Em Família | Ribeirão Preto

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1º SEMESTRE/2012

Eu, digital Como a nova geração interage com a tecnologia


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você aprende com o mundo


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Expediente Combinação única de bons valores com excelência. O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que diariamente vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos, com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas a ação social está presente com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores com excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.

Presidente das Mantenedoras: Ir. Delcio Afonso Balestrin Superior Provincial: Ir. Joaquim Sperandio Superintendente ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza Rede de Colégios: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina Michelan Azevedo Comunicação e Marketing ABEC/UCE: Fabiane Campana, Patrícia Fatuch, Camila Schmid, Bruno Bonamigo, Tiago Ienkot, Fábio Egg Mais, Patrícia L. Egashira, Kelen Y. Azuma, Silvia S. Tateiva,, Alexandre L. Cardoso Comunicação e Marketing Colégios: Bruna F. Gonçalves, Caroline D. Mertens, Cristiane R. Santos, Eros A. A. Martins, Eziquiel M.

brasília • Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400 Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio - SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul Brasília - DF - 70200-750 - (61) 3445-6900 CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel PR - 85812-011 - (45) 3036-6000 CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332 CRICIÚMA • Colégio Marista de Criciúma - Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma SC - 88811-503 - (48) 3437-9122 CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário Curitiba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552

Ramos, Fábio S. Aparício, Guilherme F. Neto, Kely C. de Souza,

Colégio Marista Santa Maria - Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - Curitiba - PR 82200-210 (41) 3074-2500

Luana M. D. dos Santos, Luiza B. Fleury, Mateus Vitor Tadioto,

goiânia • Colégio Marista de Goiânia - Avenida Oitenta e Cinco, n. 1440

Mayara A. Haudicho, Raquel A. Bortoloso, Renato M. Pereira,

St. Marista - Goiânia - GO - 74.160-010 - (62) 4009-5875

Samira D. Dutra, Tatiane Pereira

JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313 JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC 89600-000 - (49) 3522-1144

Rua Imaculada Conceição, 1155 Prado Velho – Curitiba – PR Prédio Administrativo PUCPR – 8º andar CEP: 80215-901 Tel.: (41)3271-6500

LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600 MARINGÁ • Colégio Marista de Maringá - Rua São Marcelino Champagnat, 130 Centro - Maringá - PR - 87010-430 - (44) 3220-4224 PONTA GROSSA • Colégio Marista Pio XII - Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho - Ponta Grossa - PR 84015-440 - (42) 3224-0374

www.marista.org.br

RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400

Em Família | 9ª Edição | 1º Semestre 2012

SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444 Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci São Paulo - SP - 01518-000 - (11) 3207-5866

Capa: Teresa Bernadete Medina Ferreira, aluna do Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR) Foto: Pablo Contreras

Jornalista Responsável: Luís Fernando Carneiro / Registro Profissional MTB Nº 3712 | Diagramação: Clarice Fensterseifer e Maria Andrade | Publicidade: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706 – Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br Periodicidade da publicação: semestral Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.


Primeira impressão

Um Desafio de Valor Por Ir. Paulinho Vogel

P

ermitam-me pais, alunos e professores fazerem-lhes uma constatação: o uso efetivo das tecnologias de informação e comunicação em minhas atividades profissionais e estudantis foi iniciado quando já contava com 21 anos de idade e com 25 passei a usar telefone celular. Todo o meu desenvolvimento físico, mental e espiritual já estava praticamente finalizado quando comecei a ter contato com as novas tecnologias da informação. Hoje fico impressionado, e encantado ao mesmo tempo, quando assisto à integração, quase que natural, dessas e outras novas tecnologias, no cotidiano da vida das crianças em plena fase de desenvolvimento. Outro dia meus dois sobrinhos de 3 anos de idade, falavam-se ao celular. Certamente esta constatação não é uma descoberta só minha e com certeza alguns devem estar mais preocupados e/ou impressionados. Mas a preocupação/encanto/surpresa aumenta na medida em que

nos damos conta das transformações que estão sendo operadas no comportamento de todas as pessoas, impactadas constantemente pelo, já nem tão novo, fenômeno chamado INTERNET (muitos afirmam que não vivem mais sem ele). A internet trouxe mais do que uma revolução tecnológica. A revolução comportamental, advinda da facilidade de comunicação entre as pessoas, cria uma nova percepção relacionada aos saberes, competências e habilidades e tantas outras aplicações das áreas do conhecimento humano. O que a internet proporcionou à humanidade é, sem dúvida, sem precedentes na sua história. A educação, nesse contexto, passa a ser não mais responsabilidade apenas da escola, mas uma tarefa natural da sociedade. Neste sentido, aprende-se em espaços formais, organizados pelo colégio, e em espaços informais que a internet proporciona: Orkut, Facebook, You-

Tube, MSN, em livros impressos e/ou digitais, na televisão, no cinema, no teatro. Aprende-se em todo lugar e de diversas formas, uma vez que se amplia o espaço pedagógico. Esses espaços ampliados de conhecimento possibilitam amplo acesso aos mais variados campos do conhecimento, e de todos os tipos de conhecimento. Mas, pode o aluno, em plena fase de desenvolvimento, ter a sabedoria necessária para verificar de que maneira irá utilizar o que aprender e se tal conhecimento vale à pena? Esse talvez seja o espaço de trabalho da instituição escolar quando, convicta dos valores a que se propõe, ensina e educa seus alunos oferecendo-lhes as condições necessárias para que optem pelos conhecimentos que agregarão valor às suas vidas. Uma boa leitura a todos, na certeza de que podemos nos educar cada vez mais e melhor, para a leitura crítica e atenta dos conhecimentos gerados pela humanidade.

Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios

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Entrevista


A comunicação na era digital Especialista explica por que as redes sociais e a tecnologia podem ser, com cautela, bons aliados tanto para a educação como para os negócios

A

ndré Telles é pai de aluna Marista, publicitário e especialista em comunicação digital. Foi o primeiro brasileiro a publicar, em 2005, livro sobre marketing nas redes sociais, o “Orkut.com”. Em 2008, lançou o “Geração Digital” e depois “A Revolução das Mídias Sociais”. Acostumado a dar palestras em todo o Brasil sobre as novas tecnologias, nesta entrevista ele fala sobre a relação e os limites entre a era digital e a educação. André tem uma filha na terceira série do Marista e, segundo ele, ela adora jogar os aplicativos do iphone, além de praticar esportes e ser uma ótima aluna. Para ele, na era digital e entre tantos avanços e informações que recebemos diariamente, o segredo está no equilíbrio.

Por que você se interessou por se especializar na área digital? O que te chamou a atenção? Sempre fui um apaixonado por novas mídias, estratégias guerrilheiras de marketing e mídias alternativas. Quando percebi as redes sociais online como uma possibilidade de relacionamento entre consumidores e empresas, além da falta de atenção que se dava ao tema, decidi estudar o assunto e publicar meu primeiro livro sobre o tema, em 2005. Acredito que tenha cumprido a missão que me motivou, contribuindo para abrir um segmento de mercado até então pouco explorado e com poucos profissionais especializados. Hoje, temos cursos

de pós-graduação em marketing digital, um novo mercado para os profissionais de comunicação e as empresas já tem noção da importância de um trabalho profissional de Social Media Marketing nas diversas mídias sociais. Aqui no Brasil este desenvolvimento se diferencia dos outros países? Estamos entre os três países que mais acessam mídias sociais mundialmente. Dos 81,3 milhões de internautas brasileiros, 90% estão presentes em alguma mídia social. Sem dúvida, o brasileiro adora participar de mídias sociais, nossas características de interagir facilmente são transpostas para o mundo virtual.


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Entrevista

E a educação, como pode se beneficiar com a tecnologia? A aprendizagem é um ato fundamentalmente social. Nossa habilidade intrínseca para aprender em conjunto pode ser facilitada pelas tecnologias emergentes que estendem, alargam e aprofundam nosso alcance. As inovações tecnológicas permitem um novo tipo de ecossistema construído no conhecimento e com as pessoas na posição central. Os pais devem dar algum tipo de limite aos seus filhos? Quais? De que maneira? Acredito que tudo que é em exagero é prejudicial. As novas tecnologias podem ser potentes aliados na educação de crianças e adolescentes. Temos aplicativos para dispositivos mobile focados neste público, assim como temos à nossa disposição mecanismos de busca (Google) que substituíram as imensas enci-

clopédias do meu tempo de estudante. Quanto à questão de limite, cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar. Para onde estamos caminhando com a era digital? Surgirão cada vez mais inovações tecnológicas ligadas à geolocalização, realidade aumentada, vídeos e fotos. O compartilhamento destas informações será cada vez mais facilitado por meio dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Quais são seus próximos projetos? Algum livro em vista? Sim, há um quarto livro para ser lançado em 2012. Atuo como consultor e professor em pós-graduações ligadas ao Marketing Digital, além de ser sócio da agência especializada em comunicação digital, a Mentes Digitais.

Cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar.



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Capa

Tudo a um toque Adolescentes e crianças nasceram com celulares, notebooks, tablets e uma infinidade de acessórios que sentem que tudo faz parte delas. Qual o limite desta interação? Por Sandra Solda


Adoro acompanhar blogs e sites sobre arquitetura. Adoro tecnologia, mas é preciso ter cuidado para que ela não atrapalhe os estudos e até mesmo o tempo que a gente tem para fazer outras coisas.

