Revista Business Portugal Edição de Junho 2021

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MURAD & LINO A beleza do sucesso

Joana Lino e Rita Murad, Empresárias LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | ESPECIAL SAÚDE | ENSINO | MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

REMAX GOLDEN LINE - SÓNIA GODINHO, BROKER REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 1


A sua energia muda tudo Hoje é um bom dia para mudar. Para virar a página e focar a energia nas famílias e nas gerações futuras. Em novos hábitos. Para criar um Mundo 100% sustentável e cada vez mais verde. A transição está na energia de cada um de nós, nos pequenos gestos de todos os dias e numa marca que quer estar sempre ao lado de quem muda, para, juntos, sermos mais felizes. Descubra tudo em galp.com

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ÍNDICE

Nota de boas-vindas...

Junho 2021

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ESPECIAL SAÚDE

ENSINO E INVESTIGAÇÃO

MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR

LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

A excelência organizacional é o patamar que todas as empresas aspiram alcançar e é sustentado pela cultura empresarial, pelos seus valores basilares e, essencialmente, pelo seu capital humano. A cultura de excelência atinge-se com pessoas, capazes de liderar equipas, orientadas e focadas para o cumprimentos de tarefas, metas e resultados, de acordo com a visão e estratégia global da empresa, criando valor para os clientes e stakeholders num processo contínuo de melhoria. A inovação apresenta-se como fator de grande importância, assumindo-se como uma fonte geradora de competitividade, que permite às empresas um maior dinamismo e capacidade à adoção de algo de novo, sempre em busca do melhor. A qualidade destaca-se igualmente como uma ferramenta essencial de gestão, de forma a assegurar a competitividade da empresa e o comprometimento de todos os colaboradores, fornecedores e parceiros no desenvolvimento de uma cultura de excelência. Nesta edição, a Revista Business Portugal destaca, mais uma vez, exemplos de empresas e empresários que são verdadeiros modelos a seguir pela performance, atitude, estilo de liderança, resiliência e capacidade de antecipar cenários futuros. Ser o parceiro de comunicação de eleição das empresas é um grande orgulho e a pedra toque para continuarmos!

Fernando R. Silva

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: AFARS | Redação e Publicidade: Rua Raimundo de Carvalho, 64, 1º andar - Sala C, 4430 -184 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva | E-mail: geral@ revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 751 652 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Mensal Junho 2021 *A Revista Business Portugal agradece ao The Yeatman a disponibilização do seu espaço para a sessão fotográfica do cliente Murad & Lino Clinic. *Créditos fotos tema de capa: Ana Jesus Ribeiro / OFFICECAPHOTO.PT REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 3


Breves... Primeira loja da Google em Nova Iorque decorada com cortiça portuguesa A Google abriu a sua primeira loja física em Nova Iorque e elegeu a cortiça portuguesa para a decoração. Sofás, bancos e quadros de um dos mais conhecidos materiais nacionais marcam o primeiro espaço da tecnológica norte-americana, que decidiu privilegiar o uso de materiais sustentáveis.

Abacate no Algarve vai gerar receitas anuais de 40 milhões de euros Um estudo realizado pela Agro.Ges, uma consultora especializada em temas agrícolas, conclui que a produção de abacate no Algarve vai gerar receitas anuais de 40 milhões de euros em criação de VAB – Valor Acrescentado Bruto. O estudo recomenda que o abacate seja uma opção estratégica e uma opção importante do desenvolvimento agrícola da Região do Algarve.

Portugal, o 10.º país mais atrativo para investimento estrangeiro A 10.ª posição das economias mais atrativas para o investimento direto estrangeiro (IDE), em 2020, é ocupada por Portugal. Num ano desafiante como 2020, Portugal entrou no ‘top’ 10 dos países mais atrativos para investimento direto estrangeiro, em termos de número de projetos. Nas primeiras três posições das economias mais atrativas para os investidores estrangeiros ficaram França, Reino Unido e Alemanha.

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Construir uma Península Ibérica “mais verde” Portugal e Espanha têm todo o potencial para serem líderes na transição energética, construindo uma Península Ibérica “mais verde, mais digital e inclusiva”. A garantia foi dada por Sara Aagesen, secretária de Estado da Energia de Espanha. O seu homólogo, o secretário de Estado da Energia de Portugal, João Galamba, destacou a importância do investimento e do desenvolvimento tecnológico para o avanço na transição energética.

Évora acolhe fábrica de nozes, “única na Europa” Uma fábrica de processamento de nozes “única em dimensão e características na Europa” foi inaugurada em Évora, num investimento de cerca de 50 milhões de euros, que inclui a compra de terra, plantação, custo de manutenção das nogueiras até ao terceiro ano e também todo o investimento na fábrica e na unidade de apoio à parte agrícola.

Audi Q4 e-tron chegam a Portugal Os primeiros SUV 100% elétricos da Audi desenvolvidos com base na plataforma modular MEB do Grupo Volkswagen já chegaram a Portugal. Os novos Audi Q4 e-tron e Q4 e-tron Sportback destacam-se pelo espaço no interior e pelas soluções pioneiras de operacionalidade, exibição e sistemas de assistência, como o volante multifunções com superfícies táteis e um head-up display com realidade aumentada que é novidade na marca.


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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | MURAD & LINO CLINIC

Joana Lino e Rita Murad, Empresárias

A BELEZA DO SUCESSO

Duas gerações distintas que se encontram na paixão comum pela Harmonização Facial, alimentada pela procura constante de mais conhecimento, novas técnicas e aprendizagens diárias. Rita Murad e Joana Lino são duas médicas dentistas de formação pioneiras na introdução de um novo conceito no mundo da beleza: a Harmonização Facial, um tratamento que procura destacar a beleza natural de cada pessoa. Duas mulheres jovens a fazer um percurso de sucesso no mundo empresarial. Numa sociedade que “ainda não está preparada para a mulher ativa”, as empresárias acreditam que têm tido um papel fundamental na mudança de paradigma. Do sonho ao sucesso Médicas dentistas de formação, ambas perceberam nos seus percursos que esse caminho seria apenas uma ponte de conhecimento para chegar à paixão de hoje – a Harmonização Facial. Quando há 10 anos, Rita Murad ingressou na área, em Portugal, as pessoas não reconheciam conceitos como preenchimentos e botox, ao contrário de Inglaterra, onde decidiu conhecer mais de perto o conceito. Desde cedo a trabalhar na análise facial, Rita percebeu que havia algo mais a explorar e, desde então, está em constante procura de novas técnicas e conhecimentos em pós-graduações, formações e congressos, a nível mundial, com o objetivo de proporcionar felicidade e bem-estar aos seus pacientes. Embora com um percurso distinto, Joana Lino percebeu também que a Harmonização Facial seria o seu futuro profissional. “Quando percebemos o que não queremos, descobrimos o que pretendemos vir a fazer” e foi então na pós-graduação em Implantologia que, rapidamente, percebeu que adorava fazer preenchimento labial. Inscreveu-se numa pós-graduação de Marketing Management, na Porto Business School, enquanto fazia também muitos cursos de Harmonização Facial com especialistas brasileiros, e percebeu que queria ter o seu próprio negócio e conceito. A falta de informação, a paixão pela Harmonização Facial e vários anos de atuação clínica na área motivaram Rita Murad a criar um grupo no Facebook, que reunia colegas de medicina

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dentária com a mesma paixão. “Percebi que havia pouca informação e queria falar sobre isso. Então criei um grupo de Facebook e perguntei: quem é que em Portugal faz isto?”. Por ironia do destino Joana Lino foi a primeira pessoa a aderir ao grupo e a responder a tudo, de forma muito entusiasta. Entre conversas por WhatsApp ao nascimento da primeira dupla médica na Harmonização Facial foi um pequeno passo. Começaram por viajar juntas, de norte a sul do país, a prestar serviços em várias clínicas e só depois acharam necessário encontrar um espaço para criar uma marca própria. Queriam, sobretudo, colocar o tema da Harmonização Facial no ouvido das pessoas. Foi um crescimento rápido e sustentável resultado de muitas conversas, reuniões e trabalho árduo. “Com dedicação e amor, as coisas fazem-se. Não foi com dinheiro, não tivemos investidores, mas tínhamos vontade”, diz-nos orgulhosamente Joana. Murad&Lino: Mais do que uma clínica, um movimento Rita e Joana perceberam que juntas “eram muito melhores” e em dezembro de 2019, a paixão comum materializa-se na Murad&Lino Clinic - a primeira clínica médica especializada em Harmonização Facial do país. Um projeto que fazia todo o sentido para passarem a mensagem e a sua marca. Na Murad&Lino Clinic são utilizados vários procedimentos estéticos e funcionais, que quando combinados melhoram as


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“A harmonização é simplesmente a matemática da beleza, com uma arte associada”

proporções do rosto, transformam algumas características e tratam o envelhecimento da pele. Podem ser combinadas técnicas como o preenchimento facial com ácido hialurónico, peeling químico, plasma rico em plaquetas, toxina botulínica (o conhecido botox), infusão de princípios ativos ou bioestimuladores de colagénio. Os tratamentos estão indicados tanto para mulheres como para homens de todas as idades, que procuram prevenir e rejuvenescer o rosto com naturalidade. O que começou por ser uma equipa de duas pessoas foi crescendo, de forma sustentável, como nos explica Rita “foi tudo muito pensado”. Hoje, a clínica é composta por uma equipa multidisciplinar, com mais de 15 profissionais, das mais diversas áreas, desde a Medicina Dentária individualizada a Transplante Capilar, passando por Dermatologia e Nutrição. Colmatando a pouca oferta de formação na área, a clínica tem também uma vertente de formação customizada, com inputs práticos. Embora comece a haver formações relacionadas, a Murad&Lino Clinic está a trabalhar para que haja algo mais credibilizado, a nível académico. As empresárias veem na permuta de conhecimentos uma grande vantagem, porque cada cultura tem o seu procedimento. Harmonização Facial – harmonizar não é padronizar O sonho da maioria das mulheres (e também de muitos homens, porque estar bem e em pleno não é só para as mulheres) é conseguir ter um rosto sempre jovem e saudável. Por isso, há cada vez mais pessoas a procurar soluções que enalteçam os traços naturais e tornem o rosto mais harmonioso. O conceito “full face” recorre a técnicas minimamente invasivas e o foco deste tratamento está na melhoria natural de todo o rosto. As pessoas têm cada vez mais o desejo de ter uma aparência confiante, mas os procedimentos estéticos ainda são tabus e alvo de preconceitos. E porquê? São vários os motivos, mas para Rita Murad, os principais responsáveis são os media que associam tudo o que é mau ao botox, o que explica as muitas mensagens de críticas que recebem, não ao trabalho que fazem, mas sim às pessoas que recorrem aos procedimentos estéticos. “As críticas associam o botox à falta de inteligência, pessoas fúteis e burras”, explica Joana. Joana e Rita acreditam que, devido à falta de informação, ainda existem alguns receios neste tipo de tratamentos e é precisamente

para desmistificá-los que trabalham todos os dias. “As sociedades evoluem com mais e melhor informação e é esse o trabalho que estamos a fazer”. Quando começaram a trabalhar na área não existia uma terminologia própria que definisse o que faziam. Hoje, os pacientes estão mais informados e o termo está mais democratizado. “Eu e a Joana queremos acreditar que fizemos parte desse movimento”. Para Rita, “harmonizar não é deixar artificial, é um mito errado”. A harmonização é simplesmente a matemática da beleza, com uma arte associada. Os preconceitos estão, muitas vezes, relacionados aos riscos, mas que também existem em outros tratamentos fora da medicina estética. E, por isso, há uma procura

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | MURAD & LINO CLINIC

escondida e clandestina. “Vivemos do marketing e temos de fazer comunicação e explicar o que fazemos. As pessoas veem, ouvem, percebem e, aí sim, procuram.” O maior objetivo de Rita e Joana é normalizar, informar e mudar mentalidades. Felizmente, realçam, há muita gente a ajudar neste processo. “Temos colegas fantásticos que fazem o mesmo. É sinal de que passamos a mensagem”. Nos últimos dois anos, houve uma mudança de mentalidades e Rita acredita que ambas tiveram responsabilidade nessa mudança. “Somos duas mulheres harmonizadas e muito diferentes, não padronizadas e isso também passa confiança”. Jovens, empresárias e mulheres: sucesso Mulheres, idade e preconceitos, sobretudo nesta área, são os principais desafios com os quais lidam diariamente. As médicas dentistas revelam que, por motivos diferentes, foram já alvo de preconceito por serem mulheres empresárias tão jovens. Para Joana Lino, a idade é apenas um número, mas é algo que causa estranheza nos pacientes. “Como explicar que somos novas e já fizemos tanta coisa?” Foi um trabalho de conquista, mas hoje em dia, a questão da idade está ultrapassada. Aliás, Joana Lino, não desvalorizando os mais velhos, só encontra vantagens em trabalhar com profissionais mais jovens: estão com mais energia para assimilar, aprendizagem mais recente, formação constante. “Tão novas e já têm uma clínica?” é também uma questão constante à qual Joana responde prontamente: “Tem tudo a ver como dedicamos o nosso tempo”. Por outro lado, Rita Murad aponta a discriminação para a questão da maternidade. Embora aconteça, cada vez menos, é constantemente confrontada com a sua organização familiar. “É muito comum perguntarem onde fica a minha filha enquanto eu estou a trabalhar, mas ao meu marido não perguntam”. Na opinião da médica dentista, não existe diferença entre homens e mulheres, mas sim entre homens e mães e enquanto não houver igualdade de direitos parentais, não haverá entre homens e mulheres. É com dificuldade, muita vontade e gostando do que se faz que Rita consegue gerir e conciliar a vida pessoal e profissional. Por outro lado, para Joana Lino, o segredo “é amar, acreditar e ter um propósito e o nosso é mudar o mundo”. Rita acredita que o sucesso é alcançado com humildade, saber que estamos sempre a aprender, que amanhã vamos ser melhores do que somos hoje.

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“Queremos fazer parte deste movimento e acreditamos na igualdade dos direitos. O mundo não está preparado para isso ainda, mas aos poucos vai estar”. A discriminação e os preconceitos são balanceados com a solidariedade profissional. “As pessoas dão-nos palavras muito queridas. Aliás, temos médicos dentistas, de várias áreas, que querem fazer cursos connosco”. Duas mulheres empresárias numa área que ainda não está muito bem posicionada na medicina, mas que mesmo assim não desistem de passar a sua mensagem. Contribuição da medicina estética para a emancipação da mulher As jovens empresárias reconhecem que a sociedade ainda não está preparada para mulheres de poder, mas irá estar. “Já fizemos muito, mas temos muito caminho pela frente. “Fui promovida no trabalho e tenho a certeza que foi por ter realizado o tratamento” – é uma frase que Joana e Rita ouvem constantemente na Murad&Lino Clinic e uma normal consequência porque “quando um homem ou uma mulher se sente bem com ele próprio, é mais confiante para fazer o seu trabalho”, como nos confidencia Rita Murad. Na política, por exemplo, há pessoas que procuram a Murad&Lino Clinic para conseguirem uma imagem confiante. Como nos revela Joana “há uma mudança no olhar, vestem-se de forma diferente, saem do trabalho que não gostam, há mulheres a libertarem-se e a ganharem coragem de fazer coisas que achavam não ser capazes”. Um rosto bonito é um rosto saudável Como garante Joana Lino, para ter um negócio como a Murad&Lino Clinic é preciso a personalidade muito forte que as caracteriza. No trabalho diário, a gestão das pessoas, as expetativas e diferentes formas de pensar, são desafios constantes. Para o futuro, Rita e Joana tem vários projetos em mente. “Queremos ouvir falar de nós. Pensar no que evoluímos, no último ano, faz-me acreditar”, assevera Joana. O crescimento da equipa e novas áreas são também um dos objetivos futuros. Para quem trabalha na área da saúde, a mente aberta a novos conhecimentos é algo essencial para a evolução, salienta Rita Murad, porque os padrões de beleza são diferentes culturalmente e vão mudando ao longo dos tempos. O segredo é mantermo-nos bem e saudáveis, porque um rosto bonito é um rosto saudável.


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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | RCLINIC

A CLÍNICA Nº 1 EM REJUVENESCIMENTO E EXCELÊNCIA EM MEDICINA ESTÉTICA Rita Figueira, CEO

A medicina estética, e não só, tem como preocupação o aspeto exterior, mas sobretudo a alma e a satisfação interior da personalidade de cada paciente e, por isso, a RCLINIC oferece aos pacientes um atendimento personalizado e de excelência aliado às melhores marcas e especialistas em medicina estética. Para Rita Figueira, CEO da RClinic, a clínica nº1 em Portugal em rejuvenescimento e técnicas anti-anging, a combinação dos aspetos pessoal, familiar e profissional são os grandes desafios com que a mulher empresária é confrontada atualmente. No que diz respeito à mulher, sente que a estética resulta numa melhoria em vários aspetos da vida, nomeadamente a nível profissional? Confirmo em absoluto a premissa que está subjacente à pergunta, que a medicina estética procura cada vez mais melhorar a alma, o interior de cada paciente. Só é possível as novas políticas de desenvolvimento e atualização da medicina estética se assentar a sua preocupação em melhorar a alma de cada paciente, o seu ser, a sua satisfação, a sua natureza, porque só assim o paciente melhora exteriormente e profissionalmente. Pouco adianta melhorar o aspeto exterior se o paciente não sentir que interiormente os resultados foram obtidos. A perfeição está em satisfazer o binómio interior com o aspeto exterior, isto é, a melhoria da sua aparência externa. Estar bem socialmente e profissionalmente é estar bem interiormente. Este é o verdadeiro desafio da medicina estética, procurar equilibrar cada uma destas componentes, presentes em cada paciente.

