Revista Investidor Institucional

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Ano de 2010 foi difícil para fundos de pensão, mas nem tanto para os Regimes Próprios...pág. 20

Fundações adotam novos critérios na divisão das suas carteiras de investimento ...pág. 49

Recursos à empresas nascentes ampliam o foco de atuação da Finep



CARTA DO EDITOR

Talvez um deles seja um Buffet

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reportagem de capa desta edição mostra que algumas casas de gestão, apesar do ambiente econômico desfavorável, estão conseguindo encontrar boas oportunidades no mercado de ações para trazer valor aos fundos que administram. Em sua grande maioria são casas de pequeno porte, especializadas, nas quais o retorno está ligado de forma indissociável à visão, à estratégia e até à personalidade do seu principal gestor que é, em geral, também o seu criador. Nos Estados Unidos é assim. Warren Buffet, por exemplo, tem uma filosofia de investimentos muito clara e não faz segredo dela à ninguém. Investe em empresas bem gerenciadas, sólidas, experientes, relevantes em seus mercados e com perspectivas de lucro no longo prazo. Todos sabem que o retorno do Berkshire Hathaway é resultado da sua visão de mundo, da sua estratégia de negócios e até da sua personalidade. Anualmente, na reunião que promove para prestar contas do que fez aos cotistas do Berkshire Hathaway, e que são concorridíssimas, ele fala e é inquirido sobre isso. E tem ganhado cada vez mais admiradores. No Brasil nunca cultuamos o bom hábito de admirar aqueles que ganham dinheiro. Por isso, e também porque nosso mercado de investimentos sempre foi nanico, nunca tivemos uma figura com a dimensão de um Buffet. Mas isso está mudando. Nosso mercado já não é nanico, ao contrário, é hoje o maior da América Latina e um dos grandes do mundo, e o mau hábito de procurar nódoas na reputação de quem ganha dinheiro está sendo deixado de lado. É um sinal de civilização. É bem possível que entre os gestores que estão ganhando dinheiro no mercado de ações hoje, que apresentamos nesta edição como "goleadores", esteja algum Buffet. Porque não? Tenho ouvido várias histórias sobre alguns deles, vários possuem históricos fantásticos de retornos acumulados para seus fundos. Muitos são admirados. Achamos que a matéria da capa só poderia ser essa, dos gestores independentes que estão ganhando dinheiro num mercado tão difícil. Além dessa matéria de capa, nesta edição trazemos também dois rankings, sobre recursos dos fundos de pensão e dos RPPS. Lamentavelmente, um número menor de fundações e RPPS enviaram suas informações para esta edição. Isso, de um lado, prejudica o ranking, mas de outro nos impulsiona a buscar fazer melhor no próximo.

Sirius Comunicação Editor e Diretor Geral: Luis Leonel

Editorial Editora executiva: Maria Cláudia Lopes de Almeida Reportagem: Alexandre Sammogini; José Guerra; Valdo Ferreira E-mail: editor@investidorinstitucional.com.br Publicidade Executivos de Contas: Ana Paula Andrade (publicidade4@investidorinstitucional.com.br); Vanessa Ramos (publicidade2@investidorinstitucional.com.br) Produção gráfica Fotografia: Laisa Beatris Diagramação: Rejane Rosa E-mail: arte@investidorinstitucional.com.br Circulação e assinaturas E-mail: atendimento@investidorinstitucional.com.br Venda de assinaturas: Rafael Caires E-mail: assinaturas@investidorinstitucional.com.br Preço: R$ 180,00 assinatura anual (12 edições); Edições avulsas ou atrasadas: poderão ser pedidas pelo e-mail ou telefone indicados abaixo, ao preço de R$ 20,00 o exemplar mais custo de correio Administração Endereço: Rua Bela Cintra, 299, 4º andar, conj. 42 Consolação - São Paulo - SP - CEP 01415-000 E-mail: adm@esirius.com.br Telefone: (11) 3217-2727 Fax: (11) 3151-4783 Impressão Log&Print Gráfica e Logística S.A. Outras informações • Reprints: Para pedidos de reimpressão de reportagens, entre em contato com a administração. • As reportagens são de caráter informativo, não representando recomendação de negócios ou sugestão de compra ou venda de ativos. • Artigos assinados, assim como declarações dos entrevistados em matérias, expressam opiniões de seus autores e não necessariamente da publicação. • A reprodução, por qualquer meio, das matérias publicadas nesta edição, só será permitida com autorização prévia e por escrito da editora. • A Sirius Comunicação publica os seguintes títulos: ENERGIA & MERCADOS; INVESTIDOR INSTITUCIONAL; INVESTIDOR INDIVIDUAL; GESTÃO MÉDICA


Reportagem de capa

SUMÁRIO Ano 15 - Nº 228 Julho 2011

ESPECIAL BALANÇO E PERSPECTIVAS Ações defensivas foram destaque no primeiro semestre ...................................... SAÍDA Investidores migram para portos mais seguros ....................................................

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TOP ATUARIAL - FUNDOS DE PENSÃO RANKING Informações sobre o patrimônio das entidades brasileiras ...................................

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TOP ATUARIAL - REGIMES PRÓPRIOS RANKING Institutos de estados e municípios abrem seus dados ...........................................

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POLÍTICA FÓRUM INVESTIDOR Portfólios das entidades são debatidos em cinco capitais .................................... CMN 3.922 Ministério esclarece dúvidas sobre legislação dos regimes próprios ................... ACORDO Ministério e OIT juntos na defesa aos preceitos do trabalho decente ..................

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FUNDOS DE PENSÃO NOVAS CARTEIRAS Cenário leva entidades a sofisticar macro-alocação de ativos ............................. PREVIDÊNCIA ABERTA Brasilprev quer crescer no segmento empresarial ................................................ ASSOCIATIVA Petros se estrutura para avançar com planos instituídos ...................................... TOWERS WATSON Felinto Sernache assume gerência no Brasil e revela seus planos ....................... GERDAU PREVIDÊNCIA Representantes de participantes discordam de mudanças no plano .....................

Nunes: diversificação na renda variável

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RPPS INVESTIMENTOS Institutos recheiam carteiras com Fidcs ................................................................ FOZPREV Instituto aumenta diversificação dentro da renda variável ...................................

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Mognon: rumo ao limite em Fidcs

ASSETS INDEPENDENTES Assets se destacam em fundos de valor ................................................................ EXTERIOR RVI quer oferecer veículos que aplicam em fundos estrangeiros ........................

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SEÇÕES

04 OBSERVADOR ......................................................................... 06 ENTREVISTA Juan Jensen, economista da Tendências Consultoria Integrada .. 11 EXECUTIVOS E CARREIRAS ................................................... 66 CARTA DO EDITOR .................................................................

11 Jensen: desaceleração da inflação


OBSERVADOR

Valia e IBM fazem distribuição de saldo excedente

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Valia iniciou no mês passado a distribuição do superávit aos participantes de seu plano de benefício definido (BD). Em nota, a fundação afirma que a distribuição será feita na proporção de 25% do benefício líquido dos aposentados e pensionistas. Ao fim de 2010, o fundo previdencial contava com um saldo de R$ 1,61 bilhão, ante R$ 1,8 bilhão no ano anterior, segundo informações do relatório anual do plano. Esse excedente está em uma conta segregada e é distribuído desde 2007, com previsão de esgotamento em um prazo de cinco a seis anos. De acordo com a Valia, o plano BD teve ainda um superávit técnico de R$ 2,7 bilhões em 2010. “Destes, R$ 1,3 bilhão refere-se a reserva de contingência, restando R$ 1,4 bilhão que compõe a reserva especial”, diz a nota. Segundo previsão da fundação, a definição de destinação dos recursos deverá sair até outubro, quando será submetida à aprovação da patrocinadora e da Superintendência de Previdência Complementar (Previc). A entidade esclarece ainda que “não há qualquer definição prévia de valores, datas, modelos e formas em relação a eventuais pagamentos futuros”, portanto continuará informando aos participantes do BD a evolução dos fatos, sempre que necessário. A Fundação Previdenciária IBM, por sua vez, já teve a destinação do superávit de seu plano de benefícios aprovada pela Previc. Em decisão publicada no Diário Oficial de 13 de junho, a fundação recebeu a autorização de reverter os valores ao patrocinador. A entidade não informou os valores.

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Conaprev estuda investimentos estruturados

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Conselho Nacional de Previdência (Conaprev), órgão vinculado ao Ministério da Previdência Social, formou um grupo de trabalho para analisar o segmento de investimentos estruturados, em especial, os fundos de investimentos em participações (FIPs). O grupo, coordenado por Jayme Azevedo, do Paranaprevidência, e por Marcelo Panosso, do Iprev de Santa Catarina, começou a funcionar no mês de junho passado. “Queremos ajudar a viabilizar fundos de participações em empresas voltados para os regimes próprios de previdência, que demonstram interesse e necessidade cada vez maiores de investir nos setores produtivos da economia”, diz o economista Panosso. Ele esclarece que desde o advento da Resolução 3790/ 2009, os RPPS tiveram permissão para investir em FIPs, mas que ainda não há muitas participações deste tipo de investidor devido a dificuldades de conhecer e prestar contas para os tribunais estaduais. “Pretendemos ajudar na modelagem de uma estrutura que ofereça as garantias adequadas para os regimes próprios. Estamos conversando com os órgãos reguladores e também com o Banco do Brasil para elaborar uma proposta”, diz o dirigente. Outro tema que será abordado pelo grupo de trabalho recém-criado é a formação de consórcios estaduais que possam realizar a administração conjunta de diversos RPPS municipais. A proposta visa incentivar a criação de novos regimes próprios, sobretudo dos pequenos e médios municípios, além de colaborar com a manutenção dos atuais institutos que enfrentam dificuldades em sua administração e gestão de recursos.

Assembleia gaúcha aprova fundo de capitalização

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s deputados estaduais do Rio Grande do Sul aprovaram a reforma da previdência dos servidores gaúchos. A nova legislação prevê a criação de um fundo capitalizado para administrar os benefícios dos novos servidores, admitidos a partir da publicação da lei. O novo fundo receberá contribuições iguais de 11% dos servidores e do governo. Outra medida importante aprovada no mesmo projeto de lei, foi o aumento da contribuição dos servidores aposentados, que passou de 11% para 14%. A incidência da nova alíquota, porém, vale apenas para os rendimentos acima do teto do INSS, de R$ 3.689. A sessão que aprovou a nova lei durou mais de 8 horas e teve momentos de tensão. A oposição tentou manobra, através da Justiça, para suspender a sessão. Mas o pedido foi derrubado pelo presidente da assembleia, Adão Villaverde (PT). Membros de entidades ligadas a servidores lotaram as galerias da assembleia para protestar contra as propostas e vaiar os deputados governistas. Um dos momentos mais tensos aconteceu durante a manifestação do deputado Raul Pont (PT). Após vaiar o deputado, os servidores ficaram de costas para o plenário durante a fala do parlamentar.

Deutsche Bank vence processo de BDRs

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banco alemão Deutsche Bank S.A. foi o vencedor do quinto processo de concorrência para a seleção de instituição depositária autorizada a solicitar o registro para negociação de lote de dez Certificados de Depósito de Valores Mobiliários – BDRs Nível I Não Patrocinados, com lastro em ações de emissão de companhia aberta com sede no exterior. Atualmente há vinte programas de BDR Nível I Não Patrocinado disponíveis para negociação na BM&FBOVESPA, cujas instituições depositárias são o Deutsche Bank S.A. e a Citibank DTVM S.A. Além desses, há mais três lotes de dez programas, que serão apresentados ao mercado, em breve, pelo Itaú Unibanco S.A., pelo Banco Bradesco S.A. e pela Citibank DTVM S.A. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL



OBSERVADOR

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evido a irregularidades na gestão de um fundo de investimentos imobiliários, a Rio Bravo terá que indenizar a Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal. A indenização será decorrente de um termo de compromisso aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para extinguir um processo administrativo contra a gestora. A Rio Bravo Investimentos foi acusada de alterar o regulamento do Fundo de Investimento Imobiliário Superquadra 311 Norte sem prévia autorização, além de ter atos de gestão temerária, que causaram danos que totalizam R$ 324,9 mil ao patrimônio do fundo. Um dos problemas é que não foi promovida a construção de uma escola e jardim de infância, conforme estabelecido no regulamento operacional do produto, e não foi registrado o fato de os imóveis não terem sido construídos. Além disso, a gestora foi acusada de não manter atualizada a documentação relativa aos imóveis e às operações do fundo de investimento. Para extinguir o Processo Administrativo Sancionador CVM nº 16/06, os diretores da Rio Bravo Investimentos Eduardo Pimenta Ferreira Machado, Jorge Carlos Nuñez e Luiz Eugenio Junqueira Figueiredo se comprometeram a indenizar a Funcef, em valor equivalente aos 20% da participação da fundação na cota do fundo, corrigido pela meta atuarial da entidade, de INPC mais 5,5% ao ano. Além disso, também deverá indenizar a CVM em 20% do valor do fundo, corrigido pelo IGP-M. O acordo foi aprovado pela CVM no início de junho. 8

Perfis de investimento I

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Valia, fundo de previdência dos funcionários da Vale, vai introduzir uma quarta opção de perfil de investimento para os participantes de seus planos. A ideia é incluir uma opção com maior porcentagem de investimentos em renda variável no portfólio. Atualmente, a fundação conta com três perfis: Fix, com 100% dos investimentos em renda fixa; Mix, com 80% em renda fixa e 20% em variável; e Mix 35, com 35% em renda variável e 65% em fixa. “Vamos oferecer a possibilidade de investimentos mais agressivos, com investimentos buscando rentabilidade em um prazo mais longo", afirma a diretora de seguridade da companhia, Elisabete Teixeira, sem dar prazos para a inclusão da novidade.

Perfis de investimento II

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plano Usiprev, administrado pela Caixa dos Empregados da Usiminas, prepara-se para oferecer opções de perfil de investimentos aos seus participantes. A fundação já alterou o regulamento e estima que a partir do segundo semestre será possível disponibilizar essa alternativa. A preocupação agora é capacitar os quase 25 mil participantes do plano de contribuição variável (CV). De acordo com o gestor de investimentos da Caixa, Eduardo Barbosa, quase 100% dos investimentos desse plano CV são feitos em renda fixa, com uma pequena parcela em empréstimos aos participantes. “O início de alocação em renda variável muda o perfil de risco e, por isso, é importante estruturar um programa de educação financeira e previdenciária. Queremos que as escolhas sejam feitas de forma consciente”, afirma. O plano possui um patrimônio de R$ 750 milhões.

Perfis de investimento III

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OABPrev-SP – Plano de Previdência dos Advogados de São Paulo vai disponibilizar aos seus participantes a opção de perfis de investimento para rentabilizar seu patrimônio. Ainda sem uma data definida para a mudança, a fundação realizou uma pesquisa entre seus 23,5 mil participantes, em que 57,9% mostraram preferir manter os investimentos com risco moderado, com 85% do patrimônio em renda fixa e 15% em variável, como é atualmente. No entanto, outros 22,7% optariam por um modelo mais agressivo, enquanto o restante escolheria investir de forma mais conservadora. Diante desse quadro, a fundação investe em educação previdenciária antes de implantar em definitivo o novo sistema. Para isso, a OABPrev-SP publicou uma cartilha sobre o tema, em que explica as diferenças entre os riscos assumidos em cada perfil. A fundação diz que em breve irá oferecer um termo de opção, em que o participante já poderá formalizar sua escolha. Ainda de acordo com a entidade, a justificativa para passar a contar com perfis é a evolução do patrimônio, que chegou próximo a R$ 130 milhões. A fundação acredita que, com esse montante, já é possível flexibilizar a política de aplicações, sem abrir mão de rentabilidade e de segurança. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL

Divulgação

Com termo da CVM, Rio Bravo terá de indenizar Funcef


Presidente da Fundiágua é dirigente do ano

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ílson Joaquim de Morais, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e presidente da Fundiágua– Fundação de Previdência da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, foi eleito Dirigente Nacional 2011. A deferência é uma homenagem prestada pelo quadro associativo aos profissionais que, por seus pensamentos e ações inspiradoras, são vistos como exemplos a serem seguidos. Seu nome foi inicialmente apontado por uma comissão julgadora para compor uma relação de eleitos em cada uma das regiões. Morais trabalha no sistema desde janeiro de 1999, quando assumiu a presidência da Fundiágua. Foi Delegado Sindical do Sindapp, no período 2002 a 2007 e, desde 2008, é diretor executivo da Abrapp, representando a Região Centro-Norte.

Itaú muda estrutura para integrar soluções e serviços

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Christina Rufatto

uciano Magalhães, que já era o superintendente responsável pelos serviços de custódia, clearing e fundos estruturados é agora também o diretor da Intrag, responsável pelos serviços de administração fiduciária para terceiros. Segundo Magalhães, o Itaú muda sua estrutura com o objetivo de integrar soluções, com visão e foco no cliente. Comenta que esta modelagem permite entender de forma integrada as necessidades de cada cliente, fazendo-o encontrar em uma só estrutura, com o atendimento centralizado, todas as soluções e serviços de que precisa. “Esta mudança antecipa tendências de um mercado em que um provedor de serviços que somente oferece ou pensa em necessidades básicas do cliente dificilmente conseguirá ter espaço. O mercado financeiro e suas operações estão cada vez mais complexas, as legislações de cada segmento têm exigido velocidade de resposta, controles que atendam a governança dos processos e garantam segurança a cotistas, participantes, dirigente e conselheiros”, afirma. Magalhães acrescenta que, hoje, a missão de um provedor de serviços de custódia, controladoria e fidúcia deve ser de pensar em soluções integradas, preocupando-se constantemente em ter e formar equipes altamente qualificadas que entendam o mundo de cada cliente e criando meios de oferecer ferramentas de controle, acompanhamento de riscos e relatórios que permitam ao cliente fazer análises e tomar decisões rápidas. Magalhães, que cita o exemplo do momento atual das fundações e suas necessidades frente à supervisão baseada em risco estabelecida pela Previc, diz que o provedor de serviços de hoje tem que pensar com a cabeça do cliente e do regulador, entendendo perfeitamente o que é necessário desenvolver em termos de serviços e soluções, para que os dois tenham conforto e evidências nas atividades de controle e governança. “Hoje, já atuamos com este espírito e oferecemos, dentre outros serviços, enquadramentos, relatórios de risco, compliance ativo, simulação D+0, relatórios de atribuição de performance, relatórios dinâmicos e até relatórios para conselho e administração”, aponta. INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

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OBSERVADOR

Imóveis da Previ recebem certificação

Itaú e BlackRock ganham concorrência de novos ETFs

Itaú Unibanco e a BlackRock Brasil ganharam concorrência na BMF&Bovespa para gestão de novos ETFs (fundos de índices). Enquanto o Itaú será o responsável pelo uso do Índice Dividendos (IDIV) e do Índice Materiais Básicos (IMAT), caberá à BlackRock o fundo atrelado ao Índice de Utilidade Pública (UTIL). O ETF IDIV será referenciado ao Índice Dividendos, que mede o comportamento das ações das empresas que apresentam os maiores retornos aos seus acionistas em termos de dividendos e juros sobre o capital. O ETF IMAT acompanhará o Índice Materiais Básicos, que mede o comportamento das ações mais representativas dos setores de embalagens, madeira e papel, materiais diversos, mineração, químicos, siderurgia e metalurgia. Já o ETF UTIL, referenciado ao Índice Utilidade Pública, avalia o comportamento das ações das empresas mais representativas do setor de utilidade pública, que inclui energia elétrica, água e saneamento e gás. Atualmente, são negociados oito ETFs na Bolsa, com a BlackRock administrando seis deles, com fundos referenciados nos índices Ibovespa (Bova11), Small Caps (Smal11), MidLarge Cap (Mila11), IBrX-110 (Brax11), setor de consumo (Csmo11) e setor imobiliário (Mobi11). Já o Itaú administra os fundos de índices referenciados no IbrX-50 (PIBB11), e índice do setor financeiro (IFNC), além de estruturar a criação do ETF ISE, com referência no índice de sustentabilidade empresarial, e do ETF IGCT, referenciado no índice de governança corporativa.

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Cicero Dias

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Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, conseguiu a certificação ISO 14.001 para os edifícios Milano e Torino, que fazem parte do Centro Empresarial Água Branca, em São Paulo. A norma fixa os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Em maio, esses foram os primeiros imóveis da fundação a receber a certificação, que designa qualidade em responsabilidade socioambiental. Outros imóveis ainda estão em fase de avaliação para receber o reconhecimento. O diretor de participações da Previ, Marco Geovanne Tobias, ressalta que a complexidade do atendimento às exigências consumiu cerca de um ano de adaptação. A ISO 14.001 abrange diversos aspectos da gestão ambiental, como programas e metas de redução da geração de papel na área administrativa, redução do consumo de energia e de uso de copos plásticos e coleta seletiva de lixo. Uma das novidades implantadas é a inclusão de um técnico ambiental para acompanhamento diário da administração dos requisitos da norma no quadro de pessoal dos condomínios . Agora, a certificação, terá acompanhamento semestral por parte de uma empresa de auditoria especializada, para que os procedimentos estabelecidos sejam mantidos. Os edifícios têm uma população fixa de 3,8 mil pessoas e recebem cerca de 900 visitantes diariamente.

Potencial de alta da previdência complementar

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previdência fechada, com reservas de cerca de R$ 500 bilhões, e a aberta, com recursos da ordem de R$ 220 bilhões, representam juntas ao redor de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Para o diretor da Mercer Geraldo Magela, esse percentual pode crescer muito mais, se comparado com outros países que possuem uma previdência complementar mais desenvolvida. Segundo o executivo, o cenário macroeconômico atual do País é propício a esse crescimento. “Atualmente as reservas na previdência aberta e fechada somadas têm uma representatividade em torno de 25% do PIB, mas em outros países esse patamar chega a 50% ou 100%”, disse ele no seminário anual promovido pela consultoria. Com painéis e expositores que falaram sobre o mercado de previdência, o evento denominado “Crescer. Construir. Fortalecer” abordou como tema central a educação previdenciária. Nesse sentido, a educação foi tratada como fator primordial para o fortalecimento das bases do sistema de previdência complementar. Para a consultora da Mercer Carolina Wanderley, o participante de fundos de pensão precisa ter uma base de conhecimentos para planejar seu futuro e manter o aporte no plano. “As pessoas que fazem saques não fazem contas. É preciso criar o hábito de poupar e ganhar no efeito de juros sobre juros”, afirmou.

Anbima divulga Índice de Debêntures

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Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) começou a disponibilizar em seu site o novo Índice de Debêntures (IDA). O referencial passa a ser divulgado diariamente, com informações retroativas desde janeiro de 2009. Compunham a carteira do IDA em junho 112 séries de debêntures investment grade de 77 emissores, que somam, em valor de mercado, R$ 46 bilhões. O indicador é resultado de um trabalho de cerca de dois anos realizado pelo subcomitê de benchmarks da associação. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


Sirius

ENTREVISTA Juan Jensen

Jensen: desaceleração da inflação no Brasil nos próximos meses não significa que já é hora de relaxar

Uma trégua na inflação

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nquanto lá fora as preocupações se voltam para a dimensão que a crise na Europa pode tomar, no Brasil o grande tema que vem ocupando a cabeça dos investidores é um velho conhecido: a inflação. Ao longo do primeiro semestre de 2011, muitos foram os debates em torno do assunto, e o comportamento dos aplicadores refletiu essa perspectiva de preços em escalada além do imaginado. Não por acaso, os destaques de alta da Bolsa brasileira nos primeiros seis meses do ano foram papéis de empresas com atuação nos segmentos de telecomunicações e energia elétrica, ambos setores com receitas bastante ligadas à variação da inflação. Chegado o momento de virada INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

de semestre, vem a pergunta: o cenário vai continuar como está? Para responder a essa questão, INVESTIDOR INSTITUCIONAL procurou o economista Juan Jensen, da Tendências Consultoria Integrada. Na sua opinião, passaremos por um período de inflação mensal mais amena até o fim de agosto, mas em setembro os índices de preços devem voltar a mostrar aceleração. A projeção da instituição é de um IPCA de 6,6% em 2011, 0,1 ponto percentual acima do teto da meta. “O quadro conjuntural é um pouco melhor do que foram os últimos meses. Isso não quer dizer, no entanto, que o cenário de inflação passa a estar tranquilo e as preocupações em relação à alta de preços

devem ser minimizadas. Pelo contrário: há um desafio muito grande para o Banco Central de trazer a inflação para a meta de 4,5%. Por conta disso, a política monetária deve continuar sendo apertada”, estima o economista. Para Jensen, a Selic deve encerrar 2011 em 13% ao ano, o que indica uma elevação de 0,75 ponto percentual em relação ao patamar atual, de 12,25%. Esse nível de 13%, segundo o economista, deve ser alcançado na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em outubro, a penúltima do ano. Depois disso, deve se passar um longo tempo sem movimentos na taxa básica de juros – nem para cima, nem para baixo. “Em 2012 nós devemos continuar 11


ENTREVISTA Juan Jensen convivendo com essas taxas de juros elevadas, até para fazer com que a inflação convirja para o centro da meta”, calcula. Outro indicador que serve como base para a tomada de decisão dos investidores é a taxa de câmbio. O real apreciado acaba acirrando a concorrência de alguns produtos brasileiros com seus pares importados, o que prejudica companhias de setores como o siderúrgico, por exemplo. No curto prazo, a notícia não é boa para quem sofre com a competição de artigos vindos de outros países. “O real tende a se manter apreciado em relação ao dólar. Estamos com uma taxa de câmbio de R$ 1,70 para o fim desse ano, mas tem risco de ficar um pouco abaixo disso”, projeta Jensen. Na entrevista, o economista fala ainda sobre os possíveis impactos que um agravamento na situação da Europa pode causar sobre o Brasil e a expectativa de desaceleração no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Leia, a seguir, a entrevista concedida com exclusividade. Investidor Institucional – Uma das grandes preocupações do mercado é a alta dos índices de preços. Como vocês estão vendo o cenário de inflação para o segundo semestre de 2011? Juan Jensen – De fato, essa é uma das principais preocupações na conjuntura atual. Mas a inflação deve passar agora por alguns meses de baixa. Entre os fatores que vão ajudar a puxar a inflação para baixo estão a desaceleração dos preços dos combustíveis, em especial o etanol, e também de alguns alimentos in natura, devido a uma certa recomposição da oferta após a restrição do início do ano causada em boa parte pelos efeitos das chuvas. Isso tudo já vem levando o índice a ter um comportamento mais benigno entre junho e agosto. Mas nós devemos voltar a ver a inflação acelerar nos últimos meses do ano, mais especificamente de setembro a dezembro. No momento, o quadro conjuntural é um pouco melhor do que 12

o verificado nos últimos meses. Vale lembrar que os primeiros meses do ano tiveram inflação de ao redor de 0,80%. Agora, estamos passando por um período de inflação mais amena. II – Mas podemos considerar que os problemas acabaram? JJ – Não. Isso não quer dizer que o cenário de inflação passa a estar tranquilo ou que as preocupações em relação à inflação devem ser minimizadas. Pelo contrário. Há um desafio grande para o Banco Central de trazer a inflação para a meta de 4,5% e, por conta disso, a política monetária deve se manter apertada, a taxa de juros vai continuar subindo. Isso está claro. Nos próximos meses, vamos conviver com uma continuidade da alta da taxa de juros, que no nosso cenário atinge 13% [ao ano] na reunião de outubro, a penúltima do ano. II – Pelas suas projeções, a Selic encerra 2011 nesses 13% ao ano? JJ – Exatamente. O risco que corremos é de o Banco Central subir os juros um pouco menos do que nós espera-

Durante o ano que vem, devemos conviver com juros elevados para que a inflação venha para o centro da meta mos. Talvez, contaminado por esse ambiente um pouco mais positivo em termos de inflação, o BC decida interromper o ciclo de aperto monetário um pouco antes. Mas nós acreditamos que o ano termina com os juros nesses 13% e, durante todo o ano de 2012, nós devemos conviver com taxas de juros elevadas para que a inflação convirja para o centro da meta. II – Isso quer dizer que a Selic deve se manter no patamar de 13% ao ano em 2012 ou que haverá ainda mais elevações na taxa? JJ – O que vemos é a manutenção no

nível de 13%. Não seriam necessários novos aumentos em 2012. II – O fato de a inflação desacelerar agora no meio do ano não está muito ligado a um efeito simplesmente sazonal? JJ – Tem um movimento sazonal importante, mas há também eventos pontuais que estão ajudando a puxar com mais força os preços para baixo. Um deles é o do álcool combustível. Como ele subiu muito nos últimos meses, a queda acaba ficando um pouco maior. O equilíbrio da composição de oferta dos produtos in natura, por sua vez, normalmente ocorre antes do que está acontecendo este ano. Nós ficamos mais tempo com os preços mais pressionados. Então, há uma conjunção de fatores que está puxando a inflação para baixo nesse momento. Mas há ainda outra questão: quando nós olhamos os núcleos de inflação, vemos que eles continuam oscilando em patamares bastante elevados. O dado mais recente, que é de maio, mostra que a média dos núcleos observada pelo Banco Central é de 0,59%, o que é bastante elevado. Isso quer dizer que o grosso dos preços está correndo a essa taxa – que, anualizada, leva a uma inflação acima de 7%. Ou seja: apesar da desaceleração pontual, o conjunto dos preços continua subindo de forma bastante acentuada. [OBS: a entrevista foi concedida no fim de junho, por isso os dados mais recentes eram referentes ao mês de maio.] II – Qual a projeção de vocês para o IPCA em 2011? JJ – Trabalhamos com um IPCA de 6,6% para este ano, 0,1 ponto percentual acima do teto da meta. Vale lembrar que a inflação acumulada dos últimos 12 meses está em 6,55%, o maior patamar desde julho de 2005. Há seis anos que nós não tínhamos uma inflação em um nível tão elevado. E a inflação acumulada em 12 meses vai continuar subindo. Mesmo com a desaceleração agora nos próximos meses, nós vamos ter inflação subindo, porque no mesmo período do JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


ano passado nós tivemos inflação muito baixa, próxima de zero. Ainda que os índices sejam baixos nesses meses, nós devemos ter um crescimento da taxa em 12 meses, que deve atingir patamares em torno de 7%. II – E para 2012, qual a expectativa? JJ – Projetamos um IPCA de 5,2%, inferior ao deste ano, mas ainda alto em relação ao que deveria ser. É um índice que vai ficar mais perto do centro da meta, mas o problema é que a inflação brasileira tem muita inércia. Uma vez alta, é muito difícil trazê-la para baixo. O esforço do Banco Central já vai ser grande e o trabalho de reduzir a inflação de 6,6% para 5,2% já é bem razoável. Para trazer para os 4,5%, o custo seria maior ainda. Não acreditamos que o Banco Central consiga levar a inflação para os 4,5% no ano que vem, mas caminhar em direção a isso já seria bem importante. II – E o que podemos esperar em termos de crescimento para esse ano? JJ – Em termos de atividade econômica, é esperada uma certa desaceleração. Alguns indicadores já têm mostrado isso. O mercado de trabalho, em particular, deve ser um setor que vai desacelerar um pouco mais, uma vez que até então não apresentou muita perda de ritmo. Mas, por outro lado, a renda do mercado de trabalho deve voltar a subir. A renda caiu ao longo dos últimos meses, principalmente por conta dessa alta de inflação não esperada. Agora, em um ambiente de inflação mais baixa, nós devemos ter uma certa recuperação da renda. Se por um lado o emprego cresce menos, por outro a renda vai crescer um pouco mais. II – Se há essa expectativa em relação a aumento de renda, como o crédito deve se comportar? JJ – O crédito é um outro indicador importante para medirmos a demanda. Deve haver uma certa expansão do crédito nos próximos meses porque o principal ajuste já ocorreu. As medidas macroprudenciais que o Banco INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

Central incorporou em dezembro de 2010, como aquelas referentes ao financiamento de automóveis, já tiveram os seus efeitos. A partir de agora, o crédito deve crescer, mas de uma maneira mais amena do que vinha crescendo no ano passado. II – Como deve vir o PIB de 2011? JJ – Vai apresentar uma desaceleração. No primeiro trimestre deste ano, o PIB ainda veio forte, de 1,3%, conforme divulgou recentemente o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]. Acredito que veremos uma perda de ritmo nos próximos trimestres, e para o ano como um todo estamos estimando um PIB de 3,9%. Na

As pressões de curto prazo continuam sendo no sentido de apreciar a moeda brasileira em relação ao dólar comparação com o crescimento de 7,5% verificado no ano passado, tratase de uma desaceleração razoável da economia brasileira. II – Isso é um efeito das medidas tomadas para esfriar o consumo? JJ – Sim, é efeito das medidas que o governo tem adotado para frear, de fato, a expansão do consumo. O consumo veio crescendo muito ao longo dos últimos trimestres, particularmente no último ano, e as medidas se deram no sentido de desacelerar o crescimento justamente porque ele estava pressionando os preços. II – Outro assunto que vem tendo bastante espaço nas discussões do mercado é a taxa de câmbio. Qual a projeção de vocês para o dólar? JJ – Estamos trabalhando com uma taxa de câmbio de R$ 1,70 para o fim deste ano. Mas tem risco de ficar um pouco abaixo disso. As pressões de curto prazo devem continuar sendo no sentido de apreciar a moeda brasileira.

Os juros baixos lá fora e a disponibilidade de liquidez são fatores que ainda devem justificar ainda uma apreciação do real. Em um prazo um pouco mais longo, nós devemos ver uma desvalorização do real, principalmente quando os Estados Unidos derem início ao aperto da política monetária. Quando os juros norte-americanos subirem, esse ambiente de ampla liquidez será revertido, com recursos do mundo todo caminhando em direção aos Estados Unidos. Isso fará o dólar se apreciar em relação a outras moedas, incluindo o real. Mas, repito, esse é um processo de prazo mais longo. No curto, o real deve continuar em patamares mais apreciados. II – O que podemos esperar, então, da nossa balança comercial? JJ – Esperamos um superávit de US$ 28 bilhões em 2011. A balança deve ter resultados melhores nos próximos meses, com a parte agrícola colaborando com desempenhos importantes. II – Qual o resultado estimado na parte fiscal para esse primeiro ano de novo governo? JJ – O lado fiscal deve permanecer relativamente bem equacionado. O governo tem cumprido o orçamento sem malabarismos. O superávit primário deve ser atingido, chegando a 2,9% do PIB, e com isso a dívida pública líquida deve ser reduzida para 38,6% do PIB, o que indica uma diminuição importante em relação aos 40,4% do ano passado. II – O que pode mudar se a crise na Grécia tomar proporções maiores? JJ – Não trabalhamos com um cenário mais turbulento lá fora, apesar de ele poder existir. Se os problemas na Grécia levarem a uma crise financeira mundial, é claro que haverá reflexos aqui. O real sofreria uma forte desvalorização diante de uma falta de liquidez ou de um aumento na aversão ao risco. Acreditamos que esse cenário de agravamento não é o mais provável. Mas, enfim, é uma possibilidade que está no radar do mercado. 13


ESPECIAL ações

Mercado na defensiva

C

rise soberana em países da Europa, incertezas quanto à recuperação dos Estados Unidos, conflitos no norte da África e no Oriente Médio, terremoto, tsunami e acidente nuclear no Japão. Todos esses elementos juntos já seriam suficientes para deixar o mercado com medo de arriscar, mas outro fator tipicamente brasileiro acabou por coroar a aversão a risco no primeiro semestre de 2011: a aceleração da inflação. Não por acaso, o índice Bovespa fechou os primeiros seis meses do ano com queda de quase 10%. As ações com maiores altas do Ibovespa foram as de empresas com atuação nos setores de telecomunicações e energia elétrica, consideradas defensivas por terem sua receita ligada à variação da inflação e serem boas pagadoras de dividendos. Em linhas gerais, as maiores baixas foram verificadas entre papéis de companhias que não apresentaram balanços satisfatórios ou têm a expansão de sua atividade prejudicada pela elevação da taxa de juros. “Nesse cenário de aversão a risco, os investidores tendem a fazer uma rotação setorial no sentido de privilegiar os segmentos cujas empresas têm maior distribuição de dividendos e previsibilidade de geração de caixa em detrimento dos ramos em que as companhias apresentam mais risco e alavancagem”, define Carlos Nunes, estrategista de renda variável do HSBC. O cenário continua um tanto nebuloso para os próximos meses. Mas como o ganho na Bolsa fica nas mãos justamente de quem compra barato e vende caro, INVESTIDOR INSTITUCIONAL ouviu especialistas para saber quais papéis podem trazer um retorno interessante quando o mercado voltar a subir. As opiniões não são unânimes, mas muitos analistas enxergam potencial de ganhos 14

no setor de bancos e com a OGX (veja mais no quadro).

