Revista BRF Edição 96

Page 1

NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 - Nº- 96

QUALIDADE SE PÕE À MESA produtos Premium serão o destaque neste FIM de ano Pág. 8 SEGURANÇA_ Ser classe mundial também nessa área é o objetivo da BRF – Pág. 4 LOGÍSTICA_ A distribuição fica mais eficiente e está preparada para a expansão – Pág. 18


EDITORIAL

08

Atitude pessoal, ganho coletivo

03

Divulgação

04 COMPETITIVIDADE A desoneração dos salários beneficia a BRF

04

SEGURANÇA A frequência de acidentes está em queda

07

MÍDIA DIGITAL BRF: mais de 1,5 milhão de fãs em redes sociais

08

MERCADO Um fim de ano com mais produtos premium

12

VITRINE As embalagens novas dos produtos Elegê

14

EXPORTAÇÃO A abertura do mercado japonês de suínos

16

ESPORTES Perfil de Mayra Aguiar, medalhista em Londres

17

ORIENTE MÉDIO BRF compra 49% de empresa em Abu Dhabi

18

LOGÍSTICA R$ 400 milhões são investidos na distribuição

20

INTERNACIONALIZAÇÃO Novos produtos consolidam a BRF na Argentina

22

Dentre as boas notícias desta edição, merece atenção especial a que traz um balanço dos progressos da BRF com o programa Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). Iniciado em 2008, o SSMA reforça um dos valores essenciais da BRF, que é o respeito à integridade de cada pessoa que trabalha em nossas unidades de produção, armazéns, escritórios, laboratórios ou em trânsito com os produtos. Um dos indicadores perseguidos pelo SSMA é a redução da ocorrência de acidentes. Comparando os dados de setembro de 2012 com os de 2007, ano anterior à criação do programa, obtivemos corte de quase 88% na frequência de acidentes com afastamento. Uma das áreas do negócio, a de Logística, já conseguiu atravessar o ano de 2011 e os nove primeiros meses de 2012 sem nenhuma necessidade de afastamento de trabalhador por acidente. É essa, aliás, a meta para toda a BRF e que seguiremos buscando com persistência. Por trás do avanço do SSMA, está uma importante mudança cultural, pois é a atitude individual que faz a diferença na segurança, na saúde e na conservação do ambiente. O objetivo coletivo depende desse comportamento de cada um – no nosso caso, de mais de 115 mil pessoas que aqui trabalham. E, certamente, vai gerar benefícios para todos nós.

ACONTECE

José Antonio Fay Presidente da BRF

Fábrica de Videira vai ampliar a produção

A revista BRF é uma publicação periódica, de circulação externa e distribuição gratuita.

Coordenação: Rosa Baptistella, Miguel Jimenez e Roberta Pavon Colaboração: Jones Broleze

Conselho Editorial: Wilson Mello, Kristhian Kaminski, Luciana Ueda, Mauricio Cherobin, Pérsio Pinheiro e Roberta Morelli

JBX Conteúdo e Comunicação Tel.: (11) 2613-5044 | 2533-5044 E-mail: antonia@jbxcomunicacao.com.br Coordenação Editorial: Antonia Costa

Projeto Gráfico: Graphic Designers Direção de Arte: Ronaldo da Silva Rego Impressão: Pancrom Tiragem: 10 mil exemplares SAC – BRF: 0800-7017782


COMPETITIVIDADE

Estímulo por ser grande empregador medida do plano Brasil Maior que desonera a folha de pagamentos irá beneficiar a BRF em 2013

A

BRF já tem uma boa notícia garantida para começar o ano de 2013. A partir do dia 1º- de janeiro, a empresa, assim como todo o setor produtor de aves e suínos, poderá se beneficiar dos efeitos de uma mudança autorizada pelo governo na forma de contribuição à Previdência Social. Em vez de recolher 20% sobre sua folha de pagamento, a empresa passará a contribuir com valor de 1% sobre o faturamento. Para uma companhia de atividade intensiva em mão de obra como a BRF – uma das cinco maiores empregadoras no Brasil, com mais de 115 mil

funcionários –, essa substituição na contribuição previdenciária resultará em uma desoneração significativa. “Ainda não sabemos exatamente qual será o ganho porque faltam alguns detalhes sobre como o cálculo será feito, mas nossas simulações indicam que a companhia terá uma boa economia”, diz Wilson Newton de Mello Neto, vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF. A desoneração da folha de pagamento é uma das medidas que fazem parte do plano Brasil Maior do governo federal. Iniciado em 2011, o plano tem por objetivo

Empresa ganhará ainda mais competitividade

tornar as empresas brasileiras, em especial aquelas que são exportadoras, mais competitivas no cenário internacional. Nos últimos anos, o custo crescente da mão de obra se tornou um dos motivos de muitas empresas no país sentirem mais dificuldade no confronto com suas concorrentes no exterior e no próprio mercado doméstico. Ao criarem condições para uma redução no custo do trabalho, as medidas do governo também impulsionam o crescimento da produção e incentivam a geração de empregos. No caso da BRF, embora o tamanho do benefício não esteja mensurado, já é possível afirmar que a empresa ganhará ainda mais competitividade. “Nossa perspectiva é ter mais poder de fogo na disputa por mercados em outros países, o que deverá levar a BRF a ampliar os investimentos e a contratação de trabalhadores”, diz Mello.