Ana Salazar 10 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Calema

A Rita Figueira é a CEO da RClinic, a clínica nº1 em Portugal em rejuvenescimento e técnicas anti-anging. O projeto surge para colmatar a lacuna na área da estética de rejuvenescimento, mas também como realização pessoal? O projeto surge, obviamente, para colmatar essa falha que ao longo da minha vida tenho sentido, e como preocupação e realização profissional. É mulher, empresária e representa uma marca líder em Portugal. Como consegue conjugar todos estes campos e ter sucesso em todos eles? A combinação dos aspetos pessoal, familiar e profissional são os grandes desafios com que a mulher empresária está confrontada. Não fujo à regra. A inteligência, a perspicácia, o sexto sentido e o sentido empreendedor da mulher empresária, qualifica-a de forma autêntica para saber lidar e conjugar com esses desafios.

José Calado


RCLINIC | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

A RClinic prima pelo trabalho de excelência, pautado por uma enorme seriedade nos procedimentos clínicos adotados. Há uma permanente procura pelo que há de melhor, quer em equipamento técnico como na contratação dos melhores médicos da área? A Rclinic prima, desde a sua nascença, por critérios de excelência, de rigor e seriedade. Neste mundo da medicina estética, não vale a pena enganar, nem vender “gato por lebre”. Os resultados falam por si. Combinado com estes critérios é importante, associar a eles a uma procura das mais recentes inovações, o que só é conseguido e alcançado com médicos de altíssima qualidade. Esta é a marca de água da Rclinic. Nesta área, em renovação constante, a inovação é imperativa. A clínica está sempre a inovar e na vanguarda da melhor legis artis? Confirmo que a Rclinic está na vanguarda dessa procura, sendo que a legis artis assenta na procura dos melhores métodos, das melhores marcas, sempre inovando para servir melhor quem a procura, tentando sempre alcançar a perfeição. É importante acreditar e ter confiança numa medicina estética que olhe sempre em primeiro lugar para a saúde estética dos seus pacientes. Os testemunhos são e serão a melhor certificação da vossa excelência? A saúde estética dos pacientes só se consegue com tudo aquilo que já referi, porque sem saúde estética não há, nem uma verdadeira e sã estética, nem resultados satisfatórios. O verdadeiro sinal da nossa confiança, daquilo que fazemos de bem para a saúde estética é testemunhado diariamente pelos nossos pacientes. Quem entra e leva a Rclinic no coração e a todos os elementos da nossa sociedade são os nossos pacientes. Esse é o nosso melhor testemunho e, felizmente, têm-nos colocado no quadro de honra, o que para nós é motivo de satisfação, orgulho e dever cumprido.

OS TESTEMUNHOS

“A RCLINIC dispõe de tratamentos inovadores com células estaminais e fatores de crescimento, aliados à mais alta tecnologia para um rejuvenescimento integral com efeito natural. São pioneiros (e únicos) com resultados perfeitos. Sim, é possível rejuvenescer 10 anos (rugas, marcas, manchas, flacidez) numa única sessão. Para mim, a RCLINIC é a minha clínica anti-aging!” Ricardo Carriço

“Os tratamentos de rejuvenescimento que faço na RClinic são únicos em Portugal, são espetaculares. São 100% eficazes, fiáveis, o meu rosto melhorou imenso. O tratamento dos fios de ouro é inovador e tem um resultado fantástico, logo na primeira sessão.” Cinha Jardim

“Fui cuidar de mim e gostei do resultado. Seguro, eficaz, inovador. Tratamento de rosto e mãos com células estaminais e fatores de crescimento. Grata pela gentileza e simpatia.” Marina Mota

Rua Capitão Leitão, 105 A 2800-137 Almada Tel: 215 813 579 Tlm: 911 550 673

Rua de Leichlingen nºs 2 e 4 9000-033 Funchal Tel: 291 724 140 Fax: 291 773 617

rclinic.geral@gmail.com

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Breves... Portugal ascende à 36ª posição no ranking global de competitividade Pelo segundo ano consecutivo, Portugal melhora a posição no ranking das economias mais competitivas a nível mundial, alcançando a 36ª posição, de acordo com os dados do IMD World Competitiveness Center. Uma economia mais atrativa pela oferta de mão-de-obra qualificada, custo de oportunidade e infraestruturas.

Começaram a ser emitidos os primeiros certificados digitais Covid-19 em Portugal Os primeiros certificados digitais, para pessoas vacinadas contra a Covid-19, já começaram a ser emitidos. Os três tipos de certificado (vacinação, teste PCR ou recuperação) podem ser requisitados através do portal on-line do SNS 24.

Portugal é o quarto país mais seguro do mundo Segundo o Global Peace Index 2021, Portugal é o quarto país mais seguro do mundo, e o segundo entre os países da União Europeia. Apenas a Islândia, Nova Zelândia e Dinamarca ultrapassam o registo português.

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Produção científica da Universidade de Lisboa líder na Península Ibérica A nível ibérico, a Universidade de Lisboa lidera o ranking da produção científica ocupando a 30ª posição, “um lugar muito honroso” classifica o Reitor Cruz da Serra. A nível mundial, a universidade ocupa a 131ª posição.

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Segurança e incentivos explicam aumento de turistas nos Açores A presença de turistas nos Açores, após um ano de pandemia, tem sido cada vez mais notória nos pontos mais turísticos. Os viajantes são atraídos pela segurança do destino e devido aos incentivos promovidos na região.

EDP lidera ranking das marcas portuguesas mais valiosas Com um crescimento de 10,9 por cento em relação ao ano passado, a EDP lidera o ranking das marcas portuguesas mais valiosas. O valor da marca chega aos 2.850 milhões de euros, segundo o estudo anual de Valor Financeiro das Marcas Portuguesas 2021, da consultora OnStrategy.

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | REMAX GOLDEN LINE

18 ANOS DE DIFERENCIAÇÃO NO SECTOR IMOBILIÁRIO Com formação em Biotecnologia e empresária desde 1995, foi no Imobiliário que Sónia Godinho encontrou a sua grande vocação e na qual se assume player de mercado. Após 18 anos de sucesso contínuo, a crescente ambição do reconhecimento da profissão e do sector é, para a proprietária e líder do Grupo RE/MAX Golden Line, “um fator motivador”. Nesta atividade, para além da independência financeira, controlamos o nosso próprio tempo, e sermos pioneiros num sector que todos precisam e ainda realizando sonhos aos nossos clientes todos os dias, é um verdadeiro privilégio. Como é que a RE/MAX entrou na sua vida? Surge como um desafio enquanto mulher e profissional? Sempre fui empresária, e na minha perspetiva ser empresário é ter a ambição do retorno alinhada com a capacidade de trabalho e esforço diários, assumir que podemos auferir aquilo que estivermos dispostos a produzir não é para todos, mas para mim sempre foi o maior desafio. O imobiliário é um sector apaixonante e ao mesmo tempo de alto retorno. Em 2003, a primeira agência Golden Line foi pioneira numa marca nacional de franchise imobiliário, entretanto extinta. A RE/MAX surge exatamente no timing certo! Posso mesmo dizer que aconteceu num momento de transição, mas acima de tudo pela vontade que sempre tive de querer mais e melhor para a minha equipa. Desde então, mantemo-nos associados à marca que mais faz sentido não apenas por ser a líder destacada deste mercado, mas porque nos permitiu crescer de forma exponencial e sustentada criando condições para fazer crescer também os nossos agentes.

Sónia Godinho, Broker

Empresária, Mulher, Mãe, Líder. Como define a Sónia Godinho? Eu diria que, acima de tudo, uma pessoa criativa, que arrisca em modelos e formatos diferentes, que permite alguma disrupção e inovação na área, que se foca sempre nas soluções, que de forma proactiva se antecipa aos acontecimentos, com uma enorme capacidade de adaptação a qualquer circunstância, uma pessoa de planeamento e disciplina com um talento particular e especial para se rodear de boas pessoas, competentes e excelentes profissionais. Sempre gostei da ideia de ser protagonista da minha própria trajetória assumindo a responsabilidade de traçar esse mesmo caminho. Sou por isso exigente, principalmente comigo. Orgulho-me também de ter uma equipa completamente alinhada com a missão de conferir à mediação imobiliária a valorização profissional que merece, esse propósito consegue-se oferecendo um serviço de qualidade, o que nos confere um rol de motivos para adorarmos aquilo que fazemos.

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Desde 2003, que é proprietária e líder do Grupo RE/MAX Golden Line. Numa profissão em que não há dias iguais, o que a motiva? Estar nesta profissão é assumir riscos? Motiva-me a vontade de fazer mais e melhor pelo sector da mediação imobiliária, motiva-me encontrar novos caminhos para contornar as adversidades que possam surgir, motiva-me dar as melhores condições para ajudar a minha equipa a oferecer a cada dia um melhor serviço a quem nos procura para Comprar ou Vender o seu imóvel. A crescente ambição do reconhecimento da profissão e do sector é por isso um fator altamente motivador! Por consequência, estar nesta profissão, tal como outras de perfil de quadros superiores ou direções, é também assumir riscos. Acredito que, a par da formação e capacitação de toda a equipa, a inovação, a comunicação e a tecnologia são os principais motores de sucesso neste sector, assim como toda a estrutura que se tem por trás. E é por isso também que nos orgulhamos de ser a Imobiliária mais tecnológica de Portugal, fomos pioneiros deste sector a trazer a realidade virtual que permitiu visitar imóveis que ainda não estavam edificados, fizemo-lo em 2019 no lançamento de vários empreendimentos que é uma das nossas espacializações. Os nossos investimentos têm sido sempre no sentido de potenciar o nosso capital humano e ao mesmo tempo diferenciarmo-nos de todos os demais com o melhor serviço ao cliente.


REMAX GOLDEN LINE | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

Foi conquistando, ao longo do tempo, um maior conhecimento sobre a realidade deste sector, também noutros países, culturas e mercados, demonstrando uma enorme capacidade de adaptação. Como encara os desafios? Com extremo otimismo. Isto porque, com tudo o que aprendemos ao longo destes 18 anos e com a estrutura e equipa atuais, somos hoje uma marca madura, especializada nos mercados de Cascais, Oeiras, Sintra, Lisboa e na margem sul do Tejo onde cobrimos desde as zonas mais próximas de Lisboa até ao Alentejo Interior e Litoral, e ainda o Algarve, que são zonas particularmente interessantes para investidores estrangeiros. Depois, porque estamos munidos de tecnologias que encurtam imenso as distâncias entre o Grupo Golden Line e todos os clientes internacionais, estamos melhor preparados para essa tipologia de cliente. Encontramo-nos presentes em portais internacionais no segmento “premium”, temos uma aposta forte em anúncios nas principais plataformas, que nos conferem exposição e um constante fluxo de leads de novos clientes e temos ainda a componente de inovação com a aposta na Open-House Virtual, que permite ao cliente visitar à distância os nossos imóveis, ou o “Consultor Virtual” com conversação direta com os nossos consultores praticamente 24/7, minimizando a questão de diferenças de fusos horários, ou a localização. Temos ao dispor, serviços exclusivos de projeto 2 e 3D e remodelação de interiores que, tal como a intermediação de crédito imobiliário, nos permite oferecer um serviço 360º e que também é muito interessante e apelativo para o mercado internacional. Tal como o período desafiante que estamos a viver, já passamos por muitos outros períodos menos bons, todos eles com características singulares, todos eles complexos e com novos desafios e mudanças. Todos eles foram sempre ultrapassados e não só atingimos os nossos objetivos como os superamos, na grande maior parte das vezes. Lidera, hoje, uma equipa com mais de 100 profissionais em cinco lojas nas regiões de Grande Lisboa, Oeiras e Alentejo. As diferentes competências e valências adquiridas, foram decisivas para os vários Prémios e distinções, como Best Team Leader e PME Líder, que recebeu? É curioso quando o menciona assim, pois embora a Equipa realmente tenha crescido bastante, sentimo-nos ainda mais orgulhosos de termos uma estrutura que acompanhou esse crescimento. O Grupo Golden Line tem 18 anos de atividade na Mediação Imobiliária, o que nos confere também algum know-how, que sem dúvida contribuiu também para os prémios e distinções que referiu. Best Team Leader é o reconhecimento do meu desempenho perante os meus, o que é muito gratificante e especial, e PME Líder é reconhecimento de uma boa gestão financeira, que é sempre importante para qualquer empresário. Há também tantos outros de extrema importância que, anualmente e individualmente, são atribuídos pela RE/MAX Portugal a grande parte da equipa, fruto do seu profissionalismo e dedicação. Sem dúvida que as competências que adquirimos com base também nestas diferentes experiências, segmentos e mercados, contribuíram imenso para estes reconhecimentos.

A vontade constante de se diferenciar no sector imobiliário valorizando-o com a qualidade de serviços prestados, mantém-se inabalável? Sempre. Estamos completamente alinhados na missão de elevar o serviço de Mediação Imobiliária, prestando com qualidade os melhores serviços a todos os nossos clientes. Temos a ambição de fazer ainda crescer mais o nosso negócio, com a expansão de mais lojas e crescendo a nossa equipa. Poderão também saber um pouco mais sobre nós em www.goldenline.pt e conhecer um pouco mais acerca da nossa estrutura e história. Olhamos para o nosso passado com muito orgulho e gratidão por todos os resultados alcançados até então, mas sabemos que temos ainda um caminho muito interessante pela frente, na certeza de que não vamos parar por aqui no que diz respeito à diferenciação e inovação no sector imobiliário.

OEIRAS | LISBOA | ALENTEJO

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | METRO RADICAL

“SE VAMOS FAZER ALGUMA COISA, FAÇAMOS BEM” Atualmente, Diretora-Geral da Metro Radical – Serviços de Higiene & Assistência, Ilda Reis conta, em entrevista à Revista Business Portugal, que ser mulher e empresária é um desafio constante, num mundo maioritariamente masculino. A persistência e resiliência diárias são necessárias para que as suas ideias e soluções sejam ouvidas.

Ilda Reis, Diretora-Geral

A veia empreendedora sempre esteve presente na sua vida? Talvez, desde a adolescência que sou, de alguma forma, hiperativa. A minha alcunha, no colégio, desde os 11 anos, era “o capitão da fragata”. A paixão natural pelas artes levou-me, nesse tempo, a estar presente, de diferentes formas em manifestações artísticas, fossem elas de representação, canto ou eventos culturais. Isso, compensou-me o facto de ser naturalmente desajeitada e o oposto de “fada do lar”. Era uma nulidade em costura, lavores ou pintura, substituí-os assim com o gosto pela música, pelo canto e teatro, e aprendi ainda a tocar alguns instrumentos. A comunicação foi o meu lado forte e uma necessidade permanente, por outro lado, o poder da palavra e a articulação de ideias sempre me seduziram. Quis ser advogada e jornalista, no entanto acabei por me tornar empresária na área dos serviços. Cultivei o gosto pela estrutura organizada, pelo detalhe tornando-me perfecionista.

A Metro Radical incentiva e promove a constante atualização e formação, contribuindo para a valorização profissional dos colaboradores. Foi sempre isso que procurou, ao longo da sua vida pessoal e profissional, valorizar e ser valorizada? Todos nós, seres humanos, gostamos de ser valorizados pelo trabalho que desenvolvemos. Uma formação constante e atualizada promove profissionais melhor preparados para o desempenho das tarefas inerentes às suas funções, contribuindo assim para a sua valorização pessoal. Na Metro Radical, cultivamos o princípio de que todos os trabalhos são dignos e da grande importância, dado o impacto que esta atividade tem na sociedade, e como contribuímos diariamente para o bem-estar e qualidade de vida dos utilizadores dos espaços que limpamos e higienizamos.

Os 22 anos de experiência da empresa são o reflexo de uma mulher dedicada, lutadora e que procura melhorar dia após dia? Quais têm sido os principais desafios na gestão da empresa enquanto mulher? Enquanto ser humano, em primeiro lugar, a absoluta necessidade de criar e manter uma estrutura empresarial que funcione. Ser mulher e empresária é um desafio constante, num mundo maioritariamente masculino. É necessário sermos persistentes e resilientes, diariamente, para que as nossas ideias e soluções sejam postas em prática. Precisamos de desenvolver duplos ou triplos esforços, sobretudo quando também somos mães e temos uma família para gerir da melhor forma.

A limpeza e manutenção de locais de prestígio, bem como tratamento de pavimentos de pedra natural, limpezas domésticas e têxteis são grandes sectores de atuação. É, portanto, uma empresa direcionada para diferentes públicos? A Metro Radical é uma empresa direcionada para diferentes públicos, abrangemos várias áreas de atuação, desde a limpeza de edifícios de prestígio, tanto em áreas de escritório como residencial premium, limpeza e impermeabilização de têxteis do lar, limpeza e reabilitação de pedra natural. Desenvolvemos a nossa atividade a pensar no bem-estar do cliente e nas suas necessidades.