Sirius

Telecomunicações e energia elétrica são destaques na Bolsa em um semestre marcado por incertezas externas e medo da aceleração da inflação no mercado brasileiro

CASO A CASO – Apesar da queda generalizada, há ações que sofreram por questões pontuais. Estão incluídas aí as companhias do setor de siderurgia, que apresentou um desempenho ruim no primeiro semestre. “Vimos quedas em Usiminas, Gerdau, CSN, enfim, o setor de siderurgia acabou sendo afetado negativamente por um cenário desfavorável de preços e, também, por conta de alguma competição com o aço importado no mercado nacional”, afirma Carlos Firetti, analista-chefe da BraMarcatti: fundos estrangeiros ainda não dão sinais de volta ao País desco Corretora. “Desde o ano passado a situação está suas particularidades é o de construção ruim para o setor. Com o dólar baixo e civil. Neste caso, o interessante é que, se o excesso de oferta de produtos siderúr- de um lado algumas ações estão no topo gicos no mundo, as companhias estão da lista dos papéis com pior desempeenfrentando aumento de custos, dimi- nho no ano, por outro há aquelas que nuição de preços e, consequentemente, conseguiram se sair relativamente bem. redução das margens, além da concor- José Góes, analista econômico da Winrência com os importados. Os funda- Trade, explica que foram beneficiadas mentos das empresas são bons, mas o as companhias que estão mais bem posetor tem sido penalizado”, confirma sicionadas em termos de caixa. “De uma Paulo Hegg, operador da Um Investi- maneira geral, as empresas maiores mentos. como Cyrela e Gafisa estão sofrendo. Outro ramo de atividade que tem as As de menor porte estão em alta, e desse JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


lado eu destacaria JHSF, Eztec, Tecnisa peração, mas nada que mostre uma fore Helbor. O mercado privilegiou as ça capaz de puxar as ações para uma empresas que não são tão endividadas, guinada”, opina. Ele acrescenta que a normalmente as menores, que conse- queda da Hypermarcas também se deve guem gerar caixa suficiente para tocar a em boa parte aos resultados. “O balanço operação”, aponta Góes. Rodrigo Mar- decepcionou os investidores, as marcatti, responsável pela área de investi- gens vieram espremidas. Além disso, mento e private bank de São Paulo do teve a aquisição da Mantecorp, que acaBanco Fator, completa que o setor de bou preocupando os investidores com construção civil é afetado negativamente relação ao nível de endividamento da pela elevação dos juros. “Apesar da empresa”, recorda o operador. forte alta no valor de mercado dos aparTEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA – Um tamentos, as medidas de restrição ao crédito acabam sendo refletidas de ma- papel que na visão dos analistas sofreu neira negativa nas empresas de constru- mais do que devia é OGX. Em meados ção civil”, explica ele. de abril, um relatório da D&M sobre as Para Hegg, da Um Investimentos, o reservas da companhia decepcionou o aperto monetário realmente prejudicou mercado e, consequentemente, as ações as ações de construção civil, mas o passaram a sofrer. “Gostamos bastante ponto que mais contou contra elas fo- de OGX. Acreditamos que a maior parte ram os resultados financeiros das em- do mercado interpretou mal os dados, e presas. “Os balanços decepcionaram nós temos uma visão mais positiva do bastante o mercado, principalmente no papel”, afirma Firetti, do Bradesco. primeiro trimestre. As margens vieram Nunes, do HSBC, concorda que o conmais espremidas e os lançamentos, teúdo do relatório da D&M não justifica aquém das expectativas. As ações que o tamanho da queda. “A OGX está em foram bem são das empresas focadas fase pré-operacional e, por isso, acaba em algum nicho de mercado e que apre- tendo um nível de alavancagem mais sentaram resultados positivos, como alto. Mas os fundamentos são bons. Eztec e JHSF. Mas não foi o que houve Apesar de o resultado do relatório ter com Gafisa e Cyrela”, compara. ficado aquém do que o mercado imagiE mesmo apontado como um dos nava, a queda não é justificada”, reforça queridinhos do mercado, o setor de va- Nunes, para quem a retração foi muito rejo também amargou algumas perdas. mais relacionada a risco sistêmico do Esse foi o caso, por exemplo, de B2W e que aos fundamentos da companhia. Hypermarcas. Marcio Cardoso, diretor Na mesma linha, Nunes aponta que um da Título Corretora, lembra que a B2W setor que “apanhou bastante e de forma vem enfrentando problemas de entrega injusta” é o de bancos – cujo desempenho de produtos, além dos resultados poucos satisfatóVolta por cima rios no que se refere a venVeja 20 empresas cujos papéis, na opinião dos anadas e da perda de particilistas, foram penalizados e/ou apresentam potencial pação de mercado. Hegg, de ganho quando a tendência do mercado acionário da Um Investimentos, sese inverter positivamente gue na mesma linha. “A B2W tem no aumento da ALL OGX Confab Hering concorrência um driver Banco do Brasil PDG Realty Cosan Hypermarcas bastante negativo. UltimaBradesco Petrobras CSN Itaú mente, ela também vem sendo bastante pressionaBR Malls Ultrapar Gerdau Lojas Renner da por questões judiciais CCR Vale Gol Natura referentes a atraso de entregas de produtos e, por Setores mais citados: Bancos e shoppings isso, está sendo multada. OBS: os nomes dessas empresas foram citados no decorrer das entrevistas, quando os Para completar, os resul- analistas respoderam ao questionamento sobre quais ações poderiam se recuperar mais tados da B2W já não vêm rapidamente em uma subida da Bolsa ou que estavam com preços inferiores em relação que realmente valem. Dessa forma, há na lista papéis que estão em alta mas, na opinião sendo muito positivos há ao dos analistas, têm espaço para se valorizar. Vale ressaltar que não quer dizer, necessaalgum tempo. Houve um riamente, que as ações listadas acima configuram uma carteira recomendada dos ou outro trimestre de recu- especialistas para compra imediata. INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

está praticamente em linha com o do Ibovespa. “A queda não faz muito sentido, mesmo porque os bancos brasileiros estão super bem capitalizados. Eles, inclusive, não teriam problema nem com a entrada em vigor do Basiléia 3, ao contrário dos bancos americanos e europeus, que terão que captar recursos no mercado. Além disso, os bancos brasileiros quase não são expostos ao mercado externo, então não há risco de contaminação por conta dos problemas de dívida soberana”, enumera. Nunes completa que os bancos nacionais são bem rentáveis, com retorno sobre o patrimônio líquido de 23% a 25% em média, “o que é altamente atrativo”. “Esses papéis sofreram realização porque as ações de bancos lá fora caíram muito. Os investidores venderam pelo motivo errado”, opina. Outra razão para a queda das ações dos bancos é o efeito das medidas macroprudenciais. “Os papéis de bancos não estão indo tão bem por conta das medidas de tentativa de restrição ao crédito”, lembra Góes, da WinTrade. Tanto é que esse é um segmento apontado por boa parte dos analistas como forte candidato a subir quando o cenário melhorar. “Banco do Brasil, Bradesco e Itaú são companhias que crescem bastante e lucram cada vez mais”, aponta William Castro Alves, analista da XP Investimentos. “Se o cenário de inflação no Brasil melhorar e houver menos necessidade de adoção de medidas macroprudenciais, as ações de bancos têm grande potencial de voltar a subir”, endossa Frederick Searby, Diretor de Latin American Research do Deutsche Bank em Nova York. DÚVIDAS – Vale e Petrobras, as duas grandes estrelas da Bolsa brasileira, ainda causam muitas dúvidas no mercado. Nunes, do HSBC, comenta que a Petrobras tem algumas questões específicas, como a divulgação do plano de investimentos para o período 2011-2015. “O mercado está em compasso de espera. Dependendo do que esse plano trouxer, a percepção de risco do papel pode ou não melhorar”, aponta ele. Firetti, do Bradesco, lembra das incertezas quanto ao aumento no preço da gasolina diante da alta do petróleo. “Achamos que por conta disso as ações da Petrobras tendem a ficar mais pressionadas. Além do mais, os benefícios dos investimentos que a empresa está fazendo só devem aparecer 15


mais para a frente. Não vemos uma recu- “Depois das férias do hemisfério norte o voltado e, além disso um dos três grandes peração tão grande por enquanto”, diz. mercado pode começar a melhorar. Por problemas que estão prejudicando a BolEm relação à Vale, ele parece ligeira- enquanto, deve continuar de lado e até sa estaria resolvido”, completa, referindo-se à crise européia, às dúvidas quanto mente mais otimista. “Os preços do mi- um pouco para baixo”, estima. Firetti, do Bradesco, também tem uma ao crescimento norte-americano com o nério de ferro permanecem em níveis bem atrativos e, com isso, os resultados visão mais positiva do cenário para os fim do QE2 e à incerteza em torno da vão continuar fortes. Entre Petrobras e próximos meses. “Acreditamos em uma credibilidade do Banco Central na conVale, preferimos Vale, mas não vemos melhora do ponto de vista da inflação e, dução da política monetária para conter a no curto prazo nenhuma delas batendo o com isso, o investidor estrangeiro vol- inflação. “Não sei qual deles, mas um dos mercado de maneira significativa”, res- tará para o mercado brasileiro. O grande três problemas estaria resolvido [com o fator de risco do mercado são os proble- Ibovespa sustentado acima de 66 mil ou salva o analista-chefe. Alves, da XP, acrescenta que a inge- mas na Grécia. Mas não acreditamos 68 mil pontos]”, afirma. Nunes, do HSBC, vê um cenário de rência política pesou bastante sobre a que isso criará um cataclisma ou cenáVale no primeiro semestre deste ano, rio tão dramático como foi a quebra da volatilidade no curto prazo que, caso a quando houve a troca do presidente da Lehman. É, sim, um cenário de risco, situação externa passe por um período de calmaria, pode mineradora. “De apresentar uma requalquer maneira, Mercado volátl Perdas e ganhos Variação do Ibovespa ao longo cuperação mais a queda sofrida As cinco maiores altas e baixas do do ano – em pontos consistente a partir pelo papel é injusIbovespa de janeiro a junho de 2011 de agosto ou setemta. A relação entre Ação Lucratividade bro. “Pelo menos oferta e demanda vejo esforços no no mercado de miTim Part S/A PN 41,01% sentido de enconnério de ferro conTIimPart S/A ON 33,89% trar uma saída mais tinua positiva para Brasiltelec PN 27,52% organizada para os a Vale e a tendênCemig PN 25,38% problemas na Grécia é que as vendas cia, sem deixar isso permaneçam cresFonte: BM&FBovespa Light S/A ON 22,93% causar algo mais cendo. Os papéis B2w Varejo ON -38,76% mas confiamos em severo para os mercados como uma connos níveis em que Gafisa ON -36,79% uma solução que taminação maior da economia. Talvez, estão são uma não leve o merca- por isso, uma melhora na percepção de grande oportunidaHypermarcas ON -34,38% do a um nível de risco leve a uma reprecificação dos merde”, acredita. Góes, Cyrela Realt ON -30,53% estresse muito cados”, indica. Nunes concorda, porém, da WinTrade, conEcodiesel ON -30,00% grande”, aponta que os riscos não se referem somente à corda que as interele. Grécia, mas também aos Estados Unidos venções políticas Fonte: BM&FBovespa Para Marcatti, do e à aceleração da inflação no Brasil. no comando da Vale resultaram em uma queda exagera- Fator, os planos apresentados para solu- “Caso esses fatores sigam uma tendência da no preço do papel. “Na minha opi- cionar a crise na Grécia até agora são, de melhoria podemos sentir uma volta do nião, as ações caíram demais. Mas ainda pelo menos, uma sinalização mais posi- fluxo de capital para a Bolsa”, reforça. Hegg, da Um Investimentos, trabalha há dúvidas sobre a desaceleração da eco- tiva diante do problema. “De alguma nomia chinesa, o que acaba influencian- maneira, o mercado está um pouco me- com um cenário ainda instável daqui para do o preço do minério. Mesmo assim, a nos ansioso, com um pouco menos de a frente, principalmente fora do País, medo. Mas continuamos cautelosos”, também por conta da falta de uma soluação está bem descontada”, afirma ele. avisa. Ele ainda vê incertezas sobre a ção para as crises soberanas e das incerDAQUI PARA A FRENTE – Quando o capacidade do Banco Central de contro- tezas quanto à recuperação dos EUA. Ele assunto são as expectativas para a Bolsa lar a inflação e, apesar de as empresas comenta que, além do setor de bancos, no resto do ano, as opiniões variam. brasileiras estarem baratas na compara- gosta de empresas de siderurgia e consAndré Melo, analista sênior da Tov, diz ção com seus pares lá de fora, o apetite do trução, mas nesses casos talvez seja cedo manter uma perspectiva de alta, com o investidor estrangeiro ainda não é gran- para fazer apostas. “No curto prazo, o Ibovespa chegando aos 75 mil pontos no de. “Em conversas com hedge funds setor de siderurgia pode continuar pressifim de 2011. “Acreditamos que o proble- internacionais não percebemos nenhu- onado. E gostamos de empresas de consma na Europa será sanado. O investidor ma sinalização de que eles estão dispos- trução civil, mas elas têm de mostrar deve voltar para o mercado, até porque tos a voltar a tomar posições de renda resultados mais fortes. Isso vai depender os preços estão bastante baixos. Os re- variável no Brasil”, revela. A recomen- da safra de balanços – se for apresentada sultados que as empresas têm mostrado dação para os clientes, então, é de espe- uma tendência de recuperação, os papéis não justificam os patamares atuais das rar a Bolsa se estabelecer acima de 66 mil podem performar melhor. De qualquer ações”, aponta. Melo ressalva, porém, ou 68 mil pontos e aí sim começar a maneira, não basta o papel estar barato que a volta dos investidores deve aconte- aumentar a exposição. “Entendemos que, para ser considerado uma oportunidacer mais para o fim do terceiro trimestre. nesse patamar, os estrangeiros já terão de”, aconselha. 16

JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


Fundos Fator Sinergia. Governança Corporativa em evolução.

Fundo fechado para captação

Fundos encerrados

Fundo aberto para captação

601% 539%

352%

A tradicional família de Fundos Sinergia, geridos pela FAR - Fator Administração de Recursos, é reconhecida por sua inovação e pelo desempenho consistente com sua proposta de valorização aos preceitos da Governança Corporativa.

242,1%

146% 119,3% 34,9% 6,34% FUNDO

NOME DO FUNDO INÍCIO DO FUNDO ENCERRAMENTO DO FUNDO PL FECHAMENTO (mil) PL MÉDIO EM 12 MESES (mil) RENTABILIDADE DESDE O INÍCIO RENTABILIDADE NO MÊS RENTABILIDADE NO ANO RENTABILIDADE EM 12 MESES RENTABILIDADE DO BENCHMARK

INPC+12%

SINERGIA 15/dez/97 24/nov/06 602.732 (1) n/a 601% (4) n/a n/a n/a 352% (6)

FUNDO

INPC+10%

SINERGIA 2 03/set/02 31/ago/08 203.493 (1) n/a 539% (4) n/a n/a n/a 146%(7)

FUNDO

INPC+10%

SINERGIA 3 10/fev/06 Fechado para captação 404.899 (2) 572.811 242,1% (5) -1,50% -7,90% 16,09% 119,3 %(5) (7)

FUNDO

IVBX-2

SINERGIA 4 06/dez/07 Aberto para captação 531.764 (3) 416.410 34,9% (5) 0,66% -3,51% 15,37% 6,34% (5) (8)

(1) Fundos fechados para captação e já desinvestidos. Referência ao maior volume alcançado pelo PL do fundo ao longo de seu período de captação. (2) Fundo fechado para captação e em fase de desinvestimento. Referência de PL em 31/05/2011. (3) Fundo em fase de investimento. Referência de PL em 31/05/2011. (4) Rentabilidade total apurada no período de investimento do Fundo. (5) Rentabilidade apurada desde o início do fundo até 31/05/2011. (6) Benchmark – INPC+12%. (7) Benchmark – INPC+10%. (8) Benchmark – IVBX-2.

www.bancofator.com.br 0800-77-07229 - SAC 0800-77-32867 - Ouvidoria

Fundos Fator Sinergia III FIA e Fator Sinergia IV FIA – Público-Alvo: destinam-se a investidores qualificados, que podem ser pessoas físicas, investidores institucionais, fundos de pensão ou carteiras previdenciárias, que busquem altos retornos no longo prazo em investimentos em Bolsa de Valores. Taxas de Administração: 1,5% a.a. sobre o valor do PL médio diário do fundo. LEIA O PROSPECTO E O REGULAMENTO ANTES DE INVESTIR. RENTABILIDADE PASSADA NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA. A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO – FGC.


ESPECIAL ações

Investidores em fuga coletiva dos riscos Concorrência com ativos menos arriscados prejudica ações no início deste ano e afeta também as estreias na Bolsa

G

ato escaldado tem medo de água fria. O ditado popular pode explicar o comportamento de muitos investidores em relação à Bolsa no decorrer do primeiro semestre deste ano. A fuga de capital pode ser percebida se analisados os dados da BM&FBovespa referentes às movimentações dos aplicadores estrangeiros. De janeiro a 29 de junho de 2011, o saldo de negócios ficou negativo em R$ 1,13 bilhão, com R$ 266,36 bilhões em compras e R$ 267,48 bilhões em vendas. “Não podemos esquecer que temos no passado recente, bem atrás de nós, a crise financeira internacional de 2008. O que aconteceu foi muito sério e ainda está muito fresco na memória dos investidores”, aponta Marcio Cardoso, diretor da Título Corretora. Ele comenta que as incertezas no mercado internacional, como crise europeia, indefinição no cenário norte-americano e a dúvida quanto ao tamanho da desaceleração chinesa, têm levado à diminuição no número de investidores que aplicam na Bolsa. “A situação externa provoca uma mudança no comportamento do investidor, e a tendência das pessoas é poupar cada vez mais. O que acaba ficando na Bolsa é dinheiro de profissional de mercado, que gira muito, compra e vende no mesmo dia ou em um período muito curto. Está faltando aquele dinheiro de longo prazo, que não tem data certa para sair”, comenta Cardoso, ao acrescentar que a maioria dos investidores corre para portos seguros, como os títulos públicos, em períodos turbulentos. “Uma parcela do dinheiro acaba migrando para um porto mais seguro, e quanto maior o retorno oferecido pelo título público mais atra18

Bolsa acabaram sendo fixados abaixo na banda proposta pelos emissores (veja quadro). Historicamente, os investidores estrangeiros marcam forte presença nos IPOs realizados no Brasil – e isso pode levar à conclusão de que um menor apetite desse aplicador acabou diminuindo a demanda por ações estreantes. “No geral, os estrangeiros tiraram recursos da Bolsa brasileira. Esse é o pano de fundo principal. O aumento da taxa de juros tem como consequência direta a queda da Bolsa. E isso acabou pesando também sobre os IPOs”, explica William Alves, analista da XP Investimentos. O fato é que, assim como em todo mercado, a formação de preço é sempre uma questão de oferta e demanda.

tivo ele fica”, aponta. Frederick Searby, diretor de Latin American Research do Deutsche Bank em Nova York, concorda. “Estamos em um momento de diminuição do apetite global por risco. Para completar, com a Selic em mais de 12% ao ano, é mais difícil o investidor se voltar para o mercado acionário”, afirma o Aquém do esperado executivo. Ele acrescenta que Formação de preço na abertura de capital na desde o início do ano a visão do comparação com piso, ponto médio e teto do banco era de 2011 seria compliintervalo da oferta de ações– em R$ cado para a Bolsa não só no Brasil, mas em toda a América Arezzo T4F Latina. Por isso mesmo, no priPreço fechado: 19,00 Preço fechado: 16,00 meiro semestre a recomendaPiso: 15,00 Piso: 14,50 ção da instituição para aplicaPonto médio: 17,00 Ponto médio: 16,50 ções em ações brasileiras estava Teto: 19,00 Teto: 18,50 voltada para os setores telecomunicações e utilities (serviços SonaeSierra Magazine Luiza públicos), como energia elétriPreço fechado: 16,00 Preço fechado: 20,00 ca, por conta de sua característiPiso: 16,00 Piso: 21,50 ca mais defensiva. “Além disso, Ponto médio: 18,50 Ponto médio: 24,00 são companhias que pagam diTeto: 21,00 Teto: 26,50 videndos altos”, completa. Sobre uma retomada da Bolsa Brazil Pharma Autometal brasileira no segundo semestre, Preço fechado: 14,00 Preço fechado: 17,25 Searby não parece muito conPiso: 17,00 Piso: 16,25 vencido. “Se os dados de inflaPonto médio: 19,00 Ponto médio: 17,75 ção no Brasil apresentarem uma Teto: 21,00 Teto: 19,25 melhora, podemos ver alguma recuperação, mas não muito forQGEP Qualicorp te”, estima. Preço fechado: 19,00 Preço fechado: 13,00 Piso: 23,00 Piso: 16,00 NOVATAS – Um indício da Ponto médio: 26,00 Ponto médio: 17,50 falta de apetite dos investidoTeto: 29,00 Teto: 19,00 res estrangeiros são os resultados das ofertas iniciais de ações IMC Technos (IPOs) realizadas no primeiro Preço fechado: 13,50 Preço fechado: 16,50 semestre no Brasil. Quando Piso: 13,50 Piso: 16,50 não ficaram mais perto do piso Ponto médio: 15,00 Ponto médio: 18,50 do que do teto do intervalo de Teto: 16,50 Teto: 20,50 preços sugerido, os valores das ações em seu lançamento na Ofertas realizadas de janeiro a junho. Fonte: BM&FBovespa e empresas

JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


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Metas difíceis em 2010 Alta volatilidade da renda fixa e baixa rentabilidade da bolsa prejudicaram o desempenho das aplicações dos fundos de pensão no ano passado e o problema persiste em 2011

O

s altos e baixos da renda variável em 2009 e 2010 levaram os gestores das carteiras dos fundos de pensão da euforia à depressão. Se em 2009, ano da recuperação pós-crise mundial, esses investimentos fizeram a grande diferença no desempenho apresentado pelas entidades, no ano seguinte, a bolsa ficou patinando e encerrou o ano praticamente estável, o que prejudicou o desempenho das carteiras das fundações. Na renda fixa, a situação também foi complicada para os fundos de pensão em 2010. Essa conjunção de fatores fez com que a maior parte dos fundos de

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pensão não conseguisse atingir suas metas atuariais. No ranking Top Atuarial, que publicamos a partir da página 24 com sínteses de resultados das principais fundações do País, a maioria delas mostra redução das alocações em renda variável assim como baixa rentabilidade dessa carteira, que puxaram para baixo a rentabilidade total. Já os papéis indexados à inflação e fundos indexados ao IMA-B tiveram bom desempenho, mas ainda assim muitos só conseguiram alcançar a meta ao evitar a volatilidade e marcá-los no vencimento, e não a mercado. Com essa situação geral se mantendo em 2011, as

entidades já começam a buscar estratégias alternativas, que possam agregar resultados em um médio prazo. Neste ano, quando se esperava uma nova recuperação da bolsa, não é o que está acontecendo. O Ibovespa tem amargurado um péssimo desempenho até a metade do ano, perdendo apenas para países com cenários de crise aguda, tais como Grécia e Egito. Nesse cenário conturbado, as dez maiores fundações do País tiveram um ganho de representatividade. Segundo o consolidado publicado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), as 10 maiores JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


fundações chegaram ao final de 2010 com um patrimônio total de R$ 335,15 bilhões, ante R$ 299,89 bilhões em 2009, um incremento de 11%. Ainda segundo o mesmo consolidado, o crescimento do sistema previdenciário complementar fechado como um todo foi de 9,9% na comparação de 2010 com 2009, passando de R$ 514,9 bilhões para R$ 565,76 bilhões. Houve mudança de posições entre os maiores fundos de previdência. Enquanto as sete primeiras, por volume de investimento, se mantiveram na mesma ordem – Previ, Petros, Funcef , Fundação Cesp, Valia, Fundação Itaubanco e Sistel –, a Forluz deu um salto da décima para a oitava colocação, colocando a Banesprev um lugar abaixo, em nono. Já a Real Grandeza, subiu uma posição, chegando à décima. A Centrus foi a que mais perdeu colocação, caindo da nona para décima-segunda, devido ao processo de distribuição do superávit aos participantes e patrocinadora. Esse crescimento geral do sistema, no INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

entanto, não foi suficiente para que grande parte das fundações batessem suas metas. De acordo com a gerente de clientes institucionais da Luz Engenharia Financeira, Viviane Werneck, poucas fundações conseguiram atingir seus objetivos. “Algumas chegaram lá no limite, sem sobras. E 2011 não está melhor nesse sentido”, avisa. NOVAS ALTERNATIVAS – Para a consultora, existiram dificuldades em todos os tipos de investimentos, o que levou algumas estratégias diferenciadas a ganhar destaque. Na renda variável, obtiveram melhor resultado os gestores que buscaram se descolar do índice. “Estratégias mais focadas e de longo prazo tiveram uma rentabilidade melhor. Quem tinha alocação no Ibovespa ou IBrX, acabou prejudicando a carteira”. Isso porque esses índices praticamente mantiveram os mesmos níveis de 2009, com o Ibovespa encerrando o ano passado com alta acumulada de 1% e o IbrX, 2,6% acima do ano anterior.

Neste ano, com a persistência de um cenário difícil e sem direcionamento definido, algumas fundações estão direcionando os novos recursos para outras classes de fundos. “O que estamos vendo é que as entidades não saem agora de suas exposições em renda variável para não realizar prejuízo, mas aguardam uma oportunidade para iniciar esse tipo de mudança de estratégia”, afirma Viviane Werneck. Na renda fixa, os papéis de crédito trouxeram um bom retorno às entidades. “Os papéis indexados à inflação foram um bom destaque no ano passado”. Mas em um cenário complicado, houve também um movimento de buscar proteção. “Nesse caso, as carteiras de empréstimos aos participantes serviram muito bem a esse fim. Funcionaram como um hedge do retorno consolidado”, explica a consultora. Ainda de acordo com Vivane Werneck, algumas fundações que garantiram a compra de bons papéis de renda fixa no passado, optaram por uma manobra contábil legal de marcá-los no vencimento, o que também trouxe resultado para dentro do patrimônio das fundações. “As fundações que marcaram a mercado, principalmente em fundos de investimentos, sofreram muito com a volatilidade”, analisa. Os investimentos em imóveis, por sua vez podem ser uma faca de dois gumes. Uma carteira com muitos problemas de vacância e com inquilinos pode, além de não agregar rentabilidade, prejudicar o resultado. “Sem dúvida que uma carteira bem alinhada e estruturada, com baixa taxa de vacância, irá ajudar no desempenho com uma boa remuneração”, considera a executiva. A Funcef foi uma das que se beneficiaram com sua carteira imobiliária. Em seu balanço de 2010, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal considera que o segmento superou todas as expectativas, fechando o ano com rentabilidade de 19,26%. DESAFIOS AINDA MAIORES – O primeiro semestre de 2011 foi, em grande parte, uma repetição do visto em 2010, mas com agravantes. Enquanto no ano passado, os papéis atrelados a inflação fo-

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TOP ATUARIAL FUNDOS DE PENSÃO ram uma tábua de salvação que ajudou muitos a alcançarem a meta atuarial, em 2011 a alta dos preços está trazendo uma elevação no objetivo de rentabilidade das fundações. Além disso, a volatilidade também traz problemas para as fundações. Principalmente nos últimos meses do primeiros semestre, houve uma forte alta nos índices, o que foi surpreendente. Em junho, por exemplo, enquanto todos esperavam uma inflação de 0,06 ou 0,07%, veio 0,15%. Assim, a previsão é que um número ainda maior de entidades se distancie de suas metas. É uma espécie de repetição do início de 2010. Naquele ano, a expectativa geral era de repetição dos bons ventos de 2009 e, por isso, passou-se o ano todo aguardando uma grande reversão dos indicadores. Neste ano, que também começou com expectativas positivas, percebeu-se mais cedo que era preciso buscar opções, e é isso que as entidades estão fazendo. “Como o básico já não é suficiente, vemos que se começa a buscar outros produtos. O mercado é criativo”, salienta Viviane.

Na renda fixa, o gestores estão observando um aumento na procura por produtos estruturados, como fundos de investimento em direito creditório (fidc) ou até mesmo títulos bancários, como o certificado de depósito bancário (CDB). Ou seja, há uma procura por outras opções que agreguem rentabilidade, além do título público. Apesar de já ver esse movimento acontecer, muitos fundos de pensão não devem bater a meta atuarial novamente neste ano. Isso porque, com o início difícil, seria preciso um desempenho surpreendente no segundo semestre para compensar, pois as novas estratégias são de médio e longo prazo, com vistas a dar melhores retornos a partir de 2012. Na renda variável, a expectativa gira em torno do desempenho da bolsa. A estimativa é de que seja melhor em que a primeira metade do ano, em que o Ibovespa acumula perda de 10% em relação ao ano passado. “Se continuar como está, a perspectiva é bem ruim, com um número maior de fundações que não conseguirão bater a meta do que em relação a 2010”, avisa Viviane Werneck.

Há ainda as opções de investimentos imobiliários sem a necessidade de possuir imóveis, como fundos de investimento imobiliário (FII) ou certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Esses papéis e fundos podem ser uma boa opção no futuro, mas o custo de oportunidade ainda não justifica essa migração. “Com certeza agrega ganhos, tanto em termos de diversificação de investimentos quanto em relação à rentabilidade. Mas, com a expectativa de ainda haver alta nas taxas de juros no fim do ano, os títulos públicos ainda são mais atrativos”, considera a consultora. Apesar de haver uma fuga recente dos institucionais dos fundos multimercados, que não estariam vendo retornos ao assumir um risco maior, começam a surgir opções dentro desse segmento que estariam se aproveitando da volatilidade no mercado para conseguir rentabilizar o portfólio, o que pode ser uma opção no segundo semestre. É que alguns gestores estão ficando mais ágeis e utilizam o momento ruim dos mercados para trazer retornos diferenciados.

Para entender o ranking Top Atuarial

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ste ranking apresenta as informações dos fundos de pensão brasileiros referenciadas na data de dezembro de 2010, sendo que a maioria delas nos foram enviadas pelas próprias fundações e algumas colhemos nas estatísticas da Abrapp. Para entender os perfis publicados no ranking a seguir, leia nos parágrafos abaixo o significado de cada abreviatura usada, assim como o significado dos números que acompanham o nome de cada dirigente: No item investimentos, o primeiro número expressa o valor em R$ do programa de investimentos e o percentual que aparece ao lado (em branco, sobre a caixa verde) refere-se ao crescimento apresentado pela fundação em relação a dezembro de 2009, ou seja, num período de 12 meses. Abaixo, as abreviaturas RF, RV, IM e EP significam Renda Fixa, Renda Variável, Imóveis e Empréstimos aos Participantes, respectivamente, e indicam quanto dos investimentos totais estão alocados em

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cada carteira. As abreviaturas BD, CD e CV significam planos de Benefício Definido, de Contribuição Definida e de Contribuição Variável, respectivamente, e indicam quanto dos investimentos totais estão alocados em cada modalidade de plano. No item rentabilidade, o primeiro número refere-se ao rendimento médio no ano e o número à direita (em branco, sobre a caixa verde) mostra a evolução em relação ao ano anterior, em pontos percentuais (pp). Abaixo, há indicações das rentabilidades das carteiras de RF, RV, IM e EP, assim como das rentabilidades dos planos de BD, CD e CV no ano. No item superávit/déficit, o primeiro número expressa o valor em R$ apurado no ano e o percentual que segue ao lado (em branco, sobre a caixa verde) refere-se à sua evolução em relação ao ano anterior. Na linha abaixo, mostramos qual o percentual desse superávit ou desse déficit que foi gerado por planos BD

e qual o percentual foi gerado por planos CV. As linhas inferiores mostram os percentuais de recursos que estão sendo entregues à gestão terceirizada, a evolução em 12 meses (em pontos percentuais), assim como o nome dos principais gestores. Em participantes, o primeiro número indica o total de participantes e ao lado (em branco, sobre a caixa verde) a variação em relação ao ano anterior. Abaixo, mostramos os percentuais de ativos e de assistidos, assim como dos inscritos nos planos BD, CD e CV. No último item do perfil, damos o nome da principal patrocinadora e a participação que ela representa no valor total dos recursos. Informamos abaixo os nomes do presidente, diretor de investimentos e diretor de benefícios, seguidos por dois números, o primeiro indicando há quantos anos ele está na diretoria da fundação e o segundo há quantos anos ele está no cargo. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL



TOP ATUARIAL FUNDOS DE PENSÃO 1 Previ-BB Investimentos: R$ 152.980.136.648,03 7,27% RF: 29,72% - RV: 63,83% - IM: 3,10% - EP: 3,05% - O: 0,30%* BD: 98,44% - CV: 1,46% Rentabilidade Total: 12,31% -15,90pp RF: 13,74% - RV: 10,78% - IM: 17,95% - EP: 10,66% BD: 12,37% - CV: 9,30% Gestão Terceirizada: 50,22 4,19% Gestor princ.: BB DTVM - Custod.: Banco do Brasil Meta Atuarial: BD INPC+5% - CV INPC+5,5% Superáv/Déf: R$ -17.314.813.082,11 - -196,78%** Total Partic.: 186.462 4,66% Ativos: 53,25% - Assist: 46,75% BD: 64,45% - CV: 35,55% Patroc. Princ.: Banco do Brasil Partic.: 100,00% Pres: Ricardo José da Costa Flores - Jun/2010 - Jun/2010 Dir.Fin.: Renê Sanda - Jun/2010 - Jun/2010 Dir. Benef.: José Ricado Sasseron - Jun/2006 - Jun/2006

* Investimentos Estruturados. ** Com redução da meta atuarial de 5,5% para 5,0% e destinação de R$ 15,07 bilhões para Reserva Especial dos Participantes e Patrocinadora.