É

impossível imaginar, pelo menos para uma pessoa que tenha menos de vinte anos, uma vida sem tecnologia. Não estamos falando de televisão, rádio, eletrodomésticos, mas de computadores, celulares, notebooks, tablets e mais uma infinidade de coisas que a cada dia se multiplica e atrai pessoas de todas as idades. Os pais fazem parte do grupo dos “imigrantes digitais”, aquela geração que apesar de não nascer com esta tecnologia passou a usar e dominar tais equipamentos. Essa turma sempre terá uma certa resistência em algum ponto, algum resquício ou saudosismo de equipamentos – como o fax – que as crianças de hoje não sabem nem o que é. Afinal, elas nasceram em outro momento e utilizam a tecnologia e seus acessórios como uma extensão do seu corpo. E como fica este encontro de gerações? Como fica a situação em casa, na escola, na vida social? Para a Profª Drª Helena Sporleder Côrtes (Faculdade de Educação – PUCRS) a tecnologia como um conjunto de processos e produtos eletroeletrônicos, ágeis e acessíveis a uso, promove cada vez mais o conforto e a interação sociocultural da vida humana. “É parte integrante e indissociável do universo das crianças e adolescentes contemporâneos”, explica. Segundo ela, os chamados “nativos digitais” certamente desenvol-

veram novas formas de aprender, de pensar, de sentir e de perceber o mundo. “O maior desafio educacional dos nossos dias é, tanto em casa como na escola, formar crianças, adolescentes e jovens para que se tornem usuários críticos da tecnologia”, afirma a professora, que acredita que tudo isto está sendo criado pelo homem para seu conforto, para viver melhor e mais facilmente atingir seus objetivos; desde o instrumento mais simples, como um lápis e uma folha de papel, até o computador mais avançado. Para Helena, na essência, a tecnologia por si só não é boa ou má, isso dependo do uso que é feito dela. Educação e Tecnologia Há muita discussão hoje em dia sobre a tecnologia empregada na educação, em até onde ela auxilia, onde pode prejudicar, onde é essencial e como deve ser utilizada em sala de aula, em casa ou em atividades extracurriculares. O que todos concordam é que, por trás de toda tecnologia, deve ter uma boa equipe pedagógica. Caso contrário, ela se torna mais um meio que será inutilizado por não ser bem orientado por profissionais da educação.

Teresa Bernadete Medina Ferreira, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)


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Capa

“De acordo com estudos da neurociência, o cérebro estabelece conexões neuronais em frente à tela do computador ou videogame que se diferenciam das conexões que se dão ao escrever ou desenhar no papel. Estes dois tipos de conexão são essenciais para o desenvolvimento do indivíduo e, por isso, deve haver um equilíbrio entre os dois”, explica a supervisora educacional Viviane Marie Truda, da Província Marista do Rio Grande do Sul. Ela afirma também que, em virtude da velocidade de seu avanço, a tecnologia e o mundo digital devem ser vistos como ferramentas de apoio pedagógico e de comunicação, e não uma única condição básica para a educação. Por esta razão, os meios digitais precisam ser considerados meios importantes. É fundamental que os profissionais da educação estejam preparados para lidar com esta tecnologia e adaptar-se à nova realidade. “Se o professor não refletir regularmente sobre suas práticas, para, quando necessário, ajustá-las às necessidades e características do estudante de hoje, ou seja, à sua forma de pensar e de aprender, aumentará o fosso que separa essas gerações. É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar em sala de aula”, ressalta Viviane. Por outro lado, os estudantes também precisam ser conscientes e aprender a usar com inteligência tudo

que recebem de inovação. “É um problema quando um estudante acredita que a tecnologia vai resolver todos os seus problemas. Por exemplo, quando ele , em vez de ler um livro, procura o resumo na internet e se dá por satisfeito com isso”, alerta a supervisora. Iniciação ao mundo digital Viviane explica que a criança, adolescente ou jovem, ao ficar na frente de um computador, celular, ou seja qual for o meio, deixa de fazer outras coisas, como brincar, correr, estar com os amigos, praticar esportes, o que é fundamental para a construção do indivíduo. Ela pula etapas. “Acho um problema sério uma criança de quatro ou cinco anos com um celular na mão”.

"É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar os conteúdos de ensino." Por outro lado, a supervisora acredita que a tecnologia e a internet, bem utilizadas e na idade recomendada, complementam a educação e a vida e trazem informações rápidas nos ambientes cooperativos e interativos. As redes sociais aproximam as pessoas: muitos pais e filhos só trocam afetividade por

uma conversa online ou mesmo por email, coisas que não conseguem dizer pessoalmente. “A comunicação via internet deve ser só um complemento. As relações pessoais devem existir. As pessoas se comunicam com o mundo, mas não estão mais dialogando. Para tudo na vida existe um tempo e uma hora certa, e com a tecnologia também deve ser assim. O limite deve ser dado aos filhos, e os pais devem ficar atentos porque, principalmente a internet, é um espaço aberto para problemas, como o assédio moral, sexual, e outros crimes que vemos por aí”, pondera Viviane. Para Helena, as chamadas gerações X e Y, filhos diretos da renovação tecnológica que vem arrasando a forma de viver da sociedade atual, seguidamente comportam-se como dependentes desta tecnologia: não vivem mais sem o gadget da hora, passam o dia a enviar/receber mensagens de texto e a tuitar (que já virou um verbo), vivendo muito mais a vida virtual que a vida real. “Independente de uma reflexão mais aprofundada, que investigue os problemas de natureza psicológica e sociocultural que envolvem a questão, talvez o primeiro ponto a destacar seja a falta de limites que a família e a escola têm deixado de estabelecer, no que diz respeito às formas e aos momentos mais indicados para o uso destes artefatos”, enfatiza.


Para mim a internet é como um mundo à parte, onde encontro jogos e uma série de coisas que gosto. Por outro lado, é onde encontro muitas informações que preciso para estudar e conversar com meus amigos. João Francisco Montiel Soares, 11 anos, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)


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Capa

Mercado promissor É um caminho que não há volta: a cada dia teremos mais avanços, e isto é fato. Os fabricantes estão cada vez mais apressados em lançar seus produtos ou serviços, assim como os consumidores também estão ávidos por comprar – muitos passam horas e dias em filas para serem os primeiros a ter tal produto e pagam mais caro por isso. É inerente ao ser humano, não adianta querer ignorar, pois isto acontece em todos os setores, em todas as áreas e não só na tecnológica. Uma análise do comportamento de mercado é objeto de estudo de economistas e hoje, mesmo os leigos, são capazes de perceber que as novas ferramentas tecnológicas são responsáveis por um volume enorme de vendas, todos objetos de desejo de consumo dessa geração de adolescentes e crianças.

Isso é muito claro: o Brasil possui hoje mais celulares ativos que seu número de habitantes. Outra informação importante é que o poder aquisitivo das classes mais populares aumentou, que agora têm mais acesso a televisores, notebooks, tablets, mp4, demonstrando que é um mercado cada vez mais promissor.

Como o caminho é este e o avanço deve ser cada vez mais rápido, é fundamental que todos pensem que devem fazer da tecnologia uma aliada, e não ficar dependente dela. Usá-la para estreitar laços, sejam de amizade, profissionais, familiares, e nunca substituir as relações reais pelas virtuais. Não trocar um passeio, uma viagem, uma brincadeira ou conversa por uma atividade online. Tecnologia também é aprendizado, entretenimento e comunicação, mas viver a vida real com pessoas ao lado é muito melhor e mais importante.


A força das redes sociais Os espaços digitais e as redes sociais, se bem utilizadas, tornam-se grandes aliados na comunicação com os jovens. Qualquer empresa, organização ou instituição precisa, basicamente, ter no mínimo um site para começar a relação. Mas só isso não basta, é apenas uma vitrine. Segundo Bruno Bonamigo, analista de Comunicação do Grupo Marista, foi criado, em 2009, um twitter para a comunicação com os estudantes. No ano seguinte foram mais além e criaram uma página no Facebook. “Apenas o site não atraía mais, era muito estático, precisávamos ter uma interação, estar mais próximos dos alunos”, diz. A entrada nas redes sociais foi um sucesso, atingiu muito mais os estudantes, que passaram a usar também como um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Inicialmente foram priorizados o Ensino Fundamental 2 e o Médio, que abrangem estudantes de 11 a 17 anos. “Precisamos sempre nos adaptar à nova realidade, sempre implementando tecnologias que nos aproximem do nosso público, além de ser imprescindível que agreguem conteúdo sempre aliado à área pedagógica”, explica Bruno.

