vapor, poeira combustível,

de Estudos do Subcomitê SC-31 do

fibras ou partículas suspensas. “Se numa

Cobei.

área há substância inflamável e oxigênio é

Ele também reforçou que o Brasil faz

considerada uma área de risco”, reforçou.

parte do IECx – Sistema Internacional

Ela deu alguns exemplos de fontes de

de

de

risco, como tanque de armazenamento

competências pessoais “Ex”, de empresas

interno de açúcar e álcool de medição

de prestação de serviços “EX” e de

manual. Ao abrir a tampa e colocar a régua

equipamentos

de medição é uma fonte de risco, já que

Certificação

“Ex”,

certificação

elétricos

e

mecânicos

“EX,” apoiados pelas Nações Unidas. “O

tem vapor presente.

objetivo do IECx é a aceitação mundial da

Outros exemplos são carregamento

normalização.”

e descarregamento de caminhões, torres

O

evento

participação coordenador

ainda de de

contou Heleno

certificação

a

de destilação internas das usinas, selo

Ferreira,

mecânico de bombas, que pode ocorrer

Ex,

vazamento em condição anormal, entre

com

na

DNV GL, destacando o processo de

outros.

certificação de produtos destinados ao

uso em atmosferas explosivas de acordo

fonte de risco o descarregamento de

com a Norma administrativa nº 179 do

grãos, ensacamento de leite em pó, amido

INMETRO, baseada no parâmetros do

de milho e a açúcar, entre outros. “Existem

IEC.

graus de riscos que podem ser contínuos

ou não esperados para cada tipo de

A palestra também abordou sobre os

Em relação à liberação de poeira é

três tipos de certificação compulsória para

componente e de situação”, apontou

equipamentos elétricos e eletrônicos para

atmosferas explosivas de gases, vapores

técnico da Alpha, falou da importância do

inflamáveis e poeira combustíveis, tais

produto “Ex” para atmosferas explosivas,

como: certificação de linha, certificação de

trazendo segurança à instalação desde

lote e de situações especiais para produtos

que seja corretamente instalado. “A Alpha

importados, utilizada principalmente para

conta com uma diversidade de produtos

regularização de Skids (unidade modular

específicos certificados para esse tipo

de processos).

de instalação, desde painéis, luminárias,

Alessandra

Renata

Junk,

sócia

Maikel Murpf, gerente do departamento

motores elétricos, entre outros”, disse.


Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Mitsubishi Electric registrou crescimento de 70% em vendas no Brasil nos últimos três anos Com um portfólio completo de soluções em automação industrial, companhia atende às necessidades da indústria de maneira eficiente em todo o País

A Mitsubishi Electric registrou crescimento

expressivo nos últimos anos: de 2014 a 2017, a divisão de Automação Industrial (IA) aumentou suas vendas em 70% e, de 2016 a 2017, incrementou o número de colaboradores em 34%, além de expandir o estoque local em 28%.

O crescimento no período foi suportado

pelo aumento expressivo da rede de parceiros de vendas, composta por distribuidores e integradores de sistemas. De 2015 a 2018, o número de distribuidores aumentou 118% e a quantidade de integradores parceiros teve incremento de 320%. Como resultado do crescimento da demanda, a companhia também teve de ampliar sua capacidade de operação. Nesse sentido, duas iniciativas recentes merecem destaque: a inauguração do centro de reparos próprio no País, proporcionando maior agilidade na manutenção de produtos, e a inauguração de um novo escritório comercial em Blumenau, com o objetivo de atender de maneira ainda mais eficiente o público da região Sul. “Em 2018, nosso principal intuito é continuar crescendo de maneira sustentável, com o apoio de integradores, distribuidores e clientes finais. Nossa meta é dobrar a divisão até 2020. Para isso, contamos com o

produtos disponibilizados pela companhia –

lançamento de novos produtos, como a linha

em todas as divisões, de automação industrial

conhecer de perto a linha de automação

de baixa tensão, além de continuar investindo

a ar condicionado.

industrial da companhia, com destaque para

no treinamento de profissionais da área.”, afirma

Com quase cem anos de existência, a

um robô industrial, que demonstrou a linha de

Fabiano Lourenço, gerente geral da divisão de

companhia viu no evento uma oportunidade

produtos de baixa tensão, recém-lançada no

Automação Industrial da Mitsubishi Electric.

de reforçar sua trajetória. “Estamos muito

Brasil. No local, o público também pode ver

Durante a exposição, os visitantes puderam

felizes com essa oportunidade de mostrar a

de perto soluções de economia de energia,

Mitsubishi Electric Total Solution Exhibition

importância de nossos produtos e serviços,

automação predial, sistemas de visualização,

que têm qualidade ímpar, além de trazer

sistemas de ar condicionado, entre outras,

No dia 18 de outubro, a empresa realizou

os atletas do tênis de mesa que estamos

oferecidas pela companhia. A maior parte das

uma exposição na Japan House São Paulo.

patrocinando com o objetivo que disputem os

soluções é fabricada no Japão e se destaca

Intitulada Mitsubishi Electric Total Solution

Jogos de 2020 no Japão”, afirma Koji Miyashita,

por sua qualidade e eficiência, atendendo

Exhibition, a companhia mostrou todos os

presidente da Mitsubishi Electric do Brasil.

milhares de clientes ao redor do mundo.


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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

TÜV Rheinland cresce em emissões de certificados de lâmpadas Led Incremento de negócios foi acima do mercado e reforça atuação da empresa no segmento de iluminação

A TÜV Rheinland Brasil, subsidiária

do segmento em programas de certificação

de um dos maiores grupos mundiais de

do Inmetro e de eficiência energética –

certificação, inspeção, treinamento e

como o PROCEL da Eletrobrás.

gerenciamento de projetos, registrou

Acreditada pela Coordenação Geral

crescimento superior ao do mercado

de Acreditação do Inmetro como Órgão

no negócio de certificação de lâmpadas

certificador,

LED. Até o mês de outubro de 2018,

uma equipe altamente qualificada e uma

a empresa elevou em mais de 250%

ampla estrutura em seu Laboratório do

as

a

TÜV

Rheinland

possui

destes

Jabaquara, em São Paulo. No laboratório,

produtos, em relação ao ano de 2017,

também acreditado pela CGCRE/Inmetro,

enquanto o mercado de certificação

são realizados os testes dos produtos que

destas lâmpadas teve um aumento de

garantem a conformidade das lâmpadas

40% no mesmo período.

LED, que circulam no mercado com

emissões

de

certificados

Este incremento de negócios reforça

os padrões de segurança, qualidade e

o papel da empresa como uma das

desempenho de normas técnicas nacionais

organizações

e internacionais.

que

são

referência

no

e importadores estão cada vez mais de

ofertando aos consumidores finais um

em certificação de reatores eletrônicos

certificados emitidos de lâmpadas LED

produto seguro, eficiente e com qualidade",

e luminárias públicas viárias. A TÜV

representa um avanço importante neste

afirma Fabio Sora de Araújo, coordenador

Rheinland avalia também outros produtos

mercado, pois evidencia que fabricantes

geral de operações.

segmento de iluminação, no qual é líder

"O

crescimento

do

número


Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Ipiranga Mococa e Siemens firmam parceria para nova turbina de 50MW

A Siemens, um dos principais parceiros

da indústria sucroenergética, acaba de fechar contrato com a Ipiranga Agroindustrial S/A, Unidade Mococa (SP), para fornecimento da Turbina SST-400, que será fabricada no complexo industrial de Jundiaí (SP) e entregue ao cliente em setembro de 2019. Trata-se de umas das maiores turbinas de contrapressão já vendidas para o setor sucroenergético brasileiro (50 MW).

O contrato com a companhia inclui um

programa de manutenção de longo prazo e de baixo custo em conjunto com o escopo completo do sistema de diagnóstico remoto da Siemens (Remote Diagnostics Systems

relatórios. O DNA da Siemens está em produzir

no custo benefício final desse investimento,"

– RDS). Um complemento ao sistema

equipamentos de alta performance e a prova de

afirma Leandro Costa, Diretor de Vendas da

de controle da turbina composto por um

paradas e o sistema de monitoramento remoto

Siemens no Brasil.

Microbox PC que, por meio de um roteador

aumenta a segurança operacional, além de

Para o diretor industrial da Ipiranga

e modem, envia diariamente dados para os

ser pré-requisito para quem busca 100% de

Industrial, Luiz Cunali Filho, a confiabilidade

servidores da Siemens. Essas informações

disponibilidade", afirma Murilo Teixeira, Gerente

operacional foi um dos principais fatores para

são recebidas por um sistema inteligente que,

de Vendas da Siemens no Brasil.

a escolha da Siemens para o fornecimento

por meio de algoritmos proprietários, indicam

"O modelo de negócio é uma quebra de

dessa solução, visto que toda a cogeração

ao engenheiro de monitoramento se há alguma

paradigma no mercado sucroenergético, que

da usina estará "pendurada" em uma única

anormalidade ou tendência para tal.

normalmente compra somente equipamentos

turbina. "Essa é uma mudança de cultura

turbos

desvinculados de programas de manutenção

empresarial

monitorados globalmente e a Ipiranga Mococa

de longo prazo. Com essa parceria, a Ipiranga

baseada na manutenção preventiva, que

será a primeira do setor sucroenergético

Agroindustrial S/A reforça seu perfil inovador

vai nos proporcionar maior segurança na

brasileiro a ter o pacote completo de serviços e

neste setor, pensando no valor agregado e

operação do dia a dia." afirma o executivo.

"Possuímos

mais

de

100

do

setor

sucroenergético,


O Setor Elétrico / Novembro de 2018

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Itaipu tem o melhor outubro da história Expectativa é fechar 2018 com uma produção excepcional A

usina

de

Itaipu

voltou a bater recorde de geração. A binacional registrou o melhor outubro em 34 anos e meio, desde o início de sua operação. O desempenho excepcional da geração deve-se à grande

quantidade

de

chuva registrada na área do reservatório (mais de 300 milímetros no mês, bem acima

da

média

histórica), aliado à boa coordenação operativa da área técnica, que trabalha em sinergia para garantir uma produção eficiente e sustentável.

Segundo o diretor técnico executivo de Itaipu, Mauro Corbellini, a expectativa é fechar 2018 com uma produção excepcional. "É possível

que coloquemos a geração deste ano entre as cinco melhores da nossa história, excluindo o ano de 2008 desse ranking de excelência.” E conclui: “Se isso acontecer, confirmaremos o processo contínuo de eficiência operacional da área técnica da usina, uma vez que todos esses cinco anos são recentes: 2016, 2013, 2012, 2017 e, quem sabe, com 2018, nesse seleto grupo".


Painel de produtos

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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Engerey lança painel elétrico de remota portátil para automação www.engerey.com.br

A Engerey Painéis Elétricos idealizou um painel elétrico de remota portátil para automação,

seguindo a tendência atual que é a de compactação de componentes em equipamentos e máquinas. O novo produto conta com módulos de interface profinet, que também possuem dimensões reduzidas. Os painéis são de fácil instalação, pois contam com borne triplo com tecnologia de conexão push-in, ou seja, que dispensa o uso de ferramentas.

Os painéis de remota da Engerey podem ser fabricados em inox ou aço carbono, com a

opção de acompanhar sistema de fixação externa e prensa cabo bipartido. Os quadros de remota podem ser aplicados em instalações industriais novas ou que passam por um processo de expansão, com grandes benefícios relacionados à praticidade e à economia.

Os novos quadros elétricos de remota da Engerey possuem configurações padrões, mas podem ser construídos de acordo com a

necessidade dos clientes a partir de projetos de engenharia customizados.

Os Quadros Elétricos de Remota Padrões estão disponíveis no Catálogo Online de Produtos da empresa, no link: https://catalogo.

engerey.com.br.

Yaskawa desenvolve novas linhas de inversores de frequência para uso em elevadores www.yaskawa.com.br

A Yaskawa Elétrico do Brasil, líder mundial na fabricação de inversores de frequência e servo acionamentos e

integrante do grupo Yaskawa Electric Corporation, disponibiliza para o mercado nacional novas linhas de produtos, como o Inversor de Frequência L1000E e o Módulo Regenerativo R1000, ambos para uso em elevadores.

O Inversor de Frequência L1000E traz muitos benefícios e recursos de alta performance como maior eficiência

energética e vida útil, parametrização fácil, ajustes de segurança e conforto de viagem. “O L1000E incorpora inovação tecnológica, resultado de um projeto especial de hardware para operação até 70.000 horas livre de manutenção. Oferece funções avançadas de controle para operar motores de indução e imã permanente, em aplicações com máquinas de tração com ou sem engrenagem”, afirma o gerente de engenharia de aplicação e vendas da Yaskawa, Anderson Sato.

Já o Módulo Regenerativo R1000 traz maior eficiência energética em suas aplicações. “De forma muito simples

e com baixo investimento o R1000 pode ser instalado em novos elevadores e sistemas existentes, proporcionando uma economia de energia de até 50% por ano. Qualquer elevador que utiliza inversor de frequência pode usar esse equipamento.”, explica Sato.

3M lança lubrificante para puxamento de fios e cabos www.3m.com.br

A 3M desenvolveu o lubrificante para puxamento de fios e cabos feito à base d'água para proteger a superfície

dos cabos, não manchar, não deixar resíduo, além de ser muito mais fácil e limpo de se manusear. Ele substitui o uso de outros líquidos não recomendados que podem comprometer a qualidade da instalação e corroer fios e cabos. O produto é indicado para instalações elétricas em geral, de TV a cabo, antenas, linha telefônica, extensão e interfones.

O lubrificante 3M para puxamento de fios e cabos já está disponível nas principais redes de revenda pelo país.

Produzido no Brasil, o produto possui tecnologia exclusiva 3M. Para outras informações sobre o produto, acesse o site oficial 3M.



Evento

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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Por Adriana Dorante Edição Cristiane Pinheiro

Após a jornada por três Estados brasileiros,

passando por Fortaleza (CE), Canoas (RS) e São Paulo (SP) a 33ª edição do Cinase Circuito Nacional do Setor Elétrico encerrou 2018 com chave de ouro. O evento realizado

Maior evento técnico itinerante do setor elétrico do Brasil encerra ciclo em 2018 com chave de ouro Cinase RJ contou com mais de 40 palestras, 29 patrocinadores, 21 apoiadores e com mais de 1000 pessoas nos dois dias do evento

no Rio de Janeiro em novembro recebeu mais de 1000 pessoas durante os dois dias, contou com a participação de 29 patrocinadores, que apresentaram novidades e alguns lançamentos, 21 apoiadores e 40 palestras com especialistas de diversas áreas do segmento elétrico.

A

edição interativa contou ainda com o Prêmio O Setor Elétrico para projetos desenvolvidos pelas empresas locais.

Segundo Adolfo Vaiser, diretor da revista

O Setor Elétrico e organizador do Cinase, pelo fato da revista estar presente no mercado há 13 anos, está rodeada de renomados especialistas que são convidados ao Cinase para enriquecer o setor de informações. “O


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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

evento é itinerante e pelo fato de sair de São

na área criminal como convênios com a

Paulo faz com que preenchamos uma carência

polícia, delegacia de defesa, delegacias

elétrica que existe Brasil afora. Criamos um

locais, no intuito de prendermos as pessoas

evento que possa marcar a região em que o

que se enriquecem do furto de energia”,

Cinase passa, com a chance do profissional se

complementou.

atualizar do que há de mais novo no setor. Um

congresso técnico com exposição simultânea

específico para Pesquisa e Desenvolvimento

onde todos os estandes são padronizados”,

(P&D) e até março de 2019 haverá 60 projetos

destacou.

em P&D na área de eficiência energética. “Não

Paralelamente a isso, a Light tem um setor

Alexandre Morais, da BRVAL Electrical,

é à toa que temos os melhores indicadores de

patrocinadora master do evento, líder no

uso de qualidade de energia do Brasil (TEX

fornecimento de cabines e subestações

e FEX). Parabenizo esse evento maravilhoso,

blindadas no Estado do Rio de Janeiro,

por podemos discutir sobre essas questões e

afirmou estar muito feliz do Cinase acontecer

reforço que o problema de furto de energia não é

na cidade carioca, trazendo novos conceitos e

só da Light. É da sociedade carioca e do Brasil.”

informações para o Brasil. “É muito importante para minha empresa e sou muito grato pela

Eficiência energética

oportunidade. Também foi bom para fortalecer

A eficiência energética é uma frente

outras companhias devido à qualidade do

de trabalho da Light, considerada um fator

evento e das palestras”, disse.

de inovação. Segundo Roberto Musser,

Marcel Campos Araújo, diretor técnico

coordenador de planejamento gestão e

do Sindistal, um dos apoiadores, também

eficiência energética da companhia, desde

reforçou a importância do roadshow ser

o início da obrigatoriedade de investir 0,5%

realizado no Rio de Janeiro, tornando-se o

da receita operacional líquida anual em

centro dos debates científicos do que há de

programas de eficiência energética, em 1998,

melhor no setor.

o PEE – Projeto de Eficiência Energética da

Palestra de abertura

Light executou 188 projetos, que somam

Na ocasião, a Light, responsável pela

um investimento de R$ 482,10 milhões. A

geração,

distribuição

economia de energia decorrente dessas

de energia elétrica no Estado do Rio de

iniciativas é de 815,64 GWh ao ano. No ano

Janeiro, abriu o Cinase RJ abordando sobre o

de 2017, o investimento da Light foi de R$

trabalho da companhia no combate ao furto.

13,03 milhões em 19 projetos.

Segundo Rainilton Andrade, superintendente

de recuperação de Energia da Light, na

alteração de processos produtivos, passando

companhia há uma estatística de que 70% de

pela

interrupções de energia estão relacionadas ao

equivalentes mais eficientes, nos sistemas

furto de energia.

de

“A Light precisa fornecer a 1 TWh a

aquecimento de água, geração de energia por

mais por ano para atender somente ao

fontes incentivadas, até ações educativas e de

desperdício provocado pelo furto de energia.

cunho social.

E isso está embutido no custo das bandeiras,

onerando em até 17% a conta de energia dos

mecanismo para a participação de uma

consumidores cariocas”, destacou.

empresa num projeto de eficiência energética.

As áreas com maior furto de energia,

“Esse ano lançamos dois editais, um de R$

explicou, são justamente as que têm mais

25 milhões para clientes residências, serviços,

interrupções, devido à sobrecarga na rede. O

comerciais e industrial, e uma chamada, para

Rio de Janeiro é o Estado com o maior volume

iluminação pública em R$ 15 milhões. Foram

de furto de energia no Brasil por fatores

R$ 40 milhões só em editais de projetos”,

complexos, como ausência do Estado nas

disse.

áreas de risco, violência, entre outros.

comercialização

e

As ações executadas incluem desde a substituição iluminação,

de

equipamentos

climatização,

por

refrigeração,

Musser destacou que o edital é o principal

O número de projetos qualificados para

Para combater esse risco e antecipar as

atender ao edital aumentou, segundo Musser,

ocorrências na rede, a Light tem investindo

principalmente com incentivos na questão de

pesado em tecnologia, como termovisão

múltiplos uso. Por exemplo, ao invés de projeto

em linhas de transmissão, drones, entre

só de iluminação, é possível conjugar com

outras ações. “Também temos várias frentes

fotosolar, boilers em hospitais, entre outros.


Evento

18

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

RD3 Engenharia é premiada em duas categorias No total foram 22 projetos inscritos para concorrer em seis categorias

A Revista O Setor Elétrico realizou pela

empresas vencedoras foram a P&D ANEEL

critérios de avaliação foram atribuídos por notas

primeira no Rio de Janeiro o Prêmio O Setor Elétrico

/ Pós - PUC RIO MQI E Light, com o projeto

de um time formado pelos especialistas do

de Qualidade das Instalações Elétricas 2018. A

de “Avaliação da eficácia de operação do Sirea:

Cinase e por quatro especialistas locais: Clayton

premiação ocorreu em seis categorias divididas

vantagens e benefícios da alternativa tecnológica

Vabo, Diretor do Senge RJ; Vinicius Ayrão,

em: Instalações Elétricas Industriais e Comerciais,

proposta de limpeza de trocadores de calor de

consultor em instalações elétricas e sistemas

Energia Renovável, Pesquisa & Desenvolvimento,

hidrogeradores”.

fotovoltaicos da Sinergia Consultoria; Eduardo

Projeto Luminotécnico, Inovação Tecnológica e

Em Projeto Luminotécnico, a vencedora foi

Sabatino, conselheiro da Câmara de Engenharia

Projeto do Ano. No total foram 22 projetos inscritos

Centelha Equipamentos Elétricos, com o projeto

Elétrica do CREA RJ; e Vitor Hugo Ferreira,

em todas as categorias.

de “Substituição do sistema de iluminação

chefe do departamento de engenharia elétrica

convencional para soluções em LED e adequação

da Universidade Federal Fluminense.

categorias: Instalações Elétricas Industriais e

a Norma Técnica ANT ISO/CIE 8995-1”.

