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ISSN 1679-7620


ano 32 • número 246 • março 2011


ano 32 • número 246 • março 2011


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editorial

Mundo em transformação

A

pós 30 anos no poder, o presidente ditador do Egito, Hosni Mubarak, viu-se obrigado a renunciar. Pela primeira vez, o PIB da China ultrapassou o do Japão. O desemprego no Brasil caiu e começam a faltar profissionais para trabalhar em diversas áreas. Já a inflação está querendo engordar de novo. Em 2011 o mundo está em transformação. Chegam aos consumidores os tablets, sensação do aquecido mercado de eletroeletrônicos, que vê aumentar a demanda por celulares inteligentes e notebooks. Os trabalhadores deixaram de ter como prioridade o salário para valorizar cada vez mais a qualidade de vida. O consumidor aceita pagar mais por um produto sustentável e aprende a reutilizar a água da chuva. Surgem até – quem diria – embalagens plásticas retornáveis (o que exige uma atenciosa logística reversa). Enfim, estão sendo criados novos valores. Como sempre, a revista INTRALOGÍSTICA também preparou mudanças com a expectativa de tornar sua leitura cada vez mais leve e agradável sem perder sua ca-

fale conosco

Diretor responsável: Reinaldo A. Moura Redação: Sylvia Schandert – MTb 32131, Maurício Miranda – MTb 53645 e Gabriela Mendonça | Assistente: Alexandra Sicchieri Conselho Editorial: Alexandre Arnaldo Boschi, Antonio C. Rezende, Daniel G. Gasnier, Eduardo Banzato, Eliane Oliveira, Kalid Nafal, Luiz Roberto Fonseca, Sidney Trama Rago e Wagner Salzano

racterística de ser uma fonte permanente de consultas. A partir desta edição você confere o novo projeto gráfico e a estreia de novas séries que trazem informações essenciais aos profissionais do setor. Neste número, você confere ainda o resultado da MesaRedonda realizada junto aos fabricantes de protetores de embalagem e embalagens de proteção, que traçam um panorama desse segmento, e o passo a passo da logística da Fedex Express. Além de uma reportagem sobre o que levar em conta na hora de escolher uma empilhadeira e como aumentar a eficiência de seu centro de distribuição. Aproveitando o bom momento do Brasil, a Volvo anunciou uma série de investimentos no País, inclusive a construção de um novo Centro de Logística de Peças. Confira a reportagem nesta edição. Não se esqueça ainda de acompanhar on-line os principais fatos da intralogística em nosso site e em nossa página no Twitter. E lembre-se que estamos abertos a sugestões. Boa leitura!

Comercial: Jipson Lopes

Comentários, sugestões, críticas a reportagens, artigos e releases devem ser encaminhados a: Rua Loefgreen, 1400 - Vila Mariana | 04040-902 | São Paulo - SP | Fax: (11) 5575.3444 | e-mail: redacao@imam.com.br

Projeto gráfico e editoração: Kátia Oliveira Gomes Colaboração: Fernanda Naomi Akimoto e Adriana Yabiku

Edições anteriores: para solicitar edições anteriores que não estiverem esgotadas: imam@imam.com.br.

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Assinaturas: imam@imam.com.br | Fone: (11) 5575.1400 | Fax: (11) 5575.3444 | www.imam.com.br

Impressão: Prol Editora Gráfica | Tiragem: 15 mil exemplares não se responsabiliza ­pelos ­conceitos emitidos nos artigos assinados ou entrevistas. Não publicamos matérias redacionais pagas. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do conteúdo desta revista poderá ser reproduzida ou transmitida, por ­qualquer meio e de qualquer forma, sem a autorização do Editor. O anunciante assumirá responsabilidade total por sua publicidade. a 1a revista de Logística, Movimentação e Armazenagem de Materiais, é uma publicação mensal. ­Registro no Cartório de Títulos e Documentos sob no 1086, em 16 de abril de 1980.

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A Revista INTRALOGÍSTICA é uma publicação do

1679-7620

março 2011

3


índice Número 246 | março 2011

c a pa

s é r i e s

Como o recebimento pode otimizar a operação

12

Supply chain

16

Veículos elétricos

24

Melhores métodos

54

10 pontos sobre...

56

Automação

60

Administração de materiais

48

Logística pelo mundo

52

Hardwares na logística

40

seções

R e p o r ta g e n s Soluções para escolher a empilhadeira certa

10

Painel

20

Como tornar o CD eficiente e satisfazer o cliente

32

Destaques internacionais

28

As novas tecnologias para contêineres inteligentes

47

Drops

35

Volvo contrói centro logístico

66

Ponto de vista

36

Acessórios para contenção e proteção de carga

44

Por dentro de um serviço de entrega rápida

59

Dispositivos de rastreamento inibem roubos e furtos

64

Como unitizar blocos e tijolos

6

6

35

44



movimentação

Empilhadeiras

Como escolher a empilhadeira certa Escolher o modelo ideal pode significar economia. Entretanto, tomar a melhor decisão nem sempre é fácil

C

om o preço de uma única empilhadeira variando entre R$ 10.000,00 a R$ 200.000,00, muitos compradores são tentados a escolhê-la com base em seu preço. Entretanto, empresas que escolhem certo modelo sem pensar no

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custo de operação e manutenção durante a vida do veículo podem acabar pagando mais do que o custo inicial somente para manter seu funcionamento. Aqui vão algumas dicas gerais a serem consideradas na hora de comprar uma empilhadeira. Por causa das dife-

rentes aplicações individuais, é melhor discutir qualquer condição de trabalho ou planos com o fornecedor antes de fazer a compra.

Operações externas O primeiro fator a considerar é se

E e es


ela vai operar interna ou externamente. Se a empilhadeira for usada fora do armazém, então é necessário escolher um modelo a combustão movido a gasolina, GLP ou diesel. Empilhadeiras a diesel são projetadas para desempenho em condições de terreno mais acidentado. Empilhadeiras a GLP, são geralmente favorecidas em operações que demandam uso tanto interno quanto externo, porque sua fumaça é menos tóxica do que a das empilhadeiras a gasolina e a diesel. Os custos para a manutenção dos modelos a diesel tendem a ser menores do que para os modelos a GLP. Não apenas o terreno ajuda a determinar a escolha do motor, mas o tipo de pneus também. Pneus pneumáticos são designados para superfícies desiguais, acidentadas. Pneus superelásticos são usados externamente em superfícies planas e rígidas, da mesma forma que são usados para propósitos internos.

Operações internas Quando a situação é carregar e elevar internamente, como em um armazém, empilhadeiras elétricas fazem mais sentido. Ao contrário das empilhadeiras a combustão, modelos elétricos são silenciosos e não poluentes. Apesar de as empilhadeiras elétricas serem mais caras para compra do que modelos a combustão interna, elas têm um custo menor de operação. Porém, empresas que usam empilhadeiras elétricas devem prestar atenção nas baterias e checar o nível de água regularmente. Deixar a bateria secar é um erro muito caro.

Selecionando o modelo Uma vez decidido o tipo da empilhadeira, os compradores devem então se decidir entre uma variedade de modelos. Os fatores mais importantes para considerar na seleção de empilhadeiras são as pretensões de aplicação

É

recomendável que compradores analisem o custo total do veículo sobre sua vida útil e não apenas o preço de compra e o projeto do armazém. Se a empilhadeira for destinada a carregar e descarregar caminhões, por exemplo, um modelo contrabalançado com volante na frente e assento baixo é preferível. Modelos contrabalançados de três rodas oferecem maior facilidade de manobra, enquanto veículos com quatro rodas podem movimentar cargas mais pesadas. Se empilhadeiras são usadas para transportar cargas dentro de ­caminhões, outro fator para ­consideração é a capacidade de

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­elevação livre. Elevação livre refere-se à altura que os garfos atingem sem causar elevação no mastro. Empilhadeiras trabalhando em caminhões precisam de um grande nível de elevação livre. Caso contrário, se o mastro for levantado para acomodar a elevação da carga, pode causar batidas no teto do veículo. A largura dos corredores do armazém é outra consideração importante na seleção do tipo de empilhadeira. Uma empilhadeira contrabalançada de três rodas com assento baixo necessita de corredores com largura de 3 m. A versão de quatro rodas, por outro lado, precisa de mais espaço, ou seja, de corredores com largura entre 3,5 e 4 m. Para operações em corredores mais estreitos, compradores geralmente escolhem empilhadeiras de mastro retrátil. Uma empilhadeira de mastro retrátil equipada com estabilizadores pode operar em corredores com largura por volta de 2,5 m. Empilhadeiras pantográficas projetadas para estocar cargas em dupla profundidade precisam também de corredores que tenham em torno de 2,5 m de largura. Para espaços ainda menores, existem as empilhadeiras trilaterais, normalmente guiadas por sensores ou trilhos orientados no chão do armazém. Embora caras, as empilhadeiras trilaterais podem girar cargas a 180º e, portanto, contornar corredores estreitos de aproximadamente 1,4 m.

Adequada a seu trabalho Capacidade é outro fator que 8

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compradores de empilhadeiras devem levar em conta. Os mais entendidos recomendam comprar uma empilhadeira com capacidade maior do que o normalmente necessário. Quando comprar uma empilhadeira que vai movimentar cargas combustíveis ou materiais perigosos, o comprador deve checar seu índice de segurança. Se uma empilhadeira elétrica carrega uma designação E, pode gerar faíscas. Se a empilhadeira tem uma designação EE, contém mais proteção e então é menos provável gerar faíscas. O índice mais seguro é

A

plicação e layout do armazém também devem ser analisados para a escolha de um modelo o EX, o que significa que o modelo é construído sem partes de metal para causar fagulhas. Empilhadeiras a diesel, em geral, são ainda mais seguras do que empilhadeiras EX. Empilhadeiras a diesel especialmente projetadas para carregar em segurança têm designação DX. Analise também o tempo em que a empilhadeira estará em uso, as distâncias a serem percorridas e com que frequência ela estará elevando e abaixando as cargas. Uma empilhadeira com um ciclo de trabalho pesado pode indicar a necessidade de se manter baterias extras à disposição para reduzir o tempo de parada. A tecnologia CA também pode estender o tempo de operação em um turno, pois, em comparação aos motores CC, os motores CA têm menos degradação de desempenho quando a bateria descarrega. Uma grande contagem de SKUs necessita de empilhadeiras que consigam maximizar a cubagem operando em corredores estreitos e retendo capacidade em alturas elevadas.

Outro detalhe a considerar é a ergonomia: um operador confortável em geral é mais produtivo ao longo de um turno de trabalho. Procure empilhadeiras com mastros de visão aberta, que deem ao operador visão total da carga. As empilhadeiras também são disponíveis com manípulos de controle ergonômicos para minimizar o esforço muscular.

Preço versus eficiência Uma vez determinado qual tipo de empilhadeira comprar, muitos compradores tomam sua decisão final baseados no preço tabelado de um modelo particular. Entretanto, a maioria dos especialistas diz que o preço deveria ser apenas um fator. A habilidade do vendedor em fornecer peças e serviços de manutenção é tão importante quanto o próprio preço da empilhadeira. Se o vendedor autorizado mais próximo está localizado a 250 quilômetros da fábrica, a melhor solução é escolher outra marca, com peças a 10 quilômetros de sua fábrica, mesmo se custar mais inicialmente. É recomendável que compradores analisem o custo total do veículo sobre sua vida útil e não apenas o preço de compra. O comprador pode obter uma ideia do custo total da empilhadeira através do custo do serviço de ­manutenção preventiva do vendedor. Uma estratégia inteligente para determinar a empilhadeira certa é alugála antes de fazer a compra. A maioria dos vendedores de boa reputação aluga uma empilhadeira por 60 dias e depois abate o dinheiro do aluguel na compra do veículo. Resumindo, apesar de uma empilhadeira de preço mais baixo parecer atrativa, seu tempo de vida útil, de manutenção e custos operacionais podem no final exceder o preço inicial. Por esse motivo, compradores devem considerar a eficiência da empilhadeira, a orientação do vendedor e usos futuros de qualquer veículo. Compradores espertos consideram tanto o curto e o longo prazo na compra de uma empilhadeira.


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painel Rodonaves adquire caminhões Iveco A transportadora RTE Rodonaves adquiriu 13 caminhões do modelo Tector da Iveco. Os veículos serão utilizados no transporte de cargas secas fracionadas do segmento de autopeças. Com a aquisição, a empresa conta com 35 caminhões da Iveco em sua frota. As 13 unidades vêm com baú para o transporte adequado das cargas. Em 2010 a Iveco vendeu 2.160 unidades desse modelo que atua na categoria semipesados, na faixa entre 16 t e 31 t. www.iveco.com.br | 0800-7023443

Saur comercializa garfos da Vetter

Porto de Capuaba ganha novo galpão inflável

Os garfos para empilhadeira comercializados pela Saur no Brasil agora são produzidos pela empresa alemã Vetter. De aço de alta resistência, os garfos possuem seção maior no “cotovelo”, que prolonga sua vida útil até três anos. Com a novidade, a Saur oferece novas tecnologias em garfos, o que garante maior produtividade e segurança nas operações.

Terceiro galpão inflável implantado pela Operadora Portuária Internacional estocará carvão e coque (combustível derivado do carvão mineral). A carga abastece usinas siderúrgicas e cimenteiras. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) pretende instalar mais dois galpões no Porto de Capuaba devido ao aumento da carga a granel. O equipamento foi adquirido para garantir a segurança dos funcionários e da própria carga, já que os produtos não podem ser estocados ao ar livre.

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Centro de Distribuição

“Adoro ver eles partirem pela manhã, mas odeio ver eles retornarem ao anoitecer.”

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Expansão A Hyva anunciou novidades para 2011. Entre elas, a criação de uma nova filial em São Paulo (SP) para atender a região Sudeste. Ali serão feitas a venda e distribuição de cilindros e guindastes a pronta entrega.

Lançamento A Agrale lançou um novo modelo de caminhão no Brasil: o 8500. Possui cabine estendida e vem com dois tamanhos de entre-eixos, sendo ideal para coleta e distribuição de carga em centros urbanos.

Transporte A Norsa, franqueada da Coca-Cola na região Nordeste, adquiriu 105 caminhões movidos a biodiesel. Os veículos auxiliarão na distribuição de bebidas da marca nos Estados do Piauí, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte.

Inovação A Store Automação incluiu em seu WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazéns) a funcionalidade de BI (inteligência de negócios). A novidade permite consolidar as informações advindas dos processos logísticos.

On Line O site empilhadeirasonline, especializado em divulgar empilhadeiras para venda, não tem motivos para reclamar de 2011. Mal entrou no ar, já registra cerca de 800 acessos diários. Estão cadastrados 200 veículos, entre empilhadeiras, transpaletes e rebocadores.



série

supply chain management |

1ª parte

Em busca da integração O gerenciamento eficiente é alinhado para dar suporte à estratégia de negócios, conhece as suas competências centrais e implementa indicadores de desempenho

A

direção de muitas empresas está começando a perceber o quanto a cadeia de abastecimento é estratégica para os seus negócios: a alta administração compreende que na verdade o SCM (“supply chain management”, gerenciamento da cadeia de abastecimento) é um dos principais fatores do sucesso. Entretanto, a configuração de uma estrutura que se alinhe com a estratégia dos negócios, de pessoas e processos não é assunto simples. Assim, como não existe uma ­defi­nição universal para a organização da cadeia de abastecimento, também não existe um método único para ­estruturar essa organização. Todavia, existem diversas 12

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características de organizações efi-cientes que devem ser incorporadas em qualquer modelo. Trataremos delas aqui: • A organização é alinhada para dar suporte à estratégia dos ne­gócios. • Existe um acordo sobre quais competências centrais são ne­cessárias. • A organização é capaz de execu­tar todos os processos necessári­os da cadeia de abastecimento - seja através das capacidades inter­nas ou por meio de parcerias es­tratégicas com empresas que con­sigam oferecer essas habilidades. • Indicadores de desempenho imple­ mentados para fornecer informa­ ções objetivas sobre a eficiência e eficácia organizacional.