www.revistabrf.com.br 3


SEGURANÇA

Rumo ao padrão mais alto

A rquiv

o BR F

BRF alcança menor taxa de frequência de acidente com afastamento de sua história, com índice de 1,58 em setembro de 2012

4 BRF


CADA VEZ MENOS ACIDENTES Os dados mostram a redução na taxa de frequência de acidentes com afastamento na BRF como um todo

10

8,56 2007

8,96 2007

Arquivo BRF

P

ara uma empresa que mantém 86 mil pessoas trabalhando na produção, contar com um ambiente sadio é estratégico. Por isso, há seis anos, a BRF desenvolve o sistema de gestão SSMA – Saúde, Segurança e Meio Ambiente. Até o fim de 2013, as 64 fábricas da BRF no Brasil estarão adequadas ao SSMA. No momento, o programa está chegando às áreas administrativas. Os resultados são palpáveis. “O SSMA proporciona bem-estar aos funcionários e garante sustentabilidade ao negócio”, diz Gilberto Orsato, vice-presidente de Recursos Humanos da BRF. O investimento dá retorno financeiro: a BRF já economiza R$ 10 milhões por ano com a queda de custos relacionados a acidentes e indenizações trabalhistas. Em setembro, a BRF alcançou a menor taxa de frequência de acidente com afastamento de sua história, com o índice 1,58. Cinco anos atrás, a taxa era de 8,96. Isso indica que a companhia caminha vigorosamente

Gilberto Orsato, VP de Recursos Humanos

para atingir seu objetivo. Algumas unidades estão mais adiantadas. As fábricas de Videira e Capinzal, em Santa Catarina, pioneiras na implantação de medidas, já atingiram padrão considerado de classe mundial. Nessas unidades, a frequência de afastamento é inferior a um acidente por milhão de horas-homem trabalhadas. “A nossa meta é que a companhia toda seja classe mundial em segurança em 2015”, diz Orsato.

8,61 7,05 2007

8 6

5,01

4

3,06 2007

2

2,06

0

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

www.revistabrf.com.br 5


SEGURANÇA

O aperfeiçoamento da segurança na BRF ganhou impulso com a contratação, em 2008, dos serviços da DuPont. Com mais de 200 anos de atuação no setor químico, a DuPont criou uma metodologia mundialmente reconhecida para prevenir acidentes e diminuir o impacto ambiental das atividades. Entre as iniciativas do SSMA se destacam as de caráter educacional. “A principal mudança é a cultural porque 96% dos acidentes decorrem do comportamento humano”, afirma

Orsato. “A conscientização das pessoas é essencial.” O SSMA é monitorado por comitês que representam os funcionários: comitês gerais e comitês regionais e de unidades de segurança. Há ainda 121 Comitês Internos de Prevenção de Acidentes (Cipas), com 2 mil membros. Completam o quadro 647 profissionais especializados, entre engenheiros de segurança, médicos, fonoaudiólogos, enfermeiros e técnicos em saúde ocupacional e segurança. A participação das lideranças,

incluindo a alta administração, é fundamental no processo de reforçar para os funcionários a necessidade de incorporar atitudes de segurança dentro e fora do ambiente de trabalho. O próprio presidente da BRF, José Antonio Fay, costuma dar o exemplo e comunicar diretamente o valor estratégico do SSMA para a companhia em oportunidades como a II Semana Nacional de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, realizada de 9 a 15 de setembro em todas as unidades da BRF.

Arquivo BR F

As práticas coletivas de ginástica laboral e o estímulo a atividades esportivas em academias instaladas em unidades da empresa também fazem parte do programa Saúde, Segurança e Meio Ambiente da BRF

6 BRF


MÍDIA DIGITAL

A força da internet O uso das redes sociais pelos consumidores para trocar informações sobre produtos é crescente — marcas da BRF já têm mais de 1,5 milhão de fãs

U

m estudo divulgado recentemente pela DraftFCB, uma das maiores agências de marketing do mundo, confirma uma tendência: é crescente a utilização da internet como fonte de pesquisa antes de comprar (ou não) produtos ou serviços em lojas físicas ou virtuais. As pessoas usam a rede não só para procurar descrições e preços, mas para ver comentários de outros consumidores, avaliações, recomendações ou reclamações. Assim, formam repertório, fazem comparações e direcionam seu gasto. Essa parcela de consumidores, chamados de information obsessed, foi identificada pelos pesquisadores da DraftFCB em entrevistas com 3 mil pessoas de cinco países (Brasil, China, Índia, Estados Unidos e Alemanha). Entre os brasileiros, 19% foram considerados information obsessed. Um grande trunfo para as marcas é, portanto, ter uma boa estratégia de marketing digital, algo que vá além do site oficial. Estar presente em redes sociais como Facebook, Twitter e Google+ é parte importante desse jogo de relacionamento e ajuda a conhecer melhor os consumidores. “Monitoramos as redes sociais

