Revista Negócios 58

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editorial

OS PRIMEIROS 100 DIAS O governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria recentemente fez uma prestação de contas dos primeiros 100 dias de sua administração. Nesta edição da Negócios.net, você vai conferir um breve balanço dos primeiros três meses de Faria como chefe do executivo estadual. O principal desafio foi encarar a crise financeira que abateu o Estado (o governador afirma ter encontrado dívidas que ultrapassam a soma dos R$ 700 milhões). Os primeiros 100 dias de governo foram marcados também com o anúncio da intenção da Tam Linhas Aéreas em construir um hub no Nordeste. Natal, Recife e Fortaleza são concorrentes. A disputa foi vista com otimismo tanto pelo governo, quanto pelo trade turístico. Reuniões com a presidência da companhia já estão agendadas. Para o secretário de Turismo do RN, Ruy Gaspar, o RN é indiscutivelmente a melhor opção técnica. O titular da pasta faz planos e traça metas para sua gestão a frente do Turismo potiguar, atividade que há anos vinha sendo deixada em segundo plano. Nesta edição o leitor também poderá acompanhar uma entrevista exclusiva nas páginas vermelhas com o presidente reeleito do Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon), Arnaldo Gaspar Júnior, na qual ele diz que o maior desafio da entidade para 2015 será participar das discussões do plano diretor de Natal. Na entrevista à Negócios.net, Gaspar ainda fala das prioridades para o setor neste ano e opina sobre as medidas adotadas pelo governo federal para controlar a crise econômica. O processo de interiorização do Sebrae-RN também é notícia nesta edição. Sebrae que elegeu José Vieira para a presidência do Conselho Deliberativo, já reabriu sua agência em Caicó e planeja inaugurar mais duas, em João Câmara e Apodi, neste primeiro semestre. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL) faz previsões para o comércio no ano de 2015, mas não se deixa contaminar pelo pessimismo que ronda a economia brasileira. A praia da Pipa aparece como uma ótima opção para investimento com o Reserva da Pipa, empreendimento localizado na Praia das Minas que promete sossego, exclusividade e contemplação à beira-mar. Em matéria exclusiva, apresentamos o primeiro condomínio aeronáutico do Nordeste, que será erguido em São José de Mipibu, na Lagoa do Bonfim, uma iniciativa pioneira e de muito sucesso do grupo Costa Esmeralda do sul do país. Tudo isso e muito mais você confere nas páginas que seguem. Boa leitura! Jean Valério - Editor 4

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expediente

DIREÇÃO EXECUTIVA: Jean Valério Jeanny Damas FOTOGRAFIA: Demis Roussos Elias Medeiros Canindé Soares REPORTAGENS: Louise Aguiar Lissa Solano Eryka Maryllia Jean Valério DIAGRAMAÇÃO: Jorge Andrade Acarta Comunicação E-MAIL: jeanvalerio@gmail.com jeanny.damasceno@gmail.com COMERCIAL: 84 8856.1662 84 94514577 jeanvalerio@gmail.com TIRAGEM: 6 mil exemplares ENDEREÇO: Av. Romualdo Galvão, 293, Sala 806 8ª andar. Edifício Sfax, Tirol Natal-RN - Fone: 84 3201.6613 www.revistanegocios.net.br As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Revista Negócios.Net.


índice

10 NEGÓCIOS EM PAUTA Inércia de entidades representativas do RN contra aumento de energia aplicado pelo governo federal

12 EXPANSÃO

SEBRAE investe na interiorização e ampliação dos serviços por todo o Estado do RN

24 HUB

Claudia Senders, presidente da TAM, anuncia que RN disputa sediar hub da Companhia

22 IMÓVEIS

RN recebe primeiro condomínio aeronáutico do Nordeste, inédito empreendimento de aviões

29 PIPA

Condomínio horizontal Reserva da Pipa é diferencial de investimento na praia paradisíaca

38 TURISMO

Ruy Gaspar tem metas ousadas e quer tornar RN o melhor destino do Brasil

6 ENTREVISTA

Arnaldo Gaspar fala sobre construção civil, plano diretor, economia e mercado imobiliário

30 GOVERNO

Robinson Faria trabalha para recuperar credibilidade do RN nos primeiros 100 dias

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ARNALDO GASPAR JÚNIOR

PRESIDENTE DO SINDUSCON

“NOSSO MAIOR DESAFIO PARA 2015 É PARTICIPAR DA DISCUSSÃO DO PLANO DIRETOR DE NATAL” POR LOUISE AGUIAR

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nquanto a economia brasileira sofre com as medidas de arrocho tomadas pelo governo federal, no Rio Grande do Norte há um potiguar que não perde o otimismo. Reeleito presidente do Sinduscon para mais quatro anos de mandato, Arnaldo Gaspar Júnior acredita que a construção civil findará 2015 com um saldo positivo. As medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff, como aumento dos juros para controlar a inflação, são “remédios amargos”, mas que servirão para colocar o país nos trilhos novamente. “É preciso que se saiba que não existe almoço 6

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grátis. Alguém vai pagar a conta. Nada disso é bom, mas vai nos recolocar nos trilhos. Numa economia de mercado o estado pode ser indutor de desenvolvimento, mas tem que entender que não se cria riqueza por decreto”, filosofa. Em 2015, o principal desafio do Sinduscon será participar das discussões em torno da revisão do plano diretor de Natal. Contrário à horizontalização vivida pelo município com o plano aprovado em 2007, Arnaldo defende um plano diretor que incentive melhor a ocupação e revitalização dos espaços urbanos da cidade. Nesta entrevista exclusiva à Negócios.net,


ENTREVISTA

ele fala sobre planos a frente do sindicato, economia, mercado e plano diretor. NEGÓCIOS.NET - O SENHOR FOI RECONDUZIDO PARA MAIS QUATRO ANOS À FRENTE DO SINDUSCON. COMO FOI A ELEIÇÃO? Foi uma decisão unânime. Os associados nos reconduziram para mais quatro anos de mandato no dia 26 de setembro de 2014. Nesse primeiro mandato era para ser quatro anos, mas reduzi em seis meses, para que coincidisse com as eleições para o Governo do Estado, com o intuito de ter o mínimo de interferência política. O fato de termos tido as eleições praticamente na mesma época do pleito para o governo tirou qualquer influência política e partidária.

obras públicas do estado – entre eles a UFRN, Semopi, Codern, Caern e CBTU se reuniram em um único dia para expor à imprensa e população o que estão executando, planejando e projetando no nosso futuro próximo. Fizemos uma porção de atividades que nos aproximaram da sociedade. NEGÓCIOS.NET - MAS O SENHOR AINDA NÃO FALOU QUAL SERÁ O GRANDE DESAFIO DESSA GESTÃO ATUAL... O desafio é manter essa chama acesa. Continuarmos com ações que permitam que a sociedade use o Sinduscon como instrumento para conhecer as políticas públicas que estão sendo implantadas. Mas nosso maior desafio mesmo no segundo mandato será participar ativamente da discussão do plano diretor de Natal. Na nossa posse o prefeito sinalizou que dará início ao debate ainda este ano, assim que concluir a regulamentação das zonas de proteção ambiental (ZPAs). Essa discussão deve se arrastar até 2016.

“É PRECISO QUE

NEGÓCIOS.NET QUAIS OS PLANOS E PROJETOS PARA ESTE PRÓXIMO MANDATO?

SE SAIBA QUE NÃO EXISTE ALMOÇO

Temos um grande desafio. No primeiro mandato nos aproximamos muito da sociedade de uma forma geral, demos continuidade ao que estava sendo feito ao aproximar o Sinduscon das decisões tomadas pela sociedade. Participamos com ideias sobre aumentar a capacidade de tráfego da ponte de Igapó, demos sugestões para a utilização do Juvenal Lamartine, o Bandeira Azul para Ponta Negra. Passamos a fazer o IVV (Índice de Velocidade de Vendas) que divulgamos trimestralmente na nossa cidade e é um termômetro da nossa economia. Passamos a publicar mensalmente nos jornais a coluna do Sinduscon com tabela de preços pesquisada pelo próprio sindicato, dados com quantidade de Habite-se emitidos, valores arrecadados pela Semut, como o IPTU de imóveis novos. Fizemos seminários, trouxemos Eduardo Giannetti. Teve o seminário “De olho no amanhã”, onde todos os órgãos que lidam com

GRÁTIS. ALGUÉM VAI PAGAR A CONTA”

NEGÓCIOS.NET QUAL A PROPOSTA DO SINDUSCON PARA A REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE NATAL?