• Uso de um conjunto de prin­cípios práticos estruturam a organização. Naturalmente, a adaptabilidade e a agilidade são essenciais. Sua es­ tratégia pode estar mudando com mais frequência do que nunca, e a or­ ganização precisa acompanhar essas mudanças. As reestruturações podem exigir que você redefina os papéis e responsabilidades, reduzir a comple­ xidade desnecessária do processo ou desenvolver novas competências e ha­ bilidades. Ou você ter a necessidade de “limpar a casa” ou realocar recursos sem resultado. As mudanças organizacionais tam­bém são necessárias quando se faz mudanças no método de avaliação


de desempenho. Em uma organização fun­cional, os indicadores da cadeia de abastecimento muitas vezes são desti­ nados a motivar comportamentos que otimizem o desempenho dentro de um departamento ou função específica. À medida que a estratégia e o mo­delo do processo evoluem, você preci­sará abranger um novo conjunto de indica­ dores. Se sua organização não estiver estruturada de uma forma que facilite a realização desses objetivos, os níveis de desempenho almejados não serão al­ cançados e toda a estratégia poderá ser colocada em dúvida.

O modelo Quais são os problemas que você de­ verá analisar no modelo da organi­zação apropriada aos processos e estratégias da sua cadeia de abaste­cimento? Uma organização típica pode ter a logística e a manufatura subordinadas a um di­ retor de opera­ções e grupos separados de suprimen­tos e de gerenciamento de

S

ó no final da década de1990 que o termo cadeia de suprimentos entrou em voga, criando posições chamadas de “gerente” ou diretor de “supply chain” pedidos dos clientes. Esse tipo de estru­ tura organizacional foi típica em muitas empresas nos anos 1970, mas ainda é bastante comum nos dias de hoje. Nas décadas de 1980 e 1990, di­versas empresas começaram a tran­sição para estruturas organizacionais que agrupa­ vam muitas, mas não ne­cessariamente todas as funções centrais da cadeia de abastecimento, dentro de um único ­departamento. Muitas dessas empresas ainda ti­ nham o cargo “diretor de operações”, porém as responsabilidades se esten­ deram além de uma orientação pura­ mente funcional: esses gerentes hoje têm a responsabilidade de gerenciar

a base de suprimentos e o atendimen­ to dos pedidos dos clientes, além da manufa­tura e da logística física. Cha­ mamos isso de “organização transicio­ nal da cadeia de abastecimento”. Foi só no final da década de 1990 que o termo cadeia de abastecimento en­trou em voga - e foi daí que começa­mos a ver organizações com posições chamadas “gerente” ou diretor de “supply chain”. Esse período, natural­mente, também marcou o início da fi­losofia, hoje bem difundida, da cadeia de abastecimento como um processo de ponta a ponta.

Administração por projetos Dois modelos principais evoluíram

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e estabeleceram a gerência da cadeia de abastecimento como uma função ou entidade separada dentro das or­ ganizações. Nos dois modelos, um gru­ po de gerenciamento da cadeia de abas­ tecimento é responsável por atin­gir os objetivos operacionais, como de cober­ tura do estoque, lead-time de atendi­ mento dos pedidos, ou pontualidade das entregas aos clien­tes. A diferença entre os modelos está no gerenciamen­ to dos recursos. No primeiro modelo, chamado de organização parcialmente integrada, o gerente da cadeia de abas­ tecimento não controle os re­cursos res­ ponsáveis pela execução da estratégia da cadeia de abastecimen­to. No modelo de organização inte­grada, há pleno do­ mínio sobre esses recursos. Embora à primeira vista os ­mo­delos integrados pos­sam parecer muito ­similares, a dife­rença é maior do que a ­mudança na posição dos retângulos do organograma ou na renomeação de ­várias funções. O conceito de organi­

Leve a sua logística para

zação de cadeia de suprimento, con­ forme ilustrado no modelo integrado, é ­relativa­mente novo.

O modelo integrado Muitas empresas ainda imaginam a organização da sua cadeia de abaste­ cimento como um conjunto de fun­ções que complementam seus departa­mentos de produção (recebimento, fábrica, expe­ dição). Contudo, se um gestor tiver que administrar a cadeia de abastecimento

de ponta a ponta, ele deverá englobar todas as pessoas responsáveis pelo de­ senvolvimento e execução de cada um dos processos de planejamento, forneci­ mento, fabri­cação, entrega e devolução, bem como a infraestrutura. Isso significa o agru­pamento desses processos sob a orientação de um gerente, porém o mais importan­te significa dar a esse geren­ te um con­junto de objetivos de desem­ penho e os recursos que ele necessitar para atingir esses objetivos.

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Estrutura organizacional Um dos maiores desafios na ges­tão da cadeia de abastecimento é de­terminar a maneira de reestruturar a organização. Para isso, não é preciso necessariamente ter que revisar por completo todas as funções das suas operações existentes, cri­ar um novo departamento ou ‘inven­ tar’ um novo gerente. Será preciso pensar na organização da sua cadeia de abastecimento como um conjunto integrado de indivíduos que têm a responsabilidade de executar cada um dos processos. Por isso, mesmo se esses departamentos e indivíduos não forem agrupados por meio de reorga­nização em larga escala, deve-se analisar o grau de mudança para a estrutura organizacional existente. Isso significa a consolidação de dois departamentos para eliminar um limite funcional ou uma transferência de processos, a redefinição de responsabilidades em um gru­po, ou o realinhamento dos grupos para focar seus esforços em clientes específicos.

Considere uma empresa que defi­ niu o objetivo estratégico de ser o for­necedor de menor custo dentro de seus principais mercados. Para garan­ tir que sejam atingidas as margens necessárias, ela precisará criar uma cadeia de abastecimento que minimize os custos dos materiais e da produ­ ção. O processo exige uma avaliação cuidadosa das capacidades existentes

e a identificação de quaisquer lacunas entre as habilidades atualmente dis­ poníveis e aquelas necessárias para apoiar a estratégia. A empresa deve tomar o cuidado de garantir que seus processos alavanquem práticas as­sociadas à eficiência da produção, às reduções constantes dos custos dos materiais e às atualizações das pre­visões.

Próximos temas desta série em 2011: •

Abril - Integrando demanda com abastecimento

Maio - Custo de complexidade

Junho - Supply Chain: termo perigoso aos negócios

Julho - Transformando a cadeia de suprimentos

Setembro - Evolução e sobrevivência dos mais aptos

Outubro - Regras da cadeia de abastecimento

Novembro - Garantindo eficiência no planejamento

Dezembro - A bola de cristal da armazenagem

Janeiro/2012 - Estratégias para uma cadeia enxuta

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série

veículos elétricos |

1ª parte

Hora de fazer a manutenção Horímetros e medidores de descarga de bateria refletem o desempenho da empilhadeira

A

utilização de peças e acessórios para empilhadeiras elétricas tem se tornado uma prática bastante comum, devido aos benefícios que esses instrumentos geram aos proprietários dos equipamentos, incluindo a segurança e o aumento de produtividade e da vida útil. No entanto, nos deparamos frequentemente com usuários desses componentes que ainda não compreendem perfeitamente para que servem, quais os benefícios gerados e como funcionam. Nesta série procuraremos explicar com mais detalhes o funcionamento dessas peças, começando pelo horímetro e o medidor de descarga de bateria, que auxiliam no bom funcionamento da empilhadeira, apontando quando fazer a manutenção preventiva.

Horímetros São instrumentos eletrônicos que contam e acumulam as horas de funcionamento de um equipamento, desde o momento em que a chave geral foi ligada, conectando assim as baterias ao horímetro. Os horímetros são fornecidos em diversos formatos (redondo, quadrado, retangular e hexagonal) para melhor se adaptarem aos painéis dos equipamentos, e oferecem também algumas opções no modo de serem reiniciados, ou seja, terem seu marcador zerado, iniciando uma nova leitura. Alguns modelos de horímetros mos16

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tram as horas apenas quando o equipamento está operando, enquanto outros mostram-nas ininterruptamente. Existem horímetros para serem usados em corrente alternada e em corrente contínua. Nos dias atuais os horímetros são altamente confiáveis devido à sua memória não volátil, que retém os dados gravados por até 25 anos. Usualmente eles possuem um mostrador em LCD, com seis dígitos e operam em temperaturas entre –40°C e +80°C. Os horímetros são utilizados numa ampla gama de aplicações industriais e comerciais, por exemplo, para determinar a hora exata de fazer as manutenções preventivas de acordo com as recomendações dos fabricantes dos equipamentos, para comprovar uma medição do número de horas de uso no caso das locações de equipamentos, para determinar o período de garantia, para disponibilizar uma estatística de uso do equipamento e seu custo horário de operação, etc.

Medidor de bateria Os medidores de descarga de baterias são instrumentos que monitoram a carga residual das baterias. Essa operação é feita via uma curva que integra as diversas leituras das voltagens da bateria, feitas durante a descarga, evitando assim as leituras pontuais, que têm grandes variações durante o uso

Horímetro conta as horas de funcionamento da empilhadeira

do veículo, e criando uma curva harmônica, que mostra a real carga residual da bateria. Tal qual os horímetros, os medidores de bateria também são fornecidos em diversos formatos para melhor de adaptarem aos painéis dos equipamentos onde serão usados. Os medidores em geral têm um mostrador formado de 10 LEDs multicoloridos, sendo cinco LEDs verdes, três amarelos e dois vermelhos. Eles indicam a carga residual da bateria. Quando a bateria está completamente carre-


gada, todos os 10 LEDs ficam acesos. À medida que a bateria vai se descarregando, os LEDs vão se apagando sucessivamente, da direita para a esquerda, primeiramente os LEDs verdes, depois os amarelos e, finalmente, os vermelhos. Quando a bateria chega a 30% de carga residual, o primeiro LED vermelho, contado da direita para a esquerda, começa a piscar, indicando que a bateria está quase descarregada. Quando a bateria atinge 20% de carga residual, os dois LEDs vermelhos da esquerda começam a piscar. Nessa hora é fundamental a parada da máquina e a recarga das baterias. Os medidores em geral estão disponíveis nas tensões de 12VCC a 80VCC e podem ser dual volt (para uso em duas tensões diferentes). Nestes casos, é importante notar que existem diferenças nas conexões dos cabos elétricos, dependendo da tensão usada. O pior inimigo das baterias são as descargas profundas, abaixo de 20%

de carga residual. Nesses casos, as baterias sulfatam e perdem uma parte substancial de sua vida útil. As baterias são projetadas para trabalharem de 100% de carga até 20% de carga residual apenas. Nunca devem sofrer descargas mais profundas que 20%. Como elas se constituem numa expressiva parcela do investimento em equipamentos, uma vez que são muito caras, todo cuidado deve ser tomado para conservá-las e prolongar sua vida. Os medidores têm a função específica de proteger as baterias, evitando seu uso inadequado. Servem também para indicar ao operador do equipamento quanta carga residual existe na bateria, dando-lhe uma boa noção da autonomia do equipamento. Alguns medidores possuem um corte automático quando chegam a 20% de carga residual, ou seja, quando a bateria atinge esse estágio, os marcadores emitem um sinal

Horímetro e medidor de descarga de bateria

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Medidor de bateria e horímetro conjugados

que possibilita o acionamento de algum circuito que obriga o operador a parar o equipamento e recarregar a bateria. Em geral esse sinal é usado para bloquear a elevação nas empilhadeiras ou reduzir sua velocidade máxima, forçando a recarga. É muito importante saber que quando o medidor apresenta os dois últimos LEDs piscando, a bateria está com 20% de carga residual e não completamente descarregada, ou seja, a escala vai de 100% até 20% de carga residual e não até 0%, pois nessa situação a bateria seria seriamente danificada. Na parte traseira de alguns instrumentos existe um regulador de perfil de descarga da bateria, onde estão disponíveis valores padronizados de descarga. Esse perfil deve ser ajustado para cada bateria diferente que for usada, de acordo com as indicações do fabricante. Esses perfis são dados em VPC (volt por célula) da bateria. Os medidores têm dois métodos de reinicialização: a RCA (reinicialização de circuito aberto, para equipamentos que trocam de bateria quando estas se descarregam), e a RAV (reinicialização de alta voltagem, para equipamentos que recarregam a bateria no próprio equipamento, sem troca de baterias). Tanto os horímetros como os medidores de bateria são adequados para possibilitar uma manutenção preventiva em seu equipamento e proteger suas baterias de descargas profundas, aumentando a vida útil d ­ esses acessórios. 18

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Próximos temas desta série em 2011: • Contatoras e chaves de emergência (abril)

• Aceleradores (maio) • Controladores de impulso para motores de CC de Ímã Permanente (junho)

• Controladores de impulso para motores de CC com enrolamento em série (julho)

• Controladores de impulso de CC com enrolamento SEPEX (agosto)

• Controladores de impulso para motores de CA (setembro)

• Como dimensionar os componentes para seu veículo elétrico (outubro)

• Quando e como recuperar controladores de impulso de CC (novembro)

• Parâmetros mais comuns de ajuste de controladores de impulso – como ajustá-los (dezembro)

• Programadores de parâmetros e seu uso (janeiro)

Ruy Piazza Filho, diretor da Vinning Componentes Eletrônicos


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Gestão

Estratégias logísticas

CD eficiente,

satisfação do cliente Existem várias maneiras de melhorar as atividades de seu armazém. Conheça-as

S

e o seu centro de distribuição estiver operando no desempenho máximo, parabéns. Continue assim. Provavelmente sua empresa está colhendo os frutos desse sucesso. Contudo, se você acha que o seu centro de distribuição pode operar com maior eficiência, que o ganho pode ser superior, os custos ainda menores e a mão de obra mais bem utilizada, eis dez maneiras de melhorar a eficiência de seu armazém: 20

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1)

Analise a situação atual de seu centro de distribuição. Vamos começar com a premissa básica: “você não sabe para onde está indo até saber onde está”. Isso significa que você deve primeiramente medir e coletar todos os dados pertinentes à operação de sua empresa. Isso inclui as despesas com mão de obra e as horas extras, o número de pedidos processados em um determinado período, o número de linhas atendidas por cada operador, o número de em-

pilhadeiras em operação durante esse período e as despesas com locação ou operação de cada uma, os custos totais para operar um centro de distribuição e o custo total por metro cúbico de espaço de sua instalação.

2)

Tenha uma política de serviços ao cliente claramente elaborada. A pergunta mais importante a ser feita é: “Qual o compromisso do CD com os clientes?” A resposta pode ser tão


­simples quanto: 100% de todos os pedidos dos clientes recebidos por volta das 16 horas serão processados e embarcados de maneira perfeita dentro de 72 horas. Nesse caso, um pedido perfeito será medido pela entrega bem-sucedida dentro do prazo, sem avarias e com toda a documentação e etiquetagens completas e acuradas. Determine o que é realista e plausível para sua empresa e o que pode posicioná-lo na frente de seus concorrentes. Elabore seus planos para atingir esse nível de serviço.

3)

Meça os pontos de contato. Meça e registre quantas vezes um item é tocado (“touch points”) desde o momento em que ele é requerido até o momento em que deixa a empresa. Procure formas de evitar que os itens sejam manuseados duas vezes, lembrando que cada vez que um item é manuseado existe a chance de erro humano. Por exemplo: em vez de separar os itens primeiramente em uma caixa e em

seguida despejá-los sobre uma mesa só para reembalá-los em uma outra caixa, por que não separar os itens diretamente na caixa de embarque?