2 Petros Investimentos: R$ 55.648.248.439,06 22,15% RF: 53,38% - RV: 36,22% - IM: 2,72% - EP: 2,17% - O: 5,51%* BD: 95,03% - CD: 0,79% - CV: 4,18% Rentabilidade Total: 16,65% -2,09pp RF: 17,52% - RV: 15,15% - IM: 30,23% - EP: 13,97% - O: 3,24%* Gestão Terceirizada: 29,75 -7,40% Gestor princ.: BRAM - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD IPCA+6% - CV IPCA+6% Superáv/Déf: R$ 2.490.163.492,16 - 120,17% Total Partic.: 144.164 8,98% Ativos: 62,00% - Assist: 38,00% BD: 59,21% - CD: 7,98% - CV: 25,53% Patroc. Princ.: Petrobras Partic.: 88,76% Pres: Luís Carlos Fernandes Afonso - Set/2008 - Jan/2011 Dir.Fin.: Carlos Fernando Costa - Jan/11 - Jan/11 Dir. Benef.: Maurício França Rubem - Fev/2003 - Fev/2003

01 - 15

*Investimentos Estruturados

3 Funcef Investimentos: R$ 42.781.216.688,12 14,24% RF: 45,94% - RV: 42,05% - IM: 8,19% - EP: 3,76% - O: 0,06% BD: 92,60% - CV: 7,40% Rentabilidade Total: 16,84% -3,29pp RF: 31,82% - RV: 18,18% - IM: 17,64% - EP: 15,00% - O: 44,22%* BD: 17,22% - CV: 12,39% Gestão Terceirizada: 38,93 1,07% Gestor princ.: BNY Mellon - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD INPC+5,5% - CV INPC+5,5% Superáv/Déf: R$ 460.768.677,41 - -79,62% Total Partic.: 111.476 -358,24% Ativos: 71,35% - Assist: 28,65% BD: 58,24% - CV: 41,76% Patroc. Princ.: Caixa Econômica Federal nd Pres: Carlos Alberto Caser - Mai/2011 - Mai/2011 Dir.Fin.: Demosthenes Marques Rodrigues - Jul/2004 - Jul/2004 Dir. Benef.: José Carlos Alonso Gonçalves - Jun/2010 - Jun/2010

*Incluídos precatórios, em RV os Fips e FIEEs, cart. imob. os FII

4 Fundação Cesp Investimentos: R$ 18.605.860.000,00 13,71% RF: 71,00% - RV: 25,00% - IM: 2,30% - EP: 1,84% Rentabilidade Total: 19,48% 5,24pp RF: 22,25% - RV: 13,77% - IM: 24,29% - EP: 16,45% Meta Atuarial: BD IGP-DI+6% - CV IGP-DI+6% Total Partic.: 46.000 -0,91% Ativos: 37,00% - Assist: 63,00% Patroc. Princ.: Eletropaulo AES; CPFL; Elektro Partic.: 34,92% Pres: Martin Roberto Glogowsky - 1999 - 2004 Dir.Fin.: Jorge Simino Jr - 2005 - 2005 Dir. Benef.: Euzébio da Silva Bomfim - 1999 - 1999 5 Valia Investimentos: R$ 13.650.000.000,00 15,03% RF: 62,59% - RV: 26,15% - IM: 4,28% - EP: 3,69% - O: 3,30% BD: 72,00% - CV: 28,00% Rentabilidade Total: 18,30% -6,22pp RF: 17,28% - RV: 18,10% - IM: 20,51% - EP: 16,62% BD: 19,76% - CV: 13,64% Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Total Partic.: 85.754 16,10%

24

 Ativos: 75,80% - Assist: 24,20%

Patroc. Princ.: Vale Pres: Eustáquio Coelho Lott - 1999 - 1999 Dir.Fin.: Maurício da Rocha Wanderley - 2008 - 2008 Dir. Benef.: Maria Elisabete Silveira Teixeira - 2010 - 2010

nd

6 Fundação Itaubanco Investimentos: R$ 11.978.046.741,60 12,64% RF: 84,67% - RV: 13,00% - IM: 2,30% - EP: 0,03% BD: 52,88% - CD: 47,02% - CV: 0,10% Rentabilidade Total: 17,99% -0,32pp RF: 23,54% - RV: 8,06% - IM: 3,10% - EP: 16,86% BD: 17,99% - CD: 10,05% - CV: 10,64% Gestão Terceirizada: 97,72 0,19% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5,5% - CV INPC+5,5% Superáv/Déf: R$ -379.994.049,40 - -168,34% Total Partic.: 35.802 -0,43% Ativos: 79,24% - Assist: 20,76% BD: 39,86% - CD: 60,13% - CV: 0,01% Patroc. Princ.: Itaú Unibanco Partic.: 90,00% Pres: Sergio Guillinet Fajerman - Mar/2009 - Mai/2009 Dir.Fin.: Gabriel Amado de Moura - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Arnaldo C. Serighelli - Nov/2002 - Nov/2002 7 Sistel Investimentos: R$ 11.417.171.000,00 18,20% RF: 78,17% - RV: 17,81% - IM: 3,07% - EP: 0,95% Rentabilidade Total: 17,29% 0,13pp RF: 18,25% - RV: 14,60% - IM: 13,67% - EP: 11,47% Meta Atuarial: BD INPC+5,75% - CV INPC+5,75% Total Partic.: 26.674 -6,98% Ativos: 7,98% - Assist: 92,02% Patroc. Princ.: Telemar Norte Leste nd Pres: Wilson Carlos Duarte Delfino - 2000 - 2003 Dir.Fin.: Carlos Alberto Cardoso Moreira - 2000 - 2000 Dir. Benef.: Claudio Salgueiro Gacia Munhoz - 2004 - 2004 8 Forluz Investimentos: R$ 9.750.376.980,43 8,03% RF: 76,30% - RV: 8,78% - IM: 3,23% - EP: 2,79% - O: 8,90%* BD: 58,75% - CV: 41,25% Rentabilidade Total: 12,32% -3,89pp RF: 13,23% - RV: 5,51% - IM: 14,80% - EP: 13,97% - O: 5,69%** BD: 13,16% - CV: 12,32% Gestão Terceirizada: 8,40 6,52% Gestor princ.: BTG Pactual - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD IPCA+6% - CV IPCA+6% Superáv/Déf: R$ 205.927.047,00 - -5,28% Total Partic.: 22.139 2,50% Ativos: 44,29% - Assist: 55,71% BD: 41,17% - CD: 12,59% - CV: 46,24% Patroc. Princ.: Cemig Partic.: 100,00% Pres: Fernando Alves Pimenta - Jul/2002 - Jul/2002 Dir.Fin.: Helmer Lima de Paula - Ago/1998 - Ago/1998 Dir. Benef.: José Ribeiro Pena Neto - Jul/1996 - Jul/96

 RF: 2,43% - RV: 3,51% - IM: 1,13% - EP: 0,78%

BD: 3,73% - CV: 2,44% Gestor princ.: nd - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV IGP-DI+6% Superáv/Déf: R$ 1.275.407.373,10 - 22,23% Total Partic.: 12.520 0,54% Ativos: 46,46% - Assist: 53,54% BD: 81,96% - CV: 18,04% Patroc. Princ.: Furnas Centrais Elétricas Partic.: 90,00% Pres: Aristides Leite França - Nov/2009 - Nov/2009 Dir.Fin.: Eduardo Henrique Garcia - Fev/2010 - Fev/2010 Dir. Benef.: Roberto de Carvalho Panisset - Abr/2006 - Abr/2006

11 Fundação Atlântico Investimentos: R$ 7.691.045.000,00 RF: 84,02% - RV: 12,70% - IM: 0,80% - EP: 0,65% BD: 5,05% - CV: 94,95% Rentabilidade Total: 15,76% RF: 17,51% - RV: 5,18% - IM: 10,60% - EP: 13,65% BD: 13,62% - CV: 15,87% Total Partic.: 77.122 Ativos: 19,42% - Assist: 80,58% Patroc. Princ.: Oi Pres: Fernando Pimentel - nd - nd Dir.Fin.: Márcio de Araújo Faria - nd - nd Dir. Benef.: Dora Figueiredo - nd - nd

99,24% nd nd nd

12 Centrus Investimentos: R$ 7.496.258.000,00 -12,89% RF: 61,70% - RV: 34,10% - IM: 2,20% - EP: 1,60% Rentabilidade Total: 9,84% nd RF: 12,70% - RV: 0,74% Total Partic.: 1.701 nd Ativos: 104,00% - Assist: 1.597,00% Patroc. Princ.: nd Pres: Helio Cesar Brasileiro - nd - nd Dir.Fin.: José Antonio Marciano - nd - nd Dir. Benef.: Antonio Francisco Bernardes de Assis - nd - nd 13 Fapes Investimentos: R$ 7.156.933.155,49 13,81% RF: 55,20% - RV: 29,20% - IM: 8,70% - EP: 4,20% - O: 2,70% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 17,90% -8,00pp RF: 17,80% - RV: 6,60% - IM: 74,20% - EP: 17,40% - O: 2,60%* BD: 17,90% Gestão Terceirizada: 8,83 -0,17% Gestor princ.: Dynamo - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: Reaj. Salar.+7,5% Superáv/Déf: R$ -21.261.202,83 - -102,83% Total Partic.: 4.666 7,81% Ativos: 61,00% - Assist: 39,00% BD: 100,00% Patroc. Princ.: BNDES nd Pres: Aluysio Antonio da Motta Asti - Dez/2010 - Dez/2010 Dir.Fin.: Ricardo Weiss - Nov/2006 - Nov/2006 Dir. Benef.: Mariza Giannini - Jan/2007 - Jan/2007

*Dívidas contratadas. ** Investimentos Estruturados.

* Investimentos Estruturados.

9 Banesprev Investimentos: R$ 9.749.068.381,85 8,11% RF: 87,71% - RV: 9,08% - IM: 0,18% - EP: 1,79% - O: 1,25% BD: 96,81% - CD: 3,19% Rentabilidade Total: 18,26% 3,82pp RF: 20,79% - RV: 2,64% - IM: 20,12% - EP: 18,23% - O: 11,18%* BD: 19,42% - CD: 12,84% Gestão Terceirizada: 92,53 0,06% Gestor princ.: Santander - Custod.: Santander Superáv/Déf: R$ 138.845.436,60 - -124,14% Total Partic.: 28.110 -1,13% Ativos: 20,32% - Assist: 79,68% BD: 93,34% - CV: 6,66% Patroc. Princ.: Banco Santander Partic.: 97,29% Pres: Jarbas Antonio de Biagi - Dez/1996 - Dez/1996 Dir.Fin.: Aderaldo Fandinho Carmona - Fev/2009 - Fev/2009 Dir. Benef.: Flávio Bettio - Jul/2001 - Jul/2001

14 Fundação Postalis Investimentos: R$ 6.011.576.747,00 16,80% RF: 70,10% - RV: 0,41% - IM: 1,26% - EP: 11,37% - O: 20,00% Rentabilidade Total: 11,18% nd RF: 13,31% - RV: -4,75% - IM: 14,17% - EP: 15,92% BD: 11,17% - CV: 10,98% Total Partic.: 395.805 nd Ativos: 101.937,00% - Assist: 293.868,00% Patroc. Princ.: Correios e Telégrafos nd Pres: Alexej Predtechensky - nd - nd Dir.Fin.: Adilson Florêncio Da Costa - nd - nd Dir. Benef.: Sinecio Jorge Greve - nd - nd

* Investimentos Estruturados: Capital Protegido/Fip

10 Real Grandeza Investimentos: R$ 8.599.201.694,17 RF: 77,10% - RV: 17,31% - IM: 2,33% - EP: 3,26% BD: 95,42% - CV: 2,65% Rentabilidade Total: 3,64%

18,70% -16,64pp

15 Fundação Copel Investimentos: R$ 5.396.664.000,00 RF: 88,85% - RV: 7,75% - IM: 1,69% - EP: 1,62% Rentabilidade Total: 12,35% RF: 13,39% - RV: -0,07% - IM: 12,86% - EP: 15,07% Total Partic.: 16.128 Ativos: 59,39% - Assist: 40,61% Patroc. Princ.: Copel Pres: Hélio José Pizzatto - nd - nd Dir.Fin.: José Carlos Loureiro - nd - nd Dir. Benef.: Antonio Sergio de Souza Guetter - nd - nd

6,74% nd nd nd

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TOP ATUARIAL FUNDOS DE PENSÃO 16 HSBC Fundo de Pensão Investimentos: R$ 4.582.788.000,00

40,48%

17 Telos Investimentos: R$ 4.515.106.000,00 10,91% RF: 89,37% - RV: 8,07% - IM: 1,38% - EP: 1,15% BD: 41,32% - CD: 57,89% Rentabilidade Total: 13,41% nd RF: 13,63% - RV: 16,40% - IM: 20,16% - EP: 18,46% BD: 20,56% - CD: 8,49% Meta Atuarial: nd Total Partic.: 13.043 nd Ativos: 44,89% - Assist: 55,11% BD: 26,27% - CD: 73,73% Patroc. Princ.: Embratel nd Pres: Roberto Durães - nd - nd Dir.Fin.: Andrea Morango Pittigliano - nd - nd Dir. Benef.: Carlos Alberto Tavares de Almeida - nd - nd

16 - 31

18 Fachesf Investimentos: R$ 4.323.479.380,30 18,33% RF: 73,01% - RV: 20,73% - IM: 0,81% - EP: 5,45% BD: 53,36% - CD: 23,00% Rentabilidade Total: 15,91% -8,01pp RF: 18,84% - RV: 5,31% - IM: 9,34% - EP: 19,75% BD: 16,04% - CD: 16,29% Gestão Terceirizada: 29,22 -0,39% Gestor princ.: BB DTVM - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD IGPM+6% - CV IGPM+6% Superáv/Déf: R$ -11.118.804,16 - % Total Partic.: 12.751 0,60% Ativos: 46,21% - Assist: 53,79% BD: 50,55% - CD: 49,45% Patroc. Princ.: Chesf nd Pres: Clayton Ferraz de Paiva - Fev/2003 - Fev/20003 Dir.Fin.: Luiz Ricardo da Câmara Lima - Fev/2003 - Fev/20003 Dir. Benef.: Maria da Salete Cordeira de Sousa - Jun/2010 - Jun/2010 19 Eletroceee Investimentos: R$ 4.290.180.696,13 7,92% RF: 61,80% - RV: 25,23% - IM: 1,18% - EP: 3,10% - O: 8,69%* BD: 57,51% - CD: 0,33% - CV: 42,16% Rentabilidade Total: 11,01% -12,52pp RF: 14,55% - RV: 0,90% - IM: 37,06% - EP: 14,31% - O: 12,82%** BD: 10,73% - CD: 11,42% - CV: 11,47% Gestão Terceirizada: 27,54 -0,58% Gestor princ.: Modal - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Superáv/Déf: R$ 98.207.789,40 - -53,23% Total Partic.: 14.642 4,59% Ativos: 47,95% - Assist: 52,05% BD: 53,27% - CD: 4,54% - CV: 42,19% Patroc. Princ.: Grupo CEEE Partic.: 84,41% Pres: Claudio Henrique Mendes Cereser - Dez/2010 - Dez/2010 Dir.Fin.: Josue Fernando Kern - Dez/2010 - Dez/2010 Dir. Benef.: Edson Luiz de Oliveira - Dez/2010 - Dez/2010

* Exig. Cont. Inv. + Inv. Estrut. + Disponível. ** Investimentos Estruturados.

20 Visão Prev Investimentos: R$ 4.162.663.565,19 3,79% RF: 79,30% - RV: 0,33% - EP: 1,38% BD: 4,46% - CD: 94,36% - CV: 1,18% Rentabilidade Total: 9,43% -7,78pp RF: 11,10% - RV: 1,15% - IM: 0,0% - EP: 41,91% BD: 8,94% - CD: 9,48% - CV: 9,25% Gestão Terceirizada: 100,00% 0,12% Gestor princ.: Votorantim - Custod.: HSBC Meta Atuarial: BD INPC+5% CV INPC+5% Superáv/Déf: R$ 47.716.817,09 - 28,30% Total Partic.: 20.290 5,60% Ativos: 75,13% - Assist: 24,87% BD: 2,41% - CD: 95,69% - CV: 1,90% Patroc. Princ.: Telesp Partic.: 70,84% Pres: Ademir Jose Mallmann - Ago/2010 - Ago/2010 Dir.Fin.: Marcelo Domingos Pezzutto - Mai/2010 - Mai/2010 Dir. Benef.: Eder Carvalhaes Costa e Silva - Jun/2011 - Jun/2011 21 Fundação IBM Investimentos: R$ 3.965.000.000,00 RF: 86,30% - RV: 13,10% - IM: 0,30% BD: 40,88% - CD: 59,12% Total Partic.: 15.639

26

8,64% nd

 Ativos: 92,09% - Assist: 7,91%

BD: 4,15% - CD: 95,85% Patroc. Princ.: IBM Pres: Cláudia Beatriz Costalongo Cardoso - nd - nd

nd

22 Cxa. Usiminas Investimentos: R$ 3.911.739.652,14 1,28% RF: 66,50% - RV: 28,15% - IM: 4,26% - EP: 1,09% BD: 82,44% - CV: 17,56% Rentabilidade Total: 4,31% -28,99pp RF: 13,12% - RV: -13,07% - IM: 8,12% - EP: 14,51% BD: 2,71% - CV: 11,83% Gestão Terceirizada: 4,67 1,30% Gestor princ.: BNP Paribas - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+6% Superáv/Déf: R$ 57.436.517,87 - -32,61% Total Partic.: 33.604 20,10% Ativos: 69,06% - Assist: 30,94% BD: 27,96% - CV: 72,04% Patroc. Princ.: Usiminas Partic.: 50,00% Pres: Rômel Erwin de Souza - Jan/2010 - Jan/2010 Dir.Fin.: Rita Rebelo H. Assis Fonseca - Jan/2010 - Jan/2010 Dir. Benef.: Dárcio Natal de Mendonça - Nov/2010 - Nov/2010 23 Economus Investimentos: R$ 3.856.000.000,00 13,34% RF: 79,48% - RV: 15,95% - IM: 0,52% - EP: 2,04% - O: 2,01%* BD: 87,02% - CD: 12,98% Rentabilidade Total: 15,96% 1,90pp RF: 17,91% - RV: 7,92% - IM: 12,99% - EP: 14,20% - O: 7,84%* BD: 16,79% - CD: 10,35% Gestor princ.: nd - Custod.: Citibank Meta Atuarial: BD INPC+6% Superáv/Déf: R$ 20.427.595,25 - -85,07% Total Partic.: 25.727 37,44% Ativos: 73,85% - Assist: 26,15% BD: 57,06% - CV: 42,94% Patroc. Princ.: Banco do Brasil Partic.: 100,00% Pres: Carlos Célio de Andrade Santos - Mar/2010 - Mar/2010 Dir.Fin.: Paulo Leite Julião - Jan/1998 - Jan/1998 Dir. Benef.: Carlos Frederico Tadeu Gomes - Mar/2010 - Mar/2010

* Segmento de investimentos estruturados

24 CBS Previdência Investimentos: R$ 3.614.844.310,00 3,90% RF: 84,82% - RV: 10,08% - IM: 2,21% - EP: 2,89% BD: 53,30% - CV: 46,70% Rentabilidade Total: 6,68% -47,67pp RF: 12,15% - RV: 2,06% - IM: 37,64% - EP: 17,35% BD: 5,58% - CD: 6,69% Meta Atuarial: BD INPC+5% - CV INPC+5% Superáv/Déf: R$ -9.091.305,54 - -102,09% Total Partic.: 30.540 7,46% Ativos: 50,53% - Assist: 49,47% BD: 46,20% - CV: 53,80% Patroc. Princ.: CSN Partic.: 91,00% Pres: Alberto Monteiro de Queiroz Netto - Jan/2010 - Jan/2010 Dir.Fin.: Ricardo José Machado da Costa Esch - Out/2002 - Out/2002 Dir. Benef.: Antídia Juncal dos Santos Ribeiro - Jan/2010 - Jan/2010 25 Funbep Investimentos: R$ 3.243.604.762,21 19,29% RF: 83,91% - RV: 12,44% - IM: 3,23% - EP: 0,42% BD: 99,91% - CV: 0,09% Rentabilidade Total: 28,09% 14,70pp RF: 30,11% - RV: 5,40% - IM: 44,29% - EP: 20,04% BD: 28,09% - CV: 9,76% Gestão Terceirizada: 96,35 -0,37% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD IGPM+5,5% - CV INPC+5,5% Superáv/Déf: R$ -15.211.895,66 - -90,78% Total Partic.: 6.981 -0,96% Ativos: 28,35% - Assist: 71,65% BD: 99,61% - CV: 0,39% Patroc. Princ.: Itaú Unibanco Partic.: 90,00% Pres: Sergio Guillinet Fajerman - Mar/2009 - Mai/2009 Dir.Fin.: Gabriel Amado de Moura - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Arnaldo C. Serighelli - Nov/2000 - Nov/2004 26 Gerdau Investimentos: R$ 3.138.402.000,00

7,49%

27 Ceres Investimentos: R$ 2.795.617.960,75 13,24% RF: 75,84% - RV: 14,67% - IM: 3,12% - EP: 3,83% - O: 2,54% BD: 93,04% - CV: 6,96% Rentabilidade Total: 13,94% -2,12pp RF: 14,90% - RV: 11,31% - IM: 11,11% - EP: 11,31% BD: 13,94% - CV: 11,98% Gestão Terceirizada: 6,77 2,38% Gestor princ.: FAR – Fator Adm. de Recursos - Custod.: Santander Meta Atuarial: BD INPC+5,75% - CV INPC+6% Superáv/Déf: R$ -67.057.431,10 - -231,94% Total Partic.: 16.707 5,30% Ativos: 0,67% - Assist: 0,33% BD: 0,94% - CV: 0,06% Patroc. Princ.: Embrapa Partic.: 75,23% Pres: Manoel Moacir Costa Macedo - Set/2007 - Set/2007 Dir.Fin.: Dante Daniel Giacomelli Scolari - Dez/2010 - Dez/2010 Dir. Benef.: Rafael Eurides Jabuonski - Fev/2010 - Fev/2010 28 Eletros Investimentos: R$ 2.727.836.718,30 17,49% RF: 74,10% - RV: 13,13% - IM: 3,83% - EP: 4,60% - O: 4,34% BD: 64,24% - CD: 35,42% - CV: 0,34% Rentabilidade Total: 18,92% 3,50pp RF: 15,38% - RV: 2,53% - IM: 65,20% - EP: 13,23% BD: 23,47% - CD: 11,11% - CV: 10,95% Gestão Terceirizada: 44,27 -9,47% Gestor princ.: Alfa - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD INPC+5,5% - CV INPC+6% Superáv/Déf: R$ 64.583.236,72 - 381,90% Total Partic.: 4.740 5,08% Ativos: 61,00% - Assist: 39,00% BD: 44,00% - CD: 51,00% - CV: 5,00% Patroc. Princ.: Eletrobrás nd Pres: Marco Aurélio Orrego da Costa e Silva - Jul/2007 - Jul/2007 Dir.Fin.: Jack Nottingham Steiner - Jan/2011 - Jan/2011 Dir. Benef.: Alice Valderez de Andrade Salomão - Jul/2007 - Jul/2007 29 Fundação Banrisul Investimentos: R$ 2.634.716.201,11 5,36% RF: 69,23% - RV: 24,31% - IM: 1,55% - EP: 2,44% - O: 2,47% BD: 96,81% - CD: 0,09% Rentabilidade Total: 9,76% -13,19pp RF: 13,89% - RV: -2,37% - IM: 12,39% - EP: 17,87% BD: 9,76% - CV: 12,77% Gestão Terceirizada: 11,61 -0,90% Gestor princ.: Banrisul - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Superáv/Déf: R$ -163.167.000,00 - -179,39% Total Partic.: 14.578 2,40% Ativos: 60,34% - Assist: 39,66% BD: 92,59% - CV: 7,41% Patroc. Princ.: Banco Est. Rio Grande do Sul nd Pres: Jorge Luiz Ferri Berzagui - Mai/2011 - Mai/2011 Dir.Fin.: Álvaro de Borba Kafruni - Mai/2011 - Mai/2011 Dir. Benef.: Flavio Soares Alves - Mai/2011 - Mai/2011 30 Serpros Investimentos: R$ 2.471.213.000,00 RF: 84,30% - RV: 12,10% - IM: 1,50% - EP: 1,40% Rentabilidade Total: 16,59% RF: 16,31% - RV: 9,99% - IM: 93,98% - EP: 20,40% Pres: Thadeu Duarte Macedo Neto - nd - nd Dir.Fin.: Eloir Cogliatti - nd - nd Dir. Benef.: Luiz Roberto Doce Santos - nd - nd

-2,53% -2,18pp

31 Capef Investimentos: R$ 2.403.996.300,00 11,02% RF: 81,78% - RV: 6,57% - IM: 6,09% - EP: 4,02% BD: 99,27% - CV: 0,73% Rentabilidade Total: 18,04% 0,83pp RF: 14,93% - RV: 8,24% - IM: 35,17% - EP: 14,67% BD: 18,12% - CV: 7,32% Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Superáv/Déf: R$ 1.760.300,00 - -86,30% Total Partic.: 7.287 6,29% Ativos: 38,63% - Assist: 61,37% Patroc. Princ.: Banco do Nordeste Partic.: 82,25% Pres: Francisco José Araújo Bezerra - 2005 - 2005 Dir.Fin.: José Jurandir Bastos Mesquita - 2004 - 2004 Dir. Benef.: Rômulo Pereira Amaro - 2004 - 2004

JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


anuncio_fip_dezembro_2o1o.pdf

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

1

09/12/10

13:33


TOP ATUARIAL FUNDOS DE PENSÃO 32 Refer Investimentos: R$ 2.396.037.585,18 1,01% RF: 65,22% - RV: 16,35% - IM: 11,72% - EP: 1,32% - O: 5,39% BD: 12,96% - CV: 87,04% Rentabilidade Total: 2,04% 0,37pp RF: 1,24% - RV: 5,66% - IM: 1,90% - EP: 2,29% - O: 0,96%* BD: 13,04% - CV: 13,36% Gestão Terceirizada: 8,02 -2,76% Gestor princ.: BRAM - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Superáv/Déf: R$ -1.099.088.118,19 - 47,86% Total Partic.: 34.644 -1,26% Ativos: 14,92% - Assist: 85,08% BD: 5,71% - CV: 94,29% Patroc. Princ.: Rede Ferroviária Federal Partic.: 60,13% Pres: Marco André Marques Ferreira - Nov/2008 - Nov/2008 Dir.Fin.: Carlos de Lima Moulin - Jul/2009 - Jul/2009 Dir. Benef.: Tania Regina Ferreira - Jul/2003 - Jul/2003

* Investimentos Estruturados.

33 PSS – Seguridade Social Investimentos: R$ 2.235.805.018,97 9,73% RF: 85,61% - RV: 9,90% - IM: 3,31% - EP: 0,61% - O: 0,57% BD: 63,08% - CV: 36,92% Rentabilidade Total: 15,29% -8,06pp RF: 17,13% - RV: 2,08% - IM: 11,58% - EP: 11,19% - O: 23,01% BD: 16,07% - CV: 13,90% Gestão Terceirizada: 95,50 1,30% Gestor princ.: BRAM - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD IPC-DI+6% - CV IPC-DI+6% Superáv/Déf: R$ 100.266.269,59 - 27,56% Total Partic.: 7.497 -1,96% Ativos: 43,67% - Assist: 56,33% BD: 52,21% - CV: 47,79% Patroc. Princ.: Philips do Brasil Partic.: 98,00% Pres: (Acumula função de Diretor Financeiro) - 2004 - 2009

32 - 49

34 Multiprev Investimentos: R$ 2.017.753.000,00

20,83%

35 Fibra Investimentos: R$ 1.914.351.666,00 8,70% RF: 71,15% - RV: 22,33% - IM: 1,40% - EP: 2,53% - O: 2,59% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 11,47% -10,87pp RF: 14,66% - RV: 2,39% - IM: 15,67% - EP: 14,88% - O: 0,94% BD: 11,47% Gestão Terceirizada: 33,01 4,42% Gestor princ.: BRAM - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD IPCA+6% Superáv/Déf: R$ -4.450.325,70 - -117,68% Total Partic.: 2.809 3,84% Ativos: 54,22% - Assist: 45,78% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Itaipu Binacional nd Pres: Silvio Renato Rangel Silveira - Abr/1997 - Abr/2006 Dir.Fin.: Silvio Renato Rangel Silveira - Abr/1997 - Abr/2006 Dir. Benef.: Florício Medeiros da Costa - Mar/2004 - Abr/2006 36 Fundação Celos Investimentos: R$ 1.869.217.000,00 RF: 69,68% - RV: 15,41% - IM: 3,65% - EP: 2,54% Rentabilidade Total: 13,66% RF: 13,12% - RV: 15,98% - IM: 9,07% - EP: 23,41% Total Partic.: 18.403 Ativos: 24,85% - Assist: 75,15% Patroc. Princ.: Celesc Pres: Milton de Queiroz Garcia - nd - nd Dir.Fin.: Arno Veiga Cugnier - nd - nd Dir. Benef.: João Paulo de Souza - nd - nd

10,09% nd nd nd

37 Attilio Fontana Investimentos: R$ 1.799.894.256,94 10,84% RF: 78,63% - RV: 12,55% - IM: 7,57% - EP: 0,60% - O: 0,65% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 13,57% -4,75pp RF: 13,15% - RV: 6,75% - IM: 51,36% - EP: 28,50% - O: -12,93%* BD: 13,57% Gestão Terceirizada: 3,47 -0,40% Gestor princ.: HSBC - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5% Superáv/Déf: R$ -26.222.000,00 - -67,62% Total Partic.: 17.381 -3,29%

28

 Ativos: 71,22% - Assist: 28,78%

BD: 100,00% Patroc. Princ.: Sadia S/A nd Pres: Darci Luiz Primo - Abr/1996 - Nov/2005 Dir.Fin.: Hugo Saito - Nov/2005 - Nov/2005 Dir. Benef.: Flávia Thais Fontana Gemignani - Nov/2005 - Nov/2005

38 Elos Investimentos: R$ 1.771.000.000,00 RF: 85,50% - RV: 8,90% - IM: 2,40% - EP: 2,90% BD: 96,85% - CD: 3,15% Rentabilidade Total: 16,38% RF: 15,76% - RV: 6,98% - IM: 59,15% - EP: 16,72% BD: 17,11% - CD: 13,02% Total Partic.: 4.305 Ativos: 36,14% - Assist: 63,86% Patroc. Princ.: Eletrosul Pres: Geazi Correa - 2007 - 2007 Dir.Fin.: Nelson A. V. de Andrade - 1999 - 1999 Dir. Benef.: Claudius Charles Girard - 2008 - 2008

9,92% -6,83pp 4,06% nd

39 UnileverPrev Investimentos: R$ 1.740.810.758,19 8,76% RF: 85,75% - RV: 14,25% - EP: 0,00% BD: 26,93% - CV: 73,07% Rentabilidade Total: 10,58% -8,52pp RF: 12,69% - RV: 1,54% - EP: 0,00% BD: 11,96% - CV: 10,46% Gestão Terceirizada: 100,00 nd Gestor princ.: BNP Paribas; HSBC; Itaú Unibanco - Custod.: Citibank Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Total Partic.: 11.370 -0,43% Ativos: 81,93% - Assist: 10,91% BD: 9,37% - CV: 90,63% Patroc. Princ.: Unilever Brasil Ltda nd Pres: Flavio Figueira Cotini - Abr/2011 - Abr/2011 Dir.Fin.: Milton Luis Nascimento Brandt - Set/2008 - Set/2008 Dir. Benef.: Maurício Ferrer Pinto - Abr/2011 - Abr/2011 40 Itaúsa Industrial Investimentos: R$ 1.721.118.852,42 8,08% RF: 86,64% - RV: 12,76% - EP: 0,60% BD: 13,94% - CD: 86,06% Rentabilidade Total: 9,30% -8,50pp RF: 9,90% - RV: 5,70% - EP: 9,80% BD: 9,30% - CD: 9,30% Gestão Terceirizada: 81,35 8,94% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5% Total Partic.: 10.788 4,14% Ativos: 92,86% - Assist: 7,14% BD: 6,57% - CD: 93,43% Patroc. Princ.: Duratex Partic.: 52,57% Pres: Raul Penteado - Jan/1994 - Abril/2010 Dir.Fin.: Raul Penteado - Jan/1994 - Jun/2011 Dir. Benef.: Reginaldo Appa - Nov/2000 - Nov/2000 41 Previminas Investimentos: R$ 1.717.571.000,00

20,52%

42 Infraprev Investimentos: R$ 1.693.341.598,81 14,71% RF: 56,41% - RV: 21,68% - IM: 4,78% - EP: 6,64% - O: 10,49%* BD: 3,71% - CD: 96,29% Rentabilidade Total: 11,60% -10,35pp RF: 11,20% - RV: 2,31% - IM: 52,29% - EP: 20,78% - O: 14,90%** BD: 11,60% - CD: 11,60% Gestão Terceirizada: 10,49 -3,25% Gestor princ.: BRAM - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Total Partic.: 13.386 8,87% Ativos: 81,14% - Assist: 18,86% BD: 1,70% - CV: 98,30% Patroc. Princ.: Infraero nd Pres: Carlos Frederico Aires Duque - Mar/2003 - Mar/2003 Dir.Fin.: Miguel Alexandre da Conceição David - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Diblaim Carlos da Silva - Jul/2008 - Jul/2008

* Investimentos Estruturados + disponível. ** Investimentos Estruturados.

43 Geap Investimentos: R$ 1.635.769.027,10 RF: 79,91% - RV: 20,08% - IM: 0,01% - EP: 0,00% BD: 99,23% - CV: 0,77%

9,49%

Rentabilidade Total: 11,12% -5,21pp RF: 11,89% - RV: 8,31% - EP: 0,00% BD: 11,12% - CV: 10,40% Gestão Terceirizada: 56,74 -0,90% Gestor princ.: BB DTVM - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD INPC+5% - CV INPC+5% Superáv/Déf: R$ 327.111.464,83 - -3,87% Total Partic.: 65.733 -2,60% Ativos: 100,00% - Assist: 0,00% BD: 98,51% - CV: 1,49% Fundo: Multipatrocinado aberto nd Pres: Carlos Célio de Andrade Santos - Abr/2011 - Abr/2011 Dir.Fin.: Jorge Luiz Guimarães - Fev/2011 - Fev/2011 Dir. Benef.: Maria de Lourdes A.V.Padrão - Fev/2011 - Fev/2011 44 Citiprevi Investimentos: R$ 1.609.569.000,00 45 Fusesc Investimentos: R$ 1.609.257.626,57 RF: 90,00% - RV: 1,86% - IM: 4,18% - EP: 2,71% Rentabilidade Total: 10,69% Patroc. Princ.: Codesc Pres: Vânio Boing - nd - nd Dir.Fin.: Marcos Anderson Treitinger - nd - nd Dir. Benef.: Bruno José Bleil - nd - nd

-12,13% 3,49% nd nd

46 Volkswagen Previdência Privada Investimentos: R$ 1.528.845.474,18 5,51% RF: 85,98% - RV: 12,76% - IM: 1,26% - EP: 0,00% BD: 12,92% - CV: 87,08% Rentabilidade Total: 9,17% -6,68pp RF: 10,11% - RV: 1,42% - IM: 17,77% - EP: 0,00% CV: 9,17% Gestão Terceirizada: 100,00 nd Gestor princ.: GAP Prudential - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD INPC+4,75% - CV INPC+4,75% Total Partic.: 27.366 5,73% Ativos: 94,00% - Assist: 6,00% BD: 38,00% - CD: 41,00% - CV: 21,00% Patroc. Princ.: Volkswagen do Brasil nd Pres: Josef-Fidelis Senn - Abril/2006 - Abril/2006 Dir.Fin.: Luiz Paulo Brasizza - Mar/2002 - Mar/2002 Dir. Benef.: Marcelo Cavalcanti - Jan/2007 - Jan/2007 47 Femco Investimentos: R$ 1.506.784.284,42 7,09% RF: 76,89% - RV: 12,66% - IM: 8,49% - EP: 1,45% - O: 0,52% BD: 26,69% - CD: 73,31% Rentabilidade Total: 13,79% nd RF: 12,59% - RV: 15,57% - IM: 12,76% - EP: 20,89% BD: 11,51% - CD: 13,79% Total Partic.: 13.431 -0,64% Ativos: 34,49% - Assist: 65,51% BD: 95,19% - CD: 4,81% Patroc. Princ.: Usiminas Partic.: 99,30% Pres: Carlos Gaggini - nd - nd Dir.Fin.: Luiz Hisao Ikegami - nd - nd 48 Previnorte Investimentos: R$ 1.486.648.768,32 17,61% RF: 80,70% - RV: 12,21% - IM: 3,01% - EP: 4,08% BD: 26,11% - CD: 73,89% Rentabilidade Total: 14,91% -1,92pp RF: 15,70% - RV: 8,24% - IM: 16,70% - EP: 16,31% BD: 13,77% - CD: 16,05% Gestor princ.: nd - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5,75% Superáv/Déf: R$ 137.201.085,11 - 102,11% Total Partic.: 6.931 nd Ativos: 82,24% - Assist: 14,16% BD: 12,18% - CD: 87,82% Patroc. Princ.: Eletronorte Partic.: 91,21% Pres: Massashi Tegoshi - 2005 - 1976 Dir.Fin.: Fábio Resende da Silva - 2004 - 2004 Dir. Benef.: Alceu Brito Corrêa - 1 ano - 1 ano 49 Funssest Investimentos: R$ 1.470.981.803,00 RF: 88,12% - RV: 9,21% - EP: 2,67% BD: 84,35% - CD: 15,65% Rentabilidade Total: 11,80% RF: 12,89% - RV: 1,82% - EP: 11,65%

7,60% nd

 JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


 BD: 12,28% - CD: 9,17%

Total Partic.: 7.036 Ativos: 74,43% - Assist: 25,57% BD: 55,87% - CD: 44,13% Patroc. Princ.: Cia Siderúrgica Tubarão Pres: Mauro Esteves de Barros - nd - nd Dir.Fin.: Isaque Iuzuru Nagata - nd Dir. Benef.: José Augusto dos Santos Servino - nd - nd

nd nd

 Pres: Augusto da Silva Reis - 2010 - 2010

Dir.Fin.: Jeremias Xavier de Moura - 2008 - 2008

58 IH Prev Investimentos: R$ 1.183.467.000,00

25,86%

59 Núcleos Investimentos: R$ 1.144.013.000,00

32,56%

50 Instituto Ambev Investimentos: R$ 1.420.918.000,00

8,07%

60 Funepp Investimentos: R$ 1.138.764.000,00

11,92%

51 Prece Investimentos: R$ 1.409.149.000,00

9,74%

61 Multipensions Investimentos: R$ 1.102.772.000,00

49,15%

52 Braslight Investimentos: R$ 1.345.661.000,00

1,36%

62 Regius Investimentos: R$ 1.098.778.000,00

17,77%

53 Bandeprev Investimentos: R$ 1.334.984.711,55 6,39% RF: 89,24% - RV: 7,31% - IM: 1,12% - EP: 1,51% - O: 0,82% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 13,05% 1,19pp RF: 12,48% - RV: 1,58% - IM: 342,71% - EP: 14,83% - O: -0,05%* BD: 100,00% Gestão Terceirizada: 97,37 -0,69% Gestor princ.: Santander - Custod.: Santander Meta Atuarial: BD INPC+5% Superáv/Déf: R$ 193.579.948,44 - -9,91% Total Partic.: 2.118 -0,24% Ativos: 15,20% - Assist: 84,80% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Banco Santander nd Pres: Maria Isolda Paurá Jardelino da Costa - Abr/2010 - Abr/2010 Dir.Fin.: Evandro Couceiro Costa Júnior - Dez/1997 - Out/2003 Dir. Benef.: Maurício de Souza Luna - Dez/1997 - Dez/1997

* Investimentos Estruturados.