Temos uma única proposta, que é debater o futuro da nossa cidade. Tenho dito que o plano diretor de 2007 que foi aprovado projetou uma Natal para o século XXI com conceitos urbanísticos do século passado. Nós queremos fazer com que a sociedade tenha consciência do que o plano diretor de 2007 causou na cidade: uma horizontalização desmedida. Tenho que reconhecer que não são escolhas fáceis, decidir entre verticalizar e horizontalizar não é uma escolha fácil porque existe uma tendência a achar que a verticalização é um mal, que adensamento é um mal. Tudo se fez para impedir isso. A consequência foi uma cidade extremamente espalhada como Natal ficou, com proABRIL ABRIL DE DE 2015 2015 ||

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circundada por lagoas. Acabamos ficando com muita dificuldade de prover serviços básicos de segurança, por exemplo, com delegacias para áreas cada vez mais distantes do centro e densidade populacional baixa. As linhas de ônibus são um problema seríssimo. Natal tem o ônus de ter essa população de municípios vizinhos usando os serviços todos os dias. Infelizmente essa população não deixa seu IPTU em Natal. O município fica sobrecarregado. NEGÓCIOS.NET - QUE SOLUÇÕES O SENHOR ENXERGA PARA PROBLEMAS COMO ESTE?

blemas terríveis. NEGÓCIOS.NET - QUE PROBLEMAS? Em primeiro lugar para o meio ambiente, porque se precisa de cada vez mais áreas para moradias, e nossos mananciais, áreas virgens e cinturão verde foram sendo tomados por empreendimentos imobiliários em Nízia Floresta, São José de Mipibu, Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante, chegando a pontos cada vez mais distantes. Isso a meu ver foi um grande erro. Polui muito mais, degrada mais o meio ambiente e em Natal tem um peso muito grande porque a cidade é 8

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Não é um tema fácil nem existem soluções fáceis. A cidade moderna preconiza o uso misto dos imóveis, comércio perto da moradia, o bar e o lazer, a praça estejam perto da moradia. Temos que ter uma solução de melhor adensamento na cidade de Natal. Temos áreas como Rocas, Brasília Teimosa, Quintas, Cidade da Esperança e Planalto, áreas que são passiveis de ser melhor adensadas, bem como Ribeira e Cidade Alta. Precisamos de um plano diretor que incentive melhor a ocupação e revitalização dos espaços urbanos da cidade. NEGÓCIOS.NET - VAMOS FALAR DE MERCADO. COMO ESTÁ O DA CONSTRUÇÃO CIVIL, NO BRASIL E NO RN? Não só a construção civil, mas todos os setores da economia estamos apreensivos para 2015 e 2016. O Brasil cresceu muito pouco em 2014. Mas acredito que alguns remédios amargos que estão sendo ministrados agora, que no primeiro momento não nos deixa felizes, como aumento de juros, por exemplo,


ENTREVISTA

são necessários para recolocar a casa em ordem. O governo federal está pagando um preço muito alto pelo seu próprio descontrole, por acreditar que riqueza se cria por decreto, que basta ter vontade política e tudo poderia ser feito. Houve muito avanço nos últimos 20 anos, mas só se pode distribuir aquilo que foi criado. NEGÓCIOS.NET - E DO QUE O BRASIL PRECISA HOJE? Precisa de desenvolvimento, arrecadação, emprego, precisa saber que só pode contratar aquilo que se pode pagar. Esse descontrole que houve nas contas do governo federal, se continuasse, iria nos levar a uma situação que seria voltar à época de uma inflação sem controle. NEGÓCIOS.NET - O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL, COMO ESTÁ?

do o índice de velocidade de vendas e vamos divulgar. Até agora os números mostram a venda de imóvel muito constante. O que observamos é a falta de novos lançamentos, problema que poderíamos prever que aconteceria. Mas em compensação não vimos nenhum prédio parar de subir em Natal. As vezes há problema pontual, em uma construtora ou outra, mas no geral quem estava contratado está fazendo e entregando. As vendas continuam acontecendo. O que vemos é uma falta de confiança para novos lançamentos.

“Precisamos de um plano diretor que

NEGÓCIOS.NET - QUANTO O SETOR CRESCEU EM 2014?

incentive melhor a

Deve ter crescido muito pouco. Sempre acho que a construção civil cresce um pouco mais que o PIB do Brasil. No RN tivemos em termos de obra pública, tivemos todas de mobilidade, o término da Arena das Dunas, finalização do aeroporto de São Gonçalo, a Caern tocando um grande projeto de saneamento, acredito que crescemos um pouco no setor da construção civil como um todo.

ocupação e revita-

Hoje não temos um mercado exuberante como em 2010, mas temos financiamento de longo prazo para moradia. Esse mercado não está no seu melhor momento para as empresas, mas temos um mercado. As medidas que estão sendo tomadas pela nova equipe econômica visam preservar este nicho. É preciso que se saiba que não existe almoço grátis. Não é bom, mas vai nos recolocar nos trilhos. Numa economia de mercado o estado tem papel fundamental: pode ser indutor de desenvolvimento, mas tem que entender que não se cria riqueza por decreto.

lização dos espaços urbanos da cidade”

NEGÓCIOS.NET - QUAL A PREVISÃO DE CRESCIMENTO DESSE MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO RN EM 2015? Acredito na manutenção do mercado. Estamos fazen-

NEGÓCIOS.NET - QUAIS AS EXPECTATIVAS PARA 2015? Não creio que seja um ano que a gente vá ter retração. Acho que vai ser um ano positivo. Mas dependemos muito do governo federal. Então, se as verbas asseguradas para as obras forem liberadas, teremos um ano positivo. Se não, teremos um ano diferente. ABRIL ABRIL DE DE 2015 2015 ||

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NEGÓCIOS EM PAUTA

jeanvalerio@gmail.com

HUB DA TAM: A NOVA BANDEIRA DO RN

O Grupo Latam Airlines anunciou a saudável disputa entre as cidades de Fortaleza, Natal e Recife. A empresa quer fazer de um desses aeroportos seu hub doméstico e internacional na região. Seria o primeiro hub (centro de conexões de voos) do Nordeste do Brasil. Foram iniciadas análises de viabilidade para a iniciativa que considera as três cidades e pretende ampliar a atuação das empresas do grupo em voos entre a América do Sul e a Europa, considerando a posição geográfica estratégica do Nordeste. Neste item, o Rio Grande do Norte larga na frente. Mas isso não é tudo. Além de localização, contam infraestrutura aeroportuária, potencial de desenvolvimento, custo de implantação. O governador Robinson Faria foi o primeiro a assumir a bandeira. Logo em seguida, ao tomar posse como ministro do Turismo, Henrique Alves também passou a defender a causa. Eis uma grande oportunidade para que as divergências políticas cedam espaço, logo, para o trabalho e união em torno de uma causa tão nobre e necessária para um Estado que tanto já sofreu com a falta de uma atuação política e de gestão comprometida com seu desenvolvimento. A previsão é que a TAM tenha essa definição até o final de 2015. A estimativa é que o início das operações ocorra em dezembro de 2016. 10

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ENERGIA CARA E INÉRCIA

É impressionante o marasmo das entidades representativas no Rio Grande do Norte em relação aos problemas que mais atacam os empreendedores. Com exceção da FIERN – Federação das Indústrias do RN, o silêncio é ensurdecedor em relação ao novo reajuste de energia anunciado pelo Governo Federal e implementado com muito gosto pela COSERN. A energia ficou mais cara em até 14,4% para a indústria. Para Amaro Sales, presidente da FIERN, “Foi decretada a sentença de morte da indústria potiguar”. Apesar da justa reclamação, a letargia impera e não se tem notícia de reação organizada da FIERN, Fecomercio/RN, CDL ou FCDL. Além dos valores de tarifas autorizados pela Aneel, são cobrados ainda impostos (ICMS, PIS e COFINS) e Bandeiras Tarifárias. Tem ainda a cobrança na conta de energia da Contribuição de Iluminação Pública (CIP), tributo repassado pela Cosern diretamente às prefeituras municipais, que são as responsáveis pelos serviços de projeto, implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública. Haja conta!


ITB EMPREENDIMENTO O Instituto Tecnológico Brasileiro (ITB), com sede em Natal e atuação em todo território nacional, estreou trajetória educacional matriculando mil alunos de forma pioneira e gratuita no curso técnico de administração. O ITB é a mais nova iniciativa do empreendedor Paulo de Paula, fundador da UNP, Universidade que foi incorporada recentemente pela Laureate International Universities. Paulo de Paula investiu forte no desenvolvimento de plataformas de ensino qualificado à distância. Seu projeto será nacionalizado até o final de 2015, com a oferta de mais de 10 cursos técnicos on line.