4)

Os negócios começam a acelerar quando as empresas começam a olhar para cima. Tradicionalmente, as empresas costumam expandir suas operações lateralmente, à medida que o número de SKUs (“stock keeping units”, unidades distintas mantidas em estoque) vai aumentando. É difícil não lembrar que a sua instalação tem mais espaço que pode ser utilizado. Por meio da verticalização, o uso de espaço disponível (volume) pode permitir que a operação de distribuição amplie o horizonte de vida da instalação existente.

5)

Atualize os dados dos SKUs atuais do estoque com frequência. Designe as posições de sua instalação cuidadosamente para garantir que cada SKU seja mapeado quanto à forma, ao

peso e à velocidade de seu uso. Identifique a velocidade de giro dos itens do ponto de vista da demanda, de acordo com a classe, e garanta que os SKUs mais ativos sejam designados em locais mais próximos dos pontos de entrada ou de saída a fim de maximizar a eficiência. Meça as dimensões e pesos de todos os SKUs existentes e dos que entram. Isso pode ser feito acuradamente usando-se um equipamento adequado. O conhecimento do volume de cada SKU permitirá a você designar as posições com eficiência, ter facilitada a verificação da pesagem com acurácia, se necessário, e conciliar as tecnologias de separação atuais e futuras. Os dados também permitirão ­tirar proveito dos recursos de cubagem da maioria dos sistemas de gerenciamento de armazéns (“warehouse management systems”) para determinação adequada das caixas de embarque para cada pedido. A diferença entre o uso de uma caixa maior ou menor no embarque de um pedido pode não

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­ arecer uma decisão de alta prioridade, p mas uma caixa menor custa menos e reduz o espaço morto que normalmente requer materiais de enchimento, tais como as bolsas de plástico.

6)

Analise ou repense a sua tecnologia de separação atual. Supondo que você tenha medido com acurácia o número de linhas atendidas por cada operador, agora pode ser o momento de avaliar a viabilidade de uso de uma tecnologia de separação como a radiofrequência, separação por voz ou por luz, eliminando assim a separação por papel, que pode não ser econômica para as suas necessidades de embarque. Os fatores na decisão da tecnologia de separação adequada devem incluir a densidade nos locais de estocagem, o ganho necessário, as características dos itens que estão sendo separados e qualquer procedimento específico, tal como o rastreamento dos números de série.

7)

Selecione o método de separação certo para sua empresa. Avalie o método de separação por pedido, em que um operador separa um pedido por vez percorrendo cada corredor de separação até que todo o pedido seja concluído. Compare-a economicamente com, por exemplo, a separação por lote (um operador separa diversos pedidos ao mesmo tempo na mesma passagem), a separação por zona (a área de separação é subdividida em zonas de separação individual, similar a uma linha de montagem), ou separação em onda (todas as zonas são separadas ao mesmo tempo, em vez de os pedidos se moverem de zona a zona).

8)

Intercale as tarefas. Isso se refere ao processo e ao método de combinar a sua separação ativa com o processo de envio ao estoque. Os sistemas de gerenciamento de armazém (WMS) programam regras para orientar os operadores de empilhadeiras. Por exemplo, quando um operador de empilhadeira recebe instruções para enviar um palete ao estoque, o WMS inicia uma separação de palete de modo que o operador não retorne sem uma carga.

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9)

Mantenha ao mínimo os tempos de parada dos sistemas. Transportadores contínuos, carrosséis, paletizadores e outros equipamentos, tais como aplicadores de fitas adesivas, montadoras de caixas e embaladoras de filme esticável, exigem manutenção planejada. Os equipamentos devem ser inspecionados, os registros de manutenção armazenados com fácil acesso e os pequenos problemas corrigidos de imediato. Os centros de distribuição automatizados devem realizar manutenção planejada a intervalos regulares, especialmente o alinhamento das correias dos transportadores contínuos, a tomada de temperatura dos motores e a lubrificação conforme o necessário. Peças de reposição, como motores, correias, rolamentos e roletes, devem estar sempre disponíveis. O investimento em um bom plano de manutenção mantém ao mínimo o andamento dos pedidos e as inevitáveis despesas de reparo dos equipamentos.

10)

Examine os pontos de vulnerabilidade de seus equipamentos em relação ao gerenciamento da energia. A mãe natureza nem sempre é amistosa com um centro de distribuição. Quando os problemas de iluminação ou falta de energia são frequentes em sua área, proteja o seu centro de distribuição de possíveis picos de energia usando protetores de curtos elétricos. Não deixe que o custo mínimo de proteção contra surtos provoque grandes danos aos seus equipamentos ou apague a programação de seus controles. Lembre-se de que uma rede de energia danificada pode desligar um classificador, resultando em despesas de horas extras e atraso no transporte. Estas dez maneiras de melhorar a eficiência da sua movimentação de materiais poderão ajudar a aumentar o volume de pedidos perfeitos embarcados e assim garantir a satisfação dos clientes e promover o aumento das vendas. E, ao longo do caminho, você responderá com sucesso a esta importante pergunta: “Qual é o meu compromisso com os clientes?”


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série

Melhores métodos |

1ª parte

Qualidade e rapidez Entenda por que vale a pena investir em práticas que facilitem a realização de tarefas

N

esta nova série da Revista INTRALOGÍSTICA , a ser apresentada em onze edições, será abordado como elaborar os Melhores ­Métodos para a realização de um trabalho. Afinal, os métodos são aplicados em tudo o que fazemos. O método utilizado determina a qualidade do que você faz e o tempo que leva. Entretanto, existem ocasiões em que as pessoas não pensam no método utilizado. Por exemplo, ao cortar a grama ou escovar os dentes, ou ainda escrever uma carta. Elas apenas fazem, isto é, a menos que um resultado bem-sucedido se torne mais importante. Porém, terminar de cortar a grama em menos tempo pode significar poder assistir ao início da última partida do campeonato de futebol na TV. Desse modo, há o interesse de como terminar o serviço em menos tempo. Muda-se o método para melhorar o resultado. A aplicação dos Melhores Métodos vai ajudá-lo a observar uma tarefa e encontrar maneiras de redução do trabalho e de melhoria dos resultados. A utilização do melhor método significa terminar mais rápido para que se possa partir para algo a mais, ou simplesmente terminar outras ­tarefas. Utilizar o melhor método também pode significar a obtenção de um resultado melhor. O método faz a diferença! 24

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Os benefícios A descoberta dos Melhores Métodos pode ajudá-lo a: • Realizar mais no mesmo período; • Eliminar o tempo, os movimentos, a energia e os recursos desperdiçados na execução de serviços desnecessários ou na produção de defeitos; • Padronizar as tarefas de modo que todos utilizem o mesmo método, permitindo que você avalie o desempenho, simplifique o treinamento e elimine as variáveis que causam impacto na qualidade; • Terminar mais rápido para a satisfação dos clientes;

• Eliminar os problemas de qualidade através do uso de especificações, métodos, ferramentas, sequência e tempo prescritos para o alcance de resultados coerentes; • Melhorar o ambiente de trabalho; • Reduzir os riscos à segurança.

Ideias Vários caminhos poderão ser utilizados para alcançar a melhoria dos métodos. Conhecendo os princípios dos bons métodos e tendo um quadro claro de seu método atual, você naturalmente vai reconhecer muitas oportunidades de melhorias. Você poderá se dispor a utilizar uma abordagem


mais sistemática na geração das ideias para as melhorias caso o trabalho ­venha a ter impacto mais para a frente. Essa abordagem muitas vezes produz ideias melhores e ajudará a evitar que alguma coisa seja esquecida: • Fique de olho na situação geral Você já tentou montar um quebracabeças sem ver na tampa da caixa? Você começa com as peças individuais e tenta descobrir quais aquelas que se encaixam. Finalmente você consegue encaixá-las, porém levando muito mais tempo. O mesmo ocorre quando você está aperfeiçoando os métodos. Se não tiver uma boa compreensão do todo, de como o processo final vai ser, será muito mais difícil tomar boas decisões dos métodos individuais. Obtenha uma visão da situação geral com algumas análises e planejamentos iniciais. • Estimule seus esforços em busca das melhorias Ao se ver limitado em tempo e re-

A

aplicação dos Melhores Métodos ajuda a observar uma tarefa e descobrir formas de redução do trabalho e de melhoria dos resultados cursos, a ideia é conseguir o máximo benefício possível de seus esforços em busca de melhorias para os seus métodos. Para isso, é necessário concentrar esses esforços. E isso pode envolver a necessidade de se fazer uma ampla melhoria em uma única operação que esteja provocando gargalo, ou de se encontrar pequenas melhorias nos métodos utilizados em toda a operação. No resultado final, as melhorias mais valorizadas são aquelas que provocam impacto no processo inteiro.

A descoberta É possível seguir algumas dicas para descobrir o Melhor Método na intralogística:

Conheça os princípios

• Movimentos manuais • Layout da área de trabalho

• Etapas do método • Produto/serviços e • • • • • •

materiais Ferramentas e equipamentos Movimentação de materiais Ergonomia Segurança Mecanismos à prova de erros Desenvolvimento da qualidade

Documente o seu método atual

Gere as ideias para as melhorias

Divida o método Analise e avalie Defina as oportunidades

Sistemáticas Criativas Intuitivas

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A sua criatividade será útil

Galpão Modular Desmontável

Melhores métodos

Ideias novas

Princípios

Táticas

A descoberta dos “Melhores Métodos” pode beneficiar qualquer atividade que você fizer. Porém, como encontrar os melhores métodos? A resposta muitas vezes está em sua própria criatividade. Existem princípios e táticas específicas que ajudam na melhoria da qualidade ou na minimização do tempo e do esforço. E essa descoberta ajuda a conhecê-las. Uma vez conhecidas, é a aplicação criativa delas na sua tarefa que vai proporcionar os “Melhores Métodos”.

Dispensa fundações Largura até 30m Comprimento ilimitado Rápida montagem Lona de alta resistência Melhor custo benefício

Lembrete Ao se preocupar com o sucesso de um trabalho ou de uma tarefa executada, é necessário prestar atenção ao método utilizado. Isso é verdade principalmente se várias pessoas executam o serviço e o resultado se vê multiplicado.

Caso queira examinar o método e definir a melhor forma de executá-lo, você deverá: • Conhecer os princípios dos bons métodos; • Documentar e descobrir o método atual; • Gerar ideias de melhorias.

Próximos temas desta série em 2011:

(11) 2021-5511 0800-7718533 www.alumitex.com.br

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Documente e descubra o seu método atual (abril)

Os princípios dos bons métodos (maio)

Melhore o movimento atual para tornar o trabalho mais fácil e menos cansativo (junho)

Observe o método e determine quais etapas são necessárias e o que pode ser alterado ou eliminado (julho)

Reduza as distâncias e o esforço na movimentação de materiais (agosto)

Analise a ergonomia para cada método (setembro)

Torne o método à prova de erros (outubro)

Gere as ideias para as melhorias (novembro)

Estabelecendo prioridades de melhoria contínua (dezembro)

Implementação de ferramentas de controles visuais (janeiro)

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embalagem

Contêineres

Transporte inteligente Tencnologias prometem aumentar a eficiência das cadeias de suprimento e reforçar a segurança

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uitos profissionais de supply chain entendem que os contêineres inteligentes conseguem fazer milagres. Na verdade, nem todos os contêineres inteligentes possuem o mesmo grau de eficiência, mas basicamente suas funções são detectar e reportar. O tipo mais “inteligente” aponta quem supervisionou o carregamento, o que está carregando, o local de onde está partindo, o destino, quem está fazendo o transporte, se está em um local não previsto na rota e quem é a pessoa autorizada para abri-lo no destino. Alguns modelos sinalizam também acessos não autorizados em trânsito, informando o local onde o acesso ocorreu. Já um contêiner menos inteligente consegue dizer se suas portas foram abertas em trânsito, mas não consegue indicar o local. Recentemente a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, divulgou um estudo sobre o uso dos

U

ma das funções do contêiner inteligente é identificar violações não autorizadas em qualquer parte de sua estrutura 28

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contêineres inteligentes que aponta benefícios quantificáveis, como aumento de 50% no acesso aos dados da cadeia de suprimentos, redução de 38% em roubos e perdas similares, redução de 14% de inventário e reduções de 29% no tempo gasto durante o trajeto. A empresa de consultoria BearingPoint calculou os benefícios de até US$ 700 por contêiner movimentado, enquanto o U.S. Congressional Budget Office observou uma economia de 0,8% no preço do conteúdo acondicionado em contêineres inteligentes. Entretanto, o desafio para os profissionais de supply chain é dividir e equilibrar os dois objetivos: eficiência nas cadeias de suprimentos e segurança nacional, além de estabelecer as expectativas de forma adequada. Por isso, vale a pena compreender o que um contêiner inteligente detecta, como ele detecta, o que ele faz com o que detecta e como ele “sabe” quando iniciar e encerrar o trabalho.

O que detectar? A resposta é fácil: “depende”. Se você for uma Coca-Cola e estiver embarcando o xarope de Manaus para São Paulo, provavelmente não estará preocupado com roubo, já que é improvável que os ladrões consigam movimentar o xarope roubado e porque, para início de conversa, provavelmente não valha a pena rou-

bar. Uma preocupação mais prática é a contaminação do xarope. Já as empresas farmacêuticas, como a ­Pfizer, por exemplo, devem se preocupar tanto com a contaminação quanto com roubo de medicamentos de alto valor. Embora haja variação nos detalhes detectados pelo tipo de embarcador, existe algum consenso geral quanto ao que deve ser detectado. A primeira regra dos negócios é identificar qualquer violação não autorizada por qualquer parte de um contêiner – não apenas pelas portas. A segunda aborda o quanto é necessário detectar o ambiente interno do contêiner para a segurança do produto transportado. E a terceira, é preciso detectar a presença de cargas tais como armas, drogas ilegais e seres humanos – tecnologias ainda ausentes no momento. Saber a localização do contêiner também é importante. Uma opção de detecção do local é chamada de “geo fencing”. Em essência, o contêiner detecta uma variância entre onde ele deveria estar e onde ele está e relata isso. Entretanto, o que deveria ser capaz de detectar pode não ser o que se consegue encontrar, dados os níveis atuais da tecnologia.

Procedimentos Os sensores que conseguem detectar e reportar uma violação ou alteração no contêiner em tempo real


Divulgação: Logistics Management

também conseguem ultrapassar as fronteiras dos EUA e chegar a locais fora do país. Na maioria dos casos, essa detecção básica é disponível e barata. É possível detectar violações nos contêineres usando chaves magnéticas, luz, vibração e temperatura. General Electric e GlobalTrak, por exemplo, oferecem sistemas que usam uma combinação de sensores, RFID (radiofrequência), celulares e tecnologias via satélite para identificação de violações não autorizadas. A detecção da posição de um contêiner também é bem simples e barata. Assim como o sistema da General Motors, que usa o posicionamento via satélite para apontar uma localização, as transportadoras e os embarcadores podem usar o serviços prestados pelas empresas de telecomunicação via satélite. Entretanto, ainda não há tecnologias necessárias para detectar adequadamente agentes biológicos, agentes

químicos, urânio enriquecido blindado, seres humanos, explosivos e drogas. As tecnologias ainda estão na fase inicial de desenvolvimento. Além disso, quando os sensores adequados realmente estiverem disponíveis, o custo ainda será alto.