Comerciais e Projeto O Setor Elétrico 2018,

Por último, em Inovação Tecnológica, a

instalação elétrica ou sistema (distribuição e uso

Edição Rio de Janeiro. O que levou a empresa

UFF – Universidade Federal Fluminense ganhou

de energia em baixa tensão); fontes principais,

a garantir as duas premiações foi o projeto “As

o prêmio com a “Avaliação da atualização

complementares e de emergência; definição

Instalações Elétricas Aplicadas em uma Obra

tecnológica da iluminação pública no Brasil”

de linhas elétricas e circuitos de distribuição;

de Arte”. A companhia participou do projeto

subestações,

de revitalização do Hotel Nacional, ícone da

os profissionais a respeitarem as Normas

geradores e outros; proteção elétrica; proteção

arquitetura do Rio de Janeiro de Oscar Niemeyer,

técnicas e a proverem soluções cada vez mais

contra descargas atmosféricas; atendimentos às

em seus 34 andares, com o desafio de manter

sustentáveis e eficientes para as instalações

Normas 5410, 14039, 5419; NR10; aspectos

os traços da arquitetura alinhando com as novas

brasileiras”, afirmou Adolfo Vaiser, diretor da

e vantagens de operação e manutenção

tecnologias em projetos.

revista O Setor Elétrico e Organizador do Cinase.

automação e informação qualidade de energia

A RD3 Engenharia foi a vencedora em duas

“Acreditamos que essa iniciativa incentivará

Na categoria Energia Renovável, o vencedor

Cada um deles avaliou 12 itens: topologia da

painéis,

transformadores,

e eficiência energética sistemas de iluminação

foi a Solfortes Engenharia Sustentável, com o

Sobre o Prêmio

característica de originalidade e referência.

projeto de “Instalação de um sistema de micro

geração de energia solar fotovoltaica”. Já na

de 2018, com forte empenho das associações

ponderada devido à especificidade e aplicação

Categoria Pesquisa & Desenvolvimento, as

e entidades da região do Rio de Janeiro. Os

de cada trabalho.

A divulgação do prêmio teve início em janeiro

O resultado final foi obtido através de média


19

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

ABNT publica Normas inéditas para instalações em atmosferas explosivas Destaque é a normalização sobre requisitos básicos de avaliação para equipamentos não elétricos A

Associação

Normas

Segundo Bulgarelli, na década de 80, o

recentemente

Brasil começou a se alinhar com as Normas

Normas inéditas que orientam as instalações

internacionais e, já na década de 90, a maior

em atmosferas explosivas. Entre elas estão

parte das Normas brasileiras já estava alinhada

requisitos de avaliação de conjuntos pré-

com as IECs.

montados, tipos de proteção de equipamentos

“A ABNT elabora Normas equivalentes

mecânicos adequados para instalação segura e

às internacionais por uma série de vantagens,

métodos e requisitos básicos de avaliação para

como maior facilidade na adoção das melhores

equipamentos não elétricos, aperfeiçoando

práticas

ainda mais a segurança das instalações.

qualidade, eficiência energética, confiabilidade

Técnicas

(ABNT)

Brasileira publicou

de

internacionais

sobre

segurança,

e quebras de barreiras técnicas que dificultem

isso é preocupante. É preciso ter confiança nas

o fato de que não só os equipamentos elétricos

comercialização de produtos”, destacou.

empresas envolvidas em todas as etapas das

têm provocado acidentes de atmosferas

instalações e acredito que esse seja o principal

explosivas”,

Bulgarelli,

de vida das instalações elétricas em atmosferas

desafio mundial”, reforçou.

coordenador do Subcomitê SC-31 do Cobei,

explosivas começa com a classificação de área,

Para auxiliar nesse desafio, Bulgarelli

representante do Brasil no Comitê Técnico

especificações de equipamentos, inspeção

destacou que dentro da IEC foram criados

TC 31 (Atmosferas Explosivas) e TC 95

para a instalação, compra dos equipamentos

sistemas de avaliação da Norma e um

(Dispositivos de Proteção) da IEC e no IECEx.

e por fim, inspeções periódicas. Todas essas

deles especificamente para IEC Ex, com a

“Agora se dá um passo a mais, considerando

destacou

Roberval

Bulgarelli reforçou ainda que o ciclo total

fases precisam ser realizadas seguindo as

participação de 33 países, abordando não

Normas sobre classificação de área contendo

normas de segurança.

só a de certificação de equipamentos, mas

gases inflamáveis, proteção de equipamentos

Ele destacou que atividades rotineiras,

de um ciclo total de vida das instalações,

por segurança aumentada, entre outras.

como manutenção preditiva e preventiva, além

integrando todos os itens de segurança

“O Brasil trabalha publicando e atualizando

de inspeção periódica são fundamentais para

desde equipamentos, até empresas e pessoas

periodicamente suas Normas técnicas que

garantir que tudo esteja em ordem. “Existem

certificadas. O sistema oferece testes para

estão no mesmo nível internacional”, afirmou.

empresas que não conhecem essas Normas e

certificação de competências pessoais.

Segundo ele, também houve atualização nas


20

Evento

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Certificação é um dos caminhos para iluminar o Brasil com qualidade A

discussão

sobre

certificação

de

analisamos todos esses dados no software

uma pessoa que eventualmente encoste no

lâmpadas e luminárias ainda é recente,

e simulamos a forma mais adequada de

poste é muito baixa. Também conversamos

mas já é obrigatória pelo Inmetro para a

iluminação para o local,” disse.

com fornecedores para que eles envolvam

comercialização desses produtos. A arquiteta

tampões com materiais isolantes”, explicou.

Juliana Iwashita, diretora da Exper, falou

segundo Marcia, além do fotométrico, é

A Rio Luz também exige dos fornecedores

sobre tipos de certificações do Inmetro para

o elétrico, principalmente na questão de

testes mecânicos de resistência, de vibração

lâmpadas LED e luminárias públicas.

“É

segurança. “Analisamos itens que possam dar

e de carga, já que as luminárias estão em cima

importante destacar que a confiabilidade do

choque. Em grandes áreas de convivência,

de postes sujeitos a vibração e ao e vento.

produto não está só num selo. Depende de

como praças, indicamos poste de fibra, que

Em relação à questão ambiental, o

toda a cadeia para ter a qualidade e a vida útil

é isolante elétrico e a chance de choque para

abrigo de inseto nas luminárias é a mais

Outro parâmetro de avaliação da luminária,

adequadas”, disse.

Segundo ela, o processo de certificação

das lâmpadas e luminárias iniciou há cerca de três anos. Os requisitos básicos são o selo do Inmetro, informação de potência, fluxo e eficiência luminosa. Marcia Antônio da Silva, diretora de tecnologia da Rio Luz, responsável pela implantação

e

manutenção

do

sistema

de iluminação pública do Rio de Janeiro, destacou como é o trabalho de certificação no município, que conta com 450 mil pontos de luz. No caso do Rio de janeiro, é exigido do fornecedor de luminárias públicas parâmetros de curvas IES que representam todos os vetores da luminária em 360º. Os itens são analisados por meio de software.

Ela explicou que um dos parâmetros

para a avaliação do IES depende do fluxo e da uniformidade. “A impressão é a de que para iluminar é preciso só fluxo, mas o cérebro que constrói a imagem também precisa de contraste, de uniformidade. Numa via onde transitamos em velocidade, nossa visibilidade tem de ser muito boa para construirmos a imagem associada à velocidade que estamos transitando. Se houver faixa de claro e escuro na rua, nossa visão vai ficar permanentemente focando e desfocando e isso cansa e traz consequências no nosso tempo de reação, podendo causar acidente. Então

Engenheiros José Starosta e Jobson Modena foram homenageados no Cinase RJ


21

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

importante. “Por serem quentes, as luminárias atraem insetos que morrem no local e se depositam sobre o dissipador de calor. Isso pode comprometer a dissipação e impactar na vida do LED, então exigimos luminárias apropriadas para evitar isso.”

Um fator bastante considerado na cidade

carioca é a estética. Para esse lugar turístico a Rio Luz determina mobiliários urbanos cleans.

O fornecedor de luminária pública no Rio

de Janeiro passa por três fases de avaliação: documental, de amostra e avaliação da fábrica. Depois de homologação também há inspeção para não entregar produto diferente. Para Adriano Pinheiros Fragoso, gerente técnico

da

Lablux,

da

Universidade

Federal Fluminense, que realiza ensaios de certificações creditados pelo Inmetro. O carro chefe da empresa são os ensaios de segurança e de desempenho elétrico, que comtemplam toda a portaria do Inmetro, como

ensaios

fotométricos,

de

vida

eletromagnético e mecânico. “É indiscutível o quanto a regulamentação traz de benefícios para o produto. Mas ainda temos muito a desenvolver”, disse. Uma dos desafios é a questão de especificação de produtos. O Brasil é um dos poucos países que aceita ensaio de fora. Mas se for exportar para Argentina, por exemplo, o produto tem de ser ensaiado lá. Com isso, estimamos que dois terços de ensaios de energia de iluminação e certificação são feitos fora do País. Isso tira nosso mercado e torna o produto mais difícil de se rastrear. É um ponto falho da certificação, embora seja ainda benéfica para o nosso mercado”, destacou

Segundo ele, a maioria dos produtos de

iluminação é importado por causa do menor custo, mas a montagem de luminárias no Brasil voltou a crescer. A vantagem é que a portaria 20 do Inmetro estipulou que, em fevereiro de 2019, expira o prazo para importação desse tipo de produto. É um mercado promissor e acreditamos que a universidade tem de estar próxima da indústria, ajudando a formar profissionais com maior qualidade.”

Crescimento da energia limpa no País depende do Governo, diz estudo da UFF Geraldo Tavares, professor da UFF, destacou que o Rio de Janeiro passou de segundo lugar para sétimo no ranking de potência instalada de energia renovável

A Universidade Federal Fluminense (UFF) estuda como aumentar a geração de energia

renovável na matriz energética brasileira. Diante de algumas barreiras, a principal é o aval do Governo. Segundo Geraldo Tavares, professor da UFF, o Rio de Janeiro, por exemplo, que segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) representava o segundo Estado do País em potência instalada de energia limpa, agora, está em sétimo lugar.

“Em 2015, após três anos da Aneel criar portaria 482 instituiu-se uma política de incentivo

à energia solar no Rio de Janeiro, mas o Governo passou por um período conturbado e a lei não “pegou”. Hoje, o Estado tem apenas 20 MW de potência instalada de energia fotovoltaica”, destacou.

Minas Gerais é o primeiro Estado no ranking da Aneel, com 100 MW de potência instalada

de fonte limpa. “Em Belo Horizonte, por exemplo, onde faz bastante sol, o governo tirou IPTU de todas as casas que usassem energia fotovoltaica. Esse incentivo está correta e bem sucedido”, disse.

O professor explicou ainda que impostos e taxas representam 40% do custo de energia no

Brasil. “Diante disso, quem pode fazer mudanças e criar leis para o incentivo às renováveis é o Governo. Todas as energias são caras, o que existe são os subsídios que o Governo oferece”, reforçou.

Segundo ele, a pressão da sociedade é uma forma de fazer o Governo criar alternativas ao

incentivo da energia limpa. “Uma vantagem percebida é que as tecnologias estão reduzindo muito o preço desse tipo de energia e, por isso, acredito que daqui a algum tempo não dependerá muito de subsídio para crescer no mercado”, explicou.

O professor salientou que a preocupação com as visíveis mudanças climáticas e com meio

ambiente, além da questão do menor custo, tornam as renováveis cada vez mais consolidadas no mundo.


Evento

22

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Exposição no Rio de Janeiro é palco de muito networking e novidades para o setor elétrico

ou rede.

apresentação de diversas novidades para

“Também viemos apresentar ao mercado

no Rio de Janeiro, a Sandler apresentou

o setor elétrico nacional, a última exposição

o protótipo do Pro7, conjunto de manobras

sua ampla linha de cabos navais offshore e

do ano do Cinase realizada no Rio de

de baixa tensão que será ensaiado conforme

óleo e gás, além de cabos de temperatura,

Janeiro foi uma excelente oportunidade para

Norma NBR IEC 61439, com lançamento

de controle e de média tensão. “Nosso

as empresas mostrarem seus portfólios

previsto para o primeiro semestre de 2019.

foco foi apresentar o que temos a pronta

de produtos e serviços e iniciarem novos

Aproveitamos o Cinase para ouvir a opinião

entrega especificamente para cabo naval,

negócios.

do público e colher informações para

contemplando

Segundo Alexandre Morais, diretor da

fazermos os ajustes finais”, concluiu.

No Estado somos a empresa com maior

BRVAL Electrical, patrocinadora master do

amplitude neste segmento”, afirmou Marcelo

Cinase, esta edição foi a melhor de todas que a

Rio de Janeiro, também exibiu sua linha de

Ferreira

empresa participou desde 2014. “Recebemos

grupo geradores de fabricação própria. Além

A Andaluz, parceira da Eletromil, também

elogios dos nossos clientes convidados

de apresentar seus serviços de manutenção,

participou

pelo conteúdo técnico do congresso, pela

instalação, projetos para grupo geradores e

produtos, como quadros de medição de

qualidade e quantidade de público presente,

subestação de média e baixa tensão. “Temos

energia elétrica, padrão Light, quadros de

além da oportunidade de renovarmos contatos

a proposta no evento de fortalecer as marcas

comando, de distribuição, eletrodutos e

com clientes. Temos certeza de que vai render

e produtos nacionais, buscando novos

contatores, entre outros.

muitos negócios”, disse.

parceiros e networking”, disse Felipe Pais.

Segundo Carlos Barbosa, o carro-

Entre as novidades apresentadas na

Já a líder no mercado de materiais

chefe da empresa é a caixa de medição de

feira pela empresa estava o transformador

elétricos, a Centelha expôs suas soluções

energia modular e o quadro de distribuição

de média tensão fabricado neste ano com

para indústria e empresas de médio porte,

de energia, responsável pela proteção de

vendas importantes para todo o País. A

como

circuitos elétricos nas áreas comercial,

empresa também expôs o consagrado BR6,

automação

de

residencial e industrial. A caixa de medição

conjunto de manobras de média tensão, com

frequência que levam melhor eficiência

ainda está em fase de homologação em todas

a novidade de um relé que dá a possibilidade

energética e melhoram a continuidade e

concessionárias, mas já existem algumas

de ligar e desligar o disjuntor via celular, WiFi

disponibilidade das plantas industriais.

homologadas.

Palco

de

muito

networking

e

de

A Lufetec, localizada em Três Rios, no

cabos,

soluções

industrial

e

de

iluminação,

inversores

Voltada ao mercado de cabos especiais

da

Normas

e

exposição,

certificações.

apresentando


O Setor ElĂŠtrico / Novembro de 2018

23


24

Evento

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Diálogo é primeiro passo para desenvolvimento de projetos fotovoltaicos com softwares Convidado especial do Cinase Rio de Janeiro dá dicas sobre software para projetos de energia solar

O Cinase Rio de Janeiro convidou a

empresa Solarize para realizar palestra especial sobre o desenvolvimento de projetos fotovoltaicos

com

softwares

no

Brasil.

Segundo Hans Rauschmayer, especialista em energia solar, para o desenvolvimento desses projetos é fundamental garantir, antes de tudo, sua viabilidade técnica.

“É preciso um diálogo para a integração

do técnico, do vendedor e do engenheiro. Muitas vezes é o vendedor que propõe o projeto ao cliente e tem de ser viável, alinhado com todos os envolvidos”, disse. Em

relação

ao

cliente,

o

fator

preponderante é entender as prioridades de

será implementado, como telhado e áreas

Equipamentos nacionais

cada um. “Se o cliente for residencial vai

disponíveis (sem sombra). “Hoje, há muitos

Os

dar prioridade ao visual, se for comercial vai

sistemas prontos para serem instalados para

mais vantagens em projetos de Engenharia.

priorizar o retorno financeiro”, explicou.

cada tipo de telhado. A instalação é realizada

De acordo com Felipe Pais, da Lufetec, os

equipamentos

nacionais

trazem

de acordo com a Norma da concessionária

benefícios são baixo custo de operação,

projeto em software, o primeiro passo é pedir

daquela região.

de

manutenção

a conta de luz do cliente para calcular pelo

do

sistema.

software, a geração ideal, junto com dados

elaborar passo a passo um projeto, numa

conseguimos trazer maior retorno financeiro

climáticos da região, resultando na potência

sequência lógica e simples e criar cenários

ao investidor”, destacou.

ideal de geração. “É importante para o

3D, compreensíveis por clientes leigos. Ainda

Segundo

projetista ter gráficos em softwares para saber

prevê horizonte, prédios, recortes no telhado,

equipamentos

onde se perde e onde se ganha”, explicou.

vegetação, antenas e muito mais para o

técnicos e logísticos para a sociedade,

A segunda etapa, explica, é olhar as

cálculo do sombreamento, que é crítico para

impulsionando o desenvolvimento de novas

características do local onde o projeto

instalações fotovoltaicas, entre outras ações.

tecnologias no País.

Em relação as características técnicas do

Além dessas etapas, é possível ainda

e

“Com

Pais,

maior

confiabilidade

esses

o

brasileiros

três

fatores

investimento traz

em

benefícios


Conjuntos de manobra e controle em alta tensão – Acima de 1kV até 52kV

26

Nunziante Graziano Capítulo XI – Ensaios de operação mecânica - Ensaios em dispositivos de manobra e partes removíveis - Ensaio de resistência à pressão de compartimentos preenchidos com gás e sem válvula de alívio de pressão - Ensaio de impacto mecânico

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

30

Luciano Haas Rosito Capítulo XI - Novos critérios a serem avaliados na revisão da NBR5101 - Praças, parques e monumentos. Temperatura de cor e IRC - Iluminação de praças e parques - Iluminação de fachadas públicas, pontes e monumentos - Temperatura de cor e Índice de Reprodução de Cores

Cabos aéreos para linhas de transmissão de energia elétrica

34

Geraldo R. de Almeida Desempenho mecânico de cabos em “ligas de alumínio em linhas de transmissão” - Propriedades físicas de alguns metais - Tensão deformação-fluência

Fascículos

Apoio


Apoio

Fascículo

Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

26

Por Nunziante Graziano*

Capítulo XI Ensaios de operação mecânica Prezado leitor, este fascículo pretende

e do invólucro, fechamentos, conceitos de

principais razões pelas quais são realizados

apresentar em detalhes o conjunto de Normas

compartimentação dos conjuntos, janelas de

cada um dos ensaios, resultados esperados e

Brasileiras para construção de conjuntos de

inspeção e plaquetas de identificação.

suas características mais importantes, com a

manobra e controle em alta tensão, acima de 1kV até 52kV inclusive.

No quarto capítulo, abordamos os

participação do físico Cleber Rogério Fiori,

requisitos de projeto e construção obrigatórios

abordando ensaios de tensão para conjuntos de manobra e controle em alta tensão.

No capítulo inicial deste fascículo,

para os conjuntos, notadamente dispositivos

apresentamos ao leitor os objetivos deste

de intertravamento, indicadores de posição,

No oitavo capítulo, continuamos a

trabalho, que contemplou a apresentação

grau de proteção dos invólucros, proteção

abordagem dos ensaios de tipo, elencando as

do panorama atual da NBR-IEC-62271-200

de pessoas contra acesso a partes perigosas e

principais razões pelas quais são realizados

vigente no Brasil, suas subdivisões, principais

proteção do equipamento contra penetração

cada um dos ensaios, resultados esperados

pontos de interesse, suas interpretações e

de objetos sólidos estranhos, proteção contra

e suas características mais importantes, com

definições.

penetração de água, proteção do equipamento

a participação do Engenheiro Eletricista

contra impacto mecânico e distâncias de

Luis Eduardo Caires, abordando ensaios de

escoamento.

Corrente Suportável de Curta Duração e de

No segundo capítulo, abordamos as principais

características

nominais

de

um conjunto de manobra e controle em

No quinto capítulo, trouxemos os requisitos

invólucro metálico de alta tensão, desde

de projeto e construção obrigatórios para os

tensão nominal e número de fases, nível de

conjuntos, notadamente Estanqueidade ao gás

Nos capítulos nono e décimo assumiu o

isolamento nominal, frequência nominal,

e ao vácuo, Sistemas de pressão controlada para

comando o Dr. Marcelo Guimarães Rodrigues,

corrente nominal de regime contínuo,

gás, Sistemas de pressão autônomo para gás,

pesquisador no CEPEL - Centro de Pesquisas

corrente suportável nominal de curta

sistemas de pressão selados, Sistemas de pressão

de

duração para circuitos principais e de

controlados para líquido, Sistemas autônomos

Laboratórios de Adrianópolis – Laboratório

aterramento, valor de crista da corrente

de pressão a líquidos, Flamabilidade e

de Alta Potência, abordando os detalhes sobre

suportável nominal, duração de curto-

compatibilidade eletromagnética.

o ensaio de Arco interno devido a Falhas

Elevação de Temperatura para Conjuntos de Manobra e Controle em Alta Tensão.

Energia

Elétrica,

Departamento

de

circuito nominal, valores nominais dos

No sexto capítulo, abordamos os requisitos

componentes que fazem parte do conjunto

de projeto e construção obrigatórios para os

Neste último capítulo abordamos os

de manobra e controle em invólucro

conjuntos, notadamente emissões de raios

ensaios de operação mecânica, fechando a série

metálico, incluindo seus dispositivos de

X, aspectos de corrosão, Arco interno devido

de ensaios de tipo aplicáveis aos conjuntos.

operação e seus equipamentos auxiliares

à falha interna, requisitos dos invólucros,

Ensaios de operação mecânica são os

e nível de preenchimento nominal dos

Compartimentos de alta tensão, partes

ensaios aplicados a partes e dispositivos dos

compartimentos preenchidos com fluído.

removíveis e provisões para ensaios dielétricos

conjuntos de manobra que se movem durante

em cabos.

operação normal, manobra e operação, mas

No terceiro capítulo, mostramos as principais características de operação normal, partes removíveis, aterramento do conjunto

No

sétimo

capítulo,

iniciamos

a

abordagem dos ensaios de tipo, elencando as

Internas.

também são aplicados ao invólucro como ensaio de grau de proteção.


27

Apoio

Ensaios em dispositivos de manobra e partes removíveis Devem ser ensaiados de acordo com suas Normas de produto, tal como disjuntores. Se uma parte removível é presumidamente utilizada também como seccionador, então ensaios de resistência mecânica deve ser realizado em conformidade com a IEC-62271-102. Adicionalmente, todos os dispositivos de manobra instalados em conjuntos de manobra e controle de alta tensão devem ser operados em ciclo de abertura e fechamento de 50 operações. Partes removíveis devem ser inseridas 25 vezes e removidas outras 25 vezes para verificar operação satisfatória do equipamento. A força requerida para inserção e extração deve ser inferior a 150% da força requerida na primeira operação de inserção e extração. Em caso de equipamento de operação manual, a manivela de operação manual deve ser utilizada para realização dos ensaios de performance exigidos.