“Gosto muito de ver vídeos, escutar música, usar os aplicativos do iTunes e, principalmente, usar as redes sociais, como o Facebook, o Twitter, o Skype e o Instagram. Atualmente estou me conectando muito mais pelo iPhone, mas também utilizo o meu computador e o Ipad da família. Eu conseguiria ficar sem a internet, mas seria muito difícil. Há um tempo, não conseguia passar muitas horas sem conferir as atualizações do Facebook, sem tuitar ou postar imagens no Instagram. No final do ano passado, percebi que minha diversão tinha se tornado uma obsessão e tomei uma atitude. De lá para cá, só entro na internet quando realmente tenho tempo, ou quando preciso tirar dúvidas e realizar trabalhos.” Nicole Dupont, 13 anos, Colégio Marista Pio XII – Novo Hamburgo (RS)

“Uso a internet pelo notebook, cerca de 2 a 3 horas por dia, durante a semana. Já nos finais de semana, chego a usar mais, de 4, chegando até 7 horas diárias. Não me considero ‘viciada’ e consigo passar alguns dias tranquilamente sem acesso à internet. Acesso as redes sociais (Orkut e Facebook), jogos online e sites de busca para pesquisas, como o Google e Wikipédia. Acho muito boa toda esta tecnologia pelo fato de poder fazer qualquer pesquisa sem necessariamente recorrer a livros. Aproveito também para conversar e ficar mais perto dos meus amigos e da minha família. O que eu mais gosto é conversar com amigos via Facebook e MSN, brincar e fazer pesquisas.” Isabella Decesaro, 11 anos, Colégio Marista Santa Maria – Santa Maria (RS)

“Eu uso notebook, PSP (Playstation Portable) e celular todos os dias. Ainda não tenho iPad, mas espero ganhar no ano que vem. Acho legal por poder baixar mais jogos; é um celular maior e mais moderno. Primeiro uso a internet para ver o Facebook e jogar, além das pesquisas do colégio. Não consigo ficar sem a tecnologia. Quando viajei nas férias, não fiquei um dia sem o PSP. Cheguei a ir numa lanhouse e acessar a internet pelo celular do meu pai para saber o que estava acontecendo. Por outro lado, muitas vezes meu pai reclama: vai ler um livro! Como eu também gosto muito de ler, desconecto do mundo virtual e vou ler.” Alexandre Schawantes Brião, 9 anos, Colégio Marista Rosário – Porto Alegre (RS)


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Dia a dia

Use com moderação Família conta como dosar bem a internet para os filhos e criar um ambiente de interação, segurança e confiança

U

m dos desafios que intriga pais, mães e educadores hoje em dia são os limites que devem ser dados ao uso da internet às crianças e aos adolescentes. Sabemos que não é possível simplesmente proibir, uma vez que a maioria das crianças já nasce falando essa língua. A questão é que é preciso que não façam disso um hábito que não seja saudável, ou mesmo que deixem de fazer outras atividades necessárias para uma boa formação. Por um lado, a internet traz um mundo novo, com pesquisas que são necessárias para o estudo, a comunicação com amigos via chat, a interação nas redes sociais, que pode completar e reforçar algumas amizades já existentes, ou ainda o entretenimento, com jogos que desafiam a memória, estratégia, concentração e outras habilidades positivas, além de trazerem diversão e alegria. Ao mesmo tempo, essa mesma tecnologia pode trazer inúmeros problemas se não for devidamente utilizada. Desde downloads impróprios, que estragam o computador, até sérios casos de pedofilia online, invasão de privacidade, enfim, diversos problemas que já existem na vida real são aumentados na internet devido à possibilidade do anonimato que o mundo virtual permite. Rogerson Luiz de Rossi, pai de dois adolescentes - Fábio, de 13 anos e Alexander de 9 - encontrou um

método simples de proteger a família e, ao mesmo tempo, não deixar os filhos fora desta realidade online que hoje não há volta. “O segredo é criar uma disciplina com responsabilidade. Desenvolvemos uma rotina que deve ser respeitada, o que dá segurança aos meus filhos”, conta.

Regras Em Londrina (PR), na casa de Rogerson e Iris, a mãe, há um ambiente certo para o uso da internet. É um cômodo com dois computadores, que não devem ser retirados de lá. Os filhos têm o acesso ao mundo virtual limitado e, segundo Rogerson, não criam problemas por causa disso. “Eles podem utilizar ao chegar da escola até o horário do almoço, por mais ou menos meia hora, e no fim do dia, depois de feitas as atividades escolares, por mais uma hora”, explica. Aos sábados e domingos, eles acessam a internet por mais uma hora por dia, a regra é clara. “Acreditamos que eles não precisem de mais tempo no computador. Por outro lado, estimulamos e participamos de outros tipos de entretenimento com nossos filhos, dentro e fora de casa, como jogos, conversa, leitura e atividades ao ar livre” comenta Rogerson. “A internet é uma porta aberta para a entrada na nossa casa e na nossa vida. Faço esta comparação com a porta de

casa para que eles entendam que é perigoso deixá-la aberta. Assim como no mundo real, pode acontecer de tudo. Existem inúmeras situações desagradáveis que podem existir e converso abertamente com eles sobre todos os riscos da rede”, pondera.

Exemplo Os filhos de Rogerson e Iris usam mais o computador ou a internet para pesquisas ou jogos. Fábio tem Facebook e e-mail, porém Alexander não está conectado desta maneira, já que os pais acham que ainda não é o momento. Da mesma maneira como ensinam, os pais utilizam a internet apenas para algumas pesquisas ou conversas, muito raras, para trabalho ou com amigos que já conhecem e confiam. Segundo Rogerson e Iris, o segredo da boa convivência com o mundo on-line é resultado de uma boa educação, muita conversa, bons exemplos e amor incondicional que sentem pelos filhos. “É muito importante a consciência que devemos ter da nossa responsabilidade em educar em todos os sentidos: moral, intelectual, espiritual, afetivo, etc. Estamos tentando e até hoje este modelo tem dado certo”. E a família Rossi encontrou um caminho para os limites e necessidades dos filhos que está agradando a todos da casa.


ê o exemplo a seu filho. Em qualquer D sentido da vida, em qualquer área. Ele, seguramente, irá seguir e repetir o que aprendeu e está acostumado a observar. Tenha uma relação de confiança e esteja sempre na vida de seus filhos, desde muito pequenos.

Como usar

Saiba o que ele está fazendo, participe, não tenha medo de perguntar diretamente a ele o que precisa saber.

Confira as dicas da

Converse sobre os perigos que existem no mundo virtual.

uma utilização saudável

Responda claramente sempre o que seus filhos perguntam.

família De Rossi para da internet

Oriente seus filhos a não conversarem com estranhos na internet, assim como na rua, no shopping ou em qualquer outro lugar.


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Olhar

Todos curtem Facebook tem 845 milhões de usuários no mundo, mas é preciso saber usar Por Sandra Solda

H

oje não há quem não comente, curta ou discuta assuntos via Facebook. Novos amigos são feitos e os antigos são reencontrados, compartilham-se fotos, mensagens, textos, ideias ou mesmo o que se está pensando no momento ou em qual lugar se está. É impossível ficar de fora desta grande rede. Ela está disponível em mais de 70 línguas e, apenas no Brasil, são mais de 30 milhões de usuários ativos. Todos os dias, 483 milhões de pessoas se conectam e, quase metade delas, pelo celular. A atividade mais popular na rede é o

compartilhamento de fotos, o que chega a 250 milhões por dia. Ao mesmo tempo em que é uma ferramenta para entretenimento, pode ser uma porta aberta para qualquer tipo de crime ou violência. É necessário que adultos e crianças fiquem sempre atentos ao utilizar esta rede, e que os pais tenham uma conversa aberta e sincera sobre o assunto com os filhos. Ao lado algumas orientações e dicas para os pais, sugestões de como devem se comunicar com os filhos que estão cada vez mais online e conectados ao Facebook.

Não basta ser pai, é preciso acompanhar • Pode ser difícil acompanhar a tecnologia. Não tenha medo de pedir que seu filho esclareça suas dúvidas. • Caso você ainda não use o Facebook, considere registrar-se. Assim, você poderá entender como ele funciona! • Crie um grupo do Facebook para a sua família para que você tenha um espaço privado para compartilhar fotos e manter contato. • Ensine aos seus adolescentes as noções básicas de segurança online para que eles possam manter seus perfis do Facebook (e outras contas online) privados e seguros.

Como falar com seu adolescente • Você acha que consegue conversar comigo sobre problemas na escola ou online? • Ajude-me a entender por que o Facebook é importante para você. • Você pode me ajudar a criar um perfil do Facebook? • Quem são seus amigos no Facebook? • Quero ser seu amigo no Facebook. Você concorda? O que faria você concordar?

Fonte: Assessoria de imprensa Facebook Brasil


Um novo mundo Ao longo de toda esta edição da sua revista EM FAMÍLIA

utilizadas para complementar uma educação de verdade,

apresentamos discussões sobre as novas tecnologias a

fundamentada em valores éticos, morais e cristãos. Nas

serviço da Educação. Como sempre, educadores, alunos

próximas páginas você encontra as histórias, personagens,

e famílias devem compor um trio em perfeita sintonia

projetos e ideias do Colégio Marista de Ribeirão Preto.

para que a internet e todas as suas possibilidades sejam

Fique por dentro deste novo mundo em que seu filho vive.


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Com a palavra

Prof. Msc. Rodrigo Borgheti - Diretor Educacional

A arte de ensinar O

ano de 2012 começou com toda força e beleza e traz consigo uma série de mudanças e inovações que tornarão, sem dúvida nenhuma, nossa prática educativa Marista ainda mais eficaz. Está sendo um ano de aprofundamento de nossa essência educativa. Foi muito esperado e gestado por cada um de nós educadores, que trabalhamos incansavelmente durante o ano de 2011, preparando cada detalhe que já pode ser percebido se passearmos pelos corredores ou nos atentarmos ao comportamento estudantil de nossas crianças e jovens maristas. Os frutos deste trabalho jamais poderiam ser colhidos sem a indispensável confiança e parceria que temos com vocês pais, responsáveis, que acreditam no jeito Marista de educar. Foi pensando nisto que trazemos, no espaço reservado ao Colégio Marista de Ribeirão Preto, algumas pinceladas de beleza que acontecem no contexto de nossas infâncias e juventudes

nos diversos níveis de ensino que oferecemos: desde a educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental até chegarmos às inovações do nosso Ensino Médio, etapa conclusiva da educação básica que oferecemos com o jeito Marista de ser. Ao ler as matérias que seguem, torna-se mais evidente a importância da interação dos principais agentes da educação Marista, professores e estudantes que, dentro de seus ofícios, respondem aos desafios colocados pela realidade de um século XXI ultraexigente. Diante disto, urge redobrarmos o empenho na formação de um ser humano pesquisador, comunicador, ético e solidário, capaz de demonstrar em atitudes a certeza de que a vida tem sentido. Para isto, contamos com a força de uma tradição que nos dá uma identidade, uma vez que seguimos as pegadas de um educador por excelência: São Marcelino Champagnat.