Tecnologias de transmissão Um contêiner inteligente deve ser capaz de reportar o que ele detecta. E até agora existem três métodos geralmente aceitos de transmissão desses dados: RFID, satélite e celular. O usuário quase sempre reconhece os benefícios da aplicação que esses métodos empregam; entretanto, é importante avaliar os prós e contras de cada um. RFID. A aplicação da tecnologia de RFID na logística certamente não é novidade; entretanto, foi descoberto que

os desafios são muitos. As aplicações de RFID exigem o transporte e a transmissão dos dados por meio de um sistema sem fios. As mudanças de condição de um contêiner com etiqueta de RFID podem ser detectadas e transmitidas somente quando passar por um leitor de RFID posicionado ao longo da cadeia de suprimentos. Esse leitor envia a frequência de disparo, que produz uma transmissão de retorno de qualquer alteração na condição do contêiner, por exemplo, se as portas foram abertas. Além disso, a RFID não possui protocolos ou padrões globais. Assim, a RFID na qual os dados percorrem nos março 2011

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EUA não funciona em nenhum outro lugar. Um transceptor (leitor) em Shangai ou Cape Town não consegue disparar a transmissão de dados na etiqueta de um contêiner embarcado de Boston ou Jacksonville. Em suma, a RFID para a segurança de contêineres é aplicável somente nas regiões e países que aceitam a mesma ­frequência. Comunicação via Satélite. Seja qual for o sistema via satélite usado, é importante observar a distinção entre rastreamento via satélite e comunicação via satélite. O rastreamento, onde um satélite faz o “ping” de um contentor que possui uma antena do sistema de posicionamento global (GPS), pode ser excelente para o gerenciamento de ativos, porém inadequado para a segurança e controle do contêiner. A comunicação sofisticada via satélite de duas mãos permite que o contêiner transmita dados para uma base via satélite sob determinadas condições. Os sistemas GPS não ficam sem seus pontos fracos; eles muitas vezes têm pontos de sombra e exigem antenas visíveis no transporte. Também a capacidade de detectar aquilo que vai dentro do contêiner e de reportar de volta exige maior sofisticação eletrônica do que a necessária apenas para o rastreamento. Comunicação via Celular. A comunicação via celular é dividida entre diferentes protocolos no mundo inteiro, sendo um dos mais comuns, fora dos EUA, o Sistema Global de Comunicação Móvel (GSM). Os obstáculos ao uso mais amplo do celular no contêiner inteligente são inúmeros. Em primeiro lugar, existem

N

Tecnologias de comunicação permitem a transmissão de dados de qualquer parte do mundo

problemas similares aos enfrentados pela RFID com relação às frequências e larguras de bandas, desafios dos protocolos, problemas de infraestrutura das redes, gateways de sub-redes, torres e estações de base. Até agora não há registro de avanços notáveis na aceitação dessas tecnologias via celulares como resposta à comunicação com os contêineres, especialmente em razão de aplicações concorrentes e níveis de desenvolvimento e sofisticação mundiais. E o celular introduz problemas fundamentais de segurança, tais como interoperabilidade, autenticação, interceptação, escuta clandestina, ou acesso a informações transmitidas a limpo em vez de serem criptografadas.

Ponta a ponta Na prática, uma solução de segurança verdadeiramente eficaz exige um sistema completo para cobertura

a prática, uma solução de segurança verdadeiramente eficaz exige um sistema completo para cobertura de ponta a ponta 30

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de ponta a ponta. A importância de começar o controle no carregamento não pode ser enfatizada demais. Ela é exigida pela Organização Mundial Aduaneira, pela Parceria no Comércio Aduaneiro dos EUA contra o Terrorismo (C-TPAT) e pelo novo programa de Operadores Econômicos Autorizados (AEO) da Europa. Na origem, os sistemas de contêineres devem incluir a identificação de um responsável da parte interessada pela inspeção final da carga antes de sua expedição e início de transporte. Alguém deve assumir a responsabilidade pela confirmação da carga no conhecimento de embarque ou na folha de registro para ativação do sistema de contêineres inteligentes e pelo fechamento das portas. Esse responsável deve ser definido de acordo com sua integridade e competência. Da mesma forma, deve haver um responsável na contraparte no destino, sendo as duas partes eletronicamente associadas ao contêiner inteligente através de um identificador exclusivo a fim de completar o sistema. A ativação também permite ao contêiner inteligente notificar as partes interessadas quanto à vio-


D

ispositivos de segurança dentro de contêineres não são obrigatórios, embora estejam caminhando para isso lação não autorizada ou relatar as condições do contêiner. Dependendo dos sensores utilizados, ele também pode reportar as condições da carga e até mesmo emitir alertas de “fora de curso” caso seja sequestrado durante o transporte. Na verdade, o processo torna-se equivalente a uma cadeia de custódia. Ele trata o contêiner como se fosse uma carta certificada ou registrada. O contêiner inteligente fornece a capacidade de servir como um registro de terceiros da transação registrada automaticamente por meio de uma central de atendimento mundial. Também dispõe de um recebimento de entrega eletrônico, criado a partir da abertura do contêiner por uma pessoa aprovada ou autorizada no destino. Assim, um sistema de contêineres inteligentes é muito mais que uma porta trancada, é um sistema completo que: • Identifica eletronicamente o pessoal autorizado que carrega e tranca o contêiner e informações de aceitação e relatório, tais como o número do contêiner/semirreboque e os dados de registro; • Detecta uma violação em qualquer parte do contêiner; • Relata a violação em tempo real (ou quase em tempo real); • Rastreia o contêiner de ponta a ponta; • Identifica pessoal não autorizado que deslacrar o contêiner; • Dá fácil acesso aos programas de software para aceitar programas logísticos distintos na comunicação de dados críticos.

seguros dos contêineres de uma forma ou de outra, sem contar que os embarcadores têm pouquíssimas opções de custear as despesas. O uso dos dispositivos de segurança dentro dos contêineres não é obrigatório em nenhum lugar do mundo neste momento, embora esteja caminhando para essa direção. Por exemplo, a categoria de Nível 3 da C-TPAT, aberta aos importadores que atingiram o Nível 2, é relacionada diretamente aos contêineres inteligentes. Os importadores de Nível 3 devem empregar a tecnologia de contêineres inteligentes que use sistemas ou sensores para detecção da entrada no contêiner em qualquer lugar ao longo de sua cadeia de suprimentos internacional, da origem ao destino e deve ser capaz de relatar essa entrada. O uso de um contêiner inteligente também deve ser uma decisão do setor quanto aos benefícios reconhecidos. No mínimo, o governo deveria oferecer redução da carga tributária na forma de crédito fiscal para os investimentos nos programas de segurança dos contêineres e para o envolvimento em programas de incentivo ao controle de produtos embarcados. O uso crescente dos sistemas de segurança de contêineres, em última análise, depende do reconhecimento do setor dos benefícios no resultado financeiro e da existência de incentivos reais do governo. Quanto mais breve esses incentivos puderem se materializar, mais rápido as empresas alcançarão os benefícios dos contêineres inteligentes.

Para quem vai a conta? A resposta imediata é que todos pagam pelos custos dos embarques

Fonte: Logistics Management

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destaques internacionais A equipe da MOVIMAT prospecta o que há de novo pelo mundo. Acompanhe as novidades internacionais!

Temperatura A inglesa Airbloc desenvolveu um equipamento que visa separar a temperatura interna da externa. Instalado em cima das portas do armazém, ele libera uma corrente de ar no momento em que a porta é aberta, impedindo que haja transferência de calor. Esse equipamento garante a integridade dos produtos armazenados, evitando que sofram com mudanças de temperatura.

Separação por luz O sistema de separação por luz que a americana Lightning Pick Technologies lançou não tem cabo e é leve, podendo ser adequado a vários suportes, como racks, prateleiras, carrinhos ou outros meios de estocagem. O dispositivo utiliza uma tecnologia que combina números, textos e códigos de barras e usa pouca energia. lightningpick@feiramovimat.com.br

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Transpalete especial A americana Southworth Products lançou um equipamento que combina o transpalete com um sistema pantográfico. A solução proporciona ao operador manusear produtos em sua superfície sem esforço físico, já que sua altura pode ser regulada. Alcança até 800 mm e suporta até 750 kg. Os garfos podem ter entre 1.143 mm e 2.000 mm. southworth@feiramovimat.com.br

Compactando o lixo O Roll-Packer, fabricado pela inglesa Bergmann Direct, é ideal para diminuir a quantidade de lixo e preservar o meio ambiente. Ele é composto por um cilindro com dentes, montado em um braço hidráulico, que, ao ser inserido no contêiner, servirá para quebrar o material e torná-lo compacto. Dessa forma, é mais fácil descartar o lixo e melhorar a ocupação do contêiner, evitando diversas viagens de caminhão. bergmann@feiramovimat.com.br

Unitizadores A suíça SIKA instalou em seu armazém unitizadores que aumentaram a flexibilidade e eliminaram o estoque de produtos acabados. Agora, uma estrutura com cerca de 500 posições-palete estoca dois unitizadores de pequenas dimensões empilhados, até que sejam encaminhados para expedição. Além disso, são combinados quatro elevadores verticais, um sistema de transportadores contínuos, robôs de paletização e AGV (“automated guided vehicle”, veнculo automaticamente guiado). sika@feiramovimat.com.br

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Estoque A australiana Actisafe projeta gabinetes e gaveteiros para estocagem de alta densidade. A solução é utilizada principalmente no setor de fabricação de ferramentas ou peças de reposição. O diferencial do sistema é que pode ser configurado, adequando-se à necessidade de cada cliente. São construídos de chapa metálica, podem ser fixados no piso ou na parede e têm uma barra de travamento simultâneo das gavetas, garantindo maior segurança. actisafe@feiramovimat.com.br

Sistema de separação A suíça Swisslog lançou um sistema de separação por robôs pelo qual as caixas são movidas para as estações onde estão os operadores. Essas caixas contam com compartimentos para pequenos itens, tornando mais fácil a separação e maximizando a estocagem. O sistema pode ser adaptado e ampliado conforme a necessidade.

Etiquetas A etiqueta comercializada pela ID Label é ideal para locais amplos. Sua capacidade de identificação é de alto alcance, até 9 m de distância, permitindo que seja feita sem se aproximar tanto do produto. Ela é de plástico PVC, que garante maior durabilidade. idlabel@feiramovimat.com.br

swisslog@feiramovimat.com.br

Envolvedoras Movimentação pesada A Hamilton Caster criou um painel capaz de movimentar cargas muito pesadas, como concreto e granito. O equipamento acomoda placas desses materiais com até 88 mm. É feito de alumínio e possui posições de suporte ajustáveis, para auxiliar o colaborador na movimentação. Tem capacidade para suportar mais de 500 kg. hamiltoncaster@feiramovimat.com.br

A americana Arpac lançou uma envolvedora de carga paletizada sem suporte para receber a carga. A vantagem do equipamento é que ocupa menos espaço e abrange um tamanho maior de cargas que podem ser embaladas, já que, nas envolvedoras comuns, cargas muito leves ou muito pesadas são mais difíceis de empacotar. Com o equipamento da Arpac, o palete é colocado em frente à máquina, que utiliza um braço acoplado para dar voltas na carga. arpac@feiramovimat.com.br

Movimentando concreto A alemã Probst desenvolveu uma linha de acessórios para empilhadeiras específicos para o carregamento de concreto e pedras. O equipamento permite o carregamento adequado de materiais para construção. Entre os acessórios está a tesoura mecânica, que pode ser anexada a qualquer sistema de levantamento e se ajusta a diversas dimensões de blocos de concreto. probst@feiramovimat.com.br

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destaques internacionais

Sistema consolidado A americana Zetes criou um sistema que combina tecnologia por voz e um AGV (“automated guided vehicle”, veículo automaticamente guiado) para a empresa sueca Co-op, que aumentou sua produtividade entre 70% e 80%. Com a solução, os separadores não precisam mais direcionar os paletes ou os transportadores de roletes para o próximo local, podendo prosseguir diretamente com o pedido seguinte. zetes@feiramovimat.com.br

Caixa dobrável A empresa francesa Linpac Allibert disponibilizou uma caixa dobrável de polipropileno 100% reciclável. Ela foi desenhada para simplificar a montagem, dobra, empilhamento e o transporte de cargas. Até 15 caixas dobradas podem ser empilhadas, e a capacidade é de 800 l. O modelo possibilita a abertura interna e externa das paredes laterais e impede qualquer retenção de água, pois possui furos de drenagem. linpac@feiramovimat.com.br

Guindaste A inglesa Penny Hidraulics desenvolveu um guindaste que pode ser instalado em veículos menores, atendendo a demanda de movimentação de cargas mais leves. Os modelos têm capacidade entre 100 kg e 2.000 kg. O guindaste pode ser facilmente colocado em carretas pequenas, vans e pick-ups, e é ideal para pequenas cargas com difícil movimentação, diminuindo ou evitando o esforço físico do operador. penny@feiramovimat.com.br

Elevação A americana Stertil Koni fabrica um sistema de colunas para o içamento de cargas pesadas, como caminhões, ônibus, tratores e aviões. As colunas são móveis e podem ser posicionadas de acordo com o que for levantado. Pode ser acionado de qualquer uma, suportando mais de 30 mil kg com apenas quatro colunas. O equipamento incorpora um garfo acoplado, para a elevação de cargas diferenciadas (opcional). stertilkoni@feiramovimat.com.br

Carrinho O carrinho elétrico desenvolvido pela americana Ergotug é ideal para movimentar cargas e reduzir o risco de acidentes. Funciona através de bateria, possui controle de velocidade e rodas no meio, que oferecem maior estabilidade. O equipamento suporta mais de 700 kg. Por ser motorizado, evita esforço excessivo do controlador e, consequentemente, lesões físicas. ergotug@feiramovimat.com.br

Rastreamento A empresa britânica Vital Trace desenvolveu um sistema de rastreamento e localização por GPS que funciona por meio de bateria que dura até 10 anos. O equipamento é capaz de monitorar veículos, semirreboques, contêineres e até paletes com um único jogo de baterias durante esse período. vitaltrace@feiramovimat.com.br

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armazenagem

Centro de distribuição

Volvo constrói centro logístico Montadora fará uma série de investimentos no País em 2011

Antigo Centro Logístico de Peças será desativado

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ela segunda vez consecutiva, o Brasil é o maior mercado mundial de caminhões da Volvo. Em 2010, a empresa teve um faturamento de R$ 6,8 bilhões, bem superior aos ­R$ 3,9 bilhões obtidos em 2009. A montadora encerrou 2010 com a comercialização de 18,3 mil caminhões – 16,2 mil somente no Brasil. A receita obtida no ano passado é a maior desde que a Volvo começou a produzir veículos no País, em 1979. Diante desse cenário, a empresa anunciou uma série de investimentos no Brasil. A montadora construirá um novo Centro Logístico de Peças para atender sua operação sul-americana. Serão investidos R$ 50 milhões nas instalações, que serão erguidas dentro do complexo industrial da Volvo no País, localizado em Curitiba (PR). “Vamos agilizar os

processos, melhorar o atendimento aos clientes nessa área”, afirma Roger Alm, presidente da Volvo no Brasil. O novo centro terá 28,2 mil m², sendo que, desse total, 22 mil m² somente para áreas de armazenagem. Além da ampliação do espaço, a área será mais verticalizada, passando dos atuais 130 mil m3 para 264 mil m3. A nova estrutura logística local contribuirá para a implantação de um sistema global de gerenciamento da cadeia de suprimentos da Volvo. Chamado “Supply Chain Management”, vai revolucionar a gestão da cadeia de peças de reposição, interligando os centros logísticos centrais da corporação espalhados por diferentes continentes. A subsidiária brasileira mantém uma das cinco estruturas logísticas desse tipo existentes em todo o Grupo Volvo no mundo. As demais estão

situadas em Columbus (Estados Unidos), Ghent (Bélgica), Eskistuna (Suécia) e Seul (Coreia). Esses centros são responsáveis pela movimentação, administração e envio de peças de reposição para distribuidores domésticos e também para outros mercados internacionais onde a Volvo está presente. A unidade brasileira, por exemplo, recebe as peças dos fornecedores brasileiros e as distribui tanto internamente como envia para as operações da Volvo na Bélgica e na Suécia. O novo centro será construído e funcionará seguindo um conceito ambientalmente correto, com coleta de água de chuva, painéis solares, iluminação translúcida e um pátio com piso permeável. A Volvo investirá ainda R$ 25 milhões para fabricar no Brasil as caixas de câmbio I-Shift, hoje importadas da Suécia, e o motor 11 litros de seus caminhões. março 2011

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embalagem

Mesa-redonda

Mais eficiente, menos poluente Encontro com fornecedores de acessórios para contenção e proteção de carga faz balanço do setor e aborda sustentabilidade

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ssenciais para manter a qualidade e a segurança de produtos durante o transporte e a movimentação de carga, os acessórios de contenção e proteção são cada vez mais requisitados pelas empresas. No entanto ainda falta conhecimento em relação aos benefícios e ao emprego desses acessórios. De acordo com os 12 fornecedores que se reuniram durante a Mesa-redonda sobre contenção, promovida pela ­revista INTRALOGÍSTICA , o mercado ­evoluiu, 36

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Apresentando: 1) Luciano Natarelli, diretor da Inovaplastic; 2) José Roberto de Carvalho, gerente de vendas da Süd-Chemie; 3) Egidio Melotto, diretor da Astro; 4) Eduardo Fernandes, gerente corporativo da Polibrás; 5) Antônio Agapito, gerente de vendas da Furnax; 6) Erivelto Gadioli Júnior, gerente de vendas da Cyklop; 7) André Lima, gerente de produtos da Best Pack; 8) Thiago Müller, gerente de produtos da Astro; 9) Fábio Ferreira, consultor técnico de embalagem da Atco; 10) Rodrigo Tarcha, diretor da Ankauf; 11) Victor Basso, diretor da Opuspac; 12) Eustáchio Emílio Gomes, diretor comercial da Cyklop; 13) Marcelo Gil Neves, comercial da Sunnyvale; e 14) Rogério Atolino, gerente comercial da Best Pack

Co Pr

As c prod tama segu uma


mas ainda precisa se aprofundar nos benefícios e nas características dos acessórios. Ganha o mercado, que reduz os custos com perdas e eleva a eficiência da entrega.