Ensaios em intertravamentos Mecânicos e Eletromecânicos Os intertravamentos devem ser ajustados em todas as posições previstas para impedir a operação dos dispositivos de manobra, acesso a interfaces de operação e inserção e extração de partes removíveis. Os ensaios a seguir devem ser realizados com o objetivo de detectar defeitos em intertravamentos: - 25 tentativas de abertura de quaisquer portas ou fechamentos; - 50 tentativas de acesso ou abertura de interfaces de operação, quando este acesso é controlado por um dispositivo de intertravamento (guilhotina, alavanca seletora etc.); - 50 tentativas de operação manual de dispositivos de manobra, quando a interface de operação esteja acessível; - 10 tentativas de operação manual do dispositivo de manobra em direção inversa à sua direção correta de operação; - 25 tentativas de inserção e 25 tentativas de extração de partes removíveis. A alavanca de operação manual normal deve ser utilizada para realização dos ensaios acima descritos. Durante os ensaios, força duplicada à força normal de um operador deve ser aplicada. Nenhum ajuste pode ser realizado nos dispositivos de manobra, partes removíveis ou intertravamentos durante os ensaios acima descritos. A integridade de guilhotinas ou portinholas deslizantes que previnam acesso devem ser verificadas de acordo com os ensaios de impacto mecânico IK. Os intertravamentos são considerados satisfatórios se: - os dispositivos de manobra não possam ser operados; - o acesso a compartimentos restritos por intertravamento é evitado; - a inserção ou extração de partes removíveis é evitada; - dispositivos de manobra, partes removíveis e intertravamentos estejam


Apoio

Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

28

ainda íntegros e capazes de operar após os

nas posições aberta, fechada ou, quando

invólucro, com respeito a pessoas, bem como a

ensaios, sem que seja necessária aplicação

apropriado, aterrada, devem estar de acordo

proteção do equipamento dentro do invólucro

de força superior ao limite estabelecido

com a IEC 60073.

contra penetração de corpos sólidos estranhos.

para operação manual, ou para operação

A posição fechada deve ser marcada,

Se somente a proteção contra acesso a partes

motorizada, o pico de consumo não deve

preferencialmente com um I (conforme

perigosas for solicitada ou se esta for maior

superar 50% do previsto e realizado na

indicado

417-IEC-5007-a

que aquela indicado pelo primeiro numeral

primeira operação.

da IEC 60417). A posição aberta deve ser

característico, uma letra adicional pode ser

marcada, preferencialmente com um O

usada como na tabela a seguir.

Ensaio de resistência à pressão de compartimentos preenchidos com gás

pelo

símbolo

(conforme indicado pelo símbolo 417-IEC-

A tabela informa também os detalhes de

5008-a da IEC 60417). O funcionamento

objetos que serão “excluídos” do invólucro

Cada compartimento projetado para ser

dos indicadores deve ser verificado com o

para cada um dos graus de proteção. O termo

preenchido com gás deve ser submetido a

funcionamento mecânico dos dispositivos de

“excluído” implica que objetos sólidos estranhos

ensaios de pressão conforme abaixo:

manobra nos quais estejam instalados.

não entrarão completamente no invólucro e que uma parte do corpo ou um objeto segurado

- a pressão relativa deve ser aumentada até 1,3 vezes a pressão de projeto por um período de 1 minuto. A válvula de alívio de pressão não deve

Graus de proteção pelos invólucros Devem ser especificados graus de proteção

se entrar, a distância adequada será mantida e nenhuma parte móvel perigosa será tocada.

operar;

de acordo com a ABNT NBR IEC 60529,

- a seguir, a pressão deve ser aumentada até

para todos os invólucros de equipamentos de

o máximo de 3 vezes a pressão de projeto. É

manobra e controle de alta tensão, referentes

aceitável que a válvula de alívio de pressão

ao circuito principal, permitindo penetração

Nenhum grau de proteção contra entrada

opere, conforme projeto do fabricante, abaixo

pelo lado de fora, bem como para invólucros

prejudicial de água é especificado, como

desse valor estabelecido por ele. A pressão de

apropriados para circuito de comando e/ou

indicado pelo segundo numeral característico

alívio da válvula deve constar no relatório de

auxiliares de baixa tensão e equipamentos de

do código IP (segundo numeral característico

ensaio. Após o ensaio, o compartimento pode

manobra mecânica e dispositivos.

X). Equipamento para uso externo fornecido

estar distorcido, mas não pode haver ruptura do compartimento. Ensaio de resistência à pressão de compartimentos preenchidos com gás sem válvula de alívio de pressão

com características de proteção adicionais

condições de serviço dos equipamentos e

contra chuva e outras condições atmosféricas

devem ser selecionados adequadamente para

deve ser especificado por meio da letra

evitar excessos que custam caro ou deficiências

suplementar W, colocada depois do segundo

que comprometam seu funcionamento.

numeral característico, ou depois da letra

É importante ressaltar que o mesmo equipamento pode apresentar declarações de

preenchido com gás deve ser submetido a

grau de proteção diferentes para condições

ensaios de pressão conforme abaixo:

do equipamento tais como: operação normal, manutenção, ensaio etc.

a pressão de projeto por um período de 1 minuto. Após o ensaio, o compartimento pode estar distorcido, mas não pode haver ruptura do compartimento.

Funcionamento mecânico de indicador de posição

Proteção contra penetração de água

Os graus de proteção aplicam-se às

Cada compartimento projetado para ser

- a pressão deve ser aumentada até 3 vezes

Fascículo

por uma pessoa não entrará no invólucro ou,

adicional, se for o caso.

Proteção do equipamento contra impacto mecânico sob condições normais de utilização Os invólucros dos equipamentos de

Proteção de pessoas contra acesso a partes perigosas e proteção do equipamento contra penetração de objetos sólidos estranhos O grau de proteção proporcionado por

manobra e controle encapsulado devem ter resistência mecânica suficiente (ensaios correspondentes são os de impacto mecânico descritos a seguir). Para uso interno, o nível de impacto proposto é 2 J.

um invólucro contra acesso de pessoas a partes

Para uso externo sem proteção mecânica

Deve prover indicação clara e confiável

perigosas do circuito principal, de comando e/

adicional, níveis de impacto mais elevados

da posição dos contatos do circuito principal

ou auxiliar e a qualquer parte móvel perigosa

podem ser especificados, mediante acordo

que deve ser fornecida no caso destes contatos

(exceto hastes rotatórias, lisas e articulações

entre fabricante e usuário.

não serem visíveis. Deve ser possível verificar

de movimentos lentos) deve ser indicado por

facilmente o estado do dispositivo indicador

meio de uma designação especificada na tabela.

Verificação do código IP

de posição no caso de uma Manobra local.

O primeiro numeral característico indica

De acordo com os requisitos especificados

As cores do dispositivo indicador de posição

o grau de proteção proporcionado pelo

nas seções 11, 12, 13 e 15 da ABNT NBR


Apoio

29

Tabela – Graus de proteção (Tabela 6 da NBR-IEC-62271-1)

Proteção contra penetração de corpos

Graus de proteção

Proteção contra acesso

sólidos estranhos

a partes perigosas

IP1XB

Objetos de 50 mm de diâmetro e maior

Acesso com um dedo (dedo-de-ensaio 12 mm

IP2X

Objetos de 12,5 mm de diâmetro e maior

Acesso com um dedo (dedo-de-ensaio 12 mm

IP2XC

Objetos de 12,5 mm de diâmetro e maior

Acesso com uma ferramenta (haste de ensaio

IP2XD

Objetos de 12,5 mm de diâmetro e maior

Acesso com um fio (fio de ensaio 1,0 mm de

IP3X

Objetos de 2,5 mm de diâmetro e maior

Acesso com uma ferramenta (haste de ensaio

IP3XD

Objetos de 2,5 mm de diâmetro e maior

Acesso com um fio (fio de ensaio 1,0 mm de

IP4X

Objetos de 1,0 mm de diâmetro e maior

Acesso com um fio (fio de ensaio 1,0 mm de

IP5X

Poeira

Acesso com um fio (fio de ensaio 1,0 mm de

de diâmetro, 80 mm de comprimento) de diâmetro, 80 mm de comprimento) 2,5 mm de diâmetro, 100 mm de comprimento) diâmetro, 100 mm de comprimento) 2,5 mm de diâmetro, 100 mm de comprimento) diâmetro, 100 mm de comprimento) diâmetro, 100 mm de comprimento) A penetração de poeira não pode ser totalmente

diâmetro, 100 mm de comprimento)

evitada, porém a quantidade penetrada não pode interferir na Manobra satisfatória do equipamento, nem prejudicar a segurança. NOTA 1 A designação do grau de proteção corresponde à ABNT NBR IEC 60529. NOTA 2 No caso do IP5X, é aplicável a categoria 2 de 13.4 da ABNT NBR IEC 60529. NOTA 3 Se for considerada somente a proteção contra acesso a partes perigosas, a letra adicional é usada e o primeiro numeral é substituído por um X

IEC 60529, devem ser realizados ensaios em

Três golpes são aplicados a pontos do invólucro

atendimento a estas solicitações, em cada posição

invólucros de equipamentos de manobra e

que são suscetíveis de serem, provavelmente,

das partes relevantes julgadas necessárias.

controle completamente montados da mesma

os pontos mais fracos de cada invólucro,

maneira que em condições de serviço. Como

excetuando-se

as conexões definitivas dos cabos entrando

medidores etc.

dispositivos

como

relés,

Para instalação externa, o ensaio deve ser objeto de acordo entre fabricante e usuário. Com este capítulo, encerramos esta série

no invólucro não são normalmente instaladas

A cabeça do martelo com o qual o impacto

que pretendeu ampliar os conhecimentos dos

para os ensaios de tipo, podem ser utilizadas

é aplicado tem uma face hemisférica com um

leitores quanto aos requisitos construtivos e de

peças correspondentes para pré-abastecimento.

raio de 25 mm de aço com dureza Rockwell de

ensaios para os conjuntos de manobra e controle

As unidades de transporte do equipamento de

R100. É recomendado o uso de um aparato de

em alta tensão.

manobra devem ser fechadas para os ensaios

ensaio de impacto manobrado a mola, como

por coberturas que forneçam qualidade de

definido na IEC 60068-2-63.

proteção idêntica das juntas.

Após o ensaio, o invólucro não deve

Entretanto, estes ensaios somente devem

apresentar quebras e a deformação do

ser realizados se existirem dúvidas em relação ao

invólucro não deve afetar a função normal do

atendimento a esses requisitos, em cada posição

equipamento, reduzir a isolação e/ou a distância

das partes relevantes julgadas necessárias.

de escoamento, ou reduzir o grau de proteção

Quando a letra suplementar W é utilizada,

especificado contra acesso a partes perigosas

um método de ensaio recomendado é dado no

abaixo de valores permitidos. Podem ser

anexo C.

ignorados danos superficiais, tais como remoção

Ensaio de impacto mecânico Quando houver acordo entre fabricante

de pintura, quebra de aletas de resfriamento ou partes similares, ou achatamento de pequena dimensão.

e usuário, invólucros para instalação interna

Entretanto, estes ensaios somente devem

devem ser submetidos a um ensaio de impacto.

ser realizados se existir dúvida em relação ao

*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro do ABNT/CB-003/CE 003 017 003 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão", Conselheiro Regional do CREA-SP da Câmara Especializada em Engenharia Elétrica e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros Elétricos. FIM Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


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Fascículo

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

30

Por Luciano Haas Rosito*

Capítulo XI Novos critérios a serem avaliados na revisão da NBR5101 - Praças, parques e monumentos. Temperatura de cor e IRC

Neste artigo serão abordados outros

recomendações precisas sobre os níveis

destes equipamentos nestes locais, nem

novos critérios e temas que estão na pauta

mínimos para praças, parques, jardins e

competir com a arquitetura local. Ainda

da comissão de revisão da NBR 5101, que

caminhos para pedestres dentro destas

que o projeto luminotécnico de qualquer

devem ser avaliados e, posteriormente,

áreas em uma praça pública por exemplo.

área com diferença de nível, necessidade de

poderão ser estabelecidos na minuta que

Somente a recomendação que a iluminação

visualização de detalhes, a iluminação deve

deve ser colocada em consulta pública nos

destes espaços deve permitir no mínimo a

favorecer esta visibilidade assegurando

próximos meses. Além da revisão do texto

orientação, o reconhecimento mútuo entre

a segurança do pedestre. Sempre que

atual, o objetivo de uma revisão de Norma

as pessoas e a segurança para o tráfego de

necessário a locação dos postes deve levar

técnica é trazer o que existe de mais moderno

pedestres, a identificação de obstáculos e

em conta este tipo de situação, considerando

em relação às técnicas de projeto e aplicação

informação visual suficiente a respeito do

estes acessos como prioridade. Nestas

de tecnologia em iluminação pública, sem

movimento das pessoas. É estabelecido um

áreas, alguns espaços em função de sua

limitar a criatividade do projetista nem

nível mínimo para haver reconhecimento

arquitetura apresentam áreas distintas de

limitar a alguma tecnologia específica de

facial, que é de 3 lux na vertical, em uma

utilização como jardins, brinquedos, jogos

fonte de luz ou produtos aplicados. Neste

distância segura de 4m do pedestre.

de mesa, quadras etc. Nestes casos, a NBR

sentido, estes novos temas que não estão na

Também é estabelecido que na via não deve

5101 estabelece que podem ser aplicados

Norma atual entram em pauta e devem ser

haver valores inferiores a 1 lux, o que é um

critérios de projetos diferenciados para

cuidadosamente analisados e discutidos nas

nível bastante baixo.

cada área utilizando arranjos de luminárias,

reuniões.

Iluminação de praças e parques

Neste ponto também há a indicação de que o nível médio pode variar até

iluminações decorativas, ou o uso de projetores.

40 lux, ou seja, o dobro do mínimo

Nestas áreas, a diferença da NBR 5101

estabelecido para uma classe de pedestres

para a RP-8 e outras Normas internacionais

Na atual NBR 5101:2012, existe apenas

P1 na tabela 7 da NBR 5101. Há também

é que as Normas internacionais estabelecem,

uma parte de um capítulo que trata da

a preocupação do projeto luminotécnico

em seu escopo de aplicação, a iluminação

iluminação para os espaços públicos com

distribuir corretamente os equipamentos de

de ruas e rodovias, incluindo as calçadas e

predominância de pedestres, tais como

iluminação de modo a não obstruir acesso

áreas adjacentes, enquanto a NBR 5101 por

praças, parques, calçadões e equivalentes.

dos veículos de emergência, de entrega ou

questão da classificação e conceituação das

Neste ponto, não existe uma tabela ou

mesmo os veículos que farão a manutenção

vias públicas no Brasil, admite que as áreas


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31

públicas não somente a calçada e áreas adjacentes também devem ser consideradas. Desta forma, é necessária uma melhor definição das classes de pedestres e um correto projeto para iluminação de praças e parques no sentido de prover segurança na identificação das pessoas nos caminhos destes locais, para a circulação ser feita de forma segura. Da mesma forma, na atual NBR 5101 não estão estabelecidos critérios para praças de pedágio que na maior parte das Normas internacionais estão estabelecidos. Esta revisão seria a oportunidade de acrescentar este tipo de iluminação, mesmo sendo grande parte das vezes uma área concessionada, mas não deixa de ser um tipo de iluminação pública viária a ser desenvolvido por outro ente, parte de uma concessão pública. Outro ponto que as Normas internacionais destacam e seria importante termos um item específico é a iluminação de rotatórias e suas respectivas faixas de pedestres.

Foto 1 – Iluminação de praça por colunas favorecendo iluminação vertical


Apoio

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

32

Foto 2 – Iluminação de áreas para uso de pedestres

Iluminação de fachadas públicas, pontes e monumentos Não faz parte da NBR 5101 este tipo de iluminação e não deve ser incluído na revisão. Entretanto faz-se importante

Foto 3 – Iluminação da estrutura de pontes

a discussão deste tipo de projeto pois

parte da cidade, seja uma praça, rotatória,

cor, mas do IRC da lâmpada vapor de sódio

faz parte da conceituação de iluminação

calçadão etc., devendo ser iluminada de

que fica em torno de 20 enquanto fontes de

pública estabelecida pela res. 414 da ANEEL

forma a fazer parte do ambiente urbano.

luz como o LED apresentam IRC maior

para fins de fornecimento de energia e

O uso de “luz colorida” também deve

que 70 nos equipamentos projetados para

porque não existe muita documentação,

ser avaliado e esta é uma questão a ser

iluminação pública. Ainda o que deve ser

normas específicas e publicações nacionais

definida pela cidade e não ser parte de uma

discutido é o espectro da luz, bem como a

sobre este tipo de projeto. Uma das fontes

Norma ou recomendação para iluminação

variação da temperatura de cor ao longo

bibliográficas para este tipo de situação

pública. Fachadas históricas e públicas

da vida e suas interferências no projeto de

é a RP-33 da IES “Lighting for Exterior

também podem ser iluminadas levando em

iluminação pública.

Environments”.

conta o que deve ser estabelecido em um

acredito que seja viável restringir a iluminação

plano diretor de iluminação pública que

pública no Brasil para valores de temperatura

normalmente tem por base a NBR 5101.

de cor abaixo de 4000K, ainda que esta seja

Para a correta iluminação de estruturas como pontes é importante saber como projetar a luz e criar os efeitos desejados utilizando as técnicas corretas. Da mesma forma para monumentos que devem

Temperatura de cor e Índice de Reprodução de Cores

Fascículo

ser vistos e levar em conta a posição

Particularmente não

uma tendência de utilização em algumas cidades, mas a conscientização e discussão sobre este tema a fim de que uma decisão seja tecnicamente embasada é de grande

do observador para, então, começar a

Nas últimas reuniões de 2018, a Comissão

importância, visto que hoje a decisão da

determinar os critérios de projeto. De acordo

de Estudos tem debatido as questões de

temperatura de cor em um projeto é subjetiva

com o entorno do objeto a ser iluminado

temperatura de cor e índice de reprodução

e motivada por questões não técnicas.

e sua respectiva cor e característica de

de cores a serem consideradas na NBR 5101.

reflexão que vamos determinar os níveis

Se por um lado a tendência é da utilização

de iluminância média que devem ser

de temperaturas de cor mais baixas, em geral

atingidos. Ou seja, é o mesmo princípio da

até 4000K, por outro lado não existe nada

iluminância e luminância horizontais para

cientificamente comprovado em relação

vias públicas, aplicados agora de forma

aos níveis utilizados em iluminação pública

mais específica em estruturas verticais que

de interferência real na saúde utilizando

serão iluminadas. Uma fachada clara com

temperatura de cor até 5000K.

um entorno escuro necessitará um menor

No Brasil ainda existe uma grande

nível de iluminação que uma fachada escura

demanda por parte dos gestores públicos em

situada em um entorno iluminado, que

relação à temperatura de cor de 5000K para

necessitará nível maior de iluminação para

diferenciação das luminárias que utilizam

ter algum destaque. A mesma consideração

lâmpadas a vapor de sódio com 2000K. A

deve ser feita para monumentos em alguma

questão não é somente da temperatura de

Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista, diretor comercial da Tecnowatt e coordenador da Comissão de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e acessórios da ABNT/COBEI. É professor das disciplinas de Iluminação de exteriores e Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG, e palestrante em seminários e eventos na área de iluminação e eficiência energética. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


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Fascículo

Cabos para linhas de transmissão de energia elétrica

34

Por Geraldo R. de Almeida*

Capítulo IV Cabos aéreos para linhas de transmissão de energia elétrica Desempenho mecânico de cabos em ligas de alumínio em linhas de transmissão

Resumo

Introdução

Alumínio é um elemento químico de nº atômico 13. Ocupa

Diferentemente do elemento químico alumínio, o material

no quadro periódico a coluna do elemento Boro, está no terceiro

alumínio é o material de engenharia mais usado pela tecnologia,

período e compartilha 8% dos elementos totais na crosta terrestre. É

depois do ferro (aço). Devido a sua baixa densidade, um grande

o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, atrás apenas

volume de material pesa muito pouco e considerando sua

do oxigênio e silício. Por ser considerado elemento abundante (preço

abundância na crosta terrestre é fácil entender sua utilidade.

baixo), ser excelente condutor de calor e eletricidade e possuir baixa

Na tabela 1 encontramos os principais parâmetros físico-

densidade (2,703 g/cm³) e ter propriedades mecânicas razoáveis,

mecânico de diversos materiais que apresentam grande interesse

o alumínio tem muitas aplicações como material de engenharia

como material de engenharia; seja para uso mecânico estrutural,

mecânica e elétrica. O principal minério da crosta que permite a

seja como condutor elétrico.

extração do alumínio é a bauxita. A extração é feita pelo processo

Como material para uso elétrico, os parâmetros mais

Hall-Héroult e considerado eletro-intensivo. Aproximadamente 70%

importantes são a resistividade elétrica e o coeficiente de variação

do preço da commodity alumínio é energia elétrica. O minério do

da resistividade com a variação da temperatura.

alumínio é contaminado por vários elementos do segundo, terceiro

Como material para construção mecânica, especialmente como

e quarto períodos (quadro periódico) e o processo de purificação

cabo suspenso para distribuição e transmissão de energia elétrica,

é caro. Assim, o alumínio puro não é explorável comercialmente.