Urge redobrarmos o empenho na formação de um ser humano capaz de demonstrar em atitudes a certeza de que a vida tem



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Educa�

Educação Infantil

Alfabetização e Letramento Será que meu filho estará alfabetizado ao final deste ano letivo? Como acontecerá esse processo? Por Gisele Cristiane Furtado

E

ssas questões são comuns entre os pais dos alunos que estão passando pelo processo de alfabetização. Muitos desconhecem, porém, o fato de que as crianças já estão inseridas em um mundo letrado e, portanto, já chegam à escola com experiências e significados em relação às atividades de leitura e escrita. O processo de alfabetização começa bem antes e vai além do saber ler e escrever de maneira sistemática. É um processo tão bonito quanto complexo. Há pessoas que escrevem e leem, porém, não têm habilidades para interpretar e compreender textos e operações matemáticas. A aquisição da habilidade de leitura não se

restringe a identificar e memorizar as unidades sonoras de cada palavra. A leitura plena transcende a alfabetização funcional e opera ao nível da significação. Trata-se de um processo longo que se estende pelas séries iniciais do Ensino Fundamental I. Ampliando o sentido do que tradicionalmente se conhecia por alfabetização, o termo letramento nos acompanha na vida escolar atualmente, em que abrange os usos e funções sociais da leitura e da escrita. Para Vygotsky (1984), “o letramento representa o coroamento de um processo histórico de transformação e diferenciação no uso de instrumentos mediadores”. O aluno letrado lê e escreve sempre inse-

rido em um contexto social em que essa prática tem uma motivação concreta e por isso faz sentido, revelando-se parte constitutiva de sua vida. Cumpre ressaltar que não há total desvinculação entre letramento e alfabetização. Embora constituam processos distintos, não se pode desconsiderar a relação de interdependência e indissociabilidade que se estabelece entre ambos. Além disso, é preciso ter claro que a dinâmica é dupla: quem ensina deve estar aberto para aprender e quem aprende tem sempre algo para ensinar. Na prática, isso significa que o professor deve revezar o turno de fala com seus alunos: é preciso garantir que as crianças falem e partici-


pem ativamente das aulas. O professor deve necessariamente parar para ouvi-las, e efetivamente ler e valorizar o que elas escrevem. Só assim as produções orais e escritas das crianças passam a ter sentido. A excelência na arte de alfabetizar e letrar advém da consciência do professor de que o aluno não chega “vazio” à sala de aula. O sucesso da prática pedagógica está justamente em respeitar tanto a bagagem cultural quanto a inteligência do aluno no processo de construção de um conhecimento comum. Assim, respeitadas na sua individualidade, movidas pela curiosidade científica e afeitas aos desafios dos novos tempos, as crianças desenvolvem-se plenamente e crescem felizes, porque ao longo do processo tornam-se conscientes não apenas de suas habilidades e capacidades, mas também, de seu espaço e de seu papel na sociedade.

Gisele Cristiane Furtado é professora de 1º ano do Ensino Fundamental


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Ser melhor

Protagonismo juvenil A importância de entender e participar das Políticas Públicas para a Juventude Por Tiago Silva de Oliveira

A

s diretrizes da ação evangelizadora da Província Marista Brasil Centro-Sul sinalizam a importância da participação político-social de nossos jovens. Dentro daquilo que pensamos como protagonismo juvenil, insere-se a participação efetiva em espaços de elaboração e execução de políticas para a juventude. Assim, o jovem tem a possibilidade de vivenciar sua cidadania, sendo semente de transformação social e apropriando-se de seus direitos e deveres. As diretrizes da ação evangelizadora, do setor Pastoral, afirmam que reconhecemos que as crianças e jovens estão em processo de amadurecimento na fé e discernimento de seu papel social e político. Por isso, devemos cuidar para que as experiências promovidas sejam cada vez mais participativas desde sua concepção, fazendo com que a dimensão pessoal,

comunitária e social encontre maior significado para os mesmos. Assim, respeitamos os tempos do desenvolvimento das infâncias e juventudes, ajudando-as a formar um caráter ético e colaborando no discernimento de sua vocação. Na intenção de criar um espaço de reflexão sobre políticas públicas para a juventude, nasceu esta ação. Oportunizar ao jovem um contato com representantes do poder público para que ele pudesse iniciar uma tomada de consciência sobre seus direitos, deveres e o que ele pode esperar do Estado no que tange a direcionamentos governamentais para a juventude. Para isso, foi idealizada pela equipe de Pastoral uma manhã de formação com estudantes do EFI, EFII, e EM. Nesta manhã, os estudantes participaram de uma palestra ministrada por representantes da prefeitura que coorde-

nam os programas de políticas públicas para a juventude. Com o FI e FII abordamos os seguintes temas: o que são políticas públicas, princípios básicos de um pensamento democrático, posicionamento ético e de respeito aos espaços públicos (escola, casa, praça, ruas), cuidar de si e do outro, somos responsáveis por todos. Com o EM abordamos os seguintes temas: primeiro emprego, mercado de trabalho, espaço do Ribeirão Jovem, o que são políticas públicas, 1º voto, título de eleitor, violência, direção e álcool. É oportuno investir nossos esforços em iniciativas como esta, sabendo que os resultados não são imediatos, mas são sementes que, plantadas aqui, crescerão certamente em uma sociedade mais justa e solidária. Assim desejamos.

Tiago Silva de Oliveira é Agente de


Destaque

A promessa do MotoCross Com apenas oito anos, Rodolfo Bicalho já é piloto mirim

C

ertamente, esta edição da revista Em Família tem em comum a paixão por velocidade. Na seção Gente Nossa, o já consagrado piloto Hélio Castroneves concede-nos uma entrevista exclusiva e conta-nos como iniciou sua carreira. Já nesta página, os leitores poderão conhecer um pouco mais sobre o nosso aluno, Rodolfo Bicalho, que com apenas oito anos já é piloto mirim de motocross. Rodolfo cursa atualmente o 3º ano A no período da manhã com a professora Edilaine e, no Colégio Marista de Ribeirão Preto, brinca com os amigos, participa das aulas, apronta algumas travessuras, enfim, é uma criança como qualquer outra da sua idade, exceto por “voar” a 50km/h em uma moto.

A paixão pelo esporte foi herdada do pai, Ricardo Bicalho, mecânico, técnico e também piloto, que adora brincar com a moto do filho nas horas vagas. Segundo o pai, Rodolfo andava de bicicleta, mas queria mesmo uma moto e, depois de muita insistência e incentivo da família, Ricardo cedeu e o presenteou. Desse momento em diante foram só conquistas! As primeiras aceleradas aconteceram com apenas cinco anos. Pouco tempo depois, Rodolfo já demonstrou habilidade sobre duas rodas: participou de um campeonato em Atibaia e se deu muito bem: subiu ao pódio e foi contratado por uma das maiores empresas do mundo!E 2012 será ainda mais promissor. Vamos torcer pelo nosso campeão!

No pódio O piloto mirim é extremamente dedicado, faz alongamento e aquecimento antes dos treinos que acontecem aos domingos em uma fazenda na cidade de Brodowski. Tamanho empenho e dedicação renderam a Rodolfo alguns títulos: • Campeão Mirim da Copa Verão de Motocross 2011 (Atibaia – SP) • 2º lugar – categoria 50cc na Final Copa PaulistadeMotocross2011(Indaiatuba – SP) • 1º lugar – categoria 50 cc na 6ª etapa da Copa Paulista de Motocross 2011 (Laranjal Paulista) • 3ºlugar–categoria50ccnoAmadorde Motocross 2011 (Itupeva) • 1º lugar – categoria 50cc na Copa TriboLestePaulistadeMotocross2010 (Cerquilho – SP)

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Caleidoscópi�

Laboratório de informática: computadores de última geração e monitores de LED trazem agilidade às pesquisas e tornam as aulas ainda mais atrativas.

Inglês preparatório para vestibular: exclusivo e gratuito para todo Ensino Médio.

Missão Solidária Marista: uma experiência vivida por 70 jovens corajosos, determinados e ousados, de cinco estados, que aceitaram o convite de, em apenas uma semana, descobrir o verdadeiro sentido da solidariedade.

Estudantes Maristas contam com uma unidade CNA dentro do colégio. As aulas acontecem no contraturno e atendem alunos a partir de cinco anos. Aproveitem!

O Colégio Marista disponibiliza aos estudantes, familiares e colaboradores rede wi-fi para acesso à internet na praça de alimentação e na biblioteca infantil.

Educar através de exemplos e praticar a sustentabilidade em ações diárias é dever de todos. Para incentivar estudantes e professores, foram implantadas lixeiras de coleta seletiva na EI e EFI.

A parceria com a Companhia Athletica traz inúmeros benefícios a toda família Marista: cursos de férias para as crianças, preços especiais para planos kids, teens e college. Informem-se!