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METRO RADICAL | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

“Por vezes, surgem oportunidades, há que aproveitá-las e desenvolvê-las, outras temos de ser nós a criá-las com determinação, audácia e, sobretudo, muito trabalho” Durante estes 22 anos, a Metro Radical foi-se diferenciando no mercado e procurando resultados que permitam realizar investimentos necessários à continuidade e crescimento da empresa? Fazer a diferença no mercado de higiene e manutenção de espaços indoor, distinguindo-nos, não pela dimensão e número de colaboradores, mas sim pela qualidade do serviço, mantendo um comportamento ético e responsável, dedicado e com atenção ao detalhe melhorando continuamente a parceria com os nossos clientes num crescimento sustentável. Enquanto mulher empresária e com um negócio duradouro, que conselhos pode deixar a todas as mulheres que querem ser empreendedoras, mas que receiam seguir os seus sonhos? Por vezes, surgem oportunidades, há que aproveitá-las e desenvolvê-las, outras temos de ser nós a criá-las com determinação, audácia e, sobretudo, muito trabalho. Cometer erros faz parte do percurso e são os ensinamentos que, daí advêm, que nos tornam mais fortes e mais sábios. Recomendação: se vamos fazer alguma coisa, façamos bem.

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | MANO & RODRIGUES ADVOGADOS

MARCAR PELA DIFERENÇA Advogada de Formação e a exercer a atividade na Sociedade de Advogados Mano&Rodrigues, Paula Mano é também Sócia Fundadora de uma empresa de cuidados domiciliários e de uma funerária de animais domésticos. Realizada pessoal e profissionalmente, a Advogada aguarda um futuro com esperança de continuar a ser feliz.

Como surgiu a sociedade de apoio domiciliário? Tendo em conta os estudos que apontam para um envelhecimento gradual da população portuguesa, surgiu a ideia, juntamente com as mesmas sócias da sociedade de advogados, Ana Dias Ferreira e Cátia Pereira, de constituirmos uma sociedade de apoio domiciliário, para a qual convidamos também pessoas ligadas à área da saúde. Pretendemos fazer algo diferente do que já existe. Não queremos apenas cuidar, queremos sobretudo conquistar sorrisos, acreditamos por isso tratar-se de um projeto inovador, que tudo indica vir a ter o mesmo sucesso da sociedade de advogados. E a funerária de animais domésticos? A “Anjos de Companhia “surgiu da necessidade de mudar o estereótipo do ciclo da despedida dos nossos animais e destina-se a todos aqueles que, como nós (os sócios), gostam e respeitam os animais mesmo quando partem.

Paula Mano, Fundadora

Quais são as empresas que lidera atualmente ou continua dedicada exclusivamente à advocacia? A advocacia é e será sempre a minha principal atividade, mas sou também Sócia Fundadora de uma empresa de cuidados domiciliários denominada “A Família que Escolhemos” e ainda de uma funerária de animais domésticos denominada “Anjos de Companhia”. Como considera ter sido o percurso da sociedade de advogados? A sociedade de advogados foi crescendo independentemente das crises económicas que o país foi atravessando e até, mais recentemente, da atual pandemia. O nosso trabalho nunca abrandou, pelo contrário, foi sempre aumentando. Daí termos sentido necessidade de abrir mais um escritório, e decidimos fazê-lo no Funchal.

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Ambas as ideias surgiram daquilo que considerou ser uma necessidade? Sim, existem diversas empresas de apoio domiciliário, mas nós queremos mais do que isso, queremos que as pessoas que necessitam desses cuidados se sintam verdadeiramente apoiadas, mas felizes, por isso referi que esta empresa vai para além dos cuidados a prestar, existe uma componente humana que nos distingue. Só ficamos satisfeitos percebendo que as pessoas de quem cuidamos se sentem verdadeiramente felizes por nos terem junto delas. As pessoas escolhidas para prestarem este serviço são submetidas a uma seleção muito rigorosa e têm de perceber exatamente quais os objetivos desta empresa e atingi-los. Quanto à funerária de animais domésticos, surge pelo facto de todos os seus membros gostarem de animais e já terem enfrentado a dor da perda de alguns deles, pelo que decidimos fazer algo diferente, uma funerária mais familiar, mais próxima do dono, onde este poderá acompanhar o seu animal de estimação na despedida e fazê-la como entender, inclusive, assistir à sua cremação que será sempre individual. Pretendemos homenagear os animais que chegam ao fim da sua vida, nomeadamente, através do nome que escolhemos para esta funerária. Acreditamos que será um projeto inovador com uma enorme aceitação por parte daqueles que, como nós, amam os animais. A Sandra Mano, o Dr. Luís Montenegro e o Dr. Rui Mota são essenciais neste projeto, pela sensibilidade que possuem relativamente a estas situações.


MANO & RODRIGUES ADVOGADOS | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

É uma mulher segura das suas escolhas? Só hesito até tomar decisões, depois de as tomar nunca mais olho para trás, por isso posso dizer que sim, sou. Apesar de haver determinados cargos que são ocupados maioritariamente por homens, na advocacia o que faz crescer é a competência? Sim, na advocacia e nas restantes atividades, a competência é a estrutura, a base da empresa, depois podemos e devemos acrescentar outras exigências e marcar pela diferença. Ir ao encontro daquilo que esperam de nós e superar essa expectativa pela positiva.

Considera-se uma mulher realizada a nível pessoal e profissional? Considero que nessas duas vertentes me vou realizando diariamente, olho para o passado com um sorriso, tento viver o presente, o mais intensamente possível, e aguardo pelo futuro com a enorme esperança de continuar a ser feliz.

“O grau de satisfação dos nossos clientes, seja em que empresa for, e até na sociedade de advogados é o que classifica o nosso trabalho” Há em Portugal muitas mulheres que são grandes exemplos de liderança de sucesso e de empreendedorismo. Os objetivos não são estanques, é preciso ter sempre o compromisso de fazer mais e melhor? Sempre, esse é o meu lema e o de quem trabalha comigo. O grau de satisfação dos nossos clientes, seja em que empresa for, e até na sociedade de advogados é o que classifica o nosso trabalho. Antes de mais, a exigência é comigo, exijo muito de mim, faço questão que o meu trabalho seja irrepreensível, só assim sinto que tenho legitimidade para exigir o mesmo de quem trabalha comigo. Por outro lado, só me sinto feliz a trabalhar com bom ambiente, preciso sentir que quem trabalha comigo está também feliz no seu local de trabalho. O espírito de equipa e até a amizade conquistada há mais de dez anos na sociedade de advogados, faz com que cada um de nós se sinta “em casa” quando está no escritório, e isso não me podia deixar mais feliz.

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THE YEATMAN HOTEL

EMBAIXADA DO VINHO E DA CIDADE DO PORTO São muitos os pretextos para visitar o The Yeatman: a vista privilegiada sobre o Rio Douro e a cidade do Porto, as sugestões enogastronómicas, os amplos terraços e as piscinas infinity de perder de vista, onde poderá desfrutar de momentos de puro relaxamento.

Quartos que contam histórias Membro da reconhecida associação Relais & Châteaux, o The Yeatman oferece 109 quartos e suites, todos com vista panorâmica sobre a cidade e o rio Douro. Os quartos são confortáveis, requintados e espaçosos e cada um é dedicado a um produtor de vinho português, estando personalizados com fotografias, livros e outros objetos que contam a história da quinta ou herdade e da respetiva região vitivinícola. Celebrar à mesa Premiado com 2 Estrelas Michelin, o Restaurante Gastronómico liderado pelo Chefe Ricardo Costa, reflete a filosofia do hotel: uma homenagem à gastronomia e vinhos portugueses, com um profundo respeito pelo produto e pelos ciclos da natureza. O hotel tem ainda outro restaurante, o The Orangerie e um bar, o Dick’s Bar & Bistro, onde é possível desfrutar de diferentes propostas também do Chefe Ricardo Costa. Viajar pelo mundo do vinho português A experiência gastronómica do The Yeatman tem na seleção de vinhos o complemento perfeito, tornando-se no fio condutor para conhecer várias regiões e produtores de norte a sul do país, passando ainda pelas ilhas. O “Wine Book”, como é apelidada a carta de vinhos do hotel, apresenta mais de 1.200 referências, das quais 94% são vinhos nacionais. Spa Vinothérapie® Caudalie O Spa do The Yeatman encontra-se em perfeita harmonia com a vocação vínica do hotel, onde a cultura e os prazeres do vinho podem ser desfrutados em todas as suas perspetivas. Neste ambiente sereno, com dez salas de terapia, piscina interior panorâmica, área de bem-estar e sala de relaxamento, os hóspedes podem desfrutar dos tratamentos e cuidados proporcionados pela Vinothérapie® Caudalie. Eventos e provas vínicas O hotel mantém também uma dinâmica agenda de eventos, que apresenta os melhores produtores das várias regiões vitivínicolas nacionais. Diariamente existem várias opções de provas de vinhos e todas as quintas-feiras há um jantar vínico. O hotel disponibiliza ainda treze salas de eventos, adaptáveis a vários formatos e momentos. Debruçado sobre a margem sul do Rio Douro, o The Yeatman oferece uma experiência imersiva integrada, com diferentes oportunidades para desfrutar, relaxar e explorar o melhor que a cidade e o país tem para oferecer. www.theyeatman.com | reception@theyeatman.com | reservations@theyeatman.com Tel: +351 220 133 100

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Especial Saúde

Junho Organon Portugal Ricardo Oliveira Diretor-Geral

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ORGANON PORTUGAL

MANTER A HISTÓRIA COM UMA PAIXÃO RENOVADA PELA SAÚDE DA MULHER Toda a vossa história e legado está assente na inovação? A nossa história reflete, em muito, o nosso posicionamento e a nossa missão, a começar pela origem do nosso nome. A própria palavra “Organon” tem raízes no grego antigo e significa “um instrumento para adquirir conhecimento”. Desta forma, estamos a comunicar a nossa promessa de futuro, com o conhecimento, ao mesmo tempo, de que homenageamos o nosso legado de inovação na saúde da mulher. A Organon é originalmente uma empresa holandesa, fundada em 1923, que se tornou conhecida pelo seu carácter inovador na área da saúde da mulher. Em 2007, foi adquirida pela Schering-Plough, tornando-se parte da MSD na fusão de 2009. Agora renascemos como uma nova empresa, mantendo a história que tanto nos orgulha, mas com uma paixão agora renovada pela saúde da mulher. Qual é a visão da Organon? A Organon acredita num dia-a-dia melhor e mais saudável para todas as mulheres. Temos o compromisso, desde o primeiro dia, de ouvir as mulheres e atender às suas necessidades de saúde, contribuindo ativamente na identificação de soluções. É com este foco, enquanto farmacêutica global, dedicada e especializada em saúde da mulher, que nos apresentamos agora ao mercado, com a missão de proporcionar soluções, que permitam às pessoas viver as suas vidas da melhor forma.

Ricardo Oliveira, Diretor-Geral

A única companhia farmacêutica, desta dimensão, focada na saúde da mulher, a Organon, empresa farmacêutica com presença nacional e global significativas, renasce e procura a liderança na identificação de soluções para a saúde da mulher, como nos relata Ricardo Oliveira, Diretor-Geral. A Organon tornou-se oficialmente, no início de junho, uma empresa independente. Como é que se descrevem? Somos uma empresa farmacêutica global focada em identificar e promover o desenvolvimento de opções terapêuticas direcionadas para a saúde da mulher e que lhe permitam viver um dia-a-dia mais saudável. O dia 2 de junho foi um grande marco para a Organon, ao passar a ser uma empresa independente da MSD (Merck nos Estados Unidos e Canadá), com a conclusão da operação de spin-off e entrada em bolsa. A Organon, é hoje, a única companhia farmacêutica desta dimensão focada na saúde da mulher. Contamos com um portfólio de mais de 60 medicamentos e produtos de saúde, e estamos presentes em mais de 140 países, incluindo Portugal, onde temos uma equipa de 60 colaboradores de várias especialidades e áreas terapêuticas, desde a contraceção, à fertilidade, a doenças cardiovasculares e a medicamentos biossimilares.

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Quais são os vossos valores e como é que se posicionam? Os nossos valores constituem as fundações da nossa cultura. Agimos com autenticidade e transparência, apreciamos a diversidade como absolutamente crítica e desejável para um maior sentimento de pertença, colocamos dedicação e paixão em tudo o que fazemos, mantemos sempre os mais altos níveis de responsabilidade e ética, colaboramos e trabalhamos em equipa e somos empreendedores e resilientes, sempre dispostos a novos desafios. Estes valores estão presentes no nosso dia-a-dia, internamente nas equipas, no nosso trabalho, mas também na forma como nos relacionamos com os nossos parceiros e como impactamos a vida das pessoas, com os nossos produtos e terapêuticas. Acima de tudo, pautamo-nos pela integridade. Quais são as principais áreas de atuação da Organon? O nosso maior investimento está centrado em três pilares essenciais: na saúde da mulher, nos medicamentos biossimilares e em marcas que já temos estabelecidas, nas áreas cardiovascular, respiratória, dermatologia, sistema nervoso central e muitas outras. No que diz respeito à saúde da mulher, temos um legado muito importante, com soluções nas áreas de contraceção e fertilidade. Este é, sem dúvida, o nosso principal foco e planeamos trazer mais inovação a esta área. Nos medicamentos biossimilares, iniciamos, em Portugal, a nossa operação no tratamento do cancro de mama e pretendemos disponibilizar mais opções terapêuticas no futuro. Temos, ainda, medicamentos que já são conhecidos dos nossos profissionais de saúde e doentes, e


ORGANON PORTUGAL

que têm feito a diferença na vida dos doentes em Portugal, nomeadamente nas áreas cardiovascular, respiratória, de dermatologia e do sistema nervoso central. Enquanto empresa global, a nossa abordagem está centrada na investigação e desenvolvimento e a nossa operação é construída com base nas necessidades dos doentes. Temos o know-how e a experiência para trabalhar nas áreas de desenvolvimento clínico, farmacovigilância, medical affairs e regulamentar, no sentido de proporcionar o diagnóstico precoce e na identificação de soluções promissoras, com maior potencial para impactar a saúde da mulher. Como é que a Organon está presente em Portugal? Em Portugal, contamos com uma equipa de cerca de 60 colaboradores, que, na sua maioria, transitaram da MSD, de onde trazem sólida experiência profissional. Complementámos a equipa com excelentes profissionais vindos de grandes companhias farmacêuticas multinacionais e que partilham a paixão pela missão da Organon. Os nossos medicamentos encontram-se disponíveis em todo o território nacional. Contamos com Delegados de Informação Médica que acompanham e suportam 5000 profissionais no Continente e nas Ilhas, numa importante relação de parceria. Qual a estratégia de crescimento do negócio da Organon? Neste momento, temos um portfólio de mais de 60 medicamentos e produtos de saúde e estamos presentes em mais de 140 países. Acreditamos que partimos de um sólido posicionamento e teremos um crescimento orgânico e moderado a partir de 2021 e que a diversidade do nosso negócio e do portfólio é um motor de crescimento sustentável para que possamos continuar a investir e desenvolver novas terapêuticas e soluções para melhorar a saúde da mulher.

Qual é o maior desafio da Organon neste momento? Consideramos que existe uma oportunidade significativa de crescimento na área da saúde da mulher, quer ao nível de investigação e desenvolvimento, quer na implementação de soluções para áreas fundamentais, como a fertilidade e a contraceção, que podem ser determinantes para a vida das pessoas, assim como para a forma como as comunidades e as sociedades se organizam. Acreditamos que esta é uma área com necessidades que ainda não estão totalmente preenchidas a nível mundial, e que Portugal não é exceção. O nosso maior desafio e, ao mesmo tempo, a nossa missão, é corresponder a estas necessidades de forma inovadora, entregando medicamentos e soluções impactantes para a saúde e dia-a-dia das mulheres e suas comunidades. Quais são as expectativas da Organon para o futuro? Esperamos conseguir ter sempre as melhores terapêuticas e soluções para melhorar a vida das pessoas, o seu bem-estar e o seu dia-a-dia. O nosso objetivo é tornarmo-nos uma empresa farmacêutica líder nas soluções para a saúde da mulher, com uma presença nacional e global ainda mais significativa.

PT-NON-110087 06/2021

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ARTIGO DE OPINIÃO | LUBRIFICAR OS OLHOS

J. Salgado-Borges. MD, PhD, FEBO Diretor Clínico da Clinsborges Embaixador em Portugal do TFOS (Tear Film & Ocular Surface Society (www.salgadoborges.com)

LUBRIFICAR OS OLHOS É MUITO IMPORTANTE!

Cansaço, secura e irritação são alguns dos sintomas mais comuns que revelam a falta de lubrificação ocular. Na origem do problema podem estar várias situações, como alterações hormonais, infeção das pálpebras, exposição prolongada aos aparelhos digitais ou a utilização “obrigatória” da máscara ao longo do último ano. Com um papel fundamental no sistema visual, as lágrimas são responsáveis por garantir a regularização da superfície ocular, a lubrificação dos olhos, enquanto criam uma barreira protetora.Quando a produção de lágrimas é afetada, os olhos ficam normalmente secos, o que pode levar à dificuldade em focar, ardor e comichão.

Para garantir que os olhos estão lubrificados, há que ter alguns cuidados. Se a falta de lubrificação for constante, é recomendável que consulte um oftalmologista já que, a longo prazo, o problema poderá agravar-se e dar origem a uma inflamação na córnea (ceratite) ou da conjuntiva (conjuntivite). No sentido de evitar o problema, é recomendável que esteja atento aos sintomas. Os mais comuns são: – Irritação e sensação de areia nos olhos. – Visão turva, principalmente no final do dia. – Dificuldade em usar lentes de contacto. – Maior sensibilidade à luz.