54 BB Previdência Investimentos: R$ 1.313.357.000,00 55 Sabesprev Investimentos: R$ 1.306.653.000,00 RF: 72,24% - RV: 14,30% - IM: 2,24% - EP: 1,73% BD: 86,14% - CD: 12,25% Rentabilidade Total: 14,20% RF: 15,83% - RV: 6,87% - IM: 6,69% - EP: 20,13% BD: 13,79% - CD: 10,50% Total Partic.: 20.079 Ativos: 68,26% - Assist: 31,74% BD: 79,85% - CD: 20,15% Patroc. Princ.: Sabesp Pres: Liège Oliveira Ayub - nd - nd Dir.Fin.: Ademir dos Santos - nd - nd Dir. Benef.: Cesar Soares Barbosa - nd - nd 56 Previrb Investimentos: R$ 1.289.150.784,00 RF: 88,55% - RV: 8,38% - IM: 2,73% - EP: 0,35% BD: 97,49% - CV: 2,51% Rentabilidade Total: 12,02% RF: 12,73% - RV: 2,28% - IM: 16,52% - EP: 21,60% BD: 12,03% - CD: 11,50% Total Partic.: 2.268 Ativos: 18,61% - Assist: 81,39% CD: 21,03% Patroc. Princ.: IRB-Brasil Resseguros Pres: Maria das Dores Silva - 2006 - 2006 Dir.Fin.: Regina Lucia da Silva Ribeiro - 2005 - 2005 Dir. Benef.: Nelson da Silva Varella - 2005 - 2005 57 Faelba Investimentos: R$ 1.254.049.000,00 RF: 80,86% - RV: 15,71% - IM: 1,85% - EP: 3,25% BD: 33,63% - CD: 66,37% Rentabilidade Total: 11,79% RF: 8,34% - RV: 9,92% - IM: 75,74% - EP: 10,42% BD: 15,05% - CD: 10,01% Superáv/Déf: R$ 98.700.000,00 - 532,54% Total Partic.: 4.538 Ativos: 56,35% - Assist: 43,65% BD: 22,48% - CD: 77,52% Patroc. Princ.: Coelba

18,64%

63 Prebeg Investimentos: R$ 1.082.416.587,93 8,47% RF: 89,22% - RV: 9,89% - IM: 0,47% - EP: 0,42% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 13,68% -1,68pp RF: 14,66% - RV: 1,41% - IM: 54,36% - EP: 32,59% BD: 13,68% Gestão Terceirizada: 99,19 -0,07% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5,5% Superáv/Déf: R$ -2.611.170,41 - -104,43% Total Partic.: 1.950 -1,22% Ativos: 28,10% - Assist: 71,90% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Itaú Unibanco S.A. Partic.: 90,00% Pres: Sergio Guillinet Fajerman - Mar/2009 - Mai/2009 Dir.Fin.: Gabriel Amado de Moura - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Arnaldo C. Serighelli - Dez/2004 - Dez/2004 64 Johnson&Johnson Investimentos: R$ 1.067.559.000,00

9,47%

4,82%

65 Metrus Investimentos: R$ 1.019.521.198,60 4,90% RF: 66,01% - RV: 19,20% - IM: 5,17% - EP: 5,93% - O: 3,69% BD: 70,92% - CV: 29,08% Rentabilidade Total: 15,48% -2,45pp RF: 16,26% - RV: 1,51% - IM: 13,64% - EP: 18,38% - O: 42,21% BD: 13,61% - CV: 17,44% Gestão Terceirizada: 17,11 -3,41% Gestor princ.: Schroders - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+5% Superáv/Déf: R$ 4.912.525,69 - nd Total Partic.: 11.144 5,05% Ativos: 80,74% - Assist: 19,26% BD: 51,09% - CV: 48,91% Patroc. Princ.: Metrô de São Paulo Partic.: 99,00% Pres: Fábio Mazzeo - Fev/1995 - Fev/1995 Dir.Fin.: Valter Renato Gregori - Fev/1995 - Fev/1995 Dir. Benef.: Sergio Reis Quagia - Fev/1995 - Fev/1995

-3,12pp

66 Múltipla Investimentos: R$ 1.015.851.000,00

32,18%

-2,33%

67 Aerus Investimentos: R$ 966.942.000,00

5,03%

nd

68 Prevdow Investimentos: R$ 953.308.000,00

8,04%

69 Sanprev Investimentos: R$ 913.139.000,00

9,12%

70 Fasc Investimentos: R$ 911.560.000,00

9,35%

71 Previ-Siemens Investimentos: R$ 898.307.000,00

10,90%

-3,10% nd nd nd

7,53% -12,71pp

1,09%

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

nd

72 Fundação Promon Investimentos: R$ 885.995.857,58 10,93% RF: 71,18% - RV: 16,30% - IM: 6,42% - EP: 2,83% - O: 3,27%* BD: 63,10% - CD: 36,90% Rentabilidade Total: 14,52% -3,16pp RF: 13,67% - RV: 2,28% - IM: 89,36% - EP: 11,02% - O: 6,92%*

29


TOP ATUARIAL FUNDOS DE PENSÃO  BD: 16,42% - CD: 11,35%

Gestão Terceirizada: 43,60 -2,30% Gestor princ.: HSBC - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5% Superáv/Déf: R$ 24.806.599,35 - -27,48% Total Partic.: 2.295 6,30% Ativos: 74,00% - Assist: 26,00% BD: 24,00% - CD: 76,00% Patroc. Princ.: Promon Engenharia Partic.: 65,00% Pres: Wagner Tirolli - Ago/2009 - Ago/2010 Dir.Fin.: Mário Sérgio de Pina Ribeiro - Jan/2003 - Jan/2003 Dir. Benef.: Wagner Tirolli - Ago/2009 - Ago/2009

* Investimentos Estruturados.

73 Baneses Investimentos: R$ 882.941.256,48 9,49% RF: 71,48% - RV: 22,62% - IM: 1,40% - EP: 4,33% - O: 0,17%* CV: 100,00% Rentabilidade Total: 15,05% 3,59pp RF: 15,35% - RV: 7,39% - IM: 11,25% - EP: 19,67% - O: -1,27%* CV: 15,05% Gestor princ.: BNY Mellon ARX - Custod.: HSBC Bank Meta Atuarial: CV IGP-DI+6% Superáv/Déf: R$ -29.947,44 - -100,13% Total Partic.: 4.060 1,02% Ativos: 53,23% - Assist: 46,77% CV: 100,00% Patroc. Princ.: Banestes Partic.: 6,77% Pres: Jussara Gonçalves Vieira - Mai/2011 - Mai/2011 Dir.Fin.: Fernando Valli Cardoso - Mai/2011 - Mai/2011 Dir. Benef.: Deosdete José Lorenção - Abr/2009 - Abr/2009

73 - 99

* Fundos de Investimentos em Participações.

 Dir.Fin.: Vitelmo Ferreira - Mar/1997 - Mai/2000

92 Arus Investimentos: R$ 643.320.000,00

Dir. Benef.: Dilma Nascimento - Nov/2004 - Nov/2004

81 Previ-Ericsson Investimentos: R$ 752.230.000,00 5,74% RF: 78,20% - RV: 17,40% - EP: 0,00% - O: 4,40%* BD: 83,58% - CV: 16,42% Rentabilidade Total: 10,51% -10,04pp RF: 13,02% - RV: 2,53% - EP: 0,00% BD: 10,51% - CV: 10,51% Gestão Terceirizada: 100,00 0,0% Gestor princ.: BNP Paribas - Custod.: Bradesco Meta Atuarial: BD IPCA+5% - CV IPCA+5% Superáv/Déf: R$ 202.726,00 - 13,59% Total Partic.: 2.249 -8,84% Ativos: 77,77% - Assist: 22,23% BD: 100,00% - CV: 100,00% Patroc. Princ.: Ericsson Telecomunicações Partic.: 85,50% Pres: Rogério Tatulli - Mai/2010 - Mai/2010 Dir.Fin.: Carla Mattos Marchesino de Oliveira - Mai/2010 - Mai/2010

* Multimercado

82 Faceb Investimentos: R$ 748.254.000,00

10,53%

83 Ford Investimentos: R$ 746.712.000,00

5,26%

84 Sarah Previdência Investimentos: R$ 727.103.000,00

15,57%

85 Bases Investimentos: R$ 725.818.000,00

3,68%

74 Fipecq Investimentos: R$ 864.836.000,00

9,29%

75 Previbayer Investimentos: R$ 862.415.000,00

86 Redeprev Investimentos: R$ 720.673.000,00

10,78%

28,54%

76 Prhosper Investimentos: R$ 857.310.000,00

87 Fusan Investimentos: R$ 720.072.000,00

8,45%

7,45%

88 Ecos Investimentos: R$ 710.129.029,23 5,42% RF: 79,01% - RV: 15,28% - IM: 4,36% - EP: 1,35% BD: 99,82% - CD: 0,18% Rentabilidade Total: 15,47% -1,20pp RF: 16,12% - RV: 6,93% - IM: 39,31% - EP: 11,38% BD: 15,48% - CD: 9,23% Gestão Terceirizada: 9,92 2,60% Gestor princ.: BBM - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5% Superáv/Déf: R$ 156.056.084,58 - 242,22% Total Partic.: 1.140 -3,47% Ativos: 35,61% - Assist: 64,39% BD: 78,51% - CD: 21,49% Patroc. Princ.: Economico Agro Pastoril e Indl. nd Pres: Jussara Carvalho Salustino - Set/2004 - Abr/2007 Dir.Fin.: Tiago Novaes Villas Boas - Abr/2007 - Abr/2007 Dir. Benef.: Roberto De Sá Damaso - Ago/1999 - Ago/1999

77 UBB Prev Investimentos: R$ 845.216.796,20 10,98% RF: 91,79% - RV: 5,25% - IM: 2,96% - EP: 0,00% BD: 5,75% - CV: 94,25% Rentabilidade Total: 10,73% -1,49pp RF: 10,66% - RV: 17,65% - IM: 62,80% - EP: 0,00% BD: 9,83% - CV: 10,73% Gestão Terceirizada: 97,93 0,63% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+4% - CV INPC+4% Superáv/Déf: R$ -70.014.039,66 - -568,37% Total Partic.: 12.084 -6,11% Ativos: 92,58% - Assist: 7,42% BD: 3,52% - CV: 96,48% Patroc. Princ.: Itaú Unibanco Partic.: 90,00% Pres: Sergio Guillinet Fajerman - Mar/2009 - Mar/2009 Dir.Fin.: Gabriel Amado de Moura - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Arnaldo C. Serighelli - Nov/2008 - Nov/2008 78 Odeprev Investimentos: R$ 817.901.000,00

25,85%

79 São Rafael PP Investimentos: R$ 791.978.000,00

3,43%

80 Brasiletros Investimentos: R$ 791.854.105,48 3,80% RF: 75,47% - RV: 19,15% - IM: 5,37% - EP: 0,01% BD: 70,74% - CV: 28,65% Rentabilidade Total: 9,80% -14,01pp RF: 12,10% - RV: 1,01% - IM: 8,92% - EP: 0,00% BD: 9,95% - CV: 10,05% Gestão Terceirizada: 94,62 0,28% Gestor princ.: HSBC - Custod.: HSBC Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Superáv/Déf: R$ -31.573.920,84 - -137,20% Total Partic.: 3.883 -2,24% Ativos: 31,08% - Assist: 68,92% BD: 56,53% - CV: 43,47% Patroc. Princ.: Ampla Energia Partic.: 95,00% Pres: Luís Carlos Silva Miranda - Dez/1997 - Mai/2000

30

89 Faelce Investimentos: R$ 708.112.000,00

9,87%

90 Celpos Investimentos: R$ 678.152.427,52 8,22% RF: 55,71% - RV: 16,45% - IM: 2,24% - EP: 2,35% - O: 23,25%* BD: 88,71% - CD: 10,60% Rentabilidade Total: 12,82% -3,48pp RF: 12,59% - RV: 7,19% - IM: 67,98% - EP: 21,07% - O: 12,24%* BD: 12,90% - CD: 11,46% Gestor princ.: HSBC - Custod.: Santander Meta Atuarial: BD INPC+6% Superáv/Déf: R$ -21.284.000,00 - -53,91% Total Partic.: 4.868 0,12% Ativos: 36,05% - Assist: 63,95% BD: 77,73% - CD: 22,27% Patroc. Princ.: Celpe nd Pres: Sérgio Fernandes de Magalhães Filho - Jan/2011 - Jan/2011 Dir.Fin.: Elisabete Ferreira de Almeida Duarte - Abril/2006 - Abril/2006 Dir. Benef.: Pompeu H. Cavalcanti Neto - Dez/2007 - Dez/2007

* Oper. com a Patrocinadora e Investimentos Estruturados.

91 São Bernardo Investimentos: R$ 665.752.000,00

1,70%

3,93%

93 Desban Investimentos: R$ 640.061.000,00 7,96% RF: 75,44% - RV: 17,46% - IM: 4,62% - EP: 1,66% Rentabilidade Total: 13,61% -3,69pp RF: 15,22% - RV: 1,12% - IM: 67,24% - EP: 16,17% Meta Atuarial: BD IPCA+5,5% Patroc. Princ.: BDMG Partic.: 100,00% 94 Aceprev Investimentos: R$ 637.545.791,32 8,74% RF: 93,13% - RV: 5,06% - IM: 0,96% - O: 0,85%* CV: 100,00% Rentabilidade Total: 10,16% -1,82pp RF: 10,63% - RV: 4,37% - IM: 62,40% - O: 4,83%* CV: 10,16% Gestão Terceirizada: 66,86 -4,85% Gestor princ.: Santander - Custod.: Bradesco Superáv/Déf: R$ 25.267.747,54 - -4,03% Total Partic.: 3.833 -0,36% Ativos: 78,00% - Assist: 22,00% CV: 100,00% Patroc. Princ.: Aperam nd Pres: Nélia Maria de Campos Pozzi - 1999 - 1999 Dir.Fin.: Gualter Guilherme Oliveira Moreira - 2010 - 2010 Dir. Benef.: Mirna Leita Coelho Martins de Oliveira - 2008 - 2008

* Investimentos Estruturados.

95 Fundação Corsan Investimentos: R$ 631.108.000,00

15,49%

96 Agros Investimentos: R$ 628.658.527,35 9,28% RF: 53,20% - RV: 26,95% - IM: 9,55% - EP: 10,30% BD: 0,00% - CD: 0,09% - CV: 99,91% Rentabilidade Total: 12,92% -13,19pp RF: 11,16% - RV: 7,01% - IM: 41,33% - EP: 17,59% BD: 12,92% - CD: 11,16% Gestão Terceirizada: 51,66 -0,51% Gestor princ.: BTG Pactual - Custod.: HSBC Meta Atuarial: BD INPC+0,05% Superáv/Déf: R$ 5.803.106,43 - -92,92% Total Partic.: 5.339 3,93% Ativos: 86,25% - Assist: 13,75% BD: 90,08% - CD: 9,92% Patroc. Princ.: UFV - Universidade Federal de Viçosa nd Pres: Luiz Sérgio Saraiva - Fev/2009 - Fev/2009 Dir.Fin.: Constantino José Gouvêa Filho - Fev/2009 - Fev/2009 Dir. Benef.: José Henrique de Oliveira - Fev/2009 - Fev/2009 97 Basf Soc. Previd. Complementar Investimentos: R$ 622.731.287,00 10,60% RF: 79,43% - RV: 20,23% - EP: 0,34% CV: 100,00% Rentabilidade Total: 11,79% -8,64pp RF: 12,86% - RV: 1,98% - IM: 0,00% - EP: 12,45% CV: 11,79% Gestão Terceirizada: 99,66 0,12% Gestor princ.: Bradesco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: CV INPC+5% Superáv/Déf: R$ -167.000,00 - -100,91% Total Partic.: 4.271 11,28% Ativos: 93,50% - Assist: 6,50% CV: 100,00% Patroc. Princ.: BASF Partic.: 95,00% Pres: Fernando Figueiredo - 2000 - 2000 Dir.Fin.: Anita Viviani - 2000 - 2000 Dir. Benef.: Anita Viviani - 2000 - 2000 98 Previ Novartis Investimentos: R$ 622.354.000,00 99 Funsejem Investimentos: R$ 620.706.207,53 RF: 98,25% - EP: 1,75% CD: 100,00% Rentabilidade Total: 9,61% RF: 9,54% - EP: 14,06% CD: 9,61% Gestão Terceirizada: 98,98 Gestor princ.: BNP Paribas - Custod.: Itaú Unibanco

9,15% 17,60% -3,37pp 7,05%

 JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


Meta Atuarial: BD IGPM+5% Superáv/Déf: R$ 5.100.000,00 - -43,23% Total Partic.: 28.757 5,12% Ativos: 98,87% - Assist: 1,13% BD: 18,29% - CD: 81,71% Fundo Multipatrocinado Pres: Paulo Roberto Pisauro - Mar/2002 - Mar/2002 Dir.Fin.: Paulo Roberto Pisauro - Mar/2002 - Mar/2002 Dir. Benef.: Gilberto Lara Nogueira - Mar/2004 - Mar/2004

100 Prevunião Investimentos: R$ 616.561.000,00

7,36%

109 Prevhab Investimentos: R$ 509.466.000,00

6,29%

110 Enerprev Investimentos: R$ 503.848.000,00

6,10%

111 Syngenta Previ Investimentos: R$ 484.926.000,00

9,59%

112 Preveme Investimentos: R$ 479.243.000,00

6,13%

130 MB Prev Investimentos: R$ 340.455.000,00

18,85%

131 Comprev Investimentos: R$ 336.054.837,55 7,00% RF: 75,27% - RV: 21,16% - IM: 0,84% - EP: 2,73% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 11,70% -8,69pp RF: 11,50% - RV: 5,89% - IM: 77,38% - EP: 29,87% BD: 11,70% Gestão Terceirizada: 7,60 nd Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5,75% - CV INPC+5,75% Superáv/Déf: R$ 64.051.396,34 - 20,57% Total Partic.: 4.543 -9,63% Ativos: 70,41% - Assist: 29,59% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Compesa Partic.: 100,00% Pres: Ângela Sotero Bacelar - Mar/2007 - Mar/2007 Dir.Fin.: Julio Mário Gomes B. Cavalcanti - Mar/2007 - Mar/2007 Dir. Benef.: Márcio de Sousa Rocha - Mar/2007 - Mar/2007

101 Itaú Multipatrocinado Investimentos: R$ 595.498.000,00

116,04%

102 Cargillprev Investimentos: R$ 571.924.000,00

16,71%

103 Previg Investimentos: R$ 571.129.000,00

16,21%

113 Abrilprev Investimentos: R$ 463.529.000,00 RF: 83,27% - RV: 15,82% - IM: 0,91% Rentabilidade Total: 9,95% RF: 11,77% - RV: 0,74% - IM: 15,49% Total Partic.: 21.595 Ativos: 40,57% - Assist: 59,43% Patroc. Princ.: Editora Abril Pres: Sergio Ricardo M. Vasconcelos - nd - nd

104 Previsc Investimentos: R$ 566.777.000,00

10,73%

114 Fundambras Investimentos: R$ 460.430.000,00

14,67%

132 Goodyear Investimentos: R$ 317.869.000,00

6,24%

4,70%

115 Prevdata Investimentos: R$ 455.834.000,00

17,96%

133 Planejar Investimentos: R$ 314.479.000,00

10,88%

116 Fundiágua Investimentos: R$ 422.085.000,00

21,14%

134 Unisys Previ Investimentos: R$ 313.585.000,00

4,65%

117 Portus Investimentos: R$ 410.406.000,00

55,41%

135 Fundação Enersul Investimentos: R$ 304.357.000,00

9,03%

105 Previbosch Investimentos: R$ 552.043.000,00

106 Isbre Investimentos: R$ 538.631.926,90 10,26% RF: 86,41% - RV: 4,42% - IM: 2,66% - EP: 1,30% - O: 5,21%* BD: 97,41% - CV: 2,59% Rentabilidade Total: 13,44% -4,00pp RF: 14,06% - RV: 1,01% - IM: 22,57% - EP: 14,09% - O: 8,98%* BD: 13,43% - CV: 13,46% Gestão Terceirizada: 96,01 0,65% Gestor princ.: Banrisul - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5,75% - CV INPC+5,75% Superáv/Déf: R$ -7.525.110,34 - -125,37% Total Partic.: 840 4,35% Ativos: 55,36% - Assist: 44,64% BD: 70,83% - CV: 29,17% Patroc. Princ.: BRDE Partic.: 98,17% Pres: Argus Ruy Guex de Oliveira - Fev/2005 - Fev/2005 Dir.Fin.: Argus Ruy Guex de Oliveira - Fev/2005 - Fev/2005 Dir. Benef.: Dante Carlos Schuch - Fev/2005 - Fev/2005

* Investimentos Estruturados

107 Comshell Investimentos: R$ 512.942.200,00 8,27% RF: 79,10% - RV: 20,90% - EP: 0,00% BD: 68,60% - CD: 31,40% Rentabilidade Total: 8,96% -14,24pp RF: 11,02% - RV: 0,80% BD: 8,96% - CD: 9,12% Gestão Terceirizada: 100,00 0,00% Gestor princ.: Western Asset - Custod.: Santander Meta Atuarial: BD INPC+6% Superáv/Déf: R$ -9.526.360,54 - -129,20% Total Partic.: 2.366 -1,50% Ativos: 83,94% - Assist: 16,06% BD: 38,84% - CD: 61,16% Patroc. Princ.: Shell Brasil Partic.: 0,98% Pres: Andréa Maria de Miranda Fontes (Dir. Super.) - Ago/2009 - Ago/2009 108 Cibrius Investimentos: R$ 510.320.729,61 16,15% RF: 85,42% - RV: 7,24% - IM: 4,56% - EP: 2,74% - O: 0,04% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 1,63% 0,45pp RF: 1,46% - RV: 4,09% - IM: 0,64% - EP: 1,84% BD: 100,00% Gestão Terceirizada: 3,45 -3,13% Gestor princ.: Banco do Brasil - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD TR+6% - CV TR+6% Superáv/Déf: R$ 6.574.275,22 - -1.448,82% Total Partic.: 2.927 -0,81% Ativos: 54,29% - Assist: 45,71% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Conab Partic.: 100,00% Pres: Fabrício Pereira Garcia - Dez/2007 - Dez/2007 Dir.Fin.: José Carlos Alves Grangeiro - Dez/2007 - Dez/2007 Dir. Benef.: Rachid Mamed Filho - Dez/2007 - Dez/2007

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

13,03% -9,13pp 294,57% nd

118 Itaubank PP Investimentos: R$ 409.974.641,58 7,67% RF: 78,88% - RV: 21,12% - EP: 0,00% CD: 100,00% Rentabilidade Total: 7,99% -11,84pp RF: 10,09% - RV: -4,65% - EP: 0,00% CD: 7,99% Gestão Terceirizada: 100,00 0,00% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Total Partic.: 3.601 0,45% Ativos: 97,78% - Assist: 2,22% CD: 100,00% Patroc. Princ.: Itaú Unibanco Partic.: 90,00% Pres: Sergio Guillinet Fajerman - Mar/2009 - Mar/2009 Dir.Fin.: Gabriel Amado de Moura - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Arnaldo C. Serighelli - Jul/2005 - Jul/2005 119 Previd. Exxon Investimentos: R$ 401.388.000,00

-18,66%

120 Eletra Investimentos: R$ 390.175.000,00

8,46%

121 Weg Investimentos: R$ 385.979.000,00

13,45%

122 Duprev Investimentos: R$ 379.389.000,00

13,40%

123 São Francisco Investimentos: R$ 377.690.000,00

10,65%

124 Gebsa-Prev Investimentos: R$ 377.216.000,00

17,86%

125 Prevsan Investimentos: R$ 373.611.000,00

12,09%

126 Sergus Investimentos: R$ 360.981.000,00

10,77%

127 Previcat Investimentos: R$ 360.605.000,00

3,95%

128 Iaja Investimentos: R$ 349.015.000,00

5,94%

129 Faceal Investimentos: R$ 342.146.000,00

12,71%

136 Derminas Investimentos: R$ 297.084.111,39 8,57% RF: 65,23% - RV: 20,71% - IM: 6,80% - EP: 5,41% - O: 1,85%* BD: 100,00% Rentabilidade Total: 14,17% -19,44pp RF: 13,20% - RV: 12,33% - IM: 31,71% - EP: 18,53% - O: 8,80%* BD: 14,17% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5% Superáv/Déf: R$ 49.874.702,60 - 11,04% Total Partic.: 11.615 -3,21% Ativos: 67,36% - Assist: 32,64% BD: 100,00% Patroc. Princ.: DER/MG nd Pres: Helio Caixeta Borges - Ago/2009 - Ago/2009 Dir.Fin.: Maria da Gloria Rabelo Quintino - Jan/2010 - Jan/2010 Dir. Benef.: Arnaldo Rodrigues - Set/2009 - Set/2009

* Estruturados e exterior.

137 Cabec Investimentos: R$ 289.545.000,00

4,94%

138 Indusprevi Investimentos: R$ 284.487.861,99 8,85% RF: 92,02% - RV: 7,98% BD: 92,02% - CD: 7,98% Rentabilidade Total: 10,45% -5,91pp RF: 11,37% - RV: 0,63% BD: 10,45% - CD: 10,45% Gestão Terceirizada: 100,00 0,00% Gestor princ.: HSBC - Custod.: HSBC Meta Atuarial: BD INPC+6% Superáv/Déf: R$ -8.473.510,77 - -133,00% Total Partic.: 3.562 1,95% Ativos: 87,00% - Assist: 13,00% BD: 60,00% - CD: 40,00% Fundo: Multipatrocinado aberto Pres: José de Souza Mendonça - Out/2000 - Dez/2003 Dir.Fin.: José de Souza Mendonça - Out/2000 - Dez/2003 Dir. Benef.: Lira Maria Rodrigues Loffler - Jun/2001 - Jun/2001 139 Mendesprev Investimentos: R$ 283.464.685,51 17,28% RF: 67,37% - RV: 10,08% - IM: 19,56% - EP: 0,24% - O: 2,75%* BD: 98,70% - CD: 0,40% Rentabilidade Total: 15,46% 1,69pp RF: 14,75% - RV: 1,03% - IM: 18,61% - EP: 27,49% - O: 9,99%** BD: 15,46% - CD: 11,37%

31

100 - 139


TOP ATUARIAL FUNDOS DE PENSÃO 

Gestão Terceirizada: 18,00 7,28% Gestor princ.: BRZ - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+6% Superáv/Déf: R$ 4.939.002,83 - 80,14% Total Partic.: 934 33,81% Ativos: 63,37% - Assist: 36,63% BD: 73,66% - CD: 26,34% Patroc. Princ.: Mendes Júnior Participações Partic.: 100,00% Pres: Marcelo Calonge - Ago/1999 - Ago/1999 Dir.Fin.: Ubirajara Campos Filho - Abril/1998 - Abril/1998 Dir. Benef.: Paulo Rogério Teixeira Neves - Mar/2004 - Mar/2004

* Investimentos Estruturados e disponível. ** Investimentos Estruturados

140 Gasius Investimentos: R$ 281.783.000,00

12,91%

141 Suprev Investimentos: R$ 280.044.000,00

4,40%

142 Mais Vida Previdencia Investimentos: R$ 276.054.000,00

8,61%

143 Previcoke Investimentos: R$ 273.338.000,00

12,75%

140 - 165

144 Funterra Investimentos: R$ 271.882.000,00

9,12%

145 Bemgeprev Investimentos: R$ 269.742.039,22 4,19% RF: 99,78% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 17,40% 10,04pp RF: 17,41% - EP: 21,79% BD: 17,40% Gestão Terceirizada: 100,00 0,27% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD IPCA+6% Superáv/Déf: R$ -9.807.645,57 - 1,38% Total Partic.: 1.240 -3,35% Ativos: 0,00% - Assist: 100,00% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Itaú Unibanco Partic.: 90,00% Pres: Sergio Guillinet Fajerman - Mar/2009 - Mar/2009 Dir.Fin.: Gabriel Amado de Moura - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Arnaldo C. Serighelli - Dez/2006 - Dez/2006 146 Capesesp Investimentos: R$ 265.874.000,00 11,53% RF: 85,95% - RV: 3,24% - IM: 6,02% - EP: 4,79% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 12,44% -2,37pp RF: 12,14% - RV: 4,74% - IM: 15,72% - EP: 14,98% BD: 100,00% Gestor princ.: nd - Custod.: HSBC Meta Atuarial: BD IPCA+6% Superáv/Déf: R$ 7.061.493,20 - 76,00% Total Partic.: 50.953 6,81% Ativos: 98,75% - Assist: 1,25% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Funasa Partic.: 74,22% Pres: Marilia Ehl Barbosa - Jul/2008 - Jul/2008 Dir.Fin.: Marcia Fernandes Rodrigues da Costa - Set/2010 - Set/2010 Dir. Benef.: João Paulo dos Reis Neto - Jul/1998 - Jul/1998 147 Sebrae Previdência Investimentos: R$ 264.863.000,00

21,10%

148 Previkodak Investimentos: R$ 263.750.000,00

-4,15%

149 Fabasa Investimentos: R$ 262.942.000,00

18,08%

150 EDS Prev Investimentos: R$ 249.456.000,00

12,02%

151 Capaf Investimentos: R$ 240.620.000,00

-6,87%

152 PrevCummins Investimentos: R$ 208.253.000,00

10,18%

32

153 Fapa Investimentos: R$ 205.661.000,00

9,27%

154 Magnus Soc. Previdenciária Investimentos: R$ 199.770.000,00

3,91%

155 Fasern Investimentos: R$ 190.364.995,00 9,68% RF: 82,32% - RV: 14,99% - IM: 0,26% - EP: 2,43% BD: 51,48% - CD: 48,52% Rentabilidade Total: 13,26% -4,62pp BD: 14,73% - CD: 11,67% Gestão Terceirizada: 97,31 0,41% Gestor princ.: HSBC - Custod.: Santander Meta Atuarial: BD INPC+5% Superáv/Déf: R$ 23.644,00 - 15,01% Total Partic.: 1.101 2,23% Ativos: 68,85% - Assist: 31,15% BD: 29,52% - CD: 70,48% Patroc. Princ.: Cosern Partic.: 100,00% Pres: Cássio Valério Medeiros Soares de Sousa - Jan/1993 - Ago/2008 Dir.Fin.: Celso Arnaldo de Medeiros - Jan/2003 - Jan/2003 Dir. Benef.: Liane Câmara Matoso Chacon - Set/1999 - Set/1999 156 Cifrão Investimentos: R$ 186.572.318,04 9,57% RF: 68,92% - RV: 18,55% - IM: 5,42% - EP: 6,02% - O: 1,10% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 11,15% -7,68pp RV: 12,33% Meta Atuarial: BD INPC+6% Patroc. Princ.: Casa da Moeda do Brasil Partic.: 100,00% Pres: Ari Ribeiro Guimarães - Mar/2004 - Mar/2004 157 Eatonprev Investimentos: R$ 182.792.000,00

6,90%

158 Capof Investimentos: R$ 176.442.769,00 4,54% RF: 88,38% - RV: 7,90% - EP: 3,71% - O: 0,01% BD: 6,06% - CV: 93,94% Rentabilidade Total: 13,54% -1,98pp RF: 13,49% - RV: 10,50% - IM: 0,00% - EP: 17,93% BD: 16,30% - CV: 13,49% Gestão Terceirizada: 96,36 0,07% Gestor princ.: Bradesco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+6% - CV INPC+6% Superáv/Déf: R$ 319.409,86 - -86,49% Total Partic.: 606 -2,42% Ativos: 36,14% - Assist: 63,86% BD: 5,61% - CV: 94,39% Patroc. Princ.: Banco Bradesco BBI nd Pres: Maria de Jesus Castelo Branco Freire - Dez/2007 - Dez/2007 Dir.Fin.: Antonio Boucinhas Filho - Ago/2005 - Ago/2005 Dir. Benef.: Maria de Fátima da Costa Marão - Jul/2008 - Jul/2008 159 Somupp Investimentos: R$ 152.826.323,16 7,15% RF: 99,33% - RV: 0,00% - IM: 0,67% - EP: 0,00% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 13,96% 1,61pp RF: 13,92% - RV: 0,00% - IM: 19,70% - EP: 0,00% BD: 13,96% Gestão Terceirizada: 99,33 0,20% Gestor princ.: Itaú Unibanco - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD IPCA+0,5% Superáv/Déf: R$ 2.684.739,66 - -64,76% Total Partic.: 156 0,00% Ativos: 0,00% - Assist: 100,00% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Multipatrocinada 0,00% Pres: Nelson Ohara - Jan/1985 - Abr/1993 Dir.Fin.: Dermival Oliveira Souza - Fev/1995 - Fev/1995 Dir. Benef.: Massatoshi Noda - Set/1990 - Set/1990 160 Previp Investimentos: R$ 143.650.184,61 RF: 83,51% - RV: 11,67% - EP: 4,82% CV: 100,00% Rentabilidade Total: 9,34% RF: 10,61% - RV: 0,99% - EP: 13,40%

11,24% -6,81pp

Gestão Terceirizada: 100,00 0,00% Gestor princ.: Bradesco - Custod.: Bradesco; HSBC Meta Atuarial: CV INPC+6 Superáv/Déf: R$ -922.678,09 - -121,61% Total Partic.: 2.735 1,86% Ativos: 93,09% - Assist: 6,91% Patroc. Princ.: International Paper do Brasil Partic.: 99,99% Pres: José Renato Domingues - Ago/2007 - Ago/2007 Dir.Fin.: Andre Giorgino Pal - Dez/2010 - Dez/2010 Dir. Benef.: Muna Catarina Hammad - Dez/2010 - Dez/2010 161 Facepi Investimentos: R$ 139.927.375,30 10,55% RF: 75,91% - RV: 7,86% - IM: 2,87% - EP: 2,64% - O: 10,72%* BD: 98,95% - CV: 1,05% Gestão Terceirizada: 94,49 0,42% Gestor princ.: Mercatto - Custod.: Itaú Unibanco Meta Atuarial: BD INPC+5,75% Total Partic.: 1.813 16,82% Ativos: 63,76% - Assist: 36,24% BD: 85,71% - CV: 14,29% Patroc. Princ.: Cia Energetica do Piauí (Eletrobrás) Partic.: 100,00% Pres: Maria das Neves Costa Lira - Out/2001 - Out/2001 Dir.Fin.: Fabriciano Louchard da Cunha - Out/2001 - Out/2001 Dir. Benef.: Benício Olímpio d Melo Neto - Dez/2008 - Dez/2008

*Investimentos Estruturados

162 Fascemar Investimentos: R$ 127.934.000,00

7,22%

163 Banorte Investimentos: R$ 56.771.995,67 -9,60% RF: 82,93% - RV: 6,58% - IM: 3,91% - EP: 0,00% - O: 6,58% BD: 100,00% Rentabilidade Total: 13,30% 3,05pp RF: 12,29% - RV: 17,45% - IM: -1,93% - EP: 0,00% BD: 13,30% Gestão Terceirizada: 97,73 3,47% Gestor princ.: Itaú Unibanco S.A - Custod.: Itaú Unibanco S.A Meta Atuarial: BD INPC+6% Superáv/Déf: R$ 1.609.986,04 - -191,62% Total Partic.: 562 -1,06% Ativos: 1,25% - Assist: 98,75% BD: 100,00% Patroc. Princ.: Itaú Unibanco Partic.: 90,00% Pres: Sergio Guillinet Fajerman - Mar/2009 - Mar/2009 Dir.Fin.: Gabriel Amado de Moura - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Arnaldo C. Serighelli - Nov/2008 - Nov/2008 164 OABPREV-PR Investimentos: R$ 45.887.386,00 36,98% RF: 85,62% - RV: 14,38% - EP: 0,00% CD: 100,00% Rentabilidade Total: 8,76% -8,77pp RF: 8,76% - EP: 0,00% CD: 8,76% Gestão Terceirizada: 100,00 nd Gestor princ.: SulAmérica Investimentos - Custod.: Itaú Unibanco Total Partic.: 6.144 26,58% Ativos: 99,57% - Assist: 0,43% CD: 100,00% Patroc. Princ.: OAB-Paraná (Instituídos) Partic.: 0,00% Pres: Maurício de P. S. Guimarães - Nov/2006 - Nov/2006 Dir.Fin.: Brasilio Vicente de Castro Neto - Nov/2009 - Nov/2009 Dir. Benef.: Wellington Silveira - Fev/2009 - Fev/2009 165 Jusprev Investimentos: R$ 20.739.334,15 115,58% RF: 100,00% CD: 100,00% Rentabilidade Total: 9,85% 0,66pp RF: 9,85% CD: 9,85% Gestão Terceirizada: 100,00 nd Gestor princ.: Infinity Asset Management - Custod.: Itaú Unibanco Total Partic.: 1.748 30,64% Ativos: 100,00% - Assist: 0,00% Patroc. Princ.: Associações Minist. Públ/Just. nd Pres: Maria Tereza Uille Gomes - Set/2007 - Set/2007 Dir.Fin.: Jair Eduardo Santana - Set/2007 - Jun/2009 Dir. Benef.: Fabio Bertoli Esmanhotto - Dez/2009 - Set/2010

JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


Ponte Hercílio Luz Fotos: www.FotoMundo.com.br / FC&VB

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PROGRAMAPRELIMINAR 19/09 SEGUNDA

08h00

Credenciamento

09h30-11h00

ABERTURA OFICIAL

15h00-17h00

SESSÃO PLENÁRIA 2

DESAFIOS PARA A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SÉCULO XXI

PALESTRA MAGNA

Realidade e cenários econômico e social

A ESTRATÉGIA DA INOVAÇÃO

O público-alvo do presente e do futuro

Como executar a iniciativa da inovação?