A praça de alimentação dispõe agora de sanitário infantil para uso exclusivo de crianças de até seis anos acompanhadas por seus responsáveis.



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Diz aí

Redes sociais e a educação: dá pra curtir essa ideia? A

frase “As redes sociais vieram pra ficar” pode parecer clichê, mas realmente elas estão cada vez mais próximas e frequentes no cotidiano dos jovens e também dos adultos e crianças. Para favorecer essa troca de

informações, o Marista dispõe de espaço multimídia, salas multimeios e áreas com internet wi-fi para seus estudantes aproveitarem ao máximo os benefícios que a tecnologia tem para oferecer. Compartilhar um mesmo pensa-

mento, curtir uma poesia ou comentar um post já fazem parte do dia a dia dos nossos estudantes, mas será que as redes sociais contribuem também para educação? Nossos estudantes asseguram que sim!

Para mim, com a inclusão da tecnologia na vida dos professores, tudo ficou mais fácil. Podemos manter um melhor relacionamento com o professor, conversando pelas redes sociais ou também podemos tirar alguma dúvida sobre alguma tarefa, trabalho e afins. O Facebook é uma rede social muito legal por isso, você pode a qualquer momento conversar no chat com o professor, ou deixar uma mensagem e ele vai te responder. As redes sociais são ferramentas poderosas para manter uma relação estável com os professores, pois muitos de nós, alunos, passamos grande parte do tempo do nosso dia no computador, seja fazendo uma pesquisa, ou em sites de relacionamento, etc., Um bom convívio com quem vai te ensinar é sempre bom!

Escola e tecnologia estão cada vez mais interligadas. Atualmente, ferramentas digitais fazem parte do aprendizado do aluno. Elas disponibilizam conteúdos relacionados às aulas, como vídeos, textos, apresentações complementares e também materiais para estudos. Ter o fácil acesso a um ambiente comum para alunos e professores facilita a difusão do conhecimento e a interação social entre estudantes. Ao utilizarmos tecnologias de informação de forma específica e massiva com o objetivo de aprendizagem, estamos fortalecendo os vínculos sociais entre alunos e professores.

Quando eu penso em educação, eu não penso só em escola, em livros, eu também penso na internet e nas redes sociais. As redes sociais são bem influentes na vida do jovem que as utiliza. A partir do momento em que você compartilha, curte ou dá retweet em algo contra a corrupção, a discriminação social ou racial e questões culturais, já é um aprendizado. Nós temos que usá-las a nosso favor, lembrando que não devemos deixar de fazer nossas obrigações para viver em função delas. Através dessas redes, podemos conversar com nossos professores, trocar ideias sobre a matéria com nossos amigos e nos informar sobre os acontecimentos do mundo. Toda rede social nos disponibiliza aprendizado; é só saber usá-la.

Mariana Camargo Costa, 16 anos – 1ª série B EM

Mariana de Oliveira, 13 anos – 9º B

Caio Oseas Kunze, 14 anos – 9º B



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Educa�

Ensino Fundamental

Novos saberes e fazeres O Ensino Fundamental na Perspectiva Marista Por Lúcia Inês de Oliveira Souza Montagnani

P

ensar na criança que ingressa no 1º ano do Ensino Fundamental aos seis anos de idade, requer alguns entendimentos específicos de como se dá o desenvolvimento cognitivo da criança, desde o seu nascimento. Nesse sentido, ressaltamos, na perspectiva Marista, a Teoria de Epistemologia Genética de Piaget, que estabelece que o desenvolvimento da criança se dá por estágios hierárquicos que decorrem desde o nascimento até os dezesseis anos de idade, e a Teoria Sociointeracionista de Vygotsky, que estabelece que o conhecimento é adquirido através das relações entre as pessoas por meio da linguagem e da interação social. Ambas as teorias se complementam como desencadeadoras para o desenvolvimento sócio-cognitivo da criança.

Mas sabemos que atualmente as crianças e os jovens sofrem muitas influências do meio em que vivem e interagem, das mídias e do mundo virtual e, por isso, a escola precisa se utilizar desses contextos e das culturas infanto-juvenis para produzir saberes e fazeres. Nessa perspectiva, a Proposta Marista de Educação para o Ensino Fundamental está voltada para uma práxis inclusiva que dialoga com essas novas formas de construção de conhecimento, proporcionando no espaçotempo escolar, a negociação de sentidos e significados, a reflexão crítica, a apropriação, a produção e a ampliação do conhecimento e não apenas a reprodução. Por isso, o currículo nas escolas Maristas abre espaço para o multiculturalismo e contempla aspectos rele-

vantes para o desenvolvimento acadêmico, pessoal e social das infâncias e juventudes. Aspectos como a diversidade cultural e a formação do sujeito, as concepções de pessoa e de sociedade que desejamos formar, construir e vivenciar, a valorização do outro numa perspectiva ético-cristã e a consciência planetária visando à sustentabilidade, são também conteúdos que perpassam as áreas de conhecimento. Articular estas questões, aliadas aos objetivos pedagógicos e didáticos, é uma prática contínua que visa a formação de um jovem solidário, pesquisador e comunicativo, além de proporcionar o desenvolvimento da autonomia e do pensamento crítico no processo ensino-aprendizagem e o protagonismo infanto-juvenil.

Lúcia Inês de Oliveira Souza Montagnani é coordenadora Psicopedagógica do Ensino Fundamental II e Ensino


Nesse contexto, ressaltamos também a importância das famílias como parceiras corresponsáveis na promoção, descoberta e construção do conhecimento, orientando e acompanhando os processos educativos, essencialmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Dessa forma, seguindo os ideais do fundador Marcelino Champagnat, proporcionamos e buscamos a formação das crianças e dos jovens em sua inteireza - evangelizar através da excelência acadêmica, harmonizando fé, cultura e vida, sustentando os princípios e os valores Maristas e preparando os estudantes para todas as provas da vida.


Educa�

Ensino Médio

Julio

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O novo Ensino Médio Uma nova postura diante do processo de construção do conhecimento e da disseminação de saberes Por Prof. MSc. Roberto Gameiro

O

Ensino Médio é a última etapa da Educação Básica, que é constituída, também, pela Educação Infantil e Ensino Fundamental. Ao longo dos anos, o Ensino Médio teve denominações diferentes, conforme os elementos norteadores do sistema educacional brasileiro; assim, já foi chamado de Colegial, na época em que a segunda etapa do Ensino Fundamental era chamada de Ginasial. Posteriormente, assumiu o nome de 2º Grau, quando havia, também, o 1º Grau. Isso, sem que viajemos para um passado mais distante, em que havia o curso Primário e o Secundário. Eis aí o porque de ainda hoje algumas (muitas) pessoas “tropeçarem” no vocabulário quando tentam se referir aos cursos que os filhos frequentam. A denominação Ensino Médio foi adotada a partir da promulgação, em dezembro de 1996, da Lei 9.394, das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a qual definiu as suas finalidades, entre as quais saliento a de propiciar o aprimoramento do educando como pessoa

humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. O Novo Ensino Médio Marista de Ribeirão Preto Quando, no ano passado, a nossa escola assumiu o novo conceito em sala de aula, havia, obviamente, um embasamento na utilização das novas tecnologias que foram introduzidas no dia a dia dos professores e dos estudantes. Mas, para além do uso desses facilitadores das aprendizagens e do ensino, havia uma nova postura diante do processo de construção do conhecimento e da disseminação de saberes. O currículo é trabalhado por competências e não apenas com enfoque no conteúdo, o que favorece a aquisição das capacidades de abstração, do desenvolvimento, do pensamento sistêmico, da criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar múltiplas alternativas para a solução de problemas, do desenvolvimento do pensamento divergente, da capacidade de

trabalhar em equipe, da disposição para procurar e aceitar críticas, da disposição para o risco. Para isso, optamos preferentemente pela ação docente interdisciplinar, o que permite superar aquela visão fragmentada dos fenômenos e segue ao encontro das propostas do MEC de organização curricular em três grandes áreas (Linguagens e Códigos, Ciências da Natureza e Matemática e Ciências Humanas e suas Tecnologias). Estamos, com certeza, à frente de outras instituições nesse caminho de implementação de um Ensino Médio inovador, adequado aos novos tempos, às novas tecnologias, às mudanças que ocorrem com celeridade na produção de bens, serviços e conhecimentos e que exigem que a escola procure integrar seus alunos ao mundo contemporâneo, formando-os para a superação da situação atual e encorajando-os a perseguirem com firmeza a construção de uma sociedade mais justa, mais solidária, mais amorosa e mais competente. Roberto Gameiro é Diretor



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Gente noss�

Helio Castroneves Campeão dentro e fora das pistas O ex-aluno Marista e atual piloto Helio Castroneves concedeu uma entrevista exclusiva à EmFamília e nos contou sobre as lembranças do Colégio Marista de Ribeirão Preto, como iniciou sua carreira, as conquistas e projetos futuros. Hélio nasceu em São Paulo e aos dois anos se mudou com a família pra cá, por iniciativa do pai Sr. Hélio, que montou uma empresa na cidade. Deixou Ribeirão Preto apenas em 1995, quando foi dar continuidade à carreira nos Estados Unidos. A partir daí, Hélio se tornou uma das personalidades mais populares do esporte. Neste ano, o veterano da equipe Penske retornará à sua 13ª temporada em busca das 500 Milhas de Indianápolis pela quarta vez e do pódio na categoria.

Quais as recordações você leva da época em que estudou no Marista?

Conte-nos um pouco sobre seu ingresso neste esporte.