para entender o que as pessoas falam sobre nossas marcas e as marcas dos concorrentes. É muito produtivo, pois mergulhamos em um ambiente de pesquisa espontâneo e verdadeiro”, diz Paula Ziegert, gerente de Mídia da BRF. Acompanhar e analisar o comportamento dessa audiência online é sempre vantajoso e estratégico, pois oferece elementos para direcionar ações de marketing digital e também no ambiente fora da internet. “O relacionamento da empresa com o consumidor enriquece e é fortalecido”, afirma Paula. Atualmente, Sadia, Perdigão e Batavo são alguns dos nomes da BRF nas redes sociais com estratégias distintas e de acordo com o posicionamento no mercado e o perfil do público. Para cada uma das marcas, há um interlocutor da área que conhece profundamente produtos e serviços e pode interagir com os consumidores, orientá-los, tirar dúvidas e encaminhar soluções. No Facebook, as Fan Pages (páginas de relacionamento

com fãs e seguidores) dessas marcas já reúnem mais de 1,5 milhão de fãs. Algumas linhas de produtos têm sua própria Fan Page, o que permite, entre outras ações, fazer promoções segmentadas. A linha Hot Pocket de lanches rápidos da Sadia e a família de iogurtes sem lactose Naturis Soja são bons exemplos. É possível medir os resultados dos conteúdos publicados pelas marcas em seus perfis. “Mensalmente analisamos o desempenho de cada uma das publicações feitas por nós nas redes sociais e conseguimos calcular o alcance dos comentários, saber quais os temas mais compartilhados, conferir as recomendações que as pessoas fazem das nossas marcas e produtos”, diz Paula. “Do ponto de vista de mídia, a recomendação de um amigo vale mais do que a propaganda convencional, esse é um grande poder das Fan Pages.”

www.revistabrf.com.br 7


MERCADO

O AVANÇO DOS PRODUTOS PREMIUM

8 BRF


A estratégia das marcas da BRF para aproveitar o FIM de ano está centrada em lançar alimentos com inovação – um anseio crescente do consumidor brasileiro

M

ais que em qualquer outra época, é nas comemorações do Natal e da passagem de ano que famílias e amigos querem se reunir em torno de uma mesa com produtos de qualidade, aqueles que são considerados premium. Novidades e opções mais refinadas de alimentos para essas ocasiões agradam cada vez mais aos brasileiros, conforme têm mostrado pesquisas e a própria evolução das vendas. A BRF, atenta à tendência, está reforçando sua variedade de produtos comemorativos, feitos especialmente para o consumo durante as festas de fim de ano. A inovação é o ponto forte dos lançamentos de carnes natalinas – nas linhas de aves e suínos – programados para este último trimestre de 2012. “As vendas de produtos com inovação vêm crescendo em importância na cesta de Natal de ano para ano”, afirma Fabrício Amorim, gerente executivo de Marketing da BRF responsável pelas categorias in natura e comemorativos. “O consumidor mostra que quer mais novidade e mais sofisticação.” Os números corroboram as afirmações de Amorim. A participação dos novos produtos no total de vendas de carnes natalinas da BRF, capitaneadas pelo Chester da Perdigão e pelo Peru da Sadia, passou de 3% em 2008 para 9% em 2011. A expectativa deste ano é que a fatia das inovações no faturamento cresça para ao menos 10% – o restante das vendas se refere aos produtos natalinos que já estavam tradicionalmente na linha.

BRF amplia a linha de produtos premium para este Natal

www.revistabrf.com.br 9


MERCADO

Ouça o podcast sobre os lançamentos deste Natal no site www.revistabrf.com.br

Sadia lança uma nova ave: a Supreme. Chester Perdigão agora é oferecido em seis opções

Assa Fácil_ O pacote de produtos para as festas de 2012 avança em outro ponto que hoje é decisivo para o consumidor: a conveniência. Para atender a esse anseio, estão sendo lançados o Chester Assa Fácil e o Peru Assa Fácil, carnes que podem ser retiradas do congelador e levadas diretamente ao forno, tornando o preparo mais fácil e rápido. No caso do Chester, a grande estrela natalina da Perdigão, as inovações são constantes ano a ano desde 2008. “O Chester se tornou a marca mais inovadora do Natal”, diz Amorim. O Chester Assa Fácil chega ao mercado também na versão Desossado e Recheado com Farofa e, em São Paulo e estados do Sul, será oferecido o Chester Assa Fácil com Molho ao Pesto, uma tradicional receita italiana adaptada ao gosto brasileiro. Ao todo, a linha Chester neste ano contará com seis opções. A marca Sadia, além do Peru Assa Fácil, será reforçada com o lançamento de uma nova ave, a Supreme, e um novo produto suíno, o Pernil ao Molho de Vinho Espumante. A linha

Tender, outro produto tradicional das festas de fim de ano, passa a oferecer, na região Sul e em São Paulo, mais uma opção bem prática: o Tender Aperitivo, que já vem fatiado e em embalagem de 200 gramas. Somente no sul do país, a Sadia lança ainda o Pernil de Cordeiro ao Molho de Hortelã com Toque de Alecrim. “São produtos com maior valor agregado e visam atender à vontade de experimentar sabores novos e mais requintados que notamos hoje no Brasil”, diz Ligia Kashiwagi, gerente de produto da linha de comemorativos. Expectativas do mercado_ Os lançamentos são apoiados em campanhas de comunicação em TV e revistas que valorizam a praticidade das opções Assa Fácil para o consumidor. Nos sites das marcas, novas receitas especiais para o Natal e o ano-novo estarão disponíveis. Também haverá estímulos nos pontos de venda. Nos supermercados, bolsas térmicas com brindes serão distribuídas para quem comprar mais produtos Sadia e Perdigão. As padarias e

inovação vende cada vez mais Participação dos produtos novos no total de vendas da categoria carnes natalinas da BRF no último trimestre do ano