Recomendações para lubrificar os olhos Nos casos em que os olhos secos surgem associados a outras situações, é importante identificar a verdadeira origem do problema. A utilização da máscara, aumentando o fluxo de ar através da mesma em direção aos olhos durante a respiração acelera a evaporação contínua do filme lacrimal e com o uso prolongado, traduz-se, inevitavelmente, num aumento excessivo da irritação e inflamação da superfície ocular. Para ajudar a que a irritação diminua, existem diferentes colírios e gotas sem conservantes que podem reduzir o desconforto ocular. Neste caso sugiro que se aconselhe junto do seu médico sobre qual o melhor produto com as características indicadas para o seu tipo de olho seco. Adicionalmente, deve também evitar situações que agridam os olhos. Deixamos, em seguida, algumas recomendações: – Trate sempre das inflamações das margens das pálpebras; – Faça pausas curtas para descansar os olhos e pestaneje para promover a lubrificação; – Evite períodos de exposição longa a ecrãs (televisão, computador ou telemóvel); – Evite lugares secos ou onde estejam fumadores; – Utilize óculos de sol para proteger os olhos da luz e do vento; – Utilize óculos de mergulho quando nadar na piscina ou no mar; – Evite locais com ar-condicionado; – Controle o instinto de coçar os olhos com as mãos.

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SAÚDE ORAL | SABER DENTÁRIA

MAIS DO QUE SORRISOS PERFEITOS, PESSOAS FELIZES A Saber Dentária é uma clínica na área da saúde oral, mais concretamente com serviços de Ortodontia, Implantologia e Odontopediatria. Áreas tão particulares que, acima de tudo, exigem a paixão pelo que se faz como nos confidencia Sara Mendes, administradora da clínica. apenas recursos humanos, são pessoas que têm muito a aportar à empresa”, garante. A paixão pela área é o motor para o restante trabalho, assegura, porque se trata de uma área em que se trabalha muito com crianças, na questão da pediatria e, por outro lado, a implantologia, que é um tratamento mais diferenciado e no qual se destacam os especialistas Núria Sobrinos e Pedro Mota. Ambas são áreas de especialidade que se aprendem fora da faculdade, ou seja, há uma formação à posteriori que exige uma atualização contínua. Sara Mendes assegura que todos os colegas têm currículo enriquecido com uma vasta e coerente experiência na área.

Dr.ª Sara Mendes, Administradora

A trabalhar na área há 16 anos, Sara Mendes é o rosto de uma equipa consistente e qualificada. A administradora, especializada em Ortodontia e Odontopediatria, reconhece que o seu trabalho é facilitado com a colaboração dos colegas e de todas as pessoas que fazem parte da empresa, porque todos trabalham com o mesmo alinhamento. A Saber Dentária, criada em 2005, é composta por vários elementos e todos eles têm o seu papel, “não são

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Um serviço com abrangência territorial A atuar em quatro pontos distintos, a clínica tem uma equipa especializada e consistente que lhe permite criar uma relação, cada vez mais próxima, com os utentes. Como nos diz a administradora, não existem “empresas maravilha” e, portanto, existem alguns pontos que têm de ser fortalecidos. O facto de trabalhar com uma só equipa especializada, que abrange todas as clínicas do grupo, além de permitir conhecer melhor os utentes, facilita a comunicação entre todos os clínicos. “Já nos conhecemos há muito tempo e a comunicação torna-se fluída, assim como o intercâmbio de paciente entre clínicas”.


SABER DENTÁRIA | SAÚDE ORAL

Tendo em conta as disparidades regionais, a estratégia de negócios tem de ser adaptada a cada realidade. Uma questão que considera muito importante, porque “quem não se adapta não evolui”. Tem de haver uma adaptação consoante a localidade e a clínica em que se está a trabalhar, para que o negócio cresça. A médica dentista não vê os utentes apenas como números, importa também a perspetiva não financeira, nomeadamente apostando na qualidade dos tratamentos e proximidade com os nossos pacientes. Temos que ter em conta que, sem os pacientes as clínicas não subsistem e este é o foco da Saber em dentária e da Dra. sara Mendes. A tecnologia na medicina dentária A tecnologia em torno da medicina dentária está em constante mudança e evolução. No caso da Saber Dentária, em específico, e dada a complexidade de doentes que recebem diariamente, é um fator importante. Para haver qualidade são necessárias pessoas formadas, mas também material e tecnologia adequados, que só são possíveis se estiverem reunidas todas as condições e se houver um retorno que permita trabalhar dessa forma. Para Sara Mendes, é certo que “tudo exige um esforço pessoal, financeiro e abdicar de muito em prol deste objetivo”. Todo esse equipamento não é fácil de se adquirir, porque além do espaço que ocupa, exige burocracias, além da logística de espaço ainda tem os respetivos licenciamentos. Uma complementaridade de serviços e parcerias relevantes num momento pandémico O objetivo da Saber Dentária é ser reconhecida como um centro de referência na região do Algarve na área da Medicina Dentária, com especialidades diferenciadas, a partir do desenvolvimento de serviços eficientes e inovadores, com base numa gestão sustentada e alinhada com a satisfação dos colaboradores e utentes. No caso da imagiologia, além do que é obrigatório, têm o equipamento necessário para a realização da TAC, que garante independência à clínica e evita deslocações a centros de radiologia; ao nível do apoio especializado em próteses, a clínica está equipa com a CAD CAM, a tecnologia mais avançada para o apoio da implantologia dentro da reabilitação protética; ao nível

da formação a Saber Dentária, dada a dificuldade durante a pandemia porque se tornou tudo on-line e muito do trabalho realizado tem uma componente estritamente prática, optou por recorrer a técnicos externos para dar formação à equipa no laboratório dentário (Prodentelab). Neste sentido, há também uma parceria estratégica com o Hospital de Loulé, nomeadamente na clínica de Olhão e Almancil. ProdenteLab - fabricação de material e instrumentos médico-cirúrgicos No sentido de desagregar a medicina dentária da parte protética, Sara Mendes decidiu criar o laboratório ProdenteLab, que, apesar de estar ligado à Saber Dentária, trabalha de forma independente e autónoma. O laboratório dentário fornece o material necessário, desde próteses até a aparelhos ortodônticos. Foi um passo importante para o crescimento da empresa, porque está na retaguarda e permite que os trabalhos sejam feitos dentro da empresa, garantindo assistência a todas as clínicas. Contudo, para além de fornecer a Saber Dentária, o laboratório também trabalha para outras clínicas dentárias e grupos privados. O laboratório, cada vez mais, impõe uma tecnologia computadorizada, que exige uma formação mais especializada ao profissional e, por isso, a formação tem sido constante. A estratégia alterou-se com a situação pandémica, pelos custos e recursos que são necessários ter em vários pontos distintos Habitualmente, associa-se a falta de higiene oral à carência monetária, mas para Sara não é a questão da falta de higiene oral, porque essa já é educada nas escolas e qualquer pessoa tem acesso, trata-se mais de uma questão cultural e educacional. Porém, hoje em dia, a maior parte das clínicas e muitos centros de saúde têm já a vertente da medicina dentária, não com os tratamentos mais diferenciados, como a ortodontia e implantologia, mas têm os tratamentos generalistas. A situação económica atual da população não é favorável para este tipo de tratamento mais diferenciado. E, nesse sentido, a Saber Dentária disponibiliza soluções de financiamento de crédito, porque Sara Mendes quer que todas as pessoas tenham acesso a cuidados de saúde oral de forma mais facilitada. Muitas empresas crescem com as crises, mas a administradora considera que não é o momento certo para crescer a nível geográfico, mas sim de dentro para fora. “Consolidar certos aspetos internos, para depois ser mais fácil crescer para fora”, finaliza.

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ENSINO E INVESTIGAÇÃO A excelência no ensino e investigação em Portugal

Adoção de métodos de ensino alternativos ou ajustamento dos existentes, reavaliação da oferta formativa, adaptação da comunidade académica, foram e são, alguns dos desafios com os quais as universidades portuguesas se defrontam atualmente. O ensino superior encontra-se numa fase de adaptação, principalmente no que à investigação diz respeito. Neste domínio, as universidades cultivam e reforçam um projeto de educação pública capaz de equilibrar as vertentes do ensino e investigação, um papel reforçado com a situação pandémica. As universidades têm um papel civilizador essencial relativamente à investigação e a sociedade, em geral, percebe, hoje, a importância do papel da ciência no mundo em que vivemos. Exige-se uma reflexão prática, à qual as universidades estão a responder prontamente.

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ENSINO E INVESTIGAÇÃO | FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Álvaro Garrido, Diretor

“A FEUC É UMA FACULDADE COM UM AMBIENTE INTERNO DE ELEVADA QUALIDADE” Recentemente, agraciado com duas Medalhas de Mérito Municipal, Álvaro Garrido, historiador económico e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, instituição onde é docente desde 1995, em conversa com a Revista Business Portugal, perspetiva um futuro “muito positivo” com a renovação de planos de estudo que se projetam num futuro próximo. Prestes a celebrar 50 anos de existência, quais têm sido os maiores desafios para a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra? Os desafios, nos últimos anos, têm sido os da qualificação de uma Faculdade que cresceu muito, na última década e meia, em termos de ensino pós-graduado. Neste momento, quase metade dos nossos estudantes estão inscritos em cursos de pós-graduação. Hoje, a FEUC é uma Faculdade multidisciplinar, cujos estudantes se repartem entre as quatro licenciaturas que oferecemos (Economia, Gestão, Sociologia e Relações Internacionais) e mais de uma dezena de cursos de mestrado, doutoramento e ainda dois MBA´s e alguns cursos não conferentes de grau. Neste momento, estamos

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num contexto de reavaliação da oferta letiva e ajustamento de alguns cursos, porque a pandemia provocou uma revolução silenciosa no ensino superior, cujos efeitos e exigências importa ponderar. Há uma série de desafios que estão a decorrer e que é preciso considerar devidamente, nomeadamente quanto às metodologias de ensino e à duração e natureza dos cursos de formação avançada. Para muitos a pandemia foi um recuo no ensino, mas para outros, como a FEUC, foi um momento de descoberta de novos métodos? A pandemia trouxe duas coisas: se é verdade que os cursos estão acreditados, reconhecidos e planeados para o ensino presencial, ficou claro que há outras formas de ensinar e de conceber o curriculum. A pandemia provocou, também, um sobressalto positivo nas questões da pedagogia universitária, porque obrigou a uma reflexão prática e a uma construção de modelos novos ou renovados. Por outro lado, trouxe algumas dificuldades, nomeadamente o agravamento da questão das desigualdades no acesso ao ensino superior. Trata-se de uma questão estrutural, que nunca esteve resolvida em Portugal, que se revelou com a pandemia e que poderá agravar-se nos próximos tempos. Devemos estar mais atentos aos problemas sociais dos estudantes e dispor de comunidades académicas coesas e bem organizadas para os apoiar numa lógica colaborativa entre as reitorias, as direções das escolas e as associações de estudantes. Na Universidade de Coimbra essa articulação está a funcionar e tem havido sensibilidade para que melhore ainda mais. A FEUC é uma Faculdade que se organiza para servir os estudantes e cujo compromisso com a qualidade de ensino é muito forte. Somos também uma Faculdade com dinâmicas muito fortes de internacionalização em todas as áreas. Nos últimos anos letivos tivemos estudantes de mais de 50 países. É importante consolidar a coesão da escola e enfrentar os desafios do período pós-pandemia.


FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA | ENSINO E INVESTIGAÇÃO

A FEUC cultiva um projeto de educação pública capaz de equilibrar as vertentes do ensino e investigação. Qual o impacto ao nível da investigação? No domínio da investigação, houve um impacto negativo, inicialmente, pela exigência que a pandemia criou na criação de métodos de ensino alternativos e adaptação dos docentes. De repente, todos fomos mais professores do que investigadores. Julgo que a produtividade científica dos docentes se sentiu durante alguns meses, mas depois recuperou. No entanto, em termos de investigação científica houve um facto muito positivo associado à pandemia. A sociedade, em geral, percebeu muito melhor o papel da ciência na sociedade em que vivemos. O papel do discurso científico, o trabalho em equipa na investigação prospetiva e colaborativa relativa às vacinas, foi extraordinário e contribuiu para socializar o papel da ciência em tempos de algum obscurantismo e negacionismo. A Universidade tem um papel civilizador muito importante em relação a isso. No âmbito do curso MBA para Executivos, a FEUC criou um projeto inovador de forma a reforçar a relação com o tecido empresarial? O projeto “MBA Consulting” consiste em prestar serviços de consultoria a empresas que queiram participar, de forma voluntária, através dos nossos docentes e estudantes de MBA, que são, na maioria, executivos com experiência de gestão. A FEUC está a reforçar e aprofundar a relação com as empresas: temos uma rede de parceiros de 64 empresas e entidades que estão protocoladas com a Faculdade; um programa de mentoring e de estágios profissionais, ambos muito ativos. Estamos, também, a iniciar um processo de renovação dos planos de estudo dos cursos de Economia e Gestão. E, estamos também, a criar uma pós-graduação em Marketing Digital. Gostaria de salientar que as expectativas do mercado em relação à formação que se obtém na Universidade, é uma questão fundamental. Nesse sentido, na renovação dos planos de estudo, estamos a ouvir empresas para identificar as competências e o perfil de licenciados e mestres que as empresas têm a expectativa de encontrar.

Sendo as universidades um player importante no desenvolvimento do país, têm-se sentido apoiados pelo Governo? Ultimamente, houve uma maior sensibilidade, por parte do Governo, sobre estas matérias, porque as instituições se fizeram ouvir e os estudantes também. Saiu um decreto-lei sobre a questão das prescrições e estabelecendo uma época especial plena, questões de elementar justiça considerando os impactos da pandemia no percurso formativo dos estudantes. Resta apurar qual o benefício que as Universidades e comunidades estudantis vão obter do PRR e parecem-me justas, também, as reivindicações de reforço da ação social escolar. Em geral, neste momento verifica-se uma ânsia de regresso pleno ao ensino presencial, já em setembro, e há uma boa energia dos estudantes e professores para que tenhamos um ano letivo forte e dinâmico em 2021/22. Há que reconhecer que, apesar de todos os esforços da comunidade académica, os estudantes que tiveram o infortúnio de se matricular na Universidade durante a pandemia tiveram uma experiência empobrecida, quer a nível do conhecimento, quer a nível social e humano. Precisamos de compensar essa perda, acelerando dinâmicas e tendo uma capacidade de oferta e organização de iniciativas de integração mais forte ainda do que era antes da pandemia. O próximo ano letivo está a ser preparado para um regresso ao ensino presencial? O nosso desejo é que o próximo ano letivo decorra com a maior normalidade possível, com um ensino presencial sem limitações, mas vamos ser muito sensíveis, naturalmente, ao problema dos estudantes em mobilidade. Vamos admitir alguma flexibilidade nos métodos de ensino para os estudantes que, por razões justificadas e restritas, nomeadamente para os estudantes inseridos em programas de mobilidade Erasmus e outros, não possam estar presencialmente. O futuro da Faculdade é muito positivo. A FEUC é uma boa Faculdade, muito organizada e que dispõe de um ambiente interno de elevada qualidade. O que podemos fazer melhor? Podemos e devemos antecipar o futuro, renovando alguns planos de estudo e reforçando as relações com a comunidade.

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ENSINO E INVESTIGAÇÃO | FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UBI

A SIMBIOSE PERFEITA ENTRE O ENSINO E A INVESTIGAÇÃO práticas no que concerne ao ensino médico e, posteriormente, associado a outros cursos que foram, entretanto, lançados na Faculdade. De acordo com o Presidente, Professor Doutor Miguel Castelo-Branco de Sousa, a FCS tem mantido uma estratégia de atualização, permanente, no que diz respeito a essas metodologias, considerando todos os aspetos que o perfil do profissional da saúde deve ter, desde os conhecimentos e competências, do ponto de vista da ciência, como também todas as competências práticas, relacionais e comunicacionais, que são fundamentais no exercício da atividade na vida corrente.

Miguel Castelo-Branco de Sousa, Presidente

Em entrevista à Revista Business Portugal, o Professor Doutor Miguel Castelo-Branco de Sousa, garante que a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior dispõe de uma excelente oferta formativa que se coaduna com uma vivência em cidades muito recetivas e hospitaleiras. A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior destaca-se pela adoção de modelos inovadores de ensino e formação, que a posicionam num patamar favorável no combate a novos desafios. Sob o ponto de vista pedagógico, nasceu com um novo modelo, resultado da identificação das melhores

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O ensino da saúde envolve várias componentes práticas e, na FCS em particular, existe uma grande interação entre alunos e professores No contexto da pandemia de Covid-19, inicialmente, em alguns casos, a Faculdade adotou um método de ensino através de videoconferências e outros meios on-line, mas a pandemia não foi uma barreira na relação de proximidade existente na comunidade académica, bem como na prática do ensino presencial, exceto no período de tempo de confinamento mais rigoroso. No que diz respeito aos estágios clínicos, excetuando um curto período em 2020, foi possível, em toda a duração do processo da pandemia, garantir a atividade presencial e, portanto, a presença dos alunos em meios clínicos foi garantida até ao momento. No entanto, na opinião do presidente, as experiências não são tão intensas, do ponto de vista do contacto de proximidade, que hoje se preconiza na comunidade académica e como estava normalizado até ao início do período pandémico. Espera-se que, com a evolução favorável da pandemia, seja possível retomar os contactos frequentes e quotidianos.