JEEP RENEGADE O lançamento do ano da Jeep, o modelo Renegade, já está disponível no showroom da Jeep Atlanta, concessionária exclusiva da marca, aberta em Natal. Os clientes poderão conferir de perto duas versões, o Sport, nas cores vermelha e prata, e o Longitude na cor vermelha. Além do Renegade, estarão disponíveis todos os modelos e produtos da marca. A Jeep Atlanta faz parte do Grupo Veneza e fica localizada na Avenida Dão Silveira, 7030, em Candelária.

UNIMED NA BRONCA

Os médicos radiologistas suspenderam por tempo indeterminado os atendimentos de exames agendados pelo plano de saúde Unimed em hospitais e clínicas credenciados de Natal. Muitos clientes na bronca com o plano de saúde, que perde credibilidade e respeito dos associados.

RN EÓLICO

Presidentes de duas importantes entidades empresariais, Marcelo Queiroz (SISTEMA FECOMERCIO) e Afrânio Miranda (FCDL – Federação das Câmaras dos Dirigentes Logistas), ensaiam entrar para a política em 2016. Marcelo, filiado ao PDT, deve se candidatar a vereador em Natal. Afrânio alimenta desejo de ser prefeito de Taipu.

O Rio Grande do Norte ultrapassou a marca de 2 GW de potência eólica instalada em seu território e se torna o primeiro Estado a atingir tal desempenho. O feito se deu com a entrada em operação comercial de 18 unidades geradoras, somando 29.160 MW do parque eólico Morro dos Ventos II, de propriedade da empresa CPFL Renováveis S/A, instalados no município de João Câmara, região do Mato Grande. O RN chega agora a uma potência instalada de 2.020,157 MW. São 1.133 turbinas eólicas distribuídas por 75 usinas em todo o Estado.

VENDAS

HAMBÚRGUER

POLÍTICA E NEGÓCIOS

Depois do fracasso de público e vendas do recente Salão Imobiliário em Natal, um grupo formado por cinco construtoras e incorporadoras locais – Constel, Aldann, SDantas, Hema e Coengen – se uniu para deflagrar a campanha “É Hora de Comprar. Vem Pra Cá”, idealizada pelo empresário Caio Fernandes, da imobiliária Caio Fernandes. O objetivo da ação de marketing é alertar o consumidor final sobre as oportunidades e vantagens de se adquirir imóveis atualmente.

Hamburgueria mais famosa de Natal, a Wayne´s Burger Star lança mais uma novidade: a promoção especial “Estrela do Dia”. O cliente poderá escolher o dia da semana para saborear o seu hambúrguer predileto, por um preço de curta-metragem. De acordo com os sócios da Wayne´s, Frederico Lima e Jozimar Jr, a ideia é oferecer alguns dos burgers mais pedidos nas lojas, por um preço único de R$ 12,90, de segunda a quinta. Com criatividade a Wayne’s tem acertado a mão ao lançar promoções que fazem sucesso entre a clientela. ABRIL DE 2015 |

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Interiorização

SEBRAE INAUGURA MAIS DOIS ESCRITÓRIOS NO RN Novo presidente do conselho deliberativo do Sebrae no RN, José Vieira quer investir na interiorização da entidade.

POR LOUISE AGUIAR

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interiorização do Sebrae no Rio Grande do Norte ficará mais forte a partir deste ano. É o que anuncia o novo presidente do Conselho Deliberativo da entidade no RN, José Vieira. Só neste primeiro semestre, a nova diretoria pretende inaugurar escritórios de João Câmara e Apodi, além de já ter reformado e reaberto o de Caicó. “Precisamos fortalecer a economia do interior, fazer com que as pessoas tenham as mesmas oportunidades que na capital”, enfatiza. O processo de interiorização do Sebrae já acontece em todo o 12

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Brasil e agora vai se fortalecer no Rio Grande do Norte. A intenção da instituição é chegar a todos os pontos do interior do estado para oferecer apoio, formalizar os microempreendedores individuais e as micro e pequenas empresas, bem como dar oportunidade àqueles que vivem no interior de fortalecerem seus negócios conhecendo as novas ferramentas disponíveis. “Nosso interior é muito carente. As pessoas têm dificuldade de acesso ao crédito, na parte de projeto, planejamento e gestão de negócios. O Sebrae tem um papel muito im-

portante justamente nessa parte de lidar com o empreendedor do interior”, frisa José Vieira. A ideia é inaugurar a unidade de João Câmara nos próximos dias, enquanto a de Apodi deverá ser aberta logo em seguida. Na opinião de José Vieira, esta é uma tendência forte em todos os Sebraes do país. “A tendência normal do Sebrae é justamente se fortalecer e ir se ampliando, tendo a maior capilaridade possível em suas ações. Faltava esses dois escritórios pra fecharmos o estado”, acrescenta.


COMPRAS GOVERNAMENTAIS Uma luta antiga do Sebrae que será retomada pelo novo presidente é incentivar as compras governamentais, no sentido de mostrar a importância para o governo que assumiu em janeiro passado. A ideia é atrelar as compras com o fundo de aval operacionalizado pela Agência de Fomento do RN (AGN), onde o microempreendedor vende para o Estado e troca o título na AGN para poder se capitalizar. “Como o Estado não tem uma constância de pagamento em dia, o empreendedor vai poder ir na AGN e trocar o título pelo dinheiro para se capitalizar. Isso é importante por-

que os pequenos e micro empresários sofrem muito com o capital de giro pequeno, então o fundo de aval dentro da AGN é fundamental para fazer a coisa funcionar, porque dá ao empresário garantia de recebimento em dia”, explica. A legislação estabelece um tratamento diferenciado às MPE nas licitações públicas de até R$ 80 mil e na participação – de até 30% - dos contratos junto a grandes fornecedores onde existe a necessidade de subcontratações, além de cotas de até 25% em aquisições de produtos e serviços das empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.

Se todos os municípios potiguares colocarem o que está previsto na Lei em prática, as compras públicas feitas às MPEs, o volume negociado por ano pode chegar a R$ 79 milhões, montante que representa uma movimentação adicional de R$ 55,3 milhões na economia das cidades, totalizando um impacto total de R$ 134,3 milhões. As projeções são do Sebrae e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com base em dados da Finanças do Brasil (FINBRA) e em informações do Sistema de Monitoramento da Lei Geral da MPE.

Agência do SEBRAE em Caicó

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Interiorização

CADASTRO ÚNICO O Sebrae implementou o sistema de Cadastro Único e agora deseja ampliar a ferramenta em todo o Rio Grande do Norte. A ferramenta reúne em torno de um CNPJ todas as informações tributárias estaduais e federais, da Junta Comercial, licenças do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, de maneira que o empresário possa resolver tudo de maneira desburocratizada, inclusive com o licenciamento ambiental eletrônico. “O Sebrae teve um papel importantíssimo na implantação do Cadastro Único e agora queremos ampliar, incluir o Idema para que atinja todos os municípios do es-

tado. Inclusive aquelas pessoas que são isentas de licenciamento, para que elas consigam o certificado de dispensa de maneira rápida e desburocratizada. Queremos facilitar a vida do micro empresário do estado”, acrescenta Vieira. O presidente do conselho do Sebrae acredita que a mudança de governo do estado vai ajudar a concretizar os planos da entidade. “Toda mudança de governo gera uma expectativa positiva, traz uma nova esperança de que tempos melhores venham. Temos um ambiente favorável e o governador tem totais condições de colocar o estado nos trilhos novamente”, comenta. Viei-

ra acredita que o governador deve buscar parcerias com a iniciativa privada para voltar a ser um estado que possa atrair novos investidores. Na visão de José Vieira, o grande gargalo das MPEs hoje é o excesso de burocracia. Tanto para o acesso ao crédito, quanto para a concessão do licenciamento ambiental e alvará de funcionamento, tudo é mais difícil. Segundo ele, é preciso fazer com que a vida dos empresários seja mais leve. “Ele tem que se preocupar em ser mais competitivo, ser mais eficiente em sua gestão e oferecer um produto de qualidade”, emenda.

Nova diretoria do Sebrae, João Hélio, Zeca Melo, José Vieira e Eduardo Viana

EMPREENDER NO SERTÃO Com um mandato que se estende até 2018, José Vieira quer continuar os programas realizados pelo Sebrae em parceria com o Senar/ Faern, entidade que também preside. O programa Sertão Empreendedor, que visa dar assistência técnica a 570 propriedades rurais pelos próximos quatro anos, também continua. “Queremos fortalecer a economia rural, que vem passando por momento difícil e precisa ser 14

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continuada”, frisa. Outros programas, como o Leite e Genética, o Balde Cheio e o Negócio Certo Rural também continuarão a pleno funcionamento durante a gestão de Vieira. A ideia é qualificar cada vez mais os produtores rurais para que eles possam ser mais competitivos, eficientes e melhorarem suas rendas. A aposta se deve ao fato de o agronegócio ser, hoje, o grande “salvador da pátria” da eco-

nomia brasileira. Segundo Vieira, o agronegócio se apresenta como uma esperança. “Mais uma vez teve papel fundamental na balança comercial, chegando a um superávit de mais de US$ 87 milhões. Esperamos que este ano o setor continue ajudando a economia brasileira. Mas precisamos de infraestrutura, portos, ferrovias e estradas para que isso aconteça”, finaliza.