3%

4%

6%

2008

2009

2010

(*) previsão

10 BRF

9%

10%*

2011

2012


rotisserias terão apoio para propagar o “encomende aqui”, incentivando os consumidores a comprar Chester e Peru ali preparados. Os lançamentos da BRF encontrarão um ambiente de mercado promissor. Ainda que este tenha sido um ano de crescimento econômico modesto e que muitos consumidores aproveitem o 13º- salário para abater dívidas, o cenário geral é de aumento da renda e estabilidade do emprego. O comércio varejista tem expectativa de encerrar o ano com crescimento da ordem de 7% – e aposta que o consumidor vai às compras no Natal. Ao contrário de 2011, o humor deste fim de ano é melhor, com a economia saindo de um período prolongado de desempenho fraco. E até o calendário pode ajudar: enquanto em 2011 o Natal e o ano-novo caíram em fim de semana, neste ano, serão na terça e na segunda-feira, ou seja, dando mais tempo para preparação dos almoços e jantares de celebração. Resta torcer para que sejam, afinal, boas festas para todos.

O CONSUMO NO BRASIL GANHA SOFISTICAÇÃO Pesquisa confirma que as famílias querem novas opções Novidades, sofisticação e qualidade. A busca desses traços está mais presente nas escolhas dos consumidores brasileiros em relação a uma série de produtos, dos artigos de limpeza aos alimentos. A tendência foi confirmada por recente pesquisa da empresa de análise de mercado Kantar Worldpanel sobre o consumo no Brasil. O levantamento mostrou que os brasileiros estão gastando mais especialmente em produtos que levam para casa. E que fazem a opção por itens mais caros e marcas de maior prestígio quando percebem que oferecem mais atributos. Isso é fruto da situação favorável acumulada no país nos últimos anos, quando a renda da população cresceu, o acesso ao crédito foi ampliado e o desemprego caiu. O brasileiro tem mais dinheiro, mas procura fazer bom uso desse adicional. Exigência de qualidade_ O resultado é que há uma alta nas vendas das categorias de produtos chamadas de premium. De acordo com a pesquisa, o dispêndio com artigos de valor mais alto ocorre em diversos itens de consumo doméstico. No caso dos alimentos, o gasto com os produtos mais caros subiu de 28% para 35% do total adquirido, comparando-se as cestas de compras de 2010 e 2011. A predisposição em gastar mais vem acompanhada de uma exigência maior por qualidade. E de uma vontade de experimentar coisas que ainda não conhecem. São boas notícias para uma empresa inovadora como é a BRF.

Gasto maior com sofisticados Índice de vendas dos produtos mais caros em cada categoria – variação de 2010 para 2011

2010

2011

Cuidado pessoal

47%

51%

Artigos de limpeza

38%

40%

alimentos

28%

35%

bebidas

25%

28%

Fonte: Kantar Worldpanel

www.revistabrf.com.br 11


VITRINE

Produtos da Elegê de roupa nova Reformuladas, embalagens de lácteos ajudam a divulgar o novo slogan da marca: “Um gesto, Dois sorrisos”

D

ê uma olhada nas caixinhas de leite das fotos ao lado. As embalagens de leite UHT da Elegê foram totalmente reformuladas. Agora, elas trazem no verso histórias de demonstração de afeto e, na lateral, um espaço para que as pessoas deixem recados umas para as outras. Quem acordar mais tarde pode encontrar um bilhetinho de “bom dia” escrito por quem tomou café mais cedo e precisou correr para o trabalho. A tipografia da logomarca também foi alterada e é estampada no topo. A tradicional vaquinha e o xadrez estão mais moder-

nos e atraentes. “O objetivo é estar presente em todos os momentos do dia, desde o café da manhã, criando oportunidades para que as pessoas possam mostrar o quão importantes são umas para as outras”, diz Luciane Matiello, diretora de Marketing da Unidade de Lácteos da BRF. As novas embalagens de leite fazem parte do reposicionamento da marca que lançou, em setembro, o conceito “Um gesto, dois sorrisos”. Além do UHT, todos os produtos da Elegê foram repaginados seguindo a mesma linguagem (veja as fotos), com o propósito de aumentar a percepção

de qualidade e destacar os produtos nas gôndolas dos supermercados. A estratégia de ampliar e fortalecer a presença da Elegê em todas as regiões do Brasil já foi bem-sucedida no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, locais em que a marca lidera em várias categorias. O mesmo direcionamento será, agora, replicado em todo o país. No Nordeste, há o diferencial de lançar alguns produtos específicos, como a bebida láctea em sachê. “Esta embalagem, de preço mais acessível, reforçará nossa presença em um mercado promissor”, afirma Luciane.