Oferta Formativa: Cursos de Licenciatura, Mestrados Integrados e Mestrado • • • •

Medicina (Mestrado Integrado) Ciências Farmacêuticas (Mestrado Integrado) Ciências Biomédicas (Licenciatura e Mestrado) Optometria e Ciências da Visão (Licenciatura e Mestrado)

Doutoramento • Medicina • Ciências Farmacêuticas • Biomedicina

Pós graduações e cursos de curta duração não conferentes de grau • Hidrologia e Climatologia • Tele-saúde • Ventilação Não Invasiva

RECURSOS • Centro Académico Clínico das Beiras (CACB) • Centro de Coordenação da Investigação Clinica das Beiras (C2ICB) • Centro de Investigação em Ciências da Saúde • Biobanco • Centro Clínico e Experimental de Ciências de Visão (CCECV) • Unidade Farmacovigilância • Museu Memórias da Saúde

Mais informações: www.fcsaude.ubi.pt | www.ubi.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 37


ENSINO E INVESTIGAÇÃO | FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UBI

Ao nível da investigação, e fruto do CIBS – Centro de Investigação em Ciências da Saúde, a FCS tem desenvolvido projetos em parceria com Hospitais e Centros de Saúde da região, dinamizando a investigação clínica A FCS dispõe de uma rede de parcerias com vários centros hospitalares na região do interior centro, desde Viseu, Guarda, Castelo Branco, Covilhã; parcerias que se estendem a vários centros de saúde da região. Para além disso, apresenta um conjunto de outros parceiros, conexos a unidades de reabilitação e cuidados continuados. Para o presidente, é precisamente na área da investigação clínica que é primordial haver uma aposta cada vez mais intensa. O governo português, até 2018, instituiu os centros académicos clínicos com a finalidade de criar novas dinâmicas, envolvendo as universidades, os hospitais e os cuidados primários, que estão associados ao ensino da medicina, para desenvolver mais a investigação clínica. Um esforço importante que está a ser feito, mas, do seu ponto de vista, Portugal precisa de alargar a sua capacidade de fazer investigação, nesses ambientes clínicos. Durante a pandemia, manteve-se a investigação que estava a decorrer, inclusivamente, desenvolveram-se alguns campos relacionados com a Covid-19. Foram realizados projetos na área da sociologia, através da identificação da presença de anticorpos na população e, ainda, estudos relacionados com as terapêuticas. Nas universidades portuguesas, particularmente as que têm ligação à saúde, os laboratórios, o da FCS inclusive, foram colocados ao serviço da comunidade, para contribuir para o esforço da testagem, que se revelaram fundamentais para acelerar o processo e o volume de investigação que houve. Repensar os modelos de investigação e o exercício da profissão Para que a investigação seja encarada de outra forma, há um conjunto de processos que têm de ser repensados. A gestão do doente e a passagem dos vários componentes do processo de tratamento de diagnóstico precisam de ser melhorados no sentido de maior eficiência. Nestes contextos, é possível e necessário, fazer investigação e perceber quais são as melhores práticas. Num país, como em tantos outros, que está a ser afetado pelo envelhecimento, principalmente nas regiões do Interior, com a desertificação, há um conjunto de problemas que precisam de ser encarados de acordo com as necessidades. Consequência do contexto pandémico, a investigação é, hoje, mais valorizada e um dos aspetos importantes, realçado com a pandemia, foi a necessidade de se continuar a apostar na investigação. Sentia-se uma certa desvalorização da importância da investigação e, agora, provou-se que é fundamental, por exemplo, nos bons resultados da produção da vacina e do processo de vacinação. Não havia, até ao momento, histórico de uma tão grande celeridade em termos de produção de resultados. Portanto, o presidente da FCS não tem dúvidas de que a pandemia veio fomentar a continuação da valorização da investigação.

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O próximo ano-letivo será de readaptação no ensino superior, antecipando novos desafios Na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, o próximo ano letivo está a ser preparado tendo sempre em consideração a melhoria contínua dos processos de qualidade. O ensino presencial, em maior percentagem, é uma realidade expectável, na qual se espera a implementação de algumas regras de segurança associada a pandemia, que ainda se possam manter. “É difícil antecipar regras que possam existir nessa altura, mas a aposta vai ser em aulas mais presenciais”, garante. Na qualidade de médico, Miguel Castelo-Branco de Sousa, perspetiva um bom futuro para a FCS e comunidade em geral. Até setembro, espera-se que grande parte da população esteja vacinada e, por isso, a questão da vacinação é importante para conter todo o processo e que vai definir o futuro. A comunidade académica já está mais sensibilizada, porque houve um conjunto de atividades que se mantiveram presencialmente, respeitando todas as regras de vigilância e cuidados. Para todos aqueles que ambicionam a área da medicina, a FCS é, sem dúvida, uma faculdade recomendável. Dispõe de uma excelente oferta, do ponto de vista formativo, tem condições excelentes para a aprendizagem e, em termos de vivência, as cidades em que opera são muito recetivas. Excelentes condições para que os alunos possam fazer um excelente curso e, posteriormente, ter uma vida profissional habilitada ao seu exercício.


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MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR Os municípios estão a sofrer novas dinâmicas residenciais, económicas e urbanísticas: assiste-se a um processo crescente de gentrificação; uma necessidade cada vez maior de melhorar a mobilidade; e, sobretudo, assegurar a segurança dos munícipes. É, por isso, importante que os executivos acompanhem o crescimento dos seus municípios e identifiquem as lacunas e mudanças que o mesmo exige. Representar um município é servir-se de uma experiência de vida enriquecedora e transferir esse conhecimento para o trabalho diário, como reflete a história de vida de José Farinha Nunes, outrora presidente do município da Sertã.

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MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR | C.M. PENAMACOR

PROMOÇÃO DE UM CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL

A captação de investimento para a criação de emprego é a grande aposta do executivo de Penamacor, para o futuro, contrariando o despovoamento do interior do País. Com políticas proativas e diferenciadoras do poder central, aliadas à excelente qualidade de vida, o Presidente António Luís Soares, prevê futuro risonho para o município. António Luís Soares, Presidente

Penamacor é um concelho com recursos naturais que constituem um número de oportunidades e que contribuem para o desenvolvimento económico do concelho, e onde as indústrias, em geral, dispõem de boas condições para se instalarem. É, por isso, bom para que lá vive, para quem quer investir e para quem deseja visitar? É um concelho com elevada qualidade de vida, desde as áreas educativas e sociais à da saúde. De realçar um ambiente escolar praticamente gratuito, desde os apoios aos transportes, refeições e manuais escolares aos apoios para berçário e creche escolar, passando ainda pelo pagamento de propinas do ensino superior para os alunos que frequentem o nosso Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches. Penamacor é um Município que dispõe de apoios sociais para a nossa população mais idosa em todas as freguesias e, também, uma cobertura total em termos de saúde pública. Trata-se de um

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concelho com um elevado património natural, histórico-cultural e religioso, destacando-se o potencial natural da Reserva Natural da Serra da Malcata e todo o património histórico edificado, não só na Vila de Penamacor, mas também nas freguesias. É um concelho, neste momento, com excelentes condições de atratividade empresarial e espírito empreendedor, aliado, naturalmente, ao potencial das novas tecnologias. Depois de dois mandatos, muitos são os projetos que dirigiu e várias mudanças que tiveram o seu cunho. Que balanço faz de todas as obras/projetos/intervenções feitas até à data? Criamos condições de sustentabilidade financeira da autarquia, perspetivando um futuro que permita a captação de investimento, a criação de emprego e a fixação de população. Isto aliado, naturalmente, a diversas intervenções no âmbito da melhoria das condições e da qualidade de vida dos nossos residentes, da nossa população flutuante e de todos os que nos visitam.


C.M. PENAMACOR | MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR

Recentemente, o município distinguiu entidades de Penamacor que estiveram e estão no combate à Covid-19, mas o poder autárquico de Penamacor tem tido também um grande papel neste combate com uma estratégia bem delineada? Eu diria que, se não fosse o poder local, a pandemia teria efeitos muito mais nefastos para toda a população. No entanto, trabalhámos sempre em articulação com o poder central nas áreas da saúde, proteção civil e segurança social e com todos os nossos parceiros locais, desde as IPSS às Juntas de Freguesia, forças de segurança, paróquias e à nossa população em geral, sendo possível minimizar o impacto negativo.

O turismo, no que diz respeito à promoção territorial, está a ser um motor importante para os municípios e, nesse sentido, Penamacor tem aproveitado as suas valências e pontos fortes para fazer crescer a região e torná-la ainda mais atrativa? Temos, como já referi, um elevado património edificado que pode ser uma enorme mais-valia para a promoção turística. Requalificámos e continuamos a requalificar edifícios e áreas emblemáticas do nosso concelho para que possamos ser também um concelho atrativo no campo da visitação, promovendo, naturalmente, a nossa excelente gastronomia e os nossos espaços naturais.

O município tem sido um ator na promoção do desenvolvimento sustentável, por exemplo na promoção da cogestão da Reserva Natural da Serra da Malcata. Uma mais-valia do ponto de vista ambiental que tem de ser aproveitada para valorizar o território e potenciar a atividade económica? A Reserva Natural da Serra da Malcata representa o enorme potencial do património natural que temos. Estamos no início do processo da Cogestão com o Município vizinho do Sabugal e com o ICNF, sendo que o potencial endógeno associado poderá permitir um enorme crescimento do fluxo turístico e, por natureza, um aumento significativo do movimento económico para vários empresários do concelho.

Este ano irá recandidatar-se pela terceira vez à presidência de Penamacor. Há sempre uma palavra de esperança a deixar aos seus munícipes, nomeadamente neste momento? Depois de termos criado condições para a atratividade empresarial, a captação de investimento para a criação de emprego tem de ser a grande aposta para o futuro, visando inverter um despovoamento gritante do interior do País. Para tal, também serão necessárias políticas proativas e diferenciadoras do poder central para com todos estes territórios. E, se tal acontecer, aliado à excelente qualidade de vida de que dispomos, estes territórios podem ter um futuro risonho pela frente.

www.cm-penamacor.pt

@municipiodepenamacor

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A IMPORTÂNCIA DA REQUALIFICAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DO NÚCLEO HISTÓRICO DA CIDADE DE ELVAS A Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e as suas Fortificações foram classificadas Património Mundial, pela UNESCO, em 30 de junho de 2012. A reabilitação urbana dos centros históricos é a continuidade do concelho? A reabilitação do centro histórico de Elvas é um trabalho contínuo realizado pela Câmara Municipal de Elvas, nos últimos 25 anos. No presente mandato, a caminhar para o fim, podemos destacar a concretização de obras de requalificação do centro histórico da cidade, em especial num anel interior às muralhas seiscentistas, que nos levou a recuperar a Parada do Castelo, o Meio Baluarte do Príncipe, a Avenida 14 de janeiro, a Faceira da Cisterna, a Avenida e o Largo de São Domingos e os Largos dos Combatentes e dos Terceiros. É um trabalho que a nossa classificação de Património Mundial e a importância turística de Elvas nos impõem.

Nuno Mocinha, Presidente

A reabilitação do centro histórico de Elvas é um trabalho contínuo realizado pelo Município de Elvas, nos últimos 25 anos. Em entrevista à Revista Business Portugal, Nuno Mocinha, Presidente da Câmara Municipal, salienta que este é um trabalho exigido pela classificação de Património Mundial e importância turística de Elvas. 44 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

O município criou a plataforma digital “Emprega-te” dirigida os jovens elvenses que se encontram à procura de emprego, possibilitando a procura vagas de emprego ou estágios profissionais em empresas em Elvas. Esta iniciativa procura evitar o despovoamento do centro histórico? A plataforma digital não faz a distinção entre empregos que se oferecem no centro histórico, nos bairros da cidade ou nas localidades rurais. Porém, atendendo a que há empresas instaladas no centro da cidade e outras que aqui abrem as suas portas, há sempre a possibilidade de um posto de trabalho que se abre no centro histórico de Elvas valoriza esta zona e combate a sua desertificação demográfica.


C.M. ELVAS | MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR

Os centros históricos têm sido alvo de reestruturações que procurem uma maior mobilidade e melhores acessibilidades nos espaços públicos aliados a uma sustentabilidade ambiental. O que o executivo tem feito nesse sentido? Nesta matéria, o papel desempenhado pelo Município de Elvas vem de há duas ou três décadas: substituição de infraestruturas de água, escotos e pavimentos, reabilitação de largos e outros espaços públicos, onde têm sido plantadas novas árvores e criadas zonas verdes. Por outro lado, a reabilitação de edifícios municipais (cineteatro, mercado, museu da fotografia e Auditório São Mateus, Biblioteca Municipal, Museu de Arte Contemporânea, Museu de Etnografia e Arqueologia e edifício-sede da Câmara Municipal, entre outros) tem dado maiores condições de vida e bem-estar aos residentes e visitantes. A criação do parque de estacionamento subterrâneo na Praça da República, com 230 lugares, e de outros parques de superfície no centro histórico (com cerca de mil lugares, na sua totalidade) facilitam o acesso das pessoas e a mobilidade de veículos no centro histórico.

Esta situação, associada a tempos de esperança, importa ser acompanhada da maior responsabilidade que a pandemia exige. Os vários de programas de cariz social existentes no concelho são uma resposta real e uma mensagem positiva para o futuro? A Câmara Municipal de Elvas tem um vasto programa social que pretende perseguir dois objetivos relacionados entre eles: não deixar de entregar um euro a quem necessite ser apoiado, mas ao mesmo tempo não atribuir um euro a mais aos que não necessitam dessa ajuda. No último ano e meio, devido à pandemia, intensificámos os apoios sociais, em especial com a implementação de 35 medidas de apoio a famílias e empresas do concelho, no valor aproximado de um milhão e meio de euros. Nessa medida, ajudando as dificuldades do presente, que acreditamos serem transitórias, e não tendo parado qualquer investimento programado de iniciativa da Câmara Municipal, estamos a dar uma palavra de otimismo para o futuro.

Reforçar a segurança, bem como prevenir condutas criminosas são os objetivos do projeto de videovigilância, dando maior segurança aos comerciantes, moradores e visitantes do Centro Histórico da Cidade. Insere-se na estratégia de reforço de segurança que o Município está a implementar? A Câmara Municipal de Elvas vai instalar um sistema de videovigilância em zonas de estacionamento e aguarda autorização para colocar um sistema desta natureza na zona mais comercial do centro histórico. As cidades têm crescido em diversas direções, mas é no centro histórico que estão as suas raízes e memórias temporais e, por isso, a sua preservação constitui-se um dos objetivos do executivo? Esta preocupação é tanto mais acentuada quanto o centro histórico está incluído na área classificada de Património Mundial, pela UNESCO em 2012. As pessoas e os edifícios do centro histórico – quer os que são residências, serviços, comércio, restauração, ou monumentos – é que conferem vida a estas zonas de Elvas. Por isso, é um dos objetivos municipais.

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MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR | C.M. FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO

“O BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO É O ESSENCIAL”

Paulo Langrouva, Presidente

Figueira de Castelo Rodrigo foi dos primeiros municípios a aprovar um pacote de medidas para ajudar a minimizar os impactos da pandemia nas famílias, empresas e instituições. O Presidente do Município, Paulo Langrouva apresenta, em entrevista à Revista Business Portugal, um balanço positivo.

Como têm decorrido estas medidas? Temos estado a cumprir com o pagamento desses apoios, tentando garantir algum conforto e segurança, principalmente às empresas, que estavam a passar grandes dificuldades. Tínhamos de acautelar a manutenção e continuidade das mesmas e, portanto, garantimos uma almofada financeira de forma a conseguirem realizar as suas iniciativas. Que tenha conhecimento, nenhuma empresa fechou fruto da Covid-19, é um sinal de que conseguimos dar alguma margem de segurança às empresas. Tudo está a decorrer da melhor forma, felizmente. A situação epidemiológica tem vindo a evoluir, favoravelmente, possibilitando o retorno presencial às atividades da Academia Sénior. Uma instituição com uma importância social significativa que fomenta a proximidade? Entendemos que com este desconfinamento, e verificando zero casos da Covid-19 no concelho, estavam reunidos os requisitos necessários para reiniciar, paulatinamente, as iniciativas da Academia Sénior. A instituição era um ponto fundamental de apoio aos nossos seniores, dando-lhes um alento para que, diariamente, tenham vontade em estar em comunidade e convivência com outros colegas. Possibilitar, desta forma, um convívio saudá-

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vel e importante para eles, que estavam há muitos meses ansiosos por regressar. Estamos a falar de atividades como a realização de aulas de zumba, caminhadas, relacionadas com as TIC e, também, estamos a fazer uma exploração de espaços no exterior do concelho para meditação e conhecer monumentos. Era, portanto, fundamental, termos estas iniciativas e voltar a ter a Academia em pleno funcionamento.

Para o presente ano, está previsto um maior investimento em novas tecnologias, para dar uma resposta eficiente e minimizar impactos negativos em caso de uma outra inesperada situação pandémica? Estamos a fazer alguns investimentos na aquisição de alguns computadores, para dotar a Câmara Municipal dos meios tecnológicos necessários, para garantir não só questões de segurança, mas também, eventualmente, e se voltar a acontecer situações em que tenhamos de confinar, possamos garantir a continuidade do teletrabalho. Esperamos que não aconteça, mas temos de estar precavidos e preparados para outras situações, como vão acontecendo, infelizmente, para garantir a prestação de serviços essenciais às nossas populações.


C.M. FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO | MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR

Figueira de Castelo Rodrigo dispõe de um conjunto de valências e oportunidades que estão em constante melhoria? Queremos que o concelho seja uma referência na prestação de cuidados de saúde. Quem vive e tem residência fiscal em Figueira de Castelo Rodrigo, tem de ter apoios complementares, através destas valências diversas, no âmbito da saúde, para que continuem a ter bem-estar e qualidade de vida. Queremos criar um cluster de saúde no concelho, porque são serviços essenciais. Não existe, a nível nacional, um município que tenha garantido esta prestação de serviço como se fez aqui. Por isso, é importante que as pessoas percebam que estando no litoral ou no concelho, continuam a ter acesso à saúde. A educação, é outra área essencial em que a aposta tem sido forte. Complementando a plataforma da ciência aberta, temos uma parceria muito estreita e regular com o agrupamento de escolas, para garantir aos jovens, na disciplina de cidadania, conhecimentos de cultura geral e da realidade local. Estamos a tentar trazer valor acrescentado, através da melhoria das infraestruturas escolares, para garantir um futuro risonho, sem comprometer o conhecimento.