Foi uma época deliciosa. Os professores sempre foram muito legais e o grupo de amigos era fantástico. Mas não era mole, não, pois o ensino sempre foi de alto nível, os professores exigem bastante dos alunos para que eles consigam aprender e tem de ser assim mesmo. Quando minha filha for para a escola, espero que ela esteja numa escola, aqui nos Estados Unidos, com o mesmo nível de excelência do Marista. A minha melhor lembrança é o ambiente familiar, fraterno, de amparo, de segurança, de carinho. Uma extensão da minha casa.

Eu aprendi a gostar de automobilismo dentro de casa. Meu pai sempre gostou muito do esporte e tinha uma equipe de Stock Car. Eu era pequeno e nem tinha idade para entrar nas pistas, mas eu me escondia no porta-malas do carro e acompanhava todo o trabalho dos mecânicos, pilotos e as corridas de dentro dos boxes. Um dos pilotos do meu pai era o Alfredo Guaraná Menezes, que me deu um kart de presente quando eu tinha 11 anos. Comecei a competir e nunca mais parei.

Qual a importância do Marista na sua formação pessoal/profissional?

Sem dúvida, tenho muita honra de ter vencido por três vezes a 500 Milhas de Indianápolis, que é a principal corrida dos Estados Unidos, e de ser, também, o brasileiro com o maior número de vitórias na Fórmula Indy, com 25. Mas tenho muito chão pela frente e quero conquistar bem mais.

O Colégio Marista, com sua disciplina, organização e muita responsabilidade na formação cidadã de seus alunos, teve e tem uma participação fundamental na minhavida. Em muitos momentos, na hora de tomar decisões, muitos ensinamentos adquiridos no seio familiar e no Marista vêm à mente como uma contribuição valiosa. Como você começou correr? Sabemos que seu pai foi um grande incentivador.

Quais foram suas maiores conquistas e títulos?

Em 2012 você lançou o “O Caminho da Vitória”. Quais fatores o motivaram a escrever este livro? Às vezes, a vida de um piloto de competição parece ser perfeita, somente com

felicidades e conquistas. Quis mostrar que não é bem assim, as dificuldades são enormes e o sucesso só vem com muito trabalho, esforço, dedicação, frustração e também tristezas. Se com o meu exemplo eu puder ajudar alguém a superar suas dificuldades e alcançar seus objetivos, será uma alegria muito grande. E no livro fiz questão de mencionar e fazer o agradecimento ao Marista por tudo de bom que ele representou na minha vida e na minha formação. Foi demais! Quais seus planos para 2012? Quero vencer a 500 Milhas de Indianapolis pela quarta vez e ser campeão da categoria. São objetivos difíceis, mas vou buscá-los com todas as minhas forças. Deixe um recado para os alunos e famílias maristas. Quero mandar um enorme abraço para toda a galera do Marista e agradecer demais os momentos felizes que passei aí. Tornei-me um campeão na carreira que escolhi. Isso pode acontecer também com cada um de vocês, basta lutar com muita dedicação, esforço, amor, respeito ao próximo e manter o sonho sempre vivo. É isso aí e vamos que vamos!


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Essência

Por que o Marista é o Marista? Convidamos dois irmãos maristas, Ir. João Batista Pereira e Ir. Claudiano Tiecher, para nos contar por que, apesar de mudarem as pessoas e os lugares, o espírito de família sempre faz parte de um colégio Marista

A comunidade como fonte da vida

D

esde a sua fundação, no dia 2 de janeiro de 1817, o Instituto Marista se guia pelo seu carisma, um legado deixado por São Marcelino Champagnat, nosso fundador. É esse carisma que faz com que todas as Unidades Educativas do mundo se pautem em um mesmo perfil, seguindo um mesmo fio condutor. O que chamamos de carisma marista, nada mais é do que o SER (= espírito) e o AGIR (= missão) de uma pessoa e/ou de um grupo. Todos, irmãos e leigos, que estão engajados na obra marista são convidados a viver esse carisma, ou seja, o seu jeito de ser e agir, com um mesmo espírito em vistas de uma única missão: “Formar cidadãos humanos,

éticos, justos e solidários para a transformação da sociedade por meio de processos educacionais fundamentados nos valores do Evangelho, do jeito Marista”. É dessa maneira que se consegue ter essa linha de atuação e essência únicas. Todas as congregações religiosas existentes são desafiadas a viver o seu modo próprio de evangelizar de acordo com a inspiração divina que teve seu fundador. O Instituto Marista, por meio da educação das crianças e jovens, de maneira toda especial os empobrecidos, torna-se único, usando seu carisma, de forma atualizada, em cada realidade inserida nos 5 continentes onde se fazem presentes, colocando dessa forma em prática a missão deixada por São Marcelino Champagnat. São muitos os valores que ali-

cerçam a Obra Marista e que proporcionam a vivência do carisma e nossas ações apostólicas. Destacamos o amor ao trabalho, a simplicidade, a justiça, a presença significativa, a espiritualidade e o espírito de família. O Espírito de Família sempre esteve presente na Instituição Marista desde a sua fundação. O padre Marcelino Champagnat, com este valor, vislumbrava a construção de uma relação de parceria ativa entre as pessoas. Para isso era preciso acolhê-las e compreendê-las como diferentes e complementares. Esse mesmo Espírito de Família valoriza a construção coletiva, a autonomia responsável, a flexibilidade, a ajuda mútua e o perdão. Já na época do Pe. Champagnat e nos dias atuais ousa construir comunidade, com alegria, e fazer dela fonte de vida.”

Irmão João Batista Pereira Grupo Marista


Marista, um centro de fé, cultura e vida

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nossa essência reside em Marcelino Champagnat. Repleta dela, as pessoas, a geografia e a cultura abrem-se para um jeito peculiar de educar, que perpassa gerações e continua sempre atual nos variados contextos e situações em que se encontram as infâncias e as juventudes. Temos em Marcelino – homem que moldou uma educação inovadora para a época, mesclando a formação do cidadão e do cristão – uma personalidade forte, que suportou as adversidades do tempo e da história. Para ele, que tinha uma inteligência prática, a preocupação era formar professores que, antes de ensinarem, recuperassem a dignidade da pessoa, amando-a e preparando-a concretamente para os desafios da vida. Eis a essência do Marista: professores que amam, apaixonados pela missão de educar e evangelizar nos mais diferentes ambientes educativos. Cada estudante é único e respeitado em sua singularidade. Talvez esse seja o elemento-chave quando apontamos uma diferença regional entre os Colégios Maristas e, ao mesmo tempo, nos deparamos com uma igualdade de “espírito”. Impressionante é essa mesma energia contagiar os diver-

sos Colégios Maristas. Podemos afirmar que as pessoas são diferentes, mas o espírito é o mesmo. As atividades podem e devem manifestar a cultura local, mas o que nos envolve e nos faz ser reconhecidos é uma proposta que insiste nos valores de abnegação de si mesmo e abertura aos outros. O que faz um Colégio Marista ser único é a capacidade de se transformar em um centro de fé, cultura e vida. Acredito que a escola Marista é por excelência um movimento intenso de ensino e aprendizagem, em que o educando é o protagonista do próprio futuro. O espírito de família é o que nos diferencia. É feito de amor e perdão, entreajuda e apoio, esquecimento de si, abertura aos outros e alegria. Tudo isso impregna nossas atitudes e nosso proceder, de modo que o irradiamos onde quer que nos encontremos, seja na sala de aula ou em outros ambientes educativos. No dia a dia, construímos tal espírito por meio do amor ao trabalho. Nossas escolas são desafiadas, pelo Projeto Educativo, a serem espaço tempos de construção de relações interpessoais, de confiança recíproca, de perdão, de diálogo, de alteridade e de corresponsabilidade, estabelecendo um elo fraternal, de família, entre os integrantes da comunidade educativa.”

Ir. Claudiano Tiecher | Diretor-Geral do Colégio Marista João Paulo II - Província Marista do Rio Grande do Sul


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Como fazer

Menos ĂŠ mais Movimento sugere que as pessoas diminuam seus ritmos de vida para que o organismo nĂŁo entre em colapso e o planeta seja um ambiente sustentĂĄvel


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iminuir o ritmo para reconectar-se consigo mesmo, com as pessoas e com o ambiente em que se vive. Esse é o objetivo principal do movimento “Slow Life”, que surgiu na Itália, inicialmente conhecido como “Slow Food”, contra as redes de fast food e a produção insustentável de alimentos. Em seguida, vários países uniramse ao movimento e foram ampliando seus objetivos, a ideia era desacelerar não só na alimentação, mas em vários setores: indústria, educação, cultura, tecnologia e em tudo que fosse possível proporcionar ao ser humano menos estresse e ansiedade. “A ansiedade vem de um sentimento de vulnerabilidade. É uma pressão interna que deixa a pessoa acelerada sem um motivo concreto. Estar ansioso sinaliza que ela se sente sob alguma ameaça, que pode vir de dentro ou de fora, de um estado interno que não dá conta ou uma situação que oferece alguma ameaça para ela”, explica a psicóloga Aline Mamede. O ansioso pode se prejudicar no trabalho, nos estudos, na vida afetiva e social. Sua produtividade e rendimento podem cair, sua concentração

pode diminuir e pode vir a ter dificuldades de executar tarefas. “Seu comportamento pode prejudicar não só a si mesmo, como seus colegas de trabalho ou estudo, devido à sua falta de atenção e concentração e seus constantes questionamentos e apreensões”, diz Aline. É extremamente importante desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer. Tudo para que diminua a ansiedade em relação ao mundo, e, consequentemente, ao estresse. “Não temos como fugir, porque vivemos em um corre-corre incessante que nos traz desgaste e estresse. Trabalhar sistematicamente a ansiedade é fundamental para acalmar nosso corpo nas suas impulsividades”, ressalta a piscóloga. Exercícios físicos, relaxamento muscular, dedicação a atividades que tranquilizam, como escutar música, cuidar de plantas, trabalhos manuais, orações, podem ajudar. É importante que haja esta mudança de hábitos no estilo de vida.