Saiba mais no site www.elege.com.br 12 BRF


< MANTEIGA

LEITES UHT > E ESPECIAIS

Requeijão > cremoso

NATA >

< LEITE EM PÓ

LEITE CONDENSADO > E CREME DE LEITE

MOLHO PRONTO >

< BEBIDA LÁCTEA

www.revistabrf.com.br 13


EXPORTAÇÃO

SUÍNOS RUMO AO O maior importador de carne de porco no mundo pode se abrir para receber produtos brasileiros em 2013. É uma ótima notícia para o Brasil – e para a BRF

14 BRF

O

setor produtor de carne suína no Brasil está perto de alcançar uma grande conquista: a abertura do mercado japonês. Caso as últimas pendências formais para a liberação dos negócios sejam removidas em breve, as exportações poderão começar em 2013. “Estou otimista. A etapa mais difícil já foi ultrapassada”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). “Agora é só vencer algumas questões burocráticas.” O que falta é a definição da certificação sanitária para os produtos brasileiros que poderão entrar no Japão – último passo de um processo de aprovação que tem ao todo 12 etapas. A certificação terá de acompanhar cada contêiner embarcado. Há pelo menos cinco anos, Camargo batalha, no Brasil e no exterior, em prol da permissão para a venda de produtos suínos no mercado japonês, o maior importador mundial, com gasto superior a US$ 5 bilhões por ano. Em 2011, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Japão comprou 1,2 milhão de toneladas de carne de porco, principalmente americana. A abertura


日本

N

日本 Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs

Arquivo BRF

seleção: “Temos a moderna fábrica de Campos Novos, construída dentro dos melhores padrões mundiais, e vamos indicar também a de Herval d’Oeste, que sempre recebeu muitos investimentos”. A expectativa é que as vendas da BRF ao Japão alcancem US$ 200 milhões por ano dentro de quatro anos. Hoje, a exportação de suínos rende à empresa cerca de US$ 450 milhões por ano. Além do que pode representar diretamente, a abertura do mercado japonês é relevante pela repercussão em outros potenciais compradores. “A chancela é o mais importante de tudo”, diz De Toni. União Europeia, México e Coreia do Sul são os próximos alvos. “Um mercado puxa outro”, afirma Camargo. “Esperamos que em seguida venha a Coreia do Sul.”

Divulgação

J A PA

de um mercado desse porte, estima a Abipecs, pode somar no longo prazo 350 mil toneladas por ano às exportações do Brasil, que foram de 516 mil toneladas em 2011. A perspectiva de liberação começou a se concretizar no fim de agosto, quando o governo japonês reconheceu o estado de Santa Catarina como área livre de febre aftosa sem vacinação – um pré-requisito indispensável para o fornecimento ao Japão. Após a certificação, será decidida a lista de frigoríficos aptos a embarcar suínos para lá, com base em sugestão do Ministério da Agricultura do Brasil. “O ministério está tomando o cuidado de indicar as fábricas mais qualificadas”, diz Antonio Augusto De Toni, vice-presidente de Mercado Externo da BRF. De acordo com ele, a companhia está habilitada a fazer parte da

N

JAPÃO

J A PA

Antonio Augusto De Toni, VP de Mercado Externo da BRF

Tonkatsu, subuta, shabu shabu – e guioza A imagem estereotipada sobre os hábitos alimentares no Japão é a de um povo que vive à base de arroz, peixes, frutos do mar, algas e alguns legumes, devidamente seguidos de um chá. É verdade que esses produtos são fundamentais nas refeições do povo japonês e, mais ainda, no cardápio dos restaurantes de origem nipônica no Brasil – onde nos acostumamos com os sushis, os sashimis e os tempurás. Mas as carnes têm também presença marcante na mesa japonesa atual, muito mais farta desde que o país se tornou um

dos mais ricos do mundo, com poder de compra para importar o que não produz – 60% dos alimentos que consome vêm de fora. A carne de porco, em especial, é tão apreciada que tornou o Japão o maior importador de produtos suínos do mundo. O porco aparece em diversos preparos na cozinha japonesa. O prato mais familiar aos brasileiros – também virou um sucesso aqui – é o guioza, pastelzinho de origem chinesa que pode ser frito, cozido ou grelhado. Nele, a carne suína misturada a legumes é o re-

cheio. Também de origem chinesa, os japoneses consomem o subuta, que consiste de porco em pedaços com molho agridoce. Costeletas, filés ou lombos fritos e empanados são chamados de tonkatsu. No popular katsudon, uma tigela de arroz é coberta com porco cozido, cebola e ovo. Shabu shabu é um cozido em que a carne é mergulhada em caldo quente de peixe ou carne. São múltiplas as formas de o consumidor japonês apreciar uma boa carne de porco. Em breve, de suínos criados no Brasil.

www.revistabrf.com.br 15


ESPORTES

M AY R A AGUIAR

Revista BRF: Como o esporte entrou na sua vida? Treino desde os 6 anos de idade. Meus pais queriam que eu fizesse alguma atividade física, sempre me estimularam. Já pratiquei atletismo, ginástica olímpica e balé, mas gosto mesmo do judô. Não consigo viver longe do tatame, porque quando estou ali me esqueço de qualquer problema, me sinto ótima.

Depois de conquistar a primeira medalha olímpica em Londres, a judoca Mayra Aguiar já pensa em 2016

Como é sua rotina? Tem de ter muita disciplina. Os treinos são fortes. Por isso, descansar e ter uma alimentação balanceada é fundamental para um bom rendimento. Treino duas vezes ao dia, duas horas pela manhã e mais duas à noite. Gosto de ler, ver filmes e ir à praia. Posso fazer tudo, mas na hora certa.

E

E como é a alimentação? Normal, mas faço uso de suplementos alimentares e não abro mão de massas. Só sinto falta dos doces.