Ofertas x expectativas: uma reflexão sobre

A estratégia como criação do futuro

as opções de mercado

O que é preciso para transformar ideias

Onde chegamos e para onde iremos?

em ações?

Por que as empresas optam em patrocinar

Competências a serem adquiridas

aposentadoria privada para os seus

Como criar plataformas de crescimento

empregados?

O papel da inovação na gestão de 17h00-19h00

longo prazo

16º PRÊMIO NACIONAL DE 11h00-11h30

Intervalo para Café

SEGURIDADE SOCIAL

11h30-13h30

SESSÃO PLENÁRIA 1

19h00

AS GRANDES MUDANÇAS QUE ESTÃO OCORRENDO EM NOSSA SOCIEDADE E OS

ABERTURA OFICIAL DOS ESTANDES COQUETEL DE CONFRATERNIZAÇÃO

IMPACTOS PARA OS FUNDOS DE PENSÃO As novas mídias sociais A nova configuração das famílias A nova relação de emprego Percepção do conceito de seguridade social 13h30-15h00

Almoço

CREDENCIAMENTO: O credenciamento dos participantes tem início no dia 19 de setembro, a partir das 08h00, para recebimento de credenciais e pastas contendo o material a ser utilizado no Congresso. Local: CentroSul – Centro de Convenções de Florianópolis Av. Governador Gustavo Richard, nº 850 – Centro – Florianópolis/SC

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PROGRAMAPRELIMINAR 20/09 TERÇA

09h00-11h00

SESSÃO PLENÁRIA 3

15h00-17h00

PAINÉIS SIMULTÂNEOS

A REVITALIZAÇÃO DE PLANOS E PRODUTOS

PAINEL 3

E A AMPLIAÇÃO DA PREVIDÊNCIA

A PROTEÇÃO AOS ATOS REGULARES

COMPLEMENTAR FECHADA

DE GESTÃO: GARANTINDO A PERENIDADE

Interpretando as demandas

DO SISTEMA

Mitigação de riscos, redução da burocracia

Novo perfil preventivo da gestão jurídica

e redução de custos

das EFPCs

A manutenção do caráter previdenciário

Reflexão sobre as alterações da legislação para o regime disciplinar – principais

11h00-11h30

Intervalo para Café

tendências e preparação para as mudanças Seguro de dirigentes e ex-dirigentes:

11h30-13h30

PAINÉIS SIMULTÂNEOS

reflexões sobre a cobertura do risco do ato regular de gestão

PAINEL 1 GESTÃO ATUARIAL – UM NOVO PAPEL DO PARTICIPANTE Escolha dos níveis de contribuição Perfis de investimento: vantagens, riscos e preparação para a escolha O desafio da administração de saldo de contas

Incidência do Código de Defesa do Consumidor (CDC) nas relações entre participantes e as EFPCs PAINEL 4 OS AVANÇOS E A CONVERGÊNCIA INTERNACIONAL DAS PRÁTICAS E PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS

Decisão sobre o tipo de benefício

Os avanços produzidos e os reflexos para ampliação da transparência

PAINEL 2 PLANO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS NA GESTÃO BASEADA EM RISCOS

A nova planificação contábil: evolução e ajustes desejáveis O caminho a percorrer para o alinhamento

Governança Investimentos

aos modelos internacionais

Passivo previdenciário Estabilidade do contrato previdenciário Desafio da sistematização 13h30-15h00

Almoço

INFORMAÇÕES ADICIONAIS PODERÃO SER OBTIDAS NO NÚCLEO DE ATENDIMENTO ABRAPP pelos telefones (11) 3043.8783 / 8784 / 8785 ou pelo e-mail: 32congresso@abrapp.org.br Confira as condições especiais para inscrição, passagem aérea e hospedagem: www.portaldosfundosdepensao.org.br

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PROGRAMAPRELIMINAR 21/09 QUARTA

09h00-11h00

PAINÉIS SIMULTÂNEOS

15h00-17h00

SESSÃO PLENÁRIA 4

PAINEL 5 O PAPEL DA COMUNICAÇÃO E DAS POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS COMO VALORES ESTRATÉGICOS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Como unir pessoas e processos para inovar O desafio de planejar, executar e alcançar metas Buscando eficiência para transformar o Sistema

MODELO PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO:

PAINEL 6 A NOVA REALIDADE DOS MERCADOS FRENTE AOS DESAFIOS DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS DOS FUNDOS DE PENSÃO Oportunidades As parcerias estratégicas Intercâmbio entre os Fundos de Pensão de expertise e metodologia de seleção e gerenciamento de risco

emprego e da renda da população

COMO PROMOVER A INOVAÇÃO NO CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO? Desenvolver a cultura de mercado: criação de novos produtos, serviços e canais de distribuição Crescimento econômico do Brasil e os impactos nos planos de previdência: incremento da classe média, do nível de Entrada de empresas de médio porte no sistema fechado: como incentivar? Educação previdenciária: a hora é para divulgar, incentivar e aprender 17h00 ENCERRAMENTO 21h30

11h00-11h30

Intervalo para Café

11h30-13h30

PAINÉIS SIMULTÂNEOS

JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO

PAINEL 7 RELACIONAMENTO: COMO FOMENTAR A GESTÃO DA ENTIDADE? Inovação no relacionamento com os participantes Transformando conhecimento em resultados Desafios diante da nova realidade PAINEL 8 OS INVESTIMENTOS DOS FUNDOS DE PENSÃO E OS COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE Padrões e métricas de referência Princípios e condutas socialmente responsáveis Inserção de práticas de investimento responsável nas políticas de investimento Lançamento do CDP 9 13h30-15h00

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Almoço

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reservasPRÓPRIOS TOP ATUARIAL REGIMES

IMA salvou o ano passado Carteiras dos regimes próprios dos servidores conseguiram resultados acima das metas atuariais graças à concentração de investimentos em fundos indexados ao IMA-B em 2010

O

bom rendimento dos fundos atrelados à família de índices IMA permitiu que a maioria dos RPPS estaduais e municipais atingisse suas metas em 2010, ao contrário do que está acontecendo neste ano, quando a maioria dos institutos sofre com a forte volatilidade e fraco desempenho desse índice, por conta da aceleração da inflação. Levantamento feito por INVESTIDOR INSTITUCIONAL com alguns dos principais RPPS municipais e estaduais, que pode ser conferido a partir da página 40, mostra que o desempenho financeiro foi bastante razoável em 2010. Neste ano a história está sendo diferente. “O índice IMA-B não está indo bem, ao contrário do que aconteceu em 2010 quando os RPPS tiveram excelente desempenho”, ressalta Otoni Gonçalves Guimarães, coordenador do departamento de regimes próprios do Ministério da Previdência Social. O coordenador da área de RPPS do ministério ressalta que a boa rentabilidade das carteiras dos institutos associada com as entradas de novos recursos promoveram uma boa evolução patrimonial no setor. Segundo ele, “a maioria dos institutos bateu com relativa tranquilidade suas metas atuariais no ano passado, quando houve forte migração de recursos para os fundos indexados ao IMA-B”. Estudos preliminares realizados pelo departamento indica que o patrimônio dos RPPS atingiu a marca de R$ 52 bilhões em dezembro de 2010. Os dados mais atualizados do Ministério são de outubro de 2010 (ver tabela ao lado), quando as aplicações dos regimes próprios somavam R$ 49,49 bilhões. A maior parte dos recursos vinha dos institutos municipais, que tinham R$ 29,77 bilhões, enquanto os fundos estaduais somavam R$ 19,71 bilhões. Segundo os dados do INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

Ministério, os maiores institutos de previdência estaduais são o do Rio de Janeiro, seguido na ordem por Paraná, Tocantins, Minas Gerais, Amapá, Pará, Maranhão, Roraima e Amazonas. Nem o fraco desempenho da bolsa de valores atrapalhou a rentabilidade global das carteiras dos institutos. “A renda variável representa uma parcela ainda pequena das aplicações dos RPPS, menos de 5%. Por isso, o desempenho ruim do Ibovespa não prejudicou a performance geral dos institutos”, afirma o coordenador do departamento de RPPS. CRESCIMENTO – Apesar de ainda representar uma parcela minoritária do patrimônio total do setor, os percentuais estão aumentando pouco a pouco. De 2009 para 2010, saltaram de pouco mais de 2% para mais que o dobro em apenas um ano. Para ser mais exato, fecharam o ano passado com 4,32% em fundos de ações. Em valores absolutos ainda não é muito, cerca de R$ 2,5 bilhões, mas tem forte potencial de crescimento.

Investimentos financeiros dos RPPS em Out/10 (em R$) Total Estados Municípios Número de RPPS

49,49 bilhões 19,71 bilhões 29,77 bilhões 1945

Fonte: Ministério da Previdência Social - Outubro de 2010

Outro segmento que está crescendo dentro das carteiras dos RPPS é o de Fidcs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios). No final do ano passado, representava 2,63%, mas em 2011 vem apresentando uma forte demanda entre esse tipo de investidor. Na outra ponta, os fundos de renda fixa, mais especificamente, os indexados à família IMA, abocanha a maior parte do patrimônio dos RPPS. É que o advento da Resolução 3790 e os prazos impostos pelo Ministério da Previdência, obrigaram os RPPS a migrar boa parte das aplicações para esses fundos. “Os gestores de recursos criaram produtos novos indexados aos índices IMA e os regimes próprios passaram por um forte processo de migração no ano passado”, conta Guimarães.

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TOP ATUARIAL REGIMES PRÓPRIOS Ainda no final de 2010, a Resolução 3790 foi substituída pela 3922, ambas do Conselho Monetário Nacional (CMN). As novas regras deram maior flexibilidade para os dirigentes dos RPPS, mas mesmo assim, a maior parte dos recursos permaneceu aplicada em fundos da família IMA. Porém, o que vem acontecendo em 2011, é que os gestores estão oferecendo produtos mais diversificados na renda fixa. Isso vale tanto para os indexadores IMA, com a criação de produtos baseados em sub-índices como o IRFM e o IDKA, como para outros fundos, como os Fidcs e fundos imobiliários. “Estamos percebendo uma tendência de maior diversificação dos produtos, impulsionada pelo aumento da concorrência entre os gestores”, explica Otoni Guimarães.

Outro fator que incentiva a maior diversificação é a própria situação do mercado financeiro em 2011, em que a renda variável ainda afasta esses investidores e a inflação segue em ritmo forte. No caso dos Fidcs, esses fundos vêm atraindo os regimes próprios porque geralmente são indexados com um percentual acima do CDI – a maioria entre 110% e 120% do CDI. Por isso, estão se beneficiando com a alta dos juros básicos da economia no primeiro semestre de 2011. Desta forma, são uma alternativa bastante atraente para que os RPPS possam ficar mais próximos de sua metas atuariais, já que outros fundos de renda fixa, como os DI, ainda ficam abaixo dos objetivos de retorno dos institutos, principalmente por causa da aceleração da inflação.

Já em relação a outros investimentos estruturados como os fundos imobiliários (Fiis) e de participações em empresas (Fips), os recursos direcionados para essas modalidades praticamente não aparecem ainda nas estatísticas, por serem utilizados por pouquíssimos institutos. TRIBUNAIS DE CONTAS – Para que o processo de diversificação ganhe maior impulso, ainda é necessário um trabalho de esclarecimento dos profissionais que analisam os demonstrativos contábeis dos RPPS nos Tribunais de Contas Estaduais. Por exemplo, para aumentar as exposições das carteiras em fundos de renda variável, os dirigentes dos institutos ainda ficam inseguros com os questionamentos dos tri-

Congresso discute fomento e profissionalização dos RPPS Com um olho na criação de novos regimes próprios e outro, na consolidação dos já existentes, a Abipem realizou seu congresso anual em Fortaleza, na primeira semana de julho. Com 1440 inscrições foi o maior evento realizado pela associação e contou até com a exposição de experiências internacionais de países como Colômbia, Peru, Argentina e Angola. A 45ª edição do Congresso da Abipem contou ainda com a realização de eventos simultâneos para abarcar a diversidade de temas propostos. Nesse sentido, foi realizado o 1º Fórum de Fomento de RPPS, em conjunto com o Ministério da Previdência Social. “Acreditamos que o sistema tem condições de crescer em pouco tempo cerca de 20% o número de regimes próprios de previdência no país”, diz Valnei Rodrigues, presidente da Abipem. O fórum de fomento foi direcionado principalmente para prefeitos e técnicos de municípios que ainda não possuem regimes próprios de previdência constituídos para administrar os benefícios de seus servidores. “Um dos motivos que nos levou ao Ceará para realizar o congresso é que a região nordeste é uma das que possui menor presença de regimes próprios em relação ao número de municípios”, diz Rodrigues. O dirigente ressalta a participação de grande número de prefeitos e das associações estaduais de regimes próprios. Uma novidade foi a criação da associação estadual do Mara-

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nhão, que é um dos estados da federação com menor presença de regimes próprios. Os prefeitos e representantes presentes no congresso decidiram fundar a associação ali mesmo nos dias do evento. Em outro âmbito do encontro anual da Abipem, foi realizado o 1º Congresso de Pesquisa Previdenciária, com o objetivo de divulgar e incentivar a produção de investigações científicas e acadêmicas relacionadas à previdência dos servidores públicos. “A pesquisa acadêmica e científica é fundamental para apoiar a consolidação e desenvolvimento do sistema de regimes próprios”, afirma Valnei Rodrigues. O dirigente acredita que o desenvolvimento e profissionalização da gestão dos RPPS depende também do aprofundamento do trabalho de pesquisa e estudo por parte dos técnicos e participantes do sistema de previdência pública. Outro ponto importante do evento, foi a participação de representantes do Congresso Nacional, com destaque para o deputado federal Saraiva Felipe (PMDB-MG), que preside a comissão da seguridade social e família da Câmara Federal dos Deputados. “Estamos mais próximos do legislativo nacional, com o objetivo de propor mudanças na legislação. Os regimes próprios ainda são pouco conhecidos dos parlamentares e queremos aumentar nossa influência no Congresso”, diz o presidente da Abipem. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


bunais relativos à oscilações das bolsas. “Estamos fazendo um trabalho junto aos Tribunais de Contas no sentido de ampliar o conceito de variação patrimonial. Não dá pra continuar com uma análise de fechamento anual, pois os regimes próprios trabalham com horizontes de médio e longo prazo”, diz Guimarães. Em alguns estados, o trabalho com os tribunais de contas ainda é mais complicado na questão da contratação de gestores. Os regimes próprios dos estados do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo ainda reivindicam junto aos tribunais de contas de seus estados a permissão para aplicar seus recursos em fundos de gestores privados. Nesses estados, os institutos são obrigados a contratar apenas os chamados bancos "oficiais", ficando restritos às instituições com controle estatal. Do lado dos regimes próprios, o interesse é cada vez maior pelos investimentos estruturados. No recente Congresso da Abipem (Associação Brasileira dos Institutos de Previdência Estaduais e Municipais), realizado no início de julho em Fortaleza, Ceará (ver

box na página anterior), o tema foi debatido em diversos painéis e oficinas, com o objetivo de elaborar propostas para o surgimento de novos produtos no mercado. “Um dos assuntos que prevaleceu em nosso congresso na questão dos investimentos foi o incentivo ao surgimento de novos produtos voltados para o desenvolvimento regional sustentável”, diz Valnei Rodrigues, presidente da Abipem. O dirigente acredita que os regimes próprios devem migrar parte de suas aplicações nos próximos anos, que estão concentradas atualmente em títulos públicos federais (cerca de 90%), para outras modalidades, tais como a renda variável e os fundos de participações. “A ideia é que os regimes próprios participem com uma parte de seus recursos para promover o desenvolvimento da infraestrutura em cada estado e, com isso, conseguir também retornos condizentes com suas metas”, defende Rodrigues. Para isso, ele acredita que o mercado de gestores precisa avançar no sentido de oferecer produtos bem estruturados em termos de rentabilidade e segurança.

Para entender o ranking

E

ste ranking apresenta as informações dos institutos de previdência estaduais e municipais, num total de 22 regimes próprios. Para entender os perfis de cada um, leia nos parágrafos abaixo o significado de cada abreviatura usada, assim como o significado dos números que acompanham o nome de cada dirigente: No item investimentos, o primeiro número expressa o volume em R$ das reservas. Abaixo, as abreviaturas RF, RV, IM e RO significam Renda Fixa, Renda Variável, Imóveis e Royalties, respectivamente, e indicam o percentual alocado nessas categorias. No item rentabilidade, o primeiro número refere-se ao rendimento total no ano. Abaixo, há indicações das rentabilidades das carteiras de RF, RV, IM e RO. A linha inferior mostra qual é a meta atuarial do instituto e no item superávit/déficit mostra-se o valor em R$ apurado no ano, sendo que quando há déficit

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

esse é antecedido por um sinal de menos (-). As linhas inferiores mostram os percentuais de recursos que estão sendo entregues à gestão terceirizada, os percentuais de recursos que estão aplicados em fundos de investimento (abertos e fechados), assim como o nome dos principais gestores. Em participantes, o primeiro número indica o total de participantes, e abaixo mostramos os percentuais de participantes ativos e de assistidos. Em tipo de instituto, indicamos se ele é estadual ou municipal, e a data da sua criação. A seguir, informamos os nomes do presidente, diretor de investimentos e diretor de benefícios, seguidos por dois números, o primeiro indicando há quantos anos ele está na diretoria da fundação e o segundo há quantos anos ele está no cargo. O sim ou não que segue os números indica se ele é ou não participante da fundação.

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TOP ATUARIAL REGIMES PRÓPRIOS 1 ParanáPrevidência Reservas Totais: R$ 5.582.367.125,67 - 11,36% Invest. Financeiros: R$ 4.684.706.482,27 - -6,57% RF: 98,87% - - IM: 1,13% - Rentab.Invest.Financeiros: 12,31% - 0,03pp RF: 12,25% - RV: % - IM: 0,06% Direitos de royalties: R$ 897.660.643,40 - 12,81% Meta Atuarial: IPCA + 6,00% G.Própria: 98,75% - G.Terc.: 1,25% Sd/Df Financ.: R$ 761.263,70 - Sd/Df Atuarial: nd Total Partic.: 240.159 - 2,34% Ativos: 60% - Aposentados: 40% Ente: Estado do Paraná - Classif.: RPPS Estadual - Desde: 1.998 Pres: Ayme de Azevedo Lima - 2011 - 2011 - Não Diretor Financ.: Luiz Tadeu Garbi da Silva - 2010 - 2010 - Não Diretor Benef.: Alexandre Modesto Cordeiro - 2011 - 2011 - Sim 2 FunpeMG Reservas Totais: R$ 1.455.937.855,32 - 24,39% Invest. Financeiros: R$ 1.455.937.855,32 - 24,39% RF: 100,00% Rentab.Invest.Financeiros: 9,94% - 0,03pp RF: 9,94% Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 88,41% - G.Terc.: 11,59% Sd/Df Financ.: R$ 0,00 - Sd/Df Atuarial: R$ 40.044.777,10 Total Partic.: 60.523 - 0,23 Ativos: 100% - Aposentados: 0% Ente: Estado de Minas Gerais - Classif.: RPPS Estadual - Desde: 2.002 Pres: Jomara Alves da Silva - 2011 - 2011 - Não Diretor Financ.: Marcus Vinicius de Souza - 2006 - 2006 - Não Diretor Benef.: Marcus Vinicius de Souza - 2006 - 2006 - Não 3 Ipreville de Joinville Reservas Totais: R$ 1.034.979.687,88 - 80,66% Invest. Financeiros: R$ 714.339.910,12 - 24,69% RF: 90,89% - RV: 9,11% Rentab.Invest.Financeiros: 13,22% - 2,51pp RF: 13,92% - RV: 2,88% Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 12,46% - G.Terc.: 87,54% Sd/Df Financ.: R$ 10.869.323,77 - Sd/Df Atuarial: R$ 37.388.788,38 Total Partic.: 11.320 - 9,36% Ativos: 85% - Aposentados: 15% Ente: Joinville (SC) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 1.996 Pres: Maria Malvina Locks - 2009 - 1980 - Sim Diretor Financ.: Cleusa Mara Amaral - 2009 - 1994 - Sim Diretor Benef.: Waleska Otero - 2011 - 2010 - Sim 4 Previcampos Reservas Totais: R$ 577.438.081,50 - 19,30% Invest. Financeiros: R$ 577.438.081,50 - 19,30% RF: 89,00% - RV: 11,00% Rentab.Invest.Financeiros: nd - nd RF: 12,00% - RV: 4,00% Meta Atuarial: IPCA + 5,00% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00% Sd/Df Financ.: R$ 93.422.393,96 - Sd/Df Atuarial: R$ 206.015.853,26 Total Partic.: 11.407 - -1,88% Ativos: 76% - Aposentados: 24% Ente: Campos dos Goytacazes (RJ) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 1.999 Pres: Benilson Amaro Barcelos Paravidino - 2009 - 2009 - Sim Diretor Financ.: José Carlos Silva - 2009 - 2009 - Sim Diretor Benef.: Fabio Paravidino da Silva - 2009 - 2009 - Não 5 Pauliprev de Paulínea Reservas Totais: R$ 428.069.396,81 - 25,32% Invest. Financeiros: R$ 428.069.396,81 - 25,32%

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 RF: 58,15% - RV: 23,18% - O: 18,67%

 Sd/Df Financ.: R$ nd - Sd/Df Atuarial: R$ nd

Rentab.Invest.Financeiros: 25,96% - -53,64pp RF: 9,62% - RV: 2,16% - O: 14,18%* Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 18,67% - G.Terc.: 81,33% Sd/Df Financ.: R$ 86.495.239,42 - Sd/Df Atuarial: R$ 36.651.583,28 Total Partic.: 4.000 - 0,78% Ativos: 99% - Aposentados: 1% Ente: Paulínea (SP) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.001 Pres: Maria Ermelinda Aparecida Vieira - 2009 - 2011 - Sim Diretor Financ.: Roberta Helena Pavlu Zarpelon - 2011 - 2011 - Sim Diretor Benef.: Juliano Merkes - 2009 - 2009 - Sim *Títulos Públicos

6 FAPS de Caxias do Sul Reservas Totais: R$ 230.577.891,00 - 16,90% Invest. Financeiros: R$ 230.577.891,00 - 16,90% RF: 98,62% - RV: 1,38% Rentab.Invest.Financeiros: 13,88% - -86,12pp RF: 13,89% - RV: -0,88% Meta Atuarial: INPC + 6,00% Sd/Df Financ.: nd - Sd/Df Atuarial: R$ 623.563.774,81 Total Partic.: 8.506 - 3,96% Ativos: 72% - Aposentados: 28% Ente: Caxias do Sul (RS) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.001 Pres: Carlos Alberto Rodrigues Machado - 2009 - 2009 - Sim Diretor Financ.: Hilário Pescador - 2005 - 2005 - Não Diretor Benef.: Susan Blumm - 2010 - 2010 - Sim 7 Ipresb de Barueri Reservas Totais: R$ 226.033.871,07 - 66,18% Invest. Financeiros: R$ 226.033.871,07 - 66,18% RF: 89,90% - RV: 10,10% Rentab.Invest.Financeiros: 13,31% - -0,95pp RF: 13,29% - RV: 8,48% Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00% Sd/Df Financ.: R$ 90.150.477,09 - Sd/Df Atuarial: R$ -3.329.761,44 Total Partic.: 9.062 - 16,58% Ativos: 100% - Aposentados: 0% Ente: Barueri (SP) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.006 Pres: Weber Seragini - 2007 - 2007 - Sim Diretor Financ.: José Milton D. Sampaio Jr. - 2007 - 2007 - Sim Diretor Benef.: Ivan Rodrigues - 2009 - 2009 - Não 8 Previmpa de Porto Alegre Reservas Totais: R$ 215.257.115,66 - 41,54% Invest. Financeiros: R$ 215.257.115,66 - 41,54% RF: 93,79% - RV: 6,21% Rentab.Invest.Financeiros: 13,50% - 0,82pp RF: 13,84% - RV: 3,26% Meta Atuarial: IPCA + 6,00% G.Própria: 56,28% - G.Terc.: 43,72% Sd/Df Financ.: R$ 2.139.267,51 - Sd/Df Atuarial: R$ -6.200.293,29 Total Partic.: 3.426 - 28,17% Ativos: 99% - Aposentados: 1% Ente: Porto Alegre (RS) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.002 Pres: Luiz Fernando Rigotti - 2005 - 2005 - Não Diretor Financ.: Manuel Roberto Escobar - 2009 - 2009 - Não Diretor Benef.: Luciana Eidt - 2011 - 2001 - Não 9 Ipamv Vitória Reservas Totais: R$ 174.402.539,80 - 13,00% Invest. Financeiros: R$ 174.402.539,80 - 13,00% RF: 97,40% - RV: 2,60% Rentab.Invest.Financeiros: 11,45% - 1,49pp RF: 11,56% - RV: 7,00% Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00%

Total Partic.: 13.140 - 2,85% Ativos: 73% - Aposentados: 27% Ente: Vitória (ES) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 1.997 Pres: Marta Gagno Intra - 2009 - 2009 - Sim Diretor Financ.: Herickson Rubim Rangel - 2005 - 2005 - Sim Diretor Benef.: Lenir Bertoni - 2004 - 2004 - Sim 10 ISSEM de Jaraguá do Sul Reservas Totais: R$ 119.414.457,62 - 24,25% Invest. Financeiros: R$ 119.414.457,62 - 24,25% RF: 89,50% - RV: 10,50% Rentab.Invest.Financeiros: 11,49% - 9,37pp Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 28,70% - G.Terc.: 71,30% Sd/Df Financ.: R$ 0,00 - Sd/Df Atuarial: R$ 0,00 Total Partic.: nd Ativos: nd - Aposentados: nd Ente: Jaraguá do Sul (SC) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.003 Pres: Francisco Rodrigues - 2009 - 2009 - Sim Diretor Financ.: Rosana Maria de Souza Rosa - 2004 - 2006 - Sim 11 Iprem de Lençóis Paulista Reservas Totais: R$ 93.802.668,34 - 25,70% Invest. Financeiros: R$ 93.802.668,34 - 25,70% RF: 100,00% Rentab.Invest.Financeiros: 13,64% - -86,36pp RF: 13,64% Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00% Sd/Df Financ.: R$ 0,00 - Sd/Df Atuarial: R$ -54.233.514,89 Total Partic.: 2.076 - 21,55% Ativos: 92% - Aposentados: 8% Ente: Lençóis Paulista (SP) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.005 Pres: Marcos Norabele - 2001 - 2009 - Sim Diretor Financ.: Antonio Marcos Martins - 2001 - 2005 - Sim 12 Araprev - Serv.Prev.Social Mun.Araras Reservas Totais: R$ 81.543.828,25 - 217,96% Invest. Financeiros: R$ 34.737.093,99 - 35,45% RF: 80,06% - RV: 19,94% - IM: % - EP: % Rentab.Invest.Financeiros: nd - nd RF: 87,00% - RV: 13,00% - IM: % - EP: % - O: IPCA Meta Atuarial: IPCA + 6,00% G.Própria: 10,23% - G.Terc.: 89,77% Sd/Df Financ.: R$ -1.209.402,97 - Sd/Df Atuarial: nd Total Partic.: 3.897 - 14,72% Ativos: 77% - Aposentados: 23% Ente: Araras (SP) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.005 Pres: Gilberto Del Bel - 2006 - 2006 - Sim Diretor Financ.: José Roberto da Silva - 2006 - 2006 - Sim Diretor Benef.: Maria Ap. Alevva Afonso - 2006 - 2006 - Sim 13 SergipePrevidência Reservas Totais: R$ 60.711.154,91 - 105,23% Invest. Financeiros: R$ 60.711.154,91 - 105,23% RF: 89,00% - RV: 11,00% Rentab.Invest.Financeiros: 12,55% - 12,68pp RF: 14,23% - RV: -1,01% Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00% Sd/Df Financ.: R$ -182.330.282,43 - Sd/Df Atuarial: nd Total Partic.: 58.632 Ativos: 69% - Aposentados: 31% Ente: Sergipe - Classif.: RPPS Estadual - Desde: 2.006 Pres: Amito Brito Filho - 2007 - 2007 - Não Diretor Financ.: Wilson dos Santos - 2010 - 2010 - Não Diretor Benef.: Pedro Vieira dos Santos - 2007 - 2007 - Sim

JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


14 Biriguiprev Reservas Totais: R$ 60.583.649,21 - 30,01% Invest. Financeiros: R$ 59.526.588,24 - 27,75% RF: 93,00% - RV: 7,00% - - Rentab.Invest.Financeiros: 11,37% - 1,17pp RF: 11,34% - RV: 11,89% - - - O: IPCA Meta Atuarial: IPCA + 6,00% G.Própria: 14,22% - G.Terc.: 85,78% Sd/Df Financ.: R$ 12.928.667,71 - Sd/Df Atuarial: R$ 12.928.667,71 Total Partic.: 3.129 - 0,00% Ativos: 77% - Aposentados: 23% Ente: Birigui (SP) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.002 Pres: Guiomar de Souza Pazian - 2002 - 2005 - Sim Diretor Financ.: Daniel Leandro Boccardo - 2006 - 2006 - Sim Diretor Benef.: Angela Maria Careta Guimarães - 2006 - 2006 - Sim 15 Instituto de São João da Boa Vista - IPSJBV Reservas Totais: R$ 52.094.743,35 - 30,14% Invest. Financeiros: R$ 52.094.743,35 - 30,14% RF: 86,77% - O: 13,23 Rentab.Invest.Financeiros: 13,99% - -2,25pp RF: 13,99% - RV: -9,64% Meta Atuarial: IPCA + 6,00% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00% Sd/Df Financ.: R$ 12.063.926,34 - Sd/Df Atuarial: R$ 5.335.400,00 Total Partic.: 2.182 - 5,06% Ativos: 73% - Aposentados: 27% Ente: São João da Boa Vista (SP) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.003 Superintendente - Antonio Carlos Molina - 2003 - 2003 - Sim Diretor Benef.: Silvia Verginia G. Nogueira - 2004 - 2004 - Sim 16 Igeprev de Petrolina Reservas Totais: R$ 45.511.620,65 - 51,18% Invest. Financeiros: R$ 45.170.435,37 - 50,04% RF: 92,52% - RV: 7,48% Rentab.Invest.Financeiros: nd - nd RF: 10,06% - RV: 7,41% Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00% Sd/Df Financ.: R$ 6.944.802,89 - Sd/Df Atuarial: nd Total Partic.: 4.790 - 0,21% Ativos: 86% - Aposentados: 14% Ente: Prefeitura Munic. de Petrolina - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.000 Pres: Emmanuel Ferro - 2009 - 2009 - Não Diretor Financ.: Edgar Costa Rodrigues - 2009 - 2009 - Não Diretor Benef.: Raimunda C. Rodrigues de Souza - 2009 - 2011 - Não 17 Santa Rita Prev Reservas Totais: R$ 38.139.275,90 - 27,80% Invest. Financeiros: R$ 38.139.275,90 - 27,80% RF: 98,97% - RV: 0,03% - O: 1,00 Meta Atuarial: IPCA + 6,00% G.Própria: 13,00% - G.Terc.: 87,00% Sd/Df Financ.: R$ 8.296.760,56 - Sd/Df Atuarial: R$ -18.302.496,05 Total Partic.: 664 Ativos: 100% - Aposentados: 0% Ente: Santa Rita do Passa Quatro (SP) - Classif.: RPPS Munic. - Desde: 1.998 Pres: José Adolfo de Gobbi da Silva - 2009 - 2009 - Não Diretor Financ.: Solange Ap. Filiputti Staine Prado - 2009 - 2009 - Sim 18 IPSSC- Cajamar Reservas Totais: R$ 32.277.101,21 - -52,90% Invest. Financeiros: R$ 32.277.101,21 - 55,10% RF: 100,00% Rentab.Invest.Financeiros: 13,24% - 3,06pp RF: 13,24% Meta Atuarial: INPC + 7,24% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00%