É preciso desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer.


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Como fazer

desacelere Que tal pisar no freio e viver uma vida mais feliz? dentifique as I fontes do estresse

Defina limites

Tente descobrir os desencadeantes. Você se sente ansioso antes de uma prova? Está com a agenda cheia de compromissos? Talvez você esteja além do limite e se sente irritado e cansado. Após identificar as fontes, tente minimizá-las o máximo possível.

Não tenha medo de dizer “não” antes de assumir um grande número de compromissos, especialmente se você está equilibrando seu tempo entre faculdade, trabalho e atividades extracurriculares. É importante definir as prioridades para não se sobrecarregar. Dizer “não” pode, além de ajudá-lo a controlar o estresse, dar-lhe mais controle sobre sua vida.

Fale e compartilhe

Controle a respiração

Expor os sentimentos sem ser julgado é essencial para manter uma boa saúde mental e lidar melhor com estresse. Converse com amigos sobre como está se sentindo. Explique ao seu professor que está tendo problemas com alguma matéria, por exemplo.

eserve mais R tempo para você Antes que você chegue ao limite, procure um tempo para ficar só e fazer o que quiser, longe das preocupações e responsabilidades do mundo. Às vezes este tempo precisa ser obrigatório, ou seja, reservado para uma atividade de relaxamento ou lazer.

Respirar pode medir e alterar o seu estado psicológico, fazendo um momento estressante aumentar ou diminuir de intensidade. Preste atenção em sua respiração. Inspirar profundamente e em seguida soltar o ar lentamente é uma excelente técnica para se sentir mais relaxado.

Exercite-se diariamente Exercícios físicos aumentam a liberação de endorfina, substância produzida naturalmente no cérebro que traz sensação de tranquilidade. Estudos mostram que o exercício, juntamente com o aumento da liberação de endorfina, faz aumentar a confiança, a autoestima e reduzir as tensões. Além do mais, se você já andou por vários quilômetros, sabe como é difícil pensar em seus problemas, quando a sua mente está focada em andar.


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Compartilhar

Vida digital Preparamos uma listinha com algumas novidades que podem facilitar sua vida ou deixá-la mais divertida

Software

P.O.K. – PROTECT OUR KIDS

Áudio-livro

MANUAL DE MÃES E PAIS SEPARADOS (grátis) Educar os filhos não é tarefa fácil, principalmente quando pai e mãe não convivem juntos um com o outro. Esse livro, disponibilizado em áudio para o Windows, foi escrito com o apoio de vários especialistas no assunto – e o mais legal: especialistas brasileiros! Onde: site TechTudo

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Sua vida de pai será mais tranquila com esse software instalado no seu Windows. Não é para proibir os filhos de terem relacionamentos com amigos e até com namorado ou namorada, mas para proteger os pupilos diante de ameaças realmente perigosas, como pornografia, abusos e coisas do tipo. Caso, por exemplo, o P.O.K. rastreie uma frase como “Onde você quer me encontrar?”, ele bloqueia a conexão à Internet no computador em que está sendo usado. Onde: site TechTudo

Quiz

QUE PAÍS É ESSE? (grátis)

Será que você consegue acertar o nome de cada país recebendo apenas dicas sobre sua história, datas e dados? Junte seu filho, curta um momento ao lado dele e teste seu conhecimento. Quem será que sabe mais? Onde: site Racha Cuca

Aplicativo Aplicativo

BABY MONITOR & ALARM

LINA – LOVE IS NOT ABUSE

(grátis)

(grátis)

Mamães e papais de todo o mundo que têm smartphone com o sistema Android poderão sair à noite e deixar seus bebês em casa com a babá ou com outro responsável sem dor de cabeça. O aplicativo tem cinco funções, entre elas o “Mum’s Voice”: a mãe grava um recado para o filho e, caso o celular que está próximo à criança reconheça seu choro, o aparelho reproduz a gravação.

Esse aplicativo para iPad foi criado pensando em esclarecer e educar as pessoas sobre os abusos nas relações digitais, o famoso cyberbullying. Feito especialmente para os pais, o Lina é uma ótima ajuda na hora de identificar esse tipo de problema, geralmente difícil de ser reconhecido.

Onde: site Google Play – Aplicativos para Android

Onde: iTunes


Prateleira É UM LIVRO Minha primeira indicação é para os pequenos da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Pequenos Leitores, que tal conferir um divertido livro com o título: É UM LIVRO, da autora LANE SMITH publicado pela editora COMPANHIA DAS LETRINHAS. Dois seres muito inteligentes e curiosos, que se encontram numa divertida

aventura, em torno de um “estranho objeto”, rolando uma página após a outra, deixando-se envolver por um bate-papo que leva a uma fascinante descoberta. Que tal um dowload dessa divertida história?

A INVENÇAO DE HUGO CABRET Que tal conferir também o livro: A INVENÇÃO DE HUGO CABRET, do autor BRIAN SELZNICK, e tradutor MARCOS BAGNO, e conferir os detalhes que o filme não traz, se emocionar com o menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris, esgueirando-se por passagens secretas, descobrir sua principal ocupação e responsabilidades, perceber o que realmente fascina seus olhares. Tudo em busca de desvendar uma comovente história

que exige de Hugo coragem para enfrentar muitos riscos, principalmente quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam seu caminho. Que tal ir já para a estação e tomar esse trem agora? Quem indica: Zeneide de Lima, Biblio-

tecária – Colégio Marista São Luis

CYBERBULLYING E OUTROS RISCOS NA INTERNET DESPERTANDO A ATENÇÃO DE PAIS E PROFESSORES - 2011 Autora: ANA MARIA DE ALBUQUERQUE LIMA Editora: Wak Quem indica: Márcia Regina Savioli, Diretora Educacional – Colégio Marista

Nossa Senhora da Glória

Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação. - 2011 Autor: Ismar de Oliveira Soares Editora: Paulinas Quem indica: Irmão Vanderlei Siqueira dos Santos, Diretor Geral – Colégio Marista Pio XII – Ponta Grossa


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Solidariedade

Um jeito diferente de formar educadores C

om a intenção de contribuir com o acesso à formação de qualidade para todo o território nacional, a Rede Marista de Solidariedade (RMS) lança a Formação a distância para educadores da Primeira Infância. Voltado à extensão e pós-graduação de educadores que atuam na Educação Infantil, o projeto — desenvolvido em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) — faz parte de uma série de iniciativas da RMS no Advocacy da Primeira Infância. As aulas contarão com a tecnologia e a experiência em educação a distância da PUCPR, e foram preparadas para atender a demanda daqueles que não têm graduação, com a modalidade extensão, e aqueles que têm graduação, com a modalidade pós-graduação. Um grande diferencial da formação está na sua proposta de trabalhar o currículo da educação infantil com enfoque em direitos da criança e do adolescente. O principal objetivo da RMS ao desenvolver este projeto na modali-

dade de Educação a Distância (EAD) é ampliar o acesso à formação para públicos de diferentes regiões. Por meio de parcerias, o curso tem custos reduzidos e referentes apenas à sua execução. Os conteúdos estão sendo produzidos por especialistas que são referência nacional e internacional nos temas. Cada aluno terá acesso a ferramentas como correio eletrônico, fórum, material didático-online, chats, filmes, links e videoaulas, além do acompanhamento de um tutor especializado para grupos de 50 alunos. Para a obtenção dos certificados de pós-graduação, os alunos deverão apresentar trabalhos de conclusão de curso nos seminários presenciais. A iniciativa conta com o apoio de outras organizações, como a ONG Criança Segura, e está sendo divulgada a instituições e organizações públicas e privadas. A primeira turma terá início no segundo semestre de 2012 e as vagas são destinadas a pessoas jurídicas, por meio de cotas.

O Advocacy da Primeira Infância O termo Advocacy, ainda sem tradução para o português, significa lutar por uma causa, conscientizando a sociedade, capacitando agentes transformadores, mobilizando a população e acompanhando a atuação do poder público. O advocacy na Primeira Infância é realizado a partir das práticas institucionais. A RMS reconhece a importância da primeira infância para o desenvolvimento integral das crianças ao considerar as culturas infantis nos seus diferentes contextos e a concepção de criança enquanto sujeito de direitos. Para isso, integra as diretrizes institucionais com as políticas sociais de promoção humana e cidadã.


Atuação da RMS na Primeira Infância

Contribuição técnica em documentos relevantes para a área, como o Plano Nacional Primeira Infância.

Realização da Formação a distância para educadores da primeira infância.

Grupos de estudo e sistematização das práticas, tendo como resultado duas publicações: Currículo em movimento na Educação Infantil (parceria com a Rede Marista de Colégios) e Cores em composição na Educação Infantil (práticas dos Centros Educacionais e Sociais).

A Educação Infantil na RMS é desenvolvida em nove Unidades Sociais Maristas, e promove uma educação de qualidade para 1.304 crianças atendidas anualmente nos municípios de São Paulo (SP), Santos (SP), Ponta Grossa (PR), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Samambaia (DF).