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Economia

COMÉRCIO DE NATAL DEVE CRESCER ENTRE 3% E 5% EM 2015 POR LOUISE AGUIAR

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esmo sem falar em crise ou recessão, o novo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, Augusto Vaz, acredita em um ano difícil para o comércio potiguar. Sofrendo com os reflexos do momento ruim que vive a economia brasileira, a projeção é o que o setor cresça de 3% a 5% em 2015 em Natal. “Se conseguirmos crescer isso, já teremos muito o que comemorar”, sintetiza. Empossado presidente da entidade na qual trabalha há 11 anos, Augusto não prega o pessimismo, mas também reconhece os momentos difíceis que virão nos próximos meses. Diz que, inserida no contexto nacional, Natal provavel-

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mente seguirá os mesmos passos do comércio brasileiro. “Os números de 2014 não foram tão interessantes. Não dá para falar em crise ou recessão ainda, mas em crescimento pequeno. É isso que vamos ter este ano”, pondera. Os números aos quais ele se refere englobam também o período natalino, considerado de longe o melhor para o comércio brasileiro. Entretanto, o Natal de 2014 foi o primeiro em muito tempo que os dados foram negativos: houve decréscimo de 0,7% nas vendas em relação ao mesmo período de 2013 segundo levantamento realizado pelo SPC Brasil. Quando se analisa outras datas comemorativas, o crescimento mal chegou a 3%.

Alguns segmentos, no entanto, como o de vestuário, conseguiram fechar 2014 em vantagem: venderam 8% mais que no Natal de 2013. Na visão de Augusto Vaz, os números refletem não só um comportamento do consumidor mais retraído para as compras, mas também da economia brasileira. “É uma situação em que a inflação está em alta, estamos vendo várias medidas sendo tomadas pelo governo federal que vão impactar ainda mais a inflação”, projeta. As bandeiras tarifárias de energia elétrica também aumentaram e deverão onerar o bolso dos empresários em até 40%. Como se trata de um insumo importante e muito pesado para o comércio, isso certa-


mente será repassado ao consumidor final através dos produtos. “Os lojistas e prestadores de serviços usam muito ar-condicionado, iluminação, então é um insumo muito pesado para nós. Isso vai acabar onerando o preço dos produtos e contribuir para o aumento da inflação”, acrescenta. Inserido em um cenário no qual se prevê um crescimento menor que 1% para a economia este ano, o presidente da CDL diz que não há como fazer previsões diferentes para a economia e comércio do RN. A expectativa é de crescer o mesmo percentual esperado para o PIB. “O comércio é muito mais criativo que a indústria, é muito mais fácil de reverter as previsões pessimistas do que a indústria, então acredito que ainda possamos superar esse PIB, mas nada de espetacular. Se fecharmos o ano com crescimento de 3% a 5%, a gente vai ter que comemorar”, acredita. Augusto Vaz conta ainda que os reflexos da economia brasileira atingiram também a geração de emprego, que se mostrou menor em 2014. Entretanto, ainda não preocupa para este ano. “Esse tipo de efeito só aparece no médio prazo. Mas já tivemos impacto nas contratações de temporários para o fim do ano, que foram menores do que em 2013”, avalia.

Augusto Vaz

Apesar do pessimismo e desânimo que têm dominado o cenário econômico nacional, o presidente da CDL considera que os comerciantes ainda vivem numa posição relativa-

mente confortável. “Ainda não estamos numa situação de crise, mas se isso acontecer, o desemprego pode vir a assustar novamente os trabalhadores brasileiros”, diz.

GESTÃO À FRENTE DA CDL PROMETE MAIS UNIÃO NO SETOR Vaz promete uma continuidade da gestão que vinha sendo tocada por Amaury Fonseca há quatro anos, mas também fala em dar sua cara à CDL. Um dos toques que pretende dar à entidade é o de unir

o movimento comercial do estado. “Tenho uma característica muito forte de unir as pessoas. Já vinha fazendo isso como vice-presidente e espero aprimorar como presidente, que é unir o movimento comercial

de Natal e estado”, define. A primeira amostra dessa união se deu em janeiro, quando todas as entidades ligadas ao comércio varejista foram juntas à uma reunião com o governador Robinson Faria ABRIL DE 2015 |

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Economia

enfatizar pleitos antigos. Uma das situações pontuais que esteve na pauta da reunião e a CDL vai buscar resolver junto aos órgãos competentes é a questão da falta de estacionamento na Cidade Alta e Alecrim.

A CDL contratou uma consultoria, que está fazendo o levantamento das possibilidades para resolver a questão e deve apresentar à Prefeitura nos próximos meses. “Estamos em diálogo com o prefeito, a consul-

toria está trabalhando e queremos chegar a uma solução até o final do ano”. Os dois bairros concentram o maior número de pontos comerciais da cidade e a falta de estacionamento é um problema antigo.

PLANO DIRETOR Com a promessa do prefeito Carlos Eduardo de retomar as discussões do plano diretor de Natal este ano, a CDL também planeja participar do debate. Ao avaliar a legislação natalense como “muito rígida”, Augusto Vaz pretende integrar as discussões no sentido de desburocratizar a concessão de alvarás de funcionamento e reforma. Segundo o presidente da CDL, muitas empresas hoje funcionam sem o alvará, coisa que a Prefeitura acaba deixando acontecer, ao fazer vista grossa. “Até porque se for fiscalizar, ela fecha metade dos estabelecimentos da cidade”, acredita. Ao invés de se fazer vista grossa e permitir que locais funcionem sem

alvará, o ideal seria rever a legislação e aí sim realizar fiscalização, na opinião do empresário. Augusto Vaz cita o exemplo hipotético de uma pessoa que planeja abrir uma loja na Avenida Afonso Pena. O estabelecimento tem 50 metros quadrados. Mas pela legislação local, aquela loja obrigatoriamente precisa ter três vagas de estacionamento, duas comuns e uma para deficientes, cada uma com 10 metros quadrados de área. “Como essa loja vai funcionar com 20 metros quadrados de área de vendas? É impossível”, comenta. “É preciso rever essa legislação e descobrir soluções para o alvará de funcionamento na nossa cidade.

O plano diretor precisa ser revisto, cumprido e fiscalizado”, acrescenta Vaz. A atuação do Corpo de Bombeiros também preocupa a CDL. Segundo o presidente, liberar a reforma de um imóvel no órgão leva em média seis meses. Mas isso pode estar começando a mudar. “Já fiquei sabendo que está na Assembleia Legislativa um projeto de reformulação do Corpo de Bombeiros, que deve dar mais agilidade na concessão dessas licenças e alvarás. Se isso acontecer mesmo, não precisaremos interferir”, acredita. A ideia da CDL é que exista um tempo máximo para uma licença passar no órgão aguardando liberação, de 30 dias por exemplo.

NA CDL Dentro da CDL, Augusto Vaz quer marcar sua gestão pelo diálogo com os associados. Para isso, o evento “Conversa aberta”, uma assembleia almoço que acontece a cada dois meses na Câmara, vai passar a contar com microfone aberto para que os participantes sugiram, reclamem e dialoguem com a diretoria da entidade. Outro projeto é implementar o certificado digital móvel. A CDL irá dispor de uma motocicleta para ir até as empresas implementar a certificação digital – ferramenta na qual se concentra todos os dados da empresa. 18

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Assembleia Legislativa: Há 180 anos se renovando com você. Para você. A Assembleia Legislativa do RN sempre esteve ao lado do povo. Atuou fortemente no passado, cuida do presente e melhora o futuro de todos. São 180 anos em que o trabalho, assim como a renovação, nunca parou.