Um bronze que vale ouro

la gosta de ler e ir à praia. Não abre mão de um belo prato de massa, principalmente lasanha. O filme predileto é o drama juvenil Conta Comigo, de 1986, dirigido por Rob Reiner. Mayra Aguiar, gaúcha de 21 anos, diz que não consegue viver longe dos tatames. “Quando estou ali, me esqueço de qualquer problema, me sinto ótima.” Atleta patrocinada pela Sadia, é uma das judocas mais prestigiadas do Brasil. É a primeira do ranking mundial na categoria até 78 quilos, recordista mundial de medalhas nos Campeonatos Mundiais sub-20, vice-campeã mundial (2010) e ouro no IFJ Masters (2012). Dos jogos realizados em Londres neste ano, Mayra trouxe a medalha de bronze. Foi sua primeira conquista olímpica.

Que produto da Sadia não pode faltar na sua alimentação? Adoro o presunto e a linha de comidas préprontas. São deliciosas e muito práticas. Qual a importância de ser patrocinada pela marca Sadia? O atleta que alcança alto rendimento tem de pensar no esporte. A segurança e a perspectiva de continuidade proporcionada por um patrocinador forte como a Sadia dão tranquilidade para o esportista se concentrar no que interessa.

16 BRF

Marcio Rodrigues / FOTOCOM.NET

O que você achou da participação em Londres? Aprendo muito em cada competição, a gente sai com uma bagagem enorme. A conquista da primeira medalha olímpica é um grande incentivo. Como judoca, quais são seus próximos objetivos? O foco é 2016, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Mas até lá há um caminho longo de competições também importantes, como o Mundial e os Jogos Pan-Americanos.


ORIENTE MÉDIO

BRF compra 49% da Federal Foods Companhia com sede em Abu Dhabi é líder em distribuição da indústria de alimentos nos Emirados Árabes

Mesquita Sheikh Zayed em Abu Dhabi

E

m outubro, a BRF assinou a oferta para a compra de 49% das ações da Federal Foods Limited, empresa com sede em Abu Dhabi e que há mais de 20 anos distribui produtos da marca Sadia nos Emirados Árabes Unidos. O investimento será de US$ 36 milhões e dará à BRF poder de decisão sobre a companhia. A Federal Foods é uma empresa de capital fechado, líder em distribuição de alimentos nos Emirados Árabes. Em 2011, atingiu receita líquida de US$ 266 milhões, com 92 mil toneladas de produtos comercializados em atacado, varejo e food services.

A companhia, fundada em 1991, tem seis filiais nos Emirados Árabes e uma no Catar. Ao todo, são mais de 1.350 funcionários e frota logística de 260 caminhões e vans para resfriados e congelados. Atualmente, os produtos da BRF distribuídos pela Federal Foods representam 65% das receitas líquidas da empresa, que também é distribuidora de resfriados, congelados e linha seca de outras marcas e fornecedores. As parcerias devem ser mantidas com a aquisição. A BRF irá comercializar produtos nos Emirados Árabes por meio da

Federal Foods, incluindo as marcas Sadia e Perdix, e a produção de sua fábrica local, que começa a funcionar em 2013. “O acordo com a Federal Foods vem ao encontro do planejamento estratégico de nossa empresa”, diz o presidente da BRF, José Antonio Fay. “Pretendemos crescer em mercados estratégicos, avançando na cadeia de valor com produção local, marcas fortes e distribuição. Essa parceria tornará nossa presença ainda mais relevante no Oriente Médio, mercado no qual estamos presentes há mais de 30 anos.”

www.revistabrf.com.br 17


LOGÍSTICA

PRONTA PARA CRESCER GRANDES INVESTIMENTOS FORAM FEITOS NA INFRAESTRUTURA DE MOVIMENTAçãO E ARMAZENAGEM DO MERCADO INTERNO PARA ATENDER OS PLANOS DE CRESCIMENTO E MELHORIA DE NíVEL DE SERVIÇOS DA BRF

U

m sistema de distribuição mais eficiente e reforçado está emergindo da fusão das estruturas de Perdigão e Sadia. A junção de duas empresas, outrora concorrentes, criou coincidências de operação. Uma das primeiras providências pós-fusão foi a identificação das oportunidades de ganho com a unificação da logística. O processo, iniciado em 2010 com a concepção de um plano mestre para a área, está perto de ser concluído. “Após a revisão completa das operações, identificamos sinergias, oportunidades de melhorias e definimos mudanças para otimizar a malha de dis-

18 BRF

tribuição”, diz Luiz Henrique Lissoni, vice-presidente de Supply Chain da BRF. “O resultado é uma logística preparada para o futuro, com custos mais competitivos e mais qualidade no serviço aos clientes.” Investimentos significativos foram destinados às mudanças. Elas compreendem criação de novos centros de distribuição localizados em áreas estratégicas, ampliações de unidades existentes, encerramento de atividades de algumas instalações mais antigas, ampliação do número de pontos de transbordo e adoção de novas tecnologias. As adequações levam em conta as de-

terminações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica para aprovar a fusão, que incluíram a venda de oito CDs. De acordo com Lissoni, 80% do que foi planejado estará concluído até o fim de dezembro e o restante, no início de 2013. Um exemplo da otimização é a mudança do papel dos CDs de Jundiaí e Embu (ambos no estado de São Paulo) que Perdigão e Sadia tinham para abastecer São Paulo. “Resolvemos designar o de Jundiaí, da antiga malha da Sadia, para servir o interior do estado, e o da Perdigão no Embu foi expandido e atenderá a Grande São Paulo”, diz