Os parâmetros Módulo de elasticidade, Coeficiente de dilatação

O que a tecnologia disponibiliza para a comercialização como

linear, Tensão máxima de ruptura são os mais importantes.

material de engenharia são ligas de alumínio, com nível de pureza

A tensão máxima de ruptura depende muito da modalidade

de até 99,5% de alumínio contido. Todavia, existem no planeta Terra

de ensaio. A modalidade mais difundida no mundo é aquela

minérios de alumínio com contaminações variadas: silício, ferro,

denominada ensaio de tensão e deformação (veja figura 1) e que foi

cobre, manganês etc. Isto tem propiciado a existência de várias

analisada no artigo [01] anterior.

ligas de alumínio dependendo da contaminação dos minérios e dos

Na ausência de informações mais robustas, todas as ligas

custos necessários para purificá-los. As ligas 1350, 1120 e 6201 são

de alumínio terão seus desempenhos comparados usando a

apresentadas nas suas composições químicas e propriedades física

experiência disponível dos ensaios tensão e deformação mais o

e mecânica. São apresentadas uma breve análise sobre o papel dos

ensaio de fluência desenvolvido pela AAA (Aluminum Association

componentes de ligas, bem como o diagrama de fase destas. São

of America), disponíveis desde 1950.

enunciadas as razões para uso e as razões para não uso das ligas em análise. Considerando todos os pontos são apresentadas algumas proposições de caráter prático.

Liga 1350 A liga de alumínio EC 1350 é a mais conhecida e mais usada


Apoio

Tabela 1 - Propriedades físicas de alguns metais

em todo o mundo. Sua composição com todos os contaminantes fornece uma pureza de 99,5% com uma contribuição de outros elementos são: “Na têmpera H19, o vergalhão 3/8” apresenta os seguintes parâmetros; Tabela 2 - Parâmetros mecânicos da EC 1350

Figura 1 - Tensão deformação-fluência

35


Apoio

Fascículo

Cabos para linhas de transmissão de energia elétrica

36

“Ainda na mesma têmpera o vergalhão 3/8” apresenta os seguintes parâmetros físicos e elétricos: Tabela 3 - Parâmetros térmicos e elétricos da EC 1350

Se não houvessem perdas mecânicas, o ganho de condutividade IACS (por massa) seria definitivo para eleição do alumínio como o material elétrico ÓTIMO como cabos suspensos para linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica. Tabela 4 - Limites químico típico

Figura 2 - Diagrama de fase Al - Si

No diagrama de fase (algumas vezes também denominado diagrama de equilíbrio de fase), o eixo das abscissas indica a proporção de elemento de liga presente (Al 100% deste elemento – Si 100% deste elemento), No diagrama da figura 2, o eixo das ordenadas indicam Temperatura (no caso em questão ºC). Toda a linha (retas e curva) delimita a região de transição de fase: líquido sólido, ou fase de intermetálicos que podem conviver em grãos sólidos com fase liquida. Esta convivência de grãos sólidos de um elemento com fase líquida do outro é muito frequente em diagramas de fase onde o ponto de fusão dos elementos é muito diferente entre si. No caso alumínio (660ºC) e silício (1414ºC). Como no caso em questão, o silício é um contaminante (baixa proporção na liga), olharemos apenas para o lado esquerdo do diagrama (alumínio tem alta proporção e silício baixa). Em

Na tabela 4 estão mostrados os limites químicos das principais

temperaturas na faixa de fusão do alumínio é natural existir grãos

ligas de alumínio usadas como condutores de linhas de transmissão.

de silício na liga. Como o grão de silício é muito mais duro que

A diferença entre as ligas decorre de elementos contaminantes

o alumínio fundido, torna-se necessário alguma operação de

do alumínio puro. As ligas especiais muito duras (com contaminação

metalurgia para agregar este grão à massa de alumínio.

de silício) foram as primeiras a serem aplicadas na França em 1939.

Esta operação metalúrgica é feira com o elemento magnésio

Com a guerra, o desenvolvimento foi suspenso e retomado em 1950. O

(alcalino terroso – está à esquerda do quadro periódico – é eletro

silício é um “não metal” muito abundante na crosta terrestre (2º, atrás

positivo – ponto de fusão 650ºC, muito próximo ao ponto de fusão

apenas do oxigênio), muito próximo ao elemento alumínio no quadro

do alumínio) que por suas características físico-químicas envolve o

periódico e, por isso, naturalmente presente nos minérios de bauxita.

silício. Esta operação geralmente é feita no próprio forno de fusão

Liga 6201

da liga e o envolvimento do silício é denominado metalurgicamente de Solubilização.

O problema da presença do silício no minério de alumínio está na

Este conjunto possui um tempo de validade denominado Shelf

dificuldade de sua remoção. No processo Hall-Héroult, a purificação

Life. Neste tempo de validade, que varia para cada fabricante de liga,

para por decisão econômica. Assim, minérios que possuem muito

pois depende da tecnologia de quem executa, o material deve ser

silício levam a desenvolvimento de ligas. A Aluminum Association

trefilado para que o conjunto ganhe tensão de ruptura. Os grãos

classifica as ligas com base em silício rotulando sua numeração por

de silício solubilizados e trefilados simulam o mesmo papel da

{6}, daí as ligas 6201 e 6202 serem de base silício.

Cementita nas ligas de Ferro-Carbono (AÇO).

A dificuldade do alumínio e o silício conviverem em liga está nas temperaturas de fusão dos elementos químicos, muito distante uma da outra. Para melhor observar esta dificuldade, uma olhada direta no diagrama de fase dos dois materiais torna-se necessário.

Liga 1120 A liga 1120, assim como a liga 1350 que iniciam por {1}, é rotulada como liga de alumínio (elemento dominante). Mas a liga 1120 possui


Apoio

uma notável contribuição do elemento cobre (veja tabela 5). No limite inferior da participação do cobre, teríamos uma liga 1350, mas no

Tabela 5 - Propriedades elétricas e mecânicas

limite superior temos uma liga 1120 (99,20% de pureza). A primeira menção de uso de liga 1120 vem da Suécia, mas sua grande difusão veio da Austrália. O minério de extração de alumínio quando possui uma “boa” dosagem de cobre sua purificação pode não ser convenientemente econômica. Neste caso, a produção de alguma liga pode ser muito conveniente (usa-se o contaminante como elemento de liga). A melhor maneira de estudar uma liga é olhar seu diagrama de equilíbrio de fase. Na figura 3 é apresentado o diagrama Al-Cu.

Razões para uso das ligas As ligas com silício e magnésio aparecem em 1939 e começam a ser exploradas comercialmente a partir de 1950 com o critério “Overall Diameter”. Encontram seu melhor espaço de competição nas bitolas AWG até a formação 26/7 ACSR.

Figura 4 - Cabos de alumínio série AWG

O critério “Overall Diameter” aplicou-se naturalmente nas bitolas AWG. Onde o fio da alma (AZ ou AW) era substituído por Figura 3 - Diagrama de fase Al - Cu

A leitura e interpretação de um diagrama de fase são únicas e aquelas feitas anteriormente (para ligas Al-Si) podem ser usadas também neste caso. Como estamos analisando uma liga de alumínio e cobre no limite extremo da concentração do alumínio, qualquer

um fio de alumínio liga, o ganho era visível com a redução de peso, sem nenhuma redução de condutividade elétrica. O mesmo critério foi paulatinamente expandido para as formações ACSR 26/7 (26 fios de alumínio + 7 fios de aço). Estas formações são muito usadas em linhas de transmissão de 138 kV.

participação ínfima de cobre (0,35%) pode conviver em fase líquida em temperatura acima da temperatura de fusão do alumínio. Todavia, em temperatura inferior de 660ºC (sólida), haverá a formação de um intermetálico AlCu (a quantidade depende da velocidade de resfriamento do fundido) que tem uma dureza maior que a fase FCC Al e que pode ser usada como reforço da matriz de alumínio. O alumínio e o cobre são metais dúcteis, por isso é muito fácil acomodar um intermetálico AlCu na matriz de alumínio. A ductilidade é a maneira mais fácil de usar este reforço para aumentar a carga de ruptura da liga.

Figura 5 - Cabos ACSR 26/7 de AAAC 19 fios

Hoje, bons fabricantes expandiram os cabos AAAL (All Aluminum Alloy) para formações com 39 fios e 61 fios.

A acomodação do intermetálico na matriz de alumínio é feito

O ganho notório em peso nas formações AWG permitiu que

durante a trefilação do vergalhão da liga (trabalho a frio – “Cold

os cabos ligas fossem paulatinamente substituindo os cabos ACSR,

Work”). Esta liga apresenta várias vantagens em relação à liga

mas o uso explorava o ganho na tensão de ruptura.

de silício (Condutividade Elétrica e Shelf Life), mas perde nas propriedades mecânicas (P. E. Tensão de Ruptura).

Então, naturalmente, os fabricantes começaram a oferecer as ligas para transmissão onde os ganhos de tensão de ruptura podem

Também na liga 1120, o intermetálico simula na liga de alumínio

ser explorados como maior eficácia (ganha-se no vão e torres e

o mesmo papel da cementita no aço. Neste caso por dimensões

ganha-se no peso linear). Os cabos Greeley substituindo os cabos

e formas, o intermetálico se apresenta como uma variação da

Gross Beck podem ser observados em várias regiões do Brasil.

cementita, a Perlita.

Redução de peso linear com aumento da tensão de ruptura são

37


Apoio

Cabos para linhas de transmissão de energia elétrica

38

as razões fundamentais para o uso de ligas. A razão para o uso das ligas duras de alumínio está nas bitolas AWG em circuitos primários

mecânica) para modificar a estrutura do material com

de distribuição ou em cabos neutro mensageiro, quando o ganho de

orientação dos grãos. Esta tecnologia promove um aumento da

peso (e preço) é apreciável e este circuitos não estão submetidos à

tensão de ruptura e uma redução do alongamento. A figura 6

fadiga cíclica. Assim, a maior razão confina o uso em circuitos de

apresenta de modo lúdico o que acontece com a subestrutura

distribuição.

do material.

Razões para não uso das ligas

a

Este tipo de tecnologia é de uso geral para todos os materiais, especialmente as ligas de alumínio. No caso das ligas

A caraterização de um material condutor do ponto de vista

de silício, os grãos ficam protegidos (no contorno de grão) pelo

elétrico é a resistividade elétrica específica do material. Do ponto

magnésio. No caso das ligas com cobre, os intermetálicos são

de vista mecânico é seu módulo de elasticidade.

protegidos pelo mesmo cobre. Isto confere uma condutividade

A resistividade (condutividade) é a capacidade de um material de conduzir elétrons, seja termicamente, seja eletricamente. Os

elétrica muito melhor que aquela das ligas de silício (58% IACS).

materiais mais condutores são os metais de sub orbitais {f} mais centrados no quadro periódico: platina, prata, cobre. Alumínio está entre estes metais (o alumínio está na região de sub orbital {p}). O módulo de elasticidade é a capacidade de um material resistir ao escoamento sobre tração. Este conceito é muito parecido com a viscosidade. Se o módulo estiver afetado pelo tempo de aplicação de um esforço (E∂t) tem a mesma unidade de viscosidade {hiper} (MPa∙S). Outros parâmetros como: Coeficiente de variação da resistividade com a temperatura, Coeficiente de variação linear com a temperatura, Tensão de ruptura são derivativos dos parâmetros anteriores. Especificamente a tensão de ruptura pode ser manejada com adição de agregados na matriz do metal, provocando variação em outras propriedades no metal. O exemplo clássico do manejo da carga de ruptura é aquela do aço, onde o conteúdo de carbono na liga (ferro – cementita) é apresentado na figura 6. A informação mais evidente da figura anterior é a variação inversa do alongamento à ruptura com o aumento da carga de ruptura. Este andamento é comum a todas as ligas onde um acréscimo da carga de ruptura é pago com a redução da elasticidade do material.

Fascículo

O trabalho a frio (Cold Work) é uma tecnologia (metalurgia

Figura 7 - Influência do trabalho a frio

A razão, para não uso de ligas, vem da metalurgia mecânica, algumas vezes denominada trabalho (deformação a frio) mecânico de conformação. Na figura anterior está ilustrado em grande dimensão o que acontece com os “grãos” da liga duramente a deformação. O trabalho a frio (cold work) provoca uma notável deformação dos grãos de liga, eliminando a fase plástica, do material dúctil, deixando apenas a fase elástica. Este trabalho a frio não muda o módulo de elasticidade do metal, mas confere um aumento notável de tensão de ruptura. O preço a pagar por isto é uma redução apreciável de resistência à fadiga cíclica. Deste modo, em linhas de transmissão longas e sujeitas a vibrações eólicas, não se recomenda uso de condutores ligas. Se um cabo com alma de aço romper algum fio de alumínio, o cabo não cai por possui aço na alma. Os cabos de apenas alumínio liga não possuem este predicado. A figura 8 é uma animação útil para exibir o efeito do trabalho a frio sobre os materiais. O módulo de elasticidade é mantido inalterado, enquanto que a tensão de ruptura aumenta em prejuízo do alongamento. As ligas de silício (série 6) são materiais intensamente encruados, enquanto que a liga 1120 (série 1) é um material moderadamente encruado. As ligas 1350 são materiais com

Figura 6 - Influência do teor de carbono no aço.

cerca de 40%-50% de encruamento.


Apoio

usadas pode-se avançar que: 1 - ligas duras do tipo 6201 são competitivas (leves e de menor preço) para uso como cabos de fase em sistemas de distribuição primária urbana e suburbano, nas bitolas AWG, onde edificações e árvores protegem os cabos contra vibrações eólicas. As mesmas ligas podem ser usadas como neutro mensageiro de circuitos primários e secundários (ambos isolados); 2 - ligas duras do tipo 6201 até o diâmetro de 25 mm podem ser usadas como fases em linhas de transmissão, desde que os vãos permitam apenas oscilações moderadas dos condutores. Este protocolo tem sido usado em transmissão como alternativa às formações ACSR 26/7; 3 - ligas duras do tipo 6201 são alternativas aceitáveis a (1) e (2),

Figura 8 - Incruamento no trabalho a frio

observando em (2) sempre os aspectos de oscilações moderadas. As

Vibrações eólicas e fadiga cíclica

oscilações moderadas são aquelas de vão de vento máximo, recorrente

As vibrações eólicas, naturais em linhas de transmissão, por sua natureza oscilatória, induzem fadiga cíclica nos materiais componentes dos cabos. A fadiga cíclica é mais sentida em cabos com diâmetros superiores a 25 mm, mas é de modo especial sentida em cabos com fios de encordoamento muito encruados. Vibrações eólicas são enfrentadas com soluções tópicas (locais sobre os cabos) ou soluções com materiais. As soluções tópicas são geralmente uso de amortecedores (o mais comum o Stockbrige). As soluções com materiais manejam a metalurgia física e a metalurgia mecânica dos materiais. Este trabalho analisa apenas as soluções

diário, de manhãs frias; 4 - as ligas suaves do tipo 1350 em qualquer diâmetro podem ser usadas em secundário aéreo de distribuição (vão muito curto e protegida de vento); 5 - as ligas suaves do tipo 1350 em qualquer diâmetro podem ser usadas como metal condutor em cabos do tipo ACSR; 6 - todas as ligas duras ou suaves são sensíveis a fadiga cíclica devido a vibrações eólicas num crescendo: (i) 1350, (ii) 1120 e (iii) 6201; 7 - nos cabos ACSR, o condutor não rompe porque o cabo tem aço na alma.

Agradecimentos

com materiais.

O autor, consultor do grupo INTELLI, agradece a permissão para publicar este trabalho.

Referências [01] “PROJETOS MECÂNICOS DAS LINHAS AÉREAS DE TRANSMISSÃO”- Paulo Roberto Labegalini , José Ayrton Labegalini , Rubens Dario Fuchs , Márcio Tadeu de Almeida- Editora Blucher [02] Sarah Chao Sun - Joe Yung “Vibration Damping for Transmission Line Conductors” Sun SC, A Model of Transmission Line Vibration, PhD Thesis, The University of Queensland, Australia, 1999. [03] Callister Jr W. D. Materials Science and Tachniologt: An Introduction John Wiley and Sons 2000 [04] NBR 7306 – ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas – Condutores elétricos de Figura 9 - Curva S-N de WÖHLER para ligas de alumínio.

A figura 9 apresenta o valor médio do número de ciclos a ruptura

alumínio – Tensão e deformação em condutores de alumínio – MÉTODO DE ENSAIO. [05] AAA (ALUMINUM ASSOCIATION OF AMERICA) – Stress-Strain-Creep curves for Aluminum Overhead Electrical Conductors. A technical report for aluminum association’s

para um determinado estado de tensão. Quando a liga é a EC 1350, existe

Electrical Technical Commitee.

um consenso de que este valor médio deve ser de 10 ciclos para uma

[06] J Gilbert Kalfman - Aluminum Alloys and Tempers ASM International 2000 258 pp

7

tensão de 80 Mpa. Para ligas 1120 e 6201 ainda são desconhecidos.

Conclusões Foram apresentadas as razões para uso e para não uso de cabos aéreos construídos com ligas de alumínio, considerando os aspectos de metais contidos nas ligas e o trabalho mecânico a frio para trefilação e encordoamento dos cabos. De todo conhecimento dentro das tecnologias

[07] Avner S H Introduction to Physical Metallurgy Mc Graw Hill 1974. [08] Dieter G E Metalurgia Mecânica Guanabara Koogan AS

Geraldo R. de Almeida é Engenheiro Eletricista da INTELLI – Terminais e Conectores. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br

39


40

Aula Prática

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Por Mario Anauate Neto e Osvaldo Pires de Araujo*

Luminárias LED para áreas classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à radiação óptica


41

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Com

o

avanço

tecnológico

dos

para revolucionar.

LED´s (Diodo Emissor de Luz) ano após

Substituir lâmpadas de altíssimos

ano e o aumento de suas potências, os

consumo por luminárias LED´s com 1/3,

riscos destes componentes para áreas

às vezes até mais, do consumo ajudou

classificadas aumentam. Determinação

a impulsionar o mercado de iluminação,

de padrões, Normas e procedimentos de

porém como tudo o que é novo a

ensaios começaram a ser criados, porém

tecnologia demorou um pouco a chegar

estes ainda não são o suficiente.

em áreas classificadas.

Por

que

muitos

anos,

as

utilizavam

como

fonte

luminárias de

luz

Por possuírem uma alta potência

dissipada, os LEDs têm uma temperatura

lâmpadas incandescentes, fluorescentes

de emissão de calor alta e todos sabem

e de descarga reinaram no mercado,

que temperaturas muito altas em áreas

porém com a chegada dos LEDs e sua

classificadas não combinam muito, ou

capacidade de emissão de luz e baixo

seja, devem ser avaliadas.

consumo agora são os mais requeridos

Então

surgiu

a

pergunta:

como

no mercado.

vamos adotar iluminação LED em áreas

classificadas?

Com a evolução dos LED´s e sua

aplicação em áreas classificadas, hoje

se faz necessária a preocupação com

equipamentos para áreas classificadas

a

começaram a realizar seus ensaios e

correta

especificação

para

evitar

acidentes nas áreas.

As

empresas

que

desenvolvem

todas perceberam que o segredo para poder ter uma boa luminária estava

A revolução dos LED e a redução do consumo de energia

de junção entre o LED e a placa

a 55°C), e ter um bom material para

em conseguir fazer uma boa placa dissipadora de calor, onde a temperatura dissipadora não fosse muito alta (inferior

Desde que surgiram, as luminárias

de LED prometiam mudar o mundo

dissipar o calor gerado para a atmosfera.

da iluminação e, mesmo com certa

Por esse motivo, muitos fabricantes

resistência e desconfiança, aos poucos

adotaram o alumínio, que é um ótimo

isso acabou acontecendo.

dissipador de calor. uma

Voltando a parte do consumo, agora é

lâmpada de descarga a vapor de sódio

possível também economizar energia

de 250W por uma placa de LED de 80W

em ambientes com áreas classificadas!

Como

era

possível

trocar

e manter o mesmo resultado final em

Podemos

quantidade de luz? Foi devido a este

de uma pequena área dentro de uma

usar

um

exemplo

fictício

custo benefício que os LEDs chegaram

refinaria onde temos 100 luminárias com


42

Aula Prática

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

luz que pode levar a queima de diversos materiais.

Os

LEDs

de

alta

dependendo

da

forma

focalizados,

podem

potência, que

atuar

forem como

lasers, capazes de inflamar partículas transportadas pelo ar.

Devido ao risco apresentado, todos

os estudos e esforços dedicados sobre o assunto foram transformados em Norma, conforme a IEC 60079-28, Proteção de

Equipamentos

e

Sistemas

de

Transmissão, utilizando radiação óptica, Estação de carregamento com luminárias vapor de sódio 250W versus LED 50W.

lâmpadas de vapor metálico de 250W.

de energia.

Temos assim uma potência instalada de 25kW. Ao substituir por luminárias LED

Podemos dar como exemplo aqui uma

utilizaríamos luminárias, por exemplo,

lente de aumento. Ela pode concentrar

de 80W, que resultaria em uma potência

a radiação solar, um poderoso ponto de

instalada de 8kW, uma redução de 68%

publicada em 2016. Mesmo com essa Norma estando em vigor há mais de 10 anos, menos de 10% dos certificados emitidos nesse período riscos que a radiação óptica pode causar.

Imaginem agora esta troca em toda a

refinaria? Ou um FPSO ou até mesmo economia teríamos em conservação de

e posterior revisão em 2015. No Brasil, a Norma ABNT NBR IEC 60079-28 foi

no mundo levaram em consideração os

no consumo de energia.

um galpão operacional? O quanto de

sendo sua primeira publicação em 2006

A

ilustração

abaixo

exemplifica

alguns cenários básicos onde a radiação Luminária LED Ex para zona 1

ótica pode se tornar um perigo.

energia? Os números quando calculados são grandes, porém por se tratar de áreas classificadas nem sempre as coisas são tão fáceis assim.