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Empreendimento

RN RECEBE PRIMEIRO CONDOMÍNIO AERONÁUTICO DO NORDESTE 22

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aqui a cinco anos as estradas vão parar e se transformar em estacionamento de carros. Gostando ou não, os grandes executivos vão ter que possuir avião ou helicóptero”. A afirmação é do empreendedor Flávius Neves, contabilista, apaixonado pela aviação e fundador do projeto de Condomínios Aeronáuticos Costa Esmeralda, já consolidado em Santa Catarina, com projeto de pré-lançamento detalhado no Rio Grande do Norte. O empreendimento conceito foi apresentado a investidores potiguares e os primeiros lotes já foram reservados, sejam por proprietários de aeronaves ou investidores que apostam na valorização imobiliária deste tipo de negócio. No Rio Grande do Norte, o empreendimento é o Costa Esmeralda Lagoa do Bonfim e será erguido em São José do Mipibu, nas proximidades da Lagoa do Bonfim, onde hoje já funciona um hangar para aeronaves e o aeródromo Dr. Severino Lopes. Serão mais de 383 mil metros quadrados, distribuídos em 256 unidades para hangar e 10 mil metros quadrados de área de lazer. Com infraestrutura aeronáutica e de lazer completa, trata-se do primeiro condomínio aeronáutico da região Nordeste. De olho no crescimento da aviação civil, na elevada demanda executiva, Flávius Neves chama atenção para a valorização imobiliária deste tipo de projeto. “Em Santa Catarina, quem comprou por duzentos mil um lote há três anos não vende por dois milhões hoje”, destaca o empresário. De acordo com o diretor de implantação do grupo, Alexandre Maurício da Silva, a proposta é re-

volucionar a aviação desportiva e a aviação executiva leve. Alexandre explica que quem adquirir uma unidade no Rio Grande do Norte terá direito de utilização dos aeró-

é único, futurista. É o futuro”, revelou Flávius, lembrando que hoje qualquer pessoa pode adquirir uma aeronave a partir de 130 mil reais, “o valor de um carro”, podendo equi-

Empresário Flavius Neves no centro com diretores do empreendimento

dromos do grupo no Brasil. Hoje o Grupo Costa Esmeralda conta com seis empreendimentos, sendo três em Santa Catarina (dois em implantação), dois no Rio de Janeiro (em implantação) e o de Natal. Os proprietários de unidades do Costa Esmeralda têm direito a operar, sem qualquer custo, pousos e decolagens nas pistas. Sobre a escolha do Rio Grande do Norte, onde firmou parceria com o empresário local Marcos Lopes, Flávius Neves conta que sempre foi apaixonado por Natal e pelas belezas naturais das praias do Estado. “Natal foi a primeira menina dos meus olhos, há 30 anos, quando vinha passar férias aqui com minha família”, revelou o empresário. Ele afirma que o empreendimento é único na região Nordeste, repleta de potenciais clientes, empresários e amantes da aviação. “Sabemos deste potencial. E aqui não teremos concorrente porque o empreendimento

pá-las de acordo com a sua realidade. O condomínio será composto de uma pista de pouso asfaltada de 1.225 metros, com balizamento noturno e abastecimento, contará com escola de pilotos de avião, helicóptero e ultraleve, além de táxi aéreo, oficinas homologadas, centro de convivência, locação de veículos, heliponto, sala vip e hangares de locação. A área de lazer terá piscinas adulto e infantil, academia, salão de festas e de jogos, restaurante e conveniência, além de playground, quadras de tênis e poliesportiva. O condomínio contará com segurança 24 horas. O Grupo Costa Esmeralda comemora o sucesso do condomínio de Porto Belo, Santa Catarina, pronto para uso. Além do RN, a empresa lança em breve empreendimentos do tipo em Jurerê Internacional (SC), Armação de Búzios (RJ), Angra dos Reis (RJ) e Itapoá (SC). ABRIL DE 2015 |

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Investimento

NATAL LARGA NA FRENTE NA DISPUTA POR HUB DA TAM

“Tecnicamente falando, indiscutivelmente Natal é a cidade mais qualificada”, diz secretário de Turismo Ruy Gaspar

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capital potiguar sai na frente na disputa pelo centro de conexões de voos domésticos e internacionais (hub) da Tam Linhas Aéreas, anunciado neste fim de semana. Nem a concorrência com cidades grandes como Fortaleza e Recife desanima os componentes do trade turístico local, que defendem a localização estratégica e grande capacidade do aeroporto internacional Aluízio Alves como diferenciais do RN para sair na frente no páreo. Segundo a Tam, a estimativa é a criação de 10 mil empregos diretos e indiretos e investimentos de US$ 1,5 bilhão com o hub Nordeste. O secretário de Turismo do Estado, Ruy Gaspar, se diz muito otimista com as chances de o Rio Grande do Norte vencer a disputa. “Só o fato de a gente estar sendo citado já é um indício de que deveremos ganhar esse hub”, acredita. Apesar de Natal possuir um PIB e uma população muito inferiores aos dos estados vizinhos, o que é apontado por Gaspar como a única desvantagem

do estado, inúmeros requisitos colocam o RN em primeiro lugar na disputa pelo hub Nordeste da Tam. Entre eles está o novo aeroporto, que tem possibilidade de crescimento de capacidade para até 70 milhões de passageiros ao ano, enquanto os terminais dos concorrentes só podem crescer até 15 milhões de passageiros/ano. O aeroporto de São Gonçalo é o único do país com pista qualificada para receber o maior avião do mundo, o AirBus A380, com capacidade para até 800 passageiros por voo. O terminal ainda tem espaço para ser construída outra pista de pouso, caso seja necessário. “Temos ainda o maior terminal de cargas em área, com 50 mil metros quadrados e uma área patrimonial três vezes maior do que os concorrentes. E, caso aconteça algum acidente, temos a alternativa de outro aeroporto praticamente ao lado, que é o Augusto Severo, hoje inativo. Tecnicamente falando, indiscutivelmente Natal é a cidade mais qualificada”, emenda Ruy Gaspar.

A localização, ponto mais próximo da Europa e África, é outro ponto chave. “Esses fatores, somados a um governo que está apostando no turismo como atividade econômica e meio de desenvolvimento, nos credenciam nessa disputa. Saímos na frente porque fomos atrás, existiu uma movimentação do estado nesse sentido. Tenho certeza que nem Pernambuco nem Ceará estiveram com a presidente da Tam este ano”, acrescenta o secretário. Ainda de acordo com o secretário, a presidente da Tam Linhas Aéreas, Cláudia Senders, deverá fazer contato com o governador Robinson Faria para marcar uma reunião para os próximos dias. “Já entrei em contato com a presidente e o vice-presidente comercial da Tam, Cláudia Senders e Basílio Dias, para agendar reunião. A capital vencedora será beneficiada com voos diretos para países da América do Sul e Europa”, disse Robinson Faria.

Cláudia Senders, diretora presidente da TAM.

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Investimento

ABIH SE DIZ ESPERANÇOSA Para o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no RN (ABIH), Marcio Guedes, o setor vê a possibilidade com muita esperança. “A localização de Natal é estratégica, o nosso aeroporto é grande e tem ótimas perspectivas de crescimento. Vivemos um momen-

to ímpar, oportuno para toda a classe política e empresarial se juntar e lutar por esse hub”, frisa. Guedes acredita que o lado técnico irá se sobressair frente ao político, chegando a dizer que o peso político numa decisão como essa será muito pequeno. A expectativa é que a decisão a ser

tomada pela Tam seja eminentemente técnica e, neste quesito, o RN larga na frente na opinião do diretor da ABIH. “O governo do estado, atráves do secretário Ruy Gaspar, está abrindo um diálogo muito grande junto ao segmento turístico, então isso também é muito importante”, avalia.

fim deste ano, depois da realização de um estudo de viabilidade técnica. Os principais critérios para a escolha da cidade serão: localização, infraestrutura aero-

portuária e potencial de desenvolvimento. A companhia tem hoje em torno de 20 voos diários operando no Aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

HUB A previsão da Tam é que o hub Nordeste comece a operar no final de 2016. A decisão sobre quem sediará o empreendimento, no entanto, deve sair até o

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Im贸veis

EM PIPA, UMA RESERVA DIFERENCIADA

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ara quem sempre sonhou em investir na praia da Pipa, município de Tibau do Sul, já está disponível um dos empreendimentos mais esperados pelo mercado imobiliário, o Condomínio Residencial Reserva da Pipa, com diferenciais que o tornam exclusivo: vista para o mar, brisa constante, segurança e acesso à praia. Com apenas 48 lotes disponíveis, as primeiras reservas já estão sendo realizadas pela Sinergy Imóveis, empresa especializada em imóveis na Pipa. O Reserva da Pipa é um condomínio de alto padrão localizado em uma região privilegiada, com a proposta de oferecer uma Pipa Exclusiva, com acesso à praia das Minas e vista para o mar e a natureza. O Condomínio está numa área de mais de 45.000 m2, tem apenas 48 lotes entre 600 m2 e 1200 m2 e uma ocupação máxima de 30%, características dos “bairros jardins”. O empreendimento conta com infraestrutura de alto padrão (ruas com calçamento de bloquete intertravado, academia, área gourmet, piscina adulto e infantil, playground), segurança (guarita de entrada) e acesso à praia. Além da vista para o mar e do

vento constante (características raras nas ofertas imobiliárias da Pipa), a segurança do Condomínio é reforçada por muro perimetral, cerca elétrica e portaria 24 horas. As áreas comuns (academia, espaço gourmet, área das piscinas e a portaria) serão entregues totalmente equipadas. A entrega está prevista janeiro de 2017. Daniel Aran Fernandez, diretor da Sinergy Imóveis (empresa com 12 anos de atuação), responsável pela coordenação de vendas do empreendimento, trabalha com expectativa da comercialização de 100% dos lotes em um curto espaço de tempo. “É um produto único, projetado para um público exigente, com características exclusivas que o mercado necessitava e com financiamento em até 83 parcelas direto com a incorporadora”, explica o empresário A incorporação do empreendimento está a cargo da Aldeia da Pipa Empreendimentos Imobiliários Ltda, incorporadora SPE (Sociedade de Propósito Específico)