Consciência sobre acessórios Segundo José Roberto de Carvalho, gerente de vendas da Süd-Chemie, foi feita uma pesquisa no Estados Unidos sobre as despesas que a ferrugem e os problemas por excesso de umidade causam anualmente às cargas. “Identificou-se que esse custo chega a 3% do PIB”, lembra José Roberto. “Enquanto as soluções para reduzir esses males, exigem apenas 1,4%.” Ou seja, é melhor investir em soluções, neste caso os dessecantes, para reduzir males comuns ao transporte. Esses males, inclusive, vão além da umidade; existe a instabilidade do trajeto e da movimentação, que pode danificar os produtos, principalmente os mais

sensíveis e os eletrônicos. Também é possível que as embalagens e os produtos sofram com as intempéries, como o excesso de calor. E embora a indústria tenha feito investimento em soluções que inibem esses danos, ainda falta divulgar ao mercado a importância de proteger corretamente as embalagens e, consequentemente, os produtos. Não é estranho encontrar profissionais que compram esses itens como se fossem supérfluos. É em que acredita Rodrigo Tarcha, diretor da Ankauf. Para ele, a maioria das empresas ainda não tem um dimensionamento real de quanto perdem em seus processos por abrir mão desses acessórios. “Há também o componente ‘seguro’, que financeiramente cobre parte dos prejuízos, mas não evita reclamações de clientes, perdas com fretes, atrasos ou danos à imagem da empresa, algo intangível.” Para Victor Basso, diretor da Opuspac, falta conhecimento e formação

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maioria das empresas ainda não tem um dimensionamento real de quanto perdem em seus processos por abrir mão desses acessórios específica em embalagem. “No Brasil, existem poucos cursos de engenharia em embalagem, que relaciona o projeto como um todo, desde a embalagem primária até a de transporte e movimentação”, acrescenta Victor. Segundo os participantes, ter conhecimento facilita até a compra e a implementação dos acessórios de contenção.

ligue para:

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As coberturas da linha armazenagem são desenvolvidas especialmente para manter seus produtos protegidos contra qualquer tipo de adversidade externa. Comercializamos diversos tamanhos e modelos, tanto para locação quanto para venda, todos com montagem rápida e segura, sem causar danos ao meio ambiente. Entre em contato com a nossa equipe, temos uma cobertura ideal para o seu projeto.

BH

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Soluções para contenção e proteção de cargas, como dessecantes, cintas e sacos de proteção (foto) reduzem perdas na entrega, na movimentação e no transporte

rios para contenção e proteção precisa assumir o papel de instrutor do mercado. “Precisamos-nos unir mais, até para melhor nos posicionar no mercado, contribuindo com informações que facilitem negociações e implementações”, completa Egídio Melotto, diretor da Astro,

Antônio Agapito,

Eduardo Fernandes,

Egidio Melotto,

Eustáchio Emílio Gomes,

gerente de vendas da Furnax:

gerente corporativo da Polibrás:

diretor da Astro:

diretor comercial da Cyklop:

“Estamos preparados para garantir a segurança no transporte e na movimentação de carga”

“A novidade da Polibrás é o slip shit de plástico, que substitui o palete de madeira e o slip shit de papelão”

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“O setor de contenção e proteção de embalagens e materiais precisa se unir mais, até para melhor se posicionar no mercado”

“No futuro a falta de um departamento de embalagens pode acarretar mais custos para integrar o produto à cadeia de suprimentos”

Divulgação: Astro Tecnologia

“Isso sem contar que a maioria das empresas ainda não possui um setor de desenvolvimento de embalagens”, constata Eustáchio Emílio Gomes, diretor comercial da Cyklop, de fitas para amarração. “Quando criam o produto, não desenham a estratégia da embalagem de transporte, tampouco os itens e acessórios necessários para o seu transporte”, complementa. Ainda de acordo com ele, isso pode acarretar mais custos para integrar o produto em uma cadeia de suprimentos. Mas há quem aponte avanços. Segundo Rosemélia Baciega, gerente de venda da Styroplast, fabricante de espumas de proteção e embalagens, hoje os profissionais de compras estão se especializando em negociações com base técnica, tornando-se eles próprios técnicos, voltados ao desenvolvimento da embalagem. “Aprenderam que o produto deve chegar ao destino da mesma forma que sai da empresa”, acrescenta Rosemélia. Mesmo assim, ficou claro durante a Mesa-redonda que o setor de acessó-

especializada em cintas, sacos infláveis, dessecantes e outros itens de proteção.

Tendências Outro assunto presente à mesa foi a sustentabilidade. Preocupados em reduzir os riscos que o descarte incorreto

Fábio Ferreira, consultor técnico de embalagem da Atco: “Proteger os produtos das variações de clima e movimento é o principal objetivo da Atco”

José Roberto de Carvalho, gerente de vendas da Süd-Chemie: “Infelizmente, acredita-se que qualquer dessecante é suficiente para retirar a umidade da carga. No entanto, se não for o modelo apropriado, de nada adiantará”


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om a tendência de um mundo sustentável, fica clara a necessidade de produtos que não agridam o meio ambiente e garantam a segurança dos operadores dos acessórios e uso de itens não biodegradáveis podem acarretar ao meio ambiente, os fornecedores já estão oferecendo ao mercado alternativas menos nocivas. “Atualmente, além de pensar todo o processo que envolve o desenvolvimento de uma embalagem, é preciso pensar como será feito o descarte do material e dos acessórios para contenção”, explica Luciano Natarelli, diretor da Inovaplastic. “Inclusive, já estamos fornecendo filme strech biodegradável, que não prejudica o meio ambiente.” Preocupação dividida por Rogério Atolino, gerente comercial da Best Pack. “Com a tendência de um mundo sustentável, fica clara a necessidade de produtos que não agridam o meio ambiente. Dentro dessa filosofia, a Best Pack

Luciano Natarelli, Marcelo Gil Neves,

diretor da Inovaplastic:

“Antes de definir qual o tipo de produto para contenção e proteção de carga, deve-se saber que material será embalado”

comercial da Sunnyvale: “O e-commerce é uma tendência, e para atendê-lo existe a ingestão de EPS para confortar a encomenda em qualquer tamanho de embalagem”

trabalha com produtos de proteção (almofadas de ar) de oxibio, que atende as certificações de sustentabilidade.” Mas, para José Roberto, os fornecedores estão mais no papel de esclarecedores do que de vendedores. “Precisamos mostrar que o mercado já dispõe de materiais mais limpos”, relata. Já Marcelo Gil Neves, da Sunnyvale, concorda que é preciso mostrar os benefícios que esses “novos” materiais trazem para o crescimento sustentável. “Nós, da Sunnyvale, desenvolvemos colchões de ar com plástico biodegradável, que, depois de descartado, não agride o meio ambiente.” Seguindo a tendência, Eduardo Fernandes, gerente corporativo da Polibrás, lembra que a empresa pas-

Rodrigo Tarcha,

Rogério Atolino,

diretor da Ankauf:

gerente comercial da Best Pack:

“Trouxemos para o Brasil o Stop Gliss, uma folha separadora de carga, feita de papel reciclado e 100% reciclavel, uma forma de proteger sem riscos”

“As empresas hoje estão procurando soluções inteligentes e de baixo custo para acessórios de embalagem”

sou a fornecer um “slip shit” de plástico, que substitui o palete de madeira e tem maior durabilidade do que o modelo semelhante, mas de papelão. O produto tem capacidade para 1,5 t e necessita de um acessório especial nos garfos para manusear a carga. Os benefícios são ganho de espaço no contêiner, no baú do caminhão e na área de estocagem, além de redução no custo de aquisição de paletes. Os fornecedores estão interessados em investir em tecnologias e soluções menos agressivas e mais sustentáveis. Basta as empresas e os compradores adotarem esses critérios para suas novas aquisições, sempre pensando na garantia de segurança dos materiais.

Mais informações Ankauf: (11) 3571.3989

Inovaplastic: (11) 4591-1314

Astro: (51) 3393.6199

Opuspac: (19) 3878-7708

Atco: (19) 3826.8500

Polibrás: (11) 4182-8000

Best Pack: (11) 3757-1899

Styroplast: (11) 3454-1000

Cyklop: (11) 4173.5000

Süd-Chemie: (12) 3953.2288

Furnax: (11) 3277.5658

Sunnyvale: (11) 3048.0147

Rosemélia Baciega,

Victor Basso,

gerente de venda Styroplast:

“Falta conhecimento e formação específica em embalagem. No Brasil existem poucos cursos de engenharia em embalagem”

diretor da Opuspac:

“Foi o tempo em que o comprador escolhia acessórios de embalagem olhando apenas o canto direito do ‘cardápio’, privilegiando apenas preço”

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capa

A “arte” de receber Eficiência no recebimento é essencial para garantir o nível de serviço em toda a operação logística

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ua empresa quer ser conhecida por ter um ótimo nível de serviço. Para isso, não basta apenas planejar a expedição do produto. É necessário, e essencial, coordenar bem todas as etapas do processo, começando justamente pelo recebimento. A preocupação prévia com determinados pontos vai garantir que, quando os produtos chegarem a seu armazém, tudo flua bem. Planejamento é a chave do sucesso no recebimento. 40

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Para evitar problemas, especifique, já no pedido ao fornecedor, como quer receber seu produto: quantidade (se em lotes ou não), embalagem, necessidade ou não de retorno da embalagem de unitização e horário de entrega. Organizando uma tabela de horário para recebimento de mercadorias, você evitará filas de caminhões na entrada de seu centro de distribuição e sobrecarga dos colaboradores envolvidos na atividade. Outra vantagem do planejamento é já certificar com a equipe de estoca-

gem para onde o material recebido vai, se para uma área intermediária ou definitiva, e qual área do armazém está disponível. As docas também são cruciais para garantir o bom recebimento. Analise o espaço interno disponível para receber as entregas, o dimensionamento necessário das docas e sua proteção para a realização das atividades em segurança. Uma dica é equipá-las com seladoras à prova de intempéries, seladoras de pressão, batentes e toldos. Equipe

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também as docas com dispositivos de travamento e calços de roda para prender os caminhões e evitar que os motoristas saiam prematuramente.

Tecnologia da informação A tecnologia da informação é uma ótima aliada: faça com que o fornecedor lhe envie previamente, via internet ou EDI (“electronic data interchange”, intercâmbio eletrônico de dados), informações sobre a entrega: quantidade e tipo de material a ser enviado, hora prevista de chegada do caminhão, entre outros. Com essas informações você poderá dimensionar os equipamentos a ser utilizados na descarga e armazenagem do material, espaço de armazenagem e até o número de colaboradores que será necessário envolver na operação. Com o espelho da nota fiscal, você poderá já separar de antemão os documentos necessários para a conferência do material, com as especifica-

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uem recebe mal expede mal, e prejudica o nível de serviço do armazém

ções técnicas solicitadas. O controle no recebimento pode ser visual, por amostragem ou de acordo com alguma outra regra preestabelecida pela empresa.

Conferência Agilidade no processo de conferência faz o recebimento eficiente. Um trabalho prévio com os fornecedores para garantir a acuracidade do material enviado, a embalagem de entrega e a pontualidade trazem muitos pontos positivos ao recebimento. Coletores de dados também agilizam a conferência do material. Dependendo do produto recebido, a inspeção aleatória pode ser uma boa solução. A adoção do código de barras no unitizador é um ponto que favorece o recebimento, pois basta a leitura por

um coletor para que se tenha a descrição de todo o seu conteúdo. Outro detalhe que faz toda a diferença: a comunicação. Os procedimentos de recebimento devem ser claros o suficiente para que todos os envolvidos, sejam colaboradores do próprio centro de distribuição, sejam fornecedores, saibam o que podem e o que devem fazer para que a atividade saia a contento. E lembre-se: quanto mais etapas no processo de recebimento forem reduzidas, maior agilidade sua empresa terá.

Dois recebimentos A Big Brands é fabricante de surfwear e tem duas áreas de recebimento independentes: uma para matéria-prima utilizada na confecção,

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como aviamentos, linhas e botões, e outra para o produto acabado, que vem da fábrica e de outras malharias e é estocado no armazém. O encarregado de recebimento de produtos acabados, Agostinho da Silva Andrade, explica que a empresa optou por duas áreas de recebimento separadas porque os produtos têm características e destinos diferenciados. “Para evitar gargalos, optamos pelo agendamento da entrega, mas sabemos que em uma cidade como São Paulo o trânsito muitas vezes é imprevisível. Então somos flexíveis com relação à chegada dos caminhões”, diz. Ao chegar, a mercadoria tem sua nota fiscal conferida, o volume entregue checado e os dados lançados em uma planilha externa. Um sistema de coletores de dados e código de barras agiliza a operação. As mercadorias, que chegam em caixas de papelão ondulado, são transferidas para caixas

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plásticas e movimentadas por transpaletes até a área de estocagem, localizada na mesma construção. A mercadoria já vem dobrada e embalada e é, então, transferida para as estantes com casulos, e separada por tamanho e cor. “Apesar de planejarmos o recebimento, imprevistos acontecem. Temos que ser flexíveis para evitar gargalos”, afirma Agostinho.

Mal recebimento Um mal recebimento compromete todas as etapas posteriores da atividade: o material acumulado prejudica os demais processos; é uma relação em cadeia. Quem recebe mal expede mal, e prejudica o nível de serviço do armazém. Colaboraram com esta reportagem os profissionais da IMAM Consultoria


literatura técnica

Talhas

Tratores

Sensores

A Poliequip é distribuidora das marcas Paletrans, Graco e Kukdong. Entre os produtos mostrados em seu catálogo estão transpaletes manuais e elétricos, empilhadeiras, equipamentos para pintura industrial e construção civil, bombas de transferência, máquinas dosadoras e talhas elétricas, de corrente, de cabo de aço, de alavanca e manuais, com capacidade para até 70 t.