Radiação óptica

Em setembro de 2016, na reunião

da IECEx, em Umhlanga, África do Sul, as conversas sobre o tema de radiação óptica se transformaram em

A distância entre uma fonte de luz e uma superfície externa com materiais de absorção pode ser crítica quando se considera a radiação óptica.

ações. O presidente do Ex Technical Advisory Group (ExTAG) apresentou um documento detalhado sobre as questões relativas aos LEDs e as possíveis fontes de ignição causadas pela luz forte.

Quando falamos em radiação óptica,

precisamos avaliar 4 fatores: 1) saída

de

energia

da

fonte

da

luminária; 2) ponto focal das ondas; 3) distância do ponto de luz; 4) presença de um material de absorção

Uma única fonte de luz pode ser segura, mas múltiplas fontes de luz adjacentes podem se sobrepor e criar radiação intensiva.

Se o invólucro não for à prova de poeira (por exemplo, IP5X), os materiais de absorção podem se infiltrar no invólucro e se tornar uma possível fonte de ignição.


43

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Para melhor visualização do risco

suspensão de materiais na atmosfera,

responsabilidade total de produção é do

da radiação óptica, vamos utilizar, com

diversas dessas substâncias podem se

fabricante.

exemplo, mesmo com comprimento de

depositar na luminária. Quando esse

onda de radiação diferente, um utensílio

acúmulo de material se dá no difusor

que segue a IECEX é um pouco mais

doméstico emissor de radiação comum

e/ou parte emissora de luz, ela começa

complexa. O organismo certificador é

nas

Uma

a absorver a radiação óptica emitida

responsável pela certificação do projeto

residências:

a

torradeira.

a

certificação

internacional

torradeira com potência de 750W torra

pelos LEDs e podem começar a aquecer,

de produção e processo de produção.

duas fatias de pão com aproximadamente

com isso o risco de ignição aumenta se

Os ensaios requeridos vão muito além

5mW/mm². Com essa energia, o pão

tornando

das amostras de produtos.

é torrado depois de um tempo ou até

se a radiação óptica emitida não for

mesmo totalmente queimado.

contabilizada

adota

extremamente no

projeto

significativo inicial

das

uma

possível

fonte

de

ignição

na

diretiva Europeia ATEX 94/9/CE e, por

padrões

tipo

de

certificação

diferentes,

isso

faz

com que os processos e produtos

sejam

e

A radiação óptica é descrita como

cada

luminárias. Como todo equipamento para áreas

classificadas, o projeto deve ser ensaiado

Como

aprovado

por

um

organismo

de

diferentemente

avaliados.

Independentemente disso, o resultado final

das

certificações

devem

ser

terceira parte. Os organismos emitem os

semelhantes. E isso deve valer para a

certificados de acordo com os requisitos

certificação de radiação óptica.

das Normas aplicáveis para o tipo de

proteção Ex. Para a radiação óptica,

são instaladas por diversos segmentos

As luminárias para áreas classificadas

existem diversas maneiras de realizar

no Brasil e no mundo. Ao comprar um

a

equipamento, o usuário final espera

certificação

e

também

diferentes

avaliações.

receber um produto de qualidade e que atenda a todos os requisitos de

Mercado atual

segurança existentes para que suas áreas possam continuar operando sem

sua vez, a Norma EN1127-1 [2] estipula Essas variações de avaliações são

riscos.

Normalmente,

as

empresas

princípios gerais de proteção para ondas

eletromagnéticas na faixa de frequência

decorrentes dos diferentes mercados

de 3.1011Hz a 3.1015Hz (faixa espectral

existentes. Na Europa, no processo de

usuário é responsável por selecionar e

ótica). Como as informações iniciais

certificação ATEX, o projeto é avaliado

aceitar os produtos acreditando o que

eram muito escassas sobre os limites

pela certificadora com base em dados

está especificado no certificado. Com

quantitativos, algumas pesquisas foram

de ensaios e documentações técnicas.

base nisso é de suma importância que os

desenvolvidas para poder obter esse

A

organismo

organismos certificadores adotem todas

limite operacional seguro para sistemas

certificador fica limitado aos dados

os requisitos de segurança destinados

responsabilidade

do

não têm um especialista nessa área. O

que emitem radiação óptica em áreas

de ensaios fornecidos, documentação

a um produto para áreas classificadas.

classificadas.

técnica

ensaios

Por muitas vezes, o comprador apenas

realizados em amostras de produtos. A

está verificando se a certificação Ex

Após a realização de alguns testes

e

seus

próprios

chegou-se ao valor limite de 50mW para todas as misturas de gás / vapor, com exceção ao CS2 que ficou em 20mW, em radiação contínua. Com esses valores foi determinado o valor de 10mW/mm² para a irradiância mínima capaz de causar ignição.

Esse valor de radiação é o limite

seguro de radiação óptica estipulado pela ABNT NBR IEC 60079-28.

Como

as

luminárias

para

áreas

classificadas em sua grande maioria trabalham em ambientes agressivos com

Moega rodoviária com presença constante de poeira


44

Aula Prática

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

existe e não entra nos pormenores da

em outros, luminárias totalmente sujas

certificadas

certificação vigente.

conforme a foto abaixo e, às vezes, até

possuem certificação “op is”.

contra

radiação

óptica

piores do que esse estado.

Tipos de radiação óptica e onde é aplicável a certificação

consideração é que os padrões estipulados

de

pelas Normas para as classificações de

por mais que esteja em Norma, não

referência e Normas, vemos que a

temperatura não levam em consideração

é um requisito obrigatório no Brasil,

questão dos testes de radiação ótica são

a sujeira que se pode acumular ao

os fabricantes locais não testam suas

aplicáveis em luminárias com classificação

longo do tempo de instalação. Todas as

luminárias para esse tipo de situação.

de EPL Gb, zona 1. Lembrando um pouco

luminárias são ensaiadas e certificadas

Já as empresas estrangeiras com filiais

Ao

consultar

os

documentos

O

que

precisamos

levar

em

O que deve ser feito Como a questão da radiação óptica,

o conceito de zonas, a zona 1 é aquela

quando os produtos são produzidos ou

no País, já possuem os relatórios e

onde a ocorrência da mistura inflamável

seja novos e limpos.

certificações com a marcação “op is”.

/ explosiva é provável de acontecer em

condições Normais de operação do

áreas

em

certificados e ensaiados conforme manda

equipamento de processo. Por ter o

áreas de gases / vapores, a ABNT NBR

a Norma, podemos tomar uma atitude

equipamento em processo o tempo todo,

IEC 60079-28 é o único padrão que

simples que pode evitar que acidentes

o risco da mistura inflamável na atmosfera

temos para seguir hoje onde se especifica

envolvendo radiação óptica aconteçam,

Se falamos de risco de explosão em potencialmente

explosivas

Enquanto os equipamentos não são

é constante, por esse motivo o acúmulo

ensaios para luminárias sujas iguais as

inspeção visual constante das luminárias.

de resíduos na luminária é maior e é

que encontramos em campo hoje.

Caso você identifique que a luminária

onde se faz necessário a certificação de

Conforme a ABNT NBR IEC 60079-28

está suja, então está na hora de limpar.

radiação óptica já no projeto da luminária.

temos hoje três tipos de proteção para

Esse simples ato faz com que a camada

radiação ótica. São elas:

de sujeira na lente da luminária, que é

Para a zona 2, onde a ocorrência da

a causadora do super aquecimento, não

mistura inflamável / explosiva é pouco provável de acontecer e, caso aconteça,

1) radiação óptica inerentemente segura

ocorra. Mesmo com a inspeção visual

será por pouco tempo, não se faz

ou OP IS: nesse caso, a radiação visível

feita, isso não quer dizer que as luminárias

necessário a aplicação da certificação de

em infravermelho que é incapaz de

estão seguras, porém estarão aptas a

radiação óptica.

produzir energia suficiente sob condições

atuar em um ambiente mais seguro.

Como citado no texto no exemplo

normais ou de falha especificada para

da torradeira, o pão atua absorvendo a

causar a ignição de uma atmosfera

real risco que temos com a questão da

radiação. Com as luminárias, o material

explosiva especifica;

radiação óptica, o correto é se antecipar

de absorção é uma mistura de óleo,

2) radiação óptica protegida OP PR:

e já começar a adequar os produtos para

sujeira, graxas etc.

radiação visível ou em infravermelho que

essa realidade. Como estamos falando

Luminária recoberta de sujeira aumento do risco de radiação ótica

Aqui vale a pergunta: as luminárias

que ficam nas áreas são realmente tão sujas assim? Respondo essa com um relato pessoal, em todas as minhas visitas às áreas, nunca me deparei com uma luminária limpa, como as saídas de fábricas. Em alguns casos, vemos algumas com acúmulos de poeiras,

Mediante aos fatos expostos do

está confinada em uma fibra óptica ou

de áreas classificadas, não podemos nos

outro meio de transmissão sob condições

dar ao luxo de esperar que acidentes

normais de construção ou construções

aconteçam para que depois tomemos as

com

adicional

ações necessárias. Quando o assunto são

baseado na premissa de que não há fuga

áreas classificadas, a responsabilidade

de radiação do confinamento;

é de sempre estar um passo à frente

proteção

mecânica

3) sistema óptico com intertravamento

quando o quesito é segurança, pois

OP SH: sistema para confinar a radiação

no final do dia não estamos somente

visível

de

assegurando as áreas de processo, mas

uma fibra óptica ou outro meio de

ou

infravermelha

sim a vida das pessoas e a preservação

transmissão

do meio ambiente.

com

dentro

desligamento

por

intertravamento para reduzir de forma confiável a intensidade do feixe não

* Mário Anauate Neto é engenheiro

confinado a níveis seguros, dentro de um

eletricista, especialista em iluminação e áreas

período especificado, no caso de falha

classificadas.

do confinamento, tornando a radiação

Osvaldo Pires de Araujo é

não confinada.

engenheiro eletricista, especialista em áreas classificadas, coordenador do

Hoje,

as

luminárias

que

estão

CE-003.031.002.


Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES

Ano 2 - Edição 29 / Novembro de 2018

NOTÍCIAS DE MERCADO ENERGIA EÓLICA: Já temos mais de uma Itaipu de eólicas ENERGIA SOLAR: Armazenamento da energia solar fotovoltaica: a nova fronteira APOIO


46

Notícias

renováveis

Investimento em renováveis não aumenta custos e nem afeta competitividade do setor elétrico no Brasil, diz estudo

O Instituto Escolhas lançou o estudo

indicou o real custo de cada um deles para

"Quais os reais custos e benefícios das fontes

a sociedade e destaca que a melhor opção

de geração elétrica no Brasil?", no mês de

é a complementaridade entre as fontes de

outubro, apontando que a expansão de fontes

geração, que devem operar de forma conjunta.

renováveis não aumentaria custos ou afetaria

competitividade do setor elétrico no Brasil.

renováveis são as que apresentam o menor

custo de investimento e operação em

Segundo a pesquisa, o Brasil, até 2026,

A análise mostrou que as novas fontes

pode aumentar a participação de renováveis

relação às demais. Dentre as renováveis, a

em sua matriz elétrica sem que isso acarrete

biomassa é a que possui o menor custo de

custos significativos para a operação do

infraestrutura.

sistema elétrico, cumprindo assim as

Quando avaliados os serviços prestados

diretrizes do Plano Decenal de Energia 2026.

pela fonte além da produção de energia

Dados da Empresa de Pesquisa Energética

propriamente dita, como modulação

(EPE), apontaram que hoje mais de 80% da

(capacidade de atender à demanda

eletricidade usada no País é proveniente de

durante todo o ano) e robustez (capacidade

fontes renováveis, porém em sua maior parte

de produzir energia acima do que foi

a hidráulica (68%).

planejado), a termelétrica é a fonte que se

Em 2035, o País pode aumentar em

sai melhor. A hidrelétrica tem problemas

68% a participação de energia eólica, solar e

com a sazonalidade e eólica e solar com

biomassa em sua matriz elétrica, em relação

a variabilidade na produção de energia.

a previsão do PDE 2026, totalizando 44%

Entretanto, é também a termelétrica a

da composição da matriz. Essa mudança

fonte com o maior custo ambiental para a

pode ocorrer sem afetar a competitividade

sociedade relativo às emissões de gases de

e a atratividade dos megawatt-hora (MWh)

efeito estufa.

dessas fontes para os consumidores.

um componente dos custos de energia

Os MWh das novas renováveis são

Segundo o estudo, os subsídios são

bastante competitivos e atrativos ao

que potencialmente causam distorção na

consumidor, mesmo em cenários de sua

precificação das fontes. Hoje as fontes que

maior penetração no sistema, o que indica

mais recebem subsídios e isenções são solar,

haver ainda bastante espaço para estas

eólica e pequenas centrais hidroelétricas.

fontes na matriz energética do País.

fundamental de que os estudos de

O estudo ainda mostra que o plano de

A conclusão da pesquisa é a necessidade

expansão ideal para o sistema não deve

planejamento e o setor elétrico incorporem

necessariamente selecionar apenas a

os custos e benefícios econômicos das fontes

opção com o menor custo, pois nem todo

de geração para uma eficiente composição da

MWh é economicamente igual. A pesquisa

matriz energética do País.


Notícias

47

Geração de energia alternativa cresce 13% no último ano

Seguindo tendência mundial, o investimento

em energia limpa vem aumentado. E fontes como petróleo, carvão e gás vêm dando lugar à energia eólica, solar e hidráulica. Segundo estudo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), houve aumento de 13% na geração de energia alternativa no último ano.

O dado se refere ao Ambiente de

Comercialização Livre (ACL), segmento onde se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica. Para entrar nesse mercado, a demanda do consumidor tem de ser maior que 500 kW, o que engloba, geralmente, indústrias, comércios e grandes condomínios residenciais. A energia eólica representa 43% do mercado livre de energia, enquanto a biomassa chega a 67% e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), 45%. Aproximadamente 39% do consumo do ACL vêm de fontes renováveis.

"Isso mostra a importância do setor para a

formação de uma matriz limpa de energia, que é mais barata e vantajosa", explica Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. Para Reginaldo, se o mercado livre de energia fosse disponibilizado a toda população, os avanços em relação a sustentabilidade seriam muito maiores. "O consumidor precisa ter o direito de escolher de onde vai comprar energia", defende. Dados da ACL indicam que nos últimos 15 anos 5.544 agentes obtiveram uma economia média de 23%.

Em setembro, o Ministério de Minas e

Energia autorizou a instalação de 25 usinas de energia limpa no País, já leiloadas: 14 solares, oito eólicas, duas hidrelétricas e uma termelétrica de biomassa de bagaço de cana. "Vão conferir maior robustez, segurança e preço justo na distribuição", afirmou o ministro Moreira Franco. Em junho, as fontes de energia limpa representaram 81,9% da capacidade instalada no Brasil e 87,8% da produção total verificada.

O BNDES anunciou R$ 2,2 bilhões para

financiamento de empresas e pessoas físicas que queiram investir em energia renovável. Os consumidores vão poder financiar até 100% na compra de equipamentos de placas voltaicas e geradores a biogás, com prazo de pagamento de até 120 meses e carência de 24 meses.


48

renováveis

Fonte solar fotovoltaica é nova aposta para expandir mercado livre com 2GW negociados este ano

A solar fotovoltaica é a mais nova aposta brasileira para

expandir o mercado livre de energia. A competitividade da fonte é vista pelas comercializadoras como estratégia de crescimento dos negócios no Ambiente de Contratação Livre (ACL). O tema foi debatido durante encontro promovido pela Absolar e Abraceel em São Paulo com agentes do setor elétrico e autoridades de Governo, entre eles o Ministério de Energia Elétrica (MME), o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Na ocasião, foram debatidas questões como contratos (PPAs)

no ACL, propostas de isonomia entre os ambientes regulados e livre e novos modelos regulatórios que permitam a expansão da fonte solar fotovoltaica do próprio ambiente de negócios no mercado livre.

Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia

Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o País deve fechar o ano com cerca de 2 mil megawatts da fonte solar fotovoltaica negociados no mercado livre de energia. Para o CEO da entidade, Dr. Rodrigo Sauaia, o preço da solar fotovoltaica negociado no último leilão de energia nova, em abril deste ano passado, a R$ 118,07 o MWh, pode ser considerado um divisor de águas para a fonte no Ambiente de Contratação Livre.

“O fato de a solar fotovoltaica ter vendido energia elétrica a

preços inferiores aos praticados por outras renováveis, como CGHs, PCHs e biomassa, sinalizou a competitividade da fonte para ser negociada pelas comercializadoras no ACL”, comenta. “Este ganho de competitividade é fruto da redução de preços dos equipamentos, recuperação da moeda brasileira frente ao dólar e acirrada competição entre os empreendedores”, acrescenta Sauaia.

O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR,

Ronaldo Koloszuk, avisa que a entidade tem recomendado algumas propostas prioritárias no sentido de consolidar a fonte solar fotovoltaica no mercado livre. “Entre elas, estruturação financeira adequada, implantação de projetos, conexão com rede básica e regras claras de comercialização”, aponta.

Já o presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores

de Energia (Abraceel), Reginaldo Medeiros, lembra, todavia, que a entrada do chamado “preço-horário” no sistema de cálculo do setor elétrico, previsto para 2020, será um avanço regulatório para o País. “Certamente, a entrada em vigor do ‘preço-horário’ vai favorecer ainda mais a fonte solar fotovoltaica no mercado livre de energia”, comenta. “Nossa perspectiva é que a solar fotovoltaica será, em pouco tempo, fator determinante para a expansão da oferta em todo o Ambiente de Contratação Livre”, completou.

Notícias



Energia solar fotovoltaica

Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho da ABSOLAR.

50

Rodrigo Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.

Markus Vlasits é Coordenador da Força-Tarefa de Armazenamento da ABSOLAR

Armazenamento da energia solar fotovoltaica: a nova fronteira entre 2010 e 2018, sendo a

geração solar fotovoltaica

baterias, lembramos de

segunda tecnologia que mais

e armazenamento. Para os

Brasileira de Energia Solar

dispositivos eletroeletrônicos

se barateou no setor elétrico

consumidores conectados

Fotovoltaica (ABSOLAR) e

ou de veículos elétricos. Porém,

mundial, atrás apenas da solar

à rede, em áreas urbanas e

o setor solar fotovoltaico, o

outros usos de baterias crescem

fotovoltaica, com redução de

rurais, que reclamam das

armazenamento competitivo

rapidamente no mundo.

83% no mesmo período.

interrupções ou instabilidades

é tema de grande interesse:

no fornecimento de eletricidade,

ele proporcionará mais valor

Quando pensamos em

Nos Estados Unidos há mais

O barateamento das baterias

Para a Associação

de 800 MWh em bancos de

continuará firme nos próximos

as baterias serão parte da

e novas funcionalidades aos

baterias “estacionárias”, ou seja,

anos, aproximando a tecnologia

solução. Adicionalmente, muitos

sistemas solares fotovoltaicos,

instaladas na infraestrutura

do mercado. Para dispositivos

consumidores em média tensão,

trazendo aos consumidores

da matriz elétrica ou em

eletroeletrônicos e na

especialmente nas regiões

maior liberdade e autonomia,

consumidores. As baterias

mobilidade elétrica, a tecnologia

Norte e Nordeste, pagam tarifas

e contribuindo para ampliar

estacionárias são usadas para

de íons de lítio tem sido a mais

elevadíssimas no horário ponta

a participação da fonte

regular e melhorar a frequência

indicada, pela maior densidade

e as baterias ajudarão a reduzir

solar fotovoltaica na matriz

e tensão da rede elétrica,

elétrica em comparação com

estes custos.

elétrica brasileira. Com isso,

para “arbitrar” o consumo em

as opções disponíveis. Já para o

ofereceremos novos serviços

horários de ponta e fora-ponta

uso estacionário existem boas

um ativo valioso para as

e opções, como uma gestão

e para proteger consumidores

alternativas, com vantagens

distribuidoras: além de melhorar

precisa da geração e do

contra surtos e falhas de

importantes. Uma delas, por

a qualidade do fornecimento

consumo locais, a criação de

fornecimento. Tais usos

exemplo, é a bateria de fluxo

de energia elétrica, o

microrredes e comunidades

deverão crescer fortemente,

de ferro que, apesar da menor

armazenamento permite

de compartilhamento e

contribuindo para acelerar

densidade elétrica, é mais

a expansão mais eficiente

armazenamento da geração

a transição de geradores

resistente à degradação, não

das redes de distribuição,

solar fotovoltaica, e o aumento

baseados em fontes fósseis,

é inflamável e não contêm

aliviando os picos de demanda

do poder de decisão do

poluidoras e mais caras para

materiais escassos ou de alta

em momentos de consumo

consumidor, usando a rede

fontes renováveis, limpas e mais

toxicidade em sua composição.

elevado. Em 2017, a ANEEL

elétrica quando for vantajoso e

Baterias também serão

aprovou 23 projetos de P&D de

protegendo os consumidores de

de geração variável.

E o que esperar do

armazenamento por meio da

custos elevadados.

armazenamento no Brasil?

Chamada de P&D Estratégico nº

21/2016, atualmente em fase

solar fotovoltaica, cada vez mais

de implantação. Adicionalmente,

competitivas, seguirão juntas,

competitivas, porém com perfil Um fator decisivo para o

avanço do armazenamento de Baterias cada vez mais

Armazenamento e energia

energia elétrica é a redução dos

custos das baterias. Segundo a

baratas acelerarão a substituição

estão sendo desenvolvidos os

abrindo as portas para novas

Bloomberg New Energy Finance,

de geradores a diesel, caros,

primeiros projetos comerciais no

oportunidades de negócio e de

o preço de baterias de íons de

poluentes e barulhentos, por

Brasil, em regiões como Goiás,

crescimento no setor elétrico

lítio despencou mais de 75%

sistemas híbridos combinando

Pernambuco e Minas Gerais.

brasileiro.