Daniel Fernandez

criada com o único propósito de desenvolver o Condomínio Residencial Reserva da Pipa. Os sócios têm vasta experiência no mercado imobiliário de Pipa e Tibau do Sul, com assento no Conselho da ADIT - Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil. Os empreendedores também são responsáveis por diversos projetos executados na Praia da Pipa.

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economia

100 DIAS DE GOVERNO PARA RECUPERAR CREDIBILIDADE DO RN

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á uma tradição, difundida no Brasil, de que todo governante deve prestar contas do seu trabalho nos primeiros 100 dias de uma gestão de quatro anos. Isso vale para gestores municipais, estaduais e federais. Es30

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tudiosos afirmam que tal prática foi iniciada nos Estados Unidos, com o New Deal (cuja tradução literal em português seria “novo acordo” ou “novo trato”), uma série de programas implementados nos EUA entre 1933 e 1937, sob o governo do Pre-

sidente Franklin Delano Roosevelt, com o objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana, e ajudar aos prejudicados da Grande Depressão. O New Deal previa, entre outras medidas, investimento maciço em obras públicas e contro-


le sobre preços e produção. Em seus primeiros 100 dias, o programa implementou reformas setoriais na economia americana, difundidas enfaticamente à população. O New Deal teve grande influência na política econômica e social adotada no Brasil pelo Presidente Getúlio Vargas, que admirava Franklin D. Roosevelt, e vice versa. Não por coincidência, Natal foi palco de um encontro histórico celebrado entre os dois países. Embora muitos considerem tal prestação como algo prematuro, visto que em pouco mais de três meses não dá para realizar muito nem tampouco avaliar uma gestão de quatro anos, no Rio Grande do Norte a máxima foi mantida pelo governador Robinson Faria. A reboque das cobranças tradicionais, ele passou a primeira quinzena de abril prestando contas dos seus primeiros dias como chefe do executivo estadual. O principal desafio foi encarar a crise financeira que abateu o Estado (o governador afirma ter encontrado dívidas que ultrapassam a soma dos R$ 700 milhões). Robinson Faria assumiu com a tarefa de equilibrar o caixa, manter o salário dos servidores em dia, para somente depois planejar investimentos de médio e grande porte. Neste período, precisou sacar parte dos recursos da previdência estadual para pagamento de pessoal, conforme autorizado por lei pela Assembléia Legislativa. Também se deparou com uma enorme crise no sistema prisional, quando contou com o apoio da força nacional.

Roosevelt e Getúlio Vargas em Natal

TURISMO E AGRONEGÓCIO GANHAM FÔLEGO NOVO No âmbito econômico, adotou medidas importantes que injetaram ânimo em segmentos como o turismo e o agronegócio potiguar. Entidades representativas avaliam que, neste período, com medidas de incentivo e gestos, o governador Robinson Faria foi capaz de resgatar a credibilidade do Estado junto aos investidores. Entre as ações

concretas, os destaques foram: a redução da alíquota do ICMS sobre o querosene de aviação, a redução de ICMS do óleo diesel utilizado nas embarcações de pesca oceânica, o apoio aos projetos agropecuários com subsídios importantes para agricultores de todo o Rio Grande do Norte. Outra meta inovadora alcançada pela atual gestão foi a li-

beração, nestes três meses, de mais de mil licenças ambientais por parte do Idema. Em resumo, estas foram as principais medidas. Com as dificuldades financeiras permanentes, a expectativa é de que o grande investimento governamental seja garantido pelo financiamento de R$ 850 milhões junto ao Banco do Brasil, aprovado pelos deputados

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estaduais. Os recursos serão utilizados como contrapartidas de obras estruturais emblemáticas, como os acessos ao novo aeroporto, a barragem de Oiticica, a conclusão do Pro Transporte. A uma plateia formada por empresários de diversas entidades representativas do RN, Robinson Faria enfatizou estas medidas e o fortalecimento da cadeia produtiva do Estado. Considerou suas ações como “quebra de tabus para fazer o Rio Grande do Norte voltar a crescer”. Ele também destacou a

redução no custeio das secretarias de Estado, com exceção das pastas da Segurança Pública, Educação e Saúde, que resultaram em uma economia de 30% desde janeiro deste ano. O chefe do executivo destacou ainda a assinatura da ordem de serviço que garantirá que Natal seja a primeira capital 100% saneada do país, com recursos assegurados pelo Ministério das Cidades. A garantia de segurança jurídica, o apoio irrestrito aos empreendedores que desejem investir no Estado, está presente em todos os

discursos do governador. Robinson Faria lembrou que parte da sua vida foi dedicada à atividade empresarial e que isso foi fundamental na sua formação. “Valorizo a atividade do empreendedor e por isso nosso governo se dispõe ao diálogo permanente com o setor produtivo. Nos comprometemos a não criar nenhum tributo durante a nossa gestão, garantindo que a nossa indústria possa se programar e competir de igual para igual com as de fora”, destacou.

Governador Robinson e Antônio Téofilo, presidente da ANORC.

Governador em almoço com entidades empresariais.

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NATAL VOLTA A SONHAR COM VÔOS ALTOS A assinatura do Decreto que reduziu o ICMS de Querosene de Aviação (QAV), apesar de ser um ato simples e que dependia apenas de uma decisão governamental (esperada há anos pelo setor), sinalizou para nova realidade no turismo do Estado. Espera-se que, com essa iniciativa, o segmento voltará a

crescer. E Natal e o Rio Grande do Norte estarão de volta à trilha dos melhores destinos turísticos do Brasil e do mundo, com oferta de voos nacionais e internacionais ampliada. “Não me canso de me encantar com as belezas da nossa capital e do Estado. Vi o apogeu do turismo e também seu declínio nos últimos

anos. Pois agora, sem medo de ousadia e de ser um sonhador, sei que Natal se tornará a melhor capital turística do Nordeste”, disse o Governador ao assinar o benefício. No início de fevereiro, Robinson Faria, juntamente com o secretário de Turismo, Ruy Gaspar, viajou a São Paulo onde teve reuniABRIL DE 2015 |

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economia

ões com presidentes e diretores das principais operadoras de viagem e companhias aéreas do Brasil, para negociar a ampliação de voos, a partir da assinatura desse Decreto. Ambos contaram com a companhia do CEO do Consórcio Inframérica, responsável pela administração do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, Alysson Barros Paolinelli, convidado a se pronunciar como representante do trade turístico durante a solenidade de assinatura: “Eu vinha pessoalmente nessa batalha há dois anos para que o estado retomasse seu status no turismo. Acompanhei o Governador num esforço pessoal, cumprindo uma agenda extensa em São Paulo, para dar esse passo his-

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tórico para o Estado”, testemunhou o diretor da Inframérica, que aproveitou a oportunidade para pedir ao Governador o término dos acessos ao Aeroporto Internacional Governador Aluísio Alves, e que teve dele a garantia de que em até um ano o Governo do Estado concluirá as obras restantes. O Artigo 1º do Decreto que reduz a alíquota do ICMS para QAV diz o seguinte em seus parágrafos: I- redução de 12,00% (doze por cento) sobre o valor da operação (para voos nacionais) e, II - 9,00% (nove por cento) sobre o valor da operação para as empresas aéreas que implementarem novos voos internacionais, em acréscimo àqueles existentes na data da publicação

do Decreto. Ao reduzir a alíquota, o Estado terá várias compensações, como por exemplo, a recuperação de voos perdidos nos últimos anos; incremento no nível de abastecimento das aeronaves, passando a utilizar maior capacidade dos tanques em virtude da redução do custo do QAV, expansão das malhas aéreas, doméstica e internacional, com repercussão positiva no mercado turístico potiguar, na geração de emprego e renda, consequentemente, dentre outros. Participaram da Solenidade de Assinatura do Decreto representantes de todas as companhias aéreas e operadoras de viagem da TAM, Azul, Avianca, Gol, e CVC.