A Rucker traz em sua literatura todas as especificações técnicas de seus modelos de trator TT30 e TT40, como informações sobre o chassi, motor, transmissão, eixos, pneus, cabines, sistema hidráulico, direção, tanque de combustível e freios. Além disso, os tratores têm opcionais, como farol traseiro, iluminação da 5ª roda, para-choque e para-lama traseiros e contam com sistema de elevação e cabine basculante.

A Sick fabrica sensores industriais, sistemas de segurança e identificação automática. A literatura da empresa mostra os produtos que podem ser usados para detectar diferenças na produção e desvios na qualidade das operações. Indicados para transportadores contínuos, têm diversos modelos, como sensores fotoelétricos, de distância e deslocamento, indutivos e ultrassônicos.

www.poliequip.com.br (11) 3931-8329

www.rucker.ind.br (11) 4187-4566

www.sick.com.br (11) 3215-4949

Condomínio No catálogo do condomínio logístico Sorocaba Business Park, no interior de São Paulo, ­encontram-se características sobre a construção do empreendimento, como sua área construída de 37 mil mІ com 10 módulos. Na 2ª fase da construção, o número de módulos vai dobrar, chegando a mais de 70 mil mІ. O local conta com refeitório, auditório, heliponto e quatro docas por galpão. www.sbpark.com.br | (11) 2344-2999

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Serviços logísticos

Entrega rápida

Transporte e intralogística eficiente Conheça a rotina operacional de uma das maiores transportadoras do mundo

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star presente em todo o mundo representa um alto custo para qualquer companhia, no entanto para a norte-americana Fedex Express é a essência para o sucesso de seu negócio. São mais de 220 países, cerca de 280 mil funcionários e milhões de mercadorias rompendo fronteiras, passando por baús de caminhões, aeronaves e furgões até chegar às mãos de seus respectivos destinatários. É

praticamente uma nação trabalhando exclusivamente para concluir uma das etapas mais importantes da logística: a entrega. E sem a intralogística, esse resultado não seria possível. Além de movimentar os pacotes, a intralogística cadastra cada mercadoria, embala corretamente, armazena com segurança e expede para o endereço correto. Esses processos podem ser conferidos nesta reportagem, que acompanhou as etapas operacionais da Fedex brasileira.

Pedido As empresas de entrega estão cada vez mais empenhadas em agilizar o atendimento aos clientes. Por isso, o pedido (processo que dá início a uma entrega) pode ser feito por tele-

A rotina da Fedex Viracopos Depois de passar pela triagem, o pedido é enviado ao centro brasileiro de operações da Fedex, em Viracopos (SP).

Conferência O material é conferido em diversas etapas da entrega, por meio de coletores de dados

Pedido O cliente pode agendar uma coleta ou deixar o pacote em uma unidade da Fedex

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À central Por meio de vans, os materiais recolhidos são enviados a pequenas centrais de operação

Paletização Em Viracopos, os materiais são paletizados e enviados ao centro operacional de Memphis, nos EUA


A automação favorece a confiabilidade da operação

fone, internet ou por meio de lojas das próprias operadoras. Como é o caso da Fedex, onde o cliente agenda por esses meios a coleta da mercadoria. Segundo a empresa, um courier vai até o local indicado pelo cliente para retirar o pa-

cote ou envelope. Esse procedimento se difere apenas quando o pedido é feito nas lojas, nesse caso o recolhimento é feito na própria unidade. É nessa etapa que o material passa a fazer parte dos registros de ras-

Madrugada Durante a madrugada, os aviões do Brasil são descarregados e enviados para o centro de triagem

aguardando

treabilidade da Fedex, ganhando uma etiqueta que será escaneada a cada fase da entrega. Com isso, o remetente pode acessar durante 24 horas informações sobre a posição de seu pedido. Esse acompanhamento só é

Estações De Memphis, os pacotes seguem para as estações Fedex dos países de destino

Triagem Por meio de transportadores contínuos, os materiais passam por triagem de destino e aferição de peso

Na porta Desse ponto, após conferência, segue de van até o destino final: às mãos do destinatário

Caminhão Ao chegar ao país destinatário, o material é enviado por caminhão à unidade Fedex da região

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e Viracopos, em Campinas, São Paulo, os pedidos seguem para a central da Fedex, em Memphis, nos Estados Unidos, onde passam por triagem e conferência possível graças aos coletores de dados, equipamentos muito utilizados na intralogística, que, interligados à rede da companhia, fazem a leitura da etiqueta e enviam as informações ao sistema gestão.

pado com transportadores contínuos de alta velocidade, o “hub” consegue processar milhares de caixas em minutos, aferindo o peso dos pacotes, as medidas e conferindo o respectivo destino. De acordo com a Fedex, quando os pacotes têm destino final os EUA, eles são direcionados para estações regionais da empresa, caso contrário, seguem em nova aeronave para o país de destino. O cliente consegue acompanhar todo esse processo graças à disponibilidade das informações escaneadas em cada etapa. Por meio de acesso à internet, é possível saber os prazos e em que parte do processo está o pedido. Tanto que, quando há problemas com a documentação aduaneira, o remetente é contatado para que providencie os documentos complementares para a liberação da alfândega.

Rumo à estação

Entrega

Escaneados, os materiais são embarcados em um veículo leve de carga até a estação regional ou a loja mais próxima. Ao chegar a esse posto, o pedido novamente é conferido com o intuito de atualizar sua posição. Todos os dados colhidos no início do processo, como peso e destino, são aferidos e confirmados. Em seguida, as mercadorias são acumuladas e enviadas para a estação central da Fedex no Brasil. Localizada no aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas (SP), a central é responsável por paletizar os materiais de acordo com a prioridade de envio, tipo de carga e destino. Em seguida, são direcionados e embarcados para o “hub” (centro de operações de transporte).

Depois de passar pela triagem do “hub”, o material segue de caminhão (ou aeronave) até o centro de operações mais próximo do seu destino. Para completar a etapa, passa por mais uma triagem, que monta as cargas expedidas de acordo com o endereço de cada destinatário. Essas informações estão contidas no cadastro do pedido e disponíveis no sistema, por isso todo o processo de conferência é automatizado. Operadores auxiliam na desova dos caminhões, posicionando os pacotes sobre os transportadores, que fazem a triagem. Normalmente, os centros de operação possuem docas voltadas para os transportadores, facilitando o embarque, o desembarque e a movimentação dos materiais. Do centro, o pedido segue por vans ou veículos urbanos de carga até a porta do destinatário, seja ele pessoa jurídica ou física. Com isso, o ciclo se conclui e o remetente é informado da entrega. Mais uma demonstração de como a intralogística está presente na rotina das empresas.

Em Memphis Principal centro de operações de carga da Fedex no mundo, o “main hub” de Memphis, nos Estados Unidos, recebe a maior parte das mercadorias despachadas de Viracopos. É justamente em Memphis que a intralogística torna-se fundamental. Equi46

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drops ALL cria novo operador logístico A Brado Logística foi criada pela ALL Logística para atuar como operador logístico na consolidação de contêineres no Brasil. O intuito é aumentar a participação da empresa no mercado de contêineres, oferecendo serviços diferenciados, como a possibilidade de acesso ao modal ferroviário para clientes que não o utilizam atualmente. A Brado terá sua gestão completamente independente da ALL e estima alcançar a marca de 50% da movimentação de contêineres nos portos onde atuará. www.all-logistica.com.br | (41) 2141-7555

Retha e TM2 iniciam parceria

Julio Simões altera nome da marca

A Retha Imóveis, especializada na construção e comercialização de galpões, iniciou uma parceria com a TM2 Planejamento e Projeto para desenvolver projetos sob medida para seus clientes. As empresas farão o serviço de estudo e de implantação: elaboração, desenvolvimento e coordenação de projetos de arquitetura, gerenciamento de construção, reforma de galpões, revitalização de estruturas antigas e adequações.

Depois de concluir a aquisição das empresas Lubiani Logística e Grande ABC, a Julio Simões agora chama-se JSL. Adquiridas em 2007 e 2008, agora suas operações foram consolidadas. A empresa também divulgou seus investimentos em 2010, chegando a R$ 760 milhões, a maior parte dedicada à renovação de sua frota. Para este ano, a JSL vai inaugurar a primeira parte de um empreendimento para transporte intermodal no interior de São Paulo, que deve ficar pronto ainda neste semestre.

www.retha.com.br | (11) 4777-9800

www.jsl.com.br | (11) 4795-7000

Luft inaugura CD em São Paulo A Luft Foods, empresa do Grupo Luft dedicada ao mercado de food services, inaugurou em Jandira (SP) um novo centro de distribuição. O local tem 10.300 m² de área construída e conta com espaços de armazenagem para três temperaturas: congelada (- 20°C), refrigerada (5°C) e seca (temperatura ambiente). Para integrar as áreas de expedição e recebimento, foi implantado um bloco em “L”. A construção recebeu investimentos de R$ 20 milhões através de uma operação de “built to suit” desenvolvida pela TRX Realty. www.luft.com.br/ 0800-7711110

Promocional Com menos de um ano no mercado, a Autlog prevê crescimento de 300% em 2011, atuando no segmento de logística de material promocional. A empresa aposta principalmente no setor farmacêutico.

Resultado A UPS divulgou seus ganhos no último trimestre de 2010, 44% maior que no mesmo período de 2009. A receita global da empresa fechou em US$ 1,8 bilhão com a entrega de 3,9 milhões de pacotes ao longo do ano.

Aquisição A Elog anunciou a finalização da compra da Columbia e da Eadi Sul por R$ 264 milhões. Com isso, a empresa será responsável pelas operações realizadas em 11 localidades em uma área total de 1,1 milhão de m².

Tecnologia A Braspress vai investir R$ 33 milhões em TI em 2011. Entre as mudanças, haverá revisão dos processos, instalação de um novo sistema de gestão e reestruturação no parque de hardware.

Redução de custos A Rio Bonito adotou a solução da MaxiFrota para monitorar sua frota e ajudar na redução do uso de combustível e no aumento da produtividade. Desde o início da parceria, há três meses, até hoje, a empresa já reduziu os custos em 3%. março 2011

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logística pelo mundo

Reduza o tempo de descarga A empresa americana de laticínios Smith’s desenvolveu um projeto para diminuir esse processo com a instalação de novos equipamentos no CD

D

e um lado, a Smith’s Dairy está como tantas outras empresas de laticínios familiares dos Estados Unidos, próxima de completar um século. De outro lado, ela é diferente das outras, pois sua instalação de produção e sua câmara frigorífica ficam em lados opostos da cidade onde está localizada, em Orrville, Ohio. 48

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Devido aos congestionamentos na área de carga/descarga, a Smith’s procurou uma forma mais eficiente de carregar os caminhões e reduzir o tempo necessário de descarga. Os caminhões eram descarregados manualmente na instalação de produção e em seguida descarregados também manualmente na instalação frigorificada do outro lado da cidade, onde o sistema de movimen-

tação de materiais incluía uma antiga empilhadeira e três níveis de estocagem que estavam mais do que no limite da capacidade. O fornecedor escolhido precisaria trabalhar com meia dúzia de fornecedores terceirizados, incluindo duas empresas de software, uma empreiteira de serviços elétricos, uma construtora e a equipe da Smith’s. O fornecedor também tinha que ­integrar no sistema geral


A

Smith’s desenvolveu um projeto que inclui a conversão das operações de carga manual em uma operação de unitização

Unidade da Smith’s em Ohio

equipamentos como um paletizador e o sistema de acumulação de carrinhos. Em seguida, ele precisava concordar em assumir a responsabilidade pelo desempenho do sistema integrado. Resolver problemas incomuns, tanto para grandes quanto para pequenos laticínios, é um desafio. Para a Smith’s, foram necessárias algumas mudanças no processo logístico. Foi desenvolvido um projeto que inclui a conversão das operações de carga manual na instalação de produção em uma operação de unitização, em que os produtos encaixotados, incluindo o leite e produtos especiais, são unitizados, escaneados e carregados por empilhadeiras de garras nos semirreboques para transferência até a instalação frigorífica do outro lado da cidade. Foram instalados dois sistemas separados na instalação frigorífica. Um recebe o produto empilhado da instalação de produção e o outro trata da coleta e descarga.

Após a descarga na instalação frigorífica pelas empilhadeiras com garras, os produtos encaixotados são escaneados e em seguida colocados na estocagem temporária no piso do frigorífico em blocos ou nos 16 transportadores contínuos de acumulação de grande volume para a separação dos pedidos. Os transportadores contínuos de acumulação são alimentados a partir de dois desunitizadores automáticos. Quando o software de controle do inventário determinar que o reabastecimento de uma pista de separação é necessário, o sistema envia um sinal para o operador da empilhadeira entregar um produto específico da estocagem no piso para o desunitizador designado. Depois que o operador coloca o produto no desunitizador, ele escaneia o bloco e o sistema de controle ajusta todos os desviadores dos transportadores contínuos de modo que as pilhas sejam direcionadas para a pista designada. Os produtos de menor volume recebidos na instalação frigorífica são conduzidos para um desunitizador que automaticamente converte os blocos em uma única fila de pilhas e os move até um transportador contínuo. A contagem do produto é verificada por um sensor no transportador contínuo, e o sistema de controle rastreia o produto até o ponto de desvio através de seu código de barras. O produto de menor volume é verificado novamente, recontado e em seguida enviado para a área de estocagem no piso. O produto de médio volume, após ser conferido e março 2011

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­recontado, é enviado para um paletizador que o coloca em paletes que são introduzidos em uma das duas pistas de paletes que alimentam o transelevador para estocagem. O produto é carregado automaticamente na instalação de produção, depois levado para os caminhões e entregue no frigorífico para estocagem e descarga. Os carrinhos são recebidos manualmente e estocados no piso ou colocados em uma das 10 pistas dinâmicas de estocagem para acumulação. Essas pistas avançam os carrinhos até a doca de carga para a separação de um pedido. Depois que um pedido é separado, o operador aperta um botão para liberá-lo em um caminhão. Em seguida, o sistema avança automaticamente os carrinhos restantes para manter o produto disponível para o operador. Isso reduz consideravelmente a distância que o operador tem que caminhar e é um importante elemento na redução do tempo de descarga. O sistema de separação de pedidos é a parte independente do sistema de movimentação de chegada do produto, permitindo assim a operação simultânea sem o risco de misturar os produtos. Existem quatro operações de separação distintas: uma área de separação de baixo volume do estoque no piso, duas áreas de separação de médio volume do estoque em paletes e a área de separação de grande volume do estoque na pista. Cada área de separação tem um transportador contínuo de acumulação na sua descarga que permite que os separadores deixem o produto em pré-espera em uma pista que vai até um ponto de consolidação comum para o inspetor de pedidos consolidar e liberar os pedidos para a descarga.