Energia Eólica

51

Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

O Brasil acaba de ultrapassar

bilhões), representando 58%

a expressiva marca de 14 GW de

dos investimentos realizados em

capacidade instalada de energia

renováveis no País (eólica, solar,

eólica. Já são 14,34 GW de

biomassa, biocombustíveis e

capacidade instalada em 568

resíduos, PCH e outros).

parques eólicos e mais de 7.000

aerogeradores em 12 Estados.

chegando a atender quase

Para comparação, podemos, por

14% do Sistema Interligado

exemplo, citar que esta é a mesma

Nacional – SIN, de acordo com

capacidade instalada de Itaipu, a

o último Boletim Mensal de

maior usina hidrelétrica do Brasil.

Dados do ONS, referente ao

mês de setembro e que mostra

A fonte eólica tem mostrado

A energia eólica já está

Minas e Energia Crédito: Portal Brasil

Já temos mais de uma Itaipu de eólicas

um crescimento consistente,

que, no dia 19 de setembro,

passando de menos de 1 GW em

uma quarta-feira, a energia

2011 para os 14 GW de agora,

eólica chegou ao percentual

completamente conectados à

de 13,98% de atendimento

rede de transmissão. Em média,

recorde do SIN. No caso

a energia gerada por estas eólicas

específico do Nordeste, os

médios. A produção elevou a

matriz tem a admirável qualidade

equivale atualmente ao consumo

recordes de atendimentos a

representatividade da fonte, em

de ser diversificada e assim deve

residencial médio de cerca de

carga já ultrapassam 70%. Nos

relação a toda energia gerada no

continuar. Cada fonte tem seus

26 milhões de habitações (80

primeiros oito meses do ano de

período pelas usinas do Sistema,

méritos e precisamos de todas.

milhões de pessoas).

2018, as eólicas geraram uma

para 11,5% em 2018.

É preciso que isso fique claro.

Do lado da energia eólica, o que

quantidade de energia 19%

o Brasil passou do 15º lugar no

superior ao gerado no mesmo

mais 4,46 GW em 186 novos

podemos dizer é que a escolha

Ranking de Capacidade Instalada

período do ano passado, de

parques eólicos, levando o

de sua contratação faz sentido

de energia eólica em 2012 para

acordo com dados consolidados

setor à marca de 18,80 GW,

do ponto de vista técnico, social,

a 8ª posição no ano passado,

do boletim InfoMercado mensal

considerando apenas leilões já

ambiental e econômico, já que

segundo o Global Wind Energy

da Câmara de Comercialização

realizados e contratos firmados

tem sido a mais competitiva

Council. Também é importante

de Energia Elétrica (CCEE). A

no mercado livre. Com novos

nos últimos leilões. Além disso,

mencionar que, no ano passado,

CCEE também informou que,

leilões, estes montantes

acreditamos ser uma escolha

a Bloomberg New Energy

durante o mês de agosto, as

se elevarão. Sobre novas

lúcida quando se tem ideais de

Finance estimou o investimento

usinas eólicas registraram a

contratações e sobre o futuro

uma sociedade mais justa e de

do setor eólico no Brasil em

maior produção de energia da

da energia eólica, acho sempre

um futuro mais sustentável e de

US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4

história ao alcançar 7.017 MW

importante explicar que nossa

respeito à natureza.

Gosto sempre de lembrar que

Até 2024, serão instalados


52

Pesquisa - Materiais para aterramento

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Setor de aterramento termina 2018 otimista e com previsão de crescimento de 17%, aponta pesquisa do OSE

Projetos de infraestrutura e aquecimento do setor de construção civil impulsionaram o segmento. Expectativa só não é maior devido ao cenário econômico ainda em recuperação


53

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

O setor de aterramento espera crescer 17% neste ano, segundo pesquisa realizada

pela revista O Setor Elétrico (OSE), com 75 empresas do segmento. Em relação a 2017, o crescimento esperado é de 15%. Já a expectativa do setor de crescimento do tamanho anual total do mercado em 2018 é de 8%, com um acréscimo de 15% no quadro de funcionários neste ano. Previsões de crescimento

8%

Previsão de crescimento do tamanho anual total do mercado para o ano de 2018 Acréscimo (em percentual) ao quadro de funcionários da empresa

15% 15%

Crescimento da sua empresa em 2017 comparado ao ano anterior Previsão de crescimento em 2018

17%

A pesquisa apontou que projetos de infraestrutura (19%), seguido por aquecimento do

setor da construção civil (12%) e incentivos de legislação ou normalização (10%), estimularam o crescimento do segmento em 2018. Em contrapartida, para 14%, o crescimento não foi maior devido à desaceleração da economia brasileira e a falta de confiança dos investidores (11%). Fatores que influenciam o mercado de materiais para aterramento

3%

Outros 7%

Desvalorização da moeda brasileira

6%

Programas de incentivo do governo 12%

11%

Bom momento econômico do país

Falta de confiança de investidores 4%

Falta de normalização e/ou legislação

14%

Desaceleração da economia brasileira

10%

Incentivos por força de legislação ou normalização

5%

Setor da construção civil aquecido

1%

Crise internacional

19%

Projetos de infraestrutura

8%

Setor da construção civil desaquecido


Pesquisa - Materiais para aterramento

54

Mais de 50% do segmento de aterramento, segundo a pesquisa

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

No ano passado, a maior parte do segmento, que atingiu o

OSE, atingiram um faturamento médio de até R$ 20 milhões em 2017.

faturamento de até R$ 20 milhões foi impulsionado pela linha

A fatia de 20% atingiu um faturamento médio entre R$5 milhões a

de resistores de aterramento (77%), medidores de resistência

R$10 milhões e 7%, entre R$10 milhões a R$ 50 milhões. A faixa

e impedância de aterramento (68%), solda exotérmica (67%),

que atingiu um faturamento de R$200 milhões até mais de R$ 500

malhas de aterramento pré-fabricadas (62%) e barramentos de

milhões ficou empatada com 5%.

aterramento e equipotencialização (61%).

Faturamento bruto anual em 2017

5%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão

Acima de R$ 1 bilhão 4%

68% 16%

8%

5%

3%

0%

0%

77% 11%

6%

0%

6%

0%

0%

Hastes de aterramento

34% 23% 25%

7%

7%

5%

0%

Malhas de aterramento

62% 13% 18%

5%

3%

0%

0%

61% 17% 15%

2%

2%

2%

0%

22% 24% 22% 10% 12%

4%

4%

67% 24%

2%

De R$ 50 milhões a R$ 70 milhões

SPDA (captores, cabos e acessórios)

52%

7%

Medidores de

Até R$ 5 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

4%

2%

De R$ 70 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

2%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

33% 24% 15% 17%

Até R$ 20 milhões

5%

Percepção sobre o tamanho anual de alguns nichos de mercado

Acima de R$ 500 milhões

resistência e/ ou impedância de

7%

aterramento

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Resistores de aterramento

20%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

pré-fabricadas Barramentos de aterramento e/ou

O setor industrial corresponde por 91% do mercado de

equipotencialização

aterramento, seguido pelo comercial (61%), pelo público (38%) e,

Cabos, cordoalhas

por fim, pelo residencial (31%).

e conectores para sistemas de

Principais segmentos de atuação

aterramento e/ou equipotencialização Solda exotérmica Dispositivo protetor de

5%

0%

0%

0%

2%

2%

0%

56% 23% 10%

5%

0%

0%

surtos de energia

Residencial

31%

5%

45% 21% 12% 17%

Dispositivo

5%

protetor de surtos

Público

de sinal (telefonia,

38%

dados, etc.)

Comercial

61%

Industrial

91%

De acordo com a pesquisa, o principal canal de venda do setor

de aterramento é a venda direta ao cliente final (78%), seguido por revendas e varejistas (45%), distribuidores e atacadistas (40%), internet (29%) e telemarketing (23%).


55

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Principais canais de vendas

Outros

18%

Telemarketing

23%

Internet

29%

Distribuidores/tacadistas

40%

Revendas/varejistas

45%

Venda direta ao cliente final

78%

O SPDA (captores, cabos e acessórios) lidera o ranking dos produtos mais fabricados

e distribuídos pelo segmento, com 69% da fatia, seguido pelos dispositivos de protetor de surtos (62%), cabos cordoalhas e conectores (61%) e hastes de aterramento (61%). Principais produtos comercializados pelas empresas

Resistores de aterramento

12% 26%

Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento Malhas de aterramento pré-fabricadas

29%

Dispositivo protetor de surtos de sinal

40%

Solda exotérmica

44% 49%

Barramentos de aterramento e/ou equipotencialização Hastes de aterramento

61% 61%

Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento e/ou equipotencialização

62% 69%

Dispositivo protetor de surtos de energia SPDA (captores, cabos e acessórios)

IFG 1/3


Pesquisa - Materiais para aterramento

Site

Cidade

(11) 3228-1577

www.a3eletro.com.br

São Paulo

SP

X

ANX ENGENHARIA

(31) 3657-7941

www.anxengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

ATR Soluções

(28) 3521.5707

www.atrs.com.br

Cachoeiro de Itapemirim

ES

X

X

Barbosa & Andrade

(31) 3551-6351

www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

X

X

BASE Energia

(19) 3837-5067

www.baseenergia.com.br

Jaguariuna

SP

X

X

BKNAV INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

(21) 4063-9100

www.bknav.com.br

Duque de Caxias

RJ

X

X

X

X

CAESA

(41) 3699-8400

www.caesa.ind.br

Almirante Tamandaré

PR

X

X

X

X

CAO ENERGIA E ENG. ELÉTRICA LTDA

(61) 3447-8714

www.caoenergia.com.br

Brasília

DF

X

X

X

Carvalho Group

(11) 4695-1246

www.carvalhogroup.com.br

Guararema

SP

X

X

X

CASP S/A Industria e Comercio

(19) 98115-6582

www.casp.com.br

Amparo

SP

X

X

X

CCPG Engenharia

(42) 3236-0100

www.ccpg.eng.br

Ponta Grossa

PR

X

X

X

Clamper

0800 703 0555

www.clamper.com.br

Lagoa Santa

MG

X

COBRACE

(11) 4991-1747

www.cobrace.com.br

Santo André

SP

X

Condumax Fios e Cabos Elétricos

0800 701 3701

www.condumax.com.br

Olímpia

SP

X

Crossfox Elétrica

(11) 2902-1070

www.crossfoxeletrica.com.br

São Paulo

SP

X

D´LIGHT

(11) 2937-4650

www.dlight.com.br

Guarulhos

Dinâmica MG

(31) 3426-1668

www.dinamicaelevadores.com.br

EATON

0800 00 32866

Eficaz Engenharia

(51) 3342-5650

ELETRIC Elétrica Cidade Ltda

Estado

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

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X

X

X

X

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X

X

X

X

X

X

X

X

SP

X

X

X

Belo Horizonte

MG

X

www.eaton.com

Porto Feliz

SP

www.eficaz.eng.br

Canoas

RS

(11) 4168-1302

eletric-produtos@superig.com.br

Barueri

SP

(34) 3256-4944

www.eletricacidade.com.br

Uberlândia

MG

X

X

Eletroeltz Engenharia

(41) 3369-5663

www.eletroeltz.com.br

Curitiba

PR

X

X

Eletroos Engenharia

(55) 99913-2383

www.eletroos.com.br

Santiago

RS

X

Eletrotécnica Vera Cruz

(11) 4941-0251

www.eletrotecnicaveracruz.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

Eletrotil Soluções Técnicas

(34) 3268-2033

www.eletrotil.com.br

Itaiatuba

MG

X

X

X

Embramat

(11) 2098-0371

www.embramataltatensao.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

EMBRASTEC

(16) 3103-2021

www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

X

X

Exatron

0800 541 3310

www.exatron.com.br

Canoas

RS

X

X

X

X

FASTWELD

(11) 2421-7150

www.fastweld.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

X

X

FAW7 ENGENHARIA

(11) 2768-0800

www.faw7.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

Finder

(11) 4223-1550

www.findernet.com

Sao Caetano do Sul

SP

X

X

X

Fluke do Brasil

(11) 3741-1370

www.fluke.com.br

São Paulo

SP

X

X

FRONTEC

(51) 3201-2477

www.frontec.com.br

São Leopoldo

RS

X

FTTeng

(14) 3245-5478

www.ftteng.com.br

Bauru

SP

GALASSO MATERIAIS ELÉTRICOS E TINTAS

(13) 3326-2568

www.galassosantos.com.br

Santos

SP

X

X

X

X

Ideal Engenharia

(11) 3287-0622

www.idealengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

INTELLI

(16) 3820-1500

www.intelli.com.br

Orlândia

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

IPT Engenharia

(61) 99627-1181

www.iptengenharia.com

Brasília

DF

X

X

X

X

Itapuã Eletro Comercial

(16) 3951-2195

www.itapuaeletro.com.br

Cravinhos

SP

X

X

X

X

José Marcos

(41) 3285-2242

www.enghive.com.br

Araucaria

PR

X

X

X

LPM

(11) 3976-1636

www.lpmmil.com.br

São Paulo

SP

X

X

MAGNET

(11) 4176-7877

www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

Makrocil

(15) 99756-7416

alexandresat99@gmail.com

Sorocaba

SP

MBA Construtora

(34) 3271-7700

www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

Mecânica do Brasil

(11) 2026-6060

www.mecdobrasil.com.br

São Paulo

SP

X

X

Megabras

(11) 3254-8111

www.megabras.com

São Paulo

SP

X

X

MGALTECK SOLUÇÕES INDUSTRIAIS

(47) 3285-7708

www.mgalteck.com.br

Blumenau

SC

X

MONTAL PARA-RAIOS

(31) 3476-7675

www.montal.com.br

Belo Horizonte

MG

X

MTM

(11) 4125-3933

www.mtm.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

X

MULTITAREFA TECH

(11) 2258-8443

multitarefa@yahoo.com.br

São Paulo

SP

X

Mundo Elétrico

(11) 4029-7168

mundoeletrico@gmail.com

Salto

SP

X

Naville Iluminação

(11) 2431-4500

www.naville.com.br

Guarulhos

SP

X

X

nVent

(15) 3363-9160

www.nvent.com

Boituva

SP

X

X

X

OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

Sorocaba

SP

X

X

X

Olivo S/A

(48) 2102-8820

www.olivosa.com.br

Siderópolis

SC

X

PAES ENGENHARIA

(31) 98831-1957

engenharia@paesengenharia.net

Belo Horizonte

MG

X

X X

X

X X

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X X X X

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X X

X

X

X

X

X X

Programas na área de responsabilidade social

Telefone

A3 ELETRO COMERCIAL

Certificado ISO 14001

EMPRESA

Certificado ISO 9001

X

Outros

Telemarketing

X

Internet

Venda direta ao cliente final

Revendas / varejistas

X

Distribuidores / atacadista

X

Canal de Vendas

Público

Residencial

Principal segmento

Industrial

Distribuidora

Fabricante

A empresa é

Atendiemnto ao cliente por telefone e/ou internet

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Comercial

56

X

X X X

X


57

X

X

MG

X

PARATEC

(11) 3641-9063

www.paratec.com.br

São Paulo

SP

X

Pentean Proj. Consult. e Ins.s Elétricas

(19) 3327-5327

www.pentean@eletrica.com.br

Valinho

SP

Petrobras

(22) 3377-3164

www.petrobras.com.br

Macaé

RJ

X

Phoenix Contact

(11) 2871-6400

www.phoenixcontact.com.br

São Paulo

SP

X

Potencia Engenharia

(91) 99983-3260 www.potenciaeng.com.br

Belém

PA

X

PROAUTO

(15) 3031-7444

www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

X

X

X

PROVITEL

(11) 2239-1484

www.provitel.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

Quadrimar Quadros e Painéis Elétricos

(21) 2428-3155

www.quadrimar.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

RAYCON DO BRASIL

(11) 3994-1906

www.raycon.com.br

São Paulo

SP

X

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X

X

Redes TI

(69) 3229-5287

www.gruporedemixx.com.br

Porto Velho

RO

X

X

X

Renetec

(11) 4991-1999

www.renetec.com.br

Santo André

SP

X

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X

SENAI

(42) 3219-4900

www.senaipr.org.br

Ponta Grossa

Pr

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X

Senior Engenharia

(31) 2105-9800

www.seniorengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

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X

SIEMENS

0800 11 94 84

www.siemens.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

TAG EQUIPAMENTOS

(15) 99104-2105 www.tagequipamentos.webnode.com.br Sorocaba

SP

X

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X

X

TecnEnge Telecomunicação Ltda

(41) 9997-3534

tecnenge@mps.com.br

Curitiba

X

X

X

Telbra Ex

(11) 2946-4646

www.telbra.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

TERMOTÉCNICA PARA-RAIOS

(31) 3308-7000

www.tel.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

UTILI

(31) 3232-0400

www.utili.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

Weidmüller

(11) 4366-9600

www.weidmuller.com.br

Diadema

SP

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PR

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Outros

Estado

Belo Horizonte

Internet

Cidade

www.paraeng.com.br

Público

Site

(31) 3394-7433

Programas na área de responsabilidade social

X

Telefone

Paraeng Para raios

Certificado ISO 14001

X

X

EMPRESA

Certificado ISO 9001

X X

Telemarketing

Venda direta ao cliente final

X

Revendas / varejistas

X

X

Distribuidores / atacadista

X

Residencial

Comercial

X

Canal de Vendas

Fabricante

Industrial

Principal segmento

Distribuidora

A empresa é

Atendiemnto ao cliente por telefone e/ou internet

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

X X

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X


Pesquisa - Materiais para aterramento

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ATR Soluções

(28) 3521.5707

www.atrs.com.br

Cachoeiro de Itapemirim

ES

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X X

X

X

X

X X

Barbosa & Andrade

(31) 3551-6351

www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

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X X

X

X

X

X

X

BASE Energia

(19) 3837-5067

www.baseenergia.com.br

Jaguariuna

SP

X

X

X

X

X

X

BKNAV INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

(21) 4063-9100

www.bknav.com.br

Duque de Caxias

RJ

CAESA

(41) 3699-8400

www.caesa.ind.br

Almirante Tamandaré

PR

X

X

CAO ENERGIA E ENG. ELÉTRICA LTDA

(61) 3447-8714

www.caoenergia.com.br

Brasília

DF

X

X X

Carvalho Group

(11) 4695-1246

www.carvalhogroup.com.br

Guararema

SP

CASP S/A Industria e Comercio

(19) 98115-6582 www.casp.com.br

Amparo

SP

CCPG Engenharia

(42) 3236-0100

www.ccpg.eng.br

Ponta Grossa

PR

Clamper

0800 703 0555

www.clamper.com.br

Lagoa Santa

MG

X X

COBRACE

(11) 4991-1747

www.cobrace.com.br

Santo André

SP

X

Condumax Fios e Cabos Elétricos

0800 701 3701

www.condumax.com.br

Olímpia

SP

Crossfox Elétrica

(11) 2902-1070

www.crossfoxeletrica.com.br

São Paulo

SP

X

X

D´LIGHT

(11) 2937-4650

www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

X

X

Dinâmica MG

(31) 3426-1668

www.dinamicaelevadores.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X X

EATON

0800 00 32866

www.eaton.com

Porto Feliz

SP

X X

X

X

Eficaz Engenharia

(51) 3342-5650

www.eficaz.eng.br

Canoas

RS

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X

ELETRIC

(11) 4168-1302

eletric-produtos@superig.com.br

Barueri

SP

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X X

X

X

Dispositivo protetor de surtos de energia

X X

Solda exotérmica

X

Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento e/ ou equipotencialização

X

MG

Barramentos de aterramento e/ ou equipotencialização

X

Belo Horizonte

Malhas de aterramento préfabricadas

X

www.anxengenharia.com.br

Hastes de aterramento

X

(31) 3657-7941

Resistores de aterramento

SP

ANX ENGENHARIA

Estado

Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento

São Paulo

SPDA(captores,cabos e acessórios)

Cidade

www.a3eletro.com.br

Manutenção dos produtos para os clientes

Site

(11) 3228-1577

Importa produtos acabados

Telefone

A3 ELETRO COMERCIAL

Exporta produtos acabados

EMPRESA

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X

Elétrica Cidade Ltda

(34) 3256-4944

www.eletricacidade.com.br

Uberlândia

MG

X

X

X

X

X

Eletroeltz Engenharia

(41) 3369-5663

www.eletroeltz.com.br

Curitiba

PR

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X

X

X

X

X

Eletroos Engenharia

(55) 99913-2383 www.eletroos.com.br

Santiago

RS

X

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X

X

X

X

X

X

Eletrotécnica Vera Cruz

(11) 4941-0251

www.eletrotecnicaveracruz.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

X

X

Eletrotil Soluções Técnicas

(34) 3268-2033

www.eletrotil.com.br

Itaiatuba

MG

X

X X

X

X

X

X

X

Embramat

(11) 2098-0371

www.embramataltatensao.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

EMBRASTEC

(16) 3103-2021

www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

X

X X

X

Exatron

0800 541 3310

www.exatron.com.br

Canoas

RS

X X

X

X

X

FASTWELD

(11) 2421-7150

www.fastweld.com.br

Guarulhos

SP

X X

X

X

X

X

FAW7 ENGENHARIA

(11) 2768-0800

www.faw7.com.br

São Paulo

SP

X

X X

X

X

Finder

(11) 4223-1550

www.findernet.com

Sao Caetano do Sul

SP

X X

X

X

Fluke do Brasil

(11) 3741-1370

www.fluke.com.br

São Paulo

SP

X

X

X X

FRONTEC

(51) 3201-2477

www.frontec.com.br

São Leopoldo

RS

X X

X

X

FTTeng

(14) 3245-5478

www.ftteng.com.br

Bauru

SP

X

GALASSO MATERIAIS ELÉTRICOS E TINTAS

(13) 3326-2568

www.galassosantos.com.br

Santos

SP

Ideal Engenharia

(11) 3287-0622

www.idealengenharia.com.br

São Paulo

SP

INTELLI

(16) 3820-1500

www.intelli.com.br

Orlândia

SP

IPT Engenharia

(61) 99627-1181 www.iptengenharia.com

Brasília

DF

Itapuã Eletro Comercial

(16) 3951-2195

www.itapuaeletro.com.br

Cravinhos

SP

José Marcos

(41) 3285-2242

www.enghive.com.br

Araucaria

PR

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X

X

LPM

(11) 3976-1636

www.lpmmil.com.br

São Paulo

SP

X

X X

X

X

MAGNET

(11) 4176-7877

www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

X

Makrocil

(15) 99756-7416 alexandresat99@gmail.com

Sorocaba

SP

X

X X

X

X

X

MBA Construtora

(34) 3271-7700

www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

X

X

X

X

Mecânica do Brasil

(11) 2026-6060

www.mecdobrasil.com.br

São Paulo

SP

Megabras

(11) 3254-8111

www.megabras.com

São Paulo

SP

X X

X

X

X

MGALTECK SOLUÇÕES INDUSTRIAIS

(47) 3285-7708

www.mgalteck.com.br

Blumenau

SC

X X

X

X X

X

MONTAL PARA-RAIOS

(31) 3476-7675

www.montal.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X X

MTM

(11) 4125-3933

www.mtm.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X X

X

MULTITAREFA TECH

(11) 2258-8443

multitarefa@yahoo.com.br

São Paulo

SP

X

X

Mundo Elétrico

(11) 4029-7168

mundoeletrico@gmail.com

Salto

SP

X

X X

Naville Iluminação

(11) 2431-4500

www.naville.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X X

nVent

(15) 3363-9160

www.nvent.com

Boituva

SP

X X

X

X X

OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

Sorocaba

SP

X

X

X

Olivo S/A

(48) 2102-8820

www.olivosa.com.br

Siderópolis

SC

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PAES ENGENHARIA

(31) 98831-1957 engenharia@paesengenharia.net

Belo Horizonte

MG

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Dispositivo protetor de surtos de sinal (telefonia, dados, etc.)