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

 Sd/Df Financ.: nd - Sd/Df Atuarial: nd Total Partic.: 2.071 - 3,09% Ativos: 90% - Aposentados: 10% Ente: Cajamar (SP) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 1.993 Pres: Emiliano Campos - 2003 - 2003 - Sim Diretor Financ.: José Braz de Sousa Júnior - 2007 - 2006 - Sim Diretor Benef.: André dos Reis - 2006 - 2006 - Sim 19 Instituto de Japeri Reservas Totais: R$ 25.190.092,77 - 24,50% Invest. Financeiros: R$ 25.190.092,77 - 24,50% RF: 81,40% - RV: 18,21% - O: 0,39% Rentab.Invest.Financeiros: 8,86pp RF: 19,73% - RV: 9,06% - - - O: IPCA Meta Atuarial: IPCA + 6,00% G.Própria: 18,96% - G.Terc.: 80,64% Sd/Df Financ.: R$ 5.134.407,92 - Sd/Df Atuarial: R$ -32.047.809,85 Total Partic.: 1.677 - 2,88% Ativos: 92% - Aposentados: 8% Ente: Japeri (RJ) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 1.992 Pres: Rosilene Maria Ribeiro - 2009 - 2009 - Sim Diretor Financ.: Luiz Cláudio da Silva - 2009 - 2009 - Sim Diretor Benef.: Adilane Brito da Silva - 2009 - 2009 - Sim 20 Fundo de Aposentadoria e Pensões de Pomerode Reservas Totais: R$ 24.866.056,15 - 23,76% Invest. Financeiros: R$ 24.866.056,15 - 23,76% RF: 91,41% - RV: 8,59% Rentab.Invest.Financeiros: nd - nd RF: 91,70% - RV: 8,30% Meta Atuarial: INPC + 6,00% G.Própria: 0,00% - G.Terc.: 100,00% Sd/Df Financ.: R$ 4.773.701,90 - Sd/Df Atuarial: R$ 2.183.336,99 Total Partic.: 650 - 11,30% Ativos: 91% - Aposentados: 9% Ente: Pomerode (SC) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.001 Pres: Edoardo Riemer - 2005 - 2005 - Sim Diretor Benef.: Vivian Hardt - 2008 - 2008 - Sim 21 Instituto de Vilhena Reservas Totais: R$ 15.080.919,88 - 57,13% Invest. Financeiros: R$ 15.080.919,88 - 57,13% RF: 100,00% Rentab.Invest.Financeiros: nd - nd RF: 91,93% Meta Atuarial: IPCA + 6,00% Sd/Df Financ.: R$ 4.695.487,76 - Sd/Df Atuarial: nd Total Partic.: 1.798 - -4,51% Ativos: 98% - Aposentados: 2% Ente: Vilhena (TO) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 2.006 Pres: Carlos Roberto Rodrigues Dias - 2008 - 2008 - Sim Diretor Financ.: Renato Daniel Viana da Luz de Oliveira - 2008 - 2008 - Sim Diretor Benef.: Helena F. Rosa dos Reis Almeida - 2008 - 2008 - Sim 22 Iprem São Paulo Reservas Totais: R$ 9.724.454,67 - 277,55% Invest. Financeiros: R$ 9.724.454,67 - 277,55% RF: 100,00% Rentab.Invest.Financeiros: nd - nd RF: 11,33% Meta Atuarial: INPC + 6,00% Sd/Df Financ.: R$ -101.505.618,98 - Sd/Df Atuarial: nd Total Partic.: 208.981 - 1,84% Ativos: 64% - Aposentados: 36% Ente: São Paulo (SP) - Classif.: RPPS Municipal - Desde: 1.909 Pres: Jose Roberto Ferreira Savóia - 2010 - 2010 - Não Diretor Financ.: Maria Cristina Martins - 2011 - 2011 - Sim Diretor Benef.: Susana Maria da Rossi Silva - 2010 - 2010 - Sim

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13º 11 e 12 de julho de 2011

Realização

Informações e Inscrições ABRASCA (11) 3107.5557 IBRI (11) 3106.1836 www.abrasca.org.br www.ibri.com.br

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Apoio e Participação

Organização

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Educação Financeira e Investimentos

RI

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14/7/2011, 01:47


POLÍTICA seminário

Fórum debate cenários Em cinco capitais, dirigentes de fundos de pensão e RPPS participaram dos debates sobre cenários macroeconômicos e discutiram as perspectivas de investimento do segundo semestre

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Sirius

O

ciclo de cinco seminários realizados pela revista Investidor Institucional entre os dias 30 de maio e 28 de junho, para discutir os atuais cenários macroeconômicos e as perspectivas de investimento para o segundo sementre do ano, alcançou um público de quase 500 dirigentes de fundos de pensão e RPPS em cinco capitais, numa média de quase cem participantes por capital. Com um seminário por semana, o fórum Revisão de Portfólios - 2011 foi apresentado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Florianópolis e Recife. Contou com o patrocínio da Mirae Asset, Banco do Brasil, BNP Paribas, BBM Investimentos, Claritas Investimentos, Oceana Investimentos, Banco Pine, Ashmore do Brasil e Capitania Investimentos e o apoio institucional da Abrapp/Sindapp, Aneprem e Abvcap. Alguns aspectos foram amplamente enfatizados pelos palestrantes, como a necessidade de ampliar os riscos das carteiras de investimento para conseguir atingir a meta atuarial daqui para a frente. Se no passado os títulos públicos foram generosos nas taxas, permitindo aos dirigentes de fundos de pensão e RPPS bater as metas sem esforço, daqui para a frente a superação destas dependerá de estratégias bem elaboradas, escolha de bons gestores, diversificação e maior apetite por risco de mercado. A relativa tranquilidade com que o Brasil atravessou a crise de 2008 e manteve trajetória de crescimento no ano passado e no primeiro semestre deste ano foi destacada nos seminários. As pressões inflacionárias, que assustaram até maio último, perderam força a partir de junho e devem manter tendencia de queda gradual no segundo semestre e no ano que vem. Na China, inflação reduz ritmo de crescimento mas ainda continua alto

Mais de 500 participantes em cinco seminários. Acima, no Recife; abaixo em Brasília; ao lado no Rio de Janeiro (esq.), em São Paulo (dir.) e em Florianópolis (abaixo) para os padrões ocidentais, e na Europa a situação de uma Alemanha mais robusta contrasta com a dos países enfraquecidos como Grécia e Portugal. “Enquanto o PIB da Alemanha já retornou aos níveis da précrise, países como Portugal ainda continuam com sua economia enfraquecida”, destacou Otávio Aidar, economista-chefe da Mirae Asset. No Brasil, ele destacou o cenário positivo para o Ibovespa, com a perspectiva do final do ciclo de alta de juros por conta do enfraquecimento das pressões inflacionárias. Eduardo Câmara Lopes, CEO da Ashmore Investimentos, destacou que o Brasil vende hoje o que o resto do mundo precisa: alimentos, petróleo, minério de ferro. Como o real continuará apreciado em relação ao dólar, isso mantém pressão inflacionária e os juros só cairão a partir de 2012/2013. Ele também

destacou o forte crescimento da classe média mundial, que abre boas perspectivas para empresas de setores como transportes, recreação, cultura, por exemplo. Para Marcelo Arnosti, economista-chefe da BB DTVM, a economia global começará a acelerar já a partir deste segundo semestre. Ele apontou o início da retomada do emprego e da demanda por crédito nos Estados Unidos, além do impulso econômico advindo da reconstrução do Japão após o tsunami como favoráveis a essa tendência. “Minha visão é de que a virada para o crescimento virá ainda neste ano”, disse. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


Sirius

Antonio Machado, gerente de investimentos da Fundação Real Grandeza, apresentou um modelo que está sendo adotado por grandes fundos de pensão de países mais desenvolvidos, no qual a divisão das carteiras não está mais sendo feita por renda fixa e renda variável, mas por riscos. Tem carteiras que tem como meta acompanhar inflação, outras buscar rentabilidade com ativos diferenciados. Na Funcef, uma divisão dessa natureza já está sendo observada. Segundo Demósthenes Marques, diretor de investimentos da Funcef, a entidade tem reduzido a participação de ativos atrelados a CDI/Selic (carteira de

juros) e ampliado os papéis atrelados a índices de preços (carteira de inflação) e a ações de empresas, investimentos imobiliários e fundos de participações (carteira de crescimento). As vantagens da diversificação dos portfólios foi apresentada por Cesar Aragão, diretor da BBM Investimentos, em palestras realizadas em Brasília, Florianópolis e Recife. “No longo prazo, a diversificação é um excelente instrumento para melhorar a rentabilidade das carteiras”, defendeu. Alexandre Resende, diretor da Oceana Investimentos, argumentou que a análise fundamentalista da empresa ainda é a melhor opção, pois as boas empresas conseguem atravessar melhor os maus momentos aproveitar os bons para crescer. “Os cenários macros são importantes, mas a decisão de ficar sócio de uma empresa (comprar seus papéis em bolsa) deve vir do conhecimento da sua gestão, dos seus produtos, das suas potencialidades”, disse. O fórum Revisão de Portfólios - 2011 contou com os seguintes palestrantes, por ordem alfabética: Alexandre Resende, diretor da Oceana Investimentos; Antonio

Machado, gerente de investimentos da Fundação Real Grandeza; Arturo Profili, diretor da Capitânia Investimentos; Carlos Augusto Meinberg, analista da Riviera Investimentos; Carlos Flory, presidente da SPPrev; Cesar Aragão, diretor da BBM Investimentos; Dante Scolari, diretor de investimentos da Ceres; Demósthenes Marques, diretor de investimentos da Funcef; Eduardo Câmara Lopes, CEO da Ashmore Investimentos; Eduardo Loverro, diretor do BNP Paribas Asset Management; Frederico Tralli, responsável pela renda variável do BNP Paribas Asset Management; Helder Rodrigues da Cunha Soares, sócio da Claritas Investimentos; Jeremias Xavier de Moura, diretor de investimentos da Faelba; Luiz da Câmara Lima, diretor de investimentos da Fachesf; Marcelo Arnosti, economista-chefe da BB DTVM; Marcos Anderson Treitinger, diretor de investimentos da Fusesc; Marcus Caruso, economista do Banco Pine; Matheus Cavallari, sócio da Claritas Investimentos; Maurício Wanderley, diretor de investimentos da Valia; Otávio Aidar, economista-chefe da Mirae Asset; Paulo Julião, diretor de investimentos do Economus.

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POLÍTICA RPPS

Eliminado as dúvidas A pedido das associações que representam os institutos dos servidores estaduais e municipais, Ministério da Previdência Social (MPS) esclarece dúvidas sobre Resolução 3922

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Victor Soares

com gestão ativa, que têm esde o final do ano passado, por objetivo superar seus pairava no ar uma série de benchmarks, ou gestão pasdúvidas sobre a Resolução siva no tocante a enquadranúmero 3.922 do Conselho mento”, explica Fonseca. Monetário Nacional (CMN). Agora, em O consultor destaca ainum encontro do representantes do Mida que o documento esclanistério da Previdência Social com dirirece de quem é a responsagentes da Associação Paulista de Entibilidade pela classificação dades de Previdência (Apeprev), as dúde risco dos ativos dos funvidas foram solucionadas. Como resuldos de investimentos. “Os tado do encontro, foi elaborado um dogestores dos RPPS são rescumento que soluciona dificuldades de ponsáveis também pela obinterpretação, tais como, os limites de servação de outros critériFidcs fechados (Fundos de Investimenos, além dos relatórios de tos em Direitos Creditórios) e fundos de rating quando da aplicação crédito privado, que não são excludende recursos em fundos com tes. Além disso, o material esclarece ativos privados em carteique não há restrições para a contratação ra”, diz Fonseca. de fundos com gestão ativa, entre ouO diretor financeiro da tros pontos. Apeprev, Alexandre MogEm um dos itens que estava gerando non, ressalta outro avanço mais dúvidas, referente aos limites de do posicionamento do miaplicações em Fundos de Investimento nistério. É que até o ano em Direitos Creditórios (Fidcs) fechapassado, os limites definidos e fundos de crédito privado, o dos da política de investiministério fez uma interpretação difementos tinham que totalirente do que está escrito na resolução. Guimarães: documento esclarecedor zar obrigatoriamente 100%, É que a redação fala em um limite de ou seja, a soma tinha que até 5% em Fidcs fechados ou 5% em fundos de renda crédito privado. “Apesar de ser uma ser exata. Agora, a soma dos limites pode ultrapassar conjunção alternativa, o ministério preferiu interpretar 100%, dando margem para uma maior flexibilidade na que os limites sejam de 5% para cada uma. O limite único hora de definir as políticas para o período. “A política de de 5% para as duas alíneas talvez inviabilizasse as aplica- investimentos vai ficar menos rígida”, aponta Mognon. Quanto à interpretação do limite dos Fidcs e dos fundos de ções nestes fundos”, explica o documento. Esse é um dos poucos pontos que ainda gera incertezas crédito privado, ele acredita que não haverá problemas para os gestores e profissionais que trabalham com os em destinar 5% para cada um deles. O problema relacionado aos Fidcs é outro. É que os RPPS. “Entendo que a resolução é que tem de ser obedecida, pois é a base legal para processos de auditoria, pelo representantes dos regimes próprios de previdência já próprio ministério e pelos Tribunais de Contas. Temo que reivindicam um limite acima de 5% para os fechados. Os isso possa trazer problemas no futuro aos gestores dos institutos alegam que os Fidcs fechados apresentam meregimes próprios”, diz Ronaldo Fonseca, especialista em nor risco que os abertos e não há sentido que tenham investimentos de RPPS da consultoria Crédito e Mercado. limite menor. Os Fidcs abertos podem chegar a até 15% Em outros aspectos, o documento do ministério traz do patrimônio, desde que não se tenha aplicações em esclarecimentos importantes, como é o caso dos fundos Fidcs fechados e fundos de crédito privado. No questiocom gestão ativa ou passiva. “O ministério interpreta que namento ao ministério, os representantes deixam a proa Resolução 3.922 não faz diferenciação entre fundos posta de aumento do limite para os Fidcs fechados. Em JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


Delúbio Gomes, passou a ocupar o comando do departamento a partir de maio passado. Apesar da formulação de algumas sugestões de alteração da resolução, Guimarães esclarece que não há nenhuma ÚTIL PARA OS GESTORES – “Acredito que, além de servir para proposta oficial de mudança nas regras no curto prazo. “É os dirigentes dos regimes próprios, o documento ajuda muito preciso dar um tempo de consolidação das atuais regras. Não há previsão para mudanças”, garante os gestores das assets na distriGuimarães ao ser indagado sobre a possibilibuição de seus produtos para o dade de revisão das normas que constam na segmento”, opina Alexandre resolução. Mognon, representante da ApeA iniciativa recente foi considerada um avanprev e responsável pelos investiço na interpretação das normas de investimenmentos do Fundo de Previdência tos. “Em linhas gerais, o esclarecimento do de São Bernardo do Campo, muministério resolve eventuais lacunas e contranicípio localizado na Grande São dições, ao ressaltar que o mais importante é o Paulo. O encontro foi realizado alinhamento com as resoluções e instruções da em abril passado em São Paulo CVM [Comissão de Valores Mobiliários]”, (SP) e contou com a participação explica Alexandre Mognon. de representantes das associações Uma das novidades do documento é o ese da Secretaria do Tesouro Naclarecimento de que não há restrições para cional, além do atual coordenaque os RPPS realizem investimentos no exdor do departamento de previterior. Apesar de não haver uma menção dência social, Otoni Guimarães. explícita a esse tipo de investimento, o reNa época, ele ainda ocupava o presentante do ministério faz referência à posto de coordenador da área de instrução CVM 409, citada várias vezes no contabilidade, atuária e investiFonseca: esclarecimentos importantes material. mentos – mas, com a saída de Pedro Carvalho

todo caso, o representante do ministério diz que a proposta foi anotada e que fica para uma futura discussão, ainda sem previsão de data.

Principais esclarecimentos do MPS sobre a Resolução 3.922 Dúvida: Por que existe um limite de 5% para os fundos de investimento em direitos creditórios fechados? Resposta: Enquanto nos fundos abertos os cotistas podem efetuar resgates a qualquer momento, desde que respeitadas as condições do regulamento, nos fundos fechados as cotas são resgatáveis apenas no encerramento do fundo ou por ocasião de liquidação antecipada. Infelizmente, ainda não se tem a cultura consolidada de políticas de investimentos compatíveis às obrigações em uma visão de imediato, curto, médio e longo prazo. Dúvida: A resolução veda a possibilidade de criação de fundos ativos? Resposta: Não, a resolução não entra no mérito se os fundos são ativos ou passivos, apenas que busquem o retorno de um dos subíndices determinados, desde que atendam a todas as condições por ela estabelecidas, inclusive sobre a proibição de exposição do patrimônio em mercado de derivativos. Dúvida: Existe a necessidade de os papéis obrigatoriamente terem rating e que, além disso, também possam ser utilizados outros critérios (por exemplo, a “sensibilidade” do INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

gestor sobre determinado papel). Esse entendimento está correto ou somente poderão ser usados outros critérios não existindo obrigatoriedade de rating? Resposta: Exatamente. Os papéis obrigatoriamente terão o seu rating, porém não necessariamente de agência classificadora de risco no País. O gestor dos recursos do RPPS, como está previsto na resolução, tem a prerrogativa de observar outros critérios de avaliação e classificação que não sejam exclusivos de agências classificadoras de riscos. Dúvida: Os institutos estão autorizados a investir concomitantemente 5% de seu PL em Fidcs fechados mais 5% em fundos de crédito privado, totalizando desta forma 10% do PL nesses ativos. Nesse caso, restaria mais 5 % em Fidcs abertos para atingir o limite de 15%. Resposta: Correto. Para facilitar o controle por parte dos RPPS em verificar os limites aplicados nestas alíneas, apesar de ser uma conjunção alternativa, o ministério preferiu interpretar que os limites sejam de 5% para cada uma. O limite de 5% para as duas alíneas talvez inviabilizasse as aplicações nestes fundos. Dúvida: Teremos um arquivo padrão para

envio das carteiras dos fundos para o ministério? Resposta: Sim, no momento a Secretaria está priorizando a finalização dos novos demonstrativos da política de investimentos e dos investimentos e aplicação de recursos e, oportunamente, iremos definir o sistema, a periodicidade e a forma de envio das carteiras dos fundos. Dúvida: Observados os limites da Resolução 3.922, fundos de investimento regidos pela CVM 409 que recebam recursos de RPPS podem, nos limites da instrução, realizar investimentos no exterior? Resposta: A Resolução 3.922 trouxe em seu bojo grande responsabilidade para o gestor do RPPS, responsabilidade essa que poderá ser mitigada pela maior transparência dos fundos de investimento em que venha a alocar os seus recursos, especialmente no que se refere ao rating dos papéis e de gestão. Portanto, em se tratando de fundo de investimento admitido pela norma do CMN e se este estiver compatível com as normas da CVM (Art. 85 da CVM 409 – trata dos limites e obrigatoriedade de previsão no regulamento e prospectos), não há restrição. 47


POLÍTICA responsabilidade social

Ministério assina protocolo de intenções com a OIT

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Divulgação

Helmut argumenta que, apesar de as fundações brasileiras já terem diversas iniciativas na área de responsabilidade socioambiental, um acordo como o apresentado pela OIT e pelo ministério, “que tem o respeito ao conceito de trabalho decente como grande ponto de reflexão”, é uma novidade não só no Brasil, mas no Ideia é que as fundações brasileiras observem critérios mundo. “Essas práticas já são adotadas de respeito ao trabalho decente ao fazer investimentos por empresas e fundos de pensão, de forma isolada, em diversos países. Mas essa reflexão de um sistema como um todo, feita a partir do á faz mais de um ano que, da do Trabalho, na pridiálogo entre a SPPC e as funjanela de seu escritório, Helmut meira quinzena de dações, é inovadora e servirá Schwarzer não vê mais o Lago junho, surgiu a como um exemplo muito imSul, e sim o Lago Léman. O ex- chance de o acordo portante para o setor financeisecretário de Políticas de Previdência ser selado na ocaro do mundo inteiro”, acredita Social trocou Brasília (DF) por Genebra, sião. “Antes da vio especialista, ao confirmar que na Suíça, em abril do ano passado para sita do ministro, foi o protocolo de intenções assiocupar um cargo na Organização Interna- manifestado, em nado recentemente foi o pricional do Trabalho (OIT). Não por acaso, conversas com o semeiro estabelecido pela OIT cretário de Políticas recentemente a OIT e o Ministério da nesses moldes, envolvendo Previdência Social assinaram um acordo de Previdência todo o segmento de fundos de inédito que, em suma, convida as funda- Complementar [Jaipensão de um país. ções brasileiras a exigir que as empresas me Mariz de Faria Para Helmut, o Brasil tem se nas quais investem adotem boas práticas Júnior], que o Garidestacado internacionalmente baldi estaria à disno tratamento de seus colaboradores. no desenho de políticas de pro“O acordo trata de incentivar que os posição para assinar Helmut: Brasil é exemplo teção social. “O conjunto desfundos de pensão brasileiros incorporem, o protocolo de insas políticas evoluiu muito no Brasil nesta nas suas políticas de investimento, o cui- tenções”, conta Helmut. última década, quando houve um procesdado e o respeito a direitos fundamentais PROLIFERAÇÃO – O especialista esclare- so de geração de emprego formal e a do trabalho, principalmente no que se refere à defesa da liberdade sindical e ao ce que as premissas do acordo deverão ser introdução de programas inovadores de combate do trabalho infantil, do trabalho incorporadas pelos fundos de pensão bra- proteção social. O Brasil é um exemplo de escravo e da discriminação no local de sileiros após um processo de debates com que o investimento em proteção social trabalho”, detalha Helmut, especialista a SPPC a respeito de como a adoção fortalece o tecido econômico. Diferenteprincipal em seguridade social da OIT desses critérios pode acontecer na prática. mente do que algumas pessoas argumenpara as Américas. Em um processo sele- “É claro que tudo isso passará por um tam, o bom desenho de políticas de protetivo iniciado no fim de 2009, ele foi diálogo entre a Secretaria de Políticas de ção social acaba ajudando a amortecer o escolhido para assumir o posto que era Previdência Complementar, o sistema de efeito de crises econômicas e a incentivar anteriormente de Carmen Solorio, uma fundos de pensão e, provavelmente, agen- a inclusão de mais pessoas na atividade”, peruana que deixou a OIT quando se tes do setor financeiro”, considera. Ele opina. Segundo Helmut, existe por parte lembra que as fundações brasileiras já têm do Estado brasileiro e de outros atores, aposentou, há cerca de dois anos. O protocolo de intenções foi assinado um contato com questões de caráter soci- como os fundos de pensão e as autoridades de supervisão e regulação do sistema, pelo Ministério da Previdência Social e a oambiental nos seus investimentos. “Existe uma série de precedentes. Os uma boa vontade e um desejo de fortaleOIT no último dia 16 de junho, em Genebra. Segundo Helmut, a ideia de fazer um próprios fundos de pensão, por meio da cer o modelo de desenvolvimento que o acordo desse tipo começou a tomar corpo Abrapp, têm um código de ética; alguns Brasil vem construindo. “O Brasil, pelas em 2010, por meio de conversas com a deles atuam junto com o Instituto Ethos suas práticas e pelo seu tamanho, pode Associação Brasileira das Entidades Fe- em iniciativas de responsabilidade social; mobilizar outros países a incorporar elechadas de Previdência Complementar e há aquelas fundações signatárias do mentos de responsabilidade social no seu (Abrapp) e “diversos atores do sistema de PRI, os Princípios para o Investimento sistema de fundos de pensão”, reforça. E fundos de pensão do Brasil”. E como o Responsável das Nações Unidas. Esses acrescenta: “a OIT tem sido uma parceira ministro Garibaldi Alves Filho já tinha são alguns dos antecendentes importantes do Brasil nesse processo de fortalecimenagendado uma viagem a Genebra para que mostram a direção na qual o acordo to das políticas do mercado de trabalho e de proteção social”. participar da Conferência Internacional com a OIT pode caminhar”, aponta. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


FUNDOS DE PENSÃO portfólios

Novos critérios de divisão Novo cenário leva entidades fechadas de previdência complementar a dividir suas carteiras de ativos por critérios que vão além dos segmentos tradicionais impostos pela legislação

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

Previsc é ampliar a parcela de seu patrimônio exposto a renda variável por meio de mais investimentos nos chamados fundos de valor. A entidade, inclusive, já está de olho em outros gestores que seguem esse tipo de estratégia, e deve vir a fazer aplicações com eles. Isso só não aconteceu ainda porque, em alguns casos, a fundação até gostou do perfil do fundo, mas o patrimônio do produto ainda é insuficiente para receber dinheiro do fundo de pensão. A cota da Previsc nos fundos em que investe costuma equivaler, em média, a 10% do PL do produto, sem ultrapassar o patamar de 15%. Mas conforme os fundos forem crescendo e surgirem gestores interessantes com patrimônio suficiente, a tendência é que a entidade invista ainda mais na categoria. O ALM geral da Previsc estabelece parâmetros que se traduzem, na prática, em um aumento da exposição a investimentos estruturados e renda variável e, consequentemente, uma redução das posições em renda Nunes: divisão da renda variável entre alpha e beta fixa. Em 31 de maio deste

ações livre, a Previsc contou com a ajuda da FRP Consult, que por sinal auxiliou a entidade em todo o processo de revisão da carteira. As assets que receberam recursos do fundo de pensão nessa estratégia foram Mint, Orbe e Tarpon; e também foram feitas novas aplicações em fundos da Fator e da Mercatto que já faziam parte da carteira da Previsc. Além delas, já constavam no portfólio de fundos de valor dos quais a fundação é cotista produtos geridos por BNP Paribas e Rio Bravo. Apesar de não abandonar de vez os fundos indexados ativos, a intenção da

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sofisticação da alocação de recursos é um caminho sem volta para os fundos de pensão. Todo o sistema já está cansado de saber que, diante da tendência de queda da taxa de juros no longo prazo, não vai ser possível bater metas tendo o Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) como norte. Por outro lado, investir em renda variável estando totalmente sujeito às oscilações da Bolsa também pode não ser um bom negócio – basta ver o que está acontecendo este ano. É por essas e outras que as fundações começam a montar suas carteiras de uma maneira diferente. O importante é que esse olhar diferenciado, apesar de fazer parte da rotina de fundações gigantes como a Funcef há alguns anos, chega agora às entidades não tão grandes. Um exemplo de mudança recente na forma de pensar a alocação dos ativos é a Previsc – Sociedade de Previdência Complementar do Sistema Fiesc, de Santa Catarina. A entidade optou por segregar sua carteira de renda variável entre as estratégias alpha e beta. Luiz Carlos Nunes, diretor administrativo e financeiro da fundação, afirma que não valia a pena pagar taxas de administração para fundos que se diziam ativos nos índices e, além de não adicionarem ganhos, muitas vezes apresentavam uma rentabilidade inferior à variação dos respectivos benchmarks. “Tínhamos fundos Ibovespa ativo e IBrX ativo que não entregavam alpha e chegavam a nem garantir o beta”, reforça o dirigente. Por conta disso, a entidade resgatou parte dos recursos aplicados nesses fundos e investiu em duas classes distintas: a parte beta foi aportada em ETFs (fundos de índices), enquanto a parte alpha foi dedicada aos chamados fundos de valor. O ETF escolhido pela entidade foi o Bova11, da BlackRock, que é atrelado ao Ibovespa. Para a seleção dos gestores de fundos de

Mudança de perfil

Distribuição da carteira de renda variável da Previsc – em % JANEIRO DE 2011

JUNHO DE 2011

Total da carteira: R$ 107,77 milhões

Total da carteira: R$ 127,55 milhões

Fonte: Previsc

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ano, a parcela em renda variável estava em 20,89% do patrimônio, sendo que a política sugere um patamar de 25,89%. Em princípio, a ideia é que essa diferença seja atingida justamente por meio de mais aplicações em fundos de valor. A importância da categoria já pode ser sentida pelas mudanças na estrutura da carteira ao longo do primeiro semestre de 2011. Em janeiro, o segmento de renda variável da Previsc tinha aproximadamente R$ 107,77 milhões, dos quais 24,13% estavam em fundos de valor. Em junho, dos R$ 127,55 milhões correspondentes à carteira total de renda variável da fundação, 41,37% estão nesses fundos. Já os ETFs, que até o início do ano não faziam parte dos ativos da Previsc, em junho equivaliam a 18,21% do portfólio de renda variável da entidade. MULTIMERCADOS – Outra categoria que ganhou seu espaço nos investimentos da Previsc é a dos chamados multimercados “não-institucionais”, aqueles enquadrados no limite máximo de 10% segundo a Resolução número 3.792 do Conselho Monetário Nacional (CMN). Seguindo sua política, a entidade já estava, em junho deste ano, com perto de 8% de seu patrimônio alocado no segmento, principalmente em fundos do tipo multiestratégia e long/short. Ao contrário do que acontece com a renda variável, no caso dos estruturados a Previsc já está de acordo com a política de investimentos, que estabelece uma participação de 7,69% do patrimônio para esse segmento, de modo que não serão necessárias mais aplicações por enquanto. Mais uma vez, para a seleção dos fundos que receberam recursos, a Previsc contou com a consultoria da FRP. Todos os produtos são avaliados com base em critérios quantitativos, e qualitativos, assim como as gestoras são alvo de due diligence da consultoria. Além do aumento da exposição a renda variável e investimentos estruturados, a entidade também promoveu uma mudança interna em sua carteira de renda fixa. Os multimercados institucionais, enquadrados nesse segmento, não estavam entregando os retornos desejados, o que provocou a saída da fundação desses produtos. Os recursos foram realocados em dois tipos de títulos de renda fixa: NTNBs com vencimento em 2014 (pouco menos de R$ 30 milhões) e Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGEs), 50

que receberam aproximadamente R$ 27 milhões. Os DPGEs foram adquiridos com cupom médio de 8,23% mais IPCA e têm duração média de cinco anos. “A saída dos multimercados institucionais foi uma questão de rentabilidade. Eles não estavam bancando nossa meta atuarial e, com a inflação em alta, vimos oportunidades em títulos atrelados a índice de preços”, afirma Sérgio de Andrade, coordenador de investimentos da Previsc. A meta atuarial geral da entidade é de INPC+6%, e a fundação encerrou maio deste ano com patrimônio total de R$ 597 milhões.

mento da Funcef, lembra que chegou na fundação em 2004 e participou das discussões para a formulação da política de investimentos da entidade para o ano seguinte. Já naquela época, havia a percepção de que o ideal seria estabelecer uma distribuição das aplicações calcada nas projeções de indicadores macroeconômicos e em como esses indicadores afetam cada segmento dentro da carteira. Marques comenta que, ao longo do tempo, a classificação dos segmentos estabelecida na legislação específica dos investimentos dos fundos de pensão mudou. Para não ir muito longe, podemos observar apenas as duas últimas resoluções do CMN que tratam do assunto – a número 3.456, de junho de 2007, e a 3.792, de setembro de 2009, em vigor atualmente. Na CMN 3.456, os recursos

JUROS, INFLAÇÃO E CRESCIMENTO –Alcançar uma rentabilidade de 310% em pouco mais de oito anos diante de uma meta de 157% para o mesmo período é de saltar aos olhos. Para chegar a esse resultado, Rebalanceamento a Funcef vem trabalhanEvolução da distribuição do patrimônio da Funcef entre os do desde 2006 na refortrês grandes indicadores – em % mulação de sua carteira – reformulação essa que, acima de tudo, é baseada em uma revisão de conceitos. A performance apresentada acima foi conquistada pela entidade no acumulado de 2003 até abril de 2011, quando a rentabilidade foi equivalente a quase o dobro da meta atuarial da fundação, de INPC+5,5%. Demosthenes Mar- Juros: ativos atrelados ao CDI/Selic. Inflação: ativos atrelados aos índices de preços. Crescimento: ações ques, diretor de investi- de empresas (RV), investimentos imobiliários e fundos de participação. Fonte: Funcef

Risco no ativo X risco de insolvência “Há o consenso no mercado de que o juros vão cair no longo prazo. Isso quer dizer que as regras do jogo vão mudar para os fundos de pensão.” A afirmação é de Fernando Lifsic, sócio da FRP Consult. Ele lembra que a vida das entidades vai ficar mais complicada na medida em que as taxas pagas pelos títulos do governo federal se tornarem cada vez menos suficientes para o atingimento da meta atuarial. “A única maneira de os planos de Benefício Definido garantirem sua solvência é por meio de uma mudança na macro-alocação”, aponta, ressaltando que o mesmo vale para os planos de Contribuição Definida (CD), que apesar “de não terem um passivo explícito, têm a obrigação implícita de garantir a aposentadoria

dos participantes”. Na opinião do consultor, a Resolução número 3.792 do Conselho Monetário Nacional (CMN) já abre espaço para uma alocação de ativos menos concentrada no famoso CDI. “O limite para ações e multimercados não-institucionais foi ampliado, assim como passou a ser contemplado o segmento de estruturados, incluindo o private equity. Essa legislação já permite que as fundações façam uma alocação mais eficiente”, observa. Lifsic comenta que não basta, no entanto, apenas aumentar a exposição a renda variável. É necessário promover também uma diversificação dentro deste segmento, e uma maneira de fazer isso é dividir o JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


das entidades poderiam ser aplicados em quatro segmentos: renda fixa, renda variável, imóveis e operações com participantes. A CMN 3.792, por sua vez, traz cinco segmentos. Além dos quatro da regra anterior, foi criado o segmento de investimentos estruturados, que inclui ativos antes considerados de renda variável, como os Fundos de Investimento em Participações (FIPs), ou do segmento de imóveis, como os Fundos de Investimento Imobiliário (Fiis). “Essas alterações nas classes de ativos acabam gerando quebras nas séries históricas de desempenho”, aponta o diretor. Além disso, estão enquadradas no mesmo segmento classes de ativos com perfis distintos de rentabilidade e volatilidade. “No segmento de renda fixa estão, por exemplo, fundos DI e NTN-Bs. Cada um tem um componente distinto e reage de forma diferente ao cenário macroeconômico”, cita. Diante de todos esses fatores, a Funcef passou a organizar sua carteira seguindo três grandes indicadores que influenciam a performance das classes de ativos: juros, inflação e crescimento. Cada classe é enquadrada naquele indicador ao qual seu comportamento é mais reativo. Dentro da caixa de juros, estão os ativos mais atrelados ao CDI ou Selic. No caso da inflação, a vantagem é que o passivo da entidade está baseado na variação de índice de preços. No chamado “crescimento” estão, nas palavras de Marques, ativos não relacionados a “indicadores tão óbvios” como os outros dois, mas sim aqueles cujo desempenho esteja mais ligado ao crescimento da economia do País. Aí se encaixam os investimentos em ações, imóveis,

fundos imobiliários, private equity, Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e Sociedades de Propósito Específico (SPEs). “São investimentos que estão razoavelmente correlacionados com o crescimento econômico do Brasil. Claro que, ao contrário do que acontece com juros e inflação, a correlação não é tão forte e concreta, mas sim intuitiva”, pondera Marques. Ele completa que a Bolsa nem sempre cresce quando o País cresce, mas em janelas mais longas tende a haver uma boa correlação.

portfólio entre as estratégias alpha e beta. “Índices como o Ibovespa e o IBr-X funcionam olhando no retrovisor. Basta olhar o quanto ainda há de concentração em Vale e Petrobras nos indicadores. A economia baseada em commodities como petróleo e minério de ferro reflete o passado do Brasil, não o presente. Hoje, a dinâmica do mercado mudou, com muitas empresas de serviços e diversos outros setores ganhando destaque. Mas esses índices ainda não refletem essa mudança”, afirma. Diante disso, na opinião de Lifsic não basta aplicar recursos em fundos “tradicionais”, indexados a Ibovespa ou IBr-X. O consultor completa que há gestoras relativa-

mente novas e pequenas que estão se destacando nos chamados fundos de valor. “São boutiques que estão mais focadas em oportunidades”, descreve (leia mais na página 62). Assets com esse perfil poderiam se encaixar na parte alpha das carteiras de renda variável. Para a parte beta, Lifsic recomenda os fundos de índices, mais conhecidos como ETFs. “Os fundos indexados cobram altas taxas de administração que muitas vezes não se traduzem em adição de valor. O ETF é uma boa forma de os investidores se exporem a risco de mercado”, indica. Lifsic acredita ainda na importância de ter multimercados não-institucionais em carteira pela diversificação que esses produtos agregam ao portfólio. “Lá

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

EVOLUÇÃO – Como as projeções macroeconômicas são de redução da taxa de juros no longo prazo, a Funcef caminha já algum tempo na direção de reduzir a parcela de juros em sua estratégia de macroalocação. Outra perspectiva indica a manutenção do expansão da economia brasileira, o que por consequência traz um aumento da exposição ao indicador chamado de crescimento. Por outro lado, devido ao fato de esse indicador carregar uma certa volatilidade no curto prazo, a caixa da inflação serve como proteção em relação ao passivo da entidade. Marques ressalva, no entanto, que existe um piso mínimo de exposição a juros, correspondente à necessidade de manutenção de uma liquidez prudencial ditada pelo ALM. “Há momentos, como os de crise, em que não é recomendado sair de posições em ações ou imóveis, por exemplo, para não vendermos os ativos a um valor inferior. Por isso precisamos ter um colchão de liquidez garantido pelos juros”, explica o diretor. Esse patamar mínimo varia ao longo do tempo, em função do

patrimônio, da massa de participantes e dos benefícios a pagar. Hoje em dia, esse piso está fixado em 7% dos recursos da entidade. “Para o atual perfil de ativos e passivos da Funcef, a indicação do ALM é de um mínimo de 7% em juros para assegurar a liquidez prudencial. Conforme a massa de participantes for mudando, com mais pessoas aposentadas, isso tende a mudar”, sublinha. No que se refere a inflação e crescimento, a ideia é que a parcela do patrimônio que não esteja em juros seja dividida mais ou menos em duas partes iguais. Isso depende, é claro, das oportunidades e do comportamento do mercado, mas a intenção é que não haja uma forte concentração em nenhum dos dois indicadores. Marques revela que as ideias que resultaram na nova maneira de macro-alocação começaram a surgir na Funcef em 2003. Desde 2004, as premissas que norteiam a estratégia passaram a ser desenhadas, mas foram escritas de forma mais explícita na política de investimentos para 2005. Entre aquele ano e o seguinte, o modelo de macro-alocação começou a ser praticado, sendo perseguido até hoje. Também em 2006, passou a ser feito o mapa de acompanhamento da estratégia dentro dos três grandes indicadores, cujos dados foram retroagidos a 2003 para monitoramento histórico. “Criamos um painel de controle para executar os nossos investimentos. O ALM, que foi feito internamente no ano passado, confirma que estamos no caminho certo. E desde que o processo começou, não houve nenhuma quebra na estratégia de alocação, e nem na nossa convicção”, comemora.

fora, os fundos de pensão são responsáveis pela maior parte dos fluxos de hedge funds”, conta. Nessa classe, inclusive, ele considera interessante a aplicação no exterior. “Se eu pudesse escolher, começaria a investir no exterior por meio de fundos de hedge funds com proteção em reais, porque a correlação é muito mais baixa com ativos brasileiros do que nos fundos de ações”, aponta. Ele assume, no entanto, que ainda existe muita insegurança de parte das fundações com relação a essa classe de ativos. “Entendo essa desconfiança, mesmo porque os fundos não são regulados como no Brasil. Sei que não é fácil convencer os conselhos das entidades a fazer esse tipo de aplicação, pelo menos por enquanto.” 51


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FUNDOS DE PENSÃO previdência aberta tivos atinjam e, mais ainda, ultrapassem a participação de 10% nas receitas da companhia. Para este ano, a meta é crescer 40% em vendas no segmento empresarial na comparação com 2010. No ano passado, as vendas da Brasilprev neste nicho somaram R$ 914,7 milhões. “No segundo semestre também vamos discutir as metas para 2012, que devem ser ainda mais ambiciosas”, sinaliza Sérgio Rosa. Para perseguir seus objetivos de expansão entre os clientes corporativos, a BraRosa: meta é crescer 40% em vendas este ano silprev trabalhará cada vez mais com a rede do Banco do Brasil, procurando alcançar toda a base de clientes empresariais da instituição financeira. “Acreditamos que a previdência complementar é um instrumento muito importante de relacionamento com a força de trabalho das empresas. No momento pelo qual o Brasil está passando, em que a retenção de talentos é uma preocupação das companhias, os planos empresarias de previdência complementar aberta podem funcionar muito bem À frente da Brasilprev, na estratégia das empresas de lidar com ex-presidente da Previ quer a contratação e a manutenção de pessoas”, opina. Sérgio Rosa lembra que a aumentar o número de previdência privada vem sendo contraclientes empresariais tada no Brasil muito mais a partir de uma iniciativa individual do que por parte dos empregadores. “A previdêncostumado a comandar o cia complementar em geral se tranformaior fundo de pensão do mou basicamente em um instrumento Brasil, Sérgio Rosa se vê dian- de decisão individual. O mercado não te do desafio de conquistar teve, nos últimos anos, um grande demais clientes empresariais para a Bra- senvolvimento na previdência corporasilprev. Atualmente, o segmento em- tiva. Mesmo o número de planos fechapresarial responde por menos de 10% dos e de associados vinculados a eles se da receita total da companhia, que che- mantém relativamente estável, infelizgou a R$ 378 milhões no acumulado de mente. No segmento aberto, tem aconjaneiro a junho de 2011. “O segmento tecido o mesmo. Mas acreditamos que individual, de pessoas físicas, é respon- isso pode estar mudando. Dadas as casável por mais de 90% das receitas da racterísticas do mercado de trabaho no Brasilprev. Estamos bastante focados Brasil, existe espaço para que as emprepara fortelecer nosso posicionamento sas busquem a oferta dos planos de no empresarial”, avisa Sérgio Rosa, que previdência complementar. E é com essa desde setembro do ano passado ocupa a mudança que nós procuramos nos posicionar melhor no segmento empresacadeira de presidente da Brasilprev. A intenção é que os clientes corpora- rial”, comenta.