F

A operação de separação de grande volume (que consiste nas pistas de estocagem) é um acréscimo à operação. Essas pistas terminam ao lado do transportador contínuo de separação. As pilhas são voltadas para o equipamento, com a da ponta acessível ao operador da plataforma de separação. Quando o operador puxa essa pilha para o transportador contínuo de separação, uma outra avança automaticamente em seu lugar, permitindo que o pedido seja separado rapidamente. Logo que os pedidos são separados e chegam até o conferente, os diversos componentes são consolidados e enviados para um dos dois transportadores contínuos de espera de pedidos. Cada um pode conter uma carga completa de produto de um semirreboque. Esse sistema é projetado para um terceiro transportador que ainda vai ser concluído. O produto em espera vem para um ponto de consolidação e desvio de três vias, onde o operador de descarga seleciona a pista que distribui o pedido para o caminhão apropriado. Isso permite que a Smith’s carregue até três carretas simultaneamente. Antes de o novo sistema ser instalado, apenas uma carreta podia ser carregada por vez. Todos os acionamentos e dispositivos do transportador contínuo são controlados por um único controlador lógico programável (CLP). O sistema foi integrado ao WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazéns). A integração permite que a Smith’s tenha o produto direcionado automaticamente para o sistema de estocagem apropriado, acompanhe o inventário e a localização do produto, gerencie os pedidos e a separação do produto e direcione-o ao caminhão apropriado.

oram instalados dois sistemas separados na área frigorífica. Um recebe o produto da produção e o outro trata da coleta e descarga

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série

hardwares na logística |

1ª parte

Otimize seus espaços

Conhecer pesos e dimensões volumétricas dos produtos é a base para uma boa gestão da ocupação de armazéns e de veículos de transporte

São vários os modelos de dimensionadores volumétricos disponíveis, para diversas necessidades

E

ste ano a revista INTRALOGÍSTICA explorará as oportunidades de otimização de resultados que podem ser alcançadas a partir do uso de dispositivos (hardware) que integram a tecnologia da informação. Destacam-se, entre as inúmeras soluções de hardware disponíveis no mercado, os sistemas de coleta de dados, os sistemas de comunicação, os sistemas de controle, entre outras aplicações que levam maior eficiência aos processos logísticos. 52

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Peso e volume O dimensionamento das necessidades de recursos físicos em operações de embalagem, movimentação, armazenagem e transporte se dá de forma mais eficiente quando se tem algumas informações básicas sobre o material. Entre as informações mais comuns e que são bem difíceis de as empresas obterem de forma atualizada estão o peso e o volume dos produtos. E como o peso e o volume afetam a intralogística? De diferentes ma-

neiras. Por exemplo: o dimensionamento de um determinado unitizador é influenciado pelo peso e volume dos materiais que serão nele acomodados. De maneira proporcional é o que acontece com um armazém e os volumes que serão movimentados e estocados ali, sem falar na ocupação de veículos de transporte que acaba ficando comprometida se os produtos a serem transportados forem mal analisados em relação ao peso e volume.

Tecnologia Para atender essa necessidade é que a


O

s dados coletados pelo CubiScan possibilitam maximizar o espaço de armazenagem e selecionar o tamanho das embalagens finais apropriadas para cada produto indústria de tecnologia da informação desenvolveu um sistema para cubagem e pesagem automáticas denominado CubiScan. Os dados coletados pelo equipamento possibilitam maximizar o espaço de armazenagem, selecionar o tamanho das embalagens finais apropriadas para cada produto, determinar o planejamento de carga ideal e configurações de paletes e de empilhamentos. Possibilitam também o cálculo do frete baseado no dimensionamento da carga. O equipamento é de fácil uso e são vários os modelos disponíveis, dependendo do produto a ser dimensionado.

Na prática A UBD é a divisão de armazenagem e distribuição da Pearson Australia Group (PAG), maior editora de livros da Austrália, integrante da Pearson PLC, uma empresa de mídia internacional com publicações nas áreas de educação, negócios, informação e consumo.

A UBD tem sob sua responsabilidade os serviços de recebimento, estocagem e distribuição de livros e itens relacionados para a PAG, suas agências e operadores logísticos terceirizados. Suas operações de distribuição estão em uma área de 22 mil m2. Em 2009, a UBD automatizou suas operações de separação, embalagem e expedição de 42 milhões de livros para seus clientes da Austrália e Nova Zelândia. O local atualmente abriga aproximadamente 25 milhões de livros e 54 mil títulos. A empresa emprega dois ­CubiScan 100 e quatro CubiScan 30 no recebimento do centro de distribuição, utilizados exclusivamente para dimensionamento e pesagem de livros e materiais relacionados. O CubiScan 30 faz o peso e o dimensionamento volumétrico de unidades individuais, enquanto o modelo 100 realiza essa atividade para caixas fechadas. Uma vez colhidas essas informações, elas alimentam o Logistics Pro, WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazéns) da empresa, que guarda essas informações e as utiliza em todas as atividades logísticas. Os equipamentos ajudam a empresa a oferecer elevados níveis de serviço, acuracidade, redução do ciclo de separação e eliminação de materiais desnecessários. Com eles, todas as encomendas realizadas pela empresa têm a embalagem com o tamanho adequado e menores índices de erros, o que gerou economia e produtividade à UBD. Mais informações cubiscan@feiramovimat.com.br

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10 pontos sobre...

Obter o máximo de um WMS C

alcular o retorno total sobre o investimento em um WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazéns) significa olhar além do óbvio. Atenção, pois há benefícios menos aparentes.

1. Melhore

a utilização do espaço disponível e a necessidade de equipamentos e custos de operação com a redução dos níveis de estoque.

2. Elimine

turnos, pois o sistema aumenta a produtividade e a eficiência.

3. Incremente

o serviço ao cliente, já que alguns WMSs permitem rastrear a entrega ao cliente.

4. Ganhe

com fretes das transportadoras. Atender os padrões da transportadora facilita as entregas e gera economia.

5. Reduza

os custos de manutenção do sistema antigo: é cada vez mais difícil encontrar profissionais de suporte a sistemas obsoletos.

6. Entregue

no prazo mercadorias urgentes, já que o WMS tem funcionalidade para priorizar pedidos.

7. Gerencie

efetivamente recalls, devoluções e quarentenas, que podem ser automatizados pelo WMS.

8. Obtenha

maior visibilidade das diversas operações: o WMS unifica a gestão das diferentes operações, empregando processos e métricas padronizadas.

9. Personalize,

pois os prestadores de serviços logísticos percebem as vantagens da personalização.

10. Tenha

atividades em tempo real. O uso da radiofrequência aumenta a acurácia e a produtividade operacional.

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automação |

1ª parte

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série

Hoje, a velocidade dos transportadores contínuos atinge mais de 200 metros por minuto em instalações de alto fluxo

Transportadores contínuos Novas tecnologias em automação surpreendem quem já não acreditava na evolução desses equipamentos

S

e você não comprou um novo sistema de transportadores contínuos nos últimos cinco anos e, por isso, acredita que há tempo não surgem novidades tecnológicas para esse tipo de equipamento, acredite, você está totalmente enganado. Excluindo os modelos básicos, a última geração de sistemas e controles de transportadores contínuos atende as necessidades e preocupações 56

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dos ambientes de manufatura e distribuição – cada vez mais complexos e automatizados. Atualmente, vários fatores estão em jogo, afirmam os especialistas do setor, que citam a necessidade de os usuários lidarem com mais eficiência, menos equipamentos e redução de custos com energia, item muito presente nas políticas de sustentabilidade. Mas esses não são os únicos fatores. O crescimento cada vez maior das

vendas pela internet está forçando as empresas a lidar com mais itens individuais (fracionados) do que caixas e paletes fechados, o que tem registrado mudanças na embalagem. Esses dois aspectos afetam a forma como as empresas operam seus transportadores contínuos. Além das mudanças em produtos e embalagens, as melhores práticas do atendimento dos pedidos, como o uso


crescente de baldeação (cross-docking), os sistemas automáticos de estocagem e recuperação (AS/RS) e a demanda crescente de paletes com SKUS variados, também estão influenciando no desenvolvimento da tecnologia de transportadores contínuos. E as empresas também estão mudando rapidamente. Para as empresas acompanharem as mudanças nas condições de mercado, volumes ou outras condições imprevisíveis, as operações logísticas precisam se ajustar. Eis algumas das tendências mais comuns identificadas pelos principais fornecedores de equipamentos, sistemas e controles de transportadores contínuos que estão direcionando o mercado de transportadores atualmente. Transportadores contínuos mais modernos. Um sistema de transportadores contínuos bem projetado e bem construído possui uma expectativa de vida operacional entre 15 e 20 anos. Entretanto, durante esse período, os

processos e sistemas de movimentação de materiais provavelmente mudarão. Existem várias opções que podem modernizar e estender a vida útil de um sistema de transportadores contínuos. Em primeiro lugar, os roletes desgastados, que podem gerar excesso de ruído ou danificar as estruturas laterais, podem ser substituídos por novos roletes. Os roletes com sensores mecânicos podem ser substituídos por sensores eletrônicos, permitindo o transporte de caixas mais leves e melhor controle. Os transportadores contínuos com eixo de transmissão podem ser modificados para roletes acionados por motores (falaremos sobre isso mais adiante), que oferecem os modos de espera, modos de acumulação, controle de velocidade variável e fluxo aprimorado das caixas. Finalmente, os conjuntos tradicionais de motores com polias podem ser substituídos por polias motorizadas, reduzindo o consumo de energia, os níveis sonoros e os custos de manutenção.

T

ransportadores contínuos modulares podem ser facilmente reconfigurados – exemplo: uma nova linha de produção Mais com menos. A tendência é as empresas gerarem mais resultados com menos esforço. Isso significa que os transportadores contínuos precisam ser mais versáteis. Um modo de fazer mais com menos é simplesmente ir mais rápido. Exatamente o que passaram a fazer os fornecedores de transportadores, estabelecendo velocidades de 215 a 230 metros por minuto. Outro enfoque é usar software, sensores e eletrônica para diminuir a distância entre os produtos no trans-

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portador e controlar dinamicamente a velocidade do sistema para atender a demanda necessária para um turno. A redução da distância entre os produtos permite ao usuário final mover mais caixas com a mesma velocidade. E o controle dinâmico da velocidade permite minimizar o consumo de energia e o desgaste do sistema. Hoje é possível inserir o número de movimento do dia para o sistema calcular a velocidade necessária para atender esse movimento. “Isso permite utilizar melhor o espaço e reduzir a manutenção, já que o sistema não opera a plena velocidade a todo momento.” Os controles mais inteligentes, combinados com novos sistemas de roletes e correias, estão possibilitando ao usuário final transportar caixas menores, envelopes e diferentes sacos que antes não funcionavam nos transportadores contínuos de roletes. A lista de artigos não transportáveis está diminuindo. Mais inteligência com software. O verdadeiro avanço da tecnologia de transportadores contínuos atualmente não é a mecânica. O grande trunfo do setor está acontecendo na eletrônica e no software que controla os sistemas. Isso está resultando não só em melhor desempenho, mas também em melhor monitoramento e geração de relatórios. O destaque aqui são os indicadores de desempenho (“dashboards”), que mostram o que está ocorrendo nos vários módulos de separação ou que tipo de produtividade se está obtendo durante a operação, em comparação ao ponto que se quer chegar. Em um outro nível, usam-se sistemas de câmeras em alguns transportadores contínuos para captar o que está ocorrendo. Se um sistema atolar, um operador consegue rever a imagem para diagnosticar o que provocou o atolamento e em seguida tomar as medidas corretivas para evitar reincidências. Dando lugar às correias. O aumento na separação por peça, junto com as mudanças nas embalagens, está 58

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resultando em um aumento nas alternativas para os transportadores contínuos de roletes. “Uma das mudanças que estamos vendo é a de embalagens corrugadas para “blister” (bolhas). E com pedidos de uma única linha, estamos movimentando embalagens cada vez menores. Isso está resultando em um aumento de transportadores contínuos de correias e de correntes que podem acomodar pequenas embalagens. Também vem ocorrendo um uso maior de transportadores contínuos de correias motorizadas para acumulação nas operações de separação de peças. Mais sustentáveis. A economia mundial deu importância à contenção de custos e ao interesse crescente pela sustentabilidade. Ambos estão gerando demanda por transportador contínuo de roletes motorizados (MDR). Nesses transportadores, cada rolete internamente é acionado por um motor econômico de 24 volts, que pode operar sob demanda, funcionando apenas quando o produto estiver sobre o equipamento. O usuário também pode variar a velocidade dos transportadores contínuos, operando a 90 m por minuto em um dia de movimentação, ou a 30 m por minuto nos dias mais calmos. Além disso, os fornecedores de MDR estão desenvolvendo roletes inteligentes que podem monitorar a operação do sistema para fins de manutenção preventiva. Trata-se de um rolete inteligente com um chip de memória integrado que consegue monitorar as horas de operação e a corrente elétrica. Se um rolete estiver consumindo corrente em excesso, isso

significa que ele está utilizando o rolete de tamanho errado para a aplicação. Ou que o rolete está começando a apresentar defeitos. Mais ­e rgo­n ômicos. A maioria dos transportadores contínuos é usada para substituir a mão de obra no armazém. Mas em docas de recebimento e expedição e zonas de carga e descarga, os transportadores se estendem até os semirreboques e os contentores de embarque, fazendo interface com os operadores. É nessas áreas que a coisa se complica. Nas docas, a ergonomia e a segurança são tão importantes quanto as velocidades de pico. Essas preocupações estão sendo resolvidas de várias formas, incluindo, proteções, etiquetagem e projetos fechados que minimizam o número de pontos de esmagamento em que um dedo ou vestuário pode ficar preso. Isso também é refletido na capacidade de se ajustar a altura do transportador contínuo para que se posicione a encomenda em um local ergonômico para o operador da doca. Hoje vemos transportadores contínuos usando controles de elevação hidráulicos e sistemas de correias articuladas que permitem a qualquer pessoa colocar o transportador contínuo na altura certa. Além disso, os fornecedores de transportadores estão combinando suas soluções com equipamentos de elevação, que conseguem erguer sacos, caixas de papelão e caixas do piso de um semirreboque ou palete. Tudo que o operador precisar fazer é guiar a encomenda até o transportador contínuo.

Próximos temas desta série em 2011: •

Abril - AGVs no fluxo de materiais

Maio - Fluxo de materiais ágil

Junho - Aumente a densidade de estocagem

Outubro - Prédios convencionais vs. prédios com estruturas de estocagem

Novembro - Automação da separação

Dezembro - Sistema eficiente de classificação

Janeiro/2012 - Retorno sobre investimento na automação


TI

Segurança patrimonial

Pequenos espiões Dispositivos de rastreamento escondidos podem frustrar os ladrões

A

sofisticação de ladrões e quadrilhas de centros de distribuição e armazéns exige que as empresas de segurança busquem constantemente novos desenvolvimentos em tecnologias. Uma dessas novidades é o Geo F2 Pill Bottle Location Tracker, um dispositivo capaz de emitir um aviso prévio do roubo, e, consequentemente, permitir melhor chance de recuperação do estoque. O produto foi desenvolvido pela empresa americana FreightWatch Security Net. O pequeno dispositivo de identificação por RFID permite a formação de uma “cerca geográfica” ao redor do CD. Para isso, é necessário que sejam escondidos pequenos dispositivos de rastreamento pelo armazém; em seguida a instalação de monitores fora da construção, que soarão um alerta caso algum elemento ultrapasse a área determinada. A tal “cerca geográfica” pode frustrar a estratégia-padrão dos ladrões de desabilitar o sistema de segurança do centro de distribuição no fim de semana, crime geralmente descoberto só na manhã de segunda-feira. A recente tecnologia que permite tornar os dispositivos de rastreamento minúsculos dificulta o trabalho dos bandidos, que não conseguem encontrá-los. Outra vantagem é que, enquanto os dispositivos com GPS precisam estar a céu

aberto para funcionar melhor, o Geo F2 Pill Bottle Location Tracker pode emitir um sinal de dentro de uma garagem ou portão. Apesar de contabilizar cerca de 20 roubos frustrados graças a seu dispositivo, a FreightWatch não divulga o nome dos clientes. Afinal, quando se trata de lutar contra o crime, a surpresa é elemento-chave. Vale lembrar que os dispositivos de rastreamento não são infalíveis. A última geração de dispositivos RFID é pequena o suficiente para ser escondida dentro de caixas na esperança de que o ladrão vá ignorá-la. Mas um determinado ladrão poderá detectá-la. Por essa razão, ela é apenas parte de um plano antirroubo, não o plano todo.

