DESIGN MAGAZINE 5 – MAIO/JUNHO 2012

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teja interessado neste desafio. Não se trata de criar directamente emprego, mas é desafiar a capacidade de re-invenção e alertar para oportunidades de quem quiser continuar, começar a trabalhar na área da construção civil sob outra perspectiva – retrofitting the city – construir com o construído. Seria essencial esta inspiração em novas atitudes, pelo que nem sempre as entidades estatais, municipais e de educação conseguem promover as condições para reagir à actualidade tão competitiva. De que forma vão comunicar os resultados das pesquisas? O site www.memo-sito.com reporta para a página da rede social Facebook, manifestamente é um meio de comunicação imediato e participativo. As publicações estão organizadas com levantamento fotográfico, livros, projectos de re-use, cartazes de actividades, apontamentos de estudos e outras imagens de inspiração. O mapa e a listagem estão em fase de elaboração Existe algum tipo de parceria para prossecução do trabalho? A ImagineVirtual é uma excelente parceria de imagem e de gestão de comunicação. Ainda assim estão previstas parcerias com empresas na área da construção civil.

demolição. Não saber dizer por que o imóvel está devoluto para corrigir a situação. São procedimentos, que ficam num impasse e leva os habitantes das imediações a preocuparem-se, com os riscos de infestação, de incêndio e de derrocada. O receio da desvalorização e desaparecimento de actividades nas imediações. Dos edifícios habitados mas degradados, nem todos vêem de bom grado as obras de melhoramento, a preocupação instantânea é o aumento da renda. Desde o auge da aquisição de casa-própria, na generalidade os que mantiveram-se inquilinos deixaram de fazer manutenção das casas e nem todos os senhorios estimaram as suas propriedades, nem todos hoje, têm recursos para fazer face ao desgaste. O património edificado não fica abandonado de uma dia para ao outro, vai sendo abandonado, a cada dia que passa… A manutenção é a prevenção. Há proprietários cansados que optam por deixar o imóvel em estado insalubre, transmitir como herança à próxima geração, que por sua vez pode não estar interessada em dividir e/ou em empreender, e a degradação ocupa-se do resto.

Como avaliam até ao momento os resultados obtidos? A reacção é satisfatória, sendo interessante verificar o interesse de pessoas de diversas áreas, inclusivé turistas. Na vossa opinião quais são os pontos mais críticos das observações e levantamentos que têm feito até ao momento? O paradeiro desconhecido de proprietários ou mesmo a “inexistência” de paradeiros, o que impossibilita imobiliárias de corresponder à procura de transacção, bem como as câmaras municipais de notificar para reabilitação ou

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