Foco maio 212

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IdealIzar, fazer, acontecer Veio da equipe técnica do Hospital e da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace) o pontapé inicial para a criação de um complexo clínico com especialidades

Ilda Ribeiro Peliz, presidente da Abrace

médicas pediátricas integradas. Como? Com ideias e muita mão na massa para a captação de fundos. Entre os recursos adquiridos, um terreno cedido pela Secretária de Saúde do Distrito Federal. Foi assim – com o auxílio da comunidade, de empresas, do Ministério da Saúde e do GDF – que os contornos do Hospital da Criança de Brasília José Alencar começaram realmente a ganhar forma. E que forma. Hoje são, ao todo, sete mil metros quadrados construídos que em

breve se somarão a um segundo prédio, projetado para uma área de 21 mil metros quadrados com espaço para UTI, Cuidados Intermediários, Centro Cirúrgico e Centro de Ensino e Pesquisa. Um projeto grandioso que, na avaliação de Ilda Ribeiro Peliz, presidente da Abrace, surgiu para cobrir uma lacuna do poder público ao sanar as necessidades de saúde da população. “É nesse contexto que a atuação de ONGs e instituições que representam a sociedade civil fazem a diferença. E foi justamente isso que a Abrace mostrou, com uma atuação ética e transparente no apoio aos seus assistidos e na construção do hospital, um salto grande de qualidade no atendimento médico a crianças e adolescentes”. Para Peliz, fazer parte de um projeto como o HCB é ter a sensação de dever cumprido. “Quando a Abrace aceitou o desafio de construir o hospital, muitos nos taxaram de loucos, mas mostramos que perseverança, honestidade e solidariedade podem fazer grandes coisas”, diz. o HcB O Hospital é público, faz parte da rede da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e é administrado pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializa-

Hospital Da Criança

da instituição com as crianças. Além disso, ele avalia que “as transferências dos serviços de outras unidades para o Hospital, a abertura de novos serviços, a ampliação do número de consultas médicas e a possibilidade de realizar os exames necessários aqui no HCB também ajudaram”. Para Rehem, fazer parte de um projeto assim, como o HCB, é desafiador. “Envolve uma administração muito voltada para resultados. São feitas prestações de contas permanentes para a população, que são cotidianas, para o ICIPE e para a Secretaria de Saúde do DF. Isso faz com que a administração seja diferente e a preocupação com resultados seja ainda maior, o que não é comum na saúde pública”, diz. E ele completa: “Por outro lado, tenho um sentimento de alegria. É muito gratificante, porque é uma situação inovadora. E participar de um sonho que começou há 26 anos na Abrace é um privilégio”.

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