Representatividade em espaços como a Rede Nacional da Primeira Infância e o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, na busca por transformações significativas e duradouras para as infâncias e juventudes.

Aprimoramento do processo de avaliação da Educação Infantil.

Desenvolvimento do Programa Itinerários Formativos, com a realização de eventos de formação com o foco no fortalecimento da rede de atendimento à primeira infância. Em 2012, quatro seminários serão realizados buscando potencializar toda a rede de atendimento à primeira infância.


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Solidariedade

Onde estão as crianças? Guia de fontes revela dados sobre as infâncias

C

om a intenção de dar visibilidade à real situação de crianças e adolescentes brasileiros, a Rede Marista de Solidariedade — por meio do Centro Marista de Defesa da Infância e contando com o apoio do Instituto HSBC Solidariedade — sistematizou ao longo de 2011 um documento que possibilita identificar onde estão as informações sobre a infância e adolescência no Brasil. A publicação FONTES SOBRE A INFÂNCIA: Diagnóstico de fontes estatísticas sobre a criança e o adolescente, lançada em abril, compila informações sobre fontes oficiais, instituições de pesquisas, núcleos e observatórios que abordam indicadores referentes à infância no Brasil, especialmente nos Estados da região Sul do país. O documento também traz elementos que contribuirão com a discussão sobre a criança e o adolescente, além de um resgate histórico da infância. Sem o monitoramento de indicadores específicos — que atualmente são pouco conhecidos, compreendidos ou, até mesmo, inexistentes — as iniciativas de incidência nas políticas

públicas voltadas para a criança e ao adolescente acabam fragilizadas. O diagnóstico realizado pelo Centro de Defesa permitirá revelar aspectos como a disponibilidade da informação, as formas que se apresentam os dados, os direitos que são violados, os programas de ação dos governos, entre outros. A ideia é proporcionar insumos importantes para a formulação/reformulação de indicadores de monitoramento. A melhoria das condições atuais das crianças, adolescentes e jovens e a transformação da sociedade brasileira dependem, em muito, de se dar visibilidade à situação em que elas se encontram. A elaboração de um sistema de indicadores sobre a infância com enfoque nos estados permite a construção de um retrato das nossas infâncias e juventudes. Este sistema pode ser usado como subsídio para argumentos e apontamentos sobre fragilidades e potencialidades; num aspecto jurídico, executivo e legislativo, sobre os direitos das infâncias e juventudes brasileiras.

Para Geliane Quemelo, Coordenadora do Centro Marista de Defesa da Infância, “a Sociedade civil tem um papel muito importante neste monitoramento e desta forma poderá contribuir cada vez mais para que o cenário de violação de direitos não se perpetue. A implementação de um sistema de monitoramento é urgente e oportuna”. O Centro Marista de Defesa da Infância compõe a Rede Marista de Solidariedade, assim como outras 23 unidades sociais que atendem cerca de 11 mil crianças e adolescentes, além de suas famílias e as comunidades onde estão inseridos. Diferente das unidades sociais, que promovem o atendimento direto ao público, a proposta do Centro de Defesa — pioneira no Paraná — está diretamente voltada à defesa dos direitos da infância e juventude. Sua finalidade é contribuir com discussões, pesquisas, publicações, acompanhamento das políticas públicas e assessoramento dos profissionais que atuam na área como forma de melhorar o cenário onde os direitos não são garantidos em sua plenitude.

DVD Direito ao Brincar A Rede Marista de Solidariedade lançou o dvd Direito ao Brincar. Com o apoio da Unicef, o dvd traz vídeos com depoimentos de educadores e educadoras e que mostram brincadeiras e atividades realizadas nas unidades sociais Maristas, além de dicas para atividades com crianças com deficiência, cuidados com o meio ambiente e a adoção de brincadeiras lúdicas e colaborativas.

O dvd faz parte da Campanha Marista pelo Direito ao Brincar. Para assistir aos vídeos das 10 iniciativas pelo Direito ao Brincar e conhecer mais sobre a campanha, acesse o site da Rede Marista de Solidariedade, www.solmarista.org.br.


Acesso e qualidade na Educação Infantil: um direito da criança.

Inscrições so para pessoas mente jurídicas, por meio de co tas.

As cotas de alunos podem ser adquiridas por instituições e organizações públicas e privadas para a formação de atores sociais com vistas ao direito das crianças pequenas à educação de qualidade.

apoio

Mais informações: infancia@marista.org.br solmarista.org.br

realização


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Inspiração

A vitória de Marcus Alegria, atividade intensa e carisma de um aluno mais que especial

M

arcus Neto, como é conhecido no Marista de Goiânia, é um menino doce, alegre e descontraído. Faz todas as atividades, pratica esportes e é popular entre os amigos, professores e funcionários. A vida sorriu para ele e ele soube retribuir, depois do revés que passou quando tinha apenas um ano. A família (Marcus, o pai e a mãe) morava nos Estados Unidos quando foi surpreendida por um incêndio na casa que provocou a morte de sua mãe, por insuficiência respiratória, e deixou graves ferimentos no pai e em Marcus, no dia 24 de dezembro de 2002. No mesmo dia, a sua avó, Maria Alzira Matos de Siqueira, foi ao encontro de todos os que estavam na UTI de um hospital (o neto, o genro e a outra filha). Marcus teve 70% de seu corpo queimado, precisou amputar o antepé e ficou quatro meses na UTI. “Trouxe meu neto para o Brasil entubado com

oxigênio e sonda gástrica. Chegando a Goiânia, ele ficou mais um mês hospitalizado e, somente em maio, foi liberado”, conta Maria Alzira. Marcus precisou aprender novamente a andar, falar e teve um amplo acompanhamento médico e psicológico. A mãe de Marcus havia comentado quase uma semana antes do acidente, que, caso morresse, queria que seu filho ficasse com a sua mãe. “Parecia que ela sabia que algo poderia acontecer”, comentou a avó. Desde que veio ao Brasil, Marcus mora com os avós, agora pais para ele, e leva uma vida completamente normal. “Ele é a razão da nossa vida, minha e do meu marido”, diz Dona Maria Alzira. Hoje com 10 anos, Marcus é um menino que, segundo a avó, tem amigos de todas as idades e em todos os lugares. Pratica judô e natação, toca bateria, adora andar de bicicle-

ta, quadriciclo, tomar banho de rio e ver filmes, principalmente da época em que era neném com sua mãe nos Estados Unidos. Marcus usava prótese, mas este mês fez uma cirurgia, e, segundo Dona Maria Alzira, não quis muito ficar se recuperando; insistiu em ir para a casa. “Ele é uma criança maravilhosa, uma pessoa que não reclama de nada na vida, atura muito bem qualquer tipo de dor”, explica. O pai de Marcus também mora no Brasil atualmente e é uma pessoa super presente na vida do filho. Mas quem tem a guarda do neto é a avó. “Eu nunca deixei ‘cair a bola’. Marcus sempre foi uma criança maravilhosa, é um menino super doce, agradável, preocupado com o bem-estar das pessoas. Ele me chama de avó, às vezes de mãe, além de chamar a madrinha dele de mãe também. Somos uma família muito feliz”, finaliza.



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Marista

Grupo Marista: muito mais que um Colégio D

epois de quase 200 anos de história em educação, é natural que o nome Marista faça você pensar numa grande rede de colégios. Mas o Grupo Marista é muito mais que isso. É uma grande família formada por mais de 14 mil colaboradores que atuam não só na educação, mas também, nas

áreas de saúde, comunicação e uma enorme rede de solidariedade. Na área da educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes con-

dições e necessidades. A área de solidariedade atende diretamente crianças e jovens empobrecidos nas unidades sociais e integra a Rede Marista de Solidariedade, que também compreende iniciativas de todas as áreas de atuação na promoção e defesa dos direitos das infâncias e juventudes.

Bons valores com excelência A missão do Grupo Marista é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor. Conheça nossa família:

EDUCAÇÃO

SOLIDARIEDADE

SAÚDE

Educação Básica | Educação Profissional | Ensino Superior | Editorial

Ampla Rede Marista de solidariedade transversal a todos os negócios do Grupo

6 hospitais, 1 plano de saúde

• 24 mil alunos nos 16 colégios •6 2 mil formandos pela PUCPR •3 mil alunos passaram pelo TECPUC •3 4 milhões de livros vendidos em 2011

• 300 mil atendidos

•2 74 mil atendidos pelos planos de saúde e pelo SUS

COMUNICAÇÃO Lumen Comunicação •6 00 mil impactados na rádio e tv Lumen


A FTD tem livros de literatura tão envolventes, que você corre o risco de ficar mil e uma noites lendo sem parar.

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• Assessoria Pedagógica • Assessoria Comercial • Portal – www.ftdsistemadeensino.com.br Conteúdos multimídia para o Fundamental I e II e Ensino Médio • Banco de Questões para o Fundamental II • Desafio on-line – Português/Matemática do Ensino Fundamental II e todas as disciplinas do Ensino Médio

• Redação para o Ensino Médio – coleção em 3 volumes com vários gêneros textuais • GPS – software com diversas questões: 14000 de Matemática/Português 13000 de Física/Química/Biologia/História 12000 de Geografia 8000 de Inglês 6000 de Espanhol • Bem Lembrado – material desenvolvido para consultas rápidas e estudos de revisão • Enem: Simulados e Caderno Enem

Central de Atendimento 0800 729 3232 atendimento@ftdsistemadeensino.com.br

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