Principais Produtos que a Empresa Fabrica e/ou Distribui

Treinamento técnico para os clientes

Instalação dos produtos para os clientes

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Oferece corpo técnico especializado para suporte aos clientes

58

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59

Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento e/ ou equipotencialização

Solda exotérmica

Dispositivo protetor de surtos de energia

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EMPRESA

Telefone

Site

Cidade

Paraeng Para raios

(31) 3394-7433

www.paraeng.com.br

Belo Horizonte

MG

X

PARATEC

(11) 3641-9063

www.paratec.com.br

São Paulo

SP

X

Pentean Proj. Consult. e Ins.s Elétricas

(19) 3327-5327

www.pentean@eletrica.com.br

Valinho

SP

Petrobras

(22) 3377-3164

www.petrobras.com.br

Macaé

RJ

X

Phoenix Contact

(11) 2871-6400

www.phoenixcontact.com.br

São Paulo

SP

X

Potencia Engenharia

(91) 99983-3260 www.potenciaeng.com.br

Belém

PA

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PROAUTO

(15) 3031-7444

www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

X

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X X

PROVITEL

(11) 2239-1484

www.provitel.com.br

São Paulo

SP

X

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X

Quadrimar Quadros e Painéis Elétricos

(21) 2428-3155

www.quadrimar.com.br

Rio de Janeiro

RJ

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X

RAYCON DO BRASIL

(11) 3994-1906

www.raycon.com.br

São Paulo

SP

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Redes TI

(69) 3229-5287

www.gruporedemixx.com.br

Porto Velho

RO

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X

Renetec

(11) 4991-1999

www.renetec.com.br

Santo André

SP

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X

SENAI

(42) 3219-4900

www.senaipr.org.br

Ponta Grossa

Pr

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X

Senior Engenharia

(31) 2105-9800

www.seniorengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

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X

SIEMENS

0800 11 94 84

www.siemens.com.br

São Paulo

SP

X X

X

TAG EQUIPAMENTOS

(15) 99104-2105 www.tagequipamentos.webnode.com.br Sorocaba

TecnEnge Telecomunicação Ltda

(41) 9997-3534

tecnenge@mps.com.br

Curitiba

Telbra Ex

(11) 2946-4646

www.telbra.com.br

São Paulo

SP

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X

TERMOTÉCNICA PARA-RAIOS

(31) 3308-7000

www.tel.com.br

Belo Horizonte

MG

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X X

UTILI

(31) 3232-0400

www.utili.com.br

Belo Horizonte

MG

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Weidmüller

(11) 4366-9600

www.weidmuller.com.br

Diadema

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Estado

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Dispositivo protetor de surtos de sinal (telefonia, dados, etc.)

Barramentos de aterramento e/ ou equipotencialização

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Malhas de aterramento préfabricadas

X

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Hastes de aterramento

X

Resistores de aterramento

X

Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento

SPDA(captores,cabos e acessórios)

Principais Produtos que a Empresa Fabrica e/ou Distribui

Manutenção dos produtos para os clientes

Instalação dos produtos para os clientes

Treinamento técnico para os clientes

Oferece corpo técnico especializado para suporte aos clientes

Importa produtos acabados

Exporta produtos acabados

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

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Espaço 5419

Espaço 5419

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Por Eng. Normando V.B. Alves*

Eletrodo de aterramento de PDA Parte 2

O

que é um eletrodo de

aterramento ?

Algumas

pessoas

ainda

Reparem na tabela 7 que, além

estão

do cabo de cobre, existem outras

presas a algumas nomenclaturas e têm

opções, como cabo de aço cobreado,

dificuldade de entender. Á luz da Norma,

aço galvanizado a fogo e aço inox. O

o que é um eletrodo de aterramento?

alumínio é proibido na tabela 5 para o

subsistema de aterramento, veja a tabela

Definição da Norma na parte 3:

5.

“3.10 - Eletrodo

de aterramento

Parte ou conjunto de partes do

Para o caso de serem usadas hastes

de aterramento (arredondado maciço)

subsistema de aterramento capaz de

deverão atender à Norma NBR 13571,

realizar o contato elétrico direto com

hastes de aterramento (COPPERWELD)

a terra e que dispersa a corrente da

cobreadas

descarga atmosférica nesta”

cobre de 254 micras (alta camada) e

com

uma

camada

de

diâmetro mínimo de 12,7 mm, sendo as Tradução:

material

ou

conjunto

de

hastes “comerciais” de baixa camada,

materiais que atendam aos quesitos

proibidas. Caso seja usado o cabo

mínimos

cobreado, a seção mínima é de 70 mm2

das

tabelas

desta

Norma,

em contato elétrico com o solo, e que

e diâmetro de cada fio de 3,45 mm, com

ajuda a dispersar as correntes do raio no

254 micras de cobre também.

solo. Os materiais mais usados e mais

facilmente encontrados no mercado são

alumínio é proibido em contato com

basicamente os cabos de cobre e as

o solo, pois este se degrada muito

hastes de aterramento, não se limitando

rapidamente nesse ambiente, por isso

apenas a estes.

também é proibido no reboco e no

Resumindo: o eletrodo de aterramento

concreto.

Como podem observar, o cabo de

do subsistema de aterramento pode ser composto de cabos e hastes. O cabo é um eletrodo horizontal, que a

Arranjo do eletrodo de aterramento

Norma chama de eletrodo não cravado

e as hastes são eletrodos verticais, que a

eram permitidos 2 tipos de arranjo de

Norma chama de eletrodo cravado.

aterramento.

Na norma anterior, datada de 2005,


61

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

1- O

arranjo

A ( pontual)

a) Este arranjo poderia ser constituído por uma haste de aterramento ou por um triângulo com cabos e hastes ou por um quadrado etc. Todos esses arranjos pontuais eram instalados próxima a cada descida do SPDA. b) Para se usar este tipo de arranjo era necessário atender a 2 quesitos: que a edificação tivesse um perímetro de, no máximo, 25 m e a resistividade do solo fosse no máximo 100 Ω.m, ou seja, para usar este arranjo é obrigatório ser realizada a prospecção do solo e estratificar este em camadas mostrando a sua resistividade e a profundidade de cada camada. Se a camada onde esse aterramento pontual iria ser instalado tivesse uma resistividade maior, ou se o perímetro da edificação for acima de 25 m, este arranjo não poderia ser usado. c) O que estava acontecendo na prática é que muitos projetos e instalações estavam

sendo

implantados

sem

atender a esses 2 quesitos exigidos pela Norma, de forma indiscriminada. Por esse motivo, na revisão da Norma, este arranjo foi retirado, mas também por entendermos que a resistividade de 100 Ω.m está fora da realidade da maioria dos solos brasileiros e porque este tipo de arranjo aumenta muito o risco para as pessoas e animais, devido ao aumento do risco de descarga lateral, tensão de passo e tensão de toque. *Eng. Normando V.B. Alves é Diretor de Engenharia da Termotécnica Continua na próxima edição


62

Espaço SBQEE

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Por Ivan Nunes Santos, Bárbara Morais Gianesini e Vinícius Henrique Farias Brito*

Requisitos de acesso: filtrando a norma

O crescimento exponencial de acesso

associações setoriais, profissionais da

ao sistema elétrico de potência por

área e da academia. Diante disto, é

parte de instalações de parques eólicos

realizada, na sequência, uma síntese dos

e fazendas fotovoltaicas tem aumentado

principais pontos de questionamentos

consideravelmente

levantados por parte deste Núcleo de

a

demanda

por

estudos de acesso junto ao ONS. No

Pesquisa (NQEE-FEELT/UFU) [2].

que tange à qualidade da energia elétrica (QEE), são requeridos estudos e medições, sobretudo vinculados aos

Utilização de lei de agregação de correntes harmônicas

indicadores de distorções harmônicas e flutuações de tensão. O documento

balizador de tais estudos e medições

corrente harmônica total representativa

é a Nota Técnica (NT) 009/2016-REV.02

do

[1], a qual estabelece os chamados

da rede interna, utiliza-se da lei de

requisitos

agregação

de

acesso

para

parques

Na

NT,

circuito

para

determinação

equivalente de

de

correntes

da

Norton proposta

eólicos e fazendas solares, discutidos

pela IEC 61000-3-6 [3]. Todavia, tal

neste artigo.

formulação não é necessariamente a

Num primeiro momento, pode-se

agregação verificada na prática [4], pois

afirmar que esta NT é direcionada

as correntes harmônicas são geradas,

praticamente distorções, tensão

para

sendo

pouco

o

indicador

de

via de regra, com magnitudes e ângulos

as

flutuações

de

diferentes, tendo grande influência da

o

impedância do ponto de conexão, das

foco ora considerado será apenas as

exploradas.

Assim,

condições da fonte primária de energia

distorções harmônicas, as quais, por sua

e também do seu controle.

vez, poderão gerar a obrigatoriedade de soluções mitigatórias envolvendo a

compra

e

instalação

de

filtros

Utilização de correntes certificadas

harmônicos, elevando ainda mais o custo dos empreendimentos.

Na atualidade, o emprego desta NT para

fabricantes e nem sempre são indicadas

os estudos de QEE tem suscitado muitas

as condições em que as mesmas foram

críticas,

dúvidas,

obtidas. Via de regra são medidas em

acessantes,

barramentos ideais (elevados níveis de

por

questionamentos

parte

de

agentes

e

Estas correntes são fornecidas pelos


Espaço SBQEE

curto-circuito), o que dificilmente será

sempre

são

factíveis.

Outra

encontrado em campo. Diante disso, o

percebida

diz

emprego destas correntes em estudos

chamado

LG-Alternativo,

representativos

se

frequências

de

situações

reais

utiliza

respeito

ao

crítica uso

no

do qual

harmônicas

e

interharmônicas para a obtenção do

poderá incorrer em erros grosseiros.

de de

responsabilidade harmônicos

no

pela

63

geração

sistema

elétrico,

realizando-se, assim, uma divisão dos custos dos procedimentos de mitigação de forma clara e justa.

mesmo.

Não se considera a real lógica de propagação harmônica

Devido

ao

uso,

em

geral,

de

Referências Medições de corrente para avaliação das correntes certificadas

[1]

NT

009/2016-REV.02

(2018);

“Instruções para realização de estudos

simulador de sequência positiva para

e

medições

de

QEE

relacionados

estimativa de distorções harmônicas,

Ao

se

utilizar

no

aos acessos à rede básica ou nos

não é possível obter uma análise da

ponto

de

entrada

aerogerador/

barramentos de fronteira com a rede

propagação harmônica condizente com

inversor para se verificar a validade das

básica para parques eólicos, solares,

a realidade do sistema elétrico. Por

correntes certificadas, erros poderão

consumidores livres e distribuidoras”,

exemplo, na prática, os harmônicos de

ser percebidos devido ao fato que esta

Operador Nacional do Sistema Elétrico

3ª ordem e pares não se propagam da

corrente medida, em verdade, trata-se de

(ONS).

maneira que os harmônicos de 5ª e 7ª

uma composição de correntes naquele

[2] Núcleo de Pesquisa em Qualidade

ordens.

Representação da rede da concessionária (rede externa)

A

NT

considera

concessionaria

ideal,

a ou

rede seja,

da sem

distorção harmônica prévia. No entanto,

de do

medições

ponto. Em outras palavras, as correntes

da Energia Elétrica (NQEE), Faculdade

harmônicas medidas na entrada desta

de

Engenharia

Elétrica

Federal

de

(FEELT),

geração serão, em parte, advindas desta

Universidade

unidade e, em parte, provenientes do

(UFU) – www.nqee.com.br.

Uberlândia

sistema elétrico ou mesmo de unidades

[3] IEC/TR 61000-3-6 - Electromagnetic

geradoras adjacentes.

compatibility (EMC) - Part 38: Limits pontos

Assessment of emission limits for the

levantados, há de se considerar que as

connection of distorting installations to

Apesar

de

todos

os

as

eólicas e fotovoltaicas são potenciais

MV, HV and EHV power systems, 2008.

barras do SIN possuem background

geradoras de distorções harmônicas,

[4] SANTOS, I. N.; BONFIM, L. R. .

distortion diferente de zero. Desta forma,

além do que temos de ponderar o fato

Performance Analysis of the Current

tal idealização não é condizente com a

de que muitos barramentos da rede

Summation Law in Wind Generation. In:

realidade do sistema elétrico brasileiro.

básica já se encontram com níveis de

ICHQP - International Conference on

distorções harmônicas muito elevados,

Harmonics and Quality of Power, 2016,

em

Belo Horizonte. ICHQP - International

sabe-se

que

praticamente

todas

Emprego do Lugar Geométrico (LG)

o

alguns limite.

casos

Portanto,

já os

ultrapassando estudos

ora

requeridos pelo ONS, muito embora as

Conference on Harmonics and Quality of Power, 2016.

A utilização do método do LG para

críticas e questionamentos elencados,

representação da rede externa, tal como

são de fundamental importância para a

* Ivan Nunes Santos é coordenador do NQEE,

vem sendo aplicado, é considerado

garantia da manutenção da QEE na rede

professor e pesquisador na FEELT/UFU.

bastante conservador, haja vista que

básica.

Bárbara Morais Gianesini é engenheira

a impedância resultante do mesmo

deverá ser aquela encontrada na região

em um dilema, o qual poderá ter um

Assim

posto,

nos

encontramos

FEELT/UFU.

limítrofe

eletricista (UFMT), estudante de mestrado

um

desdobramento satisfatório a partir da

Vinícius Henrique Farias Brito é engenheiro

elevado número de contingenciamento

definição de uma metodologia para o

eletricista (UFMT), estudante de mestrado

em distintos cenários, os quais nem

estabelecimento de compartilhamento

FEELT/UFU.

do

LG,

considerando


Redes subterrâneas em foco

64

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Daniel Bento, PMP®, é engenheiro eletricista, membro do Cigré Brasil (cabos isolados) e atua há mais de 25 anos em redes isoladas, tendo sido responsável técnico por toda a rede de distribuição subterrânea da cidade de São Paulo. Atualmente, é diretor executivo da empresa Baur do Brasil | daniel.bento@baurdobrasil.com.br

Manutenção ou gestão, eis a questão sinônimos

faz a relação entre os objetivos organizacionais

um trabalho muito relevante como sendo

ou palavras que expressam significados

de negócio da empresa com os objetivos das

um catalisador do emprego da Norma de

diferentes? Parecem ser palavras simples,

ações de gestão de ativos.

gestão de ativos, que faz uma distinção

mas que têm um significado amplo e

Esse conjunto de técnicas se aplicam

muito clara entre esses papéis, de modo

com grande relevância. As pessoas que

perfeitamente às redes subterrâneas, que

que toda a comunidade envolvida possa

lideram uma organização são conhecidas

são ativos importantes do sistema elétrico e

evoluir, deixando de ser apenas uma

por desenvolver um trabalho de manter a

crítico para a operação da organização. Essa

simples manutenção e passando a se fazer

empresa ou por geri-la? A mesma analogia

criticidade deve-se ao fato de que uma falha

gestão.

poderíamos fazer em nossas casas com o

em seu funcionamento pode deixar toda uma

orçamento doméstico, a agenda da família e

empresa, um parque eólico ou solar ou até

a manutenção como o “mal necessário”,

muitos outros exemplos.

mesmo um bairro (no caso da rede pública de

logo o ponto relevante desta “releitura” do

Manutenção

ou

gestão,

É comum em muitas empresas encarar

distribuição) sem energia elétrica.

cuidado com os ativos é que a manutenção

existe uma Norma da Associação Brasileira

Apesar

subterrâneas

agregada à gestão de ativos deixa de ser

de Normas Técnicas (ABNT) que trata da

existirem há mais de 100 anos e possuir

vista como um custo da operação para fazer

questão, a série ISO 55000, que se intitula

alta confiabilidade, podemos concluir que

parte da estratégia da empresa para atingir

“Gestão de Ativos”. O 33º Congresso

realizar sua manutenção já é uma atividade

seus resultados. É uma mudança de conceito

Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos,

madura, tendo em vista as décadas de

relevante.

realizado no mês de outubro, apresentou

aperfeiçoamento pelo qual esse trabalho já

grande destaque para essa série de Normas.

passou.

de manutenção das redes subterrâneas é uma

Diversos

Tendo em vista a importância do assunto,

das

redes

Desta forma, a adoção da ISO nas ações

Porém, evoluir e melhorar deve ser a meta

excelente oportunidade para os responsáveis

presentes ao evento demonstraram suas

de qualquer processo e a dinâmica trazida

por manter os ativos, pois será necessário

experiências com o assunto, enfatizando a

pela série de Normas ISO 55000 é um aliado

rever as técnicas desenvolvidas a décadas

importância da aplicação da Norma da ABNT,

robusto neste objetivo para o desenvolvimento

para evolui-las de modo a se encaixar na

que disciplina as ações relacionadas à gestão

das ações de gestão deste importante ativo

estratégia de gestão dos ativos que estão

de ativos.

que são as redes subterrâneas.

inseridas na gestão estratégica do negócio

da organização.

profissionais

que

estiveram

A implementação da Norma tem como

Diferente do dilema vivido por Hamlet,

do

gestão e manutenção não são uma questão

desempenho e dos custos associados

de escolha entre uma decisão ou outra.

manutenção e gestão, para evitar que ocorra

ao ciclo de vida dos ativos, obtendo a

Ambas convivem em harmonia, sendo que

o mesmo fim da obra de Shakespeare, ambos

maximização de resultados dos investimentos

elas ocupam lugares diferentes. As ações

feridos e mortos. O que deve existir é um

nos ativos, para que se atenda à satisfação

de manutenção devem fazer parte de uma

convívio em que cada atribuição esteja em seu

dos clientes e acionistas, agregando valor ao

estratégia de gestão e que por sua vez

papel, mas principalmente que as pessoas

negócio.

precisa estar alinhada com a estratégia de

responsáveis pelas organizações possam

Uma das metodologias estabelecidas

negócio da própria organização.

dar valor à gestão dos ativos, para apoiar o

pela Norma é a elaboração de um “Plano

atingimento dos objetivos estratégicos de

estratégico de gestão de ativos”. Este plano

e Gestão de Ativos – Abraman desenvolve

resultados

esperados

a

otimização

A Associação Brasileira de Manutenção

Portanto, não há de haver um duelo entre

negócio.


Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

65

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br

Correntes e tensões induzidas interna e externamente em prédios atingidos por raios – parte 1

Mesmo nas aplicações industriais da época

especialmente pela introdução da parte NBR-

irei reproduzir um artigo do professor Antônio

A partir desta e nas próximas duas edições

(transmissores de AM/FM, telefonia em ondas-

5419-4, Sistemas elétricos e eletrônicos internos na

R.

Panicali,

da

Proelco,

e

colaboradores*

curtas ou micro-ondas e eletrônica industrial), as

estrutura. Esse é também o tema que procuraremos

sobre correntes e tensões induzidas interna e

tecnologias disponíveis eram aquelas: válvulas

focar nessa série de dois artigos, visando permitir

externamente em prédios atingidos por raios. O

termoiônicas!

uma visão mais profunda de alguns dos fenômenos

trabalho foi originalmente apresentado no evento

especiais, dispunha-se de retificadores de selênio!

eletromagnéticos envolvidos e apresentar uma

ENIE-2018. Segundo os autores, o texto que

Consequentemente, os equipamentos daquela

metodologia capaz de avaliar previamente, os

se segue procurou reproduzir, o mais fielmente

época eram “infinitamente” mais robustos: resistiam

níveis de campos e tensões resultantes dentro de

possível, o conteúdo das apresentações, além de

com facilidade às perturbações eletromagnéticas

edificações atingidas por raios.

incluir uma seção inicial sobre a motivação.

de todo tipo, inclusive àquelas devidas à incidência

de raios nas instalações! Além disso, para a maioria

dos raios, abordaremos os seguintes tópicos:

Ah!