O novo desafio de Sérgio Rosa

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ESPAÇO PARA TODOS – Esse posicionamento não significa, no entanto, que a Brasilprev pretende concorrer com os fundos de pensão fechados. Sérgio Rosa explica que a companhia concentra seu trabalho nas empresas que ainda não oferecem o benefício da previdência complementar aos seus funcionários. “Um número elevado de empresas ainda não oferece nenhum tipo de previdência complementar, e é nelas que estamos mais focados. De maneira alguma pretendemos modificar a intenção das companhias em relação à sua estratégia de gestão de previdência complementar. Se elas já contam com fundos fechados e estão satisfeitas com eles, não há razão para disputarmos espaço”, argumenta. Justamente por isso, fazem mais parte do radar da Brasilprev as companhias de médio porte. Segundo Sérgio Rosa, as grandes empresas também estão no alvo, mas não as muito grandes, do segmento chamado large corporate. “Acreditamos que, para uma empresa média, o desafio de estruturar um fundo fechado pode ser grande demais. Portanto, a opção de oferecer previdência complementar via companhias como a Brasilprev pode ser uma solução imediata, disponível e adequada para elas”, justifica. Sérgio Rosa vê algumas semelhanças entre o trabalho que desempenhava na Previ e o que faz hoje na Brasilprev. Afinal, entre os pontos em comum estão questões atuariais, de proteção de risco e gestão das reservas e de relacionamento e prestação de informações aos clientes. Há, no entanto, uma diferença: agora, ele precisa vender os planos de aposentadoria. “Vender os planos é sim uma diferença, mas a empresa está muito bem preparada e organizada para lidar com isso. Tanto que, no acumulado de janeiro a maio deste ano, tivemos um crescimento de mais de 50% em relação às vendas do mesmo período de 2010. Apesar de para mim ser diferente do que era na Previ, a empresa está bem estruturada, e a rede do banco tem uma capacidade fantástica de fazer contato com clientes e colocar a alternativa da previdência complementar para eles. Temos sido bem-sucedidos nesse processo de vendas”, conclui. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


FUNDOS DE PENSÃO previdência associativa

Petros se organiza para crescer nos instituídos

sua vez, o segmento tem representatividade próxima a 8% – são 11,06 mil pessoas nos planos instituídos, contra um total de 145,46 mil, entre ativos e assistidos. Por isso, a pequena participação é tratada como natural, uma vez que se trata de planos ainda em fase de formação.

Segundo maior fundo de pensão do País se prepara para avançar ainda mais na categoria de previdência associativa

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

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Petros quer aumentar o número de planos instituídos sob sua administração. A fundação administra hoje um total de 46 planos, sendo que 18 deles são os enquadrados na categoria de previdência associativa. Para fazer esse número crescer, a entidade estuda meios de gerenciar os planos instituídos de forma mais eficiente. Uma das alternativas em curso é ganhar eficiência a partir da definição de uma formatação padrão para esses planos. Para o presidente da fundação, Luis Carlos Afonso, essa seria uma forma de facilitar as operações no dia-a-dia. “Temos vários planos muito parecidos, que não diferem muito em relação a perfil e número de participantes. Daremos um tratamento mais homogêneo a determinados planos para ganhar no conjunto”, afirma. Essa padronização implicará em vantagens no chamado back-office, com maior agilidade desde a aceitação de novos planos até a inserção em sistemas, gestão de patrimônio e serviços prestados aos participantes. O detalhamento de como será a uniformização ainda está em andamento dentro da fundação, mas já se sabe que a modelagem padrão será de Contribuição Definida (CD) com a renda fixa representando a quase totalidade dos investimentos. Como, em geral, esses planos ainda estão em uma fase inicial de formação de patrimônio, a diversificação será pequena. Para abrigar o aumento no número de planos administrados, a fundação investe ainda no aperfeiçoamento de processos internos, feito de forma constante. “Esse é um caminho sem volta, na medida em que precisamos cada vez de mais estrutura para suportar o crescimento dos planos administrados”, aponta Afonso. A aposta da Petros na previdência associativa se

Afonso: consolidação no segmento deve à crença de que está em fase inicial no País a formação de uma cultura previdenciária, o que leva a um grande potencial de expansão futura no segmento. “Já somos o maior fundo multipatrocínio do País e podemos crescer nessa área. Temos toda a possibilidade de nos consolidar ainda mais no mercado”, estima o presidente. “Outro ponto importantíssimo é que os planos ligados ao sistema Petrobras dão o suporte necessário para avançar no multipatrocínio. Por isso, esperamos crescer nas duas pontas”, acrescenta. Esse crescimento pode vir em breve. Mesmo sem revelar nomes, o dirigente afirma que já há novos planos em fase avançada de negociação, aguardando a avaliação do conselho deliberativo. “Somos sempre bastante demandados. A verdade é que poucos sabem que somos multipatrocinados e, quando descobrem, ficam muito bem impressionados”, garante. Atualmente, os planos instituídos administrados pela Petros contam, em conjunto, com um patrimônio na casa dos R$ 380 milhões, o equivalente a 0,65% do patrimônio total da entidade, de R$ 59,15 bilhões. Em número de participantes, por

ESPORTE – O último plano instituído inserido na Petro foi o Esporteprev, um plano de previdência para atletas profissionais. Apesar de ter sido aprovado desde dezembro de 2010, seu lançamento oficial ocorreu apenas em junho, quando a entidade o apresentou publicamente e iniciou o trabalho de atrair novos participantes. Por enquanto, são seis os sindicatos instituidores do plano – Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo (Sapesp), Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio de Janeiro (Saferj), Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul (Siapergs), Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Mato Grosso do Sul (Safms), Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Rio Grande do Norte (Safern), Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado da Paraíba (Safepb). “É um plano destinado a todas as categorias do esporte. Contamos com o clima de Olimpíadas e Copa do Mundo no País para ajudar a trabalhar essa questão da previdência junto aos esportistas”, afirma Afonso. E se por um lado a Petros busca um formato básico para os planos instituídos, de outro sabe que é necessário haver uma certa diferenciação entre eles. Além de comitês gestores próprios, é preciso também que haja uma comunicação específica com os participantes. “Temos uma comunicação geral, sobre o mundo da previdência e da Petros, mas queremos chegar cada vez mais próximo ao participante, levando informações que interessem às diversas categorias profissionais abrigadas aqui dentro”, aponta o dirigente. Ele reforça também que é preciso “tratar diferente os diferentes”. Apesar da homogeneidade, dois planos de maior porte se destacam: Unimed BH e Anaparprev, que somam um total de quase sete mil participantes e patrimônio de R$ 344 milhões. “São planos grandes, que exigem um tratamento diferente, até para ser justo”, pondera. 53


FUNDOS DE PENSÃO consultoria

As metas de Sernache Com a aposentadoria de Luiz Roberto Gouvêa, Felinto Sernache assume a gerência geral da Towers Watson no Brasil com grandes objetivos de expansão de receitas nos negócios

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Wyatt anunciaram um acordo de fusão em bases iguais para formar a Towers Watson. A conclusão da operação foi divulgada quase seis meses depois, em janeiro do ano passado. “De lá para cá, avançamos bastante na unificação”, garante Sernache. Ele comenta que a vantagem da fusão é poder juntar pessoas de diferentes perfis e competências em uma mesma companhia. “O nível de complementariedade entre as equipes é muito alto”, opina. O executivo lembra que Luiz Roberto Gouvêa deixa uma lacuna não só como diretor geral da empresa na América Latina, mas também como especialista em atuária. Para não perder em qualidade no atendimento aos clientes, a Towers Watson foi atrás de um profissional de mercado focado nesse nicho. “Na linha de frente da área de benefícios, temos 17 consultores – 14 de previdência e três de saúde. São pessoas bastante qualificadas. Mas para reforçar o time, trouxemos mais um profissional: o Evandro Luis de Oliveira, que traba-

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receita da área de benefícios da Towers Watson no Brasil deve dobrar em cinco anos. É essa a meta que Felinto Sernache passa a perseguir ao se tornar responsável por toda a operação local da companhia, assumindo o posto de managing consultant do País. Depois de trabalhar por 16 anos no escritório da Towers em São Paulo, Sernache ficou no Rio de Janeiro ao longo da última década para aprender de perto as lições de Luiz Roberto Gouvêa, líder da empresa na América Latina que se aposentou no fim de junho. “Com a aposentadoria do Luiz Roberto, assumo a gerência geral do nosso negócio no Brasil. É uma responsabilidade adicional, uma vez que vou acumular o novo cargo com as minhas funções de líder da área de benefícios no País”, afirma Sernache. A sucessão de Gouvêa já vem sendo preparada há algum tempo. Tanto é que alguns clientes com os quais ele mantinha contato estreito foram avisados aos poucos das mudanças. A ideia era fazer uma transição tranquila, que não exercesse um impacto negativo no dia a dia da operação. Trabalhando na Towers desde 1988, o executivo ficava no escritório do Rio de Janeiro. Em 23 anos de companhia, ele chegou a ser líder da área de benefícios no Brasil e na América Latina. “Pude trabalhar perto do Luiz Roberto nos últimos anos e acompanhar o seu dia a dia. Muitas vezes ele compartilhava a tomada de decisões comigo e perguntava primeiro a minha opinião. Claro que de vez em quando eu acertava e de vez em quando errava, mas isso fez parte do meu aprendizado. Fui para o Rio para me preparar para o que está acontecendo agora”, recorda Sernache. Tanto Gouvêa quanto Sernache são originários da Towers Perrin, que se uniu à Watson Wyatt formando a nova companhia. FUSÃO – Um tema recorrente na fala de Sernache é justamente a fusão que resultou na Towers Watson. “Estamos nesse escritório desde fevereiro deste ano. Aqui, nessa nova sede, é que unimos as duas equipes”, conta ele em frente à janela de uma sala no 21º andar de um edifício com vista para a Marginal Pinheiros, em São Paulo (SP). Com família no Rio, o executivo pega a primeira ponte-aérea rumo a Congonhas na segunda-feira de manhã. Na sexta-feira à noite, faz o caminho inverso. “Já estou acostumado com essa rotina”, conta. Em 28 de junho de 2009, a Towers Perrin e a Watson 54

Sernache: grande força da consultoria está nas pessoas JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


lhava em um concorrente nosso e tem formação atuarial, contábil e de negócios”, revela Sernache. Oliveira estava desde novembro de 1994 na Mercer e começou na Towers Watson no último dia 1º de julho. Sernache sabe que o negócio de consultoria é formado, acima de tudo, por pessoas. “Precisamos de muita especialização para manter a nossa competência. Hoje, somos quase 200 pessoas no Brasil, entre esse escritório em São Paulo e o do Rio, que fica em Botafogo”, informa. Antes da fusão, a Towers Perrin contava com cerca de 105 empregados no País e a Watson, com 70. “Já aumentamos um pouco o nosso quadro depois da fusão”, constata o executivo.

derado superado. Agora, falta finalizar a integração de sistemas, que está em progresso. “Apesar de os critérios de cálculo serem semelhantes, ainda precisamos unificar o sistema de avaliação atuarial, assim como os sistemas financeiros. Essa parte operacional ainda tem de ser concluída”, afirma ele.

CRESCIMENTO – A Towers Watson acaba de entrar em seu ano fiscal de 2012, que se encerra em 30 de junho do ano que vem. Para esse período, a meta de crescimento de receita no Brasil é da ordem de 30% para a área de benefícios – sendo 45% no subsegmento de saúde e de 25% no de previdência. Para bater esse objetivo, a companhia aposta na exploração de serviços como o de ALM e comunicação e educação previdenciária e na 1+1 – Sernache aponta que a complementariedade entre as área de saúde. Sernache revela que a Towers Watson tem sido empresas se deu também no que se refere aos serviços procurada para desenvolver a parte de comunicação na área de prestados no Brasil. “A Towers Perrin deixou como legado saúde, que vai desde o esclarecimento dos benefícios disponíalgumas atividades em que a Watson Wyatt não tinha tanta veis até um trabalho de prevenção. “Houve uma empresa que tradição, e vice-versa”, diz ele. Entre os exemplos no segmen- nos procurou para fazer um programa de comunicação voltado to de previdência está o fato de a Towers contar com uma área apenas para doentes crônicos”, exemplifica. de investimentos mais madura e consolidada no País, com um Para a área de investimentos, o crescimento esperado é na maior número de clientes; o departamento de comunicação casa dos 20%. Nesse caso, as grandes apostas são, além dos também era mais forte e desenvolvido do que o da Watson; e serviços de acompanhamento da eficiência na gestão dos a Towers estava mais adiantada no que se refere a assessoria ativos, o auxílio na implementação dos chamados perfis de legal, com 12 advogados na área, enquanto a Watson estava investimento. “Esse é um negócio que está com muita demancomeçando a operar nesse segmento de consultoria jurídica da. A cada dez projetos que temos, seis são para a implemenno Brasil. Por outro lado, a Watson aposta no negócio de tação de perfis”, calcula. administração de planos de previdência privada, o chamado As metas de crescimento são discutidas e estabelecidas TAS – Technology and Administration Solutions, que a internamente pela Towers Watson Brasil. “É claro que a Towers Perrin não oferecia. companhia tem objetivos globais que são compartilhados e os “A Watson Wyatt era forte em investimentos lá fora, mas nossos planos têm de ser aprovados pelos líderes lá de fora. ainda estava engatinhando no Brasil. Como essa área já era Mas nós fazemos a discussão de nossas metas aqui dentro, no mais madura na Towers Perrin por aqui, a importação de Brasil”, conta Sernache. Ele acrescenta, ainda, que a expecmaterial intelectual da Watson ficou ainda mais fácil”, cita. tativa do board da companhia em relação ao desenvolvimento Sernache calcula que a companhia tem hoje mais de 140 de negócio no País é proporcional ao crescimento da imporavaliações atuariais em processamento e o clube de investi- tância da própria economia brasileira no contexto mundial. mentos da Towers Watson no Brasil abrange um número “O Brasil não é a maior fatia do bolo, mas naturalmente há um próximo a 60 entidades de previdência. grande holofote apontado para nós”, garante Sernache. Sernache faz essa comparação entre os legados apenas para Tanto é que um dos segmentos em que a demanda tem reforçar que as atividades das duas empresas realmente eram crescido é justamente o de atendimento ao que a Towers altamente complementares. Mesmo porque a ideia é cada vez chama de start-ups – empresas estrangeiras que estão inicianmais reforçar agora a identidade dessa nova companhia, a do suas atividades no mercado brasileiro. Nesse caso, existe Towers Watson. “Queremos sempre evitar essa história de uma integração da área internacional da companhia, que 'nós e eles'. Agora somos todos 'nós'. Temos trabalhado cuida exclusivamente de projetos globais. Para essas emprebastante nessa integração para sermos todos Towers Wat- sas, a Towers Watson oferece assessoria em toda a área de son”, indica o executivo. benefícios. “Por conta do pré-sal e dos eventos esportivos, Esse processo de unificação das equipes já pode ser consi- várias empresas estão chegando ao Rio de Janeiro. Além disso, muitas companhias podem começar do zero a partir de reestruturações societárias ou operações de M&A”, enumera o executivo. Graduado em Ciências Atuariais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro do Instituto Por fim, Sernache diz que está sempre Brasileiro de Atuária, Felinto Sernache é especialista em planos de aposentadoria, englobando o aberto para conhecer novos talentos, além desenho, avaliações atuariais, estudos de ALM, comunicação e administração de planos de benefícios. de investir no treinamento daqueles que Na empresa desde 1991, ele foi responsável pela implantação e monitoramento do sistema de já estão na companhia. “Não podemos Excelência Profissional da Towers Watson no Brasil. crescer sem uma equipe qualificada. E Atuando no segmento de previdência complementar desde 1983, Felinto tem experiência no as pessoas que estão conosco é que vão sistema de fundos de pensão e no mercado de bancos de investimento. Na Towers Watson, ele apoia me ajudar a construir o caminho para o a gestão dos segmentos de Benefícios, Riscos e Serviços Financeiros, Talentos e Recompensas no Brasil. crescimento que queremos ter nos próximos anos.”

20 anos de Towers

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FUNDOS DE PENSÃO planos

Saldamento de BD da Gerdau gera tensão Migração compulsória para plano de Contribuição Definida é questionada na Justiça por representantes dos participantes

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intenção da Gerdau Previdência de promover uma migração de seu plano de Benefício Definido (BD) para um plano de Contribuição Definida (CD) ainda promete dar o que falar. Apesar de a proposta ter sido aprovada pela Superintendência de Previdência Complementar (Previc) em outubro do ano passado e já ter ocorrido a migração de 70% dos participantes, o Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais (Senge MG) e a Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar) questionam o processo na Justiça e pedem uma reunião para debater o assunto com o órgão regulador. Essa discussão vem desde meados de 2009, quando a fundação passou a administrar o plano BD patrocinado pela antiga Açominas, que teve suas operações integradas pela Gerdau em 2003. A partir daí, foi dado início a conversas entre sindicato, associação e patrocinadoras para negociar as melhores condições possíveis para o novo plano CD. A decisão favorável à alteração nos regulamentos dos planos da Gerdau Previdência foi publicada no Diário Oficial de 18 de outubro de 2010. Em 13 de junho de 2011, o Diário Oficial divulgou a autorização de cancelamento da Fundação Açominas de Seguridade Social – Aços. De acordo com a Anapar, as mudanças foram feitas de forma unilateral, sem que houvesse acordo com os participantes, com o plano BD sendo saldado de forma compulsória. Além disso, a associação reclama a destinação do superávit do plano BD da Aços, que teria sido feita somente aos participantes que aceitaram migrar para o plano de contribuição definida. “Temos uma ação na justiça, em con-

Cláudia: desrespeito à CGPC 26 junto com o Senge, e estamos percebendo que há espaço para rediscutir algumas questões com a Previc. Quero retomar esse assunto, principalmente a questão do superávit”, afirma a presidente da Anapar, Cláudia Ricaldoni. Para ela, o plano CD criado é “rasteiro” e “muito ruim”. Os principais pontos levantados pela presidente da Anapar para justificar essa classificação seriam a existência do benefício de risco de acordo com o saldo em conta e a possibilidade de a contribuição variar entre 0% e 7%. “É como eles fingirem que dão o benefício da previdência e as pessoas fingirem que têm”, dispara. Segundo os dados da Anapar, o plano BD administrado pela Aços contava com um total de 1,5 mil participantes entre ativos e assistidos. Desses, cerca de 30% permaneceram no plano. Além disso, o plano em questão tinha superávit de R$ 700 milhões, de acordo com a associação. A decisão que a fundação teria tomado de não distribuir esse excedente aos participantes que preferiram continuar no

plano BD foi classificada como coercitiva. “A atual Resolução 26, com a qual já não concordamos muito, foi rasgada e jogada no lixo”, acusa Cláudia. Ela se refere à Resolução número 26 do CGPC (Conselho de Gestão da Previdência Complementar, órgão anterior à criação do Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC), que trata da destinação e utilização de superávit e equacionamento de déficit dos planos de benefícios previdenciários. “O que não é possível é a patrocinadora, com aprovação da Previc, decidir que o superávit só será devido a quem optar pela mudança de plano”, completa Cláudia. JUSTIÇA – A dirigente diz que a entidade tentou conversar com a Gerdau Previdência por diversas vezes, sem sucesso, para tentar encontrar uma solução negociada. A partir do encaminhamento do processo de saldamento compulsório para a Previc, à revelia dos participantes, a associação pediu vistas do processo, para analisar o pedido. A partir daí, foram feitas observações e solicitado que não fossem aprovadas determinadas questões. “Não adiantou nada, nosso pedido foi desconsiderado”, relembra. Na Justiça, o processo ainda está em fase preliminar. Em primeira instância, foi questionada a legitimidade do Senge. Segundo Cláudia, durante o processo serão feitas assembleias com os participantes para colocá-los a par do andamento da questão. “Acreditamos que haverá uma reversão da primeira instância e também uma decisão favorável a nós, devido ao absurdo que é tudo isso”, aposta. Procurada, a Previc afirmou, por meio de sua assessoria de comunicação, que o mais indicado seria a reportagem entrar em contato direto com a entidade (Gerdau Previdência) para os esclarecimentos solicitados. A Gerdau Previdência, por sua vez, limitou-se a enviar uma nota explicativa, reproduzida na íntegra a seguir. “Em 2010, foi lançado o novo plano de previdência da Gerdau no Brasil, que segue o modelo de contribuição definida. O novo plano tornou-se mais competitivo frente às melhores práticas de mercado e contou com a adesão voluntária dos colaboradores.” JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


RPPS fidcs

Pedindo limites maiores Regimes próprios de previdência dos servidores mostram apetite por fundos de investimentos em direitos creditórios e ficam bem perto dos limites estabelecidos na legislação vigente Sirius

Alexandre Sammogini

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o contrário de 2010, quando a maioria dos regimes próprios de previdência conseguiu bater suas metas atuariais, em 2011 os gestores estão enfrentando maior dificuldade. A aceleração da inflação e os reflexos disso nos fundos indexados ao IMA-B (índice produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – Anbima), além das incertezas da Bolsa, estão obrigando os gestores a buscar outras modalidades de aplicações. Uma das preferências dos institutos de previdência tem sido os Fundos de Investimentos de Direitos Creditórios (Fidcs). Pelo menos é o que dizem os RPPS que já vinham investindo nessa classe de ativos nos últimos dois anos e que, em 2011, estão aumentado as aplicações para patamares próximos dos limites permitidos pela Resolução número 3.922 do Conselho Monetário Nacional (CMN). A legislação atual permite aplicações de até 15% do patrimônio em Fidcs e fundos de crédito privado. Neste segmento, o máximo autorizado em Fidcs fechados é de 5%, o mesmo percentual destinado ao crédito privado. Já os Fidcs abertos podem chegar a até 15%, desde que não se tenha os outros dois tipos de fundos. Como os Fidcs fechados são os que oferecem maiores taxas de rentabilidade, os regimes próprios estão aproveitando para chegar próximos do limite e já reivindicam que o teto seja ampliado pelo órgão regulador. É o caso do Fundo de Previdência de São Bernardo, no Estado de São Paulo, que já tem 4% do patrimônio aplicado em Fidc fechado e pretende auINVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

Mognon: os Fidcs são a “bola da vez”, vamos atingir o limite mentar a exposição. O instituto aplica atualmente 8% de seu patrimônio, avaliado em R$ 380 milhões, em Fidcs abertos. “Os Fidcs são a bola da vez, esse é um produto que já conhecemos muito bem. Já sabemos analisar os riscos. Vamos chegar em breve ao limite permitido pela legislação”, avisa Alexandre Mognon, diretor financeiro do Fundo de São Bernardo. O regime próprio já aplica seus recursos em quatro Fidcs e está selecionando um quinto fundo, provavelmente fechado. “É um mercado de gestores com boa capacitação e produtos diversificados. Se pudéssemos, aumentaríamos os investimentos além dos 15% do patrimônio”, indica Mognon. O dirigente defende que o limite po-

deria ser ampliado pelo órgão regulador, principalmente no que diz respeito ao Fidc fechado. “O limite de 5% para os fechados não se justifica, pois esse tipo de fundo é muito mais vantajoso que o Fidc aberto em termos de rentabilidade, além de apresentar menor risco”, argumenta o diretor financeiro. Em todo caso, o dirigente explica que é importante analisar o rating do produto e avaliar bem o perfil e o apetite do gestor antes de selecionar os fundos. O Instituto de Blumenau, de Santa Catarina, é outro que está se aproximando do limite das aplicações em Fidcs. O regime próprio possui atualmente 13,5% de seu patrimônio de R$ 186 milhões aplicado na categoria, 57


GESTORES – Os gestores percebem o aumento do apetite dos RPPS e direcionam a atuação para captar recursos desse tipo de investidor. “Os fundos indexados ao IMA-B são bastante adequados no longo prazo, mas não aten58

dem totalmente às necessidades dos institutos. Os Fidcs preenchem uma lacuna pois oferecem melhores retornos que a renda fixa com riscos compatíveis”, observa Wanmir Almeida Costa, diretor financeiro e de captações do Banco Rural. O gestor é um dos precursores no lançamento de Fidcs no Brasil, tendo lançado o primeiro fundo aberto e o segundo do segmento em novembro de 2003. A partir do fim de 2008, começou a captar recursos juntos aos RPPS. Seu principal Fidc, o Rural Prêmio, tem patrimônio líquido de R$ 208 milhões (dado de maio de 2011), dos quais cerca de 90% são provenientes dos regimes próprios. O patrimônio do fundo cresceu 22% desde dezemDivulgação

dos quais, 3,7% estão em fundos fechados. Como tem mais 1% em fundo de crédito privado, o instituto já não pode mais aumentar a exposição na modalidade. “Se o limite fosse maior, com certeza aumentaríamos as aplicações em Fidcs, sobretudo nos fechados”, comenta Ricardo Boff, diretor administrativo e financeiro do Instituto de Blumenau (Issblu). A mais recente aplicação de Blumenau no segmento foi em um Fidc aberto do Trade Bank – Oliveira Trust, que promete rentabilidade de 120% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI). A escolha do Fidc aberto se deu por conta de uma interpretação da Resolução CMN 3.922, que diz que o limite de 5% para fundos fechados são excludentes com os fundos de crédito privado. Como o Issblu já tinha 1% de aplicações em um fundo de crédito da Mercatto, entendeu que não poderia aumentar os recursos em Fidcs fechados. O regime próprio mantém ainda aplicações em outros dois Fidcs da Cruzeiro do Sul Verax, sendo um aberto e outro fechado (retorno de 118% do CDI). “A Selic vem subindo e deve continuar em ascensão até o fim do ano, quando prevemos que vai chegar a 12,75%. É uma boa taxa, mas ainda insuficiente para bater nossa meta atuarial. Por isso, preferimos os Fidcs, que devem atingir algo em torno de 15%”, compara Ricardo Boff. O diretor do Instituto de Blumenau revela ainda que tem realizado uma gestão mais ativa com os fundos de renda fixa. Recentemente, realizou uma migração de recursos de fundos DI para outros indexados ao IMA-B, que na sua opinião tendem a melhorar daqui até o fim do ano. Já na renda variável, o regime próprio não está conseguindo um bom retorno em 2011. “Entramos um pouco na Bolsa quando estava em 63 mil pontos mas, em geral, temos mantido nossa exposição desde o ano passado, hoje em torno de 12,2% do patrimônio”, informa o diretor.

Boff: desejo de limite maior bro de 2010, quando era de R$ 170 milhões. “Muitos institutos já estão batendo no limite permitido pela resolução. Estamos trabalhando, com as associações, junto aos órgãos reguladores para pedir que o limite seja ampliado nas futuras resoluções do CMN”, sinaliza o diretor do Rural. Ele explica que, por outro lado, há muitos RPPS que ainda não possuem aplicações em Fidcs, como é o caso dos institutos dos Estados do Espírito Santo e do Rio Grande do Sul. Como os tribunais de contas desses estados não permitem a contratação de bancos privados, os RPPS ficam impossibilitados de aplicar em Fidcs. É que os bancos com controle estatal ainda não estão muito atuantes nesse tipo de produto. A Caixa Econômica Federal, porém, está começando a dis-

tribuir os Fidcs herdados do Panamericano, e o Banco do Brasil pretende lançar novas opções dessa modalidade voltadas para os RPPS. O BB realizou uma primeira oferta de cotas de Fidc em junho de 2010, com a Caesb (Cia de Águas de Brasília), que contou com a participação, ainda pequena, de alguns RPPS. Agora o Banco do Brasil está estudando o lançamento de novos Fidcs em que os regimes próprios poderão participar com maiores cotas. “Temos verificado aumento do interesse dos RPPS pelos Fidcs. Estamos analisando oportunidades do lado das empresas nas áreas de infraestrutura, saneamento e naval, entre outras, para abrir aos institucionais”, conta Josemar Meireles, gerente executivo de mercado de capitais do Banco do Brasil. Com a entrada do BB e da Caixa, acredita-se que os RPPS de pequeno e médio porte possam entrar com maior volume de aplicações nos Fidcs. REVISÃO DAS POLÍTICAS – Os regimes próprios que não deixaram limites para os Fidcs em suas políticas de investimentos, elaboradas ainda no fim do ano passado, estão promovendo mudanças na revisão das políticas. “Os regimes próprios estão aumentando as aplicações em Fidcs. Muitos institutos estão ampliando os limites em suas revisões da política de investimentos”, confirma Ronaldo Fonseca, consultor da Crédito e Mercado especializado em RPPS. Ele explica que a aceleração da inflação dificultou o desempenho das carteiras dos institutos, que tiveram de buscar alternativas mais rentáveis para não ficar atrás de suas metas atuariais, geralmente fixadas em IPCA mais 6%. “Os regimes próprios estão identificando nos Fidcs um segmento adequado para seu perfil, pois não apresenta fortes oscilações na curva, ao contrário dos fundos indexados ao IMA-B, que apresentam alta volatilidade”, analisa Fonseca. O consultor acrescenta que a conjuntura de crescimento da economia do País também favorece a oferta de produtos diversificados no segmento de direitos creditórios. “Os gestores estão aproveitando o ambiente de crescimento econômico e atendendo à necessidade das JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

detalhadamente o risco da carteira do fundo. “É ncessário analisar a estrutura do fundo, suas cotas subordinadas e o nível de inadimplência”, sugere Boccardo.