A adjudicação da empreitada para a requalificação do edifício do Centro de Saúde, dotando-o de mais e melhores condições, é uma intervenção já há muito solicitada e urgente para a comunidade? Sim, estamos a remodelar um antigo hospital, onde funcionava, anteriormente, o Centro de Saúde, para que, numa das alas, se possa vir a instalar uma Clínica de Imagiologia e, na ala esquerda, uma Clínica de Fisioterapia Geriátrica. Desta forma, estamos a tentar complementar um serviço essencial que já prestávamos à população através do seguro de saúde municipal, no qual se garante consultas de clínica geral e especialidade, bem como os meios de diagnóstico complementares, necessários para garantir a tranquilidade, em termos de saúde. Continuamos a ter de prestar este auxílio a uma população envelhecida, que esteve muito tempo confinada. Muitos não foram a consultas, e, agora, estes serviços são essenciais. É importante prestarmos estes serviços, acrescentando valências.

O município tem evitado o encerramento das empresas e minimizar os impactos económico-financeiros. Para além do apoio do governo, o município está sempre ao lado dos seus munícipes? No que diz respeito a Figueira de Castelo Rodrigo, o município irá homenagear, no dia 7 de julho, os recursos humanos, principalmente, os trabalhadores que, entretanto, já se aposentaram, mas que, durante anos, muito deram em prol do município. Para além disso, um conjunto de inaugurações vão ocorrer ao longo desse dia, nomeadamente o Centro de Dia; mais um espaço na zona industrial de acolhimento empresarial; e, ainda, áreas de lazer e de estacionamento, juntos às escolas, garantindo mais segurança. É importante que as autarquias percebam que o bem-estar da população é essencial. Naturalmente, implica recursos humanos, mas também financeiros e, por isso, é que estamos sempre dispostos a receber essa transferência de competências, olhando sempre para a questão dos recursos financeiros necessários para dar continuidade ao trabalho junto da comunidade.

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JOSÉ FARINHA NUNES, UM “HOMEM TRANQUILO” O percurso de vida do homem que liderou o Município da Sertã, ao longo dos últimos 12 anos, contado pelo próprio entre revelações e surpresas. O seu sonho de menino era ser piloto-aviador, porque o fascinava o modo como os aviões se equilibravam no ar. Não chegou a ver as nuvens de perto, mas o percurso ascensional, ao longo da vida, foi repleto de voos desconcertantes que o conduziram até ao cargo de presidente da Câmara Municipal da Sertã. José Farinha Nunes, que se carateriza como um “homem tranquilo”, nasceu em berço humilde, na pequena aldeia da Passaria, freguesia e concelho da Sertã, em 1950. Dos tempos de catraio, recorda brincadeiras como os jogos do peão, da macaca e as corridas de saco, mas sobretudo, o momento em que aprendeu a andar de bicicleta: “Era num caminho muito estreito, cheio de silvas à volta. Tínhamos obrigatoriamente de nos equilibrar, sob pena de nos arranharmos todos”. As primeiras letras e números, aprendeu-os na escola da Passaria. A avó teve um papel fundamental no facto de ter ido estudar: “A minha avó era uma pessoa que não sabia ler nem escrever, mas foi das pessoas que me aconselhou melhor durante a vida e me obrigou a ir estudar”. O seu pequeno mundo gravitava entre a Passaria e a vila da Sertã, onde ia com frequência não apenas para as aulas, mas tam-

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bém para assistir às celebrações religiosas ou para acompanhar os pais ao mercado. O percurso de ida e volta, de quase 15 quilómetros, era feito a pé, embora obedecesse a certos rituais, como o da troca de sapatos. Palavra a José Farinha Nunes: “As pessoas traziam um par de sapatos calçados e para evitar que rompessem os sapatos melhores que tinham para vir à Sertã, traziam os sapatos melhores até à Portela dentro de um saco e depois tiravam os sapatos que traziam e mudavam ali para os melhores. À volta faziam o inverso”. A vida trocou-lhe então as voltas. Não continuou a estudar, porque “os pais não tinham condições para isso”, mas resolveu tirar um curso de Datilografia e Estenografia, em Tomar, voluntariando-se depois para trabalhar no Serviço de Finanças da Sertã. Lá esteve três meses a mostrar o que valia e, findo esse período, foi falar com o diretor a Castelo Branco e pedir-lhe para ingressar nos quadros. No dia 1 de março de 1969, apresentou-se ao serviço e lá continuou até se aposentar em 2003. A experiência na repartição foi interrompida durante alguns anos, devido ao serviço militar. As peripécias no serviço dariam para encher as páginas de um livro. Cumpriu a recruta em Santarém e continuou mais alguns meses por lá, no mesmo quartel de onde sairia a coluna militar liderada por Salgueiro Maia que deu início ao golpe da madrugada do dia 25 de abril de 1974: “Eu conhecia os capitães praticamente todos, porque tinha estado em Santarém”, lembra.


PERCURSO DE VIDA DE JOSÉ FARINHA NUNES

Em Santarém, a Escola Prática de Cavalaria propôs-lhe trabalho ao invés da mobilização para a guerra: “Propuseram-me a desmobilização para eu ficar lá a fazer a ordem de serviço”. Não aceitou e rumou a Angola, onde as estórias também abundam: “Angola foi uma experiência interessante. Propus organizar uma escola de adultos, porque havia lá muitos cabo-verdianos – metade da companhia era cabo-verdiana –, que não sabiam ler nem escrever e que precisavam do exame da quarta classe para, por exemplo, tirar a carta de condução. Organizei a escola, primeiro no leste de Angola, e depois em Cachito, a uns 50 quilómetros de Luanda, para onde fomos enviados. Lá havia uma escola primária. Falei com a professora para que os alunos de Cabo Verde pudessem fazer o exame da quarta classe. Combinámos o dia e todos fizeram o exame e ficaram aprovados. Foi a experiência que me marcou mais”. Quando se dá o 25 de abril de 1974, ainda estava mobilizado em Angola e fazia planos para permanecer no país. O destino assim não quis e retornou a Portugal, onde ainda equacionou a hipótese de ficar a trabalhar num banco em Lisboa. O apelo da Sertã foi mais forte: “Prefiro viver na Sertã. Não há dúvida nenhuma. Tem ar puro, água de qualidade, pessoas excelentes”, sentencia. Casou alguns anos depois e teve dois filhos. Era agora um homem de rotinas entre a sua casa na Sertã e a Repartição de Finanças, então situada no edifício dos Paços do Concelho. Na década de 1980, o apelo da política surge pela mão do amigo Ângelo Pedro Farinha, na altura presidente da Câmara da Sertã. Filia-se no PSD, embora não se envolva muito nos primeiros tempos. A entrada na política ativa acontece mais tarde por intermédio de outro histórico dos sociais-democratas locais, Álvaro Aires. É convidado para a Assembleia Municipal, sendo eleito deputado e nomeado secretário daquele órgão. Quatro anos mais tarde, em 2001, sobe um degrau e surge como cabeça de lista do PSD à Assembleia Municipal. Conquista a vitória numas eleições, onde o PSD perde a Câmara pela primeira vez desde 1975. Rapidamente apercebe-se da espinhosa missão que terá pela frente: “Não foi um tempo fácil. Teve que se fazer muita ginástica. Foi dos piores tempos que conheci em termos políticos, no entanto tudo se conseguiu ultrapassar”, precisou José Farinha Nunes. Em 2005, foi desafiado para a Câmara Municipal, mas não aceitou. Avançou quatro anos depois, com a perfeita noção do risco que estava a assumir e com a missão de tirar o PS do poder. Acreditou sempre na vitória, que acabou por lhe sorrir.

Empossado como presidente começa o seu percurso, acompanhado por “uma equipa sólida e de qualidade reconhecida”. É reeleito em mais duas noites eleitorais e cumpre agora o 12.º e último ano do seu mandato, igualando o recorde de dois antigos autarcas sertaginenses que, nos tempos da ‘outra senhora’ estiveram igual número de anos no poder. Olhando em retrospetiva, diz que ser presidente de Câmara requer um apurado “espírito de missão” e que “quem quiser levar isto muito a sério, tem que se ocupar e dedicar-se, inclusive até aos fins-de-semana. E quem não tiver esse espírito não vale a pena vir”. Quando questionados sobre os principais marcos destes três mandatos prefere não realçar nenhuma obra ou projeto. No entanto e relativamente aos momentos difíceis não hesita em lembrar os “terríveis incêndios” e o acidente com o autocarro no IC8. Agora que se prepara para abandonar o cargo de presidente da Câmara, não podendo recandidatar-se devido à limitação de mandatos, diz que sai “uma pessoa diferente”, com “muita experiência, muita informação e, portanto, conhecedor dos problemas que existem não só no concelho da Sertã, mas no país. Isso é enriquecedor”.

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MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR | J. F. MISERICÓRDIA

“CONSTRUIR UMA FREGUESIA MELHOR” se traduz no aumento da eficiência e melhoria dos serviços que prestam à população. Os benefícios e vantagens da reorganização administrativa cedo ficaram demonstrados, como revelou o estudo “Inquirição aos Munícipes e Principais Agentes da Cidade de Lisboa: Qualidade de Vida e Governação Urbana” (2017), que concluiu que a reforma administrativa foi francamente positiva, nomeadamente ao nível do aumento da qualidade de vida em Lisboa.

Carla Moreira, Presidente

A Junta de Freguesia da Misericórdia (centro histórico de Lisboa) resulta da agregação das antigas freguesias da Encarnação, Mercês, Santa Catarina e São Paulo. O processo de gentrificação, a mobilidade pedonal e a videovigilância constituem o foco dos trabalhos do executivo liderado pela autarca Carla Moreira. A multiplicidade de cerca de 11 mil habitantes exige uma gestão rigorosa e atenta? A reorganização administrativa da cidade de Lisboa, realizada em 2012, veio criar novos limites administrativos territoriais e implementar um novo modelo de gestão, criando desta forma uma nova visão da cidade de Lisboa. Com esta reforma, a gestão da freguesia passou a ser mais exigente e complexo, com mais competências e recursos técnicos e humanos, e permitiu às freguesias obter ganhos de escala que lhes permitem uma gestão mais racional e eficiente dos recursos existentes, facto que

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O processo de gentrificação, resultado da “turistificação”, reabilitação urbana e consequente especulação imobiliária, tem vitimizado os grupos sociais de menores recursos. O direito à habitação está, mais do que nunca, na agenda do município? Os valores praticados no mercado de venda e de arrendamento da habitação em Lisboa, em particular na freguesia da Misericórdia, são proibitivos para a maioria das famílias portuguesas. A oferta de fogos para arrendamento tem vindo a diminuir progressivamente em Lisboa, existindo atualmente menos de metade dos fogos para arrendar que existiam em 2013. Esta situação deve-se, em grande medida, às alterações introduzidas em 2012 no regime do arrendamento, implementadas pelo então Governo PSD/CDS-PP com o apoio da maioria parlamentar da direita, as quais, além de fomentarem a especulação imobiliária, aumentaram substancialmente a “facilidade com que as expulsões (das residências) podem ser realizadas”, como afirmou, em 2016, a Relatora Especial das Nações Unidas para a Habitação Adequada, Leilani Farha. Estas alterações levaram à saída de milhares de residentes permanentes do centro da cidade de Lisboa, sobretudo de pessoas idosas e mais vulneráveis, que foram forçadas a abandonar as residências onde moravam há décadas. Desde então, tem vindo a ser desenvolvida uma política de habitação, por forma a estabelecer o equilíbrio e sustentabilidade no mercado de arrendamento e garantir o acesso à habitação em Lisboa, nomeadamente no centro da cidade. Neste âmbito, foi implementado o regulamento municipal do Alojamento Local e também vários programas destinados, quer a proprietários, como seja o “Renda Segura”, quer às famílias, designadamente o ‘Subsídio Municipal de Renda Acessível’, o ‘Arrendamento Apoiado’, o ‘Habitar o Centro Histórico’ e o ‘Renda Acessível’, que já vai na 6ª edição, onde a taxa de esforço não pode ser superior a 30% do rendimento das famílias, por forma a garantir que o direito à habitação digna em Lisboa é uma realidade ao alcance de todos.


J. F. MISERICÓRDIA | MUNICÍPIOS: VIVER, VISITAR E INVESTIR

Em parceria com o Turismo de Portugal surge “VIVER@ MISERICÓRDIA”, que pretende otimizar a qualidade de vida dos residentes, bem como as relações entre estes e os turistas, valorizando a identidade cultural, tecido social e o padrão urbano e funcional? É fundamental garantir a sustentabilidade do Turismo e promover o equilíbrio entre as atividades turísticas e a comunidade local. Nesse sentido, a Junta de Freguesia da Misericórdia definiu e tem vindo a implementar, desde 2018, o programa ‘VIVER@ MISERICÓRDIA’. Trata-se de um programa pioneiro que foi inscrito na Linha de Sustentabilidade do Turismo, gerida pelo Turismo de Portugal, o qual compreende diferentes vertentes que temos vindo a desenvolver, designadamente ao nível das componentes ambiental, acessibilidade e mobilidade, da diversificação da oferta de experiências, da higiene e salubridade, bem como da cidadania. No âmbito do ‘VIVER@MISERICÓRDIA’ foram realizadas várias ações, desde a melhoria de acessibilidade a sanitários públicos, à recolha de lixo, à arte urbana, à sensibilização e prestação de informação útil sobre a freguesia e à promoção da participação cívica da população e dos agentes locais. ACESSIBILIDADES@MISERICORDIA procura melhorar a mobilidade na freguesia. Misericórdia é uma freguesia para todos? A Junta de Freguesia da Misericórdia tem vindo a desenvolver uma política de requalificação do espaço público e melhoria das acessibilidades, através de um conjunto de intervenções que visam valorizar o património coletivo e melhorar a mobilidade para todos, tornando a utilização do espaço público mais inclusiva, confortável e segura. Os exemplos mais recentes são as intervenções realizadas na Calçada Salvador Correia de Sá, nas travessas André Valente e do Jasmim e na Praça das Flores, onde, preservando o traço original da praça e mantendo a capacidade de estacionamento, os passeios foram alargados e elevados de forma que raízes das árvores que sobressaiam na superfície deixassem de ser um obstáculo à passagem de pessoas com mobilidade reduzida, diminuindo assim o risco de quedas.

A freguesia é um local de agregação de uma classe artística, onde foram várias as figuras da vida cultural e política que viveram no antigo e atual território. É uma inspiração para os munícipes e para o executivo? São inúmeras as personalidades da cultura e da vida artística e política portuguesa que, ao longo dos séculos, nasceram e escolheram a Misericórdia para viver. Seria impossível enumerar todas, mas recordo grandes nomes da literatura como Bocage, Fernando Pessoa ou o Professor Agostinho da Silva. Mais recentes, a Anita Guerreiro ou a Simone de Oliveira, artistas que já tivemos oportunidade de homenagear, o José Fonseca e Costa (infelizmente já falecido), atores como o Virgílio Castelo, o Miguel Guilherme ou a Margarida Marinho e, não posso esquecer, o nosso saudoso Carlos do Carmo, nascido no bairro da Bica e cuja vida e obra pretendemos, brevemente, perpetuar na toponímia da freguesia. Apresentámos à Câmara Municipal da cidade uma proposta nesse sentido, a qual mereceu grande acolhimento e entusiasmo pela família. Apesar de termos muitas personalidades de prestígio e reconhecimento público associadas à Misericórdia, encontramos em todos e em cada um dos fregueses e freguesas a responsabilidade e inspiração para cumprirmos a nossa missão por forma a construir uma freguesia melhor. Miradouro Stª Catarina

Praça Luís de Camões

Resultado das novas dinâmicas residenciais, económicas e urbanísticas no centro histórico da cidade de Lisboa, os projetos de videovigilância tornaram-se fundamentais? A videovigilância é uma ferramenta útil e importante para que as forças de segurança cumpram a sua missão, mas também para fomentar um sentimento de segurança na população. A videovigilância, além de constituir um meio de dissuasão da prática de crimes e de identificação de suspeitos, permite que as forças policiais possam efetuar uma monitorização permanente e atuar com maior prontidão e eficácia perante qualquer ocorrência. A Misericórdia é a única freguesia de Lisboa que, até ao presente momento, dispõe de um sistema de videovigilância (no Bairro Alto), o qual vai ser alargado com a instalação de mais câmaras de vigilância, nomeadamente no miradouro de Santa Catarina, correspondendo assim áquilo que foi uma ambição da Junta de Freguesia e da comunidade local.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS As estratégias de crescimento das empresas estão a ser redefinidas, transversalmente, em todos os sectores e níveis empresariais. A diversidade, dos negócios, dos serviços subjacentes e do portfólio, é um motor impulsionador para que se possa continuar a crescer e a liderar de forma sustentável. O líder de uma empresa deve procurar o autoconhecimento, construir um bom relacionamento, manter o foco nas metas, saber gerir equipas de trabalho e mostrar a sua compreensão e apoio aos seus colaboradores, possibilitando-lhes as melhores condições. As empresas encontram-se, hoje, num processo acelerado de transformação e, por isso, o desafio de trabalhar em locais diferentes e através de diferentes plataformas obriga a uma dinâmica que requer adaptabilidade e inovação permanente. O equilíbrio de tomadas de decisões, é também essencial para uma escolha certa e rápida das melhores soluções.

