RUY COUTINHO :
O DESCOBRIDOR DE OPORTUNIDADES
entrevista
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erta manhã, no início dos anos 70, o ex-presidente Juscelino Kubitschek despendeu três horas de seu tempo numa conversa em seu escritório com um jovem de apenas 26 anos sobre a difícil conjuntura política e econômica que o país então atravessava, o que o deixou vivamente impressionado. JK acabava de retornar de um longo período de exílio no exterior e assumira a presidência do Conselho de Administração do recém-fundado Banco Denasa de Investimento. Ao final do
“Nunca ocupei cargo público por indicação partidária. Meu nome sempre surgiu como solução técnica, profissional. Aliás, nunca fui filiado a nenhum partido político”
encontro, assinou uma carta para seu genro Baldomero Barbará, então presidente executivo do Denasa, na qual dizia: “Eu aconselharia vocês a fazerem uma experiência de estágio com o Ruy Coutinho, que acaba de concluir seu curso de Direito na Universidade de Brasília. É inteligente, tem capacidade e especiais qualidades para se fazer amigo das pessoas, podendo, assim, se transformar num excelente colaborador”. Naquele momento teve início a rica e promissora carreira profissional do jovem advogado que, à época, inicia-