João Oneda, diretor de Inovação e Desenvolvimento de Supply Chain. No Rio de Janeiro (RJ), quatro armazéns antigos estão sendo substituídos por um novo. Em Salvador (BA), não havia uma central que comportasse a operação. A capital baiana tem um CD novo, pronto para o crescimento até 2020. Ele receberá o primeiro sistema automático de separação de caixas no ambiente refrigerado do país. O sistema gera ganho de produtividade: o CD de Salvador terá 140 funcionários, em vez dos 500 que seriam requisitados no sistema antigo. A readequação fará a rede de CDs cair dos 38 de 2010 para 25 em 2015. Porém, os pontos de transbordo, onde a carga de carretas é transferida para caminhões menores, passarão de 30 atualmente para 57 em 2015. “Os pontos de apoio ajudam a dar vazão às cargas e diminuem estoques. Há também redução da quilometragem rodada pelos veículos”, afirma Oneda. “Ganhamos em eficiência e cortamos custos e emissões de poluentes.” O investimento na logística da BRF é vital para enfrentar o fato de que a infraestrutura saturada é um problema que o Brasil demora a resolver. Já a empresa tem cada vez mais pontos de venda para receber seus produtos e se expande em novas categorias. “A entrega, última etapa de uma cadeia de produção que começa no campo, precisa estar apta a vencer as dificuldades e em condições de apoiar o crescimento da companhia, com custos competitivos e assegurando qualidade de serviços”, diz Lissoni. “Graças ao comprometimento das equipes de diversas áreas, a BRF conta com a rede logística de frio mais moderna e eficiente do país.”

Mudanças PÓS-FUSÃO

Novos centros de distribuição Expansões e realocação de unidades Adoção de novas tecnologias Aumento de 30% na capacidade geral Diminuição de custos operacionais Redução da dependência de mão de obra

A OTIMIZAÇÃO DA MALHA A rede de distribuição está aproveitando sinergias. Em 2015, terá menos centrais e mais pontos de transbordo

25 centros de distribuição 57 pontos de transbordo 30 centros de distribuição 39 pontos de transbordo 38 centros de distribuição 48 pontos de transbordo

20

15

20

12

20

10 www.revistabrf.com.br 19


INTERNACIONALIZAÇÃO

U

m fim de semana em Buenos Aires ou uma visita a um restaurante argentino autêntico, aqui mesmo no Brasil, descortina muitos sabores. Além dos famosos vinhos, carnes e doces de leite, a empanada – um tipo de pastel recheado que pode ser assado ou frito – é outro protagonista da culinária local. Mas nem só de empanada vive o cardápio de massas dos vizinhos. Assim como (quase) todos nós, eles também apreciam as pastas de origem italiana. Por isso, desde setembro, a empresa Dánica, controlada

TIPO CASEIRO Os sabores das novas massas prontas da marca Dánica vendidas na Argentina

20 BRF

pela BRF, começou a vender massas frescas e prontas nos supermercados argentinos. Os produtos lançados são nhoque de batata e três opções de massas recheadas: ravióli, sorrentine e raviolone. “Até 2017, a Dánica pretende atingir 15% de participação em um mercado que, segundo dados da consultoria Nielsen, consome 32 mil toneladas de massa por ano”, diz Marcelo Gonzales, diretor de Proteínas Vegetais da BRF na Argentina. Com duas fábricas e 22 centros re-

frigerados, na Argentina, a Dánica é líder no segmento de margarina, vice-líder em molhos e também fabrica óleos de cozinha. A divulgação dos novos produtos da marca, com o maior investimento em propaganda e marketing realizado até então, foi precedida pelo lançamento de novos sabores e embalagens da linha de margarinas, notório carro-chefe da companhia. Todo esse movimento faz parte da consolidação de cinco empresas

NHOQUE

RAVIÓLI

Versão clássica à base de batata

Quatro queijos, mussarela com espinafre e ricota e também frango com espinafre

RAVIOLONE

SORRENTINE

Calabresa com mussarela ou frango com alho-poró

Tomate, mussarela de búfala e manjericão: “caprese”


conduzidas pela BRF na Argentina atualmente. Em 2011, foram compradas a Dánica e a Avex, que abate e vende frangos inteiros e em pedaços. Em 2012, em uma negociação resultante do acordo de troca de ativos com a Marfrig, a BRF assumiu o controle da Quickfood, fabricante de alimentos processados de carne. Outras duas empresas já eram dirigidas pela BRF na Argentina, a Sadia Argentina, que importa produtos do Brasil, e a Levino Zaccardi, fabricante de queijos. Na atual fase de estruturação, a BRF está empenhada em atribuir frescor e modernidade a marcas que já são consideradas boas e rentáveis. É o caso do catálogo de produtos da

Avex. Frangos da categoria premium, por exemplo, ganham novas embalagens e a chancela da Sadia. Eles são comercializados internamente e exportados também. VANTAGEM_ É interessante para a BRF produzir na Argentina, onde o preço dos grãos, especialmente milho e soja, é inferior ao do Brasil. “É um país bastante competitivo na agroindústria e isso é positivo tanto no mercado interno quanto nas exportações”, diz Antonio Carlos Zanella, diretor de Finanças e Administração. “Fabricar localmente permite contornar os transtornos de importação e aproveitar melhor a matéria-prima.”