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DS ALBUFEIRA 4º ANIVERSÁRIO R. António Aleixo 1D Loja A · 8200-091 Albufeira 289 070 520 · albufeira@decisoesesolucoes.com www.facebook.com/dsalbufeira MIALU Intermediating Unipessoal, Lda Lic AMI 13564 Intermediário de Crédito Vinculado Registo pelo Banco de Portugal com o n. 0004843

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | DS ALBUFEIRA

4 ANOS DE CRESCIMENTO CONTÍNUO Se para algumas empresas a pandemia foi um momento de paragem e inquietação, para outros negócios e sectores foi uma oportunidade de consolidação e crescimento. A DS Albufeira orgulha-se, de num ano tão atípico e difícil, pertencer ao grupo das empresas que, contrariamente ao expectável, cresceu e fortaleceu os seus negócios. A pandemia surgiu, de uma forma inesperada, desacelerou a velocidade dos negócios, mas a DS Albufeira readaptou-se. Os negócios continuaram a ser realizados através de meios digitais, algo que não foi uma novidade, porque como nos explica Sandra Santos, as videochamadas já faziam parte do seu processo de trabalho e com a chegada da pandemia já não era algo estranho. Carlos Rascão, Diretor

4ª aniversário celebrado com expansão da empresa A DS Albufeira celebra a chegada do seu quarto aniversário, com um balanço “extremamente positivo” nas palavras de Carlos Rascão. Um momento feliz celebrado com a expansão do negócio. Após várias pesquisas no mercado, perceberam que as lojas eram extremamente caras ou não se compatibilizavam com a zona geográfica que pretendiam estar. Surgiu então a oportunidade de se manterem no mesmo local, ampliando o espaço. Até final de Julho, a agência irá alargar a sua loja com a junção de uma outra ao lado da atual. Um projeto ponderado já há algum tempo dado o aumento, quer do volume de negócio, como do número de consultores. Como nos explica o Sócio-Gerente, na vertente imobiliária, a oferta não é a desejada, mas sempre houve procura e há sempre pessoas interessadas para comprar. É certo que, inicialmente, a pandemia desencadeou medo em todos os sectores, “mas as pessoas continuaram as suas vidas, tiveram a necessidade de adquirir imóveis para iniciar uma vida e expandir a família.” Sandra Santos acredita que são estes motivos que sustentaram o imobiliário, mas não só. Os reformados continuaram, cada vez mais, a regressar a Portugal e os estrangeiros que vêm o nosso país como um bom sítio para viver. A procura continua, mas a oferta tem-se mostrado genericamente escassa, no que à construção nova diz respeito. Isto depois reflete-se no preço. Para colmatar essa dificuldade, a DS Albufeira procura outras soluções na periferia e os clientes reajustam os seus sonhos/desejos/necessidades.

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Um crescimento nacional Sandra Santos admite que, atualmente, existem muitos portugueses a investir. É uma realidade que a crise fará parte do cenário de muitas famílias, mas existem outras que, mesmo com a pandemia, conseguiram mudar o estilo de vida, que os levou a querer investir. Todos temos o sonho de viajar e conhecer outras realidades, mas o nosso país também tem lugares extraordinários, e (re)descobertos com a pandemia, como garante Carlos Rascão. Motivos que explicam a vontade e opção de investir em Portugal. Mas serão só esses motivos? São determinantes, mas mais aliciantes quando conjugados com um serviço completo e num registo 360º que a DS Albufeira disponibiliza aos seus clientes nas cinco áreas de atuação. Quando se trabalha nesse registo, nomeadamente na intermediação de crédito, relativamente ligada à consultoria imobiliária, as pessoas sentem-se muito apoiadas, numa zona geográfica quase totalmente dependente do turismo e das pessoas que trabalham no sector. Devido ao aumento de fecho de negócios, consequência da pandemia, alguns bancos consideraram-no um sector de risco. No entanto, essas pessoas continuam a querer comprar e, apesar alguns bancos lhes fecharem as portas, a DS Albufeira consegue ajudá-las, trabalhando numa esfera 360 º, a encontrar as soluções que necessitam. Para além disso, na opinião de Sandra Santos, com a forma de trabalhar da agência, os clientes sentem-se apoiados, porque “se já era difícil recorrer aos serviços, mais difícil está agora” e o serviço 360º vem responder a todas as necessidades. Os serviços, esses, são sempre os mesmos, a forma de os trabalhar é que vai sendo adaptada.


DS ALBUFEIRA | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

“A DS Albufeira trabalha na base do rigor, simpatia e cordialidade e, por isso, os clientes sentem-se seguros, que lhe permite fechar vários negócios por videochamada” Sandra Santos, Diretora

“O cliente tem um serviço completo” Na DS Albufeira, Sandra Santos garante com satisfação que não fica apenas um cliente a longo prazo, mas sim um cliente que vai referenciar a agência. “Temos crescido muito baseado na diferenciação dos serviços e, no nosso caso, o que mais funcionou foi a confiança sentida pelos clientes. Mas não só na relação de confiança com os clientes está o segredo para o crescimento sustentado. Carlos Rascão destaca também as parcerias a nível nacional, em relação a obras e construção, com empresas de

referência, com as quais podem depositar toda a confiança, tanto na qualidade do serviço, como no cumprimento de prazos, ou no cumprimento dos orçamentos. Parcerias que se estendem a nível local, e que prestam apoio no serviço 360º. A DS Albufeira trabalha na base do rigor, simpatia e cordialidade e, por isso, os clientes sentem-se seguros, que lhe permite fechar vários negócios por videochamada. Na agência, que pretende continuar a expandir e a recrutar, Carlos e Sandra garantem “o cliente tem um serviço completo”.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | GRUPO ZEGNEA

“A ARQUITETURA É O QUE NOS MOVE”

Hugo Ribeiro Lobo e Vera Castro, Arquiteto e Jurista

Atualmente, num espaço renovado, o Grupo Zegnea é o resultado de uma herança familiar, que despoletou no Arquiteto Hugo Ribeiro Lobo, o entusiasmo pela arquitetura. Licenciado na área, desde muito novo, que a arquitetura faz parte da sua vida. Uma paixão que o acompanhou e que foi crescendo, ao longo dos anos, e que se materializou no gabinete de arquitetura Zegnea. Hoje, um projeto de sucesso, que partilha com a esposa Vera, que abandonou a atividade profissional, para juntos abraçarem este caminho. Grupo Zegnea Em 2008 nasce, em Guimarães, o gabinete Zegnea. Com o seu crescimento e fruto de herança familiar, deu-se naturalmente a junção da arquitetura com áreas complementares, tendo em vista o desenvolvimento de uma solução arquitetónica integrada. “As atividades já vinham de família e, de certa forma, também me dizem muito. Gosto de construir, de sentir os materiais, de experimentar e de estar no terreno.” A Zegnea alia a arquitetura, à construção e promoção imobiliária, desenvolvendo cada projeto, desde a elaboração da arquitetura, gestão, coordenação e execução de todos os aspetos relacionados com a obra, criando um produto pensado e construído do início ao fim. Daí, ser constituída por uma equipa pequena, mas com uma grande amplitude de serviço que, na opinião do arquiteto, é o necessário para prestar um serviço cuidado e próximo do cliente. Um serviço complicado, pois, “é tudo contruído de raiz, mas extremamente aliciante, porque controlamos todo o processo e o cliente deposita em nós uma segurança total”, acrescenta. Um gabinete de sucesso que se explica pela dedicação de toda a equipa e que, na voz de Hugo Ribeiro Lobo, se percebe a paixão que dedicam a cada projeto. “A arquitetura é o que nos move e é o que nos enche a alma”, explica. Os projetos e obras executados pelo Grupo Zegnea caracterizam-se pela elegância e simplicidade, valorizando a qualidade do desenho e dos materiais, assim como o rigor e mestria na execução da obra.

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Uma equipa pequena, mas altamente eficaz e eficiente Como nos diz, orgulhosamente, Hugo Ribeiro Lobo, apesar de ser uma equipa pequena, é altamente eficaz e eficiente. Nos processos de recrutamento, o que o gabinete procura não são os currículos infindáveis, mas sim o carácter humano. O saber pode não ser muito, mas o conhecimento surge naturalmente com o trabalho de equipa e quem se integra entende a filosofia de trabalho. Os elementos da equipa estão envolvidos, em todas as fases do processo, uma dinâmica que, nas palavras do arquiteto, ajuda no crescimento de todos e tem sido a base para o sucesso. Palavras corroboradas por Mariana Rodrigues, um dos elementos da equipa. Para a arquiteta, não estar sistematicamente a fazer o mesmo trabalho, permite-lhe aprender todos os dias. “Tanto na parte do projeto de arquitetura, como a interação com os clientes, a parte construtiva, tudo isso nos faz ter uma bagagem maior em todas as áreas”, revela-nos com satisfação. Uma equipa multifacetada capaz de responder aos clientes mais exigentes. O gabinete é, na sua maioria, procurado por um cliente muito específico, de classe média alta, com poder económico, mas sobretudo, cada vez mais informado. “O cliente procura-nos, porque gosta da nossa linguagem e maneira de pensar e o nosso know-how na construção dá-lhes muita segurança”, realça o arquiteto. O complemento com o acompanhamento integral é também, para Mariana Rodrigues, uma segurança que transmite confiança aos clientes.


GRUPO ZEGNEA | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Valorização da arquitetura e da sua singularidade As gerações mais recentes foram educadas, de forma diferente, assente na valorização da profissionalização. A globalização da informação veio também ajudar a desmistificar a importância da envolvência de um arquiteto. Hoje, a sociedade reconhece e sente a necessidade de recorrer a um profissional na área. Na visão de Hubo Ribeiro Lobo, é benéfico para todos que cada atividade seja feita por pessoas qualificadas, em vez de se procurar remendar as necessidades. Também a singularidade é, hoje, mais respeitada, porque como, nos diz o arquiteto, a criatividade é muito relativa. “Na arquitetura, em concreto, não há um ser diferente, há o sermos nós próprios.” Cada arquiteto tem a sua linguagem, o que não significa que seja diferente dos demais. Para Hugo, não há a obrigatoriedade de ser diferente, há sim a honestidade para com o trabalho. A par com a singularidade e linguagem de cada gabinete, está o contexto em que se inserem os projetos. Cada intervenção tem o seu contexto e é isso que tem de ser avaliado. “Obviamente, que se estamos a intervir numa zona ecologicamente protegida, temos de respeitar.” O arquiteto dá o exemplo das Box XL, um projeto premiado, em 2019, que foi criado para responder a um projeto específico com uma linguagem em que acreditam. O que acontece, muitas vezes, é o desconhecimento dos clientes sobre determinadas “linguagens” que os fecha a dinâmicas diferentes. E, nesse aspeto, como nos confidencia Mariana Rodrigues, a Zegnea apresenta outros pontos de vista, porque para cada local há uma arquitetura. “Não temos a ideia de reprodução em massa. Com essa dinâmica os clientes compreendam-nos melhor e nós respondemos da melhor forma”. Por vezes, há respostas que o gabinete não consegue dar, porque não há solução para todos os casos. Procurar sempre a resposta certa é, para Hugo Ribeiro Lobo, o primeiro passo. “A pessoa entende a nossa linguagem e conseguimos tocar em algum ponto que seja a melhor solução, honesta, quer pelo investimento, quer pelo contexto onde se insere a obra”.

“Gostamos de estar envolvidos em várias frentes” Embora não seja uma área recente, a Zegnea Real Estate tem sido um dos grandes focos para que se torne mais singular. Não se trata de uma venda tradicional, mas sim de uma transformação adaptada à linguagem da Zegnea, com uma garantia total da real estate. “O cliente sabe que compra um apartamento, moradia ou habitação em segunda mão, mas que tem garantia dos equipamentos.” Nesta vertente, o gabinete tem vários projetos a avançar, como o empreendimento L.01 Houses e a construção de mais de 20 apartamentos na área. Como nos confidencia Hugo Ribeiro Lobo, a equipa gosta de estar envolvida em várias frentes, mas também de explorar novos caminhos. Dada a amplitude de serviços do gabinete, “através dos quais foram percecionadas algumas fragilidades, lacunas e nichos que não estão relativamente bem explorados”, estão, neste momento a ser explorados novos modelos de negócio. A internacionalização, embora não esteja completamente fora dos planos futuros, não é uma ambição, a curto prazo. O arquiteto explica que não procuram projetos além-fronteiras, de forma exaustiva, para não perderem o foco do que é realmente essencial: tratar bem quem os rodeia, num mercado que já os conhece. No entanto, a equipa está preparada para agarrar novas oportunidades. “Vivemos numa aldeia global, todos os dias nos cultivamos, e conhecemos o que se faz noutros países”. O objetivo esse, é transversal, ser uma referência na área de abrangência.

Rua João de Oliveira Salgado, 32 4810-015 Costa, Guimarães Tel. 253 565 098 www.zegnea.com geral@zegnea.com

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | AF ARCHITECTURE

8 ANOS DE UMA ARQUITETURA COM VIDA

8 anos de experiências e resultados positivos que prosseguem com um futuro positivo para a AF ARCHITECTURE. O rápido desenvolvimento de novas formas de trabalho, perante um cenário que provocou alterações ao quotidiano e projetos em curso, permitem, de acordo com António Ferreira, Arquiteto, uma prática e funcional estruturação de trabalho e sua boa execução.

António Ferreira, Arquiteto | Créditos Foto: Duarte Netto

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Sendo a AF ARCHITECTURE uma empresa que comemorou recentemente 8 anos da sua existência e que tem na sua premissa, uma orientação para a vida, como um meio de realizar sonhos, desenvolver histórias e experiências, quais são os conceitos que definem a empresa? A empresa AF AFCHITECTURE SARL é definida pelo somatório de experiências, de resultados positivos, pela satisfação de cada cliente, cada projeto realizado, de cada construção terminada. Tendo sempre a consciência que, cada cliente é único, com uma experiência diferente, onde cada um tem como objetivo dar forma aos seus sonhos, definir programas específicos, resolver problemas do quotidiano, entre outros. Concluir com satisfação cada desafio e perceber que mudamos a vida de cada cliente positivamente, é a premissa que nos move. Organizamos o nosso trabalho com base no rigor, cuidamos dos pormenores conceptuais e construtivos, na correta orientação para a gestão de orçamentos, com a maior exigência, para total satisfação de cada cliente, na concretização dos seus sonhos, esse é sem dúvida o nosso maior objetivo. Dados que são transversais ao nosso processo criativo, administrativo e construtivo.


AF ARCHITECTURE | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Com a experiência que a AF ARCHITECTURE adquiriu nos últimos anos nos diversos mercados onde atua (europeu, asiático e africano) e sendo os serviços de consultadoria uma mais-valia nos aspetos diferenciadores que vos marcam, como alia estes dois serviços? A AF ARCHITECTURE SARL teve a oportunidade de acompanhar diversos clientes, em diversas e diferentes realidades culturais, económicas e sociais. Através da imensa experiência que reunimos no nosso portfólio, na área da Arquitetura e Construção, podemos orientar e oferecer consultadoria em alguns projetos mais específicos, de modo a auxiliar os nossos clientes. Ao calcular com grande rapidez a viabilidade económica dos projetos em questão, conseguimos aconselhar, orientar, acompanhar e supervisionar determinados investimentos no mercado imobiliário. Ao aliar ambos os serviços, conseguimos oferecer mais confiança e segurança nos seus investimentos. Falemos da atualidade e da pandemia existente a nível Global. Como tem sido lidar com este novo cenário num país externo? Quais os impactos que sente no dia a dia desta nova realidade? A atual situação pandémica trouxe diversas alterações ao nosso quotidiano e aos projetos em curso. Lidar com este novo cenário num país externo tornou-se uma mais-valia importante. Pois as relações externas que o nosso escritório desenvolve, dada a sua localização geográfica, são um fator importante para a concretização dos projetos dos nossos clientes. Diversos impactos foram sentidos, destaco atualmente as grandes flutuações que o preço e a disponibilidade de matéria-prima apresentam nos mercados. Pois a gestão de orçamentos e o cumprimento de metas, atualmente torna-se um dos maiores desafios devido à atual conjuntura.

No atelier cada projeto é único e os serviços são adaptados às necessidades de cada um. Havendo uma simbiose intrínseca entre Portugal e Luxemburgo, o que trará de novo os projetos de investimento e empreendimentos turísticos que estão a desenvolver? Os projetos de investimento e empreendimentos turísticos, atualmente em curso, em Portugal, são adaptados às vontades e sonhos de cada cliente. A utilização de sistemas construtivos de fácil montagem, rápida logística e de grande conforto ao nível do utilizador final, caracterizam os projetos em curso. Empreendimentos turísticos onde a utilização de módulos de habitação temporária individuais, com distanciamentos sociais que permitem às famílias disfrutar de momentos de lazer e turismo, adaptados à evolução dos tempos e das atuais características pandémicas mundiais. Numa altura que a dinamização do turismo se assume um dos pilares da continuidade económica das regiões, os empreendimentos turísticos em curso assumem um impacto para o futuro? Todo o investimento externo assume um impacto positivo para o futuro em território nacional. A criação de novas estruturas, de novos postos de trabalho, novas oportunidades, representam sem dúvida no meu ponto de vista, uma grande mais-valia para o desenvolvimento do país. Por fim, como prevê que seja o futuro da Arquitetura em Portugal e nos países onde atua ativamente, no que diz respeito a uma fase pós-pandemia? Considero que o futuro da Arquitetura em Portugal será muito positivo e continuará em desenvolvimento num futuro próximo. Todos nós teremos de continuar a adaptar a novas realidades, mas acredito que sempre de forma muito positiva para o futuro da Arquitetura e Construção.

