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Como é notório, a pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19) impôs uma completa alteração na realidade operacional da nação, e as medidas de distanciamento social adotadas pelos governos, como forma de combatê-la, acabaram repercutindo sobre todas as pessoas físicas e jurídicas.

No caso específico do setor educacional, tanto as

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instituições de ensino e seus profissionais como

os alunos e suas famílias sofreram os efeitos da pandemia e das medidas de quarentena adotadas pelos governos Federal, Estaduais e Municipais.

A suspensão das aulas presenciais nas escolas foi determinada pelos órgãos públicos competentes com o objetivo de preservar a saúde de todos,

evitando a disseminação da doença.

Para dar continuidade à prestação dos serviços educacionais de qualidade, o Colégio Sagrado Coração de Maria disponibilizou ferramentas para levar

conhecimento aos alunos aonde eles se encontravam, seguros e a salvo da contaminação, ou seja, dentro de suas casas. Assim, foram disponibilizadas aulas e

orientações para execução de atividades remotas via

internet.

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As escolas tiveram que repensar os processos, e isso requereu de todos a compreensão de que o uso da tecnologia de maneira efetiva e eficaz

no processo de ensino poderia contribuir para a aprendizagem significativa dos estudantes,

isto é, compreender que a mudança não seria somente de recursos didáticos, mas também de metodologia e de visão.

Os momentos de inquietação no período inicial com questões mais técnicas, como

gravar aulas, ministrar aulas on-line, realizar

controle da frequência, dentre outros, foram vencidos. Os professores passaram a utilizar

os recursos tecnológicos - lives, meets e formulários - inaugurando novas formas de ensinar e aprender.

Com as aulas on-line, síncronas ou assíncronas, outro desafio nos bateu à porta: conexão. Realizamos, antes de consolidarmos como efetiva a execução do novo trabalho, uma pesquisa com as famílias e professores para diagnosticarmos possíveis problemas de conectividade e constatamos que quase a totalidade de nossos alunos estava bem assistida de recursos, como também nossos professores.

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Outro ponto de atenção referiu-se ao engajamento dos alunos, à apropriação dos conhecimentos, ao interesse pelas atividades propostas e à realização das tarefas em casa. Esses pontos,

desafiantes, estão sendo vencidos por meio de

formação continuada e emergencial, boas práticas e metodologias específicas para o ensino remoto.

Para promover a efetiva aprendizagem, teve igual

importância a necessidade de atentar-se ao bem

estar, saúde mental e equilíbrio emocional de

estudantes e educadores. Para isso, desenvolvemos

atividades e dicas sobre como vencer o cansaço, a distração, o estresse e outros sentimentos que o confinamento pode gerar. As dicas e as orientações

foram elaboradas por profissionais da área da

educação e da saúde, sendo divulgadas por meios

digitais.

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Estreitar a comunicação com as famílias de maneira remota também

foi necessário. Nesse período, o estresse familiar se tornou intenso devido à tentativa de muitos em conciliar as demandas familiares e filhos com o trabalho home office, além de assumirem o papel de mediadores entre escola e atividades escolares.

A participação das famílias sempre foi elemento essencial na engrenagem de uma boa gestão pedagógica. Sendo assim, intensificamos o contato

on-line frequente com as famílias, orientando-as na medida de suas demandas e estimulando-as a buscarem contato com as coordenações pedagógicas

e professores para conseguirem planejar uma rotina de estudos, intervalos para descanso e roteiros semanais para acompanhamento das tarefas.

Assim, dentre tantos novos aprendizados, a pandemia

impulsionou-nos na busca por um estreitamento de laços. Ajudar a comunidade a perceber que o “espaço escola” transcende os tijolos e as telhas e que “ser Sagrado Coração de Maria” não é ser refém de perímetros físicos continua a nos motivar.

Outro aspecto de auxílio é a confessionalidade,

que nos serve de pilar, fortaleza e bússola, também

nos interpela, compromete e move. A contingência da pandemia, tão logo se apresentou, quase que instantaneamente expôs ao serviço pastoral um

apelo por coerência. Como fogo num rastilho de pólvora, narrativas passaram a se sobrepor diuturnamente, sempre no sentido de buscar pôr à prova os valores apregoados pela instituição, na linha da “defesa da vida”. Polifonia. Muitas vozes,

muitos quereres, muitos sentimentos.

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Na Rede Sagrado, a pastoral não é uma instância à

parte, um apêndice. Ao contrário, afeta e deixa-se

afetar pelo pedagógico e pelo administrativo. Sendo assim, o Serviço de Orientação Religiosa, como os demais serviços, pôs-se no “bom combate”, criando novas estratégias e possibilidades que reforçassem o conceito de uma escola em pastoral. É preciso

deixar claro que a pastoral não morreu, que a chama

não se apagou, está apenas, como todo o restante, reaprendendo a pulsar. Nesse tempo de pandemia, a gestão da pastoral tem se esforçado para não perder de vista alguns horizontes. Um deles é o de que a solidariedade é

permanente, tem que ser. As formas de exercitá

la são impermanentes. Se não é possível abraçar, há outros caminhos para o aconchego... se não é possível, por questões logísticas, dinamizar uma

campanha de arrecadação, há como divulgar e aderir à que outros organizaram; se não há como

celebrar presencialmente, que a tecnologia nos ajude a expressar nossa fé; há como fazer-se

presente de inúmeras outras formas...

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Assim, a comunidade educativa de Ubá acolheu o Projeto Vida Irmã Maria de Aquino, encontrando formas de tornar real uma grande rede virtual de solidariedade que resultou no socorro às famílias das crianças atendidas por essa unidade assistencial. Aprendemos com Padre Gailhac e Irmã Saint-Jean que onde há obstáculos, a graça se faz presente.

Navegando em águas desconhecidas, nós, gestores, vamos lançando redes, mesmo neste mar revolto. Sentimo-nos também feito jardineiros, cheios de amor e confiança, vamos respeitando o tempo do broto germinar, cuidando da vida que, logo, logo, nos dará fruto e flor.

CSCMVIT INOVAÇÃO E CRIAÇÃO INTERDISCIPLINAR: UM DESAFIO NO ENSINO REMOTO

Kelly Christine Lisboa Diniz Leite de Vilhena

Mestre em Estudos Linguísticos. Professora de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental II e coordenadora da área de Língua Portuguesa no Colégio Sagrado Coração de Maria - Vitória.

Aurélia Pedroni Nascimento

Professora de Língua Portuguesa no Ensino Médio e Redação no Ensino Fundamental II. Graduada em Língua Portuguesa e Literatura da Língua Portuguesa. Pós-graduada em Linguística Aplicada.

Carla Alves

Professora de Artes do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Graduada em Artes Plásticas.

Lucas Pereira Campos

Professor de Geografia do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Licenciado em Geografia.