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empresas que precisam de mais crédito. Estão realizando um trabalho consistente ao mesmo tempo que oferecem uma alternativa atraente para o investidor institucional”, opina. Um dos regimes próprios que revisou a política de investimentos e aumentou a exposição em Fidcs foi do município de Trajano de Moraes, no Estado do Rio de Janeiro. O instituto tinha 3,2% de seu patrimônio alocado em um Fidc aberto do Banco Rural. Motivado pelo bom desempenho do fundo, colocou mais 3% de seus recursos em junho passado. “O Fidc foi o fundo com melhor rentabilidade de nossa carteira no mês de abril e no consolidado de 2011”, aponta Sérgio Correa Simões, diretor presidente do Instituto de Trajano de Moraes. O dirigente adianta que pretende aumentar novamente as aplicações tanto em Fidcs quanto em fundos de crédito privado. “Fizemos uma revisão em nossa política de investimentos de forma a chegar ao limite permitido da legislação para o segmento de Fidcs e fundos de crédito privado”, diz o diretor presidente do instituto. O RPPS selecionou recentemente um fundo do Itaú de papéis de empresas que devem se beneficiar com o desenvolvimento de obras de infraestrutura. Assim como os casos citados anteriormente, outros regimes próprios pretendem aumentar a exposição em Fidcs, como por exemplo o Biriguiprev, do interior do estado de São Paulo. Hoje o instituto tem 7% de seu patrimônio (avaliado em R$ 63 milhões) aplicado nesta modalidade, entre Fidcs abertos e fechados. “Pretendemos chegar até o limite de 5% em Fidcs fechados. Já selecionamos um fundo desse tipo e temos outro em fase de aprovação”, diz Daniel Boccardo, diretor do Biriguiprev. O dirigente pretende aplicar mais R$ 500 mil em um Fidc fechado, que ainda deve ser aprovado no conselho do regime próprio. “Os juros estão subindo mas apenas com a Selic ainda não conseguimos bater a meta, por causa da alta da inflação. Por isso, estamos querendo aumentar os Fidcs que dão prêmios acima do CDI”, explica Boccardo. O diretor, porém, faz um alerta de que é importante analisar

RISCO – O mercado de Fidcs enfrentou uma situação de estresse com os problemas do Panamericano no fim do ano passado. Porém, passou sem maiores problemas, pois os fundos do banco não foram diretamente afetados – além do que, a gestão foi assumida pela Caixa Econômica. Mesmo assim, o caso serviu como alerta para ver que os problemas podem impactar alguns gestores. “A economia ofereceu um crédito excessivo em 2009 e 2010 e agora a inadimplência está aumentando. Ainda Costa: Fidcs preenchem lacuna no mercado não há problemas públicos com os Fidcs, mas eles po- bituados com os Fidcs. Os dirigentes dem ocorrer no futuro”, avisa Álvaro hoje têm capacidade de avaliar os dida Luz, consultor da Somma Investi- ferentes tipos de indexadores oferecidos pelo mercado, bem como os tipos mentos, especializada em RPPS. O consultor recomenda uma análise de ativos”, considera Xandó. Ele exminuciosa da estrutura do Fidc e do plica que o mais comum é a indexação setor em que ele atua. “É importante com base em um percentual do CDI, ver a taxa de inadimplência do setor e mas que já existem fundos que utilizam as garantia oferecidas. Ainda assim, é outras formas, tais como índices de innecessário enfrentar os riscos, pois flação mais uma taxa. Outra forma de quando há uma crise, a inadimplência indexação é o CDI e mais um percentual pode superar as garantias”, diz. Ele fixo. Com a experiência acumulada, os alerta que o problema é que a inadim- regimes próprios podem calcular a relaplência, quando motivada por uma con- ção risco e retorno que estão dispostos a juntura de muita instabilidade, pode vir assumir. Claro que isso vale para os em ondas que atingem todo o mercado. maiores regimes próprios que já posSegundo o sócio-diretor da Verax, suem experiência com os Fidcs. “AinMarcelo Xandó, é importante estar da tem um grande número de instituatento para os riscos dos fundos. Po- tos pequenos e médios que não conherém, ele acredita que os dirigentes dos cem os Fidcs. Temos muito espaço regimes próprios, em geral, estão cada para crescer. No entanto, é preciso vez mais preparados para analisar os gastar muita sola de sapato para desdiferentes tipos de produtos. “Os regi- bravar o interior do País”, comenta o mes próprios estão cada vez mais ha- diretor da Verax. 59


RPPS Fozprev

Foco em small caps Ao contrário da maioria dos regimes próprios de previdência, o Fozprev mantém alta exposição em fundos de ações e já adota um processo de diversificação dos riscos dessa carteira

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do Paraná Banco e outro do Credit Suisse. Foram direcionados 10% da renda variável, cerca de R$ 2 milhões, para esses fundos. Como o desempenho da Bolsa continuou fraco em 2011, agora o Fozprev está promovendo a migração de recursos para fundos de dividendos. “Queremos migrar até 20% de nossa carteira de renda variável para fundos de empresas que distribuem bons dividendos”, revela o diretor financeiro. Ele diz que o instituto está em processo de seleção de fundos com essa característica. Em todo caso, não faz parte dos planos reduzir o tamanho da carteira de renda variável. Além desse tipo de diversificação, o RPPS ainda promoveu as primeiras aplicações em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (Fidcs) no primeiro semestre de 2010. A seleção dos gestores dos Fidcs coincidiu com a contratação das primeiras instituições privadas para trabalhar com os recursos do RPPS. Até então, o Fozprev mantinha a totalidade das aplicações em bancos estatais, ou seja, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Devido a uma orientação do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, os administradores do instituto tinham receio em contratar produtos de assets privadas, o que começou a mudar somente a partir do ano passado. No caso dos Fidcs, os bancos com controle estatal não tinham esse tipo de produto até bem pouco tempo atrás. Foram realizadas aplicações nos Fidcs do Panamericano e no Cruzeiro do Sul Verax. Em seguida, outros gestores privaDivulgação

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maioria dos institutos de previdência estaduais e municipais ainda mantém uma exposição tímida a renda variável. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, apenas 4% do patrimônio total dos regimes próprios estava alocado nessa modalidade em dezembro de 2010. Porém, há algumas exceções que possuem uma carteira de fundos de ações mais significativa. É o caso do Fozprev, RPPS dos servidores de Foz do Iguaçu (PR) que acumula uma experiência de quatro anos com aplicações em renda variável e já adota um avançado processo de diversificação nesta carteira. Com cerca de 20% de seu patrimônio aplicado em fundos de ações, o instituto tem recursos investidos em fundos de small caps e agora está promovendo a migração de parte da carteira para produtos que contenham ações de empresas que distribuem bons dividendos. As primeiras aplicações do Fozprev em renda variável aconteceram em 2007. O instituto foi fundado em 1993, mas foi a partir de 2005 que começou a formar um fundo capitalizado com aportes paritários dos servidores (11% do salário) e do ente público. Ou seja, dois anos após o início da capitalização, o RPPS já estava direcionando parte do patrimônio para os primeiros fundos de ações. “Desde o início da formação do fundo capitalizado adotávamos uma visão de longo prazo. Por isso, logo que foi possível, decidimos alocar parte dos recursos em renda variável e, desde então, temos mantido uma política que gera um retorno mais consistente ao longo do tempo”, diz Darlei Finkler, diretor administrativo e financeiro do Fozprev. O primeiro desafio para o comando

Rejani: gestão com visão de longo prazo do instituto de Foz do Iguaçu veio no segundo semestre de 2008, com o agravamento da crise financeira iniciada nos Estados Unidos. “Foi um momento difícil, pois sentimos a desvalorização da carteira, como todo mundo, mas não nos assustamos”, recorda o diretor. Não foram realizados saques dos fundos, e o instituto esperou até o ano seguinte, quando a carteira teve forte valorização. “Já no final de 2009 tínhamos recuperado todas as perdas do ano anterior. Foi o melhor de todos os anos até agora”, lembra Finkler. Já em 2010, a Bolsa “andou de lado”, o que mais uma vez afetou a carteira de ações da Fozprev. Por isso, a direção do instituto vem buscando alternativas para conseguir melhores rendimentos. DIVERSIFICAÇÃO – No ano passado, o RPPS decidiu aplicar parte da carteira em dois fundos small caps, um

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dos começaram a receber recursos do renda variável devem se recuperar na Fozprev. “Procuramos contratar ges- segunda metade do ano”, estima Dartores privados justamente para aque- lei Finkler. les fundos que as instituições públicas HISTÓRICO – Diante de uma trajetónão ofereciam ou não tinham muita diversidade ou boa performance”, ex- ria curta como fundo capitalizado – plica Finkler. Um exemplo foi a entra- pouco mais de cinco anos –, alguns da em fundos de small caps. Atual- fatores ajudam a explicar a gestão mente o instituto trabalha com nove mais arrojada na carteira de investigestores, entre públicos e privados. mentos do Fozprev. Apesar de criado Porém, a concentração ainda predo- somente em 2005, o fundo já estava mina na Caixa e na BB DTVM, que em gestação desde 2003, quando se detêm juntas 70% do patriformou um grupo mônio total do Fozprev, de estudos para elaavaliado em R$ 105 miborar a proposta. lhões. “Até agora não tiveDesde o início, o mos nenhum questionamengrupo contou com to contrário do Tribunal de a presença de RejaContas na questão das insni Kruczewski, que tituições privadas. Por isso, assumiu como dicontinuamos com os proretora superintencessos de credenciamento e dente do instituto diversificação abertos”, desde a criação do aponta o diretor financeiro. fundo previdenciáOutra mudança recente Finkler: seleção de gestores rio e continua até foi a estreia em aplicações hoje no posto. Serno segmento imobiliário. O Fozprev vidora de carreira e contabilista há 20 fez uma pequena aplicação, de R$ 280 anos, a executiva acumulou experiênmil, em um fundo de investimento cia na gestão de recursos desde antes imobiliário do Banco do Brasil, o RB2. da criação do fundo por meio do conPor enquanto, ainda não há planos tato com o idealizador do projeto, o para aumentar a exposição a essa mo- especialista em previdência Renato dalidade, pelo menos no curto prazo. Follador. Já na renda fixa, houve uma forte Fundador do primeiro fundo estadumigração de recursos em 2010 para al que implantou o regime de segregafundos indexados ao IMA-B, que fo- ção de massas e capitalização de reram os principais responsáveis pelo cursos no Brasil, o Paranaprevidênatingimento da meta atuarial no ano cia, Follador participou ativamente da passado. O rendimento global das apli- elaboração da proposta que deu oricações do instituto ficou em 15,16%, gem ao Fozprev. “Implantamos o mesacima da meta de INPC+6%, que fi- mo modelo do Estado do Paraná, com cou em 12,46%. “Os fundos IMA-B blindagem do fundo e criação de audão retornos mais consistentes no lon- tarquia. Desde o início, também progo prazo. Por isso, pretendemos con- curamos seguir tinuar com o mesmo nível de aplica- uma gestão com ção nesses produtos”, adianta. visão de longo O diretor financeiro revela que foi prazo para o funcogitada a hipótese de direcionar uma do”, explica a diparte dos recursos da carteira de renda retora superintenfixa para fundos DI no final do ano dente. Após sua passado e no começo de 2011, mas a nomeação para o direção do Fozprev preferiu esperar comando do Fozum pouco mais para fazer esse tipo de prev, Rejani lemudança. “Não costumamos realizar vou junto o atual diretor financeiro, movimentos de curto prazo. Então, Darlei Finkler, com quem trabalhava preferimos manter os fundos IMA. na secretaria de administração do muEstamos enfrentando alguma dificul- nicípio. dade no primeiro semestre, mas acreEm 2006, começaram a entrar os ditamos que esses fundos e também a aportes para o fundo – na realidade, o

fundo foi iniciado com um aporte de R$ 10 milhões referente a uma reserva que a prefeitura já vinha acumulando com alguma antecedência. Os resultados da implantação do fundo capitalizado já começam a aparecer. Se no início a previsão era de que os aportes do ente público passariam a ser vertidos em 2017, agora, com os resultados acumulados das aplicações, as contribuições devem se iniciar apenas em 2026. “Conseguimos nove anos de adiamento dos aportes públicos para o fundo, que é responsável pelas aposentadorias e pensões dos servidores admitidos após 1998”, indica Rejani. O fundo financeiro cuida dos benefícios de 3,5 mil servidores de antes de 1998, enquanto o previdenciário engloba 1,5 mil servidores. “O mais importante é a redução e o equacionamento do déficit da previdência de nosso município”, diz a diretora. Ela acredita que o déficit pode ser reduzido ainda mais, caso um projeto de incorporação de royalties de Itaipu seja aprovado na Câmara Municipal. O Fozprev elaborou uma proposta para incorporar royalties como forma de reduzir os compromissos do ente público, porém o projeto está parado na Câmara. “Atualmente o projeto está parado, mas continuamos defendendo sua viabilidade”, aponta a diretora. Além de comandar o instituto de Foz do Iguaçu, Rejani Kruczewski também é representante da Associação Brasileira das Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem) na região Sul. A dirigente tem atuado ativamente na organização de eventos de capacitação com os RPPS do Paraná e dos demais estados da

Carteira de renda variável do regime próprio de Foz do Iguaçu inclui fundos de small caps e de dividendos

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

região. Exemplo disso foi o seminário organizado em conjunto com a Associação Paranaense de RPPS com o tema da compensação previdenciária, que reuniu 45 institutos parananenses no último mês de abril. 61


ASSETS independentes

Pequenas notáveis Sirius

Gestoras independentes se destacam em fundos de valor e começam a chamar a atenção dos institucionais diante do segundo ano consecutivo de decepções com os índices Maria Cláudia Almeida

G

anhar quando o mercado todo está perdendo pode até ser difícil, mas não é impossível. Passada a primeira metade do ano, o Ibovespa amarga uma queda acumulada de quase 10% em 2011, com três meses consecutivos fechando no vermelho. Diante do cenário desfavorável, muitos gestores podem não entregar bons resultados aos investidores, principalmente quando se trata de fundos que perseguem e replicam índices como o Ibovespa e o IBrX. Mas há quem consiga, por meio de uma estratégia de valor, navegar bem em águas turbulentas. Esse tem sido o caso de algumas assets independentes. Essas casas vêm se mostrando eficazes na gestão de produtos que buscam trazer um algo a mais aos investimentos em renda variável. Muitas delas ainda não são grandes conhecidas dos fundos de pensão, mas aos poucos têm chamado a atenção por seus resultados. O desempenho satisfatório pode ser explicado, em parte, pelo fato de essas assets serem especializadas em uma estratégia bem definida e terem uma equipe exclusivamente dedicada a colocá-la em prática. A pedido de INVESTIDOR INSTITUCIONAL, a Luz Engenharia Financeira fez um levantamento que mostra o comportamento de fundos de ações nos primeiros cinco meses de 2011. Na categoria de “ações livre”, deu para notar o destaque das assets independentes no decorrer do período, quando algumas delas não só perderam menos do que a Bolsa, mas inclusive conseguiram operar no azul. “Fica claro que o segmento de ações livre é dominado pelas assets independentes. Elas contam com estratégias definidas e, assim, a equipe que elabora todo o arcabouço técnico que serve de base para a tomada de decisão é extremamente fo62

Pedro Ozores e Roberto Esteves: fundações e regimes próprios como clientes cada. Dificilmente um analista de uma asset ligada a um grande banco vai ter informações sobre uma determinada empresa da Bolsa na mesma profundidade que um analista de uma asset pequena”, afirma Viviane Werneck, consultora sênior de investimentos e risco da Luz. Ela acrescenta que muitas vezes as gestoras maiores não conseguem investir em determinados papéis por conta dos valores negociados. “Pelo volume que negocia, uma asset grande pode não ter condições de aplicar em alguns papéis, mesmo que as empresas apresentem boas perspectivas e fundamentos”, pondera. Viviane comenta que o alcance de resultados positivos pelas independentes mostra que há ações de fora do Ibovespa e do IBrX que vão bem. “Por causa do fluxo de investimento, alguns papéis não entram nos índices, mas são de boas empresas”, observa. Saber selecionar essas companhias é o desafio de dez em cada dez assets que seguem a estratégia de valor. POUCAS E BOAS – Uma das assets que tiveram destaque na categoria de ações livre é a Guepardo Investimentos. A ges-

tora é focada em ações e trabalha com carteiras concentradas, com entre cinco e 15 empresas. A análise é feita por companhia, e não por setor. “Nos concentramos nas empresas. Depois, até olhamos o setor de atuação como um dos critérios de observação. Mas nossa estratégia é ter em carteira poucas e boas companhias”, define Roberto Esteves, sócio e diretor de operações da Guepardo. Ele detalha que a asset tem como filtro inicial um universo de 60 empresas, das quais 30 são olhadas de perto – a proporção é de sete ou oito empresas por analista da asset. O tempo entre o início dessa análise e o investimento de fato costuma ser de três meses. “Falamos com consultores, clientes, fornecedores e concorrentes para ter uma ideia completa do negócio”, detalha Esteves, apontando que essa análise qualitativa vem antes da quantitativa. “Depois, olhamos para o preço, porque podemos encontrar uma companhia que seja boa mas, por outro lado, esteja cara”, explica. Ele resume que, no fim, a Guepardo entra em companhias que não estão nos holofotes do mercado e, por um motivo ou outro, são mal intepretadas. O diretor JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


comenta que, dependendo do caso, a Guepardo se esforça para ter assento nos conselhos das companhias em que investe – tanto no de administração quanto no fiscal. “Quando o manager é aberto às opiniões, nós conversamos direto com ele”, completa. O tempo de permanência da Guepardo nas posições é de aproximadamente 25 meses em média. Com R$ 450 milhões sob gestão, a asset tem cerca de R$ 425 milhões em fundos de ações, dos quais R$ 50 milhões são recursos provenientes de fundos de pensão e institutos de estados e municípios. Em 2007, a gestora abriu o fundo Guepardo Ações Institucional, que no fim de 2009 foi adaptado à Resolução número 3.792 do Conselho Monetário Nacional (CMN). No período de 12 meses encerrado em junho, a rentabilidade acumulada do fundo foi de 16,08%. Atualmente, são clientes da asset quatro fundos de pensão e oito regimes próprios de previdência social (RPPS). “No momento estamos passando por processos de due diligence de outras fundações”, acrescenta Pedro Ozores, sócio da Guepardo responsável pelo relacionamento com institucionais. Ele comenta que algumas entidades e RPPS já começam a ver os fundos de valor como alternativa para ajudar no cumprimento das metas atuariais. “Alguns investidores já entendem que nosso investimento é de longo prazo e não está a mercê de movimentos de mercado”, afirma. SEM ACOMODAÇÃO – Viviane, da Luz, conta que entre os clientes da consultoria há fundações que estão começando a investir em fundos “ações livre” geridos por assets independentes. “Também temos clientes querendo entender melhor esse mercado, porque ele é diferente do das assets que têm um grande banco comercial por trás. Começamos a ver esse movimento, até por conta do cenário”, diz Viviane. Ela argumenta que 2011 é o segundo ano consecutivo em que a Bolsa está decepcionando os institucionais e, diante disso, eles estão começando a procurar alternativas ao investimento tradicional em renda variável. “2009 foi muito bom, mas em 2010 a Bolsa ficou no zero a zero. Muita gente pensava que 2011 poderia ser positivo de novo, mas já passamos da metade do ano e a Bolsa vai mal. Ao pensar que este pode ser o segundo ano de desempenho ruim na renda variáINVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

Quem é quem Fundos “ações livre” e seus desempenhos nos primeiros meses de 2011

Gestor

Fundo

Kadima Asset Management Kadima Long Only Master FI de Ações Banco J Safra Safra Equity Portfolio Fia Atmos Capital Atmos Ações FI em Cotas de FI Ações Squadra Investimentos Squadra Long Biased FI Cotas de FI Ações Guepardo Investimentos Guepardo Allocation Ficfia Grau Gestão de Ativos FI em Ações Small Caps Valor Consult Kadima Asset Management Kadima Long Only Fic FI em Ações Claritas Claritas Valor Fic FI em Ações Guepardo Investimentos Guepardo Ações Institucional FI de Ações DLM Invista Admin de Recursos Fia DLM Braziltech FI de Ações Mercatto Mercatto Gestão Fundamentalista FI Ações Mainstay Capital Gest. de Rec. Mainstay Ações Fic de FI de Ações Edge Brasil Gestão de Ativos Edge Value FI de Ações Impacto Investimentos Impacto Valuation FI de Ações Fama Investimentos Fama Mix 180 Fic FI de Ações Fama Investimentos Fama Futurevalue Master FI de Ações Fama Investimentos Fama Futurevalue Fic FI Ações M Square M Square Ações Ficfia BBM Gestão de Recursos BBM Smid Caps Fia Orbe Investimentos e Partic. Orbe Value Fic FI de Ações Squadra Investimentos Squadra Institucional FI de Ações DLM Invista Admin de Recursos FI de Ações DLM Equity Franklin Templeton Invest. Br Franklin Temp Valor e FVL FI de Ações Fama Investimentos Fama Challenger 60 Fic FI Ações Queluz Asset Management Avanti FI em Ações Rio Verde Investimentos Fundo Social FI de Ações Equitas Adm de FI Equitas Selection Fic FI de Ações Teorema Gestão de Ativos Teorema Investimento No Exterior Fia Fator Adm Fator Prisma Fia DLM Invista Admin de Recursos FI de Ações DLM Ações Inst Master Orbe Investimentos e Particip. Opera Valor Fia BRZ Investimentos Brz Valor Fia Modal Asset Modal Bull Inst Fic FI de Ações Maxima Asset Maxima Special FI em Ações Constellation Investim e Particip. Constellation 90 Fic FI de Ações Studio Investimentos Studio Fic de FI em Ações Btg Pactual Btg Pactual Absoluto Inst FI Ações Argucia Capital Management Argucia Income Fia Fama Investimentos Fama Futurewatch 180 Fic FI Ações Squadra Investimentos Squadra Long Only FI Cotas de FI Ações

ADC* Rentabilidade 92,50 85,50 69,50 55,00 51,00 50,00 38,50 27,00 8,00 4,00 -13,50 30,87 27,06 25,95 20,87 14,52 13,17 13,02 11,35 11,27 11,11 9,44 8,02 7,62 7,38 6,75 6,67 5,56 3,41 2,70 2,22 2,06 1,35 1,19 -0,16 -0,40 -0,95 -1,11 -2,30 -3,02

5,06 3,39 2,45 1,41 2,65 1,36 1,52 1,41 0,67 0,02 0,03 -1,06 -0,01 -0,98 -4,48 -2,93 -3,69 -1,59 -1,22 -3,65 -0,48 -4,45 -3,97 -2,16 -5,25 -6,55 -1,19 -1,61 -3,95 -5,48 -5,50 -0,13 -8,05 -4,70 -7,35 -1,65 -1,96 -5,40 -6,54 -3,05

* Metodologia Árvore de Decisão Consistente (ADC) – é o método desenvolvido pela LUZ-EF para identificar e classificar os fundos. Por intermédio dessa metodologia, é possível ponderar a rentabilidade em relação ao risco e aos índices de referência, utilizando indicadores de eficiência para medir essas relações. Período do estudo: de janeiro a 20 de maio de 2011. Amostra: gestoras que participaram da mais recente edição do ranking de fundos de institucionais da Investidor Institucional, sendo que a tabela mostra os 40 primeiros colocados. Fonte: Luz Engenharia Financeira

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vel, as pessoas se perguntam se já não está semestre de 2008, ainda que os fundos fundações a respeito”, conta Levacov, na hora de se mexer”, opina. Viviane objetos da reportagem tenham apenas informando que atualmente os clientes da acredita que no segundo semestre esse pouco mais de seis meses. A Kadima gestora são family offices e pessoas físimovimento de busca por assets indepen- conta com R$ 1,3 bilhão sob gestão, sendo cas de altíssima renda. O executivo diz ter dentes vai aumentar e, mais ainda, as a maior parte referente aos fundos multi- consciência de que a asset tem um longo políticas de investimento das fundações mercado. Na estratégia de ações long caminho de captação a percorrer, mas para 2012 vão contemplar um direciona- only, há cerca de R$ 50 milhões aplica- acredita no aumento gradual do apetite dos. Para Messer, do ponto de vista do dos institucionais por estratégias diferenmento mais efetivo para esse segmento. Essa é uma boa notícia para a Kadima produto, a maior dificuldade é conseguir tes das tradicionais. “Conforme as perforAsset Management, gestora independen- mostrar ao investidor que essa é uma mances forem acontecendo, vai haver mais te fundada em abril de 2007 por profissi- estratégia diferente e descorrelacionada migração”, estima. Ele explica que o fundo da Atmos pode onais que se desligaram do Banco Bras- das tradicionais. “Nossa abordagem sistecan. Seu fundo de ações long only com- mática é bastante rara no mercado brasi- ter até 33% do patrimônio em caixa, senpletou seis meses recentemente e, por leiro, ainda que não seja tão incomum em do que esse patamar tem ficado historicaisso, não tinha sido alvo de divulgação mercados mais desenvolvidos”, observa. mente na casa dos 25% a 30%. Em relação Outra asset que se interessa em angariar às ações, a estratégia é de valor e o portfópara o mercado, sendo os recursos aportados nele oriundos da própria asset. “Inici- recursos de fundos de pensão é a Atmos lio é equilibrado, com cada ação não aremos nesse segundo semestre uma atua- Capital. A gestora foi fundada em 2009 ultrapassando 15% da carteira. ção junto aos fundos de pensão, tanto para por Bruno Levacov, que trabalhou por SEMPRE APLICADO – Ao contrário do nossos fundos de ações quanto para nos- mais de dez anos na Investidor Profissiosos fundos multimercado”, avisa Fabio nal (IP), e Lucas Bielawski, que passou os fundo da Atmos, o BRZ Valor costuma Messer, sócio da Kadima. De janeiro a seis anos anteriores na Gávea Investimen- ficar de 90% a 100% comprado. “Quase junho de 2011, o Kadima Long Only FIC tos. Hoje, a asset tem cerca de R$ 140 nunca fazemos caixa e, se isso acontece, é FIA obteve retorno acumulado de 0,56% milhões sob gestão e é focada em investi- de forma transitória”, afirma Allan Hadid, e, desde seu início (17 de dezembro de mentos em ações, tendo uma estratégia CEO da BRZ Investimentos. Ele acres2010), de 3,24%. Na explicação de Mes- principal replicada em espelhos locais e centa que o produto não segue nenhum ser, esse fundo é um feeder que aplica pelo offshore. Do patrimônio total sob os cui- benchmark e é relativamente concentramenos 95% dos seus recursos no Kadima dados da gestora, cerca de 60% é proveni- do, com algo entre dez e 25 papéis no Long Only Master FIA – que, por sua vez, ente do mercado local e 40% do exterior. portfólio, sendo que nenhuma ação repreO fundo Atmos Ações FIC FIA foi senta mais de 15% do fundo. utiliza-se de modelos matemáticos que levam em consideração não apenas dados aberto em 15 de outubro de 2009. De lá até “Somos fundamentalistas. Temos uma técnicos, como preço e volume das em- o fim de junho deste ano, o produto tem equipe de gestão dedicada a visitar as presas analisadas, mas também dados pro- rentabilidade acumulada de 44,39%. Nos companhias e entendê-las. Investimos navenientes dos balanços dessas companhi- seis primeiros meses de 2011, o retorno quelas que acreditamos que estão subavaas, como lucro, dividendos e dívida. O ficou em 3,82%. “No primeiro ano do liadas pelo mercado. Temos sido felizes fundo procuramos ficar mais focados em ao alocar em ideias relacionadas com a fundo é aderente à CMN 3.792. “Uma característica dos nossos mode- investidores com quem temos mais proxi- economia brasileira e também gostamos los é privilegiar as empresas de valor em midade. Mas temos planos de criar um de empresas que passaram por processos detrimento das de crescimento. Segundo produto dedicado aos fundos de pensão. de aquisições que podem gerar sinergias”, os nossos backtests e também os resulta- Inclusive já conversamos com algumas cita Hadid. Ele comenta que não basta que dos efetivamente observados o preço das ações esteja baixo. desde que a estratégia está em “Empresas baratas podem convigor, em momentos em que a tinuar baratas por um bom temBolsa fica de lado ou cai, nospo, e as caras podem ficar mais sos modelos têm maior probacaras. O importante é elas estaNa opinião de Flavio Barros, gestor da Grau, é complicado atrair o bilidade de superar o índice. rem baratas em relação ao que interesse das entidades de previdência para fundos que fogem do Contudo, em períodos que coconsideramos que é o real valor tradicional. “Em geral, os fundos de pensão têm estratégias mais voltadas incidam com uma grande subida companhia”, diferencia. O para bater um índice específico”, comenta. da da Bolsa, empresas de cresBRZ Valor é aderente à CMN No levantamento feito pela Luz, a Grau ficou bem colocada em um cimento costumar ir melhor que 3.792 e tem entre os cotistas fundo de small caps, o FI em Ações Small Caps Valor Consult. “Nesse caso, as de valor, fazendo que nossos family offices, distribuidores, selecionamos as ações que consideramos subavaliadas e com alto potenmodelos, neste cenário, provapessoas físicas e institucionais. cial de valorização”, define. velmente não consigam acomO patrimônio médio aplicado Barros alerta, porém, que trata-se de um fundo com pouca liquidez, o que panhar uma alta expressiva do na estratégia é de R$ 291 miexige que os investidores tenham visão de longo prazo e não fiquem índice”, compara Messer, inlhões. De janeiro a maio, o BRZ preocupados em monitorar as cotas a cada dia. “Por isso mesmo, criamos formando que a estratégia long Valor acumulou rentabilidade uma barreira de entrada. A aplicação mínima inicial é de R$ 50 mil e as only foi implementada inicialpositiva de 0,82%. Nos 12 meadicionais, de R$ 20 mil”, descreve. Hoje, o fundo tem cerca de R$ 1,8 mente em outros fundos gerises encerrados em maio o remilhão de patrimônio, e tem entre as pessoas físicas os seus maiores cotistas. dos pela Kadima no segundo torno ficou em 23,91%.

Sem benchmarks, sem liquidez

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Encurtando o caminho ao exterior Proposta da RVI Gestão é oferecer aos institucionais brasileiros veículos locais que investem em fundos lá fora

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necessidade de instituir um veículo local para levantar recursos junto às fundações brasileiras acaba sendo, muitas vezes, um obstáculo para fundos de investimento estrangeiros interessados em captar por aqui. Essa constatação levou Maria Helena Válio Icó a desenvolver o projeto de uma gestora que aguarda aprovação de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Trata-se da RVI Gestão, um desdobramento da RVI Representações, empresa da qual Maria Helena é sócia há cerca de quatro anos. A ideia da gestora começou a ser desenhada no fim de 2008, por conta da crise financeira internacional. “Os gestores estrangeiros teriam de diversificar geograficamente sua base de clientes por conta das perdas de capital nos países desenvolvidos. Por outro lado, os mercados acionários caíram muito lá fora, o que acabaria se traduzindo em oportunidades para os investidores brasileiros”, lembra Maria Helena. Com base nisso, ela passou a estreitar os laços com assets internacionais e a mostrar para essas casas o funcionamento e a dinâmica do mercado brasileiro de investimentos. Mais de dois anos depois, ela dá agora um novo passo com a criação da RVI Gestão. Ao longo de mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, Maria Helena manteve contato constante com instituições internacionais. Além de ter passado por bancos como WestLB, BMG e ABN Amro, ela foi, durante quase quatro anos, responsável pelas atividades do

INVESTIDOR INSTITUCIONAL - JUL/2011

Superfund Financial na América Latina. “Acompanhei o desenvolvimento do mercado brasileiro de perto e sempre estive envolvida na construção dessa ponte entre o Brasil e o mercado externo. Conheci vários executivos e fundos diferentes. Para completar, conto com a experiência da minha sócia, Maria Alejo, que fica em Greenwich [Connecticut, EUA], onde estão os grandes hedge funds”, diz. Por conta do período em que prestou serviços de assessoria a fundos estrangeiros que queriam conhecer o Brasil, Maria Helena acabou tendo acesso a estratégias de investimento que considerou interessantes e, por isso, pensou em estreitar o caminho entre assets e o investidor brasileiro. Assim, a RVI Gestão terá apenas Maria Helena: parceria para opinião isenta veículos locais que investem em cotas de fundos no exterior. “Cada fundo lá uma análise mais aprofundada a cada de fora terá um veículo correspondente no trimestre. A Aditus conhece as preocupaBrasil. Esse fundo local é que fica sob a ções do institucional brasileiro e as restriresponsabilidade da RVI”, explica, res- ções dos fundos de pensão. É importante saltando que a asset não fará nenhum tipo ter uma empresa independente para solide gestão ativa. “Não queremos fazer citar informações e pedir a abertura das alocação. Teremos aqui uma caixinha para carteiras. Sabemos que a falta de informação sobre os fundos estrangeiros é uma cada fundo selecionado no exterior.” grande barreira para a diversificação dos PARCERIA – Das cerca de seis assets investimentos”, comenta Maria Helena. A executiva diz estar atenta a outro estrangeiras que tiveram sua aproximação com o Brasil guiada pelas mãos de empecilho para que as fundações brasileiMaria Helena, duas são candidatas a es- ras invistam fora – o limite de 25% do trear no País por meio de fundos da RVI patrimônio do fundo local estabelecido Gestão. São elas as norte-americanas Ba- para as aplicações das entidades. “É imron Capital Management e Titan Advi- portante que, para cada fundo, haja um sors. “A Baron tem aproximadamente volume de investidores suficiente para US$ 20 bilhões em ativos e é especializa- que os fundos de pensão possam entrar e da em fundos mútuos de ações focados em sair do veículo sem se preocupar com empresas de crescimento. Já a Titan traba- desenquadramento”, constata. Tanto é que lha apenas com fundos de hedge funds a intenção é não só atender a demanda das com quatro focos: multiestratégia, long/ fundações por aplicações no exterior, mas short, global macro e de pequenos gesto- também angariar recursos de multi-famires que estão começando. Hoje a Titan ly offices. Para cuidar dos esforços de tem cerca de US$ 3,5 bilhões sob gestão”, distribuição dos produtos, a RVI Gestão detalha Maria Helena. Para que haja uma terá o apoio de Niels Haslund, que trabapercepção isenta da qualidade e da segu- lhou por vários anos no ABN Amro e, rança desses fundos, a RVI Gestão conta- mais recentemente, no Banco Modal. rá com o trabalho da Aditus, consultoria “Unimos o conhecimento de Brasil e a fundada por ex-executivos da RiskOffice, proximidade com os estrangeiros na gesgrande conhecida dos fundos de pensão. tão de feeders da RVI. Adicionamos a “Eles farão a due diligence nos fundos independência de análise da Aditus e a estrangeiros. A ideia é que seja feito um experiência do Niels Haslund em distritrabalho in loco uma vez por ano, um buição. Acho que chegamos ao desenho acompanhamento mensal da carteira e certo”, confia Maria Helena. 65

Sirius

ASSETS investimento internacional


EXECUTIVOS E CARREIRAS  A Caixa dos Empregados da Usiminas (Caixa) e a Fundação Cosipa de Seguridade Social (Femco) contam agora com uma única presidência, que fica a cargo de Rômel Erwin de Souza, e diretoria financeira, que cabe a Rita Rebelo Horta de Assis Fonseca. Segundo comunicado, o objetivo é unificar a gestão, alinhando processos, práticas e procedimentos, buscando sinergias e agilizando a tomada de decisões. O mandato da diretoria anterior da Femco terminou em 31 de maio deste ano, foi postergado até 20 de junho e, em 21 de junho, a nova diretoria foi designada. Fazem parte do quadro de diretores, além do presidente e da diretora financeira, Luiz Hisao Ikegami, diretor administrativo (Femco), e Chrysantho de Miranda Sá Júnior, diretor de benefícios (Caixa). Marcello Casal Jr - ABr

Troca no comando de institucionais da Schroders

Fernando Cortez é o novo responsável pela área de relacionamento com clientes institucionais da Schroders, na posição de head of institutional sales. O executivo chegou à gestora em 2007, no cargo de gerente comercial, após passagem pela área de desenvolvimento de fundos de investimentos para clientes do segmento de varejo e clientes institucionais na Santander Asset Management, em 2004. Sua formação é em administração de empresas, pela Universidade de São Paulo (USP), e atualmente cursa um MBA em finanças pelo Insper. Cortez ocupa o posto que recentemente era de Igino Mattos, que deixou a Schroders para assumir o cargo de CFO de uma seguradora internacional que está abrindo suas operações no Brasil. Por enquanto, Mattos não pode abrir o nome da companhia. Formado em administração de empresas e com mestrado pela FGV, Mattos trabalhou por 14 anos no Itaú Unibanco, sendo proveniente do Unibanco, onde foi responsável pela área de investimentos da seguradora e, depois, CFO da operação de seguros. 66

 O fundo global de investimentos The Carlyle Group contratou Luiz Antônio Viana para assumir a posição de Consultor Sênior de Buyout na América do Sul. Viana usará seus 35 anos de experiência para oferecer consultoria em um amplo leque de atividades relacionadas às operações do grupo. Também auxiliará na seleção de novos executivos, consultores e diretores para as empresas que compõem o grupo. Está previsto que ele venha a fazer parte dos Conselhos de Administração das empresas com investimentos do Carlyle na América do Sul. O executivo é consultor do Conselho de Administração da Localfrio e do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Luiz Viana é graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-graduado pela PUC-RJ e London Business School.  Raphael Sillos Zamarian é o novo gerente comercial da Cetip. Zamarian possui experiência em venda de produtos de tesouraria, empréstimos ao segmento corporate e relacionamento com clientes. Está há mais de 14 anos no mercado financeiro e já trabalhou em instituições como Santander e HSBC. Ele atuará no

atendimento a instituições financeiras e será responsável pelo relacionamento com gestores, administradores e custodiantes de recursos de terceiros.  O Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social (Conaprev) elegeu sua nova diretoria durante sua 37ª reunião ordinária, realizada em Brasília. O secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo Rolim, foi conduzido ao cargo de presidente do Conselho, com mandato de dois anos, conforme prevê regimento interno. O cargo de segundo vice-presidente foi disputado nas urnas pelos conselheiros Walkíria Wiziack, do município de Curitiba, e José Anchieta, do estado do Acre, com o acreano obtendo a maioria dos votos. Os mandatos destes dois cargos também serão de dois anos.  Tomou posse a Comissão de Ética da Previminas, com mandato previsto até junho de 2013. Fernanda Magalhães Longuinhos de Mattos e Sandra Inês Piconi Oliveira foram designadas para a função pela diretoria executiva, enquanto João de Oliveira Neto tornou-se o primeiro representante eleito pelos empregados.  A Mapfre Investimentos contratou Wladimir Ribeiro como gerente de relacionamento institucional. O executivo será responsável pela distribuição de fundos de investimento a fundos de pensão e institutos de previdência. Até o ano passado, ele exercia a função de distribuição de fundos na área de investimentos do Bradesco, com foco no setor de Regimes Próprios de Previdência Social. Ribeiro possui MBA em gestão financeira, controladoria e auditoria pela Fundação Getúlio Vargas. JUL/2011 - INVESTIDOR INSTITUCIONAL


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