Características do produto Pequeno o suficiente para se esconder em um frasco de comprimidos, o Geo F2 Pill Bottle Location Tracker tem um gerenciamento de baterias superior com um sistema de hibernação patenteado pela Qualcomm chamado “Low Duty Cycle”. Tem GPSOne e funciona bem mesmo em ambientes fechados, como edifícios, inserido em cargas de alto valor agregado ou escondido dentro de veículos suspeitos.

O Geo F2 Pill Bottle Location Tracker pode ser escondido em um frasco de comprimidos

Outras vantagens são permitir a sua localização em tempo real e monitoramento on-demand ou com a periodicidade acordada em um cronograma ­predeterminado. O equipamento oferece relatórios de localização personalizados e alertas de status com base no movimento, e tem preços ao redor US$ 200. Mais informações freightwatch@feiramovimat.com.br

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série

administração de materiais |

1ª parte

Horas em estoque Abordagem por horas é a melhor maneira de programar a produção e evitar que o estoque se esgote

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segredo de uma operação Just-In-Time (JIT) bem-sucedida é o foco no tempo. No entanto, o absurdo é que os sistemas tradicionais de programação da produção são baseados em unidades. A abordagem de acompanhar a cobertura em termos de horas de estoque é mais natural para a programação e o gerenciamento dos estoques, pois comunica o saldo em horas ao invés de unidades. Ele possibilita sincronizar a empresa inteira e aloca melhor os recursos. Os departamentos funcionam em sintonia com um foco em comum nas prioridades, resultando em uma operação mais enxuta, em um estoque em processo reduzido e em um melhor desempenho nos embarques. É a programação em JIT na sua melhor forma, pois é baseada no tempo.

Por que cobertura do estoque? Em comparação aos métodos de programação baseados nos pontos de repedidos em saldos, tais como o planejamento de recursos da manufatura (MRP II), o método de horas de estoque é uma forma superior de programação da produção nas operações de manufatura e distribuição. Alocação dos recursos de produção. As técnicas de pontos de disparo programam a produção com base nas unidades em estoque que dependem do lead-time dos fornecedores ou dos departamentos. A técnica de horas de estoque, por outro lado, converte o estoque em número de horas que está disponível no piso para atender os pedidos existentes e os que entram. Trabalhando para trás a partir da data de falta do estoque, os programadores conseguem priorizar e planejar de forma inteligente, de acordo com quanto tempo eles 60

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têm antes que o estoque se esgote. Os recursos a caminho do canal de abastecimento são alocados onde forem mais necessários, resultando em máxima flexibilidade no atendimento dos pedidos. Em alguns ambientes, a programação em incrementos de horas é a abordagem mais apropriada. A conversão de unidades para horas é facilmente operacionalizada em uma planilha ou com um simples programa. Para simplificar, imagine que uma empresa embarque 10 compressores de ar diariamente para um cliente. O caminhão está programado para sair no final de um turno de oito horas. A empresa possui 30 compressores no estoque. Isso significa 24 horas de estoque (3 dias x 8 horas = 24 horas até que o estoque se esgote). Definição dos lotes de produção. As horas de estoque não só respondem à pergunta do que fabricar e quando, mas também determinam a quantidade ideal para o lote de produção. O objetivo

A

s horas de estoque não só respondem à pergunta do que fabricar e quando, mas também determinam a quantidade ideal para o lote de produção dessa sincronização é otimizar a quantidade e o tempo de mudança (preparação dos equipamentos e materiais). O conceito permite que uma empresa leve em conta a demanda instantânea e antecipe a demanda futura com a consolidação da manufatura do mesmo produto ou de produtos semelhantes. Por exemplo, um ramo de coifas de metal para cozinhas oferece três tamanhos e três cores: branca, cobre e cinza. O relatório das horas de estoque indica uma necessidade imediata do tamanho menor na cor branca, a mais popular. A questão é, uma vez pedida a cor branca, quantas dos outros dois tamanhos deverão ser feitas em branco na mes-

ma corrida de pintura? O recurso de sincronização do programa de horas de estoque consegue olhar os pedidos internos para os dois tamanhos maiores e também pode ser programado para olhar a projeção dos pedidos futuros. Em seguida ele subtrai o estoque disponível para determinar quantas coifas adicionais precisam ser pintadas na cor branca. O programa analisa as restrições exclusivas de um determinado negócio e otimiza o número de cada item a ser produzido. Definição de um horizonte de planejamento. As horas de estoque estabelecem um horizonte de planeja-

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mento que visualiza o futuro de acordo com a previsão da demanda do cliente. A empresa de coifas, por exemplo, escolhe um horizonte de planejamento de 14 dias. Ela pode precisar somente de uma grande coifa branca hoje, mas poderá precisar de uma outra no 13º dia. O programa de horas de estoque sugere a consolidação desse lote. Seja qual for o período de tempo, que depende da empresa e do produto, o modelo consolida e planeja os tamanhos dos lotes para atender a demanda de forma mais lucrativa dentro do horizonte de planejamento. Condições de otimização. Com os métodos de programação como o MRP II, as empresas normalmente fazem produções mínimas de tudo e produções maiores de alguns itens sem analisar com detalhe a demanda. Isso as deixa com grandes suprimentos do que elas não precisam e quantidades insuficientes do que elas precisam. A planilha de horas de cobertura em estoque otimiza as condições com base em variáveis e regras para todo o horizonte de planejamento. Ela mostra o que produzir, quanto produzir e em que ­sequência, com base na demanda, no tempo de troca de fabricação e no estoque existente. O horizonte de planejamento é dinâmico, de modo que a cada dia um outro dia é acrescentado ao programa com base nas informações mais recentes de demanda. A programação em horas de estoque consegue fornecer à empresa diversos benefícios extraordinários. • Maior capacidade operacional dos equipamentos, linhas ou departamentos. Um fabricante de plástico

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tilizar termos de hora de estoque possibilita sincronizar a empresa inteira e alocar melhor os recursos 62

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Método baseado em horas assegura uma operação mais enxuta e estoque reduzido

de para-choques de automóveis para diversas montadoras conseguiu, com as horas de estoque, aumentar drasticamente sua capacidade. O programa elaborado pela empresa aloca o fluxo de estoque em processo para os pedidos específicos e prioriza a produção. O aumento da capacidade permitiu aumentar significativamente a sua participação de mercado sem aumentar as instalações, equipamentos ou pessoal. • Economia nas mudanças de fabricação. As horas de estoque reduzem o número de mudanças de fabricação e diminuem o tempo que elas levam. Na linha de pintura, por exemplo, o método de horas de estoque resultou em uma redução de quase 30% nas mudanças de fabricação e economizou muitas horas paradas anualmente. • Redução do estoque em processo. As horas de estoque são reduzidas com a diminuição da produção dos itens menos necessários frequentemente. A produção é vinculada diretamente à demanda, que é dinâmica, pois ela leva em conta os pedidos que chegam diariamente e podem

ser projetados para o horizonte de planejamento. Quando o volume dos pedidos diminui, o método das horas de estoque analisa imediatamente o número menor de pedidos. • Atualizações contínuas para o aumento da responsividade. Um sistema tradicional de MRP II pode ser relativamente lento e operar em um período de tempo histórico longo, deixando de responder rapidamente aos pedidos e às mudanças. As empresas que programam manualmente tendem a se atrapalhar na tentativa de responder às mudanças de oferta e demanda. Isso as mantém muito ocupadas para pensar nos lotes ótimos. O método de horas de estoque é uma ferramenta mais responsiva, pois ele funciona com os pedidos existentes que são continuamente atualizados. Com as horas de estoque, toda operação em uma ­sequência é diretamente ligada às mudanças de demanda. Por exemplo, quando o departamento de pintura programa o número de parachoques a ser pintado para um utilitário esportivo específico, o pro-


grama fica automaticamente visível para o departamento de moldagem, que, em seguida, sabe quantos desses para-choques específicos devem ser moldados. Tudo está sendo puxado pelo pedido do cliente, o que significa menos tempo decorrente entre o tempo em que o pedido é recebido e o tempo em que ele é embarcado. • Melhor desempenho dos embarques. A programação em horas de estoque é diretamente ligada ao fluxo dos pedidos. O tamanho dos pedidos afeta a duração do estoque, que por sua vez determina o ritmo em que o departamento opera. Programando para trás a partir do tempo de falta de estoque, melhora a capacidade de entrega dos produtos no prazo. Na operação tradicional programada manualmente, as faltas de estoque muitas vezes são causadas pelas mudanças de demanda que não se encaixam no padrão histórico. Em outros casos, o programador,

olhando para o número de peças em estoque, toma uma decisão criteriosa de que “nós temos o suficiente”.

Pense no serviço ao cliente O sistema de horas de estoque consegue gerar benefícios significativos no desempenho das entregas e na capacidade da manufatura de qualquer tipo de atividade dirigida pela demanda diária, semanal ou mensal do cliente e com capacidade finita. Inclusive porque possibilita aos colaboradores participar

dos ajustes nos programas e do controle da produção. Se uma empresa implementou um sistema de MRP II, ela deveria investir em uma mudança para a programação em horas de estoque? A verdadeira pergunta seria esta: A empresa está oferecendo excelentes serviços a seus clientes e funcionando na eficiência ótima? Se a resposta for ‘não’ ou ‘talvez’, o investimento em um modelo de horas de estoque e na customização pode ser a resposta.

Próximos temas desta série em 2011: • Obtendo mais com menos através da otimização do estoque (abril) • Otimização de estoque: um jogo de estratégia (maio) • O método ABC mais completo – uma classe para cada item (junho) • Ora visível, ora não (outubro) • Estoque de precisão: efetivo reabastecimento através do perfil da demanda (novembro) • Os custos da armazenagem desafiam as estratégias de inventário (dezembro) • Por que o CPFR não se expandiu? (janeiro)

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embalagem

Unitização

Unitize blocos e tijolos Máquinas automatizadas de filme stretch podem envolver esse tipo de carga, garantindo a movimentação e o transporte eficiente

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espachar milhares de toneladas de blocos de concreto e tijolos de calçamento, uma realidade comum para muitas empresas de construção (em constante crescimento), exige cuidados para manter a segurança e as boas condições dos produtos, o que no fundo é um desafio. Esses pesados blocos e pedras podem facilmente tombar se não forem adequadamente arranjados no palete, criando uma situação possivelmente perigosa tanto no transporte quanto nos estoques de materiais de construção, onde são vendidos. O embalamento feito de forma manual nos paletes de blocos, utilizando fitas de metal e filme encolhível (stretch), normalmente é insatisfatório. E isso passou a ser diagnosticado nas constantes reclamações dos motoristas, que, quan64

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do transportam cargas em caminhões abertos, veem pedaços de filme se rompendo e se espalhando pelas rodovias. Para solucionar o problema, testes foram feitos com máquinas automatizadas de filme encolhível. As cargas passaram a ser montadas e depois direcionadas até a embaladora. Os paletes de blocos de concreto e calçamentos, medindo 1.200x1.200x2.000 m de altura, podem chegar a pesar 1,8 t. Um filme retrátil de alto desempenho é pré-esticado e aplicado à carga por meio de um sistema de torre giratória, que completa 16 voltas em um minuto.

U

O método foi considerado mais econômico e efetivo, principalmente quando comparado ao embalamento manual. Resultado: a automatização permitiu aumento de 425% no aproveitamento do filme stretch, reduzindo os custos em mais de 30%, comparado com o método manual. Sem contar o ganho em produtividade, pois anteriormente era possível encontrar até dois operadores dedicados 100% ao embalamento manual. Com a automatização, esses operadores estão livres para exercerem outras atividades. Mas não é só a velocidade que per-

ma envolvedora de carga chega a completar até 16 voltas por minuto. Isso eleva a produtividade e reduz os riscos do transporte


Divulgação: Cyklop

Para cada volume de carga há uma envolvedora mais adequada

mite ganhos à paletização de pedras e blocos. Adicionalmente, as máquinas incorporam um dispositivo de finalização, que sela o filme por aquecimento, justamente na volta final, mantendo-o bem preso à carga. Isso permite que a última volta do filme não se solte durante o movimento (trepidação) da carga durante a viagem.

Envolvimento automático reduz em até 30% o consumo de filme stretch

A conclusão é que embalar os paletes com máquinas automatizadas traz mais resultados a esse modelo de operação, além de manter as cargas estabilizadas, afastando de vez a preocupação com a segurança durante a movimentação dos blocos. Os clientes apreciam a segurança extra oferecida pelo filme retrátil e

sua rigidez. As lojas de materiais de construção podem empilhar os paletes mais altos com uma empilhadeira e não precisam se preocupar com o tombamento e a inclinação da carga. Para adquirir máquinas envolvedoras de carga, consulte seu fornecedor ou pesquise no Guia de Fornecedores (­INTRALOGÍSTICA, edição 245).

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ponto de vista

Demita seu cliente Reinaldo Moura é criador do Grupo IMAM

Quando o mercado está superaquecido é hora de escolher os melhores clientes

O N

estes tempos de euforia de demanda, o desrespeito de alguns clientes com a sua cadeia de suprimentos extrapola os limites da racionalidade

título deste texto não é antítese da Qualidade Total, que significa atender as necessidades explícitas e implícitas dos clientes com o nosso aceite. Nestes tempos de euforia de demanda, o desrespeito de alguns clientes com a sua cadeia de suprimentos extrapolou os limites da racionalidade e do que se julga ser qualidade. Muitos compradores, e em especial os novatos, têm em mente que o cliente deve ser atendido em tudo e a qualquer hora, pois ele é o cliente e ponto final. Além de invadir horários de sua privacidade, acordos de fornecimento confundem a palavra implícita com obrigação, independente de sua empresa ter ou não capacidade para atender a solicitação. O fornecedor conclui: “o problema é seu, nós somos o cliente, se vire para me atender até tal hora”. E não há muita contra-argumentação, pois a resposta dele é sempre a mesma: “se você é certificado pelas ISOs 9000, 14000 e TS 16949 e VDA 6.3, entre outras, tem de ser capaz de me atender”. Isso tem provocado tensões de stress nos relacionamentos entre funcionários a ponto de alguns se submeterem a tratamentos de saúde com

afastamento, transferências de departamentos e até demissões. Porém, este texto não tem a pretensão de criar mais animosidade nos relacionamentos cliente-fornecedor, mas destacar a atenção para a frase “com o nosso aceite”. Quando você recebe um pedido que extrapola inclusive a capacidade de seus fornecedores e dá aceite a esse pedido, deve reunir todos para solucionar o problema: o presidente, o vendedor e uma comissão interna convocada de emergência envolvendo as boas práticas de S&OP (“sales and operations planning”, planejamento de vendas e operação). Porém, em geral, os clientes não dão nem essa condição de consulta, apenas enviam um e-mail mentiroso: “conforme entendimentos estamos alterando nossa solicitação de x para y mil peças até o dia tal” e copiam a cadeia interna envolvendo todos, até os indevidamente relacionados. Ou seja, você, fornecedor, não teve nem o direito de pensar, negociar. E geralmente tudo isso ocorre um dia após a entrega de prêmios “fornecedora do ano” ou, para estressar mais ainda, a poucas horas da confraternização da empresa. Enfim, recomendo: vamos refletir os relacionamentos que estamos cultivando em nossas cadeias de suprimentos.

Próxima edição: • Veículos automáticos (AGVs) • Previsão da demanda • Gestão de pessoas

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• Mesa-redonda: baterias, carregadores e salas de baterias • Leitores RFID • Rebocadores industriais


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