Os mercados e as empresas tiveram de se adaptar à situação presente. Como tem sido a adaptação a esta nova realidade? A estruturação do trabalho e sua execução mudou significativamente num cenário pandémico? A adaptação a esta nova realidade foi fácil. O rápido desenvolvimento de novas formas de “Home Office”, de reuniões on-line com clientes, administrações, bancos e colaboradores permitiram uma prática e funcional estruturação de trabalho e sua boa execução, em todo este cenário pandémico. Considera que a Arquitetura é suficientemente valorizada na sociedade atual? Qual a sua importância para o futuro das Cidades? Sim, considero que a arquitetura é positivamente valorizada na sociedade atual, sendo o seu trabalho fundamental, e muito necessário, para a correta resolução de problemas de diversas ordens. O planeamento urbano no crescimento das cidades e os projetos de Arquitetura, permitem uma correta planificação com maior consciência da utilização dos índices de solo e sua proporcional distribuição. Assim como a preocupação de novos sistemas construtivos sustentáveis e que recorram a fontes de energia renováveis.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | TRACTORMINHO

A MARCA QUE LHE FALTAVA Em 2021, numa perspetiva de obter uma maior visibilidade no mercado nacional e indo ao encontro da visão externa da empresa, a TRACTORMINHO, AUTO PORTUCALENSE E TRACMOTORS fundiram-se numa só: as três empresas ficaram aportadas na TRACTORMINHO, criada em 1980 e a mais expressiva no mercado. Fundiram-se as estruturas sociais e as equipas e passaram todos a trabalhar numa voz única, como nos revela a segunda geração do negócio, José Carlos Moreno, Executive Manager. Mudanças que se estenderam à criação de uma marca própria – a TMPARTS – uma nova identidade que, gradualmente, pretende chegar a vários mercados, colmatando lacunas ao nível da distribuição de componentes no sector. Com a criação da marca, José Carlos Moreno refere que o objetivo é que, no futuro, os produtos sejam negociados e comprados diretamente às fábricas e tenham a identidade da TRACTORMINHO, porque “trabalhar com diferentes fornecedores descaracteriza a empresa”. “O negócio foi crescendo acompanhando as nuances do país” Há 41 anos, Braga era uma região carente ao nível da distribuição de peças e acessórios para tratores agrícolas e alfaias e encontrava-se dependente das zonas centro e sul. Percebendo essa lacuna, cinco sócios decidiram a 6 de maio de 1980, criar a TRACTORMINHO. Inicialmente, com fornecedores nacionais, as compras eram realizadas em fábricas nacionais ou importadores da zona centro, que já estavam no mercado há alguns anos. Mas, facilmente, foi conseguida a ideia de abandonar a compra local e ir a feiras no exterior, à procura de uma linha própria de produtos.

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Ao nível dos fornecedores, os italianos foram os primeiros a surgir, seguidos pelos espanhóis e ingleses e, com os quais, a empresa mantém uma relação de proximidade. Desde 2006, sediada em Sequeira - Braga, onde funcionam a sede social, serviços administrativos e armazém central, a TRACTORMINHO exerce a sua atividade em Portugal, Espanha e Angola, com a missão de constituir uma alternativa no aftermarket de peças para máquinas agrícolas industriais. Trata-se de uma empresa familiar, que está na terceira geração, um orgulho para Fernando Moreno, Sócio-Gerente Fundador. Em 1992, José Carlos Moreno, foi desafiado a dirigir um espaço no Porto, que, entretanto, foi deslocalizado para a sede. O Executive Manager, que conhece o passado, vive o presente e tem ideias do futuro, garante que foi uma evolução natural, porque “gostar do que se faz, mesmo com mudanças de rumo, é importante.” O segredo está, também, na motivação transmitida aos trabalhadores e é importante para a geração que surge, ser motivada. Na TRACTORMINHO há uma mistura de sensibilidades e conhecimento, porque trabalhadores mais novos aportam um conhecimento diferente à empresa. José Carlos Moreno está constantemente a desafiá-los, porque o que aprenderam nos institutos e universidades serviu como uma ferramenta importante para ter mecanismos para procurarem e desenvolverem informação. O conceito “on job training” é na opinião de José Carlos Moreno, o ideal para novas aprendizagens. “Neste sector, não existem livros específicos, as pessoas têm de ir aprendendo” e quando se gosta, aprende-se, garante. O negócio foi crescendo acompanhando as nuances do país, com pessoas ministradas de experiências e conhecimento.


TRACTORMINHO | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Fernando Moreno e José Carlos Moreno, Sócios-Gerentes

Um novo mercado A localização da empresa esteve assente numa visão estratégica, direcionada para o mercado mais competitivo. Não ignorando o mercado interior, pela sua tipicidade e produção, o litoral é um mercado mais promissor e importante. No entanto, o mercado vai sofrendo alterações e a TRACTORMINHO foi sempre adaptando o modelo de negócio. Até ao momento, a empresa estava vocacionada para trabalhar com determinados atores mais pequenos nas redondezas, mas, atualmente, tem de olhar para zonas onde a produção já é mais intensiva. José Carlos Moreno explica que não foi uma mudança radical, mas que obrigou a adaptação. Hoje, a limpeza da floresta e área circundante, funciona como motor de negócio e que obriga a que haja equipamentos, alguns deles agrícolas, adaptados à realidade. Acompanhando a lógica do mercado, a TRACTORMINHO tornou-se numa empresa polivalente, porque vende materiais diversos, uma vantagem em relação a outras empresas. A nova realidade 4.0 está a abraçar o mercado agrícola e é também um outro desafio para o qual a empresa se está a preparar. A agricultura passará a ter uma componente tecnológica muito acentuada, porque a complexidade na máquina os automatismos começam a surgir. “Já existem tratores com automatismos que com Guias Laser, GPS e Programações fazem todo o percurso no campo e, por isso, vamos ter que ter pessoas capazes de interpretar tudo isto”. A nível das tecnologias e ambiente, a TRACTORMINHO tem a expectativa de reduzir, em 50 por cento, o trânsito de papel dentro da empresa; vai começar a proceder ao picking e putting digital; as faturas passarão a ser emitidas digitalmente, para minimizar o trabalho do cliente; e a loja on-line, que foi implementada durante a pandemia e evolui de dia para dia, com o objetivo de ser uma plataforma para chegar ao cliente.

Sonhar e construir além-fronteiras O crescimento para realidades diferentes foi um passo natural. Em 2003, uma comitiva deslocou-se a uma feira em Luanda e, quatro anos, depois deu-se a expansão da TRACTORMINHO com uma nova instalação na capital de Angola, a Makipeças. Em 2019, desta vez no sul de Espanha, é constituída uma nova sociedade, na qual o Bernardo Moreno faz o acompanhamento, a TracMotors, Recambios Agrícolas. A terceira geração da família vai conhecendo as linguagens e sensibilidades num mercado “extremamente agressivo concorrencialmente”. A concorrência é constituída, sobretudo, por empresas espanholas e outras multinacionais a norte e centro da Europa e, esse, é o confronto e a luta diária da Tractorminho: ser capaz de ter uma afirmação e uma forte presença em Portugal, para se defender das hostilidades externas. Como explica José Carlos Moreno, nos “produtos de combate” ou se afirma a qualidade ou o serviço fazendo destes os nossos pontos fortes. Esta tem sido a realidade da empresa, sem esquecer o que foi, o que é, e encontrando novas definições para o que quer ser. Numa perspetiva futura, ao nível estratégico, a necessidade será reforçar o que existe; ganhar consistência no mercado espanhol; reforçar a posição e a boa imagem no mercado angolano; e estão lançadas algumas pequenas “sementes” em Marrocos. Os pequenos negócios serão abandonados para equacionar um negócio de outra dimensão, numa abordagem de reduzir os gastos e reforçar o que já existe. Não é fácil, lamenta, mas hoje a estratégia tem de ser modificada acompanhando a perspetiva de negócio. Para Fernando Moreno, um dos fundadores da empresa, haverá certamente uma mudança de estratégias, mas numa velocidade constante.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | MWS GROUP

INOVAÇÃO E QUALIDADE AO SERVIÇO DA INDÚSTRIA

Com um vasto conhecimento acumulado na Indústria Metalomecânica e Energética, a MWS Group continua a apostar em meios materiais e humanos, apesar das dificuldades trazidas pela pandemia. Pax Rocha e David Cavaleiro, Sócio-Gerentes, redirecionaram as prioridades da empresa e reformularam a forma de trabalhar de forma a conseguir ultrapassar os obstáculos e a superar as adversidades. A MWS nasceu com o propósito de colmatar uma lacuna no sector da metalomecânica. Como veem atualmente o alcance deste objetivo? Há seis anos, a MWS nasceu com o propósito de colmatar as dificuldades que muitas empresas, do sector metalomecânico, enfrentavam no exercício da sua atividade, nas áreas de soldadura e da qualidade. Nesse sentido, as nossas três valências: MWS Engineering, MWS Inspections e MWS Training, complementam-se e atuam em conjunto, de forma a ajudar os nossos clientes a crescer, apostando no seu desenvolvimento sustentado. Através da consultoria esforçamo-nos, apoiando na elaboração de documentos, qualificação de soldadores e procedimentos de soldadura, processos de certificação, formação de pessoas, entre outros. Em retrospetiva e analisando o nosso processo de crescimento, acreditamos que os valores que norteiam a nossa atividade, desde o início, como a honestidade, excelência e profissionalismo, levam-nos, não só a considerar este objetivo como cumprido, como a acreditar que estamos no caminho certo.

David Cavaleiro e Pax Rocha, Sócios-Gerentes

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Tendo em consideração a atual crise provocada pela Covid19 e o seu forte impacto nas micro e pequenas empresas, como tem a MWS lidado com esta realidade? De facto, esta conjuntura que vivemos também nos trouxe dificuldades, deixando pendentes alguns projetos que estavam em fase de arranque. Vimo-nos obrigados a redirecionar as nossas prioridades e a reformular a nossa forma de trabalhar, de forma a conseguir ultrapassar os obstáculos e a superar as adversidades. Alargámos a nossa área de projeto para sectores de atividade bastante distintos, desde a indústria química à alimentar, focando


MWS GROUP | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

sempre a redução de custos de execução, bem como a otimização dos processos neles envolvidos, com vista ao não desperdício de energia e de recursos, de forma a promover a proteção ambiental. Estamos a apostar no desenvolvimento de novos produtos para o sector alimentar de diversas áreas: frutícola, hortícola e piscícola. Equipamentos estes, para o processamento e transformação, bem como sistemas de amoníaco e CO2 para a refrigeração industrial das unidades de processamento. Avançámos também em força no processo de acreditação do nosso laboratório de ensaios não destrutivos, que ficou concluído este ano. E vamos dar um novo passo na acreditação como organismo de certificação de pessoas, que está já em fase de desenvolvimento. Para que tudo isto seja possível, continuamos empenhados em apostar nos meios materiais e humanos da nossa organização, sendo que, no ano de 2020, reforçámos a nossa equipa com três novos elementos. A MWS mantém uma forte aposta na formação da sua equipa, proporcionando-lhe a aquisição de competências técnicas e novas ferramentas. É essencial para acompanhar os avanços da tecnologia? É claro que sim, só se consegue prestar um bom serviço e respetiva otimização dos recursos, se a equipa detiver os conhecimentos técnicos e tecnológicos. Em resumo, a formação é essencial para que todos os nossos técnicos tenham presente a evolução do estado da arte e utilizem sempre com a melhor performance a tecnologia que têm disponível.

Tendo em conta a vossa aposta na proximidade e na criação de parcerias, vincularam em 2020, um consórcio com a empresa parceira um parceiro de longa data, a Articwind – Engenharia Marítima, Lda. Uma parceria que já deu os seus frutos? Sim, claro. Estamos, atualmente, em fase de conclusão de uma unidade de armazenagem e transformação frutícola que nos permitiu ir além do projeto apenas. Esta unidade fabril, instalada em Beja, foi por nós executada em regime “chave-na-mão”, assegurando não só o projeto industrial como o de refrigeração, garantindo a montagem de toda a instalação frigorifica. Além disso, com esta parceria, temos já no mercado diversos projetos na calha, não só a nível nacional como internacional. Estamos a trabalhar em duas unidades de processamento de pescado, uma a nível nacional, outra internacional, para transformar 100 toneladas de peixe por dia. Por outro lado, temos em curso um projeto inovação já com local de instalação assegurada para a desidratação de frutas, bem como alguns projetos em estudo do sector industrial automóvel com necessidades de refrigeração em amoníaco. Depois de assegurar um crescimento sustentado, a empresa pretende manter a excelência e inovação e, ao mesmo tempo, expandir o negócio nacional e internacionalmente? A excelência e inovação são sempre premissas que temos aquando da execução dos nossos projetos e serviços, como evidência obtivemos este ano mais uma acreditação e continuamos a trabalhar em outras que serão importantes para a vinculação no mercado, com o rigor que nos caracteriza. Esta é a nossa visão para podermos manter o crescimento e sustentabilidade futura. Expandir o negócio a nível nacional e internacional é sempre um dos objetivos de qualquer empresa que realmente queira manter-se no mercado. Todos os nossos movimentos e diversificação de serviços visam o crescimento no mercado quer nacional quer internacional.

· Vougapark – Parque Tecnológico e de Inovação do Vouga Lugar da Estação 3740-070 Paradela - Sever do Vouga

· Rua Sacadura Cabral, nº 198A, Edf. Liberdade, Loja 1 e 2, 3830-719 Gafanha da Nazaré (+351) 234 597 294 | (+351) 910 718 462 | (+351) 916 299 745 geral@mws-group.pt https://mws-group.pt/ REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 65


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | EMIÁTOMO

“OS PADRÕES DE QUALIDADE SÃO A NOSSA PRIORIDADE” Fundada em 2008, a Emiátomo oferece em cada projeto um serviço personalizado e de excelente qualidade, alcançando um compromisso com as necessidades do cliente, de modo a proporcionar a sua total satisfação. Em entrevista à Revista Business Portugal, António Relvas, Diretor-Geral, salienta que o esforço de toda a equipa tem permitido um crescimento assinalável e que o futuro passa por continuar esse ritmo de crescimento, de forma consciente e equilibrada.

Equipa Emiátomo

A Emiátomo surgiu após uma análise de mercado que indicou existir falta de empresas especializadas na área do comissionamento. Foi fidelizando clientes, o crescimento intensificou-se e com uma oferta tão extensa a empresa é sustentada por equipa competente e profissionalizada? Sim, esse foi o nosso percurso até aos dias de hoje. A nossa prioridade é sempre a qualidade do serviço, que nos permite a fidelização de clientes e reconhecimento no mercado, de outra forma nunca conseguiríamos ter mantido os bons resultados e aumentar o crescimento. A nossa equipa tem um grande conhecimento, proveniente da experiência, ao longo dos anos, que garante o melhor desempenho. Como todos, também temos as nossas falhas, mas trabalhamos na melhoria das mesmas. Todo o esforço da equipa tem permitido à Emiátomo, não só manter-se no mercado, como também o seu crescimento.

Edifício Zils, Monte Feio, Escritório 515 | 7520-064 Sines, Portugal geral@emiatomo.com | www.emiatomo.com +351 269 870 086

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O vosso sucesso é reconhecido pelos seus clientes e por entidades externas e, em 2020, foram eleitos PME Líder e PME Excelência e, ainda, considerados uma das Top10+ Setores. É o culminar do investimento permanente num serviço de qualidade superior? O nosso objetivo é garantir a satisfação de todos os que nos rodeiam e de garantir a continuidade saudável da empresa. Claro que, com o sucesso do nosso trabalho, sermos reconhecidos por entidades externas é sempre uma mais-valia, quase como um selo de qualidade. Fora do país, os projetos multiplicam-se e apesar do portfólio já ser extenso, na Emiátomo o sonho é ir sempre mais além. Depois de tantas conquistas, que patamares ou públicos querem alcançar? Devido à pandemia, existiu uma diminuição do número de obras em curso, no entanto, felizmente temos conseguido continuar o desenvolvimento das atividades fora de Portugal, nomeadamente em Espanha e na Bélgica. Atualmente, temos uma empresa em Espanha, onde temos uma equipa competente para auxiliar na gestão e angariação de trabalhos. O nosso objetivo atual é manter o ritmo de crescimento, reconhecemos que um crescimento abrupto levaria a menos qualidade devido às limitações que temos. Precisamos, primeiro, manter o bom funcionamento da Emiátomo em Portugal, estabilizar em Espanha e, depois, gradualmente, iniciar o crescimento e novas internacionalizações. Atualmente, a Emiátomo é uma empresa bem consolidada no mercado nacional e internacional. Desta forma, o futuro passará por manter os altos padrões de qualidade a que têm habituado os clientes? Sem dúvida que os padrões de qualidade são a nossa prioridade, caso contrário ninguém quererá trabalhar connosco. Temos de garantir a qualidade em tudo o que fazemos, que o cliente está satisfeito e, igualmente, que todos os nossos trabalhadores e fornecedores estão satisfeitos. Nem sempre conseguimos concretizar tudo, mas tentamos conseguir o melhor, sempre que possível. O futuro passará por continuar com o nosso ritmo de crescimento, para que este seja feito, de uma forma consciente e equilibrada, com o intuito de garantir os melhores resultados na empresa como um todo.


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ARQUITETURA: VIDA E INTEMPORALIDADE 68 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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