AGRONEGÓCIO CONTA COM 14 EVENTOS REGIONAIS EM 2015

Como uma das medidas incentivadoras do agronegócio, o governador Robinson Faria lançou o Calendário do Circuito Estadual de Exposições Agropecuárias de 2015, que reúne os principais eventos do setor no Rio Grande do Norte e vai fomentar as atividades ligadas à agricultura, pecuária e pesca em todas as regiões do Estado. O lançamento aconteceu no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, e reuniu centenas de produtores. “O nosso governo faz sua parte para fortalecer e apoiar o agronegócio. Estas feiras vão gerar receitas de mais de R$ 200 milhões”, afirmou Robinson Faria, acrescentando que em apenas 90 dias a atual gestão dobrou a oferta do programa Banco de Sementes do RN. O governador lembrou que, nos primeiros três meses, o Governo re-

cuperou o programa Garantia Safra com o aporte de R$ 2 milhões em recursos próprios e reiniciou obras da Barragem de Oiticica no município de Jucurutu - que vai mais que dobrar capacidade de armazenamento de água na região Seridó - e a reestruturação do Programa do Leite. “Isso mostra a importância que o Governo dá ao setor”, enfatizou. Robinson Faria também fez a entrega de seis veículos novos para o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (IDIARN) reestruturar a fiscalização e as ações técnicas em Natal, Pau dos Ferros, Caicó, Assu e Mossoró. Os veículos foram adquiridos através de convênio do Governo do Estado com o Ministério da Agricultura. Este ano serão 14 exposições que vão reunir grandes, médios e pequenos produtores: Exposição de Caprinos e Ovinos do Potengi e Feirão

do Pronaf, em São Paulo do Potengi, Exposição Pecuária do Seridó, em Caicó, Arraiá do Interior, Festa do Leite e Feira dos Municípios, em Parnamirim, Caprifeira em Coronel Ezequiel, Exponovos, em Currais Novos, Caprifeira de Afonso Bezerra, Festa do Bode, Exposição de Caprinos, Ovinos e Bovinos do Oeste Potiguar e 1ª Feira da Agricultura Familiar em Mossoró, Torneio de Cabras Leiteiras do Litoral Agreste, em São José do Mipibu, Exposição da Região Central, em Lajes, Torneio Leiteiro de Bovinos, Caprinos e Feira de Agronegócio, em Acari, Festa do Boi, em Parnamirim, Oeste Leite –Exposição de animais e torneio leiteiro, em Apodi, Feira Agropecuária do Seridó, em Jardim do Seridó e a Festa do Caju e Exposição Agropecuária de Jaçanã, em Jaçanã.

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MANTER O MERCADO EM ALTA É A META DA FIERN O ano de 2015 começa com perspectivas pouco animadoras segundo a FIERN e a falta de confiança na economia é uma das questões para ser revertida “Trabalhar para evitar o pior”. Essa é a afirmação do assessor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Marcos Formiga, sobre a perspectiva para o setor industrial em 2015. Apesar de considerar muito cedo para fazer previsões, Formiga afirma que o quadro econômico desanimador do país pede ajustes para vencer o maior desafio para este ano, que é manter o mercado e aumentar a competitividade no Estado. “Não arriscaria fazer nenhum prognóstico para este ano. Mas, devido a estagnação que o mercado está sentindo a partir das novas medidas lançadas pelo Governo Federal, precisamos avaliar o cenário e tentar encontrar as melhores soluções para que não soframos tanto com a retração de investimentos”, destaca o assessor de assuntos econômicos. De acordo com a pesquisa da

Confederação Nacional da Indústria (CNI), em março deste ano o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostrou recuo de 2,7 pontos – a terceira queda mensal consecutiva. A falta de confiança permanece disseminada por toda a indústria e se tornou mais intensa. O índice acumula queda de 15 pontos nos últimos 12 meses sendo que, em 2015, caiu 7,7 pontos. Outro dado alarmante informado pela CNI é a retração dos investimentos na indústria brasileira. De acordo com o órgão, no ano passado só 41,4% das indústrias realizaram os investimentos como planejado e 9,2% adiaram os projetos por tempo indeterminado, especialmente por causa das incertezas em relação à economia. Para Marcos Formiga, o crescimento deste sentimento sufocaria ainda mais a produção, o que reflete negativamente na geração de em-

pregos e no desenvolvimento. “É preciso destacar que o momento é difícil em todo o país. Não é uma questão local”, reafirma. A inflação é outro ponto que preocupa a Indústria segundo Formiga. Em 2014, o índice no Brasil somou 6,41%, o maior valor encontrado na história recente. Natal acompanhou a alta do índice, fechando no ano passado com 6,37% de inflação. A meta do Banco Central para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos.

Grande do Norte, onde serão definidas as diretrizes de uma política de desenvolvimento socioambiental e econômico com ações a curto, médio e longo prazo. O MAIS RN foi executado pela empresa Macroplan, a pedido da Federação, financiado exclusivamente com recursos de empresas privadas com a cooperação da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e apoio do SE-

BRAE, e está disponível por meio do portal www.maisrn.org.br. O estudo aponta que o crescimento da economia nas últimas décadas decorreu, principalmente, da expansão do setor de Comércio e Serviços (principalmente o Comércio), que representa mais de 70% da agregação de valor no Estado e que registrou aumento superior à média estadual.

Marcos Formiga

MAIS RN Neste cenário pessimista a máxima “Enquanto uns choram, outros vendem lenços” pode indicar um caminho. O assessor para assuntos econômicos da FIERN revela que o empresário da indústria no Estado conta hoje com uma importante ferramenta de estudo para encontrar soluções: o MAIS RN. O projeto foi criado para planejar o futuro econômico do Rio

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turismo

RUY GASPAR E A META DE TRANSFORMAR NATAL NO MELHOR DESTINO DO BRASIL Gaspar leva à pasta a experiência de quase 20 anos trabalhando no trade. 38

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POR ERYKA M.WW Já ambientado à cúpula da secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte, o gerente comercial da Ocean Palace Beach Resort & Bungalows, Ruy Pereira Gaspar, deseja transformar Natal em um polo turístico internacional. E a estratégia mor para alcançar essa meta será a divulgação da capital do RN no Brasil e no exterior, segundo o engenheiro civil formando pela PUC-RJ, com quase duas décadas de vida voltadas ao turismo. Mas não é só isso: Ruy já andou mexendo os pauzinhos da iniciativa privada projetando mudanças na atenção que grandes empresas como a CVC e operadoras de linhas aéreas dão ao RN. “Os meus contatos junto às empresas do setor vão facilitar as ações de marketing que eu planejo para a Setur. O trade turístico já me conhece e confia em mim. Inclusive, a minha experiência já mostra resultados. Uma prova são as reuniões junto às companhias aéreas que estavam há muitas gestões interessadas em conversar com o governo do RN.” Ruy Gaspar está falando das reuniões realizadas em São Paulo no começo de fevereiro, quando ele foi recebido junto ao governador Robinson Faria pela presidente da TAM Linhas Aéreas, Claudia Senders; por representantes da Azul Linhas Aéreas, encontro que aponta para a instalação de um voo Mossoró/Recife; além do compromisso com representantes da Aliança, operadora que pretende trazer o voo internacional

Natal/Bogotá. “Em meados de janeiro, tivemos também uma reunião significativa articulada por mim para o governador e Valter Patriani, o superintendente da CVC – a maior operadora de turismo do Brasil”, lembrou o secretário. Na oportunidade, foi discutido o incremento dos voos charters para Natal, destino que perdeu 11% na procura nacional entre 2013 e 2014, representando um déficit de R$ 80 milhões na economia. O objetivo do novo secretário é mesmo ambicioso. Ele quer ultrapassar a cidade baiana de Porto Seguro, atual destino mais procurado no Nordeste pelos brasileiros. “O RN é apenas o terceiro mais procurado, perdendo para Fortaleza, no Ceará. E nós estamos sendo ameaçados por Maceió, a capital alagoana. Em 2012, o estado era o segundo entre as cidades mais pro-

curadas pela CVC”, declara Ruy, que em seguida se questiona: “Como eu vou transformar Natal em polo internacional de turismo se não temos mais nada internacional, nem voo?” Para resolver o problema, ele pretende trazer “até o fim desse ano ou começo do próximo” um voo da Suécia para Natal. “Vai ser uma retomada. Para, no final, consolidar a cidade como o melhor destino turístico do Brasil”, completa. O secretário Ruy Gaspar levanta três estratégias para atrair os turistas ao estado: participação em feiras nacionais e internacionais, promoção e divulgação. “No começo do ano eu fui à Feira de Madri, e ela abriu a perspectiva desse voo da Suécia. No começo de março fui à Alemanha, divulgar Natal. A Emprotur (Empresa Potiguar de Promoção Turística) vai participar de uma feira em Portugal. Esse é o caminho”,