Para

algumas

aplicações

1- Motivação

da população, uma falha do rádio ou da TV causaria,

Após um resumo das principais características

1950, Rio de Janeiro. Na época capital do

no máximo, a perda do noticiário (Repórter Esso

- distribuição de correntes e tensões internas em

Brasil, onde morei até 1952! Na casa de meus pais,

ou Hora do Brasil) ou de um capítulo da novela O

edificações atingidas por raios;

tínhamos os seguintes equipamentos eletrônicos:

Direito de Nascer da Rádio Nacional. A função de

- efeito de ferragens complementares, tais como

uma rádio-vitrola AM - 78RPM e uma televisão

um SPDA restringia-se, principalmente, à proteção

teto e contrapiso, na redução de tensões internas;

“preto e branco” GE, novinha em folha, de 12

da edificação. Note-se que, até 2015, quando foi

- tensões entre ferragens estruturais e SPDA

polegadas, uma das primeiras do bairro. Nossa

emitida a mais recente versão da NBR-5419, a

externo.

casa vivia cheia de televizinhos! Tudo isso a válvulas

proteção contra raios da instalação elétrica interna

termo-iônicas!!! Talvez, numa ou outra casa tivesse

de uma edificação ficava a cargo da Norma NBR-

Hoje em dia dispomos de ferramentas

um receptor de FM: funções apenas recreativas!

5410 (2005), focada principalmente em problemas

computacionais capazes de simular, com razoável

Era o que se esperava encontrar nos lares da

da rede elétrica.

precisão, o comportamento eletromagnético dos

época, além de dispositivos eletromecânicos, tais

Vamos agora para a atualidade, século XXI:

canais ionizados dos raios, das ferragens estruturais,

como ventilador, geladeira, liquidificador e “que tais”.

IoT (Internet das Coisas), Indústria 4.0, implantes

assim como das instalações elétricas internas de

Ah! Tínhamos também um telefone pretão, de disco,

bioeletrônicos,

para citar as novidades mais

edificações atingidas por raios. Em particular, todos

ligado a rede de fios da Telefônica: 26-3793 ainda

proeminentes.

São

executando

os resultados aqui apresentados foram baseados

me lembro do número. Código de área??? Não

tarefas cada vez mais complexas e vitais, usando

no Método dos Momentos (MOM) no domínio da

tinha não: interurbano era só via telefonista!!!

componentes cada dia menores e mais sensíveis,

frequência e transferidos para o domínio do tempo

Para os mais jovens, convém informar que

operando em tensões cada vez mais baixas, o que

através da Transformada Rápida de Fourier (FFT).

cada válvula termoiônica, figura 1a, corresponde

os torna cada vez mais susceptíveis às perturbações

aproximadamente, na tecnologia atual, a um

eletromagnéticas das mais variadas fontes, dentre

ordem de kV´s ou mesmo MV´s em alguns pontos,

transistor, com as seguintes diferenças: válvulas

outras aquelas devidas às descargas atmosféricas!

entre as partes metálicas, estruturais e/ou elétricas.

operam com tensões de dezenas a centenas de

volts e cada uma ocupa um volume da ordem de

em

comportamento

tema e falaremos sobre raios e as correntes em

100 cm3, enquanto que transistores têm dimensões

eletromagnético dos elementos estruturais das

ferragens estruturais e tensões dentro de um prédio

nano métricas, figura 1b, e operam com tensões

edificações que abrigam tais dispositivos quando

atingido por raio.

de poucos volts. Conclusão: válvulas eram muito

atingidas por raios, visto que, como veremos,

mais robustas, tanto física como eletricamente

podem afetar profundamente o ambiente interno

* Antônio R. Panicali, Proelco; C.F. Barbosa

do que CI´s atuais que necessitam ser mais bem

das instalações. Nesse sentido, a NBR-5419

, CPqD; J.C.O.Silva, APTEMC; e N.V.B Alves,

protegidos!

de 2015 representou um avanço considerável,

Termotécnica

dispositivos

Decorre daí a necessidade de conhecermos maior

profundidade

o

Como será mostrado, poderão surgir tensões da

Na próxima edição, daremos continuidade ao


66

Energia com qualidade

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br

A revisão da NBR 5410 e a proteção adicional do neutro

A edição da NBR 5410/2004 (atualmente

o comportamento das correntes fundamentais

aplicável) considera algumas condições a

e de terceira harmônica. Nota-se que a soma

serem aplicadas no dimensionamento do

das correntes fundamentais será zero, se as

condutor neutro objetivando a preservação

cargas forem equilibradas, ao contrário das

da integridade do mesmo, evitando possíveis

correntes de terceira harmônica.

sobrecargas devido à circulação eventual de correntes não previstas. O dimensionamento do neutro dependerá, naturalmente, da corrente prevista que circulará no condutor e

Figura 1 – Espectro de correntes harmônicas – medição instantânea ou média.

esta corrente no neutro deverá levar em conta algumas situações de topologia da instalação dependendo, principalmente, se o circuito é trifásico ou monofásico e também os aspectos operacionais da carga. Neste caso se a carga é balanceada ou desbalanceada em circuitos trifásicos (naturalmente estrela a quatro fios) e o aspecto da linearidade da mesma e presença de componentes

Figura 2 – Espectro de correntes harmônicas – medição temporal.

harmônicas ou correntes harmônicas. Outra

das correntes das fases em cada frequência

consideração importante é relacionada ao

(fundamental e harmônicas). A corrente

princípio da sobreposição dos efeitos que

fundamental em particular está relacionada

A corrente de terceira harmônica e

se encarregará de incorporar as correntes

ao desequilibrio das cargas monofásicas

múltiplas são normalmente originadas por

de todas as frequências nos condutores e

ligadas entre fases e neutro; quanto melhor

cargas não lineares monofásicas, alimentadas

no neutro em particular. Há de se considerar

for o equilíbrio de cargas, menor será a

neste caso entre fases e neutro. Em circuitos

ainda que as cargas possuem perfis variáveis

corrente fundamental que circulará pelo

monofásicos, a corrente do neutro será igual

e com elas as correntes fundamentais e

neutro. A corrente de 3ª harmônica (e

à corrente da fase pelas próprias razões

harmônicas que circularão pelos circuitos,

múltiplas) oriundas de cargas monofásicas

construtivas e também será composta pela

razão pela qual uma medição instantânea,

não lineares ligadas entre as fases e o

corrente fundamental e harmônicas da carga.

conforme ilustrado na figura 1, poderá não ser

neutro deste circuito serão somadas no

Para se ilustrar o que está se tratando vamos

suficiente para a análise necessária, sendo

neutro escalarmente devido ao sincronismo

assumir uma instalação com um transformador

importante uma análise do comportamento

das formas de onda nas três fases nestas

trifásico 300 kVA com secundário em sistema

das correntes fundamentais e harmônicas ao

frequências. As outras harmônicas tambem

estrela a 4 fios, (220/380V) associado a um

longo do tempo, conforme a figura 2.

serão somadas vetorialmente e circularão

QGBT que alimenta três quadros terminais

Se o circuito for trifásico, a corrente do

pelas fases junto com a corrente fundamental

com

neutro será composta pela soma vetorial

e múltiplas. A figura 3 ilustra sequencialmente

220V), conforme representado na figura 4.

Figura 3 – Representação das correntes fundamentais e de terceira harmônica Aplicativo do Prof. Alex Mc Eachern.

circuitos

monofásicos

(fase/neutro,


67

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

com o tema), o atual comitê de revisão da NBR 5410 adotou o texto abaixo que fará parte do projeto em elaboraçao a ser submetido para aprovação:

Texto proposto:

“5.3.2.2.3 Correntes harmônicas Nos casos em que o conteúdo harmônico das correntes de fase de circuitos polifásicos possam causar valores de corrente de neutro superiores à capacidade de condução de corrente deste condutor, deve ser prevista

Figura 4 – Secundário de transformador, QGBT, QL´s e circuitos

detecção de sobrecarga no condutor neutro.

Tabela I: Correntes previstas nos circuitos de alimentaçao dos QL´s da figura 2

A detecção de sobrecarga deve ser compatível

S(kVA)

I1 (A)

I3 (A)

If=In (A)

com a natureza da corrente do condutor neutro

QL1-fase R

50

253

177

308

e deve seccionar os condutores de fase, mas

QL2-fase S

60

303

152

339

não necessariamente o condutor neutro. Para o

QL3-fase T

80

404

242

471

seccionamento do neutro ver 5.3.2.3”. Nota: para requisitos adicionais relativos à

Assumindo a seguinte situação de carga:

proteção do condutor neutro ver 6.2. QL1: 50 kVA/FP:0,9; I3= 70%.I1 QL2: 60 kVA/FP:0,9; I3= 50%.I1

Ainda:

QL3: 80 kVA/FP:0,9; I3= 60%. I1

“5.3.2.3 Seccionamento e fechamento do condutor neutro

Sendo FP o fator de potência, I1 e I3 as

Quando exigido o seccionamento do condutor

correntes fundamentais e de terceira harmônica

neutro, as operações de abertura e fechamento

das cargas, pode-se prever de forma simplificada

dos circuitos correspondentes devem ser de

as correntes nos circuitos de alimentação dos

modo a garantir que o condutor neutro não seja

QL´s, representadas na tabela I

seccionado antes nem restabelecido após os

As correntes nas fases e neutro de

condutores de fase”.

alimentaçao de cada um dos QLs é a mesma, pois a alimentação é monofásica (F+N) e a corrente eficaz (rms) é composta pelas correntes fundamentais e terceiras harmônicas obtidas pela expressão clássica (raiz da soma dos

Figura 5: Soma vetorial das correntes fundamentais

A tabela II apresenta os valores das correntes do circuito de alimentação do QGBT.

quadrados das correntes).

Tabela II: Composição da corrente de alimentação do QGBT

A situação merece atenção quando se avalia

Fica claro que a contribuição da revisão

da Norma apresenta a preocupação com a necessidade de se prever um sistema de proteção adicional a possíveis sobrecorrentes no neutro que considere a detecção do comportamento das correntes nas fases com

I1 (A)

I3 (A)

Itotal (A)

proteção diferencial residual ou mesmo de

QGBT desde o transformador, uma vez que as

Ir

253

177

308

medição de corrente no neutro e todos os

correntes são somadas no neutro de alimentação

Is

303

152

339

cuidados para atuação desta proteção sem

deste QGBT. O comportamento da corrente do

It

404

242

471

o desligamento do neutro propriamente dito,

Ineutro

134

571

586

mas das fases de forma indireta. Caso seja

o comportamento do circuito de alimentação do

neutro considerará então as premissas:

desejável a abertura do neutro, deve-se atentar - a corrente fundamental do neutro (I1n) será

O que se pode observar é que a corrente do

para que as fases sejam antes desligadas e

a soma fasorial das correntes dos circuitos de

neutro supera em valores da ordem de 25% a

inversamente ligadas anteriormente durante o

alimentação dos QL´s, conforme figura 5;

maior corrente de fase, fato que merece cuidado

processo de religamento do neutro, lembrando

- a corrente de terceira harmônica (I3n) será a

adicional.

que a operação da instalação sem neutro

soma escalar das terceiras harmônicas das fases,

Além dos cuidados presentes nas outras

causará má operação, queima de equipamentos

pelas razões acima expostas de sincronismo

edições da Norma (a primeira edição da NB3-

e sobretensões, não se recomendando efetuar

destas correntes.

5410 de 1980, já apresentava preocupações

tal manobra intempestivamente.


68

Instalações Ex

O Setor Elétrico / Novembro de 2018

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

Motores elétricos “Ex”: O efeito dos serviços de reenrolamento na eficiência energética Técnica

Internacional de Avaliação da Conformidade da

faixa de precisão para os métodos de ensaio dos

Internacional IEC 60034-31 (Máquinas elétricas

IEC para Equipamentos Eletrotécnicos (IECEE)

Índices de Eficiência – Códigos IE (da ordem

girantes - Parte 31: Seleção de motores

elaborou um Programa Global de Eficiência

de ± 0,2%), demonstrando que os motores “Ex”

energeticamente eficientes incluindo aplicações

Energética de Motores (GMEE - Global

reparados ou reenrolados que seguiram tais

com rotação variável - Guia de aplicação),

Motor Energy Efficiency), como uma proposta

boas práticas mantiveram seus Índices originais

o custo de aquisição de um motor elétrico

de harmonização dos diversos programas

de Eficiência Energética.

representa apenas cerca de 3% do seu custo

existentes entre os diversos países (https://goo.

total de operação, ao longo de sua vida útil. Os

gl/WfVXT6).

motores “Ex” de alta tensão, em muitos casos

restantes 97% do custo se refere ao consumo

Sob o aspecto de custos relacionados com

existe a ocorrência de danos aos enrolamentos

de energia elétrica. Por este motivo, por questões

os motores elétricos, deve ser ressaltado que

do estator, fazendo com que haja a necessidade

de eficiência energética e de redução de custos

mesmo uma única falha de um motor pode afetar

de substituição destes enrolamentos. Nestes

de operação, é importante que os motores

adversamente a lucratividade de curto prazo de

casos, a oficina de serviços de recuperação

“Ex” possuam os maiores Índices de Eficiência

uma empresa, em função das possíveis paradas

de equipamentos “Ex” deve obter do fabricante

(Código IE) possíveis.

de produção e perdas por lucros cessantes.

original do motor (OEM), se disponível, os

Motores elétricos “Ex” frequentemente

Falhas múltiplas ou repetitivas de motores

dados de fabricação, isolamento e impregnação

convertem cerca de 90% a 96% da sua energia

podem até mesmo reduzir a competitividade

e montagem destes enrolamentos, de forma

elétrica de entrada em energia mecânica. Por

de uma empresa, tanto em curto como em

a assegurar que o motor “Ex” recuperado

isto, em função da grande quantidade de energia

longo prazo. Por estes motivos, as empresas

apresente

elétrica que estes motores consomem em todo

industriais necessitam de estratégias efetivas de

desempenho eletromecânico e térmico, em

o mundo, mesmo pequenas alterações em seus

gestão e de manutenção de forma a minimizar

relação ao motor original.

índices de eficiência podem representar grandes

os custos gerais de compra e de operação de

Em

efeitos nos seus custos de operação. Existem,

motores elétricos, além de evitar as paradas

informações ou dados de fabricação, as

em diversos países do mundo, inclusive no

não programadas que são causadas pelas suas

oficinas de serviços de reparo de equipamentos

Brasil, regulamentos que determinam o Índice de

falhas não previstas.

“Ex” aplicam a tradicional técnica de “cópia

Eficiência energética mínimo (Códigos IE) a ser

Os serviços de reenrolamento de motores

de enrolamento”, mundialmente utilizada há

atendido pelos fabricantes de motores.

elétricos “Ex” representam uma atividade

décadas pelos usuários de motores “Ex” e

No âmbito internacional, a Norma IEC

bastante frequente, em função dos elevados

pelas empresas de prestação de serviços de

60034-30-1 (Máquinas elétricas girantes -

custos dos motores “Ex” de grande porte.

reparo e recuperação de motores. Esta técnica

Parte 30-1: Classes de eficiência de motores

Para

economicamente

de cópia de enrolamento consiste em fabricar

c.a. alimentados pela rede - Códigos IE)

viável a realização de serviços de reparos nos

os novos enrolamentos substituintes, tendo

estabelece os índices de eficiência energética

enrolamentos do estator e do rotor, ao invés da

como base a análise e a verificação dimensional

internacionalmente consensados para motores

substituição do equipamento completo.

dos enrolamentos existentes, reproduzindo

elétricos (tais como IE3 ou IE4) pelos países

Pode ser verificado que, caso os serviços de

as mesmas características de fios, espiras,

participantes do TC-2 da IEC, do qual o Brasil

reenrolamentos dos motores “Ex” sejam feitos

formatos, materiais de isolamento, sistema de

é um país membro do tipo “P” (Participante).

de acordo com as “boas práticas de engenharia”

impregnação, montagem e amarração.

Sobre este tema relacionado com a eficiência

existentes no mercado, a alteração da média da

energética de motores elétricos, o Sistema

eficiência destes motores “Ex” fica dentro da

Atmosferas explosivas – Parte 19: Reparo,

De

acordo

com

a

Norma

estes

motores,

é

No caso de ocorrência de falha destes

as

muitos

mesmas

casos,

características

na

falta

de

destas

A Norma ABNT NBR IEC 60079-19 –


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O Setor Elétrico / Novembro de 2018

revisão e recuperação de equipamentos “Ex” apresenta os requisitos aplicáveis à execução deste tipo de serviços de reenrolamentos de motores “Ex”, incluindo motores com tipo de proteção não centelhante – Ex “nA” e de segurança aumentada (Ex “eb” ou Ex “ec”), cuja proteção não depende de carcaças com invólucros especiais à prova de explosão ou pressurizados.

Para a execução dos serviços de remoção

dos enrolamentos danificados do pacote do estator é aceitável o procedimento de diluição do verniz de impregnação das bobinas com solventes, antes da sua remoção, ou remoção a frio. O procedimento alternativo, que utiliza a aplicação de calor para facilitar a remoção dos enrolamentos, é aceitável, desde que esta

test” ou “loop-test”. O ensaio deve ser realizado

fabricante original do equipamento (OEM –

operação seja realizada com cautela, com

pela indução, no núcleo do pacote do estator, de

Original Equipment Manufacturer) do motor

temperatura controlada no interior de um forno,

um fluxo magnético, com uma densidade mínima

“Ex” deve ser avaliado, identificando se os

de forma que não afete significativamente as

de 1,5 T (Tesla).

enrolamentos foram impregnados por meio

propriedades magnéticas, as características de

O ensaio deve ser realizado pela colocação

de imersão, impregnação por meio de vácuo e

desempenho e o nível de isolamento entre as

de espiras através do pacote magnético do

pressão (VPI – Vacuum Pressure Impregnation)

chapas magnéticas dos pacotes do estator e do

estator, de uma forma similar ao das espiras de

ou gotejamento.

rotor do motor.

um transformador. O fluxo magnético deve ser

A cópia do enrolamento deve utilizar o

A necessidade de cautelas especiais

mantido continuamente por um período mínimo

mesmo processo e, caso isto não seja possível,

nestas circunstâncias deve-se ao fato de que

de 30 min, enquanto se realiza uma monitoração

deve utilizar um processo alternativo para atingir

um aumento nas perdas no núcleo do estator,

da temperatura atingida pelo pacote magnético

a mesma penetração e recobrimento da resina

que podem ser resultantes da perda das

do estator, por meio de uma câmera termográfica

de impregnação nos enrolamentos.

propriedades magnéticas das chapas de aço

do tipo infravermelho. O critério de aceitação do

silício e da degradação do isolamento entre

ensaio é a não existência de pontos quentes no

exemplo, por meio de forro ou fita linear ou

estas chapas, pode afetar significativamente os

pacote magnético, com temperaturas acima de

espessura da parede de bobinas com espiras

parâmetros do tipo de proteção “e” (tempo tE)

5 ºC acima das temperaturas médias dos pontos

pré-formadas deve ser medido e o material

ou resultar em que a temperatura de operação

adjacentes no pacote do estator.

utilizado deve ser identificado. Muitas das

seja mais elevada em função das maiores

Existe também a necessidade de que o

máquinas de baixa tensão possuem forros

perdas, fazendo com que classe de temperatura

sistema de isolamento do motor “Ex” a ser

ou fitas fabricadas de um material laminado,

seja excedida, comprometendo a segurança do

recuperado seja refeito com os mesmos materiais

tipicamente Nomex e Mylar, normalmente como

motor “Ex” após o reparo.

e componentes do motor “Ex” original, de forma

três camadas de Nomex / Mylar / Nomex e,

A oficina de serviços de recuperação de

a manter as características de transferência de

quando possível, a espessura total do material e

motores “Ex” deve certificar-se, em todos os

calor entre o cobre e o aço do pacote do estator

das camadas individuais devem ser mantidas.

procedimentos de recuperação, que após

ou do rotor. No caso de bobinas de enrolamentos

A Norma ABNT NBR IEC 60079-19

a conclusão dos serviços, os equipamentos

com espiras pré-formadas, a localização e

especifica os requisitos para a execução dos

estejam em perfeitas condições de operação

a espessura dos blocos de amarração nas

serviços de reenrolamento de motores “Ex”,

e em conformidade com as normas técnicas

cabeças de bobinas devem ser replicadas na

incluindo a referência à Folha de Decisão

aplicáveis para os tipos de proteção “Ex” do

cópia do enrolamento, sendo importante que o

IECEx TAG 2013/006 - informações requeridas

motor a ser reparado ou reenrolado. Sempre

espaço entre os lados da bobina nas cabeças da

para assegurar que o motor “Ex” com cópia

que aplicável, antes da inserção das espiras

bobina seja mantido tão próximo como possível

de enrolamento tenha um comportamento

do estator nas suas ranhuras do núcleo, a

daquele do fabricante original do equipamento.

eletromecânico e térmico similar ao do motor

integridade do isolamento interlaminar entre as

A rigidez dos materiais da amarração deve ser

“Ex” original.

chapas magnéticas do núcleo deve ser verificada,

equivalente ou melhor daqueles utilizados pelo

http://www.iecex.com/assets/

pela execução de ensaio de aplicação de fluxo,

fabricante original do equipamento.

dmsdocuments/70/DS-2013-006-60079-19-

também denominado popularmente de “core-

Portugese.pdf

O método de impregnação utilizado pelo

O isolamento da ranhura para a terra, por


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