www.revistabrf.com.br 21


ACONTECE

BRF amplia fábrica em Santa Catarina Unidade de Videira receberá investimentos de R$ 84 milhões

A

BRF ampliará a unidade industrial de Videira, em Santa Catarina, criando 270 novos empregos e aumentando o número de funcionários para 4.469. Com o aporte, a produção de salsichas aumentará em 50%, passando de 240 para 360 toneladas por dia. Será construída ainda uma área exclusiva para a fabricação de linguiças congeladas, e a produção atual deve dobrar, chegando a 140 toneladas diárias. O investimento será de R$ 84 milhões e a previsão é de que a reforma esteja concluída em até um ano. “Será a maior fábrica de salsichas da América Latina”, diz Nilvo Mittanck, vice-presidente de Operações e Tecnologia da BRF.

Em 2011, o abate de suínos foi deslocado de Videira. Com a mudança, a planta herdou disponibilidade – SC de energia, geração de vapor e traBRF de Videira tamento de água, o que foi determinante para sua escolha como destino dos investimentos. Além de salsicha e linguiça, a unidade produz outros itens, como mortadela, apresuntado e defumados de suínos e aves. A fabricação atende o mercado interno, o Canadá e países da Europa, da África, do Oriente Médio e da América do Sul.

no ranking da Forbes BRF está entre as empresas mais inovadoras do mundo

N

a lista das 100 empresas mais inovadoras do mundo feita pela revista Forbes, a BRF está em 54º- lugar. Em sua segunda edição, o ranking é liderado pela americana Salesforce e destaca marcas de vários segmentos, como Amazon (terceira), Baidu (quinta), Pernod Ricard (15º-), Rolls-Royce (81º-) e Adidas (93º-). Entre

22 BRF

as empresas brasileiras, a BRF ocupa a primeira posição, seguida pela Ultrapar Participações. A classificação é feita pelo indicador “prêmio de inovação”, que projeta o impacto da inovação no valor das ações de cada companhia. Exemplo: o prêmio de inovação da BRF é de 26,4%. Na expectativa dos investidores, a companhia tem potencial para melhorar os resultados por meio de ações e produtos inovadores e com isso elevar em 26,4% o preço de suas ações. O que posiciona uma empresa à frente das demais, diz o relatório da Forbes, é o modo como ela alavanca pessoas, processos e filosofias, mantendo viva a inovação ano após ano. O comportamento dos líderes faz diferença. “Os inovadores fazem perguntas provocativas, observam o mundo como antropólogos para detectar novas formas de fazer as coisas e se aproximam dos que pensam diferente para obter outras perspectivas. Experimentando sempre, eles estimulam a produção de ideias revolucionárias.”


Batavo lança queijo prato e mussarela Mercado de R$ 7 bilhões cresce quase dois dígitos ao ano

O Intercâmbio com a Esalq Ao participar da Semana Luiz de Queiroz, BRF ajuda a aproximar a agroindústria do meio acadêmico

N

o início de outubro, a BRF esteve na 55ª- Semana Luiz de Queiroz, promovida em Piracicaba pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, a Esalq. Ao longo do mês, o evento apresentou debates e exposições sobre tecnologia, pesquisa, inovação e tendências do setor. Algumas dessas atividades contaram com a participação de representantes da agroindústria. O público, formado principalmente por engenheiros agrônomos, acadêmicos de agronomia e agricultores, visitou o estande da BRF no local e acompanhou sua apresentação em um painel focado na arquitetura da profissão na agroindústria. Foi uma oportunidade para a empresa mostrar como está organizada e, junto com outros participantes, professores e alunos, discutir possibilidades de trabalho, pesquisa e desenvolvimento do setor. “É sempre positivo se aproximar do ambiente, poder mostrar nossas demandas de mão de obra e de tecnologia e também ajudar a escola a levar ao mercado profissionais cada vez mais preparados”, avalia Ricardo Santini, diretor agroindustrial da BRF.

brasileiro está consumindo mais queijo e, atenta a esse movimento, a Batavo incorpora duas opções em seu portfólio: mussarela e prato. “É um mercado que cresce quase dois dígitos ao ano e movimenta cerca de R$ 7 bilhões”, afirma Luciane Matiello, diretora de Marketing da Unidade de Lácteos da BRF. Calcula-se que o consumo de queijo no Brasil já tenha ultrapassado a ordem de 4 quilos por ano, por pessoa. É uma média considerada baixa, sobretudo se comparada com países europeus como França, Dinamarca, Itália e Holanda. Por outro lado, fica evidente que se trata de um segmento bastante promissor, relacionado ao aumento da procura por alimentos práticos e saudáveis e com muito espaço para crescer. Além das tradicionais peças de 2 e 3 quilos (mussarela) e 2,7 e 3,7 quilos (prato), disponíveis em supermercados e padarias, os queijos da Batavo serão vendidos também em embalagens de 150 gramas já fatiados. São opções ricas em proteínas, cálcio, lipídios, carboidratos, fósforo e vitaminas.

www.revistabrf.com.br 23



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.