Setur aposta em divulgação nacional e internacional do RN

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turismo

se empolga. Questionado sobre a possibilidade de abrir o leque dos roteiros turísticos do RN para além do chamado “turismo de sol e mar”, ele é categórico: “Os turistas vêm a Natal por causa de sol e mar, não tem jeito. O paulista, por exemplo, tem no vizinho Campos do Jordão uma opção serrana, com frio. Ele veio para a cidade querendo ver praia, sentir calor”. Pensando nisso e apesar de não querer projetar datas, Ruy pretende construir atrativos diferenciados na capital, que ainda é a porta de entrada para o Rio Grande do Norte. “Precisamos diversificar: uma obra que eu acho muito interessante para

Natal seria a construção de um mirante no Morro do Careca, em Ponta Negra. No Forte dos Reis Magos, por exemplo, poderia ter um belíssimo restaurante. Natal tem como criar esses atrativos.” O secretário cita uma pesquisa realizada pela Fecomércio/RN no período de 13 a 20 de janeiro, que identificou que o turista que vem ao Estado é incentivado pelos amigos. “Eu sempre digo que o Rio Grande do Norte é um destino comprado, que ele nunca foi um destino vendido, ou seja, as pessoas vêm aqui através do boca a boca, pela indicação de um amigo, de um familiar, não foi porque viu no jornal, na televisão, alguma divulgação que a

Martins é uma das cidades a serem impulsionadas.

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gente tenha feito – como os estados vizinhos fazem permanentemente. No governo Robinson essa realidade vai mudar”, garante.

INTERIORIZAÇÃO A proposta de interiorização do turismo no RN do secretário Ruy Gaspar é ousada. Ele pretende incentivar as visitas feitas pelos próprios conterrâneos. “Eu quero que os moradores da Grande Natal e da Grande Mossoró conheçam seu estado. Aqui no RN nós temos Martins, por exemplo, com suas peculiaridades; então vamos incentivar os norte-rio-grandenses a conhecerem a cidade. Eu mesmo não co-


nheço Martins, não conheço muitos municípios do meu estado, e essa é a realidade de muitos potiguares.” Ruy Gaspar lamenta os problemas nos acessos aos municípios do interior do estado, no geral, muito precários: “Resolver esses problemas não depende só de mim, não é responsabilidade da Setur. Mas nós temos algumas coisas aqui no interior do RN interessantes, que devem ser exploradas”. Ele cita a estátua da Santa Rita de Cássia, o maior monumento católico do mundo, localizada na cidade de Santa Cruz, e o Lajedo de Soledade, em Apodi, que guarda surpreendentes inscrições rupestres e fósseis da Era Glacial. “Essas atrações precisam ser divulgadas. Quem os visita, vai novamente pelo boca a boca. Mas também precisamos da melhoria desses acessos, tanto para viabilizar a interiorização pelo próprio potiguar, quanto para convidar um potencial turista que já está conhecendo a capital a conhecer o interior”, declara Ruy Gaspar. “Existem alguns projetos de infraestrutura visando o turismo que já estão em andamento. O Museu da Rampa, o saneamento básico de

São Miguel do Gostoso, saneamento básico de Cerro Corá”. Segundo o secretário de turismo, todos esses projetos estão sendo acompanhados pela equipe da secretaria. “Alguns, obviamente, estão meio travados, por causa da inércia do poder público, mas outros talvez a gente consiga dar mais celeridade e velocidade”, desabafa. Ruy Gaspar esclarece que a maioria das obras de infraestrutura é produto de convênios com órgãos como Ministério do Turismo e Banco Mundial e, por causa disso, é preciso ter paciência e esperar pela ação dos conveniados. “A parte que cabe à secretaria vai ser feita, mas quando entra na competência de outro órgão, eu não tenho como interferir”. Já a ampliação do Centro de Convenções de Natal – estrutura que desde 09 de janeiro teve sua gestão retomada ao Governo do RN – Gaspar garante que começa neste primeiro semestre e será concluída em 18 meses. Ele revela que a administração do espaço será feita pela Emprotur, porque essa empresa mista possui mais flexibilidade do que a própria Setur, mas que a

secretaria deve supervisionar os trabalhos. “A gente pretende, inclusive, que tanto a Emprotur quanto a Setur se mudem para aquele espaço, que não é muito grande, mas que vai ajudar a economizar o aluguel que a Emprotur paga”, afirma.

AEROPORTO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTES De acordo com Ruy Gaspar, em longo prazo, o Aeroporto Governador Aluízio Alves foi uma decisão acertada. “O Augusto Severo já estava com sua capacidade no limite. O de São Gonçalo suporta até 60 milhões de pessoas, ele pode ficar do tamanho do aeroporto de Madri, um dos maiores da Europa. Temos tudo para galgar 40 anos em 4”. Quanto à reutilização da estrutura do Aeroporto Internacional Augusto Severo, de Parnamirim, que foi desativado em maio de 2014, o secretário não promete qualquer interferência, mas aplaude a proposta da Fecomércio e dos empresários do Estado de transformá-lo em um Centro de Convenções. ABRIL DE 2015 |

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artigo

DISON LISBOA

- DEPUTADO ESTADUAL - PSD

disonlisboa@yahoo.com.br

GOVERNADOR ROBINSON FARIA, 100 DIAS E O RESGATE DA CREDIBILIDADE DO ESTADO Estamos cansados de saber das dificuldades atravessadas hoje pelo Governo do RN. Dificuldades de toda a ordem, geradas ao longo dos últimos 15 anos. Podemos lembrar das dívidas na saúde, do caos no sistema prisional, do abandono da segurança pública, das deficiências administrativo financeiras. Esta foi a realidade encontrada no dia 1o de janeiro de 2015. Hoje as despesas são exponencialmente maiores do que as receitas. A arrecadação, em que pese o excelente trabalho desenvolvido pelo fisco potiguar, não consegue acompanhar o ritmo do crescimento das despesas. Não acho razoável avaliar um gestor público, qualquer ele que seja (municipal, estadual ou federal) pelo seu desempenho em apenas 100 dias. Mas se me perguntassem o que poderia destacar da gestão atual do Governo do RN neste período, responderia convicto de que o governador Robinson Faria venceu a batalha contra a crise de credibilidade. A recuperação da credibilidade do Governo, através de medidas governamentais e de gestos políticos, é o principal motor que vai catalisar a recuperação da nossa economia. E isso já está acontecendo, de forma prática e notória, no Rio Grande do Norte. Com humildade, trabalho e transparência, o Governador Robinson está retomando os compromissos com os investidores. Estes já manifestam total confiança neste Governo, que não esperou longos estudos, para, por exemplo, incentivar o turismo reduzindo a alíquota fiscal do querosene de aviação e permitindo assim a ampliação dos investimentos no setor. As companhias aéreas, todas elas, na presença do trade turístico potiguar, destacaram a rapidez e assumiram o compromisso 42

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de ampliar a malha aérea, melhorar tarifas, criar rotas internacionais, fomentando o turismo, a nossa galinha dos ovos de ouro. É pulsante o compromisso ético do Governador Robinson Faria de recuperar essa credibilidade. A hora é de olhar para frente. E o destravamento da economia é o caminho certo. Fixa e amplia investimentos, gerando emprego, renda e ocupação. Não só o turismo respira aliviado. O agronegócio também reagiu com otimismo às medidas adotadas pelo Governo nestes três meses, como a redução do imposto para o diesel das embarcações de pesca (pesca industrial), a distribuição de sementes antecipadamente e o pagamento do Garantia Safra 2014, bem como o apoio ao calendário de eventos agropecuários em 201 A transformação do cenário econômico tornando-o ambiente propício para negócios é apenas um caminho. Outro caminho elogiável é a transparência e o diálogo com a população, fundamentais, por exemplo, na gestão da crise do sistema prisional quando o Governador Robinson conseguiu trazer, em menos de 24 horas, a Força Nacional para garantir a paz aos norte-rio-grandenses. Também destaco o envolvimento de todos os órgãos de controle na contratação das obras de recuperação dos presídios destruídos pelos detentos. Na saúde e na educação, a contratação de dois técnicos para comandar as pastas também foi uma injeção de credibilidade junto a opinião pública. Sabendo que serão necessários muito mais dias 100 dias para a recuperação do Estado, aplaudimos o desempenho governamental e desejamos sucesso na missão.


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